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INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 08
2 FIGURAS DE PALAVRAS..................................................................................... 13
2.1 Comparação ou Símile...................................................................................... 13
2.2 Metáfora ............................................................................................................. 14
2.3 Metonímia........................................................................................................... 15
2.4 Sinédoque .......................................................................................................... 17
2.5 Catacrese ........................................................................................................... 17
2.6 Sinestesia........................................................................................................... 18
2.7 Antonomásia...................................................................................................... 18
2.8 Alegoria .............................................................................................................. 18
2.9 Figura de Harmonia........................................................................................... 19
2.9.1 Aliteração ........................................................................................................ 19
2.9.2 Assonância ..................................................................................................... 19
2.9.3 Paranomásia ................................................................................................... 20
2.9.4 Onomatopéia .................................................................................................. 20
4. FIGURAS DE SINTAXE........................................................................................ 26
4.1 Assíndeto ........................................................................................................... 26
4.2 Elipse.................................................................................................................. 26
4.3 Zeugma............................................................................................................... 27
4.4 Anáfora............................................................................................................... 27
4.5 Pleonasmo ......................................................................................................... 27
4.6 Polissíndeto ....................................................................................................... 28
4.7 Anástrofe............................................................................................................ 28
4.8 Hipérbato............................................................................................................ 28
4.9 Sínquise ............................................................................................................. 29
4.10 Hipálage ........................................................................................................... 29
4.11 Anacoluto......................................................................................................... 29
4.12 Silepse.............................................................................................................. 29
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 33
INTRODUÇÃO
1.1 Denotação
A linguagem denotativa é aquela cujo significado real encontra-se no
dicionário. A palavra quando empregada no sentido denotativo expressa sua
significação usual, literal referindo-se a uma realidade concreta ou imaginária,
afastando-se da subjetividade e da análise fora do discurso.
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1.2 Conotação
A conotação é o inverso da denotação, a significação da palavra não
corresponde à significação estável, ou seja, ao valor representativo como símbolo de
um elemento; o seu significado corresponde a uma transferência do significado
visual para um sentido figurado.
A conotação é a parte do significado das palavras utilizadas para as
expansões emocionais; ela é capaz de sugestionar, despertar emoções, persuadir,
implicando, com isso, subjetividade da expressão.
Exemplos: A corrente marítima não manteve o barco na rota.
“A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir”
(Chico Buarque)
A) figuras de palavra
B) figuras de pensamento
C) figuras de construção
2. FIGURAS DE PALAVRAS
2.1Comparação ou Símile
“(...)
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse náufrago
Dançou e gargalhou como se fosse músico
E tropeçou no céu como se fosse bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
(...)
Amou daquela vez como se fosse máquina
E
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse pássaro
E flutuou no ar como se fosse príncipe
E acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o sábado”
2.2 Metáfora
Segundo Cegalla (2002, p. 570), a metáfora “consiste em atribuir a uma
pessoa ou coisa uma qualidade que não lhe cabe logicamente. É, pois uma
transferência de significado de um termo para outro e se baseia em semelhanças
que o emissor da mensagem encontra entre termos comparadores” .
Pode-se dizer que tal desvio de significação é resultante da subjetividade
de quem o cria, daí dizer que a semelhança é nascida de uma comparação mental.
Assim, a metáfora é considerada uma espécie de comparação observada
ou de caráter subjetiva, porque o conectivo não esta expresso, e sim subentendido.
Este tipo de figura de linguagem tem um caráter enfático e incisivo no
campo da sensibilidade, por isso tem grande força emotiva e evocativa.
Porém, não confundir a metáfora com a comparação, embora essas duas
figuras tenham nexos comparativos, a segunda está sempre acompanhada de
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2.3 Metonímia
2.4 Sinédoque
A sinédoque é uma espécie de metáfora e ocorre quando há a
substituição de um termo por outro, havendo ampliação ou redução do sentido visual
da palavra numa relação quantitativa.
Esta figura estilística esta presente nos casos:
2.5 Catacrese
“A catacrese é um tipo especial de metáfora, é uma espécie de metáfora
desgastada, em que já não se encontra nenhum vestígio de inovação, de criação
individual e pitoresca.” É uma figura que se tornou um hábito lingüístico, já fora do
âmbito estilístico. (GARCIA, 1980, p.121)
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2.6 Sinestesia
É a figura resultante da fusão de sensações percebidas por diferentes
órgãos do sentido. Essas sensações podem ser físicas (gustação, audição, visão,
tato, olfato) ou psicológicas, subjetivas.
Exemplos: A luz gelada e pálida diluindo
Brancas sonoridades de cascatas.
(Cruz e Souza)
A noite é como um olhar longo e claro de mulher.
2.7 Autonomásia
A autonomásia é caracterizada pela substituição de um nome próprio, por
um nome comum ou por uma expressão a ele ligada. Essa palavra de expressão
designa uma característica do ser cujo nome substitui de uma qualidade que se
atribui a este ser.
Num paralelo, a antonomásia na linguagem coloquial é o mesmo que um
apelido, alcunha de cognome, cuja origem é um aposto do nome próprio.
Exemplos: O genovês salta os mares - Genovês = Colombo
O Poeta dos Escravos nasceu na Bahia - Poeta dos Escravos = Castro
Alves
2.8 Alegoria
A alegoria é uma acumulação de metáforas referindo-se ao mesmo objeto,
é uma figura poética que consiste em expressar uma situação global por meio de
outra que a evoque e intensifique o seu significado.
Na alegoria, todas as palavras estão transladadas para um plano que não
lhes é comum e oferecem dois sentidos completos e perfeitos – um referencial e
outro metafórico.
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Exemplos: A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo
soprano, em presença do baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o
contralto que lutam pelo tenor em presença do mesmo baixo e dos mesmos
comprimários...
(Machado de Assis)
A vida é um grande poema em estrofes variadas, umas em opulentos
alexandrinos de rimas milionárias; outras, frouxas, quebradas, misérrimas, mas o
refrão e um para todas, sempre o mesmo: morrer.
(Coelho Neto)
2.9.1 Aliteração
Ocorre a aliteração com a repetição de fonemas idênticos ou semelhantes
no início de palavras de um verso ou frase; geralmente as palavras estão próximas
uma das outras.
Exemplo: Vozes veladas, veludosas vozes.
Volúpias dos velões, vozes veladas.
Vagam nos velhos, vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas
(Cruz e Sousa)
2.9.2 Assonância
Enquanto a aliteração versa sobre a repetição de consoantes, a
assonância ocorre quando há repetição da mesma vogal ao longo de um verso ou
poema.
Exemplo: Sou Ana da cama
Da cana, fula na, bacana
Sou Ana de Amsterdam
(Chico Buarque)
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2 9.3 Paranomásia
Este tipo de figura de linguagem é caracterizada pela ocorrência de
reprodução de sons semelhantes em palavras e significados diferentes.
Exemplo: Berro pelo aterro pelo desterro
Berro por seu berro pelo seu erro
Quero que você ganhe que você me apanhe
Sou o seu bezerro gritando mamãe
(Caetano Veloso)
2 9.4 Onomatopéia
É a figura que procura representar sons através de sinais gráficos que não
sejam palavras. Por isso, as onomatopéias são um conjunto de fonemas que se
combinam para imitar sons ou ruídos.
Observa-se ainda, que os substantivos criados para dar nome a esses
ruídos são chamados de palavras onomatopaicas. Vale dizer que os sons
onomatopaicos obedecem aos modelos fonológicos de uma língua, embora atentem
de certa forma, a universidade já que sempre estão associados às imagens.
Exemplo: Pacatau, Pacatau, Pacatau – foi – se o boquinha enforquilhado no arreio
do castanho.
3 FIGURAS DE PENSAMENTO
3.1 Antítese
Segundo Cegalla (2002, pg.580) a antítese “consiste na aproximação de
palavras ou expressões de sentido oposto”, há aproximação de palavras e
expressões formando a oposição, é um recurso poderoso de estilo.
A música O quereres de Caetano Veloso, faz um jogo exaustivo com o
uso da antítese:
(...)
Onde queres família sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
E onde queres o sim e o não, talvez
Onde queres o ato eu sou espírito
E onde queres ternura eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscar o anjo sou mulher
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3.2 Apóstrofe
3.3 Paradoxo
3.4 Eufemismo
“Ocorre eufemismo quando uma palavra de expressão é empregada para
atenuar uma verdade tida como penosa, desagradável ou chocante” (CHINELLATO;
MASSARANDUBA, 2005, p.25)
Exemplo: Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansar dessa longa vida,
Aqui vinho e virei, pobre querida
Trazer-te o coração do companheiro
(Machado de Assis)
3.5 Gradação
A gradação é uma sequência de idéias dispostas em sentido ascendente
ou descendente, que intensificam uma mesma idéia.
Exemplos: Eu era pobre. Era subalterno. Era nada.
(Monteiro Lobato)
O dinheiro é uma força tremenda, onipotente, assombroso.
(Olavo Bilac)
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3.6 Hipérbole
3.7 Ironia
3.8 Prosopopéia
3.9 Perífrase
A perífrase está presente no texto quando se cria um torneio de palavras
para expressar algum objeto, acidente geográfico ou situação que não se quer
nomear. Na perífrase sempre se destaca algum atributo do ser.
Exemplo: Cidade maravilhosa
cheia de encontros mil
cidade maravilhosa
coração do meu Brasil.
(André Filho)
cidade maravilhosa = Rio de Janeiro
3.10 Reticência
Este tipo de figura de pensamento caracteriza-se por suspender o
pensamento, deixando-o meio velado.
Exemplos: “De todas, porém a que me cativou logo foi uma...uma... não sei se digo.”
(Machado de Assis)
“Quem sabe se o gigante Piaiamã, comedor de gente...”
(Mário de Andrade)
3.11 Retificação
“A retificação, como figura de linguagem significa o próprio sentido da
retificação, consiste em retificar uma afirmação anterior” (CEGALLA, 2005, p.583).
Exemplos: “Era uma jóia, ou melhor, uma preciosidade, esse quadro.
Tirou, ou antes, foi lhe tirado o lenço da mão”
(Machado de Assis
4 FIGURAS DE SINTAXE
4.1 Assíndeto
A palavra assíndeto vem do grego asýdeton “não ligado” ou, “não unido”, e
esta figura de sintaxe se dá quando as orações de um período ou as palavras de
uma oração se sucedem sem conjunção coordenativa que poderia enlaçá-las.
Por isso, tal figura exige do leitor ou do ouvinte atenção rebuscada em
cada fato examinado, por devido sua indivisibilidade e as pausas rítmicas.
Exemplo: Agachou-se, atiçou o fogo, apanhou uma brasa com a colher,
acendeu o cachimbo, pôs-se a chupar o canudo do taquari cheio de sarro
4.2 Elipse
A elipse é a omissão de um termo ou oração que o contexto ou a situação
permitem facilmente identificar ou subentender. Pode ocorrer na supressão de
pronomes, conjunções, preposições ou verbos.
Entre as elipses que ocorrem com mais frequência estão:
a) a da preposição em algumas circunstâncias adverbiais depreendidas pelo
contexto: As visitas, pés sujos, entraram no salão;
b) a da preposição antes do conectivo que introduz as orações de complemento
relativo e completivas nominais: Preciso (de) que venhas aqui;
c) a da conjugação integrante: É necessário (que) se faça tudo rapidamente;
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4.3 Zeugma
4.4 Anáfora
4.5 Pleonasmo
Exemplos: subir pra cima, hemorragia de sangue, entrar pra dentro, monopólio
exclusivo, etc.
4.6 Polissíndeto
4.7 Anástrofe
4.8 Hipérbato
4.9 Sínquise
4.10 Hipálage
4.11 Anacoluto
4.12 Silepse
Assim, um texto deve conter vários aspectos gramaticais, além das regras
de sintaxe, morfológicas e semânticas é favorável que haja aspectos estilísticos, não
importando o gênero literário produzido. Pois, ao utilizar os recursos estilísticos
como a figura de linguagem o autor produz sua obra com mais expressividade,
chamando mais a atenção do leitor, deixando a leitura mais agradável e envolvente.
REFERÊNCIAS