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EXCELENTÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE

VILHENA-RO

JOHN WAKE, menor impúbere, portador do CPF/MF nº


00000000000000 e CI.RG nº 00000000– SESDEC/RO, residente e domiciliado á Rua
0000000000, na Comarca de Vilhena/RO, CEP 76980-000, neste ato representado por sua
genitora MAMÃE CORUJA, ... qualifificação completa , representada por seus
advogados em epígrafe,vem à presença de Vossa Excelência, propor

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A, pessoa jurídica de


direito privado, devidamente inscrita no CNPJ sob n. XXXXXXXXXXXXXXX, com sede
estabelecida à Av. XXXXXXXXXXXXX , Tel (11) XXXXXX, o que faz com base nos
argumentos de fato e direito a seguir:

I- DOS FATOS
Na data de 27/12/2019 o Autor junto com sua genitora, procedeu uma
viagem com destino a cidade de Curitiba/PR, para realização de exames médicos da
mesma, devido ao grau de complexibilidade de suas doenças (ansiedade e gastrite crônica),
código localizador do bilhete XXXXXXX .

Entretanto ao pousarem inesperadamente ás 19h:00min no aeroporto


de Londrina/PR, foram informados de que o vôo seria cancelado, pois a aeronave estaria
apresentando problemas técnicos.

Sem entender ao certo o que estava acontecendo sua genitora procurou


um agente da empresa aérea para esclarecer o ocorrido, foi quando informaram que o vôo
teria sido cancelado e que não haveria outro vôo para cidade de Curitiba/PR naquela data.

Inconformada com tal situação sua genitora requereu que fosse tomada
alguma providência sobre o fato, porém a empresa aérea apenas se desculpou e propôs que
o Autor e sua genitora concluíssem sua viagem no dia seguinte, 28/12/2019.

Enquanto nenhuma informação concreta foi passada, o Autor e sua


genitora foram encaminhados a uma sala de espera da empresa aérea, onde passaram frio e
fome.

Excelência, não lhes foram oferecidos sequer água potável, e somente


por volta da 00h:00min, após a genitora do Autor inconformada com a situação inquirir
suporte a um agente da empresa Requerida, que lhes entregaram um vale alimentação no
valor de R$38,00 (trinta e oito reais).

Sem opção, o Autor e sua genitora chegaram ao hotel em que ficariam


hospedados somente por volta da 00h:52min, conforme imagem incontroversa abaixo:

IMAGEM ILUSTRATIVA

Vale informar que o Autor possui apenas 10 (dez) anos de idade, e não
compreendia o que estava ocorrendo, e por consequência da demora começou a aparentar
estar muito cansado e ficou extremamente irritado por estar horas no aeroporto sem que
houvesse solução.
Passou a chorar muito pedindo para que sua genitora o levasse para casa,
pois estava muito cansado, com fome e não queria mais viajar.

Ora, são cristalinos todos os danos que a Requerida causou, sendo que a
Autor e sua genitora conseguiram seguir viagem para Curitiba/PR, somente no dia
28/12/2019 ás 11h:00min, chegando em seu destino completamente abalado e sofrendo
um atraso de aproximadamente 15 (quinze) horas no itinerário da família.

Por todo exposto, considerando os fatos aqui narrados, não restando


alternativa, a Autor ajuíza a presente demanda objetivando a reparação dos danos morais
suportados, haja vista única e exclusiva responsabilidade da Requerida.

Eis os fatos alegados pela Autora em apertada síntese.

II- DO ENQUADRAMENTO NO CÓDIGO DE DEFESA DO


CONSUMIDOR 

A norma que rege a proteção dos direitos do consumidor define, de forma


cristalina, que o consumidor de produtos e serviços deve ser abrigado das condutas
abusivas de todo e qualquer fornecedor, nos termos do art 3º do referido Código.

Inclusive, insta consignar que no presente caso, recente jurisprudência do


STJ entende pela aplicabilidade do CDC em detrimento à Convenção de Varsóvia:

AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO.


TRANSPORTE AÉREO INTERNACIONAL. ATRASO DE VOO.
PERDA DE CONEXÃO. CANCELAMENTO DE VOO. DANO
MORAL CONFIGURADO. (...) 5. A responsabilidade civil das
companhias aéreas em decorrência da má prestação de serviços, após
a entrada em vigor da Lei n. 8.078/90, não é mais regulada pela
Convenção de Varsóvia e suas posteriores modificações (Convenção
de Haia e Convenção de Montreal) ou pelo Código Brasileiro de
Aeronáutica, subordinando-se ao Código de Defesa do Consumidor.
6. Agravo regimental desprovido. (AgRg nos EDcl no AREsp
418.875/RJ, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, TERCEIRA
TURMA, julgado em 17/05/2016, DJe 23/05/2016)
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO INDENIZATÓRIA.
EXTRAVIO DE BAGAGEM. INAPLICABILIDADE DO CDC E DAS
CONVENÇÕES DE VARSÓVIA E MONTREAL. REPARAÇÃO
INTEGRAL. CÓDIGO CIVIL DE 2002. SÚMULA 83/STJ. AGRAVO
CONHECIDO PARA NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO
ESPECIAL. (...) A responsabilidade civil das companhias aéreas não é
mais regulada pela Convenção de Varsóvia e suas modificações
posteriores, tendo em vista a aplicação da legislação consumerista.
Nos termos do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor basta a
comprovação da relação de causalidade entre o dano experimentado pela
vítima e a conduta da companhia aérea para que esta responda pelos
prejuízos resultantes da prestação indevida dos serviços. Os fatos
narrados foram suficientes à configuração do dano moral pleiteado, pois
que atingiram a esfera pessoal da Autora, ultrapassando os limites do
mero aborrecimento. (...). Neste contexto, observando-se as
peculiaridades do caso concreto, tem-se que a quantia de R$ 15.000,00
(quinze mil reais), fixada na r. sentença, mostra-se adequada, de acordo
com os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, não havendo que
se falar em redução. Dessa forma, o acórdão recorrido julgou em
conformidade com a jurisprudência desta Corte, incidindo a Súmula n.
83/STJ. Ante o exposto, conheço do agravo para negar provimento ao
recurso especial. No caso, fixo a verba honorária em favor da parte
adversa, já majorada pelo acórdão recorrido (e-STJ, fl. 324), em 20%
sobre o valor da condenação. Nos termos do art. 85, § 11, do CPC/2015,
majoro os honorários recursais em favor do advogado da parte recorrida
em 10% sobre o valor fixado na origem (e-STJ, fl. 300). Publique-se.
Brasília-DF, 1º de agosto de 2017. MINISTRO MARCO AURÉLIO
BELLIZZE, Relator (STJ - AREsp: 1123714 RJ 2017/0149734-4,
Relator: Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, Data de Publicação:
DJ 23/08/2017)

Com esse postulado, o Réu não pode eximir-se das responsabilidades


inerentes à sua atividade, dentre as quais prestar esclarecimentos e retificar sua conduta,
visto que se trata de um fornecedor de produtos que, independentemente de culpa, causou
danos efetivos a um de seus consumidores.

III- DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Demonstrada a relação de consumo, resta consubstanciada a


configuração da necessária inversão do ônus da prova, pelo que reza o inciso VIII do artigo
6º do Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que a narrativa dos fatos encontra
respaldo nos documentos anexos, que demonstram a verossimilhança do pedido, conforme
disposição legal:

Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: (...) VIII - a facilitação da


defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu
favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a
alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias
de experiências

Trata-se da materialização exata do Princípio da Isonomia, segundo o


qual, todos devem ser tratados de forma igual perante a lei, observados os limites de sua
desigualdade.

A inversão do ônus da prova é consubstanciada na impossibilidade ou


grande dificuldade na obtenção de prova indispensável por parte dos Autores, sendo
amparada pelo princípio da distribuição dinâmica do Ônus da prova implementada pelo
Novo Código de Processo Civil:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:


I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do autor.
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa
relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir
o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da
prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de
modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi
atribuído.

Nesse sentido, a jurisprudência orienta a inversão do ônus da prova para


viabilizar o acesso à justiça:

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO


ÔNUS DA PROVA. PARTE COM MAIOR CONDIÇÃO DE
PRODUÇÃO. (..) DECISÃO FUNDAMENTADA. POSSIBILIDADE. I
?O § 1º do art. 373 do CPC consagrou a teoria da distribuição
dinâmica do ônus da prova ao permitir que o juiz altere a
distribuição do encargo se verificar, diante da peculiaridade do caso
ou acaso previsto em lei, a impossibilidade ou excessiva dificuldade
de produção pela parte, desde que o faça por decisão fundamentada,
concedendo à parte contrária a oportunidade do seu cumprimento. II
Negou-se provimento ao recurso. (TJ-DF 07000112620178070000
0700011-26.2017.8.07.0000, Relator: JOSÉ DIVINO DE OLIVEIRA,
Publicado no PJe : 02/05/2017 )

Assim, diante da inequívoca e presumida hipossuficiência, uma vez que


disputa a lide com uma empresa de grande porte, indisponível concessão do direito à
inversão do ônus da prova, que desde já requer.

IV- DOS DANOS PELA PERDA DO TEMPO ÚTIL

Conforme disposto nos fatos iniciais, o Autor e sua genitora foram


submetidos a uma série de contratempos gerados pela Ré que lhe obrigou a refazer todo
seu planejamento, que gerou um transtorno em toda sua agenda posterior, afinal, o
adiamento de um compromisso gerou uma reação em cadeia, gerando uma perda
imensurável do tempo de sua genitora. É o que podemos denominar de dano pela perda do
tempo útil.

Afinal, o Autor e sua genitora tiveram que desperdiçar seu tempo para
solucionar problemas que foram causados por terceiros, devendo ser indenizado.

Vitor Guglinski ao dissertar sobre o tema em sua obra "Danos morais


pela perda do tempo útil": uma nova modalidade. Jus Navigandi, Teresina, ano 17, n. 3237,
12 maio 2012, destaca:

"A ocorrência sucessiva e acintosa de mau atendimento ao consumidor,


gerando a perda de tempo útil, tem levado a jurisprudência a dar seus
primeiros passos para solucionar os dissabores experimentados por
milhares de consumidores, passando a admitir a reparação civil pela
perda do tempo livre. (…).”

A jurisprudência, no mesmo sentido, ancora o posicionamento de que a


perda do tempo ocasionada pela desídia de uma empresa deve ser indenizada, conforme
predomina a jurisprudência:

RESPONSABILIDADE CIVIL. Transporte aéreo. Danos morais.


Percurso de Fortaleza a Uberlândia, com conexão em Brasília.
Cancelamento do voo de conexão por problemas mecânicos na aeronave
e falta de assistência adequada à passageira no longo período de espera
para sua acomodação em outro voo (cerca de 15 horas). Consideração
de que não se configurou na espécie caso fortuito ou força maior.
Hipótese em que a passageira chegou ao seu destino quinze horas após o
horário inicialmente previsto, impossibilitando-a de comparecer a
compromisso profissional e acadêmico. Verificação de transtornos
hábeis à configuração de danos morais indenizáveis.
Responsabilidade da ré pelo defeito na prestação do serviço de
transporte aéreo configurada. Indenização por danos morais, fixada
em dez mil reais, preservada. Descabimento do pleito de sua redução.
Pedido inicial parcialmente julgado procedente. Sentença mantida.
Recurso improvido. Dispositivo: negaram provimento ao recurso.  (TJSP;
Apelação 1007879-42.2017.8.26.0003; Relator (a): João Camillo de
Almeida Prado Costa; Órgão Julgador: 19ª Câmara de Direito Privado;
Data de Registro: 09/02/2018)
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AGRAVO
RETIDO. O erro na informação do sistema informatizado não pode
prejudicar a parte. Acolhimento da contestação como tempestiva.
PACOTE TURÍSTICO. CVC. ATRASO NO VÔO. INDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS. CABIMENTO. Trabalhando a demandada em
parceria com a companhia aérea e funcionando como intermediadora da
venda dos serviços de prestação de transporte aéreo aos consumidores,
tem-se que é também responsável pela eventual falha no serviço,
conforme estabelece o art. 14 do CDC. Reconhece-se o dano moral na
espécie, uma vez que os demandantes tiveram frustrado seu direito de
transporte nos moldes e horários eleitos, com atraso que gerou perda
de tempo útil, que ultrapassou o mero incômodo. Demonstração, de
forma suficiente, de ocorrência de um ilícito - e não mero dissabor - pela
demandada, capaz de tornar evidente o prejuízo causado à parte autora,
sendo necessária a reparação do dano, nos termos do art. 927 do Código
Civil. Tem-se como suficiente, portanto, o arbitramento de danos morais,
na hipótese, em montante equivalente a R$ 1.500,00, para cada um dos
autores, analisadas as condições fáticas e jurídicas da lide em discussão.
AGRAVO RETIDO DESPROVIDO E RECURSO DE APELAÇÃO
PROVIDO. VENCIDO O DES. JORGE LUIZ LOPES DO CANTO NO
TOCANTE AO QUANTUM INDENIZATÓRIO. (Apelação Cível Nº
70059514406, Quinta Câmara Cível - Serviço de Apoio Jurisdição,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Maria Claudia Cachapuz, Julgado em
08/04/2015).

Trata-se de notório desvio produtivo caracterizado pela perda do tempo


que lhe seria útil ao descanso, lazer ou de forma produtiva, acaba sendo destinado na
solução de problemas de causas alheias à sua responsabilidade e vontade.

A perda de tempo de vida útil do consumidor, em razão da falha da


prestação do serviço não constitui mero aborrecimento do cotidiano, mas verdadeiro
impacto negativo em sua vida.

V- DO DANO MORAL

Conforme demonstrado pelos fatos narrados e prova que junta no


presente processo, a empresa Ré ao falhar na sua prestação de serviços, deixou de cumprir
com sua obrigação primária de zelo e cuidado com os clientes, expondo o Autor a um
constrangimento ilegítimo, gerando o dever de indenizar.

Segundo a jurisprudência, Dano moral é:

"Lição de Aguiar Dias: o dano moral é o efeito não patrimonial da lesão


de direito e não a própria lesão abstratamente considerada. Lição de
Savatier: dano moral é todo sofrimento humano que não é causado por
uma perda pecuniária. Lição de Pontes de Miranda: nos danos morais, a
esfera ética da pessoa é que é ofendida; o dano não patrimonial é o que,
só atingindo o devedor como ser humano, não lhe atinge o patrimônio."
( TJRJ. 1a c. - Ap . - Rel. Carlos Alberto Menezes - Direito , j. 19/11/91-
RDP 185/198).

A Súmula 37 do Superior Tribunal de Justiça elucida o tema:

"O dano moral alcança prevalentemente valores ideais, não goza apenas a
dor física que geralmente o acompanha, nem se descaracteriza quando
simultaneamente ocorrem danos patrimoniais, que podem até consistir
numa decorrência de sorte que as duas modalidades se acumulam e tem
incidências autônomas." 

Trata-se de dano que independe de provas, conforme entendimento


jurisprudencial:

RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. TRANSPORTE AÉREO.


AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS. ATRASO DE VOO
DOMÉSTICO POR 15 HORAS QUE OCASIONOU A PERDA DA
CONEXÂO PARA MIAMI. ALEGAÇÃO DA RÉ NO SENTIDO DE
QUE O ATRASO SE DEU EM RAZÃO DAS MÁS CONDIÇÕES
CLIMÁTICAS. FORÇA MAIOR NÃO COMPROVADA.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. FALHA NA PRESTAÇÃO DO
SERVIÇO. DESCASO PARA COM O CONSUMIDOR, DIANTE DA
FALTA DE INFORMAÇÃO ADEQUADA. DANOS MORAIS
CONFIGURADOS. QUANTUM INDENIZATÓRIO REDUZIDO.
Alegou a autora que o vôo contratado com a demandante, com a rota de
Caxias do Sul a Cancun, México, teve seu destino alterado pela empresa
ré. O vôo previsto para sair de Caxias do Sul não decolou no horário
marcado, sendo a autora encaminhada, por via terrestre, para Porto
Alegre, a fim de lá seguir viagem até Florianópolis, São Paulo e, após,
Miami. Ocorre já em Florianópolis, foi informada de que haviam sido
cancelados os vôos para São Paulo e Miami. As alegações da ré de que o
cancelamento do vôo teve origem nas más condições climáticas não
restaram comprovadas pela demandada, ônus que lhe incumbia, a teor do
que dispõe o art. 373, inciso II, do NCPC, e art. 6º, inciso VIII, do CDC.
Caso em que a ré, que se utiliza de malha aérea enxuta, visando a uma
maior rentabilidade, devendo também suportar os ônus dessa opção
lucrativa. O fato é que a autora permaneceu por 15 horas no interior do
aeroporto, sem assistência adequada e sem receber informações acerca de
sua situação, restando evidenciada a conduta desidiosa da ré para com os
seus consumidores (fls. 18/23). Danos morais caracterizados, tendo em
vista o período de atraso ter extrapolado o limite de 15 horas, bem
como em razão da falta de assistência e informações adequada a
passageira. (...). RECURSO PROVIDO, EM PARTE. (Recurso Cível Nº
71005961933, Segunda Turma Recursal Cível, Turmas Recursais,
Relator: Roberto Behrensdorf Gomes da Silva, Julgado em 20/04/2016).

E nesse sentido, a indenização por dano moral deve representar para a


vítima uma satisfação capaz de amenizar de alguma forma o abalo sofrido e de infligir ao
causador sanção e alerta para que não volte a repetir o ato, uma vez que fica evidenciado
completo descaso aos transtornos causados.
VI- DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer o Autor:

a) A citação da Requerida, no endereço declinado e na forma de praxe, para querendo


e no prazo legal, responder à ação ingressada, sob pena de revelia já com as
advertências da inversão do ônus da prova constantes do art. 6º, VIII do Código de
Defesa do Consumidor;

b) Seja julgada totalmente procedente a presente ação, com a condenação da


Requerida ao pagamento da indenização que compense os danos morais
demonstrados e comprovados;

c) A inversão do ônus da prova, nos termos do artigo 6º, VIII, do Código de Defesa do
Consumidor no ato do despacho inicial informando esta condição quando da
citação conforme item “a”;

d) Seja a Requerida condenada a pagar ao Requerente um quantum a título de danos


morais em valor não inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais), considerando as
condições das partes, principalmente o potencial econômico-social da lesante, a
gravidade da lesão, sua repercussão e as circunstâncias fáticas;

e) A condenação da Requerida em custas judiciais e honorários advocatícios;


f) Requer por último a produção de todos os meios de prova em direito admitidas,
especialmente documentais, testemunhais, pericial e inspeção judicial, esta última
acaso julgada necessária por Vossa Excelência, bem como o depoimento pessoal da
Requerida, sob pena de confesso.

Por fim, o Autor manifesta o interesse na audiência conciliatória, nos


termos do Art. 319, inc. VII do CPC.

Dá-se a presente causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para fins
de alçada.

Termos em que,

pede e espera deferimento.


Vilhena-RO, 20 de abril de 2020.

Termos em que, pede deferimento.

Samuel Ribeiro Mazurechen


OAB/RO 4.461

Jéssica Barreto Grespan


OAO/RO 10.390

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