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janeiro à conversa com...

15 [sábado : 18h00
[
Sérgio Godinho a propósito das canções e dos livros, uma vida...
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O S E M A N Á R I O D A R E G I Ã O E D O D I S T R I T O
Semanário Regional | Director Interino João Nazário
Ano XXV | Edição 1383 | 13 de Janeiro de 2011 | Preço 1 Euro IVA incluído | JORLIS-Edições e Publicações, Lda.
Rua Comandante João Belo, nº 31 Apt. 1098 2401-801 Leiria | Tel 244 800 400 | Fax 244 800 401 | geral@jornaldeleiria.pt | www.jornaldeleiria.pt

Presidente acusa Blandina Oliveira de deslealdade e “irresponsabilidade”

Vereadora da Câmara de Leiria

deixa pelouros e ataca PS e Castro
A decisão da vereadora, independente eleita na lista do PS, foi anunciada na reunião de câmara de ter-
ça-feira, e surge depois do presidente da câmara lhe ter colocado a hipótese de abandonar o lugar. Blan-
dina Oliveira garante que entrega os pelouros, mas cumprirá o mandato até ao fim. Raul Castro acusa-

RICARDO GRAÇA
-a de “irresponsabilidade” e violar os “laços de lealdade”. PÁGINA 6
Catalina Pestana,
ex-provedora da Casa Pia

Chefs de cozinha: do anonimato a estrelas Se não impusermos

ABERTURA PÁGS. 4 E 5 limites, a criança
fica à deriva
Afirma que a escola democrati-
zou-se e importou os problemas
da sociedade actual. Em 30 anos
de ensino o Governo não soube
preparar uma escola democráti-
ca para massas. Garante que se
um aluno lhe batesse lhe dava
um “chapadão” e diz que as crian-
ças precisam de limites.
ENTREVISTA PÁGS. 14 E 15

REGIÃO
União de Leiria
João Bartolomeu
não se recandidata
à presidência
da SAD?
RICARDO GRAÇA

PÁGINA 35

Educação

Cavaco Silva e Manuel Alegre em campanha na região

Professores
do grupo GPS
G Digo aos comunistas: vão votar, ameaçados
votem no vosso candidato, mas não de despedimento
PÁGINA 12
fiquem em casa Manuel Alegre Saúde
Maioria
G Os jovens empreendedores não têm das mulheres
alguns vícios que têm prejudicado interrompe gravidez
RICARDO GRAÇA
RICARDO GRAÇA

seriamente o País Cavaco Silva fora do distrito

PÁGINA 11 PÁGINA 44
2 | 13 de Janeiro de 2011
LHO CLÍNICO
NUNO CARVALHO
A Oikos (Asso-
ciação de Defesa
do Ambiente e
do Património
da Região de
Leiria) viu reco-
nhecido o seu trabalho em
prol da defesa do ambiente
ao ser considerada uma enti-
dade de utilidade pública.
Será certamente mais um
estímulo para a associação
ambientalista, liderada por
Nuno Carvalho, continuar o
trabalho que tem desenvolvi-
do ao longo de mais de 20
anos de existência.
CÍNTIA SILVA E JOSÉ ALHO
Os vereadores da Acção
Social das Câmaras da
Batalha e de Ourém são os
rostos de um projecto que
os dois municípios estão a
desenvolver em conjunto e
que pretende utilizar as
novas tecnologias para
combater a solidão de
alguns idosos e para servir
de apoio em situações de
emergência.
NUNO RANCHO
O mais recente
projecto musi-
cal da região,
que conta com
o músico Nuno
Rancho, dá pelo
nome de Texas Killer Bee
Queen e foi uma das bandas
escolhidas para competir no
reputado Festival Termóme-
tro, que se realiza no dia 20,
na Maia
GONÇALO LOPES
Um pedaço de
tecto do antigo
liceu Rodrigues
Lobo caiu na
semana passa-
da. De imediato
as crianças do 1º ciclo do
pólo da Escola Amarela
foram retiradas por uma
questão de segurança. O
vereador da Educação da
Câmara de Leiria procurou
encontrar uma solução rápi-
da que causasse o mínimo
de transtorno à questão lec-
tiva. Em poucas horas, a
autarquia desbloqueou o
novo centro escolar do
Agrupamento da Correia
Mateus, que irá acolher os
alunos em breve.
| SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |
| C a r t o o n |
| N a
“
Um país vale o que valer o
seu sistema de Justiça
Maria José Morgado, procuradora-
geral adjunta, Diário Económico
Há um fenómeno curioso na
administração pública: o des-
perdício de dinheiro por causa
da falta de dinheiro e de
meios
Idem
Só a lógica de pânico justifica
a suspensão de obras em cur-
so
José Reis, economista, idem
A vida política sempre teve
proverbiais problemas com a
verdade
João César das Neves, professor uni-
versitário, Diário de Notícias
A redução de salários decreta-
da no Orçamento de Estado
viola a Constituição
Luís Menezes Leitão, professor cate-
drático da Faculdade de Direito de
Lisboa, idem
p o n t a
ETA encontra-se no momento
mais débil da sua história
Diogo Noivo, especialista em política
basca, idem
Nem o dinheiro nem o petróleo
podem comprar consciência
Ângelo Correia, ex-líder do PSD,
Correio da Manhã
Se alguém de fora estivesse
agora por cá pensaria que o
país se chamaria BPN e que
Portugal era uma mera sucur-
sal
Bagão Félix, economista, idem
O futebol vive na impunidade.
Isso gera revolta
Idem, Sábado
Há pessoas muito hábeis a
mostrar-se simpáticas mas que
escondem um ânimo malévolo
Francesco Alberoni, sociólogo, i
A primeira vez que nos encon-
tramos com uma pessoa, regis-
tamos todas as suas mensa-
gens
Idem
| I m p r e s s õ e s |
“Entregues à bicharada”
Num destes dias chuvosos
da semana que separou o Natal
do ano Novo, repleto de cir-
cunstanciais votos de Boas
Festas, um amigo, falando da
realidade que nos cerca, sol-
tou um profundo e desolador
desabafo: “Estamos entregues
à bicharada”. Um pouco mais
tarde, entretido com a leitura
de A Corja, de Camilo Caste-
lo Branco, não deixando de
achar curiosa a objectividade
dos títulos deste clássico da
nossa língua, dei comigo a
pensar na concisão adequada
da expressão utilizada pelo
amigo referido.
Fui ver ao Dicionário de
Expressões Populares o que
significava estarmos “entre-
gues à bicharada” e fiquei a
matutar em que o nosso povo,
apesar de espezinhado, vio-
lentado e espoliado de parte
dos seus teres e haveres atra-
vés de impostos, sisas, selos,
coimas e outras alcavalas mais
de que nenhum ser normal se
consegue lembrar na totali-
dade, excepto os governos que
o desprezam, possui uma notá-
vel criatividade e espí-
rito de observação, com
uma certa quantidade
de masoquismo à mis-
tura que nem o ele-
mento mais pintado das
nossas elites possui.
Estamos,
pois, “entregues
à bicharada”, o Orlando Cardoso
que significa, orlandocardososter@gmail.com
d a l í n g u a |
Há, pelo País todo, carros do
Estado a irem buscar assesso-
res a casa
Fernando Nobre, candidato à Presi-
dência da República, Idem
Hoje é um grande desconfor-
to, um desassossego, ser polí-
tico
D. Manuel Clemente, Bispo do Porto,
idem
Um Governo socialista
aumentar as taxas moderado-
ras é como se circulasse numa
rua de sentido proibido
António Arnaut, fundador do Serviço
Nacional de Saúde, idem
Ferro foi abatido porque que-
ria limpar o PS da corrupção
Ana Gomes, eurodeputada, idem
Sócrates tem relação inquina-
da com Coimbra
Carlos Encarnação, ex-presidente da
Câmara de Coimbra, Focus
Hoje, os católicos são numeri-
camente menos, mas qualita-
tivamente mais convictos
Manuel Morujão, padre, idem
segundo o Dicionário referi-
do, que não temos quem orien-
te a defesa dos nossos inte-
resses, apesar dos inúmeros
candidatos que tratam das jus-
tificações teóricas e falacio-
sas dos mecanismos legais para
procederem ao assalto das nos-
sas carteiras cada vez mais
miseráveis.
Entretanto, para completar
o quadro miserabilista em que
nos movemos, temos uma enfa-
donha campanha eleitoral para
as presidenciais em que o úni-
co vencedor será o primeiro-
ministro, que joga em dois
tabuleiros. No primeiro dá-lhe
jeito Cavaco Silva, que não
lhe tem oferecido qualquer
resistência ao modo como diri-
ge o país desde há cinco anos
com os resultados brilhantes
que estamos a sentir. No segun-
do, o apoio oficial a Manuel
Alegre, incapaz de se demar-
car da teia de compromissos
com o governo em que se dei-
xou enredar.
Estaremos, ao fim de oito-
centos anos de História, sem
saídas para o buraco em que
nos meteram, acom-
panhados do nosso
encantador canto de
cigarras? Aos portu-
gueses compete a últi-
ma palavra, in-cluin-
do deixarmo-nos ficar
quietinhos e
“e n t r e g u e s
à bichara-
da”. I
Se alguma vez pensasse em
ser rico não tinha estado no
Governo dez anos
Luís Mira Amaral, presidente do BIC,
Jornal de Negócios
Fui o carregador de pianos do
cavaquismo. Saí do Governo
sem um tostão, mal tinha
dinheiro para pagar a casa.
Ganhava 620 contos líquidos
Idem
Banco Central Europeu (BCE)
não pode substituir governos
irresponsáveis
Jean-Claude Trichet,
presidente do BCE, idem
“
 Forum
j o r n a l
Facto da semana
Contestação ao corte no financiamento do ensino privado
Desde que o Governo anunciou a intenção de reduzir em 30%
o financiamento do ensino privado, através de uma nova lei entre-
tanto promulgada pelo Presidente da República, os protestos não
mais deixaram de se ouvir. Pais, professores e directores de muitas
das 93 escolas do País com contrato de associação, têm manifesta-
do o seu protesto para com esta medida que, segundo afirmam, põe
Depoimentos
A Constituição afirma que é obrigação do
Estado criar uma rede de escolas públicas. Há 30
anos, essas escolas não existiam e a solução foram
os protocolos com as privadas. Com o tempo, as
públicas foram criadas onde já havia privadas e
isso poderia ter-se evitado, mas não foi o que se
fez. Agora, as famílias que preferem o ensino
privado não podem exigir o reembolso do que
Santana é pago para a educação em impostos. E, como já
Castilho,
professor do ensi- demonstrei, o ensino privado não fica mais bara-
no superior to que o público. Isso acontece apenas no ensi-
no superior.
Tivemos hoje [ontem] uma reunião com secre-
tário de Estado da Educação que nos garantiu que
as situações serão analisadas caso a caso e que a
portaria só se aplicará no próximo ano lectivo.
Garantiu-nos que o Governo está sensível a que
nenhuma escola tenha de fechar devido a esta neces-
sidade absoluta de contenção de custos. Transmi-
timos a nossa preocupação com este OE, que é mui-
Albino Almeida, to violento para a educação. Devo dizer ainda que
presidente da Confap
lamentamos que haja pais que reivindicam apoio
para o funcionamento das escolas e que agora amea-
cem fechá-las por tempo indeterminado. Seria um
erro estratégico.
Pontos de vista
O que a Há povoa-
Constituição ções em que
diz é que o não há oferta
Estado garan- pública e onde
tirá um servi- tem sido o pri-
ço público de vado a asse-
Educação, mas gurar o ensi-
não diz que no. Nesses
esse serviço seja garantido exclu- casos deve continuar a haver
sivamente por escolas do Esta- contratos de associação com as
do. Concordo com um mode- escolas existentes. Nos locais
lo de contratualização com esco- onde há oferta pública adequa-
las privadas que lhes garanta da e não se justifique a manu-
estabilidade e que seja idênti- tenção do contrato de associa-
co ao praticado com as esco- ção deve aplicar-se a nova lei.
las estatais. Sou contra o que
se está a fazer, que é estatizar
a Educação.
José Manuel Silva, Filomena Costa,
vice-presidente do IPL ex-presidente da Ferlei
d e l e i r i a
em causa milhares de postos de trabalho e limita a possibilidade de
escolha dos alunos. Para além disso, afirmam, o ensino privado fica
mais barato ao Estado do que o público. Por seu lado, o Governo
argumenta que a rede pública aumentou a sua capacidade de res-
posta e que não faz sentido duplicar investimentos.
Que comentários lhe merece esta questão?
A questão dos cortes não se pode colocar
apenas no plano do confronto privado/públi-
co. O problema, grave, é que o Governo vai
fazer cortes de 800 milhões de euros este ano
no ensino, que é uma área fundamental nes-
te País. Se as medidas que prevê tomar avan-
çarem, em Setembro ficarão sem emprego 30
mil professores. Não defendemos cortes nem
Mário Nogueira,
presidente da Fen- no privado nem no público. De qualquer for-
prof ma, é preciso fiscalizar a gestão dos privados,
onde terá havido casos de esbanjamento.
É possível que em determinadas zonas tenha
aumentado a oferta pública, mas nos concelhos
de Leiria e Pombal certamente que não. Se o
Governo pretende poupar dinheiro ao passar
alunos do ensino privado para o público não o
vai conseguir, porque a despesa transita de um
lado para o outro. Ainda para mais, segundo
estudos da OCDE, os alunos saem mais baratos
Valter Branco, no ensino privado do que no público.
director do Colégio
João de Barros,
Meirinhas, e admi-
nistrador do Colégio
Dinis de Melo,
Amor
Mesmo em Se a todos
tempo de cri- estão a ser
se, a Educação pedidos sacri-
deveria ser uma fícios, por uma
área onde os questão ética
sacrifícios deve- concordo com
riam ser míni- o corte ao
mos. Em Pom- financiamen-
bal, temos exemplos de várias to do ensino privado. Ainda para
escolas privadas que fazem um mais se essa verba puder ser redis-
excelente trabalho. Além disso, tribuída para reforçar a rede públi-
o Governo mudou as regras a ca. É também importante escla-
meio do ano lectivo. Estas coi- recer quanto custa efectivamen-
sas deveriam ter sido alvo de diá- te um aluno no particular.
logo antes dos cortes. Desta manei-
ra, este processo levanta muitas
questões. Cesário Silva,
director da Escola Secundá-
Fernando Parreira, verea- ria Calazans Duarte, Mari-
dor da Educação em Pombal nha Grande
13 de Janeiro de 2011 | 3
EDITORIAL
Estudos e pareceres
Entre os negócios que mais se desenvol-
veram após o 25 de Abril está certamente o
dos gabinetes de advogados e de consulta-
doria que fazem estudos e dão pareceres sobre
tudo e mais alguma coisa, facto bem com-
provado pelos mais de 500 milhões de euros
quer o Estado gastou nesses serviços só nos
últimos sete anos (noticia do DN de sábado
passado). Se alguns tiveram razão de ser, por
serem absolutamente necessários, outros não
serviram para mais do que justificar decisões
politicas impopulares ou reforçar argumen-
tos de defesa de medidas ou obras polémi-
cas, percebendo-se que muitos são feitos à
medida dos desejos de quem os encomenda.
A opinião pública, essa, vai sendo con-
fundida por estudos e contra-estudos, todos
eles elaborados pelas figuras mais credíveis
e notáveis da nossa sociedade, desde acadé-
micos a ex-ministros, ficando assim sem per-
ceber o que é realmente melhor para o País
e para o interesse público.
Entretanto, a moda dos estudos e pare-
ceres chegou também à politica autárquica,
que depois de muitos anos de má gestão e
gastos descontrolados, parece ver nas opi-
niões desses consultores a panaceia para resol-
ver o problema das suas contas.
Parece que foi isso que aconteceu, por
exemplo, com a câmara de Leiria, que ape-
sar das conhecidas dificuldades por que pas-
sa, encomendou de uma assentada uma audi-
toria à sua situação financeira, um estudo ao
modelo de gestão dos equipamentos des-
portivos do concelho, geridos pela Leirisport,
e um parecer jurídico sobre a situação do
Teatro José Lúcio da Silva, gastando com isso
cerca de 120 mil euros.
Não se sabe do que estaria à espera Raul
Castro com estes estudos, mas as dúvidas
sobre o que vieram acrescentar e a contri-
buição que poderão dar para resolver os pro-
blemas, não podem deixar de ser muitas.
Quanto ao Teatro José Lúcio da Silva poder-
se-á perguntar se a situação era assim tão
complicada que não pudesse ser resolvida
pelo gabinete jurídico da câmara que, ao que
se diz, é composto por profissionais compe-
tentes. Sobre a auditoria à situação finan-
ceira da autarquia, as conclusões não vieram
acrescentar nada que não fosse já sabido e
sobre o qual já diversos organismos credí-
veis se tinham pronunciado, entre os quais
o Tribunal de Contas e a Inspecção Geral de
Finanças.
No que respeita ao relatório sobre a Lei-
risport o que se pode dizer é que seria inte-
ressante que a empresa que o elaborou –
Deloitte - viesse pôr em prática as soluções
apresentadas. Pois se é fácil, entre outros
aspectos, propor a venda do topo Norte do
estádio e de outros equipamentos ou a trans-
ferência de algumas instalações desportivas,
com os respectivos funcionários, para as jun-
tas ou clubes, mais difícil será encontrar quem
esteja interessado em comprar ou receber tão
“envenenado presente”. Como se costuma
dizer, é mais fácil falar do que fazer, pelo que,
propostas destas dispensávamos nós bem,
mesmo que não fossem pagas... I JN
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 4 | 13 de Janeiro de 2011
I Sociedade I

Está na moda ser chef!

Se há profissões em ascenção mediática chef de cozinha é uma delas. O ofício está na moda e os jovens andam
deslumbrados com a visibilidade e sucesso dos mais conceituados. Passar pelas cozinhas de hotéis de cinco es-
trelas e experiências no estrangeiro são o bê-á-bá de quem já está nos meandros do ofício e ambiciona vir um
dia a ser chef. Os homens continuam a dominar e predominar nesta profissão secular, mas ninguém sabe ao
certo a que se deve esta liderança. Algumas teorias convergem para a exigência do ofício que relega a vida pes-
soal e familiar para segundo plano
Texto: Paula Lagoa Fotos: Ricardo Graça

Ser chef de cozinha é uma das
profissões da moda a par dos dis-
co jockey, dos designer, ou dos rela-
ções públicas. Ofícios que ganha-
ram notoriedade e reconhecimento
social nos últimos anos e que des-
lumbram quem está na idade de
escolher “o que quer ser quando for
grande”. No entanto, como noutras
profissões, o mediatismo é só para
alguns e quem se lança aos tachos
e panelas, à procura da fama, aca-
ba quase sempre por ficar “em águas
de bacalhau”.
“Não acredito que ninguém con-
siga ser cozinheiro apenas porque
está na moda. É uma profissão mui-
to exigente, que requer muitas horas
de trabalho por dia e que obriga a
grandes sacrifícios”, diz o chef de
cozinha José Avillez. Alberto Vaz,
coordenador do curso de Técnico
de Cozinha, na Escola Profissional
de Leiria (EPL), subscreve e os apren-
dizes confirmam-no.
São 9:30 da manhã e na cozi-
nha da Escola Profissional de Lei-
ria os alunos do primeiro ano do
curso Técnico de Cozinha/Pastela-
ria já têm uma hora de trabalho rea-
lizado. O dia começou às 8:30 horas
com um pequeno briefing sobre os
pratos que vão ser confeccionados,
entrou-se na cozinha às 9 horas e
às 12 horas têm de estar prontas a
servir cerca de 300 refeições.
O corte dos legumes para uma
juliana, a limpeza do peixe, os tem-
pos de cozedura de cada alimento,
os utensílios que se usam para esta
ou aquela tarefa, o empratamen-
to... tudo obedece a regras apren-
didas e sistematizadas ao longo dos
três anos de duração do curso.
Os que resistem à exigência e
comprovam as suas aptidões (apro-
ximadamente 30 a 40 por cento dos
que ingressam no curso), terão de
enfrentar um mercado laboral com-
petitivo, mas onde o trabalho abun-
da. Alberto Vaz explica que “no Ser-
viço de Apoio à Vida Activa da EPL
há pedidos pendentes de cozinhei-
ros”, que só terão resposta quando
os alunos do terceiro ano conclui-
rem os estudos, ou se, por acaso,
um antigo aluno recorrer àquele
gabinete.
Depois de terminarem o curso
muitos alunos mantêm ligação
com a escola. “Alguns deles são
já empregadores” que ali “procu-
ram novos cozinheiros para as
suas cozinhas”, explica o forma-
dor. “Além disso, o Serviço de
Apoio à Vida Activa é também
muitas vezes intermediário de ex-
-alunos que querem trocar de tra-
balho ou procuram novas opor-
tunidades.”
SÃO OS HOMENS
QUE SE DESTACAM
Na metade da turma que hoje
está de serviço, uma coisa salta à
vista, há três ou quatro raparigas
por entre mais de uma dezena de
rapazes. Este é de resto um fenó-
meno com séculos, que ninguém
sabe explicar ao certo, mas que a
história da gastronomia documen-
ta com muitos nomes no masculi-
no.
José Avillez justifica a dispari-
dade com “os sacrifícios que a pro-
fissão exige”. “Trabalhar 16 horas
por dia, aos fins de semana e nos
dias de festa, faz com que a famí-
lia fique, necessarimente, em segun-
do lugar. Penso que para as senho-
ras, em geral, é mais difícil pôr a
profissão à frente da família”, jus-
tifica o chef do Restaurante Tava-
res Rico, detentor de uma estrela
Michelin.
Já chefe Alberto Vaz arrisca
outra teoria. Para o formador da
EPL a sociedade diz às mulheres
que “a cozinha é uma obriga-
ção”, ao contrário da generali-
dade dos homens que “nascem
com a ideia que aquele espaço
não é para eles” e, portanto, os
que se arriscam a entrar nele
“fazem-no por prazer e com uma
maior dedicação”.
TELEVISÃO TAMBÉM DÁ
MAUS EXEMPLOS
Nomes como Jamie Oliver ou
Chakall despertam através do media-
tismo que a televisão lhes dá o inte-
resse de muitos jovens pela cozi-
nha. Conhecidos do grande público,
são líderes na venda de livros de
culinária e apresentam-se na tele-
visão com uma postura descon-
traida, com propostas simplistas de
culinária, executáveis por qualquer
entusiasta da cozinha. Chegaram
onde muitos jovens cozinheiros
ambicionam chegar um dia “mas
nem sempre são os melhores exem-
plos”, diz Alberto Vaz.
O facto de aparecerem na tele-
visão com cabelos compridos, bar-
ba por fazer, vestes informais e
até esotéricas, faz com que, na
escola, alguns alunos questionem
as regras instituídas. O formador
da EPL admite que nem sempre
é fácil explicar aos alunos por-
que é que uns podem e outros não
e normalmente refugia-se na jus-
tificação de que “eles podem por-
que são vedetas”.
Estas personagens são reponsá-
veis por despertar o interesse pela
cozinha em muitos jovens, mas a
verdade é que muitas vezes o des-
lumbramento tranforma-se em desi-
lusão. Confrontados com as exi-
gências do ofício muitos são os que
acordam do sonho e acabam por
desistir.
Luís Gaspar e André Domin-
gos, exemplos de sucesso da região,
que estão agora a dar os primei-
ros passos como cozinheiros e
cujos percuros contamos à fren-
te, já não vêem estes mediáticos
chefs como referências. Reco-
nhecem que o que eles fazem na
televisão “será certamente dife-
rente do que fazem nas suas cozi-
nhas”, até porque “o que apre-
sentam no grande ecrã destina-se
ao público em geral e não a cozi-
nheiros”, mas mesmo assim não
se revêem nas suas práticas.
Preferem apostar num futuro
que os aproxime do trabalho que
fazem os chefs dos restaurantes
portugueses mais conceituados,
regra-geral associados a hotéis de
luxo. Experiências no estrangei-
ro fazem parte dos objectivos des-
tes jovens assim como enrique-
cer curriculo, passando pelas
cozinhas mais reputadas do País.
Tem uma coisa em comum.
Valorizam a gastronomia portu-
guesa, não abdicam da sua linha
orientadora e querem estar um
dia entre os melhores chefs por-
tugueses, a trabalhar em Portu-
gal. I
 | JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | 13 de Janeiro de 2011 | 5

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Jovens da região destacam-se

Luís Gaspar tem 19 anos, e a certeza de
que é isto que quer fazer o resto da sua
vida. Integra a equipa olímpica que ven-
ceu recentemente a medalha de ouro no
Campeonato do Mundo de Culinária. Um
feito para Portugal do qual se orgulha.
Desde pequeno que “tinha o bichinho
da cozinha” e depois de completar o 9º ano
seguiu, sem dúvidas, para a Escola Profis-
sional de Leiria, onde se formou cozinhei-
ro. “Nunca quis ficar só por Leiria, ambi-
cionava ir mais além” e auto propôs-se para
estágio no Hotel Pestana Palace, em Lis-
boa, onde foi aceite e viria a integrar a equi-
pa durante nove meses após o estágio.
Nessa altura abdicou de férias e folgas
para poder participar no Campeonato do
Mundo de Culinária, uma montra que o
levou para a cozinha do Hotel Grand Real
Vila Itália, em Cascais e onde se encontra
como cozinheiro de terceira categoria.
Confessa que está a ver todos os seus
sonhos tornarem-se realidade à velocida-
de de um fósforo mas o grande sonho leva
tempo a realizar-se. Quer ser um dia chef-
executivo de cozinha e para consegui-lo
sabe que enfrenta alguns anos de sacrifí-
cio.
O sacrifício e o prazer confundem-se no
discurso de Luís. Chega a entrar na cozi-
nha duas ou três horas antes do previsto e
sai sempre mais tarde. Fá-lo porque é na
cozinha que se sente bem.
“Neste momento estou a passar uma fase
de motivação e reconhecimento profissio-
nal que muitos não têm. Estou agarrado a
isso. Abdico de muita coisa, mas é agora
que eu tenho de trabalhar. Acredito que
mais tarde colherei os frutos do meu tra-
balho.” I
LUÍS GASPAR,
campeão do mundo de culinária,
19 anos

num casting, foi escolhido e ago- tra-se a estudar Gestão Hotelei-

ANDRÉ DOMINGOS,
Chef André da SicK, 22 anos
André Domingos tem 22 anos
e é o apresentador do programa
da Sic K, A Cozinha do Chef
André. A experiência na elevi-
são surgiu por acaso. Participou
ra é o chef de serviço do canal,
naquele programa destinado aos
mais pequenos. Orientado pela
cute food, corrente culinária que
confere aos pratos um toque
divertido para cativar as crian-
ças, ao mesmo tempo que as leva
pela via da alimentação saudá-
vel, André confessa que gosta-
ria de continuar na televisão,
mas como complemento à car-
reira na hotelaria, da qual não
abdica.
No futuro espera poder a vir a
ter o seu próprio restaurante e
gerir a sua própria cozinha. E até
já sabe onde: na freguesia das
Cortes, em Leiria, rica em tradi-
ção gastronómica e de onde é
natural.
Estudou na Escola de Hotela-
ria de Fátima, onde tirou um cur-
so profissional de cozinha e encon-
ra na Escola Superior de Turis-
mo e Hotelaria, do Insttituto Poli-
tecnico da Guarda. Estagiou nos
hotéis Tivoli, na Madeira, Quin-
ta das Lágrimas, em Coimbra, no
Meridian Ra, em Barcelona e par-
ticicipou recentemente na cria-
ção da carta do restaurante de
um hotel em Fátima.
Valoriza os ensinamentos dos
chefs que o formaram e por isso
também gostaria de um dia dar
formação. Acredita que na cozi-
nha não há segredos, mas sim
uma grande partilha de conheci-
mentos entre profissionais.
Preocupa-se com a concor-
rência que conceitos internacio-
nais estão a fazer à gastronomia
tradicional portuguesa, que defen-
de com afinco e na qual baseia
sempre as suas sugestões. I

José Avillez, chefe de cozinha

“Os cozinheiros gordos de bigode
ficaram no nosso imaginário”
Ser chef está na moda. Isto
é positivo ou negativo?
Diria que a gastronomia está
na moda e isso é bom. Acredito
que a gastronomia é um dos maio-
res símbolos da indentidade de
um país e estou certo que os chefs
têm um importante papel na pre-
servação das tradições culinárias,
na sobrevivência de diversos pro-
dutos regionais, na revitalização
e promoção do património culi-
nário e na atracção de visitantes,
contribuindo, de forma cada vez
mais intensa, para o desenvolvi-
mento do turismo.
Há gente jovem a chefiar
as cozinhas mais conceitua-
das do mundo. O que é que
está a mudar?
Nos últimos anos, a cozinha
tem evoluído muito e a grande
velocidade. O conhecimento é
partilhado de forma cada vez mais
rápida. Felizmente, os grandes
chefs têm apostado no desen-
volvimento desta actividade crian-
do importantes oportunidades de
aprendizagem para novos talen-
tos. Isso faz com que apareçam
profissionais cada vez mais jovens
e cada vez mais bem preparados
que, desde cedo, enriquecem a
sua experiência com formações
internacionais.
Onde estão os cozinheiros
barrigudos de bigode?
Ficaram no nosso imaginário.
Como pode ver por mim, é uma
imagem que já não corresponde.
Também tem dado forma-
ção. Um grande talento reve-
la-se logo ao dar os primeiros
passos?
Para se ser bom não basta gos-
tar, nem ter jeito. É preciso ter
gosto pelo conhecimento, ter
humildade para aprender, ter talen-
to, espírito de equipa, uma gran-
de capacidade de trabalho e deter-
minação suficiente para fazer
deste trabalho a prioridade. Pode
haver sempre quem surpreenda,
mas, logo de início, pelo perfil,
consegue-se perceber quem tem
o que é preciso para continuar
ou quem vai desistir. I
6 | 13 de Janeiro de 2011
Leiria
Continua
polémica com
limpeza de
centros de
saúde
Depois da notícia publicada nes-
te jornal, na edição passada, sobre
a falta de limpeza no Centro de
Saúde Gorjão Henriques e na Uni-
dade de Saúde Familiar D. Dinis,
que lhe está agregada, diferentes
fontes fizeram saber ao JORNAL
DE LEIRIA que a situação se esten-
deu a todos os centro de saúde e
USF daquele agrupamento. Quem
contactou esta redacção afirma
que a Administração Regional de
Saúde do Centro (ARSC), respon-
sável pelas limpezas desde o iní-
cio do ano, terá mentido no escla-
recimento que deu a este jornal.
Por um lado a situação ter-se-á
prolongado durante toda a sema-
na, quando em esclarecimento
por escrito a ARSC afirmava que
na terça-feira tudo estava regu-
larizado. Por outro, as unidades
de saúde queixam-se que o ser-
viço, que entretanto foi disponi-
bilizado, não responde às neces-
sidades rigorosas de higiene daque-
las estruturas públicas de saúde.
Há médicos a afirmar que o lixo
e material contaminado não estão
a ter o tratamento devido, alguns
admitem até já ter limpo o pó e
o chão dos seus consultórios. Para
a USF D. Dinis, por exemplo, terão
sido enviadas funcionárias de lim-
peza para trabalhar no horário de
atendimento aos utentes, “duas
práticas incompatíveis”, explica
fonte ligada àquela unidade, onde
esse trabalho era feito depois do
fecho ou pela manhã, antes das
portas abrirem.O JORNAL DE LEI-
RIA contactou a ARSC que, até
ao fecho desta edição, não pres-
tou mais declarações. PL
Homem
agredido
quando
via montra
Um homem foi agredido na quin-
ta-feira à tarde na Avenida Com-
batentes da Grande Guerra, em
Leiria, quando se encontrava a
ver uma montra. De acordo com
testemunhas, a vítima, de 58 anos,
encontrava-se em frente a uma
loja quando um homem, de 30
anos, se aproximou e “deu-lhe
com um ferro na cabeça”. O ale-
gado agressor “viu o carro da víti-
ma e partiu-o todo com o mes-
mo objecto”, referiu a mesma fon-
te, acrescentando que o suspeito
se pôs em fuga. Fonte da PSP
informou que o alegado agressor
“foi identificado”, mas “não foi
detido porque não se verificou
flagrante delito”. A PSP está a
investigar os motivos que leva-
ram à agressão. Esta é a segun-
da agressão na via pública no
espaço de duas semanas, duran-
te o dia, e à vista de toda a gen-
te. EC
| SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |
Vereadora eleita pelo PS garante que vai ficar até ao fim do mandato
Blandina Oliveira deixa pelouros
com fortes críticas ao executivo
Quando José Benzinho ques-
tionou Blandina Oliveira sobre um
processo relativo a publicidade, no
início da reunião de câmara de ter-
ça-feira, estaria muito longe de
imaginar o que se seguiria. A verea-
dora, independente eleita na lista
do PS, disse que “nada mais” pode-
ria avançar e passou a ler um comu-
nicado, onde informa que deixa-
rá os pelouros que lhe foram atri-
buídos e tece fortes críticas ao exe-
cutivo, ao presidente da câmara e
ao “núcleo duro do PS de Leiria”.
Num primeiro impulso, Raul Cas-
RICARDO GRAÇA
tro ainda lhe tentou retirar a pala-
vra, dizendo-lhe que não estava a
responder à questão colocada pela
oposição, e fez um gesto para se
levantar. Mas, perante a irredutibi-
lidade da vereadora, acabou por a
deixar concluir a leitura. A autar-
ca acabaria por abandonar a sala,
mas antes ainda deixou um aviso
à vereadora Lurdes Marchado, que
segundo Blandina Oliveira, “será a
próxima, se é que ainda não lhe
retiraram os pelouros”.
No comunicado, a vereadora
conta que foi informada, “no iní-
cio de Janeiro, pelo presidente Raul
Castro que tinha decidido” retirar-
Castro acusa Blandina de “irresponsabilidade”
Vereadora “revelou não ter perfil adequado” à função
Depois de ouvir o comunica-
do lido por Blandina Oliveira e a
reacção da oposição, Raul Castro
foi parco em palavras. “Se mui-
tas vezes tomamos decisões é para
tentar melhorar a equipa”, afir-
mou o presidente, durante a reu-
nião de câmara, onde disse ain-
da que não deixará de “cortar a
direito, incomode quem incomo-
dar”. Mais tarde, acabaria por ser
emitido um comunicado, subs-
crito por Raul Castro e pelos verea-
A atitude da vereado-
ra, que estranho muito, é
completamente intempes-
tiva. Foi eleita na lista do
PS e, por isso, deve uma
explicação ao partido.
Recuso as acusações que
são feitas no comunicado,
nomeadamente as refe-
rências ao “núcleo duro do PS” que terá
“uma agenda escondida”. A vereadora deve
repensar a sua posição e manter a solida-
riedade e a lealdade à equipa e ao parti-
do que a elegeu. Não se pode esquecer que
foi eleita numa lista. Os votos não são
dela.
José Alves,
presidente da Concelhia de Leiria do PS
Blandina Oliveira concorreu como independente
-lhe os pelouros (Desenvolvimen- peito à confiança atribuída pelos
to Económico, Ambiente, Ensino eleitores”.
Superior e Ciência), depois de, em “Tenho, porém, a consciência
Julho, ter ficado sem a tutela dos de que a base de apoio que elegeu
Espaços Verdes, que passou para a actual equipa que governa o
Lurdes Machado. Blandina Olivei- município de Leiria está em desa-
ra diz respeitar a decisão do pre- gregação, apesar dos arranjos que
sidente, que “tem toda a legitimi- se possam fazer após a minha deci-
dade e é soberano para o fazer”, são, com recurso àquelas pessoas
mas assegura que ficará até ao final que estão sempre disponíveis para
do mandato no executivo, “por res- ocupar estes lugares”, acrescenta
dores Gonçalo Lopes, Lurdes de forma atempada e adequada
Machado, Lino Pereira e António às solicitações dos munícipes”,
Martinho, onde a atitude de Blan- razão pela qual foi “questionada
dina Oliveira é considerada uma sobre a possibilidade de abdicar
“irresponsabilidade”, que “viola do lugar, por não ter concretiza-
os laços de lealdade que existem do as expectativas que conduzi-
entre todos os elementos” do exe- ram ao convite para integrar” a
cutivo. equipa.
No documento, Raul Castro “A vereada Blandina Oliveira
explica que a vereadora “foi con-
frontada, por diversas vezes, pelo
revelou não ter perfil adequado
às exigências da função, que impli-
presidente da câmara com a sua cam disponibilidade, dinâmica,
incapacidade para dar respostas capacidade de tomar decisões e
| R e a c ç õ e s |
É uma situação que me
preocupa, porque pode pro-
vocar alguma instabilida-
de à gestão do município.
Mas estou certo que o pre-
sidente da câmara encon-
trará uma solução ade-
quada para contornar o
problema. Não questiono
a atitude da vereadora nem do presiden- na rua de que existem membros da maio-
te. Deve haver sentido de responsabilida- ria que dizem mal uns dos outros, que o
de, porque o concelho espera que a câma- presidente se queixa do vice-presidente e
ra consiga levar a sua gestão por diante. que o vice-presidente não se coíbe de dizer
mal do presidente. A ser verdade, a situa-
ção é gravíssima.
Carlos André,
presidente da Assembleia Municipal de
Leiria (PS)
a vereadora, que diz ainda esperar
“não vir a ser vítima de persegui-
ção política ou de desinformação”.
No comunicado, Blandina Oli-
veira, que regressará à actividade
de docente no Instituto Politécni-
co de Leiria, lamenta também que
“os políticos profissionais apenas
finjam pretender a participação de
independentes e de pessoas com
actividades profissionais bem suce-
didas para ganhar eleições”, mas
que, “passados os períodos eleito-
rais, desejem reservar a activida-
de política para os que não que-
rem ou não sabem fazer outra coi-
sa”. A vereadora acusa ainda o
“núcleo duro do PS de Leiria” de
ter “uma agenda escondida resis-
tente à mudança”, com a qual diz
não se identificar.
A posição da vereadora é o cul-
minar de um mal-estar que se vinha
a intensificar nos últimos meses
entre a Blandina Oliveira e Raul
Castro, que várias vezes a chamou
a atenção em público pela falta de
respostas, nomeadamente aos verea-
dores da oposição. I
Maria Anabela Silva
trabalhar em equipa”, acrescenta
o comunicado. No documento, a
maioria socialista que assegura
que a equipa “está coesa e empe-
nhada em cumprir os compro-
missos que estabeleceu com os
eleitores” e acusa Blandina Oli-
veira de pretender “desagregar” o
grupo, lamentando que a verea-
dora não tenha tido a “lealdade
de comunicar ao presidente” a sua
posição. I
Há indícios de alguma
falta de coesão da maio-
ria, problema que é impu-
tável essencialmente à fal-
ta de liderança e de rumo.
Isto é preocupante, porque
está em causa a imagem
da câmara. A juntar a isto,
há o que se vai ouvindo
José Benzinho, líder da bancada do
PSD na câmara
| JORNAL DE LEIRIA | PUBLICIDADE | 13 de Janeiro de 2011 | 7
8 | 13 de Janeiro de 2011
BREVES
I
Ourém
Migrações
em debate
Primeira década de uma nova era
nas migrações é o tema geral do
11º Encontro de Formação de
Agentes Sócio-Pastorais, que decor-
re em Fátima, a partir de amanhã
e até domingo, numa organiza-
ção da Caritas Portuguesa, da Obra
Católica Portuguesa das Migra-
ções (OCPM) e da Agência Eccle-
sia. O encontro contará com a
presença do presidente do Con-
selho Pontifício para a Pastoral
RICARDO GRAÇA
dos Migrantes e Itinerantes, D.
Antonio Maria Vegliò, que inter-
virá, no domingo, às 9:00 horas,
para abordar o tema Mobilidade
humana e evangelização: desa-
fios de um novo milénio. O encon-
tro pretende analisar a forma como
a sociedade portuguesa aborda a
temática das migrações e propor
acções que incluam pessoas
migrantes em projectos de cons-
trução social, económica, políti-
ca e religiosa.
Distrito
EDP troca
lâmpadas
A carrinha EDP troca de lâmpa-
das vai estar, até ao próximo dia
21, no distrito, para trocar gra-
tuitamente lâmpadas incandes-
centes por economizadoras. Hoje,
a viatura ficará estacionada no
largo da igreja de Mira de Aire e
junto ao posto médico do Jun-
cal, e amanhã na Praça Arménio
Marques, em Porto de Mós, e na
sede da Junta de Calvaria de Cima.
Na segunda-feira, a iniciativa rea-
liza-se no Bombarral. A viatura
da EDP estará na Praça Jacob
Rodrigues Pereira, em Peniche,
nos dias 18 e 21, e no Mercado
Municipal de Alcobaça nos dias
19 e 20.
Batalha
Encontro sobre
património
O CEPAE (Centro do Património
da Estremadura) organiza, no
sábado, o primeiro encontro de
associações de defesa do patri-
mónio da Alta Estremadura. A
iniciativa irá realizar-se na sede
da Associação de Propaganda e
Defesa da Região da Batalha, loca-
lizada no Largo Goa, Damão e
Diu (junto ao mosteiro), a partir
das 9:45 horas. Estabelecer con-
tactos entre as associações e pes-
soas que se dedicam à defesa do
património, trocar experiências
entre elas e estudar a viabilida-
de de realização de projectos con-
juntos são os objectivos do encon-
tro. I
| SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |
Em 2011 deverão ser investidos dois milhões de euros na renovação de redes
Leiria desperdiça 32% da água que trata
Muitos municípios têm desperdícios na ordem dos 50%
Cerca de 32% da água que é
captada e tratada pelos Serviços
Municipalizados de Água e Sanea-
mento de Leiria acaba por ser per-
der em rupturas de rede. Aquela
taxa está, entanto, abaixo da média
nacional de desperdício. Segundo
dados do PEAASAR II ( Plano Estra-
tégico de Abastecimento de Água
e Saneamento de Águas Residuais
2007-2013), muitos municípios
apresentam desperdícios na ordem
dos 50%.
Acordo parassocial deverá ser assinado dentro de dias
Novo consórcio para a construção da ETES avança este mês
O acordo parassocial do novo
consórcio responsável pela cons-
trução e gestão da ETES (Estação
de Tratamento de Efluentes Sui-
nícolas) deverá ser assinado até ao
final do mês. A oficialização do
acordo abrirá caminho à emissão
de uma nova licença colectiva, que
permitirá a utilização de recursos
hídricos para descargas controla-
das de águas residuais.
Em declarações à Agência Lusa,
o secretário de Estado do Ambien-
te, Humberto Rosa, explica que a
licença será alargada ao período
de construção da ETES, estimado
em 36 meses, e que caducará se o
Câmara de Leiria justifica gastos com necessidade de conferir “segurança” às decisões a tomar
Estudos e auditoria custam cerca de 120 mil euros
A auditoria à situação finan-
ceira da câmara, o estudo sobre
a Leirisport e o parecer jurídico
sobre o Teatro José Lúcio da Sil-
va custaram à Câmara de Leiria
cerca de 120 mil euros. O últi-
mo valor conhecido diz respei-
to ao estudo encomendado à
Deloitte, sobre os modelos dos
equipamentos desportivos do
concelho, que custou 36.300
euros. A auditoria à câmara cus-
tou cerca de 69 mil euros, enquan-
Segundo dados que constam
no plano de actividades e orça-
mento dos SMAS de Leiria para
2011, aprovado na semana pas-
sada em Assembleia Municipal
(AM), no ano transacto foram cap-
tados e tratados 9.2 milhões de
metros cúbicos (m3) de água, ten-
do sido cobrados apenas 6.3
milhões de metros cúbicos.
Os restantes 2.9 milhões per-
deram-se na rede, apesar de já ter
sido gasto dinheiro com o seu tra-
consórcio não for constituído 60
dias depois da assinatura do acor-
do parassocial.
Humberto Rosa falava após uma
reunião, realizada na semana pas-
sada, onde estiveram também a
ministra do Ambiente e os presi-
dentes das Câmaras de Batalha,
Leiria e Porto de Mós. O encontro
foi pedido pelos autarcas, que pre-
tenderam manifestar à tutela a
preocupação pela “não renovação
da licença para a gestão dos efluen-
tes suinícolas” e pelos “eventuais
atentados ambientais que daí pode-
rão advir”, explica um comunica-
do da Câmara de Leiria. No docu-
to o parecer jurídico pedido pela
autarquia a um especialista em
Direito Administrativo sobre o
Teatro José Lúcio da Silva (TJLS)
orçou em perto de 12.200 euros.
O presidente da câmara expli-
ca que são gastos que visam con-
ferir à autarquia “segurança nas
decisões a tomar”. Raul Castro
frisa que estão em causa “ques-
tões técnicas e jurídicas”, que
deverão ser “suportadas por pare-
ceres de especialistas”. “Se fos-
tamento e captação. Desperdícios
que Pedro Faria, deputado do PSD
agora” e que “afecta muitos muni-
cípios”. No caso de Leiria, Raul Cas-
na AM, classificou, na última ses- tro explica que os desperdícios se
são daquele órgão, como “verda- devem sobretudo ao facto das “redes
deiramente escandalosos”, lamen- terem muitos anos de utilização e
tando que “para vender 6.312.573 precisarem de ser renovadas”. Segun-
m3 tenha que se captar, elevar e do ao autarca, há já um conjunto
naturalmente tratar e distribuir de investimentos previstos, no âmbi-
9.264.035 m3”. O social-demo- to da parceria que está a ser estu-
crata considera, por isso, que “é dada entre a Águas de Portugal e
quase obsceno apresentar des- 13 autarquias da região Centro.
perdícios desta grandeza e vir para “Durante este ano deverão ser inves-
cima dos munícipes com aumen- tidos cerca de dois milhões de euros
tos [de preços] para minorar as na renovação de redes”, adianta o
ineficiências dos serviços”. autarca ao JORNAL DE LEIRIA. I
O presidente da câmara reco-
nhece o problema, que “não é de Maria Anabela Silva
“Água é um bem escasso”
Apesar de reconhecer que a taxa de desperdício do município de
Leiria está abaixo da média nacional, Carla Graça, da Direcção
nacional da Quercus, não deixa de frisar que “32% corresponde à
perda de um terço da água captada, devidamente tratada e lança-
da na rede de distribuição”. Ora, “falamos em 32% de desperdí-
cio de custos”, sublinha a ambientalista, que explica que as eleva-
das perdas de água se devem sobretudo “às deficiências das redes
de distribuição, algumas muito antigas, com materiais já desgas-
tados e pouco adequados e por vezes mal dimensionadas face à
procura actual”. Carla Graça lamenta que, apesar de a “água ser
um bem escasso, por vezes, essa escassez seja esquecida, por ter-
mos tão fácil acesso a esse bem”. I
mento, o presidente da autarquia, fase, o consórcio deverá ser alar-
Raul Castro, disse ainda apoiar “cla- gado a outros parceiros.
ramente” a solução apresentada David Neves manifesta-se tam-
pela tutela, defendendo que a reso- bém satisfeito com a possibilida-
lução do problema “não deve ser de de emissão de uma licença em
adiada por mais tempo”. nome do consórcio, medida que
O presidente da Recilis, David considera “francamente positiva”
Neves, diz que “estão reunidas con- e “mais um contributo para a ges-
dições para fazer avançar o pro- tão e controlo dos efluentes”, até
jecto”, adiantando que o acordo à entrada em funcionamento da
parassocial “será assinado nos pró- ETES, a construir em Amor. Com
ximos dias”. Seguir-se-á a consti- um custo estimado de 18 milhões
tuição do consórcio, que integra de euros, a estrutura ficará prepa-
as empresas Águas de Portugal e rada para tratar diariamente dois
Fomento Investimento, que terão mil metros cúbicos de efluentes. I
uma posição de liderança, a Reci-
lis e a Luso Água. Numa segunda MAS
semos nós a fazer o trabalho, Departamento Jurídico do muni-
este poderia ser visto como par- cípio, e que, no caso da audito-
cial”, acrescenta. ria à câmara, “haveria trabalho
Por seu lado, José Benzinho, que poderia ser solicitado aos
vereador do PSD, considera que Revisores Oficiais de Contas da
alguns daqueles trabalhos “podiam autarquia, que “são indepen-
e deviam ter sido feitos interna- dentes e que viram o actual exe-
mente”, por entender que den- cutivo renovar-lhe a confiança
tro da câmara e da Leirisport há nos seus serviços”. “Há clara-
capacidade” para tal. O autarca mente desperdício de dinheiro,
defende que, em relação à situa- porque faltam ideias”, conclui o
ção do TJLS, deveria ter sido pri- social-democrata. I
meiro pedido um parecer ao MAS

Empresas e população pedem alternativas com melhores condições
Desvios das obras do IC9
motivam queixas em Ourém
A falta de condições das vias que
servem de alternativa às estradas
cortadas pelas obras do IC9, em
Ourém, estão a provocar a indig-
nação de empresários, população e
autarcas. A Câmara de Ourém amea-
ça aplicar coimas aos empreiteiros,
caso estes não reabram os acessos
interrompidos há vários meses ou
criem melhores alternativas.
“As dificuldades provocadas pelas
obras do IC9 são mais uma macha-
da para as empresas do Norte do
concelho. Algumas estão a perder
encomendas”, conta Hélder Miguel,
empresário e deputado do PSD na
Assembleia Municipal, que critica
o facto do trânsito da EN 356, cor-
tada devido às obras do IC9, ter
sido desviado para vias secundá-
rias, que “mais parecem carreiros”.
Essa crítica é também feita por
Projecto a desenvolver nos concelhos de Batalha e Ourém
Novas tecnologias vão ajudar
idosos a combater solidão
RICARDO GRAÇA
Combater a solidão e o isolamento
social da população idosa através das
novas tecnologias é um dos princi-
pais objectivos do projecto Bata-
lha@Ourém_parceiros em rede sénior,
que os municípios de Batalha e de
Ourém pretendem implementar, com
o apoio do Instituto Politécnico de
Leiria. O projecto permitirá também
aos idosos lançarem pedidos de socor-
ro, através de voz ou de movimen-
to.
José Alho, vereador da Acção Social
na Câmara de Ourém, explica que o
público-alvo são idosos que vivem
ainda em suas casas e que, através
de equipamento informático, pode-
rão criar “uma rede de comunicação
que os ajude a combater a solidão”.
Cíntia Silva, vereadora na Câmara
Mário Abreu, director da Euro-
molding, empresa instalada na zona
industrial de Ourém. “Os acessos
alternativos são muito estreitos e,
como não estavam preparados para
tanto trânsito, encontram-se em
péssimo estado.”
João Verdasca e Nuno Verdas-
ca, respectivamente administrado-
res da Madeca e da Ramecel, empre-
sas sediadas em Caxarias, também
lamentam os constrangimentos pro-
vocados pela situação, sobretudo
ao tráfego pesado. “O IC9 é muito
bem-vindo, mas não se admite que
o trânsito esteja a ser desviado para
estradas onde mal cabe um camião”,
lamenta João Verdasca.
José Alho, vice-presidente da
câmara, diz que a falta de condi-
ções dos desvios impostos pelas
obras do IC9 já foi abordada em
da Batalha, frisa que o equipamen-
to poderá ser accionado através de
voz, de forma “a facilitar a sua uti-
lização” e adianta que a aplicação
informática já foi testada com alguns
idosos do concelho, tendo sido “melho-
rada e adaptada às limitações dos
mais velhos”.
“Queremos criar uma nova res-
posta social para a população idosa,
usando as novas tecnologias como
ferramenta para melhorar a quali-
dade de vida dos nossos seniores”,
acrescenta Cíntia Silva. Além da com-
ponente social, a vereadora destaca
a “valência de emergência” do pro-
jecto, que funcionará 24 horas por
dia. “Através de voz ou de movi-
mento, os utentes poderão emitir um
pedido de ajuda, que será canaliza-
| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | 13 de Janeiro de 2011 | 9
PUB
diversas ocasiões com os emprei-
teiros. “A via diplomática não fun-
cionou. Vamos actuar a doer”, afir-
ma, adiantando que os empreitei-
ros serão notificados a “reabrir de
imediato” os acessos interrompi-
dos, devido à “caducidade dos pla-
nos de sinalização temporária e ao
estado de degradação das vias alter-
nativas”, ou a criarem melhores
desvios.
Ao JORNAL DE LEIRIA, o con-
sórcio AELO, responsável pela exe-
cução da obra, limita-se a infor-
mar que “as entidades competen-
tes foram consultadas” para a defi-
nição do desvio de trânsito à EN356,
e que está disponível a melhorar
as alternativas, “desde que se reve-
lem adequadas e necessárias”. I
Maria Anabela Silva
do para as instituições parceiras”,
explica a autarca.
Para garantir aquele tipo de cober-
tura, o projecto contará com o apoio
do Agrupamento de Centros de Saú-
de da Serra de Aire e dos bombeiros
Voluntários da Batalha. José Alho
realça ainda a importância da par-
ceria com as IPSS (Instituições Par-
ticulares de Solidariedade Social),
onde serão também instalados equi-
pamentos.
O projecto já foi alvo de uma can-
didatura ao PRODER (Programa de
Desenvolvimento Rural), que prevê
um investimento de 223 mil euros,
25% dos quais a financiar pelos muni-
cípios. I
MAS
10 | 13 de Janeiro de 2011 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |

BREVES David, de seis meses, morreu em Abril de 2010 em Alcobaça

I
Ourém
Autorizada
videovigilância
no Santuário
O Ministério da Administração
Interna (MAI) renovou a autori-
zação para a videovigilância no
Santuário de Fátima. De acordo
com o comunicado do MAI, a
secretária de Estado da Admi-
nistração Interna, Dalila Araújo,
proferiu os despachos, após pare-
ceres positivos da Comissão Nacio-
nal de Protecção de Dados. Foi
autorizado ao Santuário de Fáti-
ma a videovigilância pelo perío-
do de um ano, a funcionar 24
horas por dia.
Alegado homicida de bebé
nega acusações em tribunal
Começou esta segunda-feira
o julgamento de A.C. e C.G., pais
do pequeno David, que faleceu
no início do ano passado, ao que
tudo indica na sequência de
maus-tratos. O pai, que negou
as agressões, é acusado de homi-
cídio qualificado e a mãe de
omissão de auxílio.
O arguido garantiu ao colec-
tivo de juízes que não agrediu
o filho e que este caiu do carri-
nho, tendo ele apenas feito res-
piração boca-a-boca quando viu
o bebé pálido e sem respirar. Em
seguido, telefonou à irmã que,
chegada ao apartamento, se depa-
ANA FERRAZ PEREIRA

Nazaré rou com o bebé com apenas uma

Nuno Batalha
ganha eleições
na confraria
Seis anos depois, Nuno Batalha
está de volta à presidência da
Mesa Administrativa da Confra-
ria de Nossa Senhora da Nazaré,
depois de ter ganho a segunda
volta das eleições para a insti-
tuição, no passado sábado. O diri-
gente recolheu 885 votos dos
irmãos, contra 686 da lista lide-
rada pelo presidente em exercí-
cio, Reinaldo Silva, e 84 da lista
encabeçada por José Vila Mona
Batalha. Na reacção às eleições,
Nuno Batalha considerou que a
Confraria “não está em posição
de perder mais tempo” e apon-
tou baterias para o futuro. “É hora
de arregaçar as mangas”, decla-
rou o futuro presidente da insti-
tuição, que toma posse no dia 23
deste mês. JP
Leiria
Oikos com
utilidade
pública
A Oikos (Associação de Defesa
do Ambiente e do Património da
Região de Leiria) acaba de ser
considerada uma entidade de uti-
lidade pública, pelos “relevantes
e continuados serviços à comu-
nidade, visando a defesa do
ambiente e conservação da natu-
reza”. O reconhecimento da uti-
lidade pública foi feito através de
um despacho, publicado na sema-
na passada em Diário da Repú-
blica. O presidente da Oikos, Nuno
Carvalho, confessa-se “satisfei-
to” por ver “o trabalho e a acção”
da associação “reconhecidos supe-
riormente”, sublinhando que a
instituição poderá agora concor-
rer “a alguns programas de apoio
e integrar determinadas parce-
rias e com outro nível de parti-
cipação”. I
fralda vestida, deitado no sofá
sobre uma toalha com manchas
de sangue, mas, segundo decla-
rou ao tribunal, ainda respira-
va.
A mãe garante que só lhe tele-
fonaram perto do meio-dia.
“Peguei no meu filho e ele já
não tinha reacção nem pulsa-
ção”, refere a jovem de 21 anos.
David tinha, segundo a mãe, um
corte profundo no rosto e esta-
va cheio de hematomas.
A par das marcas de agres-
sões no bebé, foram encontra-
dos diversos vestígios de san-
gue em vários locais da casa,
População de Martingança, Alcobaça, quer que poder local honre compromisso
Abaixo-assinado exige requalificação da EN 356
Vai começar a circular na Mar-
tingança um abaixo-assinado no
qual os signatários reclamam a
requalificação da EN 356, um com-
promisso que dizem ter sido assu-
mido pela Câmara de Alcobaça há
mais de uma década.
A estrada é nacional, mas há
vários anos que está para ser des-
classificada e a sua gestão entre-
gue à câmara. No entanto, a autar-
quia sempre disse que não aceita-
va a estrada sem que a ponte sobre
Ordem dos Advogados
Jurista de Pombal preside a
Conselho Distrital de Coimbra
Mário Diogo,
jurista em Pom-
bal, tomou ontem
posse do cargo de
presidente do
Conselho Distri-
tal de Coimbra
(CDC) da Ordem dos Advogados,
para o qual foi eleito em Novem-
bro passado. Para o respectivo Con-
selho de Deontologia foi eleita a
lista encabeçada por Jacob Simões.
Mário Diogo assumiu, desde 1993,
diversos funções na Ordem dos
Advogados, nomeadamente dele-
Pai da criança é acusado de homicídio qualificado
como a casa-de-banho, o ber-
ço, a sala e o chão. Num con-
tentor do lixo na rua, os ins-
pectores encontraram um saco
com toalhetes ensanguentados.
A roupa que o bebé vestia quan-
do a mãe saiu para trabalhar
tinha sido lavada e estava a secar
no estendal. I
Ana Ferraz Pereira
a linha férrea fosse arranjada e
alargada e aquela via objecto de
melhorias. A ponte foi arranjada
em Abril do ano passado, mas o
processo não conheceu desenvol-
vimentos.
O vereador das Obras Públicas,
Hermínio Rodrigues, garante que
tem uma reunião agendada para
a próxima semana com o director
distrital da Estradas de Portugal
(EP) e refere que está na forja uma
candidatura para a EP financiar a
gado da Comarca de Pombal e vice-
presidente do CDC. É a primeira
vez que um advogado que não tem
escritório em Coimbra preside a
esta estrutura da Ordem dos Advo-
gados, que abrange os distritos de
Coimbra, Aveiro, Viseu, Guarda,
Leiria e Castelo Branco. Esta área
conta com cerca de 3.500 advo-
gados e advogados estagiários, ins-
critos por 68 comarcas. Como repre-
sentante do distrito de Leiria, foi
também eleito Pedro Alves Lou-
reiro de Porto de Mós, com o car-
go de Serviços aos Advogados. I
Agressões desde os dois meses
C. G. não estava em casa quando o filho foi agredido até à morte, mas
testemunhou ou teve conhecimento de outros episódios de violência,
como a própria disse ao tribunal. Garantiu não os ter denunciado por
medo. David nasceu a 27 de Outubro de 2009. Em Dezembro, o pai ter-
lhe-á dado várias palmadas nas pernas. Em Fevereiro terá sido uma
chapada na cara; em Março terá atirado o bebé de forma violenta para
o sofá depois de o sacudir, o que lhe provocou inchaços e hematomas.
Ainda antes de Abril, quando David perdeu a vida, A.C. terá desferido
uma dentada na face do filho. I
requalificação da EN 356. “A mudan- entre a Martingança e a Martin-
ça de director da EP quatro vezes gança-Gare, um espaço de 60 cen-
não ajudou este processo”, diz o tímetros na via para peões na pon-
autarca. te e, pelo menos, uma passadeira
Emídio Ferreira, um dos men- ilegal”. No Verão, a poeira dos cami-
tores do abaixo-assinado e resi- nhos “não permite janelas aber-
dente naquela estrada, alerta para tas”, assegura o morador, que lem-
os perigos da via, onde há “inú- bra que aquela estrada é atraves-
meros” desníveis entre passeios e
alcatrão, “buracos que obrigam as
sada diariamente por várias cen-
tenas de automobilistas e é, tam-
pessoas a darem saltos de metro bém, a via de acesso ao concelho
para saírem de casa, má ilumina- de Leiria. I
ção, péssimos acessos pedonais AFP
Nazaré
Filho de emigrante nomeado
ministro no Canadá
O nazareno Charles Sousa é Trabalho, o luso-canadiano
o novo ministro do Trabalho Peter Fonseca. “Estou entu-
na província do Ontario, no siasmado em iniciar o meu novo
Canadá, segundo noticia o jor- papel e contribuir para os êxi-
nal “Sol Português”. Eleito em tos do nosso governo”, afir-
2007, o filho de emigrantes da mou Charles Sousa em comu-
Nazaré desempenhava a fun- nicado.
ção de assistente parlamentar Segundo a Rádio Nazaré,
do ministro do Desenvolvi- Charles Sousa é filho do emi-
mento Económico e do Comér- grante nazareno António Sou-
cio do Ontário, tendo sido “pro- sa (conhecido por Clemente) e
movido” na sequência da demis- reside em Clarkson, Missis-
são do ex-titular da pasta do sauga. I

Jantar, em Pombal, juntou centenas de apoiantes
Cavaco elogia “energia criativa”
de jovens empreendedores
RICARDO GRAÇA
Os jovens estiveram no centro dos dis-
cursos que Cavaco Silva proferiu, na segun-
da-feira, na inauguração da sua sede de cam-
panha, em Leiria, e no jantar-comício, em
Pombal, que marcaram o seu dia de cam-
panha no distrito. O candidato agradeceu
ao mais novos por “não desistirem e acre-
ditarem em Portugal” e manifestou-se con-
victo que, pelo seu “talento, vontade de ven-
cer e inconformismo”, os jovens “vão mudar
a maneira de fazer política no nosso País,
que bem é preciso”.
“Confio que a energia criadora dos jovens
empreendedores vai dar um contributo deci-
sivo no rejuvenescimento da classe empre-
sarial portuguesa”, afirmou Cavaco Silva,
durante um encontro com alguns desses
jovens, em Leiria. O candidato disse ainda
“confiar na cultura aberta à inovação e à
assunção de riscos” dos jovens empresários,
que “não têm alguns vícios que têm preju-
dicado seriamente o País”, como“o vício do
encosto ao poder político na tentativa de
realizar troca de benesses”.
À noite, perante mais de 600 apoiantes,
em Pombal, Cavaco Silva voltou a reforçar
a sua confiança nos jovens, manifestando-
se convivo que a sua “energia criadora aju-
José António
Silva ausente
O presidente da concelhia de Leiria do
PSD, José António Silva, não esteve pre-
sente na inauguração da sede de campanha
de Cavaco Silva nem no jantar-comício,
por “razões pessoais”. O social-democrata
conta ao JORNAL DE LEIRIA que teve de
“acompanhar a filha ao aeroporto, para a
viagem de regresso a Angola”, adiantando
que não pediu a ninguém para o represen-
tar, mas que “dois membros da concelhia”
o informaram que marcaram presença.
Quem também esteve presente na inaugu-
ração da sede foi Afonso Lemos Proença,
ex-presidente da Câmara de Leiria, afasta-
do há vários anos da vida política. 
Eleições presidenciais
Francisco Lopes em campanha
O candidato apoiado pelo PCP à Presidên-
cia da República estará hoje em campanha no
distrito. Pelas 17 horas, Francisco Lopes é espe-
rado em frente à Atlantis (Alcobaça). O can-
didato segue depois para a Marinha Grande,
onde visitará a Crisvidro e fará um comício no
| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | SEGURANÇA |
RICARDO GRAÇA
dará a colocar Portugal numa trajectória de
desenvolvimento médio da União Europeia”.
Voltando-se depois para o público de
todas as idades e embalado pelos elogios
que recebeu de Ramalho Eanes, ex-Presi-
dente da República que esteve presente no
jantar-comício, o candidato disse que, “nun-
ca como agora, Portugal precisa tanto de
alguém com o conhecimento e a experiên-
cia” que considera ter para “apontar um
rumo de futuro”. Caminho que, no seu enten-
der, deve seguir em duas grandes linhas de
orientação: uma assente na competitivida-
de das empresas e na sua capacidade de
penetrar nos mercados internacionais e outra
virada para o apoio às vítimas da crise e para
o combate ao “flagelo” do desemprego.
Na sua passagem pelo distrito, o candi-
dato participou num almoço com agricul-
tores do Oeste, realizado em Alcobaça, onde
defendeu a necessidade dos governantes
“prestarem uma melhor atenção aos agri-
cultores portugueses”. Cavaco Silva esteve
ainda em Peniche e Caldas da Rainha e visi-
tou a Inteplástico (Marinha Grande) e o Hotel
Villa Batalha. 
Maria Anabela Silva
|Discurso directo|
“Não devemos perder tempo. Devemos elegê-lo
[Cavaco Silva] à primeira volta”
“[Cavaco Silva] É um carácter de confiança”
Ramalho Eanes, ex-presidente da República
“Estou certo que esta candidatura vai ter votos
de outros partidos, além daqueles que estão
directamente envolvidos na campanha”
“Devem desiludir-se as pessoas que pensam
que, por ter afinado por um partido, [Cavaco
Silva] vai, enquanto presidente, interferir em
favor desta ou daquela cor partidária”
José Ribeiro Vieira, mandatário distrital de
Cavaco Silva
Este País não está para prosas e ainda menos
para versos
Helena Vasconcelos, mandatária de Cavaco
Silva no concelho de Leiria
Sport Operário Marinhense, às 21:30 horas. Na
segunda-feira, a candidatura de Francisco Lopes
no distrito contará com o apoio de Jerónimo
de Sousa. O secretário-geral do PCP partici-
pará num jantar, a realizar na Quinta das Car-
rascas, em Alcobaça, pelas 19:30 horas. 
Candidato critica silêncio de Cavaco Silva sobre entrada do FMI
Alegre apela à união da esquerda
para forçar segunda volta
O candidato presidencial Manuel Alegre
apelou aos eleitores da esquerda para se uni-
rem e votarem em si ou em Francisco Lopes,
do PCP, durante o comício que decorreu na
Marinha Grande, na segunda-feira.
“Votem num candidato de esquerda. Digo
aos comunistas: vão votar, votem no vosso
candidato, mas não fiquem em casa, não se
abstenham”, salientou Manuel Alegre, que
antes inaugurou a sua sede de campanha,
nas Galerias Alcrima, em Leiria.
O candidato referiu ainda que “esta não
é hora de os socialistas se poderem abster,
dos bloquistas se poderem abster, de os comu-
nistas se poderem abster ou dos democra-
tas se poderem abster. Esta é hora de unir,
de somar e de mobilizar”.
Apesar deste discurso, Manuel Alegre
sublinhou que a sua candidatura “é a úni-
ca” que pode “enfrentar e forçar Cavaco Sil-
va a uma segunda volta”. Se isso suceder,
Alegre acredita que poderá ser eleito Presi-
dente da República.
Recordando a luta “contra o fascismo”
que foi travada na Marinha Grande, o socia-
lista lembrou os “trabalhadores vidreiros,
que sofreram aqui violentíssimas cargas poli-
ciais quando o primeiro-ministro era o can-
PS e BE em força
na Marinha Grande
O eurodeputado do Bloco de Esquerda
(BE) Miguel Portas, o líder da banca-
da parlamentar do BE, José Manuel
Pureza, e o deputado eleito por Leiria
Heitor de Sousa, bem como outros
deputados municipais de Leiria e
Marinha Grande estiveram presentes
no comício de Manuel Alegre na Mari-
nha Grande. Presenças notadas foram
também as do líder parlamentar do
PS, Francisco Assis, bem como dos
deputados João Paulo Pedrosa, Odete
João, Osvaldo Castro e do presidente
da Assembleia Municipal de Leiria,
Carlos André. 
Marinha Grande
JSD quer gabinete da juventude
A JSD da Marinha Grande está a prepa-
rar uma moção, que tenciona apresentar na
próxima Assembleia Municipal, onde pro-
põe a criação de algumas medidas de apoio
aos jovens, nomeadamente, àqueles que
estudam fora do concelho. A JSD sugere a
13 de Janeiro de 2011 | 11
didato Cavaco Silva”.
Utilizando como palavra de ordem: “resis-
tir”, Manuel Alegre criticou o silêncio do
Presidente da República em relação à hipo-
tética entrada do Fundo Monetário Interna-
cional (FMI) em Portugal. “O seu silêncio é
comprometedor, coincide com a impaciên-
cia política. Se o Presidente da República
quiser interromper a sua campanha para
fazer diligências junto de qualquer chefe de
Estado, terá a minha compreensão e o meu
apoio.”
Contrariando “alguns senhores que falam
na televisão”, o candidato explicou que o
FMI “não vem acertar e organizar as con-
tas” portugueses, mas “desorganizar e agra-
var a pobreza”. Alegre considera que a entra-
da do FMI “significaria o despedimento de
milhares e milhares de trabalhadores, um
corte brutal nos salários, nas pensões, no
salário mínimo nacional e nas prestações
sociais”.
Para Manuel Alegre, “o caminho não é
estar de joelhos, não é fazer o papel de bem
comportado”, nem é o “da submissão a essa
entidade mítica dos mercados financeiros”.
O caminho é “resistir e defender o interesse
nacional”.  Elisabete Cruz
|Discurso directo|
“O que eu quero é um candidato e um presiden-
te que nos diga a todos que nunca há apenas um
modo de resolver os problemas, que é de joelhos”
“Quero um Presidente da República que
ache que o trabalho é o futuro deste país e que
em Belém não se resigne”
Miguel Portas, eurodeputado do BE
“Esta é uma candidatura, supra-partidária e
que tem todas as condições para unir todos os
homens e mulheres que se reconhecem nos grandes
valores fundadores da esquerda”
“Estou aqui para apoiar Manuel Alegre em
nome do PS na convicção profunda de
que a sua eleição para a Presidência da República
contribuirá fortemente para que
o País se projecte no futuro”
Francisco Assis,
íder da bancada parlamentar do PS
abertura de um gabinete da juventude, que
ajude “a criar uma relação de proximidade
entre os jovens do concelho”, funcionando
como “um ponto de encontro entre eles”, e
que promova actividades culturais, despor-
tivas, de lazer e de formação. 
12 | 13 de Janeiro de 2011 | SOCIEDADE | EDUCAÇÃO | JORNAL DE LEIRIA |

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Fenprof vai exigir uma inspecção às condições de trabalho

Professores do grupo GPS

ameaçados de despedimento
Grupo GPS responde
“O Grupo GPS não ameaçou ninguém. Promovemos reuniões com os profes-
sores e explicámos clara e objectivamente o problema actual e o impacto das
medidas determinadas pelo Governo”, refere António Calvete. O presidente
do Conselho de Administração do grupo GPS explica que foi obrigado a
“reajustamentos para colmatar o corte de 30% no financiamento”, salien-
tando que a prioridade foi “manter a qualidade de ensino, minimizar o
impacto social e humano”. António Calvete nega também as alegadas pres-
sões: “Confunde-se deliberadamente “pressão” com “oportunidade” de
livremente aceitar a possibilidade de continuar a trabalhar com estabilidade
e salvaguarda de direitos noutras das nossas escolas.” O administrador
admite que se as actuais determinações da portaria não se alterarem, poderá
verificar-se o despedimento “de um número elevado” de funcionários, acres-
centando que os cortes já obrigaram ao “reajustamento de todo o projecto”.
E acusa ainda os sindicatos de “provocarem a confusão e a desinformação,
invertendo por completo a veracidade deste problema”, quando, considera,
“o verdadeiro responsável pela grave situação em que se encontram as esco-
las com contrato de associação é o Governo”. 
DR

O Sindicato dos Professores da
Região Centro (SPRC) denunciou
que 37 professores do Instituto
D. João V (Louriçal) e dos Colé-
gios Dr. Luís Pereira da Costa
(Monte Redondo) e Quiaios (Figuei-
ra da Foz), propriedade do gru-
po GPS, foram “ameaçados de
despedimento e pressionados a
aceitar a transferência” para outras
escolas.
Ana Rita Carvalhais, coorde-
nadora do SPRC de Leiria, adian-
ta ao JORNAL DE LEIRIA que as
medidas do grupo GPS “são ile-
gais”. “É um escândalo. Não hou-
ve redução de turmas ou de horá-
rios, nem processos disciplinares
que justifiquem os despedimen-
tos”.
A dirigente sindical conside-
ra ainda que se trata de uma
“chantagem inaceitável” por par-
te da entidade patronal e admi-
te que os responsáveis pelo gru-
po GPS “apanharam a boleia” dos
cortes aplicados pelo Governo
para avançarem para os despe-
dimentos.
A alegada ameaça de despe-
dimento pende sobre 20 profes-
sores da escola do Louriçal, nove
em Monte Redondo e oito em
Quiaios. De acordo com dados do
SPRC, o corpo docente do Insti-
tuto D. João V ascende a 120 pro-
fessores, enquanto os colégios de
Monte Redondo e de Quiaios pos-
suem, respectivamente, 60 e 45
docentes.
Mário Nogueira, responsável
pela Federação Nacional dos Pro-
fessores (Fenprof), revela ainda
ao nosso jornal que vai “exigir
de imediato uma inspecção da
ACT (Autoridade para as Coon-
dições de Trabalho) ao grupo GPS”
e será realizado um plenário em
Coimbra, no próximo dia 22, com
os professores da região Centro.
Elisabete Cruz

Associação de Escolas Católicas exige indemnização

Processo contra Estado divide colégios
Os responsáveis dos colégios
católicos da região estão dividi-
dos quanto às melhores medidas
de contestação contra o Estado
depois de alteradas as regras de
financiamento do ensino particu-
lar e cooperativo.
A Associação Portuguesa de
Escolas Católicas (APEC) preten-
de processar o Estado por ter pos-
to “em risco milhares de alunos,
professores e funcionários”, refe-
re a agência Ecclesia no seu sítio
na internet. Os colégios ponderam
pedidos de indemnização e a obten-
ção de pareceres sobre a constitu-
cionalidade da portaria e do decre-
to-lei aprovados há duas semanas,
explicou ao Diário de Notícias o
presidente da APEC, o padre Que-
rubim Silva.
Para Serafim Assunção e Cos-
ta, director pedagógico do Colé-
gio Sagrado Coração de Maria, em
Fátima, processar o Estado será
“ineficaz”, pois “a Justiça portu-
guesa não funciona”. Segundo este
responsável “até que haja uma
decisão dos tribunais já alguns
colégios terão fechado”.
O director pedagógico do Colé-
gio Sagrado Coração de Maria
lamenta ainda que “o diálogo com
o Ministério da Educação seja extre-
mamente complicado”, acusando
a tutela de estar de “má fé” nas
negociações.
Para o padre Joaquim Ventura
a medida da APEC é “um exage-
ro”. “Não quero dizer que não haja
motivos suficientes, mas não me
parece que resulte”, acrescenta o
director do Colégio de São Miguel,
em Fátima, que também aponta o
dedo à lentidão da Justiça. “Há
quatro anos também processei o
Estado quando houve cortes de
turmas, e o processo ainda vai na
1ª instância”, constata, defenden-
do, por isso, “medidas mais urgen-
tes”.
A directora do Colégio Nossa
Senhora de Fátima, em Leiria, admi-
te que a medida da APEC é “drás-
tica”, mas os cortes que o Gover-
no pretende efectuar “exigem algu-
mas formas de luta”, mesmo aque-
las que não são o “estilo destes
colégios recorrerem”.
Os três responsáveis garantem
ao JORNAL DE LEIRIA que os cor-
tes, que se fazem sentir já em Janei-
ro, estão a causar “grandes pre-
juízos” nas contas dos colégios,
porque as verbas são “insuficien-
tes” para fazer face às despesas. 
EC

Alunos do pólo da Escola Amarela transferidos para Agrupamento Correia Mateus, em Leiria
Queda de tecto do antigo liceu antecipa abertura de centro escolar
O centro escolar do Agrupa- corredor do antigo liceu Rodrigues mento de horário, sem actividades A partir de segunda-feira, além
mento de Escolas Dr. Correia Mateus, Lobo na quinta-feira passada. de enriquecimento curricular. das quatro turmas e da Unidade de
em Leiria, vai receber os alunos do Apesar de não ter havido feri- O vice-presidente da Câmara de Apoio a Alunos Surdos, o centro
pólo da Escola do 1.º ciclo n.º 2 de dos, as aulas foram canceladas de Leiria, Gonçalo Lopes, explica que escolar vai ainda receber três tur-
Leiria, conhecida como Escola Ama- imediato e “activado o plano de o novo centro escolar Correia Mateus mas da EB1 Paulo VI.
rela, na segunda-feira, antecipan- emergência da escola, por uma ques- “está concluído em termos de obra”. O município “vai avaliar o esta-
do a sua abertura. tão de precaução”, explica Fátima Faltava a limpeza e os equipamentos. do de conservação do edifício do
Esta foi a solução encontrada Serrano, coordenadora da escola Segundo o autarca, o processo de antigo Liceu Rodrigues Lobo, que
pela Câmara de Leiria e o Agrupa- do 1.º ciclo n.º 2 de Leiria. Esta sema- mudança de mobiliário de uma tem mais de cem anos”. 
mento de Escolas D. Dinis após a na os alunos tiveram aulas na esco- escola para a outra já está a ser rea-
queda de um pedaço de tecto do la-sede, em regime de desdobra- lizado. EC

onfesso que gosto cada
C vez menos de cam-
panhas eleitorais, ain-
da que saiba que em
democracia são neces-
sárias e inevitáveis. Apesar dis-
so suponho que muitos portu-
gueses concordarão comigo de
que as campanhas eleitorais, como
são geralmente praticadas entre
nós, servem principalmente para
revelar o pior que existe na poli-
tica portuguesa: demagogia, ausên-
cia de um pensamento estrutu-
rado sobre o futuro de Portugal,
falsas promessas, vaidades várias.
Aquilo que deveria ser uma opor-
tunidade para conhecer o pen-
samento e as propostas mais ino-
vadoras dos candidatos, acaba
por se transformar, com poucas
excepções, numa penosa e repe-
titiva banalidade, baseada em
ideias mais velhas do que a ida-
de dos próprios candidatos à elei-
ção. Não menos séria é a previ-
sibilidade com que tudo se pas-
sa, sem sombra de inovação, quer
na forma quer no conteúdo. Uma
maçada.
Mesmo o candidato Cavaco
Silva, que durante um quarto de
século esteve no topo do poder
politico dezassete anos, conse-
gue o milagre de basear a sua
campanha na seriedade pessoal
e na ideia peregrina de que está
| Crónicas sobre o futuro |
Campanha presidencial
acima das desgraças do nosso
sistema político. Confrontado
com dúvidas dos jornalistas e
dos eleitores sobre actos por si
praticados, considerou ilegítimas
as dúvidas e abespinhou-se, em
vez de se sentar e calmamente
explicar de forma pedagógica
tudo aquilo que os portugueses
queiram saber. Até porque pro-
vavelmente nada fez de muito
excitante, além de uma peque-
na e vulgar tentação por um ren-
dimento um pouco mais fácil do
que o adquirido ao longo de mui-
tos anos de trabalho, o que cer-
tamente não envolveu qualquer
ilegalidade. Mesmo assim, achou
que não devia dar explicações e
insultou, ou mandou insultar, a
boa prática democrática de escru-
tínio dos dirigentes políticos.
Confesso que não compreendi e
sobre esta questão declaro que
Cavaco Silva tem o direito a ser
como é e são os portugueses que
daí devem retirar as necessárias
consequências.
Por mim já o fiz e não voto
em Cavaco Silva. E não fora a
conhecida fraca memória dos
portugueses, acredito que a sua
presidência terminaria aqui. Mas
sendo as coisas como são não
arrisco um prognóstico, recor-
darei apenas algumas decisões
do ex - primeiro ministro Cava-
| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |
Cavaco Silva tem o
direito a ser como é
e são os portugueses
que daí devem
retirar as necessárias
consequências
HENRIQUE NETO
empresário
netohenrique8@gmail.com
co Silva que ajudaram, e de que
forma, a conduzir Portugal para
o atoleiro em que agora nos encon-
tramos:
1- Foi Cavaco Silva que ini-
ciou a politica do betão e as famo-
sas revisões de preço das obras
públicas. Lembram-se do rega-
bofe com o custo do Centro Cul-
tural de Belém?
2- Idealizou a valorização do
escudo, que amputou a econo-
mia portuguesa de uma parte
relevante das suas exportações,
coisa que ainda hoje estamos a
pagar.
3- Criou a miragem do bom
aluno da União Europeia, que
conduziu à destruição da agri-
cultura, das pescas e da marinha
mercante e abriu a porta à nos-
sa dependência e relativa irre-
levância no contexto interna-
cional.
4- Foi Cavaco Silva que escan-
carou as portas da administra-
ção pública à contratação de mui-
tos milhares de funcionários e
que aumentou os salários por
razões eleitorais, início do des-
calabro financeiro do Estado que
hoje vivemos.
5- Foi ainda ele que inaugu-
rou a contratação de dirigentes
da administração e de gestores
pela via partidária, desmante-
lando o tradicional profissiona-
13 de Janeiro de 2011 | 13
lismo existente na administra-
ção pública.
6-Foi ainda o actual candi-
dato Cavaco Silva que criou, atra-
vés das privatizações, a econo-
mia dual que está a arruinar o
País, com um sector protegido
pelo Estado de bens não tran-
saccionáveis e cuja renda é paga
pelas pequenas e médias empre-
sas, retirando competitividade à
parte mais dinâmica da econo-
mia portuguesa que concorre
internacionalmente
7-Criação essa que conduziu
à promiscuidade hoje existente
entre o poder político e alguns
grupos económicos, causa das
actuais dores de cabeça de Cava-
co Silva no BPN.
8-Foi ainda Cavaco Silva que
como Primeiro Ministro disse na
televisão a célebre frase de que
as dívidas do Estado não são para
pagar, princípio teórico pratica-
do com gosto pelo desvario gas-
tador dos governos de José Sócra-
tes.
Em resumo, se os portugue-
ses votarem com a memória do
que foram os dez anos de Cava-
co Silva como primeiro minis-
tro, haverá uma segunda volta
nestas eleições e teremos, por for-
ça da unidade da esquerda, um
novo Presidente da República em
Belém. I
 14 | 13 de Janeiro de 2011 ENTREVISTA| SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |

Catalina Pestana, ex-provedora da Casa Pia

“Ter alguns miúdos sentados 40 minutos

é o suficiente para os ‘matar’”
Frontal, Catalina Pestana é contra o internato e afirma que se mandasse fechava a Casa Pia, que consi-
dera, contudo, ter sido um colégio pioneiro no ensino português. Revolta-se contra a falta de autoridade
dos professores e garante que não teria problemas em bater num aluno que a agredisse. Defensora das
crianças lamenta que a legislação portuguesa não esteja do lado dos mais frágeis
Textos: Elisabete Cruz Fotos: Ricardo Graça

A nossa sociedade está pre-
parada para ajudar crianças em
risco?
Os direitos das crianças são todos
os dias atropelados violentamen-
te, muitas vezes, com a cumplici-
dade dos poderes que os deviam
defender, nomeadamente o poder
judicial. Quando uma criança é víti-
ma de qualquer tipo de abuso na
casa de família, retira-se a criança
e deixa-se o abusador. Uma socie-
dade que tem esta legislação não
pode considerar-se mini-
mamente preparada para
ajudar a crescer alguém.
Como explica que
casais devolvam crian-
ças após a adopção?
Só o fazem porque a
lei permite, o que é um
acto criminoso. Um casal
leva no mínimo dois anos a ser
observado para ver se tem todas as
condições para se relacionar com
a criança. Ou os psicólogos e os
técnicos de serviço social são incom-
petentes ou as pessoas que se can-
didatam à adopção e depois se com-
portam dessa maneira são os
melhores actores que existem em
Portugal. A partir do momento em
que há adopção plena, os pais adop-
tantes têm as mesmas obrigações
que qualquer outro pai. A criança
pode ser retirada se for provado
que não têm condições para a ter,
mas devolvê-la nunca. Isso é mais
violento que viver num internato
ou na rua toda a vida, porque não
se tem saudades daquilo que nun-
ca se teve. Enquanto a criança não
tem a sua personalidade definida
é óptimo, porque as vestimos com
o estilo da família que adopta. Quan-
do a criança começa a
ser adolescente, e como
Não admito,
por exemplo,
que um miúdo
se vire a um
professor e ele não
lhe dê um chapadão
de todo o tamanho
para que ele nunca
mais faça aquilo
todos os outros tem problemas, os
pais dizem: ‘Por que é que tenho
de aturar esta coisa? Ela nem sai
ao pai nem à mãe’.
A quem compete melhorar a
integração de crianças com pro-
blemas disciplinares?
Compete à escola com respos-
tas diversificadas, mas à escola
comunidade educativa alargada,
que inclui a família, os vizinhos e
as auxiliares de acção educativa.
Há 50 anos os pais educavam e a
escola ensinava. Não nos passava
pela cabeça chumbar e muito menos
portarmo-nos mal. Se algum dos
nossos pais fosse chamado ao direc-
tor de ciclo, ficávamos aterrados
porque imaginávamos que o cas-
tigo seria gravíssimo. E portar mal
era passar o risco imaginário que
dividia a parte masculina da par-
te feminina do liceu ou entrar na
aula antes de tocar e ficar na con-
versa. Hoje a escola democratizou-
-se e importou os problemas da
sociedade. Não soubemos prepa-
rar uma escola democrática para
massas e durante 30 anos massi-
ficámos a escola de elites. Ter alguns
miúdos sentados 40 minutos é o
suficiente para os ‘matar’ou para
que eles ‘matem’ quem está à sua ro de crianças internadas, quando
volta. Em todos os projectos que o internato deve ser a última das
coordenei verifiquei que quando a soluções. Mas dá muito trabalho
escola oferece metodologias alter- funcionar com as famílias, ter uma
nativas aos miúdos que são dife- escola com respostas multidisci-
rentes (e são todos diferentes uns plinares, que acompanhem famí-
dos outros), com professores for- lias e crianças. O internato é a últi-
mados para as utilizar, os resulta- ma solução e a mais cara. Cada
dos aparecem ao fim de três anos. criança internada custa três vezes
mais que uma criança educada
Abusa-se do internato em Por- numa família de classe média. São
tugal? três horários: manhã, tarde e noi-
Não tenho dúvida. Os dados ofi- te; domingos e feriados. E os miú-
ciais demonstram que nos últimos dos são, regra geral, mais infelizes
cinco anos, tem aumentado todos do que no contexto de famílias com
os anos em cerca de mil o núme- problemas. Claro que não estou a
Reformada com grande “trabalheira”
Catalina Pestana, 64 anos, está reformada mas diz que isso lhe dá
“uma grande trabalheira”. Venceu com sucesso um cancro e um
Acidente Vascular Cerebral e continua a ter uma vida bastante
activa dedicada à defesa das crianças e dos idosos. “Estou endure-
cida pela vida.” Licenciada em Filosofia, aos 27 anos, assumiu a
direcção do Colégio de Santa Catarina, em Lisboa, pertença da
Casa Pia. Em finais de 2002, Catalina Pestana foi escolhida pelo
Ministério da Segurança Social e do Trabalho, liderado por Bagão
Félix, para ser provedora da Casa Pia de Lisboa. O processo de
abusos que acompanhou de perto leva-a a criticar a justiça. “O
mesmo crime pode ser absolvido em Vila Miséria de Cima e dar
uma pena com um número significativo de anos de prisão efectiva
em Vila Miséria de Baixo.”
 | JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |ENTREVISTA 13 de Janeiro de 2011 | 15

falar das famílias totalmente inca- tos. Isto foi estudado, mas há pro- que não faz isso por paixão, é um des que o País está a ter teme que
pazes. fessores que conheço que entram terror, ainda por cima provoca fisi- aumente o abandono das crian-

A que se deve este aumento?

À falta numérica de técnicos
para acompanhar nas estruturas de
base as situações problemáticas. As
CPCJ [Comissão de Protecção de
Crianças e Jovens] foram um ras-
go de esperança, mas quando come-
çaram a ficar assoberbadas de tra-
balho o poder não quis, não pôde
ou não soube perceber que elas
tinham de ser profissionalizadas.
As CPCJ não podem, por lei, inter-
vir numa família se esta não auto-
rizar.
Hoje exagera-se no protec-
cionismo aos jovens?
Não admito, por exemplo, que
um miúdo se vire a um professor
e ele não lhe dê um chapadão de
todo o tamanho para que ele nun-
ca mais faça aquilo. O que está esta-
belecido é que o professor teria um
processo disciplinar. Eu teria os pro-
cessos disciplinares que tivesse, mas
nenhum aluno se virava a mim.
Não defendo castigos corporais,
mas não admito que um aluno se
vire a um professor e ele tenha de
ficar seráfico na frente dos outros
todos. Mas quem é que querem aju-
dar a crescer? A primeira condição
para controlar a disciplina na sala
de aula é a preparação do profes-
sor. Não pode deixar tempos mor-
na aula já a tremer, porque as leis
estão feitas para o laxismo. Se não
impusermos limites, a criança vai
ficar à deriva.
Foi directora do Plano para a
Eliminação da Exploração de Tra-
balho Infantil. Quais os casos que
mais a impressionaram?
A hipocrisia que todos temos
sobre o trabalho das crianças. Se
os miúdos forem dar de comer às
galinhas ou de beber às ovelhas é
péssimo. Se os miúdos forem fazer
castings para trabalhar que nem
loucos, debaixo de holofotes vio-
lentíssimos, todos aplaudimos.
Alguns dos meus amigos estão um
dia inteiro na fila dos castings para
o seu filho aparecer na capa de uma
revista com uma roupinha da mar-
ca x ou y. Há ainda os meninos que
são postos nas academias de fute-
bol e que vêm “lá de trás do sol
posto” e ficam em situação de inter-
nato. Têm um trabalho infinita-
mente mais violento do que o tra-
balho rural familiar. Nunca ninguém
morreu por ir dar comida às gali-
nhas ou levar as ovelhas a pastar.
E há outras hipocrisias elevadas.
Conheço casos de papás que con-
venceram os filhos que para entrar
no curso pretendido tinham de ser
atletas de alta competição. A vida
de um atleta de alta competição,
camente alguns danos irreparáveis,
porque as coisas são feitas fora da
ças?
Temo, mas acho que não é pelas
“A Casa Pia é
idade. Não tenho nada contra o tra- condições económicas. Estamos a do melhor que
balho das crianças desde que seja
feito com conta peso e medida. A
bater no fundo nos valores essen-
ciais da vida dos humanos. Se sou
existiu ao nível
legislação portuguesa é adequada adolescente, engravidei e ninguém da instrução”
e pôs-se de pé um projecto que viu lá em casa (essa também é outra
reduziu, de facto, a exploração do que me surpreende), posso meter o
trabalho infantil. bebé num saco de plástico, deixá- Alguma vez duvidou das
-lo no Jamor ou posso deixá-lo à vítimas da Casa Pia e das
Tendo em conta as dificulda- porta da igreja ou da Misericórdia.I histórias contadas?
Nunca duvidei que eles
eram vítimas, mas das his-
tórias tive imensas dúvidas.
Sofri imenso.
Pergunta dos outros
Ficou surpreendida com
“Apadrinha-se com o coração” os nomes dos arguidos?
Não. Só pergunto: ‘Onde
Adelino Antunes, assistente social estão os outros?’ Os miúdos
Que contributos pode dar a legislação sobre o apadrinhamen- falaram de muitos mais abu-
to civil na protecção dos menores em perigo e, sobretudo, na sadores, uns públicos outros
desinstitucionalização? cidadãos anónimos. Mas a
A nova legislação sobre apadrinhamento civil será o que os servi- lei que vigorava era iníqua,
ços de acção social e os restantes cidadãos quiserem fazer dela. Não pois dizia que qualquer crian-
é por falta de leis, e algumas de muito boa qualidade, que o País se ça que tivesse sido abusada
queixa, é da sua não aplicação. Neste caso, estou convencida que tinha de denunciar até aos
80% dos portugueses desconhece totalmente a lei. Não se apadrinha 16 anos e 6 meses porque
com uma lei. Apadrinha-se com o coração, como o Dr. Adelino Antu- senão prescrevia. Como se
nes muito bem sabe. Se alguma vez se fizer a correcta divulgação da qualquer miúdo conheces-
lei, se houver debates públicos sobre a forma de a aplicar, se os por- se as leis. Como um crime
tugueses a quiserem adoptar, ela terá indiscutivelmente uma acção prescrito não é investigado
determinante no número de crianças institucionalizadas. Os profis- mais de metade ficou de fora.
sionais que se preparam para a intervenção nesta área, do meu pon-
to de vista, terão que desburocratizar a sua forma de intervenção, Como é possível man-
deixar os seus gabinetes e partir ao encontro dos outros. I ter esses abusos em segre-
do durante tanto tempo?
Não foram mantidos em
segredo nem foram escon-

“Os últimos anos têm sido tenebrosos”
Dos cinco candidatos quem
será o melhor Presidente da
República?
Eu apoio Fernando Nobre.
Estou negativamente marcada
pela política partidária. Os últi-
mos anos têm sido tenebrosos.
Nos partidos políticos os valores
esbatem-se quando se entra nos
aparelhos. Aquilo que dizem que
é a fragilidade do dr. Fernando
Nobre, que é o não ter experiên-
cia política, é para mim a sua
grande vantagem. Ele tem imen-
sa experiência política. Não tem
experiência politico-partidária.
Sabe dividir uma sopa que era
para dois em seis. Sei que ele não
vai ganhar este ano. Daqui por
cinco anos veremos.
Como é que Maio de 68 e o
25 de Abril de 1974 a marca-
ram?
O Maio de 68 vivi-o na Facul-
dade de Letras da Universidade de
Lisboa e não fui às aulas. Foi diver-
tidíssimo. Fizemos uma manifes-
tação que só tinha grávidas à fren-
te. Estava ligada a um grupo de
católicos progressistas e distri-
buíamos papéis clandestinamente
para discutir a guerra colonial. Em
70 casei e fui viver para um comu-
nitário na Suécia. Vivíamos em
comunidade, dividíamos as despe-
sas, criávamos os filhos juntos. Foi
uma boa experiência porque tinha
regras. Abrimos um café cultural
que se chamava Candeeiro Café
Concerto, onde aprendi a tirar bicas
e cervejas. Vendíamos artesanato
urbano e livros proibidos, coisas
que naquele tempo tinham imen-
sa graça.
Fundou a associação Rede de
Cuidadores. Em que consiste?
É uma associação discreta que
intervém na área dos abusos sexuais
e apoiamos denúncias. Como temos
uma equipa muito diversificada
recebemos denúncias de quem
não sabe a quem se há-de dirigir
e como é que há-de veicular uma
suspeita. E temos sido muito bem
acolhidos. Fazemos alguma for-
mação para profissionais que nos
pedem e aproveitamos as reuniões
públicas para sensibilizar para este
tipo de problemática. Como a lei
deixa o abusador em casa e man-
da as criança sair, se nos apare-
cer uma criança abusada que não
tem outro sítio onde ficar, temos
uma casa equipada para situações
de emergência, com condições
para receber uma mãe e um filho,
até que os serviços públicos se
activem. Além deste projecto, que-
ro dedicar o resto da minha vida
aos cuidados paliativos. Já dou
apoio a algumas pessoas em situa-
ção quase terminal. Como não
tenho medo da morte, acho que
dou alguma segurança. Ando a
fazer o pré-estágio e ando a ten-
tar convencer o meu presidente
da câmara a criar uma unidade
de cuidados de saúde paliativos
no concelho. I
didos. O Tal e Qual, em 1982,
publicou tudo. A dra. Tere-
sa Costa Macedo, quando
rebentou o escândalo, dis-
se: ‘eu vi as fotografias, até
as tenho dentro do cofre,
mas naquela altura era mui-
to nova e o País não estava
preparado para este tipo de
problema’. E não pensem que
isto é uma perseguição ao
PS, porque a polícia come-
çou por investigar pessoas
de outros partidos, que faziam
parte do relatório do SIS
[Serviço de Informações de
Segurança] ao Parque Eduar-
do VII.
Afirmou que se tivesse
poderes encerrava a Casa
Pia. Porquê?
Não acredito que aquele
modelo seja compatível com
a legislação que existe no
País. Claro que criava alter-
nativas e fazia da Casa Pia
um grande museu da ino-
vação educacional, que é o
que ela foi. Estes problemas
são problemas de internato.
Ao nível da instrução, a Casa
Pia é do melhor que existiu
em Portugal desde o século
XVIII. Toda a inovação que
aconteceu no sistema edu-
cativo foi ensaiada primei-
ro na Casa Pia, até os cur-
sos profissionais.

Portugal ficou mais des-

perto para a pedofilia
depois do processo Casa
Pia?
Portugal nunca mais será
o mesmo. Todos nós ouvi-
remos com mais atenção o
que uma criança diz. O sacri-
fício de uns veio melhorar
a qualidade de vida de
outros. I
 16 | 13 de Janeiro de 2011
ivemos tempos
V sombrios de fim,
mas como não é
um fim-fim, mas
um fim com uma
finalidade, eles tra-
zem nos dentes pedaços de luz de
um novo começo – aliás, como
sempre acontece com a Vida: ela
não se cansa de recomeçar.
Mas a poalha que envolve e
cobre este nosso mundo e o empa-
lidece, este estertor crepuscular,
faz doer e sufoca quase até ao
desespero: é esta penosa sensa-
ção, uma espécie de aperto mitral,
que a muitos, muitos mesmo, vai
lançando nos braços mortíferos
da desistência – estado de torpor
colectivo alimentado por esta difu-
sa mas insidiosa sensação de impo-
tência cívica perante a obscena
cavalgada da desonestidade, da
corrupção, das jogadas sujas e
mafiosas, das falências que arruí-
nam o Estado.
Só que o problema é que não
se trata de um assalto – que se
fosse só isso sempre poderíamos
arranjar umas tantas vagas numa
prisão especial, em Santarém ou
em Alcoentre. O problema é que
esta atitude predatória, aprovei-
tadora, sacadora, este incorrigí-
vel jeito de pilha-galinhas, está-
nos no sangue e atravessa a socie-
dade portuguesa de lés a lés. Tra-
‘Relatório de análi-
O se da Leirisport EM’
elaborado, a pedido
do sr. Presidente da
Câmara Municipal,
pela Deloitte veio
adensar as dúvidas sobre as inten-
ções da maioria da Câmara rela-
tivamente à empresa municipal e,
mais genericamente, à política des-
portiva que os eleitos do PS que-
rem para o Concelho.
De facto, após a leitura do
documento, o que fica é um con-
junto de ‘propostas’ meramente
economicistas, desgarradas da
realidade e afastadas de qual-
quer entendimento político do
que deve ser a gestão dos espa-
ços desportivos do Município
(afirmar, por exemplo, que a ges-
tão da Leirisport depende das
políticas definidas pela Câmara
é uma evidência que não neces-
sita de demonstração, muito
menos paga).
Sem conhecer o que foi pedi-
do à empresa, não se pode quali-
ficar o resultado final. Mas pode,
com certeza, afirmar-se que não
ajuda à definição de uma política
desportiva.
Desde logo, porque se limita a
apontar ‘caminhos’ que ‘resolvam’
os ‘problemas’ da Leirisport.
E porque esses ‘caminhos’ mais
não são que a transferência para
| SOCIEDADE | OPINIÃO | JORNAL DE LEIRIA |
| O p i n i ã o |
O nobre plebeu
ta-se, sei lá, de uma espécie de
encalhe genético que nos torna
maltrapilhos mas jeitosos na arte
de surripiar – nem que seja uma
caixa de agrafos lá do escritório.
Daí, talvez, esta sonolenta tole-
rância, se não mesmo secreta admi-
ração, em relação àqueles que,
fazendo o que os demais fazem,
logram fazê-lo com uma fantás-
tica diferença: amanham-se à
grande. É como se no ritual de
azeda crítica dos cafés se dissol-
vesse, em jeito de catarse, a inve-
ja que dá ver como foram desem-
baraçados e arrojados aqueles cuja
conduta zelosamente censuramos.
A corrupção em Portugal é reti-
cular e sistémica – ela é correla-
tiva deste nosso atávico estado
de “fragilidade ôntica” em que,
ironicamente, nos comprazemos.
É por isso que o famigerado caso
de polícia do BPN tem, apesar de
tudo, a rodeá-lo um estranho halo
de epopeia e de tragédia – a recei-
ta ideal para, daqui a meia dúzia
de anos, que a vergonha é coisa
que passa depressa, o vermos con-
vertido em série televisiva patro-
cinada pela televisão pública e,
certamente, com recorde de audiên-
cias.
É neste clima irrespirável, de
tão fedorento, provocado por um
sistema gangrenado, que se «simu-
la» a corrida para Belém. Simula,
Falta dinheiro ou faltam ideias?
outrem dos ‘problemas’ identifi-
cados.
Para quê pagar um estudo antes
de definir a política?
Até Outubro de 2009 havia uma
política desportiva; pode discor-
dar-se dela, mas existia e as pes-
soas sabiam qual era. O PAAD (Pro-
grama de Apoio ao Associativis-
mo Desportivo) e a Leirisport eram
os seus instrumentos principais.
E agora? Que quer a maioria?
Ainda não sabem?
Aparentemente, a maioria socia-
lista quer passar o mandato a olhar
para o retrovisor, a argumentar
que não há dinheiro e a pagar estu-
dos que concluam que não há
dinheiro. Claro que assim, de estu-
do em estudo, nunca haverá dinhei-
ro. Nem política desportiva, ou
qualquer outra.
O ‘estudo’ da Deloitte, por exem-
plo, ‘conclui’ que as piscinas estão
subaproveitadas. Como responde
a maioria? Incluindo no Orçamento
a construção de mais duas…
Prestemos, então, alguma aten-
ção ao ‘estudo’ e à inevitável aná-
lise SWOT (traduzindo: forças, opor-
tunidades, fraquezas e ameaças).
Relativamente às forças e opor-
tunidades, a Deloitte diz nada (o
que até se compreenderá, pois é
aqui que se poderá ancorar a defi-
nição da política desportiva e o
papel da Leirisport).
É bem significativo
que seja o caso BPN
a agitar e a pôr ao
rubro esta
campanha – ele é o
exemplo perfeito do
rasto devastador de
um sistema finan-
ceiro entregue ao
alucinatório engodo
da lógica absoluta
da sua potenciação:
ele gera o monstro
que a si próprio
acaba por consumir
JOSÉ ANTUNES DE SOUSA
professor universitário
Afirmar que a
gestão da Leirisport
depende das
políticas definidas
pela Câmara é uma
evidência que não
necessita de
demonstração,
muito menos paga
JOSÉ BENZINHO
vereador do PSD na Câmara
de Leiria e ex-Presidente
da Leirisport
digo, porque só pode ser a brin-
car uma corrida em que um dos
supostos corredores está já na
linha de meta antes mesmo do
tiro de partida: estamos realmente
conversados acerca do mais que
certo vencedor das eleições pre-
sidenciais. Porquê? Porque, sen-
do este, como dizia, um tempo de
fim, é um tempo que ainda não
chegou ao fim – anuncia-o, porém,
irreversivelmente. E é por isso que
ele é, apesar de tudo, um tempo
de esperança.
É bem significativo que seja
o caso BPN a agitar e a pôr ao
rubro esta campanha – ele é o
exemplo perfeito do rasto devas-
tador de um sistema financeiro
entregue ao alucinatório engo-
do da lógica absoluta da sua
potenciação: ele gera o monstro
que a si próprio acaba por con-
sumir. E, aliado a este autofági-
co sistema, porque, afinal dele
faz parte, está o sistema políti-
co, numa luxuriosa e pornográ-
fica promiscuidade e que, de tão
descaradamente predatório, só
pode ter um desfecho: a sua estre-
pitosa e «radioactiva» deflagra-
ção. De lamentar, portanto, as
ondas de choque e os corres-
pondentes escombros humanos
que tal estoiro vai necessaria-
mente provocar.
Mas, como dizia ao princípio,
Já quanto às fraquezas e às
ameaças, estamos perante evidên-
cias ou situações que decorrem
(mais uma vez…) da política des-
portiva (que não será, evidente-
mente, a Deloitte a definir). Con-
clui a empresa consultora que a
Leirisport depende financeiramen-
te da Câmara Municipal, que a ges-
tão da Leirisport depende das polí-
ticas da Câmara, que a Leirisport
não tem autonomia na definição
dos preços, que são necessárias
indemnizações compensatórias (as
fraquezas), que depende de con-
tratos de mandato, que existe ‘debi-
lidade financeira’ na Câmara, que
os níveis de ocupação são dimi-
nutos, que existe dependência rela-
tivamente à União de Leiria e que
há imposição de preços sociais (as
ameaças).
As ‘propostas’ para ultrapassar
a situação vieram já a público: man-
ter a Leirisport, gestão de alguns
programas desportivos pela Câma-
ra Municipal e entrega/venda da
maioria das instalações desporti-
vas.
O que melhoraria com qualquer
das hipóteses não é fundamenta-
do (ou sequer explicado).
Onde se verificaria uma efecti-
va poupança?
Acabariam as indemnizações
compensatórias (diferencial entre
o custo real e o custo para as colec-
esta crise traz no ventre uma nova
e auspiciosa oportunidade para
todos – a de o homem se consti-
tuir realmente no centro das múl-
tiplas actividades. Oportunidade
que eu definiria como a oportu-
nidade da consciência, que é ela
a instância decisiva da real huma-
nização.
É neste contexto de doloroso
transe consciencial, de transição
de um tempo obscuro e exequial
para um tempo de aurora e de
esperança, que um candidato,
especialmente Nobre, se apre-
senta, com a inestimável e, creio
que rentável, vantagem de um
cadastro civicamente limpo. E
com essa edificante «história de
vida» de dádiva ao outro e de um
universalismo humanista sem par
na sociedade portuguesa con-
temporânea. Fernando Nobre que
irrompe de fora do sistema, emer-
ge do seio da plebe sofredora,
mas, atenção, ele significa, no
seu profético anúncio, inco-
mensuravelmente mais do que o
tonto e gelatinoso critério das
massas.
Daí este desencontro – porque
é cedo ainda. Mas ele que regres-
se daqui a cinco anos, tempo creio
que suficiente para a gente sacu-
dir a canga. Será, então, o tem-
po de acertar os ponteiros da his-
tória. I
tividades, assumido pela Autarquia
como apoio à prática desportiva)?
E como se manteriam as Colecti-
vidades?
Como se integraria a ‘pulveri-
zação’ da gestão dos equipamen-
tos com a respectiva entrega às
Juntas de Freguesia e/ou Colecti-
vidades? E como se garantiria a
indispensável manutenção? Quem
a pagaria?
Como se eliminaria a depen-
dência da União de Leiria? (Não
será certamente com contratos em
que se municipalizam despesas e
privatizam receitas!)
Como poderia a Câmara Muni-
cipal gerir fosse o que fosse (pro-
gramas desportivos e/ou equipa-
mentos) se não tem pessoal habi-
litado (está na Leirisport) e estão
vedadas as contratações? E, mes-
mo que isso fosse possível, quan-
to custaria a mais relativamente ao
modelo actual?
Vendendo os equipamentos
potencialmente mais rentáveis (no
pressuposto que haveria compra-
dores), como se mantêm os res-
tantes? Isso não aumentaria os
encargos?
Quem pagaria a cobertura do
estádio? E como se rentabilizaria?
E seria compatível com a prática
de futebol e atletismo?
Uma pergunta final: este ‘estu-
do’ serviu para quê? I
 | JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | OPINIÃO | 13 de Janeiro de 2011 | 17

| O p i n i ã o |

Qualidade de vida
investigação feita confirma que generosamente gratuito e persistente duran-

A definir qualidade de vida não

é tarefa fácil. “O conceito é com-
plexo, ambíguo, volátil e dife-
re de época para época, de cul-
tura para cultura e de indiví-
duo para individuo… até mesmo ao longo da
sua vida” (Carla Leal). Verdade. Mas sendo
assim tão complexo e exigindo investigação
apurada, como pode o decisor político optar
pelas melhores medidas e iniciativas condu-
centes ao bem estar - qualidade de vida - das
suas populações? Diria que não pode ignorar
nenhum dos critérios: ou seja tem que colo-
car, em simultâneo, medidas que atinjam o
cidadão na sua vida social, económica, espi-
ritual, cultural e científica. Pergunto, também,
se esta meta - qualidade de vida – pode ser
definida apenas pelo poder político? A histó-
ria recente confirma que este é bastante per-
meável à opinião do momento… Só assim se
compreende que tenham acontecido autori-
zações para a construção de 10 estádios de
futebol, centros comerciais gigantescos que
obrigam ao encerramento temporário ou per-
manente do comércio tradicional, auto-estra-
das sem movimento que as justifique, uni-
versidades sem alunos, cursos sem candida-
tos, espectáculos sem qualidade embora sub-
sidiados, escolas recentemente restauradas e
sem auto-suficiência energética, construções
sem painéis solares num País onde o sol é
É finalmente
te todo o ano, casas alegadamente de cultu-
ra sem programa cultural que as justifiquem
…Acontece todos os dias em todo o País, exau-
rindo os nossos recursos já tão magros. Tudo
em nome da qualidade de vida, ou seja, da
nossa qualidade de vida. Feliz ou infelizmente
as exigências mudaram. Compete ao poder
político, associado ao poder cívico, exigir
mais rigor, mais transparência e maior envol-
vimento do centros de investigação científi-
inadmissível que em ca, na procura de auxílio para os problemas
de hoje. Algumas soluções encontradas são
nome da nossa incompreensíveis… chocam pela falta de ajus-
tamento entre o que já se conhece sobre a
qualidade de vida se necessidade de alteração de comportamen-
tos e de hábitos de consumo, com as obras
continue a apostar já executadas, como por exemplo: é inad-
missível que num túnel, recentemente aber-
nas novas constru- to em Lisboa, não possam circular peões ou
autocarros! É inadmissível que em novas redes
ções e não na re- viárias não seja obrigatória a inclusão de
ciclovias. É finalmente inadmissível que em
qualificação ou nome da nossa qualidade de vida se conti-
nue a apostar nas novas construções e não
reabilitação das na requalificação ou reabilitação das que já
existem, colocando no centro das preocupa-
que já existem ções a revitalização dos centros urbanos. Temo
que esta má prática contamine também as
nossas vilas e cidades de média dimensão. E
ANA NARCISO o que faz cada um de nós para impedir estas
professora más decisões? I

I had a dream…
ma vez tive um que juraram servir, o Povo que ca sonhei que os governantes pri- em campanhas gigantescas e

U sonho. Tal como

muitos de vós.
Uma vez tive um
sonho que se
dividiu
milhentas visões de um mundo
melhor e com o qual procurei
viver sempre a minha vida.
Uma vez tive um sonho que
em
a Liberdade havia de chegar. E
chegou. E que seria algo que
ficando no coração dos homens
e das mulheres, haveria de ser
conservada e defendida. Mas hoje
vejo, com tristeza, que este suce-
dâneo de Liberdade é uma mani-
pulação pura de um Estado auto-
ritário que nos governa mal e
que nos obriga a pagar pelos seus
pecados.
Uma vez tive um sonho de
que a Democracia seria o res-
peito pelos outros, a discussão
das diferenças e a procura de
encontrar, em muitas coisas, as
semelhanças. Mas, afinal, isto a
que chamam “democracia” não
é mais do que um jogo corrom-
pido de poder e a podridão ins-
talada nos organismos de um
Estado que serve os maiores e
reprime os desfavorecidos.
Uma vez tive um sonho de
que a ética seria o guia moral
dos políticos e que estes se rege-
riam pelos mais elevados padrões
de honestidade, de competência
e de lealdade para com aqueles
os elegeu. Mas quem não vê que,
na sua grande maioria, estes mes-
mos políticos ocupam o centro
decisório para se banquetearem
com o Estado e que, sem vergo-
nha, delapidam os seus recursos
e oferecem quantias astronómi-
cas e lugares chorudos aos seus
comparsas?
Uma vez tive um sonho de
que os partidos políticos, parte
integrante e fortalecedora da
democracia, seriam fontes de eli-
tes dedicadas e de escoramento
de um sistema político que for-
talecesse a vida social, política
e não, como acontece em mui-
tos casos conhecidos e muitos
mais por conhecer, fontes de
emprego partidário, verdadeira
sanguessuga daquilo que deve-
ria ser um bem de todos mas é
só de alguns amigos, fiéis ao che-
fe ou encartados no partido do
governo.
Uma vez tive um sonho de
que a economia estaria ao ser-
viço da política e que os instru-
mentos de desenvolvimento
seriam os adequados para que
os povos não sofressem priva-
ções. E que os políticos tudo
fariam para que nas suas pro-
messas eleitorais estivesse aci-
ma de tudo a verdade e que, em
falhando metas essenciais, se
demitiriam porque com palavra
dada ao povo não se brinca. Nun-
É este o Portugal
vatizassem os lucros e naciona-
lizassem os prejuízos. Mas afinal
é o que fazem, transferindo as
culpas da crise para aqueles que
não a provocaram, os trabalha-
dores, e fazendo-os pagar este
roubo declarado, desculpando os
verdadeiros rostos, mãos e cére-
bros de fraudes mundiais, o capi-
dos meus sonhos? tal especulativo e imoral, agora
chamado puerilmente de merca-
É este o meu País do. O capital desregulado cria as
crises e os buracos financeiros e
renascido numa os governos, ao seu serviço, agi-
manhã de Abril? tando o papão da austeridade,
forçam quem trabalha a pagar
É esta a utopia, tão duplamente.
singela afinal, que Uma vez tive um sonho de que
os povos da Europa seriam mais
pragmaticamente unidos porque diferentes, mais
completos porque mais solidá-
me querem recusar? rios. Mas a Europa dos cidadãos
É sonhar e pedir de Jacques Delors tem vindo a
ser destruída, numa amálgama
muito… que haja de regulamentos e de leis que
procura tudo uniformizar e se
verdade, justiça e transformou, luz dos tempos!, na
combate à Europa do capital e refreia e repri-
me as vontades dos povos e dos
corrupção? seus cidadãos. Quem não se lem-
bra de Sócrates ter prometido
referendar o Tratado que viria a
ser de Lisboa e depois nunca ter
cumprido essa jura? Quem não
se recorda dos votos contra a
constituição europeia dados por
FERNANDO JOSÉ RODRIGUES vários povos, até que novos e
Professor, escritor sucessivos referendos, apoiados
chantagens políticas e emocio-
nais, mudaram as decisões ini-
ciais?
Uma vez tive um sonho de que
Portugal seria um país honrado,
onde os seus habitantes vives-
sem dignamente e onde o fosso
entre ricos e pobres fosse ine-
xistente. Mas afinal, segundo
dados do INE publicados hoje
(10.1.2011), há dois milhões de
pobres no meu País, um quinto
dos meus compatriotas vive com
menos de 360 euros por mês e
32% da população activa entre
os 16 e os 34 anos seria pobre se
dependesse só do seu trabalho.
É este o Portugal dos meus
sonhos? É este o meu País renas-
cido numa manhã de Abril? É
esta a utopia, tão singela afinal,
que pragmaticamente me que-
rem recusar? É sonhar e pedir
muito… que haja verdade, justi-
ça e combate à corrupção?
Uma vez tive um sonho que
ainda quero sonhar. Como cida-
dão, como professor, desejo que
um dia, mais velho e ainda idea-
lista, os alunos a quem há mais
de 30 anos procuro ensinar, me
reconheçam na rua e me apon-
tem como aquele que não dei-
xou cair o sonho da esperança.
Continuo a sonhar. Porque
quero ter em mim, modestamente,
todos os sonhos do mundo. I
 18 | 13 de Janeiro de 2011
DR
L L
Como estacionar a "humanidade"
no Hospital de Santo André?
O Hospital de Leiria, ao tentar
resolver o problema do uso indevi-
do dos seus parques de estaciona-
mento, trouxe para o debate públi-
co a discussão em torno do paga-
mento, pelos utentes, do parquea-
mento disponível dos serviços públi-
cos.
Antes de mais começo por ana-
lisar os problemas gerais associados
ao estacionamento. O principal pro-
blema é sempre o espaço. As nos-
sas cidades não estão preparadas
para os volumes de tráfego a que
são sujeitas todos os dias e muito
menos para fazer face às necessi-
dades de estacionamento. Torna-
se simplesmente impossível ou impra-
ticável aumentar as capacidades
existentes. Criar mais estaciona-
mentos nas zonas centrais agrava-
ria, ainda mais, os congestiona-
mentos, pois o afluxo de veículos
seria maior e cedo o novo acrésci-
mo de lugares seria insuficiente. Ain-
da mais difícil é aumentar a capa-
cidades das vias e nós rodoviários
que serviriam esses ditos parques -
novamente uma questão de espa-
ço. Assim, a solução é taxar o esta-
cionamento de modo a que os luga-
res existentes sejam utilizados cri-
teriosamente e por curtos períodos
de tempo, de modo a permitir tam-
bém que exista sempre alguma ofer-
ta, mesmo que pagando. Trata-se
de um modo pragmático de gerir os
estacionamentos existentes que assen-
ta no principio do utilizador paga-
dor, especialmente se tivermos em
conta quanto custa a utilização de
10m2 (área média de ocupação de
um veiculo automóvel) de espaço
público urbano.
Mas para além dos parques pagos,
o que verdadeiramente precisamos
são de mais transportes públicos e
de promover os "modos suaves"
(andar a pé e de bicicleta), tudo isso
devidamente coordenado com cir-
culares externas radiais, servidas por
zonas de estacionamento gratuitas
exteriores, devidamente ligadas ao
centro por transportes públicos.
O modo como hoje utilizamos os
automóveis não é sustentável, ambien-
talmente e economicamente! Temos
A Direcção do JORNAL DE LEIRIA recebe com agrado para publicação a correspondência dos leitores que tratem questões de interesse público
O JORNAL DE LEIRIA reserva-se o direito de seleccionar os trechos mais importantes das Cartas ao Director devidamente identificadas, publicadas nesta secção
| SOCIEDADE | OPINIÃO | JORNAL DE LEIRIA |
| D o s
DR
de mudar! Tudo o que anteriormente
referi seria aplicável aos hospitais se
eles fossem comuns serviços ou zonas
urbanas. A saúde é um bem essen-
cial e um direito constitucional -
pelo menos por enquanto. A neces-
sidade e natureza destes serviços
mexe com os sentimentos das pes-
soas e com a própria condição huma-
na - é na doença que verdadeira-
mente estamos frágeis.
Sem dúvida que o estaciona-
mento no Hospital de Santo André
tem de ser controlado, mas obrigar
pessoas que, pelas agruras da vida,
já estão tão fragilizadas, por elas
próprias ou por familiares e amigos,
a terem de suportar mais este cus-
to é quase desumano. Deveria ser
previsto um sistema que isentasse
os pacientes e aqueles que, através
das suas visitas, contribuem para a
sua recuperação do dito pagamen-
to. Até porque a oferta de transpor-
tes públicos não é adequada. É cer-
to que essa isenção se transforma-
ria em custos para o hospital, mas
se o problema em causa é a utiliza-
ção indevida dos parques então não
vejo qual seria o problema.
Micael Sousa, Eng.º Civil e
Mestrando em Energia e Ambiente
Declarações do presidente da Junta de Santa Eufémia
Na última edição do JORNAL DE LEIRIA, veio
o sr. presidente da Junta de Santa Eufémia, Lei-
ria, alegar que só ganhou por 13 votos porque
o PS andou de porta em porta a enganar os elei-
tores, prometendo o que não podia cumprir. Ora,
o sr. presidente em questão devia compreender
o desejo de mudança dos eleitores, a sua insa-
tisfação por quem, em nome do PSD, os tem
(des) governado há longos anos, prejudicando
a freguesia. Ainda há pouco, o mesmo autarca
alienou património por 100 mil euros que antes
não aceitou alienar por 200 mil.
Na última dezena de anos, nada de relevan-
te fez e o posto médico foi construído em man-
dato anterior ao dele. O protocolo com a UDL
nada trouxe de vantajoso à freguesia.
Na sessão da Assembleia Municipal, de Dezem-
(direccao@jornaldeleiria.pt)
l e i t o r e s |
viver miseravelmente nos pinhais
da Cumeira de Embr,a em barracas
de plástico.
Senhores deputados, estas famí-
lias estão abrangidas pelo RSI ape-
nas na parte económica, porque
quanto ao seu desenvolvimento
humano e social o acordo não está
a ser cumprido por parte dos par-
ceiros (autarquia, Centro de Empre-
go, saúde, educação). Algumas crian-
ças não vão à escola e ao jardim-
de-infância, e outras nem usufruem
da componente de apoio à família.
Os adultos sendo todos analfabetos,
Aos utentes Este movimento terá por objec- não andam na escola, nem estão
do Centro tivo, esclarecer e mobilizar as popu-
lações no sentido de unir esforços
envolvidos em acções de formação
humana, social ou profissional como
de Saúde do em defesa dos direitos e de um aces- preparação para o seu ingresso numa
Bombarral so digno à Saúde. A população será
convidada para a realização de uma
actividade profissional, como está
previsto para atribuição do RSI. Os
A população do concelho do reunião com vista à constituição da técnicos psico-sociais, de apoio às
Bombarral está a viver uma situa- Comissão de Utentes do Centro de famílias de risco, não apoiam estas
ção deveras preocupante, resultan- Saúde do Bombarral. famílias por as mesmas não terem
te das deficientes condições de aces- Bombarral, Janeiro de 2011 as condições físicas indispensáveis,
so à assistência prestadas pelo seu Os cidadãos José Agostinho o que é da responsabilidade da autar-
Centro de Saúde. Também é do conhe- Faria, Maria Helena Vieira, quia.
cimento geral que este Centro de Mário Morgado, Norberta San- É urgente que seja posta em prá-
Saúde tem vindo a perder, ao lon- tos, Maria Madalena Gomes, tica, no nosso município, uma poli-
go dos anos, imprescindíveis servi- António Feliciano Junior e José tica de inclusão que a União Euro-
ços, tais como o encerramento do Oliveira Moreira peia apoia através de projectos, com
SAP e da Unidade de Cuidados de vista à prevenção de atitudes anti-
Saúde Personalizados, a partir das sociais, ao combate à pobreza e des-
13 horas, aos sábados, domingos e Contra criminação social. As atitudes anti-
feriados e escassez de apoio admi-
nistrativo.
a discriminação sociais, são consideradas por espe-
cialistas, uma luz vermelha, como
Tendo ainda em conta informa- racial indicação de doença psicossocial.
ções correntes, médicos de família Cada um de nós, enquanto habi- As doenças propagam-se, sendo
em serviço apresentaram o pedido tante neste planeta tem o dever de urgente intervir no sentido da pre-
de reforma, perspectivando-se fica- dar o seu contributo para o bem venção e da cura, para o bem de
rem apenas dois médicos para os comum da família humana univer- todos nós.
15.500 utentes registados. Face à sal, estando atento àqueles que vivem Perante esta realidade conside-
acelerada degradação dos cuidados ao nosso lado, os nossos próximos. ramos que a indiferença será uma
de saúde primários e apoio admi- É este espírito que motiva para a atitude negligente, por isso, apela-
nistrativo prestados à população do justiça e a paz, que nós, Amicrian- mos à vossa sensibilidade e inteli-
concelho, um grupo de cidadãos ça vimos uma vez mais apelar para gência emocional, para a resolução
bombarralenses tomou a iniciativa a causa dos direitos das crianças e urgente deste grave problema, que
de organizar uma comissão de uten- dos direitos humanos que conti- tem tendência a agravar, neste con-
tes, para a qual contamos já com o nuam a ser violados no nosso muni- texto de crise, de modo a poupar
apoio de algumas autarquias do con- cípio, nas famílias de etnia cigana todos os munícipes do mau estar
celho. (14 crianças e 10 adultos) a sobre- social…
Marinha Grande, 23 de Dezem-
bro de 2010
P’la Amicriança
Deolinda Santos
L
bro, o mesmo votou favoravelmente a realiza-
ção de nova sessão em Janeiro, vindo nesta a
insultar o sr. presidente por tal facto, dando o
dito por não dito, sem consciência da valor da
sua responsabilidade e da ética que deveria adop-
tar.
Por ser assim, o PS não aceita e repudia as
afirmações deste autarca e manifesta aos habi-
tantes de Santa Eufémia a sua vontade de rea-
lizar, também nesta freguesia, o seu compro-
misso eleitoral logo que se consigam reunir as
condições financeiras para tal e a vontade polí-
tica dos autarcas da freguesia.
José Alves, presidente da CPC do PS
Leiria, 10 de Janeiro de 2011
DR

Cotações mundiais em máximos históricos
Especulação e quebra nas colheitas
fazem disparar preços de alimentos
RICARDO GRAÇA
Os preços mundiais dos ali-
mentos atingiram novos máxi-
mos em Dezembro, ultrapassan-
do os registados no Verão de 2008,
durante a crise alimentar. Portu-
gal, que importa 80% do que con-
some, vai sentir os impactos daque-
le aumento, com reflexos não só
ao nível da indústria transforma-
dora mas, sobretudo, do consu-
midor final.
O índice da Organização das
Nações Unidas para a Agricultu-
ra (FAO), que reúne 55 matérias-
-primas alimentares, subiu pelo
sexto mês consecutivo, atingin-
do o valor mais alto de sempre,
segundo o jornal i. A pressão de
subida sobre os preços das maté-
rias-primas é particularmente pre-
judicial para o nosso País, que
importa grande parte do que come.
A subida vai ter, “inevitavel-
mente, impactos nas contas do
supermercado”, disse ao Jornal de
Resposta ajustada às empresas é um dos objectivos
Francisco Vieira é o novo presidente da Aciso
RICARDO GRAÇA
I Economia
Notícias João Machado, presidente
da Confederação dos Agriculto-
res de Portugal (CAP), lembran-
do que o País é importador de boa
parte das matérias-primas ali-
mentares e que “quem não pro-
duz paga mais caro”.
A presidente do observatório
dos Mercados Agrícolas e Impor-
tações Agro-alimentares admitiu
ao Jornal de Notícias que o cená-
rio pode assumir uma “gravida-
de muito grande” em Portugal. A
escalada dos preços das matérias-
primas pode levar a um aumen-
to dos preços para o consumidor
final, dependendo isso “dos agen-
tes de mercado e da existência ou
não de stocks suficientes”.
Para Uziel Carvalho, o consu-
midor “vai sentir na pele” os efei-
tos da subida dos preços das maté-
rias-primas. Mas o “primeiro
impacto” será para os produtores,
que estão há muito a suportar cus-
Reorientar os serviços da
associação para uma resposta
cada vez mais ajustada e pró-
xima das “necessidades efecti-
vas” das empresas é um dos
objectivos da nova direcção da
Associação Empresarial Ourém/
Fátima (Aciso), presidida por
Francisco Vieira (na foto). O
novo presidente, que represen-
ta a Vieiras & Dias, é também
director executivo da Insigna-
re, já foi presidente da Região
de Turismo de Leiria/Fátima,
responsável da Escola Profis-
tos de produção mais altos e que
deverão continuar a subir. Uma
vez que os produtores portugue-
ses, “cada vez mais vulneráveis”,
terão dificuldade em manter-se,
o País irá “produzir cada vez menos”
e, logo, terá de aumentar as impor-
tações.
“Se nada for feito, desapare-
cem agricultores e ficaremos mais
dependentes das importações, se
houver o que importar, porque o
consumo mundial está a aumen-
tar”, lembra o empresário agríco-
la de Leiria. O aumento da pro-
cura a nível mundial, a especulação
e a quebra nas colheitas são aliás
os principais factores apontados
pelos especialistas para o aumen-
to dos preços.
AUMENTAR
PRODUÇÃO NACIONAL
Se Portugal tivesse de viver
apenas do que o seu solo gera,
sional de Ourém e da congé-
nere da Nazaré, entre outros
cargos.
A nova direcção da Aciso
pretende ainda reforçar o apoio
ao esforço promocional das uni-
dades hoteleiras de Fátima, numa
“perspectiva objectiva de refor-
ço da capacidade de atracção
de visitantes e de aumento do
número de dormidas vendidas”,
informa a associação. A pro-
cura de estratégias e meios que
permitam apoiar o desenvolvi-
mento do sector industrial, com
I
13 de Janeiro de 2011 | 19
PUB
teria capacidade para assegurar
84% do que consome, apontou o
ministro da Agricultura ao Jornal
de Negócios. Mas não é isso que
acontece e o défice da balança
comercial do sector agrícola regis-
ta um saldo negativo na ordem
dos 3,3 mil milhões de euros. Para
António Serrano, este valor é o
resultado das “nossas opções indi-
viduais de consumo”. “Passámos
a consumir muita coisa que não
é produzida em Portugal”, refere
o ministro, lembrando a impor-
tância de alterar este panorama,
através da procura de produtos
portugueses.
Opinião idêntica tem Bernar-
do Albino, presidente da Asso-
ciação Nacional de Produtores de
Cereais, que defende a necessida-
de de uma “política agrícola con-
sistente”, que possa conduzir a
uma “produção nacional forte”,
para que “não estejamos tão depen-
dentes” das importações na área
alimentar. Até porque “existe o
risco” de as matérias-primas con-
tinuarem a subir.
Uziel Carvalho entende que os
produtores têm de se unir para se
defenderem das condições impos-
tas pelas grandes superfícies e para
que a produção nacional seja ren-
tável. “Não é viável trabalhar em
pequenas parcelas, como até aqui”,
aponta. No Vale do Lis, por exem-
plo, se a dimensão das explora-
ções fosse maior, “a produção
poderia duplicar”. É por isso que
a Associação de Regantes vai apre-
sentar amanhã, em Assembleia
Geral, uma proposta para a cria-
ção de uma estrutura que possa
promover parcerias entre agri-
cultores e encontrar mercado para
os bens agrícolas produzidos na
zona, explica. I
Raquel de Sousa Silva
especial incidência na indústria
de mobiliário de Vilar dos Pra-
zeres, o aumento do número de
associados e a reformulação da
imagem institucional da Aciso
são outros dos objectivos.
Além de Francisco Vieira,
que substitui Pedro Pereira, hote-
leiro, a direcção eleita para o
triénio 2011/13 é ainda com-
posta por João Rosa (Datamó-
vel), Pedro Carvalho (Forma),
Purificação Reis (Hotel Anjo de
Portugal) e Filipe Saraiva (Vigo-
bloco). I
20 | 13 de Janeiro de 2011
LEITURAS
RECOMENDADAS
As Lições de Peter
F. Drucker
O Essencial sobre a
Gestão, a Sociedade
e a Economia
Edição e introdução:
Rick Wartzman
Editora: Verbo
Os pensamentos e os discursos de
Drucker desde 1943, pela primei-
ra vez reunidos num livro. Trinta
e dois ensaios do “pai da Gestão”,
de leitura imprescindível em qual-
quer conjuntura económica.
O Cisne Negro
O impacto do altamente
improvável
Nassim Nicholas Taleb
Editora: Dom Quixote
Um Cisne Negro é um aconteci-
mento altamente improvável que
reúne três características princi-
pais: é imprevisível; produz um
enorme impacto; e, após a sua ocor-
rência, é arquitectada uma expli-
cação que o faz parecer menos alea-
tório e mais previsível do que aquilo
que é na realidade. Por que razão
não temos consciência do fenó-
meno dos cisnes negros antes da
sua ocorrência?
Capitalismo Emocional
Os Novos Líderes
Martym Newman
Editora: Smartbook
A investigação demonstra que para
se ser bem-sucedido nas nossas
vidas pessoais e profissionais, pre-
cisamos de Inteligência Emocional
(IE). Neste livro, Newman apresenta
o diagrama mais explícito até ao
momento para desenvolver de for-
ma sistemática a IE e as compe-
tências de liderança.
DR
Livros à venda em
Av. Comb. da Grande Guerra,53,
2400 -123 Leiria
tel. 244 822 225
agenda@arquivolivraria.pt
www.arquivolivraria.pt
www.facebook.com/arquivo.livraria
| ECONOMIA | JORNAL DE LEIRIA |
TOC de Pombal
na Fenacam
Carlos Courelas, natural de Pom-
bal, tomou recentemente posse como
presidente da mesa da Assembleia
Geral da Federação Nacional das Cai-
xas de Crédito Agrícola Mútuo (Fena-
cam), em representação da Caixa Cen-
tral. Com 59 anos, é técnico oficial de
contas (TOC) e frequentou o curso
superior de Gestão Bancária. É presi-
dente do Conselho Geral e de Super-
visão da Caixa Central de Crédito Agrí-
cola Mútuo e membro do Conselho de
DR
Administração da Caixa Agrícola de
Pombal. Integra ainda várias instituições de índole social, como a
Santa Casa da Misericórdia de Pombal, o Rotary Clube e a Associa-
ção Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pombal. 
Vinho em Qualquer
Circunstância
no top
DR
O espaço Vinho em Qualquer Cir-
cunstância, na Batalha, acabou 2010
em primeiro lugar no top A Copo!,
na categoria bares, enotecas e wine
Outubro trouxe
bares. Trata-se de um top da revis-
ta Wine – A Essência do Vinho, no
mais turistas
âmbito da iniciativa Descobrir o O sector turístico registou em Outubro um aumento de 12% das recei-
vinho a copo, da responsabilidade tas com origem no mercado externo em comparação com igual mês de
desta e a ViniPortugal. Com este top 2009, de acordo com uma nota do Ministério da Economia, que cita
pretende-se distinguir os melhores dados do Boletim Estatístico do Banco de Portugal. Os valores acumu-
exemplos de serviço, aconselhamento e lados do ano de 2010, com quase 6,6 mil milhões de euros de receitas,
variedade disponível de vinho a copo, registam uma evolução positiva para o sector de 10,2% face ao ano de
informa o estabelecimento da Batalha.  2009, tendo para tal contribuído o “bom desempenho” da generalida-
DR
de dos principais mercados emissores de turistas para Portugal, desta-
cando-se, em Outubro, os mercados do Reino Unido e França, assim
Azeite como Brasil, Holanda, Estados Unidos e Itália. 
Oliveira da Produtos portugueses
Serra nas mostram-se em Paris
novelas Dar a conhecer ao mundo o que Portugal faz de melhor, enquanto
produtor de excelência ao nível da qualidade, design e inovação, é o
O azeite Lagar do Marme- principal objectivo da presença das 65 empresas portuguesas que par-
lo, produzido pela marca Oli- ticipam na Maison & Objet, principal evento internacional no universo
veira da Serra, nasceu da pri- da decoração que terá lugar de 21 a 25 deste mês em Paris, França.
meira colheita de 2010 e foi Segundo a revista Mobiliário em Notícia, Portugal ocupa o sétimo lugar
produzido no lagar recente- no ranking dos expositores internacionais, “o que demonstra a impor-
mente inaugurado em Ferrei- tância do nosso País nos exigentes palcos internacionais e o dinamis-
ra do Alentejo. É este mesmo mo deste sector na economia portuguesa”. 
azeite que aparece na novela
Laços de Sangue, em exibição
na SIC. A ideia é transmitir a
ideia de que é possível con-
cretizar os sonhos e ambições,
Plataforma ajuda
tal como acontece na ficção.
A Sovena, empresa detentora
a gerir créditos
da marca, explica que se tra- A plataforma www.creditoresponsavel.com ajuda os consumidores
ta de um azeite simbólico e a gerirem responsavelmente os seus créditos. “Sem fins comerciais, este
genuinamente excepcional, serviço tem promovido o diálogo com o consumidor, entidades de
que celebra aquilo em que acre- supervisão, associações de consumidores e população em geral, ao ofe-
dita e aposta: a recuperação e recer um conjunto de informações e serviços práticos à sociedade em
modernização do olivar por- geral”, informa a Cetelem, que lançou o serviço há dois anos e que o
tuguês.  ano passado registou 110 mil páginas visualizadas. 
Artesanato e agro-alimentar do Centro em Barcelona
A rede das Aldeias de Xisto abriu em Barcelona, Espanha, uma loja de artesanato e produtos agro-alimenta-
res oriundos do interior Centro de Portugal, representando o início da internacionalização da marca. A rede englo-
ba 24 aldeias em 14 municípios da zona do Pinhal Interior, existindo em Portugal dez lojas, uma das quais em
Casal de São Simão, Figueiró dos Vinhos. “Um dos vectores estratégicos da marca Aldeias de Xisto é a sua inter-
nacionalização. E as lojas são mais do que lojas, são postos avançados de turismo e de negócios”, disse à agên-
cia Lusa Bruno Ramos, da ADXTUR, associação responsável pelo projecto turístico. O espaço em Barcelona repre-
senta um investimento de 30 mil euros, a dois anos. O projecto engloba ainda residências artísticas de intercâm-
bio entre artesãos portugueses e designers de Barcelona “numa mescla entre o tradicional e o contemporâneo”,
em resultado do “apelo artístico muito forte” da capital da Catalunha, disse Bruno Ramos. 
DR
| JORNAL DE LEIRIA | PUBLICIDADE | 13 de Janeiro de 2011 | 21
 22 | 13 de Janeiro de 2011
BREVES
I
Leiria
Lookare abre
nos Pousos
RAQUEL SOUSA SILVA
Abriu o mês passado, nos Pou-
sos, Leiria, o salão Lookare.
Além do serviço de cabelei-
reiro, aposta na estética (tra-
tamentos de corpo, rosto, mas-
sagem, depilação e unhas de
gel e gelinho). Trata-se de um
espaço criado de raiz a pen-
sar no “conforto da cliente e
na qualidade do atendimento
e do serviço”, aponta Gisela
Monteiro, que tem larga expe-
riência no ramo. A escolha dos
Pousos prendeu-se com a
“necessidade de colmatar a
lacuna existente” nesta área.
“Foi grande o cuidado colo-
cado na decoração, feita por
um arquitecto especialista em
salões e SPA”, diz Gisela Mon-
teiro. O Lookare permitiu a
criação de três postos de tra-
balho, mas a responsável fri-
sa que não foi fácil encontrar
profissionais com a formação
adequada. Quanto aos horá-
rios, o salão funciona de segun-
da a sábado entre as 8:30 e as
20 horas, para “facilitar a vida
às pessoas”. É também por isso
que trabalha preferencialmente
por marcação.
Americana faz
54 anos
A Americana está a comemo-
rar 54 anos de actividade. A
sua primeira loja foi inaugu-
rada em 1957 e agora conta
com sete espaços (cinco em Lei-
ria, um na Marinha Grande e
outro na Batalha), onde comer-
cializa um leque de cerca de
100 mil produtos. Emprega 95
colaboradores e tem um volu-
me de vendas que ronda os 12
milhões de euros anuais, sen-
do que 60% deste valor repre-
senta as vendas no mercado
grossista e empresarial, com
cobertura a nível nacional. O
restante é relativo às vendas
ao consumidor final. I
| ECONOMIA | JORNAL DE LEIRIA |
Empresa de Leiria tem filiais em Coimbra e Lisboa
Avenida 7 vende alta costura
a baixo preço
A empresa Avenida 7, de Leiria,
está apostar na comercialização de
tecidos e retrosaria de alta costura
ao memso tempo que o atelier Panôtt,
transforma esses materiais em ves-
tuário por medida e personalizado.
Ambas as insígnias constituem a
Panoliz, empresa mãe que abrirá
ainda este ano um novo atelier em
Leiria, o CriaAtelier.
A Panoliz é uma empresa fami-
liar que iniciou actividade comer-
cial há mais de 30 anos. André Fer-
reira e Ricardo Ferreira, sócios da
empresa, aperceberam-se de “várias
lacunas no mercado nacional no
que toca à oferta de tecidos para
confecção por medida” e há cerca
de 3 anos a empresa criou a mar-
ca Avenida7 para dar continuida-
de à Panôtt, a primeira loja que se
iniciou na venda de tecidos para
André Ferreira, sócio da Avenida 7
“Não repetimos modelos e as clientes
têm noção dessa exclusividade”
Querem mostrar que a con-
fecção por medida não é ape-
nas para alguns. Como pre-
tendem fazê-lo?
Temos consciência que o que
pretendemos implica mudar men-
talidades e isso leva tempo. Mas
queremos acima de tudo quebrar
o estereótipo de que a confecção
por medida é só para algumas
pessoas. Na Panôtt conseguimos
fazer uma peça a partir de 60
euros (por exemplo o preço de
uma saia), utilizando tecidos de
excelente qualidade, garantindo
à cliente que é uma peça única,
de acordo com o seu gosto. O
PAULA LAGOA
preço total da peça é na maio-
ria dos casos inferior ao preço
da mesma nas lojas. A outra mais
valia, é que o serviço é persona-
lizado e as peças são feitas de
acordo com as medidas e formas
do corpo da cliente.
Que tipo de cliente vos pro-
cura?
São sobretudo mulheres que
gostam de estar diferentes, espe-
ciais, que procuram sentir-se úni-
cas. São mulheres muito exi-
gentes, mulheres de sucesso.
Fazemos muito toilettes para ceri-
mónias mas também trabalha-
Rei dos Frangos abre loja no Montijo
A empresa Churrasqueiras Rei
dos Frangos abriu sábado a sua
16ª loja em Portugal, desta vez
no Montijo. Este é o primeiro
espaço da sociedade de Leiria na
margem sul de Lisboa e insere-
alta costura, em Leiria, pela mão
de Deonilde Ferreira (a mãe). Seguiu-
se a abertura da Avenida7 em Lis-
boa e no ano seguinte em Coim-
bra.
A Panôtt Atelier aposta na “mão-
de-obra qualificada e no design ori-
ginal e criativo”, factores que os
sócios apontam como “determi-
nantes para o sucesso” do seu tra-
balho.
Está previsto para este ano, a
inauguração do CriaAtelier, que será
um segundo espaço de confecção,
também em Leiria, e que contará
com uma estilista em permanên-
cia.
Os tecidos são encarados, por
estes dois irmãos, como “objectos
de arte passíveis de serem vestidos”.
Por isso empenham-se numa bus-
ca contínua por aqueles que os esti-
André Ferreira mantém equipa com 30 anos
mos muito roupa do dia-a-dia.
Não repetimos modelos e as clien-
tes têm noção dessa exclusivi-
dade. Sentem-se únicas e ele-
gantes.
Essa sensibilidade é o segre-
do do negócio?
As boas empresas têm uma
relação estreita com os seus clien-
tes. Acredito que em Portugal
esta é uma premissa que os empre-
se no plano de expansão da sua
rede de lojas, “que visa alcançar
a total cobertura do território
nacional”, informa em comuni-
cado. É uma loja de take-away,
com uma oferta de produtos que
listas fabricam para elaborar as suas
colecções. Itália surge, então, como
o destino mais frequente nas suas
viagens. Na visão da empresa, o
país de Valentino, Prada, Etro, Mis-
soni, entre outros, é a principal fábri-
ca de tecidos para haute-couture
na Europa, por “apostar na contí-
nua evolução da ligação da tecno-
logia, design e matéria-prima”.
Fazer vestuário com tecidos hau-
te-couture é acessível a quase todas
as bolsas”, garantem os sócios.
O segredo, dizem está em “evi-
tar fazer stocks e, devido à con-
juntura actual, na redução das mar-
gens de lucro”. “Queremos que a
alta-costura seja acessível a todos
os que sabem valorizar vestuário
de qualidade”, refere.
Em Leiria, a Avenida 7 encon-
tra-se nos Terraços da Marachão,
sários já têm como primordial.
O nosso negócio é muito rela-
cional e as pessoas que cuidam
directamente dos nossos clien-
tes são muito atenciosas e sabem-
mimá-los. Cedemos muitas vezes
a caprichos e sabemos que isso
é um factor que nos distingue.
Qual é a principal dificul-
dade com que se deparam?
É na divulgação do negócio
inclui os habituais grelhados diá-
rios e uma ementa diferente todos
os dias, de quatro pratos tradi-
cionais portugueses. Segundo
João Santos, director-geral da
empresa, a loja do Montijo é “mais
uma localização que André Ferrei-
ra admite ter “pouca visibilidade”
mas que ao mesmo tempo “confe-
re às clientes maior discrição”, já
que a sua maioria “não gosta de
divulgar onde são confeccionados
os seus modelos”. “Há uma relação
de confidencialidade e sigilo para
com as nossas clientes”, explica o
empresário. I PL
BI
Empresa: Panoliz
Insígnias: Avenida 7 e Panôtt
Atelier
Actividade: Comércio de tecidos/
retrosaria e atelier de alta costura
Sede: Leiria
Filiais: Coimbra e Lisboa
Postos de trabalho: 11
que sentimos maior dificulda-
de. Reconhecemos que estamos
num espaço pouco visível em
Leiria, ao contrário de Lisboa e
Coimbra em que estamos em
avenidas principais [Avenida de
Roma e Rua Visconde de Luz].
Acredito que se houvesse mais
pessoas a saber da nossa exis-
tência havia muito mais pessoas
a mandar fazer roupa e as mulhe-
res andavam muito mais feli-
zes…
O que esperam de 2011?
Em 2011 queremos ter uma
relação mais próxima com as
escolas de moda, ao nível do
ensino profissional e superior.
Vamos começar a receber esta-
giários finalistas e teremos con-
dições especiais para os alunos
deste tipo de cursos. Pretende-
mos ainda estabelecer parcerias
com estas escolas e ateliers para
a realização de cursos de inicia-
ção à alta costura. Desejamos,
ainda, consolidar o nosso novo
CriaAtelier e sobretudo conti-
nuar a superar sempre as expec-
tativas dos nossos clientes com
os mais fantásticos tecidos. I
Paula Lagoa
um passo” no sentido de “pro-
porcionar a cada vez mais por-
tugueses os bons sabores da gas-
tronomia tradicional, através de
um serviço cómodo, rápido e a
preços atractivos”. I
 | JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA | 13 de Janeiro de 2011 | 23

Praga confirmada em mais três concelhos do distrito

Propagação do nemátodo ameaça

indústria da madeira
“Está-se a tratar o cancro com
aspirinas”. É assim que o empre-
sário Rui Oliveira classifica o
que se está a fazer no País em
matéria de combate ao nemáto-
do do pinheiro (NMP). Entre 2009
e 2010 foram eliminados 2,3
milhões de árvores atingidas pela
doença, a maioria das quais na
região Centro, uma das mais
afectadas. “A continuar assim,
a floresta de pinheiro está amea-
çada”, entende o responsável
pela Valco, de Leiria.
No distrito são já oito os con-
celhos onde foi detectada a pre-
sença do nemátodo, revela a
Autoridade Florestal Nacional
(AFN): Castanheira de Pera, Pom-
bal, Leiria, Marinha Grande,
Nazaré, Alcobaça, Porto de Mós
e Caldas da Rainha. O que sig-
nifica que, de Outubro para cá,
há mais três concelhos onde a
praga está confirmada (Mari-
nha, Alcobaça e Caldas).
Na Mata Nacional de Leiria
“não foi detectado nenhum foco
de infecção”, garante a AFN, que
“tem prospectado e amostrado
intensamente” aquele pinhal,
através da monitorização anual
de 119 parcelas. “Sempre que se
observam árvores com sintomas
de declínio estas são de imedia-
to intervencionadas.”
A estimativa da Associação
das Indústrias de Madeira e Mobi-
liário de Portugal (AIMMP) é que
dos 750 mil hectares de pinhei-
ro existentes em Portugal, 380
mil hectares estejam infectados.
Números que a AFN não con-
firma. “Até ao momento, foi
detectada a presença do NMP
em 12 distritos. Para cerca de
130.000 hectares de pinhal, a
percentagem de casos positivos
é 10%.”
O que se está a fazer é a tra-
tar a madeira depois de corta-
da, com choques térmicos. Uma
solução que “traz custos adi-
cionais para as empresas, que
os clientes não pagam”, diz Rui
Oliveira. Embora por enquanto
ainda esteja garantido o abas-
tecimento de pinho nacional à
indústria da madeira, o empre-
sário admite que possa ficar em
causa dentro de alguns anos, a
manter-se o actual cenário. Tam-
bém a AIMMP alerta que a
madeira de pinho pode esgotar
dentro de cinco anos se nada se
alterar.
“O combate à praga não se
tem feito”, entende igualmente
José Gaspar. O responsável pela
Sopromad lamenta que se este-
ja apenas a “minimizar os efei-
tos”, com choques térmicos à
madeira cortada, que as empre-
sas é que têm de suportar, sem
poder repercutir isso no preço
final. Também o empresário de
Leiria diz que a floresta poderá,
a prazo, estar ameaçada devido
ao nemátodo, mas não só. Acres-
centa a falta de uma política de
reflorestação e o “desleixo com
que se tratam as matas”, sendo
que “o Estado é o primeiro a dar
o exemplo nesta matéria”. I
Raquel de Sousa Silva

PUB
RICARDO GRAÇA

“Prejuízos evidentes”
para produtores
O nemátodo “continua a avançar em toda a zona Centro”, com
“prejuízos evidentes” para os produtores. Nem todos reconhe-
cem a doença e quando encontram uma árvore seca, simples-
mente cortam, levam para casa e queimam a madeira, diz Car-
los Graça, da Associação de Produtores Florestais de Alvaiázere.
O avanço da praga poderá colocar em causa o abastecimento às
empresas de madeira daquela zona e mesmo de Ourém, diz, lem-
brando a existência de uma forte indústria de mobiliário em
Vilar dos Prazeres. “O Ministério da Agricultura não terá acor-
dado a tempo para a situação e não se fez um combate eficaz
quando a praga surgiu, em Setúbal”, aponta, defendendo o
envolvimento de associações de produtores e de outras entidades
no combate. O Ministério da Agricultura homologou entretanto
protocolos no valor de 6,8 milhões de euros para que 66 organi-
zações de produtores desenvolvam acções no âmbito do Plano
Nacional de Combate ao Nemátodo.I

Empresa de Leiria

Sodicel com distinção

a nível europeu
A Sodicel, empresa de dis-
tribuição de bebidas de Lei-
ria, foi reconhecida como
uma das sociedades de maior
crescimento pela Europe’s
500, uma organização inde-
pendente sem fins lucrativos
que promove o empreende-
dorismo na Europa e que
publica anualmente uma lis-
ta com as 500 maiores empre-
sas privadas na criação de
emprego e crescimento sus-
tentado, informa a empresa
em comunicado. Esta lista é
auditada pela Dun & Brads-
treet e resulta de uma pes-
quisa e selecção num uni-
verso de 167 milhões de
empresas independentes, iden-
tificando aquelas que entre
2007 e 2009 “evidenciaram
maior crescimento, criação
de emprego e robustez eco-
nómica”. A cerimónia de entre-
ga dos prémios terá lugar dia
3 de Fevereiro no Parlamen-
to Europeu, em Bruxelas, e
contará com Gerhard Schrö-
der, antigo chanceler alemão,
que entregará os troféus às
empresas distinguidas. I
24 | 13 de Janeiro de 2011 | ECONOMIA | JORNAL DE LEIRIA |

Entidade de turismo e operador anunciam colaboração em Alcobaça

| Em Carteira |
Por Márcio Lopes

A semana começou com fortes

tensões sobre a praça lisboeta.
Na segunda-feira, o PSI20 caiu
1,6%, onde as maiores perdas
foram para o sector da banca:
o BCP a cair 3,15%, o BES 5,88
e o BPI 4,41%. Os primeiros dias
de 2011 estão a revelar-se dema-
siado tensos, no âmbito políti-
co e económico, no que diz res-
peito, uma vez mais, a um
eventual plano de ajuda inter-
nacional por parte do FMI. Na
manhã de ontem, o governo
português emitiu cerca de 1.200
milhões de euros de dívida públi-
ca. A procura foi três vezes supe-
rior a oferta, e cerca de 80% dos
títulos foram adquiridos por
agentes internacionais com uma
taxa de juro próxima dos 7% a
10 anos. Esse desempenho obri-
gacionista revela, essencial-
mente, os resultados de uma
estratégia de contactos inter-
nacionais feitos pelo governo.
Mas não é indicativo de que a
Soltrópico vai divulgar Oeste
dentro e fora do País
O Turismo do Oeste estabele-
ceu uma cooperação com a Sol-
trópico que pressupõe que este
operador trabalhe esta zona como
destino turístico, tanto dentro
como fora do País. Um “trabalho
pioneiro” que tem como objecti-
vo “chamar a atenção” para a ofer-
ta existente nos concelhos abran-
gidos pelo Turismo do Oeste, diz
António Carneiro, presidente des-
ta entidade, que espera que a par-
ceria venha a ser “frutuosa”.
O trabalho conjunto começa
já sábado, no Mosteiro de Alco-
baça, onde terá lugar uma ses-
são de trabalho destinada a mais
de uma centena de agências de
viagem que trabalham com aque-
le operador. Neste evento o Turis-
mo do Oeste vai investir seis mil
euros, mas António Carneiro refe-
RICARDO GRAÇA

chegada do FMI está, outra vez, re a existência de apoios dos

adiada.
A meio da tarde de ontem, as
bolsas europeias estavam todas
cotadas em terreno positivo com
o PSI20 a valorizar-se 1,48% e
o IBEX35 3,85%. Nos EUA, as
bolsas também estiveram em
alta devido ao sucesso da dívi-
da soberana portuguesa. Neste
exacto momento, as praças inter-
nacionais olham para a Euro-
pa como um bloco de contá-
gio. Ou seja, uma eficácia (ou
não) na emissão de dívida públi-
ca em Portugal contagia, de for-
ma positiva (ou negativa), a
dívida soberana de outros paí-
ses. Basta observar que, em Espa-
nha, os títulos bancários esti-
veram em cotação máxima
(Santander a subir 6,9%). Em
Lisboa, os bancos, que abriram
a semana em queda, voltaram
a apresentar um forte movi-
mento volátil nas últimas três
sessões: BCP a valorizar-se
3,82%, BES 2,99% e BPI 3,93%
até a tarde de ontem. A PT tem
estado a hesitar a voltar para o
patamar acima dos 10 euros por
acção, constituindo-se assim
num bom momento de com-
pra. A Jerónimo Martins man-
tém a sua consolidação nos
11,73 euros e a Galp nos 14
euros. 
PSI20 - VARIAÇÕES
EMPRESA PREÇO ( ) VARIAÇÃO%
Altri 3,321
BCP 0,558
BPI 1,32
BES 2,618
Brisa 5,175
Cimpor
EDP Energias
5,10
2,531
municípios. Destaca, ainda, a
“pronta resposta dos hoteleiros”,
já que os profissionais que esta-
rão presentes ficarão alojados
em unidades da zona de Alco-
baça e Nazaré.
Aquela iniciativa insere-se num
evento mais alargado da Soltró-
Empresa de elevação e transportes de Leiria
Trabalhadores à porta da Cariano contra salários em atraso
Vários trabalhadores da Caria-
no estiveram segunda-feira em
protesto à porta da empresa de
Leiria, especializada em serviços
de elevação e transportes, devi-
do à existência de salários em
atraso. “Estão desesperados”, garan-
te José Valentim, da União de Sin-
dicatos do Distrito de Leiria, expli-
cando que cada operário tem, em
média, oito mil euros a haver.
Além dos salários de Novem-
Óbidos
Várzea da Rainha
com instalações até ao Verão
“É nosso objectivo construir o mais
rapidamente possível e estarmos a
funcionar nas novas instalações no
final do Verão”, aponta Zita Seabra,
presidente do Conselho de Adminis-
tração da Várzea da Rainha Impres-
+0,27
+1,45 sores (à direita na foto) que a sema-
+1,62 na passada assinou em Óbidos a
+2,83
+1,27 escritura de compra e venda do lote
+2,29
+1,08
onde a unidade de print on demand
vai instalar-se, no Parque Tecnoló-
pico, que decorre durante todo o
fim-de-semana e passa ainda por
locais como a Batalha e Óbidos.
O operador vai apresentar a sua
nova imagem, bem como o site
bro, Dezembro, do subsídio de
Natal e de parte do de férias, estão
em dívida os montantes das aju-
das relativas a deslocações. “São
valores enormíssimos, porque as
pessoas andam fora a semana
inteira. Chega a ser o dobro do
salário”, explica o dirigente.
Já em Outubro os trabalhado-
res tinham protestado devido a
salários em atraso. Depois da
denúncia houve uma interven-
DR
e as apostas para este ano, numa se de uma forma diferente no
iniciativa que terá como anfitrião mercado, substituindo os tradi-
o apresentador Francisco Men- cionais catálogos por uma revis-
des. Com todas as alterações, a ta de viagens”, refere em comu-
empresa pretende “apresentar- nicado. 
ção da Autoridade para as Con- so. Frisou ainda que, se a Caria-
dições de Trabalho e a situação no não está a conseguir pagar
regularizou-se, explica José Valen- atempadamente é porque “tam-
tim. bém não recebe dos clientes”.
Contactado para comentar o As dificuldades gerais do mer-
que se passou segunda-feira, o cado e descida generalizada dos
administrador da Cariano não res- preços, bem como a “rigidez dos
pondeu até ao fecho desta edi- contratos de trabalho” e o facto
ção. Mas a semana passada dis- de as indemnizações serem “carís-
se ao JORNAL DE LEIRIA que a simas”, foram outros aspectos que
empresa “está a tentar resolver” o empresário apontou como estan-
o problema dos salários em atra- do a estrangular a empresa. 
Alcobaça
Looking for direction
com estatuto PME Líder
A Looking for direction, de Alcobaça, acaba de
receber o estatuto PME Líder. Uma distinção a que,
à partida, não poderia aceder, por se tratar de uma
micro-empresa e o troféu PME Líder se destinar a
pequenas e médias empresas. Por isso, a distinção do
IPAMEI provocou um “sentimento especial” em Hen-
rique Silva, responsável pela Looking for direction.
“Foi uma excepção sermos analisados pelo IAPMEI,
que verificou, para além dos critérios financeiros,
igualmente as matrizes de inovação e diferenciação

EDP Renováveis 4,345 +1,76

Galp Energia 14,36 +0,42
Jerónimo Martins 11,71 +2,72
gico de Óbidos, informa a câmara. O do negócio”, refere o gerente. Para Henrique Silva,
Mota Engil 1,752 +3,06 novo espaço será muito “importante gia inovadora de impressão digital, receber o título de PME Líder é um “reconhecimen-
Portucel 2,333 +0,56
PT Telecom 8,317 -1,11 não só para os funcionários, como que permite combater stocks e des- to dos últimos anos de trabalho, da aposta arriscada
REN 2,49 -0,20 também para os clientes e para o bom perdício, imprimir com conta, peso e em sectores inovadores, da cultura empreendedora e
Semapa 8,561 +0,73
Sonae Indústria 1,80 +2,56 desenvolvimento da empresa, uma à medida das necessidades, sem tira- criativa dos recursos”. O estatuto PME Líder foi cria-
Sonae
Sonaecom
0,773
1,306
+0,26
+0,69
vez que nas actuais instalações pro- gens mínimas, poupar papel, anular do pelo IAPMEI para distinguir as empresas que se
Teixeira Duarte 0,86 0,00 visórias já não é possível crescer mais”. investimentos desnecessários, acabar tenham destacado em vários sectores de actividade.
Zon Multimedia 3,331 +0,33
Fonte: PSI20.net, em 12/01/2011
A VRI “vem revolucionar o mundo com armazéns de monos e recuperar Tem como principal benefício a facilidade de acesso
da edição, através de uma tecnolo- bons livros esgotados”.  ao crédito junto à banca. 

Acilis promoveu conferência com associados em Porto de Mós
Camilo Lourenço aconselha empresários
da região a reinventarem-se
Perceber o modelo de negócio
por trás de cada empresa e criar
valor, transformando “a imagi-
nação em criatividade”, foi o con-
selho para 2011 deixado por Cami-
lo Lourenço aos empresários
associados da Acilis que marca-
ram presença num jantar-confe-
rência, na passada sexta-feira,
em Porto de Mós.
Para o orador, que fez um diag-
nóstico da situação económica
do País, “Portugal não tardará a
entrar na ala dos infecto-conta-
giosos, onde já figuram a Grécia
e a Irlanda”. E na impossibilida-
de de actuar ao nível das gran-
des decisões, “onde só os pode-
res políticos mandam”, Camilo
Lourenço lembrou o poder que
PAULA LAGOA
os empresários têm para rein-
ventar os seus negócios e fazê-
los vingar.
O jornalista de economia vê com
bons olhos a entrada do Fundo
Monetário Internacional (FMI) em
Portugal e diz que “é preciso dei-
xar de parte o orgulho”, já que “o
FMI poderá vir fazer por nós aqui-
lo que nós não conseguimos fazer”.
Mas Camilo Lourenço lembrou o
controlo apertado a que o País fica-
rá sujeito, não podendo, depois dis-
so, “continuar a gastar o que tem
gasto e como tem gasto”.
|Opinião|
Nem todos diferentes…
nem todos iguais!
Não sei qual é a chave do sucesso,
mas a chave do fracasso é tentar
agradar a toda a gente.
BILL COSBY
Um violento incêndio atinge,
actualmente, várias empresas no
nosso País. No combate às chamas
estão dezenas de corporações de
bombeiros, mas a grande preocu-
pação dos empresários é a enorme
escassez de água. Desconhece-se a
causa do incêndio, mas a polícia
não tem quaisquer indícios de ori-
gem criminosa… Com o passar do
tempo, os empresários começam a
perceber que, face ao surgimento
de novos e mais agressivos ataques
da concorrência, se torna difícil
reduzir o impacto das chamas com
produtos e serviços comuns, pois
estes já não são capazes de satis-
fazer as necessidades e os desejos
da maioria dos consumidores.
Na verdade, o fumo sai agora
de várias instituições em catadu-
“O Estado tem pior reputação que uma casa de meninas”
Foi com exemplos práticos que
o palestrante explicou aos empre-
sários que “não existem más
empresas nem maus sectores, mas
sim maus gestores”. Marcas em
ascensão como a Google ou Real
Madrid foram exemplos de suces-
so usados pelo orador, assim como
a General Electric, há décadas no
top das empresas internacionais
pas. Chegou o momento das empre-
sas seleccionarem determinadas
áreas onde agir, pois todas come-
çam a estar conscientes que, peran-
te o cenário actual, não irão ser
capazes de recuperar todos os seg-
mentos por onde o incêndio se pro-
paga. Se, por um lado, o marketing
permite às empresas conhecer os
seus públicos para agir sobre eles
de forma eficaz, verifica-se que,
face à enorme diversidade de con-
sumidores, as empresas têm agora
de identificar partes do mercado
nucleares que consigam servir melhor.
Este processo denomina-se seg-
mentação e consiste em dividir o
mercado, grande e heterogéneo,
num certo número de subconjun-
tos, tão homogéneos quanto pos-
sível, para permitir que a empresa
adopte estratégias de marketing
diferentes para cada um desses sub-
conjuntos. Como se pode perceber,
a segmentação é a base de toda a
estratégia de marketing. Cada seg-
mento deverá ser constituído por
| JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA |
mais cotadas, ou a Kodac que ser-
viu para ilustrar como grandes
marcas desaparecem, “por não
saberem ler o mercado e anteci-
par-se às mudanças”.
Camilo Lourenço falou ainda
da fragilidade actual da banca,
que justifica com o recurso suces-
sivo ao Banco Central Europeu,
para dar resposta aos pedidos des-
grupos de consumidores que apre-
sentem o mínimo de diferenças
entre si e o máximo de diferenças
em relação aos demais segmentos.
Assim, nem se deverá tratar todos
os consumidores da mesma forma,
nem se deverá tratar todos de for-
ma diferente.
Apesar da anunciada baixa da
temperatura, se as empresas não
seguirem este plano de acção, o
incêndio continuará a propagar-
se. Para deixar de ver as chamas
aumentarem, as empresas deverão
especializar-se em segmentos e pas-
sar a conhecer, ao pormenor, as
suas necessidades e seus receios.
Infelizmente, se as empresas não
tomarem consciência deste facto,
o incêndio tenderá a ficar cada vez
mais ameaçador, pelo que as estra-
tégias deverão mudar o mais rápi-
do possível. Assim, em vez de con-
tinuarem a cavar 20 poços de um
metro – cada um para encontrar
água –, as empresas devem estu-
dar bem a sua situação e apostar
apenas numa zona com um gran-
de poço de 20 metros, de forma a
garantir a quantidade de água neces-
sária a próximos incêndios que a
concorrência e a economia deixam
adivinhar... 
Cristela Bairrada
sugestão.fordoc@gmail.com
Assoc. Nacional de Jovens For-
madores e Docentes (FORDOC)
13 de Janeiro de 2011 | 25
Anunciados
vencedores do
concurso de
montras de Natal
1º Casa Trovão, artesanato,
Batalha
2º ADN Space, pronto-a-ves-
tir, Leiria
3º Chic & Trendy, sapataria,
Porto de Mós
4º Sónia Cláudia, cabeleirei-
ro, Batalha
5º Túlipa, florista, Porto de
Mós
MENÇÕES HONROSAS
Ana Alexandra Beato, pron-
to-a-vestir, Porto de Mós
João Ratão, pronto-a-vestir,
Leiria
Oksana, florista, Leiria
medidos de empréstimos realiza- dado da Acilis. À conta de “mui-
dos pelos portugueses na última tos disparates económicos” que
década. “Passámos a viver à rica sustentou com gráficos da des-
e a gastar mais do que podíamos pesa pública e da produção do
.Perdemos a credibilidade e sem País, Camilo Lourenço afirmou
financiamento aos bancos os cré- que “o Estado Português tem pior
ditos vão atingir taxas de juro reputação que uma casa de meni-
cada vez mais altas.” nas”. 
Nem só a credibilidade da ban-
ca foi desvalorizada pelo convi- Paula Lagoa
PUB
PROCURA-SE
PARCERIA, INVESTIDOR
Empresa de direito Angolano na área da Engenharia
procura parceria, investidor para implementação, con-
solidação da sua actividade em Angola, nos sectores
de:
 Abastecimento e Tratamento de Água
 Centrais de extinção de incêndio
 Energia Hídrica e Térmica
 Automação, Electricidade e Instrumentação
 Formação Técnica
 Serviços e Manutenção Industrial
Para mais informações contactar para o email sarpi-
co57@gmail.com ou para os seguintes contactos tele-
fónicos:
Portugal: +351 934 464 766
Angola: +244 922 391 286
 26 | 13 de Janeiro de 2011 | ECONOMIA | AUTOMÓVEL | JORNAL DE LEIRIA |

Veículo debita 767cv

Porsche desenvolve
superdesportivo híbrido
DR

Milagres
Track-Day
acelera
no sábado
O Kartódromo de Leiria, em Mila-
gres, Leiria, recebe no próximo
sábado, 15 de Janeiro, o primei-
ro Track-Day Rallye Verde Pino
2011. O evento terá inicio às 15
horas e será disputado em cir-
cuito fechado. A utilização de
capacete é obrigatória e a orga-
nização pede o cumprimento das
seguintes regras de segurança. A
partida será dada por indicação
dos comissários de pista e dado
o sinal de partida, a equipa deve-
rá arrancar imediatamente, ini-
ciando-se a prova no momento
em que cruzar a linha de parti-
da e terminando no momento
em que o concorrente cruzar a
linha de meta no final de três
voltas e quatro passagens pela
meta. A participação é gratuita
para os concorrentes já inscritos
A Porsche, marca representada
na região pelo Centro Porsche Lei-
ria, em Leiria, apresentou mais um
veículo de propulsão híbrida, depois
de o ter feito com o modelo Cayen-
ne. Desta vez, contudo, é muito
pouco provável que o 918 RSR,
sigla dada ao projecto, chegue ao
grande público reservado prova-
velmente, só para alguns sortudos.
É que este veículo é a síntese com-
pleta dos melhores e mais bem suce-
didos conceitos híbridos desenvol-
vidos e aplicados em 2010. Apresenta
a forma de um coupé de dois luga-
res de motor central e utiliza a mecâ-
nica do 911 GT3 R Hybrid (utiliza-
do nos circuitos de Nurburing
Nordschleife, na American Le Mans
Series e na ILMC, na China) e o
design do 918 Spyder.
Agora a Porsche está a transfe-
rir a tecnologia testada na compe-
tição para o 918 RSR, a versão de
competição do concept car 918 Spy-
der.
Em termos de design, este 918
to. Um ventilador à vista, situado
entre os tubos de entrada de ar e
um spoiler traseiro de grandes
dimensões marcam o aspecto geral
do conjunto.
As cores escolhidas são o “azul
cromo líquido metalizado” e o “laran-
ja híbrido Porsche” para as pinças
de travão e franjas longitudinais.
O motor é um V8, de injecção
directa, que desenvolve uma potên-
cia de 563 cv às 10.300 rpm, com-
binado com dois motores eléctri-
cos nas duas rodas dianteiras que
contribuem com 75 kW cada. No
total, a potência chega aos 767 cv.
A potência adicional vem pelo
armazenamento da energia gera-
da durante a travagem e armaze-
nada num acumulador de inércia.
Os dois motores eléctricos do 918
RSR oferecem a função torque vec-
toring, que varia a distribuição do
binário para o eixo dianteiro nas
curvas.
Ao tocar um botão, o condutor
pode dispor de uma energia carre-
FOTOS: DR

no Rallye Verde Pino 2011, sen-
do que a participação fora deste
evento custa 50 euros. A inscri-
ção pode ser realizada através do
telefone 244 851 424 ou pelo
email geral@ndml.pt. 
lembra alguns dos mais belos mode-
los de competição produzidos pela
marca alemã nos idos de 1970, com
cavas das rodas “musculadas”, entra-
das de ar dinâmicas e um posto de
condução preparado para um pilo-
gada e armazenada no acumula-
dor inercial e utilizá-la durante a
aceleração ou numa manobra de
ultrapassagem. Nesse caso, o acu- para os dois motores de 75 kW, ou durante oito segundos.
mulador inverte a sua função, geran- seja, um total de 150 kW adicio- Um híbrido que não é para brin-
do a energia eléctrica suplementar nais no eixo dianteiro, disponíveis cadeiras, certamente. 

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TE-ATO
Empresa de comércio de peças para camiões
(Grupo - Teatro de Leiria) BPN com nova delegação
Sábado | 15 de Janeiro | 21h30
em Albergaria-a-Velha
A BPN - Comércio de Peças para Camiões, procura da melhoria contínua do serviço
Lda, empresa com sede em Leiria, abriu prestado aos nossos clientes”.
TEATRO DO ELÉCTRICO recentemente mais uma unidade, desta vez
em Branca, Albergaria-a-Velha. O novo espa-
Além de Leiria, onde se situa a sede da
empresa, a BPN desenvolve a sua activida-
ço desdobra-se em armazém e serviço de de em Carregado e Matosinhos, onde tam-
A PORTA FECHOU-SE atendimento e venda ao público de peças
para veículos pesados.
bém possui unidades comerciais e de arma-
zém.
E A CASA ERA PEQUENA Ramiro Santos, sócio-gerente da empre-
sa, explica que a resolução de expandir a
“A nova unidade de negócio irá propor-
cionar um serviço de qualidade e maior pro-
Uma Comédia de Imóveis BPN para Albergaria-a-Velha está inserida ximidade aos clientes daquela região”, adian-
nas medidas do seu plano estratégico.”Na ta Ramiro Santos. 

RICARDO NEVES-NEVES e VÍTOR OLIVEIRA à frente de um grande elenco

Opel Astra conta com novo membro da família

Sports Tourer apresentada
Depois de, na semana passada, a convite da Auto Industrial de Leiria, o JORNAL
DE LEIRIA ter testado a nova Astra Sports Tourer, um veículo de grande qualidade
que, além de prometer fazer furor no mercado nacional, é facilmente confundido
com o seu irmão, Insígnia, do segmento acima, eis que esta versão carrinha chegou
ao mercado no fim-de-semana.
Durante dois dias, a empresa de Leiria e a Opel mostraram o mais recente ele-
Sala Jaime Salazar Sampaio - R. Pedro Nunes | Duração aproximada 1 hora | Bilhetes 10€ mento da família alemã e deram a conhecer também um novo motor a gasolina de
texto e encenação | RICARDO NEVES-NEVES 1.4l turbo, que produz 120 cv ou 140 cv, dependendo do modelo.
luz e cenário | JOANA MENDÃO São oito motores diferentes, a diesel e gasolina, com potên-
Ilustração e Grafismo | PEDRO FROIS MENESES
Fotografia | RAQUEL ALBINO
cias situadas entre os 95 cv e os 180 cv. Destaque para
Apoio à Sonoplastia | SÉRGIO DELGADO os propulsores 1.3l diesel, com 95 cv, e 1.7 CDTI,
Produção | RICARDO NEVES-NEVES e RITA CRUZ de 125, e para o enorme espaço interior
deste modelo que será, sem dúvi-
da, um sucessor nos segmentos
familiar e profissional. 
DR
 C U R TA S . A D V O G A D O D O D I A B O . E N T R E V I S TA . O B R I G AT Ó R I O . A G E N D A
O MELHOR DO MUNDO SÃO AS CRIANÇAS.
MAS HÁ DÚVIDAS?
MUSICALMENTE/MARTA VIDANES
Nos Pousos, Leiria, e na Sociedade Artística
Musical dos Pousos todos o sabem; os Concer-
tos para bebés são um caso raro de sucesso. As
actuações de músicos de raiz clássica destina-
das a crianças de berço esgotam todos os espec-
táculos e a internacionalização é o próximo pas-
so. E nem é um passo assim tão grande, uma
vez que, nos últimos anos, a equipa liderada pelo
maestro Paulo Lameiro já pisou palcos nórdicos,
espanhóis e até chineses.
A nível internacional, ninguém trabalha, a
título permanente, com públicos com idades
inferiores a 18 meses, mas aqueles músicos de
Leiria já o fazem há 12 anos e sempre com suces-
so.
A Musicalmente, empresa que existe desde
2006 e que serve de suporte à internacionaliza-
ção, gestão, marcação de datas ou acesso a legis-
lação dos Concertos para bebés, conta já com
datas marcadas para 2012, na América do Sul,
e no ano seguinte, no Japão.
Mas, afinal, qual é o segredo do sucesso?
Não há apenas um factor decisivo, mas se fos-
se necessário ilustrar apenas uma razão, essa
teria de ser os próprios bebés. A equipa dos Con-
certos para bebés derrete-se, literalmente, com
os pequenitos sempre que inicia um espectácu-
lo. “Muitas vezes, estamos tão emocionados e
envolvidos como os pais e bebés que nem sen-
timos que estamos ali a trabalhar”, confessa Pau-
lo Lameiro.
É a empatia, os laços emocionais e afecti-
vos, a cumplicidade entre músicos, pais e crian-
ças que estão, afinal, na base do segredo do
sucesso dos Concertos para bebés. E a plateia é
mesmo muito difícil. É que, como qualquer pai
sabe, os bebés são um público muito genuíno e
puro. “Se não gostam, mostram-no logo”, expli-
ca a produtora Rita Grácio.
Os músicos dos Concertos para bebés não
pretendem educar ou formar públicos. O que
importa acontece ali, naquele momento. É por
isso que o profissionalismo, embora não pare-
ça, de tão natural, tem de estar subjacente a
cada passo dado e a cada nota tocada.
Os concertos também têm de ser belos, não
só para as crianças, mas também para as famí-
lias. E embora a génese seja sempre a música
clássica, também há, todos os meses, uma nova
programação de concertos que explora o jazz,
o techno e até as formas mais tradicionais de
musicalidade.
A experiência é essencial e não resulta ape-
nas dos 12 anos de espectáculos, estando tam-
bém ligada ao programa Berço e à Escola de
Artes da SAMP. “Os músicos dos concertos, todos
os dias dão aulas a bebés. Essa experiência, trans-
posta para os espectáculos, fá-los parecer qua-
se mágicos, com a total atenção e dedicação
dos bebés. Eles deixam de chorar e ficam com
atenção”, explica e admite que há algum fun-
damento na ideia comum de que a música clás-
sica torna os bebés mais inteligentes. “Mas não
é uma varinha mágica que transpõe o que a
genética e cultura não fazem.”
Em 2011, a Musicalmente foi convidada a
criar um concerto para bebés com música por-
tuguesa dos séculos XVI e XVII que será apre-
sentado no Festival de Música Antiga de Antuér-
pia, Bélgica. Como os portugueses daqueles
séculos eram olhados como os maiores mestres
de polifonia vocal religiosa, a organização do
festival fez o pedido à companhia.
Nos planos para este ano está também uma
co-produção com o Centro Cultural Miguel Deli-
bes, de Valladolid, Espanha, em Outubro, com
organização de quatro concertos conjuntos.
Finalmente, os Concertos para bebés vão
marcar presença no mundo árabe, mais preci-
samente no Cairo. “A presença na capital egíp-
cia é uma oportunidade para coleccionar apren-
dizagens e diferenças culturais”, explica Paulo
Lameiro.
MESMAS IDADES, A MESMA PAIXÃO
No Orfeão de Leiria, o trabalho ao nível
musical com os mais novos dá pelo nome de
0-5. Dirige-se especificamente a crianças nes-
sas idades e assenta numa estrutura de aulas
semanais, conteúdos musicais, instrumentais
e até dança.
“É uma espécie de pré-primária da músi-
ca. Convém primeiro aprender a linguagem
Jornal de Leiria . 13 de Janeiro de 2011
musical para depois dar os passos necessá-
rios na música”, diz a professora responsável
pelo programa. Sandra Perpétuo afirma que,
quando preparadas desde muito cedo, as crian-
ças revelam uma vocação musical. “Há peda-
gogos que defendem que, quando a criança
nasce, tem 100% de aptidão musical que deve
ser explorada até aos dez anos”, explica.
Até aos três anos, os pais também parti-
cipam nas “aulas” e ficam com o ónus de pra-
ticar em casa com os filhos o que aprendem
no Orfeão. Com idades mais avançadas, as
crianças conseguem já repetir aos progeni-
tores o que aprenderam e para praticar com
eles.
Além da muita experiência, criatividade
e aprendizagem próprias, amealhadas ao lon-
go dos anos, o programa aplica os ensina-
mentos de pedagogos como Gordon, Dalcro-
ze ou Willems. “Cada grupo de crianças é
acompanhado por um professor de música e
outro de dança, que depois verifica a aptidão
de cada uma, para uma ou outra disciplina”,
explica Sandra Perpétuo.
O 0-5 começou em 1995, com o nome de
v i v e r . 2 7
Berço, tendo mudado para a denominação
actual apenas em 2002. Regularmente, as
crianças são chamadas a mostrar os seus pro-
gressos em espectáculos para outros alunos
da academia, pais e família.
Jacinto Silva Duro
 curtas

FOTOS: LUÍS LOBO HENRIQUES

Ex-Velvet
Underground
toca no TJLS
Fotógrafo de Leiria vence prémio Photo
Luís Lobo Henriques, professor na EB 2 3 D. Dinis, em Leiria, foi o vencedor do prémio da revista francesa especializada em fotografia, Photo, sobre a
temática do design. O galardão conta com o patrocínio da Pentax. A foto vencedora, explica o premiado, que desde 1984 publicou três vezes na revista, foi
feita na Livraria Lello, no Porto e apresenta a escadaria monumental do estabelecimento. “Tem uma cor fantástica. No enquadramento, apareceu-me, por
sorte, uma funcionária, vestida de negro e que, de braços abertos responde a um colega que a chama”, explica. A técnica do fotógrafo, no sítio e momen-
to certos, fez o resto. A foto em questão foi já editada no livro Sensibilidades 25, que junta 25 fotógrafos do distrito, e faz parte de uma exposição paten-
te em Pombal, sobre o mesmo livro. Pode ser vista na edição deste mês da Photo e na página de Facebook de Luís Lobo Henriques.
DR

É uma das notícias que marcam o

primeiro trimestre cultural da região este
ano. O ex-Velvet Underground, John Cale
agendou seis concertos para Fevereiro
Janeiras em Leiria
em Portugal, e um deles será em Leiria. Há dias no ano em que a tradição volta a ser o
Quem não conseguir bilhete para 24 de que era. Em pleno dia de Reis, os elementos do Can-
Fevereiro, no Teatro José Lúcio da Silva tabilis, coro da Caixa Geral de Depósitos, de Leiria,
(TJLS), pode sempre tentar em Coimbra, brindaram os clientes daquela instituição bancá-
Aveiro, Torres Vedras ou Torres Novas. O ria com uma actuação. Horas mais tarde, a Câma-
músico deverá apresentar temas do ra de Leiria abriu as portas aos ranchos folclóricos
álbum blackAcetate e uma incursão por de Barreira e Parceiros que foram cantar as janei-
vários clássicos da carreira. O bilhete ras ao presidente Raul Castro e ao vereador Gon-
custa 12.5 euros. çalo Lopes.
DR

Texas Killer Bee Queen

no Festival Termómetro
O mais recente projecto musical da região, que conta com o músico Nuno Ran-
CML

cho, dá pelo nome de Texas Killer Bee Queen e conta já com dois temas novos,
disponíveis para audição no MySpace do grupo. “Depois de termos passado ano e
meio na sala de ensaio a criar e a divertir-mo-nos, demos o primeiro concerto a
11 Dezembro. As canções foram gravadas e produzidas por nós”, explica Nuno Ran-
cho. Os temas Naturally exploding animals e Sitting duck in a field, podem ser
DR

escutados em http://www.myspace.com/texaskillerbeequeen ou na página de Face-

New York Times book, da banda. No som dos TKBQ predominam as guitarras, a voz e os arranjos

elege Guimarães de Nuno Rancho. A não perder de vista. Os Texas Killer Bee Queen foram uma das
bandas escolhidas para competir no Festival Termómetro, que se realiza no dia 20
como destino
JACINTO SILVA DURO

deste mês, no espaço Tertúlia Castelense, na Maia.

para 2011
O jornal americano The New York
Times elegeu a cidade de Guimarães
como um dos 41 destinos a visitar
este ano. A publicação considera a
localidade como “um dos pontos cul- É sexta-feira Foge comigo, em livro
turais emergentes da Península Ibé-
rica”. Guimarães é Património Mun- É sexta-feira foge comigo, do músico e escritor Pedro Miguel chega em Fevereiro às
v i v e r . 2 8

dial da Humanidade e foi escolhida livrarias em formato edição de autor. Ao todo, são 28 contos, a maior parte escritos no
para Capital Europeia da Cultura em âmbito da rubrica com o mesmo nome, editada semanalmente no semanário Região de
2012, razões pela qual o jornal con- Leiria. O lançamento será, no dia 5 de Fevereiro, na Livraria Arquivo. Pedro Miguel, tam-
sidera esta cidade como um dos pon- bém conhecido como Dj Schmeichel, já publicou na Revista 365, foi performer e actor,
tos culturais emergentes na Penín- animador do programa indie-pop Disparem Sobre o Pianista e roadie de várias bandas.
sula Ibérica.
DR

Jornal de Leiria . 13 de Janeiro de 2011

 Miguel Gonçalves Mendes, realizador de José e Pilar entrevista
“Não podemos continuar com o discurso
do fado, da saudade e do fatalismo”

discordar. Mas ele criava discussão e debate

com o que dizia. Veja-se o que aconteceu
com a publicação do livro Caim. É de enal-
tecer que, em 2010, numa época de massi-
ficação e estupidificação total, Saramago
tenha posto, em horário nobre, as pessoas a
discutir religião e teologia. Fez-nos pensar.
Costumava dizer: “não sou pessimista, o mun-
do é que é péssimo”.

Como era o amor entre José e Pilar?

Era visceral. Eram duas pessoas que se
respeitavam e amavam loucamente, sempre
sem tentar modificar o outro. E eram muito
diferentes. Ele era muito “português”: melan-
cólico e sereno. Ela muito “espanhola”: intem-
pestiva e viva. Foi uma conjugação que criou
uma equipa imbatível. Era um amor muito
adulto, respeitoso, cúmplice e de partilha.
Se um jovem com aspirações a ser rea-
lizador o abordasse, que conselho lhe daria?
Infelizmente, este é um sector muito difí-
cil e não é só em Portugal. Contudo, por cá,
as dificuldades são muito maiores porque
somos muito maus para os outros. Não é
como noutros países onde há uma competi-
ção saudável e onde o êxito se consegue com
muito trabalho. Aqui não. Se uma pessoa tem
sucesso há logo quem esteja pronto a man-
dá-la abaixo. Nunca iremos a lado algum
enquanto não nos respeitarmos a nós pró-
prios e não tivermos o respeito dos nossos
semelhantes. Dito isto, que conselho posso
dar? Que lutem e não desistam e que deixem
DR
Miguel Franco
acolhe José e Pilar
Três anos de filmagens, durante a
escrita e divulgação do livro A viagem
do elefante, resultaram num documen-
tário sobre José Saramago, o homem,
a sua relação com a sua Pilar e com o
Mundo. No documentário José e Pilar,
o realizador Miguel Gonçalo Mendes
convenceu o Prémio Nobel a expor a
sua faceta privada, criando depois uma
narrativa de ficção que mostra os seus
medos, dilemas sobre a velhice e a mor-
te, as certezas sobre Deus e a religião.
A banda sonora foi composta por Noi-
serv, contando ainda com dois fados de
Camané, e temas de Adriana Calcanho-
to, Dead Combo, Paco Ibáñez, entre
outros. Entre os dias 16 e 21, o docu-

Referiu em diversas entrevistas que o
filme José e Pilar foi também uma desculpa
para conhecer Saramago. O homem que
conheceu valeu todo o trabalho?
Valeu muito mais. Parece uma frase fei-
ta, mas fui um privilegiado. Convivi e falei
com ele e com Pilar. Eram pessoas que luta-
vam muito para tornar o Mundo um pouco
melhor. No caso do José, gostei muito do sen-
tido de humor que ele sempre manteve, não
obstante a situação de saúde debilitada que
vivia há já algum tempo.
Nem com a sombra da morte a pairar?
Não. Nunca perdeu esse sentido. Tal como
todos os mortais, tinha consciência que a vida
é finita e sabia que o seu tempo estava a
tão que atravessa todo o filme e que é: que
homem seria ele, se não tivesse conhecido a
Pilar. E, de facto, Pilar foi uma força trans-
formadora na vida do José.
Acredita que eles conseguiram tornar o
Mundo num sítio melhor?
Há pequenos actos e gestos que todos
nós podemos fazer para o melhorar. Mas
temos de ter a noção de que o Mundo onde
vivemos é miserável e injusto. Mas isso não
nos deve fazer demitir da nossa função de
cidadãos. Transformar o mundo é fazê-lo de
acordo com o nosso ponto de vista e valores.
É bonito perceber que eles não se demitiram
de agir, mesmo que, com isso, desagradas-
sem a algumas pessoas. Como povo, não pode-
o vosso trabalho falar por vós. mentário será apresentado pelas 21:30
horas, no Teatro Miguel Franco, em Lei-
Como foi o seu primeiro contacto com ria. No dia 16 haverá uma sessão às
a câmara? 15:30 e, no dia 19, às 18:30 horas. O
Quando era miúdo brinquei muito com realizador estará no Museu da Imagem
câmaras. Já nasci numa época em que era em Movimento, em Leiria, na sexta-fei-
relativamente fácil encontrá-las. Só quando ra, pelas 21:30 horas, para apresentar
cheguei à escola de cinema é que percebi que o filme.
tinha algum jeito para contar histórias com
as imagens. E o meu trabalho tem muito a
ver com o registo de determinadas realida-
des e pessoas. Dedico-me ao documentário
para registar coisas que correm o risco de
desaparecer.
O seu próximo projecto também será na
área do documentário?
Não. Vou dedicar-me à ficção com um
DR

esgotar-se. Penso que era daí que lhe vinha
a urgência em fazer as coisas. Dizia que tudo
lhe tinha acontecido demasiado tarde. Come-
çou a escrever aos 63, e foi mais ou menos
nesse momento que conheceu a Pilar. Ganhou
mos continuar com o discurso do fado, da
saudade e do fatalismo, sempre à espera da
desgraça. Se há desgraças, devemos mudar
o nosso modo de ser e de agir. Vamos lutar.
filme de terror sobre o 25 de Abril. A acção
decorrerá nas antigas instalações, em Lisboa,
da polícia política do Estado Novo, a PIDE. A
história começa depois do espaço ter sido
transformado em condomínios de luxo. Os
v i v e r . 2 9

o Nobel já com uma idade avançada... para
fazer as coisas em que acreditava tinha de
trabalhar muito e era por isso que a proxi-
midade da morte nunca foi para ele algo
depressivo ou intimidatório. Só lhe deu mais
força para continuar a lutar. Há uma ques-
Por acreditar tanto na mudança, Sara-
mago chegava a ser politicamente incor-
recto...
Defendia o que achava certo e, com isso,
abanava consciências. Claro que, depois, havia
coisas com as quais se pode concordar ou
moradores começam a ter experiências para-
normais. Com o aproximar de mais um ani-
versário da revolução, os espíritos começam
a manifestar-se. É também um ensaio sobre
o que nos tornámos, enquanto nação.
Jacinto Silva Duro
DR

Jornal de Leiria . 13 de Janeiro de 2011

DR

Aldeia Global
Estando sentado no sofá sueco (fabricado na China) do meu
estúdio em Helsínquia a ver a BBC na minha televisão japonesa
(fabricada em Espanha) a escrever este artigo no meu computa-
dor fabricado na República da China, bebendo o meu café italia-
no ocorre-me escrever sobre a Aldeia Global (sendo eu próprio
um produto da mesma).
Ao mencioná-la, não me refiro apenas ao conceito habitual-
mente ligado às telecomunicações, mas ao facto de hoje o mun-
do estar interligado a todos os níveis. Usamos no nosso dia-a-dia
objectos provenientes dos quatro cantos do mundo, a economia
europeia é influenciada por uma crise nos bancos dos Estados
Unidos, temos uma lei europeia que unifica parâmetros em vez
de haver 27 diferentes [um por cada país da União] e recebemos
todos dias notícias de acontecimentos a milhares de quilómetros
de distância.
Começando pela rua da Aldeia Global que nos diz mais res-
peito, a União Europeia. As pessoas não se apercebem, mas gran-
de parte das leis locais são simplesmente a transposição de direc-
no ponto
Tenho de admitir que muito me apraz caminhar pelas
ruas da zona histórica de Leiria e reparar que muitos dos
edifícios que se encontravam degradados nos meus tem-
pos de liceu se encontram restaurados e de cara lavada.
Pena algumas aberrações efectuadas, especialmente na
zona ao redor da Sé.
v i v e r . 3 0
ÇA
AÇA
RICAQRDO GRA
RICARDO GR
Jornal de Leiria . 13 de Janeiro de 2011
DR
junior s Duarte
cientifi
c office
Agency r, na European
tivas europeias. Muitas delas positivas, tentando uniformizar os
valores de protecção do consumidor, de defesa do ambiente, de
protecção da saúde humana. O problema é que, muitas vezes, se
tentam decalcar directamente ideias de uns países para os outros
quando, alternativamente, estas se deveriam adaptar às diferen-
tes realidades. Tendo já vivido em quatro países europeus dife-
rentes apercebi-me de que o que é perfeito aqui na Finlândia irá
funcionar completamente ao contrário, por exemplo, em países
como Portugal.
Somos, infelizmente, cada vez mais uma monocultura, vemos
os mesmos filmes, lemos os mesmos livros, comemos a mesma
comida. Deveria haver uma partilha cultural e não uma imposi-
ção, como maioritariamente acontece.
Interessante também, é o facto de consumirmos produtos vin-
dos de pontos longínquos. É neste ponto que encontro um dos
maiores erros da nossa Aldeia Global. Não faz sentido nenhum
um país importar bens que ele próprio poderia produzir. Se um
país tem a capacidade de produzir 70% dos cereais de que tem
em
a ria
banho m
Espero que as ETAR que venham resolver de uma
vez por todas os problemas dos efluentes originados
pelas muitas suiniculturas da região. Ainda assim, mes-
mo depois do encerramento e desmantelamento das
duas unidades da experiência anterior falhada, gos-
tava que um dia o meu pai possa levar os netos a pes-
car no mesmo rio onde ele, na juventude, o fez.
Lisboa
, Helsín Chemic
quia als
necessidade, então só deveria comprar os 30% de que necessita,
e não importar 70% e deitar fora ou deixar de produzir os restan-
tes 40%. Além de contribuir para uma balança de transacções
mais equilibrada, melhoraria a economia a nível local e pouparia
um gasto supérfluo de energia. Grandes multinacionais deveriam
produzir um produto num país, se o quisessem vender aí. Cada
país deveria importar apenas as coisas que não produzisse.
Mas o mais estranho nesta Aldeia Global é ver países, supos-
tos paladinos da liberdade, a atacar países do outro lado do mun-
do com pretensas desculpas para encobrirem óbvios segundos
interesses e depois nada fazerem com países vizinhos daquele que
atacaram, com regimes iguais ou ainda mais déspotas, só porque
os príncipes que os governam lhes prestam vassalagem e lhes
abrem as portas aos tesouros subterrâneos.
Depois claro, temos todos os meios de informação, que entram
pela nossa vida dentro, e que por vezes nos deveriam informar
mais em vez de desinformar…
uentado
req
Num ano de eleições presidenciais podemos ter eleições
legislativas. Temos todos os partidos à espera de medir a
pulsação do eleitorado para decidir o próximo passo. Infe-
lizmente, a falta de uma figura política fracturante que
agite as águas, fará com que tinhamos apenas mais do
mesmo. Como diz o povo, sábio, só mudam as moscas.
GRAÇA
RICARDO
DR

RICARDO GRAÇA
DR
Orfeão de Leiria estreia
Gloria, de Vivaldi
A Escola de Música do Orfeão de Leiria - Conservató-
rio de Artes vai reunir em concerto as orquestras Pagani-
ni e Luís de Freitas Branco e o seu próprio coro de câma-
ra para uma actuação conjunta inédita da obra Gloria, de
António Vivaldi. O concerto que se realiza na sexta, dia 14,
às 21 horas, na igreja de São Francisco, inclui ainda actua-
ções a solo de cada um dos grupos.
É sábado,
vamos ao Te-Ato
Um imóvel procura casa nova e outro abre-lhe a por-
ta. O comprador e o mediador da agência lançam-se do
alto de uma cascata e partem em busca de uma casa ou
de uma gruta ou de uma melancia fresquinha onde o imó-
vel possa habitar. A companhia de teatro de Leiria, Te-Ato,
com o Teatro do Eléctrico, apresenta, A porta fechou-se e
a casa era pequena, comédia, com duração de uma hora
DR
e protagonistas pouco prováveis. A encenação é de Ricar-
do Neves-Neves. O pano sobe no sábado, às 21:30 horas,
na sala do Te-Ato. O preço do bilhete é de 10 euros.
GRAÇA
RICARDO
DR
Quente, doce obrigatório
e bom
Esta semana, aproveitando os dias frios de
Inverno, sugerimos um passeio até ao Praça
Caffé, na Praça Rodrigues Lobo, em Leiria, para
tomar um chocolate quente da marca hot choc
melt. Feita com chocolate belga a “quente bebi-
da” resulta da infusão de um “chupa-chupa” de
chocolate em leite quente. A vantagem deste
processo é que somos nós quem decide quan-
do é que basta de chocolate. Ideal para aque-
cer as mãos e o coração.
LEITURAS
DA SEMANA
José Saramago - Nas Suas
Palavras
FERNANDO GÓMEZ AGUILERA
Pare, Escute, Olhe e pense EDITORA: CAMINHO
«Creio que me fizeram todas as per-
É um dos DVD incontornáveis neste ano e já chegou ao mercado. Pare, escute, guntas possíveis. Eu próprio, se fosse
olhe faz um retrato desapaixonado e perturbador das consequências da interiorida- jornalista, não saberia o que pergun-
de e de décadas de más políticas administrativas e falsas promessas em Trás-os- tar-me. O mal está nas inúmeras entre-
vistas que tenho dado. Em todo o caso,
Montes usa a Linha do Tua como fio condutor. Nos últimos anos, populações enve-
tenho o cuidado de responder seria-
lhecidas ficaram cada vez mais esquecidas em aldeias subitamente isoladas pelo fim
do comboio, retirado com o pretexto de construção de uma barragem. A pouco e
mente ao que se me pergunta, o que
me dá o direito de protestar contra a
pouco, a identidade do povo transmontano vai também submergindo. A realização
do documentário, vencedor da edição de 2009, do DocLisboa, é de Jorge Pelicano.
frivolidade de certos jornalistas a quem
só interessa o escândalo ou a polémi-
ca gratuita.» Este livro percorre a vida
de José Saramago através de um vas-
to conjunto de entrevistas que ele foi
dando ao longo dos tempos.
Petersburgo
ANDREI BÉLI
EDITORA: RELÓGIO D'ÁGUA
“As quatro maiores obras-primas em
prosa do século XX são, por esta ordem:
'Ulisses', de James Joyce; "A Metamor-
José e Pilar, história de amor fose", de Kafka; "Petersburgo"; e a pri-
meira metade do conto de fadas de
e respeito Proust "Em Busca do Tempo Perdido".
Vladimir Nabokov.
A história de Petersburgo decorre no
Incontornável será, na próxima semana, uma ida ao Teatro Miguel Franco, em Leiria, Outono de 1905 e inclui reaccioná-
assistir ao filme/documentário José e Pilar. Este filme conta de forma quase literária, ou não rios, niilistas, uma tentativa de parri-
v i v e r . 3 1
fosse sobre o único Prémio Nobel português de Literatura, a forma como, durante os quase cídio e uma bomba escondida numa
quatro anos que levou a escrever Memória de Elefante, Saramago amou, viveu e pensou. O lata. No entanto, a personagem prin-
filme de Miguel Mendes fica pela cidade até dia 21, com sessões às 21:30, excepto no dia cipal é mesmo a cidade que dá título
ao romance. No coração do livro está
16 que também terá uma sessão às 15:30 e, no dia 19, às 18:30 horas. O preço dos bilhe-
a questão que durante gerações tem
tes varia entre os 3,5 euros e os quatro euros. Mais informações podem ser solicitadas atra- atormentado os russos: a identidade
vés do telefone 244 839 680. nacional.
Jornal de Leiria . 13 de Janeiro de 2011

agenda
Eventuais alterações ou cancelamentos às datas e horários
indicados para os eventos desta agenda
são da responsabilidade dos seus organizadores
A R T E S
Inauguração do teatro
em exposição
DR
O TEATRO ONTEM E HOJE, exposição composta por imagens
que contam a história da primeira pedra para a construção do
Teatro José Lúcio da Silva, é inaugurada dia 15, sábado, naque-
le espaço cultural em LEIRIA. A ver até 6 de Fevereiro. A concep-
ção é do m|i|mo – museu da imagem em movimento
TIJOLO PARADE, exposição realizada pelos alunos da Escola Bási-
DR
ca e Secundária de Maceira, a partir do dia 15 até 27 de Feve-
reiro, no castelo de LEIRIA. Subordinada ao tema da Diversidade
cultural, tem como objectivo aliar a arte a uma nova abordagem
da cultura visual e a importância da cultura local, de uma vila
industrial, como a Maceira
RICARDO GRAÇA
Exposição de JOÃO VAZ DE CARVALHO na galeria da Livraria
Arquivo, LEIRIA, até 10 de Fevereiro
NEGATIVO POSITIVO, exposição de pintura, escultura, desenho,
gravura e fotografia, da Fundação EDP, no m|i|mo – museu da
imagem em movimento, LEIRIA, até 1 de Maio
GRAFITOS MEDIEVAIS DO MOSTEIRO DA BATALHA, na Casa-
v i v e r . 3 2
Museu João Soares, Cortes, LEIRIA, até 30 de Abril
O Armazém das Artes, ALCOBAÇA, tem patente até 27 de Feve-
reiro, exposições de ROGÉRIO RIBEIRO, ALBERTO CARNEIRO
JOSÉ AURÉLIO
O ÍCONE – ESPELHO INVISÍVEL é uma exposição da pintora Isa-
Jornal de Leiria . 13 de Janeiro de 2011
bel Sales Henriques, patente no Panteão Régio do Mosteiro de
ALCOBAÇA, até 28 de Fevereiro
SENSIBILIDADES 25, exposição de 25 fotógrafos da região, na
galeria do Teatro-Cine de POMBAL, até 6 de Março
SÃO MARTINHO NA ARTE POPULAR, exposição patente até dia
31, no Museu de Arte Popular Portuguesa, POMBAL
VILMA LIBANA – ARTE DA GRAVURA EM VIDRO, exposição no
Museu do Vidro, MARINHA GRANDE, até 27 de Março
Exposição de pintura, intitulada CERZIDEIRAS, de Fátima Olivei-
ra Pinto, no Museu Joaquim Correia, MARINHA GRANDE, até dia
31
Exposição de fotografias antigas, acompanhada de mostra bibliográfi-
ca de autores do concelho, até dia 31, no átrio da Biblioteca Municipal
da MARINHA GRANDE, para assinalar a passagem de mais um ano sobre
DR
os acontecimentos do 18 DE JANEIRO DE 1934. Sábado, pelas 16 horas,
será também inaugurada, na galeria municipal (Jardim Stephens), uma
exposição com trabalhos dos alunos da Escola Secundária Acácio Cala-
zans Duarte, patente até dia 30
QUEM SÃO ELES, evocação dos 40 anos da galeria Ogiva, ÓBI-
DOS, com exposição de trabalhos de 35 jovens criadores da Esco-
la Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha. A mostra fica
patente até 10 de Abril
L E T R A S
Poesia e exílio em tertúlia
À Conversa com... SÉRGIO GODINHO a propósito das canções, dos
livros e de uma vida, dia 15, pelas 18 horas, na Livraria Arquivo,
LEIRIA
TERTÚLIA POÉTICA com almoço, numa iniciativa do Nariz – Tea-
tro de Grupo, sábado, 15, pelas 13 horas, no Recreio dos Artistas,
em Pousos, LEIRIA (Travessa Florbela Espanca, Zona Industrial dos
Pousos). Depois do debate moderado por José Félix, o tema de dis-
cussão é Poesia e Exílio. Segue-se convívio com leitura de poe-
mas pelos participantes da tertúlia, ficando o convite: traz um
poema teu ou de outro poeta)
ESTAFETA DE CONTOS, dia 19, quarta-feira, pelas 10:30 horas,
na Biblioteca Municipal de POMBAL. É um evento organizado pela
Biblioteca Municipal de Beja
C R I A N Ç A S
Sérgio Godinho
para os mais novos
História infantil O PRIMEIRO GOMO DA TANGERINA, de
Sérgio Godinho e com ilustração de Madalena Matoso, sába-
do, 15, às 16 :30 horas, na Livraria Arquivo, LEIRIA. A ani-
mação cabe a Liliana Gonçalves
TARDES NA CASA-MUSEU JOÃO SOARES, em Cortes, LEI-
RIA, quarta-feira, 19, a partir das 15 horas, para alunos do
2º CEB, com quebra cabeças para descobrir
C I N E M A
Facebook no Miguel Franco
A REDE SOCIAL, filme do realizador Pierre David Fincher, em
exibição no Teatro José Lúcio da Silva, LEIRIA, segunda-feira,17,
pelas 21:30 horas. Certa noite, no ano de 2003, Mark Zucker-
berg senta-se ao computador e começa a trabalhar numa nova
ideia. Aquilo que inicialmente era apenas uma mistura de pro-
gramação e blogging, cedo se tornou numa rede social à esca-
la mundial (Facebook), que revolucionou a forma de comuni-
car. Seis anos e 500 milhões de amigos depois, Mark Zuckerberg
é o mais novo bilionário da história... mas o sucesso vai trazer-
-lhe também problemas pessoais e legais
ALCOBAÇA
CINE-TEATRO
O Americano domingo, às 17:00 e 21:30 . Segunda às 21:30 horas
BATALHA
AUDITÓRIO MUNICIPAL
A Tempo e Horas sexta a segunda, às 21:30 horas
CALDAS DA RAINHA
VIVACINE CINEMAS
De Quinta a Quarta-feira
O Turista (Sala 1) 13:30, 16:10, 18:30, 21:10, 23:30 horas
O Americano (Sala 2) 13:25, 15:40, 18:00, 21:35, 23:50 horas
Tron-O Legado (Sala 3) 14:00, 17:00, 21:00, 23:45 horas
Sammy VP (Sala 4) 11:00 (domingos e feriados), 13:50 horas
Não Há Família Pior (Sala 4) 16:00, 18:40, 21:20, 23:35 horas
O Diabo (Sala 5) 13:40, 15:50, 18:20, 21:15, 23:10 horas
LEIRIA
CASTELLO LOPES CINEMAS - C. C. LEIRIASHOPPING
De Quinta a Quarta-feira
Tron: O Legado 3D (Sala 1) 13:00, 15:50, 18:40, 21:40, 00:15* horas
Entrelaçados 3D VP (Sala 2) 12:55, 15:00, 17:10, 19:15 horas
Skyline - O Alvo Somos Nós (Sala 2) 21:20, 23:50* horas
O Preço da Traição (Sala 3) 13:30, 16:10, 18:30, 21:30, 00:20* horas
A Tempo e Horas (Sala 4) 13:20, 15:30, 18:20, 21:00, 23:30* horas
A Última Estação (Sala 5) 12:50, 15:20, 18:10, 21:10, 23:40* horas
Não há Família Pior (Sala 6) 13:40, 16:00, 19:00, 21:15, 00:00* horas
O Turista (Sala 7) 13:10, 15:40, 18:50, 21:50, 00:10* horas
* Sessão válida 6ª e Sáb
CINEMA CITY
De Quinta a Quarta-feira
Tron: o legado 3D (Sala 1-D) 13:30, 16:00, 18:30, 21:30, 00:00*** horas
Não há família pior (Sala 2-K) 13:45, 15:45, 17:50, 19:55 , 22:00, 00h05***
horas
O turista (Sala 3) 11:30****, 13:55, 16:10, 18:20, 21:40, 00:10*** horas
As aventuras de Sammy (VP) (Sala 4-V) 11:40*, 14:20**, 16:20 horas
Burlesque (Sala 4-V) 18:25, 21:45, 00:20*** horas
A tempo e horas (Sala 5-L) 13:35, 15:35, 17:35, 19:35, 21:35 , 23:55*** horas
Encontros em Nova Iorque (Sala 6-S) 14:00, 15:55, 20:00, 22:05 horas
Imparável (Sala 6-S) 17:55, 00:15*** horas
Megamind 3D VP (Sala 7) 13:40** horas
Entrelaçados 3D VP (Sala 7) 11:30* , 15:40, 17:45, 19:50 horas
Tron: o legado 3D (Sala 7) 21:25, 00:05 horas
* Preço reduzido - Só exibe sábados, domingos e feriados
** Preço reduzido - todos os dias
*** Só exibe sextas, sábados e vésperas de feriado
**** Só exibe sábados, domingos e feriados
TEATRO JOSÉ LÚCIO DA SILVA
Rede Social, segunda-feira às 21:30 horas
TEATRO MIGUEL FRANCO
José e Pilar, domingo às 15:30 e 21:30 horas. Segunda a quarta, às 21:30. Quarta
às 18:30 horas
CINE-TEATRO MONTE REAL
Oh, não! Outra vez tu?
sexta a domingo às 21:30 horas. Domingo às 15:30 horas
OURÉM
CINETEATRO
Jogo limpo
sábado às 21:30 horas.
POMBAL
POMBALCINE
Jogo Limpo sexta, sábado e segunda às 21:00 horas. Domingo às 16:00 e 21:00 horas
 E V E N T O S D A N Ç A T E A T R O
José Saramago nos livros Bailarinos de Leiria em palco A desconstrução teatral
e na tela BENNY HALL, do projecto teatral Esticalimógama (Paulo Lima
e Ricardo Vaz Trindade) hoje, às 21:30 horas, no Teatro Miguel
Franco, LEIRIA. É uma paródia à excessiva intelectualização
do teatro, interpretada por uma pianista e dois actores, a par-
tir dos diálogos do filme Annie Hall, de Woody Allen

O Teatro do Eléctrico apresenta sábado, 15, às 21:30 horas,

na Sala Jaime Salazar Sampaio, LEIRIA, a comédia A PORTA
FECHOU-SE E A CASA ERA PEQUENA, com Ricardo Neves-
Neves e Vítor Oliveira

3 EM LUA DE MEL, comédia com Marina Mota e Carlos

DR
A COMPANHIA DE DANÇA DE LEIRIA, com os bailarinos André
de Campos, Inesa Markava, Joana Rodrigues, Maria Borges, Mar-
garida Lopes e Sofia Bichão, apresenta sábado, 15, às 21:30 horas,
DR
Cunha, sábado, 15, às 21:30 horas, e domingo, às 16:30 horas,
no Teatro José Lúcio da Silva, LEIRIA
RETRATANDO O 18 DE JANEIRO DE 1934, pelo Grupo de
Teatro do Sport Operário Marinhense, sábado, 15, às 16 horas,
naquela colectividade, MARINHA GRANDE

no Teatro Miguel Franco, as coreografias Não me amas, meu amor?,

À conversa com...MIGUEL GONÇALVES MENDES, a propósito do de Clara Leão e A sesta de um Fauno, de André de Campos
seu filme José e Pilar, amanhã, 14, pelas 18:30 horas, na Livraria
Arquivo, LEIRIA. No mesmo dia, pelas 21:30 horas, no m|i|mo –
PUB
museu da imagem em movimento, haverá declamação de poe-
mas de José Saramago, a que se segue a projecção do documen-
tário JOSÉ E PILAR e uma conversa com o referido realizador.
Entrada livre. Este filme estará em exibição, a partir de domingo,
16, no Teatro Miguel Franco

Amanhã, 14, às 15 e 16 horas, a Casa dos Pintores - Oficina de

Arqueologia, LEIRIA, organiza mais uma visita guiada DA CASA
DOS PINTORES À OFICINA DE ARQUEOLOGIA. Destinada ao
público em geral tem um limite máximo 10 participantes (mar-
cação prévia)

Visualização do Dvd com a reconstituição teatral dos aconteci-

mentos do 18 DE JANEIRO DE 1934, dia 18, às 14:30 horas, na
sala multimédia da Biblioteca Municipal da MARINHA GRANDE.
Sob direcção e encenação de Norberto Barroca, o filme contou
com numerosos actores e figurantes anónimos

ROUXINOL FADUNCHO, personagem representada pelo conhe-

cido actor Marco Horácio, é um dos atractivos da Festa em hon-
ra de Santo Amaro e Santo António, Ortigosa, LEIRIA, que decor-
re a partir de amanhã até dia 17. Não faltam ainda bandas
filarmónicas, ranchos folclóricos e grupos musicais. Sexta-Feira
da Festa é dedicada aos jovens, com bandas de garagem da região
de Leiria

M Ú S I C A
Tributo a Ary dos Santos
DR

ARY O POETA DAS CANÇÕES, num tributo a José Carlos Ary dos
Santos, dia 18, às 21:30 horas, no Teatro José Lúcio da Silva, LEI-
RIA. Canções históricas como Desfolhada, Canção de Madrugar,
Cavalo à Solta, Tourada ou Estrela da Tarde, tocadas e cantadas
v i v e r . 3 3

de forma inovadora e contemporânea, com recurso a diferentes

linguagens, géneros e estéticas musicais: clássica, contemporâ-
nea, jazz, fado e world music. Este espectáculo nasceu da vonta-
de de QuimZé Lourenço, cantor, actor, músico, arranjador e pro-
dutor português que, depois das bem sucedidas experiências da
Broadway e da West End, juntou uma nova e consagrada gera-
ção de músicos portugueses

Jornal de Leiria . 13 de Janeiro de 2011

34 | 13 de Janeiro de 2011
I Desporto I

GD Alvaiázere não perde no seu campo há mais de dois anos

Na serra mandam os serranos

Chamem-lhes serranos, o que
quiserem. A verdade é que quem
visita o Estádio Municipal de Alvaiá-
zere volta para casa com uma tris-
te história para contar. Há mais de
dois anos, desde o dia 23 de Novem-
bro de 2008, que o Grupo Despor-
tivo de Alvaiázere não sabe o que
é perder no seu campo. E até essa
derrota foi na secretaria…
Há equipas que transformam o
seu reduto num campo inexpug-
nável, onde é difícil alguém ven-
cer. Seja pelo apoio dado pelos adep-
tos, pelas dificuldades de adapta-
ção dos adversários às medidas do
Estádio, ou por algum factor inex-
plicável, é essa a realidade do Gru-
po Desportivo de Alvaiázere, equi-
pa que representa a pequena vila
no interior do distrito de Leiria na
Divisão de Honra de futebol.
Passaram 33 jogos ou 781 dias
desde a última derrota sofrida pela
equipa orientada por Paulo Neves
e mesmo essa, frente ao Pelariga,
foi decretada na secretaria pela
Associação de Futebol de Leiria.
“Disseram que havia um jogador
RICARDO GRAÇA

mal inscrito”, lamenta o treinador.

Com uma subida à Divisão de
Honra da Associação de Futebol de
Leiria pelo meio, os dias passam,
os adversários vão sendo sucessi-
vamente derrotados e não há quem
pareça incomodar o Alvaiázere no
seu reduto. São nada mais, nada
menos do que 30 vitórias alcança-
das e apenas três empates conce-
didos. Derrotas, nem uma.
Mas afinal de onde vem o segre-
do para tantos sucessos em casa?
Será do consumo do chícharo, uma
planta leguminosa com grande tra-
dição nesta região e rica em lípi-
dos, hidratos de carbono, fósforo e
potássio? Entre os adeptos mais
velhos há quem diga que sim, mas
não é essa a versão oficial.
Segundo o presidente, Mário
Bruno Gomes, são dois os motivos
para haver, em pleno Pinhal Inte-
rior, uma equipa de futebol que não
quer deixar mal os seus adeptos.
Por um lado, “a alma serrana”, de
“antes quebrar que torcer” dos atle-
tas, a maior parte originária de
Alvaiázere. O outro, o treinador,
uma espécie de José Mourinho da
serra. “Nunca vi ninguém traba-
lhar tão bem todos os aspectos do
treino. Ele tem os jogadores na mão.”
Já o técnico Paulo Neves aponta a
qualidade e a formação pessoal dos
jogadores, “a maior parte com cur-
so superior” e as “óptimas condi-
ções de trabalho” para o sucesso da
equipa.
A verdade é que ainda há mui-
to adversários que os vêem como
“serranos”, como se os “pudessem
enganar”. “Nós fingimos que sim.
É algo que joga a nosso favor”,
salienta Paulo Neves. Mário Bruno
Gomes até gosta que os tratem assim.
“Há quem não tenha nada, mas os
alvaiazerenses têm a serra para se
poderem orgulhar”, diz. Ao fim de
13 jornadas, o Alvaiázere ocupa a
quinta posição da Divisão de Hon-
ra da Associação de Futebol de Lei-
ria, mas já a distantes 10 pontos do
líder Ginásio de Alcobaça. Em casa
tem cinco vitórias e um empate.
Foram, uma vitória, três empates e
três derrotas.
E o futuro do clube, que para
esta época tem um orçamento de
80 mil euros, como será? O sonho
de regressar à 3ª Divisão, onde o
clube fundado em 1979 esteve em tos praticantes de desporto como
duas ocasiões (82/83 e 85/86), exis- Alvaiázere habitantes.” Por isso,
te, mas bem presente está a reali- pese as “excelentes” condições exis-
dade de um “pequeno concelho do tentes para a prática do desporto
interior com não mais de sete mil no concelho, o importante é “for-
habitantes”. E o presidente dá o mar homens e atletas”. I
exemplo. “Alcobaça deve ter tan- Miguel Sampaio
O goleador de nome estranho
Mobarq é o nome do melhor marcador do Alvaiázere na edição
2010/11 da Divisão de Honra da AF Leiria, com sete golos. Com
este nome poderíamos imaginar ser algum argelino ou marroquino
perdido nos distritais. Nada disso. Ricardo Fernandes é louro, tens
olhos azuis e é bem português, natural do concelho do clube que
representa. Mobarq é uma alcunha que ganhou por os pais terem
uma loja de mobiliário, os Móveis de Barqueiro. Na foto, é o
segundo a contar da esquerda. I

|Opinião|
Sapatos de corrida
com regresso às origens
Aqueles que têm mais anos de
vida lembram-se de verem mui-
tos dos atletas africanos corre-
rem descalços em diferentes com-
petições, em especial nos cam-
peonatos mundiais de corta mato
e já a dominarem o panorama
internacional. Quem se lembra
de Zola Bud, uma britânica/sul
africana que também achava que
tirava melhor rendimento des-
portivo correndo sem os sapatos
específicos para o meio-fundo.
Tudo isto me veio à memória ao
ler um artigo no “Mundo da Cor-
rida” suplemento da revista atle-
tismo, sobre um modelo de sapa-
tos/sapatilhas que à primeira vis-
ta mais parecem um prolonga-
mento do próprio pé. E depois
surgem as evidências. Os mode-
los da maioria das conceituadas
marcas de calçado desportivo
não satisfazem em pleno as neces-
sidades de reforço de todo o sis-
tema locomotor. Não é bem um
regresso às origens, mas antes
uma constatação de que muitas
das actuais lesões dos corredo-
res têm a ver com o facto de os
sapatos de corrida protegerem
tanto que enfraquecem os pés e
contrariam o seu movimento
natural, trazendo maiores pre-
juízos do que benefícios para os
corredores. Agora a necessidade
de fazer exercícios de reforço
para os músculos dos pés é uma
evidência. Num estudo feito no
final de uma competição de estra-
da, em finais da década de 80, o
mesmo concluiu haver uma rela-
ção entre o preço das sapatilhas
e o número de lesões. Os corre-
dores com sapatilhas de valor
superior a 60 tinham o dobro da
probabilidade de se lesionarem
do que aqueles que usavam sapa-
tos de corrida de valor inferior a
50 . Diversos especialistas, des-
de biomecânicos a treinadores,
incluindo os maiores interessa-
dos, os atletas, vamos consta-
tando que quanto mais confor-
to menos protecção a sapatilha
acaba por oferecer com algumas
lesões no membro inferior a terem
aqui a sua origem. Uma das pre-
venções das lesões pode mesmo
por passar por correr descalço
em pisos relvados em alguns trei-
nos, ou numa parte dos mesmos
ou só no retorno à calma. Pés
mais fracos podem ter conse-
quências negativas no sistema
locomotor.
Para os mais curiosos as cita-
das sapatilhas apelidam-se de
“Vibram Five Fingers” e pare-
cem trazer muitos benefícios ao
corredor. Terei de constatar se
realmente todas as qualidades
referidas são verdadeiras. O arti-
go não refere experiências na
marcha atlética, quem se candi-
data? Bem, para já o preço não
é propriamente uma pechincha
(cerca de 100 ) o que faz pensar
que se calhar, para fortalecer os
pés é melhor mesmo regressar às
origens. As empresas de calçado
desportivo, mas não só, apro-
veitam-se sempre da novidade.I
Carlos Carmino,
Professor e técnico nacional de
Marcha Atlética da Federação
Portuguesa de Atletismo
 | JORNAL DE LEIRIA | DESPORTO | 13 de Janeiro de 2011 | 35

Sociedade da UDL sem listas candidatas nas eleições de segunda-feira FUTEBOL

João Bartolomeu abdica Liga ZON Sagres

Resultados
Académica-P. Ferreira 0-0
Classificação
J P

de administrar SAD
FC Porto-Marítimo 4-1 1 FC Porto 15 41
Nacional-Beira-Mar 0-0 2 Benfica 15 33
Portimonense-V. Setúbal 3-4 3 Sporting 15 26
Rio Ave-Olhanense 0-1 4 U. Leiria 15 24
Sporting-Sp. Braga 2-1 5 V. Guimarães 15 22
A “falta de apoio e de reconheci- MENOS 10 MIL de 2010/11, com quase o triplo dos U. Leiria-Benfica 0-3 6 Nacional 15 22
V. Guimarães-Naval 1-2 7 Beira-Mar 15 20
mento por parte da Câmara Muni- Entretanto, a União de Leiria rece- espectadores da partida com o Spor-
Próxima jornada (16 de Janeiro) 8 Sp. Braga 15 20
cipal de Leiria” foram alguns dos beu a visita do Benfica (0-3) no domin- ting (4.870), mas longe dos núme- Académica-Benfica 9 Olhanense 15 19
motivos apresentados pelo actual go. Um jogo em que se sentiu a fal- ros de visitas anteriores dos encar- FC Porto-Naval 10 Académica 15 19
conselho de administração da SAD ta de Carlão e de Silas, tal foi a ino- nados: 17.760 em 2003/4, 15.289 em Nacional-Rio Ave 11 V. Setúbal 15 17
da União de Leiria, em comunicado, perância ofensiva da equipa de Pedro 2004/5 e 16.796 em 2005/6. Portimonense-Sp. Braga (14 Jan.) 12 Marítimo 15 16
para não apresentar uma lista aos Caixinha. Mas também faltaram 10 Sporting-P. Ferreira (15 Jan.) 13 P. Ferreira 15 16
órgãos sociais para o quadriénio mil pessoas relativamente à época REVOLUÇÃO U. Leiria-Beira-Mar 14 Rio Ave 15 14
2011/2014. anterior. João Bartolomeu, garantiu que V. Guimarães-Olhanense (15 Jan.) 15 Portimonense 15 9
Apesar de deter a maioria do capi- Será da crise ou dos oito pontos seriam sete os jogadores a abando- V. Setúbal-Marítimo 16 Naval 15 8
tal social da empresa, João Bartolo- dos encarnados em relação ao FC nar o plantel em Janeiro. Além de
meu mostrou-se indisponível para Porto? Já se sabe que são os adep- Carlão (Kashima Antlers) e Silas (AEL
continuar, uma situação, no míni- tos do Benfica que enchem o está- Limassol), também Diego Gaúcho saiu Liga Orangina
mo, caricata. A assembleia geral da dio em Leiria, mas a verdade é que para o Brasov, da Roménia, e Rena-
empresa decorreu segunda-feira, ten- depois do entusiasmo da temporada to Saldanha foi cedido ao Fátima. Art- Resultados Classificação
do o presidente da mesa, João Car- passada, o número de espectadores huro já rescindiu. Quanto a entradas, Aves-Santa Clara 2-1 J P
los Barreiras Duarte, anunciado que reduziu quase para metade. No dia depois do ponta-de-lança Baptiste, Belenenses-Oliveirense 3-3 1 Feirense 13 24
vai marcar nova reunião magna para 20 de Setembro de 2009, 22.676 chegou Manuel Iturra, médio-defen- Estoril-Feirense 0-1 2 Oliveirense 13 21
eleições dos corpos sociais da SAD espectadores estabeleceram um novo sivo emprestado pela Universidade Fátima-Sp. Covilhã 1-1 3 Arouca 13 20
Freamunde-Leixões 3-3 4 Trofense 13 20
em Fevereiro. O JORNAL DE LEIRIA recorde de assistência no Magalhães do Chile. Os avançados Ogude, que
Penafiel-Gil Vicente 2-2 5 Leixões 13 18
tentou ouvir uma reacção do presi- Pessoa. alinhou na equipa B do Barcelona, e Trofense-Arouca 0-1 6 Gil Vicente 13 18
dente da autarquia, que não quis Esta temporada os números fica- Parienté, que jogou na formação secun- Varzim-Moreirense 1-1 7 Varzim 13 17
tecer comentários. ram bastante aquém, não foram mais dária do Paris Saint-Germain, cum- Próxima jornada (16 de Janeiro) 8 Penafiel 13 17
de 12.506, ainda assim a melhor casa prem período de testes. I Arouca-Leixões 9 Estoril 13 16
Belenenses-Varzim 10 Aves 13 16
Feirense-Aves (15 Jan.) 11 Santa Clara 13 16

Cerimónia decorreu no intervalo do jogo com o Benfica Gil Vicente-Estoril

Moreirense-Fátima
(15 Jan.) 12
13
Moreirense
Sp. Covilhã
13
13
16
15
Oliveirense-Penafiel 14 Freamunde 13 14

União de Leiria homenageia históricos Santa Clara-Freamunde

Sp. Covilhã-Trofense (15 Jan.)
15
16
Belenenses
Fátima
13
13
14
10

2ª Divisão – Zona Centro

Resultados Classificação
Anadia-Pampilhosa 4-0 J P
Boavista-Esmoriz 2-2 1 Tondela 14 28
Coimbrões-Gondomar 1-1 2 Sertanense 14 27
Sertanense-Padroense 1-1 3 Padroense 14 26
Sp. Pombal-Eléctrico 2-2 4 Boavista 14 22
Tondela-Sp. Espinho 0-2 5 Tourizense 14 20
Tourizense-Cesarense 2-0 6 Coimbrões 14 20
União Serra-Aliados Lordelo 0-1 7 Anadia 14 20
Próxima jornada (16 de Janeiro) 8 Gondomar 14 20
Aliados Lordelo-Tondela 9 Aliados Lordelo 14 19
Cesarense-Anadia 10 Sp. Espinho 14 18
Eléctrico-Sertanense 11 Esmoriz 14 17
Esmoriz-Sp. Pombal 12 Pampilhosa 14 17
Gondomar-União Serra 13 União Serra 14 14
Padroense-Coimbrões 14 Sp. Pombal 14 13
Pampilhosa-Boavista 15 Cesarense 14 11
Sp. Espinho-Tourizense 16 Eléctrico 14 7

PUB
LUÍS MENDES

Fernando Encarnação, José Ferreira, Paulo Sarraipa, José Fabião, Joaquim Marques, Manuel da Quitéria (filho) e Mário Cruz

A União de Leiria quer voltar a ter peso social na cida-
de e mostra agora ser um clube com memória. No domin-
go, no intervalo do jogo com o Benfica (0-3), os res-
ponsáveis aproveitaram a ocasião para homenagear três
nomes que ficam indelevelmente ligados à memória da
instituição, José Fabião e os já desaparecidos Manuel da
Quitéria e Aníbal Ferreira.
O empresário do ramo da serração, Aníbal Ferreira,
falecido em Dezembro, foi administrador da SAD e vários
anos chefe do departamento de futebol. Sócio número
149, chegou a liderar o clube num período de transição,
tendo estado na final da Taça de Portugal perdida para
o FC Porto. Foi o seu filho José Ferreira quem esteve
presente na homenagem
Faz três anos em Fevereiro que faleceu outro dos
homenageados, Manuel da Quitéria, sócio-fundador
número 26, ele que durante cinco anos explorou os bares
da União de Leiria no antigo estádio. Foi o criador, há
48 anos do restaurante com o seu nome, um dos mais
antigoa da cidade e que ainda hoje é explorado pelo
filho. Acima de tudo, era da União de Leiria.
Aos 80 anos, o fotógrafo José Fabião, sócio-funda-
dor número 122, recebeu uma camisola da União de
Leiria com o seu nome. Foi o responsável por muitas
das fotos que acabam por contar os 45 anos da histó-
ria do clube. Foi correspondente fotográfico dos jor-
nais Record, Diário de Notícias, O Século e O Primeiro
de Janeiro.
A cerimónia contou com a presença do ex-presi-
dente Joaquim Marques, do actual líder do clube, Mário
Cruz, e dos vice-presidentes, Fernando Encarnação e
Paulo Sarraipa. I
36 | 13 de Janeiro de 2011 | DESPORTO | JORNAL DE LEIRIA |

FUTEBOL Fernando Encarnação “encantado” com o apuramento de juvenis e juniores da União de Leiria
3ª Divisão – Série E
Resultados
1º Dezembro-Crato
Alcochetense-Sintrense
1-0
1-1 1
Classificação

1º Dezembro
J
13
P
27
“Recebemos o dobro
do que damos”
Caldas-Peniche 0-2 2 Sintrense 13 22
Malveira-Tojal 2-3 3 Alcochetense 13 22
Odivelas-Bombarralense 0-1 4 Caldas 13 21
Sacavenense-Oeiras 4-0 5 Peniche 13 20
Próxima jornada (16 de Dezembro) 6 Sacavenense 13 18
Bombarralense-Caldas 7 Crato 13 16
Pensavam que era só
Malveira-1º Dezembro 8 Tojal 13 16
Oeiras-Crato 9 Oeiras 13 15
Rúben Brígido, Mika e Jar-
Peniche-Sacavenense 10 Bombarralense 13 14 del? Preparem-se! Há deze-
Sintrense-Odivelas 11 Odivelas 13 13 nas de talentos a sair da Aca-
Tojal-Alcochetense 12 Malveira 13 12 demia de Futebol da União
de Leiria com talento para
Divisão de Honra – AF Leiria representar a equipa princi-
Resultados Classificação
pal. Uma prova? As equipas
Alcobaça-Guiense 2-1 J P de juniores e de juvenis garan-
Alq. Serra-Pataiense 1-0 1 Alcobaça 13 32 tiram, no passado fim-de-
Biblioteca-Ansião 2-2 2 Portomosense 13 23 semana, o apuramento para
F. Vinhos-Gaeirense 1-2 3 Nazarenos 13 23 a fase seguinte das respecti-
GRAP-Portomosense 2-1 4 Alq. Serra 13 23 vas competições. A caminho
Marrazes-Beneditense 4-3 5 Alvaiázere 13 22 está também a equipa de ini-
Pedroguense-Alvaiázere 0-0 6 Beneditense 13 21 ciados.
SL Marinha-Nazarenos 1-0 7 Guiense 13 19
Fernando Encarnação,
Próxima jornada (16 de Janeiro)Ac. 8 Pataiense 13 18
vice-presidente para o fute-
Alcobaça-Alvaiázere 9 Marrazes 13 18
Ansião-GRAP 10 GRAP 13 17
bol de formação da União de
RICARDO GRAÇA

Beneditense-Biblioteca 11 SL Marinha 13 16 Leiria anda nas nuvens. “Estes

Gaeirense-Pedroguense 12 Pedroguense 13 13 feitos enchem-nos de orgu-
Guiense-Marrazes 13 Biblioteca 13 11 lho. Recebemos o dobro do
Nazarenos-F. Vinhos 14 F. Vinhos 13 11 que damos. Os grandes res- Entre os mais novos, Rúben Brígido é visto como um ídolo
Pataiense-SL Marinha 15 Ansião 13 11 ponsáveis são os técnicos, os
Portomosense-Alq. Serra 16 Gaeirense 13 6 jogadores e seus pais, a quem lo da pequenada é um homem nem por uma vez treinam no ções físicas. Por isso, apesar
temos de agradecer a dedi- da casa: Rúben Brígido. campo inteiro, sendo vulgar de lutarmos por vencer todos
FUTSAL cação.” O apuramento, no Apesar de sentir que a for- haver três e quatro equipas os jogos que entrarmos, não
caso dos juniores, é inédito mação “está no caminho cor- a dividir o espaço. E só isso apontamos à vitória nos cam-
1ª Divisão e os juvenis igualaram a recto”, Fernando Encarna- “impede” a União de Leiria peonatos. É tempo de todos
Resultados Classificação melhor classificação de sem- ção sabe que o sintético dis- de poder lutar pelos títulos. fruirem e receberem a paga
FJ Antunes-Alpendorada 12-0 J P pre. ponível é mais do que insu- “Sob o ponto de vista huma- de todo o esforço feito.” I
Freixieiro-Belenenses 3-0 1 Benfica 15 41 Este é, pois, “um momen- ficiente. Prova disso é que no estamos ao nível dos
Fundão-Inst. D. João V 3-4 2 Sporting 15 38 to de grande motivação” no juniores, juvenis e iniciados melhores. Faltam as condi- Miguel Sampaio
Modicus-Boticas 3-3 3 Belenenses 15 38 departamento de futebol de
Rio Ave-AMSAC 3-7 4 Inst. D. João V 15 29 formação. A Academia de
Sporting-Mogadouro
V. Olivais-Benfica
5-0
0-10
5
6
Freixieiro
Boticas
15
15
27
24
Santa Eufémia, criada há três
anos, já funciona a todos o
José Dominguez treina juvenis
Próxima jornada (15 de Janeiro) 7 Fundão 15 23
Alpendorada-Belenenses 8 FJ Antunes 15 19 gás e esta semana outro valor Leiria parece estar mesmo na moda. Depois de Sá Pinto, outra estrela de
AMSAC-Modicus 9 Modicus 15 17 – Ricardo Cardoso - foi cha- outrora ingressa na União. O técnico que vai conduzir os juvenis na fase
Benfica-FJ Antunes 10 AMSAC 15 16 mado a um estágio da selec- final chama-se... José Dominguez. Devido a motivos profissionais, o trei-
Boticas-V. Olivais 11 V. Olivais 15 14 ção nacional. Mais um “reco- nador que levou a equipa ao terceiro lugar da primeira fase, José Rocha,
Inst. D. João V-Rio Ave 12 Rio Ave 15 11 nhecimento” do trabalho que teve de abandonar o País. Agora é a vez daquele que enquanto jogador
Mogadouro-Fundão 13 Alpendorada 15 4 é feito. representou Benfica, Sporting e Tottenham. “Tivemos conhecimento que
Sporting-Freixieiro 14 Mogadouro 15 1 Mas há mais! Há um “sen- José Dominguez estava disponível e estabelecemos um contrato até ao
timento enorme de comu- final da temporada. Pensamos que vai ser uma mais valia devido à expe-
2ª Divisão – Zona Sul nhão”, dos mais pequenos riência que teve nos melhores clubes. Aumenta, também, a visibilidade do trabalho da forma-
Resultados Classificação
aos mais velhos. E, caso nun- ção”, entende Fernando Encarnação. I
Amarense-SL Olivais 2-3 J P ca antes visto, o grande ído-
Boa Esperança-Cascais 3-5 1 Leões Porto Salvo 11 33
CPCD-Independentes 4-4 2 SL Olivais 11 26
Leões Porto Salvo-Torpedos 6-2 3 Loures 11 23
Louletano-Vila Verde 5-3 4 Operário 11 22 Carlos Martins pretende apresentar “ideias novas”
Loures-Albufeira 5-3 5 Cascais 11 22
São João-Operário 3-5
Próxima jornada (15 de Janeiro)
Albufeira-São João
6
7
8
Torpedos
Amarense
Albufeira
11
11
11
22
16
13
Presidente do GRAP quer candidatar-se
Independentes-Louletano
Leões Porto Salvo-Cascais
Operário-CPCD
9
10
11
São João
Louletano
CPCD
11
11
11
12
10
10
à Associação de Futebol de Leiria
SL Olivais-Boa Esperança 12 Vila Verde 11 7 Carlos Martins, presiden- na Associação, Carlos Mar- 16 anos. Foi um dos funda-
Torpedos-Loures 13 Boa Esperança 11 7 te do Grupo Recreativo Ami- tins pretende apresentar “ideias dores da Escola de Futebol
Vila Verde-Amarense 14 Independentes 11 1 gos da Paz (GRAP) deverá novas”. “Tenho a certeza que Vasco da Gama e esteve liga-
liderar uma lista de candi- determinadas coisas, se efec- do ao departamento de fute-
3ª Divisão – Série C datura aos órgãos sociais da tuadas de maneira diferente, bol juvenil do Centro Des-
Resultados Classificação Associação de Futebol de Lei- funcionariam melhor”, diz. portivo de Fátima. Em 2006
AM Portela-Unidos Cacém 5-2 J P ria (AFL), cujas eleições se Assim, acredita que poderia passou a viver em Leiria, no
Burinhosa-Granja Ulmeiro 4-1 1 Ereira Benfica 11 31 realizam em Março. “Tudo melhorar alguns aspectos ano seguinte entrou no GRAP
Caldas-Ext. Benedita 2-4 2 Venda Nova 11 27 começou numa conversa com menos positivos do funcio- como responsável pela for-
Coruche-Eléctrico 2-5 3 Vilaverdense 11 22 um dirigente de um outro namento da AFL, “sempre no mação e em 2008 foi eleito
Ereira Benfica-União Leiria 5-4 4 AM Portela 11 19 clube, que me disse que eu, sentido de ir ao encontro das presidente, cargo que deve-
Ladoeiro-Os Patos 6-3 5 União Leiria 11 19
com as minhas ideias e capa- necessidades dos clubes”, rá deixar amanhã, sexta-fei-
Vilaverdense-Venda Nova 4-7 6 Eléctrico 11 18
cidade de trabalho, poderia designadamente “a urgência ra, já que está marcada uma
DR

Próxima jornada (15 de Janeiro) 7 Burinhosa 11 17

Eléctrico-Ladoeiro 8 Ext. Benedita 11 15
oferecer muito à AFL. Pas- de angariar árbitros, a buro- assembleia geral no clube de
Ext. Benedita-Coruche 9 Ladoeiro 11 15 sado uma semana fui con- fez-se em Dezembro e, a par- cracia das inscrições, o apoio Pousos e é certo que o pro-
Granja Ulmeiro-AM Portela 10 Caldas 11 14 tactado por esse mesmo diri- tir daí, a minha intenção de aos clubes, o formato dos tor- fessor, de 46 anos, não se
Os Patos-Ereira Benfica 11 Unidos Cacém 11 10 gente, informando-me que me candidatar começou a neios de futebol 5 e 7, ou o manterá à frente da institui-
Unidos Cacém-Caldas 12 Os Patos 11 10 já tinha contactado outros ganhar forma.” futsal”. ção. Está assim livre para
Venda Nova-Burinhosa 13 Granja Ulmeiro 11 6 clubes, que pretendiam encon- Sem pôr em causa o tra- Carlos Martins tem uma aceitar o “desafio”. I
Vilaverdense-União Leiria 14 Coruche 11 0 trar-se comigo. Essa reunião balho feito nos últimos anos experiência de dirigismo de MS
 | JORNAL DE LEIRIA | DESPORTO | 13 de Janeiro de 2011 | 37

Torneio na Gândara acolhe gigantes e em São Romão joga-se derby feminino ANDEBOL

Leiria capital do andebol 1ª Divisão feminina – Zona Sul

Resultados
Ac. Coimbra-Assomada 17-42
Classificação
J P

no fim-de-semana
Passos Manuel-Juve Lis 30-32 1 Madeira SAD 13 39
Próxima jornada (15 de Janeiro) 2 Gil Eanes 11 31
Ac. Coimbra-Passos Manuel 3 Juve Lis 13 31
Gil Eanes-Porto Salvo 4 Col. João Barros 12 30
Juve Lis-Col. João Barros 5 Sp. Madeira 13 29
Não, nem a Juve, nem o João de Bar- SIR 1º Maio-Assomada 6 Porto Salvo 13 24
Sp. Madeira-Madeira SAD 7 Assomada 12 20
ros, muito menos a Sismaria conquis-
8 Passos Manuel 13 19
taram o título nacional. O que se pas- 9 SIR 1º Maio 13 15
sa é que tanto no sector feminino como 10 Ac. Coimbra 13 13
no masculino, Leiria vai acolher no pró-
ximo fim-de-semana do melhor que há
ao nível no andebol nacional. 2ª Divisão masculina – Zona Sul
O Atlético Clube da Sismaria orga-
niza, no pavilhão da Gândara, a pri- Resultados Classificação
Almada-Camões 19-27 J P
meira edição do Torneio Cidade de Lei-
Alto Moinho-Passos Manuel 26-28 1 Marítimo 13 35
ria, em andebol sénior masculino. Ben- Ginásio Sul-Marítimo 23-31 2 Passos Manuel 14 32
fica, Sporting e ABC, três das melhores AC Sismaria-Juve Lis (5 Fev.) 3 Camões 14 31
equipas nacionais, fazem companhia Paço Arcos-V. Setúbal (5 Fev.) 4 AC Sismaria 13 30
aos anfitriões no quadrangular. Para Próxima jornada (15 de Janeiro) 5 V. Setúbal 13 29
sábado estão marcadas as meias-finais. Juve Lis-Paço Arcos 6 Ginásio Sul 14 29
Às 16:30 horas joga-se o Sismaria – Marítimo-Alto Moinho 7 Alto Moinho 14 27
Sporting e duas horas depois o Benfi- Passos Manuel-Camões 8 Paço Arcos 13 22
ca – ABC. Domingo, pelas 15 horas, dis- V. Setúbal-Ginásio Sul 9 Juve Lis 13 17
puta-se o jogo de atribuição do tercei- AC Sismaria-Almada (22 Fev.) 10 Almada 13 16
ro lugar, estando a grande final previs-
ta para as 17 horas. Todos, mas mesmo
todos os grandes nomes vão estar pre-
sentes, seja Carlos Carneiro, Humberto 3ª Divisão masculina – Zona Centro
Gomes ou Bosko Bjelanovic. Resultados Classificação
Para o técnico da Sismaria, Pedro ABC Nelas-Tondela 29-25 J P
Violante, este torneio deve ser enten- Ac. Viseu-Ac. Coimbra 28-23 1 Samora Correia 13 33
dido como “um momento para disfru- Almeirim-Batalha AC 24-30 2 Benavente 12 32
tar na companhia dos melhores do País”, NDA Pombal-Samora Correia24-29 3 ABC Nelas 13 27
“que serve para adoçar a boca aos sim- Benavente-Albicastrense (22 Jan.) 4 Ac. Coimbra 13 27
patizantes da modalidade e aos próprios Próxima jornada (15 de Janeiro) 5 SIR 1º Maio 12 25
Ac. Coimbra-SIR 1º Maio 6 Ac. Viseu 12 25
jogadores”. No entanto, a parte com-
Albicastrense-Ac. Viseu 7 Almeirim 13 25
RICARDO GRAÇA

petitiva não pode ser colocada de par- Batalha AC-ABC Nelas 8 Batalha AC 12 24
te, já que, “ao mesmo tempo serve para Samora Correia-Benavente 9 Albicastrense 12 19
alavancar o rendimento da equipa por Tondela-NDA Pombal 10 NDA Pombal 13 19
forma a abordarmos a parte final da 11 Tondela 13 18
primeira fase do campeonato no máxi- pas que garantiram na temporada pas- Paulo Félix terá de estar ao seu melhor
mo”. A equipa da Estação procura garan- sada um lugar nas competições euro- nível para bater uma Juve cada vez mais
tir um lugar na fase final da 2ª Divisão. peias, apesar de favorita, a equipa de forte. I

DERBY HÓQUEI EM PATINS

Também no sábado, às 17 horas, no Colégio em terceiro na Supertaça
Centro Desportivo da Juve Lis, dispu-
ta-se mais um clássico do andebol femi- Disputou-se no passado fim-de-semana, em Coimbra, a Supertaça de ande- 2ª Divisão – Zona Sul
nino. Bem encaminhadas para alcan- bol feminino. O Colégio João de Barros foi eliminado na meia-final pelo Madei-
Resultados Classificação
çar um lugar na fase final do Nacional ra SAD (20-26), equipa que viria a conquistar o troféu pelas 12ª vez consecu- Alenquer-Sesimbra 3-2 J P
da 1ª Divisão estão tanto a equipa da tiva, depois de bater na final o Gil Eanes. No jogo de atribuição do terceiro lugar, Biblioteca-Stella Maris 13-0 1 Tigres Almeirim 13 33
casa como o Colégio João de Barros, de a turma de Paulo Félix bateu o Colégio de Gaia por esclarecedores 32-21. I Campo Ourique-Paço Arcos 1-5 2 HC Turquel 13 32
Meirinhas. Num jogo entre duas equi- HC Sintra-Santa Clara 5-3 3 Paço Arcos 13 31
HC Turquel-Liga Algés 8-2 4 Oeiras 13 29
Juv. Ouriense-Ac. Amadora 7-8 5 Juv. Ouriense 13 26
Na temporada passada foram 254 os inscritos, nesta já são 193 Nafarros-Parede
Oeiras-Tigres Almeirim
4-3
5-1
6
7
Biblioteca
HC Sintra
13
13
22
21
Próxima jornada (15 de Janeiro) 8 Liga Algés 13 18

Juventude Vidigalense foi o clube Ac. Amadora-Alenquer

HC Sintra-Biblioteca
Juv. Ouriense-Parede
9
10
11
Sesimbra
Campo Ourique
Ac. Amadora
13
13
13
16
15
14

nacional com mais atletas em 2009/10 Liga Algés-Nafarros

Paço Arcos-Santa Clara
Sesimbra-Campo Ourique
12
13
14
Alenquer
Parede
Nafarros
12
13
13
12
11
9
Tal como em 2008/9, a Juventude ninos, com 23 e 22 federados, res- ro de viaturas do clube e à quanti- Stella Maris-Oeiras 15 Santa Clara 13 5
Vidigalense (JV) foi o clube portu- pectivamente. dade de técnicos não viabilizar a movi- Tigres Almeirim-HC Turquel 16 Stella Maris 12 1
guês com mais atletas inscritos na O número de atletas de 2009/10 mentação de mais praticantes”. Na
Federação Portuguesa de Atletismo foi, contudo, inferior aos 301 atletas época que decorre, o clube de Leiria
(FPA) na temporada transacta. Segun- filiados em 2008/9, facto explicado tem já 193 inscritos, o que leva à crer
do dados da FPA, a instituição de Lei- no site oficial da JV: “uma opção que, no final, o número de atletas será
3ª Divisão – Zona Centro
ria teve 254 atletas filiados, seguida estratégica que surgiu devido ao núme- semelhante. I Resultados Classificação
pelo Benfica com 229 e o Marítimo Arazede-Vialonga 6-4 J P
com 218 inscritos. Na quarta posição Bom Sucesso-Marrazes 3-4 1 Oliv. Hospital 11 26
ficou outro representante da Asso- Pombal e ADAL assinam protocolo Entroncamento-Oliv. Hospital 5-6
Odivelas-Ac. Coimbra 4-5
2
3
Santa Cita
Ac. Coimbra
11
11
24
22
ciação Distrital de Atletismo de Lei- Os presidentes da Câmara Municipal de Pombal, Narciso Mota, e da Asso-
Santa Cita-Lourinhã 2-3 4 Entroncamento 11 19
ria, o Atlético Clube de Vermoil, do ciação Distrital de Atletismo de Leiria, Aníbal Carvalho, assinaram ontem, SC Marinhense-Lobinhos 5-4 5 Marrazes 11 18
concelho de Pombal, com 189. quarta-feira, na Nave do Centro de Alto Rendimento Desportivo do Jamor, Próxima jornada (15 de Janeiro) 6 Lourinhã 11 17
Nesta estatística, que apresenta valo- um protocolo de cooperação entre as duas entidades. Na época de Inverno Bom Sucesso-Ac. Coimbra 7 Vialonga 11 16
res dos mais novos aos mais velhos, que decorre, todas as competições em pista coberta foram ou serão realiza- Entroncamento-Marrazes 8 Odivelas 11 15
de Benjamins A até Veteranos, a JV das no ExpoCentro. Foi também protocolado o apoio às provas que decor- Lobinhos-Arazede 9 SC Marinhense 11 11
apresenta praticantes em todos os rem no concelho de Pombal, tal como a Milha Urbana e a Meia-Maratona, Lourinhã-Odivelas 10 Lobinhos 11 8
escalões, com destaque para os junio- bem como os eventos de desporto escolar. I Santa Cita-Vialonga 11 Bom Sucesso 11 7
res masculinos e os iniciados femi- SC Marinhense-Oliv. Hospital 12 Arazede 11 4
 38 | 13 de Janeiro de 2010
Aumentos no IRS, IVA e Segurança Social
Trabalhadores a recibo verde
vão receber menos 8,5%
A partir deste mês, quem
passa recibos verdes vai levar
menos dinheiro para casa,
porque aumentam os des-
contos para os cofres do Esta-
do. O trabalhador passa a
deduzir, logo à cabeça, 29,6%
para a Segurança Social e
21,5% para IRS, além dos
23% de IVA.
O novo código contribu-
tivo (que ontem esteve em
análise em Leiria numa ini-
ciativa da Ordem dos Técni-
cos Oficiais de Contas) intro-
duz diversas novidades nes-
ta matéria. Uma delas é que
o trabalhador independente
PAULA LAGOA
deixa de poder escolher quan-
to quer descontar para a Segu-
rança Social. A taxa passa a
ser única, de 29,6%, quando
antes variava entre os 24,6%
do regime obrigatório – a
nova taxa traduz um agra-
vamento de 5% em relação
àquela - e os 32% do regi-
me alargado.
Uma alteração que, por si
COMERCIAL
Descrição da Função
- Comercial na área de copiadores/impressoras
Perfil do Candidato
- Formação académica 12º
- Conhecimentos de informática/óptica do utilizados
- Conhecimentos de Inglês
- Idade até aos 35 anos
- Carta de Condução
- Residência na região de Leiria
- Disponibilidade imediata
Oferecemos
- Remuneração compatível com as funções a desempenhar
- Bom ambiente de trabalho
- Integração em equipa dinâmica
Resposta para (envio de CV e foto)
ETRON - Sociedade de Representações e Equipamentos de Escritório, Lda.
Quinta de Santo António, Lote 44 - Loja 2
Apartado 2883 . 2400-901 Leiria
Email: etron@netcabo.pt
| JORNAL DE LEIRIA |
Alterações ao Código Contributivo foram ontem divulgadas em Leiria
só, pode não ser negativa,
aponta Acácio Grilo, eco-
nomista, explicando que o
aumento “tem contraparti-
das positivas” para o profis-
sional, ao nível do acesso ao
ADMITE
M/F
subsídio de doença e das pres-
tações futuras ao nível da
reforma, “o que até agora era
um pouco negligenciado pelos
próprios, para terem um maior
rendimento liquido disponí-
CONCESSIONÁRIO AUTORIZADO
 Emprego 
Outras mudanças
 Criação de 11 escalões, onde cada profissional a
recibo verde será colocado pela Segurança Social
(tem 10 dias depois de ser notificado para reclamar)
 Primeiro destes escalões, até agora inexistente,
corresponde ao valor do Indexante dos Apoios Sociais
(419,22 euros). Segundo escalão é de 1,5 vezes este
montante e assim sucessivamente, de meio em meio
ponto, até ao último escalão, que corresponde a
2724,93 euros
 Entrega dos recibos verdes é feita por via electró-
nica
ceiros”. “É naturalmente nega- de cada empresa em concre-
tivo porque retira dinheiro to”. O que significa que as
da mão dos particulares para novas regras poderão, em em
a mão do Estado a níveis pou- algumas situações, “levar ao
co sustentáveis para os cida- aumento dos custos com esse
dãos”. trabalho e, noutras, a even-
Também as empresas vão tuais tentativas de passar para
vel no presente em detrimento ser penalizadas se contrata- o trabalhador o ónus desses
de benefícios futuros”. rem pessoas a recibo verde e 5%, tentando reduzir o valor
Quanto ao aumento dos forem responsáveis por mais bruto desse mesmo trabalho”.
impostos sobre o rendimen- de 80% dos seus rendimen- O novo código não se apli-
to, o economista explica que tos. Passam a ter de pagar ca aos independentes que
tem como efeito directo uma uma taxa adicional de 5%. estão isentos de contribuir,
diminuição do poder de com- Sobre este aspecto, Acácio como os trabalhadores por
pra. Indirectamente, “pode Grilo lembra que “os efeitos conta de outrém que já des-
levar a uma diminuição do não estão completamente contam como tal e os traba-
consumo e a um maior arre- tipificados, uma vez que é lhadores vinculados a siste-
fecimento da economia e, nos uma área pouco regulamen- mas de Segurança Social no
casos mais graves, a situa- tada e depende muito da capa- estrangeiro. 
ções de dificuldade em satis- cidade de negociação das par-
fazer compromissos finan- tes e da situação económica RSS
TÉCNICO(A) DE QUALIDADE
Empresa no ramo da injecção de termoplásticos pretende admitir colaborador(a) para a
área de Qualidade
Perfil Requerido:
- Licenciatura em Engenharia
- Experiência na aplicação de Metodologias Avançadas de Qualidade (ISO TS16949)
- Motivação para Gestão de Equipas e Liderança
- Conhecimentos de Inglês
Damos preferência a detentores de:
- Conhecimentos de Francês.
Oferecemos:
- Integração em equipa multidisciplinar em empresa sólida;
- Remuneração compatível com a experiência/ conhecimentos demonstrados;
- Subs. Alimentação
Resposta: geral@vipex.pt
Refª: Técnico de qualidade
Empresa de Telecomunicações SERVIÇO DE
pretende recrutar ASSISTÊNCIA
ADMINISTRATIVA (M/F) DOMÉSTICA
refeições, Limpezas
Damos preferência com conhecimentos na área
domésticas,
de telecomunicações.
acompanhamento, etc.
Telf: 244 695 252 Tm: 960
Enviar curriculum:
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 | JORNAL DE LEIRIA | EMPREGO/INSTITUCIONAL | 13 de Janeiro de 2010 | 39

DF DE LEIRIA
SERVIÇO DE FINANÇAS DE PORTO DE MÓS

ANÚNCIO DE VENDA POR NEGOCIAÇÃO PARTICULAR

PROCESSO DE EXECUÇÃO FISCAL N.º 1457200601014110 E APENSOS
Jornal de Leiria - Edição n.º 1383 - 13.01.2011

Carlos Manuel Rebelo Machado, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças de Porto de Mós faz
saber que no dia 2011-01-28, pelas 10:00 horas, se há-de proceder à venda extrajudicial por meio
de negociação particular, dos bens abaixo descritos, penhorados no Processo de Execução Fiscal e
apensos, supra identificado, instaurado contra o executado JOÃO MANUEL DA CONCEIÇÃO
PEREIRA, NIF 158 557 174, com sede em Vale Florido – São Bento, deste Concelho de Porto
de Mós, para pagamento da dívida à Fazenda Nacional, com proveniência em IVA e Coimas Fis-
cais, no montante de €15.512,44 (quinze mil quinhentos e doze euros e quarenta e quatro cênti-
mos) e respectivos juros e custas do processo que a final se mostrem devidos.

Bem imóvel penhorado

VENDA nº 1457.2010.94 - Prédio rústico composto de Olival e Pastagem sob Coberto em Oli-
val, com a área de 5.760,00 m2, inscrito na matriz rústica da freguesia de São Bento, sob o arti-
go n.º 103 da secção 032, com o valor patrimonial de €220,47, descrito na Conservatória do Regis-
to Predial de Porto de Mós sob o n.º 1193 da mesma freguesia, ao qual foi fixado o valor de €
4.375,00. Localizado no distrito de LEIRIA, concelho de PORTO DE MÓS, freguesia de SÃO BEN-
TO, lugar de TERRAS NOVAS.

O valor mínimo para venda é de €2.187,50.

Ao preço de venda acrescem o IMT e o Imposto do Selo que se mostrem devidos.

Para a realização da venda, nos termos do n.º 2 e 3 do artigo 252.º do Código de Procedimento e
de Processo Tributário (CPPT), conjugado com o artigo 905.º do Código do Processo Civil, foi
nomeado encarregado da venda IMOBUSINESS SOCIEDADE DE MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA,
LDA, NIF 504304500, com sede em – Rua da Liberdade, 72, 1º esqº - Almada -2800 Cova da Pie-
dade, com o endereço electrónico imobusiness@sapo.pt.

É fiel depositário o Sr JOÃO MANUEL DA CONCEIÇÃO PEREIRA, residente em Vale Florido –

2480 SÃO BENTO, o qual deverá mostrar os bens acima identificados a qualquer potencial inte-
ressado, entre as 15:50 horas do dia 2010-11-09 e as 16:00 horas do dia 2011-01-27.

OFERECE-SE EMPREGADO/A TRIBUNAL JUDICIAL DO CADAVAL Porto de Mós, 11 de Novembro de 2010

DE MESA SECÇÃO ÚNICA
Palácio da Justiça – 2550-000 Cadaval O Chefe de Finanças,
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EDITAL N.º 2/11
Jornal de Leiria - Edição n.º 1383 - 13.01.2011
CARLOS MANUEL BERNARDO ASCENSO ANDRÉ, Presidente da Assembleia
Municipal de Leiria, torna público, nos termos da alínea b) do n.º 1, do artigo 50º, da
Lei n.º 169/99, de 18/09, que no dia 25 de Janeiro de 2011, pelas 21.00 horas, no Cen-
tro Associativo Municipal, se realizará a sessão extraordinária da Assembleia Munici-
pal de Leiria, com a seguinte Ordem do Dia:
1.ANÁLISE DA POLÍTICA DESPORTIVA DA CÂMARA MUNICIPAL DE LEI-
RIA E DA SITUAÇÃO DA LEIRISPORT, EM – Apreciação e discussão;
2.AUDITORIA FINANCEIRA AO MUNICÍPIO DE LEIRIA (EXERCÍCIOS DE
2006 A 2009) – Apreciação e discussão nos termos da alínea i) do n.º 1 do artigo 53º
da Lei n.º 169/99, de 18/09;
Para constar e devidos efeitos legais, se passou o presente Edital que vai ser afi-
xado nos locais de estilo.
Leiria, 7 de Janeiro de 2011
O Presidente da Assembleia Municipal
(Carlos Manuel B. Ascenso André)
CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA
Notária: Sónia Marisa Pires Vala
Jornal de Leiria - Edição 1383 - 13.01.2011
Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cinquenta e
seis a folhas sessenta e uma, do Livro Cento e Setenta – B, deste Cartório.
António da Fonseca Feijoeiro NIF 117 862 380 e mulher Carminda Gomes dos Santos NIF 155
259 270, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia de Milagres, con-
celho de Leiria, onde residem no lugar de Mata dos Milagres, declaram que, com exclusão de outrém,
são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios ambos sitos na freguesia de Milagres, con-
celho de Leiria:
UM – prédio urbano – composto de casa de rés-do-chão para habitação, com a área de quarenta
e cinco metros quadrados, dependência com quarenta e quatro metros quadrados e logradouro com
duzentos e vinte metros quadrados, sito na Portela da Mata, a confrontar do norte, de sul e de nas-
cente com António dos Santos e de poente com caminho, não descrito na Segunda Conservatória do
Registo Predial de Leiria, inscrito na matriz sob o artigo 934, com o valor patrimonial e atribuído
de €572,59.
CINCO – um terço indiviso do prédio rústico – composto de terra de semeadura com tanchas, sito
na Chã, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Leiria sob o número dois mil qui-
nhentos e cinquenta e sete/Milagres, sem inscrição em vigor quanto ao referido direito, inscrito
na matriz sob o artigo 10.074, com o valor patrimonial correspondente e atribuído de €45,53.
Que adquiriram o prédio identificado em um e o direito predial identificado em cinco, no ano de
mil novecentos e cinquenta e cinco, por doação verbal de Luís da Fonseca e mulher Maria da Gló-
ria Feijoeiro, residentes que foram no lugar de Mata dos Milagres, Milagres, Leiria, não dispondo
os justificantes de qualquer titulo formal para os registar na conservatória, mas desde logo entra-
ram na posse e fruição dos mesmos.
Que em consequência daquela doação verbal, possuem o referido prédio e direito predial em nome
próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, pos-
se que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e
a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, habitando o prédio e dele retiran-
do todas as utilidades, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da proprie-
dade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacifica, conti-
nua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o identificado prédio e direi-
to predial por usucapião.
Batalha, trinta de Dezembro de dois mil e dez.
A funcionária com delegação de poderes (artº 8º do Dec/Lei 26/2004 de 4 de Fevereiro)
Processo: 2/08.9TBCDV
ACÇÃO DE PROCESSO ORDINÁRIO
N/Referência: 490636
Data: 20-12-2010
Autor: Aviboiça-Sociedade de Transporte e Comercialização de Aves, S.A.
Réu: Regueiraves – Produção e Comercialização de Produtos Alimentares,
Lda. e outro(s)...
Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da
segunda e última publicação deste anúncio, citando:
Regueiraves – Produção e Comercialização de Produtos Alimentares, Lda,
na pessoa do Legal Representante: José Romeu Garcia, nascido(a) em 07-12-
1959, concelho de Leiria, freguesia de Marrazes [Leiria], nacional de Portugal,
NIF – 243875991, BI – 4149159, domicílio: Quinta de Santo António, Lote
55 - Nº.2-Piso 2 - Marrazes, 2400-000 Leiria
com última residência conhecida na(s) morada(s) indicada(s) para, no prazo de
30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a acção, com a comi-
nação de que a falta de contestação importa a confissão dos factos articulados
pelo(s) autor(es) e que em substância o pedido consiste
tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta
Secretaria, à disposição do citando.
O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais.
Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.
A Juiz de Direito,
Dr(a). Marisa Malagueira
O Oficial de Justiça,
Inês Cruz
EDITAL N.º 4/11
PROCESSO DE LOTEAMENTO N.º 7/96
Lino Dias Pereira, Vereador do Pelouro de Ordenamento do Território e Urba-
nismo da Câmara Municipal de Leiria, torna público, para efeitos do disposto nos
n.ºs 2 e 3 do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na redac-
ção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 177/01, de 4 de Junho, e pela Lei n.º
60/07, de 4 de Setembro, conjugado com o previsto no art.º 17.º do Regulamen-
to de Operações Urbanísticas do Município de Leiria, que em 2010/11/05 deu
entrada nesta Câmara um pedido referente à alteração às especificações cons-
tantes da licença do loteamento sito em Quinta do Rei, freguesia de Pousos, des-
te concelho, titulado pelo alvará n.º 875/98, emitido em 04/03/1998, e respecti-
vos aditamentos, cujo o licenciamento decorre os seus trâmites nesta Câmara
Municipal em sede do processo n.º 7/96.
O pedido é apresentado por Província Portuguesa da Congregação dos Irmãos
Maristas, incide sobre o espaço cedido ao domínio público, designadamente sobre
rectificações às áreas destinadas a arruamentos, Reserva Ecológica Nacional e
zonas verdes.
Todos os interessados poderão apresentar, por escrito e no prazo de quinze
dias úteis, contados a partir do primeiro dia útil seguinte ao da publicitação des-
te edital, sugestões e/ou reclamações.
Para efeitos do disposto no n.º 3 do art.º 27.º da citada Lei, ficam também
notificados todos os proprietários dos lotes inseridos no referido loteamento para,
dentro do mesmo prazo, se pronunciarem por escrito sobre a alteração pretendi-
da, caso assim o entendam.
Para eventual consulta, informa-se que o respectivo processo se encontra
patente na Secção de Apoio Administrativo ao Departamento de Operações Urba-
nísticas, sito na Rua da Cooperativa, S. Romão, freguesia de Pousos, todos os dias
úteis entre as 09:00 horas e as 15:30 horas.
Leiria, 5 de Janeiro de 2011
POR DELEGAÇÃO DO PRESIDENTE DA CÂMARA
O VEREADOR
LINO DIAS PEREIRA
Jornal de Leiria - Edição 1383 - 13.01.2011
DF DE LEIRIA
SERVIÇO DE FINANÇAS DE PORTO DE MÓS
ANÚNCIO DE VENDA POR NEGOCIAÇÃO PARTICULAR
PROCESSO DE EXECUÇÃO FISCAL N.º 1457200201001426 E APENSOS
Jornal de Leiria - Edição n.º 1383 - 13.01.2011
Carlos Manuel Rebelo Machado, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças de Porto de Mós faz
saber que no dia 2011-01-28, pelas 10:00 horas, se há-de proceder à venda extrajudicial por meio
de negociação particular, dos bens abaixo descritos, penhorados no Processo de Execução Fiscal e
apensos, supra identificado, instaurado contra o executado JOÃO MANUEL DA CONCEIÇÃO
PEREIRA, NIF 158 557 174, com sede em Vale Florido – São Bento, deste Concelho de Porto
de Mós, para pagamento da dívida à Fazenda Nacional, com proveniência em IVA e Contribuição
Autárquica, no montante de €6.760,48 (seis mil setecentos e sessenta euros e quarenta e oito cên-
timos) e respectivos juros e custas do processo que a final se mostrem devidos.
Bem imóvel penhorado
VENDA nº 1457.2010.93 – Veículo da marca FORD Modelo: TRANSIT 100 Matricula JS-08-
08 de 1986, do tipo MISTO, ligeiro de mercadorias, cor cinzento, a gasóleo, cilindrada 2496 cc.,
caixa fechada, em mau estado de conservação, sem motor, sem inspecção desde 2003, ao qual foi
atribuído o valor de €200,00.
O valor mínimo para venda é de €100,00.
Ao preço de venda acrescem o IVA que se mostre devido.
Para a realização da venda, foi nomeado, nos termos da alínea a) do nº 1 do artigo 252º do Códi-
go de Procedimento e de Processo tributário (CPPT), conjugado com o artigo 905º do Código do
Processo Civil, encarregado da venda – PEDRO COSTA PEREIRA, NIF 214 535 223, com sede
em Rua de S. Francisco, 8, C.C.S. Francisco, Loja 19 – 2400-230 – Leiria, com o telefone nº 244
828 336, Fax nº 244 828 389 e o endereço electrónico pedro.costa@lusomagnis.pt.
É fiel depositário o Sr JOÃO MANUEL DA CONCEIÇÃO PEREIRA, residente em Vale Florido –
2480 SÃO BENTO, o qual deverá mostrar os bens acima identificados a qualquer potencial inte-
ressado, entre as 14:30 horas do dia 2010-11-09 e as 16:00 horas do dia 2011-01-27.
Porto de Mós, 16 de Novembro de 2010
O Chefe de Finanças,
Carlos Manuel Rebelo Machado – IT2
ASSOCIAÇÃO RECREATIVA ANDRINENSE
Telef. 244 811 202
ANDRINOS – POUSOS – 2410-014 LEIRIA
Contribuinte N.501 133 275
CONVOCATÓRIA
Jornal de Leiria - Edição 1383 - 13.01.2011
Nos termos do Artigo 3º dos Estatutos, convocam-se os Exmos. Associados
desta Colectividade, a participar na Assembleia Geral Ordinária, a realizar na
sua sede, no próximo dia 21 de Janeiro de 2011, pelas 21,00 horas, com a seguin-
te ordem de trabalhos:
1.Apresentação e Votação das Contas do último Exercício;
2.Debate sobre outros assuntos de interesse para a colectividade;
3.Eleição dos Corpos Gerentes para o corrente ano.
Se à hora marcada para o inicio da Sessão, não estiverem presentes núme-
ro suficientes de Associados, começará esta 30 minutos depois com qualquer núme-
ro.
O Presidente da Assembleia Geral
Fernando Rodrigues Antunes
 40 | 13 de Janeiro de 2010 | INSTITUCIONAL | JORNAL DE LEIRIA |
SERVIÇO DE FINANÇAS DE MARINHA GRANDE-1392
ANÚNCIO
1.ª Publicação - Jornal de Leiria - Edição n.º 1383 - 13.01.2011
IDENTIFICAÇÃO DO(S) BEM(NS)
Serv. Finanças MARINHA GRANDE - [1392] Freguesia de Marinha Grande , Prédio Urbano Arti-
go 10929 Fracçao E
TIPO DE PRÉDIO: Bloco Comercial e habitacional, composto de parque de estacionamento colec-
tivo, R/C para comércio e escritórios e oito andares destinados a habitação e escritórios no total de
38 fracções.
LOCALIZAÇÃO: Avenida Dr.José Henriques Vareda, n.º 14
ELEMENTOS DA FRACÇÃO:
DESCRIÇÃO: Loja "E" no R/C com entrada pela Rua da Nazaré.; AFECTAÇÃO: Comércio; TIPO-
LOGIA / DIVISÕES: 1;
ÁREAS: Área bruta privativa: 50m2.
TEOR DO ANÚNCIO
Manuel da Silva Gonçalves Moço , Chefe de Finanças do Serviço de Finanças MARINHA
GRANDE-1392, faz saber que no dia 2011-03-01, pelas 10:00 horas, neste Serviço de Finanças,
sito em R. DAS PORTAS VERDES, MARINHA GRANDE, se há-de proceder à abertura das pro-
postas em carta fechada, para venda judicial, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código
de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), do bem acima designado, penhorado ao Execu-
tado infra indicado, para pagamento da dívida no valor de 5.630,75€, sendo 4.438,14€ de quan-
tia exequenda e 1.192,61€ de acréscimos legais.
Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 CPPT), contados da 2.ª publicação, citan-
do os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo
de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real,
sobre o bem penhorado acima indicado. (240º/CPPT)
O valor base da venda é de 18.375€, calculado nos termos do artigo 250.º do CPPT.
É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) JOAQUIM DE OLIVEIRA PEDROSA, residente em R ENG
ANDRÉ NAVARRO 19 1 - MARINHA GRANDE, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identifi-
cado a qualquer potencial interessado, entre as 10:00 horas do dia 2010-06-25 e as 16:00 horas
do dia 2011-02-28 (249º/6 CPPT).
Todas as propostas deverão ser entregues no Serviço de Finanças, até às 16:00 horas do dia
2011-02-28, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço de Finanças, devendo identificar o pro-
ponente (nome, morada e número fiscal), bem como o nome do Executado e o n.º de venda
1392.2009.103.
As propostas serão abertas no dia e hora designados para a venda (dia 2011-03-01 às 10:00h),
na presença do Chefe do Serviço de Finanças (253.º CPPT).
Não serão consideradas as propostas de valor inferior ao valor base de venda atribuído a cada
verba (250º Nº4 CPPT).
No acto da venda deverá ser depositada a importância mínima de 1/3 do valor da venda, na
Secção de Cobrança deste Serviço de Finanças e pago o Imposto Municipal Sobre as Transmissões
Onerosas de Imóveis e o Imposto do Selo que se mostrem devidos. Os restantes 2/3 deverão ser depo-
sitados na mesma entidade, no prazo de 15 dias (256.º CPPT).
Se o preço oferecido mais elevado for proposto por dois ou mais proponentes, abrir-se-á logo
licitação entre eles, salvo se declararem adquirir o bem em compropriedade. Estando presente só
um dos proponentes do maior preço, pode esse cobrir a proposta dos outros, caso contrário proce-
der-se-á a sorteio para apurar a proposta que deve prevalecer (253.º CPPT).
IDENTIFICAÇÃO DO EXECUTADO
Nome: JOAQUIM DE OLIVEIRA PEDROSA.
Morada: R ENG ANDRÉ NAVARRO 19 1 - MARINHA GRANDE.
Data: 10-01-2011
O Chefe de Finanças
Manuel da Silva Gonçalves Moço
Dina Ribeiro
Agente de Execução
CÉDULA Nº. 3338
EDITAL DE VENDA
Jornal de Leiria - Edição n.º 1383 - 13.01.2011
Tribunal Judicial de Leiria – 2.º Juízo Cível
Processo nº 3289/09.6TBLRA
FAZ-SE SABER que nos autos acima identificados, encontra-se designado
o dia 24-01-2011, pelas 10:00 horas, no Tribunal Judicial de Leiria – 2.º Juí-
zo Cível, para abertura de propostas em carta fechada, que sejam entregues
até àquele momento, na Secretaria do Tribunal, pelos interessados na compra dos
seguintes bens:
1 – Prédio Urbano, lote nº 5, composto de casa de habitação de cave,
rés do chão, 1.º andar e logradouro. Com a área coberta de 130 m2 e des-
coberta de 403 m2, a confrontar do norte com lote nº4, do sul e poente com
arruamento e do nascente com lote nº 10, sito em Outeiro da Fonte, Valver-
de, freguesia de Marrazes, inscrito na matriz predial Urbana sob o atigo nº
6315 e descrito na 2.ª C.R.P de Leiria sob o nº 2832.
2 – Prédio Rústico, composto de terreno de cultura com oliveiras, com
a área de 1490 m2, a confrontar do norte com caminho, do sul e poente com
João da Silva Gante e do nascente com António Domingues, sito em Pedrei-
ra, freguesia de Redinha, inscrito na matriz predial Rústica sob o artigo nº
3222 e descrito na C.R.P de Pombal sob o nº42.
3 – Prédio Rústico, composto de terra de semeadura e pinhal com mato
e figueira, com a área de 1050 m2, a confrontar do norte com Maria da Con-
ceição, do sul com António Francisco, do nascente com José João e do poen-
te com Luís Francisco Antunes, sito em Outeiro da Lameiria, freguesia de
Colmeias, inscrito na matriz predial Rústica sob o artigo nº16322 e descri-
to na 2.ª C.R.P de Leiria sob o nº13248.
Serão aceites as propostas de aquisição dos bens a quem melhor preço ofe-
recer igual ou superior a 157.500,00€, correspondente a 70% do valor base
anunciado para a venda de 225.000,00€, relativamente ao prédio nº1, igual
ou superior a 3500,00€, correspondente a 70% do valor base anunciado para
a venda de 5.000,00€, relativamente ao prédio nº 2, e igual ou superior a
560,00€ correspondente a 70% do valor base anunciado para a venda de
800,00 euros relativamente ao prédio nº 3 penhorados ao executado Carlos
Emanuel Ferreira Aldeia Luís, a residir na Rua do Outeiro da Fonte, lote nº5, Lei-
ria.
Os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visa-
do, à ordem da Agente de Execução, no montante correspondente a 5% do valor
anunciado para a venda ou garantia bancária no mesmo valor – Art.º897, nº1 do
Código Processo Civil.
As propostas remetidas pelo correio devem conter fotocópia do Bilhete de
Identidade, do número de contribuinte e contacto do proponente, sob pena de não
serem aceites.
É fiel depositário, que o deve mostrar, a pedido, o executado acima melhor
identificada.
Não se encontra pendente oposição à execução e foram reclamados cré-
ditos pelo Banco B.P.I, S.A e pelo Serviço de Finanças de Leiria.
A Agente de Execução
SERVIÇO DE FINANÇAS DE CASTANHEIRA DE PERA-1368
ANÚNCIO
1.ª Publicação - Jornal de Leiria - Edição n.º 1383 - 13.01.2011
IDENTIFICAÇÃO DO(S) BEM(NS)
Verba nº1: Tear & ldquo; Dornier 715V6/SD-nº 210-304549-1991”, identificado com
o nº interno 22, com o valor atribuído de €14.000,00 (catorze mil euros); Verba nº2: Tear “
Dornier 715V6/SD- nº 210-30463-1991”, identificado com o nº interno 21, com o valor
atribuído de €14.000,00 (catorze mil euros); Verba nº 3: Tear “Dornier 715V6/SD- nº 210-
30458-1991”, identificado com o nº interno 12, com o valor atribuído de €14.000,00 (cator-
ze mil euros); Verba nº 4: Tear “Dornier 715V6/SD- nº 210-30455-1991”, identifi-
cado com o nº interno 11, com o valor atribuído de €14.000,00 (catorze mil euros); Verba nº 5:
Tear “Dornier 715V6/SD- nº 210-30279-1991”, identificado com o nº interno 2, com
o valor atribuído de €14.000,00 (catorze mil euros); Verba nº 6: Uma urdideira de 2 casais, mar-
ca “Karl Mayer 50/8A “ nº série 100/3571, com o valor atribuído de €54.000,00
(cinquenta e quatro mil euros);
Verba nº 7: Tear contínuo de fiação de marca “Guadino FDT/D 224 F” “
e respectivos quadros eléctricos identificados com os nºs 1, 2 e 3, com o valor atribuído de €30.000,00
(trinta mil euros). Todos estes bens estão em normal funcionamento e encontram-se em bom esta-
do de conservação.
TEOR DO ANÚNCIO
António Manuel dos Santos Varanda, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças Castanheira
de Pera-1368, faz saber que no dia 2011-03-18, pelas 11:00 horas, neste Serviço de Finanças, sito
em R. BOMBEIROS VOLUNTARIOS 13 R/C, CASTANHEIRA DE PERA, se há-de proceder à
abertura das propostas em carta fechada, para venda judicial, nos termos dos artigos 248º e seguin-
tes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), do bem acima designado, penho-
rado ao Executado infra indicado, para pagamento da dívida no valor de 91.977,68€, sendo
79.477,01€ de quantia exequenda e 12.500,67€ de acréscimos legais.
Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 CPPT), contados da 2ª. Publicação, citan-
do os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo
de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real,
sobre o bem penhorado acima indicado. (240º/CPPT)
O valor base da venda é de 107.800€, calculado nos termos do artigo 250º do CPPT.
É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) Manuel Moreira Barros, residente em Avª. Marconi, Nº4,
1ºEsq., 1000-205 Lisboa, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial
interessado, entre as 15:00 horas do dia 2011-02-18 e as 17:00 horas do dia 2011-03-17 (249º/6
CPPT).
Todas as propostas deverão ser entregues no Serviço de Finanças, até às 09:30 horas do dia
2011-03-18, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço de Finanças, devendo identificar o pro-
ponente (nome, morada e número fiscal), bem como o nome do Executado e o nº de venda 1368.2010.9.
As propostas serão abertas no dia e hora designados para a venda (dia 2011-03-18 às 11:00h),
na presença do Chefe do Serviço de Finanças (253º CPPT).
Não serão consideradas as propostas de valor inferior ao valor base de venda atribuído a cada
verba (250º Nº4 CPPT).
No acto da venda deverá ser depositada a importância mínima de 1/3 do valor da venda, na
Secção de Cobrança deste Serviço de Finanças. Os restantes 2/3 deverão ser depositados na mes-
ma entidade, no prazo de 15 dias (256º CPPT).
Se o preço oferecido mais elevado for proposto por dois ou mais proponentes, abrir-se-á logo
licitação entre eles, salvo se declararem adquirir o bem em compropriedade. Estando presente só
um dos proponentes do maior preço, pode esse cobrir a proposta dos outros, caso contrário proce-
der-se-á a sorteio para apurar a proposta que deve prevalecer (253º CPPT).
IDENTIFICAÇÃO DO EXECUTADO
Nome: FÁBRICAS BARROS III – INDÚSTRIA DE LANIFÍCIOS, S.A..
Morada: VOLTA DA ESTRADA – CASTANHEIRA DE PERA – CASTANHEIRA DE PERA.
Data: 05-11-2010
O Chefe de Finanças
António Manuel dos Santos Varanda
SERVIÇO DE FINANÇAS DE LEIRIA-2.-3603
ANÚNCIO
1.ª Publicação - Jornal de Leiria - Edição n.º 1383 - 13.01.2011
IDENTIFICAÇÃO DO(S) BEM(NS)
Prédio rústico com o artigo matricial nº. 1764 da freguesia de Parceiros, concelho de Lei-
ria. Sita em Outeiro, a confrontar de Norte com João Joaquim Pereira Junior, sul com António
dos Santos, Nascente com Zulmira Leal da Silva e de Poente com João Joaquim Pereira Junior.
Tem a área de 4130 m2, terreno de videira, duas oliveiras, pinhal e mato.
TEOR DO ANÚNCIO
José Luís Pinto da Silva Matos , Chefe de Finanças do Serviço de Finanças LEIRIA-2.-
3603, faz saber que no dia 2011-02-14, pelas 10:00 horas, neste Serviço de Finanças, sito em
R. DE S. FRANCISCO 3 - 1., LEIRIA, se há-de proceder à abertura das propostas em carta
fechada, para venda judicial, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedi-
mento e de Processo Tributário (CPPT), do bem acima designado, penhorado ao Executado infra
indicado, para pagamento da dívida no valor de 22.854,97€, sendo 17.597,16€ de quantia exe-
quenda e 5.257,81€ de acréscimos legais.
O valor base da venda é de 2.580,42€, calculado nos termos do artigo 250.º do CPPT.
É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) FERNANDO GUERREIRO SANTO, residente em CSL DO
GUERRA 9 3 ES - LEIRIA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer poten-
cial interessado, entre as 09:00 horas do dia 2010-11-08 e as 16:00 horas do dia 2011-02-11
(249º/6 CPPT).
Todas as propostas deverão ser entregues no Serviço de Finanças, até às 09:30 horas do
dia 2011-02-14, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço de Finanças, devendo identifi-
car o proponente (nome, morada e número fiscal), bem como o nome do Executado e o n.º de
venda 3603.2009.533.
As propostas serão abertas no dia e hora designados para a venda (dia 2011-02-14 às
10:00h), na presença do Chefe do Serviço de Finanças (253.º CPPT).
Não serão consideradas as propostas de valor inferior ao valor base de venda atribuído a
cada verba (250º Nº4 CPPT).
No acto da venda deverá ser depositada a importância mínima de 1/3 do valor da venda,
na Secção de Cobrança deste Serviço de Finanças e pago o Imposto Municipal Sobre as Trans-
missões Onerosas de Imóveis e o Imposto do Selo que se mostrem devidos. Os restantes 2/3 deve-
rão ser depositados na mesma entidade, no prazo de 15 dias (256.º CPPT).
Se o preço oferecido mais elevado for proposto por dois ou mais proponentes, abrir-se-á
logo licitação entre eles, salvo se declararem adquirir o bem em compropriedade. Estando pre-
sente só um dos proponentes do maior preço, pode esse cobrir a proposta dos outros, caso con-
trário proceder-se-á a sorteio para apurar a proposta que deve prevalecer (253.º CPPT).
IDENTIFICAÇÃO DO EXECUTADO
Nome: FERNANDO GUERREIRO SANTO.
Morada: CSL DO GUERRA 9 3 ES - LEIRIA.
Data: 11-01-2011
O Chefe de Finanças
José Luís Pinto da Silva Matos
SERVIÇO DE FINANÇAS DE MARINHA GRANDE-1392
ANÚNCIO
2.ª Publicação - Jornal de Leiria - Edição n.º 1383 - 13.01.2011
IDENTIFICAÇÃO DO(S) BEM(NS)
Prédio Urbano decrito na CRP da Marinha Grande sob o registo n.º 3944, da Freguesia e
Concelho da Marinha Grande, com o artigo matricial n.º 12471, destinado a habitação, com
dois pisos (rés de Chão e 1º Andar)e quatro divisões,com logradouro e área bruta de privativa
de 130,0000 m2, sito em , Quinta das Nespereiras, Lote C6, em Marinha Grande.
TEOR DO ANÚNCIO
Manuel da Silva Gonçalves Moço , Chefe de Finanças do Serviço de Finanças MARINHA
GRANDE-1392, faz saber que no dia 2011-02-24, pelas 10:30 horas, neste Serviço de Finan-
ças, sito em R. DAS PORTAS VERDES, MARINHA GRANDE, se há-de proceder à abertura
das propostas em carta fechada, para venda judicial, nos termos dos artigos 248.º e seguintes
do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), do bem acima designado, penho-
rado ao Executado infra indicado, para pagamento da dívida no valor de 34.419,25€, sendo
24.936,46€ de quantia exequenda e 9.482,79€ de acréscimos legais.
Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 CPPT), contados da 2.ª publicação,
citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no
prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de
garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado. (240º/CPPT)
O valor base da venda é de 50.694€, calculado nos termos do artigo 250.º do CPPT.
É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) JOSE MANUEL MOURÃO MORENO, residente em QTA
DAS NESPEREIRAS C 6 - MARINHA GRANDE, o(a) qual deverá mostrar o bem acima iden-
tificado a qualquer potencial interessado, entre as 10:00 horas do dia 2010-06-21 e as 18:00
horas do dia 2011-02-23 (249º/6 CPPT).
Todas as propostas deverão ser entregues no Serviço de Finanças, até às 10:00 horas do
dia 2011-02-24, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço de Finanças, devendo identifi-
car o proponente (nome, morada e número fiscal), bem como o nome do Executado e o n.º de
venda 1392.2010.47.
As propostas serão abertas no dia e hora designados para a venda (dia 2011-02-24 às
10:30h), na presença do Chefe do Serviço de Finanças (253.º CPPT).
Não serão consideradas as propostas de valor inferior ao valor base de venda atribuído a
cada verba (250º Nº4 CPPT).
No acto da venda deverá ser depositada a importância mínima de 1/3 do valor da venda,
na Secção de Cobrança deste Serviço de Finanças e pago o Imposto Municipal Sobre as Trans-
missões Onerosas de Imóveis e o Imposto do Selo que se mostrem devidos. Os restantes 2/3 deve-
rão ser depositados na mesma entidade, no prazo de 15 dias (256.º CPPT).
Se o preço oferecido mais elevado for proposto por dois ou mais proponentes, abrir-se-á
logo licitação entre eles, salvo se declararem adquirir o bem em compropriedade. Estando pre-
sente só um dos proponentes do maior preço, pode esse cobrir a proposta dos outros, caso con-
trário proceder-se-á a sorteio para apurar a proposta que deve prevalecer (253.º CPPT).
IDENTIFICAÇÃO DO EXECUTADO
Nome: JOSE MANUEL MOURÃO MORENO.
Morada: QTA DAS NESPEREIRAS C 6 - MARINHA GRANDE.
Data: 03-01-2011
O Chefe de Finanças
Manuel da Silva Gonçalves Moço
SERVIÇO DE FINANÇAS DE BATALHA-1333
ANÚNCIO
1.ª Publicação - Jornal de Leiria - Edição n.º 1383 - 13.01.2011
IDENTIFICAÇÃO DO(S) BEM(NS)
Artigo matricial urbano 6435 da Freguesia e Concelho de Batalha. Situado em Pinheiros,
Batalha. Confronta de Norte com arruamento, Sul lote 22, Nascente lote 4 e Poente Estrada
Municipal 546. Número de pisos: 2. Tipologia/divisões: 4. Área total do terreno: 687 m2. Área
de implantação do edifício: 205 m2. Área bruta de construção: 300 m2. Área bruta dependen-
te: 57 m2. Área bruta privativa: 243 m2.
TEOR DO ANÚNCIO
Paulo Alexandre Mateus de Matos Sequeira , Chefe de Finanças do Serviço de Finanças
BATALHA-1333, faz saber que no dia 2011-04-28, pelas 10:30 horas, neste Serviço de Finan-
ças, sito em CELULAB - PRAÇA DO MUNICÍPIO LT. 7 E 8, BATALHA, se há-de proceder à
abertura das propostas em carta fechada, para venda judicial, nos termos dos artigos 248.º e
seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), do bem acima designa-
do, penhorado ao Executado infra indicado, para pagamento da dívida no valor de 31.642,2€,
sendo 22.849,15€ de quantia exequenda e 8.793,05€ de acréscimos legais.
Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 CPPT), contados da 2.ª publicação,
citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no
prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de
garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado. (240º/CPPT)
O valor base da venda é de 59.507€, calculado nos termos do artigo 250.º do CPPT.
É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) SÓNIA MARGARIDA BAPTISTA NOVO, residente em R
DA MADALENA 13 - PINHEIROS, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qual-
quer potencial interessado, entre as 09:00 horas do dia 2011-03-28 e as 17:00 horas do dia
2011-04-27 (249º/6 CPPT).
Todas as propostas deverão ser entregues no Serviço de Finanças, até às 09:30 horas do
dia 2011-04-28, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço de Finanças, devendo identifi-
car o proponente (nome, morada e número fiscal), bem como o nome do Executado e o n.º de
venda 1333.2011.6.
As propostas serão abertas no dia e hora designados para a venda (dia 2011-04-28 às
10:30h), na presença do Chefe do Serviço de Finanças (253.º CPPT).
Não serão consideradas as propostas de valor inferior ao valor base de venda atribuído a
cada verba (250º Nº4 CPPT).
No acto da venda deverá ser depositada a importância mínima de 1/3 do valor da venda,
na Secção de Cobrança deste Serviço de Finanças e pago o Imposto Municipal Sobre as Trans-
missões Onerosas de Imóveis e o Imposto do Selo que se mostrem devidos. Os restantes 2/3 deve-
rão ser depositados na mesma entidade, no prazo de 15 dias (256.º CPPT).
Se o preço oferecido mais elevado for proposto por dois ou mais proponentes, abrir-se-á
logo licitação entre eles, salvo se declararem adquirir o bem em compropriedade. Estando pre-
sente só um dos proponentes do maior preço, pode esse cobrir a proposta dos outros, caso con-
trário proceder-se-á a sorteio para apurar a proposta que deve prevalecer (253.º CPPT).
IDENTIFICAÇÃO DO EXECUTADO
Nome: SÓNIA MARGARIDA BAPTISTA NOVO.
Morada: R DA MADALENA 13 - PINHEIROS.
Data: 10-01-2011
O Chefe de Finanças
Paulo Alexandre Mateus de Matos Sequeira
  Imobiliário  | JORNAL DE LEIRIA | 13 de Janeiro de 2011 | 41

T0 e T1 são as tipologias mais solicitadas em Leiria

Dificuldade no crédito dinamiza arrendamento

A procura de casa para arren-
dar está a subir na região, mas os
preços das rendas não têm acom-
Vendas caíram 8% em 2010
panhado de forma significativa Luís Lima, presidente da APEMIP, estima que a venda de casas
esta tendência. Os mediadores imo- tenha caído em 2010 entre sete e 8% relativamente ao ano
biliários ouvidos garantem até que, anterior, o que significa que se terão vendido apenas 139.500
nos últimos meses, tem havido casas. O arrefecimento sentiu-se sobretudo a partir de Setem-
situações de baixa nas rendas, devi- bro, revelou à Lusa. Mesmo assim, a quebra foi inferior à de
do às dificuldades das famílias em 2009, ano em que se venderam menos 12% de casas do que em
suportar este encargo. 2008. A incerteza e as restrições de acesso ao crédito são os
Em Leiria, as tipologias T0 e T1 principais motivos apontados pelo dirigente. Aliás, os últimos
são as mais procuradas e aquelas números do Banco de Portugal confirmam que os bancos estão a
em que há menos oferta, aponta emprestar menos. Em Novembro os empréstimos totalizaram
Nuno Serrano. O responsável da 727 milhões de euros, menos 13% do que em igual período de
RICARDO GRAÇA

Predial Leiriense diz que são casas
que sempre foram procuradas, mas
que passaram a ser ainda mais com
a abertura do LeiriaShopping, que
trouxe para a cidade profissionais
de outros pontos do País.
Para o aumento da procura de
arrendamento contribui sobretu-
do a dificuldade de acesso ao cré-
dito. Por um lado os bancos ava-
liam as casas por baixo e, por outro,
não emprestam a totalidade. O que
leva a que os potenciais compra-
dores tenham de ter dinheiro para
dar de entrada no negócio, o que
nem sempre acontece. Além dis-
so, as pessoas “têm receio do com-
promisso” que significa a compra
de casa, aponta Emanuel Costa, da
Remax. Estefânio Martins, da Petro-
domus, acrescenta a “falta de con-
fiança no mercado de trabalho”.
Todos os mediadores ouvidos
confirmam a subida da procura de
casas para arrendar, que se vem
registando há pelo menos um ano.
Mas também garantem que os pre-
ços das rendas não têm subido, ou
têm subido apenas “ligeiramente”.
Isto porque a crise leva a que mui-
tas famílias não tenham dinheiro
para pagar, tendo chegado a haver
pedidos para reduções nas rendas,
garantem Nuno Serrano e Aquili-
no Carreira (ACI). Este profissio-
nal adianta que tem mesmo havi-
do pessoas que denunciam os con-
tratos de arrendamento por inca-
pacidade para pagar a renda.
Emanuel Costa frisa que não é
possível generalizar, mas admite
que um apartamento na Marquês
de Pombal cuja renda era de 350
euros, há um ano, possa agora ser
de 400 euros. Contudo, como “nes-
te momento não há construção em
Leiria”, se o mercado melhorar den-
tro de alguns anos haverá falta de
apartamentos, pelo que as rendas
2009. A descida verificada nos empréstimos em Novembro é a
terceira consecutiva, segundo o Jornal de Negócios. 
deverão subir, de forma geral, apon- Profissionais e Empresas de Media-
ta Nuno Serrano. ção Imobiliária de Portugal (APE-
Para Mário Matos, da IMA, não MIP) relativos à procura de casa
se trata de um boom na procura no distrito de Leiria revelam que
de casas para arrendar, situação em Setembro/Outubro (últimos
que só acontecerá se a lei dos des- dados disponíveis) a intenção de
pejos mudar. O mediador afirma compra foi de 85% e a de arren-
ainda que “a Justiça é o grande damento de 14,3%. Números que,
empecilho” à dinâmica do merca- em comparação com os de seis
do e à subida das rendas, porque meses antes, traduzem uma dimi-
o facto de os despejos serem moro- nuição de 3% nas intenções de
sos e difíceis impede que o mer- compra e uma subida de cerca
cado do arrendamento funcione de 4% nas intenções de arren-
como deveria. damento. 
Os números da Associação dos Raquel de Sousa Silva

Outras dez mil com pouca qualificação

Cinco mil empresas de
construção sem alvará
Apartamentos / Comércio T3 Apartamento
ID: 0010005-03-MI

ID: 0010001-16-MI
Cruz d’ Areia - LEIRIA

Leiria - LEIRIA

VENDA VENDA

R/C para comércio. 1º Piso com 2 150.000€ Quartos com boas áreas. Sala 73.000€
apartamentos T2. Logradouro com 226m² USADO com lareira. Arrecadação no sótão. USADO
(armazém). Área Bruta: 144m² Rápido acesso ao IC2. Área Bruta: 115m²
RICARDO GRAÇA

T2 Apartamento T2 Apartamento
ID: 0010001-14-MI

ID: 0010001-19-MI
Andrinos - POUSOS

Em Portugal há cinco mil co mil empresas a trabalhar to fundamental para que as

Leiria - LEIRIA

empresas de construção que
estão a trabalhar mesmo não
tendo alvará, denunciou recen-
temente o Sindicato da Cons-
trução de Portugal reclaman-
do a intervenção das autori-
sem alvará, que constroem construtoras possam exercer
obras de vão de escada”, a sua actividade e tem de ser
denunciou, em comunicado, renovado anualmente. Há VENDA VENDA
o sindicato, citado pela Lusa. várias categorias e cada uma
De acordo com a estrutu- habilita a empresa a operar Hall de entrada com roupeiro.
Cozinha com marquise. Quartos com
47.500€
USADO
Cozinha equipada com fogão e exaustor.
Marquise. Localizado no centro da cidade.
63.000€
RENOVADO
ra sindical, existem ainda “dez em determinada área. boas áreas. Zona residencial calma. Área Bruta: 75m² Área Bruta: 62m²

dades competentes. Por outro mil empresas a quem devem Segundo dados avança-
lado, dez mil empresas deve- ser retirados os respectivos dos à Lusa pelo InCI, 1.943 T1 Apartamentos T4 Moradia Individual
Av. Marquês de Pombal - LEIRIA
ID: 0010001-20-MI

ID: 0010004-11-MI

riam ficar sem licença, por alvarás, dada a sua pouca qua- empresas portuguesas de cons-
não acautelarem devidamen- lificação para operarem no trução viram o seu alvará can-
Caranguejeira - LEIRIA

te as condições de segurança
da actividade.
“É importante e urgente
haver uma intervenção do
InCIn – Instituto Nacional da
Construção e do Imobiliário
em todo o território nacional,
sector, dado não colocarem à
disposição dos trabalhadores
os meios de protecção, quer
individuais, quer colectivos”.
Os dados são nacionais, o sin-
dicato não detalha informa-
ções por distritos.
celado este ano (até Junho).
O sector da construção con-
ta com cerca de 20 mil empre-
sas, responsáveis por 350 mil
VENDA VENDA
a 400 mil trabalhadores, segun-
do dados Federação Portu- Kitchenette. Quarto com roupeiro e 65.500€ Pré-instalação de aquecimento 162.500€
marquise. Localizado no centro. Vista RENOVADO central. Possibilidades de escolha NOVO
guesa da Indústria da Cons- panorâmica para a cidade. Área Bruta: 51m² de acabamentos. Logradouro
com 373,30m².
Área Bruta: 157m²

já que existem cerca de cin- O alvará é um documen- trução e Obras Públicas. 

 42 | 13 de Janeiro de 2011
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Sofria há vários anos de depressões sucessivas, nunca na minha vida consegui me manter muito tempo com uma boa qualidade de vida pois passava a maior par-
te do tempo em médicos e sobre uma grande toma de medicação. Ultimamente para além do que já tinha, apareceu-me mais um problema de saúde. Problema
esse, que em mim, provocava imensas dores e como era uma pessoa muito frágil a nível psicológico, mais uma vez me atirou ao "charco". Foi num acto de deses-
PERMUTA
pero que recorri a este vidente, aquilo que hoje quero testemunhar e que não deixe a medicação totalmente nem deixei os médicos de uma hora para a outra, mas
PROMOTORES E AGÊNCIAS. a verdade e só uma consegui sair do que eu ja não pensava que era a toma de tão grande quantidade de medicação, o meu problema de saúde também nele fui
Proprietários propõem à troca orientado e hoje encontra se suprimido. Comecei finalmente a ter alguma qualidade de vida, passaram 3 anos mas jamais poderei deixar de pensar a volta que a
moradia 300 m2 + anexos e jar- minha vida levou mas também minha família. Pois deixaram de me ver sofrer de uma forma tão grande e também eles testemunham o mesmo que eu.
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 44 | 13 de Janeiro de 2011
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Leiria
Jantar ajuda
associação
de autismo
A Associação Portuguesa para
as Perturbações do Desenvolvi-
mento e Autismo de Leiria (APP-
DA-L) promove, no sábado, um
jantar solidário, cujas receitas
visam apetrechar a sede da ins-
tituição com equipamentos para
a prestação de serviços às crian-
ças e jovens com autismo e às
suas famílias. O evento realiza-
se no restaurante O Casarão, em
Azoia, Leiria, a partir das 19:30
horas. As inscrições podem ser
feitos por mail (appdalei-
ria@gmail.com) ou pelos tele-
fones 244812358 e 918042402.
Câmara Municipal
Leiria alarga
comparticipação
a medicamentos
Abranger um maior número de
beneficiários é o que diz pre-
tender a Câmara Municipal de
Leiria, ao alterar o regulamento
de atribuição de comparticipa-
ções em medicamentos a famí-
lias carenciadas do concelho.
Desde o dia 5, este regulamen-
to passou a basear a forma de
cálculo na retribuição mínima
mensal garantida (antigo salá-
rio mínimo), em vez da pensão
mínima do regime geral da Segu-
rança Social. Nesse sentido, podem
candidatar-se a este apoio social
os agregados familiares residentes
no concelho, cujo rendimento
mensal per capita não ultrapas-
se 70% da retribuição mínima
mensal garantida, ou seja, 339,50
euros. 
| JORNAL DE LEIRIA |
Abortos legais por opção em 2009
Distrito de Leiria é o quinto
no País em número de IVG
Três anos e meio depois da
legalização, em Julho 2007 (Lei
16), o número de interrupções
voluntárias da gravidez (IVG) não
tem parado de crescer. O distrito
de Leiria não foge à regra e, em
2009, foi mesmo o quinto (a seguir
a Lisboa, Porto, Setúbal e Faro)
no ranking nacional, com um total
de 1651 abortos legais e por opção,
num total nacional de 19.456.
Como este número tem em con-
ta a área de residência da mãe,
implica que a maioria das mulhe-
res do distrito optou por abortar
fora da sua área geográfica, já que
as interrupções da gravidez naque-
PAULA LAGOA
le ano, feitas no Hospital Santo
André, Leiria foram de apenas
360. O Centro Hospitalar de Cal-
das de Rainha, depois de receber
as mulheres referenciadas nos cen-
tros de saúde daquela região, enca-
minha-as para a Clínica dos Arcos,
em Lisboa, a quem o Serviço Nacio-
nal de Saúde paga as interven-
ções. Com uma fatia de 29% do
total do País, esta clínica parti-
cular foi a que mais abortos fez,
com um total de 5790, em 2009.
Na zona centro, a Maternidade
Bissaya Barreto, em Coimbra, rea-
lizou no mesmo período um total
de 583 intervenções.
Este aumento geral de IVG con-
traria a tendência decrescente nou-
tros países europeus que optaram
pela legalização. “Legislou-se, mas
não se iniciou um programa a
sério de prevenção da gravidez.
Não há políticas preventivas e,
assim, o aborto vai continuar a
ser usado como um método de
não concepção", critica, à Lusa,
Luís Graça, director do serviço de
obstetrícia do Hospital de Santa
SAP e Centro de Saúde da Garcia poderão fechar
Prevista restruturação nas unidades
de saúde da Marinha Grande
A criação de três novas Unida-
des de Saúde Familiar (USF) no
concelho da Marinha Grande vão
levar a uma restruturação profun-
da da assistência médica aos uten-
tes. O Serviço de Atendimento Per-
manente (SAP) poderá encerrar,
uma vez que das 8 às 20 horas as
 Saúde 
primeiro, é igualmente de “difícil
interpretação” para os técnicos da
Direcção Geral de Saúde (DGS).
Primeiro porque “são desconhe-
cidos os números absolutos das
IVG por opção da mulher, bem
como a sua evolução temporal,
entes de 2007”, diz este organis-
mo em relatório. Depois, refere o
mesmo documento, estes são “os
primeiros anos da criação da rede
nacional, podendo este acrésci-
mo traduzir um aumento da pro-
cura de serviços que realizam IG
ao abrigo da lei. As mulheres ace-
dem progressivamente aos cui-
dados sem o receio da perda de
privacidade ou de serem penali-
zadas. E não necessariamente um
aumento absoluto de IG em Por-
A Clínica dos Arcos realiza 29% dos abortos legais do País tugal”.
O médico Pedro Mendes, do
Maria, em Lisboa e um dos maio-
res defensores da aprovação da
sultas por mês devido a compli-
cações decorrentes de abortos
Hospital Particular de Almada,
em declarações o DN, vai mais
lei. Para este clínico, a única ban- clandestinos. Agora, são duas ou longe e alega: “As mulheres come-
deira que os defensores da des- três, refere." çam a ver a IVG como um méto-
penalização ainda podem levan- O crescimento de mais 17 por do de planeamento familiar (…),
tar é a da diminuição das com- cento de interrupções voluntárias como algo inócuo, sem conse-
plicações associadas a abortos ile- da gravidez, no terceiro ano de quências”. 
gais "Antes tinha 20 a 22 con- aplicação da lei, em relação ao Graça Menitra
Prática com tendência a banalizar-se
A análise dos números da DGS, feita pela Federação Portuguesa pela Vida (FPV), mostra que o
aborto legal por opção representa 97% do total das interrupções. Os dados indicam também que
foi na faixa etária com menos de 15 anos de idade, na sua maioria estudantes ou desempregadas,
que a taxa mais cresceu em 2009 (30%). Outro dado relevante é que, no geral, entre 2008 e
2009, houve redução de abortos nas mulheres com menor nível de instrução e aumento entre as
mais instruídas. Ainda de acordo com a análise da FPV, mais de uma gravidez em cada duas mães
que não vivem com o pai do bebé terminam em aborto e 8% dos abortos, por opção, foram realiza-
dos por mães com três ou mais filhos e 21% por mães que já antes tinham abortado: uma vez
(79%), duas vezes (16%), e três ou mais vezes (5%). Os cerca de 50 mil abortos legais, realizados
desde Julho de 2007 até final de 2009, em Portugal, terão custado ao Estado mais de 30 milhões
de euros. 
USF estarão abertas, e de noite pelo Da mesma reunião resultou a Extensão do Centro de Saúde de
menos um médico estará de servi- decisão de que a continuidade do Vieira de Leiria, está previsto um
ço no Centro de Saúde, explica Luís Centro de Saúde da Garcia ficará melhoramento do serviço, nomea-
Marques, da Comissão para a defe- dependente da disponibilidade de damente do sistema de marcação
sa do Serviço de SAP, de acordo recursos médicos. “Enquanto hou- de consultas que, por força daque-
com as garantias dadas pelo Agru- ver recursos continuará em fun- la unidade de saúde ter muitos uten-
pamento de Centros de Saúde (ACES), cionamento”, lê-se n ocomunica- tes, tem sido deficitária. 
em reunião com aquela comissão. do da Comissão. No que respeita à PL
 | JORNAL DE LEIRIA |SAÚDE 13 de Janeiro de 2011 | 45

Torradas com mel

para combater
a ressaca
O segredo para combater a ressaca pode estar na combinação
inofensiva de torradas com mel. O investigador John Emsley, da
Royal Society of Chemistry, afirma que a receita é rica em potás-
sio, sódio e frutose e que, por isso, ajuda a acabar com as dores
de cabeça, náuseas e vómitos e também no processo de desinto-
xicação. A ressaca surge através do acetaldeído (ou etanal), subs-
tância tóxica na qual as bebidas alcoólicas são convertidas pelo
organismo. 

DR

Chá verde
contra alzheimer
Um estudo da Universi-
dade de Newcastle, Grã-Bre-
tanha, indica que o chá ver-
de pode proteger o cérebro
de doenças como alzheimer
e outros tipos de demência.
A pesquisa, liderada pelo
professor Ed Okello, foi divul-
gada na publicação espe-
cializada Phytomedicine e

DR
também sugere que o anti-
DR

go remédio chinês, popularizado em todo o mundo, pode

Tamanho dos dedos
pode indicar cancro
da próstata
O dedo indicador maior do que o anelar revela menor
probabilidade de desenvolver cancro da próstata, segun-
do um estudo inglês, publicado na British Journal of
Cancer. O tamanho dos dedos é determinado pela expo-
sição às hormonas ao longo da gestação. Os homens que
têm o anelar maior foram mais expostos à testosterona,
enquanto que os que têm o indicador maior estiveram
mais sujeitos ao estrogénio. Os investigadores compa-
raram as mãos de 1500 pacientes com cancro da prós-
tata com as de três mil homens saudáveis e concluíram
que o facto dos bebés estarem expostos a níveis meno-
res de testosterona, antes do nascimento, pode ser uma
protecção contra o cancro da próstata na fase adulta. 
ter um papel igualmente importante na protecção do
corpo contra o cancro. 
Aorta é vida
lança petição
A campanha Aorta é Vida, iniciativa inédita de sen-
sibilização da população portuguesa para os aneurismas
da aorta abdominal, acaba de lançar uma petição para
o reconhecimento legal do dia 24 de Novembro como o
Dia Nacional dos Aneurismas da Aorta Abdominal. Dis-
ponível no website da campanha – www.aortaevida.com
–, a petição pretende alertar população, classe médica e
entidades governamentais para a importância do diag-
nóstico precoce dos aneurismas da aorta abdominal,
patologia que afecta cerca de 700 mil pessoas na Euro-
pa Ocidental. 

Molécula que faz brilhar

pirilampos aplicada à biomédica
Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coim-
bra (FCTUC) descobriram como modificar a molécula que faz brilhar os pirilam-
DR

pos (bioluminescência). O objectivo, segundo o físico Fernando Nogueira, é desen-

volver um marcador químico para futuras aplicações biomédicas. Estes resultados são um “contributo importante
para o desenvolvimento de novas abordagens para aplicação no diagnóstico e tratamento de doenças”, realça o
também docente da FCTUC. Concluída a parte teórica, a pesquisa prosseguirá em laboratório, com a realização de
testes in vitro (linhas celulares) e in vivo (modelos animais). Este estudo resulta de quatro anos de investigação,
financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. 

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— Susana Pereira Rosas —
Rua João de Deus, 11, 1º Dtº - Leiria
Laboratório Central: Tel. 244 832 801/244 832 870
Av. C. G. Guerra, 43 - 2º A - 2400 Leiria
Tel. 244815444 /244815492 - Fax 244815690
2ªs a 6ªs - 8h00 - 18h00 - Sábados das 8h00 às 11h00
Ao abrigo do Artº 28-nº 1 dos Estatutos e dos Artº 28-nº 1, nº 2 e nº 3 e Artº
29 do Regulamento Interno e ainda segundo o Artº nº 6 e nº7 do Regulamento
Eleitoral do Atlético Clube da Sismaria, convocam-se todos os sócios efectivos
do A.C.S., para o dia 4 de Fevereiro de 2011, na sua Sede, às 20H30.
Ponto Único
Eleição dos Corpos Sociais para o biénio 2011/2012.
Obs.:
Segundo Regulamento Eleitoral, as listas concorrentes devem ser entregues ao
Presidente da Assembleia Geral até às 00H00 do dia 25 de Janeiro de 2011 na
sede do A.C.S.
O Presidente da Assembleia Geral
Sidónio Violante
Leiria, 30 de Dezembro de 2010

Unidades de Colheita:
Arcadas D. João III - 1º Piso - 39 - Tel. 244815444/244815492 - 2400 Leiria
2ªs, 4ªs, 6ªs - 8h30 - 10h00 / 3ªs e 5ªs - 8h00 - 10h00 CONVOCATÓRIA
Jornal de Leiria - Edição n.º 1383 - 13.01.2011
Urb. Vale da Fonte, Lt. 10 - Marinheiros - 2400 Leiria - Tel. 244856001
2ªs a 6ªs - 8h30 às 10h30 De acordo com a Lei Geral e os artigos 21º, 42º, 43º, 44º e 45º dos Estatutos é convocada uma
Urb. Qta. São Bartolomeu, Lt. 6 - n.º 3 R/C - 2400 Leiria - Tel. 244 841999 Assembleia Geral Eleitoral da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral de Leiria, a reunir no pró-
ximo dia 27 de Janeiro de 2011, com a seguinte ordem de trabalhos:
2ªs a 6ªs - 8h30 às 10h00 Ordem de trabalhos:
Rua da Mãe d’ Água, nº 14, R/C - Loja A - 2430 Marinha Grande - Tel. 244553609 - Ponto Único: Eleição dos Corpos Gerentes para o triénio de 2011 a 2013
A mesa de voto funcionará na Rua Verde Pinho, Lote 1, nº 201 Vale da Fonte em Marrazes,
2ªs, 3ªs, 5ªs, 6ªs - 8h30 - 10h e 4ªs - 8h00 - 10h00 Leiria, na sala de Fisioterapia – identificada para o efeito, no período compreendido entre as 09:00 e
as 18:00.
As listas presentes ao acto eleitoral deverão dar entrada nos serviços administrativos deste Cen-
tro de Reabilitação, até às 17:00 do dia 19 de Janeiro de 2011.
Publique-se
ABERTO TAMBÉM AOS SÁBADOS Leiria, 27 de Dezembro de 2010
O Presidente da Assembleia Geral,
Eng.º. Pedro Lopes Pereira Faria
DAS 8H00 ÀS 11H00

DIVERSOS

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varia de Cima. Tel. 919 183 540.
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919 992 696.
Jornal de Leiria - Edição n.º 1383 - 13.01.2011
De acordo com a Lei Geral dos Estatutos é convocada uma Assembleia Geral
Extraordinária da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral de Leiria, a reunir no
próximo dia 28 de Janeiro de 2011, pelas 18:00, no Centro de Reabilitação, sito na
Rua Verde Pinho Lote 1, nº 201 Vale da Fonte Marrazes em Leiria com a seguinte:
Ordem de trabalhos:
- Ponto Único: Tomada de Posse dos Órgãos Sociais da Associação Portuguesa de
Paralisia Cerebral de Leiria para o triénio de 2011 a 2013
Publique-se
Leiria, 27 de Dezembro de 2010.
O Presidente da Assembleia Geral,
Eng.º. Pedro Lopes Pereira Faria
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José Figueiredo
Advogado
Pós-Graduado em Direito Fiscal das Empresas

Áreas de Actividade
Direito Fiscal | Direito das Sociedades | Direito Comercial | Direito da Insolvência
Direito do Trabalho | Direito Administrativo | Direito do Ambiente | Direito Civil

Av. Combatentes da Grande Guerra, 43 - 2º C - 2400-123 Leiria - Portugal

Tel.: 244 823 755 ... Fax: 244 813 522
josefigueiredo-1985c@adv.oa.pt ... www.josefigueiredoadvogado.com
 | JORNAL DE LEIRIA | UTILIDADES | 13 de Janeiro de 2011 | 47

F A R M Á C I A S

ALCOBAÇA C. DA RAINHA LEIRIA Nova (Barosa) 244852808

MARINHA GRANDE POMBAL G. Tomaz 244832432 Sta Margarida (Arrabal) 244742482
QUINTA, 13 Campeão 262582156 B. Lisboa 262832324 Central 244502298 Vilhena 236212067 Nova Ortigosa (Ortigosa) 244614179
SEXTA, 14 Higiene 244833140 Azóia (Cruz de S. Tomé) 244882677
B. Marques 262582115 Freitas 262840030 Roldão 244502641 Vilhena 236212067 Antunes 244832465 Duarte (Coimbrão) 244606458
SÁBADO, 15 Epifâneo 262582124 Central 262831471 Moderna 244502834 Vilhena 236212067 Henrique
Lis 244882609
DOMINGO, 16 Magalhães 262582455 Maldonado 262831484 Duarte 244503024 Vilhena 236212067 Oliveira 244822757 (Sta Catarina da Serra) 244741474
SEGUNDA, 17 Campeão 262582156 Rosa 262831996 Sta. Isabel 244575349 Paiva 236212013 Sanches 244892500
Monte Real
(Monte Real) 244612253
TERÇA, 18 B. Marques 262582115 Perdigão 262880681 Guardiano 244502678 Paiva 236212013 Tomaz 244801332 Boavista (Leiria) 244723124
QUARTA, 19 Epifâneo 262582124 B. Lisboa 262832324 Central 244502298 Paiva 236212013 Sol (Monte Redondo) 244685127
Aberta 24 horas Moderna
NAZARÉ PORTO DE MÓS (Caranguejeira) 244732122
BATALHA FIGUEIRÓ Farmácia do Hospital de Sto. André
F. Silva Graça
QUINTA, 13 Ferraz 244765124 Vidigal 236552441 Sousa 262561221 Central 244440237 244881108 (S. Carpalhosa) 244613197
SEXTA, 14 Ferraz 244765124 Vidigal 236552441 Silvério 262552394 Central 244440237 Valente (Eira-Velha) 244722354
SÁBADO, 15 Silvério 262552394 Mirense 244440213 Senhor dos Milagres
Ferraz 244765124 Vidigal 236552441 De quinta a domingo (Milagres) 244851095
DOMINGO, 16 Ferraz 244765124 Vidigal 236552441 Silvério 262552394 Mirense 244440213 Cx. de Previdência 244771540 David (Santa Eufémia) 244801991
SEGUNDA, 17 M. Padrão 244765449 Serra 236552339 Ascenso 262551106 Mirense 244440213 (Maceira) Dulce Caçador
TERÇA, 18 M. Padrão 244765449 Serra 236552339 Ascenso 262551106 Mirense 244440213 De domingo a quarta
(Bidoeira de Cima) 244721222
Castela (Cortes) 244891445
QUARTA, 19 M. Padrão 244765449 Serra 236552339 Ascenso 262551106 Mirense 244440213 B. Godinho 244777284 (Arnal) Laranjeira Pais (Amor) 244861072

PASSATEMPOS

SUDOKU PALAVRAS CRUZADAS

SOLUÇÕES DA EDIÇÃO ANTERIOR
(COM 13 CASAS PRETAS)
Horizontais: 1- Extravio, perco. Trajasse. 2- Su-
fixo que indica espectáculo, vista. Peixes de car-
bone muito saborosa e alimentícia. 3- Salas
destinadas a projecções de filmes. 4- Magneti-
zavam. Nordeste (abrev.). 5- Enredar, intrigar.
Haver. 6- Estive inerente. Imagem santa vene-
rada na Igreja Ortodoxa. 7- O m. q. teiú (planta
brasileira). Planta herbácea da família das Or-
quidáceas, de cheiro repugnante. 8- Autores
(abrev.). Dizer maganices. 9- Dos Pirenéus. 10-
Origine-se, proceda. No dia anterior ao de hoje.
11- Não visto, odiado. Canoa de casca de árvore
com a proa e a popa achatadas (Bras.).
Horizontais: 1- APE. PLUMOSO. 2- RI-
NITE. EROS. 3- ARAD. GEMIAM. 4- CO-
Verticais: 1- Pedirei. 2- Pátria de Abraão. Aferro, MODATO. MI. 5- APOLO. ARC. O. 6-
caprincho. Maganés (s.q.). 3- Pertencente ou re- ORATORIOS. 7- I. ETA. IONIO. 8- SN. RI-
lativo aos Macabeus. Pavilhão (Abrev.). 4- Agou- POSTAR. 9- TAMISA. OIRA. 10- MDCC.
rar, pressagiar. Muito pequeno (Pref.). 5- RASGAM. 11- OOLOGIA. OSA.
Examinares com atenção. 6- Nome de mulher.
Verticais: 1- ARACA. ISTMO. 2- PIROPO.
Opera, actua. 7- Natural da Samaria. 8- Amar-
NADO. 3- ENAMORE. MCL. 4- IDOLA-
ram. Sala de projecções cinematográficas. 9- Co- TRICO. 5- PT. DOTAIS. G. 6- LEGA. O.
ragem!. Aquele que exerce a torêutica. 10- PARI. 7- U. ETARIO. AA. 8- MEMORIO-
Estranho (s.q). Canto fúnebre, elegia. Extra-Ter- SOS. 9- ORI. CONTIGO. 10- SOAM. SIA-
restre (abrev.). 11- Carta topográfica em relevo RAS. 11- OSMIO. ORAMA.
O objectivo é preencher um quadrado 9x9 com números de 1 a 9, sem repetir números em cada
linha e cada coluna. Também não se pode repetir números em cada quadrado de 3x3.

FICHA TÉCNICA
Redacção Colaboradores Assinantes - Patrícia Carvalho Distribuição: VASP - Sociedade de Transportes
JORLIS, LDA. Damião Leonel (C.P. nº 1768) Amélia do Vale, Ana Gomes, Ana Narciso, Anabela Fra- (assinantes@jornaldeleiria.pt) e Distribuição, Lda
Administração e Gestão: (damiao.leonel@jornaldeleiria.pt), zão, António Delgado, Cristina Nobre, Carlos Carmino, Ca- Tesouraria - Cília Ribeiro MLP: Media Logistics Park
Arnaldo Sapinho Daniela Franco Sousa (C.P. nº TP703) tarina Selada, Clarisse Louro, Diogo Mateus, Fernando José Quinta do Grajal - Venda Seca2739-511 Agualva Cacém
Direcção Editorial: (daniela.sousa@jornaldeleiria.pt), Rodrigues, Francisco Mafra, Helena C. Peralta, Henrique Serviços Comerciais
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Arnaldo Sapinho Graça Menitra (C.P. nº 1769) beiro, José Manuel Pereira da Silva, José Manuel dos San- Ferreira Branco (ferreira.branco@jornaldeleiria.pt) Assinatura anual: €35 (Portugal), €65 (restantes países
Coordenação executiva: (graca.menitra@jornaldeleiria.pt) tos, José Nunes André, Lima Bastos, Manuel Gomes, Helena Gonçalves (geral@jornaldeleiria.pt) da Europa), €93 (outros países do Mundo)
Rui Pereira Jacinto Silva Duro (C.P. nº 5084) Manuel Nunes, Márcio Lopes, Moisés Espírito Santo, Nuno Luís Clemente (luis.clemente@jornaldeleiria.pt)
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Maria Anabela Silva (C.P. nº 4308) Paulo Gonçalves, Pedro Serras, Rui Matos, Rui Santos, Propriedade/Editor Mês de Dezembro 15.000 exemplares
(anabela.silva@jornaldeleiria.pt) Telmo Faria, Teresa Caeiro, Tomás Oliveira Dias Jorlis - Edições e Publicações, Lda.
Miguel Sampaio (C.P. nº 8662) Capital Social: €600.000 Nº de registo: 109980
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redaccao.viver@jornaldeleiria.pt Cartoonista Rui Pedro Lourenço Rua Comandante João Belo, nº 31
Colaboradores permanentes Apart. 1098 2401-801 Leiria
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Trindade, Orlando Cardoso Recepção - Helena Gonçalves Impressão: Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas, S.A.

BOLETIM DE CLASSIFICADOS B O L E T I M D E A S S I N AT U R A
NOME ________________________________________________________
MORADA ______________________________________________________ NOME
__________________________________________ TEL. |__|__|__|__|__|__|__|__|__ |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|
N.º CONT. * __|__|__|__|__|__|__|__|__| C. POSTAL|__|__|__|__|-|__|__|__|
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LOCALIDADE ____________________________________________________
* Preenchimento obrigatório
|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|
TEXTO A ANUNCIAR
25 quad.
MORADA |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|
50 quad. |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|
75 quad.
|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|
100 quad.
C. POSTAL|__|__|__|__|-|__|__|__|LOCALIDADE|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|
125 quad.

PAÍS|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| TEL.|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|
À LINHA 2 publicações  4 publicações 
PROFISSÃO |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|HABILITAÇÕES LITERÁRIAS |__|__|__|__|__|__|
 75 quadrados obrigatórios 20 €  35 € 
 100 quadrados 30 €  45 €  |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| N.º ELEMENTOS AGREGADO FAMILIAR |__|__|
 125 quadrados 40 €  60 € 
 Valor adicional se pretender fotografia 5€ N.º CONT.|__|__|__|__|__|__|__|__|__| DATA DE NASC.|__|__|/|__|__|/|__|__|__|__|
Indique a secção onde pretende ver publicado o seu anúncio
 IMOBILIÁRIO  Arrendar  Venda  Trespasse  Compra
Junto envio cheque/vale postal nº |__|__|__|__|__|__|__|__|__| no valor de €35
 EMPREGO  Precisa-se  Oferece-se (Portugal), €65 (outros países da Europa), €93 (outros países do Mundo)
 MOTOR  Venda  Compra
 DIVERSOS  Mensagem  Explicações  Geral emitido à ordem de Jorlis, Lda., para pagamento da minha assinatura anual do Jor-
COMO PREENCHER nal de Leiria (renovável anualmente, salvo indicações em contrário).
1. Escrever o anúncio pretendido na quadrícula. Cada letra deve ser escrita num dos quadrados, deixando um quadrado livre entre cada palavra.
2. O pagamento deverá ser enviado juntamente com o cupão. Os preços indicados incluem IVA 23%. Para mais informações contactar Patrícia Carvalho - Tel. 244 800 400 - E-mail: assinantes@jornaldeleiria.pt
3. O anunciante deverá levantar as respostas na sede do Jornal de Leiria.
4. O anúncio a publicar deverá ser entregue até ao final de cada segunda-feira anterior à saída do Jornal de Leiria ou através do correio para a morada Assinatura __________________________________________________________________
Rua Comandante João Belo, n.º 31 . Apartado 1098 . 2401-801 Leiria.
 O TEMPO
Sexta-feira Sábado Domingo

15 C 15 C 15 C

7C 8C 9C
Encoberto Encoberto Chuva

"O homem superior é impassível por natureza: pouco se lhe dá que o elogiem ou censurem - ele não ouve senão a voz da própria consciência." Napoleão Bonaparte

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Contibatalha lesou clientes em 1,1 milhões de euros CRÓNICAS SEM TÍTULO

Contabilista acusado Suspeito que no dia e na hora

em que escrevo este texto, Portu-
gal esteja perante um dos mais difí-

de burla qualificada ceis obstáculos dos seus últimos

anos. Está em causa a necessidade
urgente de vender dívida pública,
A Polícia Judiciária, atra- empurrando para mais tarde o seu
vés do Departamento de pagamento, com juros que fiquem
Investigação Criminal de abaixo dos 7%. A vontade dos res-
Leiria, concluiu a investi- ponsáveis políticos nos últimos anos, na perspecti-
gação relativa ao caso Con- va de se fazer de Portugal um país moderno, esque-
tibatalha e remeteu a pro- ceu que sem conhecimento e saber, sem desenvolvimento
posta de acusação para o cultural e sem tempo para o conseguir, todas as obras,
Ministério Público de Por- por maior que seja a sua justificação, ficam inaca-
to de Mós. Segundo foi pos- badas, por mais lustres, luzes e cores que pareçam
RICARDO GRAÇA/ARQUIVO

sível apurar, foram acusa- ter. É verdade que, desde a adesão de Portugal à
dos Rui Trovão, dono do União Europeia, se fez muita coisa, criando-se a sen-
gabinete de contabilidade,
a esposa e um funcionário.
ECONOMIA sação de que o país não ia já recuar e cair num grau
de endividamento incontornável, que lhe perturbasse
De acordo com o comu- um crescimento económico razoável e uma consis-
nicado da PJ, a “complexa lha os montantes relativos euros”, espera “pena efec- Trabalhadores tente comodidade social. Seja qual for o resultado
investigação” incidiu sobre
a prática de cerca de 50 cri-
aos pagamentos devidos à
Segurança Social e ao Fis-
tiva” para os acusados e
garante que irá “até às últi-
a recibo verde da quase derradeira tentativa que o governo está
hoje a fazer em Frankfurt, Portugal dificilmente se
mes de burla qualificada, co, valores com que se locu- mas consequências em ter- recebem livrará de anos difíceis no seu próximo futuro.
peculato e falsificação de pletavam [enriqueciam] o mos de pedido de indem- Na melhor das hipóteses, a redução dos níveis de
documentos, que “lesaram contabilista e seus com- nização”. Sustenta que pelo menos 8,5% desemprego que hoje temos e a recuperação da saú-
PÁGINA 38
gravemente” cerca de 45 participantes”, num mon- menos um das empresas do de financeira das empresas, pessoas e famílias só
empresários das zonas de tante que ascendeu a cer- grupo “perdeu completa- poderá voltar ao nível dos últimos anos, lá para
Porto de Mós, Batalha e Lei- ca de 1,1 milhões de euros. mente a viabilidade” devi- 2013/14. Por muitas obras que se tenham feito, e
ria, “criando nalgumas “Não quero fazer comen- do aos prejuízos causados Nemátodo ameaça fizeram, seja no contexto do parque escolar, das vias
empresas sérias dificulda-
des económicas”.
tário nenhum. Só no sítio
certo”, afirma Rui Trovão.
pelo gabinete de contabili-
dade e lamenta que não
indústria de comunicação ou do sistema de saúde e por maior
que tenham sido as conquistas e os progressos sociais
A investigação concluiu Carlos Crespo, adminis- tenham sido acusados outros da madeira nesses domínios, a produtividade manteve-se baixa
que os clientes “entrega- trador do Grupo Planeta, funcionários “que sabiam PÁGINA 23 e as nossas exportações não cresceram ao ritmo dos
vam numa empresa de con- cujas empresas foram lesa- o que se passava”. I investimentos feitos. O país não poderá correr, como
tabilidade da zona da Bata- das em “mais de 400 mil RSS correu, no que respeita ao investimento e à criação
acelerada de emprego como na época dos governos
Leiria maioritários de Cavaco Silva, de António Guterres e
Leonel Pontes responsabiliza UDL e Raul Castro durante os primeiros anos da governação de José
Sócrates. Ao mesmo tempo que os governos inves-
União de Leiria inviabiliza Lobo Antunes tiram, descredibilizaram as instituições públicas e
fala sobre política engordaram o Estado para níveis de despesa injus-
que Incentea se instale no estádio de valores
tificáveis, tendo em conta o pequeno país que somos.
O mal do país é mesmo a dimensão do Estado e os
A Incentea e a Leirisport ra das negociações, revela çasse. “Não mostrou vonta- João Lobo Antunes, neuro- anacronismos do seu modelo de funcionamento. É
estiveram em negociações que houve entraves, nomea- de que o negócio se fizesse cirurgião e mandatário nacio- contra este estado de coisas que se devia fazer gre-
para aquele grupo empre- damente por parte do “ren- e nas minhas costas foi falar nal de Cavaco Silva à Presi- ve. Talvez neste caso, os criadores de emprego.
sarial de tecnologias de ges- deiro [UDL], que inviabili- com a empresa interessada dência da República, vai estar Cada português terá que rever o seu “plano de
tão, de Leiria, se instalar no zou todas as possibilidades”. em sentido contrário.” na próxima quarta-feira, em negócios” para 2011 e os que se lhe seguem, reo-
Estádio dr. Magalhães Pes- Em causa parecem ter esta- Raul Castro apenas refe- Leiria, para uma conferência rientando os consumos, poupando onde puderem
soa. Em causa estaria uma do alguns gabinetes, que re que o “espaço oferecido subordinada ao tema Uma polí- para investirem onde devem. Os governos e as empre-
renda mensal acima dos seis segundo o contrato estão à Incentea iria ocupar cama- tica de valores. O evento decor- sas terão que fazer o mesmo. Direi mesmo que, mais
mil euros. entregues ao União de Lei- rotes, o que levantava algu- re no âmbito da campanha de importante do que nunca, é agora pensar antes de
António Poças, presidente ria, e que seria necessário mas questões de segurança Cavaco Silva, mas é aberta ao fazer. Sabe-se que nem o país, nem as autarquias,
do Conselho de Adminis- serem libertados para pos- e diminuía a capacidade do público em geral. O encontro nem as empresas, famílias e cada um individual-
tração da Incentea, confir- sibilitar o negócio. Segun- estádio”. O director-despor- realiza-se no Hotel Eurosol, a mente, devem deixar de investir no crescimento cul-
mou o interesse e refere que do o ex-presidente da empre- tivo da SAD do União de partir das 21:15 horas. I tural, no conhecimento e no saber, mesmo que se
“havia duas ou três possibi- sa municipal, o União de Leiria, Rodolfo Vaz, também tenha que poupar em obras e bens que, fazendo fal-
lidades no estádio em sítios Leiria “não utiliza aqueles confirmou que o espaço indi- ta, se podem não ter ou, no mínimo, adiar. Neste
diferentes”, mas que teria de espaços nem permitiu que cado seriam os camarotes contexto não se pode esquecer que a língua portu-
haver alguns ajustes. “Havia se utilizassem fosse a que Nascente, que se fossem ocu- OPINIÃO guesa, pátria de Fernando Pessoa e de muitos de nós,
algumas coisas que nós que- pretexto fosse”. pados por uma empresa se fala no Brasil, em Angola e noutros países e que
ríamos que não foi possível Para Leonel Pontes, o pre- “iriam inviabilizar a reali- por lá se poderá viver melhor. Se houver “cabeça” e
José Benzinho
fazer” adianta. sidente da câmara, Raul Cas- zação de jogos internacio- saber!. I
Já Leonel Pontes, presi- tro, também não contribuiu nais e meetings de atletis- José Ribeiro Vieira
dente da Leirisport na altu- para que o processo avan- mo”. I
Este ‘estudo’ [à Leirisport] serviu
para quê?
SUGESTÕES DE LEITURA
Polícia disciplina estacionamento no hospital
As autoridades policiais estão a ser do parque”, onde os “constantes estacio- PÁGINA 16
G Viagem ao poder da mente
chamadas, desde ontem, para repor a nor- namentos abusivos e desordenados”, pro-
Eduardo Punset
malidade no parque de estacionamento vocavam “permanentes constrangimen- Henrique Neto
do Hospital de Santo André, Leiria. Em tos à circulação”. Considera também que Editora: D. Quixote
comunicado, a administração da insti- “as baixas tarifas praticadas têm um cariz
tuição reitera que a reorganização do absolutamente social” (cinco cêntimos G Pagadores de Crises
espaço e a tarifação do estacionamento por cada período de 15 minutos), permi- Gosto cada vez menos José Goulão
é “absolutamente legal”, e que tem com tindo a utilização pela “esmagadora maio- de campanhas eleitoraios Editora: Sextante
“único objectivo disciplinar a utilização ria dos utentes”. I PÁGINA 13