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CONTEÚDO

PROFº: PANTOJA
07 ROMA – LUTAS SOCIAIS ENTRE HOMENS LIVROS
A Certeza de Vencer EG090508
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A CONQUISTA DA ITÁLIA
A expansão romana na Itália foi contemporânea a esse processo de disputa política interna e de mudança
institucional. Ameaçado externamente, por vezes em sua própria existência, o Estado romano teve de desenvolver
meios para enfrentar as crescentes necessidades de recursos humanos e materiais.
Durante o século V. a.C.., Roma envolveu-se numa interminável guerra com a cidade etrusca de Veios,
localizada na margem direita do Tibre, a apenas 17 quilômetros de Roma. Este foi o primeiro grande empreendimento
romano fora do Lácio. O longo conflito terminou em 396 a.C. com a
destruição de Veios, cujo território foi anexado. Nele foram criadas
mais quatro tribos, e suas terras foram distribuídas para os cidadãos.
No início do século IV a.C. uma grave ameaça surgiu com a invasão
dos gauleses, povo guerreiro celta que ocupava desde a Germânia
até a atua! França (daí o nome de Gália), estabelecendo-se na
planície do Pó, no norte da Itália. Em 390 a.C. os gauleses tomaram
Roma, que foi saqueada e incendiada. Depois de superarem esse
perigo, os romanos conquistaram a região do Lácio, cujos habitantes,
os latinos, foram absorvidos e incorporados à cidadania
romana.
Após combater essas populações vizinhas e
consolidar sua posição no Lácio e nas áreas limítrofes,
Roma iniciou, no século IV a.C., uma ofensiva para deter
o avanço de populações de montanheses ao sul, que
seguiam do interior em direção à costa. Após a submissão
da Itália Central, as vitórias romanas levaram à conquista
da Itália meridional. Após quase dois séculos de luta pela
supremacia territorial na Itália, Roma tornou-se uma
potência de âmbito internacional.
No início do século III a.C. a Itália romana já
abrangia, ao norte, os ricos territórios da Etrúria, a região
dos sabinos, a Úmbria e o Piceno; ao sul, a Campânia e a Apúlia. As guerras de conquista trouxeram conseqüências
importantes para as instituições romanas: Roma foi forçada a lidar com quadros mais amplos que o de uma cidade-
Estado. Englobava agora sistemas locais muito diversos: cidades-Estados gregas meridionais, ricos centros agrícolas
da Campânia, cidades etruscas com instituições urbanas desenvolvias e populações mais atrasadas de pastores das
regiões apenínicas. Unificar a península Itálica sob a hegemonia romana era um problema e tanto, devido ás diferentes
estruturas das comunidades submetidas. Os romanos empregaram várias estratégias nesse sentido: a aristocracia criou
laços com as classes dirigentes das outras cidades, permitindo a entrada de famílias das elites itálicas na aristocracia
senatorial, estabelecendo relações políticas, de clientela e alianças familiares com os grupos dirigentes de cada
comunidade.
Na península, as populações sob o domínio romano adquiriram diferentes situações jurídicas perante Roma, que
firmou múltiplos tratados de aliança com as cidades itálicas. Teoricamente autônomas, estas se comprometiam a prestar
auxílio militar em caso de conflito externo, fornecendo soldados. Eram os chamados aliados (socii). Existiam as civitates
sine suffragio, nas quais os habitantes eram considerados cidadãos de segunda classe, que gozavam de cidadania
romana incompleta, sem direito de votar nas assembléias. Algumas cidades recebiam a condição de municipiu m,
comunidades cuja população local tinha a cidadania romana e autonomia em relação aos assuntos internos. A política
de conceder cidadania romana de várias maneiras a elementos itálicos era uma forma de integrá-los e assegurar o
fornecimento de quadros para o exército.
O fato mais importante é que as guerras de conquista se tornaram fundamentais para a sociedade romana.
Muito cedo os romanos perceberam que elas eram um empreendimento lucrativo: traziam a riqueza do saque para os
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soldados e seus comandantes. Os cidadãos pobres e sem terras eram beneficiados com a aquisição de terrenos nas
áreas conquistadas, tanto nas vizinhanças de Roma como nas colônias romanas ou latinas recém-fundadas. Os
combates proporcionavam também a glória militar, indispensável para a aristocracia dirigente afirmar sua superioridade.
A expansão era de interesse geral, já que o êxito militar permitia a solução de problemas sociais à custa dos vencidos.
Como explicar o sucesso de Roma nessa expansão externa? A resposta está na organização da sociedade
romana, diferente da maioria das populações itálicas. Ao contrário das atrasadas tribos de montanheses da Itália central,

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o exército romano podia contar com o apoio de centros urbanos fornecedores de produtos diversos, especialmente de
equipamentos, vindos não apenas de Roma, mas de uma série de colônias.
A hegemonia romana na península foi facilitada pelos estabelecimentos feitos em locais estratégicos: as
colônias, cidades fundadas nos territórios conquistados e anexados por Roma. O recurso à colonização criou uma
camada de camponeses leais a Roma em vastos territórios da Itália.
As guerras adquiriram um papel ainda mais importante como meio de resolução dos problemas sociais internos,
já que favoreciam a ampliação do território. As terras conquistadas eram distribuídas aos cidadãos sem-terras pelo
Estado, que, assim, assegurava a ocupação e a exploração econômica das zonas anexadas.
Outro ponto-chave do poderio romano era seu exército de cidadãos. No início do século III a.C., pelo menos
duas legiões estavam sempre disponíveis, e outras podiam ser recrutadas se necessário.

A EXPANSÃO NO MEDITERRÂNEO:
AS GUERRAS PÚNICAS
O controle da península Itálica colocou Roma em confronto com sua antiga aliada, Cartago, cidade fundada
pelos fenícios em 814 a.C. no norte da África. Tratados
estabelecidos entre elas reconheciam a supremacia cartaginesa
no Mediterrâneo ocidental. Cartago, que controlava essa área e
boa parte da Sicília, não podia tolerar agora o surgimento de
uma nova potência em sua zona de domínio comercial. Os
enfrentamentos tiveram início na Sicília, ilha situada entre Roma
e Cartago e rica o bastante para despertar o interesse da
aristocracia fundiária romana, que desejava estender seus
domínios além do estreito de Messina. Foi o início da Primeira
Guerra Púnica (púnico significa "cartaginês",).
Após o enorme esforço dispendido durante a Primeira
Guerra Púnica, Roma tornara-se também uma potência
marítima: com a conquista da Sicília (241 a.C.), da Sardenha e
da Córsega (237 a.C.), pôde organizar essas ilhas como as
primeiras províncias romanas e expandir-se economicamente
pelo Mediterrâneo ocidental.

A EXPANSÃO IMPERIALISTA
Em Roma, a idéia imperialista pouco a pouco conquistava uma parte dos senadores e dos cidadãos. Muitos
soldados, depois de anos de guerra, não se acostumavam mais com a rotina do trabalho no campo. Os oficiais não
queriam renunciar a novas oportunidades de glória e de butim (saque), e os negociantes itálicos e fornecedores do
exército queriam novas chances de comércio. A Itália começou a ter interesses econômicos no Oriente.
Cartago havia se recuperado da guerra, desenvolvendo novamente uma riqueza territorial e agrária e, com isso,
inquietando os grandes proprietários italianos. Conta-se que Catão, para alertar os senadores, mostrou-lhes alguns figos
vindos de Cartago, observando que o país produtor de frutas tão viçosas estava a apenas três dias de navegação de
Roma. Terminava todos seus discursos no Senado com as palavras: "Delenda Carthago" (Cartago deve ser destruída).
Assim, o expansionismo tomou novo impulso. No decorrer do século II a.C. as legiões romanas submeteram a
Macedônia durante a Terceira Guerra Macedônica (171-168 a.C.), destruíram Cartago no final da Terceira Guerra
Púnica (de 149-146 a.C.), submeteram a maior parte da península Ibérica e ocuparam a Grécia em 146 a.C. Os
territórios ocupados foram anexados ao Estado romano e organizados em forma de novas províncias: a Hispania em
1997 a.C.. a Macedônia em 148 a.C., a África em 146 a.C. e a província da Ásia (antigo reino de Pérgamo) em 133 a.C.
As conseqüências foram imensas, pois esses territórios compreendiam áreas de produção agrícola
desenvolvidas e dispunham de jazidas de matérias-
primas, como as minas de prata da Espanha. Também
forneceram uma grande massa de trabalhadores, ou
seja, de prisioneiros de guerra escravizados e de
provinciais desprovidos de direitos e submetidos a
impiedosa exploração. Abriram-se novos mercados
aos negociantes itálicos para as atividades comerciais
e empresariais, sem concorrência. A Segunda Guerra
Púnica, portanto, assumiu na história de Roma o papel
de marco inicial de um processo de transformação
social. No final da guerra, Roma transformara-se numa
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potência mediterrânea e adquirira um império. O


denário, a moeda de prata romana, tornou-se a moeda
circulante na Itália e nas províncias. Os romanos
podiam chamar o Mediterrâneo de mare nostrum
(nosso mar).

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