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Introdução

Este trabalho discute à produção do conhecimento e sua disseminação em contextos


caracterizados como modernos ou pós-modernos, trazendo uma reflexão sobre questões
ligadas aos saberes e à pesquisa em educação.

Com o advento do pós-moderno, a educação ampliou seus objetivos a um patamar


menos elitista, com a proposta de oportunizar o conhecimento à sociedade de um modo
geral, em oposição a capacitação exclusiva de uma minoria. Mas ao mesmo tempo em
que o constituiu democraticamente para a aquisição de conhecimento da sociedade, a
educação se inseriu nas regras do mercado, valorizando-se cada vez mais como um
objecto de consumo.

A ideia de pós-modernidade é definida pelo filósofo francês, Lyotard em 1979, como


sendo uma situação em que as grandes narrativas deixam de ter credibilidade que
tinham. Pós-modernidade passou a ser, de lá para cá, a situação de crise e perda da
legitimidade das meta-narrativas dos discursos menos fundamentais. Agora, estudos
culturais, neste caso, é um adendo que é visto como o que pode ser agregado ao estado
de pós-modernidade por consequência da vida pós- moderna, e, em geral o pessoal que
lida com isso faz investigações do género e multiculturalismo (Lyotard, 1986).

Pós- modernidade significa a perda da historicidade e o fim da grande narrativa o que


no campo estético significa o fim de uma tradição de mudança e ruptura, o apagamento
da fronteira entre alta cultura e da cultura de massa e a pratica da apropriação e da
citação de obras passadas.

Pós - modernidade aparece como uma espécie de renascimento das ideias banidas e
caçadas por modernidade nacionalizadora. Esta modernidade teria terminado a partir do
momento em que não podemos mais falar da historia como algo de unitário e quando
morre o progresso.

Tendo em conta que pós - modernidade é vista como um período impregnado de


problemas de todas as ordens, mas também impregnado de possibilidades/ positividade
que não podem ser desprezadas pela educação sem passarem põe avaliação critica, quais
são os desafios para um desenvolvimento de um processo educativo, com novos
parâmetros ou currículos que nos são impostos?

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Para algumas soluções possíveis recorremos a bibliografia referenciada neste trabalho.
Importa referir que o mesmo está dividido em três capítulos: No primeiro, apresentamos
de uma forma breve a contextualização do pos- modernidade, desde a educação e pós
modernidade ate ao papel do professor no mesmo período, no segundo capítulo fazemos
alusão aos tipos de metodologias educacionais e no terceiro a conclusão onde fazemos
alusão de algumas posições tomadas por autores aqui referênciados.

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CAPÍTULO I: CONTEXTUALIZAÇÃO DE EDUCAÇÃO PÓS-
MODERNIDADE

1.1 Educação e pós-modernidade

Para compreender a educação no contexto pós-moderno, e preciso antes de mais,


compreendermos o fenómeno pós-moderno, que este e se não é um fenómeno não
inteiramente positivo, mas também não inteiramente negativo. Porém e um mundo de
destradicionalização e da reflexibilidade e consequentemente um mundo de indivíduos
mais activos, e como consequência mais críticos. A pós-modernidade e definida ainda
como época das incertezas, fragmentações das narrativas, das desconstruções e da troca
de valores, de princípios, conceitos e sistemas construídos na modernidade. E ainda
considerado como hipermodernidade, modernidade avançada, modernidade liquida
(BAUMAN, 2001)

Jean-Francois Lyotard quando a questão da pós-modernidade, afirma que é uma visão


em que percebemos que os saberes mudam de estatuto ao mesmo tempo em que as
sociedades entram na idade dita pós-moderna, a idade das incertezas, e das autonomias
(LYOTARD, 1979, P.03)

Na pós-modernidade encaramos a legitimação exclusiva do conhecimento dito


científico, regido pela razão instrumental, o qual respondemos com a necessidade de um
saber que questione os limites rígidos da racionalidade técnica, preconizando um tipo de
conhecimento que inclua as paixões e as utopias indispensáveis a vida, sem as quais não
há humanidade possível.

De acordo com Freire (2004), a educação sendo um conjunto de praticas sócias com
objectivo principal e incutir na sociedade novos conhecimentos de acordo com o avanço
social, tem despenhado um grande papel na formação da personalidade e no
desenvolvimento da camada social. Neste mundo globalizado onde a informação não
tem fronteiras e suas respostas não tem limites de velocidades, a educação vem se
moldando nesse panorama actual. A educação pós-moderna, por assim dizer, é sem
preconceitos sem diferenças e democrática, pois não basta simplesmente educar, mas é
preciso aprender a empregar os conhecimentos adquiridos.

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A compreensão dos processos educacionais, seja em sistemas seja nas escolas ou nas
salas de aula, representa um desafio aos estudiosos da educação, e isso tem demandado
que se saia das dispersas e padronizadas representações quotidianas sobre esses
processos e se adentre em um movimento investigativo questionador desse objecto em
seu contexto. Para essa compreensão, não há como se furtar ao confronto com as críticas
emanadas do movimento histórico-cultural que se interroga sobre a modernidade e sua
possível superação: a constituição do espaço que viria a ser o da pós-modernidade.
Aqui, muitos dilemas se colocam à reflexão do educador e do pesquisador.

Bauman (2001:102), afirma que na educação a incorporação dos problemas quotidianos


ao currículo e a interligação dos saberes, critica o ensino fragmentado. Ele vê a sala de
aula com um fenómeno complexo, que obriga uma diversidade de ânimos, culturas,
classes sociais e económico um espaço heterogéneo.

Para ele os currículos desconsideram a emoção, o desejo, o medo, a incerteza, a paixão


humana. As disciplinas não se comunicam entre si. Se tudo esta ligado na realidade
humana, então, o sistema educacional, salvo importantes excepções não esta preparado
adequadamente para um ensino – aprendizagem significante.

No entanto, Lypovetsky (2004: 148), propõe um ensino voltado para a realidade


quotidiana do aluno com toda a sua complexidade. Desta forma haverá significação no
processo de ensino – aprendizagem.

As escolas estão involucradas em outros espaços para além da relação binária


dominação/resistência, como é sugerido na literatura sobre políticas educacionais. Há
muito mais vida nas escolas e nas salas de aula para além dessa relação binária, como
outros interesses, preocupações, necessidades, demandas, pressões, objectivos e desejos.
Por isso, a emergência da necessidade na pesquisa em avaliação de rever seus conceitos
de efeitos e impactos. As questões que a contemporaneidade traz para a pesquisa
educacional são, portanto, muitas. A forma de proposição dessas questões tem mudado,
especialmente pelo esgotamento das análises que não acrescentam conhecimento e
patinam numa repetição de jargões e padrões já exauridos. Emerge uma ânsia de
compreender processos e situações que, para o pesquisador atento e crítico estão à
margem, ou para além, do usual modelo de explicações e grandes categorias já dadas, as
quais não mais dão conta da realidade, dos desencaixes do teorizado e do que sucede,
em que despontam as insuficiências de fórmulas aprendidas.

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Essa percepção, no entanto, demanda a libertação de modelos interpretativos erigidos
em verdades inquestionáveis e de formas e lógicas tomadas como definitivas e últimas.
A educação está imersa na cultura e não apenas vinculada às ciências, que foram
tomadas na modernidade como as únicas fontes válidas de formação e capazes de
oferecer tecnologias de ensino eficientes.

Para o autor Lyotard (1986:98), a educação coloca-se, no seu modo de existir no social,
em ambientes escolares e similares, organizada em torno de processos de construção e
utilização dos significados que conectam o homem com a cultura em que se insere e
suas imagens, com significados gerais, locais e particulares, ou seja, com significados
que se fazem públicos e compartilhados, mas cujo sentido se cria nas relações que
medeiam seu modo de estar nos ambientes e com as pessoas que estão. Transverso a
isto, temos as mídias, as normas, as crenças, os valores extrínsecos. Há surpresas nesses
meandros da história vivida em destaque a essa época pós-moderna, e como coloca
Bauman (2001), essas surpresas são importantes pois provocam a reflexão sobre aquilo
que damos por certo e evidente, ou seja, ela é uma reacção impulsionada pela ruptura de
uma certeza.

Num período transicional em que estruturações e desestruturações, normalizações e


transgressões, imbricam-se dialecticamente, à pesquisa em educação surgem desafios
consideráveis para a compreensão das tessituras das relações no ensinar e no aprender,
na heterogeneidade contextual em que essas tessituras se fazem. Ainda, a própria
compreensão da educação como propósito social e seu estatuto institucional requerem
interrogações que transcendem sua modelagem por teorias ou filosofias que narram um
real cada vez menos real.

1.2 Design, Educação e Novos Suportes (Tecnologias)

A inserção do Design na educação é um fenómeno da pós-modernidade, devido o


surgimento das tecnologias de informação e comunicação como mencionamos no
capítulo anterior, suscitando cada vez mais novas metodologias e tecnologias de
aprendizagem, pautadas na interactividade e cooperação dos educandos, modificando a
relação de espaço-tempo da escola, possibilitando a educação continuada para além dos
muros da escola, ampliando aquilo que se inicia em sala de aula a uma investigação
mais ampla e flexível por meio da sistematização de diversos aspectos das novas
linguagens fora dela.

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Estamos diante de uma geração que mais que na escola é na televisão, captada
por antena parabólica, onde tem aprendido a falar inglês, que experimenta uma
forte empatia com o idioma das novas tecnologias e que crescentemente gosta
mais de escrever no computador do que no papel. Empatia que se apoia numa
plasticidade neuronal (Piscitelli, 1994) que dota os adolescentes de uma enorme
capacidade de absorção de informação, seja via televisão ou videogame, e de
uma quase natural facilidade de entrar e manipular a complexidade das redes
de informáticas. (...) os jovens respondem com uma intimidade feita não só da
facilidade para relacionar-se com as tecnologias audiovisuais e informáticas da
cumplicidade cognitiva e expressiva: é nos relatos e imagens, nas suas
sonoridades, fragmentações e velocidades que encontram seu ritmo, seu idioma
(Lypovetsky, 2004).

Desta forma, o ver e viver no mundo pós-moderno, fizeram com que nossa noção de
tempo e espaço se reduzisse, nos fazendo almejar cada vez mais a rapidez e
simultaneidade das informações, o que vêm provocando mudanças em diversos sectores
como a educação, o entretenimento e a comunicação em prol de uma adaptação às
exigências determinadas pela sociedade actual. Priorizando nossas observações da mídia
no âmbito educacional, vemos que seu uso trouxe incertezas e questionamentos naturais
a um processo de transformação, pois esta rompeu segundo Henry Giroux com as
fronteiras entre “a vida e a arte, alta cultura e cultura popular, imagem e realidade”
(Lypovetsky, 2004: 145), além de permitir as frequentes exposições dos jovens
(crianças e adolescentes) com o universo adulto, diluindo assim, suas diferenças.

Mas dentre esse processo de questionamento, a mídia auxilia na proposta da educação


pós-moderna de liberdade, também reflectida na sociedade de uma forma geral, essa
proposta busca uma educação igualitária com autonomia no agir e no pensar, mas sem
que se transforme em uma experiência narcísica pelos educandos, tudo deve ser
mediado pelo bom senso dos envolvidos, docentes e discentes. Assim, entendemos que
o saber na pós modernidade não comporta mais imposições, conceitos e verdades
transmitidos autoritariamente por um ser que detêm o conhecimento, ignorando as
diferenças e particularidades dos receptores, assim como a própria multiplicidade do
saber. Quanto a isto, podemos afirmar que:

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Não podemos mais nos apoiar no saber legítimo construído de modo sólido
através de uma formação duradoura. Em outras palavras, tal saber se
legitimava tendo como base a experiência acumulada através das gerações e
sua transmissão era garantia de continuidade de algo comum entre os sujeitos
que viveram em espaços e épocas distintas.

A criança hoje, inicia sua vida escolar já com uma bagagem de saberes não científicos
que influenciam a maneira de s relacionarem com o processo de ensino-aprendizagem,
tendo então, seu e desenvolvimento diferente de seus antecessores. Sendo assim, uma
educação coerente aos preceitos da sociedade pós-moderna deve se ater à razão (ideal
moderno) e a subjectividade (ideia pós-moderna), ou seja, o diálogo entre a
objectividade da ciência aliada a emancipação do sujeito e suas particularidades. Esta
nova era permitiu o sobrepujo da subjectividade humana, o que demonstra a
necessidade da escola considerar o ambiente externo a ela, e os indivíduos que nele
vive, como influenciadores do meio, considerando suas experiências e conhecimentos
anteriores à formação educacional, mas ao mesmo tempo, indagando e propondo
questionamentos sobre esta vivência, fornecendo espaço ao debate, ao diálogo e a
interacção entre professor-aluno.

Cabe hoje a escola, o papel de resignificação das relações de convívio entre os jovens e
os saberes, formando indivíduos mais críticos e capazes de reconduzir e reorganizar
eticamente suas práticas sociais e intelectuais e o próprio rumo de sua história, pois se
assim não o fizer, corre um grande risco de declinar. Devido a isto, a cada dia surgem
novas teorias pedagógicas que visam adequar-se à sociedade pós-moderna, e
independente de cada conjectura, todas se baseiam no processo de discurso, seja ele
autoritário ou não. Desta forma, retomamos algumas questões da linguagem e do
discurso como metodologia e acções pedagógicas. O discurso na educação há muito já
era defendido por Vygotsky. Segundo suas teorias, os saberes não podem ser
legitimados ou eficientemente absorvidos senão nos moldes dialógicos, pautados na
escuta democrática, na interlocução entre professor e alunos, e principalmente nas
considerações de experiências exteriores à escola. Esta é uma visão que vai contra o
modelo tradicional de ensino, cujo discurso é pautado no autoritarismo e no poder de
voz e saber exclusivamente transmitido pelo corpo docente.

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O discurso tradicionalista não desapareceu por completo, mas perdeu forças
como acredita Oly Pey graças: Concepções novas em educação os novos
modelos nascem de movimentos sociais dentro de um conjunto de mudanças
sociais e políticas (Lyotard, 1986).

A educação não pode mais consistir em simples transmissão de conteúdos, ela deve se
tornar um instrumento político, estabelecido pela troca de conhecimentos formais (do
professor) e não formais (dos alunos), alcançando um nível eficiente de aprendizado
mediado por reflexões. Esta é uma forma de aproximar os alunos da escola,
estimulando-os a vontade buscar a elucidação das frequentes dúvidas normalmente
ocorridas durante as aulas, guardadas pelo receio da interacção com o professor.

Cabe ao professor gerar questionamentos, reflexões, oferecer pistas que desencadeiem


um trabalho activo para a apreensão da razão de ser do objecto do conhecimento. Ao
consideramos o meio social e cultural dos discentes, os damos oportunidade de falarem
sobre suas experiências, obtendo assim, contribuições múltiplas e ricas a compreensão
dos indivíduos em questão, dando-nos a dimensão do caminho à que devemos
direccionar as nossas práticas pedagógicas. A escola propicia às crianças um
conhecimento sistemático sobre aspectos que não estão associados ao seu campo de
visão ou vivência directa (como no caso dos conceitos espontâneos). Possibilita que o
indivíduo tenha acesso ao conhecimento científico construído e acumulado pela
humanidade.

1.3 Quadro comparativo entre a modernidade e pós-modernismo

Modernismo Pós-Modernismo
Cultura elevada Quotidiano banalizado
Arte Antiarte
Estetização Desestetização
Interpretação Apresentação
Obra/originalidade Processo/ pastiche
Forma/abstracção Conteúdo/figuração
Hermetismo Fácil compreensão
Conhecimento superior Jogo com arte
Oposição ao Publico Participação do público
Critica cultural Comentário cómico, social
Afirmação da arte Desvalorização obra/autor
FONTE: Santos, 1991,P.41-42.

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É evidente neste quadro aspectos que caracterizam a pós-modernidade, que e por muitos
filósofos considerado a época das duvidas, mas também de um avanço, como sustenta
Lyotyard que olha a pós-modernidade numa perspectiva de rejeição de um pensamento
totalizante e os referencias universais iluministas e que implode a razão moderna,
colocando Lyotard em cheque as grandes narrativas que caracterizam a modernidade,
pautando sua analise na esfera linguística, o que Baudrillard considera que o social
transformou-se na pós-modernidade em um simulacro de si mesmo tendendo par o
desaparecimento.

1.4 A linguagem da Animação e as Diversas Tecnologias de Veiculação Como


Contribuinte ao Processo de Ensino - aprendizagem

O design pedagógico aponta novos caminhos à educação, tanto no que diz respeito ao
procedimento projectual da actividade proposta no processo de criação, elaboração,
desenvolvimento de hipóteses, organização e produção, dando maior valor estético ao
projecto, como também, fornece mecanismos para a 26 Ano de publicação do artigo não
informado. Este contribuiu para o surgimento da educação à distância. A Codificação
das linguagens (visuais, audiovisuais, textuais, etc.) para a compreensão e difusão das
mesmas, alfabetizando visual e formalmente os educandos perante as novas linguagens
e novos suportes, por meio do planeamento, desenvolvimento e aplicabilidade dos
métodos e técnicas em prol da aquisição de conhecimento.

Segundo Andrea Filatro (2004), Podemos compreender o design como a acção de


estabelecer uma agenda de objectivos futuros e de encontrar meios e recursos para
cumpri-los (Filatro, 1997:57).

E é assim, que o design dispõe-se às propostas educacionais, dando forma e função às


coisas, e por possuir um carácter interdisciplinar, pode ser aliado a diversas áreas do
saber. A multiplicidade de linguagens voltadas aos processos educativos relacionados
ao design, pela reprodutibilidade técnica, a quantidade transforma-se em qualidade e faz
do Design, não a pesquisa de uma forma adequada a uma função, mas a criação de uma
ideia capaz de introduzir no repertório cultural uma informação nova que reformule o
quotidiano e assinale uma identidade pessoal e faz do receptor um colaborador do
designer (Santos, 1991:143).

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Este fato torna-se importante para a educação, pois no ato de reproduzir uma linguagem
multimidiáctica, os alunos a reinventam a todo instante, e é isso que faz desta prática
transformadora, pois lhes dá a liberdade de criar algo sempre novo, mostrando seus
pontos de vista, com tom de suas vozes. Nesta vertente, o design assume seu papel
social, formando, educando e transformando os educandos através de seus sistemas. Por
meio da imagem, da cor, do movimento, dentre outros códigos, o design contribui na
sistematização de linguagens híbridas, lidando com a materialidade dos pensamentos,
fantasias, memórias e desejos. E esta materialidade pode ser veiculada de várias formas,
seja por um objecto tridimensional, por um desenho, ou por linguagens multimidiáctica,

1.5 O Papel do Professor na Educação Pós-Moderna: O Perfil do Educador na


Pós-Modernidade

A busca pela compressão do papel do professor e da função do acto de ensinar no


universo educacional pós-modernidade, tem levantado serie debates dos pedagogos.
Parece ser claro que a educação, em geral, ponha-se a pensar nos rumos da
profissionalização e formação dos profissionais na actualidade, haja vista que o ensino
nesta área é tradicionalmente um conhecimento técnico, ou seja, reconhece-se
amplamente a necessidade do profissional (no caso o educador), de ter sua formação
continuada e ampliada, sob pena de que se tal atitude não for praticada, o educador não
terá a mínima capacitação de exercer tal função, em frente às habilidades requeridas
pelo crescente e monumental avanço, que o conhecimento vem adquirindo na
actualidade.

Mais do que nunca, o educador não pode ser considerado como somente aquele que
lecciona, a de se pensar que sua acção não se limita a somente a uma sala de aula, que
sua personalidade não é restrita a sua mera profissão de escolha, mas é algo mais
substancial, algo como pessoa capacitada para o esclarecimento, para a lógica, uso da
razão, aquele que é capaz de conceder ao sujeito (o educando), a capacidade de produzir
e utilizar o conhecimento na sua mais perfeita formação, ou seja, para o bem comum e
de seus pares, que implica na utilização e domínio do conhecimento e das áreas
existentes.

Diante do exposto, pergunta-se: Até que ponto os cursos voltados para a educação
reflectem essa responsabilidade? De que forma essa “actualização” da formação docente
está de fato capacitando os novos educadores no referencial educar para quem, e por

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quê? Sabe-se que o uso do termo “educar” não se remete a um simples caso de
transmissão de conhecimento, é muito mais que isso. Faz-se necessário, que o educador
como aquele que tem o indivíduo sobre seus cuidados, possua uma gama incontestável
de conhecimento, assim como uma base inquestionável do mesmo.

Portanto, é fundamental investir e avaliar permanentemente os cursos voltados para a


formação docente, tendo em vista que dá capacitação plena de tais profissionais,
dependerá o futuro de homens emancipados no verdadeiro sentido da palavra. É
pertinentemente importante investir e avaliar das instituições de educação mesmo que
seja com a força da lei, visto que sem a mesma o que se obtém é um descaso total o
conteúdo, a formação e a metodologia aplicada na formação de tais profissionais.

CAPÍTULO 2: TIPOS DE METODOLOGIAS EDUCACIONAIS

2.1 Metodologia Educacional na Pós-Modernidade

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Preocupados em oferecer um ensino de qualidade aos nossos discentes, devemos
entender que a compreensão, assimilação e a utilidade do conhecimento educacional na
metodologia ministrada pelo educador são fundamentais, e que se deve pensar, ou até
mesmo buscar cada vez mais uma especialização continuada, assim como o
desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo e crítico, como
características essenciais para a formação do profissional capaz de atender as exigências
contemporâneas.

O que é o “ensinar”? O que pode ser o ensino em um mundo em mudança? Para Freire
(2010) “formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de
destreza” O debate sobre o campo pedagógico-educacional, no Brasil, sempre esteve
marcado pelas disputas entre concepções de ensinos, interesses de grupos sociais,
correntes ideológicas e intelectuais e de constituições como o estado e a igreja (a
católica principalmente).

O autor afirma que “ninguém é sujeito da autonomia de ninguém”, ou seja, na questão


educacional não devemos ser reféns de ensinos que não condizem com a realidade,
apenas para sustentar interesses de alguns pequenos grupos que se perpetuam no poder.
Dentro dessa perspectiva, falta ao método de ensino pedagógico-educacional debates
em profundidades e sustentação teórica, chegando-se ao mesmo, na actualidade a um
emaranhado de equívocos.

Esta é uma das razões pela qual a discussão epistemológica da metodologia de ensino na
educação, vem sendo uma acção de estrema importância, esteticamente correcta e acima
de tudo desejável a todos.

Portanto, este é um momento de reflexão sobre o espaço científico da metodologia de


ensino, seja como acção reflexiva do factor educacional, seja como instrumento
formador de cultura e opinião.

2.2 A Metodologia Como Produtora de Uma Educação Mais Positiva

Assim vão se esclarecendo algumas das respostas a uma das questões que tanto debatem
os educadores contemporâneos, o que pode e deve ser o ensino metodológico

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educacional hoje em dia? Acreditamos que é a acção que organiza reflexões, conteúdo e
práticas na direcção das principais necessidades educativas, com bases em:

 Qualificação da formação de docentes como um projeto-politico-emacipatório;


 Organização do conhecimento prático e teórico na visão do educador;
 Composições pedagógicas das teorias educacionais com práticas educativas;
 Qualificações e transformações dos exercícios da prática educativa na
internacionalidade de suprir práticas alienantes, excludentes e injustas,
direccionando o indivíduo a um processo humanizante, formativo e
emancipatório;
 Articulação e composição do factor ético e moral no desenvolvimento formativo
da pessoa do cidadão como personalidade.

A prática da docência como podem analisar, é a culminância profissionalizante onde


confluem a sabedoria e as dimensões do ser humano, do criativo, do teórico, do pensar,
do criticar, do analisar, do reflectir, e do racionalizar, todos inerentes ao exercício da
prática como factor culminante.

Por essas características é que essa profissão precisa ter na raiz de sua metodologia o
carácter de formação e o compromisso de emancipação, para a formação de
profissionais que dêem expressão critica as suas práticas, que será altamente qualitativa,
produtiva e utilitária na formação humana do sujeito. Esses elementos de expressão
profissional, também serão capazes de aprenderem, ao mesmo tempo em que ensinam
os sentidos e significações de suas acções, para adequá-los, transformá-los, recriá-los e
aperfeiçoá-los num contínuo exercício de produção do conhecimento nas práticas
educativas.

O mais importante é compreender que não podemos nos sentir dominados ou


dominantes, mas que todos deverão viver harmoniosamente, educados e educadores.
Pois não há liberdade sem conhecimento, nem conhecimento sem liberdade. Faz-se
necessário que o dominado domine aquilo que o dominador domina para que haja
harmonia.

O entendimento harmónico cultural entre os cidadãos dependerá particularmente da boa


vontade de todos os envolvidos na questão, e do respeito mutuo que cada um desses
elementos tenha para com o outro. O antagonismo é uma prática sadia na educação

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desde que se tenha o respeito pela opinião do outro, ou seja, alunos e professores terão
que saber criar condições favoráveis para o crescimento social, emocional e
profissional, independente das necessidades e limitações de cada um.

Muito se critica o educador, nos métodos, nas filosofias educacionais e nas didácticas
como meios para transmitir os conhecimentos. Mas gostaríamos de esclarecer que pode
não parecer, mas está constantemente se tentando e reformulando as práticas e a
didáctica para que se obtenha um desenvolvimento pleno e qualitativo da metodologia
educativa nas escolas, para que o educando possa desenvolver sua intelectualidade
plenamente e ter oportunidades igualitárias.

Cabe ao educador nesses tempos de conhecimentos fragmentados, reunir e direccionar o


saber de forma íntegro, imaculado e justo. Para que ao repassá-lo, obter de seus pupilos
a compreensão harmoniosa do todo.

Conclusão

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Hoje vivemos uma época de mundialização, todos os nossos grandes problemas deixam
de ser particulares para se tornarem mundiais.

A educação é, portanto, algo que devemos olhar com carinho e respeito. Devemos
adoptar o principio de que todos têm o direito de serem educados no sentido amplo e
irrestrito da palavra, seja de forma clássica ou modernista, é irrelevante, o que é
importante é que essa educação seja baseada na ética e moralmente voltada para a
formação de um cidadão mais consciente e útil a sociedade a que é inserido.

No entanto, é preciso que o professor se pergunte como tornar importante e única


actividade, cada tarefa, cada proposta para a vida do seu aluno. É importante que o
educador tenha sempre presente para si que o conhecimento não é algo em constante
movimento e transformação.

Se a educação é uma continua construção e reconstrução do real, o movimento


intelectual que ela comporta e o qual importa não pode ser senão uma dupla mão de
desintegração das ordens intuídas e percebidas e de uma recomposição dessas mesmas
ordens tendo por horizonte uma aventura mental e por ambição a comunicação ( Santos,
1991: 96).

Não podemos esperar indefinidamente que o Estado faça cumprir sua obrigação de
dever, ou seja, que o mesmo venha proporcionar uma educação nota dez, pois todos
sabem o quanto o estado não governa mais, o que se vê hoje em dia e um Estado que se
tornou uma máquina cara demais para a sociedade e que já não é capaz de resolver os
nossos problemas mais básicos. As questões recentes em torno da falta de moral e ética,
algo tão banalizado actualmente, são reflexos com certeza da falta de um ensino de base
educativa e subvencional, sendo que a acção resultante dessa educação é muito
duvidosa e totalmente inútil no referencial educação emancipadora ( Freire, 2010:154)

Ao educador, portanto, cabe às investigações recentes, por exemplo, a subjectividade, à


cultura, à comunicação intersubjectiva, à reflexividade crítica, visando demarcar os elos
entre a teoria educacional e as práticas pedagógicas. Com isso explicita-se o espaço da
pedagogia como ciência da educação, em interface com outras ciências humanas,
delimitando a prática do ensino como base de uma educação mais elevada.

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Bibliografia

BAUMAN, Z. (2001). Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

FILATRO, A.(1997). A Educação na Nossa Era. Rio de Janeiro: Contraponto.

FREIRE, P. (2010). A Educação Moderna. São Paulo: Unicap.

LYOTARD, J-F. (1986). O Pós-Moderno. Rio de Janeiro: José Olímpio.

LYPOVETSKY,G.(2004). Os Tempos Hiper-Modernos. São Paulo: Barcarolla.


SANTOS, J. F. dos. (1991). O Que é Pós-Modernismo. 5ªed. São Paulo: Brasiliense.

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