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MTM – ETIMOLOGIA & DIVISÕES

Etimologia: grego μ?θημα (mathema). Que, em tradução livre, significa “aquilo que pode
ser aprendido”.
É o estudo da aritmética, álgebra, geometria,trigonome- tria, estatística e cálculo, em
busca de sistematização de quantida-
des, medidas, espaços, estruturas e variações.
1.Aritmética: é a área que estuda os números, bem como as operações existentes entre
eles. Trata-se do ramo mais antigo da matemática.
2.Álgebra: estuda a manipulação de incógnitas, inseridas em equações e em outras
formas algébricas.
3. Geometria: é o estudo das dimensões espaciais de figuras geométricas, tais como área
e volume.
3.Trigonometria: estuda as funções trigonométricas e investiga as relações entre
as medidas angulares de triângulos.
4.Estatística: Conjunto de métodos que tem como objetivo a coleta, o tratamento e a
interpretação de dados. Dados: informação ou informações colhidas para análise.
5.Cálculo: operação ou conjunto de operações aritméticas e ou algébricas; cômputo

MTM - HISTÓRIA

Os registros mais antigos indicam que a matemática faz parte da nossa história desde
tempos pré-históricos. Nessa época, percebeu-se a necessidade de relacionar o número de animais
no rebanho, por exemplo, ou a quantidade de algum recurso com outros objetos, como pedras ou
marcas feitas em pedaços de ossos ou madeira.
O início da Idade Antiga foi marcado pelo surgimento da escrita e pelo desenvolvimento de
muitas civilizações. Ex:
Egípcios, mesopotâmios, hebreus, gregos e romanos. Os egípcios, por exemplo, foram os
primeiros a utilizar a matemática, por volta de 1500 a.C.
Chegaram a criar um sistema de numeração, que foi utilizado por outras civilizações. Os
romanos, inclusive, basearam-se no sistema numérico egípcio para criar uma nova forma de contar,
com isso, foram capazes de representar muito mais números que os sistemas de contagem já
existentes.
Os primeiros estudos de aritmética surgiram nas escolas gregas pelas mãos de grandes
filósofos, como Pitágoras, Tales de Mileto e Platão. Outros grandes nomes, como Euclides, Apolônio e
Arquimedes, foram essenciais para o desenvolvimento da geometria.

Sólidos geométricos estudados na escola de Platão e suas respectivas planificações.


Na Idade Média, o sistema de numeração árabe foi implantado no Ocidente, e os números
passaram a ser escritos na forma como os conhecemos hoje. Nessa época, a álgebra passou a ser
utilizada para resolver diferentes tipos de problemas, bem como começou a ser usada com
a geometria.
No século XVII, a Matemática passou por um período revolucionário, pois surgiram
importantes ferramentas, como os logaritmos, o plano cartesiano, cálculos de probabilidades e
também o cálculo infinitesimal, desenvolvido pelo físico inglês Isaac Newton.
Nos últimos séculos, alguns importantes problemas matemáticos foram solucionados.
Destacam-se a demonstração do teorema de Fermat e a solução para o problema
das conjecturas esféricas de Poincaré.
No século XIX, surgiram importantes estudos na área de espaços vetoriais.
1
Por exemplo:
O matemático James Clerk Maxwell unificou as equações diferenciais do
eletromagnetismo.
Já no século XX, foi a vez de Albert Einstein desenvolver seus cálculos da relatividade
geral e restrita, a partir das equações de Maxwell e também das transformações de Lorentz. De lá
para cá, os físicos aprenderam a descrever quase todas as interações da natureza por meio de um
grande conjunto de equações diferenciais, conhecidas como modelo-padrão.
Atualmente, muitos avanços da matemática têm surgido do estudo de números primos.
Isso tem sido possível graças ao trabalho de brilhantes matemáticos de todo o mundo e também pelo
desenvolvimento de computadores mais avançados, capazes de resolver cálculos extensos em
tempos cada vez menores.

MTM - UTILIDADE

A matemática perpassa por grande parte das áreas do conhecimento, em especial, as


ciências da natureza e as ciências aplicadas, como as engenharias. A matemática aplicada permite a
elaboração de estatísticas que auxiliam na compreensão de fenômenos biológicos, físicos, químicos e
até mesmo sociais, cuja análise é complexa e depende de muitas variáveis.
O desenvolvimento da matemática permitiu a construção de modelos que explicam o
funcionamento da natureza. É a partir da linguagem matemática que se explicam a gravidade,
a eletricidade, os fenômenos eletromagnéticos etc.
Além do papel fundamental que desempenha dentro das ciências, a matemática também é
de extrema necessidade para a solução de problemas cotidianos. A contagem do tempo, o controle de
gastos, as divisões e o agrupamento de coisas em conjuntos diferentes, por exemplo, são habilidades
desenvolvidas ao longo da vida que só são possíveis quando estudamos e passamos a compreender
a matemática.

SISTEMA DE NUMERAÇÃO ROMANO

Esse Sistema de numeração é o mais usado nas escolas, depois do sistema de


numeração decimal. E também na representação de:
• designação de séculos e datas;
• indicação de capítulos e volumes de livros;
• mostradores de alguns relógios, etc.

No Sistema de Numeração Romano é utilizado sete letras (símbolos) que representam os


seguintes números:

1 I
5 V

10 X
50 L

100 C
500 D

1000 M

2
Para formar outros números romanos utiliza-se as letras acima repetindo-as uma, duas ou
três vezes (nunca mais de três). Sendo que as letras V, L e D não podem ser repetidas.

2 II

3 III
20 XX

30 XXX
200 CC

300 CCC
2000 MM

3000 MMM

Para formar números diferentes dos citados até agora, devemos saber que as letras I, X e
C, colocam-se à esquerda de outras de maior valor para representar a diferença deles, obedecendo às
seguintes regras: 
♦ I coloca-se à esquerda de V ou X 
♦ X coloca-se à esquerda de L ou C 
♦ C coloca-se à esquerda de D ou M
Se colocarmos um símbolo de maior valor primeiro que o de menor valor, somamos os
números assim:

VI ( 5 + 1) 6
XIII (10 + 3) 13

LIV (50 + 4) 54
CX (100 + 10) 110

Se colocarmos um símbolo de menor valor primeiro que o de maior valor, diminuímos os


números assim:

IV (5 - 1) 4

IX (10 - 1) 9
XL (50 – 10) 40

XC (100 – 10) 90
CD (500 – 100) 400

CM (1000 – 100) 900

SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL

O sistema de numeração decimal é de base 10, ou seja utiliza 10 algarismos (símbolos)


diferentes para representar todos os números.
Formado pelos algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, é um sistema posicional, ou seja, a
posição do algarismo no número modifica o seu valor.
É o sistema de numeração que nós usamos. Ele foi concebido pelos hindus e divulgado no
ocidente pelos árabes, por isso, é também chamado de "sistema de numeração indo-arábico".
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Evolução do sistema de numeração decimal
Características
Possui símbolos diferentes para representar quantidades de 1 a 9 e um símbolo para
representar a ausência de quantidade (zero).
Como é um sistema posicional, mesmo tendo poucos símbolos, é possível representar
todos os números.
As quantidades são agrupadas de 10 em 10, e recebem as seguintes denominações:
10 unidades = 1 dezena
10 dezenas = 1 centena
10 centenas = 1 unidade de milhar, e assim por diante
Exemplos

Ordens e Classes

No sistema de numeração decimal cada algarismo representa uma ordem, começando da


direita para a esquerda e a cada três ordens temos uma classe.

Para fazer a leitura de números muito grandes, dividimos os algarismos do número em


classes (blocos de 3 ordens), colocando um ponto para separar as classes, começando da direita para
a esquerda.
Exemplos
1) 57283
Primeiro, separamos os blocos de 3 algarismos da direita para a esquerda e colocamos
um ponto para separar o número: 57. 283.
No quadro acima vemos que 57 pertence a classe dos milhares e 283 a classe das
unidades simples. Assim, o número será lido como: cinquenta e sete mil, duzentos e oitenta e três.
2) 12839696
Separando os blocos de 3 algarismos temos: 12.839.696
O número então será lido como: doze milhões, oitocentos e trinta e nove mil, seiscentos e
noventa e seis.
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ARITMÉTICA - DEFINIÇÃO

Da palavra grega ἀριθμός, arithmós, "número".


O termo 'aritmética' (português) provém do grego 'arithmós', que se refere aos números,
enquanto o prefixo 'ar_' implica reunir, isto é, aritmética é a ciência que reúne - soma, subtrai,
multiplica, divide - números. Trata-se, portanto, da parte da matemática que estuda as operações
numéricas e, por extensão de sentido, significa tudo que pressupõe um cálculo qualquer.
É o ramo da matemática que lida com números e com as operações possíveis entre eles.
É o ramo mais antigo e mais elementar da matemática, usado por quase todos, seja em tarefas do
cotidiano, em cálculos científicos ou de negócios. Matemáticos profissionais, por vezes, usam o termo
"aritmética superior"[1] quando se refere a resultados mais avançados relacionados à teoria dos
números, mas isso não deve ser confundido com a aritmética elementar. Resumidamente são as
quatro operações matemáticas, ou seja, adição, subtração, multiplicação e divisão.

ÁLGEBRA - DEFINIÇÃO

É a parte da matemática que compõe e decompõe quantidades conhecidas (números


precisos) e desconhecidas (representadas por letras, chamadas de variáveis).
Uma variável é um símbolo (geralmente uma única letra) que representa um número não
especificado, desconhecido
O objetivo do uso de variáveis é permitir generalizações em matemática. Isso é útil,
vejamos as três principais razões:
1 – Permite que equações (igualdades) e inequações (desigualdades) aritméticas sejam
formuladas como leis. Por exemplo: Para todo a e b. É o primeiro passo para o estudo sistemático dos
números reais.
2 - Permite a referência a números que não são conhecidos. No contexto de um problema,
uma variável pode representar um determinado valor que ainda é desconhecido, mas que pode ser
encontrado através da formulação e manipulação de equações;
3 - Permite a exploração de relações matemáticas entre quantidades. Por exemplo: Se
você vender X ingressos, então seu lucro será de X reais).

Opera Elemento operação


Notação comutativa associativa
ção neutro inversa

0, que preserva

(a + b) + c = os
Adição a + b a + b = b + a Subtr ( - )
a + (b + c) números: a + 0

= a

1, que preserva

a × b ou a• (a × b) × c = os


Multip a × b = b × a Divis ( / )
b a × (b × c) números: a × 1

= a

Não associativa 1, (apenas à


Potenc ab ou a^b Não comutativa ab≠ba Rad
(a^b)c=abc ≠a(b^c) direita): a1 = a

CONJUNTOS

CONJUNTOS - DEFINIÇÃO
MATEMÁTICA
Conjunto é uma reunião de elementos, podemos dizer que essa definição é bem primitiva,
mas a partir dessa ideia podemos relacionar outras situações. O conjunto universo e o conjunto vazio
são tipos especiais de conjuntos.
Vazio: não possui elementos e pode ser representado por { } ou Ø.
Universo: possui todos os elementos de acordo com o que estamos trabalhando, pode ser
representado pela letra maiúscula U.
5
Os conjuntos servem para representar qualquer situação envolvendo ou não elementos.
Na Matemática, uma importante aplicação dos conjuntos é na representação de conjuntos numéricos.

Conjunto dos números Naturais


Conjunto dos números Inteiros
Conjunto dos números Racionais
Conjunto dos números Irracionais
Conjunto dos números Reais
Conjunto dos números Complexos
Conjunto dos números Algébricos
Conjunto dos números Transcendentais
Conjunto dos números Imaginários

Os estudos básicos sobre conjuntos deram origem aos estudos relacionados às Teorias
dos Conjuntos, que faz uma análise sobre as suas propriedades. Esses estudos se originaram nos
trabalhos do matemático russo Georg Cantor. Na teoria dos conjuntos, os elementos podem ser:
pessoas, números, outros conjuntos, dados estatísticos e etc.

CONJUNTOS – NOTAÇÕES IMPORTANTES

►Conjunto unitário e conjunto vazio

Por exemplo:
A = { x | x é par e 4 < x < 8 }  ou  A = {6}
B = { x | 2x + 1 = 7 e x é inteiro }  ou  B = {3}
Os dois conjuntos acima são exemplos de conjuntos unitários. Pois possuem apenas um
elemento.
Dado o conjunto C = { y | y é natural e 2 < y < 3 } é um conjunto que não possui nenhum
elemento, esse tipo de conjunto é chamado de conjunto vazio.

Indicamos um conjunto vazio por {  } ou    , nunca por {  }.


O conjunto que não possui nenhum elemento é chamado de conjunto vazio e pode ser
represento de duas formas.

► Igualdade de conjuntos
Dizemos que um conjunto é igual a outro se todos os elementos de um conjunto forem
iguais a todos os elementos do outro conjunto.
Exemplo:
Dados os conjuntos A = {0,1,2,3,4} e B = {2,3,4,1,0} como todos os elementos são iguais
podemos dizer que A = B.

►Relação Conjunto-Conjunto e Elemento-Conjunto

Quando vamos fazer a relação de elemento com conjunto utilizamos os símbolos de   
pertence e     não pertence .
Por exemplo:
Dado o conjunto dos números naturais o elemento 5   N  e   -8   N.

Agora quando relacionamos conjunto com conjunto utilizamos os símbolos de   está

contido e     não está contido .

Por Exemplo:
{1,2,3}   {1,2,3,4,5,6}
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O conjunto dos N está contido dentro dos inteiros. N   Z e o conjunto dos inteiros não

está contido dentro do conjunto dos naturais  Z     N. 

♦ Todo conjunto está contido em si mesmo B B. 


♦ O conjunto vazio está contido em todo conjunto A

CONJUNTOS- REPRESENTAÇÃO

A representação de um conjunto depende de determinadas condições:

1 - Representação através de seus elementos.


O conjunto dos números pares maiores que zero e menores que quinze.
A = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14}

O conjunto dos números Naturais ímpares menores que vinte.


A = {1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15, 17, 19}

2 - Representação pela propriedade de seus elementos


A = {x / x é par e 0 < x < 15},
o símbolo da barra (/) significa “tal que”.
x tal que x é par e x maior que zero e x menor que 15.

A = {x Є N / x é impar e x < 20}


x pertence naturais tal que x é impar menor que 20.

3 – Diagrama de Venn (John Venn)


Outra forma de representação de conjuntos de elementos é a utilização de diagramas.
Observe os conjuntos A e B.
A = {x / 2 < x ≤ 12} e B = {x / 4 < x < 8}

União do conjunto A com o conjunto B. (A U B)

CONJUNTOS- OPERAÇÕES

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A motivação para o estudo das operações entre conjuntos vem da facilidade que elas
trazem para a resolução de problemas numéricos do cotidiano. Utilizaremos algumas ferramentas
gráficas, como o diagrama de Venn-Euler, para definir as principais operações entre dois ou
mais conjuntos, sendo elas: união de conjuntos, intersecção de conjuntos, diferença de conjuntos e
conjunto complementar.

União de conjuntos

A união entre dois ou mais conjuntos será um novo conjunto constituído por elementos
que pertencem a, pelo menos, um dos conjuntos em questão. Formalmente o conjunto união é dado
por:

Sejam A e B dois conjuntos, a união entre eles é formada por elementos que pertencem
ao conjunto A ou ao conjunto B.
Em outras palavras, basta unir os elementos de A com os de B.

Exemplo:
a) Considere os conjuntos A = {0, 2, 4, 6, 8, 10} e B = {1, 3, 5, 7, 9, 11}:
A U B = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11}
b) A = {x | x é um número par natural} e B {y | y é um número ímpar natural}
A união de todos os pares naturais e todos os ímpares naturais resulta em todo o conjunto
dos números naturais, logo, temos que:

Intersecção de conjuntos

A intersecção entre dois ou mais conjuntos também será um novo conjunto formado
por elementos que pertencem, ao mesmo tempo, a todos os conjuntos envolvidos. Formalmente
temos:

Sejam A e B dois conjuntos, a intersecção entre eles é formada por elementos que
pertencem ao conjunto A e ao conjunto B. Desse modo, devemos considerar somente os elementos
que estão em ambos os conjuntos.

Exemplo
a) Considere os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, B = {0, 2, 4, 6, 8, 10}
e C = {0, –1, –2, –3}
A ∩ B = {2, 4, 6}
A∩C={}
B ∩ C = {0}

A Diferença entre dois conjuntos A e B

A diferença entre dois conjuntos, A e B


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É dada pelos elementos que pertencem a A e não pertencem a B.

No diagrama de Venn-Euler, a diferença entre os conjuntos A e B é:

Exemplo
Considere os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}, B = {0, 1, 2, 3, 4, 6, 7} e C = { }. Vamos
determinar as seguintes diferenças.
A – B = {5}
A – C = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}
C–A={}
Observe que, no conjunto A – B, tomamos inicialmente o conjunto A e “tiramos” os
elementos do conjunto B. No conjunto A – C, tomamos o A e “tiramos” o vazio, ou seja, nenhum
elemento. Por último, em C – A, tomamos o conjunto vazio e “tiramos” os elementos de A, que, por
sua vez, já não estavam lá.

Conjuntos Complementares

Considere os conjuntos A e B, em que o conjunto A está contido no conjunto B, isto é,


todo elemento de A também é elemento de B. A diferença entre os conjuntos, B – A, é chamada de
complementar de A em relação a B. Em outras palavras, o complementar é formado por todo
elemento que não pertence ao conjunto A em relação ao conjunto B, em que ele está contido.

Considere os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B ={0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}.


O complementar de A em relação a B é:

Exercícios resolvidos

Questão 1 – Considere os conjuntos A = {a, b, c, d, e, f} e B ={d, e, f, g, h, i}. Determine (A


– B) U (B – A).
Solução
Inicialmente determinaremos os conjuntos A – B e B – A e, em seguida, realizaremos a
união entre eles.
A – B = {a, b, c, d, e, f} – {d, e, f, g, h, i}
A – B = {a, b, c}
B – A = {d, e, f, g, h, i} – {a, b, c, d, e, f}
B – A = {g, h, i}
Logo, (A – B) U (B – A) é:
{a, b, c} U {g, h, i}
{a, b, c, g, h, i}
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Questão 2 – (Vunesp) Suponhamos que A U B = {a, b, c, d, e, f, g, h}, A ∩ B = {d, e} e A –
B = {a, b, c}, então:
a) B = {f, g, h}
b) B = {d, e, f, g, h}
c) B = { }
d) B = {d, e}
e) B = {a, b, c, d, e}
Solução
Alternativa b.
Dispondo os elementos no diagrama de Venn-Euler, segundo o enunciado, temos:

Portanto, o conjunto B = {d, e, f, g, h}.

CONJUNTOS NUMÉRICOS

I – CONJUNTOS DOS NÚMEROS NATURAIS - N


Os números que pertencem ao Conjunto dos Naturais são os não decimais maiores e
iguais a zero.

N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12...}

Dentro de um conjunto podemos tirar um subconjunto (conjunto retirado de dentro de outro


conjunto), dentro do conjunto dos naturais temos o conjunto dos naturais menos o zero, esse
conjunto é representado por N*:

N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12...}

Quando vamos fazer a comparação de elemento com conjunto ou vice-versa utilizamos o


símbolo de  (pertence) e   (não pertence):
Por Exemplo:
5   N
3,58   N
-6   N

Representação Geométrica de N

A reta numérica dos naturais cresce apenas para a direita.

2 – CONJUNTOS DOS NÚMEROS INTEIROS – Z

Os números inteiros estão presentes no cotidiano, envolvidos em determinadas situações:


medições de temperatura acima ou abaixo de 0 ºC, para situar fusos horários de países, posições
abaixo ou acima do nível do mar, identificar saldos bancários com crédito ou débito, saldo de gols dos
times de futebol em um campeonato, desacelerações de corpos e etc.

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O conjunto dos números Inteiros é representado pela letra Z (maiúscula), inclui todos os
números inteiros positivos e inteiros negativos. Para indicar que o zero não está fazendo parte do
conjunto determinado, indicamos assim Z*. Observe os exemplos a seguir:
 
Z = {.... , -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ....}
Z* = {.... , -3, -2, -1, 1, 2, 3, ...}
Obs.: Antecessores e Sucessores

Dentro do conjunto dos números Inteiros podemos localizar o conjunto dos números
Naturais. Dizemos que N está contido em Z.
Representação dos números Inteiros na reta numérica.

3 – CONJUNTOS DOS NÚMEROS RACIONAIS – Q

Os números racionais surgiram da necessidade de representar partes de um inteiro.


Durante as inundações do Rio Nilo, no Egito Antigo, as terras que ficavam submersas recebiam muitos
nutrientes, dessa forma tornavam-se muito férteis para a agricultura. Quando as águas baixavam, era
necessário remarcar os limites entre os lotes de cada proprietário. Por mais eficiente que fosse a
medida utilizada, dificilmente ela caberia um número inteiro de vezes na corda, isso levava a utilização
das frações.
O conjunto dos números racionais engloba todos os algarismos na forma de a/b, com b ≠
0, isto é, os números fracionários e as dízimas periódicas (números decimais). O conjunto é
representado pela letra Q maiúscula. Observe alguns exemplos de números racionais:
3/5 ou 0,6
4/9 ou 0,4444...
2/11 ou 0,18181818...
1/3 ou 0,33333...
–36/10 ou –3,6

Os Subconjuntos dos Números Racionais

Todo número inteiro é um número racional, portanto, o conjunto dos números inteiros (Z) é
um subconjunto do conjunto dos números racionais (Q). Veja demonstração através da utilização de
diagramas:

Dentro do conjunto dos números existem os seguintes subconjuntos:

Q* = conjunto dos números racionais com ausência do zero.


Q+ = engloba somente os números racionais positivos.
Q– = engloba somente os números racionais negativos.
Q*+ = engloba somente os números racionais positivos com
ausência do zero.
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Q*– = engloba somente os números racionais negativos com
ausência do zero.

O Conjunto dos Números Racionais envolve os números:

1 – NATURAIS – N
Todo número natural pode ser representado por fração
4 = 2/2
10 = 5/2
3 = 3/1

2 – INTEIROS - Z
0 = 0/1
– 6 = – 6/1
2250 = 2250/1
– 500 = –500/1

3 – FRACIONÁRIOS

O símbolo   significa a:b, sendo a e b números naturais e b diferente de zero.


Chamamos:

   de fração;
a de numerador;
b de denominador.

Se a é múltiplo de b, então   é um número natural. Veja um exemplo:

A fração   é igual a 8:2. Neste caso, 8 é o numerador e 2 é o denominador. Efetuando a

divisão de 8 por 2, obtemos o quociente 4. Assim,   é um número natural e 8 é múltiplo de 2.


Durante muito tempo, os números naturais foram os únicos conhecidos e usados pelos
homens. Depois começaram a surgir questões que não poderiam ser resolvidas com números
naturais. Então surgiu o conceito de número fracionário.
Seria possível substituir a letra X por um número natural que torne a sentença abaixo
verdadeira?
5 . X = 1
Substituindo X, temos:
X por 0, temos: 5.0 = 0
X por 1, temos: 5.1 = 5
Portanto, substituindo X por qualquer número natural, jamais encontraremos o produto 1.
Para resolver esse problema, temos que criar novos números. Assim, surgem os números
fracionários.
Toda fração equivalente representa o mesmo número fracionário.

Portanto, uma fração    (n diferente de zero) e todas frações equivalentes a ela

representam o mesmo número fracionário  .

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Resolvendo agora o problema inicial, concluímos que X =  , pois 

O SIGNIFICADO DE UMA FRAÇÃO

Algumas vezes,   é um número natural, outras vezes não.

Neste caso, qual é o significado de  ?

Uma fração envolve a seguinte ideia: dividir algo em partes iguais. Dentre essas partes,
consideramos uma ou algumas, conforme nosso interesse.

Exemplo: Roberval comeu  de um chocolate. Isso significa que, se dividíssemos o


chocolate em 4 partes iguais, Roberval teria comido 3 partes:

   Na figura acima, as partes pintadas seriam as partes comidas por Roberval, e a parte
branca é a parte que sobrou do chocolate.

COMO SE LÊ UMA FRAÇÃO

As frações recebem nomes especiais quando os denominadores são 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e


também quando os denominadores são 10, 100, 1000, ...

um meio dois quintos

um terço quatro sétimos

um quarto sete oitavos

um quinto quinze nonos

um sexto um décimo

um sétimo um centésimo

um oitavo um milésimo

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um nono oito milésimos

CLASSIFICAÇÃO DAS FRAÇÕES

Fração própria: o numerador é menor que o denominador: 

Fração imprópria: o numerador é maior ou igual ao denominador. 

Fração aparente: o numerador é múltiplo do denominador. 

FRAÇÕES EQUIVALENTES

Frações equivalentes são frações que representam a mesma parte do todo.

 são equivalentes.
Para encontrar frações equivalentes, devemos multiplicar o numerador e o denominador
por um mesmo número natural, diferente de zero.

Exemplo: obter frações equivalentes à fração  .

Portanto as frações   são algumas das frações equivalentes a  .

SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES

Uma fração equivalente a  , com termos menores, é  . A fração   foi obtida dividindo-

se ambos os termos da fração   pelo fator comum 3. Dizemos que a fração   é uma fração

simplificada de  .

A fração   não pode ser simplificada, por isso é chamada de fração irredutível. A

fração   não pode ser simplificada porque 3 e 4 não possuem nenhum fator comum.

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS FRACIONÁRIOS

1º) denominadores iguais


Para somar frações com denominadores iguais, basta somar os numeradores e conservar
o denominador.
- Para subtrair frações com denominadores iguais, basta subtrair os numeradores e
conservar o denominador.
Observe os exemplos:

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2º) denominadores diferentes
Para somar frações com denominadores diferentes, uma solução é obter frações
equivalentes, de denominadores iguais ao mmc dos denominadores das frações. Exemplo: somar as

frações  .
Obtendo o mmc dos denominadores temos mmc(5,2) = 10.

      (10:5).4 = 8       (10:2).5 = 25

Resumindo: utilizamos o mmc para obter as frações equivalentes e depois somamos


normalmente as frações, que já terão o mesmo denominador, ou seja, utilizamos o caso 1.

MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO DE NÚMEROS FRACIONÁRIOS

Na multiplicação de números fracionários, devemos multiplicar numerador por


numerador, e denominador por denominador, assim como é mostrado nos exemplos abaixo:

Na divisão de números fracionários, devemos multiplicar a primeira fração pelo inverso da


segunda, como é mostrado no exemplo abaixo:

POTENCIAÇÃO E RADICIAÇÃO DE NÚMEROS FRACIONÁRIOS

Na potenciação, quando elevamos um número fracionário a um determinado expoente,


estamos elevando o numerador e o denominador a esse expoente, conforme  os exemplos abaixo:

Na radiciação, quando aplicamos a raiz quadrada a um número fracionário, estamos


aplicando essa raiz ao numerador e ao denominador, conforme o exemplo abaixo:

15
4 – DECIMAIS

2.1 - Todo número decimal exato é um número racional. 


7,6 = 76/10
0,5 = ½
12,8 = 128/10
6,32 = 632/1001980

Observe as frações:

Os denominadores são potências de 10.


Assim:

Denominam-se frações decimais todas as frações que apresentam


potências de 10 no denominador.
 
O francês Viète (1540 - 1603) desenvolveu um método para escrever as frações decimais.
No lugar de frações, Viète escreveria números com vírgula. Esse método, modernizado, é utilizado até
hoje.
Observe no quadro a representação de frações decimais através de números decimais.

Fração Decimal = Números Decimais

= 0,1

= 0,01

= 0,001

= 0,0001

Fração Decimal = Números Decimais

= 0,5

= 0,05

= 0,005

= 0,0005

16
Fração Decimal = Números Decimais

= 11,7

= 1,17

= 0,117

= 0,0117

Os números 0,1, 0,01, 0,001 e 1,17, por exemplo, são números decimais. Nessa
representação, verificamos que a vírgula separa a parte inteira da parte decimal.

Leitura dos números decimais

No sistema de numeração decimal, cada algarismo da parte inteira ou decimal ocupa uma
posição ou ordem com as seguintes denominações:

Centenas Dezenas Unidades


Partes inteiras
Décimos Centésimos
Décimos Centésimos Milésimos Milionésimos
milésimos milésimos
Partes decimais

Quanto à leitura, lemos a parte inteira seguida da parte decimal, acompanhada das
palavras:
décimos: quando houver uma casa decimal;
centésimos: quando houver duas casas decimais;
milésimos: quando houver três casas decimais;
décimos milésimos: quando houver quatro casas decimais;
centésimos milésimos: quando houver cinco casas decimais e, assim sucessivamente.
Exemplos:
1,2:  um inteiro e dois décimos;
2,34:  dois inteiros e trinta e quatro centésimos
Quando a parte inteira do número decimal é zero, lemos apenas a parte decimal.
Exemplos:
0,1 :  um décimo;
0,79 :  setenta e nove centésimos
Observação:
1. Existem outras formas de efetuar a leitura de um número decimal. Veja a leitura do
número 5,53:
Leitura convencional:
- cinco inteiros e cinquenta e três centésimos;
Outras formas: 
- quinhentos e cinquenta e três centésimos;
- cinco inteiros, cinco décimos e três centésimos.
Todo número natural pode ser escrito na forma decimal, bastando colocar a vírgula após o
último algarismo e acrescentar zero(s). Exemplos:
17
4 = 4,0 = 4,00                    75 = 75,0 = 75,00

Transformação de Números Decimais em Frações Decimais

Observe os seguintes números decimais:

0,8 (lê-se "oito décimos"), ou seja,  .

0,65 (lê-se "sessenta e cinco centésimos"), ou seja,  .

5,36 (lê-se "quinhentos e trinta e seis centésimos"), ou seja,  .

0,047 (lê-se "quarenta e sete milésimos"), ou seja, 


    Verifique então que:

   Assim:

   Um número decimal é igual à fração que se obtém escrevendo para


numerador o número sem vírgula e dando para denominador a unidade seguida de tantos
zeros quantas forem as casas decimais.

Transformação de Fração Decimal em Número Decimal

Observe as igualdades entre frações decimais e números decimais a seguir:

18
   Podemos concluir então que:

    Para se transformar uma fração decimal em número


decimal, basta dar ao numerador tantas casas decimais quantos forem os
zeros do denominador.

Decimais Equivalentes

As figuras foram divididas em 10 e 100 partes, respectivamente. A seguir, foram coloridas


de verde escuro 4 e 40 dessas partes, respectivamente. Observe:

Verificamos que 0,4 representa o mesmo que 0,40, ou seja, são decimais equivalentes.
Logo, decimais equivalentes são aqueles que representam a mesma quantidade.
Exemplos:
0,4 = 0,40 = 0,400 = 0,4000
8 = 8,0 = 8,00 = 8,000
2,5 = 2,50 = 2,500 = 2,5000
95,4 = 95,40 = 95,400 = 95,4000
Dos exemplos acima, podemos concluir que:

   Um número não se altera quando se acrescenta ou se suprime


um ou mais zeros à direita de sua parte decimal.

Comparação de Números Decimais

Comparar dois números decimais significa estabelecer uma relação de igualdade ou de


desigualdade entre eles. Consideremos dois casos:
1º caso: as partes inteiras

O maior é aquele que tem a maior parte inteira.


19
   
Exemplos:
   3,4 > 2,943, pois 3 >2.        10,6 > 9,2342, pois 10 > 9.
 
2º caso: as partes inteiras são iguais

    O maior é aquele que tem a maior parte decimal. É


necessário igualar inicialmente o número de casas decimais
acrescentando zeros.

Exemplos:
0,75 > 0,7 ou 0,75 > 0,70  (igualando as casas decimais), pois 75 > 70.
8,3 > 8,03  ou  8,30 > 8,03 (igualando as casas decimais), pois 30 > 3.

Operações com Números Racionais Decimais

Adição e Subtração

Adição:
1,28 + 2,6 + 0,038
Transformando em frações decimais, temos:

Método prático:

1º) Igualamos o números de casas decimais, com o acréscimo de zeros;


2º) Colocamos vírgula debaixo de vírgula;
3º) Efetuamos a adição, colocando a vírgula na soma alinhada com as demais.

Exemplos:
1,28 + 2,6 + 0,038 35,4 + 0,75 + 47 6,14 + 1,8 + 0,007

Subtração

Considere a seguinte subtração:


3,97 - 2,013
Transformando em fração decimais, temos:

Método prático:

1º) Igualamos o números de casas decimais, com o acréscimo de


zeros;
2º) Colocamos vírgula debaixo de vírgula;
3º) Efetuamos a subtração, colocando a vírgula na diferença, alinhada
com as demais.

Exemplos:
3,97 - 2,013 17,2 - 5,146 9 - 0,987
20
Multiplicação de números racionais decimais

Considere a seguinte multiplicação:


3,49 · 2,5.

Transformando em frações decimais, temos: 

Método prático:

    Multiplicamos os dois números decimais como se  fossem naturais. Colocamos a
vírgula no resultado de modo que o número de casas decimais do produto seja igual à
soma dos números de casas decimais do fatores.

Exemplos:
3,49 . 2,5

 
1,842 · 0,013

Observação:

1. Na multiplicação de um número natural por um número decimal, utilizamos o método


prático da multiplicação. Nesse caso, o número de casas decimais do produto é igual ao número de
casas decimais do fator decimal. Exemplo:
Exemplo:5 · 0,423 = 2,115

2. Para se multiplicar um número decimal por 10, 100, 1.000, ..., basta deslocar a
vírgula para a direita uma, duas, três, ..., casas decimais. Exemplos:

3. Os números decimais podem ser transformados em porcentagens. Exemplos:

21
0,05 =   = 5%

1,17 =   = 117%

5,8 = 5,80 =   = 580%

Divisão de números racionais decimais


Divisão exata

Considere a seguinte divisão: 


1,4 : 0,05.
Transformando em frações decimais, temos:

 
Método prático:

1º) Igualamos o números de casas decimais, com o acréscimo de zeros;


2º) Suprimimos as vírgulas;
3º) Efetuamos a divisão.

Exemplos:
1,4 : 0,05
Igualamos as casa decimais: 1,40: 0.05
Suprimindo as vírgulas: 140 : 5
Efetuando a divisão:

Logo, o quociente de 1,4 por 0,05 é 28.

6 : 0,015
Igualamos as casas decimais 6,000 : 0,015
Suprimindo as vírgulas 6.000 : 15
Efetuando a divisão:

Logo, o quociente de 6 por 0,015 é 400.

4,096 : 1,6
Igualamos as casas decimais 4,096 : 1,600
Suprimindo as vírgulas 4.096 : 1.600
Efetuando a divisão:

Observe que na divisão acima o quociente inteiro é 2 e o resto corresponde a 896


unidades. Podemos prosseguir a divisão determinando a parte decimal  do quociente. Para a
determinação dos décimos, colocamos uma vírgula no quociente e acrescentamos um zero  resto,
uma vez que 896 unidades corresponde a 8.960 décimos.
22
Continuamos a divisão para determinar os centésimos, acrescentando outro zero ao novo
resto, uma vez que 960 décimos correspondem a 9600 centésimos.

 
O quociente 2,56 é exato, pois o resto é nulo.
Logo, o quociente de 4,096 por 1,6 é 2,56.

Outros exemplos:
0,73 : 5
Igualamos as casas decimais 0,73 : 5,00
Suprimindo as vírgulas 73 :500

Efetuando a divisão:

Podemos prosseguir a divisão, colocando uma vírgula no quociente e acrescentamos um


zero à direita do três. Assim:

Continuando a divisão, obtemos:

Logo, o quociente de 0,73 por 5 é 0,146.

Em algumas divisões, o acréscimo de um zero ao resto ainda não torna possível a divisão.
Nesse caso, devemos colocar um zero no quociente e acrescentar mais um zero ao resto. Exemplos:
2,346 : 2,3

Verifique que 460 (décimos) é inferior ao divisor (2.300). Colocamos, então, um zero no
quociente e acrescentamos mais um zero ao resto.

Logo, o quociente de 2,346 por 2,3 é 1,02.

Observação:

23
Para se dividir um número decimal por 10, 100, 1.000, ..., basta deslocar a vírgula para a
esquerda uma, duas, três, ..., casas decimais. Exemplos:

Divisão não exata de números racionais decimais

No caso de uma divisão não exata, determinamos o quociente aproximado por falta ou por
excesso. Veja, por exemplo, a divisão de 66 por 21:

Tomando o quociente 3 (por falta), ou 4 (por excesso), estamos cometendo um erro de


menos de uma unidade, pois o quociente real encontra-se entre 3 e 4.
Logo:

Assim, na divisão de 66 por 21, podemos afirmar que:


3 é o quociente aproximado por falta, a menos de uma unidade.
4 é o quociente aproximado por excesso, a menos de uma unidade.
Prosseguindo a divisão, temos:

Podemos afirmar que:


3,1 é o quociente aproximado por falta, a menos de um décimo.
3,2 é o quociente aproximado por excesso, a menos de um décimo.
Dando mais um passo, nessa mesma divisão, podemos afirmar que:
3,14 é o quociente aproximado por falta, a menos de um centésimo.
3,15 é o quociente aproximado por excesso, a menos de um centésimo.

Observação:

1. As expressões têm o mesmo significado:


- Aproximação por falta com erro menor que 0,1 ou aproximação de décimos.
- Aproximação por falta com erro menor que 0,01 ou aproximação de centésimos e, assim,
sucessivamente.
2. Determinar um quociente com aproximação de décimos, centésimos ou milésimos
significa interromper a divisão ao atingir a primeira, segunda ou terceira casa decimal do quociente,
respectivamente. Exemplos:
13 : 7 = 1,8     (aproximação de décimos)
13 : 7 = 1,85   (aproximação de centésimos)
13 : 7 = 1,857 (aproximação de milésimo)
Cuidado!

24
No caso de ser pedido um quociente com aproximação de uma divisão exata, devemos
completar com zero(s), se preciso, a(s) casa(s) do quociente necessária(s) para atingir tal
aproximação. Por exemplo, o quociente com aproximação de milésimos de 8 e 3,2 é:

Potenciação e raiz quadrada

Potenciação

As potências nas quais a base é um número decimal e o expoente um número natural


seguem as mesma regras desta operação, já definidas. Assim:
(3,5)2 = 3,5 · 3,5 = 12,25
(0,64)1 = 0,64
(0,4)3 = 0,4 · 0,4 · 0,4 = 0,064
(0,18)0 = 1
Raiz quadrada
A raiz quadrada de um número decimal pode ser determinada com facilidade,
transformando o mesmo numa fração decimal. Assim:

Representação decimal de uma fração ordinária

Podemos transformar qualquer fração ordinária (ou seja, uma fração que não é decimal)
em número decimal, devendo para isso dividir o numerador pelo denominador da mesma. Exemplos:

Converta    em número decimal.

Logo,   é igual a 0,75 que é um decimal exato.

Converta   em número decimal.

Logo,   é igual a 0,333... que é uma dízima periódica simples.

Converta   em número decimal.

Logo,   é igual a 0,8333... que é uma dízima periódica composta.

25
5 – DÍZIMA PERIÓDICA. 

Há frações que não possuem representações decimal exata. Por exemplo:

Aos numerais decimais em que há repetição periódica e infinita de um ou mais algarismos,


dá-se o nome de numerais decimais periódicos ou dízimas periódicas.
Em uma dízima periódica, o algarismo ou algarismos que se repetem infinitamente,
constituem o período dessa dízima.

Dízimas periódicas simples


Nas dízimas periódicas simples, o período apresenta-se logo após a vírgula. Veja os
exemplos:

   (período: 5)

 (período: 3)

 (período: 12)

Dízimas periódicas compostas


Nas dízimas periódicas compostas, entre o período e a vírgula existe uma parte não
periódica. Exemplos:

Período: 2
Parte não periódica: 0

Período: 4
Período não periódica: 15

Período: 23
Parte não periódica: 1

Observações:
Consideramos parte não periódica de uma dízima o termo situado entre vírgulas e o
período. Excluímos, portanto, da parte não periódica o inteiro. Podemos representar uma dízima
periódica das seguintes maneiras:

  
0,444444... = 4/9
0,33333... = 1/3
0,6777777.... = 61/90
–0,344444... = –31/90

Geratriz de uma dízima periódica

É possível determinar a fração (número racional) que deu origem a uma dízima periódica.
Denominamos esta fração de geratriz da dízima periódica.
Como determinar a geratriz de uma dízima
26
Dízima simples
A geratriz de uma dízima simples é uma fração que tem para numerador o período e para
denominador tantos noves quantos forem os algarismos do período. Exemplos:

Dízima Composta
A geratriz de uma dízima composta é uma fração da forma

, onde:
n é a parte não periódica seguida do período, menos a parte não periódica.
d tantos noves quantos forem os algarismos do período seguidos de tantos zeros quantos
forem os algarismos da parte não periódica.
Exemplos:

4 – CONJUNTOS DOS NÚMEROS IRRACIONAIS – I

Para que saibamos o que é um número irracional devemos saber identificar um número
escrito na forma de decimal (número com vírgula).
O número decimal tem sua parte inteira e a parte decimal. A parte inteira vem antes da
vírgula e a decimal depois. Veja alguns exemplos:

5 , 12 → Parte decimal.
↓Parte inteira.

Existem alguns números decimais que tem a parte decimal infinita, esses podem ser
considerados dízimas periódicas ou não. As dízimas periódicas pertencem ao conjunto dos Racionais,
pois podem ser escritas na forma de fração. Agora, os números decimais infinitos onde as casas
decimais não formam períodos são chamados de NÚMEROS IRRACIONAIS.
Exemplo:
3, 254127896542...
0, 32478139852...
2, 365874412...
O valor de π é um número irracional π = 3, 1415...
Se calcularmos o valor de algumas raízes na calculadora, perceberemos que o seu valor é
um número irracional, como:
√2 = 1, 414221...
√3 = 1, 73205...
Esse conjunto é representado pela letra I maiúscula.
Se montarmos um diagrama fazendo uma relação dos conjuntos veremos que o conjunto
dos irracionais não estará contido em nenhum desses conjuntos abaixo.

27
5 – CONJUNTOS DOS NÚMEROS REAIS – R

O conjunto dos números reais é formado pela união entre os números racionais e
irracionais e contém quase todos os números conhecidos até o Ensino Médio.
O conjunto dos números reais é formado pela união entre o conjunto dos números
racionais e o conjunto dos números irracionais. Portanto, são exemplos de números reais:
a) Todos os números naturais
O conjunto dos números naturais é formado apenas por números inteiros não negativos.
Todos eles são exemplos de números reais. Dessa maneira, pode-se dizer que o conjunto dos
números reais contém o conjunto dos números naturais.
b) Todos os números inteiros
Esse conjunto é formado pelo conjunto dos números naturais e por seus inversos aditivos,
ou seja, pelos números negativos. Assim, o conjunto dos números reais contém os números inteiros,
que, por sua vez, contêm os números naturais.
c) Todos os números racionais
Os números racionais são aqueles que podem ser escritos na forma de fração. São eles
os decimais finitos, dízimas periódicas e os próprios números inteiros. Não há que se discutir se os
números racionais são ou não reais, uma vez que isso faz parte da definição de  números reais. Dessa
maneira, toda fração é um número real.
d) Todos os números irracionais
Formados por todos os números decimais que não são racionais. Essa informação
também faz parte da definição de números reais, mas é bom listar os seguintes exemplos: raízes não
exatas e algumas operações básicas matemáticas envolvendo-as resultam em números irracionais;
alguns números muito conhecidos, como o π, também são números irracionais. Dessa maneira, todo
número decimal é um número real.

OPERAÇÕES MATEMÁTICAS

I - ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO

ADIÇÃO

A adição é a operação matemática que reúne objetos que possuem a mesma natureza,


mas que estão em dois grupos distintos. Por exemplo: João possuía uma caixa com 12 lápis de cor.
Quando chegou em casa, ganhou de seus pais uma nova caixa com outros 12. Agora ele possui 24
lápis de cor. Nesse exemplo, os lápis foram somados.
Quando a adição é definida no conjunto dos números inteiros, que possui números
negativos, a subtração passa a ser considerada uma adição de inversos aditivos. Essa, na verdade, é
uma das propriedades da adição, que será explicada a seguir.

1. Elemento Neutro
Zero (0). Não influencia o resultado da soma.
a+0=0+a=a

2. Comutativa

28
A ordem em que dois números são somados não altera o resultado da soma.:
a+b=b+a

3. Associativa
Em uma soma de três números: a + b + c, somar a + b e depois c tem o mesmo resultado
que somar b + c e depois a.
(a + b) + c = a + (b + c)

4. Nova
Para todo número x existe um número – x em que a soma entre eles é igual a 0.
x + (– x) = 0
Essa última propriedade permite compreender a subtração como uma adição de inversos
aditivos. Isso, de certa forma, permite incluir a operação subtração na operação adição, tornando-as
uma só. Contudo, para melhor compreensão dos alunos, esse detalhe é pouco mencionado em sala
de aula.
Assim, a subtração 77 – 42 pode ser vista como a seguinte adição:
77 + (– 42)

Regras de Sinais

Para adição de números reais, que são as seguintes:


a) Se os sinais dos números forem positivos, o resultado da soma será positivo;
b) Se os sinais dos números forem negativos, o resultado da soma será negativo;
c) Se os sinais dos números forem diferentes, deveremos diminuí-los e manter no
resultado o sinal daquele que possui o maior módulo, ou seja, aquele que é maior,
independentemente do sinal.
Essas regras são muito substituídas em sala de aula pelo seguinte:
Sinais iguais = soma e conserva.
Sinais diferentes = subtrai e conserva o sinal do maior.

SUBTRAÇÃO

A subtração é a operação matemática que retira elementos de mesma natureza de um


grupo. Por exemplo, se João resolvesse dar 4 de seus lápis a um amigo, ficaria apenas com 20.
A subtração é uma das quatros operações fundamentais da aritmética. Consiste em
subtrair dois ou mais números tendo um outro número como resultado. O sinal indicativo da subtração
é o “sinal de menos” (–).
Os números antes do sinal de igual são chamados:
Minuendo e subtraendo.
O valor após o sinal de igualdade é chamado:
Diferença ou resto.
Exemplos: 4 – 1 = 3
O número 4 é o minuendo, o 1 é o subtraendo e o 3 a diferença ou resto. Então, como
deve ser lido? Assim: quanto teríamos de 4 se tirássemos 1? O resultado é a diferença, ou seja, o
resultado após o que tiramos. E a diferença será 3.

Cuidado! Na subtração, trocar a ordem em que os valores são subtraídos tem resultado
diferente. Que nesse caso será um valor com sinal trocado.
Exemplos: 4 – 1 = 3 e 1 – 4 = -3

1. Não há o Elemento Neutro


Não existe elemento neutro na subtração.

2. Anulação
Quando o minuendo for igual ao subtraendo tem como resultado da diferença o 0 (zero).
Exemplos: 4 – 4 = 0

3. Fechamento

29
A diferença de dois ou mais números reais tem como resultado um número real. Ou seja,
se fazermos a diferença entre dois números do conjunto dos números reais, a diferença entre esses
números também será um número do conjunto dos números reais.

Módulo de um número
Para entendermos as operações envolvendo a diferença entre números inteiros com sinais
diferentes, devemos entender o que significa o módulo de um número real.
Exemplo:
O módulo do número +3 é representado por |+3| e é igual 3.
O módulo de |-3| é 3.
O módulo de |-1| é 1

Regras de sinais da subtração


Sinais iguais: soma e conserva o sinal.
Sinais diferentes: subtrai e conserva sinal do maior número (maior módulo).

Exemplos de subtração sem parênteses


–10 + 1 = – 9 (Sinais diferentes: faz a diferença e conserva o sinal do maior número)
+10 – 1 = + 9 (Sinais diferentes: faz a diferença e conserva o sinal do maior número)
–1 – 1 = – 2 (Sinais iguais: soma e conserva o sinal)

Exemplos de subtração com parênteses

Nesse caso é preciso entender o jogo dos sinais para eliminar os parênteses.
Exemplo:
+( – )  =  –
–( + )  =  –
+( + )  =  +
–( – )  =  +
Veja com funciona na prática:
( + 4 ) + ( – 2 )  =  + 4  –  2 =  + 2
( – 4 ) – ( + 2 )  =  – 4  –  2 =  – 6
( + 4 ) + ( + 2 )  =  + 4  +  2 =  + 6
( + 4 ) – ( – 2 )  =  +  4  +  2  =  + 6

Métodos para resolver manualmente

Apresentaremos agora dois métodos para não errar o cálculo durante o resolução de
contas feitas à mão.

1) E o empresta 1 da subtração?

Quando subtraímos valores de dois ou mais dígitos manualmente na subtração, o valor a


ser subtraído (minuendo) pode ser menor que o subtraendo. Dessa forma, deve-se pegar emprestado
ao número vizinho. Veja um exemplo:

Como não podemos subtrair 3 de 5, neste caso, “pegamos 1 (em verde) emprestado” do 5
que será descontado e vira 4 (em vermelho), assim teremos 13 – 5 = 8. Como o 5 emprestou 1 ele virou
4 (em vermelho), 4 não pode subtrair 5 pois é menor, então pegamos 1 (em verde) emprestado do 3.
Agora temos 14 – 5 = 9. O 3 emprestou 1 (em verde) para o 4, virou 2 (em vermelho) e 2 – 2 = 0

30
2) E o soma1 da subtração?

Existe outra regra que pode ser mais fácil. Ao contrário do empresta 1, somaremos 1 no
número de baixo. Vamos resolver esse mesmo exemplo para ficar mais claro.

Nesse exemplo, ao contrário de emprestarmos 1 do número vizinho, somaremos 1 no


número de baixo.
Não podemos subtrair 3 de 5, então colocamos 1 (em verde) normalmente e ele vira 13, 13
– 5 = 8. Feito isso, no número de baixo, à esquerda, somaremos 1, temos 5 e ele vira 6 (em vermelho).
Não podemos subtrair 5 por 6, pois é menor. Então, colocamos 1 (em verde), vira 15, e subtraímos 15 –
6 = 9. No número de baixo temos 2, somamos 1 e ele vira 3 (em vermelho). Assim, 3 – 3 = 0.
Perceba que encontramos o mesmo resultado da primeira regra. Esse método parece ser
mais fácil. Dessa forma, fica ao critério de cada aluno seguir o método desejado.

II - MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO

Casos particulares da divisão e multiplicação


Multiplicação
Um número multiplicado por 1 (um) tem como resultado ele mesmo.
Exemplo: 2 x 1 = 2
Um número multiplicado por 0 (zero) tem como resultado o zero.
Exemplo: 2 x 0 = 0
Divisão
Um número dividido por 1 (um) tem como resultado ele mesmo.
Exemplo: 2 ÷ 1 = 2
Um número dividido por ele tem como resultado o número 1 (um).
Exemplo: 2 ÷ 2 = 1
Zero dividido por qualquer número tem como resultado o próprio zero.
Exemplo: 0 ÷ 2 = 0
Nenhum número real pode ser dividido por 0 (zero).

MULTIPLICAÇÃO

A multiplicação é uma operação matemática básica que possui algumas propriedades


capazes de auxiliar nos cálculos e de agilizá-los, de modo que alguns podem até ser feitos
mentalmente.

PROPRIEDADES DA MULTIPLICAÇÃO

1. Elemento neutro
O elemento neutro da multiplicação é o número que, multiplicado por x, tem como
resultado o próprio x. Esse número é sempre 1. Em outras palavras, dado o número real x, o elemento
neutro da multiplicação é 1:
x·1 = 1·x = x
Exemplo:
2·1 = 1·2 = 2

2. Comutativa (a ordem...)

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Independente da ordem em que uma multiplicação é feita, o resultado sempre será o
mesmo. Em outras palavras, dados os números reais x e y, e representando a multiplicação
convencional por “·”, a propriedade comutativa da multiplicação é:
x·y = y·x
Essa propriedade também pode ser lida da seguinte maneira:
A ordem dos fatores não altera o produto.
Cada número presente em uma multiplicação é um de seus fatores, e o resultado da
multiplicação é chamado produto.
De acordo com essa propriedade, multiplicando 235 por 15 e 15 por 235 teremos:
235·15 = 15·235 = 3525

3. Distributiva (produto da soma = soma dos produtos)


Ou seja, podemos somar primeiro o que está no interior dos parênteses e, depois, realizar
a multiplicação ou podemos multiplicar o fator x por cada uma das parcelas dentro dos parênteses
para, depois, realizar a adição.
Em outras palavras, dados os reais x, y e z,
a propriedade distributiva da multiplicação sobre a adição garante que:
x·(y + z) = x·y + x·z
Por exemplo:
2·(7 + 9) = 2·16 = 32
2·(7 + 9) = 2·7 + 2·9 = 14 + 18 = 32

4. Associativa
Em uma multiplicação de três fatores, podemos multiplicar os dois primeiros fatores e o
resultado pelo último ou podemos multiplicar o primeiro fator pelo produto dos dois últimos que os
resultados serão iguais.
Em outras palavras, dados os números reais x, y e z, a propriedade associativa garante
que:
(x·y)·z = x·(y·z)
Combinando essa propriedade com a comutativa, poderemos realizar a multiplicação que
envolve três ou mais fatores em qualquer ordem. O resultado sempre será o mesmo.

5. Elemento inverso multiplicativo


Dado um número real, seu elemento inverso será outro número real cujo resultado da
multiplicação entre eles seja o elemento neutro da multiplicação. Em outras palavras, dado x
pertencente ao conjunto dos números reais, x – 1 é seu elemento inverso se e somente se:
x·x – 1 = 1
Por exemplo:
5·1  = 1 5     
Portanto, o inverso multiplicativo de 5 é 1/5.

DIVISÃO

Condição de existência
Considere dois números naturais N e d tais que se dividirmos N por um divisor d, teremos
um quociente q e um resto r. Essa regra deve obedecer as seguintes condições:

Essa condição nos diz que não existe um divisor igual a 0 (zero), pois pela segunda
condição d > r, e r ≥ 0. Dessa forma, d = 0 não satisfaz a desigualdade 0 ≤ r < d.
Então, qualquer número N e d ≠ 0, temos que o quociente da divisão de N por d será o
maior número natural q, desde que o produto q x d não seja maior que N. O resto dessa divisão é a
diferença entre o dividendo N e o produto q x d.
Exemplo: 12 ÷ 3 = 4

32
Com esse exemplo e a imagem podemos entender melhor. A divisão de 12 por 3 tem
como quociente 4. O produto 4 x 3 não pode ser maior que 12. O resto é a diferença entre o produto
(q x d) e N: (4 x 3) – 12.

PROPRIEDADES DA DIVISÃO

1. Não há comutativa

Dividir 2 ÷ 1 = 2 é diferente de dividir 1 ÷ 2 = 0,5, portanto a comutatividade não vale para a
divisão.

2. Não há associativa

A Associatividade não vale na divisão. por exemplo, dividir (4 ÷ 2) ÷ 2 = 2 ÷ 2 = 1 tem


resultado diferente de 4 ÷ (2 ÷ 2) = 4 ÷ 1 = 4. lembrando que os parênteses têm prioridade na divisão,
ou seja, devem ser resolvidos primeiros.

3. Elemento Neutro
O Número 1 (um) é o elemento neutro na divisão, dividir um número por 1 (um) tem como
resultado o próprio número. Faz todo sentido, por exemplo, dividir um pedaço de bolo com você
mesmo, o pedaço será todo seu.

4. Anulação
O Número 0 anula o resultado quando dividido por qualquer número real.

5. Fechamento

A propriedade de fechamento em que a divisão de dois números reais será um número real
não satisfaz, pois a divisão por 0 (zero) não tem como resultado um número real.

Regra de Sinais
A DIVISÃO COM SINAIS DIFERENTES OBEDECEM ÀS SEGUINTES REGRAS:
SINAIS IGUAIS: DIVIDE E O RESULTADO FICA POSITIVO.
SINAIS DIFERENTES: DIVIDE E O RESULTADO FICA NEGATIVO.
JOGO DOS SINAIS
+ – = – (MAIS COM MENOS É IGUAL A MENOS)
– + = – (MENOS COM MAIS É IGUAL A MENOS)
+ + = + (MAIS COM MAIS É IGUAL A MAIS)
– – = + (MENOS COM MENOS É IGUAL A MAIS)
EXEMPLOS:
(-10) ÷ (+1) = -10 (SINAIS DIFERENTES: 
DIVIDE E O SINAL FICA NEGATIVO).
(+10) ÷ (-1 ) = -10 (SINAIS DIFERENTES:
DIVIDE E O SINAL FICA NEGATIVO).
(-10) ÷ (-1) = +10 (SINAIS IGUAIS: 
DIVIDE E O SINAL FICA POSITIVO).
(+10) ÷ (+1) = +10 (SINAIS IGUAIS: 
DIVIDE E O SINAL FICA POSITIVO).

CRITÉRIOS DE DIVISIBILIDADE

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Para alguns números como o dois, o três, o cinco e outros, existem regras que permitem
verificar a divisibilidade sem se efetuar a divisão.

Divisibilidade por 2
Um número natural é divisível por 2 quando ele termina em 0, ou 2, ou 4, ou 6, ou 8, ou
seja, quando ele é par.
1) 5040 é divisível por 2, pois termina em 0.
2) 237 não é divisível por 2, pois não é um número par.

Divisibilidade por 3
Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos dos seus algarismos
for divisível por 3.
Exemplo:
234 é divisível por 3, pois a soma de seus algarismos é igual a 2+3+4=9, e como 9 é divisível por 3,
então 234 é divisível por 3.

Divisibilidade por 4

Um número é divisível por 4 quando termina em 00 ou quando o número formado pelos


dois últimos algarismos da direita for divisível por 4.
Exemplo:
1800 é divisível por 4, pois termina em 00.
4116 é divisível por 4, pois 16 é divisível por 4.
1324 é divisível por 4, pois 24 é divisível por 4.
3850 não é divisível por 4, pois não termina em 00 e 50 não é divisível por 4.

Divisibilidade por 5
Um número natural é divisível por 5 quando ele termina em 0 ou 5.
Exemplos:
1) 55 é divisível por 5, pois termina em 5.
2) 90 é divisível por 5, pois termina em 0.
3) 87 não é divisível por 5, pois não termina em 0 nem em 5.

Divisibilidade por 6
Um número é divisível por 6 quando é divisível por 2 e por 3.
Exemplos:
1) 312 é divisível por 6, porque é divisível por 2 (par) e por 3 (soma: 6).
2) 5214 é divisível por 6, porque é divisível por 2 (par) e por 3 (soma: 12).
3) 716 não é divisível por 6, (é divisível por 2, mas não é divisível por 3).
4) 3405 não é divisível por 6 (é divisível por 3, mas não é divisível por 2).

Divisibilidade por 8
Um número é divisível por 8 quando termina em 000, ou quando o número formado pelos
três últimos algarismos da direita for divisível por 8.
Exemplos:
1) 7000 é divisível por 8, pois termina em 000.
2) 56104 é divisível por 8, pois 104 é divisível por 8.
3) 61112 é divisível por 8, pois 112 é divisível por 8.
4) 78164 não é divisível por 8, pois 164 não é divisível por 8.

Divisibilidade por 9
Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos dos seus algarismos
for divisível por 9.
Exemplo:
2871 é divisível por 9, pois a soma de seus algarismos é igual a 2+8+7+1=18, e como 18 é
divisível por 9, então 2871 é divisível por 9.

Divisibilidade por 10

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Um número natural é divisível por 10 quando ele termina em 0.
Exemplos:
1) 4150 é divisível por 10, pois termina em 0.
2) 2106 não é divisível por 10, pois não termina em 0.

Divisibilidade por 11
Um número é divisível por 11 quando a diferença entre as somas dos valores absolutos
dos algarismos de ordem ímpar e a dos de ordem par é divisível por 11.
O algarismo das unidades é de 1ª ordem, o das dezenas de 2ª ordem, o das centenas de
3ª ordem, e assim sucessivamente.
Exemplos:
1) 87549
Si (soma das ordens ímpares) = 9+5+8 = 22
Sp (soma das ordens pares) = 4+7 = 11
Si-Sp = 22-11 = 11
Como 11 é divisível por 11, então o número 87549 é divisível por 11.
2) 439087
Si (soma das ordens ímpares) = 7+0+3 = 10
Sp (soma das ordens pares) = 8+9+4 = 21
Si-Sp = 10-21
Como a subtração não pode ser realizada, acrescenta-se o menor múltiplo de 11
(diferente de zero) ao minuendo, para que a subtração possa ser realizada: 10+11 = 21. Então temos
a subtração 21-21 = 0.
Como zero é divisível por 11, o número 439087 é divisível por 11.
Divisibilidade por 12
Um número é divisível por 12 quando é divisível por 3 e por 4.
Exemplos:
1) 720 é divisível por 12, porque é divisível por 3 (soma=9) e por 4 (dois últimos algarismos,
20).
2) 870 não é divisível por 12 (é divisível por 3, mas não é divisível por 4).
3) 340 não é divisível por 12 (é divisível por 4, mas não é divisível por 3).

Divisibilidade por 15
Um número é divisível por 15 quando é divisível por 3 e por 5.
Exemplos:
1) 105 é divisível por 15, porque é divisível por 3 (soma=6) e por 5
(termina em 5).
2) 324 não é divisível por 15 (é divisível por 3, mas não é divisível por 5).
3) 530 não é divisível por 15 (é divisível por 5, mas não é divisível por 3).

Divisibilidade por 25
Um número é divisível por 25 quando os dois algarismos finais forem 00, 25, 50 ou 75.
Exemplos:
200, 525, 850 e 975 são divisíveis por 25.

NÚMEROS COMPOSTOS

Os números que têm mais de dois divisores são chamados números compostos.


Exemplo: 15 tem mais de dois divisores => 15 é um número composto.

NÚMEROS PRIMOS

São os números naturais que têm apenas dois divisores diferentes, o 1 e ele mesmo.
Exemplos:
1) 2 tem apenas os divisores 1 e 2, portanto 2 é um número primo.
2) 17 tem apenas os divisores 1 e 17, portanto 17 é um número primo.
3) 10 tem os divisores 1, 2, 5 e 10, portanto 10 não é um número primo.

35
Observações:
1 não é um número primo, porque ele tem apenas um divisor que é ele mesmo.
2 é o único número primo que é par.

Reconhecimento de um número primo

Para saber se um número é primo, dividimos esse número pelos números primos 2, 3, 5,
7, 11, etc, até que tenhamos:
- Ou uma divisão com resto zero (e neste caso o número não é primo).
- Ou uma divisão com quociente menor que o divisor e o resto diferente de zero e neste
caso o número é primo.
1) O número 161
Não é par, portanto não é divisível por 2;
1+6+1 = 8, portanto não é divisível por 3;
Não termina em 0 nem em 5, portanto não é divisível por 5;
Por 7:  161 / 7 = 23, com resto zero, logo 161 é divisível por 7, e portanto não é um
número primo.
2) O número 113:
não é par, portanto não é divisível por 2;
1+1+3 = 5, portanto não é divisível por 3;
não termina em 0 nem em 5, portanto não é divisível por 5;
por 7:  113 / 7 = 16, com resto 1. O quociente (16) ainda é maior que o divisor (7).
por 11:  113 / 11 = 10, com resto 3. O quociente (10) é menor que o divisor (11), e além
disso o resto é diferente de zero (o resto vale 3), portanto 113 é um número primo.

M.M.C.

Decomposição em fatores primos

Todo número natural, maior que 1, pode ser decomposto em um produto de dois ou mais
fatores.
Decomposição do número 24 em um produto:
24 = 4 x 6
24 = 2 x 2 x 6
24 = 2 x 2 x 2 x 3 = 23 x 3
No produto 2 x 2 x 2 x 3, todos os fatores são primos.
Chamamos de fatoração de 24 a decomposição de 24 em um produto de fatores primos.
Então a fatoração de 24 é 23 x 3.

Fatoração de um número natural, maior que 1 - é a sua decomposição em um produto


de fatores primos.

Regra prática para a fatoração

Existe um dispositivo prático para fatorar um número.


Acompanhe, no exemplo, os passos para montar esse dispositivo:
1º) Dividimos o número pelo seu menor divisor primo;
2º) a seguir, dividimos o quociente obtido pelo menor divisor primo desse quociente e
assim sucessivamente até obter o quociente 1.
A figura mostra a fatoração do número 630.

36
Então 630 = 2 x 3 x 3 x 5 x 7.
630 = 2 x 32 x 5 x 7.

Multiplo de um número Natural

Como 24 é divisível por 3, dizemos que 24 é múltiplo de 3.


24 também é múltiplo de 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12 e 24.
Se um número é divisível por outro, diferente de zero, então
dizemos que ele é múltiplo desse outro.
Os múltiplos de um número são calculados multiplicando-se esse número pelos números
naturais.
Exemplo: os múltiplos de 7 são:
7x0 , 7x1, 7x2 , 7x3 , 7x4 , ...  =  0 , 7 , 14 , 21 , 28 , ...
Observações importantes:
1) Um número tem infinitos múltiplos
2) Zero é múltiplo de qualquer número natural

Mínimo Múltiplo Comum

Dois ou mais números sempre têm múltiplos comuns a eles.


Vamos achar os múltiplos comuns de 4 e 6:
Múltiplos de 6:  0, 6, 12, 18, 24, 30,...
Múltiplos de 4:  0, 4, 8, 12, 16, 20, 24,...
Múltiplos comuns de 4 e 6:  0, 12, 24,...
Dentre estes múltiplos, diferentes de zero, 12 é o menor deles. Chamamos o 12 de
mínimo múltiplo comum de 4 e 6.
O menor múltiplo comum de dois ou mais números, diferente de zero, é chamado
de mínimo múltiplo comum desses números. Usamos a abreviação m.m.c.

Cálculo do M.M.C.

Podemos calcular o m.m.c. de dois ou mais números utilizando a fatoração. Acompanhe o


cálculo do m.m.c. de 12 e 30:
1º) decompomos os números em fatores primos
2º) o m.m.c. é o produto dos fatores primos comuns e não-comuns:
12   =  2  x  2  x  3
30 =   2  x  3   x  5
m.m.c (12,30)  = 2  x  2  x  3   x  5
Escrevendo a fatoração dos números na forma de potência, temos:
12 = 22  x  3
30 = 2   x  3  x  5
m.m.c (12,30)  = 22  x  3  x  5
O m.m.c. de dois ou mais números, quando fatorados, é o produto dos fatores comuns e
não-comuns a eles, cada um elevado ao maior expoente.

Processo da decomposição simultânea

Neste processo, decompomos todos os números ao mesmo tempo, em um dispositivo


como mostra a figura ao lado. O produto dos fatores primos que obtemos nessa decomposição é o
m.m.c. desses números. A seguir vemos o cálculo do m.m.c.(15,24,60).

Portanto, m.m.c.(15,24,60) = 2 x 2 x 2 x 3 x 5 = 120

37
Propriedade do M.M.C.
Entre os números 3, 6 e 30, o número 30 é múltiplo dos outros dois. Neste caso, 30 é o
m.m.c.(3,6,30). Observe:

m.m.c.(3,6,30) = 2 x 3 x 5 = 30
Dados dois ou mais números, se um deles é múltiplo de todos os outros, então ele é o
m.m.c. dos números dados.

Considere os números 4 e 15, que são primos entre si. O m.m.c.(4,15) é igual a 60, que é
o produto de 4 por 15. Observe:

m.m.c.(4,15) = 2 x 2 x 3 x 5 = 60

Dados dois números primos entre si, o m.m.c. deles é o produto desses números.

M.D.C.

Divisores de um número

Na prática, determinamos todos os divisores de um número utilizando os seus fatores


primos. Vamos determinar, por exemplo, os divisores de 90:
1º) decompomos o número em fatores primos;
2º) traçamos uma linha e escrevemos o 1 no alto, porque ele é divisor de qualquer
número;

3º) multiplicamos sucessivamente cada fator primo pelos divisores já obtidos e


escrevemos esses produtos ao lado de cada fator primo;

4º) os divisores já obtidos não precisam ser repetidos.

38
Portanto os divisores de 90 são 1, 2, 3, 5, 6, 9, 10, 15, 18, 30, 45, 90

Máximo divisor comum

Dois números naturais sempre têm divisores comuns. Por exemplo: os divisores comuns
de 12 e 18 são 1,2,3 e 6. Dentre eles, 6 é o maior. Então chamamos o 6 de máximo divisor comum
de 12 e 18 e indicamos m.d.c.(12,18) = 6.
O maior divisor comum de dois ou mais números é chamado de máximo divisor
comum desses números. Usamos a abreviação m.d.c.
Alguns exemplos:
mdc (6,12) = 6
mdc (12,20) = 4
mdc (20,24) = 4
mdc (12,20,24) = 4
mdc (6,12,15) = 3

Cálculo do M.D.C. pela decomposição em fatores primos


Um modo de calcular o m.d.c. de dois ou mais números é utilizar a decomposição desses
números em fatores primos.
1) decompomos os números em fatores primos;
2) o m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns.
Acompanhe o cálculo do m.d.c. entre 36 e 90:
36 = 2 x 2 x 3 x 3
90 =     2 x 3 x 3 x 5
O m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns => m.d.c.(36,90) = 2 x 3 x 3
Portanto m.d.c.(36,90) = 18.
Escrevendo a fatoração do número na forma de potência temos:
36 = 22 x 32
90 = 2 x 32 x5
Portanto m.d.c.(36,90) = 2 x 32 = 18.
O m.d.c. de dois ou mais números, quando fatorados, é o produto dos fatores comuns a
eles, cada um elevado ao menor expoente.

Cálculo do M.D.C. pelo processo das divisões sucessivas


Nesse processo efetuamos várias divisões até chegar a uma divisão exata. O divisor desta
divisão é o m.d.c. Acompanhe o cálculo do m.d.c.(48,30).
Regra prática:
1º) dividimos o número maior pelo número menor;
48 / 30 = 1 (com resto 18)
2º) dividimos o divisor 30, que é divisor da divisão anterior, por 18, que é o resto da divisão
anterior, e assim sucessivamente;
30 / 18 = 1 (com resto 12)
18 / 12 = 1 (com resto 6)
12 / 6 = 2 (com resto zero - divisão exata)
3º) O divisor da divisão exata é 6. Então m.d.c.(48,30) = 6.
Números primos entre si
Dois ou mais números são primos entre si quando o máximo
divisor comum desses números é 1.

39
Exemplos:
Os números 35 e 24 são números primos entre si, pois mdc (35,24) = 1.
Os números 35 e 21 não são números primos entre si, pois mdc (35,21) = 7.
Propriedade do M.D.C.
Dentre os números 6, 18 e 30, o número 6 é divisor dos outros dois. Neste caso, 6 é o
m.d.c.(6,18,30). Observe:
6 = 2 x 3
18 = 2 x 32
30 = 2 x 3 x 5
Portanto m.d.c.(6,18,30) = 6
Dados dois ou mais números, se um deles é divisor de todos os outros, então ele é o
m.d.c. dos números dados.

III – POTENCIAÇÃO E RADICIAÇÃO

POTENCIAÇÃO

Seja a multiplicação 2 . 2 . 2 . 2, onde todos os fatores são iguais. Podemos indicar este
produto de modo abreviado:
2 . 2 . 2 . 2 = 24 = 16
Denominamos:

Base: o número que se repete.


Expoente: o número de fatores iguais.
Potência: o resultado da operação.
A operação efetuada é denominada potenciação.
Exemplos:
54 = 5 . 5 . 5 . 5 = 625
43 = 4 . 4 . 4 = 64
Leitura
Observe alguns exemplos:
3² (lê-se “três elevado ao quadrado ou o quadrado de três”)
2³ (lê-se “dois elevado ao cubo ou o cubo de dois”)
(lê-se “sete elevado à quarta potência ou a quarta potência de sete”)
(lê-se “seis elevado à quinta potência ou a quinta potência de seis”)
Obs: Um número natural é um quadrado perfeito quando é o produto de dois fatores
iguais.
Por exemplo, os números 4, 36 e 100 sao quadrados perfeitos, pois 2² = 4, 6² = 36 e 10² =
100.

POTENCIAÇÃO – PROPRIEDADES ESPECIAIS

1 - Todo número natural elevado ao expoente 1 é igual a ele mesmo.

Exemplos:

2 - Todo número natural não-nulo elevado ao expoente zero é igual a 1.

Exemplos:

40
3 - Toda potência da base 1 é igual a 1.

Exemplos:

4 - Toda potência de 10 é igual ao numeral formado pelo algarismo 1 seguido de tantos


zeros quantas forem as unidades do expoente.

Exemplos:

5 - O expoente negativo significa que ocorre a troca de lugar entre o numerador o


denominador.

Exemplos:

6 - Se tivermos uma potência negativa no denominador, este se transforma em numerador


ao trocar o sinal da potência.

Exemplos:

POTENCIAÇÃO – PROPRIEDADES OPERATÓRIAS

1 - Produto de potências de mesma base

Considere o produto  . Observe que:

Assim:

Tomando por base o exemplo acima, podemos concluir que:


Para multiplicar potências de mesma base, devemos conservar a base
e somar os expoentes.
Genericamente:

2 - Divisão de potências de mesma base

Considere o quociente  .  Observe que:

Assim:

41
Tomando por base o exemplo acima, podemos concluir que:
Para dividir potências de mesma base, não-nula, devemos conservar a base e subtrair os
expoentes.
Genericamente:

3 – Potência da potência

Considere a potência  . Observe que:

Assim:

Tomando por base o exemplo acima, podemos concluir que:


Para elevar uma potência a um novo expoente, devemos conservar a base e multiplicar os
expoentes.
Genericamente:

4 – Distributiva da Potenciação em relação à Multiplicação


Considere a expressao  .  Observe que:

Tomando por base o exemplo acima, podemos concluir que:


Para elevar um produto a um expoente, devemos elevar cada fator a esse expoente.
Genericamente:

4 – Distributiva da Potenciação em relação à Divisão

Considere a expressão


Observe que:

Tomando por base o exemplo acima, podemos concluir que:


Para elevar um quociente a um expoente, devemos elevar o numerador e o denominador
a esse expoente.
Genericamente:

RADICIAÇÃO

Já sabemos que 6² = 36. Aprenderemos agora a operação que nos permite determinar
qual o número que elevado ao quadrado equivale a 36.

42
, pois 6 elevado ao quadrado é 36.
Essa operaçao é a inversa da potenciação e denomina-se radiciação.
Outros exemplos:

, pois 2³ = 8.

, pois  .
Sendo assim:

Notaçao

Leitura
 (lê-se “raiz quadrada de 81”)
 (lê-se “raiz cúbica de 64”)

 (lê-se “raiz quarta de 16”)


Observaçao:

Na indicação de raiz quadrada, podemos omitir o índice 2. Por exemplo,  .

RADICIAÇÃO - RAÍZES DE ÍNDICE PAR

Quando elevamos um número positivo ou um número negativo a um expoente par, o


resultado sempre é um número positivo.
Exemplo:
(-4)² = (-4)(-4) = 16
e
(+4)² = (+4)(+4) = 16
Porém, como em matemática o resultado de uma operaçao deve ser único, fica definido
que:

Genericamente:
Qualquer raiz de índice par de um número positivo é o número positivo que elevado ao
expoente correspondente a esse indíce equivale ao número dado.
Observaçao:
Não existe raiz real de um número negativo se o índice for par.
Exemplo:

 nao existe, pois nao há nenhum número real que elevado ao quadrado dê - 4.

RAÍZES DE ÍNDICE ÍMPAR

Quando o índice de uma raiz é ímpar e o radicando é positivo, a raiz é positiva.


Quando o índice de uma raíz é ímpar e o radicando é negativo, a raiz é negativa.
Exemplos:

43
POTÊNCIA COM EXPOENTE FRACIONÁRIO

Se a é um número real positivo, m é um número inteiro e n é um número natural não-nulo,
temos que:

Exemplos

RADICIAÇÃO - PROPRIEDADES
1 – Qualquer raiz de zero sempre será zero.

Justificativa: 

Exemplo: 

2 – Qualquer raiz de um será um.

Justificativa: 
Exemplo: 

3 – Raiz com índice igual ao expoente do radicando, elimina-se os citados (raiz e


expoente)

Justificativa: escrevendo em forma de potência com expoente fracionário

Exemplo: 

RADICIAÇÃO – PROPRIEDADES OPERATÓRIAS

1 - Radical de um Produto – Produto de Radicais

Justificativa:

 
Exemplo:

2 - Radical de um quociente – Quociente de Radicais

Justificativa

44
Exemplo: 

3 - Mudança de índice

Justificativa:

 Exemplo:

RADICIAÇÃO – SIMPLIFICAÇÃO

Confira a seguir alguns exemplos de simplificação de radicais, com base nas propriedades


operatórias do item anterior:

RADICIAÇÃO - RADICAIS SEMELHANTES

Radicais semelhantes são aqueles que têm o mesmo índice e o mesmo radicando.
Exemplos:

RADICIAÇÃO – OPERAÇÕES - ADIÇAO E SUBTRAÇAO

1º caso: Radicais semelhantes


Fazemos como na redução de termos semelhantes de uma soma algébrica. Exemplos:

2º caso: Radicais semelhantes após simplificação


Depois de obter radicais semelhantes, procedemos como no 1º caso.

3º caso: Os radicais não são semelhantes


Extraímos as raízes e efetuamos as operações.

45
RADICIAÇÃO – OPERAÇÕES – MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO

1º caso: Os radicais têm o mesmo índice


Efetuamos a operaçao entre os radicandos.

2º caso: Os radicais têm o índice diferente


Primeiramente os reduzimos ao mesmo índice e depois efetuamos as operações.

RADICIAÇÃO – OPERAÇÕES – POTÊNCIA DE UM RADICAL

Para elevar um radical a uma certa potência, devemos conservar o índice e elevar o
radicando à potência indicada.

Veja a justificativa dessa propriedade através de um exemplo:

Outros exemplos:

RADICIAÇÃO – OPERAÇÕES – RADICAL DE UM RADICAL

Para obter a raiz de uma raiz, devemos conservar o radicando e multiplicar os índices.

Veja a justificativa dessa propriedade através de um exemplo:

Outros exemplos:

RADICIAÇÃO – OPERAÇÕES
RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES

A racionalização de denominadores consiste, portanto, na obtenção de uma fração com


denominador racional, equivalente a uma anterior, que possuía um ou mais radicais em seu
denominador.
Para racionalizar o denominador de uma fração, devemos multiplicar os termos desta
fração por uma expressão com radical, denominado fator racionalizante, de modo a obter uma nova
fração equivalente com denominador sem radical.

Exemplo:

46
O denominador é um número irracional.
Vamos agora multiplicar o numerador e o denominador desta fração por 
, obtendo uma fração equivalente:

Observe que criamos uma fração equivalente

   
Com um denominador racional.

Principais casos de racionalização

1º caso: O denominador é um radical de índice 2. 


Exemplo:

 é o fator racionalizante de  , pois       


= a

2º caso: O denominador é um radical de índice diferente de 2, ou a soma (ou


diferença) de dois termos.
Neste caso, é necessário multiplicar o numerador e o denominador da fraçao por um
termo conveniente, para que desapareça o radical que se encontra no denominador. Exemplo:

A seguir, os principais fatores racionalizantes, de acordo com o tipo do denominador.

  é o fator racionalizante de 

é o fator racionalizante de 

é o fator racionalizante de 

é o fator racionalizante de 

Veja outro exemplo:

CALCULANDO A RAIZ QUADRADA DE UM NÚMERO

Determinar a raiz quadrada consiste em calcular o número que, elevado ao quadrado,


gera o valor desejado. Por exemplo, a raiz quadrada do número 25 corresponde ao número 5, pois 5²
é igual a 25. Em algumas situações, descobrir esse número por tentativa pode ser muito cansativo e
bastante complicado. Para resolver tal situação, devemos utilizar uma técnica denominada
decomposição de números em fatores primos, isto é, utilizar a fatoração.
Quando decompomos um número em fatores primos temos a chance de verificar se esse
número é chamado de quadrado perfeito. Fatorar significa escrever o número em uma multiplicação
de fatores primos. A multiplicação de dois números iguais deve ser representada por uma potenciação
de expoente 2. Observe o exemplo a seguir:
47
1 – Fatoração – decomposição em fatores primos

Para determinarmos a raiz quadrada do número 196 precisamos primeiramente fatorar e


unir os termos semelhantes, dois a dois.

A raiz quadrada do número 196 corresponde ao número 14. Caso queira tirar a prova real,
basta multiplicar o número por ele mesmo, 14 * 14 = 196.
Vamos continuar determinando a raiz quadrada do número 2704, utilizando a fatoração:

Esse processo deve ser muito utilizado e treinado, pois alguns alunos recorrem à
calculadora a fim de agilizar os cálculos, mas essa atitude é considerada perigosa, já que muitos
concursos e vestibulares adotam, em suas questões, cálculos envolvendo raízes de números, e
nessas avaliações o uso de calculadoras não é permitido

2 - Por Aproximação - Raiz quadrada não exata

Quando não temos um quadrado perfeito, o resultado da raiz quadrada não é um número
inteiro, mas sim decimal. Para descobrirmos o valor, é preciso projetar entre quais quadrados perfeitos
o número se encontra. Veja o exemplo:
Vamos calcular a raiz quadrada de v54. Podemos perceber que os quadrados perfeitos
mais próximos são v49 e v64. Logo, v54 está entre 7 e 8. Para descobrir o valor aproximado, você
deve adicionar uma casa decimal na multiplicação, por exemplo:
7,1 * 7,1 = 50,41
7,2 * 7,2 = 51,84
7,3 * 7,3 = 53,29
7,4 * 7,4 = 54,76
O correto é escolher a casa decimal cujo valor é anterior ao número da raiz quadrada. No
caso acima, podemos aproximar o valor de v54 para 7,3; visto que 7,4 ultrapassa o número 54.
Veja outro exemplo:
Vamos calcular a raiz quadrada de v218. Os quadrados perfeitos mais próximos são v196
e v225. Logo, o valor da raiz quadrada de v218 está entre 14 e 15. Vamos para as tentativas:
14,1 * 14,1 = 198,81
14,2 * 14,2 = 201,64
14,3 * 14,3 = 204,49
14,4 * 14,4 = 207,36
14,5 * 14,5 = 210,25
14,6 * 14,6 = 213,16
14,7 * 14,7 = 216,09
14,8 * 14,8 = 219,04

48
Nesse caso, você pode colocar a raiz como 14,7. Porém, ela não dá um valor tão próximo.
Assim, você pode adicionar uma casa decimal, veja:
14,71 * 14,71 = 216,38
14,72 * 14, 72 = 216,67
14,73 * 14,73 = 216,97
14,74 * 14,74 = 217,26
14,75 * 14,75 = 217,56
14,76 * 14,76 = 217,85
14,77 * 14,77 = 218,15
Portanto, o melhor valor para a raiz quadrada de v218 é 14,76.
O número mais indicado de aproximação vai depender bastante do exercício. Alguns
podem pedir uma casa decimal, outros acima de duas. É possível até que o enunciado dê esses
valores em alguns casos. O importante é que você saiba calcular.

3 - Por agrupamento

Esse método serve também para calcular raiz quadra não extra. 
Em primeiro lugar vamos agrupar os números da direita para esquerda de dois em dois, o
último número pode ficar sozinho não há problema.
Começamos o cálculo pelo o número que ficou na esquerda. 
Procurando a raiz quadrada desse número, o mais próximo possível.
Vejamos os exemplos abaixo. 
No exemplo a  o 3 não tem raiz quadrada exata.
O número mais próximo de 3 que elevado ao quadrado é 1.
a) Qual a raiz quadrada de 3045025?

b) Qual a raiz quadrada de 8254129?

EXPRESSÕES MATEMÁTICAS

É uma combinação de números, operações, variáveis (livres ou ligadas) e símbolos


gráficos como colchetes e parênteses
como colchetes e parênteses), agrupados de forma a permitir a veri
ficação de valores, formas, meios ou fins.
49
Dividem-se em Expressões Numéricas (apenas números) e Expressões Algébricas
(números e letras ou apenas letras).

1 - EXPRESSÃO NUMÉRICA
Remete a números.
É qualquer número ou série de números bem formulados em uma teoria particular.

2 - EXPRESSÃO ALGÉBRICA
A expressão algébrica quer dizer uma mistura de números e letras. Por exemplo, se você
compra 1 caneta, 2 lápis e 1 borracha pode ser representado da seguinte maneira: { 1y+2x+1r.}

3 - MONÔMIO OU TERMO ALGÉBRICO


É toda expressão algébrica racional inteira que indica uma multiplicação entre números e
variáveis (as letras) ou apenas entre variáveis.
É formado por:
a) Parte numérica ou coeficiente - É um multiplicador constante ou numérico de
variáveis em um termo algébrico.
b) Parte literal (letras, com ou sem expoentes) - É toda variável (ou letra) em um
cálculo algébrico.
Exemplo:
a) 7x é um termo algébrico com 7 representando o que se chama de coeficiente e x
representando o que se chama de parte literal;
b) - 5x²y é um monômio com -5 representando o coeficiente e x²y representando a parte
literal.
Observação importante: qualquer número real pode ser chamado de monômio sem parte
literal.

4 - POLINÔMIOS
É a soma de vários fatores (=multiplicação) que estão indicados mediante números e
letras, p. exemplo: 4x² + 2x - y.
Nomenclatura:
1 - Monômios: um só termo.
2 - Binômios: dois termos.
3 - Trinômios: três termos.
4 – Quatro ou mais: não recebem denominação.
Polinômio Nulo:
E o polinômio formado por monômios nulos.
Exemplo: 0x²+0mn+0.
Sequencia, como deve ser organizado:
Por convenção, os termos 'de maior potência' à esquerda. Ou seja, a ordem dos
polinômios deve seguir decrescentemente aos expoentes da parte literal.
Resumo: Polinômio - é toda expressão algébrica que representa um monômio ou uma
soma algébrica de monômios.

Exemplo Geral
O número "8" é uma expressão. E ainda um monômio, porque contém um termo só.
Os números 3,5 e 8 associados da seguinte forma: 8 + 5 - 3 é também uma expressão. E
ainda um polinômio, pois contém mais de um termo.

5- PRODUTOS NOTÁVEIS

No cálculo algébrico, algumas expressões representadas por produtos de expressões


algébricas, aparecem com muita frequência. Pela importância que representam no cálculo algébrico,
essas expressões são denominadas Produtos Notáveis e são utilizados principalmente para
a fatoração de polinômios e evitar erros com sinais.

1 Quadrado da soma de dois termos


Quadrado = expoente 2;

50
Soma de dois termos = a + b;
Logo, o quadrado da soma de dois termos é: (a + b)2
Efetuando o produto do quadrado da soma, obtemos:
(a + b)2 = (a + b) . (a + b) =
= a2 + a . b + a . b + b2 =
= a2 + 2 . a . b + b2
Toda essa expressão, ao ser reduzida, forma o produto notável, que é dado por:
(a + b)2 = a2 + 2 . a . b + b2
o quadrado da soma de dois termos é igual ao quadrado do primeiro termo, mais
duas vezes o primeiro termo pelo segundo, mais o quadrado do segundo termo.
Exemplos:
(2 + a)2 =
= 22 + 2 . 2 . a + a2 =
= 4 + 4 . a + a2
(3x + y)2 =
= (3 x)2 + 2 . 3x . y + y2 =
= 9x2 +6 . x . y + y2

2 Quadrado da diferença de dois termos


Quadrado = expoente 2;
Diferença de dois termos = a – b;
Logo, o quadrado da diferença de dois termos é: (a - b)2.
Vamos efetuar os produtos por meio da propriedade distributiva:
(a - b)2 = (a – b) . (a – b)
= a2 – a . b – a . b + b2 =
= a2 – 2 .a . b + b2
Reduzindo essa expressão, obtemos o produto notável:
(a - b)2 = a2 – 2 .a . b + b2
O quadrado da diferença de dois termos é igual ao quadrado do primeiro termo,
menos duas vezes o primeiro termo pelo segundo, mais o quadrado do segundo termo.
Exemplos:
(a – 5c)2 =
= a2 – 2 . a . 5c + (5c)2 =
= a2 – 10 . a . c + 25c2
(p – 2s) =
= p2 – 2 . p . 2s + (2s)2 =
= p2 – 4 . p . s + 4s2

3 Produto da soma pela diferença de dois termos


Produto = operação de multiplicação;
Soma de dois termos = a + b;
Diferença de dois termos = a – b;
O produto da soma pela diferença de dois termos é: (a + b) . (a – b)
Resolvendo o produto de (a + b) . (a – b), obtemos:
(a + b) . (a – b) =
= a2 - ab + ab - b2 =
= a2 + 0 + b2 = a2 - b2
Reduzindo a expressão, obtemos o produto notável:
(a + b) . (a – b) = a2 - b2
O produto da soma pela diferença de dois termos é igual ao quadrado do primeiro
termo menos o quadrado do segundo termo.
Exemplos:
(2 – c) . (2 + c) =
= 22 – c2 =
= 4 – c2
(3x2 – 1) . (3x2 + 1) =
= (3x2)2 – 12 =
= 9x4 - 1

51
4Cubo da soma de dois termos
Cubo = expoente 3;
Soma de dois termos = a + b;
Logo, o cubo da soma de dois termos é: (a + b)3
Efetuando o produto por meio da propriedade distributiva, obtemos:
(a + b)3 = (a + b) . (a + b) . (a + b) =
= (a2 + a . b + a . b + b2) . (a + b) =
= ( a2 + 2 . a . b + b2 ) . ( a + b ) =
= a3 +2. a2 . b + a . b2 + a2 . b + 2 . a . b2 + b3 =
= a3 +3 . a2 . b + 3. a . b2 + b3
Reduzindo a expressão, obtemos o produto notável:
(a + b)3 = a3 + 3 . a2 . b + 3 . a . b2 + b3
É dado pelo cubo do primeiro, mais três vezes o primeiro termo ao quadrado pelo
segundo termo, mais três vezes o primeiro termo pelo segundo ao quadrado, mais o cubo do
segundo termo.
Exemplos
(3c + 2a)3 =
= (3c)3 + 3 . (3c)2 .2a + 3 . 3c . (2a)2 + (2a)3 =
= 27c3 + 54 . c2 . a + 36 . c . a2 + 8a3
5 Cubo da diferença de dois termos
Cubo = expoente 3;
Diferença de dois termos = a – b;
Logo, o cubo da diferença de dois termos é: ( a - b )3.
Efetuando os produtos, obtemos:
(a - b)3 = (a - b) . (a - b) . (a - b) =
= (a2 - a . b - a . b + b2) . (a - b) =
= (a2 - 2 . a . b + b2) . (a - b) =
= a3 - 2. a2 . b + a . b2 - a2 . b + 2 . a . b2 - b3 =
a3 - 3 . a2 . b + 3. a . b2 - b3
Reduzindo a expressão, obtemos o produto notável:
(a - b)3 = a3 - 3 . a2 . b + 3 . a . b2 - b3
É dado pelo cubo do primeiro, menos três vezes o primeiro termo ao quadrado pelo
segundo termo, mais três vezes o primeiro termo pelo segundo ao quadrado, menos o cubo do
segundo termo.
Exemplo:
(x - 2y)3 =
= x3 - 3 . x2 . 2y + 3 . x . (2y)2 – (2y)3 =
x3 - 6 . x2 . y + 12 . x . y2 – 8y3

6 Quadrado da soma de três termos – Caso Especial


(a + b + c)² = (a + b + c) * (a + b + c) =
a² + ab + ac + ab + b² + bc + ac + bc + c² =a² + b² + c² + 2ab + 2ac + 2bc
Nesse caso temos a possibilidade de aplicar a seguinte regra prática:
O somatório entre,
O quadrado do 1º termo.
O quadrado do 2º termo.
O quadrado do 3º termo.
O dobro do 1º termo pelo 2º termo.
O dobro do 1º termo pelo 3º termo
O dobro do 2º termo pelo 3º termo.

7 Outros Casos Especiais

As seguintes multiplicações também são consideradas casos especiais, pois a resolução


pode ser realizada aplicando uma regra prática.
(a + b) * (a² – ab + b²) = a³ – a²b + ab² + a²b – ab² + b³ = a³ + b³
(a – b) * (a² + ab + b²) = a³ + a²b + ab² – a²b – ab² – b³ = a³ – b³

52
EQUAÇÃO – NA ARITMÉTICA

É uma igualdade entre duas sentenças matemáticas fechadas.


10 9
Exemplo: (12+3) – 2. (20-15) + 32 – 10/10 + - √49 = 15 – 10 + 9 - -7
10 9
EQUAÇÃO - NA ÁLGEBRA – DE PRIMEIRO GRAU

CONJUNTO UNIVERSO E CONJUNTO VERDADE


Considere o conjunto A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e a equação x+2=5.
Observe que o número 3 do conjunto A é denominado conjunto universo da equação e o
conjunto {3} é o conjunto verdade dessa mesma equação.
Observe este outro exemplo:
Determine os números inteiros que satisfazem a equação x² = 25.
O conjunto dos números inteiros é o conjunto universo da equação. Os números -5 e 5,
que satisfazem a equação, formam o conjunto verdade, podendo ser indicado por:
V = {-5, 5}.
Daí, concluímos que:
Conjunto universo é o conjunto de todos os valores que a variável pode assumir. Indica-
se por U.
Conjunto verdade é o conjunto dos valores de U que tornam verdadeira a equação.
Indica-se por V.
Observações:
O conjunto verdade é subconjunto do conjunto universo.

Não sendo citado o conjunto universo, devemos considerar como conjunto universo o
conjunto dos números racionais.

O conjunto verdade é também conhecido por conjunto solução e pode ser indicado por S

RAÍZES DE UMA EQUAÇÃO


Os elementos do conjunto verdade de uma equação são chamados raízes da equação.
Para verificar se um número é raiz de uma equação, devemos obedecer à seguinte sequência:
Substituir a incógnita por esse número.
Determinar o valor de cada membro da equação.
Verificar a igualdade. Sendo uma sentença verdadeira, o número considerado é raiz da
equação.
Exemplos:
Verifique quais dos elementos do conjunto universo são raízes das equações abaixo,
determinando em cada caso o conjunto verdade.
Resolva a equação x - 2  = 0, sendo U = {0, 1, 2, 3}.
Para x = 0, temos: 0 - 2 = 0  => -2 = 0. (F)
Para x = 1, temos: 1 - 2 = 0  => -1 = 0. (F)
Para x = 2, temos: 2 - 2 = 0  => 0 = 0. (V)
Para x = 3, temos: 3 - 2 = 0  => 1 = 0. (F)
Verificamos que 2 é raiz da equação x - 2 = 0, logo V = {2}.
Resolva a equação 2x - 5 = 1, sendo U = {-1, 0, 1, 2}.
Para x = -1, temos: 2 . (-1) - 5 = 1  => -7 = 1. (F)
Para x = 0, temos: 2 . 0 - 5 = 1  => -5 = 1. (F)
Para x = 1, temos: 2 . 1 - 5 = 1  => -3 = 1. (F)
Para x = 2, temos: 2 . 2 - 5 = 1  => -1 = 1. (F)
A equação 2x - 5 = 1 não possui raiz em U, logo V =  Ø.

RESOLUÇÃO DE UMA EQUAÇÃO


53
Resolver uma equação consiste em realizar uma série de operações que nos conduzem a
equações equivalentes cada vez mais simples, que nos permitem determinar os elementos
do conjunto verdade ou as raízes da equação. Resumindo:
Resolver uma equação significa determinar o seu conjunto verdade, dentro do conjunto
universo considerado.
Na resolução de uma equação do 1º grau com uma incógnita, devemos aplicar os
princípios de equivalência das igualdades (aditivo e multiplicativo). Exemplos:
Sendo    , resolva a equação

.
MMC (4, 6) = 12

-9x = 10  =>   Multiplicador por (-1)


9x = -10

Como   , então  .

Sendo  , resolva a equação 2.(x - 2) - 3.(1 - x) = 2.(x - 4).


Iniciamos aplicando a propriedade distributiva da multiplicação:
2x - 4 - 3 + 3x = 2x - 8 
2x + 3x -2x = - 8 + 4 + 3
3x = -1

, então 

EQUAÇÕES POSSÍVEIS

Quando encontramos o valor ou valores da variável (incógnita) que tornam a equação


verdadeira.
Lembremos que “equação” na álgebra é uma igualdade entre duas sentenças
matemáticas envolvendo uma ou mais letras. Estas são chamadas variáveis e mais precisamente de
incógnitas (valores desconhecidos).
As incógnitas de uma equação são números desconhe-
cidos que se quer descobrir.
É a afirmação que duas expressões são iguais e permanecem iguais.
Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma relação de igualdade. A
palavra equação tem o prefixo equa, que em latim quer dizer "igual".
Resolver uma equação é encontrar seu conjunto-verdade, através dos valores possíveis
para a incógnita que tornem a igualdade verdadeira.
Exemplos:
2x + 8 = 0
5x - 4 = 6x + 8
3a - b - c = 0
Não são equações na álgebra:
4 + 8 = 7 + 5   (Não é uma sentença aberta)
x - 5 < 3   (Não é igualdade)

   (não é igualdade, nem sentença aberta)

54
EQUAÇÕES IMPOSSÍVEIS

Quando nenhum valor da incógnita gera o conjunto verdade.  Portanto, não tem solução.
Logo, V =  Ø.
Considere a seguinte equação: 2.(6x - 4) = 3.(4x - 1). Sendo  .
Resolução:
2 . 6x - 2 . 4 = 3 . 4x - 3 . 1
12x - 8 = 12x - 3 
12x - 12x = - 3 + 8
0 . x = 5
Como nenhum número multiplicado por zero é igual a 5, dizemos que a equação
é impossível.

EQUAÇÕES IDENTIDADE

Qualquer valor atribuído à variável torna a equação verdadeira. A equação


possui infinitas soluções.,
Assim, uma equação do tipo ax + b = 0 é impossível quando   e 
 Sendo   , considere a seguinte equação: 10 - 3x - 8 = 2 - 3x.
Observe a sua resolução:
-3x + 3x = 2 - 10 + 8
0 . x = 0 
Como todo número multiplicado por zero é igual a zero, são denominadas identidades.

EQUAÇÕES DO 1º GRAU – COM UMA VARIÁVEL

A equação geral do primeiro grau: ax+b = 0 ↔ a,b ∩∩≈≠≤≥


Onde a e b são números conhecidos e a diferente de 0, se resolve de maneira simples:
subtraindo b dos dois lados, obtemos:
ax = -b
dividindo agora por a (dos dois lados), temos:

Por exemplo, considere a equação 2x - 8 = 3x -10.


A letra é a incógnita da equação. A palavra incógnita significa "desconhecida". Na
equação acima, a incógnita é x; tudo que antecede o sinal da igualdade denomina-se 1º membro, e o
que sucede, 2º membro.

Qualquer parcela, do 1º ou do 2º membro, é um termo da equação.

Equação do 1º grau na incógnita x é toda equação que pode ser escrita na forma ax=b,
sendo a e b números racionais, com a diferente de zero.

EQUAÇÕES DO 1º GRAU – COM DUAS VARIÁVEIS

Considere a equação: 2x - 6 = 5 - 3y.

55
Trata-se de uma equação com duas variáveis, x e y, que pode ser transformada numa
equação equivalente mais simples. Observe:
2x + 3y = 5 + 6
2x + 3y = 11   ==> Equação do 1º grau na forma ax + by = c.

Denominamos equação do 1º grau com duas variáveis ,


x e y, toda equação que pode ser reproduzida na forma ax + by = c, sendo a e b números diferentes
de zero, simultaneamente.
Na equação ax + by = c, denominamos:
x e y  - variáveis ou incógnita b  -  coeficiente de y
a  -  coeficiente de x c  -  termo independente
Exemplos:
x + y = 30 -3x - 7y = -48
2x + 3y = 15 2x- 3y = 0
x - 4y = 10 x - y = 8

Solução de uma equação do 1º grau com duas variáveis


Quais o valores de x e y que tornam a sentença x - 2y = 4 verdadeira?
Observe os pares abaixo:
x = 6,  y = 1
x - 2y = 4
6 - 2 . 1 = 4
6-2=4
4 = 4  (V)
 
x = 8,  y = 2
x - 2y = 4
8 - 2 . 2 = 4
8-4=4
4 = 4  (V)
 
x = -2,  y = -3
x - 2y = 4
-2 - 2 . (-3) = 4
-2 + 6 = 4
4 = 4  (V)
Verificamos que todos esses pares são soluções da equação x - 2y = 4. Assim, os pares
(6, 1); (8, 2); (-2, -3) são algumas das soluções dessa equação.
Uma equações do 1º grau com duas variáveis tem infinitas soluções - infinitos (x, y) -,
sendo portanto seu conjunto universo  .
Podemos determinar essas soluções atribuindo-se valores quaisquer para uma das
variáveis, calculando a seguir o valor da outra. Exemplo:
Determine uma solução para a equação 3x - y = 8.
Atribuímos para x o valor 1, e calculamos o valor de y. Assim:
3x - y = 8
3 . (1) - y = 8
3 - y = 8
-y = 5  ==> Multiplicamos por -1
y = -5
O par (1, -5) é uma das soluções dessa equação.
V = {(1, -5)}
Resumindo:
Um par ordenado (r, s) é solução de uma equação ax + by = c (sendo a e b não-nulos
simultaneamente), se para x=r e y=s a sentença é verdadeira.

SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU COM DUAS VARIÁVEIS

Considere o seguinte problema:


56
O jogador Pipoca, em sua última partida de basquete, acertou x arremessos de 2 pontos
e y arremessos de 3 pontos. Ele acertou 25 arremessos e marcou 55 pontos. Quantos arremessos de
3 pontos ele acertou?
Podemos traduzir essa situação através de duas equações:
 
x + y = 25     (total de arremessos certos)
2x + 3y = 55     (total de pontos obtidos)
Essas equações formam um sistema de equações. Costuma-se indicar o sistema
usando chave.

O par ordenado (20, 5), que torna ambas as sentenças verdadeiras, é chamado solução
do sistema. Um sistema de duas equações com duas variáveis possui uma única solução. A seguir,
aprenderemos como solucionar um sistema desse tipo.

Resolução de Sistemas de Equações do Primeiro Grau com duas Variáveis

Consiste em determinar um par ordenado que torne verdadeiras, ao mesmo tempo, essas
equações. Estudaremos a seguir alguns métodos:
Método de substituição

Solução:
determinamos o valor de x na 1ª equação.
x = 4 - y
Substituímos esse valor na 2ª equação.
2 . (4 - y) -3y = 3 
Resolvemos a equação formada.
8 - 2y -3y = 3
-5y = -5   => Multiplicamos por -1
5y = 5

y = 1
Substituímos o valor encontrado de y, em qualquer das equações, determinando x.
x + y =  4
x  + 1 =  4
x =  4 - 1
x = 3
A solução do sistema é o par ordenado (3, 1).
V = {(3, 1)}

Método da adição

Sendo U =  , observe a solução do sistema a seguir, pelo método da adição.

Solução:
Adicionamos membro a membro as equações:

  2x = 16

57
  
  x = 8
Substituímos o valor encontrado de x, em qualquer das equações, determinando y:
x + y = 10
8 + y = 10
y = 10 – 8
y = 2
A solução do sistema é o par ordenado (8, 2).
V = {(8, 2)}

EQUAÇÃO - NA ÁLGEBRA – DE SEGUNDO GRAU

EQUAÇÃO DO SEGUNDO GRAU - DEFINIÇÃO

Denomina-se equação do 2º grau na incógnita x, toda equação da forma:


Exemplos:

ax2 + bx + c = 0   a, b, c    IR  e


x2  - 5x + 6 = 0     é um equação do 2º grau com
a = 1,  b = -5  e  c = 6.
6x2 - x - 1 = 0     é um equação do 2º grau com
a = 6,  b = -1  e  c = -1.
7x2 - x = 0          é um equação do 2º grau com 
a = 7,  b = -1  e  c = 0.
x2 - 36 = 0          é um equação do 2º grau com
a = 1,  b = 0 e c = -36.
Nas equações escritas na forma ax² + bx + c = 0 (forma normal ou forma reduzida de uma
equação do 2º grau na  incógnita x) chamamos a, b e c de coeficientes.
a  é sempre o coeficiente de  x²;
b  é sempre o coeficiente de x,
c  é o coeficiente ou termo independente.

EQUAÇÃO DO SEGUNDO GRAU - COMPLETAS

Quando b e c são diferentes de zero.


Exemplos:
x² - 9x + 20 = 0   e -x² + 10x - 16 = 0

EQUAÇÃO DO SEGUNDO GRAU - INCOMPLETAS

Quando b ou c é igual a zero.


Ou ainda quando ambos são iguais a zero.
Exemplos:
x² - 36 = 0 x² - 10x = 0 4x² = 0
(b = 0) (c = 0) (b = c = 0)

RAÍZES DE UMA EQUAÇÃO DO SEGUNDO GRAU

Resolver uma equação do 2º grau significa determinar suas raízes.

58
Raiz é o número real que, ao substituir a incógnita de uma equação, transforma-a
numa sentença verdadeira.

O conjunto formado pelas raízes de uma equação denomina-se conjunto


verdade ou conjunto solução. Exemplos:
Exemplo 1
Dentre os elementos do conjuntos A= {-1, 0, 1, 2},
Quais são raízes da equação x² - x - 2 = 0?
Solução:
Substituímos a incógnita x da equação por cada um dos elementos do conjunto e verificamos quais as
sentenças verdadeiras.
(-1)² - (-1) - 2 = 0
Para x = -1
1+1-2=0 (V)
0=0
0² - 0 - 2 = 0
Para x = 0 0 - 0 -2 = 0 (F)
-2 = 0
1² - 1 - 2 = 0
Para x = 1 1-1-2=0 (F)
-2 = 0
2² - 2 - 2 = 0
Para x = 2 4-2-2=0 (V)
0=0

Logo, -1 e 2 são raízes da equação.

Exemplo 2:
Determine p sabendo que 2 é raiz da equação (2p - 1) x² - 2px - 2 = 0.
Solução:
Substituindo a incógnita  x por 2, determinamos o valor de p.

Logo, o valor de p é  .

RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES INCOMPLETAS

Resolver uma equação significa determinar o seu conjunto verdade. Na resolução de


uma equação incompleta, utilizamos as técnicas da fatoração e duas importantes propriedades dos
números reais:
1ª Propriedade:  

2ª Propriedade:  

1º Caso: equação do tipo   .
Exemplo:

Determine as raízes da equação  , sendo  .


59
Solução
Inicialmente, colocamos x em evidência:

Para o produto ser igual a zero, basta que um dos fatores também o seja. Assim:

Obtemos dessa maneira duas raízes que formam o conjunto verdade:

De modo geral, a equação do tipo   tem para soluções   e   .

2º Caso: equação do tipo 
Exemplos:
Determine as raízes da equação  , sendo U = IR.
Solução:

De modo geral, a equação do tipo   

a) Sim, possui duas raízes reais se   for um número positivo

b) Não, não possui raiz real caso   seja um número negativo.

RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES COMPLETAS

Para solucionar equações completas do 2º grau utilizaremos a fórmula de Bhaskara. A partir da


equação  , em que a, b, c     IR e  , desenvolveremos passo a passo a dedução da fórmula
de Bhaskara (ou fórmula resolutiva).

1º passo: multiplicaremos ambos os membros por 4a.

2º passo: passar 4ac par o 2º membro.

3º passo: adicionar  aos dois membros.

4º passo: fatorar o 1º elemento.

5º passo: extrair a raiz quadrada dois membros.

60
6º passo: passar b para o 2º membro.

7º passo: dividir os dois membros por  .

Assim, encontramos a fórmula resolutiva da equação do 2º grau:

 
Podemos representar as duas raízes reais por x' e x", assim:

Exemplos:
Resolução da equação:  .
Temos
 

DISCRIMINANTE

Denominamos discriminante o radical b2-4ac que é representado pela letra grega   


(delta).

61
Podemos agora escrever deste modo a fórmula de Bhaskara:

De acordo com o discriminante, temos três casos a considerar:

1º caso: o discriminante é positivo  .


O valor de  é real e a equação tem duas raízes reais diferentes, assim representadas:

Exemplo:
Para quais valores de k a equação x² - 2x + k- 2 = 0 admite raízes reais e desiguais?
Solução
Para que a equação admita raízes reais e desiguais, devemos ter 

 
Logo, os valores de k devem ser menores que 3.

2º caso: o discriminante é nulo  


O valor de  é nulo e a equação tem duas raízes reais e iguais, assim representadas:

Exemplo:
Determine o valor de p, para que a equação x² - (p - 1) x + p-2 = 0 possua raízes iguais.
Solução:

Para que a equação admita raízes iguais, é necessário que  .Logo, o valor de p é 3.

3º caso: o discriminante é negativo  .

62
O valor de  não existe em IR, não existindo portanto raízes reais. As raízes da equação
são número complexos.
       
Exemplo:
Para quais valores de m a equação 3x² + 6x +m = 0 não admite nenhuma raiz real?
Solução:
Para que a equação não tenha raiz real, devemos ter 

Logo, os valores de m devem ser maiores que 3.

Resumindo
Dada a equação ax² + bx + c = 0,  temos:
Para  , a equação tem duas raízes reais diferentes.
Para  , a equação tem duas raízes reais iguais.
Para  , a equação não tem raízes reais.

EQUAÇÕES DO 2о GRAU COM COEFICIENTE(S)


INDICADOS POR LETRAS - EQUAÇÕES LITERAIS

As equações do 2º grau na variável x que possuem alguns coeficientes ou alguns termos


independentes indicados por outras letras são denominadas equações literais.
As letras que aparecem em uma equação literal, excluindo a incógnita, são
denominadas parâmetros.
Exemplos:
ax2+ bx + c = 0              incógnita: x     parâmetros: a, b, c
ax2 - (2a + 1) x + 5 = 0  incógnita: x     parâmetro: a

1 - Equações literais incompletas


A resolução de equações literais incompletas segue o mesmo processo das equações
numéricas. Observe os exemplos:
Resolva a equação literal incompleta 3x2 - 12m2=0, sendo x a variável.
Solução:
3x2 - 12m2 = 0
3x2 = 12m2
x2 = 4m2

x= Logo, temos: 

Resolva a equação literal incompleta


my2- 2aby=0, com m 0, sendo y a variável.
Solução
my2 - 2aby = 0
y(my - 2ab)=0
63
Temos, portanto, duas soluções:

y=0 ou my - 2ab = 0  my = 2ab   y= 


Assim:

Na solução do último exemplo, teríamos cometido um erro grave se tivéssemos assim


resolvido:
              my2 - 2aby= 0
               my2  =  2aby
                 my = 2ab

                 

Desta maneira, obteríamos apenas a solução  .


O zero da outra solução foi "perdido" quando dividimos ambos os termos por y.
Esta é uma boa razão para termos muito cuidado com os cancelamentos, evitando desta
maneira a divisão por zero, que é um absurdo.

2 - Equações literais completas

As equações literais completas podem ser também resolvidas pela fórmula de Bhaskara.
Acompanhe o exemplo:
Resolva a equação: x2 - 2abx - 3a2b2, sendo x a variável.
Solução:
Temos a=1, b = -2ab e c=-3a2b2

Portanto:

Assim, temos: V= { - ab, 3ab}.

EQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU


RELAÇÕES ENTRE OS COEFICIENTES E AS RAIZES

Considere a equação ax2 + bx + c = 0, com a  0 e sejam x' e x'' as raízes reais dessa
equação.

64
Logo: 

Observe as seguintes relações:

Soma das raízes (S)

Produto das raízes (P)

Como  ,temos:

Denominamos essas relações de relações de Girard. 

Verifique alguns exemplos de aplicação dessas relações.


Determine a soma e o produto das raízes da equação 10x2  + x - 2 = 0. 
Solução
Nesta equação, temos: a=10, b=1 e c=-2.

A soma das raízes é igual a  .     O produto das raízes é igual a  .

Assim:                                Assim: 

Determine o valor de k na equ x2 + ( 2k - 3)x + 2 = 0


de modo que a soma de suas raízes seja igual a 7.
Solução
Nesta equação, temos: a=1, b=2k e c=2.
S= x1 + x2 = 7

Logo, o valor de k é -2.

65
EQUAÇÕES DO 2º GRAU
COMPOSIÇÃO DE UMA EQUAÇÃO DO 2º GRAU
CONHECIDAS AS RAÍZES

Considere a equação do 2º grau ax2 + bx + c = 0. 


Dividindo todos os termos por a  , obtemos:

Como  , podemos escrever a equação desta maneira.

x2 - Sx + P = 0

Exemplo 1

Componha a equ do 2º grau cujas raízes são -2 e 7.

Solução:

A soma das raízes corresponde a:

S= x1 + x2 = -2 + 7 = 5

O produto das raízes corresponde a:

P= x1 . x2 = ( -2) . 7 = -14

A equação do 2º grau é dada por x2 - Sx + P = 0, onde S=5 e P= -14.

Logo, x2 - 5x - 14 = 0 é a equação procurada.

Exemplo 2 - Formar a equação do 2º grau, de coeficientes racionais, sabendo-se que uma


das raízes é   .

Solução:

Se uma equação do 2º grau, de coeficientes racionais, tem uma raiz   , a outra raiz
será   .

Assim:
66
Logo, x2 - 2x - 2 = 0 é a equação procurada.

EQUAÇÕES DO 2º GRAU - FORMA FATORADA

Considere a equação ax2 + bx + c = 0. 


Colocando a em evidência, obtemos:

Então, podemos escrever:

Logo, a forma fatorada da equação ax2  + bx + c = 0 é:


a.(x - x') . (x - x'') = 0
Exemplos:
Escreva na forma fatorada a equação x2 - 5x + 6 = 0.
Solução:
Calculando as raízes da equação x2 - 5x + 6 = 0, obtemos x1= 2 e x2= 3.
Sendo a= 1, x1= 2 e x2= 3, a forma fatorada de x2 - 5x + 6 = 0 pode ser assim escrita:
(x-2).(x-3) = 0
Escreva na forma fatorada a equação 2x2 - 20x + 50 = 0.
Solução:
Calculando as raízes da equação 2x 2 - 20x + 50 = 0, obtemos duas raízes reais e iguais a
5. Sendo a= 2, x1=x2= 5, a forma fatorada de 2x2 - 20x + 50 = 0 pode ser assim escrita:
2.(x - 5) (x - 5) = 0  ou 2. (x - 5)2=0
Escreva na forma fatorada a equação x2 + 2x + 2 = 0.
Solução:
Como o  , a equação não possui raízes reais.
Logo, essa equação não possui forma fatorada em IR.

EQUAÇÕES DO 2º GRAU
ORIGINADAS DE EQUAÇÕES BIQUADRADAS

Equação biquadrada com uma variável x é toda equação da forma:

67
ax4 + bx2 + c = 0

Os primeiros membros são polinômios do 4º grau na variável x, possuindo um termo em


x4, um termo em x2 e um termo constante. Os segundos membros são nulos.

Exemplos:
x4 - 13x2 + 36 = 0
9x4 - 13x2 + 4 = 0
x4 - 5x2 + 6 = 0
x4 - 5x2 + 4 = 0
x4 - 8x2 = 0
3x4 - 27 = 0
 
Cuidado!
As equações abaixo não são biquadradas, pois em uma equação biquadrada a variável x
só possui expoentes pares.
x4 - 2x3 + x2 + 1 = 0
6x4 + 2x3 - 2x = 0
x4 - 3x = 0

EQUAÇÕES DO 2º GRAU
ORIGINADAS DE EQUAÇÕES BIQUADRADAS
RESOLUÇÃO DE UMA EQUAÇÃO BIQUADRADA

Na resolução de uma equação biquadrada em IR, devemos substituir sua variável,


transformando-a numa equação do 2º grau. Observe agora o procedimento que deve ser utilizado.
Sequência prática:
Substitua x4 por y2 (ou qualquer outra incógnita elevada ao quadrado) e x2 por y.
Resolva a equação ay2 + by + c = 0.
Determine a raiz quadrada de cada uma da raízes ( y'e y'') da equação ay 2 + by + c = 0.

Essas duas relações indicam-nos que cada raiz positiva da equação ay2 + by + c = 0 dá


origem a duas raízes simétricas para a biquadrada: a raiz negativa não dá origem a nenhuma raiz
real para a mesma.

Exemplos:

Determine as raízes da equação biquadrada x4 - 13 x2 + 36 = 0.


Solução:
Substituindo x4 por y2 e x2 por y, temos:
y2 - 13y + 36 = 0
Resolvendo essa equação, obtemos:
y'=4     e      y''=9
Como x2= y, temos:

Logo, temos para conjunto verdade: V={ -3, -2, 2, 3}.

Determine as raízes da equação biquadrada x4 + 4x2 - 60 = 0.


Solução:
Substituindo x4 por y2 e x2 por y, temos:
y2 + 4y - 60 = 0
Resolvendo essa equação, obtemos:
y'=6   e  y''= -10
68
Como x2= y, temos:

Logo, temos para o conjunto verdade:


.

Determine a soma das raízes da equação


  .
Solução:
Utilizamos o seguinte artifício:

Assim:
y2 - 3y = -2
y2 - 3y + 2 = 0
y'=1  e  y''=2
Substituindo y, determinamos:

Logo, a soma das raízes é dada por:

Resolução de equações da forma:


ax2n  +  bxn  + c = 0

Esse tipo de equação pode ser resolvida da mesma forma que a biquadrada. Para isso,
substituimos xn por y, obtendo:
ay2 + by + c = 0, que é uma equação do 2º grau.

Exemplo:
Resolva a equação x6 + 117x3 - 1.000 = 0.
Solução:
Fazendo x3=y, temos:
y2 + 117y - 1.000 = 0
Resolvendo a equação, obtemos:
y'= 8  e  y''= - 125
Então:

Logo, V= {-5, 2 }.

EQUAÇÕES DO 2º GRAU
ORIGINADAS DE EQUAÇÕES BIQUADRADAS
COMPOSIÇÃO DE UMA EQUAÇÃO BIQUADRADA

Toda equação biquadrada de raízes reais x1, x2, x3 e x4 pode ser composta pela fórmula:
69
(x -x1) . (x - x2) . (x - x3) . (x - x4) = 0

Exemplo:
Compor a equação biquadrada cujas raízes são:
 
Solução:
a) (x - 0) (x - 0) (x + 7) (x - 7) = 0   b) (x + a) (x - a) (x + b) (x - b) = 0
   x2(x2 -49)=0     (x2-a2) (x2-b2) = 0
    x4 - 49x2 = 0     x4 - (a2 + b2) x2 + a2b2 = 0

Propriedades das raízes da equação biquadrada


Consideremos a equação ax4 + bx2 + c = 0, cujas raízes são x1, x2, x3 e x4 e a equação do
2º grau ay2 + by + c = 0, cujas raízes são y' e y''.De cada raiz da equação do 2º grau, obtemos duas
raízes simétricas para a biquadrada. Assim:

 
Do exposto, podemos estabelecer as seguintes propriedades:
 
1ª propriedade: a soma das raízes reais da equação biquadrada é nula.

x1 + x2 + x3 + x4 = 0


2ª propriedade: a soma dos quadrados das raízes reais da equação biquadrada é igual a

- .

 
3ª propriedade:  o produto das raízes reais e não-nulas da equação biq. é igual a:

EQUAÇÕES DO 2º GRAU
EQUAÇÕES IRRACIONAIS

Considere as seguintes equações:

São aquelas que apresentam variável ou incógnita no radicando.


Equação irracional é toda equação que tem variável no radicando.

70
Resolução de uma equação irracional

A resolução de uma equação irracional deve ser efetuada procurando transformá-la


inicialmente numa equação racional, obtida ao elevarmos ambos os membros da equação a uma
potência conveniente.
Em seguida, resolvemos a equação racional encontrada e, finalmente, verificamos se as
raízes da equação racional obtidas podem ou não ser aceitas como raízes da equação irracional dada
(verificar a igualdade).
É necessária essa verificação, pois, ao elevarmos os dois membros de uma equação a
uma potência, podem aparecer na equação obtida raízes estranhas à equação dada. Observe alguns
exemplos de resolução de equações irracionais no conjunto dos reais.

Solução:

Logo, V= {58}.

Solução:

Logo, V= { -3}; note que 2 é uma raiz estranha a essa equação irracional.

Solução:

Logo, V= { 7 }; note que 2 é uma raiz estranha a essa equação irracional.

Solução:

71
Logo, V={9}; note que   é uma raiz estranha a essa equação irracional.

EQUAÇÕES DO 2º GRAU
SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO 2º GRAU

Observe o seguinte problema:


Uma quadra de tênis tem a forma da figura, com perímetro de 64 m e área de 192 m 2.
Determine as medidas x e y indicadas na figura.

De acordo com os dados, podemos escrever:


Perímetro: 8x + 4y = 64
Área: 2x . ( 2x + 2y) = 192    4x2 + 4xy = 192
Simplificando, obtemos:
2x + y = 16       (1)
x2 +xy = 48       (2)

Temos aí um sistema de equações do 2º grau, pois uma das equações é do 2º grau.

Podemos resolvê-lo pelo método da substituição:


Assim:    2x + y = 16       (1)
                   y = 16 - 2x
Substituindo y em (2), temos:
x2 + x ( 16 - 2x) = 48
x 2 + 16x - 2x2 = 48
- x2  + 16x - 48 = 0   Multiplicando ambos os membros por -1.
x2 - 16x + 48 = 0
x'=4       e        x''=12
Determinando y para cada um dos valores de x, obtemos:
y'=16 - 2 . 4 = 8
72
y''=16 - 2 . 12 = - 8
As soluções  do sistema são os pares ordenados (4,8) e ( 12, -8). Desprezando o par
ordenado que possui ordenada negativa, teremos para dimensões da quadra:
Comprimento = 2x + 2y = 2.4 + 2.8 = 24m
Largura = 2x = 2. 4 = 8m

Verifique agora a solução deste outro sistema:

   
Isolando y na primeira equação:
y - 3x = -1   y = 3x - 1
Substituindo na segunda:
x2  - 2x(3x - 1)  = -3
x2 - 6x2 + 2x    = -3   
-5x2 + 2x + 3    = 0     
Multiplicando ambos os membros por -1.
5x2 - 2x - 3     = 0

x'=1       e    x''=-


Determinando y para cada um dos valores de x, obtemos:

As soluções do sistema são os pares ordenados ( 1, 2) e   .

Logo, temos para conjunto verdade: 

EQUAÇÕES DO 2º GRAU
PROBLEMAS DO 2º GRAU

Sequência prática:
1 - Estabeleça a equação ou sistema de equações que traduzem o problema para a
linguagem matemática.
2 - Resolva a equação ou o sistema de equações.
3 - Interprete as raízes encontradas, verificando se são compatíveis com os dados do
problema.

Observe agora, a resolução de alguns problemas do 2º grau:


Determine dois números inteiros consecutivos tais que a soma de seus inversos seja

  .
Solução:
Representamos um número por x, e por x + 1 o seu consecutivo. Os seus inversos serão
representados por

.
Temos então a equação:

  .

73
Resolvendo-a:

Observe que a raiz xll -7 dividido por 13 não é utilizada, pois não se trata de número
inteiro.
Resposta: Os números pedidos são, portanto, 6 e o seu consecutivo 7.

Um número de dois algarismos é tal que, trocando-se a ordem dos seus algarismos,
obtém-se um número que o excede de 27 unidades. Determine esse número, sabendo-se que o
produto dos valores absolutos dos algarismos é 18.
Solução:
Representamos um número por 10x + y, e o número com a ordem dos algarismos trocada
por 10y + x.
Observe:

Número:         10x + y

Número com a ordem dos algarismos trocada:    10y + x.


Temos, então, o sistema de equações:

Resolvendo o sistema, temos:

Isolando y na primeira equação:


-x + y = 3    y= x + 3
Substituindo y na segunda equação:
xy   =  18
x ( x + 3) = 18
x2 + 3x = 18
x2 + 3x - 18   =   0
x'= 3  e  x''= -6
Determinando y para cada um dos valores de x, obtemos:
y'= 3 + 3 = 6
y''= -6 + 3 = -3
74
Logo, o conjunto verdade do sistema é dado por: V= { (3,6), ( -6, -3)}.
Desprezando o par ordenado de coordenadas negativas, temos para solução do problema
o número 36 ( x=3  e y=6).
Resposta: O número procurado é 36.

EQUAÇÕES DO 2º GRAU
OUTROS PROBLEMAS DO 2º GRAU

Duas torneiras enchem um tanque em 6 horas. Sozinha, uma delas gasta 5 horas mais
que a outra. Determine o tempo que uma delas leva para encher esse tanque isoladamente.
Solução:
Consideremos x o tempo gasto para a 1ª torneira encher o tanque e x+5 o tempo gasto
para a 2ª torneira encher o tanque.
Em uma hora, cada torneira enche a seguinte fração do tanque:

Em uma hora, as duas torneiras juntas encherão   do tanque; observe a equação
correspondente:

Resolvendo-a, temos:
6( x + 5 ) + 6x = x ( x + 5 )
6x + 30 + 6x = x2 + 5x
x2 - 7x - 30 = 0
x'= - 3      e   x''=10
Como a raiz negativa não é utilizada, teremos como solução x= 10.
Resposta: A 1ª torneira enche o tanque em 10 horas e a 2ª torneira, em 15 horas.

Num jantar de confraternização, seria distribuído, em partes iguais, um prêmio de R$


24.000,00 entre os convidados. Como faltaram 5 pessoas, cada um dos presentes recebeu um
acréscimo de R$ 400,00 no seu prêmio. Quantos pessoas estavam presentes nesse jantar?
Solução:
Podemos representar por:

Resolvendo-a:

Resposta:  Nesse jantar deveriam estar presentes 20 pessoas.


Como faltaram 5, então 15 pessoas estavam presentes no jantar.

INEQUAÇÕES

75
As inequações são expressões algébricas que possuem uma desigualdade.
Diferentemente das equações, que possuem uma igualdade.

INEQUAÇÃO – NA ARITMÉTICA

É uma desigualdade (maior, menor, maior ou igual, menor ou igual) entre duas sentenças
matemáticas fechadas.
Diferente
> Maior que
< Menor que
Maior ou igual
 Menor ou igual
10 9
Exemplo: (12+3) – 2. (20-15) + 32 – 10/10 + - √49 > – 10 + 9 - -7
10 9
INEQUAÇÃO – NA ÁLGEBRA

Toda sentença matemática aberta por uma desigualdade.


As inequações do 1º grau com uma variável podem ser escritas em uma das seguintes
formas:

Com a e b reais  .
Exemplos:

INEQUAÇÕES - Propriedades da desigualdade

As propriedades da desigualdade diferenciam equações de inequações, além das


diferenças de interpretação dos resultados obtidos nelas.
As desigualdades são: menor, maior, menor ou igual e maior ou igual e são
representadas, respectivamente, pelos símbolos: <, >, ≤ e ≥. Essa diferença garante também
algumas propriedades que não se aplicam às equações.

a) Soma ou Subtração - ao somarmos ou subtrairmos um número ou incógnita qualquer


em ambos os membros de uma inequação, o sinal de desigualdade não muda.
Observe que essa propriedade em muito se parece com o que sempre é feito como
“primeiro passo” para a solução de equações e inequações. Os professores costumam ensinar que
devemos reescrever os termos que possuem incógnita no primeiro membro e os que não possuem no
segundo e, além disso, trocar o sinal daqueles que trocam de membro.
Acontece que esse “primeiro passo” é uma simplificação da primeira propriedade.
Observe um exemplo:
12x + 20 > 10x + 40
12x + 20 – 20 > 10x + 40 – 20
12x > 10x + 40 – 20

76
Observe que, ao operar somente a subtração presente no primeiro membro e ignorarmos
essa segunda inequação, fica parecendo que o número 20 trocou de membro e de sinal. Portanto, ao
trocar termos de membro e de sinal, o sentido da desigualdade não muda.
Continuando a resolução:
12x > 10x + 20
12x – 10x > 10x + 20 – 10x
2x > 20

b) Multiplicação por um número positivo


O sinal da desigualdade não muda.
Observe que essa propriedade em muito se parece com o “segundo passo” de resolução
de inequações, em que geralmente pegamos o número que multiplica a incógnita e colocamos no
outro membro dividindo o que estiver lá. Esse segundo passo é uma simplificação do seguinte
procedimento, para o qual utilizaremos o resultado do exemplo anterior.
1·2x > 20·1
2             2
x > 10
Da mesma maneira que na propriedade anterior, se resolvermos o cálculo presente
apenas no primeiro membro, parecerá que o número 2 foi colocado no denominador do outro membro
da inequação.

b) Multiplicação por um número negativo


O sinal da desigualdade deve ser invertido.
Essa propriedade é exatamente igual à anterior no que se refere às operações a serem
realizadas. Entretanto, se o número que estiver sendo multiplicado nos dois lados da  inequação for
negativo, será obrigatório inverter o sinal de desigualdade.
Assim, ao “passar” dividindo um número negativo (trocar um número negativo de membro
quando esse número está multiplicando), por exemplo, inverte o sinal da desigualdade.
Além disso, multiplicar uma equação por – 1 também inverte o sinal da desigualdade. Por
exemplo:
2x + 16 < 10x – 16
2x – 10x < – 16 – 16
– 8x < – 32 (– 1)
8x > 32
x > 32
   8
x>4

INEQUAÇÃO PRODUTO

O estudo de inequações consiste em determinar um intervalo que satisfaça a


desigualdade expressa na inequação. Contudo, quando se trata de inequações-produto, teremos uma
desigualdade que envolve o produto de duas ou mais funções. Sabemos que uma desigualdade
consiste em valores que façam com que a desigualdade seja: maior (>) /maior igual (≥) ou menor
(<) /menor igual ≤ e não apenas igual (como acontece na equação). Portanto, surge a necessidade de
realizar o estudo da desigualdade em cada função e obter a resposta final realizando a intersecção do
conjunto resposta das funções.
Vejamos alguns exemplos, pois tratar deste assunto explicitando apenas seu conceito
constitui uma abordagem incoerente.
“Determine o conjunto solução das inequações”

Para a função: f(x)= –x+2 , teremos as seguintes situações.

77
Para a função g(x)= 2x–3, teremos as seguintes situações:

Para determinar o conjunto solução da inequação-produto, é necessário fazer a


intersecção dos conjuntos obtidos de cada função. Lembrando que a solução final é de uma
inequação-produto, portanto devemos fazer o jogo de sinais.
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Portanto temos que o conjunto solução da inequação:

 
 
Temos três funções, iremos encontrar o conjunto solução de cada uma e depois fazer a
intersecção entre eles.
Para a função f(x)=x, teremos as seguintes situações:

Para a função g(x)=x–2, teremos:

 
Para a função h(x)= –3x+9, teremos:

 
Esboçando as soluções teremos:

78
Veja que os últimos sinais analisados são obtidos operando os sinais de todas as funções
que compõem a inequação-produto. Note que para os valores menores que zero, a expressão será
positiva, pois:
 
Com isso, a solução dessa inequação é dada da seguinte maneira:

 
Determinando os valores que satisfazem a inequação produto

INEQUAÇÃO DO 1º GRAU

Os métodos para solucionar uma inequação do 1º grau são bem simples.


Devemos isolar a incógnita e, caso façamos uma operação que envolva um número
negativo, devemos inverter o sinal da desigualdade. As incógnitas são valores que estão no conjunto
dos números reais, portanto, quando você obtiver a solução de uma inequação, faça a representação
dessa solução nas retas dos reais. Por exemplo, quando você obtém a solução x > 1, em outras
palavras você possui a informação de que para a expressão algébrica inicial, todos os valores maiores
do que 1 irão satisfazer aquela desigualdade.
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Vejamos alguns exemplos:
“Resolva a inequação a seguir: 3 (x+1) – 3 ≤ x+4”
Primeiramente devemos desenvolver a multiplicação dos parênteses, para poder eliminá-
los.

Depois de feitas as operações necessárias, devemos isolar a incógnita em um dos


membros da desigualdade e os termos constantes no outro. Isolemos, então, a incógnita no primeiro
membro da desigualdade:

Por fim, divida os dois membros pelo valor que está acompanhando a incógnita x:

Com isso, obtemos os valores que satisfazem a inequação inicial, que consiste no nosso
conjunto solução da inequação 3(x+1) – 3 ≤ x+4.

Nas retas dos reais teríamos:

INEQUAÇÃO DO 2º GRAU

Para resolver uma inequação do 2° grau, devemos aplicar o método do estudo da variação
do sinal de uma função do segundo grau.

Uma equação do 2° grau tem a forma ax² + bx + c = 0, já a inequação do 2° grau tem


formato semelhante, diferenciando-se apenas pelo fato de o sinal de = ser substituído por alguma das
desigualdades: > (maior que), < (menor que), ≥ (maior ou igual a), ≤ (menor ou igual a).
A mesma ideia vista no estudo da variação do sinal de uma função do segundo grau deve
ser aplicada para a resolução de uma inequação de 2° grau. Vejamos alguns exemplos de inequações
para analisar como é feito o estudo da variação do sinal:

Exemplo 1: x² + x – 2 ≥ 0
Utilizaremos a fórmula de Bhaskara para resolver a função quadrática y = x² + x – 2:
Δ = b² – 4.a.c
Δ = 1² – 4.1.(– 2)
Δ=1+8
79
Δ=9

x = – 1 ± √9
 2.1
x = – 1 ± 3
       2
Podemos ter dois resultados:
x1 = – 1 + 3 = 2 = 1
  2        2
x2 = – 1 – 3 = – 4 = – 2
   2         2
Analisando o sinal de y, podemos concluir que o gráfico possui concavidade para
cima, pois a = 1 > 0. Podemos ainda afirmar que, como Δ = 9 > 0, a função tem duas raízes (1 e – 2).
Observe a seguir a variação do sinal para y:

Variação do sinal da função y = x² + x – 2


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Para que valores de x teremos y ≥ 0? Esses valores são 1 ≤ x ≤ – 2 e estão destacados
em vermelho na imagem acima.

Exemplo 2: – x.(x + 1) < 0


Desenvolvendo a inequação acima, temos: – x² – x < 0. Consideramos y como a função y
= – x² – x.
Através da fórmula de Bhaskara, é possível fazer o estudo do sinal da função:
Δ = b² – 4.a.c
Δ = (–1 )² – 4.(– 1).0
Δ=1

x = – (– 1) ± √1
  2.(– 1)
x = 1 ± 1
–2
Podemos ter dois resultados:
x1 = 1 + 1 = 2 = – 1
 – 2    – 2
x2 = 1 – 1 = 0 = 0
– 2    – 2
O gráfico dessa função possui concavidade para baixo, pois a = – 1 < 0. Como Δ = 1 >
0, temos duas raízes para essa função (0 e – 1). A variação do sinal ocorre da seguinte forma:

Variação do sinal da função y = – x² – x


Os valores de x para que y < 0 são 0 < x < – 1. Observe que, como o sinal da inequação
é <, e não ≤, os valores x = 0 e x = – 1 não compõem a solução da inequação, pois, para esses
valores de x, teríamos y = 0. Por essa razão, esses pontos aparecem em branco na imagem da
análise da variação do sinal.

PRODUTO CARTESIANO

80
PARES ORDENADOS

Muitas vezes, para localizar um ponto em um plano, utilizamos dois números racionais, em
uma certa ordem. Denominamos esses números de par ordenado. Exemplos:

Assim:
Indicamos por (x, y) o par ordenado formado pelos elementos x e y, onde x é o 1º
elemento e y é o 2º elemento.
Observações:
1) De um modo geral, sendo x e y dois números racionais quaisquer, temos: 
. Exemplos:

2) Dois pares ordenados (x, y) e (r, s) são iguais somente se x = r  e  y = s.

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UM PAR


ORDENADO NO PLANO CARTESIANO

Podemos representar um par ordenado através de um ponto em um plano. Esse ponto é


chamado de imagem do par ordenado.
Representamos um par ordenado em um plano cartesiano. Esse plano é formado por duas
retas, x e y, perpendiculares entre si.
A reta horizontal é o eixo das abscissas.
(eixo x).
A reta vertical é o eixo das ordenadas.
(eixo y).
O ponto comum dessas duas retas é denominado origem, que corresponde ao par
ordenado (0, 0).

LOCALIZAÇÃO DE UM PONTO
NO PLANO CARTESIANO

Para localizar um ponto em um plano cartesiano, utilizamos a sequência prática:


O 1º número do par ordenado deve ser localizado no eixo das abscissas.
81
O 2º número do par ordenado deve ser localizado no eixo das ordenadas.
No encontro das perpendiculares aos eixos x e y, por esses pontos, determinamos o ponto
procurado. Exemplo:
Localize o ponto (4, 3).

PRODUTO CARTESIANO

Sejam os conjuntos A = {1, 2, 3}  e  B = {3, 4}.


Com auxílio do diagrama de flechas ao lado, formaremos o conjunto de todos os pares
ordenados em que o 1º elemento pertença ao conjunto A e o 2º pertença ao conjunto B.

Assim, obtemos o conjunto: {(1, 3), (1, 4), (2, 3), (2, 4), (3, 3), (3, 4)}
Esse conjunto é denominado produto cartesiano de A por B, sendo indicado por:

Logo:
Dados dois conjuntos A e B, não-vazios, denominamos produto cartesiano A x B o

conjunto de todos os pares ordenados (x, y) onde  

GRÁFICO DE UMA EQUAÇÃO DE 1º GRAU


COM DUAS VARIÁVEIS

Sabemos que uma equação do 1º grau com duas variáveis possui infinitas soluções. Cada
uma dessas soluções pode ser representada por um par ordenado (x, y).
Dispondo de dois pares ordenados de um equação, podemos representá-los graficamente
em um plano cartesiano, determinando, através da reta que os une, o conjunto das soluções dessa
equação. Exemplo:
Construir um gráfico da equação x + y  = 4.
Inicialmente, escolhemos dois pares ordenados que solucionam essa equação.
  1º par: A (4, 0)
  2º par: B (0, 4)
A seguir, representamos esses pontos em um plano cartesiano.

82
Finalmente, unimos os pontos A e B, determinando a reta r, que contém todos os pontos
soluções da equação.

A reta r é chamada reta suporte do gráfico da equação

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE
UMA INEQUAÇÃO DO 1º GRAU COM
DUAS VARIÁVEIS

Método prático
Substituímos a desigualdade por uma igualdade.
Traçamos a reta no plano cartesiano.
Escolhemos um ponto auxiliar, de preferência o ponto (0, 0), e verificamos se o mesmo
satisfaz ou não a desigualdade inicial.
Em caso positivo, a solução da inequação corresponde ao semiplano ao qual pertence o
ponto auxiliar.
Em caso negativo, a solução da inequação corresponde ao semiplano oposto aquele ao
qual pertence o ponto auxiliar. Exemplo:
Vamos representar graficamente a inequação 
Tabela:
x y (x, y)
0 4 (0, 4)
2 0 (2, 0)

Gráfico:

83
Substituindo o ponto auxiliar (0, 0) na inequação, verificamos:

Afirmativa positiva, o ponto auxiliar satisfaz a inequação.


A solução da inequação corresponde ao semiplano ao qual pertence o ponto auxiliar (0, 0).

RESOLUÇÃO GRÁFICA DE UM
SISTEMA DE INEQU. DO 1º GRAU

Para resolver um sistema de inequações do 1º grau graficamente, devemos:


Traçar em um mesmo plano o gráfico de cada inequação;
Determinar a região correspondente à intersecção dos dois semiplanos.
Exemplo: dê a resolução gráfica do sistema:

Solução:
Traçando as retas -x +  y = 4 e 3x + 2y = 6.

Tabela -x+y=4

x y (x, y)
0 4 (0, 4)
-4 0 (-4, 0)
 
Tabela 3x+2y=6

x y (x, y)
0 3 (0, 3)
1 3/2 (1, 3/2)

84
Gráfico:

MATEMÁTICA FINANCEIRA

TABELAS

Tabuada dos números de 1 a 10

1x1 = 1 2x1 = 2 3x1 = 3 4x1 = 4 5x1 = 5


1x2 = 2 2x2 = 4 3x2 = 6 4x2 = 8 5x2 = 10
1x3 = 3 2x3 = 6 3x3 = 9 4x3 = 12 5x3 = 15
1x4 = 4 2x4 = 8 3x4 = 12 4x4 = 16 5x4 = 20
1x5 = 5 2x5 = 10 3x5 = 15 4x5 = 20 5x5 = 25
1x6 = 6 2x6 = 12 3x6 = 18 4x6 = 24 5x6 = 30
1x7 = 7 2x7 = 14 3x7 = 21 4x7 = 28 5x7 = 35
1x8 = 8 2x8 = 16 3x8 = 24 4x8 = 32 5x8 = 40
1x9 = 9 2x9 = 18 3x9 = 27 4x9 = 36 5x9 = 45
1x10 = 10 2x10 = 20 3x10 = 30 4x10 = 40 5x10 = 50

6x1 = 6 7x1 = 7 8x1 = 8 9x1 = 9 10x1 = 10


6x2 = 12 7x2 = 14 8x2 = 16 9x2 = 18 10x2 = 20
6x3 = 18 7x3 = 21 8x3 = 24 9x3 = 27 10x3 = 30
6x4 = 24 7x4 = 28 8x4 = 32 9x4 = 36 10x4 = 40
6x5 = 30 7x5 = 35 8x5 = 40 9x5 = 45 10x5 = 50
6x6 = 36 7x6 = 42 8x6 = 48 9x6 = 54 10x6 = 60
6x7 = 42 7x7 = 49 8x7 = 56 9x7 = 63 10x7 = 70
85
6x8 = 48 7x8 = 56 8x8 = 64 9x8 = 72 10x8 = 80
6x9 = 54 7x9 = 63 8x9 = 72 9x9 = 81 10x9 =  90
6x10 = 60 7x10 = 70 8x10 = 80 9x10 = 90 10x10 = 100

Números árabes, cardinais e ordinais

Números
Cardinais Ordinais
(árabes)
1 um primeiro
2 dois segundo
3 três terceiro
4 quatro quarto
5 cinco quinto
6 seis sexto
7 sete sétimo
8 oito oitavo
9 nove nono
10 dez décimo
11 onze décimo primeiro
12 doze décimo segundo
13 treze décimo terceiro
14 catorze décimo quarto
15 quinze décimo quinto
16 dezesseis décimo sexto
17 dezessete décimo sétimo
18 dezoito décimo oitavo
19 dezenove décimo nono
20 vinte vigésimo
21 vinte e um vigésimo primeiro
30 trinta trigésimo
40 quarenta quadragésimo
50 cinquenta quinquagésimo
60 sessenta sexagésimo
70 setenta septuagésimo
80 oitenta octogésimo
90 noventa nonagésimo
100 cem centésimo
200 duzentos ducentésimo
300 trezentos tricentésimo
400 quatrocentos quadrigentésimo
500 quinhentos quingentésimo
600 seiscentos seiscentésimo
700 setecentos septigentésimo
800 oitocentos octigentésimo
900 novecentos nongentésimo
1000 mil milésimo
10 000 dez mil dez milésimos
100 000 cem mil cem milésimos
1 000 000 um milhão milionésimo

GRANDEZAS PROPORCIONAIS
86
O que é grandeza?

Entendemos por grandeza tudo aquilo que pode ser medido, contado. As grandezas podem ter
suas medidas aumentadas ou diminuídas.
Alguns exemplos de grandeza são: o volume, a massa, a superfície, o comprimento, a
capacidade, a velocidade, o tempo, o custo e a produção.
É comum ao nosso dia a dia situações em que relacionamos duas ou mais grandezas. Por
exemplo:
Em uma corrida de "quilômetros contra o relógio", quanto maior for a velocidade, menor será o
tempo gasto nessa prova. Aqui as grandezas são a velocidade e o tempo.
 
Em um forno utilizado para a produção de ferro fundido comum, quanto maior for o tempo de
uso, maior será a produção de ferro. Nesse caso, as grandezas são o tempo e a produção.

Grandezas diretamente proporcionais

Um forno tem sua produção de ferro fundido de acordo com a tabela abaixo:

Tempo (minutos) Produção (Kg)


5 100
10 200
15 300
20 400

Observe que uma grandeza varia de acordo com a outra. Essas grandezas são variáveis
dependentes. Observe que:
Quando duplicamos o tempo, a produção também duplica.
5 min  -->  100Kg
10 min -->  200Kg
Quando triplicamos o tempo, a produção também triplica.
5 min  -->  100Kg
15 min -->  300Kg
Assim:
Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente proporcionais quando a razão entre os
valores da 1ª grandeza é igual a razão entre os valores correspondentes da 2ª
Verifique na tabela que a razão entre dois valores de uma grandeza é igual a razão entre os
dois valores correspondentes da outra grandeza.

Grandezas inversamente proporcionais

Um ciclista faz um treino para a prova de "1000 metros contra o relógio", mantendo em cada
volta uma velocidade constante, obtendo assim um tempo correspondente, conforme a tabela abaixo:

Velocidade (m/s) Tempo (s)


5 200
8 125
10 100

87
16 62,5
20 50

Observe que uma grandeza varia de acordo com a outra. Essas grandezas são variáveis
dependentes. Observe que:
Quando duplicamos a velocidade, o tempo fica reduzido à metade.
5 m/s  -->  200s
10 m/s -->  100s
Quando quadriplicamos a velocidade, o tempo fica reduzido à quarta parte.
5 m/s  -->  200s
20 m/s -->  50s
Assim:
Duas grandezas variáveis dependentes são inversamente proporcionais quando a razão entre
os valores da 1ª grandeza é igual ao inverso da razão entre os valores correspondentes da 2ª.
Verifique na tabela que a razão entre dois valores de uma grandeza é igual ao inverso da
razão entre os dois valores correspondentes da outra grandeza.

RAZÕES

O que é uma razao?

Vamos considerar um carro de corrida com 4m de comprimento e um kart com 2m de


comprimento. Para compararmos as medidas dos carros, basta dividir o comprimento de um deles
pelo outro. Assim:

  (o tamanho do carro de corrida é duas vezes o tamanho do kart).

Podemos afirmar também que o kart tem a metade   do comprimento do carro de corrida.
A comparação entre dois números racionais, através de uma divisão, chama-se razão.

A razão   pode também ser representada por 1:2 e significa que cada metro do kart
corresponde a 2m do carro de corrida.
Denominamos de razão entre dois números a e b (b diferente de zero)

o quociente   ou a:b.
A palavra razão, vem do latim ratio, e significa "divisão". Como no exemplo anterior, são
diversas as situações em que utilizamos o conceito de razão. Exemplos:
Dos 1200 inscritos num concurso, passaram 240 candidatos.
Razão dos candidatos aprovados nesse concurso:

88
        (de cada 5 candidatos inscritos, 1 foi aprovado).
Para cada 100 convidados, 75 eram mulheres.
Razão entre o número de mulheres e o número de convidados:

         (de cada 4 convidados, 3 eram mulheres).

     Observações:
     1) A razão entre dois números racionais pode ser apresentada de três formas. Exemplo:

Razão entre 1 e 4:     1:4   ou     ou 0,25.


2) A razão entre dois números racionais pode ser expressa com sinal negativo, desde que
seus termos tenham sinais contrários. Exemplos:

A razão entre 1 e -8 é   .

A razão entre     é    .

Termos de uma razão

Observe a razão:

    (lê-se "a está para b" ou "a para b").

Na razão a:b ou  , o número a é denominado antecedente e o número b é


denominado consequente.
Veja o exemplo:

3:5   =  
Leitura da razão: 3 está para 5 ou 3 para 5.

Razões inversas

89
Considere as razões  .

Observe que o produto dessas duas razões é igual a 1, ou seja,  .

Nesse caso, podemos afirmar que   são razões inversas.


Duas razões são inversas entre si quando o produto delas é igual a 1.
Exemplo:

 são razões inversas, pois  .


Perceba que, nas razões inversas, o antecedente de uma é o consequente da outra, e vice-
versa.
Observações:
1) Uma razão de antecedente zero não possui inversa.
2) Para determinar a razão inversa de uma razão dada, devemos permutar (trocar) os seus termos.
Exemplo:

O inverso de 

Razões equivalentes

Dada uma razão entre dois números:


Obtemos uma razao equivalente multiplicando-se ou dividindo-se os termos de uma razão por
um mesmo número racional (diferente de zero),
Exemplos:

  são razões equivalentes.

 são razões equivalentes.

Razões entre grandezas da mesma espécie

O conceito é o seguinte:
Denomina-se razão entre grandezas de mesma espécie o quociente entre os números que
expressam as medidas dessas grandezas numa mesma unidade.
Exemplos:
1) Calcular a razão entre a altura de duas crianças, sabendo que a primeira possui uma altura
h1= 1,20m e a segunda possui uma altura h2= 1,50m. A razão entre as alturas h1 e h2 é dada por:

90
2) Determinar a razão entre as áreas das superfícies das quadras de vôlei e basquete,
sabendo que a quadra de vôlei possui uma área de 162m2 e a de basquete possui uma área de
240m2.

Razão entre as área da quadra de vôlei e basquete:  .

Razões entre grandezas de espécies diferentes

O conceito é o seguinte:
Para determinar a razão entre duas grandezas de espécies diferentes, determina-se o
quociente entre as medidas dessas grandezas. Essa razão deve ser acompanhada da notação que
relaciona as grandezas envolvidas.
Exemplos:
1) Consumo médio:
Beatriz foi de São Paulo a Campinas (92Km) no seu carro. Foram gastos nesse percurso 8
litros de combustível. Qual a razão entre a distância e o combustível consumido? O que significa essa
razão?
Solução:

Razão = 

Razão =   (lê-se "11,5 quilômetros por litro")


Essa razão significa que a cada litro consumido foram percorridos em média 11,5 km.
2) Velocidade média:
Moacir fez o percurso Rio-São Paulo (450Km) em 5 horas. Qual a razão entre a medida
dessas grandezas? O que significa essa razão?
Solução:

Razão = 
Razão = 90 km/h (lê-se "90 quilômetros por hora")
Essa razão significa que a cada hora foram percorridos em média 90 km.
3) Densidade demográfica:
O estado do Ceará no último censo teve uma população avaliada em 6.701.924 habitantes.
Sua área é de 145.694 km2. Determine a razão entre o número de habitantes e a área desse estado.
O que significa essa razão?
Solução:

Razão = 
Razão = 46 hab/km2 (lê-se "46 habitantes por quilômetro quadrado")
Essa razão significa que em cada quilômetro quadrado existem em média 46 habitantes.
4) Densidade absoluta ou massa específica:
Um cubo de ferro de 1cm de aresta tem massa igual a 7,8g. Determine a razão entre a massa
e o volume desse corpo. O que significa essa razão?
Solução:
Volume = 1cm . 1cm . 1cm  =  1cm3

Razão = 
91
Razão = 7,8 g/cm3 (lê-se "7,8 gramas por centímetro cúbico")
Essa razão significa que 1cm3 de ferro pesa 7,8g.

PROPORÇÕES

O que é uma proporção?

Exemplo: Rogerião e Claudinho passeiam com seus cachorros. Rogerião pesa 120kg, e seu
cão, 40kg. Claudinho, por sua vez, pesa 48kg, e seu cão, 16kg.
Observe a razão entre o peso dos dois rapazes:

Observe, agora, a razão entre o peso dos cachorros:

Verificamos que as duas razões são iguais. Nesse caso, podemos afirmar que a

igualdade   é uma proporção. Assim:


Proporção é uma igualdade entre duas razões.

Elementos de uma proporção

Dados quatro números racionais a, b, c, d, não-nulos, nessa ordem, dizemos que eles formam
uma proporção quando a razão do 1º para o 2º for igual à razão do 3º para o 4º.
Assim:

   ou  a:b=c:d
(lê-se "a está para b assim como c está para d")
Os números a, b, c e d são os termos da proporção, sendo:
b e c os meios da proporção.
a e d os extremos da proporção.

 
Exemplo:

Dada a proporção  , temos:


Leitura: 3 está para 4 assim como 27 está para 36.
Meios: 4 e 27     Extremos: 3 e 36

92
Propriedade fundamental das proporções

Observe as seguintes proporções:

Produto dos meios = 4.30 = 120


Produto dos extremos = 3.40 = 120

Produto dos meios = 9.20 = 180


Produto dos extremos = 4.45 = 180

Produto dos meios = 8.45 = 360


Produto dos extremos = 5.72 = 360
De modo geral, temos que:

Daí podemos enunciar a propriedade fundamental das proporções:


Em toda proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos.

Aplicações da propriedade fundamental

Determinação do termo desconhecido de uma proporção


Exemplos:
Determine o valor de x na proporção:

Solução:
5 . x  =   8 . 15    (aplicando a propriedade fundamental)
5 . x  =   120

x   =  24
Logo, o valor de x é 24.
Determine o valor de x na proporção:

Solução:
5 . (x-3)  =   4 . (2x+1)    (aplicando a propriedade fundamental)
5x - 15 =  8x + 4
5x - 8x =  4 + 15
-3x =  19
3x =  -19

93
x =   

Logo, o valor de x é  .


Os números 5, 8, 35 e x formam, nessa ordem, uma proporção. Determine o valor de x.

Solução:

    (aplicando a propriedade fundamental)


5 . x  =  8 . 35
5x = 280

x = 56
Logo, o valor de x é 56.
Resolução de problemas envolvendo proporções
Exemplo:
Numa salina, de cada metro cúbico (m3) de água salgada, são retirados 40 dm3 de sal. Para
obtermos 2 m3 de sal, quantos metros cúbicos de água salgada são necessários?

Solução:
A quantidade de sal retirada é proporcional ao volume de água salgada. Indicamos por x a quantidade
de água salgada a ser determinada e armamos a proporção:

Lembre-se que 40dm3 = 0,04m3.

       (aplicando a propriedade fundamental)


1 . 2  =  0,04 . x
0,04x = 2

x = 50 m3
Logo, são necessários 50 m3 de água salgada.

Quarta proporcional

Dados três números racionais a, b e c, não-nulos, denomina-se quarta proporcional desses


números um número x tal que:

Exemplo:
94
Determine a quarta proporcional dos números 8, 12 e 6.

Solução: Indicamos por x a quarta proporcional e armamos a proporção:

     (aplicando a propriedade fundamental)


8 . x  =   12 . 6
8 . x  =   72

x   =  9

Logo, a quarta proporcional é 9.

Proporção contínua

Considere a seguinte proporção:  .


Observe que os seus meios são iguais, sendo por isso denominada proporção contínua.
Assim:
Proporção contínua é toda a proporção que apresenta os meios iguais.
De um modo geral, uma proporção contínua pode ser representada por:

Terceira proporcional
Dados dois números naturais a e b, não-nulos, denomina-se terceira proporcional desses
números o número x tal que:

Exemplo:
Determine a terceira proporcional dos números 20 e 10.

Solução:
Indicamos por x a terceira proporcional e armamos a proporção:

     (aplicando a propriedade fundamental)


20 . x  =  10 . 10
20x = 100

x=5
Logo, a terceira proporcional é 5.
Média geométrica ou média proporcional

Dada uma proporção contínua   , o número b é denominado média


geométrica ou média proporcional entre a e c.  Exemplo:

95
Determine a média geométrica positiva entre 5 e 20.
Solução:

5 . 20  =  b . b
100 = b2
b2 = 100

b = 
b = 10
Logo, a média geométrica positiva é 10.

Propriedades das proporções

1ª propriedade
Em uma proporção, a soma dos dois primeiros termos está para o 2º (ou 1º) termo, assim
como a soma dos dois últimos está para o 4º (ou 3º).
Demonstração:
Considere as proporções:

 e 
Adicionando 1 a cada membro da primeira proporção, obtemos:

Fazendo o mesmo na segunda proporção, temos:

Exemplo:

Determine x e y na proporção  , sabendo que x+y=84.


Solução:

Assim:

96
x+y = 84   =>   x = 84-y   =>    x = 84-48   =>   x=36.
Logo, x=36 e y=48.

2ª propriedade
Em uma proporção, a diferença dos dois primeiros termos está para o 2º (ou 1º) termo, assim
como a diferença dos dois últimos está para o 4º (ou 3º).
Demonstração:
Considere as proporções:

 e 
Subtraindo 1 a cada membro da primeira proporção, obtemos:

Fazendo o mesmo na segunda proporção, temos

 (Mult. os 2 membros por -1)

Exemplo:

Sabendo-se que x-y=18, determine x e y na proporção  .


Solução:
Pela 2ª propriedade, temos que:

x-y = 18   =>   x=18+y   =>   x = 18+12    =>   x=30.


Logo, x=30 e y=12.

3ª propriedade:
Em uma proporção, a soma dos antecedentes está para a soma dos consequentes, assim
como cada antecedente está para o seu consequente.

97
Demonstração:
Considere a proporção:

Permutando os meios, temos:

Aplicando a 1ª propriedade, obtemos:

Permutando os meios, finalmente obtemos:

4ª propriedade:

Em uma proporção, a diferença dos antecedentes está para a diferença dos consequentes,
assim como cada antecedente está para o seu consequente.
Demonstração:
Considere a proporção:

Permutando os meios, temos:

Aplicando a 2ª propriedade, obtemos:

Permutando os meios, finalmente obtemos:

       Exemplo:

Sabendo que a-b = -24, determine a e b na proporção  .


Solução:

Pela 4ª propriedade, temos que:

98
5ª propriedade:

Em uma proporção, o produto dos antecedentes está para o produto dos consequentes, assim
como o quadrado de cada antecedente está para quadrado do seu consequente.
Demonstração:
Considere a proporção:

Multiplicando os dois membros por  , temos:

Assim:

Observação: a 5ª propriedade pode ser estendida para qualquer número de razões. Exemplo:

Proporção múltipla

Denominamos proporção múltipla uma série de razões iguais. Assim:

  é uma proporção múltipla.

Dada a série de razões iguais   , de acordo com a 3ª e 4ª propriedade, podemos


escrever:

99
Divisão Diretamente Proporcional

Quando realizamos uma divisão diretamente proporcional estamos dividindo um número de


maneira proporcional a uma sequência de outros números. Por exemplo, vamos dividir o número 396
em partes diretamente proporcionais a 2, 4 e 6.

Ao somarmos as partes após a divisão temos que obter o número original correspondente a
396. Observe:
66 + 132 + 198 = 396
Veja mais um exemplo:
Devemos dividir entre João, Pedro e Lucas 46 chocolates de forma diretamente proporcional
às suas idades que são: 4, 7 e 12 anos, respectivamente.

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João, Pedro e Lucas receberão respectivamente 8, 14 e 24 chocolates.
Veja outro exemplo:
O prêmio de um concurso no valor de R$ 392.000,00 deverá ser divido de forma diretamente
proporcional aos pontos obtidos pelos candidatos das três primeiras colocações. Considerando que o
primeiro colocado fez 220, o segundo 150 e o terceiro 120 pontos, determine a parte do prêmio
relativa a cada participante.

100
Os candidatos receberão R$ 176.000,00, R$ 120.000,00 e R$ 96.000,00, de acordo com a
pontuação assinalada.

Divisão Inversamente Proporcional

A divisão de um número em partes inversamente proporcionais a outros números dados,


consiste em se determinar as parcelas que são diretamente proporcionais ao inverso de cada um dos
números dados e que somadas, totalizam o número original.
A divisão do número N em partes p1, p2, p3, ..., pn inversamente proporcionais aos números
reais, diferentes de zero a1, a2, a3, ..., an respectivamente, baseia-se em encontrar a constante K, real
não nula, tal que:
Tópico relacionadoTeoria - Divisão em Partes diretamente e inversamente proporcionais -
Composta

Depois de encontrado o valor da constante K, basta substituí-lo nas igualdades onde foi
utilizada e realizar as contas para identificar o valor de cada uma das partes.
Exemplos
Divida o número 248 em partes inversamente proporcionais a 3, 5, 7 e 9.
Conforme o explicado sabemos que:
p1 = K . 1/3
p2 = K . 1/5
p3 = K . 1/7
p4 = K . 1/9
p1 + p2 + p3 + p4 = 248
Para encontrarmos o valor da constante K devemos substituir o valor de p1, p2, p3 e p4 na
última igualdade:

Logo:
p1 = 315 . 1/3 = 105
p2 = 315 . 1/5 = 63
p3 = 315 . 1/7 = 45
p4 = 315 . 1/9 = 35
As partes procuradas são respectivamente 105, 63, 45 e 35.

Divida o número 36 em parcelas inversamente proporcionais a 6, 4 e 3.


Do enunciado tiramos que:
p1 = K . 1/6
p2 = K . 1/4
p3 = K . 1/3
p1 + p2 + p3 = 36
Para encontrarmos o valor da constante K devemos substituir o valor de p1, p2 e p3 na última
expressão:

Portanto:
p1 = 48 . 1/6 = 8
p2 = 48 . 1/4 = 12

101
p3 = 48 . 1/3 = 16
As parcelas procuradas são respectivamente 8, 12 e 16.

Divisão Diretamente e Inversamente Proporcionais - Composta

A divisão do número N em partes p1, p2, p3, ..., pn diretamente proporcionais aos números


reais, diferentes de zero a1, a2, a3, ..., an respectivamente e inversamente proporcionais aos números
reais, diferentes de zero b1, b2, b3, ..., bn respectivamente, baseia-se em encontrar a constante K, real
não nula, tal que:ou de forma mais simplificada:

Depois de encontrado o valor da constante K, basta substituí-lo nas igualdades onde foi
utilizada e realizar as contas para identificar o valor de cada uma das partes.
Exemplos
Divida o número 1228 em partes diretamente proporcionais a 1, 2, 3 e 4 e inversamente
proporcionais a 5, 6, 7 e 8, respectivamente.
Conforme o explicado sabemos que:
p1 = K . 1/5
p2 = K . 2/6
p3 = K . 3/7
p4 = K . 4/8
p1 + p2 + p3 + p4 = 1228
Para encontrarmos o valor da constante K devemos substituir o valor de p1, p2, p3 e p4 na
última igualdade:

Logo:
p1 = 840 . 1/5 = 168
p2 = 840 . 2/6 = 280
p3 = 840 . 3/7 = 360
p4 = 840 . 4/8 = 420
As partes procuradas são respectivamente 168, 280, 360 e 420.

Divida o número 981 em partes diretamente proporcionais a 2, 6 e 3 e inversamente


proporcionais a 5, 9 e 4, respectivamente.
Do enunciado tiramos que:
p1 = K . 2/5
p2 = K . 6/9
p3 = K . 3/4
p1 + p2 + p3 = 981
Para encontrarmos o valor da constante K devemos substituir o valor de p1, p2 e p3 na última
expressão:

Portanto:
p1 = 540 . 2/5 = 216
p2 = 540 . 6/9 = 360
p3 = 540 . 3/4 = 405
As parcelas procuradas são respectivamente 216, 360 e 405.

FATOR DE AUMENTO OU DIMINUIÇÃO

CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DE PORCENTAGEM


MATEMÁTICA
Calcula-se a composição de porcentagem para se saber o valor do aumento ou desconto de
algo. Esse cálculo é feito por meio do fator de multiplicação.
Utilizamos a porcentagem para fazer acréscimo (aumento ou inflação) ou decréscimo
(redução, deflação ou desconto) e o símbolo que utilizamos para representá-la é o % (por cento).

102
Quando determinado valor sofre acréscimo ou diminuição por mais de uma vez consecutiva
podemos calcular a composição de porcentagem. Temos então que problemas relacionados
à composição de porcentagem são resolvidos por meio do produto do fator de multiplicação.
Esse fator é diferente para acréscimo ou decréscimo. No acréscimo, devemos somar 1 ao
valor referente à taxa de aumento; já no decréscimo, temos que subtrair 1 da taxa de desconto.

Exemplo: Fator multiplicativo para acréscimo:


Um produto aumentou 20%. Qual o fator de multiplicação que representa esse acréscimo?
Resposta
Taxa de aumento: 20% =   20 = 0,20 = 0,2
                                            100
Fator de multiplicação = 1 + taxa de aumento
Fator de multiplicação = 1 + 0,2
Fator de multiplicação = 1,2

Exemplo: Fator multiplicativo para decréscimo:


Um produto sofreu um desconto de 20%. Qual o fator de multiplicação que representa esse
decréscimo?
Taxa de desconto: 20% =   20 = 0,20 = 0,2
                                             100
Fator de multiplicação = 1 – taxa de desconto
Fator de multiplicação = 1 – 0,2
Fator de multiplicação = 0,8
Agora que já sabemos como calcular o fator de multiplicação, vamos resolver dois problemas
que possuem o cálculo da composição de porcentagem.
Primeiro problema
Encontre a taxa de aumento, por meio do cálculo da composição de porcentagem, de um
produto que sofreu acréscimo de 30% e, em seguida, outro acréscimo de 45%.

Resposta:
Devemos calcular o fator de multiplicação referente a 30% e 45%.
Taxa de aumento 30% = 30 = 0,3
                                         100
Taxa de aumento 45% = 45 = 0,45
                                         100
Fator de multiplicação para 30% = 1 + 0,3
Fator de multiplicação para 30% = 1,3
Fator de multiplicação para 45% = 1 + 0,45
Fator de multiplicação para 45% = 1,45
Cálculo da composição de porcentagem = 1,3 x 1,45 = 1,885
Para sabermos a taxa de aumento que está embutida no valor da composição de
porcentagem, faça:
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1,885 = 1 + 0,885 = 1 + taxa de aumento
Taxa de aumento = 0,885 x 100 = 88,5%

Segundo problema
Encontre a taxa de diminuição, por meio do cálculo da composição de porcentagem, de um
produto que sofreu aumento de 25%, seguido de diminuição de 50%.
Resposta:
Taxa de aumento = 25% = 25 = 0,25
                                            100
Taxa de diminuição/desconto = 50% = 50 = 0,5
                                                                    100
Fator de multiplicação para 25% = 1 + 0,25
Fator de multiplicação para 25% = 1,25

103
Fator de multiplicação para 50% = 1 - 0,5
Fator de multiplicação para 50% = 0,5
Cálculo da composição de porcentagem = 1,25 x 0,5 = 0,625
Para sabermos a taxa de diminuição que está no valor da composição de porcentagem, faça:
1 – 0,625 = 0,375, onde 0,375
Taxa de diminuição = 0,375 x 100 = 37,5%

Terceiro problema
Um produto sofre em janeiro uma inflação de 15% e em fevereiro, 20%. Qual a inflação total
nesses dois meses?
Resposta:
No início de janeiro o produto custava x reais. Já no início de fevereiro custava x reais mais
15% de x. Podemos montar uma equação com essas informações.
Primeira equação
Primeira taxa de aumento = 15% = 0,15
y = x + 0,15x
y = 1,15x
Devemos montar outra equação, iremos obtê-la pensando no custo desse produto no início de
março.
Segunda taxa de aumento = 20% = 0,2
z = y + 0,2y
z = 1,2y
Obtemos as seguintes equações:
y = 1,15x
z = 1,2y
Pelo método da substituição de equações, temos que:
z = 1,2y
z = 1,2 . 1,15 x
z = 1,38x
Temos que 1,38 é o fator de multiplicação.Como a inflação é uma taxa de aumento/inflação,
para obtê-la faça:
1,38 = 1 + 0,38 = 1 + taxa de aumento
Taxa de aumento/inflação = 0,38 x 100 = 38%
A resposta final para essa questão é: A inflação total desse produto foi de 38%.

REGRA DE TRÊS

Regra de três simples

É um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro valores dos quais
conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já conhecidos.
Passos utilizados numa regra de três simples
1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo
na mesma linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.
3º) Montar a proporção e resolver a equação.
Exemplos
1) Com uma área  de absorção de raios solares de 1,2m2, uma lancha com motor movido a
energia solar consegue produzir 400 watts por hora de energia. Aumentando-se essa área para 1,5m 2,
qual será a energia produzida?
Solução: montando a tabela:
Área (m2) Energia (Wh)
1,2 400
1,5 x
Identificação do tipo de relação:

104
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna). Observe
que, aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta. Como as palavras correspondem
(aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são diretamente proporcionais.
Assim sendo, colocamos uma outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª
coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, a energia produzida será de 500 watts por hora.

2) Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h, faz um determinado


percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de
480km/h?
Solução: montando a tabela:
Velocidade
Tempo (h)
(Km/h)
400 3
480 x
Identificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna). Observe
que, aumentando a velocidade, o tempo do percurso diminui. Como as palavras são contrárias
(aumentando - diminui), podemos afirmar que as grandezas são inversamente proporcionais.
Assim, colocamos uma outra seta no sentido contrário (para cima) na 1ª coluna. Montando a
proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos.

3) Bianca comprou 3 camisetas e pagou R$120,00. Quanto ela pagaria se comprasse 5


camisetas do mesmo tipo e preço?
Solução: montando a tabela:
Camisetas Preço (R$)
3 120
5 x
105
Observe que, aumentando o número de camisetas, o preço aumenta. Como as palavras
correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são diretamente
proporcionais.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, a Bianca pagaria R$200,00 pelas 5 camisetas.

4) Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia, realizou determinada obra em 20
dias. Se o número de horas de serviço for reduzido para 5 horas por dia, em que prazo essa equipe
fará o mesmo trabalho?
Solução: montando a tabela:
Horas por
Prazo para término (dias)
dia
8 20
5 x
Observe que, diminuindo o número de horas trabalhadas por dia, o prazo para
término aumenta. Como as palavras são contrárias (diminuindo - aumenta), podemos afirmar que as
grandezas são inversamente proporcionais.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Regra de três composta

A regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta ou
inversamente proporcionais.
Exemplos
1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m3 de areia. Em 5 horas, quantos caminhões
serão necessários para descarregar 125m3?
Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as grandezas de mesma espécie e,
em cada linha, as grandezas de espécies diferentes que se correspondem:
Horas Caminhões Volume
8 20 160
5 x 125
Identificação dos tipos de relação:
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).

106
A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde está o x. Observe
que, aumentando o número de horas de trabalho, podemos diminuir o número de caminhões. Portanto
a relação é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna).
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número de caminhões. Portanto, a
relação é diretamente proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que contém
o termo x com o produto das outras razões de acordo com o sentido das setas.
Montando a proporção e resolvendo a equação, temos:

Logo, serão necessários 25 caminhões.

2) Em uma fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5 dias. Quantos


carrinhos serão montados por 4 homens em 16 dias?
Solução: montando a tabela:
Homens Carrinhos Dias
8 20 5
4 x 16
Observe que, aumentando o número de homens, a produção de carrinhos aumenta. Portanto a
relação é diretamente proporcional (não precisamos inverter a razão).
Aumentando o número de dias, a produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação também
é diretamente proporcional (não precisamos inverter a razão). Devemos igualar a razão que contém o
termo x com o produto das outras razões.
Montando a proporção e resolvendo a equação, temos:

Logo, serão montados 32 carrinhos.

3) Dois pedreiros levam 9 dias para construir um muro com 2m de altura. Trabalhando 3
pedreiros e aumentando a altura para 4m, qual será o tempo necessário para completar esse muro?
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x. Depois colocam-se
flechas concordantes para as grandezas diretamente proporcionais com a incógnita e discordantes
para as inversamente proporcionais, como mostrado abaixo:

Montando a proporção e resolvendo a equação, temos:

107
Logo, para completar o muro serão necessários 12 dias.

Exercícios complementares
Agora chegou a sua vez de tentar. Pratique tentando fazer esses exercícios:
1) Três torneiras enchem uma piscina em 10 horas. Quantas horas levarão 10 torneiras para
encher 2 piscinas? 
Resposta: 6 horas.
2) Uma equipe composta de 15 homens extrai, em 30 dias, 3,6 toneladas de carvão. Se for
aumentada para 20 homens, em quantos dias conseguirão extrair 5,6 toneladas de carvão?
Resposta: 35 dias.
3) Vinte operários, trabalhando 8 horas por dia, gastam 18 dias para construir um muro de
300m. Quanto tempo levará uma turma de 16 operários, trabalhando 9 horas por dia, para construir
um muro de 225m? 
Resposta: 15 dias.
4) Um caminhoneiro entrega uma carga em um mês, viajando 8 horas por dia, a uma
velocidade média de 50 km/h. Quantas horas por dia ele deveria viajar para entregar essa carga em
20 dias, a uma velocidade média de 60 km/h? 
Resposta: 10 horas por dia.
5) Com uma certa quantidade de fio, uma fábrica produz 5400m de tecido com 90cm de
largura em 50 minutos. Quantos metros de tecido, com 1 metro e 20 centímetros de largura, seriam
produzidos em 25 minutos? 
Resposta: 2025 metros.

PORCENTAGEM

É frequente o uso de expressões que refletem acréscimos ou reduções em preços, números


ou quantidades, sempre tomando por base 100 unidades. Alguns exemplos:
A gasolina teve um aumento de 15%.
Significa que em cada R$100 houve um acréscimo de R$15,00.
O cliente recebeu um desconto de 10% em todas as mercadorias.
Significa que em cada R$100 foi dado um desconto de R$10,00.
Dos jogadores que jogam no Grêmio, 90% são craques.
Significa que em cada 100 jogadores que jogam no Grêmio, 90 são craques.
Razão centesimal 
Toda a razão que tem para consequente o número 100 denomina-se razão centesimal. Alguns
exemplos:

Podemos representar uma razão centesimal de outras formas:

108
As expressões 7%, 16% e 125% são chamadas taxas centesimais ou taxas percentuais.
Considere o seguinte problema:
João vendeu 50% dos seus 50 cavalos. Quantos cavalos ele vendeu?
Para solucionar esse problema, devemos aplicar a taxa percentual (50%) sobre o total de
cavalos.

Logo, ele vendeu 25 cavalos, que representa a porcentagem procurada. Portanto, chegamos à


seguinte definição:
Porcentagem é o valor obtido ao aplicarmos uma taxa percentual a um determinado valor.
Exemplos
Calcular 10% de 300.

   
Calcular 25% de 200kg.

Logo, 50kg é o valor correspondente à porcentagem procurada.


Exercícios
1) Um jogador de futebol, ao longo de um campeonato, cobrou 75 faltas, transformando em
gols 8% dessas faltas. Quantos gols de falta esse jogador fez?

Portanto o jogador fez 6 gols de falta.


2) Se eu comprei uma ação de um clube por R$250,00 e a revendi por R$300,00, qual a taxa
percentual de lucro obtida?
Montamos uma equação, onde somando os R$250,00 iniciais com a porcentagem que
aumentou em relação a esses R$250,00, resulte nos R$300,00.

Portanto, a taxa percentual de lucro foi de 20%.

Fator de Multiplicaçao

109
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um determinado valor, podemos calcular o novo
valor apenas multiplicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação. Se o acréscimo for de
20%, multiplicamos por 1,20, e assim por diante. Veja outros exemplos na tabela abaixo:

Acréscimo ou Fator de
Lucro Multiplicação
10% 1,10
15% 1,15
20% 1,20
47% 1,47
67% 1,67

Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 temos: 10 * 1,10 = R$ 11,00.


No caso de haver um decréscimo, teremos:
Fator de Multiplicação =  1 - taxa de desconto (na forma decimal)
Veja exemplos na tabela abaixo:

Descont
Fator de Multiplicação
o
10% 0,90
25% 0,75
34% 0,66
60% 0,40
90% 0,10

Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos: 10 * 0,90 = R$ 9,00

JUROS

Juros Simples

Juros simples é uma remuneração dada a alguém pela aplicação de seu capital em um
determinando período. Esse regime de juros é calculado aplicando uma taxa em relação ao capital
aplicado inicialmente.
É muito utilizado do dia a dia quando emprestamos dinheiro a outra pessoa, por exemplo.
Ao emprestarmos queremos receber uma quantia a mais pelo empréstimo e isso nada mais é
do que uma vantagem que queremos pelo empréstimo. Uma espécie de: te empresto, mas quero que
me pague a mais por isso.
A pessoa que empresta a outra certa quantia, recebe uma remuneração a mais além do valor
emprestado, e isso é o que denomina juros.
Devemos aplicá-lo a uma transação considerando essas quatros variáveis:
Capital: é o valor aplicado;
Juros: é o acréscimo que recebe pelo valor aplicado;
Tempo: o tempo que é dado para receber o valor aplicado de volta mais os juros;
Taxa: taxa aplicada, em porcentagem, que determina a quantidade de juros incidente sobre o
capital inicial.
Para efeito de cálculo, os juros são diretamente proporcionais ao capital, ao tempo e a taxa.

Fórmula

Vamos estabelecer que o capital será representado pela letra C, maiúscula, o tempo pela
letra t, minúscula, a taxa por i, também minúscula, e os juros pela letra J, maiúscula. Assim, temos a
seguinte fórmula:

Quando aplicamos esta fórmula, devemos ficar atentos aos seguintes casos:
Se a taxa for ao ano, o tempo deve ser reduzido à unidade de ano;
Caso seja ao mês, o tempo deve ser reduzido à unidade de mês;
110
Se a taxa for ao dia, o tempo deve ser reduzido à unidade de dia.
Observações:
A taxa i deve ser colocada na forma decimal.
Exemplo: se a taxa for 5%, então i = 0,05, que é a divisão de 5 por 100.
A taxa e o tempo devem está nas mesmas unidades.
Exemplo: se a taxa for 3% ao mês, o tempo também deve ser representado em meses. Dessa
forma, se o tempo estiver em ano, converta-o em meses.

Montante

Chamamos de montante, e é representado pela letra maiúscula M, a soma do capital inicial


mais os juros obtidos na aplicação. Ou seja, quando uma pessoa que aplica um valor, e depois faz o
resgate desse valor aplicado mais os juros recebidos, esse é o montante.

Fórmula para o cálculo do Montante

Para determinarmos o montante, utilizamos a seguinte fórmula:


Onde:
M é o montante;
C é o capital aplicado;
J são os juros aplicados, definido pela primeira fórmula acima.
Observe que os juros são calculados pela fórmula abaixo:
Então, substituindo a formula acima na Fórmula do Montante M, temos:
Portanto, temos que o montante também pode ser calculado pela fórmula:

Juros Compostos

Além dos juros estudados nesse artigo, temos também uma outra forma de calcular juros que
são os juros compostos.
Este tipo de correção financeira é usada com frequência nas instituições financeiras, pois
oferecem uma melhor rentabilidade.
Os juros compostos são aplicados no capital inicial mais os juros dos meses anteriores, isto é,
a partir do segundo mês a rentabilidade é calculada sobre o capital inicial mais os juros dos meses
anteriores.

Exercícios resolvidos
(FEC) Um jovem que trabalha com artes gráficas decidiu comprar um computador para que
pudesse desenvolver melhor suas atividades. Ao decidir pela configuração que precisava constatou
que seriam necessários R$2.490,00 para adquirir o seu computador à vista. Como isso estava
totalmente fora do seu orçamento resolveu negociar a compra do equipamento a prazo, o que só foi
possível mediante acréscimo de juros de 30% ao ano, aplicado ao valor à vista por oito meses. O
pagamento foi feito em oito prestações mensais iguais, cada uma no valor de:
A) R$ 373,50
B) R$ 498,00
C) R$ 2.988,00
D) R$ 1.992,00
Resolução:
Calculando o valor do acréscimo:

onde:
J: o valor dos juros a ser determinado
C: R$2.490,00 (valor do capital aplicado)
i: 30% a.a. (taxa percentual anual)
t: 8 meses (período de aplicação)
Nas fórmulas de matemática financeira, tanto o prazo da operação (t) como a taxa (i) devem,
necessariamente, está expressos na mesma unidade de tempo.
111
Assim, transformando a taxa percentual anual, em taxa percentual mensal, temos:
(30% a.a.) ÷ 12 = 2,5% a.m.
Então, temos que:

O Montante a ser pago no final do período da aplicação, ou seja, o capital empregado mais a
rentabilidade adquirida será de:

De acordo com o enunciado, o pagamento foi feito em oito prestações mensais iguais, então,
cada prestação terá um valor de:

Resposta: A

(UFMG) Um consumidor adquiriu determinado produto em um plano de pagamento de 12


parcelas mensais iguais de R$ 462,00, a uma taxa de 5% ao mês. Ele pagou as 10 primeiras
prestações no dia exato do vencimento de cada uma delas. Na data do vencimento da 11ª prestação,
o consumidor decidiu quitar a última também, para liquidar sua dívida. Ele exigiu, então, que a última
prestação fosse recalculada, para a retirada dos juros correspondentes ao mês antecipado, no que foi
atendido. Depois de recalculado, o valor da última prestação passou a ser de
A) R$ 438,90
B) R$ 441,10
C) R$ 440,00
D) R$ 444,00
Resolução:
Analisando a questão, temos que o consumidor exige que a última parcela seja recalculada,
retirando os juros.
Sendo assim, temos que descontar da última parcela de R$ 462,00, que foi paga 1 mês antes,
5% de juros.
Logo, devemos realizar o seguinte cálculo para corrigir a taxa: 100% + 5% = 105/100 = 1,05
A taxa de juros em cada parcela foi de um aumento de 5%. Assim, considere P a parcela sem
a aplicação dos juros, então:
1,05 . P = 462 ⇒ P = 462 / 1,05 = 440
Logo, a última parcela será de R$ 440,00, alternativa C

Juros Compostos (como reforço)

Juros compostos são a aplicação de juros sobre juros, isto é, os juros compostos são aplicados
ao montante de cada período.
Juros compostos são muito utilizados pelo sistema financeiro, pois oferece uma rentabilidade
melhor. A taxa de juros é sempre aplicada ao somatório do capital no final de cada mês.

O Poder dos juros compostos

Se você for uma pessoa disciplinada que consegue poupar uma certa quantia por mês, terá
tranquilamente, após os 60 anos, 1 milhão na conta. Mas é necessário começar a poupar cedo.
É importante deixar claro que para isso acontecer, você deve procurar uma aplicação que
ofereça uma rentabilidade considerável. Não é difícil encontrar boas aplicações no mercado para este
112
tipo de aplicação. Um tipo de aplicação conservadora no Brasil é a renda fixa, como o CDB, por
exemplo.
Renda fixa é garantida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) contra falências de bancos ou
qualquer instituição que ofereça este tipo de aplicação, para aplicações até 250 mil reais. Isto é, caso a
instituição venha a falir, o fundo o reembolsa até o o limite de 250 mil reais por CPF/CNPJ.
A família de renda fixa é grande, os mais conhecidos são: LCI (Letra de Crédito de Imobiliário),
LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), CDB (Certificado de Depósito Bancário), LC (Letra de Câmbio)
e Tesouro Direto.

Quanto poupar por mês?

É importante ter disciplina para atingir um objetivo. Independente da profissão que você tenha,
reserve 20% do seu salário para aplicar em renda fixa.
Com apenas 20% do seu salário já é um ponto de partida para atingir os seu objetivo.
Essa porcentagem não é fixa, se no mês seguinte você conseguir colocar acima desse percentual,
ótimo, pois com os juros compostos, quanto maior o saldo, maior será o rendimento.
Caso você aplique um valor inicial de R$ 1.000,00 e fizesse um aporte mensal de R$ 900,00, com
uma taxa de juros anual de 6%, em 30 anos você chegaria a 1 milhão de reais. Veja na tabela abaixo:

Mês Aportes Juros Mensal Juros Total Acumulado

0 1.000,00 0 0 1.000,00

1 1.900,00 4,89 4,88 1.904,89

2 2.800,00 9,33 14,22 2.814,22

3 3.700,00 13,78 28,00 3.728,00

4 4.600,00 18,26 46,26 4.646,26

5 5.500,00 22,76 69,02 5.569,02

6 6.400,00 27,28 96,30 6.496,30

7 7.300,00 31,83 128,13 7.428,13

8 8.200,00 36,39 164,52 8.364,52

9 9.100,00 40,98 205,50 9.305,50

10 10.000,00 45,59 251,09 10.251,09

— — — — —

378 341.200,00 4.813,61 646.884,04 988.084,04

379 342.100,00 4.841,61 651.725,65 993.825,65

380 343.000,00 4.869,74 656.595,39 999.595,39

O gráfico abaixo mostra os dados da tabela ao longo do tempo. Perceba que os juros (em
verde) começa a ter um crescimento ascendente e, após o 300º mês, o total em juros ultrapassa o
aporte mensal (em azul).
Dessa forma, o valor acumulado (em vermelho) já contém uma parcela muito significante de
juros do que do aporte mensal.

113
Diferença entre Juros Simples e Compostos

Podemos elencar algumas características básicas entre os juros simples e compostos:

Juros Simples

Os juros simples rendem mensalmente ou anualmente sobre o valor inicial aplicado;


Os rendimentos em juros simples são iguais, sem alteração a longo prazo;
Tem crescimento linear, como uma reta;

Juros Compostos

Os juros compostos rendem somente no vencimento da aplicação;


Os rendimentos por juros compostos tem crescimento ascendente, isto é, a cada mês os juros
são calculados em cima do capital mais os rendimentos anteriores; isto faz com que os juros do mês
seguinte sejam maiores que o do mês anterior.
Tem crescimento exponencial, cresce muito mais rápido, formando uma curva ascendente.
Para entender melhor veja com fica o montante da aplicação mês a mês com juros compostos:
Primeiro mês:

Segundo mês:

Terceiro mês:

Quarto mês:

Quinto mês

E assim por diante. Para cada mês os juros são calculados em cima do capital inicial C, mais os
juros mês a mês. Esse tipo de remuneração em juros compostos com o passar do tempo tende a ser
muito rentável. Pois tem um crescimento exponencial.

Fórmula para calcular o Montante em Juros Compostos

Para simplificar, obtemos a fórmula a seguir que representa o montante, ou seja, o valor final
com o capital mais os juros aplicados:

114
Onde:
M é o montante final obtido na aplicação, ou seja, o saldo após a aplicação do juros;
i é a taxa de juros aplicada, em porcentagem;
C é o capital ou valor inicial aplicado;
t é o tempo total da aplicação.
A taxa de juros i deve ser escrita na forma decimal. Para transformar um número em decimal,
divida ele por 100, pois a taxa é em porcentagem.

Fórmula para calcular Juros Compostos

O cálculo somente dos juros, ou seja, o rendimento que a aplicação obteve, é obtido pela
seguinte fórmula:

Onde:
J são os juros;
M é o montante que pode ser calculado pela fórmula do montante acima;
C é o capital ou valor inicial aplicado.
Importante:
Quando aplicarmos esta fórmula devemos ficar atentos as seguintes regras:
Se a taxa i for ao ano, o tempo t deve ser reduzido à unidade de ano;
Caso a taxa i for ao mês, o tempo t deve ser reduzido a unidade de mês;
Se a taxa i for ao dia, o tempo t deve ser reduzido a unidade de dia.

Como converter a taxa de juros para o período desejado?

Caso haja a necessidade de fazer a conversão da taxa de juros para o período desejado,
podemos utilizar algumas fórmulas.
Taxas proporcionais:
Quando trabalhamos com taxas proporcionais, a conversão pode ser feita utilizando algumas
das fórmulas a seguir:
Exemplos:
Converter de taxa diária para anual:
Taxa anual = taxa diária x número de dias em um ano
Converter a taxa de mensal para anual:
Taxa anual = taxa mensal x números de meses em um ano
Converter a taxa de anual para mensal:
Taxa mensal = taxa anual / números de meses em um ano
Converter de taxa mensal para diária:
Taxa diária = taxa mensal / número de dias do mês
Converter de taxa anual para diária:
Taxa diária = taxa anual / número de dias do ano
Taxas efetivas ou equivalentes:
Quando trabalhamos com taxas efetivas ou equivalentes, a conversão da taxa deve ser feita
utilizando a seguinte fórmula:

Onde:
iq: é a taxa equivalente;
it: a taxa atual de juros;
Q: é o período da taxa equivalente;
T: é o período da taxa atual.
Exemplos:
Converter a taxa anual de 24% para mensal:
iq = (1 + 0,24)^(1/12) – 1 = 0,018 ou 1,81%
Converter a taxa mensal de 2% para anual:
iq = (1 + 0,02)^12 – 1 = 0,2682 ou 26,82%

115
Exercícios Resolvidos de Juros Compostos
Na aplicação de R$ 1.000,00 durante 5 meses, à taxa de juros de 2% a.m., temos, contada uma
capitalização mensal, 5 períodos de capitalização, ou seja, a aplicação inicial vai render 5 vezes.
Observando o crescimento do capital a cada período de capitalização, temos:
1º período:
100% ⇒ R$ 1.000,00 (valor inicial aplicado, corresponde a 100%)
102% ⇒ M = R$ 1.020,00 (esta é a nova base de cálculo para o período seguinte, valor inicial
(100%) mais a taxa de juros de 2% ao mês, ou seja, rendimento de 20 reais no primeiro mês)
Veja na tabela abaixo os rendimentos mês a mês:

CAPITAL MONTANTE

2º período: R$ 1.020,00 × 1,02 = R$ 1.040,40

3º período: R$ 1.040,40 × 1,02 = R$ 1.061,21

4º período: R$ 1.061,21 × 1,02 = R$ 1.082,43

5º período: R$ 1.082,43 × 1,02 = R$ 1.104,08

Atenção: o 1,02 vem da fórmula M = C x (1 + i): M = 1.000,00 x (1 + 0,02) = 1.000,00 x 1,02.


Obtivemos esse 0,02 de 2% ou 2⁄100 = 0,02.
Portanto, o montante ao final dos 5 meses será R$ 1.104,08.
No cálculo, tivemos:
M = R$ 1.000 × 1,02 × 1,02 × 1,02 × 1,02 × 1,02
M = R$ 1.000 × (1,02)5
M = R$ 1.000 × 1,10408
M = R$ 1.104,08
Este é o montante em um período de 5 meses.
Generalizando, o cálculo  do montante a juros compostos será dado pela expressão abaixo:

onde:
M é o montante final;
i é a taxa de juros aplicada;
C é o capital ou valor inicial.
Foi o que fizemos acima no cálculo dos rendimentos em cada período.
Para calcular os juros total basta diminuir o montante principal pelo capital aplicado.

J  =  R$1.104,08  –  R$1.000,00$$ = R$104,08


Assim, depois de 5 meses deverá ser pago R$104,08 de juros.
(UFMT) Uma financiadora oferece empréstimo por um período de 4 meses, sob as seguintes
condições:
I) Taxa de 11,4% ao mês, a juros simples;
II) Taxa de 10% ao mês, a juros compostos.
Uma pessoa fez um empréstimo de R$ 10.000,00 optando pela condição I. Em quantos reais os
juros cobrados pela condição I serão menores do que os cobrados pela condição II?
Para calcular os juros da condição I, basta utilizarmos a fórmula de juros simples, logo: J = C.i.t =
10000 . 0,114 . 4 = 4560
Portanto, em juros simples, será cobrado R$ 4.560,00.
Para calcularmos os juros na condição II, devemos utilizar a fórmula para calcular o montante
de juros compostos, assim: M = C(1 + i)t = 10000(1 + 0,1)4 = 10000 . 1,14 = 10000 . 1,4641 = 14641
Agora que já calculamos o montante, podemos retirar desse valor o total cobrado em juros.
Para isso basta utilizarmos o fórmula: J = M – C = 14641 – 10000 = 4641
116
Para sabermos qual condição é melhor, devemos realizar a diferença entre os juros cobrados:
Condição II – Condição I = 4641 – 4560 = 81
Portanto, os juros cobrados na condição I, em juros simples, serão menores que na condição II,
em juros compostos. A diferença é de R$ 81,00.

MÉDIAS

MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES

A média aritmética simples também é conhecida apenas por média. É a medida de posição
mais utilizada e a mais intuitiva de todas. Ela está tão presente em nosso dia a dia que qualquer
pessoa entende seu significado e a utiliza com frequência.
A média de um conjunto de valores numéricos é calculada somando-se todos estes
valores e dividindo-se o resultado pelo número de elementos somados, que é igual ao número de
elementos do conjunto, ou seja, a média de n números é sua soma dividida por n.
Exemplo:
Marcos realizou quatro provas de Matemática no decorrer do ano. Suas notas foram:
1ª prova = 6,0
2ª prova = 7,0
3ª prova = 9,0
4ª prova = 8,0
Para encontrar a média aritmética simples, somamos as notas e dividimos por 4, que é o
número de provas realizadas:

Portanto, a média das notas de Marcos foi 7,5.

MÉDIA PONDERADA

Nos cálculos envolvendo média aritmética simples, todas as ocorrências têm exatamente a
mesma importância ou o mesmo peso. Dizemos então que elas têm o mesmo peso relativo.
No entanto, existem casos onde as ocorrências têm importância relativa diferente. Nestes
casos, o cálculo da média deve levar em conta esta importância relativa ou peso relativo. Este tipo de
média chama-se média aritmética ponderada.
Ponderar é sinônimo de pesar. No cálculo da média ponderada, multiplicamos cada valor do
conjunto por seu "peso", isto é, sua importância relativa.
Definiçao de média aritmética ponderada

A média aritmética ponderada  p de um conjunto de números x1, x2, x3, ..., xn cuja
importância relativa ("peso") é respectivamente p1, p2, p3, ..., pn é calculada da seguinte maneira:

p = 
Ou seja, somamos os produtos dos valores pelos seus pesos e dividimos o resultado pela
soma dos pesos.
Exemplo:
Alcebíades participou de um concurso, onde foram realizadas provas de Português,
Matemática, Biologia e História. Essas provas tinham peso 3, 3, 2 e 2, respectivamente. Sabendo que
Alcebíades tirou 8,0 em Português, 7,5 em Matemática, 5,0 em Biologia e 4,0 em História, qual foi a
média que ele obteve?

p =   
Portanto, a média de Alcebíades foi de 6,45.

117
MÉDIA GEOMÉTRICA

A média geométrica é definida, para números positivos, como a raiz n-ésima do produto
de n elementos de um conjunto de dados.
Assim como a média aritmética, a média geométrica também é uma medida de tendência
central.
É usada com mais frequência em dados que apresentam valores que aumentam de forma
sucessiva.
Fórmula

Onde,
MG: média geométrica
n: número de elementos do conjunto de dados
x1, x2, x3, ..., xn: valores dos dados
Exemplo: Qual o valor da média geométrica entre os números 3, 8 e 9?
Como temos 3 valores, iremos calcular a raiz cúbica do produto.

Aplicações

Como o próprio nome indica, a média geométrica sugere interpretações geométricas.


Podemos calcular o lado de um quadrado que possui a mesma área de um retângulo,
usando a definição de média geométrica.

Sabendo que os lados de um retângulo têm 3 e 7 cm, descubra qual a medida dos lados de
um quadrado com a mesma área.

Uma outra aplicação muito frequente é quando queremos determinar a média de valores
que alteraram de forma contínua, muito usada em situações que envolvem finanças.

Um investimento rende no primeiro ano 5%, no segundo ano 7% e no terceiro ano 6%. Qual
o rendimento médio desse investimento?
Para resolver esse problema devemos encontrar os fatores de crescimento.
1.º ano: rendimento de 5% → fator de crescimento de 1,05 (100% + 5% = 105%)
2.º ano: rendimento de 7% → fator de crescimento de 1,07 (100% + 7% = 107%)
3.º ano: rendimento de 6% → fator de crescimento de 1,06 (100% + 6% = 106%)

Para encontrar o rendimento médio devemos fazer:


1,05996 - 1 = 0,05996
Assim, o rendimento médio dessa aplicação, no período considerado, foi de
aproximadamente 6%.

Exercício Resolvido
118
Qual é a média geométrica dos números 2, 4, 6, 10 e 30?
Média Geométrica (Mg) = ⁵√2 . 4 . 6 . 10 . 30
MG = ⁵√2 . 4 . 6 . 10 . 30
MG = ⁵√14 400
MG = ⁵√14 400
MG = 6,79

2. Sabendo as notas mensais e bimestrais de três alunos, calcule as suas médias


geométricas.

Aluno Mensal Bimensal

A 4 6

B 7 7

C 3 5

Média Geométrica (MG) Aluno A = √4 . 6


MG = √24
MG = 4,9
Média Geométrica (MG ) Aluno B = √7 . 7
MG = √49
MG = 7
Média Geométrica (MG ) Aluno C = √3 . 5
MG = √15
MG = 3,87

MÉDIA HARMÔNICA

O estudo da média harmônica (incluindo-se as médias geométrica, aritmética simples ou


aritmética ponderada) é, para a estatística, uma ferramenta importante, pois é com base nela que
conseguimos representar um conjunto de dados por um único valor. Há outras medidas centrais que
fazem esse mesmo papel, que são a mediana e a moda.
Quando trabalhamos com grandezas inversamente proporcionais, uma média interessante
para a representação do conjunto de dados é a harmônica, que, junto à média aritmética e à média
geométrica, é conhecida como média pitagórica. Situações como o cálculo de velocidade média são
bastante comuns para o uso de média harmônica, e há problemas como de escoamento de água ou
até mesmo de densidade que podem ser resolvidos por ela. Descrevemos a média harmônica como
a quantidade de elementos no conjunto, divida pela soma do inverso dos elementos do conjunto.

Quando se usa a média harmônica?

A busca por um valor que representa todo o conjunto é bastante comum, na estatística, para
tomadas de decisões. No entanto, há várias opções para representação de um valor central, sendo
elas: a média aritmética ponderada, a média aritmética simples, a média geométrica, a mediana e a
moda, e a própria média harmônica.
Cada uma delas é conveniente em uma determinada situação. Perceba que não existe uma
medida central universalmente mais precisa para representar o valor central do conjunto, o que
precisamos levar em consideração é a situação que estamos analisando para fazer a melhor escolha
de medida central.
A escolha pelo uso da média harmônica para representação da média de um conjunto está
ligada a situações que envolvem grandezas inversamente proporcionais, por exemplo a velocidade
média, a vazão da água, a densidade, entre outras aplicações na física e na química. Algumas
fórmulas da física, na verdade, surgem da média harmônica.

119
Fórmula da média harmônica

Então, para calcularmos a média harmônica de um conjunto de dados, precisamos lembrar o


que é o inverso de um número.
Seja x um número qualquer, o inverso de x é representado por:

Observação: Caso o número seja uma fração, para encontrar o inverso dele,


basta invertermos o numerador com o denominador.
Definimos a média harmônica de um conjunto (x1, x2, x3, ..., xn) com n elementos e todos
diferentes de zero. A média é calculada pela divisão de n pela soma dos inversos dos elementos. A
fórmula é descrita, então, da seguinte maneira:

Mh: média harmônica
n: quantidade de elementos
Como se calcula a média harmônica?
Por exemplo, dado um conjunto A (2, 3, 5, 6, 9), como ele possui cinco elementos, a média
harmônica de A é calculada por:

Para realizar a soma de frações, é necessário encontrar o mínimo múltiplo comum entre os


denominadores:

O m.m.c (2, 3, 5, 6, 9) é igual a 90, logo, é possível realizar a soma das frações no
denominador:

Aplicações da média harmônica

De forma geral, a média harmônica pode ser aplicada em qualquer conjunto numérico de
dados, porém existem situações específicas em que ela se torna a melhor opção a ser utilizada. Vale
ressaltar a importância de analisar se os dados que estamos trabalhando na situação são
inversamente proporcionais.
Segue alguns exemplos de situações-problemas envolvendo média harmônica.

120
Exemplo 1: Aplicação no cálculo da velocidade média.
Um carro realiza um percurso duas vezes. Na ida, ele faz o percurso com uma velocidade
v1 = 80 km/h. Na volta, ele realiza o mesmo percurso com velocidade de v 2 = 120 km/h. Qual foi a
velocidade média ao juntar-se ida e volta?
Análise:
Primeiro o que precisa ficar claro é o motivo de usarmos a média harmônica. Note que a
distância é a mesma, para a ida e para a volta, o que muda é a velocidade e, consequentemente, o
tempo. Se eu aumento a velocidade, o tempo que eu levo para percorrer uma mesma distância
diminuirá, logo, essas grandezas são inversamente proporcionais. Quando eu estou trabalhando com
grandezas inversamente proporcionais, utilizamos a média harmônica.
Resolução:
Aplicando na fórmula com n = 2:

Calculando o m.m.c (120, 80):

Então temos que:

Exemplo 2: Vazão de torneiras.


Para encher um tanque, uma torneira leva 12 horas. Para encher esse mesmo tanque, outra
torneira leva 6 horas. Caso as duas torneiras fossem abertas ao mesmo tempo, quanto tempo elas
levariam para encher o tanque?
Análise:
Vazão e tempo são grandezas inversamente proporcionais, pois, quanto maior a vazão da
torneira, menor será o tempo que ela levará para encher o tanque. Desse modo, utilizaremos a média
harmônica para encontrarmos o tempo das duas torneiras.
Resolução:

121
Nesse caso é necessário tomar bastante cuidado, pois 8 horas é o tempo, em média, de
cada uma das duas torneiras. Como elas serão ligadas simultaneamente em um único tanque,
precisamos dividir esse tempo por 2, pois cada torneira leva, em média, 8 horas, então podemos
concluir que o tempo de espera com as duas torneiras ligadas seria de 4 horas.
8 ÷ 2 = 4 horas

Exemplo 3: Aplicação para densidade.


Tem-se três substâncias A, B e C em estado líquido de densidades 2,4 g/cm³ e 3,6 g/cm³ e 3
g/cm³. Caso elas sejam misturadas, com a mesma massa de cada uma delas, qual seria a densidade
dessa mistura?
Análise:
Sabemos que a densidade é inversamente proporcional ao volume e que, nesse caso, a
massa é sempre fixa. Assim, o que está variando é a densidade: se aumenta-se a densidade, o
volume diminui-se, o que mostra que, nesse caso, convém usar média harmônica.
Resolução:
Para facilitar a resolução, vamos primeiro reescrever os números decimais em frações. Vale
ressaltar que o inverso de uma fração é a troca do numerador e do denominador de lugar:

Exercícios resolvidos

Questão 1 - Para evitar o rompimento de uma barragem, foi desenvolvido um plano de


drenagem para escoar todo os resíduos que estavam nela. Para o escoamento, existem dois tipos de
dreno. Um deles é movido a gás e leva 144 horas para escoar todos os resíduos, o outro é movido à
bateria e leva 240 horas para a mesma ação. Sabendo-se que os dois sistemas de drenagem
trabalham com um escoamento constante e que, numa hipótese de ação emergencial, eles sejam
ativados simultaneamente, qual será o tempo gasto, em dias, para escoar-se todo o resíduo?
a) 7 dias e 12 horas

122
b) 3 dias e 6 horas
c) 8 dias
d) 10 dias
e) 6 dias e 4 horas
Resolução
1º passo:
Como há dois tipos de dreno, chamaremos de t 1 o tempo de escoamento do primeiro e de
t2 o tempo de escoamento do segundo. Como o tempo gasto está dado em horas, e a questão o pediu
em dias, t1 e t2 serão divididos por 24 horas, para sabermos quantos dias cada um deles levaria.
t1 = 144 : 24 = 6 dias
t2 = 240 : 24 = 10 dias
2º passo:
Calcular a média harmônica:

3º passo:
Dividir a média harmônica por dois e transformar a parte decimal em horas:
7,5 dias é o tempo médio, mas, como os dois drenos funcionarão simultaneamente, o tempo
gasto será metade desse valor.
7,5 : 2 = 3,25 dias. Sabemos que 3,25 é o mesmo que 3 dias e 0,25 de um dia. Para
converter em horas: 24 . 0,25 = 6 horas, então o tempo gasto será de 3 dias e 6 horas.
Alternativa E

Questão 2 - Em um laboratório, duas misturas líquidas foram preparadas usando-se como
base duas substâncias distintas. A substância A possui densidade d = 0,6 g/cm³ e a substância B
possui densidade d = 1,1 g/cm³. Caso seja pego mesma porção de massa tanto para a substância A
quanto para a substância B, a densidade dessa mistura, em g/cm³, será:
a) Maior que 0,8
b) Entre 0,7 e 0,75
c) Entre 0,75 e 0,8
d) Entre 0,75 e 0,6
e) Menor que 0,75
Resolução:
Calculando-se a média harmônica, temos que:

123
Alternativa C

A MÉDIA, MODA E A MEDIANA

São medidas de tendências centrais em um conjunto de dados numéricos utilizadas na


estatística.
O objetivo destes tipos de medidas é resumir um conjunto de dados em um único número que
representa um dado do conjunto.
Média Aritmética
A média de um conjunto de dados (elementos) é a razão entre a soma de todos os elementos
deste conjunto e o total de elementos.
Em estatística para simbolizar a média é usado o número x com um traço em cima.

Onde:
n é o total de números somados.
A média também pode ser simbolizada pelo somatório:

O somatório indica apenas uma soma sucessivas de vários valores, não se assuste com ele.
Como Calcular a Média?
A média é calculada utilizando a seguinte fórmula:

Onde:
n é o número total de elementos
Exemplo:
Considere o conjuntos de dados:
A = {2, 4, 12, 54, 3}
Assim, a média para o conjunto acima é:
(2 + 4 + 12 + 54 + 3)/5 = 15
A média pode nem sempre representar o conjunto de dados, pois, em alguns casos, em que
os elementos estejam distribuídos de forma não uniforme, podemos ter uma situação atípica.
Exemplo:
Seja o conjunto de dados referente as idades de 6 pessoas:
A = {2, 3, 5, 7, 2, 90}
124
Esse é um conjunto de dados em que 5 pessoas são crianças e um adulto (idoso).
Assim, a média de idade é: (2 + 3 + 5 + 7 + 2 + 90)/6 = 18,17
Então, calculando a média de idade do conjunto, encontramos uma média de idade de 18
anos, porém a grande maioria das pessoas do conjunto é de crianças. 18 anos é idade de um
adolescente.
Moda
A Moda (Mo) é o valor que aparece com mais frequência em um conjunto de dados, ou seja, o
valor que aparece um maior número de vezes.
Como Calcular a Moda?
Para calcular a moda de um conjunto de dados só é preciso observar os dados que aparecem
com maior frequência no conjunto.
Exemplos:
Considere o conjunto de dados abaixo:
A = {2, 23, 4, 2, 5}
A moda para esse conjunto é: Mo = 2. É o número que aparece o maior número de vezes.
B = {17, 21, 2, 21, 8, 2}
Neste exemplo, a moda é: Mo = 2 ou 21. Então, podemos dizer que o conjunto B é bimodal
(possui duas modas).
Mediana
A Mediana (Md) é o valor de centro de um conjunto de dados. Para calcular, primeiro
devemos ordenar o conjunto de dados.
Para calcular a mediana:
Devemos ordenar o conjunto de dados em ordem crescente;
Se o número de elementos for par, então a mediana é a média dos dois valores centrais.
Soma os dois valores centrais e divide o resultado por 2: (a + b)/2.
Se o número de elementos for ímpar, então a mediana é o valor central.
Exemplo:
Sejam os conjuntos de dados a seguir:
A = {3, 1, 8}
B = {6, 4, 7, 2}
C = {6, 7, 2, 1, 8}
Vamos seguir os passos para calcular a mediana para o conjunto A:
Ordenar o conjunto: A = {1, 3, 8}
O número de elementos é ímpar, a mediana é o valor central: Md = 3
Vamos, agora, calcular a mediana para o conjunto B:
Ordenar o conjunto: B = {2, 4, 6, 7}
O número de elementos é par, então a mediana são os dois valores centrais dividido por
2: Md = (4 + 6)/2 = 5
Por fim, vamos calcular a mediana do conjunto C:
Ordenar o conjunto: C = {1, 2, 6, 7, 8}
O número de elementos é ímpar, então: Md = 6

Exercício Resolvido

(UFJF-MG: adaptado) A tabela a seguir mostra as notas de 24 alunos em um prova de Física


aplicada, com nota máxima de 100 pontos.

40 20 10 20 70 60

90 80 30 50 50 70

50 20 50 50 10 40

30 20 60 60 10 20

125
Para a tabela com as notas acima, calcule:
A média das notas;
A frequência relativa da moda;
A mediana das notas apresentadas.
Resolução:
Notas Frequência

90 1

80 1

70 2

60 3

50 5

40 2

30 2

20 5

10 3

A média das notas é: 90 + 80 + (70 x 2) + (60 x 3) + (50 x 5) + (40 x 2) + (30 x 2) + (20 x 5) + (10 x 3 ) /
24 = 42,1
A moda é: Mo = 50 ou 20
A frequência relativa da moda é: 5⁄24 = 0,21 = 21⁄100 = 21%
24 é o somatório das frequências e 5 a frequência da nota que mais aparece na tabela.
Para calcular a mediana temos que organizar as notas em ordem crescente:
(10, 10, 10, 20, 20, 20, 20, 20, 30, 30, 40, 40, 50, 50, 50, 50, 50, 60, 60, 60, 70, 70, 80, 90)
Como o conjunto de elementos é formado por um número par de elementos, então a mediana
é soma dos dois valores centrais dividido por 2.
A mediana é: Md = (40 + 50) / 2 = 45

PROBABILIDADE

Introdução

A história da teoria das probabilidades teve início com os jogos de cartas, dados e de roleta.
Esse é o motivo da grande existência de exemplos de jogos de azar no estudo da probabilidade. A
teoria da probabilidade permite que se calcule a chance de ocorrência de um número em um
experimento aleatório.
Experimento aleatório
É aquele experimento que, quando repetido em iguais condições, pode fornecer resultados
diferentes, ou seja, são resultados explicados ao acaso. Quando se fala de tempo e possibilidades de
ganho na loteria, a abordagem envolve cálculo de experimento aleatório.
Espaço amostral
É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. A letra que
representa o espaço amostral é S.

Exemplo:
Lançando uma moeda e um dado, simultaneamente, sendo S o espaço amostral, constituído
pelos 12 elementos:
S = {K1, K2, K3, K4, K5, K6, R1, R2, R3, R4, R5, R6}
Escreva explicitamente os seguintes eventos:
126
A={caras e um número par aparece}
B={um número primo aparece}
C={coroas e um número ímpar aparecem}
 
Idem, o evento em que:
a) A ou B ocorrem;
b) B e C ocorrem;
c) Somente B ocorre.
Quais dos eventos A, B e C são mutuamente exclusivos?
Resolução:
Para obter A, escolhemos os elementos de S constituídos de um K e um número par: 
A={K2, K4, K6};
Para obter B, escolhemos os pontos de S constituídos de números primos:
B={K2,K3,K5,R2,R3,R5};
Para obter C, escolhemos os pontos de S constituídos de um R e um número ímpar:
C={R1,R3,R5}.
(a) A ou B = AUB = {K2,K4,K6,K3,K5,R2,R3,R5}
(b) B e C = B C = {R3,R5}
(c) Escolhemos os elementos de B que não estão em A ou C:
B    Ac     Cc   =   {K3,K5,R2}

A e C são mutuamente exclusivos, porque A   C = 

Conceito de probabilidade

Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a


probabilidade de ocorrer um evento A é:

Por, exemplo, no lançamento de um dado, um número par pode ocorrer de 3 maneiras


diferentes dentre 6 igualmente prováveis, portanto, P = 3/6= 1/2 = 50%.
Dizemos que um espaço amostral S (finito) é equiprovável quando seus eventos
elementares têm probabilidades iguais de ocorrência. Num espaço amostral equiprovável S (finito), a
probabilidade de ocorrência de um evento A é sempre:

Propriedades importantes:
1. Se A e A’ são eventos complementares, então:
P(A) + P(A') = 1
2. A probabilidade de um evento é sempre um número entre 0 (probabilidade de evento
impossível) e 1 (probabilidade do evento certo).

Teoria da Probabilidade
É o ramo da Matemática que estuda experimentos ou fenômenos aleatórios e através dela é
possível analisar as chances de um determinado evento ocorrer.
Quando calculamos a probabilidade, estamos associando um grau de confiança na
ocorrência dos resultados possíveis de experimentos, cujos resultados não podem ser determinados
antecipadamente.
Desta forma, o cálculo da probabilidade associa a ocorrência de um resultado a um valor
que varia de 0 a 1 e, quanto mais próximo de 1 estiver o resultado, maior é a certeza da sua
ocorrência.
Por exemplo, podemos calcular a probabilidade de uma pessoa comprar um bilhete da
loteria premiado ou conhecer as chances de um casal ter 5 filhos todos meninos.

127
Experimento Aleatório

Um experimento aleatório é aquele que não é possível prever qual resultado será
encontrado antes de realizá-lo.
Os acontecimentos deste tipo quando repetidos nas mesmas condições, podem dar
resultados diferentes e essa inconstância é atribuída ao acaso.
Um exemplo de experimento aleatório é jogar um dado não viciado (dado que apresenta
uma distribuição homogênea de massa) para o alto. Ao cair, não é possível prever com total certeza
qual das 6 faces estará voltada para cima.

Fórmula da Probabilidade

Em um fenômeno aleatório, as possibilidades de ocorrência de um evento são igualmente


prováveis.
Sendo assim, podemos encontrar a probabilidade de ocorrer um determinado resultado
através da divisão entre o número de eventos favoráveis e o número total de resultados possíveis:

Sendo:
p(A): probabilidade da ocorrência de um evento A
n(A): número de casos que nos interessam (evento A)
n(Ω): número total de casos possíveis

Exemplos
1) Se lançarmos um dado perfeito, qual a probabilidade de sair um número menor que 3?

Solução
Sendo o dado perfeito, todas as 6 faces têm a mesma chance de caírem voltadas para cima.
Vamos então, aplicar a fórmula da probabilidade.
Para isso, devemos considerar que temos 6 casos possíveis (1, 2, 3, 4, 5, 6) e que o evento
"sair um número menor que 3" tem 2 possibilidades, ou seja, sair o número 1 ou o número 2. Assim,
temos:

128
2) O baralho de cartas é formado por 52 cartas divididas em quatro naipes (copas, paus,
ouros e espadas) sendo 13 cartas de cada naipe. Dessa forma, se retirar uma carta ao acaso, qual a
probabilidade de sair uma carta do naipe de paus?

Solução
Ao retirar uma carta ao acaso, não podemos prever qual será esta carta. Sendo assim, esse
é um experimento aleatório.
Neste caso, o número de cartas corresponde ao número de casos possíveis e temos 13
cartas de paus que representam o número de eventos favoráveis.
Substituindo esses valores na fórmula da probabilidade, temos:

Espaço Amostral

Representado pela letra Ω, o espaço amostral corresponde ao conjunto de resultados


possíveis obtidos a partir de um experimento aleatório.
Por exemplo, ao retirar ao acaso uma carta de um baralho, o espaço amostral corresponde
às 52 cartas que compõem este baralho.
Da mesma forma, o espaço amostral ao lançar uma vez um dado, são as seis faces que o
compõem:
Ω = {1, 2, 3, 4, 5 e 6}.

Tipos de Eventos

O evento é qualquer subconjunto do espaço amostral de um experimento aleatório.


Quando um evento é exatamente igual ao espaço amostral ele, é chamado de evento certo.
Ao contrário, quando o evento é vazio, ele é chamado de evento impossível.
Exemplo
Imagine que temos uma caixa com bolas numeradas de 1 a 20 e que todas as bolas são
vermelhas.
O evento "tirar uma bola vermelha" é um evento certo, pois todas as bolas da caixa são
desta cor. Já o evento "tirar um número maior que 30", é impossível, visto que o maior número na
caixa é 20.
Análise Combinatória
Em muitas situações, é possível descobrir de forma direta o número de eventos possíveis e
favoráveis de um experimento aleatório.
Entretanto, em alguns problemas, será necessário calcular esses valores. Neste caso,
podemos utilizar as fórmulas de permutação, arranjo e combinação de acordo com a situação
proposta na questão.

129
GEOMETRIA

O Ângulo e seus elementos

Duas semirretas que não estejam contidas na mesma reta, e que tenham a mesma origem, dividem o
plano em duas regiões: uma convexa e outra não-convexa.

130
Cada uma dessas regiões, junto com as semirretas, forma um ângulo. Assim, as duas semirretas
determinam dois ângulos:

Todo ângulo possui dois lados e um vértice. Os lados são as semirretas que o determinam. O vértice é
a origem comum dessas semirretas.

O ângulo convexo de vértice O e lados   é indicado por: AÔB, BÔA ou Ô.

Ângulo nulo e ângulo raso

Observe agora dois casos em que as semirretas de mesma origem estão contidas na mesma reta.
Nesses casos, formam-se também ângulos.
Ângulo nulo e ângulo de uma volta

 As semirretas    coincidem. Temos aí o ângulo nulo e o ângulo de uma volta.

Ângulo raso ou ângulo de meia-volta


131
As semirretas   não coincidem. Temos aí dois ângulos rasos ou de meia-volta.

Podemos, então, estabelecer que:


Ângulo é a região do plano limitada por duas semirretas que têm a mesma origem.

Medida de um ângulo

A medida de um ângulo é dada pela medida de sua abertura. A unidade padrão de medida de um
ângulo é o grau, cujo símbolo é º.
Tomando um ângulo raso ou de meia-volta e dividindo-o em 180 partes iguais, determinamos 180
ângulos de mesma medida. Cada um desses ângulos representa um ângulo de 1º grau (1º).

Para medir ângulos, utilizamos um instrumento denominado transferidor. O transferidor já vem


graduado com divisões de 1º em 1º. Existem dois tipos de transferidor: de 180º e de 360º.
O grau compreende os seguintes submúltiplos:

O minuto corresponde a   do grau. Indica-se um minuto por 1'.


1º=60'

O segundo corresponde a   do minuto. Indica-se um segundo por 1''.


1'=60''
Logo, podemos concluir que:
1º  =  60'.60 = 3.600''
Quando um ângulo é medido em graus, minutos e segundos, estamos utilizando o sistema
sexagesimal.

Usando o transferidor

Como medir um ângulo, utilizando o transferidor


Observe a sequência:
O centro O do transferidor deve ser colocado sobre o vértice do ângulo.

132
A linha horizontal que passa pelo centro deve coincidir com uma das semirretas do ângulo  .

Verificamos a medida da escala em que passa a outra semirreta  .

Como construir um ângulo utilizando o transferidor


Observe a sequência utilizada na construção de um ângulo de 50º:

Traçamos uma semirreta  .

Colocamos o centro do transferidor sobre a origem da semirreta (A).


Identificamos no transferidor o ponto (C) correspondente à medida de 50º.

Traçamos a semirreta  , obtendo o ângulo BÂC que mede 50º.


Os ângulos de 30º, 45º, 60º e 90º  são ângulos especiais. Eles podem ser desenhados com esquadro.

Leitura de um ângulo

Observe as seguintes indicações de ângulos e suas respectivas leituras:


15º   (lê-se "15 graus'')
45º50'   (lê-se ''45 graus e 50 minutos'')
30º48'36''   (lê-se ''30 graus, 48 minutos e 36 segundos'')
Observações:
Além do transferidor, existem outros instrumentos que medem ângulos com maior precisão. Como
exemplos temos o teodolito, utilizado na agrimensura, e o sextante, utilizado em navegação.

133
A representação da medida de um ângulo pode ser feita também através de uma letra minúscula ou
de um número.

Um ângulo raso ou de meia-volta mede 180º.


O ângulo de uma volta mede 360º.

Questões envolvendo medidas de ângulos

Observe a resolução das questões abaixo:


Determine a medida do ângulo AÔB na figura:

Solução:
Medida de AÔB = x
Medida de BÔC = 105º
Como m (AÔC) é 180º, pois é um ângulo raso, temos:
m (AÔB) + m (BÔC) = m (AÔC)
x + 105º = 180º
x   = 180º - 105º
x   = 75º
Logo, a medida de AÔB é 75º.
Determine a medida do ângulo não convexo na figura:

Solução:
Verificamos que o ângulo não convexo na figura (x) e o ângulo convexo (50º) formam juntos um
ângulo de uma volta, que mede 360º. Assim:
x + 50º = 360º
x = 360º - 50º

134
x = 310º
Logo, o valor do ângulo não convexo é 310º.

Transformação de unidades

Como vimos, quando trabalhamos com medidas de ângulos, utilizamos o sistema sexagesimal. Observe
nos exemplos como efetuar transformações nesse sistema:
Transforme 30º em minutos.
Solução:
Sendo 1º = 60', temos:
30º = 30 . 60'= 1.800'
Logo, 30º = 1.800 minutos
Transforme 5º35' em minutos.
Solução:
5º = 5 . 60' = 300'
300' +  35'= 335'
Logo, 5º35'= 335'.
transforme 8º em segundos.
Solução:
Sendo 1º = 60', temos:
8º = 8 . 60'= 480'
Sendo 1'= 60'', temos:
480'= 480 . 60'' = 28.800''
Logo, 8º = 28.800''.
Transforme 3º35' em segundos.
Solução:
3º = 3 . 60'= 180'
180' +  35' = 215'
215' .  60''  = 12.900''
Logo, 3º35'= 12.900''
Transforme 2º20'40'' em segundos.
Solução:
2º = 2 . 60' = 120'
120' + 20'  = 140'
140'. 60''= 8.400''
8.400'' + 40'' = 8.440''
Logo, 2º20'40'' = 8.440''
Transformando uma medida de ângulo em número misto
Transforme 130' em graus e minutos.
Solução

                     
   
Transforme 150'' em minutos e segundos.
Solução

135
                          
   
Transforme 26.138'' em graus, minutos e segundos.
Solução

Medidas fracionárias de um ângulo


Transforme 24,5º em graus e minutos.
Solução
0,5º  = 0,5 . 60' = 30'
24,5º= 24º + 0,5º = 24º30'
Logo, 24,5º = 24º30'.
   
Transforme 45º36' em graus.
Solução:
60'    1º

36'    x                 


x = 0,6º  (lê-se ''seis décimos de grau'')
Logo, 45º36'= 45º + 0,6º = 45,6º.   
Transforme 5'54''  em minutos.
Solução:
60''   1'

54''    x           
x = 0,9'  ( lê-se ''nove décimos de minuto'')
Logo, 5'54'' = 5'+ 0,9'= 5,9'

Operações com medidas de ângulos

Observe alguns exemplos de operações envolvendo medidas de ângulos.

136
Adição
30º48'  +  45º10'

 
43º18'20''  +  25º20'30''

10º36'30''  +  23º45'50''

                   
   Simplificando 33º81'80'', obtemos:

           
 Logo, a soma é 34º22'20''.
Subtração
Observe os exemplos:
70º25' -  30º15

38º45'50''  - 27º32'35''

   
90º  -  35º49'46''

137
 
80º48'30''  -  70º58'55''
  Observe que:

  
  Logo, a diferença é 9º 49'35''.

Multiplicação e divisão de um ângulo por um número natural

Multiplicação por um número natural


Observe os exemplos:
2 . ( 36º 25')

4 . ( 15º 12')

5 . ( 12º36'40'')

Logo, o produto é 63º3'20''.


Divisão por um número natural
Observe os exemplos:

138
( 40º 20') : 2

( 45º20' ) : 4

( 50º17'30'' ) : 6

Ângulos congruentes

Observe os ângulos abaixo:

139
Verifique que AÔB e CÔD têm a mesma medida. Eles são ângulos congruentes e podemos fazer a
seguinte indicação:

Assim: 
Dois ângulos são congruentes quando têm a mesma medida.
Propriedades da Congruência

 Reflexiva: 

 Simétrica: 

 Transitiva: 

Ângulos consecutivos

Observe a figura:

   
Nela identificamos os ângulos AÔC, CÔB e AÔB. Verifique em cada uma das figuras abaixo que:

Os ângulos AÔC  e CÔB possuem:


Vértice comum: O

Lado comum: 

140
Os ângulos AÔC e AÔB possuem:
Vértice comum: O

Lado comum: 

Os ângulos CÔB  e AÔB possuem:


Vértice comum: O

Lado comum: 
Os pares de ângulos AÔC  e CÔB, AÔC  e AÔB, CÔB  e AÔB são denominados ângulos consecutivos.
Assim:
Dois ângulos são consecutivos quando possuem o mesmo vértice e um lado comum.

Ângulos adjacentes

Observe os exemplos de ângulos consecutivos vistos anteriormente e verifique que:

Os ângulos AÔC  e CÔB não possuem pontos internos comuns.

Os ângulos AÔC  e  AÔB possuem pontos internos comuns.

141
Os ângulos CÔB  e AÔB possuem pontos internos comuns
   
Verifique que os ângulos AÔC  e CÔB são consecutivos e não possuem pontos internos comuns. Por
isso eles são denominados ângulos adjacentes.       
Assim:
Dois ângulos são adjacentes quando são consecutivos e não possuem pontos internos comuns.
Observação:
Duas retas concorrentes determinam vários ângulos adjacentes. Exemplos:

Bissetriz de um ângulo

Observe a figura abaixo:

  
m (AÔC)  = m (CÔB) = 20º

142
Verifique que a semirreta    divide o ângulo AÔB em dois ângulos (AÔC e CÔB) congruentes.

Nesse caso, a semirreta    é denominada bissetriz do ângulo AÔB.


Assim:
Bissetriz de um ângulo é a semirreta com origem no vértice desse ângulo e que o divide em dois outros
ângulos congruentes.
Utilizando o compasso na construção da bissetriz de um ângulo
Determinação da bissetriz do ângulo AÔB
Centramos o compasso em O e com uma abertura determinamos os pontos C e D sobre as

semirretas  , respectivamente.

Centramos o compasso em C e D e com uma abertura superior à metade da distância de C  a D


traçamos arcos que se cruzam em E.

Traçamos  , determinando assim a bissetriz de AÔB.

Ângulo agudo, obtuso e reto

Podemos classificar um ângulo em agudo, obtuso ou reto.


Ângulo agudo é o ângulo cuja medida é menor que 90º. Exemplo:

143
Ângulo obtuso é o ângulo cuja medida é maior que 90º. Exemplo:

 
Ângulo reto é o ângulo cuja medida é 90º. Exemplo:

Retas perpendiculares
As retas r e s da figura abaixo são concorrentes e formam entre si quatro ângulos retos.

Dizemos que as retas r e s são perpendiculares e indicamos:

Observação:
Duas retas concorrentes que não formam ângulos retos entre si são chamadas de oblíquas. Exemplo:  

144
Ângulos complementares

Observe os ângulos AÔB  e BÔC na figura abaixo:

Verifique que:
m (AÔB) + m (BÔC) = 90º
Nesse caso, dizemos que os ângulos AÔB  e BÔC são complementares. Assim:
Dois ângulos são complementares quando a soma de suas medidas é 90º.
Exemplo:
Os ângulos que medem 42º e 48º são complementares, pois 42º + 48º = 90º.
Dizemos que o ângulo de 42º é o complemento do ângulo de 48º, e vice-versa.
Para calcular a medida do complemento de um ângulo, devemos determinar a diferença entre 90º e a
medida do ângulo agudo dado.

Medida do ângulo Complemento


x 90º  - x
Exemplo:
Qual a medida do complemento de um ângulo de 75º?
Solução
Medida do complemento = 90º - medida do ângulo
Medida do complemento = 90º - 75º
Medida do complemento = 15º
Logo, a medida do complemento do ângulo de 75º é 15º.
Observação:
Os ângulos XÔY  e YÔZ  da figura ao lado, além de complementares, são também adjacentes.
Dizemos que esses ângulos são adjacentes complementares.

145
                                       

Ângulos suplementares

Observe os ângulos AÔB e BÔC na figura abaixo:

As semirretas   formam um ângulo raso. Verifique que:


m (AÔB)  + m (BÔC) = 180º
Nesse caso, dizemos que os ângulos AÔB e BÔC são suplementares. Assim:
Dois ângulos são suplementares quando a soma de suas medidas é 180º.
Exemplo:
Os ângulos que medem 82º e 98º são suplementares, pois 82º + 98º = 180º.
Dizemos que o ângulo de 82º é o suplemento do ângulo de 98º, e vice-versa.
Para calcular a medida do suplemento de um ângulo, devemos determinar a diferença entre 180º e a
medida do ângulo agudo dado.

Medida do ângulo Suplemento


x 180º  - x
Exemplo:
Qual a medida do suplemento de um ângulo de 55º?
Solução
Medida do suplemento = 180º - medida do ângulo
Medida do suplemento = 180º - 55º
Medida do suplemento = 125º
Logo, a medida do suplemento do ângulo de 55º é 125º.
Observação:
Os ângulos XÔY e YÔZ da figura abaixo, além de suplementares, são também adjacentes. Dizemos
que esses ângulos são adjacentes suplementares.

146
Ângulos opostos pelo vértice

Observe os ângulos AÔB e CÔD na figura abaixo:

Verifique que:

Nesse caso, dizemos que os ângulos AÔB  e CÔD são opostos pelo vértice (o.p.v). Assim:
Dois ângulos são opostos pelo vértice quando os lados de um deles são semirretas opostas aos lados
do outro.
Na figura abaixo, vamos indicar:

Sabemos que:
X + Y = 180º  (ângulos adjacentes suplementares)
X  + K = 180º (ângulos adjacentes suplementares)
Então:

Logo: y = k
Assim:
m (AÔB) = m (CÔD)  AÔB    CÔD

147
m (AÔD) = m (CÔB)  AÔD    CÔB
Daí a propriedade:
Dois ângulos opostos pelo vértice são congruentes.
Observe uma aplicação dessa propriedade na resolução de um problema:
Dois ângulos opostos pelo vértice têm medidas, em graus, expressas por x + 60º  e 3x - 40º. Qual é o
valor de x?
Solução:

x + 60º  = 3x-40º    ângulos o.p.v


x - 3x  = - 40º-60º
-2x = -100º
x = 50º
Logo, o valor de x é 50º.

Área das figuras planas

Retângulo

Quadrado

Triângulo

148
Triângulo equilátero

Paralelogramo

Trapézio

Losango

Polígonos

A palavra "polígono" vem da palavra grega "polúgonos", que significa ter muitos lados ou ângulos. Na
geometria, polígono é uma figura plana limitada por uma linha poligonal fechada.
Classificaçao dos polígonos
Os nomes dos polígonos dependem do critério que utilizamos para classificá-los. Se usarmos o
número de ângulos ou o número de lados, teremos a seguinte nomenclatura:
NOME DO POLÍGONO
NÚMERO
DE LADOS EM FUNÇÃO DO
(OU EM FUNÇÃO DO
NÚMERO DE
ÂNGULOS) NÚMERO DE LADOS
ÂNGULOS
3 triângulo trilátero
4 quadrângulo quadrilátero
5 pentágono pentalátero
6 hexágono hexalátero
7 heptágono heptalátero
8 octógono octolátero
9 eneágono enealátero
10 decágono decalátero
11 undecágono undecalátero

149
12 dodecágono dodecalátero
15 pentadecágono pentadecalátero
20 icoságono icosalátero

Quadriláteros

Definição: Quadrilátero é um polígono de quatro lados.

Quadrilátero ABCD
Em um quadrilátero, dois lados ou dois ângulos não consecutivos são chamados opostos.

Elementos
Na figura abaixo, temos:

Quadrilátero ABCD
Vértices:  A, B, C, e D.

Lados: 

Diagonais: 
Ângulos internos ou ângulos do 

quadrilátero ABCD:  .
Observações:
Todo quadrilátero tem duas diagonais.
O perímetro de um quadrilátero ABCD é a soma das medidas de seus lados, ou seja: AB + BC + CD +
DA. 
Côncavos e Convexos
Os quadriláteros podem ser convexos ou côncavos. Um quadrilátero é convexo quando a reta que une
dois vértices consecutivos não encontra o lado formado pelos dois outros vértices.

150
Quadrilátero convexo

Quadrilátero côncavo

Soma das medidas dos ângulos internos de um quadrilátero convexo

A soma do ângulos internos de um quadrilátero convexo é 360º.


Podemos provar tal afirmação decompondo o quadrilátero ABCD nos triângulos ABD e BCD.

Do triângulo ABD, temos :


a + b1 + d1 = 180º.      (1)
Do triângulo BCD, temos:
c + b2 + d2 = 180º.       (2)
Adicionando (1) com (2), obtemos:
a + b1 + d1 + c + b2 + d2 = 180º + 180º
a + b1 + d1 + c + b2 + d2 = 360º
a + b + c + d = 360º
Observações:
1.Termos  uma fórmula geral para determinação da soma dos ângulos internos de qualquer polígono
convexo:
Si = (n - 2)·180º, onde n é o número de lados do polígono.
2. A soma dos ângulos externos de um polígono convexo qualquer é 360º.
Se = 360º

Paralelogramo

Paralelogramo é o quadrilátero que tem os lados opostos paralelos.


151
Exemplo:

h é a altura do paralelogramo.
O ponto de intersecção das diagonais (E) é chamado centro de simetria.
Destacaremos a seguir alguns paralelogramos.
Retângulo
Retângulo é o paralelogramo em que os quatro ângulos são congruentes (retos).
Exemplo:

Losango
Losango é o paralelogramo em que os quatro lados são congruentes.
Exemplo:

152
Quadrado
Quadrado é o paralelogramo em que os quatro lados e os quatro
ângulos são congruentes.
Exemplo:

É o único quadrilátero regular. É, simultaneamente retângulo e losango.

Trapézio
É o quadrilátero que apresenta somente dois lados paralelos, chamados bases.
  Exemplo:

      

153
Denominamos trapezoide o quadrilátero que não apresenta lados paralelos.
Trapézio retângulo
É aquele que apresenta dois ângulos retos.
Exemplo:

Trapézio isósceles
É aquele em que os lados não paralelos são congruentes.
Exemplo:

 
Trapézio escaleno
É aquele em que os lados não paralelos não são congruentes.
Exemplo:

154
Propriedades dos paralelogramos

1ª propriedade
Os lados opostos de um paralelogramo são congruentes.

H:  ABCD é paralelogramo.

T:   
Demonstração:
Afirmativa

1.

2. 
Justificativa
1. Segmentos de paralelas entre paralelas.
2. Segmentos de paralelas entre paralelas.
2ª propriedade
Cada diagonal do paralelogramo o divide em dois triângulos congruentes.

H: ABCD é paralelogramo.
T:  

155
Demonstração:
Afirmativa

1.

2.

3.
4.
Justificativa
1. Hipótese.
2. Hipótese.
3. Lado comum.
4. Caso L.L.L.

3ª propriedade
Os ângulos opostos de um paralelogramo são congruentes.

H:  ABCD  é paralelogramo

T:  
Demonstração:
Afirmativa
1.

2.
3.

4. 

5. 
Justificativa

1.  é diagonal (2ª propriedade)


2.Ângulos correspondentes em triângulos congruentes.
3. Ângulos correspondentes em triângulos congruentes.

4. 
4ª propriedade
As diagonais de um paralelogramo interceptam-se mutuamente ao meio.

156
H: ABCD é paralelogramo.

T: 

     
Demonstração
Afirmativa

1. 

2. 
3. 
4. 

5. 
Justificativa
1. Ângulos alternos internos.
2. Lados opostos (1ª propriedade).
3. Ângulos alternos internos.
4. Caso A.L.A.
5. Lados correspondentes em triângulos congruentes.
Resumindo:
Num paralelogramo:
os lados opostos são congruentes;
cada diagonal o divide em dois triângulos congruentes;
os ângulos opostos são congruentes;
as diagonais interceptam-se em seu ponto médio.
Propriedade característica do retângulo
As diagonais de um retângulo são congruentes.

T: ABCD  é retângulo.

H:  .

Semelhança de Polígonos

Introdução
Observe as figuras:

157
Figura A

Figura B

Figura C
Elas representam retângulos com escalas diferentes. Observe que os três retângulos têm a mesma
forma, mas tamanhos diferentes. Dizemos que eles são figuras semelhantes.
Nessas figuras, podemos identificar:
AB - distância entre A e B (comprimento do retângulo).
CD - distância entre C e D (largura do retângulo).

 -  ângulos agudos formados pelos segmentos  .

Medindo os segmentos de reta  e   e os ângulos ( ) das figuras, podemos organizar


a seguinte tabela:
ângulo
m( ) m( )
Fig. C 3,9 cm 1,3 cm = 90º
Fig. B 4,5 cm 1,5 cm
= 90º
Fig. A 6,0 cm 2,0 cm = 90º
Observe que:
Os ângulos correspondentes nas três figuras têm medidas iguais;
As medidas dos segmentos correspondentes são proporcionais;

                                            
Desse exemplo, podemos concluir que duas ou mais figuras são semelhantes em geometria quando:
os ângulos correspondentes têm medidas iguais;
as medidas dos segmentos correspondentes são proporcionais;
os elementos das figuras são comuns.
Outros exemplos de figuras semelhantes:

158
 

Formas iguais e tamanhos diferentes

Polígonos semelhantes

Considere os polígonos ABCD e A'B'C'D', nas figuras:

Observe que:
os ângulos correspondentes são congruentes:

os lados correspondentes (ou homólogos) são proporcionais:

ou

Podemos concluir que os polígonos ABCD e A'B'C'D' são semelhantes e indicamos:


ABCD ~ A'B'D'C' (lê-se "polígono ABCD é semelhante ao polígono A'B'D'C'")
Ou seja:
Dois polígonos são semelhantes quando os ângulos correspondentes são
congruentes e os lados correspondentes são proporcionais.
A razão entre dois lados correspondentes em polígonos semelhante denomina-se razão de
semelhança, ou seja:

159
A razão de semelhança dos polígonos considerados é 
Observação: a definição de polígonos semelhantes só é válida quando ambas as condições são
satisfeitas:
ângulos correspondentes congruentes
lados correspondentes proporcionais
Apenas uma das condições não é suficiente para indicar a semelhança entre polígonos.

Propriedades da semelhança de polígonos

Se dois polígonos são semelhantes, então a razão entre seus perímetros é igual à razão entre as
medidas de dois lados homólogos quaisquer dos  polígonos.
Demonstração:
Sendo ABCD ~ A'B'C'D', temos que:

Os perímetros desses polígonos podem ser assim representados: 


Perímetro de ABCDE (2p) = AB + BC + CD + DE + EA
Perímetro de A'B'C'D'E' (2p') = A'B' + B'C' + C'D' + D'E' + E'A'

Por uma propriedade das proporções, podemos afirmar que:

Exemplo:
Os lados de um triângulo medem 3,6 cm, 6,4 cm e 8 cm. Esse triângulo é semelhante a um outro cujo
perímetro mede 45 cm. Calcule os lados do segundo triângulo.         

Solução:
Razão de semelhança =

160
Logo, os lados do segundo triângulo são 9cm, 16cm e 20cm.

Razões trigonométricas

Catetos e hipotenusa
Em um triângulo, chamamos o lado oposto ao ângulo reto de hipotenusa e os lados adjacentes
de catetos. Observe a figura:

Hipotenusa:    

Catetos:           e 

Veremos a seguir as razões trigonométricas existentes em um triângulo desse tipo.

Seno e cosseno

Considere um triângulo retângulo BAC:

Hipotenusa:     , m( ) = a.

Catetos:          , m( ) = b.

161
                        , m( ) = c.
Ângulos:          ,    e   .
Tomando por base os elementos desse triângulo, podemos definir as seguintes razões
trigonométricas:
Seno de um ângulo agudo é a razão entre a medida do cateto oposto a esse ângulo e a medida da
hipotenusa.

    Assim:

Cosseno de um ângulo agudo é a razão entre a medida do cateto adjacente a esse ângulo e a medida
da hipotenusa.

   Assim:

162
Tangente

Tangente de um ângulo agudo é a razão entre a medida do cateto oposto e a medida do cateto
adjacente a esse ângulo.

    Assim:

163
    Exemplo:

Observações:
1. A tangente de um ângulo agudo pode ser definida como a razão entre o seno deste ângulo e o seu
cosseno.
Assim:

164
2. A tangente de um ângulo agudo é um número real positivo.
3. O seno e o cosseno de um ângulo agudo são sempre números reais positivos menores    que 1,
pois qualquer cateto é sempre menor que a hipotenusa.

As razões trigonométricas de 30º, 45º e 60º

Considere as figuras:

Quadrado de lado l e diagonal 

Triângulo equilátero de lado I e altura 


Seno, cosseno e tangente de 30º
Aplicando as definições de seno, cosseno e tangente para os ângulos de 30º, temos:

165
Seno, cosseno e tangente de 45º
Aplicando as definições de seno, cosseno e tangente para um ângulo de 45º, temos:

Seno, cosseno e tangente de 60º

166
Aplicando as definições de seno, cosseno e tangente para um ângulo de 60º, temos:

Resumindo:
x sen x cos x tg x

30º

45º

60º

Medidas de Comprimento

Sistema Métrico Decimal

Desde a antiguidade, os povos foram criando suas unidades de medida. Cada um deles possuía suas
próprias unidades-padrão. Com o desenvolvimento do comércio, ficavam cada vez mais difíceis a
troca de informações e as negociações com tantas medidas diferentes.
Era necessário que se adotasse um padrão de medida único para cada grandeza. Foi assim que, em
1791, época da revolução francesa, um grupo de representantes de vários países reuniu-se para
discutir a adoção de um sistema único de medidas. Surgia o sistema métrico decimal.
Metro
A palavra metro vem do gegro métron e significa  "o que mede". Foi estabelecido inicialmente que a
medida do metro seria a décima milionésima parte da distância do Pólo Norte ao Equador, no
meridiano que passa por Paris. No Brasil, o metro foi adotado oficialmente em 1928.
167
Múltiplos e submúltiplos do metro
Além da unidade fundamental de comprimento, o metro, existem ainda os seus múltiplos e
submúltiplos, cujos nomes são formados com o uso dos prefixos: quilo, hecto, deca, deci, centi e mili.
Observe o quadro:

Unidade
Múltiplos Submúltiplos
Fundam
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
km hm dam m dm cm mm
1.000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para
pequenas distâncias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:
mícron (µ) = 10-6 m
angströn (Å) = 10-10 m
Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km
O pé, a polegada, a milha e a jarda são unidades não pertencentes ao sistemas métrico decimal,
sendo utilizadas em países de língua inglesa. Observe as igualdades abaixo:

Pé = 30,48 cm
Polegada = 2,54 cm
Jarda = 91,44 cm
Milha terrestre = 1.609 m
Milha marítima = 1.852 m
Observe que:
1 pé = 12 polegadas
1 jarda = 3 pés

Leitura das medidas de comprimento

A leitura das medidas de comprimentos pode ser efetuada com o auxílio do quadro de unidades.
Exemplos:
Leia a seguinte medida: 15,048 m.
Sequência prática:
1º) Escrever o quadro de unidades:
km hm dam m dm cm mm
2º) Colocar o número no quadro de unidades, localizando o último algarismo da parte inteira sob a sua
respectiva.
km hm dam m dm cm mm
1 5, 0 4 8
3º) Ler a parte inteira acompanhada da unidade de medida do seu último algarismo e a parte decimal
acompanhada da unidade de medida do último algarismo da mesma.
15 metros e 48 milímetros
Outros exemplos:
6,07 km ( lê-se "seis quilômetros e sete decâmetros")
82,107 dam (lê-se "oitenta e dois decâmetros e cento e sete centímetros")
0,003 m (lê-se "três milímetros")

Transformação de Unidades (comprimento)

Cada unidade de comprimento é 10 vezes maior que a unidade imediatamente inferior.

    
168
Observe as seguintes transformações:
    Transforme 16,584hm em m.
km hm dam m dm cm mm
Para transformar hm em m (duas posições à direita) devemos multiplicar por 100 (10 x 10).
16,584 x 100 = 1.658,4
Ou seja:
16,584hm = 1.658,4m
Transforme 1,463 dam em cm.
km hm dam m dm cm mm
Para transformar dam em cm (três posições à direita) devemos multiplicar por 1.000 (10 x 10 x 10).
1,463 x 1.000 = 1,463
Ou seja:
1,463dam = 1.463cm.
    Transforme 176,9m em dam.
km hm dam m dm cm mm
Para transformar m em dam (uma posição à esquerda) devemos dividir por 10.
176,9 : 10 = 17,69
u seja:
176,9m = 17,69dam
    Transforme 978m em km.
km hm dam m dm cm mm
Para transformar m em km (três posições à esquerda) devemos dividir por 1.000.
978 : 1.000 = 0,978
Ou seja:
978m = 0,978km.
Observação: para resolver uma expressão formada por termos com diferentes unidades, devemos
inicialmente transformar todos eles numa mesma unidade, para a seguir efetuar as operações.

Perímetro de um polígono

Perímetro de um polígono é a soma das medidas dos seus lados.


Perímetro do retângulo
O perímetro de um retângulo é calculado da seguinte forma:

   b - base ou comprimento


   h - altura ou largura
   Perímetro = 2b + 2h = 2(b +
h)

Perímetro dos polígonos regulares

Triângulo equilátero Quadrado


P = l+ l + l P = l + l + l+ l
P=3·l P=4·l

169
Pentágono Hexágono
P=l+l+l+l+l P=l+l+l+l+l+l
P=5·l P=6·l

l - medida do lado do polígono regular


P - perímetro do polígono regular
Para um polígono de n lados, temos:
P=n·l

Comprimento da circunferência

Um pneu tem 40cm de diâmetro, conforme a figura. Pergunta-se: cada volta completa deste pneu
corresponde na horizontal a quantos centímetros?

Envolva a roda com um barbante.


Marque o início e o fim desta volta no barbante.
Estique-o bastante e meça o comprimento da circunferência correspondente à roda.

Medindo essa dimensão, você encontrará aproximadamente 125,6cm, que é um valor um pouco
superior a 3 vezes o seu diâmetro. Vamos ver como determinar este comprimento por um processo
não experimental.
Você provavelmente já ouviu falar de uma antiga descoberta matemática:

170
Dividindo o comprimento de uma circunferência (C) pela medida  do  seu diâmetro (D), encontramos
sempre um valor aproximadamente igual a 3,14.

Assim:   
O número 3,141592... corresponde em matemática à letra grega   (lê-se "pi"), que é a primeira lera
da palavra grega perímetro. Costuma-se considera  = 3,14.

Logo: 
Utilizando essa fórmula, podemos determinar o comprimento de qualquer circunferência.
Podemos agora conferir com auxílio da fórmula o comprimento da roda obtido
experimentalmente.
C=2 r       C = 2. 3,14 · 20            C = 125,6 cm

Medidas de superfície

Introdução
As medidas de superficie fazem parte de nosso dia a dia e respondem a nossas perguntas mais
corriqueiras do cotidiano:
Qual a área desta sala?
Qual a área desse apartamento?
Quantos metros quadrados de azulejos são necessarios para revestir esta piscina?
Qual a área dessa quadra de futebol de salão?
Qual a área pintada dessa parede?
Superfície e área
Superficie é uma grandeza com duas dimensões, enquanto área é a medida dessa grandeza,
portanto, um número.
Metro quadrado
A unidade fundamental de superfície chama-se metro quadrado. O metro quadrado (m2) é a medida
correspondente à superfície de um quadrado com 1 metro de lado.  

Unidade
Múltiplos Submúltiplos
Fundamental
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
1.000.000m 10.000m2
2
100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

O dam2, o hm2 e km2 sao utilizados para medir grandes superfícies, enquanto o dm2, o cm2 e o
mm2 são utilizados para pequenas superfícies.

Exemplos
1) Leia a seguinte medida: 12,56m2  
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
12, 56
Lê-se "12 metros quadrados e 56 decímetros quadrados". Cada coluna dessa tabela corresponde a
uma unidade de área.

2) Leia a seguinte medida: 178,3 m2  


km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
1 78, 30
Lê-se "178 metros quadrados e 30 decímetros quadrados" .

3) Leia a seguinte medida: 0,917 dam2


171
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
           0, 91 70           
Lê-se 9.170 decímetros quadrados.

Medidas agrárias

As medidas agrárias são utilizadas parea medir superfícies de campo, plantações, pastos, fazendas,
etc. A principal unidade destas medidas é o are (a). Possui um múltiplo, o hectare (ha), e um
submúltiplo, o centiare (ca).
Unidade
hectare (ha) are (a) centiare (ca)
agrária
Equivalência
100a 1a 0,01a
de valor
Lembre-se:
1 ha = 1hm2
1a = 1 dam2
1ca = 1m2

Transformação de unidades (superfície)

No sistema métrico decimal, devemos lembrar que, na transformação de unidades de superfície, cada


unidade de superfície é 100 vezes maior que a unidade imediatamente inferior:

Observe as seguintes transformações:


transformar 2,36 m2 em mm2.
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
2 2
Para transformar m  em mm  (três posições à direita) devemos multiplicar por 1.000.000
(100x100x100).
2,36 x 1.000.000  =  2.360.000 mm2

transformar 580,2 dam2 em km2.


km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
Para transformar dam2 em km2 (duas posições à esquerda) devemos dividir por 10.000 (100x100).
580,2 : 10.000  =  0,05802 km2
Pratique! Tente resolver esses exercícios:
1) Transforme 8,37 dm2 em mm2     (R: 83.700 mm2)
2) Transforme 3,1416 m2 em cm2     (R: 31.416 cm2)
3) Transforme 2,14 m2 em dam2     (R: 0,0214 dam2)
4) Calcule 40m x 25m     (R: 1.000 m2)

Medidas de volume

Introdução
Frequentemente nos deparamos com problemas que envolvem o uso de três dimensões:
comprimento, largura e altura. De posse de tais medidas tridimensionais, poderemos calcular medidas
de metros cúbicos e volume.
Metro cúbico
A unidade fundamental de volume chama-se metro cúbico. O metro cúbico (m3) é medida
correspondente ao espaço ocupado por um cubo com 1 m de aresta.
Múltiplos e submúltiplos do metro cúbico.

172
Unidade
Múltiplos Submúltiplos
Fundamental
quilômetro hectômetro decâmetro decímetro centímetro milímetro
metro cúbico
cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
1.000.000 0,000000001
1.000.000.000m3 1.000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3
m3 m3

Leitura das medidas de volume

A leitura das medidas de volume segue o mesmo procedimento aplicado às medidas lineares.
Devemos utilizar, porém, três algarismos em cada unidade no quadro. No caso de alguma casa ficar
incompleta, completa-se com zero(s). Exemplos:
Leia a seguinte medida: 75,84m 3

km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3


75, 840
Lê-se "75 metros cúbicos e 840 decímetros cúbicos".

Leia a medida: 0,0064dm3


km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
0, 006 400
Lê-se "6400 centímetros cúbicos".

Transformação de unidades (volume)

Na transformação de unidades de volume, no sistema métrico decimal, devemos lembrar que cada


unidade de volume é 1.000 vezes maior que a unidade imediatamente inferior.

Observe a seguinte transformação:


transformar 2,45 m3 para dm3.

km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3

Para transformar m3 em dm3 (uma posição à direita) devemos multiplicar por 1.000.
2,45 x 1.000  =  2.450 dm3
Pratique! Tente resolver esses exercícios:
1) Transforme 8,132 km3 em hm3     (R: 8132 hm3)
2) Transforme 180 hm3 em km3     (R: 0,18 km3)
3) Transforme 1 dm3 em dam3     (R: 0,000001 dam3)
4) Expresse em metros cúbicos o valor da expressão: 3.540dm3 +  340.000cm3    (R: 3,88 m3)

Medidas de massa

Introdução
Observe a distinção entre os conceitos de massa e peso:
Massa é a quantidade de matéria que um corpo possui, sendo portanto constante em qualquer lugar
da terra ou fora dela.
 
Peso de um corpo é a força com que esse corpo é atraído (gravidade) para o centro da terra. Varia de
acordo com o local em que o corpo se encontra.
173
Por exemplo: a massa do homem na Terra ou na Lua tem o mesmo valor. O peso, no entanto, é seis
vezes maior na terra do que na lua. Explica-se esse fenômeno pelo fato da gravidade terrestre ser 6
vezes superior à gravidade lunar.
Obs: A palavra grama, empregada no sentido de "unidade de medida de massa de um corpo", é um
substantivo masculino. Assim 200g, lê-se "duzentos gramas".
Quilograma
A unidade fundamental de massa chama-se quilograma.
O quilograma (kg) é a massa de 1dm3 de água destilada à temperatura de 4ºC.
Apesar de o quilograma ser a unidade fundamental de massa, utilizamos na prática o grama como
unidade principal de massa.
Múltiplos e submúltiplos do grama

Unidade
Múltiplos Submúltiplos
principal
quilograma hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama
kg hg dag g dg cg mg
1.000g 100g 10g 1g 0,1g 0,01g 0,001g

Observe que cada unidade de volume é dez vezes maior que a unidade imediatamente inferior.
Exemplos:
1 dag = 10 g
1 g = 10 dg

Leitura das medidas de massa

A leitura das medidas de massa segue o mesmo procedimento aplicado às medidas lineares.
Exemplos:
Leia a seguinte medida: 83,731 hg.
kg hg dag g dg cg mg
8 3, 7 3 1
Lê-se "83 hectogramas e 731 decigramas".
Leia a medida: 0,043g.
kg hg dag g dg cg mg
0, 0 4 3
Lê-se " 43 miligramas".
Relações importantes
Podemos relacionar as medidas de massa com as medidas de volume e capacidade. Assim, para
a água pura (destilada) a uma temperatura de 4ºC é válida a seguinte equivalência:
1 kg <=> 1dm3 <=> 1L
São válidas também as relações:
1m3 <=> 1 Kl <=> 1t
1cm3 <=> 1ml <=> 1g
Observação:
Na medida de grandes massas, podemos utilizar ainda as seguintes unidades especiais:
1 arroba = 15 kg
1 tonelada (t) = 1.000 kg
1 megaton = 1.000 t ou 1.000.000 kg

Transformação de unidades (massa)

Cada unidade de massa é 10 vezes maior que a unidade imediatamente inferior.

Observe as seguintes transformações:


174
Transforme 4,627 kg em dag.
kg hg dag g dg cg mg
Para transformar kg em dag (duas posições à direita) devemos multiplicar por 100 (10 x 10).
4,627 x 100 = 462,7
Ou seja:
4,627 kg = 462,7 dag
Observação: em algumas situações você pode encontrar os termos "peso bruto" e "peso líquido", que
significam:
Peso bruto: peso do produto com a embalagem.
Peso líquido: peso somente do produto.

Medidas de capacidade

Introdução
A quantidade de líquido é igual ao volume interno de um recipiente. Afinal, quando enchemos este
recipiente, o líquido assume a forma do mesmo. Capacidade é o volume interno de um recipiente.
A unidade fundamental de capacidade chama-se litro. Litro é a capacidade de um cubo que tem 1dm
de aresta.
1l = 1dm3
Múltiplos e submúltiplos do litro

Múltiplos Unidade Fundamental Submúltiplos


quilolitro hectolitro decalitro litro decilitro centilitro mililitro
kl hl dal l dl cl ml
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

Cada unidade é 10 vezes maior que a unidade imediatamente inferior.


Relações:
1l = 1dm3
1ml = 1cm3
1kl = 1m3
Leitura das medidas de capacidade
Exemplo: leia a seguinte medida: 2,478 dal

kl hl dal l dl cl ml
           2, 4 7 8     
Lê-se "2 decalitros e 478 centilitros".

Transformação de unidades (capacidade)

Na transformação de unidades de capacidade, no sistema métrico decimal, devemos lembrar


que cada unidade de capacidade é 10 vezes maior que a unidade imediatamente inferior.

  Observe a seguinte transformação:


transformar 3,19 l para ml.
kl hl dal l dl cl ml
Para transformar l para ml (três posições à direita) devemos multiplicar por 1.000 (10x10x10).
3,19 x 1.000  =  3.190 ml

Pratique! Tente resolver esses exercícios:

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1) Transforme 7,15 kl em dl     (R: 71.500 dl)
2) Transforme 6,5 hl em l     (R: 650 l)
3) Transforme 90,6 ml em l    (R: 0,0906 l)
4) Expresse em litros o valor da expressão: 0,6m3 +  10 dal + 1hl  (R: 800 l)

Medidas de tempo

Introdução
É comum em nosso dia a dia ouvirmos perguntas do tipo:
Qual a duração dessa partida de futebol?
Qual o tempo dessa viagem?
Qual a duração desse curso?
Qual o melhor tempo obtido por esse corredor?
Todas essas perguntas serão respondidas tomando por base uma unidade padrão de medida de
tempo.
A unidade de tempo escolhida como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo.
Segundo
O Sol foi o primeiro relógio do homem: o intervalo de tempo natural decorrido entre as sucessivas
passagens do Sol sobre um dado meridiano dá origem ao dia solar.

O segundo (s) é o tempo equivalente a  do dia solar médio.


As medidas de tempo não pertencem ao Sistema Métrico Decimal.
Múltiplos e submúltiplos do segundo
Quadro de unidades 

Múltiplos
minutos hora dia
min h d
60 s 60 min = 3.600 s 24 h = 1.440 min = 86.400s

São submúltiplos do segundo:


décimo de segundo
centésimo de segundo
milésimo de segundo
Cuidado:  nunca escreva 2,40h como forma de representar 2h40min, pois o sistema de medidas de
tempo não é decimal. Observe:

 
Outras importantes unidades de medida
mês (comercial) = 30 dias
ano (comercial) = 360 dias
ano (normal) = 365 dias e 6 horas
ano (bissexto) = 366 dias
semana = 7 dias
quinzena = 15 dias
bimestre = 2 meses
trimestre = 3 meses
quadrimestre = 4 meses
semestre = 6 meses
biênio = 2 anos
lustro ou quinquênio = 5 anos

176
década = 10 anos
século = 100 anos
milênio = 1.000 anos

177

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