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ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

CONSULTORIA-GERAL DA UNIÃO
DEPARTAMENTO DE COORDENAÇÃO E ORIENTAÇÃO DE ÓRGÃOS JURÍDICOS

PARECER n. 00037/2019/DECOR/CGU/AGU

NUP: 58000.009662/2016-09
INTERESSADOS: SECRETARIA NACIONAL DE ESPORTE EDUCAÇÃO LAZER E INCLUSÃO SOCIAL-
SNELIS
ASSUNTOS: ATIVIDADE MEIO

EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. DESTINAÇÃO DE BENS


REMANESCENTES DE CONVÊNIO. OMISSÃO DA DESTINAÇÃO DOS BENS NO INSTRUMENTO
DE CONVÊNIO. ANÁLISE JURÍDICA.
a) Os bens móveis remanescentes, cuja titularidade já tenha sido definida como de
titularidade da entidade convenente, não estão sujeitos ao regime de alienação ou doação
pertinente a um bem público, embora o instrumento convenial possa determinar limitações
ou destinações específicas em sua utilização.
b) Na omissão de destinação expressa, no instrumento convenial, para os bens
remanescentes, sua titularidade, em princípio, deve ser estabelecida em favor do
convenente, conforme a regra prevista no artigo 25 da Portaria Interministerial nº 424, de
30 de dezembro 2016.
c) A posterior doação dos bens remanescentes de convênio destinados ao órgão público
concedente submete-se à aplicação das regras do Decreto Federal nº 9.373, de 11 de maio
de 2018.

Exmo. Sr. Coordenador-Geral,

1. DO RELATÓRIO

1. Trata-se de análise, encaminhada a este Departamento após solicitação com base no art.
12 do Ato Regimental nº 1, de 22 de março de 2019. O objeto da análise é, em breve síntese, a
divergência de entendimentos entre as consultorias jurídicas do Ministério do Esporte e dos Ministérios
das minas e Energia e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, acerca da destinação de Bens
móveis remanescentes de convênios que não contêm cláusula que preveja solução expressa.

2. A Consultoria Jurídica do Ministério do Esporte - CONJUR-ME/CGU/AGU, através do PARECER


Nº 149/2016 (e do PARECER Nº 191/2013), exarou o entendimento de que os bens remanescentes de
convênios, nos quais a União figura como concedente, adquiridos com recursos públicos federais, só
poderiam ser doados ao convenente se, mesmo que atendidas as exigências previstas no art. 17, II, ‘a’,
da Lei nº 8.666/93:

i). Houvesse previsão no próprio convênio de que a propriedade dos bens adquiridos com
os recursos repassados seria do convenente;
ii). Em que pese omisso o instrumento quanto à possibilidade supracitada, se o convenente
fosse Estado, Distrito Federal ou Município e o bem fosse considerado antieconômico ou
necessário à continuação do programa governamental objeto do convênio, mesmo após
sua extinção; ou
iii). Embora omisso quanto à previsão da destinação ou a entidade convenente não fosse
integrante da Administração Pública de qualquer das esferas da Federação, se o bem fosse
considerado antieconômico ou irrecuperável nos termos do art. 15, II e III, do Decreto nº
99.658/1990, e o possível donatário pudesse ser qualificado como instituição filantrópica,
assim reconhecida de utilidade pública pelo governo federal ou como organização da
sociedade civil de interesse público – OSCIP.

3. Além disso, a CONJUR-ME (PARECER Nº 149/2016) também abordou a hipótese de doação,


no contexto de Acordo de Cooperação com Organização da Sociedade Civil, admitindo-a desde que
precedido de chamamento público, consoante previsto no art. 29, da Lei nº 13.019, de 2014 e do
Decreto nº 8.726, de 2016.

4. Por sua vez, a Consultoria Jurídica do Ministério das Minas e Energia – CONJUR-
MME/CGU/AGU, no PARECER Nº 0462/2015, manifestou-se no sentido de que o Decreto nº 99.658/1990
teria sido omisso quanto à doação de bens remanescentes dos convênios a entidades privadas sem fins
lucrativos. Diante disso, tal possibilidade teria fundamento nos termos do § 2º, do art. 41 da Portaria
Interministerial MP/MF/CGU nº 507, de 2011, e do julgado do Tribunal de Contas da União (Decisão nº
492/2002-Primeira Turma), desde que atendidas as exigências do art. 17, II, da Lei nº 8.666, de 1993:

Todavia, conforme já exposto acima, no Convênio nº 023/2016/MME/FUNARBE,


especialmente na Cláusula OITAVA desse ajuste, nenhum critério encontra-se estabelecido
quanto aos bens remanescentes. Considerando, no entanto, que o Convênio foi celebrado
em 2004, portanto anterior a parte da legislação acima transcrita, e ainda, com base em
precedente do TCU igualmente transcrito (Decisão nº 492/2002-Primeira Câmara), mesmo
não havendo cláusula obrigatória constante do termo de convênio que estipule o destino
dos bens remanescentes, ainda, assim, estes poderão ser doados desde que atendidos os
requisitos para doação a seguir delineados ou seja, (i) Existência de interesse público
devidamente justificado; (ii) Avaliação prévia dos bens a serem doados; (iii) Que os bens
doados atendam a fins e uso de interesse social; (iv) Que tal medida só ocorra após
avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômicas com relação a outras
formas de alienação.

5. Nesse Diapasão, a Consultoria Jurídica do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e


Comunicações – CONJUR-MCTIC/CGU/AGU no âmbito do PARECER Nº 445/2016, acatou as conclusões
exaradas no PARECER Nº 0462/2015, argumentando que a restrição acerca da possibilidade de doação
de bens remanescentes de convênios a Estados, Distrito Federal e Municípios seria inerente a uma
interpretação equivocada do inciso IV, do art. 15, do Decreto nº 99.658, de 1990, uma vez que o art. 17
da Lei nº 8.666/93 não vedou a circunstância que o donatário fosse organização privada não
governamental. Porquanto, tal premissa seria oriunda da ideia, prevalente no ordenamento jurídico até
meados da década de 1990, segundo a qual os convênios só poderiam ser celebrados entre entes
governamentais.

6. Diante dessa controvérsia, a Câmara Regional de Uniformização de Entendimentos


Consultivos da 4ª Região – CRU-4ª Região, discutiu a questão em duas oportunidades (na 3ª Reunião
Ordinária da CRU-4ª Região, realizada em 25 de outubro de 2017 e 1ª Sessão Ordinária da CRU-4ª
Região, realizada em 1º de agosto de 2018), chegando ao seguinte entendimento:

ATA DA 3ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE


ENTENDIMENTOS CONSULTIVOS DA 4ª REGIÃO, REALIZADA EM 25 DE OUTUBRO
DE 2017
[...]
V – Após, o Presidente deu continuidade ao debate entre os membros sobre o relatório de
sua autoria, referente ao NUP 58000.009662/2016-09, que trata sobre “doação de bens
móveis remanescentes de convênios que não contêm cláusula que preveja a propriedade
do convenente”. Os membros aprovaram o relatório, que deverá servir de base para a
elaboração do parecer, com os seguintes ajustes: i) a fundamentação da resposta ao
quesito D em relação à data de edição do decreto que modificou a redação do Decreto nº
99.658, de 1990, deve ser incorporada à argumentação de resposta ao quesito B; ii) deve
ser feita ressalva expressa de que não será abordada a interpretação nem a aplicação da
Lei nº 13.019, de 2014, por não ser objeto da divergência; iii) deve ser feita ressalva de que
o https://sapiens.agu.gov.br/documento/88966318 1 de 3 29/12/2017 18:28 parecer só
aborda a situação jurídica decorrente de convênios omissos em relação à destinação dos
bens remanescentes. O relator apresentará minuta do parecer para apreciação dos
membros. Após aprovação da minuta, ocorrerá sua juntada no NUP em questão.
ATA DA 1ª SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE
ENTENDIMENTOS CONSULTIVOS DA 4ª REGIÃO, REALIZADA EM 1º DE AGOSTO DE
2018
[...]
III - Em seguida, passou-se a palavra ao Dr. Rafael Magalhães Furtado, relator ad hoc do
NUP 58000.009662/2016-09, que fez uma explanação da minuta do parecer da divergência
que trata sobre “Doação de Bens móveis remanescentes de convênios que não contêm
cláusula que preveja a propriedade do convenente – Divergência de entendimentos das
CONJUR/ME, CONJUR/MME e da CONJUR/MCTIC”.
Houve debate entre os membros, os quais apresentaram suas opiniões com relação ao
tema, sugerindo que fossem realizados alguns ajustes na minuta do parecer, de forma que
a minuta seja adequada de acordo com o Decreto nº 9.373, de 11 de maio de 2018 que
revogou o Decreto nº 99.658 de 30 de outubro de 1990. Após a realização dos ajustes
sugeridos, a versão final será encaminhada aos membros para conhecimento e aprovação,
e posterior juntada aos autos

7. Após, foi apresentada a minuta de Parecer da CRU-4ª Região/CGU/AGU (com as alterações


sugeridas), com as seguintes conclusões:

35. Ante o exposto, entende-se que os bens remanescentes de convênios, nos quais a
União Federal é concedente, e que não prevejam a destinação destes, após a execução do
ajuste, não podem ser doados às organizações da sociedade civil, consoante previsto no
inciso IV, do art. 15, do Decreto nº 99.658, de 1990 c/c a alínea ‘a’, do inciso II, do art. 17,
da Lei nº 8.666, de 1993;
36. Atualmente, a doação de bens móveis pela administração pública federal é regida pelo
Decreto nº 9.373, de 2018, que revogou o Decreto nº 99.658, de 1990. Segundo a norma
em vigor, o regime jurídico aplicável à doação de bens móveis não se altera em função de
terem sido adquiridos ou não por meio de convênio. Assim:
a. se destinados à execução descentralizada de programa federal poderão ser doados à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios e às suas autarquias e fundações
públicas e aos consórcios intermunicipais, para exclusiva utilização pelo órgão ou entidade
executor do programa, conforme preconiza o art. 12 do Decreto nº 9.373, de 2018;
b. se considerados ociosos, recuperáveis, antieconômicos ou irrecuperáveis deverão
observar a respectiva classificação e as limitações impostas a cada pessoa jurídica, na
forma do art. 8º do Decreto nº 9.373, de 2018.

8. Por fim, tendo em vista o Ato Regimental nº 1, de 22 de março de 2018, este Departamento
(DECOR) solicitou que alguns processos pendentes da CRU-4ª Região fossem encaminhados à CGU,
dentre eles o presente processo.

ATO REGIMENTAL Nº 1, DE 22 DE MARÇO DE 2018


Art. 12. Na data da entrada em vigor deste Ato Regimental devem ser encaminhados para
distribuição, análise e manifestação da Consultoria-Geral da União os processos pendentes
de apreciação e deliberação com base no Capítulo I do Ato Regimental nº 1, de 4 de
fevereiro de 2016. Devem ser apreciados pela Consultoria-Geral da União eventuais pedidos
de revogação, revisão ou esclarecimento acerca de manifestações jurídicas e orientações
normativas emitidas com fundamento no Capítulo I do Ato Regimental nº 1, de 2016.

9. É o breve relatório do processo.

2. ANÁLISE JURÍDICA

10. Conforme se verifica, o questionamento da presente análise gira em torno da destinação de


bens móveis remanescentes de convênios que não contêm cláusula que preveja a destinação daqueles.

11. De acordo com a entendimento exarado pela CONJUR-ME/CGU/AGU, tem-se que:

I) CENÁRIO 1: Em se tratando de pretensão de doação de bens móveis enquadrados como


antieconômico ou irrecuperável, mostra-se necessário o atendimento dos seguintes
requisitos essenciais: (i) demonstração do interesse público; (ii) avaliação prévia dos bens
devidamente atualizada; (iii) avaliação da oportunidade e conveniência socioeconômica da
doação, relativamente à escolha de outra forma de alienação; (iv) destinação
exclusivamente para fins e interesse social; (v) antieconômico: doação permitida somente
para Estados e Municípios mais carentes, Distrito Federal, empresas públicas, sociedade de
economia mista, instituições filantrópicas, reconhecidas de utilidade pública pelo Governo
Federal, e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público; e (vi) irrecuperável:
doação permitida somente para instituições filantrópicas, reconhecidas de utilidade pública
pelo Governo Federal, e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público;
II) CENÁRIO 2: A Doação de bens da Administração Pública a Organizações da Sociedade
Civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a
transferência de recursos financeiros, pode ser efetivada mediante Acordo de Cooperação
precedido de chamamento público, desde que observados os requisitos e contornos
delineados na Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014;
III) CENÁRIO 3: Afora a situação específica elencada no CENÁRIO 2, a doação é uma
modalidade de alienação dos bens, cujos requisitos são os expressos na alínea a, inciso II,
art. 17, da Lei nº 8.666/93, regulamentada pelo Decreto 99.658/93, citados no item 24, a
saber: (a) demonstração de interesse público; (b) avaliação prévia dos bens; (c) avaliação
de sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra
forma de alienação (se não seria mais vantajoso, por exemplo, vender os bens) e (d)
destinação exclusiva para fins e interesse social dos bens doados. Nesse esteio,
previamente à decisão de doar, deve a Administração avaliar a oportunidade e
conveniência socioeconômica de outras formas de alienação, como leilão e permuta, sendo
a doação, portanto, a última opção;
IV) CENÁRIO 4: Qualquer instrumento normativo infralegal e específico para a hipótese
consultada deverá respeitar os ditames da Lei nº 13.019/2014, Lei nº 8.666/93, Decreto nº
99.658/1990 e Decreto nº 6.170/2007, sendo de duvidosa legalidade a destinação
retroativa de bens em convênio já encerrado (conforme posicionamento desta CONJUR
apresentado no item II desta manifestação);
V) CENÁRIO 5: É perfeitamente viável juridicamente e adequado aos princípios
constitucionais invocados a realização de Chamada Pública para a prévia seleção de entes
públicos e instituições que se enquadrem no art. 15 do Decreto nº 99.658/90 com o
objetivo de escolher o destinatário dos bens a serem doados, segundo critérios de
conveniência e oportunidade, a serem objetivamente analisados e definidos no instrumento
convocatório, após o atendimento dos seguintes requisitos essenciais: (a) demonstração do
interesse público; (b) avaliação prévia dos bens devidamente atualizada; (c) avaliação da
oportunidade e conveniência socioeconômica da doação, relativamente à escolha de outra
forma de alienação; (d) destinação exclusiva para fins e interesse social; (e) antieconômico:
doação permitida somente para Estados e Municípios mais carentes, Distrito Federal,
empresas públicas, sociedade de economia mista, instituições filantrópicas, reconhecidas
de utilidade pública pelo Governo Federal, e Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público; e (f) irrecuperável: doação permitida somente para instituições filantrópicas,
reconhecidas de utilidade pública pelo Governo Federal, e as Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público.

12. No entendimento da CONJUR-MME/CGU/AGU, mesmo não havendo cláusula constante do


termo de convênio que estipule o destino dos bens remanescentes, estes poderão ser doados desde que
atendidos os requisitos para doação a seguir delineados ou seja, (i) Existência de interesse público
devidamente justificado; (ii) Avaliação prévia dos bens a serem doados; (iii) Que os bens doados
atendam a fins e uso de interesse social; (iv) Que tal medida só ocorra após avaliação de sua
oportunidade e conveniência socioeconômicas com relação a outras formas de alienação.

13. Além disso, a CONJUR-MCTIC/CGU/AGU entendeu que, preenchidos os requisitos contidos no


art. 17, inciso II, alínea “a”, da Lei nº 8.666/93, e desde que os bens remanescentes sejam necessários
para assegurar a continuidade do programa governamental ou da política pública incentivada pela União
no convênio vergastado, não existiria impedimento jurídico para que a doação fosse realizada em
benefício do convenente, ainda que ele não seja formalmente integrante da Administração Pública.

14. O convênio, em sentido amplo, é um acordo ajustado entre pessoas administrativas entre
si, ou entre elas e particulares, despidos de interesse lucrativo ou pretensão de vantagem econômica,
objetivando a realização de um fim de interesse público. Diferentemente dos contratos, onde as partes
possuem propósitos econômicos e lucrativos contrapostos, nos convênios o fundamental é a
cooperação, a ação conjunta ou comum para o atendimento de um interesse público.

15. Em sentido semelhante, Diogo de Figueiredo Moreira Neto ensinou que o convênio é o ato
administrativo complexo em que uma entidade pública acorda com outra ou com outras entidades,
públicas ou privadas, o desempenho conjunto, por cooperação ou por colaboração, de uma atividade de
competência da primeira (MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Curso de direito administrativo. 14ª ed.
Rio de Janeiro: Forense, 2006. P. 185).

16. Referindo-se aos convênios, a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, assim estabeleceu:

“Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos,
ajustes e outros instrumentos congêneres, celebrados por órgãos e entidades da
Administração”.

17. Nesses termos, o legislador, atento à multiplicidade de nuances e especificidades inseridas


no âmbito das relações conveniais, emprestou certa flexibilidade ao tema, admitindo a aplicação do
regime jurídico da própria Lei, no que couber.

18. Objetivando delinear as diferenciações dos diversos instrumentos de cooperação convenial,


no âmbito federal, foi publicado o Decreto nº 6.170/2007, o qual dispôs sobre as normas relativas às
transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse. De acordo com o
Decreto nº 6.170/2007, convênio seria:

Art. 1º [...]
§1º [...]
I - [...] o acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a transferência de
recursos financeiros de dotações consignadas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social da União e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou entidade da administração
pública federal, direta ou indireta, e, de outro lado, órgão ou entidade da administração
pública estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem
fins lucrativos, visando a execução de programa de governo, envolvendo a realização de
projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de interesse recíproco, em regime
de mútua cooperação;

19. Ocorre que, nas relações conveniais, após a execução do pacto de colaboração, podem
remanescer bens adquiridos com os recursos transferidos, ficando pendente a solução acerca da
propriedade desses bens. Como medida de segurança jurídica, a destinação de tais bens deveria
constar do instrumento convenial, contudo, em muitos casos, o instrumento é omisso quanto a este
destino final.

20. A Instrução Normativa STN nº 01, de 15 de janeiro de 1997 , que disciplinava a celebração
de convênios de natureza financeira, assim prescrevia:

Art. 7º O convênio conterá, expressa e obrigatoriamente, cláusulas estabelecendo:


IX - a definição do direito de propriedade dos bens remanescentes na data da conclusão ou
extinção do instrumento, e que, em razão deste, tenham sido adquiridos, produzidos,
transformados ou construídos, respeitado o disposto na legislação pertinente;
Art. 26. Quando o convênio compreender a aquisição de equipamentos e materiais
permanentes, será obrigatória a estipulação do destino a ser dado aos bens remanescentes
na data da extinção do acordo ou ajuste.
Parágrafo único. Os bens materiais e equipamentos adquiridos com recursos de
convênios com estados, Distrito Federal ou municípios poderão, a critério do Ministro de
Estado, ou autoridade equivalente, ou do dirigente máximo da entidade da administração
indireta, ser doados àqueles entes quando, após a consecução do objeto do convênio,
forem necessários para assegurar a continuidade de programa governamental, observado
o que, a respeito, tenha sido previsto no convênio.

21. Tais bens poderão ser incorporados ao patrimônio da Administração ou do convenente,


respeitadas as imposições que cada hipótese reclama e aquilo que fora estatuído na relação convenial.
Contudo, a dúvida reside em relação aos instrumentos conveniais que não determinam expressamente
a destinação final desses bens remanescentes.

22. Convém considerar, após as manifestações analisadas (PARECER Nº 149/2016 - CONJUR-


ME/CGU/AGU, PARECER Nº 0462/2015 - CONJUR-MME/CGU/AGU e PARECER Nº 445/2016 - CONJUR-
MCTIC/CGU/AGU), ocorreram algumas alterações normativas importantes.

23. Na atualidade, a execução dos convênios regulamentados pelo Decreto nº 6.170/2007 é


esmiuçada pela Portaria Interministerial nº 424, de 30 de dezembro 2016. A referida Portaria considera
como “bens remanescentes”: equipamentos e materiais permanentes adquiridos com recursos dos
instrumentos necessários à consecução do objeto, mas que não se incorporam a este (art. 1º, §1º, inciso
III). Vale ressaltar, diferente dos normativos anteriores, a referida Portaria definiu que a titularidade dos
bens remanescentes é do convenente, salvo expressa disposição em contrário no instrumento
celebrado.

Art. 25. A titularidade dos bens remanescentes é do convenente, salvo expressa disposição
em contrário no instrumento celebrado.

24. Neste diapasão, havendo omissão, em princípio, a titularidade do bem remanescente


pertencerá ao convenente. Visando resguardar a adequada utilização do bem pelo convenente, a
Portaria também dispõe que:

Art. 27. São cláusulas necessárias nos instrumentos regulados por esta Portaria as que
estabeleçam:
XIV - a indicação da obrigatoriedade de contabilização e guarda dos bens remanescentes
pelo convenente e a manifestação de compromisso de utilização dos bens para assegurar a
continuidade de programa governamental, devendo estar claras as regras e diretrizes de
utilização;

25. Nada obstante, mesmo quando a titularidade dos bens restem com a Administração Pública
concedente, existem situações em que o interesse público recomenda sua posterior alienação. Nesses
casos, ela poderá se desfazer daqueles bens que já não desempenham com eficiência as funções para
as quais foram afetados. Raciocínio que também deve ser aplicado aos bens adquiridos com recursos
provenientes de convênios, de titularidade da Administração Pública.

26. Assim sendo, uma vez identificado o interesse público no desfazimento do bem, a
Administração deverá assim proceder, observando a legislação que autoriza e regulamenta a alienação
de bem público. Entre as formas que o Estado dispõe para alienar os seus bens, está a doação.

27. Atualmente, a doação de bens móveis da Administração Pública Federal é disciplinada, de


modo geral, pelo art. 17, II, “a”, da Lei nº 8.666/1993 e pelo Decreto Federal nº 9.373, de 11 de maio de
2018.

28. A Lei nº 8.666/1993 dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela Administração
Pública, na hipótese de alienação de bens públicos móveis, mediante doação, in verbis :

Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de


interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às
seguintes normas:
I I - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos
seguintes casos:
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de
sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra forma
de alienação;

29. O Interesse público engloba duas concepções: o interesse público primário (interesse da
coletividade) e o interesse público secundário (interesse do Estado, enquanto sujeito de direitos). Nem
sempre há coincidência entre o interesse público primário e o interesse da máquina administrativa do
Estado (secundário). Diante de aparente conflito entre essas facetas do interesse público, deve, em
regra, predominar o atendimento ao interesse público primário, mais nobre e relevante aos fins que
justificam a existência do Estado.
30. De acordo com Jacoby Fernandes, a doação tem por objetivo “fins e uso” de interesse
social, evidenciando o seu caráter restritivo. Pode acontecer, por exemplo, que um determinado órgão
decida doar móveis para uma entidade filantrópica. “No caso, a finalidade da doação atenderá ao
interesse social, mas a Administração deverá certificar-se de que o uso a ser dado ao bem guardará
correlação com igual interesse social”:

É que muitas vezes a finalidade do ato não apresenta correlação com a utilização a ser
dada ao móvel posteriormente, tal como ocorreria se os bens doados não fossem utilizados
pela entidade exemplificada para os seus fins, mas transferidos para uso pessoal ou
particular de um dos membros de sua diretoria (Contratação Direta sem Licitação. 10º ed.
rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2016. p. 224).

31. Além disso, a Administração deverá considerar a oportunidade, ou seja, o momento/época


da doação, além de observar a conveniência socioeconômica da doação, ponderando os vieses sociais e
econômicos do ato:

Poderia parecer, à primeira vista, que sempre será mais vantajoso, sob o aspecto
econômico, não doar bens, pois, na venda, por exemplo, há o ingresso de recursos. Não é
esse o sentido do dispositivo, como também não é verdadeiro que a venda sempre resulta
vantajosa para a Administração.
É o que ocorre quando o Município reúne leitos e outros utensílios inservíveis para um
hospital, por intermédio de um clube de serviços como o Rotary, e equipa um asilo ou
orfanato, desonerando-se da atividade e poupando estrutura de recursos humanos, de
material e de manutenção para a realização dessa atividade social.(FERNANDES, Jorge
Ulisses Jacoby. Contratação Direta sem Licitação. 10º ed. rev. atual. e ampl. Belo
Horizonte: Fórum, 2016. p. 225).

32. Outrora, o tema da doação era regulamentado pel o Decreto federal nº 99.658/1990, que em
seu art. 15, enumerava os órgãos e entidades em favor das quais poderia a Administração Pública
proceder a doação, vejamos:

Art. 15. A doação, presentes razões de interesse social, poderá ser efetuada pelos órgãos
integrantes da Administração Pública Federal direta, pelas autarquias e fundações, após a
avaliação de sua oportunidade e conveniência, relativamente à escolha de outra forma de
alienação, podendo ocorrer, em favor dos órgãos e entidades a seguir indicados, quando se
tratar de material:
I - ocioso ou recuperável, para outro órgão ou entidade da Administração Pública Federal
direta, autárquica ou fundacional ou para outro órgão integrante de qualquer dos demais
Poderes da União;
I I - antieconômico, para Estados e Municípios mais carentes, Distrito Federal, empresas
públicas, sociedade de economia mista, instituições filantrópicas, reconhecidas de utilidade
pública pelo Governo Federal, e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público;
III - irrecuperável, para instituições filantrópicas, reconhecidas de utilidade pública pelo
Governo Federal, e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público;
IV - adquirido com recursos de convênio celebrado com Estado, Território, Distrito Federal
ou Município e que, a critério do Ministro de Estado, do dirigente da autarquia ou fundação,
seja necessário à continuação de programa governamental, após a extinção do convênio,
para a respectiva entidade convenente;
V - destinado à execução descentralizada de programa federal, aos órgãos e entidades da
Administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e
aos consórcios intermunicipais, para exclusiva utilização pelo órgão ou entidade executora
do programa, hipótese em que se poderá fazer o tombamento do bem diretamente no
patrimônio do donatário, quando se tratar de material permanente, lavrando-se, em todos
os casos, registro no processo administrativo competente.
Parágrafo único. Os microcomputadores de mesa, monitores de vídeo, impressoras e
demais equipamentos de informática, respectivo mobiliário, peças-parte ou componentes,
classificados como ociosos ou recuperáveis, poderão ser doados a instituições filantrópicas,
reconhecidas de utilidade pública pelo Governo Federal, e Organizações da Sociedade Civil
de Interesse Público que participem de projeto integrante do Programa de Inclusão Digital
do Governo Federal.

33. Com a revogação do supracitado Decreto, o tema passou a ser regido pelo Decreto Federal
nº 9.373, de 11 de maio de 2018, que dispõe sobre a alienação, a cessão, a transferência, a destinação
e a disposição final ambientalmente adequadas de bens móveis:

Art. 7º Os bens móveis inservíveis cujo reaproveitamento seja considerado inconveniente


ou inoportuno serão alienados em conformidade com a legislação aplicável às licitações e
aos contratos no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional,
indispensável a avaliação prévia.
Parágrafo único. Verificada a impossibilidade ou a inconveniência da alienação do bem
classificado como irrecuperável, a autoridade competente determinará sua destinação ou
disposição final ambientalmente adequada, nos termos da Lei nº 12.305, de 2010.
Art. 8º A doação prevista no art. 17, caput , inciso II, alínea "a", da Lei nº 8.666,
de 21 de junho de 1993, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse
social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica,
relativamente à escolha de outra forma de alienação, poderá ser feita em favor:
I - das autarquias e fundações públicas federais e dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios e de suas autarquias e fundações públicas, quando se tratar de bem ocioso ou
recuperável;
II - dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de suas autarquias e fundações
públicas e de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, quando se tratar de
bem antieconômico; (Redação dada pelo Decreto nº 9.813, de 2019)
III - de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público e de associações ou
cooperativas que atendam aos requisitos do Decreto nº 5.940, de 25 de outubro de 2006,
quando se tratar de bem irrecuperável; e (Redação dada pelo Decreto nº 9.813, de 2019).
IV - de Estados, Distrito Federal e organizações da sociedade civil participantes do
Programa Federal de Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas, do Programa de
Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte - PPCAAM e do Programa de
Proteção aos Defensores de Direitos Humanos - PPDDH, regidos pela Lei nº 9.807, de 13 de
julho de 1999, pelos art. 109 a art. 125 do Decreto nº 9.579, de 22 de novembro de 2018, e
pelo Decreto nº 8.724, de 27 de abril de 2016, quando se tratar de bens remanescentes dos
respectivos convênios, termos de fomento ou de colaboração celebrados nesse âmbito.
(Redação dada pelo Decreto nº 9.813, de 2019).
Parágrafo único. Excepcionalmente, mediante ato motivado da autoridade máxima do
órgão ou da entidade, vedada a delegação, os bens ociosos e recuperáveis do patrimônio
da administração poderão ser doados a Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público. (Redação dada pelo Decreto nº 9.813, de 2019).
Art. 9º Os alienatários e beneficiários da transferência se responsabilizarão pela
destinação final ambientalmente adequada dos bens móveis inservíveis.
(...)
Art. 12. Observada a legislação aplicável às licitações e aos contratos no âmbito da
administração pública federal direta, autárquica e fundacional, os bens móveis adquiridos
pela União, autarquias e fundações públicas federais para a execução descentralizada de
programa federal poderão ser doados à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios e às suas autarquias e fundações públicas e aos consórcios intermunicipais,
para exclusiva utilização pelo órgão ou entidade executor do programa.
Parágrafo único. Na hipótese do caput , quando se tratar de bem móvel permanente, o seu
tombamento poderá ser feito diretamente no patrimônio do donatário, lavrando-se registro
no processo administrativo competente.

34. Em nossa opinião, no que tange aos convênios, não há alteração em relação à disciplina
fixada pelo artigo 25 da Portaria Interministerial nº 424, de 30 de dezembro 2016. As regras dispostas
pelo Decreto Federal nº 9.373, de 11 de maio de 2018, notadamente em seus artigos 7º , 8º e 12
envolvem a doação de bens públicos da União, que enquadrados nas classificações definidas pelo
normativo, poderão ser alienados ou mesmo doados.

35. Para fins de aplicação do referido Decreto aos bens remanescentes de convênio, essas
regras seriam aplicáveis apenas quando tais bens remanescentes tivessem sido definidos como de
titularidade do órgão público concedente.

36. Assim, os bens móveis remanescentes cuja titularidade já tenha sido definida como de
titularidade da entidade convenente, por óbvio, não estariam submetidos a este regime de alienação ou
doação, embora possam sofrer limitações em sua utilização pelo convenente, em razão do regime
jurídico adstrito à parceria realizada.

37. Outrossim, em princípio, este regime de alienação ou doação previsto pelo Decreto Federal
nº 9.373, de 11 de maio de 2018, em princípio, não será aplicável na hipótese em que há omissão, no
instrumento convenial, acerca da titularidade do bem remanescente, uma vez que a Portaria
Interministerial nº 424, de 30 de dezembro 2016 já definiu que, nessas hipóteses, a titularidade
pertencerá ao convenente.

38. Obviamente, é fundamental que a confecção do instrumento convenial atente para o


detalhe da precisa identificação desta titularidade, de forma a resguardar o interesse público e
assegurar a continuidade de programa governamental. Da mesma forma, em situações extremas,
quando a omissão configurar flagrante ilicitude ou imoralidade, seria possível exercer a autotutela para
suprir tal lacuna, invalidando a omissão e determinando a titularidade pública ao bem remanescente,
em favor do concedente.

39. Por fim, conforme definido outrora pela Câmara Regional de Uniformização de
Entendimentos Consultivos da 4a Região, em relação à possibilidade de doação de bens remanescentes
de convênios ou de outros bens públicos móveis às organizações da sociedade civil, mediante acordo de
cooperação precedido de chamamento público, com base na Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014,
embora raciocínio semelhante pudesse ser desenvolvido, convém observar que a referida Lei estabelece
regime específico aos bens remanescentes destas parcerias, o que nao foi objeto da divergência posta à
referida Câmara Regional.

3. CONCLUSÃO
40. Diante do exposto, concluímos que:

a) Os bens móveis remanescentes, cuja titularidade já tenha sido definida como de


titularidade da entidade convenente, não estão sujeitos ao regime de alienação ou doação pertinente a
um bem público, embora o instrumento convenial possa determinar limitações ou destinações
específicas em sua utilização;

b) Na omissão de destinação expressa, no instrumento convenial, para os bens


remanescentes, sua titularidade, em princípio, deve ser estabelecida em favor do convenente, conforme
a regra prevista no artigo 25 da Portaria Interministerial nº 424, de 30 de dezembro 2016.

c) A doação posterior dos bens remanescentes de convênio destinados ao órgão público


concedente, submete-se à aplicação das regras do Decreto Federal nº 9.373, de 11 de maio de 2018.

À consideração superior.

Brasília, 10 de outubro de 2019.

RONNY CHARLES LOPES DE TORRES


ADVOGADO DA UNIÃO

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CONSULTORIA-GERAL DA UNIÃO
DEPARTAMENTO DE COORDENAÇÃO E ORIENTAÇÃO DE ÓRGÃOS JURÍDICOS

DESPACHO n.º 192/2020/DECOR/CGU/AGU

NUP: 58000.009662/2016-09
INTERESSADA: SECRETARIA NACIONAL DE ESPORTE EDUCAÇÃO LAZER E INCLUSÃO SOCIAL
ASSUNTO: DESTINAÇÃO DE BENS REMANESCENTES DE CONVÊNIOS

Senhor Diretor,

Estou de acordo com o Parecer n.º 37/2019/DECOR/CGU/AGU, subscrito pelo Exmo. Sr.
Advogado da União Ronny Charles Lopes de Torres.

À consideração superior.

Brasília, 06 de abril de 2020.

ANTONIO DOS SANTOS NETO


ADVOGADO DA UNIÃO
COORDENADOR DE ORIENTAÇÃO

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ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
CONSULTORIA-GERAL DA UNIÃO
DEPARTAMENTO DE COORDENAÇÃO E ORIENTAÇÃO DE ÓRGÃOS JURÍDICOS

DESPACHO n. 00436/2020/DECOR/CGU/AGU

NUP: 58000.009662/2016-09
INTERESSADOS: SECRETARIA NACIONAL DE ESPORTE EDUCAÇÃO LAZER E INCLUSÃO SOCIAL-
SNELIS
ASSUNTOS: ATIVIDADE MEIO

Exmo. Senhor Consultor-Geral da União,

1. Aprovo o Parecer nº 37/2019/DECOR/CGU/AGU, nos termos do Despacho nº


192/2020/DECOR/CGU/AGU.

2. Caso acolhido, restitua-se o feito ao DECOR/CGU para promoção de ciência à Consultoria


Jurídica junto ao Ministério da Cidadania, Consultoria Jurídica junto ao Ministério de Minas e Energia,
Consultoria Jurídica junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e demais
Consultorias Jurídicas junto aos Ministérios e órgãos assemelhados.

Brasília, 19 de junho de 2020.

VICTOR XIMENES NOGUEIRA


ADVOGADO DA UNIÃO
DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE COORDENAÇÃO E ORIENTAÇÃO DE ÓRGÃOS JURÍDICOS

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Autoridade Certificadora SERPRORFBv5.
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CONSULTORIA-GERAL DA UNIÃO
GABINETE
SAS, QUADRA 03, LOTE 5/6, 12 ANDAR - AGU SEDE I FONE (61) 2026-8557 BRASÍLIA/DF 70.070-030

DESPACHO n. 00568/2020/GAB/CGU/AGU

NUP: 58000.009662/2016-09
INTERESSADOS: SECRETARIA NACIONAL DE ESPORTE EDUCAÇÃO LAZER E INCLUSÃO SOCIAL-
SNELIS
ASSUNTOS: ATIVIDADE MEIO

1. Aprovo, nos termos do Despacho nº 436/2020/DECOR/CGU/AGU e do Despacho nº


192/2020/DECOR/CGU/AGU, o Parecer nº 37/2019/DECOR/CGU/AGU.

2. Restitua-se o feito ao DECOR/CGU para providências subsequentes.

Brasília, 24 de junho de 2020.

(assinado eletronicamente)
ARTHUR CERQUEIRA VALÉRIO
Advogado da União
Consultor-Geral da União

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ARTHUR CERQUEIRA VALERIO. Data e Hora: 24-06-2020 20:58. Número de Série: 17340791. Emissor:
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CONSULTORIA-GERAL DA UNIÃO
CONSULTORIA JURÍDICA ADJUNTA DO COMANDO DA AERONÁUTICA
GABINETE

DESPACHO n. 00643/2020/COJAER/CGU/AGU

NUP: 58000.009662/2016-09
INTERESSADOS: SECRETARIA NACIONAL DE ESPORTE EDUCAÇÃO LAZER E INCLUSÃO SOCIAL-
SNELIS
ASSUNTOS: ATIVIDADE MEIO

1. Ciente, nesta data, do PARECER n. 37/2019/DECOR/CGU/AGU, oriundo do Departamento


de Coordenação e Orientação de Órgãos Jurídicos - DECOR (Sequencial 13), acolhido
pelo DESPACHO n.436/2020/DECOR/CGU/AGU (Sequencial 15), e aprovado definitivamente
pelo DESPACHO n. 568/2020 /GAB/CGU/AGU (Sequencial 16).

2. O PARECER n. 37/2019/DECOR/CGU/AGU restou assim ementado:


DIREITO ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. DESTINAÇÃO DE BENS REMANESCENTES DE
CONVÊNIO. OMISSÃO DA DESTINAÇÃO DOS BENS NO INSTRUMENTO DE CONVÊNIO.
ANÁLISE JURÍDICA.
a) Os bens móveis remanescentes, cuja titularidade já tenha sido definida como de
titularidade da entidade convenente, não estão sujeitos ao regime de alienação ou doação
pertinente a um bem público, embora o instrumento convenial possa determinar limitações
ou destinações específicas em sua utilização.
b) Na omissão de destinação expressa, no instrumento convenial, para os bens
remanescentes, sua titularidade, em princípio, deve ser estabelecida em favor do
convenente, conforme a regra prevista no artigo 25 da Portaria Interministerial nº 424, de
30 de dezembro 2016.
c) A posterior doação dos bens remanescentes de convênio destinados ao órgão público
concedente submete-se à aplicação das regras do Decreto Federal nº 9.373, de 11 de maio
de 2018.

3. À Assessoria para:
a) dar ciência à equipe jurídica da COJAER;
b) dar ciência às OM assessoradas pela COJAER em matéria de convênios e parcerias; e
c) introduzir na pasta MJR, possível o compartilhamento futuro com as AJ.

Brasília, 01 de julho de 2020.

CÁSSIO CAVALCANTE ANDRADE


ADVOGADO DA UNIÃO - SIAPE 1332217
CONSULTOR JURÍDICO - ADJUNTO

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normativos legais aplicáveis. A conferência da autenticidade do documento está disponível com o
código 452533284 no endereço eletrônico http://sapiens.agu.gov.br. Informações adicionais: Signatário
(a): CASSIO CAVALCANTE ANDRADE. Data e Hora: 01-07-2020 14:08. Número de Série:
65832285637212395327140508210. Emissor: Autoridade Certificadora SERPRORFBv5.

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