Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Resumo
O Ensino a Distância já é uma realidade, as discussões agora devem estar pautadas
em aspectos que visem alcançar novos patamares de qualidade. Este artigo se
apóia numa discussão sobre Ambientes Virtuais de Aprendizagem e a tecnologia
Mass Customization. A proposta remete a análise do uso dessa tecnologia em
AVAs, analisando e criticando artigos relacionados. A proposta da personalização
em massa está diretamente relacionada a promoção da autonomia do aluno, pois
precisam ter acesso à informação relevante e personalizada em seu contexto. A
personalização em massa é um recurso muito válido para tornar veloz e simples o
acesso à informação.
Palavras-chave: Personalização em Massa, AVA, Ensino a Distância
Abstract
Distance Learning already is a reality, the quarrels now must be guide in aspects that
they aim at to reach new platforms of quality. This article is supported in a quarrel on
Virtual Environments of Learning and the technology Mass Customization. The
proposal sends the analysis of the use of this technology in VLEs, analyzing and
criticizing related articles. The proposal of the mass customization directly is related
the promotion of the autonomy of the pupil, therefore they need to have access to the
excellent and personalized information in its context. The mass customization is a
very valid resource to become quick and simple the access the information.
Key-words: Mass Customization, VLE, Distance Learning
1
Artigo baseado em: PERETTI, A. P.. POJAVA: Ambiente virtual de aprendizagem para web 2.0.
2008. Dissertação (Mestrado Profissional em Tecnologias da Informação e Comunicação na formação
em EaD) - Universidade Norte do Paraná, Universidade Federal do Ceará, 2006.
1 Introdução
2 Desenvolvimento
2
Licenças de uso: A forma em que um programa pode ser usado, se deve pagar para ter o direito de
usá-lo, se pode usá-lo gratuitamente e se tem direito total sobre ele, podendo modificá-lo e vendê-lo
se desejar, apenas com restrições quanto ao uso de marcas (o sistema operacional Linux e o
navegador Firefox fazem parte desse grupo) (WIKIPEDIA, 2007).
3
Código-fonte: Código fonte é o conjunto de palavras escritas de forma ordenada, contendo
instruções em uma das linguagens de programação existentes no mercado, de maneira lógica
(WIKIPEDIA, 2007).
Para Almeida (2003) os AVA são softwares que facilitam a disponibilização
de conteúdos, permitindo a colaboração e a comunicação entre o corpo docente e
discente. Geralmente são espaços fechados em que os usuários se cadastram e
tem acesso ao seu conteúdo apenas com autorização por login e senha. Podem ser
utilizados como base para cursos a distância on-line, como apoio nas atividades
presenciais, permitindo expandir as interações da aula e suporte à atividades de
formação semi-presencial nas quais o ambiente digital poderá ser utilizado tanto nas
ações presenciais como nas atividades a distância.
Os ambientes virtuais de aprendizagem também são conhecidos como
plataformas LMS – Learning Management System. Segundo Mendonça; Maia e
Leite (2005), tem como principal objetivo simplificar a administração dos cursos,
auxiliar os alunos no planejamento individual de seus processos de aprendizagem, e
permitir que os mesmos colaborem entre si através da troca de informações e
conhecimentos. Para os supervisores e administradores, o sistema faz o
rastreamento de dados, disponibiliza informações, auxilia na análise e gera relatórios
sobre o progresso dos participantes
Conforme já afirmado, um dos aspectos relevantes e abordados no presente
trabalho diz respeito aos Ambientes Virtuais de Aprendizagem, que segundo Vieira e
Luciano (2006) são cenários que envolvem interfaces instrucionais para a interação
de aprendizes. Incluem ferramentas para atuação autônoma e automonitorada,
oferecendo recursos para aprendizagem coletiva e individual. O foco desse
ambiente é a aprendizagem. Não é suficiente escrever páginas, é preciso programar
interações, reflexões e o estabelecimento de relações que conduzam a reconstrução
de conceitos.
Mendes Neto e Brasileiro (2002) utilizam ainda outra nomenclatura para os
Ambientes Virtuais de Aprendizagem, chamando-os de Ambientes de Aprendizagem
Suportados pela Web (AASW), sendo aqueles que utilizam os recursos da Web,
através de ferramentas apropriadas, para permitir a realização de atividades de
aprendizagem, de modo que os alunos adquiram, ao final destas, pelo menos os
mesmos conhecimentos obtidos no ensino presencial. O mesmo autor complementa
dizendo que, no entanto, agregar ferramentas que exploram os recursos da Web em
um espaço único é apenas um pré-requisito para criar AASW.
Para traçar um rápido panorama da evolução dos AVAs, é possível dizer que
sua trajetória possui relação direta com a evolução das aplicações web de forma
geral. Atualmente utiliza-se o termo web 2.0 para definir as novas e modernas
aplicações web, ou seja, aquelas que proporcionam uma rica experiência ao usuário,
normalmente tiram partido da inteligência coletiva e enxerga o usuário como parte
integrante do sistema, muitas vezes até como o principal criador da informação.
Exemplos dessa nova onda são aplicações como o Orkut, YouTube, MySpace, entre
outras.
Seguindo esse mesmo conceito, mas em relação aos AVAs, num primeiro
momento foram desenvolvidos ambientes estáticos, onde a web era basicamente
um repositório de dados e informações, como textos e tutoriais previamente
definidos pelos professores e instituição de ensino. Ambientes com muito pouca ou
nenhuma possibilidade interação e personalização por nenhum envolvido (professor,
tutor, aluno, administrador do ambiente). Nesses ambientes as atualizações
normalmente eram centralizadas com o pessoal da área de tecnologia de
informação.
Passado essa primeira fase começaram a ser desenvolvidos ambientes que
podiam ser customizados pelos administradores do ambiente, algumas vezes
conhecido como webmasters, de acordo com a realidade de cada instituição e nível
de ensino, ou seja, ambientes parametrizáveis. As adequações para cada cenário
educacional poderiam ser realizadas sem a intervenção de um técnico programador,
por exemplo. Em outra etapa dessa constante evolução os professores agora
contavam com possibilidades de customizar o AVA com conteúdos e interações de
acordo com sua disciplina e metodologia, ganharam mais domínio sobre o AVA e
puderem adaptá-lo às suas disciplinas na medida do possível.
No cenário atual de evolução, quem ganha um maior domínio são os
usuários, mas ainda são raros os ambientes que contemplem uma customização
sob demanda, ou seja, de uma forma intuitiva e simples onde cada aluno possa
customizar seu ambiente de acordo com seus desejos e necessidades, inclusive
contemplando as fontes de informação que desejar, mesmo aquelas não disponíveis
dentro do ambiente ou da instituição. Atualmente existem algumas iniciativas ainda
incipientes de customização, como o Planeta Rooda que possibilita ao aluno
customizar somente partes da interface gráfica como o fundo e a cor apenas.
Um AVA deve possibilitar aos professores e a comunidade acadêmica ao
seu entorno a utilização dos mais variados materiais através de atividades
cooperativas, em diferentes contextos tempo/espaço (síncrono, assíncrono,
distribuído ou não) utilizando-se de uma arquitetura de conceitos que tem como
referência tanto o trabalho em grupo como a autonomia do aluno na busca pela
solução de problemas.
Uma característica marcante e já citada na modalidade EaD é a busca pelo
conhecimento de forma autônoma por aqueles que dela participam. Sendo assim, os
AVAs são ferramentas essenciais na construção desses conhecimentos, por
possibilitar ou complementar o aprendizado, e também funcionam como principal elo
entre os mediadores (tutores e professores) e o aluno.
Com isso, verifica-se que um AVA além de fornecer informação para o
processo de construção do conhecimento, também propiciam ao usuário que o
utiliza, a possibilidade de interagir e não só receber, mas também contribuir com
novas informações. Dillenbourg (2003 apud COSTA; FRANCO (2006) salienta uma
característica peculiar de ambientes virtuais, em função das particularidades da
Internet. Segundo ele, os estudantes não estão restritos a consultar as informações
da rede, eles se tornam produtores da informação, participantes do jogo. Porém,
característica essa pouco explorada atualmente e motivo de estudo no presente
trabalho, pois a arquitetura a ser proposta tem como premissa básica incentivar e
promover a autonomia do aluno, provendo também ferramentas específicas para tal
papel.
Lévy (2006) afirma que o que deve ser aprendido não pode mais ser
planejado, nem precisamente definido de maneira antecipada. O mesmo autor
continua dizendo que os percursos e os perfis de competência são, todos eles,
singulares e está cada vez menos possível canalizar-se em programas ou currículos
que sejam válidos para todo o mundo. Pressuposto esse que objetiva-se contribuir
para a arquitetura do AVA proposto ao final desse trabalho.
Sendo assim, é importante salientar que a aprendizagem por meio dos AVAs
necessita que o ambiente tenha uma interface amigável, seja baseada em um
estudo de navegabilidade e usabilidade, tenha um design adequado contemplando
tais itens e possua mecanismos de ajuda ao usuário, dentre outros critérios técnicos,
sempre orquestrados ao projeto pedagógico do curso. Uma de suas maiores
características é a utilização conjunta das diferentes mídias para chamar ainda mais
a atenção do usuário. Instigá-lo é a palavra-chave, reconhecendo que no EaD o
aluno tem um papel mais importante no processo de ensino e aprendizado e na
construção do seu conhecimento, e vendo a mediação no mesmo patamar de
importância. O que pode ser complementado por Vieira e Luciano (2006, p.2):
O mesmo autor complementa dizendo que sabemos que não estamos diante
de nenhuma revolução, mas apenas de uma estratégia de marketing, já apelidada
de “personalização em massa”. A promessa é certamente sedutora: produtos únicos,
personalizados. Na verdade, trata-se apenas de um engenhoso esquema de venda
direta ao consumidor acompanhado de um cuidadoso estudo estatístico. A educação
conheceu, no passado, um processo semelhante àquele das calças jeans: a
massificação. Agora, as ditas “novas tecnologias” prometem igualá-la em status às
Levi’s (BLIKSTEIN & ZUFFO, 2003)
De acordo com Rosenberg (2002), uma das principais evoluções em relação
a ambientes de e-learning empresariais, como portais corporativos sobre uma
intranet, diz respeito à capacidade de personalizar o site para atender as
necessidades de informação do usuário. Portanto, de certa maneira, esses
ambientes oferecem oportunidades para os usuários individuais formarem estruturas
básicas de gerenciamento do conhecimento, com base em seus interesses.
O mesmo autor complementa dizendo que estes novos recursos permitem
que os usuários personalizem todo o portal ou parte dele, para atender a suas
necessidades e interesses. Isso permite que os usuários especifiquem links e
conteúdos que sejam importantes para eles e, ao mesmo tempo, que as
organizações “empurrem” conteúdo organizacional obrigatório para o site. Esse
equilíbrio e flexibilidade são quase sempre bem recebidos pelos usuários.
(ROSENBERG, 2002).
É possível, e necessário, relacionar essa possibilidade de personalização no
ambiente virtual de aprendizagem com iniciativas de personalização do processo de
ensino, conforme Sancho (1998, p.185)
Conclusão
Referencias
ABREU, B.L.; JUNIOR, C.R.; SOUZA, F.F. SEI: Sistema de Ensino Inteligente.
Disponível em:
<http://www.cin.ufpe.br/~crsj/Ini_Cientifica/artigosSei/REICABRIL2002/SEI-
SistemadeEnsinoInteligente.pdf>. Acesso em 10 mar. de 2007.
SANCHO, J.M. Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre: ArtMed, 1998.
______; PONS, J. P. Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre, ArtMed, 1998.