Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Conheça o COLED, que promete dispositivos com maior qualidade de imagem e gastos de
energia menores.
A tecnologia baseada em LEDs está presente em nossas vidas há bastante tempo. Desde
simples telas de calculadoras, sinaleiros de trânsito e mais recentemente telas de televisores
em alta definição utilizam de alguma forma estes dispositivos.
E não é por menos: a utilização de LEDs representa uma maior luminosidade além de
economizar energia, algo cada vez mais necessário em uma época em que a preocupação
com o aquecimento global é cada vez maior.
O primeiro LED foi inventando na Rússia na década de 1920, pelo cientista Oleg
Vladimirovich Losev. Ele percebeu que os diodos utilizados nos receptores radiofônicos
emitiam luz quando uma corrente elétrica passava por eles. Os detalhes da descoberta
foram publicados pela primeira vez em um jornal científico no ano de 1927, mas demorou
até 1962 até que os LEDs começassem a ser utilizados em componentes eletrônicos de
forma prática.
Outras vantagens estão no contraste obtido, de 1000:1 (contra 100:1 das telas LCD), o
suporte a uma maior variação de temperatura, além do custo de fabricação menor. Dessa
forma, é possível imaginar televisores e monitores de tamanhos enormes, com espessuras
muito pequenas. E o melhor de tudo, com muita economia de energia se comparada aos
aparelhos utilizados atualmente. Mais detalhes sobre esta tecnologia podem ser encontrados
no artigo “O futuro da imagem: telas OLED”.
Embora a tecnologia OLED seja apontada
como a tecnologia que vai substituir televisores em plasma e LCD, ainda vai demorar um
bom tempo antes que consiga se estabelecer como líder de mercado. Mas isso não significa
que já não estejam pesquisando métodos de superar esta tecnologia. Um grupo de
companhias e institutos de pesquisas anunciou recentemente que obteve resultados
impressionantes em suas pesquisas para encontrar substitutos para lâmpadas incandescentes
e fluorescentes.
Os novos LEDs orgânicos partem do mesmo princípio que as telas OLED, com a adição de
cavidades óticas, espelhos paralelos e contrapostos que evitam a fuga de luz para outro
ponto que não seja a saída do dispositivo. Dessa forma, o rendimento se torna muito maior,
e é possível iluminar uma área maior com um gasto de energia menor. A descoberta é fruto
da união entre as companhias japonesas Showa Denko K.K. (SDK), que trabalha no setor
químico, a Itochu Plastic Ic. (CIPS) e o instituto sem fins lucrativos SRI (Stanford Research
Institute).
A maior preocupação dos criadores do COLED foi
encontrar uma tecnologia capaz de economizar energia, ao mesmo tempo em que
diminuísse os níveis de poluição. Lâmpadas convencionais representam um grande
problema por possuírem mercúrio em sua composição, um dos metais pesados mais
perigosos tanto para a saúde humana quanto para o meio ambiente.
Durante os testes realizados, a nova tecnologia foi capaz de emitir 30 lumens por watt de
energia consumida ao emitir luz azul, e 80 lumens por watt para luz verde, ambos os
resultados muito mais eficientes do que qualquer OLED já construído. Para que a
descoberta possa ser utilizada em dispositivos de iluminação como lâmpadas e faróis, o
desafio dos cientistas agora é conseguir obter a luz branca utilizando o COLED.
Para produzir luz branca, é necessária uma combinação das estruturas responsáveis por
emitir luz nas cores vermelha, verde e azul. Isto não representa motivo de desânimo para os
cientistas responsáveis, já que foram capazes de reproduzir a cor azul, normalmente a mais
problemática de todas quando se utiliza a tecnologia baseada em LEDs.