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Síntese

A nova razão do mundo: Um ensaio sobre a sociedade neoliberal.


Por: R.M.Lehnemann

O francês Christian Laval, doutor em sociologia pela Universidade Paris-X Nanterre, membro
do Groupe d’étude et d’observation da démocratie e do Centro Bentham e vice-presidente do
Institut de recherches da Fédération syndicale unitaire é um pesquisador dos especializado na
filosofia utilitarista de Jeremy Bentham. Seu trabalho visa expor a lógica do pensamento
neoliberal e situá-lo me meio a evolução das mentalidades contemporâneas. Pierre Dardot
doutor em doutor em ciências humanas (filosofia) pela Universidade de Paris Ouest Nanterre La
Défense, especializado em Hegel e Marx, coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Marx,
desde 2004. Juntos eles nos trazem este estudo que visa fazer uma análise sobre a evolução do
pensamento neoliberal, que objetiva trazer uma análise sobre sua constituição, cuidadosamente
trazendo uma crítica a respeito de suas contradições e expondo seu a forma a qual tecem seus
valores.

O autor inicia seu discurso tecendo uma crítica as argumentos, tanto liberais quando antiliberais
e na forma como ambos tratam a separação do mercado, como se este fosse uma estrutura a
parte, não relacionada com a sociedade ou a politica. Em seguida ele nos problematiza, o fato de
que aqueles que veemente defende uma postura laissez-faire (termo francês que simboliza o
liberalismo econômico, na versão mais pura de capitalismo de que o mercado deve funcionar
livremente), se postando como livre cambistas, mas fazendo uso de gestão consciente para
controle da produção e salários, objetivando o controle maior sobre a oferta e procura.

Em seguida o autor busca relembrar que o neoliberalista não objetiva de fato o fim do estado,
mas uma restruturação em sua postura, abrindo mão de um estado produtor para um estado
regulador, que esteja sujeito as mesmas regras que as empresas privadas no tange a
concorrência e a exigência por eficácia. Sendo justamente no que tange a eficácia que o autor
tece sua crítica ao estado, a falta de eficácia e produtividade faz com que o estado se torne caro
demais para um ambiente globalizado, pois seu retorno não condiz com seu investimento,
apontando que isto ocorre em virtude do fato de o estado não estar sujeito as mesmas regras que
a iniciativa privada, conforme falamos anteriormente. Isso tudo acaba por gerar entraves
econômicos desnecessários e prejudiciais.

Assim fazendo mão desses argumentos movimentos de direita neoliberais começaram


lentamente a mudar a influenciar a forma como se percebe o estado e suas ações, colocando-o
na mesma posição das empresas de capital privado e levantando questionamentos quanto a sua
burocratização, custos e eficácias, gerando assim um movimento de desvalorização do estado.
Este posicionamento fez emergir assim uma visão de Estado-Empresa, que estaria através da
pressão popular por resultados e eficácia em um situação similar a do capital privado frente a
seus concorrentes.

Assim ao observar essa nova configuração do poder público, o autor nos trás o termo
governança, que uma vez trazido de volta de seu conceito original, foi definido sobre uma ótica
neoliberal de como as três dimensões do poder, a condução das empresas, a condução dos
estados e a condução do mundo. Desta forma o autor, nos mostrar que o estado empresa é
regido pela boa governança em detrimento a soberania, apontando-nos que em um mundo
globalizado, indicando-nos que frente a um mundo globalizado, a ação do governo frente ao
capital privado e a bolsa de valores é mais importante que a capacidade de impor-se sobre seu
território. Desta forma, sob uma ótica neoliberal, a boa governança pode ser medida através de
métricas também aplicadas as ações de empresas privadas, mostrando o risco que temos ao
investir naquela território. Desta maneira podemos ver a influência do capital no nosso dia a dia,
quando as ações e as falas do presidente Jair Bolsonaro, por diversas vezes, fizeram as bolsas de
valores nacionais caírem e o dólar subir. Este efeito é esta de forma apontando-os os resultados
das métricas de confiabilidade do mercado exterior no nosso território.

Em seguida o autor tece uma crítica a chamada hibridização das ações do estado, que é quando
parte da responsabilidade de uma ação é passada ao setor privado, acreditando que a pressão da
concorrência o faria buscar um posicionamento mais efetivo, dispensando assim a necessidade
da criação de uma nova lei de regulação. Esses mecanismos híbridos, conforme aponta o autor,
permitiu que os vigiados criassem as regras da própria vigia, permitindo assim através da uma
série de mecanismos a quebra sistêmica de bancos que fez surgir a crise de financeira 2007-
2008 nos EUA.

O autor em seguida levanta o ponto da Pesquisa & Desenvolvimento, que se torna necessária
para que haja distinção entre produtos e serviços prestados, mas que muitas vezes é feita com
ações conjuntas de grandes oligopólios, que visam diluir assim os riscos e os investimentos.
Podemos fazer aqui uma leitura direcionada a campos da tecnologia como VR/AR, que
caracterizam-se como grandes tendências mas que ainda estão no campo da P&D no tange o
estudo quando sua real aplicabilidade, um exemplo que posso citar é a WaveEngine
(https://waveengine.net/Industries), que é uma tecnologia para o desenvolvimento de aplicações
VR/AR que é atualmente mantida por um série de grandes empresas, como por exemplo, a
Microsoft. Retomando ao argumento do autor, outro ponto que ele nos trás aqui é a questão de
como o um estado regulador, tente através do argumento do bem comum, favorecer o lado
empresarial em detrimento dos assalariados. Desta forma o estado concorrencial, é na verdade o
estado parceiro dos grandes oligopólios.

A visão que o autor nos trás frente ao capital humano, expõe-nos a de certa forma a frieza da
visão neoliberal sobre o que se caracteriza como sociedade, em seus argumentos ele apresenta
sob esta ótica o estado passa a ver sua população como um recurso, um diferencial, que estaria a
disposição das empresas como uma forma de atrair a presença de grande oligopólios. Assim
investimentos em educação e saúde, não objetivam o bem estar comum e sim criação de uma
mão de obra mais capacitada e saudável.

O autor evidencia as mudanças no estado do “bem-estar”, visto pelos movimentos neoliberais


como uma fábrica de ineficácia. Segundo afirma a mudança no posicionamento do estado deve-
se a uma maior valorização do empresariado, criando nele uma visão de provedor de progresso,
desenvolvimento, renda e emprego, classificando conjunto dessas novas praticas como o
gerencialismo. Desta forma o autor expões o posicionamento neoliberal no que tange
novamente o discurso da eficacia, afirmando que a atuada concorrência como o doutrinador da
inciativa privada, forçando-a a adaptar-se sempre buscando a maior eficácia. Desta forma ações
estatais que estariam livres desta doutrina, teriam um posicionamento menos eficaz, por isso o
neoliberalismo busca um estado regular em detrimento de um estado produtor, um estado que
seja capaz de terceirizar suas atividades de produção, cujo papel é fazer uso ferramentas e meios
para que a inciativa privada haja livremente mas mantendo o equilíbrio e garantindo sempre a
manutenção da concorrência.

Na seção seguinte o autor começa a no apresentar a teoria do autor egoísta e racional, para isso
ele inicia sua fala colocando a produção do estado e os serviços públicos no mesmo campo dos
serviços privados, tecendo assim uma crítica ao custo e a eficácia. Desta forma ele afirma que se
paga mais caro por um bem público do que por um privado, e da mesma maneira se paga mais
caro por um bem privado regulamentado do que por um não regulamentado. Podemos então
alinhar essa fala em relação a percepção que temos tanto da saúde quanto da segurança, se
efetivamente pagamos por segurança pública através de impostos, por que temos a necessidade
de pagar novamente por segurança privada? Ou se de mesma forma pagamos por saúde publica,
por que a necessidade de se ter uma plano de saúde privado? Isso claramente nos mostra a força
do impacto do argumento neoliberal sobre o cidadão médio, mas conforme aponta Milton
Santos em a A Globalização do Lado de Cá, nem todos tem acesso ou a necessidade de se pagar
por esses serviços adicionais. Por isso é interessante se observar como ambas as falas
convergem sobre óticas diferentes neste ponto, ou seja até que ponto o argumento neoliberal
tem influência? Até que ponto ele é efetivamente racional? Ou seja será que posso realmente
afirmar que seria mais barato e eficiente a um cidadão de classe baixa, que depende do SUS
para obter tratamento médico essencial, contratar um plano de saúde privada que certamente
estaria fora de seu alcance? E é justamente aqui que entre a importância da fala das novas
mídias, que dão voz a esses cidadãos menos favorecidos, trazendo a tona a fragilidade e a
limitação dos argumentos neoliberais.

Retornando ao texto, em seguida o autor nos trás uma posição frente aos interesses do
funcionalismo público e sua vulnerabilidade as influências escusas da corrupção, ele então
aporta um solução panóptica. Tendo em vista a necessidade de que os interesses do
funcionalismo público sejam os mesmos do interesse público, adotar medidas de vigilância e
transparência colocam tando os funcionários, quando de certa forma os próprios governantes e
ministros em uma situação de vigia continua, que desincentiva atos egocêntricos e ilegais, o
medo de ser pego é muitas vezes maior que as chances disso acontecer, mesmo assim age como
um agente refreador.

Um ponto controverso trazido pelo autor é no que se referem as politicas de recompensa


Benthianas, que são propostas como medidas para evitar a comum ociosidade dos funcionários
públicos. No entanto levanto um questionamento contra essa argumento, que mais uma vez
torna-se válido a classes médias. Se um funcionário público, como um médico, receber sua
remuneração frente ao número de pacientes atendidos, qual seria o seu interesse em atuar em
regiões onde esse número é baixo? Isso hoje torna-se evidente pela falta de médicos presentes
em comunidades nordestinas isoladas, mesmo tendo uma remuneração igual a de um médico
plantonista, ainda existe a necessidade de contratar mão de obra estrangeira, neste caso cubana,
pois não existe interesses pessoais referentes a qualidade de vida nessas comunidades que
motivem médicos a lá atuarem, indiferente sua remuneração. Neste ponto, afirma que um
funcionário público deve receber mediante a sua produção nos leva a dois cenários
problemáticos, primeiro o eventual desamparo de ambientes “pouco produtivos” e o disperdicio
em obras e ações desnecessárias, cujo único objetivo é gerar necessidade.

E este argumento, ironicamente faz-se valer quando o auto inicia sua critica aos burocratas,
trazendo-nos o argumento de que enquanto a inciativa privada busca maximizar seu lucro,
burocratas busco maximizar seu orçamento. E isso de certa forma está diretamente ligada ao
argumento da posto sobre a merotratização dos salários, onde a repartição que recebe mais
investimento é a repartição que se torna mais necessária, logo a que mais atua e que mais
produz, sobrando a demais criar uma necessidade de sua existência e fazendo assim emergir a
burocracia. Em meu ponto vista visualizar a maquina pública sobre a ótica dos três E’s
(eficiência, economia e eficácia), é justamente um fato para a emergência de politicas ineficazes
e desperdício de recurso público com ações desnecessária, ou seja é fazer emergir aquilo que se
quer evitar.

Os argumentos seguintes do autor se alinham com que foi dito, ou seja existe forma-se aqui um
paradoxo no posicionamento neoliberal, inicia-se primeiro uma desvalorização do dever
público, em seguida abordando um argumento de meritocratização de remunerações para por
fim usar dos próprios resultados como argumentos para a necessidade de uma abordagem
neoliberal mais efetiva. Ou seja, em minha opinião neste ponto percebo que a ordem de
argumentação a linha de pensamento traçada pelo autor, coloca o pensamento neoliberal na
mesma posição que os processos burocráticos que ele questiona, ou seja, esses movimentos
específicos do neoliberalismo surgem apenas para dar sentido a própria existência do
neoliberalismo no que tange ao conceito aqui abordado.

Em seguida o autor tece um argumento questionando o posicionamento democrático da


sociedade, uma vez visto que seriam as minorias menos favorecidos em sua realidade as
maiorias eleitorais, ele argumenta que nesta ótica seriam eleitos governantes que favoreceriam
uma distribuição injusta de recursos, fazendo os ricos pagarem no peso dos impostos, os
programas sociais e auxílios. Mais uma vez trazendo argumentos que fazem sentido a um
cidadão médio e que vão contra aquilo argumentado por Milton Santos. Para acreditarmos em
uma sociedade puramente meritocrática, precisamos levar em consideração que todos tem as
mesmas condições iniciais de competitividade, o que só seria possível ironicamente, em um
ambiente mais Marxista. Defender argumentos que favoreçam a mera subsistência e visualizar o
comum popular como mão de obra se qualificada, apenas leva-nos a crer no argumento
neoliberal como uma forma criar processos retro sustentáveis, que favorecem a consolidação de
um panorama de governados e governantes, somos todos peças de uma grande máquina sendo
aos donos das máquinas, os únicos aos quais são reservados os direitos de lazer e qualidade de
vida.

No restante da seção o autor reforça sob esses argumentos a importância de se pensar em um


estado empresa, como uma eventual solução para o problemas oriundos da próprias atitude
neoliberal de desvalorização do servido e do produto público. No entanto os valores e soluções
propostos, não de fato solucionam o problema mas o retroalimentam, assim o autor propões
instaurar uma estímulos aos burocratas que objetivarem por atitudes mais econômicas, o que
eventualmente leva ao sucateamento do serviço público, que por sua vez perde a efetividade,
fazendo que com o argumento neoliberal não se sustente. Ou seja, observando deste ponto vista
o argumento neoliberal vive de forma similar aos processos burocráticos por ele tão
abominados, o dilema de se tornar necessário para ser reconhecido.

É no monopólio que reside o fim do argumento neoliberal, se não há concorrência não há busca
por eficiência ou economia, o autor defende a importância da regulação do governo para evitar a
consolidação de monopólios, sejam ele políticos ou não. Outro ponto defendido pelo autor aqui
é a redução da máquina pública, seriam todos os servidores realmente necessários? Ele nos trás
dados referentes a movimentos vividos nos anos de 1993 e 1994 nos governos Americano e
Canadense, onde houve uma grande redução da máquina pública com a extinção de centenas de
milhares de cargos públicos. Em uma análise breve do governo FHC na mesma época, é
possível evidenciar que este foram um movimento global, visto que mesmo aqui no Brasil
tivemos atitudes similares. É interessante trazer aqui uma observação da relação entre a
burocracia e o neoliberalismo, se por um lado o governo tende a inchar-se, por outro o os
grandes oligopólios tentem ao monopólio, sendo somente através dos discursos concorrentes de
ambos os argumentos a obtenção de um equilíbrio evitando assim situações desfavoráveis ao
estado e ao mercado.

A partir das seções seguintes o autor começa a tratar da caracterização e análise de quem é o
sujeito liberal, aqui o autor pontua a importância de se utilizar das vontades e dos desejos do
sujeito para guiá-lo, o sujeito movido pelo medo e pela vigilância não tem a mesma eficácia do
sujeito movido por si mesmo. Ou seja, para que possa atingir o máximo produtivo do neosujeito
é necessário integrá-lo, fazê-lo sentir parte integrar do todo, fazendo assim emergir o
comprometimento inato. Ainda somos livre patifes guidados pelos sentimos egoístas que nos
movem, mas o que mudou agora é quais são esses sentimentos. Sob essa ótica eu não estou
produzindo para outro senão para mim mesmo, é no exercício do meu ofício que eu demonstro
meu valor e meu diferencial. Desta forma o neosujeito se coloca no papel do eu empresa,
passando então visualizar seus potenciais como diferenciais de mercado, que nos fazem mais
atrativos e qualificados.

No entanto por mais válido que este argumento seja, o ótica neoliberal tem suas falhas, quando
olhamos para o neosujeito em seu mais puro conceito, estamos aceitando que ele é o
responsável por seus próprios resultados e falhas, ele é o único culpado por seus insucessos.
Novamente um argumente válido para cidadãos médios, mas como evidência Milton Santos,
não se aplica a todos os sujeitos. Embora existe um grau de validade nesta abordagem, nem
todos tem as mesmas condições iniciais, o próprio posicionamento politico neoliberal é um dos
responsáveis por isso ao situar os menos favorecidos, ou melhor dizendo, os menos efetivos a
margem.

Em uma situação de um estado meramente regulador, onde o investimento público nas bases da
sociedade visa apenas o da sub existência, qual seriam as chances desse indivíduo, doutrinado
pela fome e pela necessidade, forçado a escolhas sub existências a uma justa concorrência com
os filhos dos médios, educados e capacitados.

Outro ponto importante fica na fragilidade estrutural do sistema, que pode ser apontada na atual
crise mundial, a pandemia de Covid-19, que prevê retrocessos comparáveis ao da grande
recessão. Ao observamos a ótica americana, o sujeito que não trabalha, não recebe, ele é
responsável por si mesmo, logo quando uma situação atípica e previsível, conforme apontam os
discursos de Barack Obama em 2015, se acomete sobre ele o que vemos é uma crise geral e
sistemática. O sujeito responsabilizado adoece e se endivida, seu endividamento prejudica o
fluxo de caixa, pois quem não está doente está temendo ficar. A crise então sobre para o nível
seguinte, afetando a gestão que tem que ligar com resultados fracos e que movidos pela
incerteza, acabam por tomar medidas ainda mais prejudiciais a base, fazendo assim com que o
colapso se retro alimente.

Sendo assim pensar em investir em uma saúde capaz de atender a todos é um bom investimento,
conforme afirmava Obama. A preservação das camadas de base é essencial a manutenção do
todo e isso já era evidenciado no fordismo, a ótica neoliberal não está de todo errada, é
necessário perceber que assim como o livre comércio carece de um regulação, o neosujeito
carece de um amparo. Assim um sujeito engajado e motivado, que tenha uma sensação de
proteção e retorno será ainda mais produtivo e fidelizado que o neosujeito puro. Pois da mesma
forma como vimos em na crise de 2007-2008 a crise do livre comércio, hoje na crise de 2020
vemos a crise do livre sujeito.

Aqui é importante discorrer um pouco sobre a importância das novas tecnologias frente ao
posicionamento dos neosujeitos, se em tempos passados, como aponta Milton Santos, as
minorais em suas maiorias eram apartadas das decisões e marginalizadas, muitas vezes tendo
seu direito a livre expressão reprimidos por interesse econômicos e políticos, foi na emergência
das novas mídias e meios que se fizeram ouvir.

Assim como toda a empresa, todo o sujeito em meio social necessita da propaganda para expor
seus diferenciais, qualidade ou expor os problemas e vulnerabilidades de seus concorrentes. Ao
libertar-se de uma mídia especializada, que filtrava suas vozes, as minorias marginalizadas
puderam então perceber suas situações e sua força. Dando origem a movimentos sociais que
passaram a repudiar posturas e condutas, expomos o meio corporativo da mesma forma que o
neoliberismo expôs a as fragilidades dos bens públicos e das políticas publicas e ineficazes.

E no seio dessa sociedade, defendida por alguns como sensível, percebemos que as empresas
passaram a ser julgadas pelas suas condutas da mesma forma como julgam a iniciativa pública,
assim quando o dono de uma grande rede como a Havan ou a Madero de posiciona de forma
controversa ao senso do bem comum, ele vê seus valores e bens se reduzirem da mesma forma
como as bolsas oscilam frente aos posicionamentos políticos.

Em sua conclusão o autor busca expor a concorrência como real regulador do livre mercado e a
importância do estado regulador no papel da manutenção desta, e aponta o pensamento
neoliberal como importante fator nossa constituição como profissionais, exercício de nossas
atividades e na maneira como vivemos e em sociedade. No entanto existe a necessidade de
sempre pensarmos nos contra pontos sociais, da mesma forma que o mercado necessita de um
estado regulador, o neosujeito necessita de uma empresa reguladora, que proteja seus interesses
e garanta a ele as condições para que se torne produtivo e competitivo.

Desta forma busco tecer uma crítica ao autor, da mesma maneira como ele evidência que a
dissolução indevida dos riscos no âmbito bancário, levou a perda da ótica do real risco e a falha
sistemática do sistema na crise de 2007-2008, hoje vemos que o posicionamento similar da
dissolução do risco sobre o indivíduo sem métricas ou controles nos levou a uma crise
humanitária sem precedentes, onde a falha sistemática envolve todos níveis e estruturas sociais.
Em nosso ímpeto de buscar um laissez-faire contemporâneo, abrimos mão dos mecanismos de
monitoramento de risco e expomos nossos sistema a falha catastrófica.

Desta forma concluo afirmando que mais do que nunca devemos rever nossos valores,
compreender que a necessidade de criar não um estado regulador, mas uma sociedade
reguladora, precisamos romper com os monopólios sociais que nos enquadram e nos
marginalizam, mais do que nunca temos uma visão ampla do risco de negligenciar o todo e de
aceitar a subsistência. Precisamos observar manifestações sociais que evidenciam as
fragilidades vividas pela população falhas no grande produto social neoliberal, pois se o estado
é a empresa e a sociedade o cliente, o que percebemos é que o cliente está a reclamar.

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