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PRINCÍPIOS DE AUDITORIA

Autor: Telmo Travassos de Azambuja


MCG - Junho/05

Este documento pode ser reproduzido e distribuído desde que seja feita menção ao seu autor.

Auditoria é definida como “processo sistemático, documentado e independente, para obter


evidências da auditoria e avaliá-las objetivamente para determinar a extensão nas quais os critérios
de auditoria são atendidos”.
A auditoria se caracteriza pela geração de confiança em alguns princípios que fazem dela uma
ferramenta eficaz e confiável de apoio a políticas de gestão e controles, gerando informações que
possibilitem as tomadas de decisão para a melhoria do desempenho de uma organização.
A aderência a esses princípios é fundamental para o fornecimento de conclusões que agreguem
valor (sejam úteis), sejam relevantes e suficientes para a gestão de uma organização. Também
possibilita que auditores que trabalham independentemente entre si cheguem a conclusões
semelhantes em circunstâncias semelhantes.

Os princípios da auditoria preconizados pela norma NBR ISO 19011: 2002 são os seguintes:

(1) Conduta ética


É o fundamento do profissionalismo.
Alguns atributos caracterizam este princípio: Confiança, integridade, confidencialidade e
discrição.
Cabe destacar que o conceito de “Ética” é mais amplo e rico do que o de “Moral”. Ética implica
em reflexão teórica sobre moral e revisões racionais e críticas sobre a validade da conduta
humana, sendo o estudo geral do que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou injusto,
adequado ou inadequado, independentemente das práticas culturais.
Por outro lado, Moral é um conjunto de regras, valores, proibições e tabus que provêm de fora
do ser humano, ou seja, que são inoculados, cultivados ou impostos pela política, costumes
sociais, religiões ou ideologias.
A moral geralmente é inseparável dos costumes, os quais dependem da época, do clima, da
região geográfica ou de circunstâncias específicas. Portanto, a moral é mutável e está
diretamente relacionada com práticas culturais.
Para aprofundamento do assunto a “Deontologia” é a ciência que trata do que é devido,
necessário, conveniente ou obrigatório em certas circunstâncias.
A ética de uma profissão depende dos deveres ou da “deontologia” que cada profissional
aplique aos casos reais que venham se apresentar no âmbito social ou pessoal.
Assim sendo, a “deontologia” representa em conjunto de comportamentos exigíveis dos
profissionais, mesmo quando não estejam codificados em uma regulamentação jurídica. A
base do comportamento profissional é formada pelas declarações universais adaptadas a cada
país ou região.

(2) Apresentação justa


É a obrigação de relatar fatos e expor conclusões com veracidade, exatidão e precisão.
Constatações, conclusões e outras informações contidas em relatórios de auditoria ou em
relatórios de não conformidades, bem como aquelas manifestadas durante o processo de
auditoria, devem refletir exatamente as informações coletadas pelos auditores.
Conformidades devem ser expostas com a máxima precisão e exatidão, bem como de forma
objetiva e completa.
Opiniões divergentes entre auditores e auditados devem ser tratados com objetividade, mente
aberta e firmeza.
No caso de uma divergência permanecer, após a decisão do auditor, o auditado poderá utilizar
os canais de apelação disponíveis, cabendo ao auditor esclarecer ao auditado à respeito de tal
alternativa.

(3) Devido cuidado profissional


É a aplicação de diligência e capacidade de julgamento na auditoria. “Diligência” significa zêlo,
aplicação, presteza, perseverança... a busca tenaz das informações pertinentes à auditoria.
Junto com a diligência necessária é fundamental ter capacidade para julgamento das questões
relacionadas ao escopo e objetivos da auditoria.
Para um julgamento correto é preciso que os auditores conheçam as regras ou requisitos do
sistema de gestão da qualidade e dos processos auditados e quem saibam avaliar de modo
competente se a conformidade ocorre, caso a caso. Neste ponto, a competência de um auditor
é fundamental, nos aspectos de educação, treinamento, habilidade e experiência, que podem
incluir: atributos pessoais desejáveis; conhecimento e habilidades genéricas; conhecimento e
habilidades específicas.
Dentro dos cuidados profissionais esperados incluem-se a:
ü Apresentação pessoal condizente com o papel de um auditor;
ü Linguagem verbal e corporal adequada a cada situação;
ü Conduta compatível com o esperado de um profissional respeitado;
ü Incorporação dos atributos desejáveis para um auditor competente.

(4) Independência
Este princípio destaca-se por estar inserido na definição de auditoria, sendo a base para a
imparcialidade na condução de uma auditoria e para a objetividade das conclusões de um
auditor.
Auditores devem ser independentes das atividades a serem auditadas e, para isso, a norma
NBR ISO 9001: 2000 estabelece que “auditores não devem auditar o seu próprio trabalho”.
Os auditores têm que ser e se sentir livres de tendência e conflito de interesse.
Junto com a independência é fundamental que os auditores tenham sempre a “mente aberta”
ao longo do processo de auditoria, assegurando que as conclusões da auditoria baseiem-se
apenas em evidências objetivas, mesmo que encontradas sob formas práticas eficazes e que
um auditor não tenha conhecido em suas experiências anteriores.

(5) Abordagem baseada em evidência


Representa o método racional para o alcance de conclusões confiáveis e reproduzíveis num
processo sistemático de auditoria.
Uma “evidência da auditoria” pode estar sob a forma de registro, apresentação de um fato ou
outra forma qualquer de informação, pertinentes aos critérios de auditoria (conjunto de
políticas, procedimentos ou requisitos usados como referência para o auditor fazer seus
julgamentos na auditoria) e que sejam verificáveis. Evidências da auditoria podem ser
qualitativas ou quantitativas e sempre são verificáveis.
Para a geração de uma “evidência da auditoria” é preciso que sejam analisados, pelos
auditores, as “evidências objetivas” pertinentes (dados que apóiam a existência ou veracidade
de alguma coisa, podendo serem obtidas através de observações, medições, ensaios ou outros
meios).
O resultado da avaliação de uma “evidência da auditoria” coletada, comparada com os
“critérios da auditoria”, é denominado de “constatação da auditoria”.
As constatações de uma auditoria baseiam-se na análise de “amostras” das informações
disponíveis, uma vez que uma auditoria envolve um conjunto de restrições quanto aos
recursos, principalmente com “tempo” e “pessoal”.
O uso apropriado de amostragem está diretamente relacionado com a geração de confiança
que possa ser identificada nas conclusões de uma auditoria.

Contatos: mcg@mcg.com.br
Tel / Fax: 2287-2242

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