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Fonte: https://ordememquestao.wordpress.com/2015/04/20/informacoes-escola-de-
frankfurt/
Olá pessoal, tudo bem? No texto de hoje vamos discutir um pouco a Escola de
Frankfurt, um conjunto de diversos estudiosos europeus extremamente influenciados
por Marx, Nietzsche e Freud, que se esforçaram na compreensão dos fenômenos
culturais de massa na primeira metade do século XX.
É importante frisar que esse nome, “Escola de Frankfurt”, é apenas um dos
nomes normalmente dados a este conteúdo da disciplina. Podemos encontrar na internet
artigos e trabalhos que utilizam títulos como “Teoria Crítica”; “Industria Cultural”,
entre outros, mas que possuem o mesmo conteúdo ou similar.
Origem
Fonte: https://blogdolabemus.com/2017/04/28/escola-de-frankfurt-a-formacao-do-
instituto-de-pesquisa-social/
A Escola de Frankfurt é assim chamada por ser uma escola de pensamento
sociológico e filosófica, nascida de um projeto vinculado à Universidade de Frankfurt,
na Alemanha. Foi oficialmente criada em 1923 após a “Primeira Semana de Trabalho
Marxista”, evento proposto para (re)pensar o marxismo no contexto capitalista,
buscando tanto uma fidelidade à Marx quanto novas possibilidades de aplicação desta
tradição de pensamento (não esqueceram de Marx, né?) no século XX, num contexto
pós I Guerra Mundial, que já produzia as primeiras experiências de um marxismo
aplicado na União Soviética desde o fim de 1917 na Revolução Russa.
Este evento que culminou na fundação do centro de pesquisa para estudos do
marxismo e obteve apoio do governo alemão e se vinculou à Universidade de Frankfurt.
Assim, a Escola de Frankfurt cresceu e abriu filiais na Suíça e na França, já nos anos
1930. Mas os ventos não continuaram soprando tão favoravelmente nesta década, pois
com a ascensão do governo nazista de Hitler, em 1933, este centro de pesquisa sobre o
marxismo (que só recebe o nome oficial de Escola de Frankfurt na década de 1950) é
fechado e expulso da Alemanha, tanto por sua relação com o marxismo quanto pela
ascendência judaica de muitos de seus membros, se mudando para Genebra, na Suíça
em 1933 e depois para os EUA, em 1935, se filiando à Universidade de Columbia em
Nova York. Só nos anos 1950 retorna a seu lugar de origem, na Alemanha.
Fonte: http://tcendoumaideia.blogspot.com/2013/07/a-industria-cultural.html
Entre os vários estudiosos organizados na Escola de Frankfurt, como por
exemplo Theodor Adorno, Max Horkheimer, Walter Benjamin, Hebert Marcuse,
posteriormente Jürgen Habermas e outros, a ideia de “teoria crítica” é, sem dúvida, o
grande elo que une estes autores e caracteriza suas análises. Esta teoria crítica tem por
base uma análise do cotidiano europeu no século XX e como este influencia claramente
a formação e manutenção do capitalismo.
Se Marx destacava que as formas de superestrutura (direito, religião,
entretenimento e etc) eram abstrações ideológicas que apenas refletiam infraestrutura
(relações materiais de trabalho na sociedade) e buscavam normalizar as condições
sociais e as consequentes desigualdades, a atenção destes autores de Frankfurt se dá
justamente no plano da superestrutura. Suas críticas apontavam que este aparato
superestrutural, em especial a indústria do entretenimento, não apenas normalizava as
condições de exploração que os trabalhadores eram submetidos no capitalismo, mas os
anestesiava de tal forma que a projeção de uma possível consciência de classe (noção da
realidade e da exploração, tal como ela é) seria algo extremamente improvável de
ocorrer.
Aqui temos o conceito de “indústria cultural” como central. Esta ideia foi
desenvolvida pelos autores Theodor Adorno e Max Horkheimer, e reflete a necessidade
do capitalismo construir e expandir uma máquina de propaganda ideológica a ser
imposta às pessoas por diferentes meios. A palavra “indústria” vem justamente para dar
dimensão do esforço empreendido para que as pessoas sentissem no capitalismo uma
forma de relação natural a ser mantida. Se as indústrias produzem uma grande
quantidade de mercadorias, é necessário que haja um escoamento dessa produção por
meio do consumo, que gera novas demandas e o processo produtivo segue à toda força.
Para tanto é necessário despertar nas pessoas o desejo de compra, o desejo pelo
consumo, basicamente o consumismo. Desta maneira, com a expansão de rádios e
televisões, o capitalismo pode desenvolver uma grande máquina de propagandas por
meio de filmes, músicas e estilos de vida que reflitam justamente a necessidade de
consumir certo padrão de vida. Ora, aqui está a ideia da indústria cultural: se trata
justamente de perceber como o capitalismo foi capaz de criar uma indústria de
entretenimento e propaganda que vende estilos de vida voltados ao consumo e que
normalizam as condições de exploração social dos trabalhadores de tal maneira, que
estes normalizam suas condições e as percebem como naturalizadas. É sobre estas
relações entre indústria cultural, capitalismo e consequência aos trabalhadores que esta
teoria crítica versa.
Questões
Fontes: https://www.portaldovestibulando.com/2015/06/escola-de-frankfurt-questoes-
de.html
https://querobolsa.com.br/enem/sociologia/escola-de-frankfurt
As redes sociais têm divulgado músicas de fácil memorização e com forte apelo à
cultura de massa.
A respeito do tema da regressão da audição na Indústria Cultural e da relação entre arte
e sociedade em Adorno, assinale a alternativa correta.
RESPOSTA: Letra A
a) Infraestrutura
b) Superestrutura
c) Mais-Valia
d) Fetichismo
RESPOSTA: Letra B
4) A Escola de Frankfurt foi um importante centro filosófico de pensamento das
Ciências Sociais, surgido na Alemanha, nos anos 20. Três dos seus principais
representantes são:
Bibliografia
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. In: LIMA, L. C.
Teoria da cultura de massa. Rio de Janeiro, Paz e Terra. 2002. p. 215-254.
KONDER, L. Os Marxistas e a Arte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1967