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Dados epidemiológicos:
A cocaína e o crack são consumidos por 0,3% da população mundial
Maior parte dos usuários nas Américas (70%)
No Brasil, cerca de 2% dos estudantes já usou cocaína pelo menos uma
vez na vida e 0,2% o crack
Em SP, é a 3ª substância ilícita mais utilizada, depois de solventes (2,7%) e
da maconha (6,6%).
2,1% de uso de cocaína e 0,4% de crack
Emergências: 30% a 40% das admissões relacionadas a drogas ilícitas, 10%
entre todos os tipos de drogas e 0,5% das admissões totais
A população de usuários é extremamente jovem, variando dos 15 aos 45
anos, com predomínio da faixa etária dos 20 aos 30 anos
COCAÍNA/CRACK
A droga:
Alcalóide extraído das folhas da coca (Erythroxylon coca)
COCAÍNA/CRACK
Vias de consumo:
COCAÍNA/CRACK
Efeitos:
Anestésico local, vasoconstrictor e estimulante do SNC
Overdose:
COCAÍNA/CRACK
Complicações psiquiátricas:
Intoxicação aguda
Disforia (irritação)
Ansiedade
Agitação
Heteroagressividade
Sintomas paranóides
Alucinações
Dependência
Síndrome de abstinência
COCAÍNA/CRACK
Tratamento (emergência):
LSD
Ácido, doce, gota, quadrado, papel, bike, selo, trips, ...
Dietilamida do ácido lisérgico (composto cristalino)
Derivado da ergolina
Uma das mais potentes substâncias alucinógenas conhecidas
Fungo Claviceps purpurea (centeio)
Efeitos descobertos em 1943 pelo químico suíço Albert Hofmann (impedir
sangramento excessivo após parto)
LSD
Apresentação: folhas de papel secante (selos ou autocolantes)
Dosagem média: 50 a 75 microgramas.
Uso: via oral, absorção sub-lingual, injetada ou inalada.
Ação: bloqueio dos receptores pré-sinápticos da dopamina (D1 e
D2) - concentração de dopamina na fenda sináptica.
Metabolismo hepático
Excreção renal
Latência: de ½ a 3 horas
Duração dos efeitos: de 8 a 12 horas
Meia-vida: 3 horas
LSD
Não existem registros de morte por overdose
Não causa dependência química
Efeitos biológicos:
Dilatação das pupilas
Náuseas, cefaléia, insônia, sonolência
Aumento da PA, Fc, hipo ou hipertermia
Dificuldade de concentração, alteração da noção tempo-espaço
Contrações uterinas
Hiperglicemia
Piloereção, transpiração
Hipoestesia ou parestesia, hiperreflexia, tremores
LSD
Efeitos mentais: personalidade, contexto, qualidade do produto
LSD
5 kg de tartrato de ergotamina
1kg de LSD
20 milhões de doses
Aspectos Farmacocinéticos
Via pulmonar – efeitos em minutos (efeito pleno – 1 horas e
duração de 2 a 3 horas)
Via oral – lenta e de absorção variável
Formas para Uso:
Fumo: tolhas, caules e sementes (triturados); 1-2%
Maconha sem semente: Prensada e vendida como tijolo; 6%
Haxixe: Flores femininas secas, ricas em resina; 8%
Óleo de haxixe: Óleo ou resina (extração industrial); 15 a 40%
Cristais de haxixe: Cristais de canabinol; 60%
MACONHA
Fumo
Haxixe
MACONHA
1940 - 1970
Identificação e Classificação das psicoses relacionadas ao consumo de
maconha:
PSICOSE CANÁBICA
Psicose secundária ao consumo de maconha e decorrente de
desequilíbrios provocados no cérebro pela presença da maconha
(organicidade).
1. PROPRIEAMENTE DITA (AGUDA OU CRÔNICA)
Indivíduos não predispostos
2. INDUZIDA
Indivíduos predispostos
3. AGRAVADA
Indivíduos sabidamente psicóticos
MACONHA
MODELOS ETIOLÓGICOS
Causalidade (abuso de substâncias poderia causar ou precipitar esquizofrenia
em indivíduos vulneráveis),
Automedicação (pacientes esquizofrênicos usariam drogas para minimizar
sintomas da doença ou efeitos colaterais da medicação),
Coincidência (a associação entre as duas entidades seria uma coincidência por
serem entidades clínicas semelhantes quanto a idade de início idade e
prevalência, não havendo relação causal entre ambas).
MACONHA
QUESTÕES ATUAIS
ANOS 90
Aumento do consumo entre os adolescentes.
Surgimento de apresentações mais potentes.
Novo interesse pelo tema em estudos populacionais de modelos
biológicos.
MACONHA
MACONHA
CONCLUSÕES
2. Existem uma associação entre o uso de maconha e o risco de
psicose, que aumenta de acordo com a gravidade do consumo;
3. A predisposição à psicose e o uso concomitante de outras drogas
aumentam significativamente o mesmo risco;
4. O uso precoce de maconha (especialmente durante a
adolescência) também é um fator de risco.
MACONHA
Tratamento farmacológico
Intoxicação: É um quadro muito raro, sendo praticamente
inexistente as intoxicações que necessitem de alguma abordagem
específica.
Abstinência e “Craving”: Raramente ocorrem, e quando
presentes não são de grande intensidade que justifiquem o
emprego de medicamentos.
Síndrome Amotivacional: Pode ser tratada com abstinência
total da droga, e se necessário antidepressivos.
MACONHA
ALCÓOL
ÁLCOOL
Psicose de Korsakoff
Distúrbio cerebral envolvendo a perda das funções cerebrais
específicas, em conseqüência de deficiência de tiamina.
Desnutrição = falta de vitamina B-1 (tiamina) (normalmente
acompanha o uso de álcool ou alcoolismo).
Danos à memória ;
Danos às habilidades cognitivas/intelectuais (solução de
problemas ou aprendizado);
Confabulação (invenção) (para compensar os lapsos de
memória).
ÁLCOOL
Demência Alcoólica
O alcoolismo é a terceira maior causa da síndrome cerebral
orgânica de tipo demencial.
Perturbações mnésicas,
Alterações das práxis (atividade humana em sociedade),
Alterações das gnosias (reconhecimento de objetos) e
Alterações da linguagem.
Intoxicação
Manutenção dos sinais vitais
Clordiazepam 100mg/dia/VO
Domiciliar
Tiamina
BDZ Recaida ou evolução desfavorável ->
Internar
ÁLCOOL
Hospital
Tiamina 300mg/dia 7-15 dias EV
Diazepam 10-20mg/h/VO Administração EV com
retaguarda para eventual
parada respiratória
Clordiazepam 20-100mg/h/VO
Lorazepam 2-4mg/h/VO Hepatopatas
ÁLCOOL
Complicações:
Convulsões
90% - 48h
Pico – 13-24h
40% - Crises isoladas
Diazepan 10-20mg/VO (EV apenas durante as crises)
Epilépticos – Manter medicação original
ÁLCOOL
Tratamento da Dependência
Droga Aversiva (1950)
Disulfiram
Droga “Anti-Craving” (1994)
Naltrixone
Obs: No tratamento da
Nalmefene Dependência não há consenso
Acamproxato farmacológico
ISRS – Fluoxetina
DROGAS????
NÃO