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07.08
O seu poder de justificação do uso da força constitui a força do direito, cujo estudo é
geralmente legado aos filósofos do direito os fundamentos do direito, isso porque há
uma concordância acerca da força do direito, isto é, de que o direito deve ser
obedecido e cumprido.
Para esta teoria, na falta do direito a ser aplicado no caso concreto, a decisão que o
juiz deve tomar é discricionária. Depreendendo-se de que os juízes devem respeitar as
convenções jurídicas em vigor em sua comunidade, a não ser em raras circunstâncias
de que ele não existe direito à não aquele extraído das decisões técnicas advindas da
convenções.
O pragmatismo jurídico é para Dworkin uma concepção cética do direito. Nega que
uma comunidade assegure alguma vantagem real ao exigir que as decisões de um juiz
sejam verificadas por qualquer suposto direito dos litigantes à coerência com outras
decisões políticas tomadas no passado. Isto é, o pragmatismo afirma que as pessoas
nunca têm direito a nada, a não ser à decisão judicial que se revela a melhor para a
comunidade, afastando-se de qualquer decisão política do passado. A negativa dos
direitos consiste de que as pessoas nunca terão direito àquilo que seria pior para a
comunidade apenas porque há uma legislação que assim estabelece.
O princípio da integridade política requer que, até onde seja possível, nossos juízes
devem tratar nosso sistema atual de normas públicas como expressão em respeito de
um conjunto coerente de princípios e, a partir dai, interpretem as normas públicas de
modo a descobrir normas implícitas e normas explicitas. Tal postura implica em instruir
os juízes a identificar direitos e deveres legais, coadunado ao pressuposto de uma
comunidade personificada, em que se tem a concepção coerente de justiça e
equidade.
Dessa forma, o direito como integridade não tem por objetivo aplicar no presente os
ideais ou objetivos daqueles que o criaram primeiro, pelo contrário, ele se preocupa
com o presente e somente se voltará para o passado de houver necessidade.
Para Dworkin os juízes são ao mesmo tempo autores e críticos do direito. São autores
na medida em que introduzem algo na tradição que interpretam; e críticos quando
futuros juízes se deparam com a tradição construída por seus antecessores.
Cada autor deverá fazer uma avaliação geral da sua parte, de forma que a
interpretação adotada possa ser aprovada pelo “teste” da adequação, ou seja, o
romancista em cadeia terá de encontrar uma interpretação que apreenda a maior
parte do texto, admitindo que este não é plenamente bem-sucedido.
Dworkin afirma que a interação entre adequação e justificação é uma seara de grande
complexidade, uma vez que implica no equilíbrio entre distintas convicções políticas e
para uma possível superação, ou minimização desta complexidade.