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VOLUME ÚNICO
30/10/2013
APRESENTAÇÃO
São Luís é a capital do estado do Maranhão, que é uma das 27 unidades federativas do Brasil. O município
de São Luís ocupa uma área de 828,01 km² e ocupa uma área que representa 0,2492 por cento do estado do
Maranhão, 0.0532 % da Região Nordeste e 0.0097 % do território nacional. Perímetro urbano de 96,27% e rural
de 3,73%. A 2° ao Sul do Equador, nas coordenadas geográficas latitude S 2º31´ longitude W 44º16, estando a
24 metros acima do nível do mar. Segundo este Censo 2010, a população jovem chegava a 63,87 por cento
(555 709 habitantes) com idade inferior a 29 anos, destacando-se que 375 624 (40,17 por cento) menores de
19 anos.
Fonte: Google
Figura 1.1 – Mapa de localização de São Luís | MA.
O município ocupa mais da metade da ilha (57 por cento) e, conforme registros da Fundação Nacional de
Saúde (1996), a população está distribuída em centro urbano com 122 bairros (que constituem a região
semiurbana) e 122 povoados (que formam a zona rural). A cidade está dividida em 15 setores fiscais e 233
bairros, loteamentos e conjuntos residenciais.
A capital maranhense encontra-se a altitude de quatro metros acima do nível do mar. Existem baixadas
alagadas, praias extensas e dunas que formam a planície litorânea.
A bacia de São Luís é composta por rochas sedimentares com formação na era cenozoica e apresenta
vários tipos de minerais, o calcário é um encontrado em abundância.
Os principais rios que cortam São Luís são o Bacanga, que atravessa o Parque Estadual do Bacanga, e o
Anil, que divide a cidade moderna e o centro histórico. O rio Itapecuru abastece a cidade, embora não passe pela
ilha.
A hidrografia da região é formada pelos rios de Anil, Bacanga, Tibiri, Paciência, Maracanã, Calhau, Pimenta,
Coqueiro e Cachorros. São rios pequenos que deságuam em diversas direções abrangendo dunas e praias. Sendo
que o rio Anil com 12.63 km de extensão, e Bacanga com 233,84 km fluem para a Baía de São Marcos tendo
em seus estuários áreas cobertas de mangues.
A laguna da Jansen (laguna, por existir saídas para o mar) é a principal e maior laguna da ilha, com seis
mil metros quadrados de área.
b) Clima
O clima de São Luís é tropical, quente e úmido. Isso se deve ao fato de a cidade estar localizada próxima a
Zona de Convergência Intertropical. A cidade apresenta grande quantidade de coqueiros e muita vegetação
litorânea. Há pequenas áreas de Floresta Amazônica que resistiram ao processo de urbanização da cidade, todas
protegidas por parques ambientais. Pequenos rios nascem na cidade: entre eles, o Rio Bacanga é o mais
importante, pois é muito útil para a pesca.
c) Aspectos Socioeconômicos
A inauguração do Porto do Itaqui, em São Luís, atualmente o segundo em profundidade no mundo, ficando
atrás apenas do de Roterdã, na Holanda, e um dos mais movimentados do país, serviu para escoar a produção
industrial e de minério de ferro vinda de trem da Serra dos Carajás, atividade explorada pela Companhia Vale do
Rio Doce. A estratégica proximidade com os mercados europeus e norte americanos fez do Porto uma atraente
opção de exportação, mas padece de maior navegação de cabotagem.
A economia ludovicense baseia-se na indústria de transformação de alumínio, alimentícia, turismo e nos
serviços. São Luís possui o maior PIB do estado, sediando duas universidades públicas (UFMA e UEMA) e vários
centros de ensino e faculdades particulares. Segundo o último levantamento de dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, a cidade de São Luís possui o produto interno bruto de 9 340 944 000 reais, sendo,
assim, a 29º economia nacional entre os mais de 5 560 municípios brasileiros e ocupando a 14º posição entre
as capitais.
O presente trabalho tem como finalidade apresentar o projeto básico para implantação da Estação de
Tratamento de Esgoto (ETE), que atenderá ao empreendimento da CYRELA BRASIL REALTY na cidade de São
Luís | MA, e que convenientemente denominamos de CONDOMÍNIO JARDINS.
As informações necessárias para dimensionamento hidráulico da estação de tratamento de esgoto proposta
foram adotadas a partir dos parâmetros de contribuição diária de despejos, da carga orgânica característica do
tipo de empreendimento e da classe socioeconômica dos seus futuros ocupantes obedecendo às condições da
NBR 12.209/2011.
Tendo em vista a necessidade de preservação e conservação dos recursos hídricos, a ETE projetada será
concebida para realizar o tratamento em nível secundário dos esgotos do Condomínio Jardins, de modo a atender
aos padrões de emissão de efluentes da Resolução CONAMA Nº 430/2011 e da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente - SEMMAM.
2. CONCEPÇÃO DO SISTEMA
As estações de tratamento de esgoto projetadas serão constituídas por unidades fabricadas em PRFV –
Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro que proporciona um maior tempo de vida útil em relação a outros
compósitos.
No caso especifico do Condomínio Jardins, serão instalados quatro conjuntos de módulos de operações
unitárias, compondo uma única Estação de Tratamento, tipo Compacta, que serão implantadas em uma única
etapa da obra, onde cada conjunto atenderá a demanda, concomitante as entregas das unidades (habitacionais
e comerciais).
Cada conjunto de Módulos terá capacidade para atender ao mesmo volume afluente, e, portanto, o número
inicial de implantação dar-se-á de acordo com a contribuição de cada empreendimento.
Apesar de ser essencial para o bom funcionamento do sistema, e ainda para que os sistemas tornem-se
economicamente viável, é necessária a existência de caixas de gorduras para atender especificamente os
efluentes procedentes dos pontos específicos de manuseio e produção de alimentos (cozinha). Neste projeto
admitimos a existência dessas estruturas, que devem ter sido dimensionadas para operar em uma temperatura
ambiente na ordem de 30ºC. Contudo, esse projeto não faz parte do escopo deste memorial.
I. TRATAMENTO PRELIMINAR
O tratamento preliminar de esgoto bruto será constituído por uma estrutura a montante da fase biológica,
constituída por um Gradeamento de barras, uma Caixa de areia do tipo horizontal, um Medidor de Vazão tipo
Calha Parshall e um poço de equalização e sucção equipado com conjuntos elevatórios, sendo um reserva.
Neste projeto, todas as estruturas de pré-tratamento serão executadas em uma única fase.
Ao final da rede coletora, o efluente será reunido em um poço de escuma, a montante do conjunto de pré-
tratamento, sendo conduzido por diferença de nível geométrico a cada fase desta etapa, na sequencia abaixo:
Grade de Barras
A grade de barras é a primeira estrutura do tratamento preliminar, onde a separação de sólidos grosseiros
flutuantes é realizado pelo processo físico de retenção, proporcionado a partir de barras paralelas e equidistantes,
com espaçamento de 20 mm, de modo a não alterar o fluxo normal dos esgotos, evitando assim grandes perdas
de cargas.
São considerados sólidos grosseiros os resíduos sólidos contidos nos esgotos sanitários e de fácil retenção
e remoção. Esses materiais são procedentes do uso inadequado das instalações prediais.
O objetivo desta estrutura é proteger os dispositivos subsequentes e aumentar a eficiência do sistema de
tratamento de esgoto, não obstante as seguintes finalidades atribuídas a esta estrutura:
Proteção dos dispositivos de transporte dos esgotos nas suas diferentes fases, líquida e sólida (lodo),
tais como: bombas, tubulações, transportadores e peças especiais;
Proteção dos dispositivos de tratamento dos esgotos, tais como: aeradores, meio filtrante, bem como
dispositivos de entrada e saída;
Proteção dos corpos d´água receptores, tanto no aspecto estético como nos regimes de funcionamento
de fluxo e de desempenho; e
Remoção parcial da carga poluidora, contribuindo para melhorar o desempenho das unidades
subsequentes de tratamento.
Todo material retido é periodicamente esguichado e depositado em um cesto localizado acima das barras
que constitui o gradeamento.
Neste projeto, será adotado uma grade com as seguintes características:
Caixa de Areia
Basicamente a remoção de areia, ou desarenação, tem por finalidade eliminar ou abrandar os efeitos
adversos ao funcionamento das partes componentes das instalações e jusante, bem como impactos nos corpos
receptores, principalmente devido a assoreamento. Nesta planta, faremos um projeto de desarenação
aproveitando a estrutura do último poço de visita antes da ETE, com fácil acesso para inspeção e limpeza diária.
Nesta fase a remoção é feita a partir do mecanismo biológico, por meio da ação metabólica e da floculação
de partículas em suspensão. O processo biológico deste projeto será adotado para remover matéria orgânica
remanescente do tratamento primário, constituída por sólidos em suspensão fina (contendo DBO suspensas e
particuladas).
O tratamento secundário, realizado por esta fase biológica, reproduz os mecanismos naturais de oxidação e
estabilização da matéria orgânica que normalmente ocorrem nos corpos de água, porém em menor período de
tempo, com utilização de menos espaço e mediante condições controladas dos reatores, contudo, permite obter
um efluente tratado que se enquadra nas normas e condições dos padrões de lançamento existentes na legislação
ambiental, especialmente quando há pretensão do reúso.
Devido às características do empreendimento, o tempo de contribuição é extremamente influente no projeto
hidráulico das unidades biológicas, pois a vazão média diária varia em função do tempo de contribuição. No caso
do PROJETO JARDINS, o tempo de contribuição admitido será de 24 horas.
Entre as opções de planta para tratamento aeróbio, esta é uma das que mais representa redução de área e
dos custos operacionais e maior flexibilidade de projeto, pois o sistema anaeróbio de alta taxa – tipo UASB, além
de reduzir o requisito de área para implantação, reduz o consumo de oxigênio à medida que garante um efluente
para o sistema aerado com reduzida concentração orgânico, dado a elevada eficiência do UASB (em torno de
70%), pode-se computar ainda possibilidade de paralização da fase secundária, sem prejuízo total na qualidade
do efluente. Além do mais, nesta concepção o tratamento do lodo (estabilização ou digestão) dar-se naturalmente
no próprio UASB, com maior facilidade e sem requisito de novas estruturas, reduzindo, contudo, o volume a ser
descartado.
O Reator Anaeróbio do tipo Fluxo Ascendente em Manta de Lodo, tipo UASB, na literatura internacional
denominado por Upflow Anaerobic Sludge Banket – e para registro de patente e identificação de nosso produto
denominamos de BIODIG AN, exclusivo da FIBRA TÉCNICA, e fabricado em PRFV – Poliéster Reforçado com
Fibra de Vidro.
Considerado um reator de Alta Taxa onde, a degradação da matéria orgânica afluente ocorre na ausência de
oxigênio em todas as zonas de reação (leito e manta de lodo), sendo a mistura do sistema promovido pelo fluxo
ascensional do esgoto e das bolhas de gás.
Através do fluxo ascendente o esgoto deixa o reator logo após passar por um decantador interno, localizado
a jusante da passagem entre a estrutura e o separador trifásico, dispositivo de separação das fases sólida –
liquida e gasosa, com ângulo de 60º, o decantador garante as condições ótimas para sedimentação das partículas
que se desgarram da manta de lodo permitindo que estas retornem a câmara de digestão ao invés de serem
arrastada para fora do sistema.
O tempo médio de residência de sólidos no reator é suficientemente elevado para manter o crescimento de
uma massa densa de microrganismos formadores de metano apesar do reduzido tempo de detenção hidráulica,
pois um dos princípios fundamentais do processo é a sua habilidade em desenvolver uma biomassa de elevada
atividade.
REATOR UASB
Diâmetro Resultante por unidade (m) 5,00
Área Resultante (m²) 19,64
Volume Resultante (m³) 98,18
Tempo de Detenção Hidráulica Resultante (h) 8,56
Carga Hidráulica Volumétrica (m³/m³ x d) 2,80
DECANTADOR SECUNDÁRIO
III. DESINFECÇÃO
Antes de ser encaminhado ao emissário final, o efluente será submetido a inativação microbiológica através
de uma solução de hipoclorito de cálcio. Desta forma, é esperada uma redução de pelo menos 04 logs no número
de organismos patogênicos no efluente de cada bacia.
O subproduto (lodo excedente) será periodicamente descartado em um leito de secagem, de onde será
submetido à desidratação natural, segregado e depois transportado para aterro sanitário classe 02.
O fluxograma dos sistemas de tratamento propostos é apresentado na Figura 2.1.
Um dos primeiros passos para o estudo preliminar de projetos é o conhecimento das características das
águas residuárias, em que os possíveis tipos de tratamentos só podem ser selecionados a partir desse estudo.
Da mesma forma, é conhecido também o potencial poluidor, quando estes efluentes são lançados no corpo
receptor sem tratamento adequado.
Os esgotos do Condomínio Jardins apresentam características típicas de efluentes sanitários domésticos,
onde a contribuição orgânica deve situar-se na ordem de 54g DBO/hab. x dia, 90g DQO/hab. x dia, 6g NTK/hab.
x dia. A contribuição das cargas afluentes a cada ETE varia em função da vazão média diária e do número de
habitantes.
Devido ao tipo de material utilizado na construção da rede coletora (PVC), assim como sua pequena
extensão, neste projeto desprezamos a contribuição indevida. Portanto, considerando a vazão média afluente,
têm-se os seguintes parâmetros para cada ETE:
Considerando que todas as contribuições serão equalizadas em uma única ETE, ao final do plano o sistema
atenderá aos seguintes parâmetros:
Q MÉDIA DIÁRIA ................................................................................................................ 1.100 m³/d;
População de projeto .................................................................................... 8.280 contribuintes;
Concentração de DBO5 ................................................................................................ 406 mg/L;
Concentração de DQO ................................................................................................. 677 mg/L;
Concentração de NTK ................................................................................................... 45 mg/L;
Concentração de coliformes termotolerantes............................................... 1 x 107 NMP/100 mL.
Contudo, para atender a essas variações, o número de conjuntos a serem implantados seguirão a seguinte
ordem:
Para a fase 01........................................................................................................ 02 conjuntos;
Para a fase 02.......................................................................................................... 01 conjunto;
Para a fase 03.......................................................................................................... 01 conjunto;
Desta forma, não ocorrerá prejuízos quanto a contribuição das cargas e das vazões afluentes a ETE.
Dados de Projeto
Coeficiente do dia de maior consumo (K1) ................................................................................................... 1,2
Coeficiente da hora de maior consumo (K2) ................................................................................................. 1,5
Coeficiente de retorno (relação esgoto/água) ............................................................................................... 0,8
População Total................................................................................................................... 8.280 contribuintes
Vazão de infiltração (adotado) .......................................................................................................... 25,92 m³/d
Por tratar-se de estruturas fixas, neste projeto admitimos que as unidades de pré-tratamento serão implantadas
em uma única etapa, pré-dimensionadas para atender a população de final de projeto.
CAIXA DE GRADE
Adoção da grade
Será adotada uma grade simples, de limpeza manual, média, com barras de seção retangular, com as seguintes
características:
Seção da barra ............................................................................................................................... 3/8” x 1 ½”
Abertura entre barras ............................................................................................................................. 20 mm
Inclinação ................................................................................................................................................... 45º
Velocidade (adotada) ............................................................................................................................ 0,6 m/s
Eficiência
E .............................................................................................................................................................. 0,71
Perda de carga
Considerando uma obstrução máxima de 50% na grade, a velocidade Vo passa para V, ou seja, o dobro da
situação anterior.
𝑉2 − 𝑣2
ℎ𝑓 = 1,43
2𝑔
Para:
V= 2 x 0,6
v = 0,6 x E
hf ...................................................................................................................................................... 0,013 m
(Será adotada perda de carga de 0,1m).
Comprimento da grade
ℎ𝑣
𝑥=
𝑠𝑒𝑛450
Onde:
ℎ𝑣 = ℎ(𝑚á𝑥. ) + ℎ𝑓 + 𝐷 + 0,10𝑚
Para D=0,15 m
x .......................................................................................................................................................... 0,62 m
Quantidade de barras
𝑏
𝑛=
𝑡+𝑎
n ............................................................................................................................................................ 11 ud
Adotando uma Calha Parshall (adequada para vazões de 0,8 a 51,0 l/s)
Dimensões da Calha
W 3"
n 1,547
k 0,176
RECALQUE DA ELEVATÓRIA
Diâmetro do recalque (m) - Calculado 0,189
Diâmetro do recalque (m) - Adotado 0,2
Verificação da velocidade (m/s) 0,79
Valor de "J" Hazen Williams (m/m) 0,0035
(Valor encontrado a partir do coeficiente de rugosidade) C= 130
Recalque DN 100 K
Peça Quant. Unitário Subtotal
Curva de 90° 4 0,40 1,60
Curva de 45° 1 0,20 0,20
Saída de canalização 1 1,00 1,00
Total 2,80
POÇO DE SUCÇÃO
Volume do poço (m³) 11,73
(O volume do poço foi definido pelo tempo máximo de detenção hidráulica da ordem de 1800 s)
CICLO DA BOMBA
Tempo máximo de parada (minutos) 17,71
Tempo mínimo de funcionamento (minutos) 6,34
Número máximo de parada por hora 2,49
Temperatura °C 30
Concentração de Metano no Biogás (%) - (adotado) 0,75
Coeficiente de Produção de Sólidos Totais (kgSST /kgDQOapli.) 0,15
Coeficiente de Produção de Sólidos Totais (kgSST /kgDBOapli.) 0,30
PARÂMETROS DO REATOR
REATOR AERÓBIO
SISTEMA DE AERAÇÃO
DECANTADOR SECUNDÁRIO
TRATAMENTO DO LODO
2. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
DADOS BÁSICOS
Tipo de tratamento - Digestores Anaeróbios de Fluxo ascendente associados a Retores Aerados com
posterior desinfecção do efluente final por cloração antes de seu lançamento no corpo receptor;
Grau de Tratamento – Secundário;
Idade do lodo – acima de 20 dias.
PARTES COMPONENTES
Grade;
Caixa de Areia;
Estação Elevatória de Esgoto Bruto;
Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente tipo UASB;
Reator Aeróbio;
Decantador;
Desinfecção;
Poço de Lodo;
Casa dos Sopradores.
3. PLANO DE MANUTENÇÃO
O termo “manutenção” em engenharia pode ser definido como a arte de manter os equipamentos e estruturas de
uma estação de tratamento em condições adequadas, para que realizem os serviços para os quais foram
projetados.
Aspectos Gerais
O uso regular de água sob pressão para a limpeza e lavagem dos tanques, tubulações e canais é imprescindível
para as modernas estações de tratamento.
Basicamente, qualquer programa de manutenção deve observar as seguintes regras:
Conservar a estação limpa e em ordem;
Estabelecer um plano sistemático de operação;
Estabelecer uma rotina de inspeção e lubrificação;
Registrar dados e especificações dos equipamentos, dando-se especial atenção a incidentes incomuns
e condições operacionais defeituosas;
Observar as medidas recomendadas de segurança.
O esgoto é mais difícil de ser bombeado que a água. A presença de areia no esgoto tem um efeito abrasivo nos
equipamentos de bombeamento. Outros materiais como trapos, gravetos, etc, podem também estar presentes
durante o bombeamento. Por essa razão, cada peça deve ser rigorosamente inspecionada freqüentemente para
que danos maiores possam ser corrigidos previamente.
As recomendações dos fabricantes devem ser seguidas rigorosamente.
Sopradores (Compressores)
Observações de barulhos ou vibrações estranhas são também importantes de serem notadas, para que se possa
corrigir um defeito no seu início evitando-se com isso um prejuízo maior.
A troca de lubrificantes deverá acontecer no período determinado pelo fabricante do equipamento.
Para esse controle torna-se necessário que o quadro de comando possua horímetros no sentido que seja
conhecido o tempo certo da troca.
O controle do nível do óleo deve ser feito pelo menos semanalmente com o equipamento parado, e sua troca
quando o fluido ainda estiver quente.
Estruturas Suportes
Estruturas suportes de uma estação como canais, tanques, partes metálicas devem ser limpas e inspecionadas
pelo menos uma vez por ano para que seja feita uma pintura protetora adequada nas partes sujeitas a corrosão.
Em função do local onde a estação será construída, praticamente a beira de uma praia, este tempo poderá ser
reduzido para seis meses.
Prédios
Jardins
Parte componente do fator humanização da estação.
O ajardinamento contribui para a atratividade do local, sendo constituído de gramas e árvores implantadas em
locais adequados.
4. MANUAL DE OPERAÇÃO
Generalidades
Em condições excepcionais, deverão ser atendidas as contingências que maiores riscos ofereçam. É óbvio que,
passado o momento crítico, as recomendações de caráter rotineiro voltam a ser atendidas normalmente.
Outrossim, cada Depuradora tem particularidades locais, que permitem ou mesmo exigem alterações dos
procedimentos normais, em intervalos para mais ou para menos, conforme cada caso.
Caixa de Gorduras
Em condições normais, deve ser batida com intervalos de 1 (uma) hora.
Porém a retirada do material flotado, para o patamar drenante, deve ser feito sempre que preciso ou no máximo
em intervalos de 3 (três) horas. Na tarde de cada dia, este material deve ser removido para um tanque de lodo
para posterior descarte em local apropriado.
Esta unidade e seus arredores e deverão ser esguichados, com jatos de mangueira, sempre que houver
necessidade.
Grade
Em condições normais, deve ser batida com intervalos de 1 (uma) hora. Porém a retirada do material gradeado,
para o patamar drenante, deve ser feito apenas a intervalos de 3 (três) horas. Na tarde de cada dia, este material
deve ser incinerado, enterrado ou encaminhado como lixo para aterros sanitários.
Em condições anormais, por exemplo se ocorrer em dado momento, a chegada de grande quantidade de material
gradeável, deve-se fazer a limpeza mesmo fora da hora marcada.
Esta unidade e seus arredores e deverão ser esguichados, com jatos de mangueira, sempre que houver
necessidade.
Bombas de Influente
Além da lubrificação se houver, pelo menos uma vez ao dia, seus rotores devem ser limpos com escovas de
piaçaba ou rastelo – sempre de cabo longo, para se evitar, o quanto possível a aproximação manual. Materiais
renitentes, que não se destaquem com esta operação, devem ser retirados com ganchos. Os escovamentos dos
rotores deverão ser acompanhados de esguichos de mangueira. Esta recomendação serve para bombas de rotor
MEMORIAL DE PROJETO | ETE CONDOMÍNIO JARDINS | SÃO LUÍS | MA
Rua Palmerim 106, (Vila Sotave) | Prazeres| Jaboatão dos Guararapes| PE |CEP: 54340-160 | Tel: 81 3479. 2106 | CNPJ 04.500.288/0001-14 29
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aberto. Para o tipo de rotor fechado com trituradores, as limpezas podem ser semanais, e /ou também quando
ocorrer um imprevisto.
Caixa de Areia
Trata-se de um decantador onde no seu interior a areia é depositada em função da velocidade na passagem deste
compartimento.
O dimensionamento das unidades aproveita a grande diferença de densidade dos componentes que se quer
separar no caso a areia da matéria orgânica, caracterizada também pela grande diferença das taxas de
sedimentação.
O material inerte deve em repouso ocupar no máximo a parte rebaixada da unidade.
Digestor Anaeróbio de Fluxo Ascendente – UASB Biodig ANV
Semanalmente, deverá ser feita a descarga de lodo do reator, através da válvula destinada para tal, localizada na
caixa de manobra.
Recomenda-se a verificação diária da presença de material flutuante acumulado na parte superior do reator. A
passagem de alguns materiais flutuantes para a zona de sedimentação é inevitável e o excesso destes poderá
entupir as aberturas da calha coletora, comprometendo a homogeneidade da coleta.
Pelo menos duas vezes por semana, deverá ser feita descarga de escuma acumulada no topo do reator,
utilizando-se válvula própria. A camada de escuma forma-se naturalmente no processo, podendo dificultar a
oclusão das bolhas, caso acumule-se em quantidade excessiva ou ocorra o seu ressecamento.
Recomenda-se a permanente verificação das condições de passagem das tubulações condutoras de biogás, que
deverão permanecer sempre desobstruídas. Deve-se ter cuidado ao operar o reator UASB, evitando-se o uso de
cigarro ou de chamas e a ocorrência de faíscas, pois o biogás gerado contém metano, que é um gás combustível.
A fim de prevenir a liberação de maus odores, é necessário que o reator UASB mantenha-se sempre tampado.
Partida do Sistema
Dadas as características dos esgotos sanitários a serem tratados, a partida da ETE, no que se refere ao reator
UASB, poderá ser realizada sem que haja necessidade de inoculação. No entanto, poderá levar mais de 3 meses
para que o sistema de tratamento torne-se estável e atinja as condições desejadas.
Com isso, poderá haver vantagens em se usar um inóculo (lodo digerido de boa qualidade) no início da operação
de outro reator anaeróbio (UASB), para se reduzir ao máximo o seu período de maturação. Porém, se o inóculo
não estiver disponível, é perfeitamente possível se iniciar a operação sem lodo no reator.
A partida do RAFA, classificado como reator anaeróbio de alta taxa, pode ser definida como um período de
transição inicial, marcado por instabilidades operacionais, podendo ser feita através de 3 (três) processos
distintos:
Utilizando-se lodo de inóculo adaptado ao esgoto a ser tratado. Trata-se do processo mais conveniente
devido à entrada do sistema em regime permanente se processar rapidamente, não havendo
necessidade de aclimatação do lodo;
Utilizando-se lodo de inóculo não adaptado ao esgoto a ser tratado. Nesse caso existirá um período de
aclimatação do sistema, incluindo uma fase de seleção microbiana;
Sem a utilização do lodo de inóculo. Considerada a forma mais desfavorável devido a inoculação do
reator acontecer com os próprios microrganismos do sistema cuja concentração é muito pequena,
resultando num tempo de entrada em regime da ordem de 3 (três) a 4 (quatro) meses, chegando alguns
autores a mencionar um tempo de 6 (seis) meses.
Temperatura
A temperatura ideal é na faixa de 30 -35ºC. No nosso caso, no Estado do Ceará este valor se situa na faixa de 25
-30ºC, mais comumente entre 27 -28ºC, considerada como condições sub-ótimas de temperatura.
Fatores Ambientais
Sopradores
Havendo necessidade de manutenção ou reparo no conjunto soprador, o soprador reserva será utilizado. O
soprador só deverá ser acionado se sua respectiva válvula de saída de ar estiver aberta.
O efluente final será desinfetado na saída do decantador, através de um sistema de inativação por oxidação em
solução de hipoclorito de sódio, fazendo com que o efluente permaneça em contato com a solução por um
período de 40min com relação a vazão média afluente a ETE.
A adição da solução deve ser realizada a montante da placa de mistura hidráulica localizada dentro da estrutura
cilíndrica.
Aspectos de Segurança
O contato direto com a solução pode causar danos aos olhos e a pele não protegida.
A principal regra de segurança é sempre prevenir a inalação direta. Portanto os operadores necessitam de
instruções sobre seus danos causados. Abaixo são citadas algumas precauções a serem tomadas pelos
operadores:
O operador nunca deverá se expor direta a solução;
Os operadores devem utilizar uniformes com mangas compridas e calça e principalmente mascaras.
Devido à proximidade da eletricidade à água, precauções devem ser tomadas quanto a conexões
elétricas, aterramento e interruptores.
Descarte do Lodo
O lodo do reator UASB e do FSA/Decantador Lamelar deverá ser descartado de acordo com os parâmetros
estabelecidos no projeto.
No reator UASB, será considerada uma idade de lodo de 30 dias. Assim, a freqüência de descarte adotada será
feita de acordo com esta idade de lodo. A descarga poderá também ser feita semanalmente, desde que se
despejem apenas volumes proporcionais ao volume total de 30 dias. O descarte é feito através dos registros
existentes no lado externo do reator. Nos primeiros meses de operação, não será necessário o descarte do lodo
excedente.
Para o lodo proveniente do decantador lamelar, poderá ser adotada uma idade de lodo superior a 20 dias. Este
poderá ser descartado diretamente no tanque adensador de lodo ou ser recirculado para a Estação Elevatória de
Esgoto. A recirculação tem por objetivo completar a estabilização do material biodegradável restante no lodo e
ajudar no desempenho da digestão anaeróbia no reator UASB.
5. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA
a) O operador da ETE deverá utilizar equipamentos de proteção individual, tais como: luvas, botas, máscara e
bata.
b) Devem ser seguidas todas as orientações dos fabricantes referentes à manutenção e à operação de
equipamentos como: lubrificação, limpeza, conservação, ajustes e recomendações de uso.
c) O operador deverá adotar hábitos de higienização adequados e suas mãos devem ser lavadas e desinfetadas
sempre após o trabalho na ETE.
d) Não será permitido o acesso de pessoas estranhas e de animais à ETE.
e) Deve-se evitar o máximo possível, o contato direto com os esgotos. Caso haja contato, deve-se lavar e
desinfetar as partes do corpo atingidas com uma solução de hipoclorito, álcool ou outro produto equivalente.
6. FERRAMENTAS E EPIS
Para a realização das atividades operacionais, o operador deverá estar devidamente protegido com EPI
(Equipamento de Proteção Individual) além de outros itens considerados básicos:
Luva de PVC;
Fardamento com camisa de manga longa e calça;
Máscara para gases;
Bota de PVC.
7. MONITORAMENTO
Para acompanhar o funcionamento da ETE, recomenda-se que sejam realizadas análises no esgoto afluente, no
efluente e nos reatores. As frequências recomendadas de determinação dos parâmetros a serem analisados são
apresentadas no Quadro 4.1. As características do efluente final da estação deverão obedecer aos padrões de
emissão especificados pelo CONAMA.
8. SISTEMA DE DESINFECÇÃO
Basicamente, a desinfecção por oxidação é conseguida pelo tempo de contato dos microrganismos presentes
nos esgotos à uma solução de hipoclorito. Esse contato dos esgotos é feita em tanques, denominados
simplesmente por tanque de contato.
Especialmente neste projeto será adotado um tanque com volume de 1,0L, suficiente para manter um tempo de
residência hidráulica na ordem de 32 min, bastante para inativação de pelo menos 4logs no número total dos
microrganismos.
2. SERVIÇOS PRELIMINARES
Canteiro de Obras
O canteiro de obras deverá ser projetado e executado levando-se em consideração as proporções e
características da obra, assim como a distância ao escritório central, condições de acesso, distância aos outros
fornecedores de mão de obra e material, meios de comunicação etc.
As providências para obtenção de terreno para o canteiro de obras, inclusive despesas de qualquer natureza que
venham a ocorrer, são responsabilidade exclusivas da Empreiteira.
São também responsabilidade da Empreiteira, o armazenamento, guarda, controle de entrada, aplicação na obra,
transferência e estoque do material de obra.
Placas de Obras
Este serviço destina-se ao fornecimento de placas indicadoras da obra contendo a propaganda do serviço no
qual consta em dizeres nítidos, locais da obra, órgãos interligados e financiadores, prazo de execução, valor, e
firma Contratada e responsáveis técnicos, tudo de acordo com o projeto em vigor, dimensões e padrões
atualizados.
A fixação das placas deverá obedecer ao critério que melhor se comunique à população, em locais abertos que
permita leitura a distância não inferior a 100m.
Serão fixadas em altura compatíveis e padronizadas, devendo as linhas de suportes ser afincadas em terreno
sólido, e suas dimensões calculadas de acordo com o peso de cada placam. Normalmente as linhas são 2 ½ x
5” ou 3”x 6”, em maçaranduba, contraventados horizontalmente, formando um quadro rígido e resistente a ação
dos ventos. Deverão ser reforçados com apoios inclinados a 45º quando altura recomendadas e a ação dos
ventos for intensa na região. As chapas deverão ser de boa qualidade e resistente aos efeitos externos.
Limpeza do Terreno
Este serviço deverá ser executado manual ou mecanicamente com o intuito de deixar livre toda a área da obra,
bem como o caminho necessário ao transporte dos materiais.
Os entulhos deverão ser removidos para não atrapalhar os trabalhos de construção.
Locação das Obras
As tubulações, edificações, estruturas e demais elementos deverão ser locados conforme o projeto técnico,
podendo, a critério da Fiscalização, mudar sua posição em função das peculiaridades da obra.
Os níveis indicados no projeto deverão ser obedecidos, devendo-se fixar previamente a RN geral a seguir.
A Empreiteira procederá a aferição das dimensões, dos alinhamentos, dos ângulos e de quaisquer outras
indicações constantes do projeto com as reais condições encontradas no local.
3. MOVIMENTO DE TERRA
Largura de Valas
4. SERVIÇOS COMPLEMENTARES
Sinalização de Valas e Barreiras
É de responsabilidade da Contratada a sinalização conveniente para execução de serviços de abastecimento
d’água e/ou rede coletora de esgoto. É também sua obrigação o pagamento de taxas a órgãos emissores de
aberturas de valas.
Os cuidados com acidente de trabalho ou as decorrências na execução das obras, comprometem a Contratada
se esta não efetuar a sinalização e proteção conveniente aos seus serviços. As indenizações, que porventura
venham a ocorrer, serão de sua exclusiva responsabilidade. Além disso, ficará obrigada a reparar ou reconstruir
os danos às redes públicas. Como conseqüência de acidentabilidade a inobservância da correta sinalização.
Portanto, a Contratada deverá manter toda a sinalização em valas e barreiras diurnas e noturnas necessária ao
desvio e proteção da área onde estiverem sendo executadas as obras, até seu término, quando forem
comprovadas que os trechos estão em condições de serem liberadas para o tráfego.
Passadiço de Madeira
Este serviço refere-se à colocação de chapas de madeira de dimensões variável e não inferior a 0,30 m², e de
espessura igual ou superior a 2”. As chapas serão colocadas em todos os serviços de água e/ou esgoto onde
aquela abertura da vala ou barreira esteja prejudicando ou impedindo a passagem de transeuntes e/ou veículos.
São normalmente colocadas peças de madeira de lei, sem trincas, com resistência compatível às cargas a serem
submetidas. Serão utilizadas em passagem de garagem, residência, travessia de rua, e/ou em outras situações
julgadas necessárias de utilização pala equipe fiscal da empresa.
O dimensionamento do pranchão é de responsabilidade da Contratada e qualquer danos ocorridos a terceiros
e/ou obras públicas decorrente do mau funcionamento dos pranchões será respondido pela Contratada.
5. ESCORAMENTOS
Escoramento Contínuo de Valas com Pranchas e Perfis Metálicos
Este tipo de escoramento contínuo de valas é empregado onde às condições de segurança, presença de lençol
freático estará a exigir a fim de iniciar ao assentamento da tubulação. È um trabalho que requer cuidados
profissionais habilitados. A má execução poderá levar o desmoronamento cujo resultado é insegurança aos
trabalhadores, transeuntes, e construções nas proximidades.
Todo o serviço de escavação deve ser planificado quanto à segurança do trabalhador, e o exame do terreno, na
sua formação geológica constitui tarefa fundamental.
Sempre que a escavação for superior a 1,5 m, em terrenos sem coesão, de terras argilosas moles, em nível de
serviço abaixo do lençol freático, haverá necessidade de escoramento.
Devem ser escorados os muros de arrimos, edifícios vizinhos, redes de abastecimento, tubulação telefônica,
sempre que estas possam ser afetadas. Nos escoramentos com pranchões de madeiras, estas deverão Ter
dimensões mínimas de: C: 3,0; L: 0,2 ou 0,3; esp: 0,04m. Usar estronca de madeira, ou metálica tipo de macaco
para contraventar.
No escoramento metálico que é constituído de um sistema misto de estrutura metálica e pranchões de madeira
ou metálico, são adotados os seguintes elementos:
Na escavação da pranchada, perfis ou piquetões, quando for contratado terreno impenetrável ou matacões,
deverá ser utilizada uma pranchada adicional externa ou internamente ao alinhamento definido pelas pranchas já
cravadas, conforme critério da Fiscalização.
O escoramento deverá acompanhar a escavação e deverá ser feita na mesma jornada de trabalho. O
estroncamento deve estar perpendicular sempre ao plano do escoramento.
Para se evitar sobrecarga ao escoramento, o material escavado, salvo autorização especial da Fiscalização por
problemas locais, deverá ser colocada à distância mínima da vala que igual sua profundidade.
Os desmontes do estroncamento e retirada da pranchada deverá ser feitos simultaneamente com o
reenchimento das valas, isto é, na mesma jornada de trabalho.
As retiradas sucessivas dos diversos quadros de escoramento deverão ser precedidas de estroncamento
provisório com perfis ou piquetões. Nunca será desempranchados todos um trecho de parede e sim
parceladamente, metro a metro, até a cota inicial do terreno.
6. ASSENTAMENTO DE TUBULAÇÕES
Generalidades
As tubulações de esgoto devem ser assentadas obedecendo rigorosamente às declividades previstas no projeto.
Os cuidados e acompanhamentos dos serviços topográficos devem ser uma constante conduta à Contratada.
A tubulação pode ser assentada com ou sem berço de apoio. Quando o material do fundo da vala permitir o
assentamento sem berço, deverão ser produzidos rebaixos, sob cada bolsa (cachimbo), de sorte a proporcionar
o apoio da tubulação sobre o terreno em toda sua extensão.
Em qualquer caso, exceto nos berços especiais de concreto, a tubulação deverá ser assentada sobre o terreno
ou colchão de areia de forma que, considerando uma secção transversal do tubo a sua superfície inferior externa
fique apoiada no terreno ou berço, em extensão equivalente a 60% do diâmetro externo, no mínimo.
Todo cuidado deve ser tomado no que tange ao emprego de armazenamento e distribuição das tubulações tanto
no canteiro como ao longo das valas.
Em todas as fases de transporte, manuseio e empilhamento devem ser tomadas as medidas especiais e técnicas
recomendadas pelos fabricantes a fim de evitar que afetem a integridade do material e provoquem atritos de tal
ordem que causem ranhuras e comprometam a estanqueidade das juntas.
Topografia
Devidamente autorizado pela Fiscalização, estando definidos os trechos a executar, a Empreiteira dará prioridade
aos serviços de topografia e locação das obras.
Para medição de distâncias, além da utilização dos métodos tradicionais (com as precauções consagradas),
poderão ser utilizados aparelhos do tipo distomat (raio infra-vermelho) ou laser, com as devidas precauções.
A empreiteira deverá efetuar o nivelamento geométrico de 2ª ordem, com erro de fechamento a 10 mm. L ,
sendo L a distância nivelada e contra-nivelada em quilômetros, os piquetes deverão ser implantados a cada 20
m.
Analisando os trechos analisados como problema, a Fiscalização indicará eventuais alterações de cotas dos
coletores, naquele e/ou em outros trechos ainda não liberados, para permitir o esgotamento das casas,
funcionamento da rede e para atender às boas técnicas de construção.
Obras especiais, de menor complexidade, não previstas ou não definidas no projeto, deverão ser detalhadas,
especificada, orçadas e solicitadas pela empreiteira e aprovadas pela Fiscalização.
Por ocasião do nivelamento geométrico, deverão ser adensados os referenciais planialtimétricos, consistindo na
cravação de marcos de madeira de lei, ou de concreto (traço 1:2: 3), de dimensões 3 3 30 cm, em locais
protegidos e de fácil acesso, distantes entre si em aproximadamente 200m. Deve-se cravar 25 cm e os 5 cm
restantes deverão ser pintados de amarelo e numerados. No centro dos Marcos deverá estar cravada uma tacha,
que será nivelada.
As RN (referências de nível) existentes deverão ser verificadas. Os marcos e as RN corrigidas deverão ser
indicadas para correção, que visualizam a rede coletora em execução.
A Empreiteira deverá escolher o processo de locação que achar mais conveniente e que atenda as condições
técnicas.
Estão descritos a seguir, os processos de locação convencionais. Ficará a cargo da Empreiteira a preparação
dos elementos necessários à locação, e que serão verificados e autorizados pela Fiscalização.
No Processo de Cruzetas, deverão constar os seguintes elementos:
Cota do terreno (piquetes): CT;
Cota do projeto (geratriz inferior interna do tubo): CP
Cota do coletor (geratriz superior externa do tubo): (CC)
Cota do bordo superior da régua: (CR)
Declividade: (I)
Diâmetro interno mais espessura da parede do tubo: (Q+E)
Altura da cruzeta a ser utilizada: (C)
Altura do bordo superior da régua em relação ao piquete: (H)
7. DIVERSOS
Embasamento de Tubulação
As canalizações devem ser assentadas sobre leitos firmes com suficiente resistência no terreno natural, isto é o
mínimo de compressibilidade de maneira a permitir as suas estabilidades.
Quando o terreno natural não permitir estabilidade de modo a garantir a perfeição no assentamento da tubulação,
será observado imediato recalque, e este, consequentemente, arruinaria, também as juntas e a estanqueidade da
linha. Neste caso , utiliza-se a execução de bases especiais ou berços de modo a melhor distribuir as cargas
sobre o solo.
Os embasamentos podem ser em: areia, pó de pedra, brita, seixos, concreto simples, ou peças pré-moldadas, a
altura padrão é de 10 cm, e colocado abaixo da geratriz externa inferior do tubo de largura mínima do berço será:
L = D + 0,20.
Teste de Vazamento
É recomendável a execução de teste em rede coletora qualquer que seja o tipo de junta. Os tipos de teste são:
vazamento e infiltração.
Para execução do teste são necessários:
Poço de visita bem construídos e estanques.
Buguões para teste (balão de vedação, saco de areia, saco de tabatinga)
Conexões resistentes
Fixação dos limites aceitáveis de vazamento e infiltração que possam ocorrer.
É conveniente que o primeiro trecho entre dois PVs seja testado para se observar inicialmente a qualidade
construtiva, e examinar, se os resultados obtidos também atendem as exigências, servindo de base para os
trabalhos subseqüentes possam ser julgados.
8. LIGAÇÕES PREDIAIS
Generalidades
Entende-se por ligação predial de esgoto o conjunto de esgoto de tubos e peças que se estende desde o coletor
público até o alinhamento de uma determinada propriedade.
Cada resistência deverá ter sua ligação independente, salvo casos excepcionais, ou ainda com base em revisão
dos códigos atuais.
Para que seja efetuada a ligação é importante que as instalações estejam concluída e de acordo com as normas
vigentes.
Será a ligação da caixa de visita localizada no passeio a rede coletora pública. A ligação predial será executada
com tubo PVC de infra-estrutura (NBR 7362), destinada a esgoto, diâmetro mínimo de 100 mm e declividade
mínima de 2%.
Todas as instruções, cuidados e normas de procedimentos de execução para rede coletora, são válidas para
ligação, inclusive com relação aos testes.
Ficará também por conta da contratada a recuperação da pavimentação danificada para execução de ligação.
Material de Ligação
Será composta de selim 90º elástico 150 100 mm e curva de 45º diâmetro mínimo de 100 mm, para tubulação
de rede de esgoto (infra-estrutura).
A ligação predial deverá obedecer a seguinte seqüência de execução:
Certificar-se se o anel de borracha esta devidamente alojado na parte interna da abraçadeira superior.
Colocar as abraçadeiras inferior e superior no tubo, fixando-as com a trava, conforme indicação (flecha) gravada
na peça.
Fazer furo com serra copo para selim, através do bocal do selim.
Completar a ligação utilizando conexões de infra-estrutura (curva de 45º).
Caixas de Inspeção
9. ESTRUTURAS
Estruturas de Concreto
Fôrmas
A Contratada deverá executar e montar as fôrmas obedecendo rigorosamente às especificações do projeto. As
formas e o escoramento poderão ser de madeira, metálicos ou outro material aprovado pela Fiscalização e
conforme o grau de acabamento previsto para o concreto em cada local. De qualquer modo, porém, a qualidade
da forma será de responsabilidade da Contratada.
As fôrmas deverão ter resistência suficiente para suportar as pressões resultantes do lançamento e da vibração
do concreto, devendo ser mantidas rigidamente na posição correta e não sofrerem deformações. Deverão ser
suficientemente estanques, de modo a impedir a perda da nata do concreto.
As fôrmas novamente montadas deverão recobrir o concreto endurecido do lance anterior, no mínimo 10 cm,
devendo ser fixadas com firmeza contra o concreto endurecido, de maneira que ao ser reiniciada a concretagem,
as mesmas não se deformem e não permitam qualquer desvio em relação aos alinhamentos estabelecidos ou
perda de argamassa pelas justaposições. Se necessário, a critério da fiscalização, serão usados parafusos ou
prendedores adicionais destinados a manter firmes as fôrmas remontadas contra o concreto endurecido.
Deverão ser feitas aberturas nas fôrmas, onde for necessário, para facilitar a inspeção, limpeza e adensamento
do concreto. Todas as aberturas temporárias a serem feitas nas fôrmas para fins construtivos, serão submetidas
à prévia aprovação da Fiscalização.
No momento da concretagem, as superfícies das fôrmas deverão estar livres de incrustações, de nata de cimento
ou outros materiais estranhos (pontas de aço, arames, pregos, madeira, papel, óleo, etc.), além de estarem
saturadas com água, no caso de sua superfície não ser impermeável.
No caso de serem utilizadas fôrmas metálicas, as mesmas deverão estar desempenadas e não apresentar
vestígios de oxidação, para melhor qualidade do concreto.
As fôrmas serão retiradas de acordo com o disposto pela ABNT, quanto aos prazos mínimos ou em prazos
maiores ou menores autorizados previamente pela fiscalização. Não se admitirá na desforma o uso de
ferramentas metálicas como “pés-de-cabra”, alavancas, talhadeiras etc., entre o concreto endurecido e a fôrma.
Caso haja necessidade de afrouxamento das fôrmas, devem-se usar cunhas de madeira dura. Choques ou
impactos violentos deverão ser evitados, devendo para o caso ser estudado outro método para a desforma.
Após a desforma, todas as imperfeições de superfície tais como pregos, asperezas, arestas causadas pelo
desencontro dos painéis das fôrmas e outras deverão ser tratadas e corrigidas. A reutilização da fôrma, depois
de limpa e preparada, será liberada ou não pela Fiscalização, que verificará suas condições.
Tratamento de Superfície
Chapisco
A superfície a ser chapiscada deve estar abundantemente molhada. Sua finalidade básica é permitir aderência
entre o concreto e/ou tijolo cerâmico prensado e cozido e a argamassa de revestimento (emboço e reboco).
O preparo do chapisco se forma pelo traço 1:3, cimento e areia grossa bem diluído. Ele é lançado sobre a
alvenaria de tijolo cerâmico e/ou concreto.
Resina ISSO/NPG
Roving
Manta
São obtidas pelo arranjo aleatório de fibras cortadas (comprimento 5 cm), agregadas e distribuídas de maneira
uniforme em forma de lençol por ligantes especiais, permitindo a construção de laminados com propriedades
isotrópicas. Tipo utilizado no costado dos reatores: MANTA 450g/m².
Umidade (%) ................................................................................................................................. 0.00 – 0.20
PAF (%) ........................................................................................................................................ 2.45 – 4.55
Gramatura ................................................................................................................................. 373.0 – 526.0
Tecido
Os tecidos de fibra de vidro são obtidos da tecelagem plana de rovings. São aplicados no costado dos reatores
intercalando com as mantas e impregnados com a resina Ortofálica/Pet, conforme as normas já mencionadas,
com o objetivo de permitir aos equipamentos altas propriedades mecânicas principalmente resistência ao
impacto. O tecido especificado para os reatores e filtros Submersos Aerados é o TECIDO WOVEN ROVEN 600
g/m², tem teor de vidro médio de 40% e compatibilidade com a resina poliéster empregada.
Características Especificação
Umidade (%) ................................................................................................................................. 0.00 – 0.10
PAF (%) ........................................................................................................................................ 0.30 – 0.70
Gramatura ............................................................................................................................. 540.00 – 660.00
Gel-Coat
É a cobertura de resina não reforçada que constitui a superfície de peças laminadas, serve para proteger contra
a ação das intempéries e umidade, também faz parte da barreira química. O Gel-Coat utilizado na formação da
barreira química da superfície interna dos reatores é do tipo Isoftálico com NPG, incolor, ou seja, a base do
composto é de resina poliéster insaturado, isoftálico, com Neopentil Glicol, totalmente polimerizável, rígido, média
reatividade, baixa viscosidade, tixotrópico e pré-acelerado.
Tubos e Conexões
As tubulações principais dos reatores são fabricadas conforme Norma ABNT NBR 7675 e ISSO 2531, para
pressões de serviço de 10 Kgf/cm (PN 10). Para as tubulações com diâmetros nominais de 50mm a 125mm,
As arruelas de vedação para o serviço de transporte de esgoto bruto e/ou efluente tratado sob pressão e à
temperatura ambiente são fabricados de borracha natural em lençol, com espessura de 1/8” NR 1087 – ASTM
D 2000 M2AA 703 A13 B33 EA14.
Características das Válvulas
Modelo:................................................................................................................................... Borboleta Wafer
PN: ....................................................................................................................................................... 10 bar
Material Fabricação Corpo: ............................................................................... Ferro Fundido ASTM A126.CI.B
Material Fabricação Disco: ....................................................................................... Aço INOX ASTM A351.CF8
Material Fabricação Eixo: ..................................................................................................... Aço INOX AISI 304
Sede de Vedação: ....................................................................................................................... Buna N (NBR)
Atuador: ................................................................................................... Alavanca com gatilho – 10 Posições
Norma: ............................................................................................................... ABNT NBR 7675 e ISSO 2531
Posição/Montagem: .......................................................................................................................... Horizontal