Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Nos
últimos
meses
no
Estado
do
RN,
especialmente
as
regiões
do
litoral,
do
Mato
Grande
e
da
Serra
de
Santana,
temos
observado
e
recebido
depoimentos
sobre
o
assédio
de
agentes
imobiliários
e
supostos
representantes
de
grupos
empresariais
e
até
supostos
representantes
do
Governo
Federal
ou
Estadual
junto
a
proprietários
de
terra
dessas
localidades
com
vistas
a
promover
a
assinatura
contratos
para
a
implantação
de
parques
eólicos
em
tais
imóveis.
É
dever
desta
Secretaria
de
Energia,
no
seu
intuito
de
combater
a
especulação
imobiliária
e
a
exploração
da
boa
fé
dos
agricultores
e
proprietários
de
terras
do
Estado
e
objetivando
coibir
uma
futura
confusão
fundiária
e
regulatória
capaz
de
impedir
o
aproveitamento
do
enorme
potencial
eólico
do
Estado
e
suas
múltiplas
conseqüências
positivas
para
a
nossa
economia,
realizar
os
seguintes
esclarecimentos:
1. Nenhum
órgão
ou
pessoa
ligada
ao
Governo
do
Estado
ou
ao
Governo
Federal,
nem
mesmo
a
suas
empresas
estatais
ou
quaisquer
entidades
da
Administração
Direta
ou
Indireta,
tem
a
função
ou
prerrogativa
de
promover,
induzir
ou
negociar
contratos
privados
em
nome
ou
por
conta
de
supostos
investidores
privados.
Portanto,
ninguém
deve
sentir-‐se
compelido
ou
obrigado
a
assinar
qualquer
documento
de
cessão
de
direitos
ou
uso
da
terra
com
qualquer
empresa,
agente
ou
entidade
por
influência
ou
autoridade
de
qualquer
pessoa
que
se
diga
ou
se
apresente
com
credenciais
governamentais.
2. Cada
proprietário
de
terra
é
livre
-‐
inteiramente
livre
-‐
para
dispor
de
sua
propriedade
e
contratar
com
quem
quiser
-‐
e
não
existe
nenhuma
ação
ou
programa
governamental,
estadual
ou
federal,
que
obrigue
um
proprietário
de
terra
a
assinar
cessão
de
direitos
ou
uso
da
sua
terra
sem
que
se
lhe
satisfaçam
condições
remuneratórias,
sequer
por
meio
de
desapropriação
ou
expropriação.
3. É
necessário
que
os
proprietários
de
terra
com
potencial
eólico
fiquem
atentos
quanto
ao
documento
que
lhes
é
proposto
assinar,
bem
como
quanto
à
pessoa
ou
entidade
com
quem
estão
se
relacionando.
Isto
porque
esses
contratos,
em
sua
grande
maioria,
são
confusos,
desiguais
e
de
duração
longa.
4. A
falta
de
lei
setorial
específica
e
normas
que
se
apliquem
a
tais
situações,
somada
à
falta
de
conhecimento
específico
e
de
assessoramento
técnico
e
jurídico,
faz
com
que
pessoas
sejam
levadas
a
assinar
contratos
que
reservam
suas
áreas
com
exclusividade,
por
vários
e
vários
anos
(casos
de
40
até
60
anos),
alguns
extremamente
desfavoráveis
em
aspectos
como
remuneração
e
responsabilidades,
por
exemplo.
Por
isso,
ninguém
deve
sentir-‐se
envergonhado
ou
inibido
de
solicitar
ajuda
a
advogados
de
confiança,
ou
mesmo
à
equipe
desta
Secretaria
ou
de
outros
órgãos
do
Governo
do
Estado
ou
da
Prefeitura
local.
5. Um
parque
eólico
demanda
investimentos
da
ordem
de
R$
5
milhões
por
MW
instalado.
Isso
significa
que
um
projeto
que
se
proponha
gerar
250MW
custará
mais
de
um
bilhão
de
reais
para
se
tornar
realidade.
Algumas
pessoas
ou
entidades
com
quem
os
proprietários
de
terra
vêm
se
relacionando
não
apresentam
condições
financeiras
e
institucionais
para
realizar
tais
investimentos,
podendo
tão-‐somente
ser
intermediários
e
especuladores
que
irão
simplesmente
“vender”
o
contrato
que
assinaram
com
eles,
objetivando
tão
somente
seu
lucro
imediato
próprio,
sem
pensar
no
proprietário,
muito
menos
no
real
desenvolvimento
do
potencial
eólico
do
imóvel.
6. Portanto
ANTES
de
assinar
qualquer
documento
com
qualquer
“representante”
de
empresa
ou
grupo
investidor,
por
mais
pomposo
que
pareça
sua
marca
ou
cartão
de
visitas,
PROCURE
ORIENTAÇÃO
ESPECIALIZADA
E
DE
CONFIANÇA
e
lembre-‐se
de
que
a
sua
terra
é
uma
parte
significativa,
senão
primordial,
do
projeto
que
lhe
estão
apresentando.
Por
isso,
tanta
especulação
e
interesse.
As
oportunidades
de
desenvolvimento
do
potencial
eólico
do
Estado
estão
à
nossa
disposição
e
colocadas
como
um
dos
pilares
que
determinarão
o
fortalecimento
de
nossa
economia
e
de
nossa
capacidade
de
ter
um
Estado
auto-‐suficiente
em
energia.
Porém,
tal
situação
potencialmente
excelente
pode
se
transformar
em
pesadelo
caso
empresas
“aventureiras”
tomem
conta
dos
imóveis
com
potencial
eólico
do
Estado,
acarretando
o
não-‐aproveitamento
ideal
do
mesmo,
ao
passo
em
que,
concomitantemente,
causando
enormes
prejuízos
aos
proprietários
de
terra.
Assim
sendo,
convocamos
todos
os
proprietários
de
terra
com
potencial
eólico
a
se
reunirem
em
associações
ou
cooperativas
que
consigam
efetivar
decisões
e
ações
integradas,
respaldadas
por
assessorias
jurídicas
e
técnicas
confiáveis,
para
evitar
as
fraudes,
especulações
e
espoliações
atualmente
denunciadas.
Para
tanto,
oferecemos
as
portas
abertas
desta
Secretaria
de
Energia
e
dos
demais
órgãos
competentes
do
Governo
do
Estado,
para
o
apoio
de
que
necessitarem.
Na
energia
eólica
do
RN,
como
em
tudo
mais,
queremos
investidores
sérios,
projetos
reais
e
bons
resultados,
emprego
e
renda,
para
as
comunidades
locais.
Este
é
um
objetivo
de
todos.
WILMA DE FARIA -‐ GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE