Produto Kronecker para Matrizes Intervalares

Produto de Kronecker em Matrizes intervalares
IV CBSF - Quarto Congresso Brasileiro de Sistemas Fuzzy
Propriedades do Produto de Kronecker para

Matrizes Intervalares
Rudhero M. dos Santos, Gildson Q. de Jesus, and Eduardo S.

Palmeira
Universidade Estadual de Santa Cruz
16 de Novembro de 2016
uesbrasao
Rudhero M. dos Santos, Gildson Q. de Jesus, and Eduardo S. Palmeira Universidade Estadual de Santa Cruz
Propriedades do Produto de Kronecker para Matrizes Intervalares
Produto de Kronecker em Matrizes intervalares
Esquema de Apresentação
Introdução ao Tema;
Noções Preliminares de Matrizes intervalares;
Produto de Kronecker entre Matrizes intervalares;
Considerações Finais;
Bibliografia;
uesbrasao
Parte I
Introdução
uesbrasao
Produto de Kronecker em Mn (R)
uesbrasao
Produto de Kronecker em Mn (R)
Sejam A e B duas matrizes quadradas de ordem m e n,

respectivamente, com entradas em R, isto é, A e B são matrizes
tais que:
   
a11 a12 . . . a1n b11 b12 . . . b1n
 a21 a22 . . . a2n   b21 b22 . . . b2n 
A= . e B =
   
.. . . ..  .. .. .. .. 
 ..

. . .   . . . . 
an1 an2 . . . ann bn1 bn2 . . . bnn
uesbrasao
O produto de Kronecker (ou tensor) de A e B, e escrevemos
A ⊗ B, é uma matriz de ordem mn × mn, definida por:
 
a11 B a12 B . . . a1n B
 a21 B a22 B . . . a2n B 
A⊗B =  .
 
.. .. .. 
 .. . . . 
an1 B an2 B . . . ann B
.
uesbrasao
Propriedades
(A ⊗ B)(C ⊗ D) = AC ⊗ BD.;
uesbrasao
Propriedades
(A ⊗ B)(C ⊗ D) = AC ⊗ BD.;
Se A e B são inversı́veis, então (A ⊗ B)−1 = A−1 ⊗ B −1 ;
uesbrasao
Propriedades
(A ⊗ B)(C ⊗ D) = AC ⊗ BD.;
Se A e B são inversı́veis, então (A ⊗ B)−1 = A−1 ⊗ B −1 ;
Para todas as matrizes {A, B, C, X} de dimensões
compatı́veis, se C = AXB, então vec(C ) = (B T ⊗ A)vec(X ).;
uesbrasao
Noções Preliminares de Matrizes intervalares
Parte II
Noções Preliminares de Matrizes

intervalares
uesbrasao
Espaço dos Intervalos Reais
Definição
uesbrasao
Definição
Seja M o espaço dos intervalos reais dado por:
M = I (R) ∪ I (R), onde I (R) = {[a, a] ; a ≤ a e a, a ∈ R} e
I (R) = {[a, a] ; [a, a] ∈ I (R)};
uesbrasao
Definição
I (R) = {[a, a] ; [a, a] ∈ I (R)};
Definimos as operações de soma e multiplicação em M,
respectivamente, da seguinte forma:
uesbrasao
Definição
I (R) = {[a, a] ; [a, a] ∈ I (R)};
Soma
[a1 , a2 ] + [b1 , b2 ] = [a1 + b1 , a2 + b2 ].
uesbrasao
Definição
I (R) = {[a, a] ; [a, a] ∈ I (R)};
Soma
[a1 , a2 ] + [b1 , b2 ] = [a1 + b1 , a2 + b2 ].
Multiplicação
uesbrasao
[a1 , a2 ] · [b1 , b2 ] = [a1 b1 , a2 b2 ].
Proposição 1
Com as operações de soma e multiplicação definidas acima temos
que M é um corpo visto que, ∀a, b, c ∈ M, as seguintes
propriedades são satisfeitas:
uesbrasao
Proposição 1
(A1 ) a+b =b+a ;
(A2 ) (a + b) + c = a + (b + c) ;
(A3 ) Existe um elemento 0 ∈ M tal que a + 0 = a ;
(A4 ) Existe um elemento −a ∈ M tal que a + (−a) = 0 ;
uesbrasao
Proposição 1
(A1 ) a+b =b+a ;
(A2 ) (a + b) + c = a + (b + c) ;
(M1 ) a·b =b·a ;
(M2 ) a · (b · c) = (a · b) · c ;
(M3 ) Existe um elemento 1 ∈ M tal que a · 1 = a ;
(M4 ) Existe um elemento a−1 ∈ M tal que a · a−1 = 1 ;
uesbrasao
Proposição 1
(A1 ) a+b =b+a ;
(A2 ) (a + b) + c = a + (b + c) ;
(M1 ) a·b =b·a ;
(M2 ) a · (b · c) = (a · b) · c ;
(M3 ) Existe um elemento 1 ∈ M tal que a · 1 = a ;
(M4 ) Existe um elemento a−1 ∈ M tal que a · a−1 = 1 ;
(D1 ) (a + b) · c = a · c + b · c ; uesbrasao
Prova:
Essa proposição foi provada em [10].
uesbrasao

Notação: denotamos por A = [aij , aij ] para indicar que A é uma
matriz com entradas em M.
Proposição 2
Seja Mm×n (M) o conjunto das matrizes de ordem m × n com
entradas em M. Então Mm×n (M) é um espaço vetorial sobre M
munido das seguintes operações:
∀A, B ∈ Mm×n (M) e k ∈ M, definimos
uesbrasao

Proposição 2
Soma

(A + B)ij = [aij , aij ] + [bij , bij ] = [aij , aij ] + [bij , bij ] =

[aij + bij , aij + bij ]
uesbrasao

Proposição 2
Soma

(A + B)ij = [aij , aij ] + [bij , bij ] = [aij , aij ] + [bij , bij ] =

[aij + bij , aij + bij ]
Multiplicação por intervalo (escalar)

(k · A)ij = k, k [aij , aij ] = [k, k][aij , aij ] = [kaij , kaij ] uesbrasao
com 0 < i ≤ m e 0 < j ≤ n.

Logo, ∀A, B, C ∈ Mm×n (M) e k, x ∈ M, devemos mostrar que

vale as seguintes propriedades:
uesbrasao

(A1 ) A+B =B +A ;
(A2 ) (A + B) + C = A + (B + C ) ;
(A3 ) Existe um elemento 0 ∈ M m×n tal que A + 0 = A ;
(A4 ) Existe um elemento −A ∈ M m×n tal que A + (−A) = 0 ;
uesbrasao

(A1 ) A+B =B +A ;
(A2 ) (A + B) + C = A + (B + C ) ;
(M1 ) (k · x)A = k(x · A) ;
(M2 ) Existe um elemento 1 ∈ M tal que A · 1 = A ;
uesbrasao

(A1 ) A+B =B +A ;
(A2 ) (A + B) + C = A + (B + C ) ;
(M1 ) (k · x)A = k(x · A) ;
(M2 ) Existe um elemento 1 ∈ M tal que A · 1 = A ;
(D1 ) k(A + B) = kA + kB ;
(D2 ) (k + x)A = kA + xA ;
uesbrasao
Ideia da Demonstração
De fato, as provas podem ser feitas a partir de manipulações
diretas usando as definições das operações acima e o fato de que
M é um corpo cf. proposição 1. As provas das propriedades (A1 ),
(A2 ), (A3 ), (A4 ), (M1 ) e (M2 ) são análogas as da proposição 1,
por isso provemos a (D1 ) e (D2 )
uesbrasao
Prova:
sejam A = [[a, a]], B = [b, b] ∈ Mm×n e k = k, k ∈ M, vamos

provar que:
(D1 ) k(A + B) = kA + kB ;
Como vale a distributiva em M, temos que

k(A + B) = k, k ( [aij , aij ] + [bij , bij ] )
= k, k ([aij + bij , aij + bij ])
= [k, k]([aij + bij , aij + bij ])
= [k, k]([aij , aij ] + [bij , bij ])
= [k, k][aij , aij ]+ [k,
k][bij , bij ]
= [k, k][a
ij ij [k,
, a ] + k][b ij , bij ]
= k, k [aij , aij ] + k, k [bij , bij ]
= kA + kB uesbrasao
Prova:
sejam A = [[a, a]] ∈ Mm×n e k = k, k , x = [x, x] ∈ M, vamos

provar que:
(D2 ) (k + x)A = kA + xA ;
Basta usar o fato de que vale a distributividade dos intervalos
reais, logo,

(k + x)A = ( k, k + [x, x]) [aij , aij ]
= (k + x), (k + x) [aij , aij]
= [(k + x), (k + x)][aij , aij ]
= ([k, k] + [x, x])[aij , aij ]
= [k, k][aij , aij ]+ [x,
x][aij , aij ]
= [k, k][a
ij , aij ] + [x, x][aij ,aij ]
= [k, k] [aij , aij ] + [[x, x]] [aij , aij ] uesbrasao
= kA + xA
Portanto, M m×n
Rudhero M. dos Santos, Gildson é um espaço vetorial sobre M.
Q. de Jesus, and Eduardo S. Palmeira Universidade Estadual de Santa Cruz
Observação
Note que as proposições 1 e 2 são interessantes no âmbito da
álgebra linear, pois nos permite, dentre outras coisas, pensar a
cerca de uma base para o espaço das matrizes intervalares, bem
como trabalhar com determinantes, autovalores e autovetores.
Nesse trabalho, restringimo-nos a demonstrar o lema do produto
de Kronecker para matrizes com tais caracterı́sticas e para isso
expomos algumas definições e propriedades importantes a seguir.
uesbrasao
Definição 1: (Produto de Matrizes)

Dadas duas matrizes Am×n e Bn×t com entradas em M, a matriz
produto A · B existe e seus elementos (A · B)ij (0 < i ≤ m e
0 < j ≤ t) são dados por
h ih i
(A · B)ij = [aij , aij ] [b ij , b ij ]
h i
= [ai1 , ai1 ][b 1j , b 1j ] + [ai2 , ai2 ][b 2j , b 2j ] + ... + [ain , ain ][b nj , b nj ]
h i
= [ai1 b 1j , ai1 b 1j ] + [ai2 b 2j , ai2 b 2j ] + ... + [ain b nj , ain b nj ]
h i .
= [ai1 b 1j + ai2 b 2j + ... + ain b nj , ai1 b 1j + ai2 b 2j + ... + ain b nj ]
n n

P P
= [ ait b tj , ait b tj ]
t=1 t=1
uesbrasao
Definição 2: (Matriz Identidade)

Seja A uma matriz quadrada de ordem n com entradas em M.
Procurando definir a matriz identidade intervalar de ordem n,
temos que ela deve satisfazer A · I = I · A = A. Assim, para
qualquer aij (0 < i ≤ n e 0 < j ≤ n) devemos ter
n n

P P
(A · I )ij = [ ait I tj , ait I tj ]
h t=1 t=1 i
= [ai1 I 1j + ... + aij I jj + ... + ain I nj , ai1 I 1j + ... + aij I jj + ... + ain I nj ]
h i
= [aij , aij ]
Logo, I tj = I tj = 0 para t 6= j e I jj = I jj = 1 onde a matriz

identidade de ordem n é da forma
[1, 1] [0, 0] ... [0, 0]
 
 [0, 0] [1, 1] ... [0, 0] 
In =  .. .. ..
 
.. 
 . . . .  uesbrasao
[0, 0] [0, 0] ... [1, 1]
Definição 3: (Matriz transposta)

Seja A uma matriz m × n. Dizemos que a transposta de A, e
denotamos por AT , é uma matriz n × m obtida a partir de trocas
das linhas por colunas de A, isto é, se (A)ij = [aij , aij ] então
(AT )ij = [aji , aji ] .

uesbrasao
Definição 4: (Matriz Inversa)

Sejam A e B matrizes quadradas de ordem n com entradas em M.
Sendo B = A−1 a matriz inversa de A, deve então satisfazer
AB = I . Assim,

(A · B)ij = [1, 1], para i = j
=⇒
 n (A · B)ij = [0, 0], para i 6= j
P Pn
 [ ait btj , ait btj ] = [1, 1], para i = j,


t=1 t=1 =⇒
Pn Pn
 [ ait btj ,

 ait btj ] = [0, 0], para i 6= j
t=1 t=1
 n n
P P
ait btj = ait btj = 1, para i = j,



t=1 t=1 =⇒
n
P n
P uesbrasao


 ait btj = ait btj = 0, para i 6= j
t=1 t=1
Definição 4: (Matriz Inversa)

A partir de A e B, definimos as matrizes A, A, B, B também de
ordem n, porém com entradas reais, dadas por
   
a11 a12 . . . a1n a11 a12 . . . a1n
 a
 21 a22 . . . a2n   a21 a22 . . . a2n 
 
A= . .. , A =  ..

. .. . . .. .. .. 
 . . . .   . . . . 
an1 an2 . . . ann an1 an2 . . . ann
   
b11 b12 . . . b1n b11 b12 . . . b1n
 b21 b22 . . . b2n   b21 b22 . . . b2n 
B= , B = 
   
.. .. .. .. .. .. .. .. 
 . . . .   . . . . 
b1 bn2 . . . bnn bn1 bn2 . . . bnn
Logo, temos que A · B = I e A · B = I . Portanto, se B = A−1 uesbrasao

−1
então B = A−1 e B = A .
Proposição 3
Sejam U ∈ M m×n e V ∈ M n×p e sejam k = k, k , x = [x, x] ∈M.

Então, é válido que (kU)(xV ) = (kx)(UV ).
uesbrasao
Prova
De fato, usando as definições e propriedades supracitadas, temos
que

(kU)(xV ) = ( k, k [u ij ,u ij ] )([x, x] [v ij , v ij ] )
= [kuij, kuij] [[xv ij, xv ij]]
n n

P P
= [ (ku it )(xv tj ), (ku it )(xv tj )]
t=1
n
t=1
n

P P
= [ (kx)(u it v tj ), (kx)(u it v tj )]
t=1 n t=1
n

P P
= [(kx) (u it v tj ), (kx) (u it v tj )]
t=1 t=1
n n

P P
= ( kx, kx )( [ u it v tj , u it v tj ] )
t=1 t=1

= ( k, k [[x, x]])( [u ij , u ij ] [v ij , v ij ] ) uesbrasao
= (kx)(UV )
Produto de Kronecker com Matrizes Intervalares
Parte III
Produto de Kronecker com Matrizes

Intervalares
uesbrasao
Sejam A e B duas matrizes quadradas de ordem m e n,

respectivamente, com entradas em M, isto é, A e B são matrizes
tais que:  
[a11 , a11 ] [a12 , a12 ] . . . [a1m , a1m ]
 [a21 , a21 ] [a22 , a22 ] . . . [a2m , a2m ] 

A = [aij , aij ] =  .. .. .. . e
 . . . .. 
[a , a ] [am2 , am2 ] . . . [amm , amm ]
 m1 m1 
b11 , b11 b 12 , b 12 . . . b1n , b1n
 b21 , b21 b22 , b22 . . . b2n , b2n 
B = [bij , bij ] = 

.. .. .. .. 
.
. . .
 

bn1 , bn1 bn2 , bn2 . . . bnn , bnn
uesbrasao
Definição 5 (Produto de Kronecker)

O produto de Kronecker (ou tensor) de A e B, e escrevemos
A ⊗ B, é uma matriz de ordem mn × mn, definida por:
 
[a11 , a11 ] B [a12 , a12 ] B . . . [a1m , a1m ] B
 [a , a21 ] B [a , a22 ] B . . . [a , a2m ] B 
 21 22 2m
A⊗B = 

.. .. . . .. 
 . . . . 
[am1 , am1 ] B [am2 , am2 ] B . . . [amm , amm ] B
uesbrasao
Exemplo 1
Se A é uma matriz identidade Im com entradas em M, então pela
definição 5, temos que
 
[1, 1] [bij , bij ] [0, 0] [bij , bij ] . . . [0, 0] [bij , bij ]
 [0, 0] [bij , bij ] [1, 1] [bij , bij ] . . . [0, 0] [bij , bij ] 
Im ⊗B = 
 
.. .. .. .. 
.
. . .
 

[0, 0] [bij , bij ] [0, 0] [bij , bij ] . . . [1, 1] [bij , bij ]
uesbrasao
Exemplo 1
Pela definição de multiplicação de um intervalo por uma matriz cf.
proposição 2, obtemos que
 
[bij , bij ] [0, 0] . . . [0, 0]
 [0, 0] [bij , bij ] . . . [0, 0] 
Im ⊗B = 
 
.. .. .. .. 
 . . . . 

[0, 0] [0, 0] . . . [bij , bij ]
uesbrasao
Notação: vec(P) denota um vetor coluna que é obtido pelo

empilhamento de uma matriz P um após o outro, isto é, se
p1 , p2 , ..., pn denota as colunas de P, então
vec(P) = col{p1 , p2 , ..., pn }.
Exemplo 2
Seja P ∈ M2×2 (M). Temos que,
 h i 
[p 11 , p 11 ]
 h i h i   h i 
[p 11 , p 11 ] [p 12 , p 12 ] [p 12 , p 12 ] 
 

P= h i h i  =⇒ vec(P) =  h i 
[p 21 , p 21 ] [p 22 , p 22 ] [p 21 , p 21 ] 
 

 h i 
[p 22 , p 22 ]
uesbrasao
Lema 1: (Propriedades do Produto de Kronecker)

Dadas as matrizes A, B, C e D com entradas em M e de ordens
m × m, n × n, m × k e n × p, respectivamente, os seguintes fatos
são válidos:
(i) (A ⊗ B)(C ⊗ D) = AC ⊗ BD.
(ii) Se A e B são inversı́veis, então (A ⊗ B)−1 = A−1 ⊗ B −1 .
(iii) Para todas as matrizes {A, B, C, X} de dimensões
compatı́veis, se C = AXB, então vec(C ) = (B T ⊗ A)vec(X ).
uesbrasao
Prova (i)

Sejam A = [aij , aij ] , B = [bij , bij ] , C = [c ij , c ij ] e D =

[d ij , d ij ] matrizes intervalares de ordens m × m, n × n, m × k e
n × p, respectivamente. Vamos mostrar esta equivalência a partir
de cálculos usando as definições de produto de kronecker com
matrizes intervalares.
uesbrasao
Prova (i)
Por um lado, temos que:

h i h i h i 
a11 , a11 [b ij , b ij ] a12 , a12 [b ij , b ij ] ... a1m , a1m [b ij , b ij ]
 h i h i h i 

 a21 , a21 [b ij , b ij ] a22 , a22 [b ij , b ij ] ... a2m , a2m [b ij , b ij ] 

A⊗B = 
 
. . .. . 
 . . . 

 . . . . h 

h i h i i
am1 , am1 [b ij , b ij ] am2 , am2 [b ij , b ij ] ... amm , amm [b ij , b ij ]
e

h i h i h i 
c 11 , c 11 [d ij , d ij ] c 12 , c 12 [d ij , d ij ] ... c 1k , c 1k [d ij , d ij ]
 h i h i h  i

 c 21 , c 21 [d ij , d ij ] c 22 , c 22 [d ij , d ij ] ... c 2k , c 2k [d ij , d ij ]


C⊗D = 
 
. . .. . 
 . . . 

 . . . .h 
h i h i i 
c m1 , c m1 [d ij , d ij ] c m2 , c m2 [d ij , d ij ] ... c mk , c mk [d ij , d ij ]
uesbrasao
Prova (i)
De forma análoga, o elemento da 1a linha e 2a coluna da matriz
(A ⊗ C )(C ⊗ D) é:
m m
n n

P P P P
= a1t c t2 , a1t c t2 [ bit d tj , bit d tj ] .
t=1 t=1 t=1 t=1
uesbrasao
Prova (i)
E assim, sucessivamente de forma que obtemos o seguinte
resultado:
(A ⊗ C )(B ⊗ D) =
 " #" # " #" # 
Pm Pm n
P Pn m
P m
P n
P Pn
 a1t c t1 , a1t c t1 [ b it d tj , b it d tj ] ... a1t c tk , a1t c tk
[ b ik d kj , b it d tj ] 
 "t=1 t=1 # " t=1 t=1 # "t=1 t=1 # " t=1 k=1 # 
 
 Pm Pm n
P Pn Pm Pm n
P Pn 

 a c
2t t1 , a c
2t t1 [ b d
it tj , b it d tj ] ... a2t c tk , a2t c tk [ b ik d kj , b it d tj ] 

 t=1 t=1 t=1 t=1 t=1 t=1 t=1 k=1 
 
 . .. . 
 . . 
.
#. " # ."
 
 " # " # 

 Pm m
P n
P n
P Pm m
P n
P n
P


amt c t1 , a1t c t1 [ b it d tj , b it d tj ] ... amt c tk , a1t c tk [ b ik d kj , b it d tj ]
t=1 t=1 t=1 t=1 t=1 t=1 t=1 k=1
uesbrasao
Prova (i)
Por outro lado, pela definição 1, temos que:
m m
n n

P P P P
AC = [ ait c tj , ait c tj ] e BD = [ bit d tj , bit d tj ]
t=1 t=1 t=1 t=1
Logo, nota-se facilmente que o produto de Kronecker AC ⊗ BD é

dado pela mesma representação obtida acima para
(A ⊗ B)(C ⊗ D). O que conclui a demonstração.
uesbrasao
Prova (ii)
Do item (i), tomemos C = A−1 e D = B −1 . Logo, pela definição
4, temos que,
AC = I e BD = I .
Além disso, usando o exemplo 1, obtemos

(A ⊗ B)(C ⊗ D) = 
AC ⊗ BD = I ⊗ I 
I [0, 0] . . . [0, 0]
 [0, 0] I . . . [0, 0] 
= .
 
.. .. .. 
 .. . . . 
[0, 0] [0, 0] . . . I
uesbrasao
Prova (ii)
Novamente, pela definição 4 e o item (i) devemos ter
(A ⊗ C )(B ⊗ D) =
 " #" # " #" # 
Pm Pm n
P Pn m
P m
P n
P Pn
 a1t c t1 , a1t c t1 [ b it d tj , b it d tj ] ... a1t c tk , a1t c tk
[ b ik d kj , b it d tj ] 
 "t=1 t=1 # " t=1 t=1 # "t=1 t=1 # " t=1 k=1 # 
 
 Pm Pm n
P Pn Pm Pm n
P Pn 

 a2t c t1 , a2t c t1 [ b it d tj , b it d tj ] ... a2t c tk , a2t c tk [ b ik d kj , b it d tj ] 

 t=1 t=1 t=1 t=1 t=1 t=1 t=1 k=1 
 
 . .. . 
 . . 
.
#. " .
 
 " # " #" # 

 Pm m
P n
P n
P Pm m
P n
P n
P


amt c t1 , a1t c t1 [ b it d tj , b it d tj ] ... amt c tk , a1t c tk [ b ik d kj , b it d tj ]
t=1 t=1 t=1 t=1 t=1 t=1 t=1 k=1
 
I [0, 0] . . . [0, 0]
 [0, 0] I . . . [0, 0] 
=
 
.. .. .. .. 
 . . . .  uesbrasao
[0, 0] [0, 0] ... I

Prova (ii)
Logo, devemos ter
 m m
n n

P P P P
 a c , a1t c t1 [ bit d tj , bit d tj ] =I
 t=1 1t t1 t=1


 t=1 t=1
m ⇒
m
 n n

 P P P P
a1t c t1 , a1t c t1 [ bit d tj , bit d tj ] = [[0, 0]]



t=1 t=1 t=1 t=1
Nesse caso, pela definição 4, podemos concluir que a matriz C ⊗ D

é a matriz inversa de A ⊗ B e, portanto, segue o resultado.

uesbrasao
Prova (iii)
A ordem das matrizes devem ser convenientes para que exista o
produto entre elas. Então, sem perda de generalidade, sejam
A, B, CeX matrizes quadradas de ordem n. Vamos inicialmente
calcular a matriz C = AXB. Logo,
 
[a11 , a11 ] . . . [a1m , a1m ]
C = AXB = 
 .. .. .. 
. . . 
[am1 , am1 ] . . . [amm , amm ]
  
[x 11 , x 11 ] . . . [x 1n , x 1n ] b11 , b11 . . . b1n , b1n
.. .. .. .. .. ..
=
  
. . . .
. .
 
[x n1 , x n1 ] . . . [x nn , x nn ] bn1 , bn1 . . . bnn , bnn
uesbrasao
Prova (iii)
 n m
n m

P P P P
 a1t x t1 , a1t x t1 ... a1t x tn , a1t x tn 
 t=1 t=1 t=1 t=1 
=
 .. .. .. 
 n . . . 
m n m

 P P P P 
ant x t1 , ant x t1 ... ant x tn , ant x tn
t=1  t=1 t=1  t=1
b11 , b11 . . . b1n , b1n
 .. .. .. 
.
. .
 
bn1 , bn1 . . . bnn , bnn
uesbrasao
Prova (iii)
Dessa forma o primeiro elemento da matriz C é dado por
n m

P P
a1t x t1 , a1t x t1 b11 , b11 + . . . +
t=1
n t=1
m

P P
a1t x tn , a1t x tn bn1 , bn1 =
t=1
n
t=1
m

P P
= ( a1t x t1 )b11 , ( a1t x t1 )b11 + . . . +
t=1n t=1
m

P P
( a1t x tn )bn1 , ( a1t x tn )bn1 =
t=1 t=1
=
n n m m

P P P P
b11 a1t x t1 + . . . + bn1 a1t x tn , b11 a1t x t1 + . . . + bn1 a1t x tn
t=1 n t=1 t=1 t=1
n n n

P P P P uesbrasao
= (bl1 a1t x tl ), (bl1 a1t x tl ) .
l=1 t=1 l=1 t=1
Prova (iii)
De forma análoga, o elemento da 1a linha e 2a coluna da matriz C
é:
n n n n

P P P P
= (bl2 a1t x tl ), (bl2 a1t x tl ) =
l=1 t=1 l=1 t=1
uesbrasao
Prova (iii)
E assim sucessivamente, de forma que
n obtemos a matriz abaixo:
 Pn Pn Pn Pn

P n n P n P P

(b l1 a1t x tl ), (b l1 a1t x tl ) (b l2 a1t x tl ), a1t x tl )
(b l2 ...
 l=1 t=1 l=1 t=1 l=1 t=1 l=1 t=1
 P n Pn Pn Pn Pn Pn Pn Pn
 (b l1 a2t x tl ), (b l1 a2t x tl ) (b l2 a2t b tl ), (b l2 a2t x tl ) ...
 l=1 t=1 l=1 t=1 l=1 t=1 l=1 t=1
 .. .. ..

 n . . .
n n n
n n n n

P P P P P P P P
(b l1 ant x tl ), (b l1 ant x tl ) (b l2 ant x tl ), (b l2 ant x tl ) ...
l=1 t=1 l=1 t=1 l=1 t=1 l=1 t=1
uesbrasao
Prova (iii)
De forma análoga, o elemento da 1a linha e 2a coluna da matriz C
é:
n n n n

P P P P
= (bl2 a1t x tl ), (bl2 a1t x tl ) =
l=1 t=1 l=1 t=1
uesbrasao
Prova (iii)
 P n n n n

P P P
(b a x ), (b a x )
 l=1 l1 t=1 1t tl l=1 l1 t=1 1t tl 
 n n n n

 P P P P 
 l=1(bl1 t=1 a2t x tl ), l=1(bl1 t=1 a2t x tl ) 
 
..
 
 

 n . 
n n n

 P P P P 
 (b l1 a nt x tl ), (b l1 a nt x tl ) 
t=1 t=1
 l=1 l=1

 n n n n

 P P P P 

 (bl2 a1t x tl ), (bl2 a1t x tl )  
 l=1 t=1 l=1 t=1 
 P n Pn Pn Pn 

 (b l2 a x
2t tl ), (b l2 a 2t x tl ) 

 l=1 t=1 l=1 t=1 
vec(C ) =   .
.. 

 
n n n n

 P P P P  uesbrasao

 (bl2 ant x tl ), (bl2 ant x tl )  
 l=1 t=1 l=1 t=1 
 Q. de Jesus, and Eduardo S. ...Palmeira
 
Rudhero M. dos Santos, Gildson Universidade
 Estadual de Santa Cruz

Propriedades do Produto 
de Kronecker
n para Matrizes Intervalares n

n n 
Prova (iii)
Por outro lado, vamos calcular (B T ⊗ A)vec(X ). Logo, usando as
definições 3 e 5, temos que
T
 (B ⊗ A)vec(X ) = 
b11 , b11 [aij , aij ] . . . bn1 , bn1 [aij , aij ]
 .. .. .. 
.
. .
 

b1n , b1n [aij , aij ] . . . bnn , bnn [aij , aij ]
 
[x 11 , x 11 ]
 .. 

 . 

 [x , x n1 ] 
 n1 
..
=
 

 . 
 [x 1n , x 1n ] 
..
  uesbrasao
 
 . 
[x nn , x nn ]
Prova (iii)
Note que, por definição, vec(X ) é um vetor coluna em bloco, isto
é, cada coluna da matriz X forma um vetor coluna (bloco) de
tamanho n em vec(X ). Visto isso e usando a proposição 3, para
calcularmos o primeiro elemento do produto acima, temos que
h ih i h ih i
( b 11 , b 11 [aij , aij ] ) [x i1 , x i1 ] + ... + ( b n1 , b n1 [aij , aij ] ) [x in , x in ] =
h i h i h i h i
= b 11 , b 11 ( [aij , aij ] [x i1 , x i1 ] ) + ... + b n1 , b n1 ( [aij , aij ] ) [x in , x in ] ) =
" # " #
h i P n P n h i P n Pn
= b 11 , b 11 [ a1t x t1 , a1t x t1 ] + . . . + b n1 , b n1 [ a1t x tn , a1t x tn ] =
t=1 t=1 t=1 t=1
" #
Pn Pn n
P n
P
= [ (b l1 a1t x tl ), (b l1 a1t x tl )]
l=1 t=1 l=1 t=1
uesbrasao
Prova (iii)
Ou seja, cada elemento do vetor (B T ⊗ A)vec(X ) é também um
vetor da forma vec(C ). Facilmente, notamos que o resultado será
o mesma obtido em vec(C ). Portanto, concluı́mos que
vec(C ) = (B T ⊗ A)vec(X ).
uesbrasao
Bibliografia
Costa, T. M. and Chalco-Cano, Y. and Lowick,W. A.,

Generalized interval vector spaces and interval optimization,
Information Sciences, 311: 74-85, 2015.
E. D. Popov, Extended Interval Arithmetic in IEEE
Floating-Point Environment, Interval Computations,
4:100-129, 1994.
Sunaga, T., Theory of an Interval Algebra and its Application
to Numerical Analysis, RAAG Memoirs, 1958.
Hansen, E., Interval Arithmetic in Matrix Computations, Part
I, Journal of the Society for Industrial and Applied
Mathematics Series B Numerical Analysis, 2(2):308?320.
uesbrasao
Hansen, E., Interval Matrices: Singularity and Real
Eigenvalues, Journal of the Society for Industrial and Applied
Mathematics
Rudhero M. dos Santos, Gildson Q. deSeries
Jesus, andB Numerical
Eduardo S. Palmeira Analysis, 30(3):864-870.
Universidade Estadual de Santa Cruz

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Produto de Kronecker em Matrizes intervalares

IV CBSF - Quarto Congresso Brasileiro de Sistemas Fuzzy

Propriedades do Produto de Kronecker para

Rudhero M. dos Santos, Gildson Q. de Jesus, and Eduardo S.

Universidade Estadual de Santa Cruz

Sejam A e B duas matrizes quadradas de ordem m e n,

Noções Preliminares de Matrizes

Espaço dos Intervalos Reais

Espaço dos Intervalos Reais

Espaço dos Intervalos Reais

Espaço dos Intervalos Reais

Espaço dos Intervalos Reais

Multiplicação por intervalo (escalar)

com 0 < i ≤ m e 0 < j ≤ n.

Logo, ∀A, B, C ∈ Mm×n (M) e k, x ∈ M, devemos mostrar que

Logo, ∀A, B, C ∈ Mm×n (M) e k, x ∈ M, devemos mostrar que

Logo, ∀A, B, C ∈ Mm×n (M) e k, x ∈ M, devemos mostrar que

Logo, ∀A, B, C ∈ Mm×n (M) e k, x ∈ M, devemos mostrar que

Definição 1: (Produto de Matrizes)

Definição 2: (Matriz Identidade)

Logo, I tj = I tj = 0 para t 6= j e I jj = I jj = 1 onde a matriz

Definição 3: (Matriz transposta)

Definição 4: (Matriz Inversa)

Definição 4: (Matriz Inversa)

Logo, temos que A · B = I e A · B = I . Portanto, se B = A−1 uesbrasao

Então, é válido que (kU)(xV ) = (kx)(UV ).

Produto de Kronecker com Matrizes

Sejam A e B duas matrizes quadradas de ordem m e n,

Definição 5 (Produto de Kronecker)

Notação: vec(P) denota um vetor coluna que é obtido pelo

Lema 1: (Propriedades do Produto de Kronecker)

Logo, nota-se facilmente que o produto de Kronecker AC ⊗ BD é

Além disso, usando o exemplo 1, obtemos

[0, 0] [0, 0] ... I

Nesse caso, pela definição 4, podemos concluir que a matriz C ⊗ D

Costa, T. M. and Chalco-Cano, Y. and Lowick,W. A.,

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