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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS


LITERATURA E FILOSOFIA – SEMESTRE 2014/2
PROFESSOR WILBERTH CLAYTHON FERREIRA SALGUEIRO
Resumo Crítico

Joana d’Arc Batista Herkenhoff

SCHAEFER, Sérgio. A teoria estética em Adorno. Tese. UFRGS, 2012, p. 26-36.

Na introdução à sua Tese de Doutorado em Literatura Brasileira, defendida em 2012, sob


orientação da professora Regina Zilberman, Sérgio Schaefer afirma que a teoria estética de
Adorno é muito mais que um conjunto de ensaios a respeito das artes e das obras de arte e que
seu tema central é a liberdade. É o que propõe demonstrar logo no primeiro capítulo de seu
trabalho intitulado A teoria estética em Adorno. O capítulo, dividido em sete seções, discorre
sobre os conceitos e ideias de Adorno sobre o tema, ilustrados com exemplos tomados ao
universo das artes, em especial, da literatura. Em “A perda da evidencia da arte”, partindo da
ideia adorniana da incerteza da arte, defende que uma das tarefas da estética poderia ser,
exatamente, refletir sobre essa incerteza na sociedade contemporânea. Em “O problema das
origens: é preciso ser contra”, apresenta a ideia defendida por Adorno de que a arte se realiza no
movimento e no devir e que o discurso das origens não legitima as obras de arte. Em “A vida
das obras”, enfoca a efemeridade das obras de arte e sua ausência de substância temática e
formal, retomando de Adorno o exemplo do adultério em Madame Bovary. Em “Relação entre
arte e sociedade”, reflete sobre o caráter ambíguo da obra de arte, ao mesmo tempo, autônoma e
fato social. Em “Crítica da teoria psicanalítica da arte”, combate o reducionismo da arte a
fenômenos psíquicos como sintoma e sublimação. Em “As teorias da arte em Kant e em Freud”,
discorre sobre a arte como realização de um desejo na perspectiva de ambos os teóricos,
mostrando suas diferentes posições.

Na última seção, “Deleite artístico e hedonismo estético”, em que apresenta um dos pontos altos
da teoria estética de Adorno, o autor propõe-se a discorrer sobre a proposição do filósofo de que
há um “falso” modo de apreciar a obra de arte, relacionada ao consumo e a posse pela
“consciência reificada”, entretanto não desenvolve o que para Adorno é a relação “autêntica”
com a obra de arte, aquela que elide sujeito e objeto, num processo que produz a “felicidade do
conhecimento”. O texto de Schaefer faz jus às ideias do filósofo da teoria estética, entretanto
deixa soltos alguns fios ao lançar algumas afirmações como: “Por isso não há lugar para a arte
em nossa sociedade”, “Uma teoria estética pode ser saboreada quando não se a compreende”.
Esta última afirmação, muito diferente da provocação de Adorno em O ensaio como forma:
“Como seria possível falar do estético de modo não estético?”. A continuidade da leitura da tese
permitirá que tais questões possam ser mais bem contextualizadas e compreendidas. Não
saboreadas.

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