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1. FINALIDADE
Padronizar o registro de Acidentes de Trânsito ocorridos nas vias urbanas.
2. REFERENCIAS
a. Código Penal Brasileiro
b. Código de Processo Penal Brasileiro
c. Lei das Contravenções Penais
d. Código de Trânsito Brasileiro
e. Estatuto da Criança e do Adolescente
f. Resoluções do CONTRAN
g. Diretriz nº 007/02-PM3 Sistema de Controle Operacional da PMPR-SISCOP
h. Manual Básico de Policiamento Ostensivo
3. OBJETIVO
a. Estabelecer um critério único para o atendimento de acidentes de Trânsito pelos
Policiais Militares nas áreas urbanas;
b. Orientar a utilização dos formulários relacionados ao atendimento de acidente de
trânsito;
c. Padronizar o preenchimento do Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito (BAT).
4. COMPETÊNCIA
O levantamento de Acidente de Trânsito em vias urbanas é atribuído à Polícia Militar do
Paraná, por força do disposto no § 2º do Art. 21 do Regulamento do DETRAN/PR, aprovado pelo
Decreto nº 3382 de 20 de Julho de 1984.
5. CONCEITOS BÁSICOS
a. Acidente de Trânsito
"É todo o fato ocorrido entre veículos e pessoas ou animais, e entre veículos e
obstáculos, em vias terrestres abertas à circulação pública e que resultem em danos materiais ou
pessoais às partes envolvidas ou a terceiros."(PB-32-ABNT);
b. Tipos de acidentes de trânsito:
1) Abalroamento lateral – ocorre quando um veículo, em trânsito, é colhido
lateralmente por outro veículo, também em movimento, ambos transitando no mesmo sentido de
direção ou em sentidos opostos, que acabam por tocar-se lateralmente;
2) Abalroamento transversal – ocorre quando um veículo, em trânsito, é colhido
transversalmente por outro veículo, também em movimento, ou seja, frente de um e lateral do
outro. É um acidente típico em cruzamentos de vias;
3) Atropelamento – acidente em que um veículo em movimento, colhe uma pessoa ;
Continuação da Nota de Instrução nº 005/2003 – P/3..........................................................fl. 3
6. PROCEDIMENTOS
a. Procedimentos gerais no levantamento de acidentes
Todo policial-militar que tomar conhecimento de um acidente de trânsito, por
quaisquer meios, dentro de sua área de atuação ou fora dela, estando fardado ou em trajes civis,
de serviço ou de folga, deve obrigatoriamente tomar as medidas cabíveis e necessárias que o
caso exigir, observando-se as seguintes recomendações:
1) Quando estiver fardado e de serviço, na sua área de trabalho, deverá efetuar o
atendimento da ocorrência até o seu final, solicitando auxílio de outros órgãos sempre que
necessário;
2) Quando estiver fardado e em outra área de trabalho que não seja a sua, deverá
iniciar o atendimento, tomando as providências imediatas e na seqüência, solicitar a presença em
apoio, da unidade competente;
3) Quando estiver à paisana, de folga, e até mesmo fora da sua área de serviço,
deverá tomar todas as providências imediatas, solicitando a presença de policiais militares que
trabalhem na área.
b. Procedimentos a serem executadas quando da chegada ao local do acidente:
1) Sinalização do local / Socorro às Vítimas
Ao chegar no local do acidente, o policial deverá posicionar a viatura em local visível
e que não atrapalhe a circulação de veículos e sinalizar a pista com cones, a fim de evitar novos
acidentes e evidenciar o trabalho ali realizado.
A sinalização do local deve prevalecer ante as demais, quando o local do acidente,
pelas características apresentadas (curvas acentuadas, lombadas, aclives e declives) e pelas
condições climáticas dominantes (chuva, neblina, noite) constituam perigo, tornando-o um local de
risco, que possa levar a ocorrência de novos acidentes. Deve, sempre que possível, ser realizada
simultaneamente com o socorro às vítimas. O atendimento a feridos é primordial, desde que o
Continuação da Nota de Instrução nº 005/2003 – P/3..........................................................fl. 6
local do acidente não coloque outras pessoas em perigo, sendo que o atendimento deverá ser
efetuado, preferencialmente, pelo SIATE, na impossibilidade de atendimento pelo SIATE, o Oficial
de CPU deverá ser informado.
Para sinalizar o local devem ser utilizados todos os meios disponíveis, próprios para
sinalização, como cones, triângulos, placas, refletores ou meios de improviso, também conhecidos
como meios de fortuna (galhos de árvores, latas de óleo ou querosene e estopa com fogo), tudo
com o objetivo claro de alertar os demais usuários da existência do perigo gerado pelo acidente
que hora recebe o atendimento. As viaturas policiais militares, com seus dispositivos luminosos
(iluminação vermelha intermitente e alerta) sempre serão um referencial para sinalização de local
do acidente.
As distâncias para a colocação da sinalização devem variar de acordo com a
situação apresentada na via, observando-se sempre as condições de visibilidade e de
trafegabilidade do local.
É importantíssimo que ao sinalizar o local do acidente o policial-militar consiga
reduzir a velocidade dos demais usuários da via.
A quantidade de sinalização utilizada e a maneira como ela é disposta na via pública
são fundamentais para impedir a ocorrência de novos acidentes.
2) Identificação dos envolvidos
Ao chegar no local do acidente, o policial deverá verificar quais são os veículos
envolvidos e seus respectivos condutores.
3) Identificação de Testemunhas
No local do acidente, o policial deverá arrolar possíveis testemunhas que
presenciaram fatos pertinentes ao acidente e, se possível, tomar as declarações por escrito.
“Conforme o Art. 202 do Código de Processo Penal, toda pessoa poderá ser
testemunha. Desta forma qualquer pessoa que se encontrar no local do acidente e tiver algo a
declarar sobre os fatos ali ocorridos poderá ser arrolada como testemunha.”
Obs: Importante, não é a testemunha que deve se apresentar ao policial, mas
sim, deve o policial encontrá-la.
4) Coletas de informações
Deverão ser recolhidas no local o maior número de informações possíveis sobre o
acidente, sendo que todas deverão ser seguidas da qualificação da pessoa que informou.
5) Coleta de dados referentes a elaboração do Croqui
Após todos os procedimentos acima, o Policial deverá tirar todas as medidas
necessárias para a elaboração do croqui.
Obs. Em todos os acidentes deverá ser elaborado, obrigatoriamente, o
croqui, quando os veículos forem removidos antes da chegada dos PM, o croqui deverá
mostrar o local com a sinalização existente, bem como, vestígios do acidente.
6) Desobstrução da Pista
Após a coleta dos dados acima, os veículos deverão ser retirados da pista a fim de
liberar o trânsito dos demais veículos, sempre que possível, exceto nos casos de óbito em que
deverá se aguardar a liberação da Polícia Técnica.
7) Preenchimento do BAT
Somente após a realização dos demais itens acima é que o Policial começará a
preencher o BAT.
Obs.: Em acidentes de grande vulto, a equipe deverá informar a CINE e solicitar a
presença do Oficial CPU, bem como, se for necessário, solicitar a presença de outra viatura, no
intuito de dar apoio na proteção à integridade física e custódia dos envolvidos.
DATA DO FATO: 01 01 2003 DIA DA SEMANA: quarta-feira FERIADO: Não Nº VEÍCULOS ENVOLVIDOS: 0 2
HORA DO COMUNICADO: 2 2 h 3 0 HORA DA CHEGADA: 2 2 h 4 5 HORA PROVÁVEL DO FATO: 2 2 h 2 0
Local: Av. Mal Floriano Peixoto X R. Cel. Luís José dos Santos
Nº Bairro: Hauer ZONA: URBANA RURAL
que este último deverá ser solicitado à Sala de Operações do BPTran, que adotará o critério
seqüencial na primeira parte e o ano de ocorrência na segunda parte. Ex.: 001/03, 055/03, 4253/03,
etc.
(2) Neste campo serão preenchidos os dados relativos ao dia da ocorrência do
acidente, a hora da comunicação, hora da chegada ao local, a hora provável da ocorrência do fato,
todas baseadas nas declarações dos envolvidos, bem como das testemunhas, quando houver.
Nº BAIRRO CIDADE
920 Boa Vista Curitiba
END: Nº BAIRRO:
R. Jovino do Rosário, Ap 202 Bloco 5 5263 Bacacheri
IDADE : EST CIV. PROFISSÃO /LOCAL DE TRABALHO : Micro Empresário/R. Joaquim Nabuco,
30 Cas
920
CIDADE FONE : ESCOL.
Curitiba 256-3059 1ºG 2º G 3º G COMP INCOMP
Neste Campo deverão ser assinaladas (conforme modelo abaixo) as partes dos
veículos avariadas como conseqüência do acidente, e não aquelas que já estavam danificadas
antes da ocorrência levantada até o momento.
Caso o número de vítimas seja superior a 4, poderá ser anexado outra folha contendo a
relação das vítimas complementares, observando-se a mesma numeração da ocorrência.
• É importante que seja dada especial atenção à identificação das vítimas e de
seu endereço, com o sentido de auxiliar a justiça no andamento do inquérito
policial que será instaurado.
a) DESCRIÇÃO DO FATO
Neste campo deverá ser feito um relato sintético e completo contendo o maior número
de dados sobre a ocorrência, como:
(1) As vias por onde trafegavam os veículos e/ou pedestres;
(2) Sentido de tráfego percorrido pelos veículos;
(3) Quem forneceu as informações;
(4) A atitude policial tomada (auto de infração, retenção, remoção de veículos ou
detenção de algum dos envolvidos);
(5) Outras informações que possam esclarecer a ocorrência.
(6) Observações complementares deverão ser anotadas abaixo da descrição, nesta
deverão ser anotadas quaisquer informações adicionais, como:
(a) Quem conduziu as vítimas para atendimento;
(b) Policiais, Agentes ou Bombeiros que se encontravam antes da chegada da equipe
no local do acidente e prestaram os primeiros atendimentos;
(c) Dados do responsável do veículo nos casos de choque do veículo estacionado;
(d) Identificação e assinatura de pessoa a quem foi liberado o veículo no local de
acidente;
(e) Outras informações julgadas necessárias ao esclarecimento do acidente ou que
diga respeito à qualquer pessoa envolvida com o acidente.
Exemplo:
DESCRIÇÃO DO FATO:
(6) ATROPELAMENTO
“O V1 transitava pela R. dos Funcionários sentido Ahú, quando no cruzamento
com a Av. Munhoz da Rocha envolveu-se em um atropelamento, conforme croqui e declaração em
anexo.
Dados fornecidos no local pelo condutor do V1 e testemunha.”
(12) CHOQUE
“O V1 transitava pela R. Mal. Deodoro sentido Alto da XV, quando próx. (nº,
cruzamento)envolveu-se em um choque com o (um) (citar o objeto), V2 que encontrava-se
estacionado, conforme croqui........
Dados fornecidos.................”
(13) ENGAVETAMENTO
“O V1, V2 e V3 transitavam pela Av. Visc. de Guarapuava sentido Batel,
quando no cruzamento (nº) com a r. Des. Motta envolveram-se em um engavetamento,
conforme...............
Dados fornecidos..................”
(14) INCÊNDIO
“O V1 transitava pela R. Dr. Faivre sentido Centro Cívico, quando próx. ao (nº)
cruzamento com a R. XV de Novembro veio a se incendiar, conforme declaração em anexo.
Dados fornecidos.............”
c) DOCUMENTAÇÃO COMPLEMENTAR
Neste campo deverão ser anotados todos os documentos que complementarão o
Boletim (Termo de Apreensão de Veículos, Laudo de Exame Bafométrico, Boletim de Ocorrência,
Auto de Recolhimento de Documento, Convite de Comparecimento, Auto de Resistência a Prisão,
Auto de Apreensão de Arma, Auto de Apreensão de Objeto e Termo de Declaração), deverá ser
anotada a quantidade de documentos que seguiram anexo ao Boletim.
A
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01 en 00 Auto de Apreensão de Arma 00
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COMPLEMENTAR D
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Laudo de Exame Bafométrico 00 Convite de Comparecimento 02 Auto de Apreensão de Objeto 00
POLICIAL RG Assinatura
POLICIAL RG Assinatura
Observações:
- A via original deste croqui deverá ser anexada ao Boletim de Ocorrência devendo
fazer parte integrante do mesmo;
- Caso as partes não concordem em assinar deverá ser colocada uma observação por
escrito na folha D;
- Deverá ser adotada na representação no croqui a simbologia constante no Anexo “A”;
- Todas as informações colhidas no local devem ter autoria, sendo identificada por
escrito na folha “D”;
- Quando ambos os veículos tiverem percorrido o mesmo sentido de trânsito, tal sentido
deverá ser representado por um único sinal gráfico, conforme Anexo “I”.
5) TERMO DE DECLARAÇÃO
Este formulário deverá ser entregue aos condutores envolvidos no acidente e
testemunhas que se apresentarem ou forem arroladas no local, que deverão preencher de próprio
punho no local da ocorrência.
O condutor que tenha sofrido ferimentos e seja transferido para atendimento em
casa hospitalar poderá declarar posteriormente, dentro do prazo descrito no convite de
comparecimento, indicando sua versão para o caso. Somente neste caso se permitirá declaração
posterior.
Este Formulário deverá ser anexado como parte integrante do Boletim de
Ocorrência e constar como Documentação Complementar na folha “C”.
Obs.: Se o condutor do veículo for estrangeiro, poderá preenchê-la na sua
língua de origem, sendo que se houver no local um tradutor, poderá acompanhar a
declaração original, a traduzida.
9) PROCEDIMENTOS PARTICULARIZADOS
a) Delimitação da área de circunscrição do BPTran
A área de circunscrição do BPTran é o território da cidade de Curitiba. Porém
com vistas à dirimir dúvidas em relação à atuação do BPTran nas vias limítrofes da Capital, através
de acordo com o BPRv e 17º BPM, ficaram definidos os seguintes limites para o atendimento pelo
BPTran:
b) Condutor hospitalizado
Deverá o BAT ser preenchido com o maior número de dados possíveis do citado
condutor, citando a fonte de informação.
Se o veículo estiver no local do acidente e houverem infrações constatadas em
relação ao mesmo, deverá ser lavrado o respectivo Auto de Infração registrando-se no campo
Observação a expressão “Condutor Hospitalizado”.
Nos casos de crimes de trânsito, informar a DEDETRAN, mediante BO, para que
sejam tomadas as medidas cabíveis.
Se houverem infrações referentes ao condutor não deverá ser lavrado auto de
infração.
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c) Condutor ausente
Quando a equipe de levantamento chegar ao local e o condutor não estiver
presente, não sendo possível saber do seu destino, deverá ser descrito no campo referente à
identificação do condutor na folha “A” o seguinte: “CONDUTOR AUSENTE”. Na folha “C” quanto a
observação deverá ser descrito: “O condutor do Vx não encontrava-se no local quando da chegada
desta equipe, não comparecendo até o final deste levantamento”.
Quando o condutor comparecer no local após a chegada da equipe, coletar-se-á
todos os seus dados normalmente na folha “A”, sendo que deverá ser observado na folha “C”, que
tal condutor compareceu no local após o início do levantamento. (dizer do momento)
f) Condutor estrangeiro
Tanto no caso de fiscalização como no registro de acidente de trânsito o PM
inicialmente deverá solicitar o passaporte do condutor:
- Caso o condutor possua visto de turista, temporário, permanente, de cortesia,
oficial ou diplomático, conforme prevê a Resolução 50/98 do CONTRAN o mesmo deverá
apresentar a carteira de habilitação de seu país de origem, não sendo necessária a tradução de tal
documento, devendo o PM no caso de acidente de trânsito anotar os dados da habilitação no B.A.T.
- Caso o condutor possua visto de permanência definitivo no Brasil, de acordo com
a Resolução 50/98 do CONTRAN, o mesmo deverá portar obrigatoriamente a “Autorização para
Estrangeiro Dirigir Veículo Automotor no Brasil”, cujo documento tem validade de 12 meses. Após
deverá providenciar e portar a CNH brasileira. No caso de não estar portando tal autorização ou a
CNH e possua habilitação do país de origem o veículo deverá ser autuado pelo artigo 232 do CTB.
- Caso o condutor não seja penalmente imputável no Brasil ou não possua a
habilitação do país de origem o veículo deverá ser autuado pelo artigo 162 inciso I do CTB, e caso
tenha gerado perigo de dano, tal condutor deverá ser encaminhado à Polícia Federal pelo artigo
309 do CTB.
- Caso o condutor não esteja portando passaporte ou esteja com o visto vencido
deverá ser encaminhado à Polícia Federal em conformidade com a Lei Federal 6815 de 19 Ago
1980. Vale ressaltar que em virtude de acordos firmados pelo Brasil com países da América Latina,
em substituição ao passaporte o PM deverá aceitar o Cartão de Entrada/Saída devidamente vistado
(Anexo “F”), caso em que o estrangeiro também deverá apresentar a identidade do país de origem.
Dúvidas quanto à situação do estrangeiro no Brasil, poderão ser esclarecidas com a
Delegacia de Polícia Federal Marítima, Aeroportuária e de Fronteiras do Aeroporto Afonso Pena
através do fones 381-1282 e 381-1283, onde há plantão constante, ou durante o horário de
expediente (9 às 17 horas) com a Delegacia de Polícia Federal de Curitiba pelo fone 233-3290. Os
encaminhamentos deverão ocorrer no horário de expediente para a Delegacia de Polícia Federal
situada na Rua Dr Muricy, 814 ou para a Delegacia de Polícia Federal Marítima, Aeroportuária e de
Fronteiras do Aeroporto Afonso Pena.
g) Condutor brasileiro com habilitação estrangeira
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profissão. Desta forma no local da ocorrência o profissional para ser reconhecido como advogado
deverá se identificar com a Carteira ou Cartão de Identidade de Advogado, expedidos pela OAB.
O advogado devidamente identificado poderá, após solicitação ao policial, visualizar
o B.A.T. No entanto, antes, deverá informar ao policial qual das partes representa e não poderá
interferir na elaboração do documento.
Caso o advogado visualize o BAT, o PM deverá constar na folha “C” o nome do
advogado que esteve no local do acidente visualizando o BAT e respectivo nº da OAB, bem como
deverá constar qual dos condutores envolvidos o mesmo encontrava-se representando.
u) Omissão de socorro (Aspectos do Art 176 e 177 do CTB)
O policial responsável pelo registro do acidente, somente adotará medidas
pertinentes ao Art. 176 e 177, bem como aos Artigos 304, 305 e 312 do CTB, nos casos onde seja
evidenciada de forma inquestionável a conduta típica do agente.
v) Veículo ciclomotor
Segundo o anexo I do CTB, ciclomotor é um veículo de duas ou três rodas, provido
de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a cinqüenta centímetros cúbicos
(3,05 polegadas cubicas) e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a cinqüenta
quilômetros por hora.
No caso, face a omissão da Lei, deverá ser adotado quanto ao ciclomotor o
seguinte procedimento:
• Condutor não Habilitado maior de 18 anos – libera-se o veículo no local para
condutor habilitado sem A.I.
• Condutor Adolescente – libera-se o veículo e o condutor no local para o pai ou
responsável sem A.I.
• Condutor Criança – conduz a criança e o ciclomotor ao Conselho Tutelar da
área, face o risco da criança. Art. 249. E.C.A.
O licenciamento do ciclomotor é a cargo do município inviabilizando assim a sua
cobrança, face a inércia do município.
w) Permissão vencida a mais de 30 dias
Quando a Permissão para Dirigir estiver vencida a mais de 30 dias aplicar-se-á o Art.
232 do CTB, pois tal documento perde a validade, e o condutor deveria estar de posse da CNH
definitiva.
A Permissão para Dirigir, vencida a mais de 30 dias, deverá ser recolhida mediante
Auto de Recolhimento de Documentos, não devendo ser assinalado o campo destinado ao
recolhimento da CNH do AI.
x) Atropelamento sem vítima
Poderão ocorrer situações onde o pedestre venha ser colhido por veículo automotor
mas não seja necessária a sua condução ao Pronto Socorro. Quando apesar disso, houver danos
ao veículo, poderá ser registrado o acidente como atropelamento.
Deverá ser tomado o cuidado de anotar-se o tipo como atropelamento e citar os
dados do pedestre na folha “B”, não colocando o código de ferido.
O fato deverá ser observado na folha “C”, inclusive citando se o pedestre teve
ferimentos e foi atendido e liberado no local pelo SIATE.
y) Placas de Experiência/Fabricante
Na folha “C” deverá ser constado as observações referentes à utilização da placa
de experiência, citando-a e determinando a origem e informações sobre a mesma.
Se o veículo envolvido no acidente estiver utilizando placa de experiência oriunda
de concessionária, os campos afetos à identificação do veículo deverão ser preenchidos com as
informações referentes à placa original do veículo.
Se houver infrações de trânsito, as mesmas deverão ser lavradas utilizando-se a
placa de experiência na qualificação.
Se a placa de experiência não estiver devidamente afixada na parte externa do veículo
junto ou sobre a placa original, deverá ser elaborado auto de infração com base na placa original,
observando-se que a placa de experiência não estava corretamente afixada.
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prontuário da CNH, nº do Documento do Detran que o habilita como instrutor, endereço e nome da
auto-escola a que pertence).
Vale ressaltar que tanto no registro de acidentes como na fiscalização de veículos
de auto-escola, em relação ao aprendiz, ao instrutor e ao veículo, o PM deverá proceder da
seguinte forma:
- Com relação ao Aprendiz:
Deverá ser exigido a Licença para Aprendizagem de Direção Veicular (LADV),
documento de porte obrigatório previsto no parágrafo único do Art. 155 do CTB e no Art. 13 da Res.
74/98 CONTRAN. Caso o aprendiz não porte a LADV o veículo deverá ser autuado pelo Art. 232
do CTB, constando-se o aprendiz como infrator no AI e anotando-se no campo observação do auto
o não porte da LADV, bem como o nome e nº de registro da CNH do instrutor. O veículo deverá
permanecer retido até a apresentação do documento e, se não satisfeitas as exigências legais o
mesmo deverá ser removido ao pátio do DETRAN.
É importante ressaltar que para possuir a LADV, conforme preceitua o Art. 6º
da Res. 50/98 CONTRAN, o candidato tem que ser penalmente imputável, bem como pelo
parágrafo 2º do Art. 13 da Res. 74/98 CONTRAN, tem que já ter sido aprovado no teste de aptidão
física e mental, psicológico, escrito sobre legislação de trânsito e noções de primeiros socorros.
Também conforme o parágrafo 1º do Art. 13 da Res. 74/98 CONTRAN, a LADV somente terá
validade no território da Unidade de Federação em que for expedida e com a apresentação do
documento de identidade expressamente reconhecido pela legislação federal.
- Com relação ao Instrutor:
Deverá ser exigido o documento que o identifica como instrutor habilitado
(Res. 74/98, Art. 14, parágrafo 2º, Inc. IV – CONTRAN).
Caso o instrutor não porte o documento que o identifica como instrutor
habilitado, na conformidade do parágrafo 3º do Art. 14 da Res. 74/98 – CONTRAN, deverá ser
informado o Oficial CPU, para que o mesmo comunique o fato por escrito e, desta forma, seja
informada a CRT/DETRAN para a abertura do devido procedimento sumário ou auditoria.
- Com relação ao Veículo:
O veículo deverá estar identificado de acordo com o Art. 154 CTB:
Art. 154 - Os veículos destinados à formação de condutores serão
identificados por uma faixa amarela, de vinte centímetros de largura,
pintada ao longo da carroçaria, à meia altura, com a inscrição AUTO-
ESCOLA na cor preta.
Parágrafo único - No veículo eventualmente utilizado para
aprendizagem, quando autorizado para servir a esse fim, deverá ser
afixada ao longo de sua carroçaria, à meia altura, faixa branca
removível, de vinte centímetros de largura, com a inscrição AUTO-
ESCOLA na cor preta.
7. ANEXOS
8. DISTRIBUIÇÃO:
CPC, Cmt e Sub Cmt do BPTran, EM, 1ª, 2ª e 3ª CiaTran, PCS, Secretaria de
Acidentes de Trânsito e Sala de Operações.
_________________________________
ALTAIR MARIOT, Ten Cel QOPM
Comandante do BPTran