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FACULDADES INTEGRADAS DE ARARAQUARA

CURSO DE GRADUAÇÃO ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

ETEVOUR HENRIQUE PERUSSO

JOÃO FELIPE FERREIRA

MATEUS ROBERTO JARDIM

AVALIAÇÃO ACÚSTICA DE EMPRESA METALÚRGICA

VISANDO O CONFORTO DE SUA CIRCUNVIZINHANÇA

Araraquara – SP

Novembro 2015
ETEVOUR HENRIQUE PERUSSO

JOÃO FELIPE FERREIRA

MATEUS ROBERTO JARDIM

AVALIAÇÃO ACÚSTICA DE EMPRESA METALÚRGICA

VISANDO O CONFORTO DE SUA CIRCUNVIZINHANÇA

Trabalho de Graduação Integrado, apresentado

às Faculdades Integradas de Araraquara, como

requisito parcial para obtenção do título de

Bacharel em Engenharia Ambiental e Sanitária.

Orientador: Prof.MSc.: André Bressa Donato Mendonça

Araraquara – SP

Novembro 2015

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DEDICATÓRIA

Dedicamos esse trabalho ao professor Eng. José Jorge Guimarães (in memoriam)
que ministrou suas aulas com alegria, dedicação e criatividade, nos ensinando que o
sucesso é resultado do esforço juntamente com a boa prática.

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AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradecemos a Deus por dar sentido a todas as coisas e
permitir com que chegássemos até aqui.
Aos nossos pais e familiares que acreditaram sem jamais desistirem de nós,
sempre nos incentivando a continuar seguindo em frente.
As nossas mulheres que sempre nos apoiaram nos estudos e com grande
paciência suportaram dividir-nos com trabalho e a faculdade.
Aos nossos amigos e colegas de classe pela cumplicidade, amizade sincera e
pelo convívio cordial ao longo desses 5 anos.
Ao nosso orientador prof. André Bressa por sua disponibilidade e apoio na
realização desse trabalho.
E a todo corpo docente da Faculdade Logatti, de um jeito especial, nossos
sinceros agradecimentos aos professores Paulo Vaz, Jorge Guimarães (in
memoriam), Fábio Noel e Weliton Machado, que com assiduidade souberam
transmitir suas ciências, de forma a lapidar nossos conhecimentos.

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"A aliança entre o ser
humano e o meio ambiente
deve ser espelho do amor
criador de Deus, de Quem
provimos e para Quem
estamos a caminho."
(BENEDICTUS PP. XVI)
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RESUMO

O aumento significativo das indústrias nos municípios tem contribuído de


forma positiva para população em relação à geração de empregos, crescimento da
economia local e outros aspectos. Por outro lado, as indústrias são responsáveis por
vários impactos ambientais, alguns mais óbvios e fácies de se observar que outros,
como é o caso da poluição sonora, a qual só é percebida quando usamos o sentido
da audição. Porém, esse tipo de poluição não é inofensiva, visto que ela pode
acarretar problemas a saúde e a qualidade de vida das pessoas. O ruído como
qualquer outro agente poluidor, deve ser controlado e minimizado, seguindo as
legislações vigentes. Neste contexto, desenvolveu-se uma avaliação sonora
mediante a quantificação do ruído para uma indústria metalúrgica no município de
Araraquara-SP, com o objetivo de verificar se a mesma obedece as legislações
vigentes relativas a poluição sonora e se ela não provoca impacto sonoro na
vizinhança. O método utilizado durante a pesquisa foi definido de acordo com uma
proposta que segue as considerações da ABNT NBR 10151 (ABNT, 2000) a qual
especifica as condições para a medição de ruído, a aplicação de correções dos
níveis medidos e a comparação dos níveis corrigidos, obedecendo um critério que
leva em conta os múltiplos fatores ambientais. Os resultados apontam que o nível de
ruído registrado está relacionado com o período em que a medição foi realizada e
com várias influências externas. O mapeamento sonoro se faz eficaz quando os
pontos de amostragem são distribuídos dentro e fora do empreendimento, devendo
ser analisados repetidamente durante um período de tempo necessário. Embora
ignorada por muitos, a poluição sonora é uma forma grave de poluição que deve ser
tratada com rigor.

Palavras-chave: poluição sonora, conforto acústico, mapeamento sonoro.

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ABSTRACT

The significant increase of the industries in the cities has contributed positively to the
population in relation to job creation, growth of the local economy and other aspects.
On the other hand, the industries are responsible for various environmental impacts,
some more obvious and facies will be appreciated that other, as is the case of noise,
which is noticed only when we use the sense of hearing. However, this type of
pollution is not harmless, as it may cause problems to health and quality of life. Noise
like any other polluter, must be controlled and minimized by following the existing
laws. In this context, it has developed a sound evaluation by quantifying the noise to
a metallurgical industry in the city of Araraquara-SP, in order to verify that it complies
with current legislation on noise pollution and if it does not cause noise impact in the
neighborhood . The method used for the survey was defined according to a proposal
that follows the considerations of NBR 10151 (ABNT, 2000) which specifies the
conditions for measuring noise, applying corrections to the measured levels and
comparing the levels adjusted , following a criterion that takes into account the
multiple environmental factors. The results show that the recorded noise level is
related to the period in which the measurement was carried out and various external
influences. The sound mapping becomes effective when the sampling points are
distributed inside and outside the enterprise, and must be analyzed repeatedly during
a period of time required. Although ignored by many, noise pollution is a serious form
of pollution that must be addressed with rigor.

Keywords: noise, acoustic comfort, noise mapping.

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SUMÁRIO

1INTRODUÇÃO....................................................................................................... 10

2 OBJETIVOS........................................................................................................... 12

2.1 Objetivo Geral...................................................................................................... 12

2.2 Objetivos Específicos.......................................................................................... 12

3CARACTERÍSTICAS DO SOM.............................................................................. 13

3.1 O ruído................................................................................................................. 15

3.2 Efeitos do ruído nos seres vivos.......................................................................... 18

3.3 Saúde ocupacional.............................................................................................. 19

3.4 O ruído e a qualidade de vida............................................................................. 21

4 LEGISLAÇÕES RELACIONADAS AO RUÍDO..................................................... 23

4.1 Legislações pertinentes ao ruído de indústria..................................................... 25

5 MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................................... 27

5.1 Caracterização da área de estudo...................................................................... 27

5.1.2 Caracterização da área de acordo com as Leis Municipais............................. 29

5.2 Método de medição do ruído............................................................................... 31

5.2.1 Pontos de amostragem.................................................................................... 32

5.2.2 Tempo e período de medição........................................................................... 39

5.2.2.1 Considerações sobre o tempo e período de medição................................... 40

8
5.2.3 Materiais empregados...................................................................................... 42

6 RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................... 44

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 51

8 ANEXOS................................................................................................................ 53

8.1 Anexo 1 – Certificado de calibração.................................................................... 53

8.2 Anexo 2 – Autorização de Divulgação de Dados................................................ 55

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 56

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1 INTRODUÇÃO
Segundo Costa e Cruz (1994) a Revolução Industrial, ocorrida século XIX,
foi responsável por diversos tipos de impactos tanto ambientais quanto na saúde dos
seres vivos. Lester Brown (2003) completa ao afirmar que quanto mais à economia
cresce, maior será o aumento dos impactos relacionados às atividades humanas.
Dentre os impactos provocados na saúde dos seres vivos, destacando os
seres humanos estão incluídos os distúrbios auditivos, provocando uma
preocupação com a saúde auditiva da população, motivando a criação de
legislações específicas tanto para o meio ambiente como para a saúde e segurança
ocupacional.
Para Wathenr (1998a, p. 7) o impacto ambiental é a mudança em um
parâmetro do meio ambiente, sendo este relacionado a um determinado período e
em uma determinada área, resultante de uma atividade, quando comparada se a
esta atividade não tivesse sido iniciada.
Sánchez (2006) descreve que a poluição ambiental é uma consequência das
atividades humanas que torna o meio ambiente insalubre, oferecendo risco à saúde,
segurança e ao bem estar da população, criando condições adversas às atividades
sociais e econômicas, ele ainda afirma que entre os vários tipos de poluentes
existentes destacasse o “ruído”, que pode ter consequências danosas quando
emitido acima dos limites de tolerância.
Neste contexto, a pesquisa foi desenvolvida em uma empresa instalada no
município de Araraquara / SP, desde 1997, que é uma importante indústria do ramo
metalúrgico, no qual sua atividade está relacionada à fabricação de peças e
acessórios para os sistemas de marcha e transmissão de veículos automotores.
A organização possui um Sistema de Gestão que é responsável pelo
atendimento dos requisitos legais aplicáveis as questões ambientais e de saúde e
segurança do trabalho, mantendo-se certificada mediante a Norma ABNT ISO
14001:2004 – Sistema de Gestão Ambiental e na Norma BS OSHAS 18001:2007 –
Sistemas de Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho.
Destacasse que a empresa possui uma política de gestão integrada na qual
se compromete com o atendimento dos requisitos legais e coma prevenção da
poluição e melhoria contínua.

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Diante disto e da obrigatoriedade do atendimento das exigências legais
ambientais e de saúde e segurança do trabalho, esta pesquisa visou contribuir para
o monitoramento, quantificação e controle de seu ruído gerado durante seu processo
produtivo, visando o conforto de sua circunvizinhança.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral


Monitorar e quantificar o nível de ruído (dB) gerado pela empresa
metalúrgica, com o intuito de identificar o conforto de sua circunvizinhança, fazendo
o inter-relacionamento com as legislações aplicáveis, normas técnicas e possíveis
impactos ambientais.

2.2 Objetivos Específicos


Explicar as características do som e suas consequências indesejadas na
forma de ruído.
Levantar dados que comprovem a importância de se estudar a poluição
sonora considerando-a como sendo um impacto ambiental significativo.
Analisar os métodos de medições de ruído: método de malhas regulares e
da ABNT NBR 10151; comparado-os quanto a sua eficácia e aplicabilidade.

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3 CARACTERÍSTICAS DO SOM
O ato de ouvir é muito simples, se analisarmos do ponto de vista de que não
requer esforço para quem ouve. Porém um estudo detalhado nos mostra a
complexidade que é o som, até mesmo em sua definição.
De acordo com WISNIK (1999) o som é uma vibração que se propaga no
meio material através de ondas, tais vibrações são transmitidas para atmosfera com
uma trajetória ondulatória, sendo esta captada pelo ouvido até chegar ao cérebro, o
qual é responsável por fazer a interpretação das configurações e sentidos.
De acordo com Beranek (1969), o som trata-se de um fenômeno físico, no
qual ocorre um distúrbio que se propaga em meio elástico, provocando alterações
nas pressões existentes neste meio elástico e como consequência causa um
deslocamento das partículas presentes.
O som sempre vai ser gerado a partir de uma fonte de vibração.
Exemplificando: a fonte da voz humana são as cordas vocais, que, quando vibram
transmitem essa vibração para moléculas do ar, então essas vibrações são
transmitidas entre as moléculas, atingindo o ouvido do receptor, fazendo vibrar o
tímpano.
As moléculas vão vibrando uma atrás da outra e transmitem o som. De
forma bem didática, podemos dizer que é parecido quando se está em um ônibus
lotado e a pessoa resolve empurrar a da frente, que empurra a outra e assim por
diante, é o que acontece com a propagação do som pelo ar, uma molécula
pressiona a outra, fazendo o som se propagar.
Saliba (2007) explica que a vibração mecânica, definida como som, ocorrem
nos meios sólidos, líquidos e gasosos. Suas variações ocorre de acordo com a
densidade do meio, quanto mais denso o meio material, maior a sua velocidade de
propagação. A exemplo de que a velocidade do som no ar é de aproximadamente
340 m/s (depende de fatores como temperatura e pressão atmosférica), enquanto no
aço é próximo de 6.000 m/s (de salientar que se tratam de valores aproximados,
apenas servindo como referência), isso acontece por causa da sua densidade.
Assim é possível afirmar que de forma geral o som se propaga melhor em meios
sólidos (maior velocidade de propagação) do que em meios gasosos.
Os estudos relativos a Segurança do Trabalho tratam o som juntamente com
as vibrações, pois ambos são o mesmo fenômeno físico. Entretanto, é chamada

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simplesmente de „vibração‟ a oscilação facilmente detectável pelo tato, se for
detectável pelo sistema auditivo, é chamada de som ou vibração sonora (ASTETE,
1981).
Segundo Jourdain(1997)os ouvidos humanos possuem capacidade limitada
em perceber o som com frequência muito baixas ou muito altas, para os seres
humanos seu limite audível esta entre 20 á 20.000 Hz. Esta variação sofre alteração
ao decorrer da idade, já que no envelhecimento ocorre a diminuição da capacidade
audível.
Nosso organismo está sujeito aos efeitos das vibrações, estas apresentam
certos valores de amplitude (relacionada à: deslocamento, velocidade e
aceleração/pressão) e frequência (expressa em ciclos por segundo).
A grandeza que mais se relaciona com as vibrações sonoras é a pressão. O
conceito de frequência refere-se ao número de vezes que a oscilação é repetida, na
unidade de tempo (figura 1) que é medida normalmente em ciclos por segundo (cps)
ou Hertz, sendo que 1cps = 1 Hz (ASTETE, 1981).
Soares (2011) diz que sons ditos como “graves” são os sons com
frequências mais baixas (vibrações lentas) e os sons definidos como “agudos” são
os sons com maior frequência e rápidas vibrações:

Figura 1: Frequência da onda sonora. Fonte: SOARES, 2011

14
É importante observar que existe uma clara divisão entre os sons que
apresentam uma frequência abaixo e acima da voz humana. Os sons com níveis
inferiores à nossa voz são naturais, confortáveis e não causa perturbação, ao
contrário, os sons superiores à voz humana podem ser (dependendo do caso)
considerados ruídos. (FERNANDES, 2002)
Há diversos tipos de som, segundo Gerges (1997) o ruído é um tipo de som,
porém o som não é necessariamente sinônimo de ruído, visto que há sons
agradáveis que não se enquadram na definição de ruído.

3.1 O Ruído
A definição de ruído é um tanto ambígua. De uma maneira geral pode ser
definida como um som indesejável. De acordo com Moratta e Carnicelli (1988), o
ruído trata-se de superposição das ondas vibratórios, com diferentes frequências e
intensidades. Popularmente o termo ruído é utilizado para definir um som incômodo.
O ruído, de acordo com Queiroz (1999),é caracterizado quando a
intensidade do som ultrapassa os limites de tolerância permitidos pelos órgãos
fiscalizadores, sendo eles ambientais ou de saúde e segurança do trabalho.
Nas industriais o ruído está relacionado aos seus maquinários,
equipamentos, processos produtivos manuais ou mecânicos, quando em excesso o
ruído afeta a qualidade de vida da população, sendo caracterizado como poluição
sonora. Há quem defenda que “a contaminação do ar com decibéis é tão perigosa
quanto à poluição através de agentes químicos” (RIBEIRO FILHO, 1974).
Lopes (2007), explica que o ruído pode provocar traumas acústicos como
perdas auditivas temporárias ou permanentes, e ainda os efeitos considerados como
extra-auditivos como transtorno psicológicos e digestivos,perturbações no sono,
problemas cardíacos, hipertensão, entre outros.
Bistafa (2006) define ruído como som indesejado que tem o efeito de
produzir distúrbios físicos e psicológicos, estas consequências são classificadas
como Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR). Dentro do segmento industrial, o
ruído pode ser responsável pelos afastamentos de colaboradores, que
desempenham suas atividades laborais.
Existem algumas classificações para o ruído, Maia (2001) explica que um
ruído pode ser classificado como contínuo (figura 2) quando é ininterrupto e sua

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variação desprezível em 3 dB, também de acordo com a Norma
Regulamentadora15, em seu Anexo 1: “entendesse como ruído contínuo ou
intermitente, para fins de aplicação de Limite de Tolerância, o ruído que não seja
ruído de impacto”. Segundo o mesmo autor, o ruído de impacto (figura 3) se dá
quando o som apresenta picos elevados de energia, com tempo de duração inferior
a um segundo e intervalos maiores a um segundo, em outras palavras, é um ruído
fortemente estrondoso que dura pouco tempo, podendo causar inclusive (em casos
extremos) surdez instantânea em seres humanos e animais.

Figura 2: Ruído do tipo contínuo. Fonte: FERNANDES, 2013

Figura 3: Ruído do tipo impacto. Fonte: FERNANDES, 2013

Há também ruídos definidos como flutuantes (figura 4), os quais apresentam


grandes variações de nível em função do tempo. Esse tipo de ruído é causado por
trabalhos manuais, afiação de ferramentas, soldagem, trânsito de veículos, entre
outros. São os ruídos mais corriqueiros nos sons do dia-a-dia (FERNANDES 2013).

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Figura 4: Ruído do tipo flutuante. Fonte: FERNANDES, 2013

O fato é que o ruído (ou barulho excessivo) é sempre indesejado e na


maioria das vezes não é algo produzido propositalmente, na verdade o que se
almeja nas diversas atividades que produzem ruído, não é o ruído, mas algum
produto ou objetivo a ser alcançado, sendo assim, o ruído é apenas uma
consequência indesejada, porém necessária para executar uma atividade. Daí surge
toda uma problemática, já que na maioria das vezes o ruído se torna um mal
necessário.
Há algumas alternativas para mitigação de ruídos, entretanto nem sempre é
possível fazê-la. Nesses casos é preciso pensar como o ruído pode ser corrigido ou
mitigado,contudo isso não é tarefa simples, em algumas ocasiões pode-se recorrer a
barreiras de som ou propor equipamentos de proteção individual (EPI), como
protetores de ouvido, a aqueles que são afetados pelo ruído (RIBEIRO FILHO,
1974).
O ruído excessivo também se enquadra como sendo um Impacto Ambiental,
visto que, de acordo com a Resolução Conama n° 01 de 23/01/86:

Impacto Ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas,


químicas e biológicas do meio ambiente resultante de atividades
humanas que, direta ou indiretamente, afetem a saúde, a segurança
e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a
biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a
qualidade dos recursos ambientais.

O prejuízo causado pela poluição sonora no mundo está a tal nível que foi
tema de uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde, na qual foi
tratada como uma das três prioridades ecológicas para a próxima década (Machado,
2003).Dessa forma, não há dificuldades para entender que o ruído é um tipo de
17
poluição ambiental, visto que, em níveis indesejados podem causar danos a saúde
humana e em animais.

3.2 Efeitos do Ruído nos Seres Vivos


O corpo humano reage de diferentes formas ao ruído, segundo Formigoni
(2013), isto se dá por que algumas pessoas possuem a capacidade de se
adaptarem, não sofrendo de forma aparente interferência na habilidade motora e
mental, já alguns indivíduos são extremamente sensíveis a exposição ao ruído.
Segundo o mesmo autor em outros seres como nas aves, o ruído pode diminuir a
migração da população local e como consequência, desequilibrando o ecossistema
e provocando o aumento da população de insetos na ausência de seus predadores.
Os fatores ambientais são responsáveis por cerca de 25% das doenças
registradas em todo o mundo (OMS, 2006). Segundo Hänniem e Knol (2011), o
ruído ambiental, mais especificamente ruído de tráfego, é o segundo fator ambiental
que acarreta o surgimento de doenças, ficando atrás apenas da poluição do ar.
Pesquisas mostram que o ruído fora de controle não causa apenas perda da
audição e zumbidos, mas também pode causar ansiedade, nervosismo, insônia,
depressão e até mesmo impotência sexual (Pio, 2014). Ainda segundo Morelato
(2015), o ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, podendo ocasionar fadiga
nervosa, alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em
coordenar ideias, hipertensão, modificação do ritmo cardíaco, modificação do calibre
dos vasos sanguíneos, modificação do ritmo respiratório, perturbações
gastrointestinais, diminuição da visão noturna e dificuldade na percepção de cores.
A Organização Mundial de Saúde (OMS, 2006), afirma que o ruído de 50 dB
pode prejudicar a comunicação e a partir de 55 dB, pode causar estresse e outros
efeitos negativos. Ao alcançar 75 dB, o ruído apresenta risco de perda auditiva se o
indivíduo for exposto ao mesmo por períodos de até oito horas diárias.
Todos esses inconvenientes causados pelo ruído são consequências do
extinto do próprio homem como animal, Souza (1992) diz que se o ruído é
excessivo, o corpo ativa o sistema nervoso, que o prepara contra o ataque de um
inimigo, o cérebro fica em alerta e o corpo pronto para uma luta que não acontece. É
a partir daí surgi os sintomas já citados.

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3.3 Saúde ocupacional
Nas indústrias, as máquinas e equipamentos utilizados por essas empresas
produzem ruídos que podem atingir níveis excessivos, os prejuízos à saúde podem
ser a curto, médio e longo prazo.
Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade
individual, as alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente ou
gradualmente. Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de
exposição ocupacional (Morelato, 2015).
A tabela 1 mostra o limite de tolerância para o ruído contínuo ou intermitente,
tal como a máxima exposição diária permissível por um trabalhador:

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Tabela 1: Limites de Tolerância para o ruído contínuo ou intermitente

Limites de Tolerância para o ruído contínuo ou intermitente


Nível de ruído dB(A) Máxima exposição diária permissível
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 40 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
1. Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de Limites de Tolerância, o ruído que não
seja ruído de impacto.
2. Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão
sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas
próximas ao ouvido do trabalhador.
3. Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados nesse Quadro.
4. Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a máxima exposição diária permissível
relativa ao nível imediatamente mais elevado.

5. Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente
protegidos.
6. Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser
considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a soma das seguintes frações:

C1 + C2 + C3 ____________________ + Cn
T1 T2 T3 Tn

exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância.

Na equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico, e Tn indica a máxima
exposição diária permissível a este nível, segundo o Quadro deste Anexo.

7. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a
115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente.
Fonte: Norma Regulamentadora 15 – Atividades e Operações Insalubres (Anexo nº1)

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Segundo Almeida (2000) apesar das variações, através de estudos
populacionais preliminares, sabe-se que o ruído industrial apresenta níveis médios
de exposição de 90 dB com desvio de mias ou menos 5 dB.
Em São Paulo, a poluição sonora e o estresse auditivo são a terceira causa
de maior incidência de doenças do trabalho, ficando atrás apenas das doenças
relacionadas a agrotóxicos e doenças articulares (Souza, 1992). Inúmeros
trabalhadores vêm-se prejudicados no sono e às voltas com fadiga, redução de
produtividade, aumento dos acidentes e de consultas médicas, falta ao trabalho e
problemas de relacionamento social e familiar.
Nos Estados Unidos e na Europa, trabalhadores receberam incentivo devido
ao alto custo social e econômico que passaram a acarretar às indústrias na década
de 40, devido aos processos indenizatórios. A partir dessa época, fatores de
prevenção do problema, assim como os fatores de risco, passaram a ser alvos de
estudos clínicos e experimentais em todo o mundo. (Almeida, 2000).
No Brasil, os tribunais têm dado ganho de causa ao trabalhador que teve a
capacidade auditiva reduzida em razão do trabalho, considerando o benefício do
auxílio-acidente (pelo INSS), independente do grau da perda. Além do benefício
social, o empregado pode solicitar uma indenização da empresa por dano à sua
saúde, em razão da organização não ter cumprido a risca os critérios referentes às
normas de saúde e segurança do trabalho. A indenização normalmente é requerida
na justiça comum e o valor é dado pelo juiz, levando em consideração a gravidade
da perda auditiva, o salário do empregado a época e também sua expectativa de
vida (S. Machado, 2003).

3.4 O Ruído e a Qualidade de Vida


A qualidade de vida de uma população deve ser analisada como um todo,
levando em consideração vários aspectos, segundo Nobre (1995) tais aspectos
referem-se ao trânsito, condições de tráfego entre o local de trabalho e moradia, a
qualidade dos serviços médico-hospitalares, segurança, moradia, saneamento
básico, conforto, etc. Qualidade de vida é enfim, o que cada um de nós pode
considerar como importante para viver bem.
Minayo (2000) diz que a partir do crescimento do movimento ambientalista
na década de 1970, o questionamento dos modelos de bem-estar predatório,

21
agregou, à noção de conforto, bem-estar e qualidade de vida, a perspectiva da
ecologia humana, que trata do ambiente biogeoquímico, no qual vivem o indivíduo e
a população, e o conjunto das relações que os seres humanos estabelecem entre si
e com a própria natureza.
O critério “conforto” para avaliação de qualidade de vida abrange inclusive o
conforto acústico. Segundo Buccheri Filho (2006) o aumento da poluição acústica
está atrelado diretamente ao alto índice de crescimento demográfico, consequência
do processo de urbanização, o qual gera mais fontes desse tipo de poluição, como o
aumento das atividades de construção civil, aumento da demanda de veículos, ruas
com tráfego mais intenso, e congestionamentos, afetando diretamente a qualidade
ambiental.
A audição pode estar ligada direta e indiretamente a vários fatores da
qualidade de vida de uma pessoa, inclusive há relatos de pessoas que já deixaram
de realizar atividades de lazer com a família por sentirem dificuldade em entender o
que as pessoas falam. Syder (1997) diz que nos ambientes barulhentos, a
comunicação verbal torna-se impossível, podendo causar transtornos de
comunicação como mascaramento da voz, prejudicando a compreensão da fala,
levando o indivíduo ao isolamento social, já que não consegue mais participar
efetivamente da conversação, trazendo dificuldades de interação, tanto no meio
familiar, nos ambientes de lazer e no seu ambiente profissional.
Alguns autores referem-se à audição e sua relação com a qualidade de vida
de uma população como uma questão de saúde pública. Para Nobre (1995) a
qualidade de vida é um dos principais objetivos que se tem perseguido nos ensaios
clínicos atuais. Na pesquisa de novas metodologias para tratamento e prevenção de
doenças, surgiu a necessidade de se padronizar a avaliação de qualidade de vida.
Segundo Nahas (2000) indicadores da qualidade de vida urbana são
elementos fundamentais na orientação dos gestores públicos para a adoção de
políticas de melhoria de vida nos centros urbanos.

22
4 LEGISLAÇÕES RELACIONADAS AO RUÍDO
De forma simples, podemos dizer que poluição sonora é aquela provocada
pelo elevado nível de ruídos em determinado local, normalmente indústrias e meio
urbano (Machado, 2003).
A Constituição Federal no artigo 225 diz que:

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,


bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo
e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

Assim como as demais atividades poluidoras, a atividades que geram ruído


devem seguir a Política Nacional do Meio Ambiente. O órgão máximo responsável é
o Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama – presidido pelo ministro do Meio
Ambiente. Cabe ao Conama definir normas e critérios para licenciamento de
atividades potencialmente poluidoras. Os órgãos estaduais e municipais devem
legislar sobre a poluição sonora sempre de forma igual ou mais restritiva que às
resoluções do Conama (Litwinczik, 2013).
A principal resolução do Conama é a de nº 001, de 08 de março de 1990,
que dispõe sobre a emissão de ruídos em quaisquer atividades industrial, comercial,
sociais ou recreativas. A resolução 001/90 do CONAMA, nos seus itens I e II,
dispõe:

I – A emissão de ruídos, em decorrência de qualquer atividades


industriais, comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de
propaganda política. Obedecerá, no interesse da saúde, do sossego
público, aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos nesta
Resolução.

II – São prejudiciais à saúde e ao sossego público, para os fins do


item anterior as ruídos com níveis superiores aos considerados
aceitáveis pela norma NBR 10.151 - Avaliação do Ruído em Áreas
Habitadas visando o conforto da comunidade, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.(Referência original à NBR
10.152, constante da publicação da Resolução no D.O.U. de
02/04/90 (p. 6.408, seção I))

A referente NBR 10.151, citada na resolução, fixa as condições exigíveis


para avaliação da aceitabilidade do ruído em comunidades, na forma de

23
procedimento. Da mesma maneira, a NBR 10.152 fixa os níveis de ruído
compatíveis com o conforto acústico em ambientes diversos.
Também o CONAMA considerando os diversos tipos de fontes de poluição
sonora estabeleceu normas, métodos e ações para controlar o ruído em excesso,
instituindo assim a Resolução 002, de 08 de março de 1990, que veio a instituir o
Programa Nacional de Educação e Controle da Poluição Sonora – Silêncio, na qual
em seu art.1º cita seus objetivos:

Art 1º - Instituir em caráter nacional o programa Nacional . Educação


e Controle da Poluição Sonora - "SILÊNCIO" com os objetivos de:

a) Promover cursos técnicos para capacitar pessoal e controlar os


problemas de poluição sonora nos órgãos de meio ambiente
estaduais e municipais em todo o país;

b) Divulgar junto à população, através dos meios de comunicação


disponíveis, matéria educativa e conscientizadora dos efeitos
prejudiciais causados pelo excesso de ruído.

c) Introduzir o tema "poluição sonora" nos cursos secundários da


rede oficial e privada de ensino, através de um Programa de
Educação Nacional;

d) Incentivar a fabricação e uso de máquinas, motores,


equipamentos e dispositivos com menor intensidade de ruído quando
de sua utilização na indústria, veículos em geral, construção civil,
utilidades domésticas, etc.

e) Incentivar a capacitação de recursos humanos e apoio técnico e


logístico dentro da política civil e militar para receber denúncias e
tomar providências de combate para receber denúncias e tomar
providências de combate a poluição sonora urbana em todo o
Território Nacional;

f) Estabelecer convênios, contratos e atividades afins com órgãos e


entidades que, direta ou indiretamente, possa contribuir para o
desenvolvimento do Programa SILÊNCIO.

A coordenação do Programa Silêncio é de competência do IBAMA (Instituto


Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) que deverá contar com a
participação de Ministérios do Poder Executivo, órgãos estaduais e municipais do
Meio Ambiente.
Além disso, referente a diversas formas de punição, podemos citar o artigo
42, do Decreto- Lei 3.688/41, que institui a Lei das Contravenções Penais:

24
Art. 42. Perturbar alguém o trabalho ou o sossego alheios:

I – com gritaria ou algazarra;

II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com


as prescrições legais;

III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;

IV – provocando ou não procurando impedir barulho produzido por


animal de que tem guarda.

Pena – prisão simples, de 15 dias a 3 meses, ou multa.

A punição muitas vezes resolve, visto que o gerador do ruído pouco se


interessaria em diminuir o impacto causado caso não fosse punido por isso. Porém
uma conscientização do poluidor seria mais eficaz do que simplesmente punir, isso
realça a importância da abordagem sobre poluição sonora nos programas de
educação ambiental.

4.1 Legislações pertinentes ao ruído de indústria


Segundo Machado (2003), a indústria é caracterizada como fonte poluidora
do meio ambiente artificial quando o ruído projeta-se para além do âmbito interno do
estabelecimento, causando ruídos ambientais contínuos, vindo a atingir a vizinhança
bem como os próprios trabalhadores.
Sendo as indústrias uma das fontes causadoras de poluição sonora com
maior índice de ruídos, o ordenamento jurídico deve impor disciplina a essas
indústrias. Assim, a Lei 6.803/80, procurou dividir as áreas em: zona de uso
estritamente industrial, predominantemente industrial e de uso diversificado. Além
disso, preceituou-se que o ruído causado pelas indústrias é vetor determinante da
alocação do estabelecimento a zona adequada (Machado 2003).
Algumas cidades possuem leis ambientais específicas que enquadram seu
zoneamento aos limites de ruído determinados pela NBR 10.151. Essa norma diz
que para ambientes externos, o ruído medido em dB (A) em uma área
predominantemente industrial não deve ser superior a 70 dB (período diurno) e 60
dB (período noturno).
A norma NBR 10.152 trata dos níveis de ruído para conforto acústico, usada
principalmente como apoio à norma NBR 10.151. Em geral ela é pouco utilizada, no
25
entanto prescreve limites de ruído para o conforto em áreas internas. Seu principal
objetivo é estabelecer os níveis adequados de ruído para diversos ambientes e as
curvas de avaliação de ruído de forma a verificar se determinado ambiente pode ser
considerado adequado ou não ao tipo de atividade que será realizada no mesmo. É
importante definir a incomodidade do ruído e orientar as medidas corretas de se
controlar o ruído.
As alterações, com relação às exigências jurídicas e técnicas, quanto às
avaliações do ruído ocupacional vem sofrendo mudanças constantes nos últimos
anos. Novas Leis, instruções normativas e ordens de serviços referentes ao assunto
vêm aproximando os dois Ministérios que regem o assunto: MTE e MPAS. O INSS
com relação as atividade insalubres alterou nos últimos 10 anos os limites
considerados insalubres para o ruído ocupacional de 80 dB (A) para 90 dB (A) e,
atualmente, para 85 dB (A).
Por fim, a norma regulamentadora NR 15 é a que trata de atividades
insalubres. A tabela 1 apresentada no item 3.3 desse trabalho (Saúde ocupacional)
foi retirado dessa norma (NR15), um trabalhador jamais poderá ultrapassar os limites
permitidos de exposição diária a diferentes níveis de ruído descrito no quadro da
NR15. Também é importante citar que, em casos onde o tempo de exposição ao
ruído ultrapasse o permitido, cabe ao empregador (conforme descritos na Portaria
3.214 de 1976 - Norma Regulamentadora N.º 6 - Equipamentos de Proteção
Individual) disponibilizar protetores auriculares eficazes ao empregado.

26
5 MATERIAIS E MÉTODOS
Neste capítulo estão descritos as etapas da metodologia aplicada para
obtenção dos resultados da pesquisa.
As etapas do método envolvem: a delimitação da área de estudo,
determinação dos pontos de amostragem do ruído, caracterização da área de
estudo e análise dos dados.
Para se fazer esse estudo a empresa permitiu o acesso as instalações, bem
como a coletas de imagens e dados (anexo 2, item 8.2).

5.1 Caracterização da área de estudo


A empresa metalúrgica está instalada no município de Araraquara, que se
localiza na região central do Estado de São Paulo, Brasil. De acordo com a Licença
de Operação emitida pelo Órgão Ambiental CETESB – Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo, o empreendimento possui uma área total do terreno 65.997,70
m² e com 11.729,20 m² de área construída, sendo o restante de 44.834,63 m² em
áreas verdes e 9.433,87m² de área pavimentada.
As máquinas e equipamentos utilizados em seu processo produtivo são
tornos de usinagem, prensas hidráulicas e similares, laser de gravação, no setor de
logística existem empilhadeiras elétrica e transpaleteira elétrica, no setor de
manutenção e ferramentaria há tornos de usinagem, fresadora, lixadeira, policorte,
moto esmerilhadeira, furadeira de coluna e manual.
Como especificado em sua Certidão de Uso do Solo emitida pela Secretaria
de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura do Município de Araraquara, que permite
as atividades da empresa no local,menciona que o imóvel está localizado na Zona
de Estruturação Urbana Sustentável – ZEUS, Zona Especiais Mistas – ZOEMI,
Áreas de Especial Interesse Social – AEIS e Áreas Especiais de Interesse Ambiental
de Recarga de Aquífero – AEIRA.
Conforme especificado na Figura 5, a empresa está situada entre a Rua
Sachs (1) e a Vicinal Estrada Francisco José Zanin (2), estando aproximadamente a
50 metros de distância da rodovia Washington Luís (3) em seu km 271, possuí como
vizinhança a empresa REMAPI (4) responsável pela reforma em carrocerias de
caminhões em geral, a empresa SCANGIL (5) que possui atividade como

27
manutenção e reforma de caminhões,o Hotel Green (6) e uma extensa área rural (7)
ao fundo.

3
1

6
5

Figura 5: Caracterização da circunvizinhança. Fonte: Google Maps

De acordo com Araújo (2001), a praça do pedágio localizada sobre o km 282


da Washington Luís registra a quantidade de 262 a 422 veículos por hora, sendo o
horário de maior fluxo entre 15:00e 18:00 horas e posteriormente a maioria destes
trafegam ao lado da empresa.
Na Vicinal Estrada Francisco José Zanin e na Rua Sachs, foi observado que
horário de pico de trânsito de veículos está relacionado aos horários de entrada e
saída de pessoas que trabalham nas empresas localizadas na região, que varia das
07:00e 08:00 horas e das 17:00 as 18:00 horas.
Constatou-se que a empresa REMAPI inicia suas atividades durante os dias
de semana as 07:00 horas e se encerra as 17:30 horas, durante aos sábados sua
atividade é dás 08:00 horas até 12:00 e no domingo não tem expediente de trabalho.
Também foi evidenciado que seus equipamentos de trabalho são relacionados as

28
atividades de serralheria como lixadeira, martelo, martelete pneumático,
compressores de ar comprimindo, parafusadeira pneumática, entre outros.
Foi observado que a empresa SCANGIL possui atividade somente de
segunda á sexta-feira, sendo dás 08:00 horas ás 18:00 horas. Nela constatou-se a
existência de máquinas e equipamentos como torno de usinagem, lixadeira,
esmerilhadeira, compressor de ar comprimido, pintura, parafusadeira pneumática,
martelete pneumático e ferramentas como marreta, além disto, foi constatado testes
em caminhões, como aceleração do giro do motor, sinal sonoro de ré e acionamento
de buzina, os quais contribuíram para os resultados de medição de ruído.
Na propriedade ao fundo da empresa não foi observado durante o período
de medição, à presença de máquinas ou equipamentos agrícolas, os quais poderiam
gerar ruído e interferir nos resultados obtidos.

5.1.2 Caracterização da área de acordo com as Leis Municipais


Nesta pesquisa, para a caracterização da área onde está localizado o
empreendimento foram consideradas as Leis Complementares 850 e 858 do
Município de Araraquara / SP.
A Lei Complementar N.° 850 de 11 de fevereiro de 2014 do Município de
Araraquara institui a revisão de seu Plano Diretor de Desenvolvimento e Política
Ambiental, o qual traz em seu MAPA 13 o Mapa Estratégico do Modelo Espacial e
Zoneamento Urbano, nele (Figura 6) determina que a empresa está localizada em
área caracterizada como Zona Especial de Estruturação Predominantemente
Produtivas e Zona Especial de Produção Industrial Sustentável - ZEPP, desta forma
ZEPP-ZEPIS.

29
Figura 6: Mapa Estratégico do Modelo Espacial e Zoneamento Urbano. Fonte: Mapa
Estratégico do Modelo Espacial e Zoneamento Plano Diretor do Município de
Araraquara
Legenda: Localização da empresa

A Lei Complementar 858 de 20 de Outubro de 2014, que trata do uso e


ocupação do solo, traz em seu Artigo 123-E,que as ZEPP são áreas que possuem
fragmentos urbanos destinados a atividades industriais de alta interferência
ambiental, sujeitas a licenciamento e estudos de impacto, conforme classificação de
legislação federal e estadual específicas e que as ZEPIS são atividades não
incômodas ou de baixa e de média interferência ambiental compatível com o uso
misto, tais como ecopólos, empresas de base ambiental, centros integrados de
resíduos sólidos urbanos e outros.
No Inciso II do Art. 127 da Lei Complementar 858 (Araraquara, 2014)
determina a classificação do uso do solo para atividades não residenciais em:
Inócuas ou não incomodas, as que não causam impacto nocivo ao meio ambiente
urbano, Incômodas Nível 1, aquelas que são compatíveis com o uso residencial,
Incômodas Nível 2 as que são de baixo impacto, compatíveis com o uso residencial
e por fim as Incômodas Nível 3 atividades de alto impacto, compatíveis com o uso
residencial.
A pesquisa feita evidenciou que de acordo com o Anexo II da Lei
Complementar 858 (Araraquara, 2014) o ramo de atividade da empresa é
classificada Incômoda de Nível 3 e conforme sancionado por seu anexo III, este tipo
30
classificação exige que a empresa realize os relatórios de Impacto de Vizinhança –
RIV, Impacto Ambiental – RIA e o Polos Geradores de Tráfego – PGT.
Caracterizado a área que a empresa metalúrgica está instalada em ZEPP-
ZEPIS, conclui-se o nível de ruído registrado em seu entorno não poderá exceder
aqueles estabelecidos na Tabela 1 da NBR 10.151 (ABNT, 2004), sendo 70 dB(A)
durante o dia e 60 dB(A) a noite, conforme Figura 7.

Figura 7: Nível de critério de avaliação NCA para ambientes externos, em dB(A).


Fonte: ABNT NBR 10151 de junho de 2015.

Portanto, nesta etapa concluiu-se que esta pesquisa contribuiu para


evidenciar a necessidade da empresa em avaliar seus impactos ambientais, sendo o
ruído uma das partes que integram este conjunto (Sánchez, 2006). Sendo assim, os
resultados obtidos durante a avaliação do ruído poderá contribuir com as
informações do Sistema de Gestão Ambiental da empresa.

5.2 Método de medição do ruído


Ao adotar uma metodologia para a medição de ruído é preciso levar em
consideração o ambiente a qual será aplicada.
Um dos métodos universalmente utilizado para avaliar tecnicamente o ruído
é o nível sonoro contínuo equivalente (LAeq), que representa a energia sonora
média num ambiente, ao longo de um determinado período de tempo. O LAeq é o
termo normalmente referido na legislação de controle da poluição sonora e é
expresso em decibéis (dB).
Nagem (2004) explica que para a investigação da qualidade acústica é
necessário à utilização de um método capaz de realizar a modelagem do ambiente e

31
sua interação com a propagação sonora, envolvendo fonte, trajetória e receptor,
afirmando que uma das formas de fazer isto é através do mapeamento sonoro.
O método utilizado durante a pesquisa foi definido de acordo com proposta
da Nagem (2004), seguindo as considerações da ABNT NBR 10151 (ABNT, 2000)
que especifica as condições para a medição de ruído, a aplicação de correções dos
níveis medidos (de acordo com a duração, característica espectral e fator de pico) e
a comparação dos níveis corrigidos, com um critério que leva em conta os vários
fatores ambientais.

5.2.1 Pontos de amostragem


Mendonça (2013), explica que a determinação dos pontos de amostragem
de medição do ruído é a etapa fundamental para pesquisa e Nagem (2004)
complementa ao destacar, que normalmente para o mapeamento do ruído ambiental
utilizam-se malhas regulares com pontos de amostragem distribuídos de forma
homogênea e que para o ruído do tráfego veicular estes pontos se distanciam de 10
a 1000 metros entre si.
A ABNT NBR 10151 (ABNT, 2000) estabelece que o levantamento de níveis
de ruído em áreas habitadas visando o conforto acústico da comunidade, deve ser
medido externamente aos limites da propriedade que contém a fonte de geração,
com a altura de 1,2 metros em relação do piso e estando em distância mínima de 2
metros do limite da propriedade e de superfícies refletoras.
Para analisar o nível do ruído gerado pela empresa, optou-se por fazer a
comparação entre o método de malhas regulares (Nagem, 2004) e da ABNT NBR
10151 (ABNT, 2000).
Para o método de malhas regulares foram distribuídos pelo lote de
65.997,70 m² da empresa, 12 pontos de amostragem com distância de 50 metros
entre si, conforme especificado na Figura 8 como A1 a A12 e destacados na cor
amarela e para o método estabelecido pela NBR 10151 (2000) estão destacados na
mesma figura, 4 pontos de amostragem identificados como E1 a E4 e na cor branca.

32
Figura 8: Pontos de amostragem do ruído Fonte: Google Maps

Os pontos de amostragem definidos pelo método de malhas regulares são


A1 (figura 9)que está localizado no estacionamento 1 próximo a portaria da empresa
e com distância de 8 metros da rua Sachs, o A2 (figura 10)na balança de caminhões
da empresa, o A3 (figura 11)na rua de acesso ao estacionamento 2 e com distância
de 5 metros da rua Sachs, o A4 (figura 12)ao lado da rua de acesso ao recebimento
de materiais da empresa e a 15 metros da Vicinal Estrada Francisco José Zanin, o
A5 (figura 13) dentro da área de produção da empresa, o A6 (figura 14) na rua de
acesso ao grêmio de recreação da empresa e a uma distância de 8 metros da rua
Sachs e 18 metros da REMAPI, o A7 (figura 15) no pátio de recebimento e
expedição de materiais da empresa, o A8 (figura 16) no estacionamento 2 da
empresa e a 30 metros da empresa REMAPI, o A9 (figura 17) ao lado do bosque de
eucalipto da empresa, o A10 (Figura 18) no grêmio de recreação da empresa, o A11
(Figura 19) no bosque de eucalipto da empresa e o A12 (Figura 20) no bosque de
eucalipto e a 4 metros do fundo da empresa SCANGIL.

33
Figura 9: Ponto de Amostragem A1

Figura 10: Ponto de Amostragem A2

Figura 11: Ponto de Amostragem A3

34
Figura 12: Ponto de Amostragem A4

Figura13: Ponto de Amostragem A5

Figura14: Ponto de Amostragem A6

35
Figura 15: Ponto de Amostragem A7

Figura 16: Ponto de Amostragem A8

Figura 17: Ponto de Amostragem A9

36
Figura18: Ponto de Amostragem A10

Figura19: Ponto de Amostragem A11

Figura 20: Ponto de Amostragem A12

Os pontos de amostragem definidos pelo método da ABNT NBR 10151


(ABNT, 2000) são E1(figura 21) localizado entre a 15 metros da Vicinal Estrada
Francisco José Zanin e 8 metros da rua Sachs, E2 (figura 22) estando na rua Sachs,
E3 (figura23) na Vicinal Estrada Francisco José Zanin e E4 (figura 24) na área
propriedade rural localizada ao fundo da empresa.

37
Figura 21: Ponto de Amostragem E1

Figura 22: Ponto de Amostragem E2

Figura 23: Ponto de Amostragem E3

38
Figura 24: Ponto de Amostragem E4

5.2.2 Tempo e Período de medição


Segundo Gerges (2000), os níveis de pressão sonora por sofrerem
alterações de intensidade e frequência, devem ser analisados repetidamente
durante um período de tempo bem definido.
Foi verificado nas metodologias consultadas que os autores variam o tempo
de medição de segundos a horas, entretanto diversos estudos optam pelo tempo de
amostragem que fica situado na faixa de 5 a 15 minutos (Nagem, 2004).
Deste modo optou-se pelo tempo de 10 minutos de medição em cada ponto
de amostragem, que foi realizado durante os dias 21até 29 de setembro de 2015.
Como destacado na tabela 2, os horários das medições foram divididos em três
períodos, 9:00 horas, 14:00 horas e 21:00 horas.

Tabela 2: Horário das medições


DIAS DO MÊS DE SETEMBRO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Segunda-feira

Segunda-feira

Segunda-feira

Segunda-feira

Horário das Medições


Quarta-feira

Quinta-feira

Quarta-feira

Quinta-feira

Quarta-feira

Quinta-feira

Quarta-feira

Quinta-feira

Quarta-feira
Terça-feira

Sexta-feira

Terça-feira

Sexta-feira

Terça-feira

Sexta-feira

Terça-feira

Sexta-feira

Terça-feira
Domingo

Domingo

Domingo

Domingo
Sábado

Sábado

Sábado

Sábado

Período da Manhã
Inicio ás 09:00 horas
X X X
Período da Tarde
Inicio ás 14:00 horas
X X X
Período da Noite
Inicio ás 21:00 horas
X X X

Atualmente a empresa possui três tipos de jornada de trabalho, conforme


especificado pela tabela 3 sendo, o primeiro turno iniciando ás 06:00 horas e com
encerramento ás 14:25 horas, com expediente reduzido durante aos sábados, o
39
turno administrativo dás 08:00 ás 17:23 horas, não trabalhando aos sábados e o
segundo turno que possui a jornada dás 14:23 horas ás 22:40 horas e com jornada
reduzida aos sábados.

Tabela 3: Turnos de trabalho

JORNADA DE TRABALHO
Turno Segunda á Sexta-feira Sábado Domingo
1º dás 06:00 h ás 14:25 h 06:00 h ás 11:10 h não tem expediente
2º dás 14:23 h ás 22:40 h 11:10 h ás 16:38 h não tem expediente
Administrativo dás 08:00 h ás 17:23 h não faz expediente não tem expediente

A partir dos resultados obtidos em cada ponto de amostragem, será possível


identificar os pontos nos quais o nível de pressão sonora é mais elevado e
comprara-los com as atividades desenvolvidas no local bem como com as
legislações vigentes.
Portanto, os dez minutos medidos em cada um dos dezesseis pontos de
amostragem, durante o período de nove dias, resultam em uma amostra temporal de
1.440 minutos de medição.

5.2.2.1 Considerações sobre o Tempo e Período de medição


Inicialmente a proposta para o levantamento do ruído estava programado
para ocorrer durante o mês de julho do ano de 2015, entretanto devido à presença
de três seriemas que transitavam próximo aos pontos de amostragem (figura 25)
houve a prorrogação desta data.

40
Figura 25: Seriema e os Pontos de Amostragem

Observou-se que durante o período final de junho até o inicio de setembro de


2015 as seriemas estiveram na propriedade da empresa e apresentaram
comportamento agitado. Ao instalar o aparelho de medição de ruído nos pontos de
amostragem, elas se aproximavam do aparelho e cantavam incessantemente.
Constatou-se que duas das seriemas cantavam em duetos, sendo que a outra
iniciava o canto, mas não era correspondida pelas demais.
Com intuito de entender o histórico, houve entrevista com o jardineiro que
está na empresa há sete anos, ele relatou que nos anos anteriores haviam somente
duas seriemas que apareciam na propriedade em determinados períodos e no ano
de 2015 apareceu mais uma e depois disto as seriemas começaram a cantar
durante longos períodos no dia. Também foi informado que duas delas entravam em
conflito diariamente.
Gwynne (et. al) explica que a Seriema (Cariamacristata) são aves típicas do
Cerrado Brasileiro, região aonde está localizado o Município de Araraquara / SP,
formando casais monogâmicos e elas podem cantar sozinhas ou em dueto para
determinar seu território, seu dueto é intensificado na época de reprodução e seu
canto pode ser ouvido por até 1 km de distância, sendo uma série longa de notas
estridentes e desafinadas, de intensidade decrescente: “kié-kié-kié-kié-kié-kié-kié-ke-
ke-ke-ke”, Gwyne ainda concluí que o período de acasalamento da seriema é
geralmente entre os meses de fevereiro e março, mas que ele pode variar conforme
41
a necessidade dos indivíduos, ele ainda concluí que os machos costumam disputar
as fêmeas de forma violenta durante este período.
Portanto, com base nas informações obtidas pelo jardineiro da empresa, com
a literatura e verificação do comportamento das aves, nesta etapa da pesquisa
concluiu que seria necessário alterar o cronograma do monitoramento do ruído, para
que o período de acasalamento das seriemas não afetasse nos resultados obtidos.

5.2.3 Materiais e empregados


Nesta pesquisa foi utilizado o aparelho de medir o nível de pressão sonora,
tecnicamente chamado de dosímetro de ruído,modelo DOS 500 e marca Instrutherm
(figura 26), calibrado em 31 de julho de 2015, conforme certificado número
131072/2015(anexo 1), sendo operado na função para níveis de pressão sonora
equivalente –LAeq em decibéis ponderado, ou como comumente chamado dB(A),
conforme especificação da ABNT NBR 10.151 (ABNT, 2000).

Figura 26: Dosímetro de ruído, modelo DOS 500, Fabricante Instrutherm.


Fonte: Autoria própria

Sabendo que o ouvido humano não é sensível a todas as frequências, foi


adotado uma curva balanceada que adéqua os níveis medidos à sensibilidade do
ouvido humano, a qual é chamada de curva de ponderação. Bistafa (2011) explica
que em equipamentos de medições de ruído (como o dosímetro usado nesse
trabalho), existem circuitos de ponderação (A, B, C e D), que servem pra corrigir os
42
níveis sonoros analisados em decibéis, fazendo-o de acordo com a frequência.
Porém a ponderação que mais se aproxima da capacidade do ouvido humano
perceber sons é a ponderação em (A).

43
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os valores do ruído obtido nos pontos de amostragem A1 á A12 durante o
período de medição para o método malhas regulares (Nagem, 2004) estão descritos
na tabela 4e para pontos E1 á E4 de acordo com o método da ABNT NBR 10151
(ABNT, 2000) na tabela 5.

Tabela 4: Valores de ruído “Método de Malhas Regulares”


21/09/2015 22/09/2015 23/09/2015 24/09/2015 25/09/2015 26/09/2015 27/09/2015 28/09/2015 29/09/2015
Ponto Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo Segunda-feira Terça-feira
Manhã Tarde Noite Manhã Tarde Noite Manhã Tarde Noite
A1 53,4dB(A) 54,7dB(A) 50,6dB(A) 53,1dB(A) 55,0 dB(A) 49,9dB(A) 50,3dB(A) 54,4dB(A) 51,0 dB(A)
A2 50,8dB(A) 50,9dB(A) 49,5dB(A) 51,0 dB(A) 51,3dB(A) 48,7dB(A) 49,9dB(A) 51,0 dB(A) 49,5dB(A)
A3 54,5dB(A) 55,2dB(A) 50,9dB(A) 54,4dB(A) 55,5dB(A) 49,3dB(A) 50,2dB(A) 55,0 dB(A) 50,1dB(A)
A4 52,2dB(A) 53,0 dB(A) 49,5dB(A) 51,9dB(A) 53,2dB(A) 48,0 dB(A) 50,1dB(A) 52,0 dB(A) 40,2dB(A)
A5 78,3dB(A) 78,2dB(A) 77,2dB(A) 78,9dB(A) 78,1dB(A) 38,9dB(A) 36,6dB(A) 78,1dB(A) 77,4dB(A)
A6 55,9dB(A) 56,3dB(A) 51,0 dB(A) 56,1dB(A) 56,4dB(A) 48,5dB(A) 51,1dB(A) 56,5dB(A) 51,1dB(A)
A7 53,1dB(A) 52,9dB(A) 50,3dB(A) 52,7dB(A) 52,8dB(A) 47,0 dB(A) 49,7dB(A) 53,0 dB(A) 50,1dB(A)
A8 53,7dB(A) 53,8dB(A) 50,1dB(A) 54,1dB(A) 54,0 dB(A) 48,4dB(A) 48,8dB(A) 53,9dB(A) 52,0 dB(A)
A9 50,1dB(A) 50,2dB(A) 49,8dB(A) 50,2dB(A) 50,4dB(A) 47,9dB(A) 49,2dB(A) 50,5dB(A) 49,4dB(A)
A10 52,2dB(A) 52,1dB(A) 49,3dB(A) 52,2dB(A) 52,0 dB(A) 47,2dB(A) 48,3dB(A) 53,0 dB(A) 48,8dB(A)
A11 50,7dB(A) 50,7dB(A) 48,9dB(A) 50,6dB(A) 51,0 dB(A) 47,1dB(A) 47,5dB(A) 51,2dB(A) 48,5dB(A)
A12 53,8dB(A) 54,9dB(A) 48,1dB(A) 53,5dB(A) 52,7dB(A) 46,2dB(A) 47,0 dB(A) 53,0 dB(A) 48,3dB(A)

Tabela 5: Valores de ruído “Método ABNT NBR 10151”


21/09/2015 22/09/2015 23/09/2015 24/09/2015 25/09/2015 26/09/2015 27/09/2015 28/09/2015 29/09/2015
Ponto Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo Segunda-feira Terça-feira
Manhã Tarde Noite Manhã Tarde Noite Manhã Tarde Noite
E1 55,7 56 50,8 54,0 60,0 50,0 51,0 57,0 52,0
E2 56,1 56,8 52,4 58,3 57,0 48,9 52,5 58,8 52,2
E3 54,7 55,1 52,3 53,4 55,7 48,3 50,9 54,4 51,9
E4 49,3 49,5 47,7 49,5 50,2 47,6 47,4 51,0 48,0

Em ambos os métodos utilizados não houve registro de ruído que ultrapassou


os limites máximos estabelecidos pela NBR 10.151 (ABNT,2004), sendo 70 dB(A)
para o dia e 60 dB(A) para noite. Portanto conclui-se nesta fase da pesquisa, que as
atividades desenvolvidas pela empresa metalúrgica estão abaixo dos limites
permissíveis, desta forma fazendo o atendimento das legislações pertinentes.
O método de malhas regulares (Tabela 6) utilizado de segunda a sexta-feira,
registrou nos pontos de amostragem que estão fora da área de produção da
empresa (ponto A5) o valor máximo de ruído durante o período da tarde, já o ponto
A5 registrou o maior nível de ruído durante o período da manhã.
44
Tabela 6: Valor máximo de ruído de segunda a sexta-feira “Método de Malhas
Regulares”
VALOR MÁXIMO DE RUÍDO DE SEGUNDA A SEXTA FEIRA
MÉTODO DE MALHAS REGULARES
PONTO MANHÃ TARDE NOITE
A1 53,4 dB(A) 55,0 dB(A) 51,0 dB(A)
A2 51,0 dB(A) 51,3 dB(A) 49,5 dB(A)
A3 54,5 dB(A) 55,5 dB(A) 50,9 dB(A)
A4 52,2 dB(A) 53,2 dB(A) 49,5 dB(A)
A5 78,9 dB(A) 78,2 dB(A) 77,4 dB(A)
A6 56,1 dB(A) 56,5 dB(A) 51,1 dB(A)
A7 53,1 dB(A) 53,0 dB(A) 50,3 dB(A)
A8 54,1 dB(A) 54,0 dB(A) 52,0 dB(A)
A9 50,2 dB(A) 50,5 dB(A) 49,8 dB(A)
A10 52,2 dB(A) 53,0 dB(A) 49,3 dB(A)
A11 50,7 dB(A) 51,2 dB(A) 48,9 dB(A)
A12 53,8 dB(A) 54,9 dB(A) 48,3 dB(A)

Também foi evidenciado durante a pesquisa, que utilizando o método da


ABNT NBR 10.151 (Tabela 7), o maior nível de ruído registrado ocorreu durante as
tardes de segunda a sexta-feira.

Tabela 7: Valor máximo de ruído de segunda a sexta-feira “Método da ABNT NBR


10151”
VALOR MÁXIMO DE RUÍDO DE SEGUNDA A SEXTA FEIRA
MÉTODO ABNT NBR 10151

PONTO MANHÃ TARDE NOITE


E1 55,7 dB(A) 60,0 dB(A) 52,0 dB(A)
E2 58,3 dB(A) 58,8 dB(A) 52,4 dB(A)
E3 54,7 dB(A) 55,7 dB(A) 52,3 dB(A)
E4 49,5 dB(A) 51,0 dB(A) 48,0 dB(A)

Sabendo que o período da tarde é aquele que tem o maior nível de ruído
registrado, foram inseridos valores em dB(A) na figura 27, para comparar os valores
obtidos pelos dois métodos utilizados, nesta analise verificou-se que os pontos de
maior nível de ruído registrado são aqueles localizados próximos a Rua Sachs e a
45
Vicinal Estrada Francisco José Zanin. Comparando os pontos E1 com o A1, E2 com
o A3 e A6, o ponto E3 com o A4, foi verificado que os pontos de amostragem que
foram utilizados o método da ABNT NBR 10151 (E1 a E4) apresentaram maior nível
de ruído, outro fato constado são os pontos A2 e A7 que apesar de estarem mais
próximo da área de produção (ponto A5), tiveram menor nível de ruído registrado
quando comparado com os pontos localizados de E1 a E3.

Figura 27: Valores máximos de ruído registrados nas tardes de segunda a sexta-
feira

As medições realizadas no final de semana fora do horário de funcionamento


da empresa metalúrgica mostraram os valores de ruído mais altos durante o período
da manhã do domingo e que eles estão localizados próximos a Rua Sachs e a
Vicinal Estrada Francisco José Zanin. Também foi constatado que os pontos E1 á
E3 amostrados pelo método da NBR 10.151 (ABNT, 2004) são os que apresentaram
maior nível entre todos os demais pontos de amostragem (Figura 28).

46
Figura 28: Valores máximos de ruído registrados na manhã de domingo

Analisando as imagens dos pontos de amostragem que tiveram os maiores


níveis de ruído registrados durante a pesquisa, foi possível observar a presença de
alguns veículos ao fundo. No ponto de amostragem A1 (figura 29) foram registrados
6 veículos, no ponto de amostragem E1 (figura 30) foram registrados 4 veículos, no
ponto de amostragem E2 (figura 31) foram registrados 2 veículos e no ponto de
amostragem E3 (figura 32) foram registrados 3 veículos. Entre estes veículos
registrados nas imagens dos pontos de amostragem existem caminhões,
caminhonetes, veículos utilitários e veículos de passeio.

47
Figura 29: Veículos próximo ao ponto de amostragem A1

Figura30: Veículos próximo ao ponto de amostragem E1

48
Figura 31: Veículos próximo ao ponto de amostragem E2

Figura 32: Veículos próximo ao ponto de amostragem E3

49
Considerando que os níveis de ruído registrados diminuem à medida que se
distancia da área de produção da empresa e aumentam conforme se aproximam da
rua Sachs e da Vicinal Estrada Francisco José Zanin e também, que as imagens
destes pontos evidenciam a presença de veículos no local, determinou que os
resultados obtidos para verificação do conforto da circunvizinhança estão
relacionados ao tráfego de veiculo existente nestas vias, não existindo interferência
do ruído existente no processo produtivo da empresa metalúrgica.

50
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quando falamos de meio ambiente o mundo lança seu olhar principalmente
para o aquecimento global e as consequências devastadoras da mudança climática,
sabemos que o meio ambiente precisa de um equilíbrio, nesse caso, nem quente
demais e nem frio demais, nessa mesma linha de raciocínio podemos trazer a tona
uma analogia com o som. O som é extremamente necessário para seres humanos e
animais, uma vez que é um meio de comunicação eficaz, nos ajuda identificar
perigos, proporciona momentos de lazer e interação e ainda influencia inclusive na
economia, visto que muito se arrecada com a comercialização da música e outros
meios que têm como principal “matéria prima” a utilização do som. Analisando essas
vantagens, podemos dizer que um silêncio total seria prejudicial. Caso não houvesse
a percepção de sons no mundo a humanidade com certeza tomaria rumos incertos,
num silêncio catastrófico. Comparando com as mudanças climáticas, não é difícil de
entender que o frio em excesso pode nos levar a uma nova era glacial, causando
assim, grandes prejuízos ao homem. Igualmente, o calor em excesso, pode ter
impactos de magnitudes ainda maiores. Da mesma forma é o som, não devendo ser
nem tão além, nem tão aquém. Se por um lado o som é uma incrível ferramenta que
ajudou no desenvolvimento da vida como ela é, por outro lado, o seu excesso é
bastante nocivo.
Diante da relevância de se quantificar o ruído para tomar atitudes de controle,
foi que se optou por dois métodos para fazer a avaliação na metalúrgica. Após
determinar que o maior nível de ruído está localizado no ambiente externo do
empreendimento, concluiu-se que a utilização do método de avaliação determinado
pela ABNT NBR 10151 (ABNT, 2000) não seria conclusivo, o que poderia induzir a
dados os quais poderiam comprometer o Sistema de Gestão Ambiental da empresa
metalúrgica. Portanto, foi comprovado através desta pesquisa que para a avaliação
do ruído ambiental é necessário o mapeamento através pontos de amostragem a
serem distribuídos dentro e fora do empreendimento, devendo ser analisados
repetidamente durante um período de tempo necessário.
Mais importante do que simplesmente controle de ruído, é identificar suas
fontes. Uma medição sem critérios pode gerar falsas dados, visto que, desde o ruído
do tráfego de uma estrada até o simples cantar de um pássaro, influência fortemente
nos resultados obtidos. Casso essas fontes de ruído não tivessem sido identificadas,

51
inclusive com fotos, seria possível atribuir erroneamente a empresa metalúrgica
como responsável pelos ruídos identificados na medição. Assim conclui-se que a
empresa metalúrgica está dentro das normas exigíveis no que se refere ao ruído,
não havendo qualquer desconforto a circunvizinhança oriundo da sua área
produtiva.
O estudo do som e suas características nos trouxe a certeza da necessidade
de uma visão holística para as questões ambientais. O ruído não é um mero detalhe,
tão pouco pode passar por despercebido, principalmente quando envolve assuntos
tão sérios como a saúde e a qualidade de vida do homem. O ser humano tem
dificuldades de compreender aquilo que ele não pode ver e nem tocar, isso tem sido
um problema para leigos que não consideram o ruído como sendo um impacto
ambiental. Para população em geral, há tantos assuntos relacionados ao meio
ambiente para se tratar, como a crise hídrica, o saneamento básico, as queimadas,
os desmatamentos, as degradações diversas, que, em meio a tantos problemas, o
tema “poluição sonora” fica ofuscado. Porém não deveria ser assim, pois esse
estudo nos mostrou que esse tipo de poluição é tão grave como qualquer outra
forma de poluição e suas consequências são das mais variadas, por isso é preciso
certa preocupação da população e seriedade das autoridades ao tratar desse
assunto.

52
8 ANEXOS

8.1 Anexo 1 – Certificado de Calibração

53
54
8.2 Anexo 2 – Autorização de Divulgação de Dados

55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10151:2000. Acústica –


Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade –
Procedimento.

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