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APOSTILA
O tratado de paz de 1657, assinado entre a rainha Nzinga Mbandi Ngola e a Coroa
Portuguesa, com mediação do papa Alexandre VII, encerrou a guerra no Reino do
Kongo e o tráfico escravista europeu na região.
Kètu, Egba, Egbado e Sabé são alguns dos segmentos nagôs que vieram para a Bahia
provenientes da grande área yoruba que compreende sul e centro da atual República
de Benim, ex-Daomé; parte da República do Togo: e todo sudoeste da Nigéria. E todos
eles - com destaque para os Kètu - contribuíram decisivamente para e implantação da
cultura nagô naquele Estado, reconstituindo suas instituições e procurando adaptá-las
ao novo meio, com o máximo de fidelidade aos padrões básicos de origem, fidelidade
essa em parte facilitada pelo intenso comércio que se desenvolveu entre a Bahia e a
costa ocidental da África durante todo o século XIX até os primeiros anos que se
seguirem à Abolição.
Com relação ao termo "nagô", muito usado no Brasil, Yeda Pessoa de Castro fala em
uma entrevista:
- Falo dos cinco níveis que identificamos no processo de integração dos aportes
africanos em direção ao português do Brasil, tomando, como ponto de partida e como
modelo, a linguagem litúrgica dos candomblés, um sistema lexical baseado em
diferentes línguas africanas que foram faladas no Brasil e, por sua própria natureza,
mais resistente à mudança e à integração sob a influência do português. Nesse nível,
tratamos dos casos de glossolalia, ou seja, do falar em transe dos pretos velhos e Erês,
dos caboclos e dos "santos". Já no nível 2 - a linguagem do povo de santo - discutimos
a questão do conceito de "nação de candomblé" e o significado do termo "nagô",
confundido com o iorubá moderno, e que muita gente pensa que é a língua africana
falada no candomblé da Bahia, como se o continente africano fosse um país singular,
uma África única, de língua e cultura iorubá. Os níveis seguintes - 3,4 e 5 - abordam a
questão da linguagem popular, do português regional da Bahia e da integração dos
aportes africanos no português brasileiro.
O TOQUE
TA TA / TUM/ TA TA / TUM TUM
Nagô, também conhecido como Alujá. Muito utilizado nos antigos terreiros de
Umbanda. Costumava se tocar uma gira completa só com Ijexá, Cabula e Nagô.
Toque de Nagô muito usado em cantigas de Xangô, Preto velho, Defumação, Bater
Cabeça, Hino da Umbanda, Ogum. Usado em praticamente todas as Cantigas de
Jurema Sagrada, junto com o toque de Ijexá e suas variações.
Um ritmo com 8 toques, que deve ser tocado com todas as notas na mesma
intensidade, para ai sim perceber a beleza do toque. Ou Seja, não devemos acentuar
demais as notas agudas, sem que o tom grave se sobressaia também.
CURSO DE CURIMBA
INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR
TUUM/ TA TA/ TUM/ TA TA/ TUM TUUM (sendo que o ultimo TUM substitui o primeiro
na sequencia do toque) ficando nessa sequencia:
Pontos:
HINO DA UMBANDA
SAUDAÇÃO A BABALAÔ
BATIMENTO DE CABEÇA
Quem é Filhos de Fé
Bate a Cabeça e vai Trabalhar
Pra meu Pai Oxalá, é
Pra meu Pai Oxalá
DEFUMAÇÃO
SETE LINHAS
VARIÁVEIS
Quebra Pratos, Arrebate, São Bento Grande, São Bento Pequeno, Cabula Jongo e etc..
Muitos são os nomes que vamos encontrar por ai... Mas a semelhança muito grande...
Pequenas diferenças de 1 nota no máximo.... Vamos classificar aqui como variações de
Nagô e nomear no curso de Nagô 2 e 3.
Os toques acima são variações do Nagô. Conhecido também como toque de Preto
Velho. Devemos deixar bem definidos os Graves e Agudos para uma melhor Execução
do toque.
Uma forma de dar uma cadencia diferente ao toque é variar entre o Nagô e o Nagô 2
(arrebate). Ficando da seguinte forma:
“Jurema sagrada como tradição mágica religiosa é uma tradição nordestina que se
iniciou com o uso da jurema pelos indígenas da região norte e nordeste do Brasil,
tendo sofrido influências de variadas origens, da feitiçaria europeia
à pajelança, xamanismo indígena, passando pelas religiões africanas,
pelo catolicismo popular, e até mesmo pelo esoterismomoderno, psicoterapia
psicodélica e pelo cristianismo esotérico. No contexto do sincretismo brasileiro afro-
ameríndio, a presença ou não da jurema como elemento sagrado do culto vem
estabelecer a diferença principal entre as práticas de umbanda e do catimbó. As
práticas são um assunto ainda pouco estudado.”
ORIGEM
“... uzão dehuma bebida de huma rais que chamão Jurema; que transportando-os do
seu Sintido ficão como mortos, equando entrão emSi dabebedeira, Contão as vizoens
que o diabo lhes Reprezenta, Senão he que emSpirito os Leva as partes deque dão
noticia. (CARTA do capitão-mor da Paraíba, Pedro Monteiro de Macedo ao rei D.
João V. 1742, setembro, 22, Lisboa. AHU_ACL_CU_014, Cx. 11, D. 966.)”
Depois da chegada dos africanos no Brasil, quando estes fugiam dos engenhos onde
estavam escravizados, encontravam abrigo nas aldeias indígenas, e através desse
contato, os africanos trocavam o que tinham de conhecimento religioso em comum
com os índios. Por isso até hoje, os grandes mestres juremeiros conhecidos, são sempre
mestiços com sangue índio e negro. Os africanos contribuíram com o seu conhecimento
sobre o culto dos mortos egun e das divindades da natureza os orixás voduns e inkices.
Os índios, estes contribuíram com o conhecimento de invocações dos espíritos de
antigos pajés e dos trabalhos realizados com os encantados das matas e dos rios. Daí a
jurema se compor de duas grandes linhas de trabalho: a linha dos mestres de jurema e
a linha dos encantados.
A Jurema não é Umbanda. Muitas pessoas as confundem, mas elas não podem ser
confundidas. A Umbanda tem 109 anos de existência no Brasil, a Jurema já estava aqui
séculos antes. Esta é a primeira diferença. As demais são que a Jurema se utiliza de
elementos próprios que não são ligados às práticas umbandistas, como o cachimbo, o
tronco da jurema, os mestres e encantados etc. Portanto, não devemos confundi-las.
Creio que o que os pesquisadores queiram dizer sobre a Umbanda no Nordeste, careça
de maior observação. Cabendo, talvez, a possibilidade de que não haja uma umbanda
nesta região, mas sim uma Jurema umbandizada, a partir provavelmente da década de
1950.
CURSO DE CURIMBA
INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR
A Jurema tem forte presença hoje em PE, PB, e RN. Sendo encontrada também em AL,
SE e CE. Em Pernambuco, segundo os dados do último mapeamento dos terreiros
(2010), a Jurema é mais de 70% dos 1.261 terreiros entrevistados. A partir daí
podemos perceber que ela embora “desconhecida”, é pujante e predominantemente
forte em Recife e RM, ocupando seu espaço e dialogando com o mundo
contemporâneo como qualquer outra religião, de forma dinâmica e não estática.
EXU
Casa de Lei
Não é pra Brincar (2x)
XANGÔ
Trovejou lá no Céu
E o mundo balanceou (2x)
Kaô Kabecilê
Meu Povo venha ver (2x)
Se um dia me faltar
A fé em meu senhor
Que role essas pedreiras sobre mim (2x)
Lá vem Xangô
Vem descendo a serra
Ele vem,
Beirando o Mar (2x)
OGUM
Ogum, Ogum
Ogum Iara (2x)
VÁRIOS
Ô Jureme, Ô Juremá
Suas flechas caem serena, Jurema
Dentro desse Congar (2x)