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A COMPANHIA | Ambiente Fiscal da Indústria de Hardware

Ambiente Fiscal na Indústria de PCS no Brasil


Impostos Federais
Impostos Estaduais - ICMS
A Subvenção para Investimento - Incentivo do Imposto de Renda
A Visão da Administração sobre o Ambiente Fiscal
Âmbito Federal
Âmbito Estadual
Ambiente Fiscal na Indústria de PCS no Brasil
Tendo em vista que o mercado tem muitas dúvidas e incertezas em relação ao ambiente fiscal do setor de PCs brasileiro, procuramos esclarecer e detalhar
nesta seção, as principais questões relacionadas a esse assunto.
A indústria de PCs no Brasil conta com redução de impostos tanto no âmbito federal quanto no estadual, com o objetivo de incentivar a geração de
empregos e combater a informalidade. Detalhamos a seguir, uma estimativa da carga tributária sobre a fabricação de PCs no Brasil:

Imposto Legislação Ano de Expiração PC Importado PC Brasileiro


1- Impostos Federais
Imposto de Importação (II) Várias leis federais Nenhum 16% em média 2% em média sobre componentes
Impostos sobre a venda
- IPI¹ Leis 8.248/91, 10.176/00 e 11.077/04 Até 2019 15% 0,75%
- PIS/COFINS² Lei 11.196/05 e MP 472/2009 Até 2014 0% 0%
2- Impostos Estaduais
Impostos sobre a venda
- ICMS³ Várias leis estaduais Nenhum 12% 0%
Total de impostos (média) 43% 2,75%
¹ Redução do IPI é função do cumprimento do Processo Produtivo Básico e investimentos em P&D
² Sobre a venda direta de PCs de até R$ 4.000,00. Na venda indireta, 9,25% de PIS/COFINS.
³ Alíquota média efetiva sobre a venda interestadual entre os estados das regiões Sul e Sudeste
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Impostos Federais
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados
O principal incentivo federal é a redução do IPI, que atualmente é de 95%. Para fazer jus a esse benefício, os PCs devem ser produzidos de acordo com o
Processo Produtivo Básico - PPB, conjunto mínimo de operações necessárias para caracterizar a efetiva industrialização em território nacional, que, dentre
outras coisas, exige que parte dos componentes sejam adquiridos de fabricantes locais. A redução do IPI tem validade até 2019 e varia de acordo com o
seguinte cronograma:

Período Redução do IPI Alíquota Efetiva


2004 a 2014 95% 0,75%
2015 90% 1,5%
2016 a 2019 70% 4,5%
Para usufruir deste benefício, a companhia deve investir anualmente uma parcela do faturamento bruto de PCs em atividades de pesquisa e
desenvolvimento, cujo valor é calculado de acordo com a Lei nº 8.248/91. Até o exercício de 2009, esse percentual era de 2,0% do faturamento de
produtos incentivados (desktops e notebooks), expurgando-se os insumos beneficiados pelo PPB e os impostos sobre a venda, o que correspondeu cerca
de 1,0 % da receita bruta total da companhia em 2008. A partir de janeiro de 2010 até 31/12/2014, de acordo com a MP 472/2009, o percentual de
investimento obrigatório em P&D passou de 2,0% para 3,0%, que deverá corresponder ao patamar de 1,5% da receita bruta total da companhia. A
Positivo Informática direciona esses investimentos principalmente para o segmento de Tecnologia Educacional, cuja lucratividade é superior à apresentada
pelo segmento de Hardware. A obrigação em P&D varia de acordo com o seguinte cronograma:

Período Percentual *
2004 a 2009 2,00%
2010 a 2014 3,00%
2015 3,75%
2016 a 2019 3,50%
* Sobre faturamento de produtos incentivados (desktops e notebooks), expurgando-se os insumos beneficiados pelo PPB e os impostos sobre a venda
PIS/COFINS:
A Lei 11.196/05 garante aos computadores de até R$ 4.000,00, a isenção da alíquota de 9,25% de PIS/COFINS quando a venda é feita diretamente ao
consumidor final. Esse benefício foi prorrogado até 31/12/2014, através da MP 472/2009, sendo fundamental para estimular a indústria oficial de PCs, uma
vez que trouxe os preços a patamares competitivos com o mercado cinza, que era de 79,4% em 2004 e representou 48,6% do mercado total em 2009.
Imposto de Importação:
O imposto de importação (II) sobre PCs produzidos no exterior é consideravelmente maior do que a alíquota sobre os componentes, aumentando a
competitividade dos PCs produzidos no Brasil. Entretanto, o II sobre componentes é bastante reduzido (2,0% em média), permitindo intensa
comercialização de componentes entre o Brasil e outros países, motivo pelo qual, a administração considera pequeno o risco de um questionamento da
legislação brasileira na Organização Mundial de Comércio.
PPB - Processo Produtivo Básico:
O governo federal define regras de fabricação e um cronograma de nacionalização da compra de componentes para fabricantes de PCs que desejem se
beneficiar da redução de IPI. A tabela abaixo traz um resumo destas regras e cronograma de acordo com o regulamento vigente:

Demais componentes devem ser


Devem ser produzidos produzidos no Brasil, com PPB, Quotas 2012
Produto Quotas 2007 Quotas 2008 Quotas 2009 Quotas 2010 Quotas 2011
no Brasil conforme abaixo, nas % (quotas em diante
anuais) indicadas:
Desktop

100%:
Computador em si,
Placa mãe, Utilizar 3 das 6 opções: 5% mínimo 10% mínimo 10% mínimo 10% mínimo 10% mínimo 10% mínimo
Controladora de vídeo, gabinete, HDD, de cada de cada de cada de cada de cada de cada
Placa de rede, Placa memórias, PCIs, componente componente componente componente componente componente
Fax/modem e fontes ou exportação isolado isolado isolado isolado isolado isolado
Memória
Notebook
- Placa mãe 40% 60% 75% 75% 75% 75%
- NAND Flash (se aplicável) - - - 30% 35% 40%
- Memória produzida no país com
- 20% 30% 30% 40% 50%
100%: PPB
Notebooks em si - Memória produzida no país (com
- - 20% 20% 40% 40%
ou sem PPB)
- Interface de comunicação - 10% 20% 20% 20% 20%
- Conversor AC/DC - 20% 30% 30% 30% 30%
- HDD - 10% 20% 20% 20% 20%
Como se pode notar na tabela, há uma crescente exigência de compra de fabricantes de componentes nacionais. Para monitores, o governo federal
estabeleceu um PPB independente do PPB para computadores. Em função do PPB para monitores, a importação de monitores produzidos no exterior
tornou-se muito mais onerosa do que a compra de monitores fabricados localmente. É por este motivo que os fabricantes de PCs no Brasil compram
praticamente 100% dos monitores de fabricantes locais.
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Impostos Estaduais - ICMS
O Decreto 5.375/02 do Estado do Paraná, onde a fábrica da Positivo Informática está localizada, reduz o ICMS sobre as vendas de PCs para uma carga
tributária efetiva de 3%. Essa redução é válida para empresas que produzem no Estado do Paraná, de acordo com o PPB estabelecido pela legislação
federal, e cumpram a exigência de investimento de P&D no estado.
Apesar da alíquota no Estado do Paraná ser superior a de outros estados, a compra de componentes gera créditos suficientes para compensar o débito de
3%, ou seja, o ICMS não representa um desembolso financeiro para a empresa.
A exemplo do governo federal, os estados reduziram os impostos sobre a venda de PCs para coibir o mercado informal e contrabando. Assim, praticamente
todos os estados brasileiros concedem redução de ICMS sobre a venda de PCs.

Localização do Fabricante Paraná Amazonas Bahia São Paulo Minas Gerais


Crédito (Incentivado) 9% 12% 12% 7% 12%
ICMS sobre a venda 12% 12% 12% 7% 12%
Custo de ICMS para o fabricante 3% 0% 0% 0% 0%
A Positivo Informática acredita que sua atual estratégia de manter a fábrica principal em Curitiba e as plantas de Ilhéus e Manaus é a melhor forma de
manter sua competitividade, além de permitir maior flexibilidade, já que a indústria não demanda grandes investimentos em infra-estrutura operacional.
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A Subvenção para Investimento - Incentivo do Imposto de Renda
Em contrapartida ao benefício de ICMS, o Estado do Paraná exige que a companhia invista no estado uma parcela do investimento obrigatório em P&D
gerado pela Lei 8.248/91, cuja maior parte tem sido direcionada para o segmento de Tecnologia Educacional. Com a introdução da lei 11.638/07 a
subvenção para investimento passou a transitar pelo resultado e, com a lei 11.941/2009, ficou facultado à empresa distribuir ou não os dividendos
relativos a este benefício. A parcela distribuída deverá ser tributada pelo IRPJ e CSLL e a parcela não distribuída, deverá ser alocada no Patrimônio Líquido,
na conta Reserva de Lucros (Incentivos fiscais).
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A Visão da Administração sobre o Ambiente Fiscal
1) Âmbito Federal
A visão da empresa é que a legislação federal beneficia a todas as empresas instaladas no país de igual forma. Estimamos que as exigências dos PPBs
determinem que componentes que correspondem a cerca de 30,0% do custo de um PC tenham que ser produzidos no Brasil. Dada a larga vantagem em
volume no mercado nacional, é razoável supor que esta legislação nos beneficia proporcionalmente mais do que a nossos concorrentes. Dentro deste
contexto, é correta a afirmação que uma mudança radical na Lei da Informática (Lei 8.248/91), ainda que altamente improvável, nos faria perder
competitividade no mercado. No entanto, mesmo uma total abertura do mercado não destruiria vantagens competitivas importantes que possuímos, entre
estas, o reconhecimento da marca, a ampla rede de assistências técnicas, a ampla distribuição, a escala na compra de componentes, o conhecimento do
mercado consumidor brasileiro e o relacionamento com o varejo e governo. Finalmente, mesmo em um ambiente de plena abertura, a necessidade de
alguma fabricação local para proporcionar flexibilidade e rapidez de resposta na configuração de produtos seria necessária, fazendo com que uma
operação nacional seja desejável.
No entanto, a empresa considera a possibilidade de mudança na legislação federal improvável pelos seguintes motivos:
Aumento da Formalização e Arrecadação com o Mercado Oficial: A redução de PIS/COFINS promovida a partir de 2005 foi um grande
incentivo à formalização de empresas. Este corte de impostos apenas beneficiou os fabricantes oficiais, pois reduziu em 9,25% a diferença de
preço para o mercado informal, que nunca pagou este imposto. O crescimento médio do mercado oficial foi de 42,9% de 2005 a 2009, o que
gerou aumento de arrecadação de outros impostos e contribuições federais como o Imposto de Renda, a Contribuição Social e o INSS.
Geração de Empregos: A legislação atual promove a montagem de PCs, monitores e alguns componentes no Brasil. A liberação da
importação irrestrita de PCs montados e componentes, potencialmente eliminaria milhares de empregos no país, o que não é do interesse do
governo federal.
Inclusão Digital: Os cortes dos impostos possibilitaram a redução de preços no mercado oficial, parcerias estáveis entre varejistas e
fabricantes, e o consequente financiamento de PCs pelo varejo brasileiro. Um aumento de impostos federais seria desfavorável ao mercado
oficial, ao varejo e ao acesso ao PC financiado.
Procedentes em Outras Indústrias: O setor automobilístico por exemplo, conta com redução de impostos para a fabricação local desde
1956 e que continuam até hoje, considerando-se as adaptações tributárias realizadas ao longo do tempo. Tendo em vista que tal setor é
responsável pela geração de milhares de empregos no país, não se cogita a extinção de tais reduções tributárias.
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2) Âmbito Estadual
A empresa não entende que a redução de ICMS obtida no estado do Paraná constitua uma vantagem competitiva. Conforme demonstrado, a legislação no
estado aproximadamente se equivale à legislação dos estados onde estão localizados os principais fabricantes de PCs, e os nossos concorrentes também
são livres para se instalar no Paraná. Entendemos que nossa liderança em custos depende fundamentalmente de nossa gestão e da nossa vantagem de
escala, e não do ICMS paranaense.
Até que uma ampla reforma tributária seja implementada, o quadro de disputas entre estados e mudanças de impostos poderá ter algum impacto nas
operações da empresa. A reforma tributária é desejável na extensão que simplifique a legislação e resolva as diferenças tributárias entre os estados, desde
que não aumente a carga de impostos sobre PCs. A companhia está atenta à tramitação da reforma tributária em busca de se adaptar às possíveis
mudanças. A Positivo Informática tem se mostrado extremamente competitiva nos grandes pregões eletrônicos promovidos pelo governo federal. Este é
um indicativo de que a liderança em custos da empresa independe de vantagens de ICMS e de que uma reforma fiscal não teria efeitos adversos à
companhia.
A estratégia da Positivo Informática foi de estabelecer operações em outros estados de baixa tributação de ICMS (Bahia e Amazonas). Em caso de perda
de redução de ICMS no Paraná, o que consideramos muito pouco provável, seria muito mais fácil ampliar a operação em outras localidades do que iniciar
as operações da estaca zero. A definição de iniciar a produção nestes estados tem muitos motivos, sendo a questão da guerra fiscal apenas um deles.
Razões para Localização das Fábricas:

Localização Motivos para Localização


• Possibilidade de perda de incentivo no Paraná (a qual consideramos remota)
• Pólo de informática, facilidade de mão-de-obra e fornecedores
• Penetração de PCs na região é mais baixa
• Incentivos federais únicos no país:
- II: redução adicional proporcional ao valor agregado local;
Manaus (AM) - PIS/COFINS: vantagem de 1,95 p.p.;
- IPI: alíquota zero;
- ICMS: alíquota zero.
• Redução de IRPJ (de 25% para 6,25%)
• Melhor região para eletroeletrônicos, favorável para uma eventual diversificação
• Gera mais crédito de ICMS nas vendas para varejistas nas regiões Norte e Nordeste
• Possibilidade de perda de incentivo no Paraná (a qual consideramos remota)
• Penetração de PCs na região é mais baixa
• Redução de IRPJ (de 25% para 6,25%)
Ilhéus (BA)
• Pólo de informática, facilidade de mão-de-obra e fornecedores
• Gera mais crédito de ICMS nas vendas para varejistas nas regiões Norte e Nordeste
• Contratação de mão-de-obra com experiência na fabricação de monitores
• Local da fundação, motivo “histórico”
• Boa localização, próximo ao maior mercado de consumo
• Alíquota de ICMS similar aos demais estados das regiões Sul e Sudeste
Curitiba (PR)
• Menor investimento para ampliação da produção
• Possibilidade da redução do IRPJ via contabilização da Subvenção para Investimento referente à redução do ICMS
• Mão-de-obra mais barata que SP
A seguir, uma tabela resumo com a visão da administração quanto aos riscos relativos às mudanças na área tributária:

Benefício Riscos Pior Cenário = Fim da Redução do Imposto Visão da Administração Considerações
• Incerto se a arrecadação do
• Mudança da • O aumento de IPI geraria aumento de preço e governo aumentaria como
legislação com redução na demanda. • Risco baixo. A redução do IPI consequência do aumento da carga
aumento da carga • Mercado Cinza ganharia espaço com aumento deve ser mantida. tributária.
Redução do IPI tributária. de impostos. • Importação de PCs montados
para PCs com geraria perda de empregos.
PPB • A companhia passaria a importar componentes
• “Abertura” para mais baratos e possivelmente importaria PCs • A intensa importação de
• Risco baixo. Os PPBs devem
importação de PCs menos desagregados. Entretanto, manteria parte componentes desestimularia disputa
ser mantidos.
montados. do processo no Brasil para manter maior no âmbito da OMC.
flexibilidade.
• Aumento dos preços e consequente diminuição
• Fim da redução em • Risco baixo. A isenção de • Incentivo da informalidade,
Redução da da demanda.
2014, aumento da PIS/COFINS deve ser revertendo tendência de redução do
PIS/COFINS • Aumento do mercado cinza.
carga tributária. postergada. mercado cinza.
• Desaceleração da inclusão digital.
• A companhia seria obrigada a mudar a fábrica
• Perda de redução no para outros estados.
• Risco baixo. Se produção for • PR poderia editar novas leis com
PR, que se tornaria • Haveria impacto no Capex e talvez no capital de
alocada para outras regiões efeitos similares para manter
pior do que os outros giro.
será por outros motivos. fabricantes no estado.
estados. • A transferência da produção seria simples, mas
poderia gerar desafios para a gestão.
Redução de
• ADI‘s de outros • Aumento dos preços de PCs e consequente • Risco baixo. A situação entre
ICMS • É desnecessária a medida por
estados contra o diminuição da demanda. As empresas teriam que os Estados está praticamente
outros estados.
Paraná. assumir parte do custo adicional. equalizada.
• Vemos a equiparação total • Desde que não gere aumento de
• Reforma fiscal com • Equiparação perfeita em relação ao ICMS para
com bons olhos, mas a ICMS, não teria efeito desfavorável à
ICMS pago no destino todos os estados. Porém, se for feita com aumento
reforma fiscal precisa ser empresa, já que tem a liderança em
e não na origem. de impostos, seria desfavorável à demanda.
melhor entendida. custos no país.
Last Update on August 24, 2010

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