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PROJETO BÁSICO

Estação de Tratamento de Esgoto


CONDOMÍNIO JARDINS
São Luis | MA
EMPREENDIMENTO:

VOLUME ÚNICO

MEMORIAL DESCRITIVO | MEMORIAL DE CÁLCULO | MANUAL DE OPERAÇÃO |


ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

30/10/2013
APRESENTAÇÃO

A FIBRA SANEAMENTO E ENGENHARIA AMBIENTAL LTDA – FIBRA TÉCNICA apresenta o


Projeto Básico de Implantação do Sistema de Tratamento de Esgoto do empreendimento da CYRELA
BRAZIL REALTY denominado de CONDOMÍNIO JARDINS, na cidade de São Luís – MA.
O presente documento é composto por um único volume, constando os seguintes capítulos:

 CAPÍTULO 01 – Característica do Empreendimento – Apresenta os dados relativos à região e


intrínsecas do empreendimento;
 CAPÍTULO 02 – Memorial Descritivo – Apresenta a concepção, as premissas e a descrição
do projeto;
 CAPÍTULO 03 – Memorial de Cálculo – Apresenta o dimensionamento dos elementos que
constituem o sistema;
 CAPÍTULO 04 – Manual de Operação – Descreve manutenção, controle, atividades de rotina,
recomendações e cuidados para a operação do sistema proposto;
 CAPÍTULO 05 – Especificações Técnicas – Apresenta as prescrições para o controle
tecnológico na execução dos elementos constituintes do projeto;
 CAPÍTULO 06 – Peças Gráficas - Consta das plantas, cortes, detalhes e demais desenhos
necessários à execução do projeto.

Jaboatão dos Guararapes | PE, 30 de outubro de 2013.

Eng.º Fábio J. G. Danyalgil


CREA (PE) 41595.D

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Sumário

CAPÍTULO 01 – CARACTERÍSTICA DO EMPREENDIMENTO ................................................ 4


1. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL .............................................................................................................. 5
2. O EMPREENDIMENTO ........................................................................................................................... 7

CAPÍTULO 02 – MEMÓRIA DESCRITIVA.............................................................................. 8


1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 9
2. CONCEPÇÃO DO SISTEMA .................................................................................................................... 9
3. CARACTERÍSTICAS DOS ESGOTOS (AFLUENTE) ................................................................................. 14
4. CARACTERÍSTICAS DOS EFLUENTES .................................................................................................. 14

CAPÍTULO 03 – MEMÓRIA DE CÁLCULO ..........................................................................15


1. PARÂMETROS DO PROJETO ............................................................................................................... 16
2. CÁLCULO DAS VAZÕES AFLUENTES ................................................................................................... 16
3. TRATAMENTO FÍSICO PRELIMINAR – PRÉ-TRATAMENTO ................................................................... 16
4. TRATAMENTO SECUNDÁRIO – BIOLÓGICO. SISTEMA BIODIG ANV...................................................... 20
5. ESTIMATIVA DE EFICIÊNCIA TOTAL DO SISTEMA BIOLÓGICO ............................................................. 24
6. SISTEMA DE DESINFECÇÃO ................................................................................................................ 25

CAPÍTULO 04 – PLANO DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO .................................................. 26


1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 27
2. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS ............................................................................................................ 27
3. PLANO DE MANUTENÇÃO ................................................................................................................... 27
4. MANUAL DE OPERAÇÃO ..................................................................................................................... 29
5. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA .................................................................................................... 33
6. FERRAMENTAS E EPIS ....................................................................................................................... 34
7. MONITORAMENTO .............................................................................................................................. 34
8. SISTEMA DE DESINFECÇÃO ................................................................................................................ 35

CAPÍTULO 05 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ...................................................................36


1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 37
2. SERVIÇOS PRELIMINARES ................................................................................................................. 37
3. MOVIMENTO DE TERRA ...................................................................................................................... 37
4. SERVIÇOS COMPLEMENTARES .......................................................................................................... 40
5. ESCORAMENTOS................................................................................................................................ 40
6. ASSENTAMENTO DE TUBULAÇÕES .................................................................................................... 41
7. DIVERSOS .......................................................................................................................................... 44
8. LIGAÇÕES PREDIAIS........................................................................................................................... 45
9. ESTRUTURAS ..................................................................................................................................... 46
10. FIBERGLASS....................................................................................................................................... 50

CAPÍTULO 06 – PEÇAS GRÁFICAS .................................................................................... 51

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CAPÍTULO 01 – CARACTERÍSTICA DO EMPREENDIMENTO
Apresenta as principais características relativas ao local do
empreendimento, tais como do próprio empreendimento.

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1. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL

1.1. Características gerais do Município

São Luís é a capital do estado do Maranhão, que é uma das 27 unidades federativas do Brasil. O município
de São Luís ocupa uma área de 828,01 km² e ocupa uma área que representa 0,2492 por cento do estado do
Maranhão, 0.0532 % da Região Nordeste e 0.0097 % do território nacional. Perímetro urbano de 96,27% e rural
de 3,73%. A 2° ao Sul do Equador, nas coordenadas geográficas latitude S 2º31´ longitude W 44º16, estando a
24 metros acima do nível do mar. Segundo este Censo 2010, a população jovem chegava a 63,87 por cento
(555 709 habitantes) com idade inferior a 29 anos, destacando-se que 375 624 (40,17 por cento) menores de
19 anos.

Fonte: Google
Figura 1.1 – Mapa de localização de São Luís | MA.

O município ocupa mais da metade da ilha (57 por cento) e, conforme registros da Fundação Nacional de
Saúde (1996), a população está distribuída em centro urbano com 122 bairros (que constituem a região
semiurbana) e 122 povoados (que formam a zona rural). A cidade está dividida em 15 setores fiscais e 233
bairros, loteamentos e conjuntos residenciais.

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a) Hidrografia

A capital maranhense encontra-se a altitude de quatro metros acima do nível do mar. Existem baixadas
alagadas, praias extensas e dunas que formam a planície litorânea.
A bacia de São Luís é composta por rochas sedimentares com formação na era cenozoica e apresenta
vários tipos de minerais, o calcário é um encontrado em abundância.
Os principais rios que cortam São Luís são o Bacanga, que atravessa o Parque Estadual do Bacanga, e o
Anil, que divide a cidade moderna e o centro histórico. O rio Itapecuru abastece a cidade, embora não passe pela
ilha.
A hidrografia da região é formada pelos rios de Anil, Bacanga, Tibiri, Paciência, Maracanã, Calhau, Pimenta,
Coqueiro e Cachorros. São rios pequenos que deságuam em diversas direções abrangendo dunas e praias. Sendo
que o rio Anil com 12.63 km de extensão, e Bacanga com 233,84 km fluem para a Baía de São Marcos tendo
em seus estuários áreas cobertas de mangues.
A laguna da Jansen (laguna, por existir saídas para o mar) é a principal e maior laguna da ilha, com seis
mil metros quadrados de área.

b) Clima

O clima de São Luís é tropical, quente e úmido. Isso se deve ao fato de a cidade estar localizada próxima a
Zona de Convergência Intertropical. A cidade apresenta grande quantidade de coqueiros e muita vegetação
litorânea. Há pequenas áreas de Floresta Amazônica que resistiram ao processo de urbanização da cidade, todas
protegidas por parques ambientais. Pequenos rios nascem na cidade: entre eles, o Rio Bacanga é o mais
importante, pois é muito útil para a pesca.

c) Aspectos Socioeconômicos

A inauguração do Porto do Itaqui, em São Luís, atualmente o segundo em profundidade no mundo, ficando
atrás apenas do de Roterdã, na Holanda, e um dos mais movimentados do país, serviu para escoar a produção
industrial e de minério de ferro vinda de trem da Serra dos Carajás, atividade explorada pela Companhia Vale do
Rio Doce. A estratégica proximidade com os mercados europeus e norte americanos fez do Porto uma atraente
opção de exportação, mas padece de maior navegação de cabotagem.
A economia ludovicense baseia-se na indústria de transformação de alumínio, alimentícia, turismo e nos
serviços. São Luís possui o maior PIB do estado, sediando duas universidades públicas (UFMA e UEMA) e vários
centros de ensino e faculdades particulares. Segundo o último levantamento de dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, a cidade de São Luís possui o produto interno bruto de 9 340 944 000 reais, sendo,
assim, a 29º economia nacional entre os mais de 5 560 municípios brasileiros e ocupando a 14º posição entre
as capitais.

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2. O EMPREENDIMENTO

O Condomínio Jardins consubstancia-se por 05 (cinco) empreendimentos residenciais e mais 01 (um)


empreendimento comercial, destinado à ocupação e uso de uma população de classe socioeconômica média
alta, totalizando um elevado número de economias assim distribuídas: (i) Jardim de Provence constituído por 04
torres com 384 apartamentos, sendo 192 unidades de 03 quatros e 192 unidades com 02 quartos; (ii) Jardim
de Toscana constituído por 03 torres com 288 apartamentos, sendo 144 unidades de 03 quatros e 144 unidades
com 02 quartos; (iii) Jardim de Andaluzia constituído por 03 torres, totalizando 144 apartamentos; (iv) Pátio
Jardins, um empreendimento do tipo comercial, constituído por 02 torres com 670 unidades, entre salas e lojas,
da qual admitimos uma população total de 1.944 pessoas entre fixa e flutuante, com uma contribuição “per
capita” da ordem de 40 l/pessoas x dia; (v) Jardim de Veneto constituído por 04 torres, totalizando 192
apartamentos; (vi) Jardim de Lombardia Constituído por 02 torres com 192 apartamentos, sendo 96 unidades
com 03 quatros, e 96 unidades com 02 quatros.
O projeto foi concebido para atender a uma população total no final do plano, assim distribuída:
1º Condomínio Residencial Jardim de Provence
 Máxima população (fixa e flutuante) ................................................................................ 1.920 habitantes.
2º Condomínio Residencial Jardim de Toscana
 Máxima população (fixa e flutuante) ................................................................................ 1.440 habitantes.
3º Condomínio Residencial Jardim de Andaluzia
 Máxima população (fixa e flutuante) ................................................................................... 864 habitantes.
4º Condomínio Comercial Pátio Jardins
 Máxima população (fixa e flutuante) ................................................................................ 1.944 habitantes.
5º Condomínio Residencial Jardim de Veneto
 Máxima população (fixa e flutuante) ................................................................................ 1.152 habitantes.
6º Condomínio Residencial Jardim de Lombardia
 Máxima população (fixa e flutuante) ................................................................................... 960 habitantes.

POPULAÇÃO TOTAL ...............................................................................................................8.280 habitantes

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CAPÍTULO 02 – MEMÓRIA DESCRITIVA
Apresenta todas as justificativas do sistema de tratamento de esgoto,
as características do efluente, a tecnologia e concepção adotada, e
descrição das operações unitárias que constitui o sistema.

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como finalidade apresentar o projeto básico para implantação da Estação de
Tratamento de Esgoto (ETE), que atenderá ao empreendimento da CYRELA BRASIL REALTY na cidade de São
Luís | MA, e que convenientemente denominamos de CONDOMÍNIO JARDINS.
As informações necessárias para dimensionamento hidráulico da estação de tratamento de esgoto proposta
foram adotadas a partir dos parâmetros de contribuição diária de despejos, da carga orgânica característica do
tipo de empreendimento e da classe socioeconômica dos seus futuros ocupantes obedecendo às condições da
NBR 12.209/2011.
Tendo em vista a necessidade de preservação e conservação dos recursos hídricos, a ETE projetada será
concebida para realizar o tratamento em nível secundário dos esgotos do Condomínio Jardins, de modo a atender
aos padrões de emissão de efluentes da Resolução CONAMA Nº 430/2011 e da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente - SEMMAM.

2. CONCEPÇÃO DO SISTEMA

No estudo de concepção foram priorizadas alternativas de tratamento considerando a simplicidade


operacional com baixo custo e acima de tudo com eficiência atestada, desta forma, o tratamento sugerido teve
como premissas a viabilidade econômica e técnica que proporcionasse um efluente final dentro dos padrões
exigidos pela legislação ambiental vigente.
Considerando as características de esgoto predominantemente sanitária (domestica), optou-se por adotar
um tratamento biológico dos despejos, em nível secundário.
Resumidamente, o sistema de tratamento será composto por:
I. Tratamento Preliminar;
II. Tratamento Secundário;
III. Sistema de desinfecção (inativação microbiológica);

As estações de tratamento de esgoto projetadas serão constituídas por unidades fabricadas em PRFV –
Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro que proporciona um maior tempo de vida útil em relação a outros
compósitos.
No caso especifico do Condomínio Jardins, serão instalados quatro conjuntos de módulos de operações
unitárias, compondo uma única Estação de Tratamento, tipo Compacta, que serão implantadas em uma única
etapa da obra, onde cada conjunto atenderá a demanda, concomitante as entregas das unidades (habitacionais
e comerciais).
Cada conjunto de Módulos terá capacidade para atender ao mesmo volume afluente, e, portanto, o número
inicial de implantação dar-se-á de acordo com a contribuição de cada empreendimento.

Retentora de Óleos e Graxas

Apesar de ser essencial para o bom funcionamento do sistema, e ainda para que os sistemas tornem-se
economicamente viável, é necessária a existência de caixas de gorduras para atender especificamente os
efluentes procedentes dos pontos específicos de manuseio e produção de alimentos (cozinha). Neste projeto
admitimos a existência dessas estruturas, que devem ter sido dimensionadas para operar em uma temperatura
ambiente na ordem de 30ºC. Contudo, esse projeto não faz parte do escopo deste memorial.

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Neste projeto, apresentaremos o dimensionamento hidráulico do sistema para atender ao volume do final
de plano, ou seja, para atender a todas as edificações que consubstancia o Condomínio Jardins, a partir das
fases que compõe o processo, na seguinte ordem:

I. TRATAMENTO PRELIMINAR

O tratamento preliminar de esgoto bruto será constituído por uma estrutura a montante da fase biológica,
constituída por um Gradeamento de barras, uma Caixa de areia do tipo horizontal, um Medidor de Vazão tipo
Calha Parshall e um poço de equalização e sucção equipado com conjuntos elevatórios, sendo um reserva.
Neste projeto, todas as estruturas de pré-tratamento serão executadas em uma única fase.
Ao final da rede coletora, o efluente será reunido em um poço de escuma, a montante do conjunto de pré-
tratamento, sendo conduzido por diferença de nível geométrico a cada fase desta etapa, na sequencia abaixo:
Grade de Barras

A grade de barras é a primeira estrutura do tratamento preliminar, onde a separação de sólidos grosseiros
flutuantes é realizado pelo processo físico de retenção, proporcionado a partir de barras paralelas e equidistantes,
com espaçamento de 20 mm, de modo a não alterar o fluxo normal dos esgotos, evitando assim grandes perdas
de cargas.
São considerados sólidos grosseiros os resíduos sólidos contidos nos esgotos sanitários e de fácil retenção
e remoção. Esses materiais são procedentes do uso inadequado das instalações prediais.
O objetivo desta estrutura é proteger os dispositivos subsequentes e aumentar a eficiência do sistema de
tratamento de esgoto, não obstante as seguintes finalidades atribuídas a esta estrutura:
 Proteção dos dispositivos de transporte dos esgotos nas suas diferentes fases, líquida e sólida (lodo),
tais como: bombas, tubulações, transportadores e peças especiais;
 Proteção dos dispositivos de tratamento dos esgotos, tais como: aeradores, meio filtrante, bem como
dispositivos de entrada e saída;
 Proteção dos corpos d´água receptores, tanto no aspecto estético como nos regimes de funcionamento
de fluxo e de desempenho; e
 Remoção parcial da carga poluidora, contribuindo para melhorar o desempenho das unidades
subsequentes de tratamento.

Todo material retido é periodicamente esguichado e depositado em um cesto localizado acima das barras
que constitui o gradeamento.
Neste projeto, será adotado uma grade com as seguintes características:

Seção da barra (mm) 8 x 40


Abertura (mm) 20
Inclinação (graus) 45
Velocidade (m/s) 0,6

Caixa de Areia

Basicamente a remoção de areia, ou desarenação, tem por finalidade eliminar ou abrandar os efeitos
adversos ao funcionamento das partes componentes das instalações e jusante, bem como impactos nos corpos
receptores, principalmente devido a assoreamento. Nesta planta, faremos um projeto de desarenação
aproveitando a estrutura do último poço de visita antes da ETE, com fácil acesso para inspeção e limpeza diária.

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Os materiais inertes e sedimentáveis, normalmente contidos nos esgotos sanitários são constituídos por areia,
pedriscos, silte, entre outros materiais putrescíveis como matéria orgânica.
Será adotada caixa de areia com as seguintes dimensões:
Largura do canal (b) (m) 0,50
Comprimento (L) (m) 3,00
Taxa de escoamento superficial (I) (m³/m² x dia) 733,864

II. TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Nesta fase a remoção é feita a partir do mecanismo biológico, por meio da ação metabólica e da floculação
de partículas em suspensão. O processo biológico deste projeto será adotado para remover matéria orgânica
remanescente do tratamento primário, constituída por sólidos em suspensão fina (contendo DBO suspensas e
particuladas).
O tratamento secundário, realizado por esta fase biológica, reproduz os mecanismos naturais de oxidação e
estabilização da matéria orgânica que normalmente ocorrem nos corpos de água, porém em menor período de
tempo, com utilização de menos espaço e mediante condições controladas dos reatores, contudo, permite obter
um efluente tratado que se enquadra nas normas e condições dos padrões de lançamento existentes na legislação
ambiental, especialmente quando há pretensão do reúso.
Devido às características do empreendimento, o tempo de contribuição é extremamente influente no projeto
hidráulico das unidades biológicas, pois a vazão média diária varia em função do tempo de contribuição. No caso
do PROJETO JARDINS, o tempo de contribuição admitido será de 24 horas.
Entre as opções de planta para tratamento aeróbio, esta é uma das que mais representa redução de área e
dos custos operacionais e maior flexibilidade de projeto, pois o sistema anaeróbio de alta taxa – tipo UASB, além
de reduzir o requisito de área para implantação, reduz o consumo de oxigênio à medida que garante um efluente
para o sistema aerado com reduzida concentração orgânico, dado a elevada eficiência do UASB (em torno de
70%), pode-se computar ainda possibilidade de paralização da fase secundária, sem prejuízo total na qualidade
do efluente. Além do mais, nesta concepção o tratamento do lodo (estabilização ou digestão) dar-se naturalmente
no próprio UASB, com maior facilidade e sem requisito de novas estruturas, reduzindo, contudo, o volume a ser
descartado.
O Reator Anaeróbio do tipo Fluxo Ascendente em Manta de Lodo, tipo UASB, na literatura internacional
denominado por Upflow Anaerobic Sludge Banket – e para registro de patente e identificação de nosso produto
denominamos de BIODIG AN, exclusivo da FIBRA TÉCNICA, e fabricado em PRFV – Poliéster Reforçado com
Fibra de Vidro.
Considerado um reator de Alta Taxa onde, a degradação da matéria orgânica afluente ocorre na ausência de
oxigênio em todas as zonas de reação (leito e manta de lodo), sendo a mistura do sistema promovido pelo fluxo
ascensional do esgoto e das bolhas de gás.
Através do fluxo ascendente o esgoto deixa o reator logo após passar por um decantador interno, localizado
a jusante da passagem entre a estrutura e o separador trifásico, dispositivo de separação das fases sólida –
liquida e gasosa, com ângulo de 60º, o decantador garante as condições ótimas para sedimentação das partículas
que se desgarram da manta de lodo permitindo que estas retornem a câmara de digestão ao invés de serem
arrastada para fora do sistema.
O tempo médio de residência de sólidos no reator é suficientemente elevado para manter o crescimento de
uma massa densa de microrganismos formadores de metano apesar do reduzido tempo de detenção hidráulica,
pois um dos princípios fundamentais do processo é a sua habilidade em desenvolver uma biomassa de elevada
atividade.

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Uma das maiores vantagens desse sistema é o reduzido requisito de área, em função do baixo tempo de
residência hidráulica, em comparação com sistemas tradicionais com metodologia semelhante.
O efluente desta unidade apresenta uma redução da carga orgânica, ou seja, da DBO afluente (índice que
indica a eficiência e serve de limite dos parâmetros de lançamentos preconizados pelas normas técnicas em
geral), superior a 70%. No caso do CONDOMÍNIO JARDINS | SÃO LUÍS | MA, para atingir o índice necessário
ao padrão de lançamento preconizado nas resoluções e normas técnicas pertinentes, novas unidades de pós-
tratamento serão implantadas.
Neste projeto optamos por unidades aeróbias, consubstanciado por um reator aeróbio e um decantador
secundário modulado em uma única estrutura do tipo cilíndrica vertical.
A aglomeração de flocos formados continuamente pelo crescimento de varias espécies de microrganismos,
a partir da matéria orgânica dos despejos, na presença de oxigênio dissolvidos, caracteriza o processo assim
denominado.
Fundamentalmente o processo BIODIG FSA consiste na metabolização biológica da matéria orgânica de
águas residuarias em um reator mantido sob condições aeróbias contendo uma fauna variada de
microrganismos. O suprimento de oxigênio será realizado por ar difuso, a partir meio de aeradores e membranas
de formação de bolhas finas, que garante melhor transferência de oxigênio ao meio.
Nestas unidades não há retenção física da biomassa pela ação da filtração, e, portanto não se utiliza a contra-
lavagem. Os BIODIG FSA serão dimensionados nos parâmetros cinéticos de lodos ativados como pós-tratamento
de reatores UASB.
A massa biológica formada (zoogleias) se separa fisicamente do liquido através de decantação, e retorna
através de recirculação ao reator aeróbio de forma contínua. O liquido clarificado constitui-se no efluente tratado.
Os sólidos removidos (lodos excedentes) são passivos de tratamento biológico ou químico, ou ainda incineração,
porém, nesta planta, todo excedente do sistema aerado será submetido à adensamento e digestão pelas próprias
estruturas anaeróbias antecedentes (UASB), sendo assim, removido praticamente desprovido de energia e,
portanto, sem atividade (estabilizado).
O lodo extraído do reator UASB (lodo anaeróbio e aeróbio) será conduzido a um leito de secagem, para sofrer
processo de desidratação e posterior descarte em aterros sanitários classe 02, junto com os demais resíduos
orgânicos retidos na fase preliminar do sistema.
Uma das principais características do processo é produzir um efluente INODORO e bem clarificado.
A implantação da fase primaria anaeróbia reduz os custos totais de implantação enquanto dispõe de um
efluente tratado com melhor qualidade na etapa inicial; por conseguintes, reduz os custos de energia e o requisito
de área para a fase secundária do processo aeróbio, especialmente no caso de Lodo Ativado, reduzindo o número
de unidades do processo e proporcionando ao projeto um Upgrade leve, simples e econômico.
Nesta fase, as unidades biológicas apresentam as seguintes características:

REATOR UASB
Diâmetro Resultante por unidade (m) 5,00
Área Resultante (m²) 19,64
Volume Resultante (m³) 98,18
Tempo de Detenção Hidráulica Resultante (h) 8,56
Carga Hidráulica Volumétrica (m³/m³ x d) 2,80

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REATOR AERÓBIO
Altura Útil do Reator (m) 3,00
Área do Reator (m²) 77,03
Número de Unidades 4,0
Diâmetro (m) 5,0
Área Resultante (m²) 19,64
Consumo de O2 Padrão (kg O2/h) 29,168

DECANTADOR SECUNDÁRIO

Número de Unidades 4,0


Diâmetro (m) 4,0
Área Resultante (m²) 12,566
Taxa de Aplicação Hidráulica Resultante (m³/m².d) 21,9

III. DESINFECÇÃO

Antes de ser encaminhado ao emissário final, o efluente será submetido a inativação microbiológica através
de uma solução de hipoclorito de cálcio. Desta forma, é esperada uma redução de pelo menos 04 logs no número
de organismos patogênicos no efluente de cada bacia.
O subproduto (lodo excedente) será periodicamente descartado em um leito de secagem, de onde será
submetido à desidratação natural, segregado e depois transportado para aterro sanitário classe 02.
O fluxograma dos sistemas de tratamento propostos é apresentado na Figura 2.1.

Figura 2.1 – Fluxograma dos sistemas

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3. CARACTERÍSTICAS DOS ESGOTOS (AFLUENTE)

Um dos primeiros passos para o estudo preliminar de projetos é o conhecimento das características das
águas residuárias, em que os possíveis tipos de tratamentos só podem ser selecionados a partir desse estudo.
Da mesma forma, é conhecido também o potencial poluidor, quando estes efluentes são lançados no corpo
receptor sem tratamento adequado.
Os esgotos do Condomínio Jardins apresentam características típicas de efluentes sanitários domésticos,
onde a contribuição orgânica deve situar-se na ordem de 54g DBO/hab. x dia, 90g DQO/hab. x dia, 6g NTK/hab.
x dia. A contribuição das cargas afluentes a cada ETE varia em função da vazão média diária e do número de
habitantes.
Devido ao tipo de material utilizado na construção da rede coletora (PVC), assim como sua pequena
extensão, neste projeto desprezamos a contribuição indevida. Portanto, considerando a vazão média afluente,
têm-se os seguintes parâmetros para cada ETE:
Considerando que todas as contribuições serão equalizadas em uma única ETE, ao final do plano o sistema
atenderá aos seguintes parâmetros:
 Q MÉDIA DIÁRIA ................................................................................................................ 1.100 m³/d;
 População de projeto .................................................................................... 8.280 contribuintes;
 Concentração de DBO5 ................................................................................................ 406 mg/L;
 Concentração de DQO ................................................................................................. 677 mg/L;
 Concentração de NTK ................................................................................................... 45 mg/L;
 Concentração de coliformes termotolerantes............................................... 1 x 107 NMP/100 mL.

Contudo, para atender a essas variações, o número de conjuntos a serem implantados seguirão a seguinte
ordem:
 Para a fase 01........................................................................................................ 02 conjuntos;
 Para a fase 02.......................................................................................................... 01 conjunto;
 Para a fase 03.......................................................................................................... 01 conjunto;

Desta forma, não ocorrerá prejuízos quanto a contribuição das cargas e das vazões afluentes a ETE.

4. CARACTERÍSTICAS DOS EFLUENTES

Considerando os parâmetros de entrada, a eficiência dos sistemas proporcionaram as seguintes


concentrações efluentes:

 Concentração de DBO 5,20 ......................................................................................................... ≤ 60 mg/L


 Concentração de DQO ............................................................................................................ ≤ 120 mg/L
 Concentração de NTK ............................................................................................................... ≤ 40 mg/L
 Concentração de coliformes termotolerantes ............................................................. ≤ 1000 NMP/100 mL

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CAPÍTULO 03 – MEMÓRIA DE CÁLCULO
Apresenta todas as justificativas a respeito do dimensionamento
hidráulico das unidades que constitui o sistema, apresentando a
eficiência desejada no projeto.

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1. PARÂMETROS DO PROJETO

Dados de Projeto
Coeficiente do dia de maior consumo (K1) ................................................................................................... 1,2
Coeficiente da hora de maior consumo (K2) ................................................................................................. 1,5
Coeficiente de retorno (relação esgoto/água) ............................................................................................... 0,8
População Total................................................................................................................... 8.280 contribuintes
Vazão de infiltração (adotado) .......................................................................................................... 25,92 m³/d

2. CÁLCULO DAS VAZÕES AFLUENTES

CORRESPONDENTE A 8.280 CONTRIBUINTES (entre residências e salas comerciais)


Vazão mínima
Q MID ................................................................................................................................................... 563 m³/d
Vazão média
Q MED ............................................................................................................................................ 1.959,3 m³/d
Vazão máxima diária
Q MXD ............................................................................................................................................ 1.314,8 m³/d
Vazão máxima horária
Q MXH ............................................................................................................................................ 1.959,3 m³/d

3. TRATAMENTO FÍSICO PRELIMINAR – PRÉ-TRATAMENTO

Por tratar-se de estruturas fixas, neste projeto admitimos que as unidades de pré-tratamento serão implantadas
em uma única etapa, pré-dimensionadas para atender a população de final de projeto.

CAIXA DE GRADE

Adoção da grade
Será adotada uma grade simples, de limpeza manual, média, com barras de seção retangular, com as seguintes
características:
Seção da barra ............................................................................................................................... 3/8” x 1 ½”
Abertura entre barras ............................................................................................................................. 20 mm
Inclinação ................................................................................................................................................... 45º
Velocidade (adotada) ............................................................................................................................ 0,6 m/s

Eficiência
E .............................................................................................................................................................. 0,71

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Área útil
Au ..................................................................................................................................................... 0,038 m²

Área total, considerando o escoamento à montante da grade.


At ....................................................................................................................................................... 0,053 m²
Largura do canal
b (adotado) .......................................................................................................................................... 0,30 m

Altura da Lâmina Líquida


HMAX ...................................................................................................................................................... 0,18 m

Verificação das velocidades

Quadro 3.1 – Verificação das velocidades na caixa de grade


Considerando não existência de calha Parshall.

Q (m³/s) h (m) At = b.h (m²) Au = At.E (m²) V = Q/Au (m/s) Verif.

0,0227 0,18 0,053 0,038 0,60 OK

(A velocidade situa-se no intervalo recomendado de 0,40 a 0,75m/s).

Perda de carga
Considerando uma obstrução máxima de 50% na grade, a velocidade Vo passa para V, ou seja, o dobro da
situação anterior.
𝑉2 − 𝑣2
ℎ𝑓 = 1,43
2𝑔
Para:
V= 2 x 0,6
v = 0,6 x E
hf ...................................................................................................................................................... 0,013 m
(Será adotada perda de carga de 0,1m).
Comprimento da grade
ℎ𝑣
𝑥=
𝑠𝑒𝑛450
Onde:
ℎ𝑣 = ℎ(𝑚á𝑥. ) + ℎ𝑓 + 𝐷 + 0,10𝑚
Para D=0,15 m
x .......................................................................................................................................................... 0,62 m

Quantidade de barras
𝑏
𝑛=
𝑡+𝑎
n ............................................................................................................................................................ 11 ud

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CAIXA DE AREIA

Adotando uma Calha Parshall (adequada para vazões de 0,8 a 51,0 l/s)

Dimensões da Calha
W 3"
n 1,547
k 0,176

Velocidade adotada (m/s) 0,3

Altura da lâmina líquida (H) | em função das vazões afluentes


H (na vazão média) (m) 0,183
H (na vazão máxima diária) (m) 0,205
H (na vazão máxima horária) (m) 0,266
H (na vazão mínima) (m) 0,119

Rebaixo "Z" do medidor Parshall (m) 0,0594


(Em relação a soleira do vertedor da caixa de areia)

Largura do canal (b) (m) 0,37


Largura do canal (b) (m) - Adotado 0,50
Comprimento (L) (m) 3,29
Comprimento (L) (m) - Adotado 3,00
Taxa de escoamento superficial (I) (m³/m² x dia) 733,33
(Entre a faixa recomendada de 600 a 1200 m³/m² x d)

Verificação das velocidades


A=bxh V=Q/A
Q(m³/s) h(m) (m²) (m/s) Verificação
Na vazão média 0,0127 0,1237 0,0618 0,21 OK
Na vazão máxima diária 0,0152 0,1461 0,0730 0,21 OK
Na vazão máxima horária 0,0227 0,2065 0,1032 0,22 OK
Na vazão mínima 0,0065 0,0593 0,0297 0,22 OK
(Todas as velocidades encontram-se na faixa de velocidade recomendada entre 0,24 a 0,36 m/s)

Produção de areia por dia de operação 0,05 m³/1000 m³


Volume de areia produzido por dia de operação (m³/d) 0,055
Área superficial do canal (m²) 1,643
Intervalo de limpeza adotado (dias) 8,0
Volume necessário para o depósito (m³) 0,440
Altura mínima necessária (m) 0,268

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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO BRUTO

Vazão adotada para bomba (m³/d) 2136,0


A vazão situa-se abaixo ou igual a 1,5 vezes a vazão máxima, conforme recomendado pela NBR 12.209/11

RECALQUE DA ELEVATÓRIA
Diâmetro do recalque (m) - Calculado 0,189
Diâmetro do recalque (m) - Adotado 0,2
Verificação da velocidade (m/s) 0,79
Valor de "J" Hazen Williams (m/m) 0,0035
(Valor encontrado a partir do coeficiente de rugosidade) C= 130

Comprimento do recalque (m) 12,00


Perda de carga distribuída (m) 0,042

Perda de carga localizada


Quadro 3.2– Constantes de perda de carga nas peças hidráulicas.
Barrilete DN 100 K
Peça Quant. Unitário Subtotal
Ampliação gradual 0 0,30 0,00
Curva de 90° 1 0,40 0,40
Válvula de retenção 1 2,50 2,50
Registro gaveta aberto 1 0,20 0,20
Tê passagem de lado 2 1,30 2,6
Total 5,70

Recalque DN 100 K
Peça Quant. Unitário Subtotal
Curva de 90° 4 0,40 1,60
Curva de 45° 1 0,20 0,20
Saída de canalização 1 1,00 1,00
Total 2,80

Perda de carga total (m) 0,311


Altura manométrica (m) 9,511
(Valor encontrado a partir da diferença de nível entre o máximo e mínimo do poço de sucção somado ao nível de
lançamento do UASB (do nível máximo ao topo da estrutura)
(2,9m+6,0m+0,3m)

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CONJUNTO MOTOBOMBA
Potência do motor (para n=40%) (cv) 4,479
Folga admitida para o motor 50%
Potencia requerida (cv) 6,72
Potencia adotada (cv) 3,00

POÇO DE SUCÇÃO
Volume do poço (m³) 11,73
(O volume do poço foi definido pelo tempo máximo de detenção hidráulica da ordem de 1800 s)

Diâmetro adotado para o poço (m) 3,00


Área do poço (m²) 7,07
Volume de recobrimento da bomba (m³) 1,06
(Para uma altura mínima definida pelo fabricante da bomba h=0,15 m)

Volume efetivo (m³) 6,92


Volume total (m³) 12,79
Diâmetro adotado para o poço (m) 3,00
Área resultante (m²) 7,07
Nível útil do poço (m) 0,98

CICLO DA BOMBA
Tempo máximo de parada (minutos) 17,71
Tempo mínimo de funcionamento (minutos) 6,34
Número máximo de parada por hora 2,49

4. TRATAMENTO SECUNDÁRIO – BIOLÓGICO. SISTEMA BIODIG ANV

REATOR ANAERÓBIO DE FLUXO ASCENDENTE – UASB – (BIODIG AN)


(PRODUTO FIBRA TÉCNICA - BIODIG AN)

DADOS INICIAIS DO PROJETO:


Tempo de detenção hidráulica adotado (horas) 8,0
Número de Unidades 4,0
Altura útil adotada (m) 5,0
Área máxima de influência dos distribuidores (m²) - (adotado) 2,0
(Abaixo do máximo recomendado pela NBR 12.209/2011)

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Coeficiente de Produção de Sólidos 0,21
(Adotado no intervalo de 0,11 a 0,23 kg DQO lodo/kg DQO aplicado conforme indicado)

Temperatura °C 30
Concentração de Metano no Biogás (%) - (adotado) 0,75
Coeficiente de Produção de Sólidos Totais (kgSST /kgDQOapli.) 0,15
Coeficiente de Produção de Sólidos Totais (kgSST /kgDBOapli.) 0,30

PARÂMETROS DO REATOR

Volume do Reator (m³) 366,67


Área do Reator (m²) 73,33
Volume por Unidade (m³) 91,67
Área Requerida por Unidade (m²) 18,33
Diâmetro Adotado (m) 4,83
Diâmetro Resultante (m) 5,00
Área Resultante (m²) 19,64
Volume Resultante (m³) 98,18
Tempo de Detenção Hidráulica Resultante (h) 8,57
Carga Hidráulica Volumétrica (m³/m³ x d) 2,80
(Segundo recomendação da NBR, deve ser menor que 5,0 m³/m² x dia)

Carga Orgânica Volumétrica (kg DQO/m³.d) 1,90


(Segundo recomendação da NBR, deve situar-se entre 2,5 a 3,5 kg DQO/m³ x dia para efluente doméstico)

CÁLCULO DAS VELOCIDADES SUPERFICIAIS RESULTANTES (m/h)


Para Vazão Média 0,58
(Deve situar-se entre 0,5 a 0,7 m/h)
Para Vazão Máxima Diária 0,70
(Menor que 1,1 m/h, conforme recomendado pela NBR)
Para Vazão Máxima Horária 1,04
(Menor que 1,5 m/h, conforme a máxima recomendada para até 4 horas de pico)

Número mínimo de distribuidores 9,82


(Adotado 10 distribuidores)

Estimativa de Eficiência em Remoção de DQO (%) - (Calculado) 67,94


Estimativa de Eficiência em Remoção de DQO (%) - (Adotado) 65,00
Estimativa de Eficiência em Remoção de DBO (%) - (Calculado) 76,09
Estimativa de Eficiência em Remoção de DBO (%) - (Adotado) 70,00
Estimativa de Eficiência em Remoção de NTK (%) - (Adotado para processos anaeróbios) 10

ESTIMATIVA DAS CONCENTRAÇÕES EFLUENTE


DBO (mg/l) 122
DQO (mg/l) 237
NTK (mg/l) 41

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AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE BIOGÁS
Qbiogás (m³/d) 154,02

Área de Passagem para o Decantador (m²) 5,8


VELOCIDADES NA PASSAGEM PARA O DECANTADOR (m/h)
Na vazão média (menor ou igual a 2,5 m/h) 2,0
Na vazão máxima diária (menor ou igual a 4,0 m/h) 2,4
Na vazão máxima horária (menor que 5,5 m/h) 2,5

AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE LODO (kg SST/d)


Produção diária (kg SST/dia) 111,78
Massa específica adotada (deve situar-se entre 1.020 a 1.040 kg/m³) 1020
Concentração de lodo adotada (%) 4,0%
Volume de lodo resultante (m³/d) 2,74

SISTEMA DE LODOS ATIVADOS – BIODIG LA


(PRODUTO FIBRA TÉCNICA BIODIG FSA)

PARAMETROS E COEFICIÊNTES ADOTADOS

Idade de Lodo (d) 6


Sólidos em Suspensão Voláteis no T.A. (SSVTA) Xv (mg/l) 1500
DBO Solúvel Efluente (S) (mg/l) - Adotado 5
Coeficiente de Produção Celular (Y) (g SSV/g DQO) 0,6
Coeficiente de Respiração Endógena (Kd) (g SSV/g SSV.d) 0,08
Fração Biodegradável dos SSV (fb) (kg SSv/kg SSV) 0,7
SSV/SS - Adotado 0,75
Coeficiente de Produção de Lodo (kg SS/kg DBO) 0,65
Taxa de Recirculação 0,6
Consumo Médio de O2 para Demanda Carbonácea (Oxidação da DBO) (kgO2/kgDBO) 1,2
Consumo Médio de O2 para Demanda Nitrogenada (Oxidação da Amônia) (kgO2/kgNdisp.) 4,6
Relação Consumo Máximo/Consumo Médio 1,3
Relação Padrão/Campo 1,6
Eficiência de Oxigenação (kg O2/kWh) 1,8
Taxa de Aplicação Hidráulica (m³/m² x dia) 24

REATOR AERÓBIO

Volume do Reator (m³) 231,08

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Altura Útil do Reator (m) 3,00
Área do Reator (m²) 77,03
Número de Unidades 4,0
Volume por Unidade (m³) 57,77
Área por Unidade (m²) 19,26
Diâmetro (m) - Calculado 4,95
Diâmetro (m) - Adotado 5,0
Área Resultante (m²) 19,64
Tempo de Detenção Hidráulica (h) 5,14
Concentração de SSTA (X) no T.A. (mg/l) 2000
Produção de Lodo Excedente a ser Dirigido ao Reator UASB (Px) (kg SS/d) 87,19
Produção "per capita" de SS Aeróbio (kg SS/hab. x d) 0,011
Sólidos Totais (Px) (kg SS/d) 87,19
Sólidos Voláteis (Pxv) (kg SSV/d) 65,39
Sólidos Fixos (Pxf) (kg SSF/d) 21,79
Concentração de Lodo Excedente (kg SS/m³) 5,33
Vazão de Lodo Aeróbio Excedente Retornando ao UASB (m³/d) 16,35
(Está vazão representa apenas 1,49 % da vazão média afluente)

SISTEMA DE AERAÇÃO

Consumo Médio de O2 na Demanda Carbonácea (kg O2/d) 160,96


Consumo Médio de O2 na Demanda Nitrogenada (kg O2/d) 175,59
Consumo Médio Total de O2 (kg O2/d) 336,55
Consumo de O2 Máximo (kg O2/d) 437,52
Consumo de O2 Padrão (kg O2/h) 29,17
Potência (CV) - Calculada 22,04
Potência (CV) - Adotada 20,0
Densidade de Potência (W/m³) 62,47
(Deve ser maior que 30 W/m³, segundo NBR 12.209/2011)

DECANTADOR SECUNDÁRIO

Área Requerida ao Decantador (m²) 45,83


Número de Unidades 4,0
Área Requerida por Unidade (m²) 11,45
Diâmetro (m) - Calculado 3,81
Diâmetro (m) - Adotado 4,0
Área Resultante (m²) 12,56
Taxa de Aplicação Hidráulica Resultante (m³/m².d) 21,9
Altura cilíndrica Útil (m) - Adotada 1,7
Tempo de Detenção Hidráulica na Altura Cilíndrica (h) 1,513

TRATAMENTO DO LODO

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CARGA DE LODOS GERADOS NO LA E RETORNADO AO UASB
Sólidos Totais (Px) (kg SS/d) 87,18
Sólidos Voláteis (Pxv) (kg SSV/d) 65,39
Sólidos Fixos (Pxf) (kg SSF/d) 21,79

EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DE SSV DO LODO AERÓBIO NO UASB


LODO AERÓBIO DIGERIDO NO UASB
Concentração de Sólidos (%) - Adotado 35
(Entre o intervalo recomendado de 25 a 45 %)
Sólidos Voláteis (Pxv) (kg SSV/d) 56,67
Sólidos Fixos (Pxf) (kg SSF/d) 21,79
Sólidos Totais (Px) (kg SS/d) 78,47

LODO A SER RETIRADO DO UASB (AERÓBIO + ANAERÓBIO)


Anaeróbio (kgSS/d) 134,14
Total (Aeróbio + Anaeróbio) (kgSS/d) 212,61
Concentração de SS no lodo retirado do UASB (%) 3
(Entre o intervalo recomendado de 3 a 4%)
Concentração de SS no lodo retirado do UASB (mg/l) 30000
Concentração de SS no lodo retirado do UASB (kg SS/m³) 30
Vazão Excedente do UASB (m³/d) 7,087
Vazão Excedente do UASB "per capita" (l/hab x dia) 0,86
(Entre o intervalo recomendado de 0,8 a 1 l/hab. x dia)
Teor de Sólido (%) - Adotado 25
Teor de Sólido Resultante (mg SS/l) 250000
Teor de Sólido Resultante (kg SS/m³) 250

LODO A SER DISPOSTO (m³/d) 0,85

5. ESTIMATIVA DE EFICIÊNCIA TOTAL DO SISTEMA BIOLÓGICO


Eficiência total do sistema em termos de remoção da carga orgânica afluente (DBO 5), dada pela seguinte
expressão:
Admitindo que a eficiência do lodos ativados seja de 95%, conforme recomendado pela literatura especializada e
nas experiências práticas em todo território nacional, tem-se uma DBO efluente do LA na ordem de 6,09 mg
DBO/L. Logo:
𝐸 𝑥 406
6,09 = 406 − = 98,5%
100
SDBO FINAL.................................................................................................................................................... 98 %

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6. SISTEMA DE DESINFECÇÃO
Adotando um processo de inativação microbiológica por adição e contato de solução de hipoclorito de sódio
com concentração de 12%, a fase de desinfecção será implantada para atender a população final do projeto.

Vazão média afluente


QMÁX. DIÁRIA ........................................................................................................................................ 45,83 m³/h
Tempo de detenção hidráulica adotada
TDH (adotada) ...................................................................................................................................... 30 min.
Volume do tanque de contato
VTC ....................................................................................................................................................... 22,9 m³
Número de tanques adotado
Ntc .............................................................................................................................................................. 1,0
Altura útil do tanque de contato
HTC .......................................................................................................................................................... 3.5 m
Área superficial do tanque (por unidade)
ATC ....................................................................................................................................................... 6,54 m²
Diâmetro do tanque
DTC ........................................................................................................................................................ 2,89 m
Adotando um tanque de contato com diâmetro de 3,0 m e altura total útil de 3,5m.

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CAPÍTULO 04 – PLANO DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO
Apresenta orientações básicas para monitoramento e
manutenção da Estação de Tratamento de Esgoto.

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1. INTRODUÇÃO
Um plano de Operação e Manutenção tem como objetivo apresentar informações técnicas da estação de
tratamento, bem como as principais diretrizes de operação e manutenção de suas unidades componentes.
Para o adequado funcionamento do sistema de tratamento, é fundamental que a estação de tratamento de esgoto
(ETE) seja devidamente operada por pessoal qualificado, seguindo as instruções aqui apresentadas.
O objetivo das presentes instruções é funcionar como um manual de operação e manutenção da ETE, de modo
que as instalações atendam aos serviços previstos, sem oferecer riscos ao operador e ao meio ambiente.
É importante que a coordenação da operação da ETE fique a cargo de um engenheiro especializado, de
preferência que tenha experiência em atividades similares.

2. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
DADOS BÁSICOS
 Tipo de tratamento - Digestores Anaeróbios de Fluxo ascendente associados a Retores Aerados com
posterior desinfecção do efluente final por cloração antes de seu lançamento no corpo receptor;
 Grau de Tratamento – Secundário;
 Idade do lodo – acima de 20 dias.

PARTES COMPONENTES
 Grade;
 Caixa de Areia;
 Estação Elevatória de Esgoto Bruto;
 Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente tipo UASB;
 Reator Aeróbio;
 Decantador;
 Desinfecção;
 Poço de Lodo;
 Casa dos Sopradores.

3. PLANO DE MANUTENÇÃO
O termo “manutenção” em engenharia pode ser definido como a arte de manter os equipamentos e estruturas de
uma estação de tratamento em condições adequadas, para que realizem os serviços para os quais foram
projetados.
Aspectos Gerais
O uso regular de água sob pressão para a limpeza e lavagem dos tanques, tubulações e canais é imprescindível
para as modernas estações de tratamento.
Basicamente, qualquer programa de manutenção deve observar as seguintes regras:
 Conservar a estação limpa e em ordem;
 Estabelecer um plano sistemático de operação;
 Estabelecer uma rotina de inspeção e lubrificação;
 Registrar dados e especificações dos equipamentos, dando-se especial atenção a incidentes incomuns
e condições operacionais defeituosas;
 Observar as medidas recomendadas de segurança.

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Através das revisões das fichas de manutenção poder ser constatado nos equipamentos as peças mais débeis,
obtendo-se com isso uma orientação do material a ser estocado.
Todos os fabricantes de equipamentos fornecem informações básicas que normalmente são derivadas de anos
de experiência. Esses dados deverão ser cuidadosamente estudados pelo operador da estação. Normalmente
são compostos de:
 Instruções de instalação;
 Instruções de lubrificação;
 Instruções de operação;
 Instruções de montagens e desmontagens;
 Listagem dos componentes.
Lubrificação
A lubrificação é provavelmente a função mais importante de um programa de manutenção.
A experiência dita que os óleos e graxas a serem utilizados devem ser da melhor qualidade. As recomendações
dos fabricantes devem ser seguidas rigorosamente.
Bombas de Influente
As bombas são talvez os equipamentos mais importantes numa estação de tratamento. Sua paralisação
normalmente indica uma paralisação parcial ou total da ETE.
Especial atenção deverá ser dada:
 Aos mancais – calor e barulho;
 Aos motores – velocidade rotação e amperagem;
 Aos equipamentos de controle – limpeza e condições de funcionamento;
 Na operação da bomba – Vibração e barulho.

O esgoto é mais difícil de ser bombeado que a água. A presença de areia no esgoto tem um efeito abrasivo nos
equipamentos de bombeamento. Outros materiais como trapos, gravetos, etc, podem também estar presentes
durante o bombeamento. Por essa razão, cada peça deve ser rigorosamente inspecionada freqüentemente para
que danos maiores possam ser corrigidos previamente.
As recomendações dos fabricantes devem ser seguidas rigorosamente.
Sopradores (Compressores)
Observações de barulhos ou vibrações estranhas são também importantes de serem notadas, para que se possa
corrigir um defeito no seu início evitando-se com isso um prejuízo maior.
A troca de lubrificantes deverá acontecer no período determinado pelo fabricante do equipamento.
Para esse controle torna-se necessário que o quadro de comando possua horímetros no sentido que seja
conhecido o tempo certo da troca.
O controle do nível do óleo deve ser feito pelo menos semanalmente com o equipamento parado, e sua troca
quando o fluido ainda estiver quente.
Estruturas Suportes
Estruturas suportes de uma estação como canais, tanques, partes metálicas devem ser limpas e inspecionadas
pelo menos uma vez por ano para que seja feita uma pintura protetora adequada nas partes sujeitas a corrosão.
Em função do local onde a estação será construída, praticamente a beira de uma praia, este tempo poderá ser
reduzido para seis meses.
Prédios

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A manutenção dos equipamentos não deve ser a única intenção da equipe que opera e mantém a estação de
tratamento.
Os prédios devem ser conservados limpos para que torne mais agradável o trabalho do operador e diminua a
repulsa psicológica dos visitantes.
Uma pintura de conservação deverá ser feita com uma freqüência pelo menos anual, dando-se especial atenção
a:
 Portas;
 Janelas e;
 Partes metálicas.

Jardins
Parte componente do fator humanização da estação.
O ajardinamento contribui para a atratividade do local, sendo constituído de gramas e árvores implantadas em
locais adequados.

4. MANUAL DE OPERAÇÃO
Generalidades
Em condições excepcionais, deverão ser atendidas as contingências que maiores riscos ofereçam. É óbvio que,
passado o momento crítico, as recomendações de caráter rotineiro voltam a ser atendidas normalmente.
Outrossim, cada Depuradora tem particularidades locais, que permitem ou mesmo exigem alterações dos
procedimentos normais, em intervalos para mais ou para menos, conforme cada caso.
Caixa de Gorduras
Em condições normais, deve ser batida com intervalos de 1 (uma) hora.
Porém a retirada do material flotado, para o patamar drenante, deve ser feito sempre que preciso ou no máximo
em intervalos de 3 (três) horas. Na tarde de cada dia, este material deve ser removido para um tanque de lodo
para posterior descarte em local apropriado.
Esta unidade e seus arredores e deverão ser esguichados, com jatos de mangueira, sempre que houver
necessidade.
Grade
Em condições normais, deve ser batida com intervalos de 1 (uma) hora. Porém a retirada do material gradeado,
para o patamar drenante, deve ser feito apenas a intervalos de 3 (três) horas. Na tarde de cada dia, este material
deve ser incinerado, enterrado ou encaminhado como lixo para aterros sanitários.
Em condições anormais, por exemplo se ocorrer em dado momento, a chegada de grande quantidade de material
gradeável, deve-se fazer a limpeza mesmo fora da hora marcada.
Esta unidade e seus arredores e deverão ser esguichados, com jatos de mangueira, sempre que houver
necessidade.
Bombas de Influente
Além da lubrificação se houver, pelo menos uma vez ao dia, seus rotores devem ser limpos com escovas de
piaçaba ou rastelo – sempre de cabo longo, para se evitar, o quanto possível a aproximação manual. Materiais
renitentes, que não se destaquem com esta operação, devem ser retirados com ganchos. Os escovamentos dos
rotores deverão ser acompanhados de esguichos de mangueira. Esta recomendação serve para bombas de rotor
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aberto. Para o tipo de rotor fechado com trituradores, as limpezas podem ser semanais, e /ou também quando
ocorrer um imprevisto.
Caixa de Areia
Trata-se de um decantador onde no seu interior a areia é depositada em função da velocidade na passagem deste
compartimento.
O dimensionamento das unidades aproveita a grande diferença de densidade dos componentes que se quer
separar no caso a areia da matéria orgânica, caracterizada também pela grande diferença das taxas de
sedimentação.
O material inerte deve em repouso ocupar no máximo a parte rebaixada da unidade.
Digestor Anaeróbio de Fluxo Ascendente – UASB Biodig ANV
Semanalmente, deverá ser feita a descarga de lodo do reator, através da válvula destinada para tal, localizada na
caixa de manobra.
Recomenda-se a verificação diária da presença de material flutuante acumulado na parte superior do reator. A
passagem de alguns materiais flutuantes para a zona de sedimentação é inevitável e o excesso destes poderá
entupir as aberturas da calha coletora, comprometendo a homogeneidade da coleta.
Pelo menos duas vezes por semana, deverá ser feita descarga de escuma acumulada no topo do reator,
utilizando-se válvula própria. A camada de escuma forma-se naturalmente no processo, podendo dificultar a
oclusão das bolhas, caso acumule-se em quantidade excessiva ou ocorra o seu ressecamento.
Recomenda-se a permanente verificação das condições de passagem das tubulações condutoras de biogás, que
deverão permanecer sempre desobstruídas. Deve-se ter cuidado ao operar o reator UASB, evitando-se o uso de
cigarro ou de chamas e a ocorrência de faíscas, pois o biogás gerado contém metano, que é um gás combustível.
A fim de prevenir a liberação de maus odores, é necessário que o reator UASB mantenha-se sempre tampado.
Partida do Sistema
Dadas as características dos esgotos sanitários a serem tratados, a partida da ETE, no que se refere ao reator
UASB, poderá ser realizada sem que haja necessidade de inoculação. No entanto, poderá levar mais de 3 meses
para que o sistema de tratamento torne-se estável e atinja as condições desejadas.
Com isso, poderá haver vantagens em se usar um inóculo (lodo digerido de boa qualidade) no início da operação
de outro reator anaeróbio (UASB), para se reduzir ao máximo o seu período de maturação. Porém, se o inóculo
não estiver disponível, é perfeitamente possível se iniciar a operação sem lodo no reator.
A partida do RAFA, classificado como reator anaeróbio de alta taxa, pode ser definida como um período de
transição inicial, marcado por instabilidades operacionais, podendo ser feita através de 3 (três) processos
distintos:
 Utilizando-se lodo de inóculo adaptado ao esgoto a ser tratado. Trata-se do processo mais conveniente
devido à entrada do sistema em regime permanente se processar rapidamente, não havendo
necessidade de aclimatação do lodo;
 Utilizando-se lodo de inóculo não adaptado ao esgoto a ser tratado. Nesse caso existirá um período de
aclimatação do sistema, incluindo uma fase de seleção microbiana;
 Sem a utilização do lodo de inóculo. Considerada a forma mais desfavorável devido a inoculação do
reator acontecer com os próprios microrganismos do sistema cuja concentração é muito pequena,
resultando num tempo de entrada em regime da ordem de 3 (três) a 4 (quatro) meses, chegando alguns
autores a mencionar um tempo de 6 (seis) meses.

Partida com Inoculação do Reator


Volume de Lodo de Inóculo

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Nos casos onde se aplica o lodo de semeadura (inóculo), a carga biológica aplicada ao sistema de tratamento,
dada em (KgDQO/KgSSV.d), é o parâmetro que caracteriza a carga orgânica aplicada com relação à quantidade
der biomassa presente no reator, que em média se encontra na faixa de 0,05 a 0,50KgDQO/KgSSV.d. Essa
relação deverá ser aumentada gradativamente em função da eficiência do sistema, chegando em regime
permanente a ter o valor 2,0KgDQO/kg SSV.d.
Carga Hidráulica Volumétrica

A CHV ocasiona 3 (três) efeitos:


 Retira toda biomassa de sedimentação precária, deixando espaço para a nova biomassa que está se
desenvolvendo;
 Seleciona a biomassa ativa, decorrente da retirada da biomassa que não possui boa sedimentabilidade;
 Promove uma boa mistura no interior do reator.

Temperatura

A temperatura ideal é na faixa de 30 -35ºC. No nosso caso, no Estado do Ceará este valor se situa na faixa de 25
-30ºC, mais comumente entre 27 -28ºC, considerada como condições sub-ótimas de temperatura.
Fatores Ambientais

Na partida os seguintes fatores são desejáveis:


 Temperatura no interior do reator na faixa 30 -35ºC, não factível para esgotos domésticos;
 O pH deve ser mantido sempre acima de 6,2, preferivelmente na faixa 6,8 – 7,2;
 Ausência de uma concentração de compostos tóxicos.
 Aclimação e Seleção da Biomassa

As principais diretrizes para a seleção da biomassa são segundo Lettinga:


 Não retornar o lodo disperso perdido com o efluente;
 Promover diluição do afluente quando a concentração das águas residuárias for maior que 5000mg/l,
caso não necessário quando se trata de esgotos domésticos;
 Aumentar a carga orgânica gradativamente sempre que a remoção de DBO/DQO atingir pelo menos
60%;
 Manter concentrações de ácido acético abaixo de 1000mg/l, No caso dos esgotos doméstico esse valor
no interior do reator é inferior a 200 – 300mg/l, não havendo portanto tal preocupação;
 Prover a alcalinidade necessária no sistema de forma a manter o pH próximo ao valor 7.

Procedimentos Antecedentes a Partida do Reator

 Caracterização do lodo de Inóculo;


 Após a definição do lodo de inóculo a ser utilizado na partida do DAFA, deve ser feita uma caracterização
qualitativa e quantitativa do mesmo, com a determinação dos seguintes parâmetros:
 pH;
 Alcalinidade em bicarbonato;
 Ácidos graxos voláteis;
 Sólidos Totais (ST);
 Sólidos Voláteis Totais (SVT);
 Atividade Metanogênica Específica (AME).
 Além dos parâmetros acima se deve proceder a uma caracterização visual e olfativa do lodo.

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Partida sem Inoculação do Reator
Para a maioria dos tipos de águas residuárias o processo de partida de um reator DAFA é longo e difícil. No caso
do esgoto doméstico tal operação apresenta menos problemas, devido esse tipo de despejo já possuir embora
em concentrações pequenas, as populações necessárias para o processo de digestão anaeróbia, podendo
portanto tal operação ser feita sem a necessidade de utilizar lodo inoculado, pois a fermentação ácida e
metanogênica se desenvolverão automaticamente.
Por outro lado a capacidade de tamponamento do esgoto é suficiente para evitar o azedamento, mesmo no
período de partida, quando a população ainda é pequena para converter eficientemente os produtos de
fermentação.
Em alguns exemplos com escala real, em Kampur, Pedregal e Bucaramanga a partida foi realizada sem o inoculo,
não havendo grandes dificuldades no tempo da obtenção de um estado estacionário, que nesses casos variaram
de 12 a 20 semanas.
A duração do período de partida é definida pelo tempo necessário para se obter uma qualidade do efluente
praticamente constante, e uma massa de lodo que não varia nem quantitativamente nem qualitativamente com o
tempo. Sem a aplicação do lodo inóculo, no início da operação este se desenvolverá durante o período da partida,
devido a acumulação de sólidos decantáveis não convertidos e populações bacterianas responsáveis pela
conversão do material orgânico em metano. Essa acumulação é limitada função do tamanho do reator, e em
algum momento começará a aparecer lodo no efluente sob a forma de partículas sedimentáveis. A partir desse
momento o reator estará cheio de lodo, ficando a massa no seu interior praticamente constante e a quantidade
gerada no reator se tornará igual à massa descarregada com o efluente. Depois de se acumular a massa de lodo
máxima , deve ser começado a ser feito descartes periódicos para o poço de lodo.
Segundo o Professor Adrianus C. Van Haandel é perfeitamente possível de se iniciar a operação sem lodo no
reator, sendo que nesse caso pode-se aplicar toda a vazão desde o início de operação.

Sistema Aeróbio com Decantação Secundária – Biodig FSA


As principais perturbações na operação do FSA estão relacionadas a uma formação atípica da espuma no tanque
e a uma flutuação do lodo no decantador, perdendo-se com o efluente final.
Caso se verifique uma cor escura, quase negra, na espuma do LA (causada por condições anaeróbias, por
quantidade de ar insuficiente ou pela presença de despejos tóxicos), deverá ser providenciado o aumento na
vazão de ar dos sopradores e/ou a identificação dos despejos responsáveis pela toxicidade do esgoto.
Se for observada uma espuma marrom escura, grossa e oleosa (provocada por lodo super-oxidado ou elevada
idade do lodo), deve-se aumentar a descarga do lodo de excesso do LA/decantador.
Ocorrendo a formação de uma espuma branca intensa e agrupada, pode-se aumentar a idade do lodo pela
redução do descarte do mesmo, borrifar água sobre a espuma, ou identificar e desviar a fonte de despejo não-
biodegradável possivelmente responsável pelo problema.
O decantador deverá ser constantemente vistoriado pelo operador, verificando se a sedimentação está ocorrendo
normalmente e se o líquido sobrenadante sai com perfeita clarificação, sem arraste de lodo.
Periodicamente, deverá ser realizada limpeza das paredes, das calhas e das placas do decantador com
esguichamento de água, visando remover incrustações.

Sopradores
Havendo necessidade de manutenção ou reparo no conjunto soprador, o soprador reserva será utilizado. O
soprador só deverá ser acionado se sua respectiva válvula de saída de ar estiver aberta.

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O nível de óleo no conjunto soprador deverá ser verificado semanalmente, adicionando-se a quantidade adequada
de óleo caso seja necessário, seguindo a recomendação do fabricante.
Desinfecção por Cloração

Aspectos Operacionais e de Manutenção

O efluente final será desinfetado na saída do decantador, através de um sistema de inativação por oxidação em
solução de hipoclorito de sódio, fazendo com que o efluente permaneça em contato com a solução por um
período de 40min com relação a vazão média afluente a ETE.
A adição da solução deve ser realizada a montante da placa de mistura hidráulica localizada dentro da estrutura
cilíndrica.
Aspectos de Segurança

O contato direto com a solução pode causar danos aos olhos e a pele não protegida.
A principal regra de segurança é sempre prevenir a inalação direta. Portanto os operadores necessitam de
instruções sobre seus danos causados. Abaixo são citadas algumas precauções a serem tomadas pelos
operadores:
 O operador nunca deverá se expor direta a solução;
 Os operadores devem utilizar uniformes com mangas compridas e calça e principalmente mascaras.
 Devido à proximidade da eletricidade à água, precauções devem ser tomadas quanto a conexões
elétricas, aterramento e interruptores.

Descarte do Lodo
O lodo do reator UASB e do FSA/Decantador Lamelar deverá ser descartado de acordo com os parâmetros
estabelecidos no projeto.
No reator UASB, será considerada uma idade de lodo de 30 dias. Assim, a freqüência de descarte adotada será
feita de acordo com esta idade de lodo. A descarga poderá também ser feita semanalmente, desde que se
despejem apenas volumes proporcionais ao volume total de 30 dias. O descarte é feito através dos registros
existentes no lado externo do reator. Nos primeiros meses de operação, não será necessário o descarte do lodo
excedente.
Para o lodo proveniente do decantador lamelar, poderá ser adotada uma idade de lodo superior a 20 dias. Este
poderá ser descartado diretamente no tanque adensador de lodo ou ser recirculado para a Estação Elevatória de
Esgoto. A recirculação tem por objetivo completar a estabilização do material biodegradável restante no lodo e
ajudar no desempenho da digestão anaeróbia no reator UASB.

5. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA
a) O operador da ETE deverá utilizar equipamentos de proteção individual, tais como: luvas, botas, máscara e
bata.
b) Devem ser seguidas todas as orientações dos fabricantes referentes à manutenção e à operação de
equipamentos como: lubrificação, limpeza, conservação, ajustes e recomendações de uso.
c) O operador deverá adotar hábitos de higienização adequados e suas mãos devem ser lavadas e desinfetadas
sempre após o trabalho na ETE.
d) Não será permitido o acesso de pessoas estranhas e de animais à ETE.
e) Deve-se evitar o máximo possível, o contato direto com os esgotos. Caso haja contato, deve-se lavar e
desinfetar as partes do corpo atingidas com uma solução de hipoclorito, álcool ou outro produto equivalente.

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f) Todas as unidades da ETE deverão ser mantidas fechadas, salvo quando submetidas à manutenção ou
inspeção.

6. FERRAMENTAS E EPIS
Para a realização das atividades operacionais, o operador deverá estar devidamente protegido com EPI
(Equipamento de Proteção Individual) além de outros itens considerados básicos:
 Luva de PVC;
 Fardamento com camisa de manga longa e calça;
 Máscara para gases;
 Bota de PVC.

Para as atividades operacionais diárias é necessário ainda:


 Régua, tabela de conversão e ficha de campo para registro de medições de vazão;
 Rastelo para limpeza da grade;
 Comparador colorimétrico com escalas para cloro residual (0 a 3 ppm) e para pH (faixa mínima de 4 a
10);
 Cone Imhoff para medição de sólidos sedimentáveis;
 Tambor de lixo com tampa para armazenamento temporário do material insalubre retido na grade e na
caixa de areia.

Para as atividades de manutenção, segurança e higiene pessoal:


 Pá quadrada;
 Enxada;
 Ferramentas básicas (chave de fenda, alicate, martelo, trena, etc);
 Hastes metálicas para levantar tampas de acesso;
 Kit de primeiros socorros;
 Ramal de água acoplada com mangueira flexível para limpeza geral;

7. MONITORAMENTO
Para acompanhar o funcionamento da ETE, recomenda-se que sejam realizadas análises no esgoto afluente, no
efluente e nos reatores. As frequências recomendadas de determinação dos parâmetros a serem analisados são
apresentadas no Quadro 4.1. As características do efluente final da estação deverão obedecer aos padrões de
emissão especificados pelo CONAMA.

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Quadro 4.1 – Frequência de monitoramento dos parâmetros físico-químicos da ETE

Parâmetro Afluente Reator UASB FSA Efluente


pH Diária Diária - Diária
Temperatura (°C) Diária Diária - Diária
Alcalinidade (mgCaCO3/L) Semanal Semanal - Semanal
Ácidos graxos voláteis (mg HAc/L) Semanal Semanal - Semanal
Sólidos totais (mg/L) - Mensal Mensal -
Sólidos sedimentáveis (mL/L) Semanal - Semanal Semanal
Produção de biogás (m³/d) - Diária - -
OD (mg/L) - - Semanal -
DQO (mg/L) Semanal - - Semanal
DBO (mg/L) Quinzenal - - Quinzenal
Nitrato (mg/L) Mensal - - Mensal
Nitrito (mg/L) Mensal - - Mensal
Amônia (mg/L) Mensal - - Mensal
Fósforo total (mg/L) Mensal - - Mensal
Cloro residual (mg/L) - - - Semanal
Coliformes fecais (NMP/100 mL) Mensal - - Mensal

8. SISTEMA DE DESINFECÇÃO
Basicamente, a desinfecção por oxidação é conseguida pelo tempo de contato dos microrganismos presentes
nos esgotos à uma solução de hipoclorito. Esse contato dos esgotos é feita em tanques, denominados
simplesmente por tanque de contato.
Especialmente neste projeto será adotado um tanque com volume de 1,0L, suficiente para manter um tempo de
residência hidráulica na ordem de 32 min, bastante para inativação de pelo menos 4logs no número total dos
microrganismos.

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CAPÍTULO 05 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Apresenta as orientações para execução das estruturas que
compõe o sistema de tratamento.

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1. INTRODUÇÃO
As presentes Especificações Técnicas têm por objetivo estabelecer as condições e a forma de execução dos
trabalhos, as características dos materiais e dos equipamentos, a mão-de-obra e a busca do melhor
relacionamento entre a Contratante e a Contratada para a execução da obra conforme o Projeto.
Estas especificações são de caráter generalizado, devendo ser admitidas como válidas as que forem necessárias
às execuções dos serviços, observadas no Projeto.

2. SERVIÇOS PRELIMINARES
Canteiro de Obras
O canteiro de obras deverá ser projetado e executado levando-se em consideração as proporções e
características da obra, assim como a distância ao escritório central, condições de acesso, distância aos outros
fornecedores de mão de obra e material, meios de comunicação etc.
As providências para obtenção de terreno para o canteiro de obras, inclusive despesas de qualquer natureza que
venham a ocorrer, são responsabilidade exclusivas da Empreiteira.
São também responsabilidade da Empreiteira, o armazenamento, guarda, controle de entrada, aplicação na obra,
transferência e estoque do material de obra.
Placas de Obras
Este serviço destina-se ao fornecimento de placas indicadoras da obra contendo a propaganda do serviço no
qual consta em dizeres nítidos, locais da obra, órgãos interligados e financiadores, prazo de execução, valor, e
firma Contratada e responsáveis técnicos, tudo de acordo com o projeto em vigor, dimensões e padrões
atualizados.
A fixação das placas deverá obedecer ao critério que melhor se comunique à população, em locais abertos que
permita leitura a distância não inferior a 100m.
Serão fixadas em altura compatíveis e padronizadas, devendo as linhas de suportes ser afincadas em terreno
sólido, e suas dimensões calculadas de acordo com o peso de cada placam. Normalmente as linhas são 2 ½ x
5” ou 3”x 6”, em maçaranduba, contraventados horizontalmente, formando um quadro rígido e resistente a ação
dos ventos. Deverão ser reforçados com apoios inclinados a 45º quando altura recomendadas e a ação dos
ventos for intensa na região. As chapas deverão ser de boa qualidade e resistente aos efeitos externos.
Limpeza do Terreno
Este serviço deverá ser executado manual ou mecanicamente com o intuito de deixar livre toda a área da obra,
bem como o caminho necessário ao transporte dos materiais.
Os entulhos deverão ser removidos para não atrapalhar os trabalhos de construção.
Locação das Obras
As tubulações, edificações, estruturas e demais elementos deverão ser locados conforme o projeto técnico,
podendo, a critério da Fiscalização, mudar sua posição em função das peculiaridades da obra.
Os níveis indicados no projeto deverão ser obedecidos, devendo-se fixar previamente a RN geral a seguir.
A Empreiteira procederá a aferição das dimensões, dos alinhamentos, dos ângulos e de quaisquer outras
indicações constantes do projeto com as reais condições encontradas no local.

3. MOVIMENTO DE TERRA
Largura de Valas

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A largura da vala será, no máximo, igual a:
Para diâmetros até 150 mm e profundidade até 2,00 m, a largura máxima será de 0,65m.
Para diâmetros de 200 mm, a largura máxima será igual a 0,55 m acrescida do diâmetro interno do tubo para
profundidade até 2,00m.
Para diâmetros de 250 mm a 400 mm, a largura máxima será igual a 0,60 m acrescida do diâmetro interno do
tubo correspondente para profundidade até 2,00m.
Para diâmetros superiores a 400 mm, a largura máxima da vala será igual a 0,80m acrescida do diâmetro interno
do tubo correspondente, para profundidade até 2,00m.
As referidas larguras serão acrescidas de 0,10m quando for utilizado escoramento, para profundidades até
2,00m.
Para cada metro ou fração além de 2,00m de profundidade, a largura da vala será acrescida de 0,10m, já
considerado o aumento necessário para o escoamento.
Os acréscimos decorrentes da implantação de poços de visitas serão medidos com o volume necessário ou
conforme orientação da Fiscalização.
Escavação
a) Localização e extensão
As valas para receberem os coletores deverão ser escavadas segundo a linha do eixo, sendo respeitados o
alinhamento e as cotas indicadas no projeto, com eventuais modificações determinadas pela Fiscalização.
A extensão máxima de abertura da vala deve-se observar as composições do local do trabalho, tendo em vista o
trânsito local e o necessário a progressão contínua da construção, levados em conta os trabalhos preliminares.
b) Classificação do material escavado
Os terrenos serão classificados, para efeito de conferência de resistência e tipo de escavação empregado:
 Areia (pode ser removida com enxada, picareta ou extremidade alongada);
 Terra arenosa não compactada (pode ser removida com enxada, picareta ou extremidade alongada);
 Terra arenosa compactada (pode ser removida com bico de picareta ou alavanca);
 Lodo;
 Terra compacta (pode ser removida com bico de picareta ou alavanca);
 Moledo ou cascalho (pode ser removido com alavanca, cunha ou picareta).
Obs.: A escavação poderá ser manual ou mecânica, a critério da Fiscalização.
c) Escavação em solo de 1ª categoria
Estes serviços a serem executados, deverão obedecer, rigorosamente às cotas e perfis previstos no projeto.
Estão classificados nesta categoria todos os materiais escavados denominados terra não compacta e, sendo a
areia de qualquer coesão de consistência variável, o cascalho solto, enfim toda espécie de materiais terrosos que
permitam a sua extração com predominância do uso da enxada e/ ou pá, e raramente com picareta.
Nesta situação não se fará distinção de materiais secos ou submersos.
d) Escavação em solo de 2ª categoria
Estes serviços a serem executados deverão obedecer, rigorosamente às cotas e perfis previstos no projeto.
Estão classificados nesta categoria todos os materiais escavados denominados terra compacta, tais como: argila
cujo grau de compactação pode ser variável, moledo, os xistos argilosos muito estratificados, o grão mole. Em

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geral categoria recebe a denominação vulgar de moledo ou piçarra, e sua extração se dará com a utilização de
ferramentas extrativas tais como: picaretas, chibancas, alavancas; o uso da pá se dará somente para remoção
de material extraído.
Nesta situação não se fará distinção entre materiais secos ou submersos.
e) Escavação em solo de 3ª categoria
Estes serviços a serem executados deverão obedecer rigorosamente às cotas e perfis previstos no projeto. Este
processo deverá ser executado por operários e profissionais munidos de ferramentas de usos manuais e
equipamentos.
Estão classificados nesta categoria todo o material denominados pedra solta, e rocha branda ou matacões, que
são todas as rochas brandas com estratificação com mais de 0,5 m de espessura ou blocos de volume superior
a 0,005 m3 incrustados ou ligados em blocos ou camadas, e cuja extração só possam ser realizadas, se
utilizarem instrumentos como alavancas, cunhas, porteiras de aço, marretas e exijam também o emprego
eventual de equipamento rompedor e/ou agentes explosivos.
Reaterro
a) Reaterro compactado
Os reaterros serão executados, com material remanescente das escavações, à exceção do solo de 3ª categoria.
O material deverá ser limpo, isento de matéria orgânica, rocha, moledo ou entulhos, espalhado em camadas
sucessivas de:
0,20m, se apiloados manualmente;
0,40m, se apiloados através de compactadores tipo sapo mecânico ou similar em solos arenosos consegue-se
boa compactação com indução da vala.
O reaterro deverá envolver completamente a estrutura, não sendo tolerados vazios entre a mesma; a compactação
das camadas mais próximas aos tanques deverá ser executada cuidadosamente, de modo a não causar danos
às paredes.
Nos casos em que o fundo da vala se apresentar em rocha ou em material deformável deve ser interposta uma
camada de areia ou terra de espessura não inferior a 0,15m, a qual deverá ser apiloada.
Em caso de terrenos lamacento ou úmido, far-se-á o esgotamento da vala.
Em seguida consolidar-se-á o terreno com pedras e, como no caso anterior, lança-se uma camada de areia ou
terra convenientemente apiloada.
A compactação deverá ser executada até atingir-se o máximo de densidade possível e, ao final da compactação,
será deixado o excesso de material, sobre a superfície das valas, para compensar o efeito da acomodação do
solo natural.
b) Reaterro com material transportado de outro local
Uma vez verificado o material, que retirado das escavações não possui qualidade necessária para ser usada em
reaterro, ou havendo volumes a serem aterrados maiores que os de material à disposição no canteiro, serão
feitos empréstimos. Os mesmos serão provenientes de jazidas cuja distância não será considerada pela
Fiscalização.
Não será aproveitado como reaterro o material proveniente de solo de 3º categoria.
Os materiais remanescentes de escavações cuja aplicação não seja possível na obra serão retirados para locais
próximos, a critério da Fiscalização.
c) Terraplenagem

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A limpeza completa do terreno será realizada dentro da mais perfeita técnica, tomando-se o cuidado de não atingir
as áreas adjacentes existentes. Todo entulho proveniente dessa limpeza será de responsabilidade da Contratada
e deverá ser retirado da área de propriedade da Contratante.

4. SERVIÇOS COMPLEMENTARES
Sinalização de Valas e Barreiras
É de responsabilidade da Contratada a sinalização conveniente para execução de serviços de abastecimento
d’água e/ou rede coletora de esgoto. É também sua obrigação o pagamento de taxas a órgãos emissores de
aberturas de valas.
Os cuidados com acidente de trabalho ou as decorrências na execução das obras, comprometem a Contratada
se esta não efetuar a sinalização e proteção conveniente aos seus serviços. As indenizações, que porventura
venham a ocorrer, serão de sua exclusiva responsabilidade. Além disso, ficará obrigada a reparar ou reconstruir
os danos às redes públicas. Como conseqüência de acidentabilidade a inobservância da correta sinalização.
Portanto, a Contratada deverá manter toda a sinalização em valas e barreiras diurnas e noturnas necessária ao
desvio e proteção da área onde estiverem sendo executadas as obras, até seu término, quando forem
comprovadas que os trechos estão em condições de serem liberadas para o tráfego.
Passadiço de Madeira
Este serviço refere-se à colocação de chapas de madeira de dimensões variável e não inferior a 0,30 m², e de
espessura igual ou superior a 2”. As chapas serão colocadas em todos os serviços de água e/ou esgoto onde
aquela abertura da vala ou barreira esteja prejudicando ou impedindo a passagem de transeuntes e/ou veículos.
São normalmente colocadas peças de madeira de lei, sem trincas, com resistência compatível às cargas a serem
submetidas. Serão utilizadas em passagem de garagem, residência, travessia de rua, e/ou em outras situações
julgadas necessárias de utilização pala equipe fiscal da empresa.
O dimensionamento do pranchão é de responsabilidade da Contratada e qualquer danos ocorridos a terceiros
e/ou obras públicas decorrente do mau funcionamento dos pranchões será respondido pela Contratada.

5. ESCORAMENTOS
Escoramento Contínuo de Valas com Pranchas e Perfis Metálicos
Este tipo de escoramento contínuo de valas é empregado onde às condições de segurança, presença de lençol
freático estará a exigir a fim de iniciar ao assentamento da tubulação. È um trabalho que requer cuidados
profissionais habilitados. A má execução poderá levar o desmoronamento cujo resultado é insegurança aos
trabalhadores, transeuntes, e construções nas proximidades.
Todo o serviço de escavação deve ser planificado quanto à segurança do trabalhador, e o exame do terreno, na
sua formação geológica constitui tarefa fundamental.
Sempre que a escavação for superior a 1,5 m, em terrenos sem coesão, de terras argilosas moles, em nível de
serviço abaixo do lençol freático, haverá necessidade de escoramento.
Devem ser escorados os muros de arrimos, edifícios vizinhos, redes de abastecimento, tubulação telefônica,
sempre que estas possam ser afetadas. Nos escoramentos com pranchões de madeiras, estas deverão Ter
dimensões mínimas de: C: 3,0; L: 0,2 ou 0,3; esp: 0,04m. Usar estronca de madeira, ou metálica tipo de macaco
para contraventar.
No escoramento metálico que é constituído de um sistema misto de estrutura metálica e pranchões de madeira
ou metálico, são adotados os seguintes elementos:

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 Estaca metálica: cravada com espaçamento compatível com a resistência do perfil, em duas linhas ao
longo da valas;
 Longarina metálica: colocadas junto aos perfis, em ambos os lados do escoramento, a uma altura
compatível com a do cálculo;
 Estronca metálica ou carnaúba: serve para o travamento das logarinas. Seu espaçamento é determinado
tendo em vista das condições ao trabalho mecânico de escavações e facilitar o assentamento da
tubulação;
 Pranchões metálicos: são colocados nos intervalos livres das estacas e deverão ter espessura mínima
de 5 cm.

Na escavação da pranchada, perfis ou piquetões, quando for contratado terreno impenetrável ou matacões,
deverá ser utilizada uma pranchada adicional externa ou internamente ao alinhamento definido pelas pranchas já
cravadas, conforme critério da Fiscalização.
O escoramento deverá acompanhar a escavação e deverá ser feita na mesma jornada de trabalho. O
estroncamento deve estar perpendicular sempre ao plano do escoramento.
Para se evitar sobrecarga ao escoramento, o material escavado, salvo autorização especial da Fiscalização por
problemas locais, deverá ser colocada à distância mínima da vala que igual sua profundidade.
Os desmontes do estroncamento e retirada da pranchada deverá ser feitos simultaneamente com o
reenchimento das valas, isto é, na mesma jornada de trabalho.
As retiradas sucessivas dos diversos quadros de escoramento deverão ser precedidas de estroncamento
provisório com perfis ou piquetões. Nunca será desempranchados todos um trecho de parede e sim
parceladamente, metro a metro, até a cota inicial do terreno.

6. ASSENTAMENTO DE TUBULAÇÕES
Generalidades
As tubulações de esgoto devem ser assentadas obedecendo rigorosamente às declividades previstas no projeto.
Os cuidados e acompanhamentos dos serviços topográficos devem ser uma constante conduta à Contratada.
A tubulação pode ser assentada com ou sem berço de apoio. Quando o material do fundo da vala permitir o
assentamento sem berço, deverão ser produzidos rebaixos, sob cada bolsa (cachimbo), de sorte a proporcionar
o apoio da tubulação sobre o terreno em toda sua extensão.
Em qualquer caso, exceto nos berços especiais de concreto, a tubulação deverá ser assentada sobre o terreno
ou colchão de areia de forma que, considerando uma secção transversal do tubo a sua superfície inferior externa
fique apoiada no terreno ou berço, em extensão equivalente a 60% do diâmetro externo, no mínimo.
Todo cuidado deve ser tomado no que tange ao emprego de armazenamento e distribuição das tubulações tanto
no canteiro como ao longo das valas.
Em todas as fases de transporte, manuseio e empilhamento devem ser tomadas as medidas especiais e técnicas
recomendadas pelos fabricantes a fim de evitar que afetem a integridade do material e provoquem atritos de tal
ordem que causem ranhuras e comprometam a estanqueidade das juntas.
Topografia
Devidamente autorizado pela Fiscalização, estando definidos os trechos a executar, a Empreiteira dará prioridade
aos serviços de topografia e locação das obras.
Para medição de distâncias, além da utilização dos métodos tradicionais (com as precauções consagradas),
poderão ser utilizados aparelhos do tipo distomat (raio infra-vermelho) ou laser, com as devidas precauções.

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Para medição de ângulos, deverá ser usado equipamento (teodolito) que permita leitura de ângulo com precisão
de 10 s. A Fiscalização poderá impedir a utilização incorreta dos equipamentos ou métodos de topografia, ficando
por conta da empreiteira, às suas custas, a correção das deficiências constatadas.

A empreiteira deverá efetuar o nivelamento geométrico de 2ª ordem, com erro de fechamento a 10 mm. L ,
sendo L a distância nivelada e contra-nivelada em quilômetros, os piquetes deverão ser implantados a cada 20
m.
Analisando os trechos analisados como problema, a Fiscalização indicará eventuais alterações de cotas dos
coletores, naquele e/ou em outros trechos ainda não liberados, para permitir o esgotamento das casas,
funcionamento da rede e para atender às boas técnicas de construção.
Obras especiais, de menor complexidade, não previstas ou não definidas no projeto, deverão ser detalhadas,
especificada, orçadas e solicitadas pela empreiteira e aprovadas pela Fiscalização.
Por ocasião do nivelamento geométrico, deverão ser adensados os referenciais planialtimétricos, consistindo na
cravação de marcos de madeira de lei, ou de concreto (traço 1:2: 3), de dimensões 3  3  30 cm, em locais
protegidos e de fácil acesso, distantes entre si em aproximadamente 200m. Deve-se cravar 25 cm e os 5 cm
restantes deverão ser pintados de amarelo e numerados. No centro dos Marcos deverá estar cravada uma tacha,
que será nivelada.
As RN (referências de nível) existentes deverão ser verificadas. Os marcos e as RN corrigidas deverão ser
indicadas para correção, que visualizam a rede coletora em execução.
A Empreiteira deverá escolher o processo de locação que achar mais conveniente e que atenda as condições
técnicas.
Estão descritos a seguir, os processos de locação convencionais. Ficará a cargo da Empreiteira a preparação
dos elementos necessários à locação, e que serão verificados e autorizados pela Fiscalização.
No Processo de Cruzetas, deverão constar os seguintes elementos:
 Cota do terreno (piquetes): CT;
 Cota do projeto (geratriz inferior interna do tubo): CP
 Cota do coletor (geratriz superior externa do tubo): (CC)
 Cota do bordo superior da régua: (CR)
 Declividade: (I)
 Diâmetro interno mais espessura da parede do tubo: (Q+E)
 Altura da cruzeta a ser utilizada: (C)
 Altura do bordo superior da régua em relação ao piquete: (H)

Para se assentar com a cruzeta, deverá ser observado:


 Régua perfeitamente instaladas e pintadas em cores de bom contraste, para permitir melhor visada do
“assentador “. As réguas deverão estar distantes entre si no máximo 20 m;
 Coloca-se o pé da cruzeta sobre a geratriz externa superior do tubo, junto a bolsa O homem que segura
a cruzeta deve trabalhar com um bom nível de pedreiro junto à cruzeta para conseguir a sua
verticalidade.
O encarregado da turma faz a visada procurando com o seu raio visual tangenciar as duas réguas instaladas e
as cruzetas que está sobre um dos tubos. A tangência ou não do raio visual sobre os três indicará se o tubo
está ou não na posição correta; o primeiro tubo a assentar deve ser nivelado na ponta e na bolsa, com esta
voltada para montante.

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No Processo dos Gabaritos deverão constar os seguintes elementos:
 Cota do terreno (piquete): (CT)
 Cota do projeto (geratriz inferior interna do tubo): (CP)
 Cota do bordo superior da régua: (CR)
 Declividade: (I)
 Altura do gabarito a ser utilizado: (G)
 Profundidade da geratriz inferior interna do tubo: (P)
 Altura da borda superior da régua em relação ao piquete: (H)

Para se assentar com o gabarito, deverá ser observado:


Régua perfeitamente instaladas, distantes entre si no máximo 10 m, com o objetivo de diminuir a centenária .
Pelos pontos das réguas que não dão o eixo da canalização estica-se uma linha de nylon, sem emenda, bem
retesada.
Coloca-se o pé de gabarito sobre a geratriz interna inferior tubo no lado da bolsa, fazendo-se coincidir da
marcação com a linha de nylon indicará se tubo está ou não na posição correta. O primeiro tubo a assentar deve
ser nivelado na ponta e na bolsa, com esta voltada para a montante.
Assentamento de Tubos de PVC
A tubulação deverá se de PVC para rede de esgoto (infra-estrutura) fabricada de acordo com a EB-644 da ABNT
(NBR 7362), com diâmetro mínimo de 150 mm, fornecida em barras de 6 m de comprimento, dotada de ponta
e bolsa para anel de borracha (junta elástica).
A execução das juntas elásticas deverá obedecer à seguinte seqüência:
Limpar a face externa da ponta do tubo e face interna da bolsa, principalmente na região de encaixe do anel.
Verificar se o chanfro da ponta do tubo não foi danificado e, caso necessário, corrigido com uma grosa.
Colocar o anel dentro de seu encaixe na bolsa, sem torções.
Passar pasta lubrificante na face externa da ponta do tubo e na parte aparente do anel. Não utilizar, em hipótese
alguma, graxas ou óleos minerais que podem afetar as características da borracha.
Posicionar corretamente a ponta do tubo já assentado; realizar o encaixe, empurrando manualmente o tubo. Para
os diâmetros maiores, pode-se utilizar uma alavanca junto a bolsa do tubo a se encaixada, com o cuidado de se
colocar uma tábua a bolsa e a alavanca, a fim de se evitar danos.
Poços de Visita
Os poços de visitas, de dimensões variáveis, têm a função primordial de permitir o acesso às canalizações de
modo a que se possa mantê-las em bom estado de funcionamento. São executados nos locais indicados no
projeto, sempre que a canalização mude de direção, alinhamento, de diâmetro, de tipo de material, de declividade
nas junções de duas ou mais canalizações, para dividir distâncias de modo a facilitar a limpeza e manutenção.
É importante a estanqueidade dos tanques, para a sua operacionalização, para o teste de assentamento das
tubulações e para estabilidade da pavimentação nos poços de visita.
O poço tem duas divisões básicas:
Câmara de trabalho, o corpo, ou ainda balão como é vulgarmente chamado.
Câmara de acesso, ou chaminé, ou ainda pescoço como é vulgarmente chamado.

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A câmara de trabalho deve ser executada, de acordo com o projeto em: concreto armado, anéis pré-moldados,
de concreto e alvenaria em tijolo maciço, e suas normas de execução estão contidas nos seus respectivos
assuntos específicos. A altura é variável de conformidade à cota de canalização e ter o máximo de altura de modo
a tornar-se ampla, bom arejamento e iluminação para permitir trabalhos de manutenção da rede. A espessura é
de acordo com o projeto, mas não inferior a 10 cm.
A câmara de acesso ou chaminé não deve ter altura superior a 1 m e diâmetro a 0,60 m e é encimado pelo
tampão tipo T-137 da Barbará ou similar. Pode ser em concreto armado ou ainda em anéis pré moldado do
concreto.
São fatores essenciais e importantes: a colocação dos degraus de ferro, com o espaçamento de acordo com o
projeto e na bitola especificado, assim como a feitura de suas calhas no poço.
O fundo do poço será sempre em concreto simples ou armado, conforme a espessura de projeto. Quando se
assentar peças pré-moldadas será utilizada argamassa de cimento e areia 1:3 para junção das peças. A ligação
entre o corpo e a chaminé é executada em concreto armado.
Internamente as paredes receberão o corpo do poço, com revestimento liso de cimento e areia fina 1:3, e posterior
pintura com nata de cimento. Se necessário, utilizar aditivos impermeabilizantes a fim de ficar estanque o poço
de visita.
As calhas ou almofadas são acabamentos de contorno ao terminal das tubulações nos poços, e podem ser
retas, curvas ou em “S”, podendo ser executadas em concreto simples ou tijolo maciço de alvenaria revestido
desde que a base esteja estanque.

7. DIVERSOS
Embasamento de Tubulação
As canalizações devem ser assentadas sobre leitos firmes com suficiente resistência no terreno natural, isto é o
mínimo de compressibilidade de maneira a permitir as suas estabilidades.
Quando o terreno natural não permitir estabilidade de modo a garantir a perfeição no assentamento da tubulação,
será observado imediato recalque, e este, consequentemente, arruinaria, também as juntas e a estanqueidade da
linha. Neste caso , utiliza-se a execução de bases especiais ou berços de modo a melhor distribuir as cargas
sobre o solo.
Os embasamentos podem ser em: areia, pó de pedra, brita, seixos, concreto simples, ou peças pré-moldadas, a
altura padrão é de 10 cm, e colocado abaixo da geratriz externa inferior do tubo de largura mínima do berço será:
L = D + 0,20.
Teste de Vazamento
É recomendável a execução de teste em rede coletora qualquer que seja o tipo de junta. Os tipos de teste são:
vazamento e infiltração.
Para execução do teste são necessários:
Poço de visita bem construídos e estanques.
Buguões para teste (balão de vedação, saco de areia, saco de tabatinga)
Conexões resistentes
Fixação dos limites aceitáveis de vazamento e infiltração que possam ocorrer.
É conveniente que o primeiro trecho entre dois PVs seja testado para se observar inicialmente a qualidade
construtiva, e examinar, se os resultados obtidos também atendem as exigências, servindo de base para os
trabalhos subseqüentes possam ser julgados.

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O teste de vazamento é realizado com fumaça, deixando-se as juntas descobertas:
 Veda-se a extremidade da tubulação de montante e das conexões;
 Insufla-se fumaça para o interior por meio de uma ventoinha e máquina de fazer fumaça, ou qualquer
outro tipo;
 Verifica-se se há escapamento de fumaça pelas juntas.
 O teste de vazamento também pode ser efetuado com água, em linhas de pouca declividade, verificando
se há vazamento pelas juntas, após ser tamponada nas bocas dos PV’s, inferior e superior.
 Outros procedimentos complementares, durante a execução dos testes, poderão ser fornecidos pela
Fiscalização, quando for necessário variação de métodos do aqui exposto.
 O teste de infiltração é sempre realizado com vala fechada, e seu resultado depende de boa
impermeabilização dos PV’s. Sua seqüência é a seguinte:
 Tampar a boca de cima do coletor, a jusante do PV;
 Colocar na boca de baixo, um reservatório para coletar a água que se infiltra na rede, no trecho em
estudo;
 Após o período de 1 h, medir o volume de água recolhido.

8. LIGAÇÕES PREDIAIS
Generalidades
Entende-se por ligação predial de esgoto o conjunto de esgoto de tubos e peças que se estende desde o coletor
público até o alinhamento de uma determinada propriedade.
Cada resistência deverá ter sua ligação independente, salvo casos excepcionais, ou ainda com base em revisão
dos códigos atuais.
Para que seja efetuada a ligação é importante que as instalações estejam concluída e de acordo com as normas
vigentes.
Será a ligação da caixa de visita localizada no passeio a rede coletora pública. A ligação predial será executada
com tubo PVC de infra-estrutura (NBR 7362), destinada a esgoto, diâmetro mínimo de 100 mm e declividade
mínima de 2%.
Todas as instruções, cuidados e normas de procedimentos de execução para rede coletora, são válidas para
ligação, inclusive com relação aos testes.
Ficará também por conta da contratada a recuperação da pavimentação danificada para execução de ligação.
Material de Ligação
Será composta de selim 90º elástico 150  100 mm e curva de 45º diâmetro mínimo de 100 mm, para tubulação
de rede de esgoto (infra-estrutura).
A ligação predial deverá obedecer a seguinte seqüência de execução:
Certificar-se se o anel de borracha esta devidamente alojado na parte interna da abraçadeira superior.
Colocar as abraçadeiras inferior e superior no tubo, fixando-as com a trava, conforme indicação (flecha) gravada
na peça.
Fazer furo com serra copo para selim, através do bocal do selim.
Completar a ligação utilizando conexões de infra-estrutura (curva de 45º).
Caixas de Inspeção

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Estas caixas são normalmente colocadas no passeio, e em raríssimos casos nos recuos domiciliares. São de
paredes em alvenaria, fundo em concreto simples e tampa em concreto armado. Suas dimensões comuns são
0,60  0,60m x 0,50m.
Podem também ser executadas como caixas pré-moldadas em concreto desde que consultado à Fiscalização e
aprovado para colocação.
Essa caixa é o ponto terminal da ligação domiciliar e, portanto, é importante sua completa estanqueidade a fim
de evitar infiltração de águas pluviais para não comprometer a qualidade de escoramento da ligação.
Internamente, nas caixas de inspeção, deverão ser executadas calhas de escoramento tipo meia cava.
Dever ser observado se não há infiltração de águas pluviais na caixa de inspeção, a fim de comprometer a
qualidade de escoamento da ligação.

9. ESTRUTURAS
Estruturas de Concreto

Fôrmas
A Contratada deverá executar e montar as fôrmas obedecendo rigorosamente às especificações do projeto. As
formas e o escoramento poderão ser de madeira, metálicos ou outro material aprovado pela Fiscalização e
conforme o grau de acabamento previsto para o concreto em cada local. De qualquer modo, porém, a qualidade
da forma será de responsabilidade da Contratada.
As fôrmas deverão ter resistência suficiente para suportar as pressões resultantes do lançamento e da vibração
do concreto, devendo ser mantidas rigidamente na posição correta e não sofrerem deformações. Deverão ser
suficientemente estanques, de modo a impedir a perda da nata do concreto.
As fôrmas novamente montadas deverão recobrir o concreto endurecido do lance anterior, no mínimo 10 cm,
devendo ser fixadas com firmeza contra o concreto endurecido, de maneira que ao ser reiniciada a concretagem,
as mesmas não se deformem e não permitam qualquer desvio em relação aos alinhamentos estabelecidos ou
perda de argamassa pelas justaposições. Se necessário, a critério da fiscalização, serão usados parafusos ou
prendedores adicionais destinados a manter firmes as fôrmas remontadas contra o concreto endurecido.
Deverão ser feitas aberturas nas fôrmas, onde for necessário, para facilitar a inspeção, limpeza e adensamento
do concreto. Todas as aberturas temporárias a serem feitas nas fôrmas para fins construtivos, serão submetidas
à prévia aprovação da Fiscalização.
No momento da concretagem, as superfícies das fôrmas deverão estar livres de incrustações, de nata de cimento
ou outros materiais estranhos (pontas de aço, arames, pregos, madeira, papel, óleo, etc.), além de estarem
saturadas com água, no caso de sua superfície não ser impermeável.
No caso de serem utilizadas fôrmas metálicas, as mesmas deverão estar desempenadas e não apresentar
vestígios de oxidação, para melhor qualidade do concreto.
As fôrmas serão retiradas de acordo com o disposto pela ABNT, quanto aos prazos mínimos ou em prazos
maiores ou menores autorizados previamente pela fiscalização. Não se admitirá na desforma o uso de
ferramentas metálicas como “pés-de-cabra”, alavancas, talhadeiras etc., entre o concreto endurecido e a fôrma.
Caso haja necessidade de afrouxamento das fôrmas, devem-se usar cunhas de madeira dura. Choques ou
impactos violentos deverão ser evitados, devendo para o caso ser estudado outro método para a desforma.
Após a desforma, todas as imperfeições de superfície tais como pregos, asperezas, arestas causadas pelo
desencontro dos painéis das fôrmas e outras deverão ser tratadas e corrigidas. A reutilização da fôrma, depois
de limpa e preparada, será liberada ou não pela Fiscalização, que verificará suas condições.

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Armadura
A Contratada deverá fornecer o aço destinado às armaduras, inclusive todos os suportes, cavaletes de
montagem, arames para amarração, etc., bem como deverá estocar, cortar, dobrar, transportar e colocar as
armaduras. As armaduras a serem utilizadas deverão obedecer às prescrições na NBR 7480 e NBR 7481.
Todo aço deverá ser estocado em área previamente aprovada pela Fiscalização. Os depósitos deverão ser feitos
sobre estrados de madeira ou similar, de modo a permitir a arrumação das diversas partidas, segundo a categoria,
classe e bitola.
Os cobrimentos de armaduras serão aqueles indicados no projeto, ou em caso de omissão, os valores mínimos
recomendados pela NBR 6118. O espaçamento deverá ser controlado pela contratada de modo a atender aos
cobrimentos especificados, durante os serviços de concretagem.
As armações que sobressaírem da superfície de concreto (esperas) deverão ser fixadas em sua posição através
de meios adequados. O dobramento das barras, eventualmente necessário aos trabalhos de impermeabilização
e outros, deverá ser feito apenas com uma dobra.
As emendas das barras deverão ser executadas de acordo com o especificado pela NBR 6118. Qualquer outro
tipo de emenda só poderá ser utilizado mediante a aprovação prévia da Fiscalização. No caso de emenda por
solda, a contratada se obriga a apresentar, através de laboratório idôneo, o laudo de ensaio do tipo de solda a
ser empregado, para aprovação da Fiscalização.
Observar-se-á, na execução das armaduras, se o dobramento das barras confere com o projeto das armaduras.
O número de barras e suas bitolas, a posição correta das mesmas, amarração e recobrimento.
A armadura será cortada a frio e dobrada com equipamento adequado, de acordo com a melhor prática usual e
NBR 6118 da ABNT. Sob circunstância alguma será permitido o aquecimento do aço da armadura para facilitar
o dobramento.
A armadura, antes de ser colocada em sua posição definitiva, será totalmente limpa, ficando isenta de terra,
graxa, tinta, ferrugem e substâncias estranhas que possam reduzir a aderência, e será mantida assim até que
esteja completamente embutida no concreto. Os métodos empregados para a remoção destes materiais estarão
sujeitos à aprovação da Fiscalização. A armadura será apoiada na posição definitiva, como indicado no projeto e
de tal maneira que suporte os esforços provenientes do lançamento e adensamento do concreto. Isto poderá
serobtido com o emprego de barras de aço, blocos pré-moldados de argamassa, ganchos em geral ou outros
dispositivos aprovados pela Fiscalização.
Concreto
O concreto será composto de cimento, água, agregado miúdo e agregado graúdo. Quando necessário, poderão
ser adicionados aditivos redutores de água, retardadores ou aceleradores de pega, plastificantes, incorporadores
de ar e outros, desde que proporcionem no concreto efeitos benéficos, conforme comprovação em ensaios de
laboratório.
O agregado miúdo a ser utilizado para o preparo do concreto poderá ser natural, isto é, areia quartzosa, de grãos
angulosos, e áspera, ou artificial, proveniente da britagem de rochas estáveis, não devendo, em ambos os casos,
conter quantidades nocivas de impurezas orgânicas ou terrosas, ou de material pulverulento.
Como agregado graúdo poderá ser utilizado o seixo rolado do leito de rios ou pedra britada, com arestas vivas,
isento de pó-de-pedra ou materiais orgânicos ou terrosos. Os materiais deverão ser duros, resistentes e duráveis.
Os grãos dos agregados deverão apresentar uma conformação uniforme. A resistência própria de ruptura dos
agregados deverá ser superior à resistência do concreto.
A água deverá ser medida em volume e não apresentar impurezas que possam vir a prejudicar as reações da
água com compostos de cimento, como sais álcalis ou materiais orgânicos em suspensão. Os limites máximos
toleráveis dessas impurezas são os especificados na NBR 6118 da ABNT.
A classe do concreto a ser empregado é a definida pelo Projeto Estrutural.

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O concreto será misturado completamente, até ficar com aparência uniforme. Não será permitido um
misturamento excessivo, que necessite de adição de água para preservar a consistência necessária do concreto.
Será preparado somente nas quantidades destinadas ao uso imediato. Quando estiver parcialmente endurecido
não deverá ser remisturado nem dosado. A betoneira não deverá ser sobrecarregada além da capacidade
recomendada pelo fabricante e será operada na velocidade indicada na placa que fornece as características da
máquina.
Antes do lançamento do concreto, todas as superfícies de fundação, sobre as quais ou de encontro as quais o
concreto deva ser lançado, estarão livres de água, lodo ou detritos, limpas e isentas de óleo, aderências
indesejáveis, fragmentos soltos, semi-soltos e alterados. As superfícies porosas nas fundações, de encontro às
quais o concreto deva ser lançado, serão completamente umedecidas, de modo que a água do concreto fresco
recém lançado não seja absorvida.
Antes do início do lançamento do concreto, todos os vibradores e mangotes serão inspecionados quanto a
defeitos que possam existir. O concreto será vibrado até atingir a densidade máxima praticável, livre de vazios
entre agregados graúdos e bolsas de ar, ficando aderido a todas as superfícies das fôrmas e dos materiais
embutidos. O adensamento do concreto em estruturas será feito por vibradores do tipo imersão com acionamento
elétrico ou pneumático. Serão tomadas precauções para se evitar o contato dos tubos vibratórios com as faces
das fôrmas, aço de armaduras e partes embutidas. Será evitada vibração excessiva que possa causar segregação
e exudação.
A cura e a proteção do concreto deverão ser feitos por um método ou combinação de métodos aprovados pela
Fiscalização. A contratada deverá ter todos os equipamentos e materiais necessários para uma adequada cura
do concreto, disponíveis e prontos para uso no início da concretagem. O concreto de cimento Portland deverá
ser protegido contra a secagem prematura, mantendo-se umedecida a superfície ou protegendo-a com uma
película impermeável, pelo menos durante os 7 primeiros dias após o lançamento, ou até ser coberto com
concreto fresco ou material de aterro. A cura com água começará assim que o concreto tenha endurecido
superficialmente para evitar danos devido ao impacto da água na superfície.
Alvenaria
A alvenaria será executada com tijolos cerâmicos furados e obedecerão às dimensões e aos alinhamentos
determinados no projeto.
As espessuras no projeto referem-se às paredes depois de revestidas, admitindo-se, no máximo, uma variação
de 2 cm com relação à espessura projetada.
As fiadas serão perfeitamente de nível, alinhadas e aprumadas. As juntas terão espessura máxima de 15 mm e
serão ranhuradas com a ponta da colher de pedreiro para facilitar a aderência do emboço.
A execução da alvenaria de elevação deverá ser paralisada nas proximidades dos elementos estruturais, devendo
ser calçadas com tijolos maciços dispostos obliquamente. Essa cunhagem só poderá ser executada após 8 (oito)
dias, de modo a garantir o perfeito tratamento entre a alvenaria e a estrutura.
Para a perfeita aderência da alvenaria de tijolos, as superfícies de concreto a que eles se deve justapor, serão
chapiscadas todas as partes destinadas a ficar em contato com os tijolos, inclusive o fundo das vigas. O chapisco
terá o traço de 1:3 (cimento e areia).

Tratamento de Superfície
Chapisco
A superfície a ser chapiscada deve estar abundantemente molhada. Sua finalidade básica é permitir aderência
entre o concreto e/ou tijolo cerâmico prensado e cozido e a argamassa de revestimento (emboço e reboco).
O preparo do chapisco se forma pelo traço 1:3, cimento e areia grossa bem diluído. Ele é lançado sobre a
alvenaria de tijolo cerâmico e/ou concreto.

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Antes da execução do emboço será sempre aplicado o chapisco fino para aumentar a aderência das superfícies,
as quais deverão também estar limpas e ser umedecidas durante a execução dos serviços.
O chapisco grosso é geralmente utilizado como acabamento de revestimento, devendo, neste caso, ser aplicado
com peneira e sobre a camada de emboço devidamente regularizada.
Reboco
Este revestimento deve apresentar parâmetros perfeitamente desempenados e aprumados. No reboco estão
incluídos, como sua constituição, a primeira camada do emboço aplicado sobre o chapisco executado. O reboco
passa então a ser aplicado sobre emboço.
O emboço só será iniciado após completa pega de argamassa das alvenarias e chapisco. Os emboços serão
fortemente comprimidos contra as superfícies e apresentarão parâmetros ásperos ou entrecortado de sulcos
para facilitar a aderência. Antes de aplicar o emboço a superfície deve ser abundantemente molhada.
A espessura do emboço não deve ultrapassar a 20 mm e o reboco de 5 mm; o seu total deve ser de 25 mm, no
máximo.
Antes de iniciar o reboco, deve-se verificar se o emboço está limpo, sem poeiras, ou impurezas como raízes,
ponta de ferro de estrutura, as eflorescências sobre o emboço são prejudiciais ao acabamento do reboco devido
a presença de sais solúveis em água.
Antes de aplicar o reboco, deve o emboço ser bem molhado para boa aderência.
O reboco deve ser regularizado e alisado com régua e desempenadeira e posteriormente alisado com feltro ou
borracha esponjada bem molhada.
Na eventualidade de ocorrência de chuva, o reboco externo deve ser interrompido, quando exigido pela
fiscalização, a empreiteira deve adicionar à argamassa hidrofugantes a fim de impedir entrada de umidade.
Deve-se evitar os furos nas alvenarias, para embutir tubulações em geral, sejam realizadas quando o processo
de reboco já tenha sido iniciado, pois isto acarretaria diferença na textura e colocação do revestimento.
Pintura
As superfícies a serem pintadas deverão estar secas limpas retocadas e preparadas para o tipo de pintura que
irão receber.
Cada demão de tinta somente será aplicada, quando a anterior estiver seca, devendo para isto observar um prazo
de 24 horas entre as demãos. Igual cuidado deverá ser tomado entre o tempo de aplicação da tinta e da
argamassa.
Especial atenção será dada às superfícies que não serão pintadas, tais como vidro, pisos, ferragens, etc,
evitando-se escorrimentos e salpicos que venham a manchar estas superfícies. Tal acontecendo, deverá ser feita
a limpeza com o removedor adequado em seguida.
Nas esquadrias em geral e onde seja sentida necessidade, deverá ser feita proteção com papéis adesivos
próprios, sobre ferragens etc.
Toda vez que uma superfície tiver sido lixada, esta será cuidadosamente limpa com escova e pano seco, para
que todo pó seja removido antes de ser aplicado demão seguinte.
As cores deverão ser as definidas em projeto, e nos casos em que isto tenha sido especificado, será solicitado
à Fiscalização a definição que, preferivelmente, será dada pelo autor do projeto.
Todas as áreas a serem pintadas deverão ser precedidas de lixamento, correção de superfícies e tinta de fundo.
Os materiais a serem utilizados deverão atender às instruções dos fabricantes e serão entregues nas embalagens
originais da fábrica.

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10. FIBERGLASS
O que é chamado de plástico reforçado com fibra de vidro (PRFV), ou simplesmente “Fiberglass”, é um material
estrutural leve, durável e incrivelmente resistente, que pode ser empregado na fabricação de quase tipos de
produtos. Pode ser transparente, translúcido, opaco colorido, plano ou de geometria variada, de diversas
espessuras. Não há realmente limites para sua utilização, já tendo sido empregado na fabricação de grandes
estruturas.
O Fiberglass é um composto formado por uma resina e uma fibra muitíssimas resistentes e duráveis. Entretanto,
assim como o concreto necessita de barras de ferro para ser reforçada, a resina poliésteres precisam ser
reforçadas com fibras de vidro para formarem o Fiberglass. É exatamente isso o que faz o fabricante, utilizando
um molde em que se colocam diversas camadas do Fiberglass até que atinja a espessura desejada e obtendo
assim um laminado ou produto moldado.
Processo de Fabricação
Os vasos dos reatores são fabricados com Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro (PRFV), O processo de
laminação utilizado é o misto, onde adotamos o Processo Manual com assistência da Máquina Laminadora
(Spray-up), onde os compostos resina (poliéster) + fibra de vidro são depositados simultaneamente no molde
pela máquina laminadora e cuidadosamente roletadas retirando todo o ar existente no laminado, previamente o
molde é preparado com desmoldantes e em seguida aplicado a barreira química ou liner.
O costado dos reatores para tratamento de efluentes é constituído de camadas de mantas e tecidos intercaladas
e impregnadas com a resina previamente especificada. O fundo, tampa, tubulações, dispositivos internos e
externos são constituídos de sucessivas camadas de roving picados impregnados também com a resina
especificada. Já as tubulações são totalmente fabricadas com manta e/ou PVC revestidos também com mantas
utilizando resinas para impregnação.
Cura do poliéster
O poliéster insaturado se transforma de líquido em material sólido, tornando-o um material termofixo, através da
reação química (polimerização) com início imediatamente após a adição de iniciadores de cura (MEK-P).
Barreira Química ou Liner
A barreira química é a superfície que dará proteção interna da parede laminada dos reatores contra a hidrólise e
aos ataques das substâncias corrosivas. Neste caso específico, a barreira química é formada por uma camada
de gel-coat do tipo isoftálico com NPG, sem pigmentação colorida, com espessura de aproximadamente 0,6 mm
e uma camada dupla de véu de superfície impregnada com resina do tipo isoftálica com NPG (Neopentil Glicol).
Esta camada é rica em resina onde representa 80% do peso total e possui espessura média de 2mm.
Camada Estrutural
A camada externa de reforço estrutural é a camada responsável pelas propriedades físicas do costado, do fundo,
da tampa, das emendas dos segmentos (anéis) e dos bocais dos reatores, quanto a resistência a flexão e tração
dos laminados em “fiberglass”.
A camada estrutural é composta de resina poliéster ortofálica/PET reforçada com manta, roving e tecido de fibra
de vidro, aplicada em cima da camada de barreira química e têm espessuras calculadas conforme as normas
técnicas ASTM D-3299, ASTM C-581 e BS 4994.

Especificações dos Materiais de Fabricação

Resina ISSO/NPG

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Esta resina está na formulação do Gel Coat da superfície interna e na composição do laminado da camada de
véu de superfície, ambos da barreira química da superfície interna dos vasos dos reatores e filtros aqui
mencionados.
Descrição da Resina
Poliéster insaturado, isoftálico, com Neopentil Glicol, totalmente polimerizável, rígido, média reatividade, baixa
viscosidade, tixotrópico, não acelerado.
Características Particulares:
 Resistência à hidrólise, “Blistering” e intempéries;
 Elevada temperatura de distorção térmica;
 Ótimas resistências físicas e químicas em meios ácidos e alcalinos;
Propriedades da Resina
Características (Método de Análise) Especificações
Viscosidade Brookfield à 25ºC - (PP 01-124) ............................................................................. 320 – 480 cps
Matéria Seca a 105ºC – (PP 01-035) ............................................................................................... 55 – 57 %
Índice de Tixotropia Mínimo ...................................................................................................................... 1,10
Índice de Acidez – (PP 01-003) ........................................................................................... Max. 10 mgKOH/g
Tempo Mín. de Cura – (PP 01-296) ...............................................................................................22 – 32 min
Pico Exotérmico ............................................................................................................................. 170-190ºC
Tempo de Gel (1) – (PP 01-296) .......................................................................................................6 – 8 min
 Nota(1) 0,5 100 g de Resina
% de Naftenato ou Octoato de Cobalto 6% de metal
1,0 % de Peróxido de Metil Etil Cetona
Propriedades da Resina na Aplicação (2)
Características Valores Típicos
Resistência Máxima à tração (Mpa) ............................................................................................................. 60
Módulo de Elasticidade em Tração (Mpa) ................................................................................................ 3.200
Elongação máxima (%) ............................................................................................................................... 2,0
Resistência Máxima à Flexão (Mpa) ........................................................................................................... 115
Módulo de Elasticidade em Flexão (Mpa) ................................................................................................. 3.900
Deformação Máxima (%) ............................................................................................................................ 3,0
Dureza Barcol .............................................................................................................................................. 40
Contração Linear (%) .................................................................................................................................. 2,0
Temperatura de Termodistorção (ºC) ......................................................................................................... 110
Resistência ao impacto (método IZOD) com entalhe (J/m) ............................................................................ 19
 Nota(2) Sem reforço de fibra de vidro

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Resina ORTO/PET
Esta resina compõe a laminação da camada estrutural da superfície externa dos vasos dos reatores e dos filtros
submersos aerados.
Descrição da Resina
Poliéster insaturado, ortofálica/PET, totalmente polimerizável, rígido, média reatividade, baixa viscosidade,
tixotrópico, pré-acelerado.
Características Particulares:
 Elevada temperatura de distorção térmica;
 Boa resistência química à hidrólise.
Propriedades da Resina
Características (Método de Análise) Especificações
Viscosidade Brookfield à 25º C - (PP 01-124) ............................................................................ 320 – 480 cps
Matéria Seca a 105ºC – (PP 01-035) ............................................................................................... 55 – 57 %
Índice de Tixotropia Mínimo ...................................................................................................................... 1,10
Índice de Acidez – (PP 01-003) ........................................................................................... Max. 10 mgKOH/g
Tempo Mín. de Cura – (PP 01-296) ...............................................................................................22 – 32 min
Pico Exotérmico ............................................................................................................................. 170-190ºC
Tempo de Gel (1) – (PP 01-296) .......................................................................................................6 – 8 min

 Nota (3) 100 g de Resina.


1,0 % de Peróxido de Metil Etil Cetona.
Propriedades da Resina na Aplicação (3)

Características Valores Típicos


Resistência Máxima à tração (Mpa) ............................................................................................................. 50
Módulo de Elasticidade em Tração (Mpa) ................................................................................................ 3.600
Elongação máxima (%) ............................................................................................................................... 1,5
Resistência Máxima à Flexão (Mpa) ............................................................................................................. 80
Módulo de Elasticidade em Flexão (Mpa) ................................................................................................. 3.300
Deformação Máxima (%) ............................................................................................................................ 1,5
Dureza Barcol .............................................................................................................................................. 45
Contração Linear (%) .................................................................................................................................. 2,0
Temperatura de Termodistorção (ºC) ........................................................................................................... 90
Resistência ao impacto (método IZOD) com entalhe (J/m) ............................................................................ 18
 Nota (3) Sem reforço de fibra de vidro.

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Fibras de Vidro
As fibras de vidro ocupam posição de grande importância entre os materiais de reforço usados pela indústria dos
plásticos reforçados e têm como características principais:
 Baixo coeficiente de dilatação térmica;
 Altas propriedades mecânicas;
 Retenção de propriedades mecânicas em altas temperaturas;
 Alto alongamento na ruptura;
As fibras de vidro atuam como reforço das resinas e não devem ser expostas ao ambiente agressivo.
Propriedades das Fibras de Vidro
Características Valores Típicos
Peso Específico ........................................................................................................................................ 2.54
Dureza (esc. MOH) ..................................................................................................................................... 6.5
Densidade (g/dm³) .................................................................................................................................. 2627
Ângulo de Contato com Água (graus) ............................................................................................................. 0
Coeficiente de Fricção com Vidro ................................................................................................................ 1.0
Absorção de Umidade Superficial (%máx) ................................................................................................... 0.3
Retenção de Umidade ........................................................................................................................ Nenhuma
Resistência a tração (psi) a 22 C/a 370 C/ a 540 C ................................................. 500.000/380.000/250.000
Módulo de Elasticidade (psi) a 22 C .................................................................................................10.5 x 106
Alongamento Máximo até Ruptura (%) ........................................................................................................ 4.8
Recuperação da Elasticidade (%) ............................................................................................................... 100
Índice de Refração, 500 milimicrons a 32 C ............................................................................................ 1.549
Claridade ..................................................................................................................................... Transparente
Transmissão ........................................................................................................................ Ultravioleta Opaca
Permissividade Relativa a 22 C, 60 Hz ............................................................................................... 6.5 a 6.8
Fator de Dissipação a 22 C, 60 Hz a 10 MHz ...............................................................................0.002 a 0.005
Resist. Volumét. a 22C a 500 VDC (OHMS-cm) ............................................................................. 1015 - 1016
Resist. Superf. a 22C a 500 VDC (OHMS) ..................................................................................... 1013 - 1016
Coeficiente de expansão linear (por F) ............................................................................................... 2.8 x 10-6
Coeficiente de Condutividade (BTU-IN/HR/SQ.FT/F) ..................................................................................... 6.0
Calor Especíifico a 22 C .......................................................................................................................... 0.197
Velocidade de Propagação do Som (m/s) ................................................................................................ 5.500
Impedância (gm/cm/s) ...................................................................................................................... 1.4 x 106

Roving

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Consiste de várias mechas enroladas sem torção, em bobinas de formato cilíndrico. Na aplicação, o
desenrolamento é feito por dentro da bobina, sendo as mechas cortadas no picador da pistola de laminação e
atiradas contra a superfície do molde juntamente com a resina.
Características Especificação
Umidade (%) ................................................................................................................................. 0.00 – 0.12
PAF (%) ........................................................................................................................................ 1.10 – 1.40
TEX ............................................................................................................................................. 3600 – 4200

Manta
São obtidas pelo arranjo aleatório de fibras cortadas (comprimento 5 cm), agregadas e distribuídas de maneira
uniforme em forma de lençol por ligantes especiais, permitindo a construção de laminados com propriedades
isotrópicas. Tipo utilizado no costado dos reatores: MANTA 450g/m².
Umidade (%) ................................................................................................................................. 0.00 – 0.20
PAF (%) ........................................................................................................................................ 2.45 – 4.55
Gramatura ................................................................................................................................. 373.0 – 526.0

Tecido
Os tecidos de fibra de vidro são obtidos da tecelagem plana de rovings. São aplicados no costado dos reatores
intercalando com as mantas e impregnados com a resina Ortofálica/Pet, conforme as normas já mencionadas,
com o objetivo de permitir aos equipamentos altas propriedades mecânicas principalmente resistência ao
impacto. O tecido especificado para os reatores e filtros Submersos Aerados é o TECIDO WOVEN ROVEN 600
g/m², tem teor de vidro médio de 40% e compatibilidade com a resina poliéster empregada.
Características Especificação
Umidade (%) ................................................................................................................................. 0.00 – 0.10
PAF (%) ........................................................................................................................................ 0.30 – 0.70
Gramatura ............................................................................................................................. 540.00 – 660.00

Gel-Coat
É a cobertura de resina não reforçada que constitui a superfície de peças laminadas, serve para proteger contra
a ação das intempéries e umidade, também faz parte da barreira química. O Gel-Coat utilizado na formação da
barreira química da superfície interna dos reatores é do tipo Isoftálico com NPG, incolor, ou seja, a base do
composto é de resina poliéster insaturado, isoftálico, com Neopentil Glicol, totalmente polimerizável, rígido, média
reatividade, baixa viscosidade, tixotrópico e pré-acelerado.

Especificações das Tubulações

Tubos e Conexões
As tubulações principais dos reatores são fabricadas conforme Norma ABNT NBR 7675 e ISSO 2531, para
pressões de serviço de 10 Kgf/cm (PN 10). Para as tubulações com diâmetros nominais de 50mm a 125mm,

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serão fabricadas em RPVC (PVC Reforçado com fibra de vidro) e para as tubulações com diâmetros de 150mm
ou superior serão fabricados com PRFV (Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro).
As tubulações secundárias (tubos, conexões e registros) do sistema de coletas de amostras e do sistema de
coleta e emissão de gases dos reatores anaeróbios, são do tipo PVC Soldável da marca “TIGRE”.
A tubulação de distribuição de ar nos reatores é totalmente fabricada em fibra de vidro termo resistente para
suportar a alta temperatura gerada pelos sopradores.

Especificação dos Flanges


Todas as conexões das tubulações principais dos reatores são de juntas rígidas, através de flanges, sendo de
geometria, dimensional, furação e pressão de serviço de acordo com as normas técnicas ABNT NBR 7675 e
ISSO 2531.
Arruelas de Vedação

As arruelas de vedação para o serviço de transporte de esgoto bruto e/ou efluente tratado sob pressão e à
temperatura ambiente são fabricados de borracha natural em lençol, com espessura de 1/8” NR 1087 – ASTM
D 2000 M2AA 703 A13 B33 EA14.
Características das Válvulas
Modelo:................................................................................................................................... Borboleta Wafer
PN: ....................................................................................................................................................... 10 bar
Material Fabricação Corpo: ............................................................................... Ferro Fundido ASTM A126.CI.B
Material Fabricação Disco: ....................................................................................... Aço INOX ASTM A351.CF8
Material Fabricação Eixo: ..................................................................................................... Aço INOX AISI 304
Sede de Vedação: ....................................................................................................................... Buna N (NBR)
Atuador: ................................................................................................... Alavanca com gatilho – 10 Posições
Norma: ............................................................................................................... ABNT NBR 7675 e ISSO 2531
Posição/Montagem: .......................................................................................................................... Horizontal

MEMORIAL DE PROJETO | ETE CONDOMÍNIO JARDINS | SÃO LUÍS | MA


Rua Palmerim 106, (Vila Sotave) | Prazeres| Jaboatão dos Guararapes| PE |CEP: 54340-160 | Tel: 81 3479. 2106 | CNPJ 04.500.288/0001-14 55
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CAPÍTULO 06 – PEÇAS GRÁFICAS
Apresenta as informações contidas neste memorial, em forma de
desenhos executivos.

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