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Etimologia: grego μ?θημα (mathema). Que, em tradução livre, significa “aquilo que pode
ser aprendido”.
É o estudo da aritmética, álgebra, geometria,trigonome- tria, estatística e cálculo, em
busca de sistematização de quantida-
des, medidas, espaços, estruturas e variações.
1.Aritmética: é a área que estuda os números, bem como as operações existentes entre
eles. Trata-se do ramo mais antigo da matemática.
2.Álgebra: estuda a manipulação de incógnitas, inseridas em equações e em outras
formas algébricas.
3. Geometria: é o estudo das dimensões espaciais de figuras geométricas, tais como área
e volume.
3.Trigonometria: estuda as funções trigonométricas e investiga as relações entre
as medidas angulares de triângulos.
4.Estatística: Conjunto de métodos que tem como objetivo a coleta, o tratamento e a
interpretação de dados. Dados: informação ou informações colhidas para análise.
5.Cálculo: operação ou conjunto de operações aritméticas e ou algébricas; cômputo
MTM - HISTÓRIA
Os registros mais antigos indicam que a matemática faz parte da nossa história desde
tempos pré-históricos. Nessa época, percebeu-se a necessidade de relacionar o número de animais
no rebanho, por exemplo, ou a quantidade de algum recurso com outros objetos, como pedras ou
marcas feitas em pedaços de ossos ou madeira.
O início da Idade Antiga foi marcado pelo surgimento da escrita e pelo desenvolvimento de
muitas civilizações. Ex:
Egípcios, mesopotâmios, hebreus, gregos e romanos. Os egípcios, por exemplo, foram os
primeiros a utilizar a matemática, por volta de 1500 a.C.
Chegaram a criar um sistema de numeração, que foi utilizado por outras civilizações. Os
romanos, inclusive, basearam-se no sistema numérico egípcio para criar uma nova forma de contar,
com isso, foram capazes de representar muito mais números que os sistemas de contagem já
existentes.
Os primeiros estudos de aritmética surgiram nas escolas gregas pelas mãos de grandes
filósofos, como Pitágoras, Tales de Mileto e Platão. Outros grandes nomes, como Euclides, Apolônio e
Arquimedes, foram essenciais para o desenvolvimento da geometria.
MTM - UTILIDADE
1 I
5 V
10 X
50 L
100 C
500 D
1000 M
2
Para formar outros números romanos utiliza-se as letras acima repetindo-as uma, duas ou
três vezes (nunca mais de três). Sendo que as letras V, L e D não podem ser repetidas.
2 II
3 III
20 XX
30 XXX
200 CC
300 CCC
2000 MM
3000 MMM
Para formar números diferentes dos citados até agora, devemos saber que as letras I, X e
C, colocam-se à esquerda de outras de maior valor para representar a diferença deles, obedecendo às
seguintes regras:
♦ I coloca-se à esquerda de V ou X
♦ X coloca-se à esquerda de L ou C
♦ C coloca-se à esquerda de D ou M
Se colocarmos um símbolo de maior valor primeiro que o de menor valor, somamos os
números assim:
VI ( 5 + 1) 6
XIII (10 + 3) 13
LIV (50 + 4) 54
CX (100 + 10) 110
IV (5 - 1) 4
IX (10 - 1) 9
XL (50 – 10) 40
XC (100 – 10) 90
CD (500 – 100) 400
Ordens e Classes
ÁLGEBRA - DEFINIÇÃO
0, que preserva
(a + b) + c = os
Adição a + b a + b = b + a Subtr ( - )
a + (b + c) números: a + 0
= a
1, que preserva
= a
CONJUNTOS
CONJUNTOS - DEFINIÇÃO
MATEMÁTICA
Conjunto é uma reunião de elementos, podemos dizer que essa definição é bem primitiva,
mas a partir dessa ideia podemos relacionar outras situações. O conjunto universo e o conjunto vazio
são tipos especiais de conjuntos.
Vazio: não possui elementos e pode ser representado por { } ou Ø.
Universo: possui todos os elementos de acordo com o que estamos trabalhando, pode ser
representado pela letra maiúscula U.
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Os conjuntos servem para representar qualquer situação envolvendo ou não elementos.
Na Matemática, uma importante aplicação dos conjuntos é na representação de conjuntos numéricos.
Os estudos básicos sobre conjuntos deram origem aos estudos relacionados às Teorias
dos Conjuntos, que faz uma análise sobre as suas propriedades. Esses estudos se originaram nos
trabalhos do matemático russo Georg Cantor. Na teoria dos conjuntos, os elementos podem ser:
pessoas, números, outros conjuntos, dados estatísticos e etc.
Por exemplo:
A = { x | x é par e 4 < x < 8 } ou A = {6}
B = { x | 2x + 1 = 7 e x é inteiro } ou B = {3}
Os dois conjuntos acima são exemplos de conjuntos unitários. Pois possuem apenas um
elemento.
Dado o conjunto C = { y | y é natural e 2 < y < 3 } é um conjunto que não possui nenhum
elemento, esse tipo de conjunto é chamado de conjunto vazio.
► Igualdade de conjuntos
Dizemos que um conjunto é igual a outro se todos os elementos de um conjunto forem
iguais a todos os elementos do outro conjunto.
Exemplo:
Dados os conjuntos A = {0,1,2,3,4} e B = {2,3,4,1,0} como todos os elementos são iguais
podemos dizer que A = B.
Quando vamos fazer a relação de elemento com conjunto utilizamos os símbolos de
pertence e não pertence .
Por exemplo:
Dado o conjunto dos números naturais o elemento 5 N e -8 N.
Agora quando relacionamos conjunto com conjunto utilizamos os símbolos de está
Por Exemplo:
{1,2,3} {1,2,3,4,5,6}
6
O conjunto dos N está contido dentro dos inteiros. N Z e o conjunto dos inteiros não
CONJUNTOS- REPRESENTAÇÃO
CONJUNTOS- OPERAÇÕES
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A motivação para o estudo das operações entre conjuntos vem da facilidade que elas
trazem para a resolução de problemas numéricos do cotidiano. Utilizaremos algumas ferramentas
gráficas, como o diagrama de Venn-Euler, para definir as principais operações entre dois ou
mais conjuntos, sendo elas: união de conjuntos, intersecção de conjuntos, diferença de conjuntos e
conjunto complementar.
União de conjuntos
A união entre dois ou mais conjuntos será um novo conjunto constituído por elementos
que pertencem a, pelo menos, um dos conjuntos em questão. Formalmente o conjunto união é dado
por:
Sejam A e B dois conjuntos, a união entre eles é formada por elementos que pertencem
ao conjunto A ou ao conjunto B.
Em outras palavras, basta unir os elementos de A com os de B.
Exemplo:
a) Considere os conjuntos A = {0, 2, 4, 6, 8, 10} e B = {1, 3, 5, 7, 9, 11}:
A U B = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11}
b) A = {x | x é um número par natural} e B {y | y é um número ímpar natural}
A união de todos os pares naturais e todos os ímpares naturais resulta em todo o conjunto
dos números naturais, logo, temos que:
Intersecção de conjuntos
A intersecção entre dois ou mais conjuntos também será um novo conjunto formado
por elementos que pertencem, ao mesmo tempo, a todos os conjuntos envolvidos. Formalmente
temos:
Sejam A e B dois conjuntos, a intersecção entre eles é formada por elementos que
pertencem ao conjunto A e ao conjunto B. Desse modo, devemos considerar somente os elementos
que estão em ambos os conjuntos.
Exemplo
a) Considere os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, B = {0, 2, 4, 6, 8, 10}
e C = {0, –1, –2, –3}
A ∩ B = {2, 4, 6}
A∩C={}
B ∩ C = {0}
Exemplo
Considere os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}, B = {0, 1, 2, 3, 4, 6, 7} e C = { }. Vamos
determinar as seguintes diferenças.
A – B = {5}
A – C = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}
C–A={}
Observe que, no conjunto A – B, tomamos inicialmente o conjunto A e “tiramos” os
elementos do conjunto B. No conjunto A – C, tomamos o A e “tiramos” o vazio, ou seja, nenhum
elemento. Por último, em C – A, tomamos o conjunto vazio e “tiramos” os elementos de A, que, por
sua vez, já não estavam lá.
Conjuntos Complementares
Exercícios resolvidos
CONJUNTOS NUMÉRICOS
Representação Geométrica de N
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O conjunto dos números Inteiros é representado pela letra Z (maiúscula), inclui todos os
números inteiros positivos e inteiros negativos. Para indicar que o zero não está fazendo parte do
conjunto determinado, indicamos assim Z*. Observe os exemplos a seguir:
Z = {.... , -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ....}
Z* = {.... , -3, -2, -1, 1, 2, 3, ...}
Obs.: Antecessores e Sucessores
Dentro do conjunto dos números Inteiros podemos localizar o conjunto dos números
Naturais. Dizemos que N está contido em Z.
Representação dos números Inteiros na reta numérica.
Todo número inteiro é um número racional, portanto, o conjunto dos números inteiros (Z) é
um subconjunto do conjunto dos números racionais (Q). Veja demonstração através da utilização de
diagramas:
1 – NATURAIS – N
Todo número natural pode ser representado por fração
4 = 2/2
10 = 5/2
3 = 3/1
2 – INTEIROS - Z
0 = 0/1
– 6 = – 6/1
2250 = 2250/1
– 500 = –500/1
3 – FRACIONÁRIOS
de fração;
a de numerador;
b de denominador.
Portanto, uma fração (n diferente de zero) e todas frações equivalentes a ela
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Resolvendo agora o problema inicial, concluímos que X = , pois
Uma fração envolve a seguinte ideia: dividir algo em partes iguais. Dentre essas partes,
consideramos uma ou algumas, conforme nosso interesse.
Na figura acima, as partes pintadas seriam as partes comidas por Roberval, e a parte
branca é a parte que sobrou do chocolate.
um sexto um décimo
um sétimo um centésimo
um oitavo um milésimo
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um nono oito milésimos
FRAÇÕES EQUIVALENTES
são equivalentes.
Para encontrar frações equivalentes, devemos multiplicar o numerador e o denominador
por um mesmo número natural, diferente de zero.
SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES
Uma fração equivalente a , com termos menores, é . A fração foi obtida dividindo-
se ambos os termos da fração pelo fator comum 3. Dizemos que a fração é uma fração
simplificada de .
A fração não pode ser simplificada, por isso é chamada de fração irredutível. A
fração não pode ser simplificada porque 3 e 4 não possuem nenhum fator comum.
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2º) denominadores diferentes
Para somar frações com denominadores diferentes, uma solução é obter frações
equivalentes, de denominadores iguais ao mmc dos denominadores das frações. Exemplo: somar as
frações .
Obtendo o mmc dos denominadores temos mmc(5,2) = 10.
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4 – DECIMAIS
Observe as frações:
= 0,1
= 0,01
= 0,001
= 0,0001
= 0,5
= 0,05
= 0,005
= 0,0005
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Fração Decimal = Números Decimais
= 11,7
= 1,17
= 0,117
= 0,0117
Os números 0,1, 0,01, 0,001 e 1,17, por exemplo, são números decimais. Nessa
representação, verificamos que a vírgula separa a parte inteira da parte decimal.
No sistema de numeração decimal, cada algarismo da parte inteira ou decimal ocupa uma
posição ou ordem com as seguintes denominações:
Quanto à leitura, lemos a parte inteira seguida da parte decimal, acompanhada das
palavras:
décimos: quando houver uma casa decimal;
centésimos: quando houver duas casas decimais;
milésimos: quando houver três casas decimais;
décimos milésimos: quando houver quatro casas decimais;
centésimos milésimos: quando houver cinco casas decimais e, assim sucessivamente.
Exemplos:
1,2: um inteiro e dois décimos;
2,34: dois inteiros e trinta e quatro centésimos
Quando a parte inteira do número decimal é zero, lemos apenas a parte decimal.
Exemplos:
0,1 : um décimo;
0,79 : setenta e nove centésimos
Observação:
1. Existem outras formas de efetuar a leitura de um número decimal. Veja a leitura do
número 5,53:
Leitura convencional:
- cinco inteiros e cinquenta e três centésimos;
Outras formas:
- quinhentos e cinquenta e três centésimos;
- cinco inteiros, cinco décimos e três centésimos.
Todo número natural pode ser escrito na forma decimal, bastando colocar a vírgula após o
último algarismo e acrescentar zero(s). Exemplos:
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4 = 4,0 = 4,00 75 = 75,0 = 75,00
Assim:
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Podemos concluir então que:
Decimais Equivalentes
Verificamos que 0,4 representa o mesmo que 0,40, ou seja, são decimais equivalentes.
Logo, decimais equivalentes são aqueles que representam a mesma quantidade.
Exemplos:
0,4 = 0,40 = 0,400 = 0,4000
8 = 8,0 = 8,00 = 8,000
2,5 = 2,50 = 2,500 = 2,5000
95,4 = 95,40 = 95,400 = 95,4000
Dos exemplos acima, podemos concluir que:
Exemplos:
0,75 > 0,7 ou 0,75 > 0,70 (igualando as casas decimais), pois 75 > 70.
8,3 > 8,03 ou 8,30 > 8,03 (igualando as casas decimais), pois 30 > 3.
Adição e Subtração
Adição:
1,28 + 2,6 + 0,038
Transformando em frações decimais, temos:
Método prático:
Exemplos:
1,28 + 2,6 + 0,038 35,4 + 0,75 + 47 6,14 + 1,8 + 0,007
Subtração
Método prático:
Exemplos:
3,97 - 2,013 17,2 - 5,146 9 - 0,987
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Multiplicação de números racionais decimais
Método prático:
Multiplicamos os dois números decimais como se fossem naturais. Colocamos a
vírgula no resultado de modo que o número de casas decimais do produto seja igual à
soma dos números de casas decimais do fatores.
Exemplos:
3,49 . 2,5
1,842 · 0,013
Observação:
2. Para se multiplicar um número decimal por 10, 100, 1.000, ..., basta deslocar a
vírgula para a direita uma, duas, três, ..., casas decimais. Exemplos:
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0,05 = = 5%
1,17 = = 117%
Método prático:
Exemplos:
1,4 : 0,05
Igualamos as casa decimais: 1,40: 0.05
Suprimindo as vírgulas: 140 : 5
Efetuando a divisão:
6 : 0,015
Igualamos as casas decimais 6,000 : 0,015
Suprimindo as vírgulas 6.000 : 15
Efetuando a divisão:
4,096 : 1,6
Igualamos as casas decimais 4,096 : 1,600
Suprimindo as vírgulas 4.096 : 1.600
Efetuando a divisão:
O quociente 2,56 é exato, pois o resto é nulo.
Logo, o quociente de 4,096 por 1,6 é 2,56.
Outros exemplos:
0,73 : 5
Igualamos as casas decimais 0,73 : 5,00
Suprimindo as vírgulas 73 :500
Efetuando a divisão:
Em algumas divisões, o acréscimo de um zero ao resto ainda não torna possível a divisão.
Nesse caso, devemos colocar um zero no quociente e acrescentar mais um zero ao resto. Exemplos:
2,346 : 2,3
Verifique que 460 (décimos) é inferior ao divisor (2.300). Colocamos, então, um zero no
quociente e acrescentamos mais um zero ao resto.
Observação:
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Para se dividir um número decimal por 10, 100, 1.000, ..., basta deslocar a vírgula para a
esquerda uma, duas, três, ..., casas decimais. Exemplos:
No caso de uma divisão não exata, determinamos o quociente aproximado por falta ou por
excesso. Veja, por exemplo, a divisão de 66 por 21:
Observação:
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No caso de ser pedido um quociente com aproximação de uma divisão exata, devemos
completar com zero(s), se preciso, a(s) casa(s) do quociente necessária(s) para atingir tal
aproximação. Por exemplo, o quociente com aproximação de milésimos de 8 e 3,2 é:
Potenciação
Podemos transformar qualquer fração ordinária (ou seja, uma fração que não é decimal)
em número decimal, devendo para isso dividir o numerador pelo denominador da mesma. Exemplos:
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5 – DÍZIMA PERIÓDICA.
(período: 5)
(período: 3)
(período: 12)
Período: 2
Parte não periódica: 0
Período: 4
Período não periódica: 15
Período: 23
Parte não periódica: 1
Observações:
Consideramos parte não periódica de uma dízima o termo situado entre vírgulas e o
período. Excluímos, portanto, da parte não periódica o inteiro. Podemos representar uma dízima
periódica das seguintes maneiras:
0,444444... = 4/9
0,33333... = 1/3
0,6777777.... = 61/90
–0,344444... = –31/90
É possível determinar a fração (número racional) que deu origem a uma dízima periódica.
Denominamos esta fração de geratriz da dízima periódica.
Como determinar a geratriz de uma dízima
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Dízima simples
A geratriz de uma dízima simples é uma fração que tem para numerador o período e para
denominador tantos noves quantos forem os algarismos do período. Exemplos:
Dízima Composta
A geratriz de uma dízima composta é uma fração da forma
, onde:
n é a parte não periódica seguida do período, menos a parte não periódica.
d tantos noves quantos forem os algarismos do período seguidos de tantos zeros quantos
forem os algarismos da parte não periódica.
Exemplos:
Para que saibamos o que é um número irracional devemos saber identificar um número
escrito na forma de decimal (número com vírgula).
O número decimal tem sua parte inteira e a parte decimal. A parte inteira vem antes da
vírgula e a decimal depois. Veja alguns exemplos:
5 , 12 → Parte decimal.
↓Parte inteira.
Existem alguns números decimais que tem a parte decimal infinita, esses podem ser
considerados dízimas periódicas ou não. As dízimas periódicas pertencem ao conjunto dos Racionais,
pois podem ser escritas na forma de fração. Agora, os números decimais infinitos onde as casas
decimais não formam períodos são chamados de NÚMEROS IRRACIONAIS.
Exemplo:
3, 254127896542...
0, 32478139852...
2, 365874412...
O valor de π é um número irracional π = 3, 1415...
Se calcularmos o valor de algumas raízes na calculadora, perceberemos que o seu valor é
um número irracional, como:
√2 = 1, 414221...
√3 = 1, 73205...
Esse conjunto é representado pela letra I maiúscula.
Se montarmos um diagrama fazendo uma relação dos conjuntos veremos que o conjunto
dos irracionais não estará contido em nenhum desses conjuntos abaixo.
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5 – CONJUNTOS DOS NÚMEROS REAIS – R
O conjunto dos números reais é formado pela união entre os números racionais e
irracionais e contém quase todos os números conhecidos até o Ensino Médio.
O conjunto dos números reais é formado pela união entre o conjunto dos números
racionais e o conjunto dos números irracionais. Portanto, são exemplos de números reais:
a) Todos os números naturais
O conjunto dos números naturais é formado apenas por números inteiros não negativos.
Todos eles são exemplos de números reais. Dessa maneira, pode-se dizer que o conjunto dos
números reais contém o conjunto dos números naturais.
b) Todos os números inteiros
Esse conjunto é formado pelo conjunto dos números naturais e por seus inversos aditivos,
ou seja, pelos números negativos. Assim, o conjunto dos números reais contém os números inteiros,
que, por sua vez, contêm os números naturais.
c) Todos os números racionais
Os números racionais são aqueles que podem ser escritos na forma de fração. São eles
os decimais finitos, dízimas periódicas e os próprios números inteiros. Não há que se discutir se os
números racionais são ou não reais, uma vez que isso faz parte da definição de números reais. Dessa
maneira, toda fração é um número real.
d) Todos os números irracionais
Formados por todos os números decimais que não são racionais. Essa informação
também faz parte da definição de números reais, mas é bom listar os seguintes exemplos: raízes não
exatas e algumas operações básicas matemáticas envolvendo-as resultam em números irracionais;
alguns números muito conhecidos, como o π, também são números irracionais. Dessa maneira, todo
número decimal é um número real.
OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
I - ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
ADIÇÃO
1. Elemento Neutro
Zero (0). Não influencia o resultado da soma.
a+0=0+a=a
2. Comutativa
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A ordem em que dois números são somados não altera o resultado da soma.:
a+b=b+a
3. Associativa
Em uma soma de três números: a + b + c, somar a + b e depois c tem o mesmo resultado
que somar b + c e depois a.
(a + b) + c = a + (b + c)
4. Nova
Para todo número x existe um número – x em que a soma entre eles é igual a 0.
x + (– x) = 0
Essa última propriedade permite compreender a subtração como uma adição de inversos
aditivos. Isso, de certa forma, permite incluir a operação subtração na operação adição, tornando-as
uma só. Contudo, para melhor compreensão dos alunos, esse detalhe é pouco mencionado em sala
de aula.
Assim, a subtração 77 – 42 pode ser vista como a seguinte adição:
77 + (– 42)
Regras de Sinais
SUBTRAÇÃO
Cuidado! Na subtração, trocar a ordem em que os valores são subtraídos tem resultado
diferente. Que nesse caso será um valor com sinal trocado.
Exemplos: 4 – 1 = 3 e 1 – 4 = -3
2. Anulação
Quando o minuendo for igual ao subtraendo tem como resultado da diferença o 0 (zero).
Exemplos: 4 – 4 = 0
3. Fechamento
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A diferença de dois ou mais números reais tem como resultado um número real. Ou seja,
se fazermos a diferença entre dois números do conjunto dos números reais, a diferença entre esses
números também será um número do conjunto dos números reais.
Módulo de um número
Para entendermos as operações envolvendo a diferença entre números inteiros com sinais
diferentes, devemos entender o que significa o módulo de um número real.
Exemplo:
O módulo do número +3 é representado por |+3| e é igual 3.
O módulo de |-3| é 3.
O módulo de |-1| é 1
Nesse caso é preciso entender o jogo dos sinais para eliminar os parênteses.
Exemplo:
+( – ) = –
–( + ) = –
+( + ) = +
–( – ) = +
Veja com funciona na prática:
( + 4 ) + ( – 2 ) = + 4 – 2 = + 2
( – 4 ) – ( + 2 ) = – 4 – 2 = – 6
( + 4 ) + ( + 2 ) = + 4 + 2 = + 6
( + 4 ) – ( – 2 ) = + 4 + 2 = + 6
Apresentaremos agora dois métodos para não errar o cálculo durante o resolução de
contas feitas à mão.
1) E o empresta 1 da subtração?
Como não podemos subtrair 3 de 5, neste caso, “pegamos 1 (em verde) emprestado” do 5
que será descontado e vira 4 (em vermelho), assim teremos 13 – 5 = 8. Como o 5 emprestou 1 ele virou
4 (em vermelho), 4 não pode subtrair 5 pois é menor, então pegamos 1 (em verde) emprestado do 3.
Agora temos 14 – 5 = 9. O 3 emprestou 1 (em verde) para o 4, virou 2 (em vermelho) e 2 – 2 = 0
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2) E o soma1 da subtração?
Existe outra regra que pode ser mais fácil. Ao contrário do empresta 1, somaremos 1 no
número de baixo. Vamos resolver esse mesmo exemplo para ficar mais claro.
II - MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO
MULTIPLICAÇÃO
PROPRIEDADES DA MULTIPLICAÇÃO
1. Elemento neutro
O elemento neutro da multiplicação é o número que, multiplicado por x, tem como
resultado o próprio x. Esse número é sempre 1. Em outras palavras, dado o número real x, o elemento
neutro da multiplicação é 1:
x·1 = 1·x = x
Exemplo:
2·1 = 1·2 = 2
2. Comutativa (a ordem...)
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Independente da ordem em que uma multiplicação é feita, o resultado sempre será o
mesmo. Em outras palavras, dados os números reais x e y, e representando a multiplicação
convencional por “·”, a propriedade comutativa da multiplicação é:
x·y = y·x
Essa propriedade também pode ser lida da seguinte maneira:
A ordem dos fatores não altera o produto.
Cada número presente em uma multiplicação é um de seus fatores, e o resultado da
multiplicação é chamado produto.
De acordo com essa propriedade, multiplicando 235 por 15 e 15 por 235 teremos:
235·15 = 15·235 = 3525
4. Associativa
Em uma multiplicação de três fatores, podemos multiplicar os dois primeiros fatores e o
resultado pelo último ou podemos multiplicar o primeiro fator pelo produto dos dois últimos que os
resultados serão iguais.
Em outras palavras, dados os números reais x, y e z, a propriedade associativa garante
que:
(x·y)·z = x·(y·z)
Combinando essa propriedade com a comutativa, poderemos realizar a multiplicação que
envolve três ou mais fatores em qualquer ordem. O resultado sempre será o mesmo.
DIVISÃO
Condição de existência
Considere dois números naturais N e d tais que se dividirmos N por um divisor d, teremos
um quociente q e um resto r. Essa regra deve obedecer as seguintes condições:
Essa condição nos diz que não existe um divisor igual a 0 (zero), pois pela segunda
condição d > r, e r ≥ 0. Dessa forma, d = 0 não satisfaz a desigualdade 0 ≤ r < d.
Então, qualquer número N e d ≠ 0, temos que o quociente da divisão de N por d será o
maior número natural q, desde que o produto q x d não seja maior que N. O resto dessa divisão é a
diferença entre o dividendo N e o produto q x d.
Exemplo: 12 ÷ 3 = 4
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Com esse exemplo e a imagem podemos entender melhor. A divisão de 12 por 3 tem
como quociente 4. O produto 4 x 3 não pode ser maior que 12. O resto é a diferença entre o produto
(q x d) e N: (4 x 3) – 12.
PROPRIEDADES DA DIVISÃO
1. Não há comutativa
Dividir 2 ÷ 1 = 2 é diferente de dividir 1 ÷ 2 = 0,5, portanto a comutatividade não vale para a
divisão.
2. Não há associativa
3. Elemento Neutro
O Número 1 (um) é o elemento neutro na divisão, dividir um número por 1 (um) tem como
resultado o próprio número. Faz todo sentido, por exemplo, dividir um pedaço de bolo com você
mesmo, o pedaço será todo seu.
4. Anulação
O Número 0 anula o resultado quando dividido por qualquer número real.
5. Fechamento
A propriedade de fechamento em que a divisão de dois números reais será um número real
não satisfaz, pois a divisão por 0 (zero) não tem como resultado um número real.
Regra de Sinais
A DIVISÃO COM SINAIS DIFERENTES OBEDECEM ÀS SEGUINTES REGRAS:
SINAIS IGUAIS: DIVIDE E O RESULTADO FICA POSITIVO.
SINAIS DIFERENTES: DIVIDE E O RESULTADO FICA NEGATIVO.
JOGO DOS SINAIS
+ – = – (MAIS COM MENOS É IGUAL A MENOS)
– + = – (MENOS COM MAIS É IGUAL A MENOS)
+ + = + (MAIS COM MAIS É IGUAL A MAIS)
– – = + (MENOS COM MENOS É IGUAL A MAIS)
EXEMPLOS:
(-10) ÷ (+1) = -10 (SINAIS DIFERENTES:
DIVIDE E O SINAL FICA NEGATIVO).
(+10) ÷ (-1 ) = -10 (SINAIS DIFERENTES:
DIVIDE E O SINAL FICA NEGATIVO).
(-10) ÷ (-1) = +10 (SINAIS IGUAIS:
DIVIDE E O SINAL FICA POSITIVO).
(+10) ÷ (+1) = +10 (SINAIS IGUAIS:
DIVIDE E O SINAL FICA POSITIVO).
CRITÉRIOS DE DIVISIBILIDADE
33
Para alguns números como o dois, o três, o cinco e outros, existem regras que permitem
verificar a divisibilidade sem se efetuar a divisão.
Divisibilidade por 2
Um número natural é divisível por 2 quando ele termina em 0, ou 2, ou 4, ou 6, ou 8, ou
seja, quando ele é par.
1) 5040 é divisível por 2, pois termina em 0.
2) 237 não é divisível por 2, pois não é um número par.
Divisibilidade por 3
Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos dos seus algarismos
for divisível por 3.
Exemplo:
234 é divisível por 3, pois a soma de seus algarismos é igual a 2+3+4=9, e como 9 é divisível por 3,
então 234 é divisível por 3.
Divisibilidade por 4
Divisibilidade por 5
Um número natural é divisível por 5 quando ele termina em 0 ou 5.
Exemplos:
1) 55 é divisível por 5, pois termina em 5.
2) 90 é divisível por 5, pois termina em 0.
3) 87 não é divisível por 5, pois não termina em 0 nem em 5.
Divisibilidade por 6
Um número é divisível por 6 quando é divisível por 2 e por 3.
Exemplos:
1) 312 é divisível por 6, porque é divisível por 2 (par) e por 3 (soma: 6).
2) 5214 é divisível por 6, porque é divisível por 2 (par) e por 3 (soma: 12).
3) 716 não é divisível por 6, (é divisível por 2, mas não é divisível por 3).
4) 3405 não é divisível por 6 (é divisível por 3, mas não é divisível por 2).
Divisibilidade por 8
Um número é divisível por 8 quando termina em 000, ou quando o número formado pelos
três últimos algarismos da direita for divisível por 8.
Exemplos:
1) 7000 é divisível por 8, pois termina em 000.
2) 56104 é divisível por 8, pois 104 é divisível por 8.
3) 61112 é divisível por 8, pois 112 é divisível por 8.
4) 78164 não é divisível por 8, pois 164 não é divisível por 8.
Divisibilidade por 9
Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos dos seus algarismos
for divisível por 9.
Exemplo:
2871 é divisível por 9, pois a soma de seus algarismos é igual a 2+8+7+1=18, e como 18 é
divisível por 9, então 2871 é divisível por 9.
Divisibilidade por 10
34
Um número natural é divisível por 10 quando ele termina em 0.
Exemplos:
1) 4150 é divisível por 10, pois termina em 0.
2) 2106 não é divisível por 10, pois não termina em 0.
Divisibilidade por 11
Um número é divisível por 11 quando a diferença entre as somas dos valores absolutos
dos algarismos de ordem ímpar e a dos de ordem par é divisível por 11.
O algarismo das unidades é de 1ª ordem, o das dezenas de 2ª ordem, o das centenas de
3ª ordem, e assim sucessivamente.
Exemplos:
1) 87549
Si (soma das ordens ímpares) = 9+5+8 = 22
Sp (soma das ordens pares) = 4+7 = 11
Si-Sp = 22-11 = 11
Como 11 é divisível por 11, então o número 87549 é divisível por 11.
2) 439087
Si (soma das ordens ímpares) = 7+0+3 = 10
Sp (soma das ordens pares) = 8+9+4 = 21
Si-Sp = 10-21
Como a subtração não pode ser realizada, acrescenta-se o menor múltiplo de 11
(diferente de zero) ao minuendo, para que a subtração possa ser realizada: 10+11 = 21. Então temos
a subtração 21-21 = 0.
Como zero é divisível por 11, o número 439087 é divisível por 11.
Divisibilidade por 12
Um número é divisível por 12 quando é divisível por 3 e por 4.
Exemplos:
1) 720 é divisível por 12, porque é divisível por 3 (soma=9) e por 4 (dois últimos algarismos,
20).
2) 870 não é divisível por 12 (é divisível por 3, mas não é divisível por 4).
3) 340 não é divisível por 12 (é divisível por 4, mas não é divisível por 3).
Divisibilidade por 15
Um número é divisível por 15 quando é divisível por 3 e por 5.
Exemplos:
1) 105 é divisível por 15, porque é divisível por 3 (soma=6) e por 5
(termina em 5).
2) 324 não é divisível por 15 (é divisível por 3, mas não é divisível por 5).
3) 530 não é divisível por 15 (é divisível por 5, mas não é divisível por 3).
Divisibilidade por 25
Um número é divisível por 25 quando os dois algarismos finais forem 00, 25, 50 ou 75.
Exemplos:
200, 525, 850 e 975 são divisíveis por 25.
NÚMEROS COMPOSTOS
NÚMEROS PRIMOS
São os números naturais que têm apenas dois divisores diferentes, o 1 e ele mesmo.
Exemplos:
1) 2 tem apenas os divisores 1 e 2, portanto 2 é um número primo.
2) 17 tem apenas os divisores 1 e 17, portanto 17 é um número primo.
3) 10 tem os divisores 1, 2, 5 e 10, portanto 10 não é um número primo.
35
Observações:
1 não é um número primo, porque ele tem apenas um divisor que é ele mesmo.
2 é o único número primo que é par.
Para saber se um número é primo, dividimos esse número pelos números primos 2, 3, 5,
7, 11, etc, até que tenhamos:
- Ou uma divisão com resto zero (e neste caso o número não é primo).
- Ou uma divisão com quociente menor que o divisor e o resto diferente de zero e neste
caso o número é primo.
1) O número 161
Não é par, portanto não é divisível por 2;
1+6+1 = 8, portanto não é divisível por 3;
Não termina em 0 nem em 5, portanto não é divisível por 5;
Por 7: 161 / 7 = 23, com resto zero, logo 161 é divisível por 7, e portanto não é um
número primo.
2) O número 113:
não é par, portanto não é divisível por 2;
1+1+3 = 5, portanto não é divisível por 3;
não termina em 0 nem em 5, portanto não é divisível por 5;
por 7: 113 / 7 = 16, com resto 1. O quociente (16) ainda é maior que o divisor (7).
por 11: 113 / 11 = 10, com resto 3. O quociente (10) é menor que o divisor (11), e além
disso o resto é diferente de zero (o resto vale 3), portanto 113 é um número primo.
M.M.C.
Todo número natural, maior que 1, pode ser decomposto em um produto de dois ou mais
fatores.
Decomposição do número 24 em um produto:
24 = 4 x 6
24 = 2 x 2 x 6
24 = 2 x 2 x 2 x 3 = 23 x 3
No produto 2 x 2 x 2 x 3, todos os fatores são primos.
Chamamos de fatoração de 24 a decomposição de 24 em um produto de fatores primos.
Então a fatoração de 24 é 23 x 3.
36
Então 630 = 2 x 3 x 3 x 5 x 7.
630 = 2 x 32 x 5 x 7.
Cálculo do M.M.C.
37
Propriedade do M.M.C.
Entre os números 3, 6 e 30, o número 30 é múltiplo dos outros dois. Neste caso, 30 é o
m.m.c.(3,6,30). Observe:
m.m.c.(3,6,30) = 2 x 3 x 5 = 30
Dados dois ou mais números, se um deles é múltiplo de todos os outros, então ele é o
m.m.c. dos números dados.
Considere os números 4 e 15, que são primos entre si. O m.m.c.(4,15) é igual a 60, que é
o produto de 4 por 15. Observe:
m.m.c.(4,15) = 2 x 2 x 3 x 5 = 60
M.D.C.
Divisores de um número
38
Portanto os divisores de 90 são 1, 2, 3, 5, 6, 9, 10, 15, 18, 30, 45, 90
Dois números naturais sempre têm divisores comuns. Por exemplo: os divisores comuns
de 12 e 18 são 1,2,3 e 6. Dentre eles, 6 é o maior. Então chamamos o 6 de máximo divisor comum
de 12 e 18 e indicamos m.d.c.(12,18) = 6.
O maior divisor comum de dois ou mais números é chamado de máximo divisor
comum desses números. Usamos a abreviação m.d.c.
Alguns exemplos:
mdc (6,12) = 6
mdc (12,20) = 4
mdc (20,24) = 4
mdc (12,20,24) = 4
mdc (6,12,15) = 3
39
Exemplos:
Os números 35 e 24 são números primos entre si, pois mdc (35,24) = 1.
Os números 35 e 21 não são números primos entre si, pois mdc (35,21) = 7.
Propriedade do M.D.C.
Dentre os números 6, 18 e 30, o número 6 é divisor dos outros dois. Neste caso, 6 é o
m.d.c.(6,18,30). Observe:
6 = 2 x 3
18 = 2 x 32
30 = 2 x 3 x 5
Portanto m.d.c.(6,18,30) = 6
Dados dois ou mais números, se um deles é divisor de todos os outros, então ele é o
m.d.c. dos números dados.
POTENCIAÇÃO
Seja a multiplicação 2 . 2 . 2 . 2, onde todos os fatores são iguais. Podemos indicar este
produto de modo abreviado:
2 . 2 . 2 . 2 = 24 = 16
Denominamos:
Exemplos:
Exemplos:
40
3 - Toda potência da base 1 é igual a 1.
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Assim:
Assim:
41
Tomando por base o exemplo acima, podemos concluir que:
Para dividir potências de mesma base, não-nula, devemos conservar a base e subtrair os
expoentes.
Genericamente:
3 – Potência da potência
Assim:
Considere a expressão
.
Observe que:
RADICIAÇÃO
Já sabemos que 6² = 36. Aprenderemos agora a operação que nos permite determinar
qual o número que elevado ao quadrado equivale a 36.
42
, pois 6 elevado ao quadrado é 36.
Essa operaçao é a inversa da potenciação e denomina-se radiciação.
Outros exemplos:
, pois 2³ = 8.
, pois .
Sendo assim:
Notaçao
Leitura
(lê-se “raiz quadrada de 81”)
(lê-se “raiz cúbica de 64”)
Genericamente:
Qualquer raiz de índice par de um número positivo é o número positivo que elevado ao
expoente correspondente a esse indíce equivale ao número dado.
Observaçao:
Não existe raiz real de um número negativo se o índice for par.
Exemplo:
nao existe, pois nao há nenhum número real que elevado ao quadrado dê - 4.
43
POTÊNCIA COM EXPOENTE FRACIONÁRIO
Se a é um número real positivo, m é um número inteiro e n é um número natural não-nulo,
temos que:
Exemplos
RADICIAÇÃO - PROPRIEDADES
1 – Qualquer raiz de zero sempre será zero.
Justificativa:
Exemplo:
Justificativa:
Exemplo:
Exemplo:
Justificativa:
Exemplo:
Justificativa
44
Exemplo:
3 - Mudança de índice
Justificativa:
Exemplo:
RADICIAÇÃO – SIMPLIFICAÇÃO
Radicais semelhantes são aqueles que têm o mesmo índice e o mesmo radicando.
Exemplos:
45
RADICIAÇÃO – OPERAÇÕES – MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO
Para elevar um radical a uma certa potência, devemos conservar o índice e elevar o
radicando à potência indicada.
Outros exemplos:
Para obter a raiz de uma raiz, devemos conservar o radicando e multiplicar os índices.
Outros exemplos:
RADICIAÇÃO – OPERAÇÕES
RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES
Exemplo:
46
O denominador é um número irracional.
Vamos agora multiplicar o numerador e o denominador desta fração por
, obtendo uma fração equivalente:
Com um denominador racional.
A raiz quadrada do número 196 corresponde ao número 14. Caso queira tirar a prova real,
basta multiplicar o número por ele mesmo, 14 * 14 = 196.
Vamos continuar determinando a raiz quadrada do número 2704, utilizando a fatoração:
Esse processo deve ser muito utilizado e treinado, pois alguns alunos recorrem à
calculadora a fim de agilizar os cálculos, mas essa atitude é considerada perigosa, já que muitos
concursos e vestibulares adotam, em suas questões, cálculos envolvendo raízes de números, e
nessas avaliações o uso de calculadoras não é permitido
Quando não temos um quadrado perfeito, o resultado da raiz quadrada não é um número
inteiro, mas sim decimal. Para descobrirmos o valor, é preciso projetar entre quais quadrados perfeitos
o número se encontra. Veja o exemplo:
Vamos calcular a raiz quadrada de v54. Podemos perceber que os quadrados perfeitos
mais próximos são v49 e v64. Logo, v54 está entre 7 e 8. Para descobrir o valor aproximado, você
deve adicionar uma casa decimal na multiplicação, por exemplo:
7,1 * 7,1 = 50,41
7,2 * 7,2 = 51,84
7,3 * 7,3 = 53,29
7,4 * 7,4 = 54,76
O correto é escolher a casa decimal cujo valor é anterior ao número da raiz quadrada. No
caso acima, podemos aproximar o valor de v54 para 7,3; visto que 7,4 ultrapassa o número 54.
Veja outro exemplo:
Vamos calcular a raiz quadrada de v218. Os quadrados perfeitos mais próximos são v196
e v225. Logo, o valor da raiz quadrada de v218 está entre 14 e 15. Vamos para as tentativas:
14,1 * 14,1 = 198,81
14,2 * 14,2 = 201,64
14,3 * 14,3 = 204,49
14,4 * 14,4 = 207,36
14,5 * 14,5 = 210,25
14,6 * 14,6 = 213,16
14,7 * 14,7 = 216,09
14,8 * 14,8 = 219,04
48
Nesse caso, você pode colocar a raiz como 14,7. Porém, ela não dá um valor tão próximo.
Assim, você pode adicionar uma casa decimal, veja:
14,71 * 14,71 = 216,38
14,72 * 14, 72 = 216,67
14,73 * 14,73 = 216,97
14,74 * 14,74 = 217,26
14,75 * 14,75 = 217,56
14,76 * 14,76 = 217,85
14,77 * 14,77 = 218,15
Portanto, o melhor valor para a raiz quadrada de v218 é 14,76.
O número mais indicado de aproximação vai depender bastante do exercício. Alguns
podem pedir uma casa decimal, outros acima de duas. É possível até que o enunciado dê esses
valores em alguns casos. O importante é que você saiba calcular.
3 - Por agrupamento
Esse método serve também para calcular raiz quadra não extra.
Em primeiro lugar vamos agrupar os números da direita para esquerda de dois em dois, o
último número pode ficar sozinho não há problema.
Começamos o cálculo pelo o número que ficou na esquerda.
Procurando a raiz quadrada desse número, o mais próximo possível.
Vejamos os exemplos abaixo.
No exemplo a o 3 não tem raiz quadrada exata.
O número mais próximo de 3 que elevado ao quadrado é 1.
a) Qual a raiz quadrada de 3045025?
EXPRESSÕES MATEMÁTICAS
1 - EXPRESSÃO NUMÉRICA
Remete a números.
É qualquer número ou série de números bem formulados em uma teoria particular.
2 - EXPRESSÃO ALGÉBRICA
A expressão algébrica quer dizer uma mistura de números e letras. Por exemplo, se você
compra 1 caneta, 2 lápis e 1 borracha pode ser representado da seguinte maneira: { 1y+2x+1r.}
4 - POLINÔMIOS
É a soma de vários fatores (=multiplicação) que estão indicados mediante números e
letras, p. exemplo: 4x² + 2x - y.
Nomenclatura:
1 - Monômios: um só termo.
2 - Binômios: dois termos.
3 - Trinômios: três termos.
4 – Quatro ou mais: não recebem denominação.
Polinômio Nulo:
E o polinômio formado por monômios nulos.
Exemplo: 0x²+0mn+0.
Sequencia, como deve ser organizado:
Por convenção, os termos 'de maior potência' à esquerda. Ou seja, a ordem dos
polinômios deve seguir decrescentemente aos expoentes da parte literal.
Resumo: Polinômio - é toda expressão algébrica que representa um monômio ou uma
soma algébrica de monômios.
Exemplo Geral
O número "8" é uma expressão. E ainda um monômio, porque contém um termo só.
Os números 3,5 e 8 associados da seguinte forma: 8 + 5 - 3 é também uma expressão. E
ainda um polinômio, pois contém mais de um termo.
5- PRODUTOS NOTÁVEIS
50
Soma de dois termos = a + b;
Logo, o quadrado da soma de dois termos é: (a + b)2
Efetuando o produto do quadrado da soma, obtemos:
(a + b)2 = (a + b) . (a + b) =
= a2 + a . b + a . b + b2 =
= a2 + 2 . a . b + b2
Toda essa expressão, ao ser reduzida, forma o produto notável, que é dado por:
(a + b)2 = a2 + 2 . a . b + b2
o quadrado da soma de dois termos é igual ao quadrado do primeiro termo, mais
duas vezes o primeiro termo pelo segundo, mais o quadrado do segundo termo.
Exemplos:
(2 + a)2 =
= 22 + 2 . 2 . a + a2 =
= 4 + 4 . a + a2
(3x + y)2 =
= (3 x)2 + 2 . 3x . y + y2 =
= 9x2 +6 . x . y + y2
51
4Cubo da soma de dois termos
Cubo = expoente 3;
Soma de dois termos = a + b;
Logo, o cubo da soma de dois termos é: (a + b)3
Efetuando o produto por meio da propriedade distributiva, obtemos:
(a + b)3 = (a + b) . (a + b) . (a + b) =
= (a2 + a . b + a . b + b2) . (a + b) =
= ( a2 + 2 . a . b + b2 ) . ( a + b ) =
= a3 +2. a2 . b + a . b2 + a2 . b + 2 . a . b2 + b3 =
= a3 +3 . a2 . b + 3. a . b2 + b3
Reduzindo a expressão, obtemos o produto notável:
(a + b)3 = a3 + 3 . a2 . b + 3 . a . b2 + b3
É dado pelo cubo do primeiro, mais três vezes o primeiro termo ao quadrado pelo
segundo termo, mais três vezes o primeiro termo pelo segundo ao quadrado, mais o cubo do
segundo termo.
Exemplos
(3c + 2a)3 =
= (3c)3 + 3 . (3c)2 .2a + 3 . 3c . (2a)2 + (2a)3 =
= 27c3 + 54 . c2 . a + 36 . c . a2 + 8a3
5 Cubo da diferença de dois termos
Cubo = expoente 3;
Diferença de dois termos = a – b;
Logo, o cubo da diferença de dois termos é: ( a - b )3.
Efetuando os produtos, obtemos:
(a - b)3 = (a - b) . (a - b) . (a - b) =
= (a2 - a . b - a . b + b2) . (a - b) =
= (a2 - 2 . a . b + b2) . (a - b) =
= a3 - 2. a2 . b + a . b2 - a2 . b + 2 . a . b2 - b3 =
a3 - 3 . a2 . b + 3. a . b2 - b3
Reduzindo a expressão, obtemos o produto notável:
(a - b)3 = a3 - 3 . a2 . b + 3 . a . b2 - b3
É dado pelo cubo do primeiro, menos três vezes o primeiro termo ao quadrado pelo
segundo termo, mais três vezes o primeiro termo pelo segundo ao quadrado, menos o cubo do
segundo termo.
Exemplo:
(x - 2y)3 =
= x3 - 3 . x2 . 2y + 3 . x . (2y)2 – (2y)3 =
x3 - 6 . x2 . y + 12 . x . y2 – 8y3
52
EQUAÇÃO – NA ARITMÉTICA
Não sendo citado o conjunto universo, devemos considerar como conjunto universo o
conjunto dos números racionais.
O conjunto verdade é também conhecido por conjunto solução e pode ser indicado por S
.
MMC (4, 6) = 12
Como , então .
, então
EQUAÇÕES POSSÍVEIS
54
EQUAÇÕES IMPOSSÍVEIS
Quando nenhum valor da incógnita gera o conjunto verdade. Portanto, não tem solução.
Logo, V = Ø.
Considere a seguinte equação: 2.(6x - 4) = 3.(4x - 1). Sendo .
Resolução:
2 . 6x - 2 . 4 = 3 . 4x - 3 . 1
12x - 8 = 12x - 3
12x - 12x = - 3 + 8
0 . x = 5
Como nenhum número multiplicado por zero é igual a 5, dizemos que a equação
é impossível.
EQUAÇÕES IDENTIDADE
Equação do 1º grau na incógnita x é toda equação que pode ser escrita na forma ax=b,
sendo a e b números racionais, com a diferente de zero.
55
Trata-se de uma equação com duas variáveis, x e y, que pode ser transformada numa
equação equivalente mais simples. Observe:
2x + 3y = 5 + 6
2x + 3y = 11 ==> Equação do 1º grau na forma ax + by = c.
O par ordenado (20, 5), que torna ambas as sentenças verdadeiras, é chamado solução
do sistema. Um sistema de duas equações com duas variáveis possui uma única solução. A seguir,
aprenderemos como solucionar um sistema desse tipo.
Consiste em determinar um par ordenado que torne verdadeiras, ao mesmo tempo, essas
equações. Estudaremos a seguir alguns métodos:
Método de substituição
Solução:
determinamos o valor de x na 1ª equação.
x = 4 - y
Substituímos esse valor na 2ª equação.
2 . (4 - y) -3y = 3
Resolvemos a equação formada.
8 - 2y -3y = 3
-5y = -5 => Multiplicamos por -1
5y = 5
y = 1
Substituímos o valor encontrado de y, em qualquer das equações, determinando x.
x + y = 4
x + 1 = 4
x = 4 - 1
x = 3
A solução do sistema é o par ordenado (3, 1).
V = {(3, 1)}
Método da adição
Solução:
Adicionamos membro a membro as equações:
2x = 16
57
x = 8
Substituímos o valor encontrado de x, em qualquer das equações, determinando y:
x + y = 10
8 + y = 10
y = 10 – 8
y = 2
A solução do sistema é o par ordenado (8, 2).
V = {(8, 2)}
58
Raiz é o número real que, ao substituir a incógnita de uma equação, transforma-a
numa sentença verdadeira.
Exemplo 2:
Determine p sabendo que 2 é raiz da equação (2p - 1) x² - 2px - 2 = 0.
Solução:
Substituindo a incógnita x por 2, determinamos o valor de p.
2ª Propriedade:
1º Caso: equação do tipo .
Exemplo:
Para o produto ser igual a zero, basta que um dos fatores também o seja. Assim:
2º Caso: equação do tipo
Exemplos:
Determine as raízes da equação , sendo U = IR.
Solução:
4º passo: fatorar o 1º elemento.
60
6º passo: passar b para o 2º membro.
Podemos representar as duas raízes reais por x' e x", assim:
Exemplos:
Resolução da equação: .
Temos
DISCRIMINANTE
61
Podemos agora escrever deste modo a fórmula de Bhaskara:
Exemplo:
Para quais valores de k a equação x² - 2x + k- 2 = 0 admite raízes reais e desiguais?
Solução
Para que a equação admita raízes reais e desiguais, devemos ter
Logo, os valores de k devem ser menores que 3.
Exemplo:
Determine o valor de p, para que a equação x² - (p - 1) x + p-2 = 0 possua raízes iguais.
Solução:
Para que a equação admita raízes iguais, é necessário que .Logo, o valor de p é 3.
62
O valor de não existe em IR, não existindo portanto raízes reais. As raízes da equação
são número complexos.
Exemplo:
Para quais valores de m a equação 3x² + 6x +m = 0 não admite nenhuma raiz real?
Solução:
Para que a equação não tenha raiz real, devemos ter
Resumindo
Dada a equação ax² + bx + c = 0, temos:
Para , a equação tem duas raízes reais diferentes.
Para , a equação tem duas raízes reais iguais.
Para , a equação não tem raízes reais.
x= Logo, temos:
As equações literais completas podem ser também resolvidas pela fórmula de Bhaskara.
Acompanhe o exemplo:
Resolva a equação: x2 - 2abx - 3a2b2, sendo x a variável.
Solução:
Temos a=1, b = -2ab e c=-3a2b2
Portanto:
Considere a equação ax2 + bx + c = 0, com a 0 e sejam x' e x'' as raízes reais dessa
equação.
64
Logo:
Como ,temos:
65
EQUAÇÕES DO 2º GRAU
COMPOSIÇÃO DE UMA EQUAÇÃO DO 2º GRAU
CONHECIDAS AS RAÍZES
x2 - Sx + P = 0
Exemplo 1
Solução:
S= x1 + x2 = -2 + 7 = 5
Solução:
Se uma equação do 2º grau, de coeficientes racionais, tem uma raiz , a outra raiz
será .
Assim:
66
Logo, x2 - 2x - 2 = 0 é a equação procurada.
EQUAÇÕES DO 2º GRAU
ORIGINADAS DE EQUAÇÕES BIQUADRADAS
67
ax4 + bx2 + c = 0
Exemplos:
x4 - 13x2 + 36 = 0
9x4 - 13x2 + 4 = 0
x4 - 5x2 + 6 = 0
x4 - 5x2 + 4 = 0
x4 - 8x2 = 0
3x4 - 27 = 0
Cuidado!
As equações abaixo não são biquadradas, pois em uma equação biquadrada a variável x
só possui expoentes pares.
x4 - 2x3 + x2 + 1 = 0
6x4 + 2x3 - 2x = 0
x4 - 3x = 0
EQUAÇÕES DO 2º GRAU
ORIGINADAS DE EQUAÇÕES BIQUADRADAS
RESOLUÇÃO DE UMA EQUAÇÃO BIQUADRADA
Exemplos:
Assim:
y2 - 3y = -2
y2 - 3y + 2 = 0
y'=1 e y''=2
Substituindo y, determinamos:
Esse tipo de equação pode ser resolvida da mesma forma que a biquadrada. Para isso,
substituimos xn por y, obtendo:
ay2 + by + c = 0, que é uma equação do 2º grau.
Exemplo:
Resolva a equação x6 + 117x3 - 1.000 = 0.
Solução:
Fazendo x3=y, temos:
y2 + 117y - 1.000 = 0
Resolvendo a equação, obtemos:
y'= 8 e y''= - 125
Então:
Logo, V= {-5, 2 }.
EQUAÇÕES DO 2º GRAU
ORIGINADAS DE EQUAÇÕES BIQUADRADAS
COMPOSIÇÃO DE UMA EQUAÇÃO BIQUADRADA
Toda equação biquadrada de raízes reais x1, x2, x3 e x4 pode ser composta pela fórmula:
69
(x -x1) . (x - x2) . (x - x3) . (x - x4) = 0
Exemplo:
Compor a equação biquadrada cujas raízes são:
Solução:
a) (x - 0) (x - 0) (x + 7) (x - 7) = 0 b) (x + a) (x - a) (x + b) (x - b) = 0
x2(x2 -49)=0 (x2-a2) (x2-b2) = 0
x4 - 49x2 = 0 x4 - (a2 + b2) x2 + a2b2 = 0
Do exposto, podemos estabelecer as seguintes propriedades:
1ª propriedade: a soma das raízes reais da equação biquadrada é nula.
- .
3ª propriedade: o produto das raízes reais e não-nulas da equação biq. é igual a:
EQUAÇÕES DO 2º GRAU
EQUAÇÕES IRRACIONAIS
70
Resolução de uma equação irracional
Solução:
Logo, V= {58}.
Solução:
Logo, V= { -3}; note que 2 é uma raiz estranha a essa equação irracional.
Solução:
Solução:
71
Logo, V={9}; note que é uma raiz estranha a essa equação irracional.
EQUAÇÕES DO 2º GRAU
SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO 2º GRAU
Isolando y na primeira equação:
y - 3x = -1 y = 3x - 1
Substituindo na segunda:
x2 - 2x(3x - 1) = -3
x2 - 6x2 + 2x = -3
-5x2 + 2x + 3 = 0
Multiplicando ambos os membros por -1.
5x2 - 2x - 3 = 0
EQUAÇÕES DO 2º GRAU
PROBLEMAS DO 2º GRAU
Sequência prática:
1 - Estabeleça a equação ou sistema de equações que traduzem o problema para a
linguagem matemática.
2 - Resolva a equação ou o sistema de equações.
3 - Interprete as raízes encontradas, verificando se são compatíveis com os dados do
problema.
.
Solução:
Representamos um número por x, e por x + 1 o seu consecutivo. Os seus inversos serão
representados por
.
Temos então a equação:
.
73
Resolvendo-a:
Observe que a raiz xll -7 dividido por 13 não é utilizada, pois não se trata de número
inteiro.
Resposta: Os números pedidos são, portanto, 6 e o seu consecutivo 7.
Um número de dois algarismos é tal que, trocando-se a ordem dos seus algarismos,
obtém-se um número que o excede de 27 unidades. Determine esse número, sabendo-se que o
produto dos valores absolutos dos algarismos é 18.
Solução:
Representamos um número por 10x + y, e o número com a ordem dos algarismos trocada
por 10y + x.
Observe:
Número: 10x + y
EQUAÇÕES DO 2º GRAU
OUTROS PROBLEMAS DO 2º GRAU
Duas torneiras enchem um tanque em 6 horas. Sozinha, uma delas gasta 5 horas mais
que a outra. Determine o tempo que uma delas leva para encher esse tanque isoladamente.
Solução:
Consideremos x o tempo gasto para a 1ª torneira encher o tanque e x+5 o tempo gasto
para a 2ª torneira encher o tanque.
Em uma hora, cada torneira enche a seguinte fração do tanque:
Em uma hora, as duas torneiras juntas encherão do tanque; observe a equação
correspondente:
Resolvendo-a, temos:
6( x + 5 ) + 6x = x ( x + 5 )
6x + 30 + 6x = x2 + 5x
x2 - 7x - 30 = 0
x'= - 3 e x''=10
Como a raiz negativa não é utilizada, teremos como solução x= 10.
Resposta: A 1ª torneira enche o tanque em 10 horas e a 2ª torneira, em 15 horas.
Resolvendo-a:
INEQUAÇÕES
75
As inequações são expressões algébricas que possuem uma desigualdade.
Diferentemente das equações, que possuem uma igualdade.
INEQUAÇÃO – NA ARITMÉTICA
É uma desigualdade (maior, menor, maior ou igual, menor ou igual) entre duas sentenças
matemáticas fechadas.
Diferente
> Maior que
< Menor que
Maior ou igual
Menor ou igual
10 9
Exemplo: (12+3) – 2. (20-15) + 32 – 10/10 + - √49 > – 10 + 9 - -7
10 9
INEQUAÇÃO – NA ÁLGEBRA
Com a e b reais .
Exemplos:
76
Observe que, ao operar somente a subtração presente no primeiro membro e ignorarmos
essa segunda inequação, fica parecendo que o número 20 trocou de membro e de sinal. Portanto, ao
trocar termos de membro e de sinal, o sentido da desigualdade não muda.
Continuando a resolução:
12x > 10x + 20
12x – 10x > 10x + 20 – 10x
2x > 20
INEQUAÇÃO PRODUTO
77
Para a função g(x)= 2x–3, teremos as seguintes situações:
Temos três funções, iremos encontrar o conjunto solução de cada uma e depois fazer a
intersecção entre eles.
Para a função f(x)=x, teremos as seguintes situações:
Para a função h(x)= –3x+9, teremos:
Esboçando as soluções teremos:
78
Veja que os últimos sinais analisados são obtidos operando os sinais de todas as funções
que compõem a inequação-produto. Note que para os valores menores que zero, a expressão será
positiva, pois:
Com isso, a solução dessa inequação é dada da seguinte maneira:
Determinando os valores que satisfazem a inequação produto
INEQUAÇÃO DO 1º GRAU
Por fim, divida os dois membros pelo valor que está acompanhando a incógnita x:
Com isso, obtemos os valores que satisfazem a inequação inicial, que consiste no nosso
conjunto solução da inequação 3(x+1) – 3 ≤ x+4.
INEQUAÇÃO DO 2º GRAU
Para resolver uma inequação do 2° grau, devemos aplicar o método do estudo da variação
do sinal de uma função do segundo grau.
Exemplo 1: x² + x – 2 ≥ 0
Utilizaremos a fórmula de Bhaskara para resolver a função quadrática y = x² + x – 2:
Δ = b² – 4.a.c
Δ = 1² – 4.1.(– 2)
Δ=1+8
79
Δ=9
x = – 1 ± √9
2.1
x = – 1 ± 3
2
Podemos ter dois resultados:
x1 = – 1 + 3 = 2 = 1
2 2
x2 = – 1 – 3 = – 4 = – 2
2 2
Analisando o sinal de y, podemos concluir que o gráfico possui concavidade para
cima, pois a = 1 > 0. Podemos ainda afirmar que, como Δ = 9 > 0, a função tem duas raízes (1 e – 2).
Observe a seguir a variação do sinal para y:
x = – (– 1) ± √1
2.(– 1)
x = 1 ± 1
–2
Podemos ter dois resultados:
x1 = 1 + 1 = 2 = – 1
– 2 – 2
x2 = 1 – 1 = 0 = 0
– 2 – 2
O gráfico dessa função possui concavidade para baixo, pois a = – 1 < 0. Como Δ = 1 >
0, temos duas raízes para essa função (0 e – 1). A variação do sinal ocorre da seguinte forma:
PRODUTO CARTESIANO
80
PARES ORDENADOS
Muitas vezes, para localizar um ponto em um plano, utilizamos dois números racionais, em
uma certa ordem. Denominamos esses números de par ordenado. Exemplos:
Assim:
Indicamos por (x, y) o par ordenado formado pelos elementos x e y, onde x é o 1º
elemento e y é o 2º elemento.
Observações:
1) De um modo geral, sendo x e y dois números racionais quaisquer, temos:
. Exemplos:
2) Dois pares ordenados (x, y) e (r, s) são iguais somente se x = r e y = s.
LOCALIZAÇÃO DE UM PONTO
NO PLANO CARTESIANO
PRODUTO CARTESIANO
Assim, obtemos o conjunto: {(1, 3), (1, 4), (2, 3), (2, 4), (3, 3), (3, 4)}
Esse conjunto é denominado produto cartesiano de A por B, sendo indicado por:
Logo:
Dados dois conjuntos A e B, não-vazios, denominamos produto cartesiano A x B o
Sabemos que uma equação do 1º grau com duas variáveis possui infinitas soluções. Cada
uma dessas soluções pode ser representada por um par ordenado (x, y).
Dispondo de dois pares ordenados de um equação, podemos representá-los graficamente
em um plano cartesiano, determinando, através da reta que os une, o conjunto das soluções dessa
equação. Exemplo:
Construir um gráfico da equação x + y = 4.
Inicialmente, escolhemos dois pares ordenados que solucionam essa equação.
1º par: A (4, 0)
2º par: B (0, 4)
A seguir, representamos esses pontos em um plano cartesiano.
82
Finalmente, unimos os pontos A e B, determinando a reta r, que contém todos os pontos
soluções da equação.
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE
UMA INEQUAÇÃO DO 1º GRAU COM
DUAS VARIÁVEIS
Método prático
Substituímos a desigualdade por uma igualdade.
Traçamos a reta no plano cartesiano.
Escolhemos um ponto auxiliar, de preferência o ponto (0, 0), e verificamos se o mesmo
satisfaz ou não a desigualdade inicial.
Em caso positivo, a solução da inequação corresponde ao semiplano ao qual pertence o
ponto auxiliar.
Em caso negativo, a solução da inequação corresponde ao semiplano oposto aquele ao
qual pertence o ponto auxiliar. Exemplo:
Vamos representar graficamente a inequação
Tabela:
x y (x, y)
0 4 (0, 4)
2 0 (2, 0)
Gráfico:
83
Substituindo o ponto auxiliar (0, 0) na inequação, verificamos:
RESOLUÇÃO GRÁFICA DE UM
SISTEMA DE INEQU. DO 1º GRAU
Solução:
Traçando as retas -x + y = 4 e 3x + 2y = 6.
Tabela -x+y=4
x y (x, y)
0 4 (0, 4)
-4 0 (-4, 0)
Tabela 3x+2y=6
x y (x, y)
0 3 (0, 3)
1 3/2 (1, 3/2)
84
Gráfico:
MATEMÁTICA FINANCEIRA
TABELAS
Números
Cardinais Ordinais
(árabes)
1 um primeiro
2 dois segundo
3 três terceiro
4 quatro quarto
5 cinco quinto
6 seis sexto
7 sete sétimo
8 oito oitavo
9 nove nono
10 dez décimo
11 onze décimo primeiro
12 doze décimo segundo
13 treze décimo terceiro
14 catorze décimo quarto
15 quinze décimo quinto
16 dezesseis décimo sexto
17 dezessete décimo sétimo
18 dezoito décimo oitavo
19 dezenove décimo nono
20 vinte vigésimo
21 vinte e um vigésimo primeiro
30 trinta trigésimo
40 quarenta quadragésimo
50 cinquenta quinquagésimo
60 sessenta sexagésimo
70 setenta septuagésimo
80 oitenta octogésimo
90 noventa nonagésimo
100 cem centésimo
200 duzentos ducentésimo
300 trezentos tricentésimo
400 quatrocentos quadrigentésimo
500 quinhentos quingentésimo
600 seiscentos seiscentésimo
700 setecentos septigentésimo
800 oitocentos octigentésimo
900 novecentos nongentésimo
1000 mil milésimo
10 000 dez mil dez milésimos
100 000 cem mil cem milésimos
1 000 000 um milhão milionésimo
GRANDEZAS PROPORCIONAIS
86
O que é grandeza?
Entendemos por grandeza tudo aquilo que pode ser medido, contado. As grandezas podem ter
suas medidas aumentadas ou diminuídas.
Alguns exemplos de grandeza são: o volume, a massa, a superfície, o comprimento, a
capacidade, a velocidade, o tempo, o custo e a produção.
É comum ao nosso dia a dia situações em que relacionamos duas ou mais grandezas. Por
exemplo:
Em uma corrida de "quilômetros contra o relógio", quanto maior for a velocidade, menor será o
tempo gasto nessa prova. Aqui as grandezas são a velocidade e o tempo.
Em um forno utilizado para a produção de ferro fundido comum, quanto maior for o tempo de
uso, maior será a produção de ferro. Nesse caso, as grandezas são o tempo e a produção.
Um forno tem sua produção de ferro fundido de acordo com a tabela abaixo:
Observe que uma grandeza varia de acordo com a outra. Essas grandezas são variáveis
dependentes. Observe que:
Quando duplicamos o tempo, a produção também duplica.
5 min --> 100Kg
10 min --> 200Kg
Quando triplicamos o tempo, a produção também triplica.
5 min --> 100Kg
15 min --> 300Kg
Assim:
Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente proporcionais quando a razão entre os
valores da 1ª grandeza é igual a razão entre os valores correspondentes da 2ª
Verifique na tabela que a razão entre dois valores de uma grandeza é igual a razão entre os
dois valores correspondentes da outra grandeza.
Um ciclista faz um treino para a prova de "1000 metros contra o relógio", mantendo em cada
volta uma velocidade constante, obtendo assim um tempo correspondente, conforme a tabela abaixo:
87
16 62,5
20 50
Observe que uma grandeza varia de acordo com a outra. Essas grandezas são variáveis
dependentes. Observe que:
Quando duplicamos a velocidade, o tempo fica reduzido à metade.
5 m/s --> 200s
10 m/s --> 100s
Quando quadriplicamos a velocidade, o tempo fica reduzido à quarta parte.
5 m/s --> 200s
20 m/s --> 50s
Assim:
Duas grandezas variáveis dependentes são inversamente proporcionais quando a razão entre
os valores da 1ª grandeza é igual ao inverso da razão entre os valores correspondentes da 2ª.
Verifique na tabela que a razão entre dois valores de uma grandeza é igual ao inverso da
razão entre os dois valores correspondentes da outra grandeza.
RAZÕES
Podemos afirmar também que o kart tem a metade do comprimento do carro de corrida.
A comparação entre dois números racionais, através de uma divisão, chama-se razão.
A razão pode também ser representada por 1:2 e significa que cada metro do kart
corresponde a 2m do carro de corrida.
Denominamos de razão entre dois números a e b (b diferente de zero)
o quociente ou a:b.
A palavra razão, vem do latim ratio, e significa "divisão". Como no exemplo anterior, são
diversas as situações em que utilizamos o conceito de razão. Exemplos:
Dos 1200 inscritos num concurso, passaram 240 candidatos.
Razão dos candidatos aprovados nesse concurso:
88
(de cada 5 candidatos inscritos, 1 foi aprovado).
Para cada 100 convidados, 75 eram mulheres.
Razão entre o número de mulheres e o número de convidados:
Observações:
1) A razão entre dois números racionais pode ser apresentada de três formas. Exemplo:
Observe a razão:
3:5 =
Leitura da razão: 3 está para 5 ou 3 para 5.
Razões inversas
89
Considere as razões .
O inverso de
Razões equivalentes
O conceito é o seguinte:
Denomina-se razão entre grandezas de mesma espécie o quociente entre os números que
expressam as medidas dessas grandezas numa mesma unidade.
Exemplos:
1) Calcular a razão entre a altura de duas crianças, sabendo que a primeira possui uma altura
h1= 1,20m e a segunda possui uma altura h2= 1,50m. A razão entre as alturas h1 e h2 é dada por:
90
2) Determinar a razão entre as áreas das superfícies das quadras de vôlei e basquete,
sabendo que a quadra de vôlei possui uma área de 162m2 e a de basquete possui uma área de
240m2.
O conceito é o seguinte:
Para determinar a razão entre duas grandezas de espécies diferentes, determina-se o
quociente entre as medidas dessas grandezas. Essa razão deve ser acompanhada da notação que
relaciona as grandezas envolvidas.
Exemplos:
1) Consumo médio:
Beatriz foi de São Paulo a Campinas (92Km) no seu carro. Foram gastos nesse percurso 8
litros de combustível. Qual a razão entre a distância e o combustível consumido? O que significa essa
razão?
Solução:
Razão =
Razão =
Razão = 90 km/h (lê-se "90 quilômetros por hora")
Essa razão significa que a cada hora foram percorridos em média 90 km.
3) Densidade demográfica:
O estado do Ceará no último censo teve uma população avaliada em 6.701.924 habitantes.
Sua área é de 145.694 km2. Determine a razão entre o número de habitantes e a área desse estado.
O que significa essa razão?
Solução:
Razão =
Razão = 46 hab/km2 (lê-se "46 habitantes por quilômetro quadrado")
Essa razão significa que em cada quilômetro quadrado existem em média 46 habitantes.
4) Densidade absoluta ou massa específica:
Um cubo de ferro de 1cm de aresta tem massa igual a 7,8g. Determine a razão entre a massa
e o volume desse corpo. O que significa essa razão?
Solução:
Volume = 1cm . 1cm . 1cm = 1cm3
Razão =
91
Razão = 7,8 g/cm3 (lê-se "7,8 gramas por centímetro cúbico")
Essa razão significa que 1cm3 de ferro pesa 7,8g.
PROPORÇÕES
Exemplo: Rogerião e Claudinho passeiam com seus cachorros. Rogerião pesa 120kg, e seu
cão, 40kg. Claudinho, por sua vez, pesa 48kg, e seu cão, 16kg.
Observe a razão entre o peso dos dois rapazes:
Verificamos que as duas razões são iguais. Nesse caso, podemos afirmar que a
Dados quatro números racionais a, b, c, d, não-nulos, nessa ordem, dizemos que eles formam
uma proporção quando a razão do 1º para o 2º for igual à razão do 3º para o 4º.
Assim:
ou a:b=c:d
(lê-se "a está para b assim como c está para d")
Os números a, b, c e d são os termos da proporção, sendo:
b e c os meios da proporção.
a e d os extremos da proporção.
Exemplo:
92
Propriedade fundamental das proporções
Solução:
5 . x = 8 . 15 (aplicando a propriedade fundamental)
5 . x = 120
x = 24
Logo, o valor de x é 24.
Determine o valor de x na proporção:
Solução:
5 . (x-3) = 4 . (2x+1) (aplicando a propriedade fundamental)
5x - 15 = 8x + 4
5x - 8x = 4 + 15
-3x = 19
3x = -19
93
x =
Solução:
x = 56
Logo, o valor de x é 56.
Resolução de problemas envolvendo proporções
Exemplo:
Numa salina, de cada metro cúbico (m3) de água salgada, são retirados 40 dm3 de sal. Para
obtermos 2 m3 de sal, quantos metros cúbicos de água salgada são necessários?
Solução:
A quantidade de sal retirada é proporcional ao volume de água salgada. Indicamos por x a quantidade
de água salgada a ser determinada e armamos a proporção:
x = 50 m3
Logo, são necessários 50 m3 de água salgada.
Quarta proporcional
Exemplo:
94
Determine a quarta proporcional dos números 8, 12 e 6.
x = 9
Proporção contínua
Terceira proporcional
Dados dois números naturais a e b, não-nulos, denomina-se terceira proporcional desses
números o número x tal que:
Exemplo:
Determine a terceira proporcional dos números 20 e 10.
Solução:
Indicamos por x a terceira proporcional e armamos a proporção:
x=5
Logo, a terceira proporcional é 5.
Média geométrica ou média proporcional
95
Determine a média geométrica positiva entre 5 e 20.
Solução:
5 . 20 = b . b
100 = b2
b2 = 100
b =
b = 10
Logo, a média geométrica positiva é 10.
1ª propriedade
Em uma proporção, a soma dos dois primeiros termos está para o 2º (ou 1º) termo, assim
como a soma dos dois últimos está para o 4º (ou 3º).
Demonstração:
Considere as proporções:
e
Adicionando 1 a cada membro da primeira proporção, obtemos:
Exemplo:
Assim:
96
x+y = 84 => x = 84-y => x = 84-48 => x=36.
Logo, x=36 e y=48.
2ª propriedade
Em uma proporção, a diferença dos dois primeiros termos está para o 2º (ou 1º) termo, assim
como a diferença dos dois últimos está para o 4º (ou 3º).
Demonstração:
Considere as proporções:
e
Subtraindo 1 a cada membro da primeira proporção, obtemos:
Exemplo:
3ª propriedade:
Em uma proporção, a soma dos antecedentes está para a soma dos consequentes, assim
como cada antecedente está para o seu consequente.
97
Demonstração:
Considere a proporção:
4ª propriedade:
Em uma proporção, a diferença dos antecedentes está para a diferença dos consequentes,
assim como cada antecedente está para o seu consequente.
Demonstração:
Considere a proporção:
Exemplo:
98
5ª propriedade:
Em uma proporção, o produto dos antecedentes está para o produto dos consequentes, assim
como o quadrado de cada antecedente está para quadrado do seu consequente.
Demonstração:
Considere a proporção:
Assim:
Observação: a 5ª propriedade pode ser estendida para qualquer número de razões. Exemplo:
Proporção múltipla
99
Divisão Diretamente Proporcional
Ao somarmos as partes após a divisão temos que obter o número original correspondente a
396. Observe:
66 + 132 + 198 = 396
Veja mais um exemplo:
Devemos dividir entre João, Pedro e Lucas 46 chocolates de forma diretamente proporcional
às suas idades que são: 4, 7 e 12 anos, respectivamente.
100
Os candidatos receberão R$ 176.000,00, R$ 120.000,00 e R$ 96.000,00, de acordo com a
pontuação assinalada.
Depois de encontrado o valor da constante K, basta substituí-lo nas igualdades onde foi
utilizada e realizar as contas para identificar o valor de cada uma das partes.
Exemplos
Divida o número 248 em partes inversamente proporcionais a 3, 5, 7 e 9.
Conforme o explicado sabemos que:
p1 = K . 1/3
p2 = K . 1/5
p3 = K . 1/7
p4 = K . 1/9
p1 + p2 + p3 + p4 = 248
Para encontrarmos o valor da constante K devemos substituir o valor de p1, p2, p3 e p4 na
última igualdade:
Logo:
p1 = 315 . 1/3 = 105
p2 = 315 . 1/5 = 63
p3 = 315 . 1/7 = 45
p4 = 315 . 1/9 = 35
As partes procuradas são respectivamente 105, 63, 45 e 35.
Portanto:
p1 = 48 . 1/6 = 8
p2 = 48 . 1/4 = 12
101
p3 = 48 . 1/3 = 16
As parcelas procuradas são respectivamente 8, 12 e 16.
Depois de encontrado o valor da constante K, basta substituí-lo nas igualdades onde foi
utilizada e realizar as contas para identificar o valor de cada uma das partes.
Exemplos
Divida o número 1228 em partes diretamente proporcionais a 1, 2, 3 e 4 e inversamente
proporcionais a 5, 6, 7 e 8, respectivamente.
Conforme o explicado sabemos que:
p1 = K . 1/5
p2 = K . 2/6
p3 = K . 3/7
p4 = K . 4/8
p1 + p2 + p3 + p4 = 1228
Para encontrarmos o valor da constante K devemos substituir o valor de p1, p2, p3 e p4 na
última igualdade:
Logo:
p1 = 840 . 1/5 = 168
p2 = 840 . 2/6 = 280
p3 = 840 . 3/7 = 360
p4 = 840 . 4/8 = 420
As partes procuradas são respectivamente 168, 280, 360 e 420.
Portanto:
p1 = 540 . 2/5 = 216
p2 = 540 . 6/9 = 360
p3 = 540 . 3/4 = 405
As parcelas procuradas são respectivamente 216, 360 e 405.
102
Quando determinado valor sofre acréscimo ou diminuição por mais de uma vez consecutiva
podemos calcular a composição de porcentagem. Temos então que problemas relacionados
à composição de porcentagem são resolvidos por meio do produto do fator de multiplicação.
Esse fator é diferente para acréscimo ou decréscimo. No acréscimo, devemos somar 1 ao
valor referente à taxa de aumento; já no decréscimo, temos que subtrair 1 da taxa de desconto.
Resposta:
Devemos calcular o fator de multiplicação referente a 30% e 45%.
Taxa de aumento 30% = 30 = 0,3
100
Taxa de aumento 45% = 45 = 0,45
100
Fator de multiplicação para 30% = 1 + 0,3
Fator de multiplicação para 30% = 1,3
Fator de multiplicação para 45% = 1 + 0,45
Fator de multiplicação para 45% = 1,45
Cálculo da composição de porcentagem = 1,3 x 1,45 = 1,885
Para sabermos a taxa de aumento que está embutida no valor da composição de
porcentagem, faça:
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1,885 = 1 + 0,885 = 1 + taxa de aumento
Taxa de aumento = 0,885 x 100 = 88,5%
Segundo problema
Encontre a taxa de diminuição, por meio do cálculo da composição de porcentagem, de um
produto que sofreu aumento de 25%, seguido de diminuição de 50%.
Resposta:
Taxa de aumento = 25% = 25 = 0,25
100
Taxa de diminuição/desconto = 50% = 50 = 0,5
100
Fator de multiplicação para 25% = 1 + 0,25
Fator de multiplicação para 25% = 1,25
103
Fator de multiplicação para 50% = 1 - 0,5
Fator de multiplicação para 50% = 0,5
Cálculo da composição de porcentagem = 1,25 x 0,5 = 0,625
Para sabermos a taxa de diminuição que está no valor da composição de porcentagem, faça:
1 – 0,625 = 0,375, onde 0,375
Taxa de diminuição = 0,375 x 100 = 37,5%
Terceiro problema
Um produto sofre em janeiro uma inflação de 15% e em fevereiro, 20%. Qual a inflação total
nesses dois meses?
Resposta:
No início de janeiro o produto custava x reais. Já no início de fevereiro custava x reais mais
15% de x. Podemos montar uma equação com essas informações.
Primeira equação
Primeira taxa de aumento = 15% = 0,15
y = x + 0,15x
y = 1,15x
Devemos montar outra equação, iremos obtê-la pensando no custo desse produto no início de
março.
Segunda taxa de aumento = 20% = 0,2
z = y + 0,2y
z = 1,2y
Obtemos as seguintes equações:
y = 1,15x
z = 1,2y
Pelo método da substituição de equações, temos que:
z = 1,2y
z = 1,2 . 1,15 x
z = 1,38x
Temos que 1,38 é o fator de multiplicação.Como a inflação é uma taxa de aumento/inflação,
para obtê-la faça:
1,38 = 1 + 0,38 = 1 + taxa de aumento
Taxa de aumento/inflação = 0,38 x 100 = 38%
A resposta final para essa questão é: A inflação total desse produto foi de 38%.
REGRA DE TRÊS
É um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro valores dos quais
conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já conhecidos.
Passos utilizados numa regra de três simples
1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo
na mesma linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.
3º) Montar a proporção e resolver a equação.
Exemplos
1) Com uma área de absorção de raios solares de 1,2m2, uma lancha com motor movido a
energia solar consegue produzir 400 watts por hora de energia. Aumentando-se essa área para 1,5m 2,
qual será a energia produzida?
Solução: montando a tabela:
Área (m2) Energia (Wh)
1,2 400
1,5 x
Identificação do tipo de relação:
104
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna). Observe
que, aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta. Como as palavras correspondem
(aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são diretamente proporcionais.
Assim sendo, colocamos uma outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª
coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna). Observe
que, aumentando a velocidade, o tempo do percurso diminui. Como as palavras são contrárias
(aumentando - diminui), podemos afirmar que as grandezas são inversamente proporcionais.
Assim, colocamos uma outra seta no sentido contrário (para cima) na 1ª coluna. Montando a
proporção e resolvendo a equação temos:
4) Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia, realizou determinada obra em 20
dias. Se o número de horas de serviço for reduzido para 5 horas por dia, em que prazo essa equipe
fará o mesmo trabalho?
Solução: montando a tabela:
Horas por
Prazo para término (dias)
dia
8 20
5 x
Observe que, diminuindo o número de horas trabalhadas por dia, o prazo para
término aumenta. Como as palavras são contrárias (diminuindo - aumenta), podemos afirmar que as
grandezas são inversamente proporcionais.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
A regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta ou
inversamente proporcionais.
Exemplos
1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m3 de areia. Em 5 horas, quantos caminhões
serão necessários para descarregar 125m3?
Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as grandezas de mesma espécie e,
em cada linha, as grandezas de espécies diferentes que se correspondem:
Horas Caminhões Volume
8 20 160
5 x 125
Identificação dos tipos de relação:
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
106
A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde está o x. Observe
que, aumentando o número de horas de trabalho, podemos diminuir o número de caminhões. Portanto
a relação é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna).
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número de caminhões. Portanto, a
relação é diretamente proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que contém
o termo x com o produto das outras razões de acordo com o sentido das setas.
Montando a proporção e resolvendo a equação, temos:
3) Dois pedreiros levam 9 dias para construir um muro com 2m de altura. Trabalhando 3
pedreiros e aumentando a altura para 4m, qual será o tempo necessário para completar esse muro?
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x. Depois colocam-se
flechas concordantes para as grandezas diretamente proporcionais com a incógnita e discordantes
para as inversamente proporcionais, como mostrado abaixo:
107
Logo, para completar o muro serão necessários 12 dias.
Exercícios complementares
Agora chegou a sua vez de tentar. Pratique tentando fazer esses exercícios:
1) Três torneiras enchem uma piscina em 10 horas. Quantas horas levarão 10 torneiras para
encher 2 piscinas?
Resposta: 6 horas.
2) Uma equipe composta de 15 homens extrai, em 30 dias, 3,6 toneladas de carvão. Se for
aumentada para 20 homens, em quantos dias conseguirão extrair 5,6 toneladas de carvão?
Resposta: 35 dias.
3) Vinte operários, trabalhando 8 horas por dia, gastam 18 dias para construir um muro de
300m. Quanto tempo levará uma turma de 16 operários, trabalhando 9 horas por dia, para construir
um muro de 225m?
Resposta: 15 dias.
4) Um caminhoneiro entrega uma carga em um mês, viajando 8 horas por dia, a uma
velocidade média de 50 km/h. Quantas horas por dia ele deveria viajar para entregar essa carga em
20 dias, a uma velocidade média de 60 km/h?
Resposta: 10 horas por dia.
5) Com uma certa quantidade de fio, uma fábrica produz 5400m de tecido com 90cm de
largura em 50 minutos. Quantos metros de tecido, com 1 metro e 20 centímetros de largura, seriam
produzidos em 25 minutos?
Resposta: 2025 metros.
PORCENTAGEM
108
As expressões 7%, 16% e 125% são chamadas taxas centesimais ou taxas percentuais.
Considere o seguinte problema:
João vendeu 50% dos seus 50 cavalos. Quantos cavalos ele vendeu?
Para solucionar esse problema, devemos aplicar a taxa percentual (50%) sobre o total de
cavalos.
Calcular 25% de 200kg.
Fator de Multiplicaçao
109
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um determinado valor, podemos calcular o novo
valor apenas multiplicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação. Se o acréscimo for de
20%, multiplicamos por 1,20, e assim por diante. Veja outros exemplos na tabela abaixo:
Acréscimo ou Fator de
Lucro Multiplicação
10% 1,10
15% 1,15
20% 1,20
47% 1,47
67% 1,67
Descont
Fator de Multiplicação
o
10% 0,90
25% 0,75
34% 0,66
60% 0,40
90% 0,10
JUROS
Juros Simples
Juros simples é uma remuneração dada a alguém pela aplicação de seu capital em um
determinando período. Esse regime de juros é calculado aplicando uma taxa em relação ao capital
aplicado inicialmente.
É muito utilizado do dia a dia quando emprestamos dinheiro a outra pessoa, por exemplo.
Ao emprestarmos queremos receber uma quantia a mais pelo empréstimo e isso nada mais é
do que uma vantagem que queremos pelo empréstimo. Uma espécie de: te empresto, mas quero que
me pague a mais por isso.
A pessoa que empresta a outra certa quantia, recebe uma remuneração a mais além do valor
emprestado, e isso é o que denomina juros.
Devemos aplicá-lo a uma transação considerando essas quatros variáveis:
Capital: é o valor aplicado;
Juros: é o acréscimo que recebe pelo valor aplicado;
Tempo: o tempo que é dado para receber o valor aplicado de volta mais os juros;
Taxa: taxa aplicada, em porcentagem, que determina a quantidade de juros incidente sobre o
capital inicial.
Para efeito de cálculo, os juros são diretamente proporcionais ao capital, ao tempo e a taxa.
Fórmula
Vamos estabelecer que o capital será representado pela letra C, maiúscula, o tempo pela
letra t, minúscula, a taxa por i, também minúscula, e os juros pela letra J, maiúscula. Assim, temos a
seguinte fórmula:
Quando aplicamos esta fórmula, devemos ficar atentos aos seguintes casos:
Se a taxa for ao ano, o tempo deve ser reduzido à unidade de ano;
Caso seja ao mês, o tempo deve ser reduzido à unidade de mês;
110
Se a taxa for ao dia, o tempo deve ser reduzido à unidade de dia.
Observações:
A taxa i deve ser colocada na forma decimal.
Exemplo: se a taxa for 5%, então i = 0,05, que é a divisão de 5 por 100.
A taxa e o tempo devem está nas mesmas unidades.
Exemplo: se a taxa for 3% ao mês, o tempo também deve ser representado em meses. Dessa
forma, se o tempo estiver em ano, converta-o em meses.
Montante
Juros Compostos
Além dos juros estudados nesse artigo, temos também uma outra forma de calcular juros que
são os juros compostos.
Este tipo de correção financeira é usada com frequência nas instituições financeiras, pois
oferecem uma melhor rentabilidade.
Os juros compostos são aplicados no capital inicial mais os juros dos meses anteriores, isto é,
a partir do segundo mês a rentabilidade é calculada sobre o capital inicial mais os juros dos meses
anteriores.
Exercícios resolvidos
(FEC) Um jovem que trabalha com artes gráficas decidiu comprar um computador para que
pudesse desenvolver melhor suas atividades. Ao decidir pela configuração que precisava constatou
que seriam necessários R$2.490,00 para adquirir o seu computador à vista. Como isso estava
totalmente fora do seu orçamento resolveu negociar a compra do equipamento a prazo, o que só foi
possível mediante acréscimo de juros de 30% ao ano, aplicado ao valor à vista por oito meses. O
pagamento foi feito em oito prestações mensais iguais, cada uma no valor de:
A) R$ 373,50
B) R$ 498,00
C) R$ 2.988,00
D) R$ 1.992,00
Resolução:
Calculando o valor do acréscimo:
onde:
J: o valor dos juros a ser determinado
C: R$2.490,00 (valor do capital aplicado)
i: 30% a.a. (taxa percentual anual)
t: 8 meses (período de aplicação)
Nas fórmulas de matemática financeira, tanto o prazo da operação (t) como a taxa (i) devem,
necessariamente, está expressos na mesma unidade de tempo.
111
Assim, transformando a taxa percentual anual, em taxa percentual mensal, temos:
(30% a.a.) ÷ 12 = 2,5% a.m.
Então, temos que:
O Montante a ser pago no final do período da aplicação, ou seja, o capital empregado mais a
rentabilidade adquirida será de:
De acordo com o enunciado, o pagamento foi feito em oito prestações mensais iguais, então,
cada prestação terá um valor de:
Resposta: A
Juros compostos são a aplicação de juros sobre juros, isto é, os juros compostos são aplicados
ao montante de cada período.
Juros compostos são muito utilizados pelo sistema financeiro, pois oferece uma rentabilidade
melhor. A taxa de juros é sempre aplicada ao somatório do capital no final de cada mês.
Se você for uma pessoa disciplinada que consegue poupar uma certa quantia por mês, terá
tranquilamente, após os 60 anos, 1 milhão na conta. Mas é necessário começar a poupar cedo.
É importante deixar claro que para isso acontecer, você deve procurar uma aplicação que
ofereça uma rentabilidade considerável. Não é difícil encontrar boas aplicações no mercado para este
112
tipo de aplicação. Um tipo de aplicação conservadora no Brasil é a renda fixa, como o CDB, por
exemplo.
Renda fixa é garantida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) contra falências de bancos ou
qualquer instituição que ofereça este tipo de aplicação, para aplicações até 250 mil reais. Isto é, caso a
instituição venha a falir, o fundo o reembolsa até o o limite de 250 mil reais por CPF/CNPJ.
A família de renda fixa é grande, os mais conhecidos são: LCI (Letra de Crédito de Imobiliário),
LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), CDB (Certificado de Depósito Bancário), LC (Letra de Câmbio)
e Tesouro Direto.
É importante ter disciplina para atingir um objetivo. Independente da profissão que você tenha,
reserve 20% do seu salário para aplicar em renda fixa.
Com apenas 20% do seu salário já é um ponto de partida para atingir os seu objetivo.
Essa porcentagem não é fixa, se no mês seguinte você conseguir colocar acima desse percentual,
ótimo, pois com os juros compostos, quanto maior o saldo, maior será o rendimento.
Caso você aplique um valor inicial de R$ 1.000,00 e fizesse um aporte mensal de R$ 900,00, com
uma taxa de juros anual de 6%, em 30 anos você chegaria a 1 milhão de reais. Veja na tabela abaixo:
0 1.000,00 0 0 1.000,00
— — — — —
O gráfico abaixo mostra os dados da tabela ao longo do tempo. Perceba que os juros (em
verde) começa a ter um crescimento ascendente e, após o 300º mês, o total em juros ultrapassa o
aporte mensal (em azul).
Dessa forma, o valor acumulado (em vermelho) já contém uma parcela muito significante de
juros do que do aporte mensal.
113
Diferença entre Juros Simples e Compostos
Juros Simples
Juros Compostos
Segundo mês:
Terceiro mês:
Quarto mês:
Quinto mês
E assim por diante. Para cada mês os juros são calculados em cima do capital inicial C, mais os
juros mês a mês. Esse tipo de remuneração em juros compostos com o passar do tempo tende a ser
muito rentável. Pois tem um crescimento exponencial.
Para simplificar, obtemos a fórmula a seguir que representa o montante, ou seja, o valor final
com o capital mais os juros aplicados:
114
Onde:
M é o montante final obtido na aplicação, ou seja, o saldo após a aplicação do juros;
i é a taxa de juros aplicada, em porcentagem;
C é o capital ou valor inicial aplicado;
t é o tempo total da aplicação.
A taxa de juros i deve ser escrita na forma decimal. Para transformar um número em decimal,
divida ele por 100, pois a taxa é em porcentagem.
O cálculo somente dos juros, ou seja, o rendimento que a aplicação obteve, é obtido pela
seguinte fórmula:
Onde:
J são os juros;
M é o montante que pode ser calculado pela fórmula do montante acima;
C é o capital ou valor inicial aplicado.
Importante:
Quando aplicarmos esta fórmula devemos ficar atentos as seguintes regras:
Se a taxa i for ao ano, o tempo t deve ser reduzido à unidade de ano;
Caso a taxa i for ao mês, o tempo t deve ser reduzido a unidade de mês;
Se a taxa i for ao dia, o tempo t deve ser reduzido a unidade de dia.
Caso haja a necessidade de fazer a conversão da taxa de juros para o período desejado,
podemos utilizar algumas fórmulas.
Taxas proporcionais:
Quando trabalhamos com taxas proporcionais, a conversão pode ser feita utilizando algumas
das fórmulas a seguir:
Exemplos:
Converter de taxa diária para anual:
Taxa anual = taxa diária x número de dias em um ano
Converter a taxa de mensal para anual:
Taxa anual = taxa mensal x números de meses em um ano
Converter a taxa de anual para mensal:
Taxa mensal = taxa anual / números de meses em um ano
Converter de taxa mensal para diária:
Taxa diária = taxa mensal / número de dias do mês
Converter de taxa anual para diária:
Taxa diária = taxa anual / número de dias do ano
Taxas efetivas ou equivalentes:
Quando trabalhamos com taxas efetivas ou equivalentes, a conversão da taxa deve ser feita
utilizando a seguinte fórmula:
Onde:
iq: é a taxa equivalente;
it: a taxa atual de juros;
Q: é o período da taxa equivalente;
T: é o período da taxa atual.
Exemplos:
Converter a taxa anual de 24% para mensal:
iq = (1 + 0,24)^(1/12) – 1 = 0,018 ou 1,81%
Converter a taxa mensal de 2% para anual:
iq = (1 + 0,02)^12 – 1 = 0,2682 ou 26,82%
115
Exercícios Resolvidos de Juros Compostos
Na aplicação de R$ 1.000,00 durante 5 meses, à taxa de juros de 2% a.m., temos, contada uma
capitalização mensal, 5 períodos de capitalização, ou seja, a aplicação inicial vai render 5 vezes.
Observando o crescimento do capital a cada período de capitalização, temos:
1º período:
100% ⇒ R$ 1.000,00 (valor inicial aplicado, corresponde a 100%)
102% ⇒ M = R$ 1.020,00 (esta é a nova base de cálculo para o período seguinte, valor inicial
(100%) mais a taxa de juros de 2% ao mês, ou seja, rendimento de 20 reais no primeiro mês)
Veja na tabela abaixo os rendimentos mês a mês:
CAPITAL MONTANTE
onde:
M é o montante final;
i é a taxa de juros aplicada;
C é o capital ou valor inicial.
Foi o que fizemos acima no cálculo dos rendimentos em cada período.
Para calcular os juros total basta diminuir o montante principal pelo capital aplicado.
MÉDIAS
A média aritmética simples também é conhecida apenas por média. É a medida de posição
mais utilizada e a mais intuitiva de todas. Ela está tão presente em nosso dia a dia que qualquer
pessoa entende seu significado e a utiliza com frequência.
A média de um conjunto de valores numéricos é calculada somando-se todos estes
valores e dividindo-se o resultado pelo número de elementos somados, que é igual ao número de
elementos do conjunto, ou seja, a média de n números é sua soma dividida por n.
Exemplo:
Marcos realizou quatro provas de Matemática no decorrer do ano. Suas notas foram:
1ª prova = 6,0
2ª prova = 7,0
3ª prova = 9,0
4ª prova = 8,0
Para encontrar a média aritmética simples, somamos as notas e dividimos por 4, que é o
número de provas realizadas:
MÉDIA PONDERADA
Nos cálculos envolvendo média aritmética simples, todas as ocorrências têm exatamente a
mesma importância ou o mesmo peso. Dizemos então que elas têm o mesmo peso relativo.
No entanto, existem casos onde as ocorrências têm importância relativa diferente. Nestes
casos, o cálculo da média deve levar em conta esta importância relativa ou peso relativo. Este tipo de
média chama-se média aritmética ponderada.
Ponderar é sinônimo de pesar. No cálculo da média ponderada, multiplicamos cada valor do
conjunto por seu "peso", isto é, sua importância relativa.
Definiçao de média aritmética ponderada
A média aritmética ponderada p de um conjunto de números x1, x2, x3, ..., xn cuja
importância relativa ("peso") é respectivamente p1, p2, p3, ..., pn é calculada da seguinte maneira:
p =
Ou seja, somamos os produtos dos valores pelos seus pesos e dividimos o resultado pela
soma dos pesos.
Exemplo:
Alcebíades participou de um concurso, onde foram realizadas provas de Português,
Matemática, Biologia e História. Essas provas tinham peso 3, 3, 2 e 2, respectivamente. Sabendo que
Alcebíades tirou 8,0 em Português, 7,5 em Matemática, 5,0 em Biologia e 4,0 em História, qual foi a
média que ele obteve?
p =
Portanto, a média de Alcebíades foi de 6,45.
117
MÉDIA GEOMÉTRICA
A média geométrica é definida, para números positivos, como a raiz n-ésima do produto
de n elementos de um conjunto de dados.
Assim como a média aritmética, a média geométrica também é uma medida de tendência
central.
É usada com mais frequência em dados que apresentam valores que aumentam de forma
sucessiva.
Fórmula
Onde,
MG: média geométrica
n: número de elementos do conjunto de dados
x1, x2, x3, ..., xn: valores dos dados
Exemplo: Qual o valor da média geométrica entre os números 3, 8 e 9?
Como temos 3 valores, iremos calcular a raiz cúbica do produto.
Aplicações
Sabendo que os lados de um retângulo têm 3 e 7 cm, descubra qual a medida dos lados de
um quadrado com a mesma área.
Uma outra aplicação muito frequente é quando queremos determinar a média de valores
que alteraram de forma contínua, muito usada em situações que envolvem finanças.
Um investimento rende no primeiro ano 5%, no segundo ano 7% e no terceiro ano 6%. Qual
o rendimento médio desse investimento?
Para resolver esse problema devemos encontrar os fatores de crescimento.
1.º ano: rendimento de 5% → fator de crescimento de 1,05 (100% + 5% = 105%)
2.º ano: rendimento de 7% → fator de crescimento de 1,07 (100% + 7% = 107%)
3.º ano: rendimento de 6% → fator de crescimento de 1,06 (100% + 6% = 106%)
Exercício Resolvido
118
Qual é a média geométrica dos números 2, 4, 6, 10 e 30?
Média Geométrica (Mg) = ⁵√2 . 4 . 6 . 10 . 30
MG = ⁵√2 . 4 . 6 . 10 . 30
MG = ⁵√14 400
MG = ⁵√14 400
MG = 6,79
A 4 6
B 7 7
C 3 5
MÉDIA HARMÔNICA
A busca por um valor que representa todo o conjunto é bastante comum, na estatística, para
tomadas de decisões. No entanto, há várias opções para representação de um valor central, sendo
elas: a média aritmética ponderada, a média aritmética simples, a média geométrica, a mediana e a
moda, e a própria média harmônica.
Cada uma delas é conveniente em uma determinada situação. Perceba que não existe uma
medida central universalmente mais precisa para representar o valor central do conjunto, o que
precisamos levar em consideração é a situação que estamos analisando para fazer a melhor escolha
de medida central.
A escolha pelo uso da média harmônica para representação da média de um conjunto está
ligada a situações que envolvem grandezas inversamente proporcionais, por exemplo a velocidade
média, a vazão da água, a densidade, entre outras aplicações na física e na química. Algumas
fórmulas da física, na verdade, surgem da média harmônica.
119
Fórmula da média harmônica
Mh: média harmônica
n: quantidade de elementos
Como se calcula a média harmônica?
Por exemplo, dado um conjunto A (2, 3, 5, 6, 9), como ele possui cinco elementos, a média
harmônica de A é calculada por:
O m.m.c (2, 3, 5, 6, 9) é igual a 90, logo, é possível realizar a soma das frações no
denominador:
De forma geral, a média harmônica pode ser aplicada em qualquer conjunto numérico de
dados, porém existem situações específicas em que ela se torna a melhor opção a ser utilizada. Vale
ressaltar a importância de analisar se os dados que estamos trabalhando na situação são
inversamente proporcionais.
Segue alguns exemplos de situações-problemas envolvendo média harmônica.
120
Exemplo 1: Aplicação no cálculo da velocidade média.
Um carro realiza um percurso duas vezes. Na ida, ele faz o percurso com uma velocidade
v1 = 80 km/h. Na volta, ele realiza o mesmo percurso com velocidade de v 2 = 120 km/h. Qual foi a
velocidade média ao juntar-se ida e volta?
Análise:
Primeiro o que precisa ficar claro é o motivo de usarmos a média harmônica. Note que a
distância é a mesma, para a ida e para a volta, o que muda é a velocidade e, consequentemente, o
tempo. Se eu aumento a velocidade, o tempo que eu levo para percorrer uma mesma distância
diminuirá, logo, essas grandezas são inversamente proporcionais. Quando eu estou trabalhando com
grandezas inversamente proporcionais, utilizamos a média harmônica.
Resolução:
Aplicando na fórmula com n = 2:
121
Nesse caso é necessário tomar bastante cuidado, pois 8 horas é o tempo, em média, de
cada uma das duas torneiras. Como elas serão ligadas simultaneamente em um único tanque,
precisamos dividir esse tempo por 2, pois cada torneira leva, em média, 8 horas, então podemos
concluir que o tempo de espera com as duas torneiras ligadas seria de 4 horas.
8 ÷ 2 = 4 horas
Exercícios resolvidos
122
b) 3 dias e 6 horas
c) 8 dias
d) 10 dias
e) 6 dias e 4 horas
Resolução
1º passo:
Como há dois tipos de dreno, chamaremos de t 1 o tempo de escoamento do primeiro e de
t2 o tempo de escoamento do segundo. Como o tempo gasto está dado em horas, e a questão o pediu
em dias, t1 e t2 serão divididos por 24 horas, para sabermos quantos dias cada um deles levaria.
t1 = 144 : 24 = 6 dias
t2 = 240 : 24 = 10 dias
2º passo:
Calcular a média harmônica:
3º passo:
Dividir a média harmônica por dois e transformar a parte decimal em horas:
7,5 dias é o tempo médio, mas, como os dois drenos funcionarão simultaneamente, o tempo
gasto será metade desse valor.
7,5 : 2 = 3,25 dias. Sabemos que 3,25 é o mesmo que 3 dias e 0,25 de um dia. Para
converter em horas: 24 . 0,25 = 6 horas, então o tempo gasto será de 3 dias e 6 horas.
Alternativa E
Questão 2 - Em um laboratório, duas misturas líquidas foram preparadas usando-se como
base duas substâncias distintas. A substância A possui densidade d = 0,6 g/cm³ e a substância B
possui densidade d = 1,1 g/cm³. Caso seja pego mesma porção de massa tanto para a substância A
quanto para a substância B, a densidade dessa mistura, em g/cm³, será:
a) Maior que 0,8
b) Entre 0,7 e 0,75
c) Entre 0,75 e 0,8
d) Entre 0,75 e 0,6
e) Menor que 0,75
Resolução:
Calculando-se a média harmônica, temos que:
123
Alternativa C
A MÉDIA, MODA E A MEDIANA
Onde:
n é o total de números somados.
A média também pode ser simbolizada pelo somatório:
O somatório indica apenas uma soma sucessivas de vários valores, não se assuste com ele.
Como Calcular a Média?
A média é calculada utilizando a seguinte fórmula:
Onde:
n é o número total de elementos
Exemplo:
Considere o conjuntos de dados:
A = {2, 4, 12, 54, 3}
Assim, a média para o conjunto acima é:
(2 + 4 + 12 + 54 + 3)/5 = 15
A média pode nem sempre representar o conjunto de dados, pois, em alguns casos, em que
os elementos estejam distribuídos de forma não uniforme, podemos ter uma situação atípica.
Exemplo:
Seja o conjunto de dados referente as idades de 6 pessoas:
A = {2, 3, 5, 7, 2, 90}
124
Esse é um conjunto de dados em que 5 pessoas são crianças e um adulto (idoso).
Assim, a média de idade é: (2 + 3 + 5 + 7 + 2 + 90)/6 = 18,17
Então, calculando a média de idade do conjunto, encontramos uma média de idade de 18
anos, porém a grande maioria das pessoas do conjunto é de crianças. 18 anos é idade de um
adolescente.
Moda
A Moda (Mo) é o valor que aparece com mais frequência em um conjunto de dados, ou seja, o
valor que aparece um maior número de vezes.
Como Calcular a Moda?
Para calcular a moda de um conjunto de dados só é preciso observar os dados que aparecem
com maior frequência no conjunto.
Exemplos:
Considere o conjunto de dados abaixo:
A = {2, 23, 4, 2, 5}
A moda para esse conjunto é: Mo = 2. É o número que aparece o maior número de vezes.
B = {17, 21, 2, 21, 8, 2}
Neste exemplo, a moda é: Mo = 2 ou 21. Então, podemos dizer que o conjunto B é bimodal
(possui duas modas).
Mediana
A Mediana (Md) é o valor de centro de um conjunto de dados. Para calcular, primeiro
devemos ordenar o conjunto de dados.
Para calcular a mediana:
Devemos ordenar o conjunto de dados em ordem crescente;
Se o número de elementos for par, então a mediana é a média dos dois valores centrais.
Soma os dois valores centrais e divide o resultado por 2: (a + b)/2.
Se o número de elementos for ímpar, então a mediana é o valor central.
Exemplo:
Sejam os conjuntos de dados a seguir:
A = {3, 1, 8}
B = {6, 4, 7, 2}
C = {6, 7, 2, 1, 8}
Vamos seguir os passos para calcular a mediana para o conjunto A:
Ordenar o conjunto: A = {1, 3, 8}
O número de elementos é ímpar, a mediana é o valor central: Md = 3
Vamos, agora, calcular a mediana para o conjunto B:
Ordenar o conjunto: B = {2, 4, 6, 7}
O número de elementos é par, então a mediana são os dois valores centrais dividido por
2: Md = (4 + 6)/2 = 5
Por fim, vamos calcular a mediana do conjunto C:
Ordenar o conjunto: C = {1, 2, 6, 7, 8}
O número de elementos é ímpar, então: Md = 6
Exercício Resolvido
40 20 10 20 70 60
90 80 30 50 50 70
50 20 50 50 10 40
30 20 60 60 10 20
125
Para a tabela com as notas acima, calcule:
A média das notas;
A frequência relativa da moda;
A mediana das notas apresentadas.
Resolução:
Notas Frequência
90 1
80 1
70 2
60 3
50 5
40 2
30 2
20 5
10 3
A média das notas é: 90 + 80 + (70 x 2) + (60 x 3) + (50 x 5) + (40 x 2) + (30 x 2) + (20 x 5) + (10 x 3 ) /
24 = 42,1
A moda é: Mo = 50 ou 20
A frequência relativa da moda é: 5⁄24 = 0,21 = 21⁄100 = 21%
24 é o somatório das frequências e 5 a frequência da nota que mais aparece na tabela.
Para calcular a mediana temos que organizar as notas em ordem crescente:
(10, 10, 10, 20, 20, 20, 20, 20, 30, 30, 40, 40, 50, 50, 50, 50, 50, 60, 60, 60, 70, 70, 80, 90)
Como o conjunto de elementos é formado por um número par de elementos, então a mediana
é soma dos dois valores centrais dividido por 2.
A mediana é: Md = (40 + 50) / 2 = 45
PROBABILIDADE
Introdução
A história da teoria das probabilidades teve início com os jogos de cartas, dados e de roleta.
Esse é o motivo da grande existência de exemplos de jogos de azar no estudo da probabilidade. A
teoria da probabilidade permite que se calcule a chance de ocorrência de um número em um
experimento aleatório.
Experimento aleatório
É aquele experimento que, quando repetido em iguais condições, pode fornecer resultados
diferentes, ou seja, são resultados explicados ao acaso. Quando se fala de tempo e possibilidades de
ganho na loteria, a abordagem envolve cálculo de experimento aleatório.
Espaço amostral
É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. A letra que
representa o espaço amostral é S.
Exemplo:
Lançando uma moeda e um dado, simultaneamente, sendo S o espaço amostral, constituído
pelos 12 elementos:
S = {K1, K2, K3, K4, K5, K6, R1, R2, R3, R4, R5, R6}
Escreva explicitamente os seguintes eventos:
126
A={caras e um número par aparece}
B={um número primo aparece}
C={coroas e um número ímpar aparecem}
Idem, o evento em que:
a) A ou B ocorrem;
b) B e C ocorrem;
c) Somente B ocorre.
Quais dos eventos A, B e C são mutuamente exclusivos?
Resolução:
Para obter A, escolhemos os elementos de S constituídos de um K e um número par:
A={K2, K4, K6};
Para obter B, escolhemos os pontos de S constituídos de números primos:
B={K2,K3,K5,R2,R3,R5};
Para obter C, escolhemos os pontos de S constituídos de um R e um número ímpar:
C={R1,R3,R5}.
(a) A ou B = AUB = {K2,K4,K6,K3,K5,R2,R3,R5}
(b) B e C = B C = {R3,R5}
(c) Escolhemos os elementos de B que não estão em A ou C:
B Ac Cc = {K3,K5,R2}
Conceito de probabilidade
Propriedades importantes:
1. Se A e A’ são eventos complementares, então:
P(A) + P(A') = 1
2. A probabilidade de um evento é sempre um número entre 0 (probabilidade de evento
impossível) e 1 (probabilidade do evento certo).
Teoria da Probabilidade
É o ramo da Matemática que estuda experimentos ou fenômenos aleatórios e através dela é
possível analisar as chances de um determinado evento ocorrer.
Quando calculamos a probabilidade, estamos associando um grau de confiança na
ocorrência dos resultados possíveis de experimentos, cujos resultados não podem ser determinados
antecipadamente.
Desta forma, o cálculo da probabilidade associa a ocorrência de um resultado a um valor
que varia de 0 a 1 e, quanto mais próximo de 1 estiver o resultado, maior é a certeza da sua
ocorrência.
Por exemplo, podemos calcular a probabilidade de uma pessoa comprar um bilhete da
loteria premiado ou conhecer as chances de um casal ter 5 filhos todos meninos.
127
Experimento Aleatório
Um experimento aleatório é aquele que não é possível prever qual resultado será
encontrado antes de realizá-lo.
Os acontecimentos deste tipo quando repetidos nas mesmas condições, podem dar
resultados diferentes e essa inconstância é atribuída ao acaso.
Um exemplo de experimento aleatório é jogar um dado não viciado (dado que apresenta
uma distribuição homogênea de massa) para o alto. Ao cair, não é possível prever com total certeza
qual das 6 faces estará voltada para cima.
Fórmula da Probabilidade
Sendo:
p(A): probabilidade da ocorrência de um evento A
n(A): número de casos que nos interessam (evento A)
n(Ω): número total de casos possíveis
Exemplos
1) Se lançarmos um dado perfeito, qual a probabilidade de sair um número menor que 3?
Solução
Sendo o dado perfeito, todas as 6 faces têm a mesma chance de caírem voltadas para cima.
Vamos então, aplicar a fórmula da probabilidade.
Para isso, devemos considerar que temos 6 casos possíveis (1, 2, 3, 4, 5, 6) e que o evento
"sair um número menor que 3" tem 2 possibilidades, ou seja, sair o número 1 ou o número 2. Assim,
temos:
128
2) O baralho de cartas é formado por 52 cartas divididas em quatro naipes (copas, paus,
ouros e espadas) sendo 13 cartas de cada naipe. Dessa forma, se retirar uma carta ao acaso, qual a
probabilidade de sair uma carta do naipe de paus?
Solução
Ao retirar uma carta ao acaso, não podemos prever qual será esta carta. Sendo assim, esse
é um experimento aleatório.
Neste caso, o número de cartas corresponde ao número de casos possíveis e temos 13
cartas de paus que representam o número de eventos favoráveis.
Substituindo esses valores na fórmula da probabilidade, temos:
Espaço Amostral
Tipos de Eventos
129
GEOMETRIA
Duas semirretas que não estejam contidas na mesma reta, e que tenham a mesma origem, dividem o
plano em duas regiões: uma convexa e outra não-convexa.
130
Cada uma dessas regiões, junto com as semirretas, forma um ângulo. Assim, as duas semirretas
determinam dois ângulos:
Todo ângulo possui dois lados e um vértice. Os lados são as semirretas que o determinam. O vértice é
a origem comum dessas semirretas.
Observe agora dois casos em que as semirretas de mesma origem estão contidas na mesma reta.
Nesses casos, formam-se também ângulos.
Ângulo nulo e ângulo de uma volta
Medida de um ângulo
A medida de um ângulo é dada pela medida de sua abertura. A unidade padrão de medida de um
ângulo é o grau, cujo símbolo é º.
Tomando um ângulo raso ou de meia-volta e dividindo-o em 180 partes iguais, determinamos 180
ângulos de mesma medida. Cada um desses ângulos representa um ângulo de 1º grau (1º).
Usando o transferidor
132
A linha horizontal que passa pelo centro deve coincidir com uma das semirretas do ângulo .
Leitura de um ângulo
133
A representação da medida de um ângulo pode ser feita também através de uma letra minúscula ou
de um número.
Solução:
Medida de AÔB = x
Medida de BÔC = 105º
Como m (AÔC) é 180º, pois é um ângulo raso, temos:
m (AÔB) + m (BÔC) = m (AÔC)
x + 105º = 180º
x = 180º - 105º
x = 75º
Logo, a medida de AÔB é 75º.
Determine a medida do ângulo não convexo na figura:
Solução:
Verificamos que o ângulo não convexo na figura (x) e o ângulo convexo (50º) formam juntos um
ângulo de uma volta, que mede 360º. Assim:
x + 50º = 360º
x = 360º - 50º
134
x = 310º
Logo, o valor do ângulo não convexo é 310º.
Transformação de unidades
Como vimos, quando trabalhamos com medidas de ângulos, utilizamos o sistema sexagesimal. Observe
nos exemplos como efetuar transformações nesse sistema:
Transforme 30º em minutos.
Solução:
Sendo 1º = 60', temos:
30º = 30 . 60'= 1.800'
Logo, 30º = 1.800 minutos
Transforme 5º35' em minutos.
Solução:
5º = 5 . 60' = 300'
300' + 35'= 335'
Logo, 5º35'= 335'.
transforme 8º em segundos.
Solução:
Sendo 1º = 60', temos:
8º = 8 . 60'= 480'
Sendo 1'= 60'', temos:
480'= 480 . 60'' = 28.800''
Logo, 8º = 28.800''.
Transforme 3º35' em segundos.
Solução:
3º = 3 . 60'= 180'
180' + 35' = 215'
215' . 60'' = 12.900''
Logo, 3º35'= 12.900''
Transforme 2º20'40'' em segundos.
Solução:
2º = 2 . 60' = 120'
120' + 20' = 140'
140'. 60''= 8.400''
8.400'' + 40'' = 8.440''
Logo, 2º20'40'' = 8.440''
Transformando uma medida de ângulo em número misto
Transforme 130' em graus e minutos.
Solução
Transforme 150'' em minutos e segundos.
Solução
135
Transforme 26.138'' em graus, minutos e segundos.
Solução
54'' x
x = 0,9' ( lê-se ''nove décimos de minuto'')
Logo, 5'54'' = 5'+ 0,9'= 5,9'
136
Adição
30º48' + 45º10'
43º18'20'' + 25º20'30''
10º36'30'' + 23º45'50''
Simplificando 33º81'80'', obtemos:
Logo, a soma é 34º22'20''.
Subtração
Observe os exemplos:
70º25' - 30º15
38º45'50'' - 27º32'35''
90º - 35º49'46''
137
80º48'30'' - 70º58'55''
Observe que:
Logo, a diferença é 9º 49'35''.
4 . ( 15º 12')
5 . ( 12º36'40'')
138
( 40º 20') : 2
( 45º20' ) : 4
( 50º17'30'' ) : 6
Ângulos congruentes
139
Verifique que AÔB e CÔD têm a mesma medida. Eles são ângulos congruentes e podemos fazer a
seguinte indicação:
Assim:
Dois ângulos são congruentes quando têm a mesma medida.
Propriedades da Congruência
Reflexiva:
Simétrica:
Transitiva:
Ângulos consecutivos
Observe a figura:
Nela identificamos os ângulos AÔC, CÔB e AÔB. Verifique em cada uma das figuras abaixo que:
Lado comum:
140
Os ângulos AÔC e AÔB possuem:
Vértice comum: O
Lado comum:
Lado comum:
Os pares de ângulos AÔC e CÔB, AÔC e AÔB, CÔB e AÔB são denominados ângulos consecutivos.
Assim:
Dois ângulos são consecutivos quando possuem o mesmo vértice e um lado comum.
Ângulos adjacentes
141
Os ângulos CÔB e AÔB possuem pontos internos comuns
Verifique que os ângulos AÔC e CÔB são consecutivos e não possuem pontos internos comuns. Por
isso eles são denominados ângulos adjacentes.
Assim:
Dois ângulos são adjacentes quando são consecutivos e não possuem pontos internos comuns.
Observação:
Duas retas concorrentes determinam vários ângulos adjacentes. Exemplos:
Bissetriz de um ângulo
m (AÔC) = m (CÔB) = 20º
142
Verifique que a semirreta divide o ângulo AÔB em dois ângulos (AÔC e CÔB) congruentes.
semirretas , respectivamente.
143
Ângulo obtuso é o ângulo cuja medida é maior que 90º. Exemplo:
Ângulo reto é o ângulo cuja medida é 90º. Exemplo:
Retas perpendiculares
As retas r e s da figura abaixo são concorrentes e formam entre si quatro ângulos retos.
Observação:
Duas retas concorrentes que não formam ângulos retos entre si são chamadas de oblíquas. Exemplo:
144
Ângulos complementares
Verifique que:
m (AÔB) + m (BÔC) = 90º
Nesse caso, dizemos que os ângulos AÔB e BÔC são complementares. Assim:
Dois ângulos são complementares quando a soma de suas medidas é 90º.
Exemplo:
Os ângulos que medem 42º e 48º são complementares, pois 42º + 48º = 90º.
Dizemos que o ângulo de 42º é o complemento do ângulo de 48º, e vice-versa.
Para calcular a medida do complemento de um ângulo, devemos determinar a diferença entre 90º e a
medida do ângulo agudo dado.
145
Ângulos suplementares
146
Ângulos opostos pelo vértice
Verifique que:
Nesse caso, dizemos que os ângulos AÔB e CÔD são opostos pelo vértice (o.p.v). Assim:
Dois ângulos são opostos pelo vértice quando os lados de um deles são semirretas opostas aos lados
do outro.
Na figura abaixo, vamos indicar:
Sabemos que:
X + Y = 180º (ângulos adjacentes suplementares)
X + K = 180º (ângulos adjacentes suplementares)
Então:
Logo: y = k
Assim:
m (AÔB) = m (CÔD) AÔB CÔD
147
m (AÔD) = m (CÔB) AÔD CÔB
Daí a propriedade:
Dois ângulos opostos pelo vértice são congruentes.
Observe uma aplicação dessa propriedade na resolução de um problema:
Dois ângulos opostos pelo vértice têm medidas, em graus, expressas por x + 60º e 3x - 40º. Qual é o
valor de x?
Solução:
Retângulo
Quadrado
Triângulo
148
Triângulo equilátero
Paralelogramo
Trapézio
Losango
Polígonos
A palavra "polígono" vem da palavra grega "polúgonos", que significa ter muitos lados ou ângulos. Na
geometria, polígono é uma figura plana limitada por uma linha poligonal fechada.
Classificaçao dos polígonos
Os nomes dos polígonos dependem do critério que utilizamos para classificá-los. Se usarmos o
número de ângulos ou o número de lados, teremos a seguinte nomenclatura:
NOME DO POLÍGONO
NÚMERO
DE LADOS EM FUNÇÃO DO
(OU EM FUNÇÃO DO
NÚMERO DE
ÂNGULOS) NÚMERO DE LADOS
ÂNGULOS
3 triângulo trilátero
4 quadrângulo quadrilátero
5 pentágono pentalátero
6 hexágono hexalátero
7 heptágono heptalátero
8 octógono octolátero
9 eneágono enealátero
10 decágono decalátero
11 undecágono undecalátero
149
12 dodecágono dodecalátero
15 pentadecágono pentadecalátero
20 icoságono icosalátero
Quadriláteros
Quadrilátero ABCD
Em um quadrilátero, dois lados ou dois ângulos não consecutivos são chamados opostos.
Elementos
Na figura abaixo, temos:
Quadrilátero ABCD
Vértices: A, B, C, e D.
Lados:
Diagonais:
Ângulos internos ou ângulos do
quadrilátero ABCD: .
Observações:
Todo quadrilátero tem duas diagonais.
O perímetro de um quadrilátero ABCD é a soma das medidas de seus lados, ou seja: AB + BC + CD +
DA.
Côncavos e Convexos
Os quadriláteros podem ser convexos ou côncavos. Um quadrilátero é convexo quando a reta que une
dois vértices consecutivos não encontra o lado formado pelos dois outros vértices.
150
Quadrilátero convexo
Quadrilátero côncavo
Paralelogramo
h é a altura do paralelogramo.
O ponto de intersecção das diagonais (E) é chamado centro de simetria.
Destacaremos a seguir alguns paralelogramos.
Retângulo
Retângulo é o paralelogramo em que os quatro ângulos são congruentes (retos).
Exemplo:
Losango
Losango é o paralelogramo em que os quatro lados são congruentes.
Exemplo:
152
Quadrado
Quadrado é o paralelogramo em que os quatro lados e os quatro
ângulos são congruentes.
Exemplo:
Trapézio
É o quadrilátero que apresenta somente dois lados paralelos, chamados bases.
Exemplo:
153
Denominamos trapezoide o quadrilátero que não apresenta lados paralelos.
Trapézio retângulo
É aquele que apresenta dois ângulos retos.
Exemplo:
Trapézio isósceles
É aquele em que os lados não paralelos são congruentes.
Exemplo:
Trapézio escaleno
É aquele em que os lados não paralelos não são congruentes.
Exemplo:
154
Propriedades dos paralelogramos
1ª propriedade
Os lados opostos de um paralelogramo são congruentes.
T:
Demonstração:
Afirmativa
1.
2.
Justificativa
1. Segmentos de paralelas entre paralelas.
2. Segmentos de paralelas entre paralelas.
2ª propriedade
Cada diagonal do paralelogramo o divide em dois triângulos congruentes.
H: ABCD é paralelogramo.
T:
155
Demonstração:
Afirmativa
1.
2.
3.
4.
Justificativa
1. Hipótese.
2. Hipótese.
3. Lado comum.
4. Caso L.L.L.
3ª propriedade
Os ângulos opostos de um paralelogramo são congruentes.
T:
Demonstração:
Afirmativa
1.
2.
3.
4.
5.
Justificativa
4.
4ª propriedade
As diagonais de um paralelogramo interceptam-se mutuamente ao meio.
156
H: ABCD é paralelogramo.
T:
Demonstração
Afirmativa
1.
2.
3.
4.
5.
Justificativa
1. Ângulos alternos internos.
2. Lados opostos (1ª propriedade).
3. Ângulos alternos internos.
4. Caso A.L.A.
5. Lados correspondentes em triângulos congruentes.
Resumindo:
Num paralelogramo:
os lados opostos são congruentes;
cada diagonal o divide em dois triângulos congruentes;
os ângulos opostos são congruentes;
as diagonais interceptam-se em seu ponto médio.
Propriedade característica do retângulo
As diagonais de um retângulo são congruentes.
T: ABCD é retângulo.
H: .
Semelhança de Polígonos
Introdução
Observe as figuras:
157
Figura A
Figura B
Figura C
Elas representam retângulos com escalas diferentes. Observe que os três retângulos têm a mesma
forma, mas tamanhos diferentes. Dizemos que eles são figuras semelhantes.
Nessas figuras, podemos identificar:
AB - distância entre A e B (comprimento do retângulo).
CD - distância entre C e D (largura do retângulo).
Desse exemplo, podemos concluir que duas ou mais figuras são semelhantes em geometria quando:
os ângulos correspondentes têm medidas iguais;
as medidas dos segmentos correspondentes são proporcionais;
os elementos das figuras são comuns.
Outros exemplos de figuras semelhantes:
158
Polígonos semelhantes
Observe que:
os ângulos correspondentes são congruentes:
ou
159
A razão de semelhança dos polígonos considerados é
Observação: a definição de polígonos semelhantes só é válida quando ambas as condições são
satisfeitas:
ângulos correspondentes congruentes
lados correspondentes proporcionais
Apenas uma das condições não é suficiente para indicar a semelhança entre polígonos.
Se dois polígonos são semelhantes, então a razão entre seus perímetros é igual à razão entre as
medidas de dois lados homólogos quaisquer dos polígonos.
Demonstração:
Sendo ABCD ~ A'B'C'D', temos que:
Exemplo:
Os lados de um triângulo medem 3,6 cm, 6,4 cm e 8 cm. Esse triângulo é semelhante a um outro cujo
perímetro mede 45 cm. Calcule os lados do segundo triângulo.
Solução:
Razão de semelhança =
160
Logo, os lados do segundo triângulo são 9cm, 16cm e 20cm.
Razões trigonométricas
Catetos e hipotenusa
Em um triângulo, chamamos o lado oposto ao ângulo reto de hipotenusa e os lados adjacentes
de catetos. Observe a figura:
Hipotenusa:
Catetos: e
Seno e cosseno
Hipotenusa: , m( ) = a.
Catetos: , m( ) = b.
161
, m( ) = c.
Ângulos: , e .
Tomando por base os elementos desse triângulo, podemos definir as seguintes razões
trigonométricas:
Seno de um ângulo agudo é a razão entre a medida do cateto oposto a esse ângulo e a medida da
hipotenusa.
Assim:
Cosseno de um ângulo agudo é a razão entre a medida do cateto adjacente a esse ângulo e a medida
da hipotenusa.
Assim:
162
Tangente
Tangente de um ângulo agudo é a razão entre a medida do cateto oposto e a medida do cateto
adjacente a esse ângulo.
Assim:
163
Exemplo:
Observações:
1. A tangente de um ângulo agudo pode ser definida como a razão entre o seno deste ângulo e o seu
cosseno.
Assim:
164
2. A tangente de um ângulo agudo é um número real positivo.
3. O seno e o cosseno de um ângulo agudo são sempre números reais positivos menores que 1,
pois qualquer cateto é sempre menor que a hipotenusa.
Considere as figuras:
165
Seno, cosseno e tangente de 45º
Aplicando as definições de seno, cosseno e tangente para um ângulo de 45º, temos:
166
Aplicando as definições de seno, cosseno e tangente para um ângulo de 60º, temos:
Resumindo:
x sen x cos x tg x
30º
45º
60º
Medidas de Comprimento
Desde a antiguidade, os povos foram criando suas unidades de medida. Cada um deles possuía suas
próprias unidades-padrão. Com o desenvolvimento do comércio, ficavam cada vez mais difíceis a
troca de informações e as negociações com tantas medidas diferentes.
Era necessário que se adotasse um padrão de medida único para cada grandeza. Foi assim que, em
1791, época da revolução francesa, um grupo de representantes de vários países reuniu-se para
discutir a adoção de um sistema único de medidas. Surgia o sistema métrico decimal.
Metro
A palavra metro vem do gegro métron e significa "o que mede". Foi estabelecido inicialmente que a
medida do metro seria a décima milionésima parte da distância do Pólo Norte ao Equador, no
meridiano que passa por Paris. No Brasil, o metro foi adotado oficialmente em 1928.
167
Múltiplos e submúltiplos do metro
Além da unidade fundamental de comprimento, o metro, existem ainda os seus múltiplos e
submúltiplos, cujos nomes são formados com o uso dos prefixos: quilo, hecto, deca, deci, centi e mili.
Observe o quadro:
Unidade
Múltiplos Submúltiplos
Fundam
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
km hm dam m dm cm mm
1.000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para
pequenas distâncias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:
mícron (µ) = 10-6 m
angströn (Å) = 10-10 m
Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km
O pé, a polegada, a milha e a jarda são unidades não pertencentes ao sistemas métrico decimal,
sendo utilizadas em países de língua inglesa. Observe as igualdades abaixo:
Pé = 30,48 cm
Polegada = 2,54 cm
Jarda = 91,44 cm
Milha terrestre = 1.609 m
Milha marítima = 1.852 m
Observe que:
1 pé = 12 polegadas
1 jarda = 3 pés
A leitura das medidas de comprimentos pode ser efetuada com o auxílio do quadro de unidades.
Exemplos:
Leia a seguinte medida: 15,048 m.
Sequência prática:
1º) Escrever o quadro de unidades:
km hm dam m dm cm mm
2º) Colocar o número no quadro de unidades, localizando o último algarismo da parte inteira sob a sua
respectiva.
km hm dam m dm cm mm
1 5, 0 4 8
3º) Ler a parte inteira acompanhada da unidade de medida do seu último algarismo e a parte decimal
acompanhada da unidade de medida do último algarismo da mesma.
15 metros e 48 milímetros
Outros exemplos:
6,07 km ( lê-se "seis quilômetros e sete decâmetros")
82,107 dam (lê-se "oitenta e dois decâmetros e cento e sete centímetros")
0,003 m (lê-se "três milímetros")
168
Observe as seguintes transformações:
Transforme 16,584hm em m.
km hm dam m dm cm mm
Para transformar hm em m (duas posições à direita) devemos multiplicar por 100 (10 x 10).
16,584 x 100 = 1.658,4
Ou seja:
16,584hm = 1.658,4m
Transforme 1,463 dam em cm.
km hm dam m dm cm mm
Para transformar dam em cm (três posições à direita) devemos multiplicar por 1.000 (10 x 10 x 10).
1,463 x 1.000 = 1,463
Ou seja:
1,463dam = 1.463cm.
Transforme 176,9m em dam.
km hm dam m dm cm mm
Para transformar m em dam (uma posição à esquerda) devemos dividir por 10.
176,9 : 10 = 17,69
u seja:
176,9m = 17,69dam
Transforme 978m em km.
km hm dam m dm cm mm
Para transformar m em km (três posições à esquerda) devemos dividir por 1.000.
978 : 1.000 = 0,978
Ou seja:
978m = 0,978km.
Observação: para resolver uma expressão formada por termos com diferentes unidades, devemos
inicialmente transformar todos eles numa mesma unidade, para a seguir efetuar as operações.
Perímetro de um polígono
169
Pentágono Hexágono
P=l+l+l+l+l P=l+l+l+l+l+l
P=5·l P=6·l
Comprimento da circunferência
Um pneu tem 40cm de diâmetro, conforme a figura. Pergunta-se: cada volta completa deste pneu
corresponde na horizontal a quantos centímetros?
Medindo essa dimensão, você encontrará aproximadamente 125,6cm, que é um valor um pouco
superior a 3 vezes o seu diâmetro. Vamos ver como determinar este comprimento por um processo
não experimental.
Você provavelmente já ouviu falar de uma antiga descoberta matemática:
170
Dividindo o comprimento de uma circunferência (C) pela medida do seu diâmetro (D), encontramos
sempre um valor aproximadamente igual a 3,14.
Assim:
O número 3,141592... corresponde em matemática à letra grega (lê-se "pi"), que é a primeira lera
da palavra grega perímetro. Costuma-se considera = 3,14.
Logo:
Utilizando essa fórmula, podemos determinar o comprimento de qualquer circunferência.
Podemos agora conferir com auxílio da fórmula o comprimento da roda obtido
experimentalmente.
C=2 r C = 2. 3,14 · 20 C = 125,6 cm
Medidas de superfície
Introdução
As medidas de superficie fazem parte de nosso dia a dia e respondem a nossas perguntas mais
corriqueiras do cotidiano:
Qual a área desta sala?
Qual a área desse apartamento?
Quantos metros quadrados de azulejos são necessarios para revestir esta piscina?
Qual a área dessa quadra de futebol de salão?
Qual a área pintada dessa parede?
Superfície e área
Superficie é uma grandeza com duas dimensões, enquanto área é a medida dessa grandeza,
portanto, um número.
Metro quadrado
A unidade fundamental de superfície chama-se metro quadrado. O metro quadrado (m2) é a medida
correspondente à superfície de um quadrado com 1 metro de lado.
Unidade
Múltiplos Submúltiplos
Fundamental
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
1.000.000m 10.000m2
2
100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2
O dam2, o hm2 e km2 sao utilizados para medir grandes superfícies, enquanto o dm2, o cm2 e o
mm2 são utilizados para pequenas superfícies.
Exemplos
1) Leia a seguinte medida: 12,56m2
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
12, 56
Lê-se "12 metros quadrados e 56 decímetros quadrados". Cada coluna dessa tabela corresponde a
uma unidade de área.
Medidas agrárias
As medidas agrárias são utilizadas parea medir superfícies de campo, plantações, pastos, fazendas,
etc. A principal unidade destas medidas é o are (a). Possui um múltiplo, o hectare (ha), e um
submúltiplo, o centiare (ca).
Unidade
hectare (ha) are (a) centiare (ca)
agrária
Equivalência
100a 1a 0,01a
de valor
Lembre-se:
1 ha = 1hm2
1a = 1 dam2
1ca = 1m2
Medidas de volume
Introdução
Frequentemente nos deparamos com problemas que envolvem o uso de três dimensões:
comprimento, largura e altura. De posse de tais medidas tridimensionais, poderemos calcular medidas
de metros cúbicos e volume.
Metro cúbico
A unidade fundamental de volume chama-se metro cúbico. O metro cúbico (m3) é medida
correspondente ao espaço ocupado por um cubo com 1 m de aresta.
Múltiplos e submúltiplos do metro cúbico.
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Unidade
Múltiplos Submúltiplos
Fundamental
quilômetro hectômetro decâmetro decímetro centímetro milímetro
metro cúbico
cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
1.000.000 0,000000001
1.000.000.000m3 1.000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3
m3 m3
A leitura das medidas de volume segue o mesmo procedimento aplicado às medidas lineares.
Devemos utilizar, porém, três algarismos em cada unidade no quadro. No caso de alguma casa ficar
incompleta, completa-se com zero(s). Exemplos:
Leia a seguinte medida: 75,84m 3
Para transformar m3 em dm3 (uma posição à direita) devemos multiplicar por 1.000.
2,45 x 1.000 = 2.450 dm3
Pratique! Tente resolver esses exercícios:
1) Transforme 8,132 km3 em hm3 (R: 8132 hm3)
2) Transforme 180 hm3 em km3 (R: 0,18 km3)
3) Transforme 1 dm3 em dam3 (R: 0,000001 dam3)
4) Expresse em metros cúbicos o valor da expressão: 3.540dm3 + 340.000cm3 (R: 3,88 m3)
Medidas de massa
Introdução
Observe a distinção entre os conceitos de massa e peso:
Massa é a quantidade de matéria que um corpo possui, sendo portanto constante em qualquer lugar
da terra ou fora dela.
Peso de um corpo é a força com que esse corpo é atraído (gravidade) para o centro da terra. Varia de
acordo com o local em que o corpo se encontra.
173
Por exemplo: a massa do homem na Terra ou na Lua tem o mesmo valor. O peso, no entanto, é seis
vezes maior na terra do que na lua. Explica-se esse fenômeno pelo fato da gravidade terrestre ser 6
vezes superior à gravidade lunar.
Obs: A palavra grama, empregada no sentido de "unidade de medida de massa de um corpo", é um
substantivo masculino. Assim 200g, lê-se "duzentos gramas".
Quilograma
A unidade fundamental de massa chama-se quilograma.
O quilograma (kg) é a massa de 1dm3 de água destilada à temperatura de 4ºC.
Apesar de o quilograma ser a unidade fundamental de massa, utilizamos na prática o grama como
unidade principal de massa.
Múltiplos e submúltiplos do grama
Unidade
Múltiplos Submúltiplos
principal
quilograma hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama
kg hg dag g dg cg mg
1.000g 100g 10g 1g 0,1g 0,01g 0,001g
Observe que cada unidade de volume é dez vezes maior que a unidade imediatamente inferior.
Exemplos:
1 dag = 10 g
1 g = 10 dg
A leitura das medidas de massa segue o mesmo procedimento aplicado às medidas lineares.
Exemplos:
Leia a seguinte medida: 83,731 hg.
kg hg dag g dg cg mg
8 3, 7 3 1
Lê-se "83 hectogramas e 731 decigramas".
Leia a medida: 0,043g.
kg hg dag g dg cg mg
0, 0 4 3
Lê-se " 43 miligramas".
Relações importantes
Podemos relacionar as medidas de massa com as medidas de volume e capacidade. Assim, para
a água pura (destilada) a uma temperatura de 4ºC é válida a seguinte equivalência:
1 kg <=> 1dm3 <=> 1L
São válidas também as relações:
1m3 <=> 1 Kl <=> 1t
1cm3 <=> 1ml <=> 1g
Observação:
Na medida de grandes massas, podemos utilizar ainda as seguintes unidades especiais:
1 arroba = 15 kg
1 tonelada (t) = 1.000 kg
1 megaton = 1.000 t ou 1.000.000 kg
Medidas de capacidade
Introdução
A quantidade de líquido é igual ao volume interno de um recipiente. Afinal, quando enchemos este
recipiente, o líquido assume a forma do mesmo. Capacidade é o volume interno de um recipiente.
A unidade fundamental de capacidade chama-se litro. Litro é a capacidade de um cubo que tem 1dm
de aresta.
1l = 1dm3
Múltiplos e submúltiplos do litro
kl hl dal l dl cl ml
2, 4 7 8
Lê-se "2 decalitros e 478 centilitros".
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1) Transforme 7,15 kl em dl (R: 71.500 dl)
2) Transforme 6,5 hl em l (R: 650 l)
3) Transforme 90,6 ml em l (R: 0,0906 l)
4) Expresse em litros o valor da expressão: 0,6m3 + 10 dal + 1hl (R: 800 l)
Medidas de tempo
Introdução
É comum em nosso dia a dia ouvirmos perguntas do tipo:
Qual a duração dessa partida de futebol?
Qual o tempo dessa viagem?
Qual a duração desse curso?
Qual o melhor tempo obtido por esse corredor?
Todas essas perguntas serão respondidas tomando por base uma unidade padrão de medida de
tempo.
A unidade de tempo escolhida como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo.
Segundo
O Sol foi o primeiro relógio do homem: o intervalo de tempo natural decorrido entre as sucessivas
passagens do Sol sobre um dado meridiano dá origem ao dia solar.
Múltiplos
minutos hora dia
min h d
60 s 60 min = 3.600 s 24 h = 1.440 min = 86.400s
Outras importantes unidades de medida
mês (comercial) = 30 dias
ano (comercial) = 360 dias
ano (normal) = 365 dias e 6 horas
ano (bissexto) = 366 dias
semana = 7 dias
quinzena = 15 dias
bimestre = 2 meses
trimestre = 3 meses
quadrimestre = 4 meses
semestre = 6 meses
biênio = 2 anos
lustro ou quinquênio = 5 anos
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década = 10 anos
século = 100 anos
milênio = 1.000 anos
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