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PELO OLHAR DA SEMIÓTICA: LEITURA E

PRODUÇÃO DE TEXTO

SIMÕES, Darcilia Marindir Pinto


MELO, Eliana Meneses de

INTRODUÇÃO

Voltado para o amplo universo da linguagem, este artigo visa


apresentar reflexões em torno dos diferentes olhares que as teorias
da Semiótica e lingüísticas emprestam ao pesquisador cuja
intencionalidade se direciona à análise e interpretação das produções
discursivas engendradas pela sociedade. O mundo das práticas de
vida é o mundo das linguagens, dos muitos discursos que percorrem
as múltiplas ações e reações na vida cotidiana.
Livres e ao mesmo tempo presos nos constantes diálogos
realizados em diferentes esferas da existência social, as linguagens
são reveladoras de marcas culturais e das mudanças empreendidas
no eixo da história. Mergulhada em mudanças originárias nos fatores
tecnológicos e econômicos, esta sociedade tem em seu cerne a
comunicação e o consumo a transitarem o cotidiano, ao mesmo que
abarcam o homem: sujeito e objeto de um percurso que impõe e
sobrepõe valores. São os efeitos das sociedades complexas, nas
quais, em linhas irregulares, produzem e se fazem circular múltiplos
discursos.
Nas dimensões da complexidade contemporânea encontra-se a
uma gama enorme de percursos revestidos por signos em múltiplas
significações. São as linguagens em criação e recriação a percorrerem
os espaços do contraditório. É o verbo e as imagens que se associam
em torno da metrópole em suas variadas formas de consumo cultural
e entretenimento e que ao mesmo tempo em que integram diferentes
sujeitos do corpo social, espelham as diferenças entre o imaginário e
o lúdico a partir do espaço geográfico de residência e circulação. (
MELO: 2008, p. 8)

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Sendo os diferentes diálogos sociais dinâmicos, os enunciados
que os materializam são igualmente dinâmicos e passam, no mínimo,
por uma leitura para cada sujeito envolvido no ato de comunicação.
Trata-se de leituras realizadas pelos sujeitos e de suas
multiplicidades, como afirma Bakhtin (1988), ao tratar do aspecto
responsivo do ouvinte. Qual seja, o sujeito que recebe o enunciado,
ao compreendê-lo na prática do discurso, está em colóquio com as
suas experiências. Neste sentido, é um sujeito plural que dialoga com
o autor.
A capacidade e habilidades de leitura constituem elementos
essenciais para o desenvolvimento do intelecto. Através das ações
circunscritas à leitura, o sujeito realiza uma atividade de
interpretação que lhe leva a elaborar concordâncias ou refutações,
incorporando , ou não, novas idéias em suas práticas cotidianas.
Por este entendimento, um dos pontos principais em torno do
qual repousa a questão do entendimento e interpretabilidade se
localiza na escrita, no registro efetivo das linguagens. Segundo
TODOROV (1982), qualquer sistema semiótico visual espacial pode
ser considerado um sistema de notação de linguagem: mitografia,
logografia, morfemografia.
O homem tem registrado seus comunicados, suas
intencionalidades discursivas através dos tempos, estabelecendo um
diálogo entre um povo buscando ao outro: informa, comunica,
tornam comum diferentes níveis de necessidades. Da sintaxe
construída por imagens, representações de objetos, até chegar ao
registro dos signos verbais, à semiótica complexa como hoje, a
compreensão dessas sintaxes pressupõe o conhecimento do sujeito
sobre a forma de representação utilizada, ou o desejo de entendê-las,
de decifrá-las. (MELO: 2008. p.19)
Por certo que compreender enunciações, implica no
reconhecimento das formas utilizadas para a comunicação, da cultura
e dos valores que a gerou. A afirmação nos remete às práticas

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sociais, seus sistemas, sujeitos que apresentam diferentes níveis de
experiências culturais e leitura de seu entorno, sempre gerando
outros enunciados.
Haver humanos implica em existir discursos, sujeitos a
produzirem discursos e leituras. Em tempos de diversidades
tecnológicas, novos veículos de comunicação e maior precisão nos já
existentes, tornam-se mais perceptíveis às complexidades sociais:
dos indivíduos e dos discursos por eles produzidos. Sendo assim, a
leitura vai além da apreensão maquinal de sentidos, deve atingir ao
entendimento das situações humanas e gerar novas leituras.
De certa forma, pode-se compreender a leitura enquanto
atividade social: lê-se o que está escrito, seja qual for o sistema
representação. Reside na vida em comum a necessidade da leitura:
ler o que é comunicado. Lê-se a fala dos sujeitos-leitores dos
diferentes cenários: ler as linguagens em circulação, dentro das
possibilidades que envolvem as próprias experiências humanas. Toda
comunicação para ser apreendida, portanto, para ser lida, passa por
um saber específico em relação à modalidade da linguagem na qual
se manifeste o objeto da leitura. Assim, o nível de conhecimento
incide no nível de apreensão realizado pelo sujeito.
Em síntese, no contexto onde as linguagens circulam,
desenvolvem-se as transformações, traços de sentidos adicionados
aos já existentes constroem, nas dinâmicas das linguagens em
movimento, novos recortes e valores: cultura em movimento. Os
sistemas conceituais fornecidos pela Semiótica emprestam a este
artigo caminhos possíveis para reflexões sobre pesquisa, ensino e
práticas de leitura.

1-A LEITURA EM PERSPECTIVA ICÔNICA

Em primeiro plano, a capacidade e habilidade de leitura são


condições fundamentais para o desenvolvimento do intelecto. Pela

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convivência com textos, os sujeitos ampliam a percepção sobre a
linguagem e, em consequência, suas ideias sobre o mundo em sua
volta. Todavia, para que isso ocorra, se faz necessário um trabalho
sistemático de interação com os diferentes textos que produzimos.
Neste âmbito que estão situadas as investigações icônicas para as
práticas de leitura.
Em conformidade com a Semiótica de inspiração nos estudos
de Peirce (1839-1914), se formula a Teoria da Iconicidade Verbal
(SIMÕES, 2007-2009). Essa construção teórica se propõe a orientar a
leitura e também a produção de textos, baseando-se nas qualidades
e relações sígnicas, a partir da possibilidade em identificar ícones e
índices (função semiótica) na superfície dos textos.
Uma vez compreendidas as funções semióticas, os sujeitos
estarão preparados para enfrentar leituras de textos simples e
complexos, a partir daí poderão enfrentar os sinais que lhes dão
condições de entender a mensagem do texto.
A Teoria da Iconicidade verbal vem suprir a necessidade
crescente de uma base teórica que observasse o signo em sua
materialidade sonora e visual. O interesse pela materialidade do
signo surge ao se considerar a mediação durante a interação
comunicativa. Seja no nível da oralidade, seja no nível da escrita, a
materialidade do signo se evidencia. Nestes termos, acredita-se na
premissa de que qualquer signo é criado a partir da imagem mental
sobre algo. Essa primeira imagem é um ícone. Ela se torna conhecida
por meio de sua representação de um ícone de segunda, ou
hipoícone, o qual tenta re(a)presentar o objeto pensado a partir de
um sinal material ou gráfico.
Disso é possível deduzir que temos por premissa que o ícone é
fonte primária do signo. A prova disso é encontrada na origem da
comunicação humana, já que as primeiras linguagens humanas se
constituíram a partir das imagens.

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Segundo SIMÕES (1994i - 2009), ―O iconismo da imagem se
assenta em relações de analogia ou similaridade com seu referente
(ideia-objeto representada).‖ Conforme a Semiótica visual, a imagem
é uma manifestação auto-suficiente, une um texto porque comunica
uma mensagem (SIMÕES, id.).
Existem diversas posições teóricas sobre iconicidade. Ocupamo-
nos da iconicidade do signo verbal, na qual se destaca a iconicidade
diagramática. Diferentemente do construto de Saussure, o enfoque
paradigmático e sintagmático no plano semiótico observa as relações
simbólicas possíveis extraídas da superfície textual, as quais servem
de indutores para a interpretação.
Cumpre esclarecer que, nessa perspectiva, não são
consideradas as relações in praesentia o in absentia – tão relevantes
para o estudioso genebrino. Do ponto de vista semiótico aqui
adotado, os signos produzem sua semiose a partir da relação
imediata emergente de sua participação nos textos. Não se devem
desprezar as inferências, ilações, implicaturas etc., mas a produção
do signo interpretador do signo interpretado nasce da
contextualização do signo, já que tudo pode ser signo de tudo (cf.
SIMÕES, 2007, p.42).
Ademais, signo é tudo o que possa ser conhecido, tudo o que
possa ser reconhecido. Todavia, para que um signo potencial possa
funcionar como signo, deve estar relacionado a um objeto, deve ser
interpretado e produzir um interpretante na mente do sujeito
implicado. Este processo interpretativo é denominado semiose. E a
iconicidade focalizada neste artigo é a potencialidade de materializar
nas mentes interpretadoras signos-referência, os quais deflagrem o
processo interpretativo independentemente do código em uso
(SIMÕES ibidem).
Assim sendo, o edificio da Teoria da Iconicidade Verbal tem por
premissas:
1. O signo verbal é uma imagem. (sonora o visual);

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2. A seleção e a combinação produzem a iconicidade textual no
nível diagramático;
3. O projeto comunicativo se baseia na verossimilhança e visa à
eficácia textual;
4. O texto deve ser analisado em seus atributos plásticos;

2- ACTANTES, ENUNCIADOS E LEITURA

Nos termos apontados por Greimas (1979, p.11), um enunciado


omitido nas manifestações textuais assinala a presença de
enunciados subjacentes que aparecem como uma representação
sintático-semântica e que expressa um nível de estrutura profunda.
As estruturas de superfície manifestam textos ocorrenciais. Assim, o
enunciado elementar é concebido como função que se relaciona por
relações paradigmáticas.
No nível do esquema sintático, compete às unidades
paradigmáticas organizarem a narrativa. Para Greimas (Op cit, p.18
)―é somente o reconhecimento das projeções paradigmáticas que
permite falar da existência das estruturas narrativas‖. Ao reconhecer
as relações pragmáticas, igualmente são reconhecidas a as
sintagmáticas que também podem desempenhar o papel de eixo
condutor das emanações por onde se articulam os elementos de
expressão do sentido.
Nas dimensões do espaço destinado ao enunciado de base é
onde encontramos o sujeito com um actante definido pela função na
qual se inscreve. Nas relações sintagmáticas (presentes na estrutura
narrativa) repousa um sentido, um agente motivador. Situa-se nesse
ponto o que Greimas chamou de conceito operatório e que evidencia
o esquema narrativo, locus de articulação da atividade humana a qual
erige em significação (1979, p.14).
Desta forma, implícita ao sentido produzido nas comunicações
está a sintaxe pela qual circulam actantes de um discurso, no

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contexto da enunciação. A memória dos actantes aparece nos
discursos através do encadeamento de certos elementos que na
enunciação expressam as marcas de espaço, tempo e dos sujeitos
que se situam na enunciação. Cada discurso contém determinantes
para a sua leitura, diretamente implicados aos seus estatutos
discursivos e ao conjunto de signos através dos quais ganham
materialidade.

3 - A LEITURA E O LEITOR

Ao trazermos a este contexto os postulados da Semiótica


narrativa e discursiva, o fazemos por entender que, ao lidarmos com
o leitor contemporâneo nos cenários das práticas pedagógicas, o que
se observa na maioria dos casos, principalmente nos estudantes que
iniciam a graduação - e até mesmo nos já graduados – são relações
de leitura nas quais o sujeito leitor posiciona –se como único. Neste
caso, o diálogo entre sujeito autor e sujeito leitor deixa de existir , ou
se torna frágil.
Necessário se faz termos em mente que a negação do outro
decorre das dificuldades em compreender que ler implica em
desmanchar o percurso elaborado pelo outro, retirando o conteúdo,
o conjunto de idéias emanadas pelo texto. Os índices oficiais sobre o
desempenho de nossos alunos, assinalam o resultado de tal prática.
Por este anglo, a experiência docente nos revela que a leitura se
realiza por transferência, por um desejo de que o outro tenha querido
dizer algo que se ajusta às vivências do leitor.
Inegável é o fato de que somos frutos de nossas experiências e
que nossa visão de mundo se origina do mundo culturalmente
compartilhado. Nossa reflexão caminha para as questões que se
manifestam no cotidiano com a leitura, na percepção de papel
desempenhado pelo leitor frente ao texto acadêmico. Nesta

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modalidade textual, o sujeito –leitor é inserido nos mecanismos de
construção e comunicação do conhecimento.
O sujeito – leitor fica diante, sobretudo, de um universo lexical
e dos procedimentos normativos do grupo comunitário profissional e
científico ao qual pertence o discurso produzido, em um contexto
específico. Trata-se, em termos gerais, de reconhecermos diferenças
motivadoras que circundam a elaboração de um texto acadêmico e a
necessidade de haver uma preparação para a realização da leitura.
De maneira geral, o sujeito-leitor , no caso dos graduandos, não
dispõe de ferramentas que o auxiliem a penetrar na leitura.
Em decorrência, em termos exemplificativos, reportamo-nos
aos textos de TCC (Trabalhos de Conclusão de Curso), nos quais é
comum a presença de produção textual cuja intencionalidade seja
apresentar as idéias de determinados autores ou teorias. Muitas
vezes, o que temos é uma distância acentuada entre os conceitos, ou
proposições de pesquisadores, e o que o sujeito – leitor – aluno trás
em seu texto.
O fenômeno identificado mostra um leitor que lê a si próprio no
outro. Narra uma intencionalidade discursiva atribuída a determinado
autor, fato muita vezes cobrado em bancas examinadoras. A
problemática ganha destaque na medida em que, ao entrarmos nas
dimensões do texto científico, saímos do imaginário subjetivo,
alimentado pela poética, para atingirmos a literatura científica e seu
estatuto: comunicação da produção do conhecimento.
A aplicação de elementos da teoria greimasiana como
ferramenta na formulação de um método para as práticas de leitura
da literatura científico- acadêmica tem se revelado eficaz. Dela
destacamos alguns pontos: a concepção da narração sempre
presente nos níveis mais profundos; os papéis actanciais e o percurso
em torno do objeto- valor.
Em primeiro plano, ao se ter à compreensão segunda a qual
toda produção textual apresenta, independentemente da forma

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manifestada, tem em sua estrutura profunda a intencionalidade
narrativa, permite a formulação de uma primeira base conceitual
sobre a literatura acadêmico-científica e um instrumental para o
sujeito –leitor: o autor tem como intencionalidade contar o
pensamento dele em torno de determinada temática, narrar a idéia e
como chegou a ela e em quais pontos a fundamenta. Neste caso, o
sujeito-leitor deve identificar o caminho elaborado pelo sujeito-autor.
Com relação aos papéis actanciais, temos aí um ponto
fundamental para a leitura do texto científico: a separação entre o
sujeito-leitor e o sujeito – escritor. Separadas essas relações
actanciais, opera-se um fato importante que é a identificação dos
sujeitos com os quais o escritor dialoga para a fundamentação de
suas idéias. Quais os papéis de cada um no contexto do discurso
elaborado? Em relação ás idéias, cumprem o papel de adjuvantes ou
oponentes?
Como define Greimas, no clássico Prefácio à obra de Courtés:

o percurso narrativo de um destinador, possa


aparecer não apenas como o lugar de exercício do
poder estabelecido, mas também como aquele que
em que esboçam os esquemas de manipulação e
se elaboram ações narrativas auxiliares visando
levar os sujeitos a realizarem um determinado
fazer desejado ( COURTES, 1979,p.33 )

Nos termos da literatura acadêmica, o autor é o destinador cujo


objeto valor reside na própria comunicação do conhecimento. Para
tal realiza programa narrativo constituído ações reflexivas e práticas
que nortearam o resultado final. Do tema à sustentação de hipóteses,
portanto, o destinador busca a sedução baseada em mecanismos
operacionais característicos do universo de discurso acadêmico. Seus
pares, referências e fontes de pesquisa, ajudam a configurar a lógica
da sedução.
A conjunção com o objeto de desejo está presente na medida
em que se realiza a leitura, a decomposição do percurso elaborado

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pelo destinador. Compete ao leitor, em seu papel a de sujeito,
caminhar pelo percurso do outro, do autor e identificar cada as
narrativas auxiliares trazidas no texto que dão forma as idéias do
outro, do destinador. Em posse do percurso realizado pelo outro pode
expressar seu saber e conhecimento e trazer o resultado desta leitura
para a elaboração de outro discurso, outro texto.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A preocupação com as práticas pedagógicas voltadas à leitura


nos diferentes níveis de ensino está presente em vários seguimentos
de pesquisa. Muitos são os resultados de avaliações que ganham
espaços em diferentes veículos midiáticos revelando resultados
aquém do que se espera do estudo em habilidades de leitura.A
Sociedade do Conhecimento precisa de mais seres envolvidos no
sistema social e com o conhecimento. Na chamada massificação do
ensino superior, esse destinatário é acentuadamente marcado por
todos os fatores .
Estamos falando da comunicação do conhecimento: da leitura
difícil ou da leitura fácil. Reside nesse ponto a problemática: como
formar indivíduos socialmente responsáveis, capazes de identificar
problemas, gerar soluções e comunicá-las em um universo do saber/
conhecimento enquanto objeto de consumo? Na sociedade para a
qual ver se confunde com saber? Longe de esgotarmos a temática,
apresentamos um caminho que trilhamos em busca de instrumentais
para o trabalho com a leitura e o sujeito leitor.
A Semiótica, seja qual for a vertente, oferece base conceitual
para a realização de leituras das diferentes linguagens.Neste sentido,
ter como subsídio um diálogo entre teorias da Semiótica e da
Linguística, com vistas a orientar a análise e a interpretação das
produções discursivas — materializadas em textos na sociedade e nas
salas de aula.nos diferentes níveis de ensino tem revelado resultados

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edificantes,seja qual for a modalidade textual. Levando-se que as
dinâmicas em aulas de linguagem têm por objetivo a eficácia na
comunicação,implícito está a necessidade de dotar o sujeito de um
saber específico em relação à modalidade da linguagem na qual se
manifeste o objeto da leitura.
Por último, o nível de conhecimento remete ao nível de
apreensão realizado pelo sujeito. A partir das bases conceituais de
Peirce, nasceu a Teoria da Iconicidade Verbal, que vem subsidiando
as aulas de gramática e estilística; no mesmo caminho, a utilização
de recursos inspirados na teoria de Greimas, temos desenvolvemos
estudos dos processos de enunciação, sujeito e leitura que dão
suporte à leitura e a produção de textos acadêmicos. Além de
otimizar o ensino dos conteúdos linguístico-gramaticais
indispensáveis ao adequado desempenho verbal nas instâncias
públicas (a norma culta), estamos conseguindo formar sujeitos
leitores plurais.

REFERÊNCIAS :

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 9ª ed. São


Paulo: Hucitec, 1999.

COURTÉS, J. Introdução à Semiótica Narrativa e Discursiva.


Coimbra: Almedina, 1979.

MELO. E. ―Leitura, Literatura Científica e as Parábolas do


Conhecimento‖. Caderno Seminal,vol.9, nº 9 (jan/jun-2008). Rio de
Janeiro, Dialogarts, 2008. Disponivel em
<http://www.dialogarts.uerj.br/arquivos/seminal09.pdf>

______.PRADOS, R.M.,GARCIA W. Linguagens, tecnologias,


Culturas: discursos contemporâneos. São Paulo: Editora Factach
,2008.

SIMÕES, Darcilia. Iconicidade e verossimilhança. Rio de Janeiro:


Dialogarts. 2007. Disponível em http://www.dialogarts.uerj.br

______. Iconicidade Verbal: Teoria e Prática. Rio de Janeiro:


Dialogarts, 2009. Disponível em: http://www.dialogarts.uerj.br

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TODOROV&DUCROT. Dicionário das. C. da Linguagem. Lisboa:
Publicações Dom Quixote, 1982.

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