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Contabilidade Ambiental
Profª Maria Mariete Aragão Melo Pereira

Capítulo 4
Ativo Ambiental

O Comitê de Pronunciamento Contábil (CPC), em seu documento intitulado “Estrutura


Conceitual Básica para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis” (2008),
define o ativo como sendo “um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos
passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade”.

Assim, ativos ambientais são os recursos que a empresa utiliza com a finalidade de controle,
preservação e recuperação do meio ambiente. Se os gastos ambientais podem ser enquadrados
nos critérios de reconhecimento de um ativo, devem ser classificados como tais. Esses gastos
tanto podem ser classificados no ativo circulante como no ativo não circulante.

No que tange ao ativo ambiental, para Tinoco e Kraemer (2011, p. 153) os benefícios
econômicos futuros se dão por meio de:
 Aumento da capacidade ou aumento da segurança ou eficiência de outros ativos da
empresa;
 Redução ou prevenção de provável contaminação ambiental resultante de futuras
operações, ou seja, eliminação de passivos ambientais; ou ainda,
 Conservação do meio ambiente.

São exemplos de ativos ambientais:


 Os estoques ambientais: devem ser classificados nesta conta os estoques de materiais,
produtos em processo ou produtos acabados, relacionados com o objetivo de proteção,
preservação ou recuperação ambiental. São classificados nesta conta os insumos,
peças, acessórios e outros materiais utilizados no processo de eliminação ou redução
dos níveis de poluição e de resíduos. De acordo com Costa (2012, p.58) são exemplos
de estoques ambientais: “os estoques de produtos reciclados, os bens frutos do
processo produtivo normal, anteriormente descartados, e que a empresa está
reciclando para serem vendidos ou utilizados como matéria-prima pela própria
entidade ou por outras empresas”.

 Os investimentos em certificados negociáveis em mercado aberto como, por exemplo,


os certificados pela redução da emissão de gases de efeito estufa. Classificam-se ainda
como investimentos ambientais os gastos com florestamento ou aquisição de florestas
com o objetivo de recuperar o meio ambiente ou mantê-lo preservado.

 Os ativos imobilizados, como máquinas, equipamentos, instalações ou outros recursos


de tecnologia de prevenção, mitigação e conservação do meio ambiente. São exemplos
de imobilizados ambiental de efluentes ou motores que emitem menos, ou não emitem
gases tóxicos no meio ambiente, bem como reflorestamentos realizados pela entidade.
(Costa, 2012, p.60-61). O imobilizado ambiental está sujeito a depreciação ou
exaustão.

No Ativo não Circulante, convém destacar o tratamento dado ás ações de florestamento e


reflorestamento, que conforme Costa (2012, p. 66) são:

 Se o gasto for realizado com o objetivo de reflorestamento, o ambiente


natural degradado, sem que haja a pretensão de continuar degradando, ou
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Profª Maria Mariete Aragão Melo Pereira

seja, a entidade realiza o gasto com o objetivo de recuperar o meio


ambiente, deve ser registrado como Investimento ambiental.
 Se o gasto for realizado com o objetivo de aplicação da madeira desses
florestamentos ou reflorestamentos no processo produtivo, a classificação
será Imobilizado ambiental (e sofrerá exaustão).

A Divisão para desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (2001) postula que para
determinar os ativos em termos ambientais se faz necessário que todos os ativos sejam
avaliados separadamente por meio de um processo de cooperação entre o gestor ambiental (ou
responsável dessa área) e os membros da equipe de proteção ambiental, uma vez que a
contabilidade tradicional não faz a distinção entre os ativos fixos para tratamento das
emissões de poluentes, tecnologias mais limpas, e os outros ativos existentes na empresa.

Isso tem provocado discussão no que concerne à identificação e consequentemente, à


classificação dos ativos ambientais. Para Ribeiro e Gratão (2000), essas tecnologias
compreendem novos meios de produção, dotados de mecanismos que impedem a produção de
refugos. Tratando-se de meios de produção e transformação, são ativos operacionais
propriamente ditos e não ativos ambientais. Vale ressaltar que a classificação de um ativo em
ativo ambiental difere de uma empresa para outra, tendo em vista os diferentes processos face
às diversas atividades econômicas.

Tinoco e Kraemer (2011) consideram que os ativos operacionais podem sofrer desgaste
acelerado em função de sua exposição a poluição. Assim, para os autores, a depreciação
acelerada deve ser considerada como custo ambiental. Como exemplo, pode-se citar o caso
das instalações de uma hidrelétrica que estão corroídas pela poluição, por causa do contato
diário com as águas poluídas de um rio.

Atividades desta unidade


Faca os lançamentos contábeis dos eventos a seguir, de acordo com a ótica da Contabilidade
Ambiental.
1. Gasto com reciclagem de bens originados do processo produtivo normal, anteriormente
descartados, que serão utilizados como matéria-prima pela própria entidade no valor de R$
400.
2. Aquisição de 2.000ha de floresta nativa com o objetivo de preservar como reserva
florestal, conforme escritura pública no valor de R$20.000.
3. Gastos realizados no valor de R$38.000 para a conservação de reserva florestal visando
manter a biodiversidade.
4. Aquisição de filtros antipoluentes por R$ 14.000.
5. Gastos com aquisição de mudas para reflorestamento de eucalipto a ser utilizado no
processo produtivo, no valor de R$ 180.
6.Gastos de R$ 85.000 com construção de obras para escoamento das águas superficiais e
quebra-ventos (paisagismo).

REFERÊNCIAS
Costa, Carlos Alexandre Gehm da. Contabilidade ambiental: mensuração, evidenciação e
transparência. São Paulo: Atlas, 2012.
Pereira, Maria Mariete Aragão Melo. Contabilidade Ambiental. Vitória: UFES, Núcleo de
Educação Aberta e a Distância, 2012. (Referências completas estão no fascículo)

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