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Cinco

recomendações
para um portfólio
antiestresse

Spiti
Introdução:
Muito dinheiro foi feito
nas crises passadas
Talvez você já tenha se pegado olhando para o re-
torno de investidores em certos períodos da história
com admiração e uma certa dose de desânimo: onde
eu estava enquanto eles ganhavam tanto dinheiro?

Tenho essa sensação quando espio os ganhos excep-


cionais de alguns investidores profissionais em 2009.
Está certo que a essa altura eu cursava um mestrado
em Economia e só tinha uma bolsa de pesquisa de R$
1 mil para me virar. Agora, entretanto, que tenho re-
cursos em caixa, me pergunto sem parar, em meio ao
pânico dos mercados dos últimos dias, se talvez não
esteja perdendo a oportunidade que eles agarraram
lá atrás.

Quem em sã consciência, na sequência de presen-


ciar uma das maiores crises financeiras de que se
tem notícia, em 2008, com bancos gigantes levados
à bancarrota, teve coragem de se manter ou entrar na
Bolsa?

02.
A carioca Dynamo se manteve firme em seu famoso
fundo de ações Cougar. Quem entrou no fundo no pri-
meiro dia de 2009, no auge da decepção com a Bol-
sa, levou pra casa uma valorização de 82% no ano,
ou seja, quase dobrou seu capital. Quem entrou no
começo de 2008 e se manteve firme diante do preju-
ízo de 30% no ano, sem sacar, assistiu à recuperação
e fechou 2009 com retorno acumulado de 27%.

Quem investiu no pânico fez dinheiro. Quem ficou pa-


rado no pânico fez dinheiro. Só perdeu quem resga-
tou no pânico.

A Dynamo é o olimpo dos fundos de ações brasilei-


ros, diz você. Então vamos à Brasil Capital, que nas-
ceu em meio à crise de 2008, já com prejuízos, mas
foi às compras e fez 186% de ganho no ano seguinte.

Ou à IP, na época Investidor Profissional, que perdeu


41% em 2008 (você teria permanecido no fundo?) e
ganhou 87% já em 2009. Imagine a sensação do ci-
dadão que sacou em 2008, amargando o prejuízo, e
perdeu toda a recuperação?

Só mais um exemplo, eu juro, para não dizer que não


falei dos multimercados. Vejamos o fundo Verde, do

03.
renomado Luis Stuhlberger, que perdeu 6% em 2008
– e ganhou 50% em 2009.

A essa altura, posso adivinhar seu pensamento: o


ideal é resgatar à menor queda e investir imediata-
mente antes do começo da alta. Sim, mas se todos
tivéssemos bolas de cristal. Eu não tenho, você tem?
Não sabemos o ponto de inflexão.

Se tem algo que eu aprendi depois de alguns circuit


breakers – aquele intervalo de 30 minutos que nos
obriga a respirar quando a Bolsa cai mais de 10%,
dos quais fomos obrigados a nos lembrar nos últimos
dias – é que é impossível adivinhar o que vai aconte-
cer nos mercados.

Encontrei a solução para esse desconforto de não sa-


ber o que vai acontecer amanhã em três referências
que mantenho para meu portfólio de investimentos:
Daniel Kahneman, o psicólogo que ganhou um prê-
mio Nobel de Economia; David Swensen; o aloca-
dor da Universidade Yale que tem um dos portfólios
de longo prazo mais rentáveis do mundo; e Nassim
Taleb, o filósofo de poucos amigos que nos ensinou
que, sim, existem Cisnes Negros, como ele chama os
eventos inesperados e de alto impacto.

04.
Os três servem de fundamento às cinco recomenda-
ções que eu e minha equipe de analistas vamos dar
a você hoje, em meio ao caos que temos vivido nos
mercados. Não, não vamos ficar somente na teoria.
Quero que você termine este texto sabendo exata-
mente o que fazer com seu dinheiro. São sugestões
para hoje e para toda a sua vida de investidor.

Antes, entretanto, quero contar rapidamente a você,


sob o risco de ser reducionista, três lições que apren-
di com Kahneman, Taleb e Swensen, que espero po-
der ajudar você agora como me ajudam na minha vida
de investidora:

1. Kahneman:
Tendemos a achar que o caos
recente vai durar para sempre

Kahneman nos ensina, com base em uma série


de experimentos, que nosso cérebro sofre do
viés de disponibilidade: ele nos faz achar que o
que está disponível, fresco na mente, é um ris-
co mais relevante do que é para o futuro.

05.
É esse viés que faz evitarmos pegar um avião
quando houve um acidente recente, ainda que
ele não tenha afetado os riscos históricos de
queda, ele exemplifica. E é também o que nos
faz agir como se o risco de o coronavírus preju-
dicar os mercados no mês que vem é tão alto
quanto na semana passada. E é precisamente o
que faz termos dificuldade em comprar na bai-
xa ou, pior, nos faz vender na baixa – a queda
recente está muito fresca em nossas mentes.

Precisamos quebrar esse viés, ao nos pergun-


tar hoje: qual é a real chance de este caos durar
para sempre?

2. Taleb:
Cisnes Negros existem

Sim, precisamos preparar o portfólio para os


momentos ruins. Esse é o melhor ensinamento
para períodos de estresse como o recente. Uma
boa forma de fazê-lo é ter ativos descorrelacio-
nados na carteira, ou seja, que andam em sen-
tidos diferentes. Bons exemplos são o ouro e o
dólar, que se valorizam em momentos de crise.
Falaremos mais deles à frente.

06.
É tarde demais para construir a proteção? Não
se você investe para o longo prazo.

3. Swensen:
Tenha uma carteira diversificada

Depois de longos períodos de ganhos em ati-


vos de risco, como o recente, muita gente passa
a ver a diversificação como perda de dinheiro.
Perdi as contas do número de pessoas que, an-
tes do estresse recente na Bolsa, me disse que
ia investir só em ações.

David Swensen, o alocador da Universidade


Yale, é um dos maiores defensores de um port-
fólio para o longo prazo com uma grande va-
riedade de ativos, que se comportam de forma
diferente – renda fixa, empresas abertas e fe-
chadas, ativos reais, entre outros, de diferentes
países.

No universo dos fundos, ele defende, inclusive,


que invistamos mais nos gestores profissionais
que foram mal no último ciclo e retiremos um

07.
pouco dos que foram bem demais, no que nos
parece, no momento de fazer, totalmente con-
traintuitivo.

Estudos do passado mostram que definir per-


centuais para cada tipo de fundo e respeitá-los
aconteça o que acontecer é mais importante do
que escolher os fundos certos.

Dito isso, vamos entrar em nossas prometidas


recomendações de hoje. Para isso, contei com
o apoio da equipe de analistas da Spiti. Vamos
começar pelo equilíbrio do portfólio, seguir para
a Bolsa e a renda fixa, depois para os ativos glo-
bais e concluir com as proteções. Vamos comi-
go?

08.
Recomendação 1:
Não faça
movimentos
bruscos
por Luciana Seabra
A maior parte dos investidores em pânico com quem
conversei nos últimos dias se enquadrava em um tipo
específico: o dos que não deveriam fazer nada neste
momento. Alguns outros, entretanto, de fato exage-
raram na tomada de risco no período de alta dos mer-
cados – o mesmo viés de disponibilidade que nos faz
ver o risco maior depois de um estresse recente nos
leva a não enxergá-lo depois em tempos de otimismo.

Então, vou dividir em três minha recomendação de


hoje sobre o que fazer, mas que se resumem a: não
faça movimentos bruscos. Veja em qual você se en-
quadra a partir da observação do seu portfólio atual.

1. NÃO FAÇA NADA


se você tem um portfólio equilibrado
e não tem urgência para usar o dinheiro

Se você construiu um portfólio equilibrado, com di-


ferentes tipos de ativos, ao longo dos últimos anos,
esta é a hora de ter paciência.

Costumo dizer aos meus clientes que títulos públicos


e de crédito atrelados à Selic ou a um percentual do
CDI são ideais para o dinheiro que você vai precisar

10.
em até um ano e meio; multimercados e renda fixa
ativa são para aquele que pode ficar parado por pelo
menos dois a três anos; e ações, para o que tem hori-
zonte de três a cinco (ou mais).

Essa recomendação está ligada ao fato de que o mer-


cado passa por ciclos e que o ideal, ao investir seu
dinheiro em risco, é que você tenha tempo para espe-
rar uma fase ruim passar.

Eu não tenho ideia do que vai acontecer daqui a al-


gumas horas ou nos próximos três meses – pode ser
que os impactos do coronavírus sobre o crescimento
econômico global perdurem por um bom tempo. No
que eu consigo ter razoável convicção é que eles não
vão pesar sobre os mercados por anos.

Pelo menos até aqui, a história do mercado aconte-


ceu em ondas, em altas e baixas. Por que devo pen-
sar que seria diferente?

Ainda me lembro bem de pedir para os investidores


não realizarem o prejuízo no 18 de maio de 2017, o
circuit breaker mais recente da Bolsa até a crise re-
cente, ainda que eu tenha ficado uma noite inteira
sem dormir. O estresse do vazamento da gravação da

11.
conversa entre Joesley e Temer, em meio a um oti-
mismo exacerbado dos mercados, marca ainda hoje
os gráficos de muitos dos fundos de investimento
brasileiros com uma linha vertical. E me lembro bem
das teorias conspiratórias que surgiram ali. Passou.

Convido você a espiar o gráfico do Alaska Black, um


fundo que há mais de três anos recomendo como a
pimentinha do portfólio, e encontrar o 18 de maio
sem muito esforço.

O fundo de Henrique Bredda e Luiz Alves – um dos


maiores investidores individuais da Bolsa brasileira
– caiu 30% em um único dia, com posições em Bol-
sa, assim como alavancadas em juros e câmbio. Note
que a volta aconteceu na sequência.

Fonte: Quantum Axis e Spiti

12.
Sim, algumas pessoas sacaram desesperadas naque-
le dia, amargando o prejuízo. O que me segurou na-
quele momento? Os fundamentos que me levaram a
escolher o fundo antes: Luiz Alves é um investidor de
ações extremamente experiente, já passou por mui-
tas crises e estava ali, tranquilo, apenas lidando com
mais uma.

Estou certa de que você está olhando para a queda


mais recente do fundo, distribuída entre mais dias e
mais profunda do que a de maio de 2017 – dessa vez
o fundo está comprado em Bolsa, especial­mente ex-
portadoras e acabou de zerar uma posição alavanca-
da em real contra dólar. O que nos levaria a acreditar
que essa não é mais uma crise como tantas outras?

O estresse do Joesley Day passou rápido, vejamos a


crise financeira de 2008 e seu efeito sobre um dos
fundos de ações mais antigos do mercado, o da IP,
em verde-escuro, logo a seguir.

13.
Fonte: IP Participações e Spiti

Sim, a queda de 2008 assustou, mas veja que o mer-


cado também voltou. E, na trajetória de longo prazo
do fundo, uma das maiores crises da história virou
apenas um percalço.

14.
2. ENTRE
COMPRANDO
AOS POUCOS
se você ainda não tem Bolsa
ou tem pouco dinheiro em ações

Recebemos com muita frequência, de um ano para


cá, de pessoas que pensavam em começar a investir
em ativos de risco, a seguinte pergunta: “Mas agora
já não está caro demais?”. Os mesmos novatos agora
questionam: “Mas vou entrar no meio dessa queda?”.
Se é seu caso, reflita: não está bom caro, não está
bom barato… Assim nunca vai ter hora certa de entrar
na Bolsa.

É isso. Não tem hora certa. Defina seu percentual e


vá montando aos poucos faça chuva ou faça sol. Eu
gosto de ter de 20% a 30% em Bolsa, que vou cons-
truindo aos poucos, com entradas sempre, tomando
diferentes preços. Isso tem a ver com perfil de risco,
mas, 5% que seja, considero que qualquer investidor
deveria ter. Essa pode ser a melhor hora para come-
çar a montar essa fatia.

15.
Claro, pode cair muito ainda antes de voltar a subir.
Lembre-se, entretanto, que há empresas por trás das
ações – grandes em geral, no caso da Bolsa brasilei-
ra, já que é caro para uma companhia muito pequena
se listar. Ao menos uma boa parte delas vai sobrevi-
ver ou até sair mais forte do caos.

Lembre-se também de que os juros pós-fixados con-


tinuam baixos. E a tendência é para baixo, dado que
pode ser necessário mantê-los assim para estimular
uma economia prejudicada pela crise do coronavírus.
Ou seja, sua alternativa ao risco continuará sendo o
CDI, cada vez menos capaz de criar uma reserva sa-
tisfatória para o longo prazo.

A mesma estratégia – de comprar ações e outros ati-


vos de risco aos poucos – vale se você já tinha um
portfólio equilibrado. Se você carregava ouro e dó-
lar, por exemplo, como proteções, como costumo re-
comendar (falamos mais dessa estratégia à frente),
eles tiveram uma alta expressiva, enquanto sua fatia
em Bolsa encolhia. Essa é a hora de retirar o exces-
so desses ativos, que se valorizaram expressivamen-
te com o estresse, e redistribuir aos poucos entre os
ativos de risco, como Bolsa, multimercados e renda
fixa ativa, como vamos sugerir nas próximas páginas.

16.
3. REDUZA
AOS POUCOS
se você exagerou na última alta

Um dos vieses do investidor é exagerar no risco na


hora da alta. Se for o seu caso e tiver um horizonte de
investimentos razoável – ou seja, se não precisar do
dinheiro para amanhã, então, vá reduzindo aos pou-
cos o risco. Isso é o contrário de resgatar tudo no pior
dia dos mercados.

Faça um plano, veja de quanto dinheiro você real-


mente precisa para o curto prazo e vá reduzindo sua
posição em risco aos poucos.

17.
Recomendação 2:
Veja a Bolsa
com um olhar
de longo prazo
por Gustavo Almeida e Cristiane Fensterseifer
De tempos em tempos, uma nova crise aparece. Ela
não vem com data marcada nem com todos os in-
vestidores preparados para ela. E a verdade é que,
olhando em retrospectiva, crises fazem com que os
preços das ações voltem a patamares interessantes
para que os bons investidores possam se beneficiar
do processo de crescimento das empresas no longo
prazo.

O mercado nunca está preparado para uma crise e é


exatamente por isso que ela ocorre, gerando um exa-
gero na desvalorização dos ativos. E, se você estu-
dar o passado, vai ver que é no exagero de desvalori-
zação que a grande oportunidade aparece.

Foi assim nas crises passadas, como a asiática (1997),


a da Rússia (1998), a do câmbio flutuante (1999), a
do subprime (2008), a do Joesley Day (2017), ape-
nas para citar algumas que acometeram o mercado
brasileiro.

19.
Veja a seguir o gráfico do Ibovespa, índice que reúne
as principais ações de empresas negociadas na Bol-
sa brasileira. Nele destacamos as principais quedas
entre 1997 e 2020, marcadas por crises. Estamos na
oitava grande queda do período – em sete delas, o
recuo foi de mais de 40%.

Fonte: Bloomberg com análise Spiti

Todas essas crises foram provocadas por eventos


inesperados, fora do radar, assim como acontece
agora com o estresse despertado pelo espalhamento
do coronavírus pelo mundo e seus possíveis efeitos
sobre o crescimento da economia.

20.
Perceba, entretanto, que todas ficaram para trás. E
que, no longo prazo, o gráfico é ascendente. No grá-
fico a seguir, isso fica mais claro. Nele destacamos
os retornos dos movimentos pós-crise, em que foram
destravadas valorizações de 100%, 150%, 300% e
até 780%.

Fonte: Bloomberg com análise Spiti

O retorno costuma ser maior do que a queda? Sim.


Isso se explica porque as empresas listadas na Bol-
sa, em geral, estão entre as líderes de seus seto-
res e esse é precisamente o momento em que elas
mais conseguem crescer, já que são mais resilientes,

21.
já passaram por mais situações de estresse e estão
mais estruturadas para lidar com as crises e, depois
de um período desses, sofrem menos concorrência
no mercado.

Ou seja, para investidores de longo prazo e com es-


tômago, as crises podem ser grandes oportunidades.
Parece óbvio olhando para trás, mas, infelizmente,
esses são também momentos de dor para os inves-
tidores, especialmente – mas não somente – os ini-
ciantes e despreparados.

O discurso do “céu de brigadeiro” que se tem nas má-


ximas dá lugar rapidamente ao pessimismo e à incer-
teza, estimulando decisões erradas. Daí que vem o
mantra tão repetido por investidores profissionais:
“a pessoa física sempre entra nas máximas e sai nas
baixas”.

Ao longo de sua vida de investidor ou investidora,


muitas situações semelhantes vão surgir. O único
controle que você tem é sobre sua alocação. Cabe a
você, ao construir a sua carteira de ações, focar em
ter boas empresas, escolhidas criteriosamente, e en-
tender que é preciso dar tempo para que elas consi-
gam expandir o seu lucro.

22.
É inquestionável o fato de que, no longo prazo, a co-
tação das empresas na Bolsa acompanha a evolução
dos seus lucros.

Se uma empresa tem lucros crescentes e está expan-


dindo com sucesso suas atividades, em um mercado
promissor, as ações vão refletir isso em seus preços
em algum momento.

Observe a seguir, nestes exemplos de Lojas Renner,


Weg, Magazine Luiza e Ultrapar, como a linha verde,
dos preços em Bolsa, acompanha as barras de lucros
das empresas:

Fonte: Bloomberg com análise Spiti

23.
Ou seja, se você escolheu uma empresa fantástica,
que cresce, lucra, gera caixa, e tem um time de ges-
tão qualificado para que continue esse processo no
longo prazo, a queda das ações por um estresse de
mercado, como um vírus ou uma crise pontual, tor-
na-se uma oportunidade incrível de investimento,
e não de venda.

O tempo tende a trazer o retorno para o preço dos


ativos, e você vai se surpreender com o resultado que
vai acumular.

Nós, aqui na Spiti, já começamos a encontrar oportu-


nidades na Bolsa. Começamos por ações com carac-
terísticas mais defensivas, que podem funcionar até
mesmo como um amortecedor para as quedas. Como
uma cortesia para você, que está conhecendo nosso
trabalho hoje, vamos compartilhar uma recomenda-
ção que fizemos recentemente para os assinantes da
nossa série de Bolsa: Sanepar.

Nossa carteira já tinha uma empresa defensiva do


setor elétrico, a Cemig. E encontramos em meio à
queda de preços uma oportunidade para incluir mais
uma empresa do segmento de defensivas e boas pa-
gadoras de dividendos.

24.
Nos setores elétrico e de saneamento, as receitas
não variam tanto com os ciclos econômicos, e os pre-
ços e rentabilidade são regulados, com fluxo de caixa
mais estável e previsível. O fato de esse tipo de ação
em geral pagar mais dividendo garante ao investidor
retorno mesmo em períodos de quedas das ações.

Aliás, os retornos dos dividendos costumam ficar


ainda mais interessantes quando as ações têm uma
queda, já que, se o lucro não cair, a empresa vai pa-
gar o mesmo dividendo – e o investidor terá garantido
esse fluxo de renda por um preço menor, que é o que
acontece durante um período de quedas no mercado.

Não vamos nos aprofundar na tese de Sanepar hoje


porque não é o objetivo deste relatório, mas espera-
mos ter outras oportunidades de conversar com você
sobre esse tipo de joia da Bolsa. Lembre-se, porém:
para conseguir os benefícios da Bolsa apresentados
acima, você precisa conseguir lidar com a fase difícil
e manter o olhar de longo prazo. Sabemos que não é
fácil, mas é muito recompensador.

25.
Recomendação 3:
Volte a aproveitar
as oportunidades
na renda fixa
por Guilherme Cadonhotto
Quando uma crise recai sobre uma nação, ou até mes-
mo sobre o mundo, a maior parte das pessoas olha
para as ações, ainda que o número de investidores
em Bolsa seja significativamente menor do que em
ativos de renda fixa. Isso porque a renda é fixa, não
balança, certo? Errado!

Os títulos pós-fixados, indexados à Selic (como


aqueles que recheiam os fundos DI), não têm real-
mente risco de mercado relevante. Já os títulos pre-
fixados e indexados ao IPCA apresentam, sim, risco
de mercado e, pasmem, em alguns casos, ele é maior
do que o da Bolsa de Valores.

Quer um exemplo? No dia seguinte à delação do Joesley


Batista, tenho certeza de que você sabe que a Bolsa
foi muito mal. Mas você sabia que um título público
que centenas de milhares de pessoas têm em suas
carteiras apresentou uma oscilação negativa de mais

27.
de 20% no dia? Mais que o dobro da oscilação da
Bolsa no mesmo fatídico pregão.

Bem, normalmente, quando você observa uma forte


queda nas ações brasileiras, provavelmente a renda
fixa prefixada e indexada à inflação (que inclui os tí-
tulos Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+) também
está perdendo valor. Mas daí vem a boa notícia: ne-
les, assim como na Bolsa, a crise também abre oportu-
nidades.

Eu até estava bastante pessimista quanto à renda


fixa nos últimos meses: vinha recomendando aos
assinantes da minha série na Spiti que vendessem
os ativos prefixados que hoje têm na carteira. Eu me
preocupava com o fato de que, em praticamente todo
fim de ciclo de queda dos juros, o mercado subestima
a volta da atividade e da inflação, jogando as pers-
pectivas de alta de juros para prazos muito longos.
Ou seja, quem compra títulos prefixados no fim do
corte de juros em geral perde dinheiro.

O que aconteceu não foi a volta da atividade, mas no


fim das contas minha tese, de que o investimento
nesse tipo de ativo era assimétrico ao fim do ciclo –
tinha mais chance de perder do que de ganhar – se
efetivou com o estresse do coronavírus.

28.
Então, assim como a Bolsa, a renda fixa sofreu o seu
ajuste nos últimos dias.

Há poucos dias, as taxas de juros dos títulos públicos


Tesouro IPCA+ de longo prazo, como 2035, 2045 e
2050, estavam sendo negociadas entre 3% e 3,50%.
Alertei para o nível muito baixo das taxas desses ati-
vos, recomendando fortemente a venda, justamente
porque, nesses níveis de preço, havia pouco espaço
para ganhar e muito para perder caso algo desse er-
rado.

E deu.

Em uma semana, na última quinta-feira, os títulos Te-


souro IPCA+ de longo prazo já estavam sendo nego-
ciados com taxas entre 4,70% e 5,50%, uma piora
muito expressiva e brusca.

O Tesouro Nacional foi acionado para recomprar es-


ses ativos dos grandes fundos de investimento que
tiveram perdas significativas em seu patrimônio, re-
duzindo a posição desses gestores em ativos de risco.
É o famoso STOP: quando um gestor precisa reduzir
significativamente ou zerar suas posições porque o
cenário foi contrário às suas convicções.

29.
Pois bem, agora o exagero parece ter ocorrido para o
outro lado. E, neste momento, quem tem caixa pode
aproveitar algumas dessas oportunidades. É hora de
colocar o pé no lago e ver como está a temperatura
da água.

Para você ter uma ideia do tamanho da piora, veja o


gráfico a seguir:

Fonte: Bloomberg

30.
O gráfico mostra a taxa do título Tesouro IPCA+ 2050,
que vinha caindo com os ajustes para baixo nas ex-
pectativas para os juros, e voltou a trabalhar em níveis
próximos aos do Joesley Day – e também ao longo da
crise dos caminhoneiros, em 2017 e 2018 respecti-
vamente.

Faz algum sentido os juros voltarem a esses níveis


depois do tanto que avançamos nos deveres de casa
desde então, com a reforma da Previdência, juros in-
ternos mais baixos, além dos juros externos em pata-
mares menores também? Acredito que não.

Por isso, acabo de recomendar aos assinantes da mi-


nha série, até então com 80% alocados em títulos
pós-fixados sem risco de mercado, que adicionem à
carteira de renda fixa 10% de ativos indexados ao
IPCA de longo prazo.

O título escolhido é o Tesouro IPCA+ 2045 (que anda


muito próximo ao IPCA+ 2050, mas tem o retorno
potencializado por não contar com “vazamento” dos

31.
juros semestrais pagos pelo papel mais longo). Ele
está disponível na plataforma do Tesouro Direto e,
no momento que o recomendei, era negociado a uma
taxa de 4,78%.

É um tiro de curto prazo e não recomendo a qualquer


tipo de investidor – vou acompanhar de perto inclusi-
ve para indicar o momento de saída para os assinan-
tes da série. Hoje meu objetivo principal é mostrar a
você que, sim, surgem oportunidades também na
renda fixa em momentos de estresse. E que não, a
renda fixa não morreu, ao contrário do que dizem por aí.

Esse é um investimento para aquele dinheiro que


você sabe que não vai utilizar nos próximos meses.
Se não tem clareza de quando vai precisar desse re-
curso, é melhor não incluir esse título na sua carteira.

Isso porque ele pode ter grandes oscilações em seu


preço de mercado. Se de um dia para o outro você
precisar desse recurso, poderá vendê-lo em um mo-
mento desfavorável, deixando dinheiro na mesa ou
quem sabe até perdendo.

Outro ponto: a volatilidade vai ser grande nesse pa-


pel. Provavelmente vamos observar variações gran-

32.
des diariamente no preço desse ativo, altas e quedas.
Então quem entrar comigo nessa tem que ser adepto
a um pouco de risco na carteira e ter estômago para
aguentar possíveis perdas no curto prazo. O cenário
pode continuar piorando dado o elevado nível de in-
certezas – por esse motivo, restringi a exposição a
apenas 10% na carteira.

O mercado tem mudado tão rápido que me preocupa


que, no momento em que você esteja lendo este re-
latório, o nível de entrada para o título não esteja tão
interessante.

Por isso, caso esteja disposto a correr esse risco no
curto prazo em prol de ganhos no longo, minha re-
comendação é para comprar 5% da sua carteira de
renda fixa somente se os juros do título, no momento
de sua compra, estiverem acima da taxa de 4,70%. E
os outros 5%, a uma taxa superior a 4,90%.

Neste primeiro momento, vamos experimentar a


temperatura da água. Quem sabe em uma próxima
oportunidade vemos a profundidade do lago.

33.
Recomendação 4:
Não se
esqueça
do global
por Francine Balbina
Como a crise do coronavírus é global – e em muitos
países, no momento, pior do que no Brasil, você tal-
vez esteja se perguntando agora qual o sentido de di-
versificar globalmente em um momento como esses.
Eu vou contar a você.

Em primeiro lugar, vários estudos mostram que no


longo prazo a diversificação aumenta o retorno do
seu portfólio e reduz o risco. Veja abaixo o estudo rea-
lizado pela Morningstar que analisou três fatores:
retorno, perda máxima e volatilidade, ao longo de
cinco anos.

Nele fica claro que uma simples mistura de 50% de


S&P (índice composto pelas 500 maiores empresas
negociadas nas Bolsas americanas) com 50% de
Ibovespa (da Bolsa brasileira) é melhor do que ter as
duas isoladamente. A perda máxima cai para o menor
nível, 7,42%; o retorno vai para o maior patamar, de

35.
20,08%; e a volatilidade cai a 16,78%. E, sim, houve
alguns momentos de estresse, tanto nos EUA quanto
no Brasil, no caminho.

Fonte: Morningstar

Os gestores estrangeiros com os quais conversei nos


últimos dias são unânimes em defender que não de-
vemos nos desviar das nossas alocações estratégi-
cas de longo prazo – quando analisamos o desempe-
nho das Bolsas americanas em janelas de 5, 10 ou 20
anos, a média nunca foi negativa.

Além disso, historicamente, os momentos de crise


costumam trazer oportunidades de investimento na
Bolsa americana. O S&P 500 dá maior peso às em-
presas com maior capitalização de mercado. Sendo
assim, sempre aumenta a exposição às empresas

36.
com melhores perspectivas de negócios, enquanto
diminui às empresas com alguma piora.

Além disso, Bolsas estrangeiras podem oferecer


mais oportunidades do que a brasileira em setores
que tendem a se beneficiar da conjuntura atual. Bom
lembrar que o coronavírus tem feito muitas pessoas
ficarem em casa. Pense nas empresas de teleconfe-
rência, nas de videogame, nas que já têm um e-com-
merce bem desenvolvido…

Vou dar um exemplo de um fundo que tenho avaliado


para os assinantes da série de global da Spiti e que
poderia ganhar com um momento como este. Trata-
-se do AXA Framlington Digital Economy Advisory.

A gestora AXA IM tem R$ 4 trilhões sob gestão e é


um braço da AXA Insurance, uma das maiores corre-
toras do mundo. O fundo busca investir em empresas
de crescimento global que contribuam para a cadeia
de valor da economia digital (e-commerce). A equi-

37.
pe está atenta a um número crescente de novos seg-
mentos de negócio, como aplicativos, mídia social e
“economia compartilhada”.

Em minha conversa mais recente com a equipe da


gestora, eles ponderaram que as empresas de tecno-
logia não devem sofrer tanto no longo prazo. Inclusi-
ve na China, o primeiro foco do coronavírus, gigantes
como Alibaba e Tencent já têm se mostrado bastante
resilientes em suas atividades, com os consumidores
“presos” em casa – o tempo gasto com mídia digital
e videogames aumentou, assim como os pedidos on-
line.

Se quiser começar a colocar um pezinho no exterior


agora, recomendo focar nas áreas de maior dinamis-
mo e potencial de crescimento e com menor correla-
ção com o mercado brasileiro.

38.
Recomendação 5:
Se você não tem,
monte proteção
aos poucos
por Luciana Seabra e Carolina Oliveira
A maior parte dos ativos perde valor no momento de
estresse, mas existem alguns poucos que andam no
sentido contrário, ou seja, se valorizam. E um bom
portfólio de investimentos deve ter ao menos uma pi-
tada deles.

É o que Taleb chama de antifrágil, citando a Hidra


de Lerna, um monstro da mitologia grega que ganha
duas cabeças adicionais a cada vez que tem uma cor-
tada, ou seja, fica mais forte a cada golpe.

Costumamos chamar essa parte do portfólio de pro-


teção, já que ela amortece as perdas no restante da
carteira nos dias de maior aversão a risco. E tem uma
função muito interessante em momentos de crise: é
possível capturar o excesso de retorno nesse tipo de
ativo e realocar para o risco, potencializando o re-
torno na volta dos mercados.

40.
Aqui na Spiti recomendamos estruturalmente dedi-
car de 5% a 7,5% do seu portfólio às proteções, que
podem ser montadas de forma simples por meio de
investimentos em dólar e ouro, diretamente ou via
fundo.

Veja que impressionante, abaixo, o que aconteceu


com nossa recomendação de um fundo de ouro em
dólar. Enquanto o Ibovespa, representado na linha
cinza, caía neste ano 26%, o fundo do metal subia
27% (ou 3.430% do CDI para quem ainda gosta do
referencial das aplicações conservadoras).

Fonte: Quantum Axis e Spiti

41.
Ah, então você deveria ter colocado ou colocar tudo
em ouro? Claro que não, ou vai perder toda a valoriza-
ção em outros ativos de risco. Como os movimentos
em dias de estresse são muito relevantes, uma pe-
quena posição já ajuda a amortecer perdas.

Da mesma forma, os fundos cambiais sobem mais de


15% apenas de janeiro a março, na esteira da valori-
zação do dólar contra o real.

E, se você não tinha montado proteções em câmbio e


ouro antes da crise, o que fazer agora que os preços
já subiram muito? Como não sabemos o que have-
rá de estresse à frente (bom lembrar que neste ano
ainda tem eleições americanas), comece a montar já.
Faça, entretanto, isso aos poucos, aproveitando dias
de pequenas quedas no ouro e no dólar – que têm
acontecido com frequência – para adicionar mais um
pouco.

Para você que investe em multimercados e fundos de


ações, alguns gestores também montam proteções
por meio de opções, moedas fortes e ouro. Elas de-
fenderam bem, inclusive, alguns fundos nessa crise
do coronavírus. O Ibiuna Hedge STH, da dupla Ro-

42.
drigo Azevedo e Mário Torós, por exemplo, ganhou di-
nheiro com ouro, além de uma posição que aposta em
políticas monetárias expansionistas no mundo, para
fazer frente ao coronavírus. A Adam ganhou, além de
com outras, com a posição em dólar contra real.

De forma geral, inclusive, muitos multimercados que


vinham no fim dos rankings de rentabilidade há al-
guns meses, dada uma postura mais defensiva do
portfólio, passaram para as primeiras posições – nos
lembrando de que é sempre bom ter visões diferen-
tes dentro da carteira.

E aqui trazemos a última recomendação do dia: a


única certeza que temos sobre todas as últimas cri-
ses é que elas passaram. Esta também vai passar
um dia. Eduque-se agora para não ceder à tentação,
na próxima fase de euforia, de concentrar todas as
fichas nas apostas de risco.

43.
Para encerrar,
quem é a Spiti?
Hoje inverti a ordem, dada a urgência do assunto,
mas encerro me apresentando. Se você ainda não
nos conhece, sou a Luciana Seabra e misturei duas
formações, em Comunicação e Economia, com o
propósito de ajudar pessoas comuns a investir melhor.
Sou analista CNPI e planejadora certificada CFP®.

Reuni 25 pessoas em torno do mesmo propósito


para construir juntas, começando em setembro de
2019, uma casa de análise regulada pela Comissão
de Valores Mobiliários (CVM), cujo objetivo é fazer
recomendações de investimentos com alto potencial
de acerto para você, na sua língua, seja você quem
for.

44.
O nome dela é Spiti, casa em grego – porque
investimento não é nada de outro mundo, mas, sim,
algo que se discute de forma cotidiana, caseira,
próxima.

Uma condição é decisiva para nós: eu e minha equipe


temos independência total para recomendar apenas
os produtos em que acreditamos, seja qual for a
gestora ou corretora. Você vai ver essa independência
ao acompanhar nosso trabalho.

É isso que fazemos aqui na Spiti. Ao receber este


nosso presente, você passa a fazer parte do grupo
seleto de pessoas que têm acesso a orientações de
investimento de alto nível e em bom português.

Somos independentes porque quem paga pelo meu


trabalho e de minha equipe é quem assina nossas
publicações. Jamais somos comissionados pelos
produtos que recomendamos.

Você não pagou nada por este relatório – ele é uma


amostra grátis para você conhecer nosso trabalho. E
também não vai pagar nada pelas newsletters que vai

45.
receber no seu e-mail a partir de hoje. Queremos que
você conheça de perto o nosso trabalho e decida se
quer assinar nossa série de relatórios mais à frente.

Até mais!

Um abraço,
Luciana Seabra
e equipe

Analista responsável: Luciana Seabra

46.
Luciana Seabra é CEO da Spiti, CFP® (planejadora financeira cer-
tificada), analista CNPI, jornalista e mestre em Economia. Escre-
veu para o Valor Econômico e foi sócia da Empiricus. Especialista
em fundos de investimento, publicou o livro Conversas com ges-
tores de ações brasileiros, editado pela Companhia das Letras.
Foi premiada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pelo
seu trabalho de educação ao investidor.

Carolina Oliveira é especialista em fundos de investimento da


Spiti, mestre em Economia Empresarial e bacharel em Econo-
mia. Atuou nas áreas de investimentos de fundos de pensão por
quase uma década. Acredita que os investimentos foram feitos
para beneficiar aquele que investe e que o pequeno investidor
deveria ser capaz de conseguir investir sem firulas e com o cali-
bre de um investidor grande. É por essa causa que está disposta
a advogar.

Gustavo Almeida é analista em Bolsa de Valores da Spiti, eco-


nomista comportamental e tem mais de 15 anos de experiência
como investidor e trader na Bolsa de Valores. Tem como missão
traduzir a complexidade do mercado e fazer com que qualquer
pessoa possa, sem medo, tomar decisões de investimentos em
ações. Atuou na XP Investimentos bem no início de sua história e
agora está comprometido a trazer todo o seu conhecimento para
construir um novo legado para investidores na Bolsa.

47.
Cristiane Fensterseifer é analista de ações da Spiti. Analista de
investimentos há mais de 15 anos, é formada em Administração
de Empresas e Contabilidade pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul. Trabalhou em bancos de investimentos e correto-
ras de valores desde os 19 anos. Hoje, tem como missão permitir
que todos consigam investir de forma inteligente e conquistem
uma melhor qualidade de vida futura com isso. E, claro, também
mostrar que investir em ações pode ser muito simples, por isso
quer desmistificar risco e medo em relação ao mercado que tan-
to existe por aí.

Francine Balbina é especialista em investimentos globais da


Spiti, formada em Relações Internacionais e pós-graduada
em Consultoria Empresarial. Tem 15 anos de experiência em
prestação de serviços de governança e compliance para gestores
de investimentos independentes, assets, bancos, family offices
e investidores institucionais globais. A expertise adquirida nos
anos em que viveu nas Ilhas Cayman e em Nova York, bem como
sua atuação na Irlanda, Luxemburgo, Londres, EUA, Hong Kong
e Cayman são sua fonte de inspiração para trazer conteúdo que
cobre todo o mercado financeiro internacional.

Guilherme Cadanhotto é especialista em renda fixa da Spiti,


técnico em Admi- nistração de Empresas e bacharel em Econo-
mia. Atuou na mesa de operações como trader de renda fixa na
SulAmérica Investimentos e como analista de investimentos na
asset da Porto Seguro. Acredita que simplicidade e bom humor,
sempre presentes em suas publicações e vídeos, são essenciais
para tornar a informação e a compreensão dos conteúdos de in-
vestimentos mais acessíveis a todos.

48.
invistaspiti.com.br

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previstas na Instrução CVM nº 598, de 3 de maio de 2018, tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar
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podem não ser adequados para todos os tipos de investidor. Antes de qualquer decisão, os assinantes deverão realizar
o processo de suitability e confirmar se os produtos apresentados são indicados para o seu perfil de investidor. Este
material não sugere qualquer alteração de carteira, mas somente orientação sobre produtos adequados a determinado
perfil de investidor. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço ou valor pode
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resultados futuros. As informações presentes neste material são baseadas em simulações e os resultados reais poderão
ser significativamente diferentes. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da
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