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1
Departamento de Engenharia Electrotécnica, ESTT, Instituto Politécnico de Tomar, Portugal
cferreira@ipt.pt
2
Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, IST, Universidade Técnica de Lisboa, Portugal
mbvb@lx.it.pt
3
Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, FCTUC, Universidade de Coimbra, Portugal
luis.sa@co.it.pt
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Instituto de Telecomunicações (IT), Portugal
Abstract. This paper focus in class D amplifiers output filter topology’s and characterizes the tradeoffs in filter design:
the output ripple, minimization of the system gain variation in face of load impedance variation, the negative feedback
loop gain and attenuation of differential/common components.
Resumo. Este artigo debruça-se sobre as topologias do filtro de saída de amplificadores de classe D e caracteriza os
compromissos no projecto deste: ondulação de saída, minimização das variações do ganho do amplificador em face da
variação da impedância de carga, ganho da malha de realimentação negativa e atenuação das componentes de modo
diferencial/comum.
1 RUÍDO ELECTROMAGNÉTICO
A figura 1 representa o diagrama de blocos de um Entrada Saída
amplificador comutado. Este funciona com base num
modulador que converte a saída do controlador numa Figura 1: Blocos constituintes de um amplificador
modulação de largura de impulso (PWM) o qual comutado.
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Ferreira C., Borges B., Sá Luís Filtragem de Saída em Amplificadores Áudio de Classe D
Z
SL -U
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Ferreira C., Borges B., Sá Luís Filtragem de Saída em Amplificadores Áudio de Classe D
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Ferreira C., Borges B., Sá Luís Filtragem de Saída em Amplificadores Áudio de Classe D
A dedução efectuada assume uma modulação PWM ponto de vista da saída, corresponde a multiplicar a
com dois níveis possíveis: +U e –U. Podem-se criar frequência da portadora triangular, vtrg, por N.
sistemas com um maior número de níveis possíveis na As figuras 7 e 8 representam, a título de exemplo, o
tensão de saída através da utilização de várias fontes de sistema modulador de sinal e o conversor de potência, de
tensão [5] ou, de uma maneira mais simples, pela um sistema multinível de quatro níveis de saída.
repetição do conversor DC-AC de base: a meia ponte
[4]. Este facto tem uma consequência directa na
ondulação da tensão de saída assim como nos valores de
δ para os quais esta é máxima. A figura 6, apresenta o
circuito de um conversor em ponte completa com
modulação a três níveis. O conversor em ponte é
constituído por dois conversores em meia ponte e tem a
vantagem de só necessitar de tensão simples, U, por
oposição a ±U na meia ponte, evitando assimetrias nas
potências fornecidas pelas duas fontes.
U
SHL SHR
vref
-vref
vSL-vSR
U
+ vSL vSR +
vtrg
CMP
_ CMP
_
vtrg
Figura 7: Circuito modulador PWM de actuação dos três
t
SLL
-U SLR conversores em meia ponte.
v S = v SL (ϕ trg , ϕ ref ) − v SR (ϕ trg , ϕ ref + π ) (10) Figura 8: Circuito de potência, multinível, baseado em
três conversores em meia ponte.
Para uma modulação PWM a equação anterior pode ser
A ondulação da tensão de saída, em função de δ, para o
reescrita na forma: caso de conversores multinível, pode ser deduzida pelo
v S = v SL (ϕ trg , ϕ ref ) + v SR (ϕ trg + π , ϕ ref )) (11) mesmo método utilizado anteriormente para a meia
ponte, considerando a mesma frequência de comutação
equivalente, fS. A figura 9 representa a variação típica da
Pode-se concluir que utilizando N conversores em meia
ondulação para o caso de dois, três e quatro níveis.
ponte e N moduladores, podem-se obter N+1 níveis de
tensão à sua saída. O sinal de saída total será obtido pela
soma dos sinais de saída dos N conversores, cada um
obtido por comparação do sinal de referência com sinais
triangulares desfasados entre si de 2π/N:
N −1 2πn
v S = ∑n = 0 v Sn+1 (ϕ trg + , ϕ ref ) (12)
N
A possibilidade de constituição de uma topologia
multinível por desfasamento dos sinais triangulares de
vários conversores em meia ponte encontra-se
extensivamente explorada em [4]. Para efectuar a soma
dos sinais de saída de cada um utiliza-se o filtro de saída.
δ
De uma forma geral este sistema pode ser utilizado com Figura 9: Representação do valor da tensão de ondulação
conversores em meia ponte ou em ponte. Num sistema de saída em função do factor de ciclo δ.
multinível a frequência de comutação equivalente, fS, do
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v1 + v 2
v MC = , v MD = v1 − v 2 (14)
2
f (Hz) Os conversores de PWM apresentados, produzem
Figura 10: Ganho do filtro para várias cargas. necessariamente à sua saída, uma tensão com uma
componente de ruído diferencial, (é a responsável pela
produção do sinal de áudio à saída). Alguns destes
produzem também uma tensão de modo comum, que
CZ Le pode ser considerada ruído, uma vez que é indesejada.
Por observação da equação (14) torna-se evidente que,
de entre as topologias referidas, só os circuitos em ponte
RZ Re
evitam a produção de ruído de modo comum na sua
saída, sendo ainda necessário que os dois braços desta
produzam sinais simétricos (a média dos dois é nula).
Figura 11: Compensação da impedância de carga. Nos circuitos em ponte podem ser aplicados dois filtros
passa baixo, um em cada saída, como o representado na
No caso de sistemas gerais, em que a carga não é figura 10 a). Esta solução permite atenuar ambos os tipos
conhecida, a utilização de 100nF em conjunto com 10Ω de ruído: de modo comum e de modo diferencial. Os
permite uma compensação parcial e é vulgar em muitas circuitos em ponte com modulação multinível
aplicações, mesmo em sistemas lineares, apesar de, nesse apresentam esta solução, por inerência ao seu princípio
caso, as razões da sua utilização serem diferentes. de funcionamento.
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U U
Sinais de modo
Diferencial v1 vO1
SHL SHR SHL SHR
v2 vO2
L/2 vOL vOR L/2 L/2 vOL vOR L/2 v1 Lc vO1 LMD=0
vSL vSR vSL vSR
v2 vO2
SLR SLR Lc
SLL 2C 2C SLL v1 2Lc vO1
C
v2 vO2
Sinais de modo 2Lc
Comum
LMC=4Lc
a) b) c)
Figura 12: Utilização de filtros: a) dois filtros, b) filtro diferencial, c) filtro de modo comum e circuitos equivalentes.
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