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Ana Paula Kaucz; Camila Fernanda Padilha; Guilherme Lemos Kosteczka; João Marcos
Lenhardt Silva; Joicy Micheletto; Leonardo Viana das Chagas Lima.
Departamento de Física – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campus Curitiba – Av. Sete de Setembro, 3165 Rebouças – 80230-901 – Curitiba – PR - Brasil
e-mail: quimica1.2009utfpr@gmail.com
Introdução
O condutor possui uma
A Corrente elétrica consiste no característica própria muito importante:
movimento ordenado de cargas a resistência elétrica. Determina-se a
elétricas. Supondo que uma carga dq resistência entre dois pontos quaisquer
atravessa a seção reta de um fio de um condutor aplicando-se uma
condutor no intervalo de tempo dt, diferença de potencial V entre esses
então a corrente i que atravessa o pontos e medindo-se a corrente
plano é definida como: resultante
i= (1) R= (3)
A unidade de condutividade no SI
é ohm por metro (.m-1).
Para materiais homogêneos de
seção reta, a resistência pode ser
calculada pela combinação das
equações (2) e (4) com a equação
E=V/L (voltagem por comprimento):
R= ρ (6)
=R=-∫ (9)
Procedimento experimental
Materiais
- Micrômetro
- Fio constantan;
- Fonte DC;
- Pontas de prova;
- Amperímetro;
- Voltímetro;
- Trena.
Primeiramente mediu-se o
Resultados e Discussão
diâmetro do fio constantan e das
pontas de prova, pois sabe-se que a
Define-se a densidade de corrente
área do material interfere na densidade
(j) como a intensidade da corrente
de corrente elétrica. O fio possuía ao
dividida pela área do condutor.
todo cerca de 120 centímetros e a cada
Segundo Tipler e Mosca (2009) a
20 centímetros continha um resistor.
resistência (R) em um fio condutor é
Um conjunto foi montado (figura 1) para
proporcional a resistividade do material
mostrar como varia a resistência ao
( ) e ao comprimento do fio (L)
longo desse fio, onde A é o
enquanto é inversamente proporcional
amperímetro, V o Voltímetro e R o fio
a área do condutor (A).
de constantan.
O amperímetro, que serve para
j = I/A (1)
calcular a intensidade do fluxo de
corrente elétrica, foi ligado em série
R = (L/A) (2)
enquanto que o voltímetro, que realiza
a medição de tensão elétrica, foi ligado
Segundo Tipler e Mosca (2009) a
em paralelo. Para esse sistema
diferença de potencial (V) é igual ao
funcionar, foi preciso de uma fonte, que
produto da intensidade da corrente pela
é a fonte DC (direct corrent) a qual
resistência, isso para resistores ditos
possui uma tensão, e quando a ligamos
ôhmicos. A magnitude do campo
começa a circular corrente. De inicio,
elétrico também pode ser descrito,
deixou-se a tensão em 0,2 V e
segundo Tipler e Mosca (2009) pelo
anotamos a intensidade de corrente,
quociente da diferença de potencial
aumentamos de 0,2 V em 0,2 V até
pelo comprimento do condutor.
chegar em 2,0 V. Estabelecido 2,0 V,
colocou-se as pontas de prova a cada
Δ V = RI (3)
20 centímetros para medir sua
resistência. O último ponto medido foi
Δ V/L = E (4)
no comprimento final do fio, em 120
centímetros.
Substituindo (1), (2) e (4) em (3)
obtém-se:
Determinação da resistividade
(5)
Os dados coletados de resistência
̂ ̂ (foram realizadas triplicatas R1, R2 e
R3) nos diferentes comprimentos do
⃗ (6) condutor com uma tensão constante
foram relacionados na tabela 1.
A ddp (diferença de potencial)
Tabela 1 – Resistências em diferentes
pode ser expressa, segundo Tipler e
comprimentos.
Mosca (2009) como:
L (m) R1 (Ω) R2 (Ω) R3 (Ω) R média (Ω)
0,20 0,160 0,160 0,160 0,160
∫ ⃗ ⃗ (7) 0,40 0,270 0,280 0,280 0,277
0,60 0,390 0,390 0,390 0,390
Substituindo (6) em (7): 0,80 0,490 0,500 0,500 0,497
1,00 0,590 0,600 0,590 0,593
∫ ⃗ (8) 1,20 0,700 0,690 0,690 0,693
Fonte: Autoria Própria.
Considerando a definição de
densidade de corrente, e o ângulo Com os dados da tabela 1
entre os vetores L e I 180° construiu-se um gráfico de resistência
(antiparalelos): por comprimento. Utilizaram-se os
valores médios de R em cada
⃗ comprimento.
∫ (9)
∫ ( )
∫ (10)
Gráfico 1 – R x L.
Lembrando-se que ddp dividido Fonte: Autoria Própria.
pela corrente elétrica é igual a
resistência, considerando um material Os parâmetros da reta obtida
homogêneo: foram relacionados na tabela 2.
(11)
Tabela 2 – Parâmetros do Ajuste Linear do tensões aplicadas quando mantido o
Gráfico 1.
comprimento constante foram
Parâmetros valor erro
relacionados na tabela 3.
A 0,063 0,00799
B 0,53143 0,01026
R 0,99926 - Tabela 3 – Potencial e corrente.
SD 0,00858 - V (volt) i (A)
N 6 -
0,21 0,300
P <0.0001 -
Fonte: Autoria Própria. 0,45 0,630
0,60 0,850
. 1,45 2,20
1,60 2,50
O diâmetro do condutor pôde ser
1,80 2,70
metido com o micrometro, 0,94 mm, e
2,00 3,00
então a área pode ser calculada.
Fonte: Autoria Própria.
(12)
(13)
Gráfico 2 – V x I.
Fonte: Autoria Própria.
O valor de referência para um
condutor constantan é 0,49 Ω.mm2/m Os parâmetros da reta obtida
ou 0,49.10-6 Ω.m [3], calculou-se o erro foram relacionados na tabela 4.
experimental.
Tabela 4 – Parâmetros do Ajuste Linear do
( ) ( ) Gráfico 2.
e %= x100 Parâmetros valor erro
A 0,03546 0,0286
B 0,64714 0,01521
e% = 24 % R 0,9978 -
SD 0,04226 -
Determinação da resistência N 10 -
P <0.0001 -
Fonte: Autoria Própria.
Os dados obtidos de corrente para
o resistor constantan nas diferentes
A reta obtida pelo gráfico consiste Referências
na equação (3).O coeficiente angular
corresponde a resistência. [1] TIPLER, Paul Allen. - Física: para
cientistas e engenheiros – volume 3, 3. ed.
R = 0,647 Ω (14) Rio de Janeiro: LTC,1995.
( )
0,847
e% = x 100
e% = 23,1 % (15)
Conclusões
Como era esperado, o resistor
ôhmico teve um comportamento linear,
obedecendo assim a lei de Ohm.
Sobre o material de Constantan,
observou-se que a resistência dele
realmente seguia a Lei de Ohm, e sua
resistividade calculada aproximou-se
da teorizada, mesmo com erro de 24%.
Esse distanciamento do real pode ser
sido causada pelas variações dos
multímetros, o que exigiu a escolha de
um valor dentro do intervalo de
variação.