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Que o ano de 2007 foi muito bom para o mercado de TI, já sabemos. Também sabemos que o
mercado de TI cresce como conseqüência do maior volume de negócios e de investimentos em
infra-estrutura e em sistemas de informação. Os fornecedores de TI tiveram suas agendas
lotadas no ano que passou.
Outro exemplo são os dados levantados pela central de inteligência da Intel, ratificados pela
IDC, onde apontou que o Brasil caminha para a 3º. posição no ranking mundial de PCs. Mas
indo além dos PCs, grandes projetos de TI, como a implantação de sistemas de informação,
não duram menos que seis meses, quando não ultrapassam anos.
Ou seja, muito do que foi investido em 2007 será colocado a prova em 2008. Para delimitar
ainda mais a discussão, não vamos falar de retorno financeiro do investimento, pois é quase
impossível mensurar o retorno que a TI traz na sua totalidade. Como disse Nicholas Carr na
Harvard Business Review, a TI virou commodity, mas não em um sentido pejorativo, mas sim
de que a TI é como o trilho do trem ou a energia elétrica. Não se mede o retorno financeiro
que o trilho ou a energia trazem, são necessários e ponto final. Sem o trilho o trem não
passa, sem energia as máquinas não funcionam, ou seja, sem TI a sua empresa não é
competitiva.
É evidente que a resposta para essa pergunta é única e exclusiva de cada organização, cabe a
cada uma se questionar (periodicamente!), mas cabe também aos decisores das organizações
se questionarem sobre qual é o seu perfil em relação a tecnologia. Uma auto-avaliação, ou
talvez uma auto-crítica, algo muito saudável.
Os tecnófilos, por sua vez, acreditam que os recursos da técnica e da tecnologia são os
principais deflagradores do avanço da humanidade. Dizem, por exemplo, que o ciberespaço é
uma nova e a melhor forma de comunicação e distribuição do conhecimento. Seus adeptos
pouco problematizam o capitalismo financeiro e se integram sem qualquer dificuldade a ele e
as suas demandas ideológicas.
Como sugestão final, coloco que para encontramos a melhor opção tecnológica para nossos
processos organizacionais, devemos rejeitar a tecnofilia e a tecnofobia, optando por
alternativas que levem a discussão para outras searas mais planas e translúcidas.