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Este relatório é a análise sobre o tema “Absolutismo” nos livros didáticos de História
referentes às quinze coleções utilizadas na pesquisa do projeto “Narrativa nos Livros
Didáticos de História: Tradições e Rupturas”. Aqui poderemos observar as recorrências e
singularidades apresentadas nos livros didáticos. As narrativas apresentam pequenas
variações em suas apresentações a respeito do tema, e apontarei não apenas as semelhanças,
mas também irei destacar as pequenas nuances presentes nas narrativas nas obras didáticas.
Tema: Absolutismo
Número de
Coleção Título nas coleções Capítulo Tópico Páginas
Capítulo 11: Absolutismo e
1 mercantilismo p.139 - 147
Capítulo 4: A formação dos Estados
2 nacionais / O mercantilismo p.81 - 82
Capítulo 11: O absolutismo e o
3 mercantilismo p.103 - 114
Capítulo 14: Quem governava o
Estado moderno? O Antigo
Regime. / Receita para acumular
4 riqueza p.224
Capítulo 7: Fortalecimento do poder
dos reis / O mercantilismo: riqueza p. 125 -
5 e poder para o Estado 126
6 Capítulo 6: Estado, nação e política p.120 - 129
Capítulo 10: O que foi o
7 mercantilismo? p.119 - 123
Capítulo 1: Inglaterra e França no
8 Século XVII p.11 - 20
Capítulo 6: Nos tempos do
9 absolutismo / O mercantilismo p. 81 - 84
Capítulo 9: As Monarquias
10 absolutistas e o Mercantilismo p.248 - 260
11 Unidade 5 - O encontro entre dois p.129
mundos / Tema - 1 O nascimento
das monarquias nacionais / Política
mercantilista
Capítulo 10: Mercantilismo e a
12 colonização da América p.192 - 195
Capítulo 6: Mercantilismo e sistema
13 colonial p.92 - 100
14 Capítulo 6: O mercantilismo p.72 - 79
Capítulo 2: O Antigo Regime / O
15 mercantilismo p.25
Coleção 5 - BOULOS JR, A. História sociedade e cidadania 7º ano. São Paulo. Editora FTD,
2009.
Coleção 12 - BOULOS JR, A. Projeto Radix. 7º ano. Rio de Janeiro. Editora: Scipione. 2009.
Coleção 14 - CARDOSO, O. P. Tudo é história. 7º ano. Rio de Janeiro. Editora: Ática, 2009.
Para as coleções, o poder, durante a Idade Média, encontrava-se dividido entre vários
senhores feudais, portanto, descentralizado. Mas, a partir do século XI, essa situação
começou a mudar. Com o revigoramento e o fortalecimento do comércio e das cidades,
formou-se um novo grupo social, a burguesia, composta principalmente por comerciantes. No
entanto, a existência de vários senhores feudais e, portanto, de diferentes moedas e impostos
tornavam caras as mercadorias e atrapalhavam os burgueses. Dispostos a mudar essa
situação, os burgueses aproximaram-se do rei em busca de proteção e favores; alguns reis,
interessados no dinheiro da burguesia, passaram a fazer leis favoráveis a ela. Em troca da
proteção recebida, muitos burgueses financiavam o rei; a nobreza, empobrecida, também se
aproximou do rei para pedir ajuda militar, a fim de reprimir as revoltas camponesas; os
camponeses, por sua vez, recorriam ao rei esperando que ele os defendesse contra o abuso
dos senhores feudais. Fortalecido, o rei pôde criar impostos, estabelecer uma moeda única
para todo o território e usar o dinheiro das doações e dos impostos para criar um exército
profissional assalariado. Com isso, aos poucos, o rei foi impondo sua autoridade a todos os
habitantes do reino.
Todas as coleções analisadas apresentam este processo como fator detonador para o
fenômeno do absolutismo, todavia, as coleções, sem divergirem deste ponto central,
apresentam nuances e acréscimos ao fator detonador evidenciado. Eis as particularidades:
COLEÇÃO>
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
ASSUNTO\/
Teóricos do
Absolutismo
Formação dos
Estados
Modernos
(França)
Formação dos
Estados
Modernos
(Inglaterra)
Formação dos
Estados
Modernos
(Península
Ibérica)
Aspectos
culturais no
Antigo Regime
Coleção 6 - “História Temática” - Esta coleção narra que “Na Idade Média, o poder
se estruturava com base nas relações pessoais, nos laços estabelecidos dentro da sociedade de
ordens (clero, nobreza e trabalhadores). Assim era a relação entre os senhores e os
camponeses, entre os vassalos e seus suseranos e entre estes últimos e os reis”, porém, “o
Estado moderno começou a estabelecer-se no século XIV, na Europa ocidental. O governante
poderia ser um príncipe, um rei ou um cidadão comum eleito pelo povo. Seu poder era
impessoal, o seja, seu governo deveria atender, indistintamente, todos os que faziam parte
daquela sociedade. Em resumo, o chefe do Estado moderno governava independentemente de
relações pessoais; prevaleciam os interesses de classes sociais, como o apoio e a sustentação
da burguesia aos reis em troca de vantagens para ela”. Para esta coleção, “O Estado
compreende toda a estrutura jurídica e política institucionalizada de uma sociedade, com um
governo próprio e um território definido. No caso do Estado moderno, por exemplo, a
obrigação de oferecer segurança aos membros da sociedade que habitam aquele território
passa a ser chefe de Estado, que deve defender todos os cidadãos. É o chefe de Estado que
organiza o exército e a defesa do território, enquanto na Idade Média os exércitos eram
particulares e defendiam somente os que estavam ligados a determinado senhor, que
financiava as forças militares”. A coleção ressalta que “os processos de formação do Estado
moderno e de passagem do feudalismo para o capitalismo na Europa são elementos
fundamentais da Idade Moderna” e que “a primeira forma de organização política desses
novos Estados foram as monarquias nacionais, em que o poder estava centralizado nas mãos
do monarca, mais tarde essas se transformaram em Estados absolutistas, nos quais o monarca
tinha o poder absoluto”.
A coleção menciona que, “embora já houvesse reis durante o período medieval, a
nobreza local limitava o seu poder. Isso começou a mudar entre os séculos XVI e XVIII,
quando algumas monarquias europeias fundaram-se sob um poder fortemente centralizado
nas mãos do monarca” e, à título de exemplo, nos diz que “foi o que aconteceu na França,
Espanha e Prússia, por exemplo”. O processo, segundo a coleção, deu-se graças aos
“burgueses e comerciantes” que “ansiavam por maior estabilidade política e segurança para
executar seus negócios. Por isso procuraram aliar-se à realeza, que, por sua vez, dependia
financeiramente da burguesia para financiar o Estado, manter o exército, o corpo de
funcionários administrativos e a parte da nobreza que era pela monarquia. Tratava-se de uma
troca interessante para ambos”. Por fim, a coleção acrescenta que “nas monarquias nacionais,
acreditava-se que o poder do rei emanaria diretamente da vontade de Deus. Ao conceber a
bênção e a aprovação da Igreja, dadas pelo papa, o governante adquiria legitimidade, força
divina. Essa relação caracterizava a chamada teoria do direito divino dos reis. A palavra do
monarca estaria acima da dos demais homens e todos os membros da sociedade que
governava – os seus súditos. Por essa razão, os governantes desse período ficaram conhecidos
como monarcas absolutistas”.
Coleção 13 - “Saber e fazer História” - Segundo esta coleção, “Entre fins da Idade
Média e ao longo da Idade Moderna as monarquias se fortaleceram e surgiram os Estados
nacionais. As reformas religiosas ocorridas no século XVI tornaram a pessoa do rei ainda
mais importante. Com o fortalecimento de seu poder, muitas vezes os reis passavam a
interferir nas crises e nas guerras religiosas. Essa interferência foi fundamental para a
constituição dos Estados nacionais, que se caracterizavam por um poder político centralizado,
exercido sobre os habitantes de um território com fronteiras mais definidas e os recursos nele
existentes. O processo de constituição e consolidação dessa forma de poder político, a que
chamamos monarquia absolutista, teve características próprias nos diferentes países do
continente. Os termos absolutismo monárquico ou Antigo Regime foram criados, no século
XVIII, por filósofos franceses que se opunham ao poder que os reis possuíam nessa forma de
governo. O fortalecimento do poder real e a centralização do Estado moderno, que vinham
ocorrendo na Europa, passaram a ser justificados por pensadores cristãos que acreditavam ser
esse poder expressão da vontade divina. Uma vez reconhecida e legitimada a autoridade real,
era dela que vinham os poderes do Estado. Parte desse poder estava nas mãos da burocracia,
um grupo de pessoas nomeadas pelo soberano para agir em tribunais, formação e treinamento
de exércitos profissionais e relações com outros Estados. Em suas diferentes formas, o
absolutismo monárquico fez parte da história de diversos Estados europeus, como França,
Inglaterra, Portugal, Espanha e Rússia, entre outros”.
Coleção 14 - “Tudo é história” - Esta coleção nos informa que, “Durante a Idade
Média a Europa ocidental estava dividida em um grande número de territórios, os feudos. Em
cada feudo, o poder era exercido pelo senhor feudal, um nobre que era o proprietário da terra.
Cabia ao senhor feudal a cobrança de impostos e a aplicação da justiça. Os reis nada mais
eram que suseranos de um grande número de vassalos. Além disso, o próprio rei podia ser
vassalo de outro rei, mais poderoso do que ele. Para governar, os reis consultavam seus
vassalos, reunidos num conselho chamado de corte ou Parlamento. Nessa época, o papa, além
de exercer um cargo religioso, também se envolvia em questões políticas. Isso contribuía para
diminuir ainda mais a autoridade dos reis europeus. A partir do século XI, porém, essa
situação começou a mudar. Com o crescimento do comércio e das cidades, os monarcas
assumiram papel de destaque. Pouco a pouco, o rei deixou de ser apenas mais um entre tantos
senhores feudais e passou a centralizar o poder, cuidando dos impostos e mantendo um
exército encarregado de garantir a segurança da população. Assim começaram a surgir as
primeiras monarquias europeias. No século XVI, com a expansão do comércio marítimo,
muitos reinos entraram em guerra disputando a supremacia comercial. Foi nesse época que
alguns estudiosos europeus começaram a pensar em alternativas políticas para a situação”.
Segundo a coleção, “Com o absolutismo, chegaram ao fim os laços de suserania e vassalagem
que marcaram o período medieval. Cada monarca criou seu exército nacional, pondo fim às
tropas particulares. O direito feudal foi gradativamente substituído por um novo direito
inspirado no antigo direito romano, e funcionários foram contratados para cuidar da
administração pública. Nascia assim o Estado moderno”.
TEÓRICOS DO ABSOLUTISMO
“Na História, as transformações não ocorrem apenas por vontade de uma única
pessoa, mas estão intimamente relacionadas às circunstâncias econômicas, sociais e culturais.
De acordo com os historiadores, não existe jamais uma única causa ou razão para os
fenômenos ou acontecimentos históricos. No caso dos governos absolutistas, foi preciso
haver a confiança de nobres, do clero, de populações inteiras em reis corajosos para os
monarcas implantarem governos com toques autoritários. Colaboraram também as teorias, as
ideias produzidas em determinadas sociedades, a respeito das mais variadas questões:
políticas, socioeconômicas, culturais etc. Diante das transformações sofridas desde o final da
Idade Média (o esgotamento das terras, a diminuição do poder dos senhores feudais, o
ressurgimento do comércio, a necessidade de unificação de um território que facilitasse as
trocas comerciais etc.), diversos pensadores passaram a defender a ideia de que somente um
rei forte poderia solucionar os problemas da sociedade. Esses pensadores, que surgiram em
diversas partes da Europa, ficaram conhecidos como teóricos do absolutismo”. Valendo-me
deste trecho retirado da coleção Projeto Radix, que enfatizo a influência dos intelectuais no
fenômeno político denominado absolutismo. Dentre as coleções analisadas, apenas a coleção
4 - “História em Documento” não apresenta uma narrativa sobre os “teóricos do
absolutismo”.
Coleção 6 - “História Temática” - Esta coleção nos narra que “nas monarquias
nacionais, acreditava-se que o poder do rei emanaria diretamente da vontade de Deus. Ao
conceber a bênção e a aprovação da Igreja, dadas pelo papa, o governante adquiria
legitimidade, força divina. Essa relação caracterizava a chamada teoria do direito divino dos
reis. A palavra do monarca estaria acima da dos demais homens e todos os membros da
sociedade que governava – os seus súditos. Por essa razão, os governantes desse período
ficaram conhecidos como monarcas absolutistas”. A coleção acrescenta que “o bispo Jacques
Bossuet, foi um dos principais defensores da teoria do direito divino dos reis” e que “o
pensador inglês Thomas Hobbes (1588 – 1679) considerava que o homem necessitava ceder
todos os seus direitos a um único governante, caso contrário ele tenderia a entrar em guerra.
A paz e o bem-estar só seriam possíveis se um homem superior, um monarca absoluto,
governasse e decidisse em nome de todos, não havendo nem mesmo a possibilidade de
discordar deste. Para Hobbes, ‘o homem é o lobo do homem’, ou seja, se não houver uma
força superior que controle seus impulsos egoístas, ele tende a perpetuar a guerra e a
insegurança reinará no mundo”.
Coleção 7 - “Navegando pela História”, Esta coleção narra que “alguns escritores e
filósofos da época elaboraram teorias em que explicavam e justificavam o absolutismo
monárquico, tentando convencer a sociedade de que esse regime político era necessário para
garantir a segurança nacional, a ordem nacional, o desenvolvimento econômico e o
cumprimento das leis”. A coleção acrescenta que “grande parte do clero apoiou o absolutismo
monárquico e justificava-o com argumentos baseados no teocentrismo. Apelando para a
religiosidade da sociedade, pretendia-se obter dela o reconhecimento e a aceitação da plena
autoridade do rei sobre o Estado. Bispo e filósofo francês Jacques Bossuet, que viveu entre
1627 e 1704, foi quem melhor expressou as ideais da Igreja. Em sua obra A política segundo
as Sagradas Escrituras, ele defendia a teoria do direito divino, segundo a qual o poder do rei
tinha origem divina, cabendo a Deus, e não ao povo, julgar os atos e as decisões do monarca.
De acordo com essa teoria, as críticas ou questionamentos ao poder real eram interpretados
como sacrilégios. Os reis estariam, assim, livres da obrigação de prestar contas de suas
decisões à nação. A França foi o país europeu que mais se utilizou da teoria do direito divino
para manter o absolutismo monárquico”. Além disso, a coleção acrescenta que “a valorização
do antropocentrismo e do racionalismo faziam parte dos ideais renascentistas da época e
influenciaram as teorias de alguns filósofos na defesa do absolutismo monárquico. Eles
partiam do princípio de que o regime absolutista era necessário para fortalecer o Estado e
para organizar a vida em sociedade. No livro Leviatã, o filósofo inglês Thomas Hobbes, que
viveu entre 1588 e 1679, argumenta que somente governos fortes e poderosos conseguem
impedir que as pessoas se destruam na luta pelo poder e pela sobrevivência, uma vez que,
para o autor, ‘o homem é o lobo do homem’. Assim, Hobbes afirmava que os povos precisam
de monarcas absolutistas para manter a ordem na sociedade. Sua teoria foi valorizada
principalmente na Inglaterra”. Por fim, a coleção menciona “o filósofo Nicolau Maquiavel,
nascido em Florença em 1469, viveu numa época em que ainda não havia se organizado na
península Itálica um governo centralizado”. Segundo a coleção, “Maquiavel defendia a
formação de um Estado moderno italiano, que unisse as cidades-estados sob um único
governo. Ele considerava que assim a península Itálica poderia enfrentar a crise, afastar o
perigo de uma dominação estrangeira e competir com Portugal, Espanha, França e Inglaterra,
que nesse momento se fortaleciam e enriqueciam com o desenvolvimento comercial, com as
navegações e com a colonização. Interessado em acabar com as rivalidades entre as cidades
italianas e promover sua unificação, no livro O Príncipe, Maquiavel afirma que o monarca
não deve ser julgado pelas atitudes que toma, mas pelos objetivos que pretende alcançar.
Dessa forma, uma atitude injusta pode ser considerada positiva se sua finalidade for manter a
ordem e segurança do país. Os argumentos de Maquiavel foram utilizados por diversos reis
absolutistas europeus como forma de justificar seu poder, mas não foram suficientes para
unificar as cidades italianas”.
Coleção 9 - “Para entender a História”, nos narra que “O absolutismo foi defendido
por intelectuais de prestígio, que elaboraram sofisticadas argumentações com o fim de provar
que o governo absoluto era legítimo. Um desses filósofos foi o cardeal Jacques Bossuet, que
defendeu a ideia de que o poder real tem origem divina. Segundo essa visão, o poder do rei é
absoluto porque vem de Deus. Por esse motivo, não teria de dar satisfação de seus atos senão
a Deus”.
Coleção 10 - “Para Viver Juntos” - Segundo esta coleção, “no início da Idade
Moderna, alguns pensadores que concordavam com o fato de os reis exercerem um poder
absoluto, criaram teorias para explicar esse novo sistema político”. Segundo esta coleção, o
Francês Jacques-Bégnine Bossuet e o inglês Thomas Hobbes são os principais teóricos do
Absolutismo”.
Para a coleção, “o bispo católico Jacques-Bégnine Bossuet (1627 - 1704), educador
dos jovens membros da família real francesa, defendia a ideia de que o poder dos reis era uma
dádiva de Deus. Isso quer dizer que, para Bossuet, a monarquia absoluta era vontade de Deus:
“o rei é rei porque assim Deus quis”. Desse modo, nenhuma autoridade fosse ela laica ou
religiosa, poderia contestar esse direito divino. Ir contra o rei era ir contra Deus. A própria
Igreja devia, assim, submeter-se à vontade do rei. Segundo o bispo francês, o poder absoluto
não representava um regime de injustiças e arbitrariedade, pois o rei, agindo sob proteção
divina, estaria livre de errar ou ser injusto”.
Além da narrativa sobre Bossuet, a coleção nos diz que “o inglês Thomas Hobbes
(1588 -1679), filósofo e educador de nobres, também era a favor do poder absoluto dos reis.
Contudo, ao contrário de Bossuet, Hobbes não acreditava que o poder real se originava do
direito divino. Para ele, a submissão dos súditos ao rei se dava por um contrato, necessário
para garantir a paz e o bem-estar de todos. Sem um governo forte, os homens se deixariam
levar pelo egoísmo natural e viveriam em lutas constantes. O papel do rei seria, assim,
fundamental para garantir a paz e o bem-estar de seus súditos. Suas ideias foram divulgadas
principalmente por meio do livro Leviatã, publicado em 1651. Nesse livro, Thomas Hobbes
defende a ideia de que o rei salvou a civilização da barbárie e, portanto, todos devem prestar-
lhe obediência”.
Coleção 11 - “Projeto Araribá” - Segundo esta coleção, “O absolutismo tinha de ser
justificado pela razão e pela fé para que as pessoas considerassem legítimo o monarca
concentrar em suas mãos todos os poderes. Principalmente a burguesia, à medida que
enriquecia, ambicionava liberdade para realizar seus negócios sem o controle do Estado. Era
necessário, então, uma teoria que justificasse o poder absoluto dos reis sobre todo o reino”. A
coleção nos diz que “a base teórica de apoio ao absolutismo monárquico foi desenvolvida por
importantes escritores, entre eles Thomas Hobbes e Jacques Bossuet”. Segundo a coleção,
“filósofo inglês, Hobbes defendia a ideia de que a natureza humana era, desde sempre, má e
egoísta. ‘O homem é o lobo do homem’, dizia ele. Só um Estado forte seria capaz de limitar a
liberdade individual, impedindo a ‘guerra de todos contra todos’, como afirmou em sua
principal obra, o Leviatã. Em resumo, o indivíduo deveria dar plenos poderes ao Estado,
renunciando à sua liberdade a fim de proteger a sua própria vida”. Além de Hobbes, a coleção
cita Bossuet que era “bispo e teólogo francês” e “foi um dos mais importantes intelectuais da
corte de Luís XIV, o mais absolutista dos reis da França. Em seu livro Política tirada da
Sagrada Escritura, desenvolveu a doutrina do direito divino dos reis, segundo a qual o poder
do soberano expressa a vontade de Deus. Sendo o poder monárquico sagrado, qualquer
rebelião contra ele é criminosa. Para Bossuet, a autoridade do rei é de origem divina e,
portanto, incontestável e ilimitada. É possível perceber uma diferença no pensamento dos
dois teóricos. Enquanto Hobbes defendia o absolutismo com base na razão, no argumento de
que era necessário garantir a segurança dos indivíduos, o bispo Bossuet fundamentava sua
defesa no direito divino dos reis, ou seja, na religião. Apesar do absolutismo ter sido uma
forma de governo específica da Europa da Idade Moderna, o apóstolo Paulo, do século I, e
Agostinho de Hipona, que viveu de 354 a 430, defendiam a existência de governos fortes”.
Coleção 12 - “Projeto Radix” - Esta coleção nos afirma que “não foram somente os
reis que criaram o absolutismo, nem isso se deu de um dia para o outro.” A coleção ressalta
que “na História, as transformações não ocorrem apenas por vontade de uma única pessoa,
mas estão intimamente relacionadas às circunstâncias econômicas, sociais e culturais. De
acordo com os historiadores, não existe jamais uma única causa ou razão para os fenômenos
ou acontecimentos históricos”. Sendo assim, “no caso dos governos absolutistas, foi preciso
haver a confiança de nobres, do clero, de populações inteiras em reis corajosos para os
monarcas implantarem governos com toques autoritários. Colaboraram também as teorias, as
ideias produzidas em determinadas sociedade, a respeito das mais variadas questões:
políticas, socioeconômicas, culturais etc”. A coleção nos informa que “diante das
transformações sofridas desde o final da Idade Média (o esgotamento das terras, a diminuição
do poder dos senhores feudais, o ressurgimento do comércio, a necessidade de unificação de
um território que facilitasse as trocas comerciais etc.), diversos pensadores passaram a
defender a ideia de que somente um rei forte poderia solucionar os problemas da sociedade.
Esses pensadores, que surgiram em diversas partes da Europa, ficaram conhecidos como
teóricos do absolutismo”. Levando em conta este aspecto, a coleção cita alguns deste
pensadores. Os pensadores citados pela coleção são: Nicolau Maquiavel, o autor de O
Príncipe e da “ideia de que o Estado é mais importante do que os indivíduos”, a coleção
ressalta que “para Maquiavel, o monarca deveria exercer indiscriminadamente seu poder,
usando até mesmo hipocrisia, astúcia, fraude, crime e violência para zelar pela economia ou
pela segurança do Estado. Somente um rei dotado de poderes absolutos poderia superar as
divisões e divergências políticas e construir um estado unificado, centralizado; a coleção
também cita “Thomas Hobbes (Inglaterra, 1588-1679), o mais conhecido defensor do
absolutismo, autor do Leviatã. Em sua opinião, onde não vigorasse o absolutismo do Estado
imperaria a insegurança e o caos social. A sociedade natural (ou seja, aquela que não é
política) seria caracterizada por um estado de permanente conflito de todos contra todos e iria
prevalecer a lei do mais forte. Na visão de Hobbes, somente um Estado forte poderia impedir
os abusos e permitir o florescimento de uma sociedade mais equilibrada.” A coleção faz
menção ao “jurista francês Jean Bodin (1530 - 1596)” que “já havia proposto também a ideia
de que apenas o poder absoluto do rei seria capaz de garantir a ordem social”. Por fim, a
coleção menciona “Jacques-Bénigne Bossuet (França 1627-1704), autor de Política segundo
a Sagrada Escritura, na qual defende a origem divina do poder real. Para ele, Deus delegava
ao poder político aos monarcas, conferindo-lhes autoridade ilimitada e incontestável. Assim,
como o poder do rei derivava diretamente de Deus, era superior a qualquer outro poder
terreno. Essa era a teoria do direito divino dos reis”. Segundo a coleção, “para alguns
historiadores, o caso mais exemplar de governante que se serviu das ideias de Bossuet foi o
soberano francês Luís XIV, chamado ‘Rei Sol’, que chegou a ser adorado e tido como dotado
de poderes divinos. Entretanto, outros historiadores preferem destacar que o caráter sagrado
atribuído aos monarcas e à realeza desde a formação das monarquias medievais, quando se
ressalta até mesmo o poder de cura contido no toque do rei. Dessa forma, Luís XIV teria
continuado tradições já existentes utilizando-as em favor e reforçando as ideias do século
XVII sobre o direito divino dos reis”.
Coleção 13 - “Saber e fazer História” - Esta coleção relata que “absolutismo não
deve ser confundido com autoritarismo”. Pois, “para seus defensores, o monarca absolutista
tinha de ser um soberano então, que prestava conta dos seus atos a Deus e também era
obrigado a defender os interesses do Estado, o bem de seus súditos e a paz entre todos”.
A coleção narra que “em 1651, o filósofo inglês Thomas Hobbes escreveu o livro
Leviatã. A ideia era comparar o Estado a um monstro poderoso: Leviatã era também o nome
de um monstro marinho, citado na Bíblia, às vezes identificado com um dragão ou uma
serpente gigante. Nesse livro, o autor afirma que o ‘monstro’ Estado foi criado para acabar
com a desordem e a insegurança social. Nas sociedades primitivas, escrevia Hobbes, ‘o
homem era o lobo do próprio homem’, e todos viviam no que ele chamava de ‘estado de
natureza’. Com isso, Hobbes queria dizer que as pessoas eram movidas por sentimentos
irracionais, sendo constantes as guerras e matanças, cada qual lutando pela sua sobrevivência
e cuidando dos próprios interesses. Só havia uma solução para pôr fim a esses conflitos
permanentes: um acordo, chamado contrato social. No contrato social, cada um abriria mão
de sua liberdade em favor de um governo absoluto, capaz de garantir a ordem, a direção e a
segurança no convívio social. Era assim que Hobbes justificava o poder absoluto do
governante do Estado: como uma condição necessária para se alcançar a paz e o progresso da
sociedade. O poder do Estado nasceria do contrato social, no qual a vontade do governante
(uma pessoa ou uma assembleia) valeria como vontade de todos. Buscar o bem-estar do povo
seria o der básico de quem ocupasse o poder político”. Para além de Hobbes, esta coleção cita
o “bispo francês Jacques Bossuet, que viveu durante o governo de Luís XIV (1651 - 1715),
foi um grande defensor da monarquia absolutista cristã. Ele dizia que o rei era predestinado
por Deus para governar seu país. O poder do rei era absoluto porque tinha origem divina. Por
isso, o rei estava acima de todos os súditos e não precisava explicar suas atitudes e ordens a
qualquer pessoa. Somente Deus poderia julgar o monarca. Mas era natural que o ‘bom’ rei
usasse seu poder para promover a felicidade geral do povo. Foi Bossuet o autor da frase ‘Um
rei, uma fé, uma lei’, que se tornou uma espécie de lema das monarquias absolutistas”.
Coleção 14 - “Tudo é História” - Para esta coleção, “o primeiro autor moderno a criar
uma obra exclusivamente sobre política foi Nicolau Maquiavel, que escreveu O Príncipe em
1513. Nesse livro, o autor afirma que os interesses do Estado estão acima dos interesses dos
indivíduos. Assim, para fazer prevalecer os interesses estatais o governante poderia lançar
mão dos mais variados métodos, inclusive de violência e força contra seus adversários. Na
França, os inúmeros conflitos religiosos envolvendo católicos e protestantes podem ter
influenciado Jean Bodin, no século XVI, e Jacques Bossuet, no século XVII, a afirmar que o
poder do rei deveria ser ilimitado. Segundo esses autores, os monarcas seriam representantes
de Deus na Terra. Esse conjunto de ideais ficou conhecido como Teoria do Direito Divino. O
filósofo inglês Thomas Hobbes tinha outra razões para defender o poder absoluto dos reis.
Para ele, sem uma autoridade absoluta, os indivíduos viveriam na barbárie, destruindo-se uns
aos outros. Assim, as pessoas deveriam renunciar à liberdade individual e concordar por meio
de um contrato social, em viver sob o poder absoluto de um governante que seria responsável
por garantir a paz a toda a sociedade. Essas ideias se espalharam pela Europa e ajudaram a
fortalecer o poder dos reis. Surgiu uma nova forma de governar, conhecida como
absolutismo. Os reis, além de administrar seus reinos, passaram também a criar e a revogar
leis e a exercer a Justiça em seus domínios. Seu poder tornou-os absoluto, limitado apenas
pelas leis divinas e pelos costumes e tradições da época”.
Coleção 15 - “Vontade de Saber História” - Nesta coleção, em seu livro do 8° ano, há
um boxe informativo intitulado “Os teóricos do Absolutismo”. A coleção, neste boxe, nos diz
que “o Absolutismo recebeu apoio e justificativa teórica nos textos de importantes escritores
que defendiam o poder absoluto do soberano”. São citados o italiano “Nicolau Maquiavel”
que “em sua obra O Príncipe publicada em 1532, o autor debateu, entre outros assuntos, as
estratégias que deveriam ser adotadas pelos governantes a fim de manter o domínio sobre um
território já conquistado”; “o francês Jean Bodin” que “defendia a ideia do caráter divino dos
reis, assim como sustentava que a obediência absoluta dos súditos ao rei era uma obrigação
suprema. De acordo com Bodin, o poder do rei não poderia ser limitado pelo parlamento”; “o
inglês Thomas Hobbes” que “afirmava que a autoridade do rei era fruto de um contrato
firmado entre ele e seus súditos. De acordo com Hobbes, esse contrato era estabelecido
quando um grupo de pessoas transferia ao rei o direito de governar e administrar seus
negócios. No caso do Absolutismo, esse poder era concedido ao Estado, representado na
figura do soberano; e, por fim, o “religioso francês Jacques Bossuet” para quem “o poder do
soberano era estabelecido por Deus para melhor governar os seres humanos. Assim, o rei
seria a própria imagem de Deus na Terra, e quem o traísse, trairia a Deus”.
Coleção 1 - “História” - Esta coleção relata que “na época moderna, a França
adquiriu uma notoriedade especial por ser o maior exemplo histórico de regime político
absolutista”. Esta coleção produz, no capítulo 11, intitulado “Absolutismo e mercantilismo”
uma análise mais específica do “caso francês durante o reinado de Luís XVI”. Segundo a
coleção, “a consolidação do absolutismo francês foi obra da política desenvolvida por dois
altos membros do clero católico: os cardeais Richelieu e Mazarino. Richelieu governou a
França como primeiro ministro do rei Luís XIII. (pai de Luís XIV), da Dinastia Bourbon. Na
política interna, Richelieu buscou submeter a nobreza e a burguesia ao poder real,
fortalecendo dessa forma a monarquia absoluta. Na política externa, seu objetivo foi
estabelecer a supremacia francesa na Europa, enfraquecendo o poder da Dinastia Habsburgo,
que reinava na Espanha, na Áustria e no Sacro Império. Mazarino completou a obra iniciada
por Richelieu, a quem sucedeu como primeiro-ministro. O cardeal governou a França durante
o período de minoridade de Luís XIV, pois quando seu pai morreu ele tinha apenas cinco
anos. Mazarino deu continuidade ao trabalho de Richelieu tanto na política interna quanto na
externa. Internamente, Mazarino venceu as últimas revoltas de nobres e burgueses,
consolidando o poder absoluto francês. Externamente, derrotou a Dinastia Habsburgo e
transformou a França na primeira potência europeia”. Além destes aspectos, a coleção
ressalta que “iniciada por Richelieu e concluída por Mazarino, a política dos "grandes
cardeais" preparou o caminho para o longo reinado de Luís XIV (1661 - 1715)” e que “o
governo de Luís XIV assinalou apogeu do absolutismo francês. A figura de Luís XIV,
conhecido como rei Sol, transformou-se no símbolo da monarquia absoluta. Luís XIV e o
modelo soberano absoluto: submeteu totalmente a nobreza e a burguesia, tratava seus
ministros como simples funcionário e fiscalizava pessoalmente todos os negócios do Estado.
O rei estabeleceu seu governo e sua corte no Palácio de Versalhes nas vizinhanças de Paris”.
A coleção ressalta que “o cardeal Jacques Bossuet se valeu dos princípios religiosos
da doutrina católica para justificar o absolutismo de direito divino de Luís XIV. Por sua vez,
o ministro Jean-Baptiste Colbert buscou na política mercantilista francesa a sustentação
econômica para o governo do rei Sol. Entretanto, o tesouro francês não conseguia arcar com
o gigantesco orçamento do Estado. A arrecadação não era suficiente para cobrir a
manutenção da luxuosa corte em Versalhes, dos gastos suntuosos da família real e das
despesas com as guerras permanentes no exterior. Apesar das reformas de Colbert, nos
últimos anos do reinado de Luís XIV, a França mergulhou em uma crise econômica de graves
proporções. Com a morte do rei Sol, em 1715, iniciou-se a crise do absolutismo francês. Essa
crise se agravou no reinado de Luís XV, que definiu seu governo com uma célebre frase:
‘Depois de mim, o dilúvio’. A crise do Antigo Regime atingiu o auge com a ascensão ao
trono de Luís XVI. A tomada da Bastilha pela população de Paris e o início da Revolução,
em 1789, assinalaram o fim do absolutismo francês.
Coleção 2 - “História das cavernas” - Esta coleção narra que “foi na França que o
sistema feudal apresentou com mais clareza as características estudadas no capítulo 1: o
poder político descentralizado, servidão em relação de suserania e vassalagem. Durante a
Idade Média, o território da França estava tão fragmentado que alguns nobres eram mais
poderosos que o próprio rei. As disputas com a Inglaterra pelo controle da região de Flandres
e pela sucessão do trono francês (que resultaram na Guerra dos Cem Anos) possibilitaram aos
reis franceses centralizar o poder e unificar o território. Por isso, os reis tiveram de
estabelecer alianças com setores da nobreza e um exército assalariado”, ou seja, partindo
desta centralização, chegou-se ao absolutismo, como fica claro no trecho: “Em alguns
Estados europeus, sobretudo na França, o poder do rei cresceu continuamente. Isso só foi
possível cobrando impostos em todo o território, emitindo uma moeda única e montando uma
burocracia de funcionários administrativos para colocar em práticas as decisões do soberano
em todo o reino. O crescente fortalecimento do poder real, em alguns Estados, como a
França, evoluiu para o regime absolutista. O absolutismo pode ser definido como a grande
concentração de poder nas mãos do rei, que se colocava acima do poder legislativo e do
poder judiciário”.
Coleção 5 – “História sociedade e cidadania”- Esta coleção narra que “na França, o
primeiro rei a conseguir impor a sua autoridade a todos os grupos sociais foi Filipe Augusto
(1165-1223). Esse rei conquistou feudos imensos casando-se por interesse, comprando terras
dos nobres e usando a força de um exército profissional assalariado para fortalecer o poder
real. Luís, IX também contribuiu para a centralização do poder na França, ordenado que a
real fosse aceita em todo o território e permitindo que todo aquele que fosse condenado pelos
tributos dos senhores feudais recorresse a um tribunal do rei. Felipe IV, o Belo, deu
continuidade à centralização política exigindo que o clero também pagasse impostos. Como o
papa se opôs a essa decisão, Filipe convocou os Estados Gerais, isto é, uma assembleia
formada por representantes da nobreza, do clero e da burguesia. Outro fator de fortalecimento
do poder real na Europa foi a Guerra dos Cem Anos; conflito armado entre França e a
Inglaterra que, na verdade, durou 116 anos. Os principais motivos dessa longa guerra foram:
a disputa pela rica região de Flandres e o interesse do rei da Inglaterra em se tornar também
rei da França”. Após narrar os fatores que fortaleceram o poder real na França, a coleção se
remete a “Luís XIV” que “exigia de seus súditos total obediência e lealdade e ocupava-se de
pessoalmente dos assuntos ligados ao governo. Enfim, agia de acordo com a frase atribuída a
ele: ‘O Estado sou eu’. Durante seu longo reinado (54 anos), Luís XIV usou o exército para
impor sua autoridade, mas procurou também atender os interesses de setores da nobreza e da
burguesia. Para atrair a nobreza, adotou a política de ‘distribuição de favores’: distribuía
pessoalmente, presentes e empregos bem remunerados a condes, duques e barões. E, na sua
corte, no Palácio de Versalhes, sua residência oficial, abrigava e sustentava milhares de
outros nobres. Para obter apoio da burguesia, favoreceu-a por meio de seu ministro Jean B.
Colbert incentivando as exportações, concedendo prêmios em dinheiro e ajuda financeira a
manufaturas francesas e isentando-as de impostos”.
Coleção 7 - “Navegando pela História” - Esta coleção destaca que “no século XVI,
Portugal, Espanha, França e Inglaterra passaram pelo processo de formação do Estado
moderno, caracterizado pela centralização do poder político, pelo aperfeiçoamento da
monarquia e pela definição”. Apesar dessa coleção não se deter especificamente no caso
francês, durante a narrativa, ela faz pequenas menções. São elas: “A fim de manter bom
relacionamento com o clero e de contar com sua influência sobre a população, diferentes reis,
sobretudo de Portugal, Espanha e França, mantiveram a administração da Igreja sobre as
terras que já lhe pertenciam”; “a França foi o país europeu que mais utilizou da teoria do
direito divino para manter o absolutismo monárquico”; por fim, há, em uma informação
paralela ao texto, em uma descrição de uma imagem, uma menção ao rei Luís XIV, “que
governou a frança entre 1661 e 1715”.
Coleção 8 - “Novo História”, afirma que “no início do século XVII, nobreza, clero e
alta burguesia disputavam o controle político. Nesse período, a França era governada pelo rei
Luís XIII, que nomeou para ser seu principal ministro o cardeal Richelieu. Richelieu
procurou fiscalizar de perto as províncias, diminuindo os privilégios da nobreza local e
reforçando a centralização do poder. Com a morte de Luís XIII, em 1643, a coroa passou para
seu filho Luís XIV. Como ele ainda era criança, a regência foi exercida inicialmente por sua
mãe, a rainha Ana da Áustria. Ela era auxiliada por um ministro pertencente ao alto clero, o
cardeal Mazzarino. Para ampliar os recursos da Coroa, o ministro determinou o aumento dos
impostos, o que provocou rebeliões da nobreza e da burguesia. Essas rebeliões, conhecidas
como frondas, questionavam a centralização do poder. Com a morte de Mazzarino, em 1661,
Luís XIV assumiu o controle efetivo do reino. Em seu governo, que durou até 1715, todo o
poder foi reservado ao rei, que passou a exercer uma autoridade absoluta. Durante seu
reinado, Luís XIV promoveu a ampliação do território da França e procurou desenvolver a
economia do país. Para atingir este objetivo, atraiu para seu governo grandes burgueses que
ficaram responsáveis pelo desenvolvimento do comércio, pelo controle dos gastos e pela
cobrança de impostos. Em seu governo, teve destaque a atuação do ministro Jean-Baptiste
Colbert. Esse ministro procurou estabelecer uma balança comercial favorável ao país, isto é,
um volume de exportações maior que o de importações. Para alcançar este objetivo, Colbert
concedeu aos burgueses benefícios que favoreceram o aumento da produção e elevou as taxas
dos produtos importados. Também incentivou a construção de navios, visando controlar o
comércio marítimo.A expansão territorial e o desenvolvimento econômico contribuíram para
consolidar a monarquia absolutista na França. Também teve papel importante na afirmação
do absolutismo o apoio dos grandes nobres, que Luís XIV procurou manter junto de si.Para
demonstrar seu poder, Luís XIV mandou construir um palácio em Versalhes, para o qual
transferiu toda a Corte em 1670”. Ou seja, “tudo girava em torno do soberano, que se tornou
conhecido como Rei Sol”.
Coleção 10 - “Para Viver Juntos” - Esta coleção narra que “durante a guerra dos Cem
anos (1337 - 1453), uma parte da nobreza feudal francesa se uniu ao rei contra os invasores
ingleses. A vitória da França fortaleceu ainda mais essa união, ampliando o poder real. Dois
monarcas destacaram-se no início da implantação do absolutismo na França: Francisco I, que
reinou de 1515 a 1547, e seu filho Henrique II, rei de 1547 a 1559”. Esta coleção narra que
Francisco I conseguiu limitar a influência política da Igreja católica na França sem aderir ao
protestantismo. Sua estratégia foi obter do papa, em 1516, o poder de nomear bispos e outras
autoridades eclesiásticas, crando, na prática, uma Igreja nacional sob seu controle”. A
coleção nos diz que a nobreza francesa foi convencida a unir-se ao rei na luta contra os
inimigos externos e internos. No exterior, Francisco I combateu os poderosos reis Habsburgo
que, dominando a Alemanha, Espanha e Flandres, ameaçavam o reino francês por todos os
lados. Na França, perseguiu os huguenotes, como eram chamados os protestantes franceses.
Para sustentar as guerras, a Coroa aumentou a arrecadação de impostos. Os recursos vieram
do estímulo ao comércio, à manufatura e à exportação da América por navegadores e
negociantes franceses”. A coleção nos narra que “Henrique II continuou a política
centralizadora e guerreira de seu pai, ampliando a lutar contra os protestantes”. A coleção
afirma que “os sucessores de Henrique II permitiram que os católicos continuassem as
perseguições e com os massacres contra os huguenotes”. A coleção dá destaque para o
“Massacre de São Bartolomeu”. Segundo a coleção, graças a estes conflitos religiosos, a
economia da França estava tumultuada e, por conta desses conflitos, “muitos burgueses
protestantes deixaram o país para viver no exterior”. Segundo a coleção, “a partir de 1586, os
huguenotes, a Liga Católica, radicais ligados aos espanhóis e o rei enfrentaram-se em uma
guerra aberta. A derrota da Liga Católica, em 1598, e a conciliação entre a Coroa e os
huguenotes permitiram que o poder real se consolidasse na França.”.
Por fim, a coleção afirma que “nem só de rituais de Corte viveu o Rei Sol. Como seus
antecessores, ele armou um exército poderoso e envolveu-se em muitas guerras,
transformando a França em uma potência militar. Para pagar despesas tão grandes, Luís XIV
investiu no desenvolvimento da manufatura e do comércio. Com isso, a França tornou-se
produtora e exportadora de artigos de luxo”.
Esta coleção narra que, “sob Luís XIV (1643 - 1715), a França conheceu a plenitude
do absolutismo. O futuro rei tinha apenas cinco anos de idade quando seu pai, Luís XIII,
morreu. Por isso, o poder foi, inicialmente, exercido por seu ministro, o cardeal Mazarino.
Este ajudou a sufocar várias revoltas (as frondas) de membros da nobreza, descontentes com
sua perda de poder e crescente centralização. Com a morte do ministro Mazarino, em 1661, o
Luís XIV surpreendeu a Corte francesa ao se recusar a indicar outro nome para o ministério.
O rei escolheu apenas o responsável pelas finanças do Estado, conselheiro Jean Baptiste
Colbert, que daria ênfase à indústria, ao comércio e ao mercantilismo. A partir de então, Luís
XIV assumiu efetivamente o poder na França. Dedicou-se por completo à função de
governante e dirigiu pessoalmente toda a política interna e externa. Instituiu um exército
monárquico permanente, submetido a uma rígida disciplina e formado por voluntários e
pessoas recrutadas à força. O monarca alimentou o culto à sua imagem e escolheu o Sol como
emblema oficial: o astro ao redor do qual todos orbitam. Chamado de ‘Rei Sol’, é atribuída à
ele a frase ‘O Estado sou eu’, que sintetiza sua postura como representante do apogeu do
poder absolutista em toda a Europa. Seguindo as ideias de Bossuet, e reforçando as tradições
do poder sagrado dos reis, Luís XIV apoiava-se na concepção absolutista de que a França
deveria ter ‘um rei, uma lei e uma fé’. Como seguia a religião católica, aos poucos limitou as
liberdades concedidas aos protestantes até finalmente revogar o Edito de Nantes, em 1685.
Esse ato restabeleceu os antigos conflitos entre a Monarquia e os huguenotes, representantes
da burguesia, que voltaram a ser perseguidos. Mais de 150 mil pessoas deixaram a França,
entre funcionários do governo, soldados e burgueses, para se instalarem nos países vizinhos.
Isso abalou a economia francesa e resultou numa crise que levou a severas críticas ao regime
absolutista. No plano externo, Luís XIV envolveu a nação em diversas guerras com o
objetivo de garantir os domínios assegurados por seus antecessores. Sua atuação trouxe
poucos frutos e abalou as finanças da França, o que intensificou ainda mais o
descontentamento e a oposição ao regime. O século XVII na França foi um período em que
as atividades artísticas e culturais tiveram grandes avanços. Parte da efervescência cultural
experimentada deve-se à preocupação de escritores, filósofos e artistas competirem pela
atenção do rei. Com dinheiro do Estado, Luís XIV instituía pensões para escritores e criava
academias para diversas atividades: arquitetura, pintura, ciências e etc. Das principais obras
desse período, entretanto, muitas não representavam os interesses da Coroa, fazendo críticas a
ela”.
Por fim, a coleção nos diz que “o sucessor do Rei Sol, seu neto Luís XV, realizou
uma administração que acentuou as dificuldades econômicas da população francesa em razão
dos enormes gastos com a corte de Versalhes e os conflitos internacionais. Dentre estes,
destaca-se a Guerra dos Sete Anos, a partir de 1756, contra a Inglaterra. Com a derrota, a
França perdeu grande parte de suas colônias, como a região correspondente hoje ao Canadá.
Com Luís XVI, as dificuldades internas multiplicaram-se e a oposição ao rei intensificou-se,
resultando na Revolução Francesa de 1789, que levou o monarca à guilhotina e instalou a
República”.
Coleção 13 – “Saber e fazer história” - Esta coleção nos narra que “características
absolutistas podiam ser identificadas na monarquia francesa desde o século XVI, época em
que reis como Francisco I (1515 - 1547) e Henrique IV (1589 - 1610) centralizaram o poder
político e tomaram medidas mercantilistas para promover a expansão da economia francesa.
Esse processo teve continuidade nos séculos XVII e XVIII, nos governos dos reis Luís XIII
(1610 - 1643) e Luís XIV (1651 - 1715). Outros monarcas absolutistas europeus adotaram
algumas das práticas deste último e, por isso, o reinado de Luís XIV é considerado o caso de
modelo de absolutismo monárquico”. A coleção acrescenta que “o Sol foi o símbolo adotado
por Luís XIV, querendo dizer que a ‘luz’ da França irradiava do rei - por isso, ele foi
chamado de Rei-Sol. Atribuiu-se a essa monarca uma frase usada para tentar definir o
absolutismo monárquico: ‘L'État c'est moi’ - em português, ‘O Estado sou eu’”. Por fim, a
coleção ressalta que “Luís XIV escreveu as seguintes palavras, nas memórias que deixou para
instrução de seu filho (Luís XV): Todo poder, toda autoridade estão nas mãos do rei e não
pode haver outra no reino que aquela por ele estabelecida (...). Sua vontade [de Deus] é que
todo aquele que nasceu súdito obedeça sem discernimento. (...) É somente à cabeça que
compete deliberar e resolver, e todas as funções dos outros membros consiste apenas na
execução das ordens que lhes são dadas”.
A coleção propõe, no mesmo capítulo, uma narrativa sobre “as revoluções inglesas do
século XVII”. A coleção narra que “Carlos I, filho e sucessor de Jaime I, assumiu o trono
inglês em 1625. Governou de forma absolutista e intensificou as perseguições religiosas”. A
coleção ressalta que “em 1640, as divergências entre Carlos e setores da aristocracia e da
gentry”promoveram“uma série de revoltas”. “Para tentar contornar a crise, Carlos I convocou
o parlamento, que ele mesmo havia dissolvido em 1629. Dominada pela gentry, a Câmara dos
Comuns impôs ao soberano diversas medidas que restringiam sua autoridade”. “A partir de
1642, os conflitos entre o Parlamento e o rei aumentaram, dando origem a uma guerra civil: a
Revolução Puritana. Liderados pelo puritano Oliver Cromwell, os revolucionários derrotaram
e, em 1649, decapitaram o rei Carlos I. Era a primeira vez que isso ocorria na Europa. Teve
início o período republicano e na Inglaterra, que durou até 1660. Cromwell assumiu o poder e
governou de 1649 a 1658. Em 1653, Cromwell recebeu o título de Lorde Protetor e passou a
governar de forma absoluta. Antes, em 1651, lançou o Ato de Navegação, decreto pelo qual a
entrada de todas as mercadorias da Inglaterra deveria ser feita em navios pertencentes a
ingleses ou a cidadãos de colônias inglesas, com no mínimo a metade da tripulação formada
por ingleses. O objetivo dessa lei era enfraquecer o sistema marítimo holandês, que, na época,
dominava o transporte de mercadorias na Europa. Com essa medida, a Inglaterra ampliou o
processo que a transformaria na maior potência marítima do mundo. Com a morte de
Cromwell, em 1658, seu filho e sucesso Richard assumiu o poder, mas não conseguiu manter
o país unido e foi forçado a renunciar ao cargo em favor dos chefes militares. Sua renúncia e
as disputas entre os militares levaram à convocação do Parlamento, que, em 1660,
restabeleceu o poder real. Com isso, a Inglaterra teve mais dois soberanos de tendência
absolutista: os irmãos Carlos II, que reinou de 1660 a 1685, e Jaime II, de 1685 a 1688. Além
do perfil absolutista, Jaime II era católico declarado e seria substituído no trono pelo filho que
tivera com sua segunda esposa, também católica. Com a primeira esposa, que era protestante,
Jaime II tiver duas filhas. O Parlamento, temendo a volta do catolicismo e do absolutismo,
uniu-se ao príncipe holandês Guilherme de Orange, casado com Maria Stuart, filha mais
velha (e protestante) de Jaime II. Além disso, o Parlamento incentivou Guilherme de Orange
a invadir a Inglaterra e depor o rei, ‘a fim de restabelecer a liberdade e proteger a religião
protestante’. Em novembro de 1688, Guilherme desembarcou na Inglaterra com um exército
de 14 mil homens e marchou sobre Londres, que foi ocupada praticamente sem violência.
Jaime II fugiu para a França e Guilherme foi coroado rei com o nome de Guilherme III. Esse
foi um processo de restauração da monarquia na Inglaterra. O novo rei, contudo, não
governaria sem nenhum controle. Ao ser coroado, Guilherme III teve de jurar a Declaração
de Direitos, que assegurava ao Parlamento o direito de aprovar ou rejeitar impostos, garantia
a liberdade individual, a propriedade privada e estabelecia também o princípio da divisão de
poderes”. Segundo a coleção “os processos vistos até aqui podem ser interpretados como uma
conquista pública da burguesia inglesa. Isso porque a burguesia, pouco a pouco, passou a
definir os rumos do desenvolvimento econômico da Inglaterra. para muitos historiadores, os
conflitos ingleses do século XVII constituíram a primeira de uma série de revoluções
burguesas que culminaram, em 1789, com a Revolução Francesa. Esses movimentos poriam
um fim, em grande parte da Europa, ao poder absoluto dos reis”.
Coleção 5 - “História sociedade e cidadania” - Narra que “no século XI, Guilherme, o
Conquistador, duque da Normandia (região norte da França), conquistou a Inglaterra e
tornou-se seu primeiro rei, com o título de Guilherme I. Durante seu reinado, ele exigiu que
toda a nobreza lhe jurasse fidelidade, proibiu as guerras particulares entre os nobres e
nomeou funcionários reais para administrar os condados. Com a morte de Guilherme, o trono
da Inglaterra foi herdado por Henrique II, que deu continuidade à centralização do poder,
exigindo que todas as questões fossem julgadas por tribunais reais, e não pelos da nobreza.
Seu sucessor, Ricardo Coração de Leão, passou a maior parte do tempo fora do país lutando
nas cruzadas ou disputando com o rei da França, fatos que enfraqueceram a autoridade real.
O rei João Sem-Terra, irmão e sucessor de Ricardo, autorizou sucessivos aumentos de
impostos para cobrir gastos militares. Os nobres (barões e condes) reagiram a isso e
obrigaram João Sem-Terra a assinar a Magna Carta (1215). A nobreza promoveu uma
violenta revolta contra a cobrança de novos impostos a demanda por Henrique III, filho e
sucessor de João Sem-Terra. O rei foi obrigado a negociar com os rebeldes; por sua
participação na revolta, a burguesia ganhou o direito de fazer parte do Grande Conselho, que,
em 1265, passou a ser chamado Parlamento”.
Coleção 8 - “Novo História”, afirma que “na Inglaterra, no início do século XVII, o
poder estava concentrado nas mãos do rei. Ele tinha poderes vitalícios, isto é, governava
durante toda a sua vida. Quando morria, a autoridade suprema passava para seu filho
primogênito. Contudo, algumas decisões do rei dependiam da aprovação do Parlamento. Ele
não podia, por exemplo, instituir novos impostos sem o consentimento do Parlamento. O
Parlamento da Inglaterra era composto pela Câmara dos Lordes e pela Câmara dos Comuns.
A Câmara dos Lordes, ou Câmara Alta, era formada por representantes da grande nobreza e
do alto clero. A Câmara dos Comuns, ou Câmara baixa, incluía representantes da pequena
nobreza rural e da burguesia. Os nobres constituíam um pequeno grupo que detinha
privilégios transmitidos hereditariamente, como o não pagamento de impostos. Já os
burgueses controlavam o comércio das cidades inglesas e as trocas internacionais. Alguns
deles possuíam riqueza, mas não tinham o mesmo prestígio social nem os privilégios dos
nobres. Os nobres e os burgueses eram os únicos grupos sociais com representantes no
Parlamento, pois a participação política era restrita às pessoas que possuíssem propriedades.
A adoção desse critério excluía das decisões a maioria da população, composta por
camponeses e trabalhadores urbanos. Apesar dessa dependência, o rei inglês ainda detinha
muitos poderes. Tomava as principais decisões econômicas, políticas e militares e podia
convocar reuniões do Parlamento quando quisesse. Além disso, era o chefe supremo da Igreja
Anglicana e perseguia os criadores de outras Igrejas protestantes - como os presbiterianos e
os calvinistas - e os católicos”. Segundo a coleção “A Inglaterra tinha, portanto, uma forma
de governo em que o monarca concentrava os poderes sobre a economia, política, o exército e
a religião”. Ou seja, uma monarquia absolutista. Após relatar os aspectos mencionados, a
coleção dedica-se a os conflitos entre o rei e o Parlamento, conflito este que deu origem a
uma guerra civil, deu origem ao governo de Cromwell e, por fim, à Revolução Gloriosa, que
consolidou, na Inglaterra a Monarquia Parlamentar.
Coleção 10 - “Para Viver Juntos” - Segundo esta coleção, “no século XV, a Inglaterra
esteve envolvida numa disputa pelo poder real. O rei Henrique VI, da família Lancaster, não
conseguia impor sua vontade para a nobreza. Muitos senhores eram aliados da poderosa
família York, que contestava a legitimidade do rei. Em 1455, os York resolveram tomar o
trono à força, iniciando uma guerra que dividiu ainda mais a nobreza inglesa. Após muitas
batalhas, assassinatos, coroações e deposições de reis, em 1485 a guerra chegou ao fim com a
vitória de Henrique Tudor, coroado Henrique VII. O novo rei uniu as duas famílias ao se
casar com Elizabeth de York, criando uma nova dinastia, chamada Tudor. Os trinta anos de
guerra haviam enfraquecido os nobres de ambos os lados permitindo que os Tudor
implantassem o Absolutismo na Inglaterra”. A coleção nos diz que “Henrique VIII, filho de
Henrique VII, consolidou o absolutismo inglês ao romper com o papa em 1534 e criar sua
própria Igreja, chamada anglicana, com os mesmos princípios católicos, mas deixando de
reconhecer a autoridade papal. Por ter assumido o posto de chefe dessa nova Igreja, o
monarca logo confiscou as terras de bispados e mosteiros e as vendeu aos burgueses e nobres,
fortalecendo os cofres reais. Dessa forma,a influência política da Igreja católica foi anulada.
Elizabeth I, filha de Henrique VIII, manteve a política absolutista do pai e incentivou a
navegação e o comércio. Foi sob seu reinado que a Inglaterra se tornou uma potência
marítima: os ingleses seguiram as rotas comerciais de espanhóis e portugueses e, em 1585,
estabeleceram também a sua colônia na América”.
Coleção 12 - “Projeto Radix” - Esta coleção afirma que “na Inglaterra, um século
antes do processo revolucionário francês de 1789, os representantes da burguesia destituíram
a Monarquia. Esta só foi restabelecida após seus poderes terem sido limitados por um
conjunto de leis assinadas pelo Parlamento”. Segundo a coleção, “a imposição da Magna
Carta, em 1215, limitara muito o poder real e propiciara aos nobres o controle político na
Inglaterra, por meio do parlamento. Todavia, a Guerra das Duas Rosas levou a nobreza
inglesa à cisão e ao esgotamento, possibilitando a efetivação do regime absolutista com a
ascensão ao trono de Henrique VII, da Dinastia Tudor, em 1485. Um dos mais célebres
membros dessa dinastia foi Henrique VIII (1509 - 1547). Esse soberano fortaleceu a Coroa ao
anular o tradicional poder da Igreja Católica na Inglaterra com a fundação, em 1534, da Igreja
Anglicana. Os governos de Henrique VIII e de sua filha, Elizabeth I (1558 - 1603),
caracterizaram-se por recorrer sempre ao Parlamento, principalmente para aprovar medidas
de pouco apelo popular, como aumento das taxações ou desapropriações de terra. O
parlamento tornou-se um instrumento nas mãos dos soberanos, que o convocaram
irregularmente, limitavam suas sessões, subornavam seus membros e o compunham com
partidários da Coroa. Elizabeth I morreu em 1603 encerrando-se a Dinastia Tudor. Como ela
não se casara, não teve filhos e herdeiros à sucessão do trono inglês. Assumiu o trono seu
primo e rei da Escócia, Jaime I, da família Stuart. O governo de Jaime I e o de seu filho,
Carlos I buscaram a instalação plena de um absolutista e promoveram diversas perseguições
religiosas. Muitos puritanos (calvinistas ingleses) abandonaram o país e emigraram para as
colônias da América do Norte”.
Por fim, a coleção nos diz que “O novo rei inglês comprometeu-se a respeitar a
Magna Carta e a Petição de Direito. Apesar disso, suas atitudes acabaram por prejudicar os
protestantes e os membros do Parlamento. Carlos via Luís XIV, rei da França, seu primo e
protetor, um modelo de governante: absolutista e católico. Perante as medidas do monarca,
que buscava restabelecer o absolutismo e o catolicismo na Inglaterra, o Parlamento dividiu-se
em dois partidos. De um lado estava os Whigs, em sua maioria burgueses, adversários dos
Stuart e defensores do poder parlamentar. De outro, havia os Tories, anglicanos
conservadores que defendiam a autoridade do rei. Em 1685, com a morte de Carlos II, o trono
inglês foi assumido por Jaime II, seu irmão. Outro intransigente defensor do absolutismo
político e da religião católica, conseguiu, ao mesmo tempo, a oposição das duas alas do
parlamento. Quando nasceu o herdeiro de Jaime II, fruto do seu segundo casamento com uma
católica, os Tories anglicanos sentiram-se ameaçados. Deixaram de lado suas diferenças e
juntaram-se aos Whigs para depor o rei em 1688, num movimento chamado Revolução
Gloriosa. Para assumir o governo, os opositores de Jaime II convidaram secretamente sua
filha mais velha, Maria, casa com Guilherme de Orange - neto de Carlos I -, protestante que
governava a Holanda. Guilherme invadiu a Inglaterra com um exército de 15 mil homens e
Jaime II fugiu para a França O novo monarca, com o título de Guilherme III, jurou a
Declaração de Direitos (Bill of Rights). Dessa forma, comprometeu-se a respeitar a
supremacia do poder parlamentar e as leis garantiam as liberdades individuais e reduziam o
arbítrio da realeza. Outro elemento consagrado na Declaração era o Ato de Tolerância, que
estabelecia a liberdade religiosa para os protestantes. Era o triunfo do regime parlamentar
sobre o absolutismo real e início de um período de moderação entre burguesia e nobreza na
política da Inglaterra.
Esta coleção nos informa que “o novo rei inglês comprometeu-se a respeitar a Magna
Carta e a Petição de Direito. Apesar disso, suas atitudes acabaram por prejudicar os
protestantes e os membros do Parlamento. Carlos via Luís XIV, rei da França, seu primo e
protetor, um modelo de governante: absolutista e católico. Perante as medidas do monarca,
que buscava restabelecer o absolutismo e o catolicismo na Inglaterra, o Parlamento dividiu-se
em dois partidos. De um lado estava os Whigs, em sua maioria burgueses, adversários dos
Stuart e defensores do poder parlamentar. De outro, havia os Tories, anglicanos
conservadores que defendiam a autoridade do rei. Em 1685, com a morte de Carlos II, o trono
inglês foi assumido por Jaime II, seu irmão. Outro intransigente defensor do absolutismo
político e da religião católica, conseguiu, ao mesmo tempo, a oposição das duas alas do
parlamento. Quando nasceu o herdeiro de Jaime II, fruto do seu segundo casamento com uma
católica, os Tories anglicanos sentiram-se ameaçados. Deixaram de lado suas diferenças e
juntaram-se aos Whigs para depor o rei em 1688, num movimento chamado Revolução
Gloriosa. Para assumir o governo, os opositores de Jaime II convidaram secretamente sua
filha mais velha, Maria, casa com Guilherme de Orange - neto de Carlos I -, protestante que
governava a Holanda. Guilherme invadiu a Inglaterra com um exército de 15 mil homens e
Jaime II fugiu para a França O novo monarca, com o título de Guilherme III, jurou a
Declaração de Direitos (Bill of Rights). Dessa forma, comprometeu-se a respeitar a
supremacia do poder parlamentar e as leis garantiam as liberdades individuais e reduziam o
arbítrio da realeza. Outro elemento consagrado na Declaração era o Ato de Tolerância, que
estabelecia a liberdade religiosa para os protestantes. Era o triunfo do regime parlamentar
sobre o absolutismo real e início de um período de moderação entre burguesia e nobreza na
política da Inglaterra”.
Coleção 14 - “Tudo é História”, diz que na Inglaterra, o primeiro rei absolutista foi
Henrique VII, que chegou ao poder em 1485 e submeteu os nobres a seu controle. Mas o
grande fortalecimento do poder real ocorreu durante o reinado de seu filho Henrique VIII,
que em 1534 rompeu com a Igreja Católica e fundou a Igreja Anglicana. Com isso, as terras e
outros bens da Igreja Católica foram confiscados e se tornaram propriedade do Estado. O
absolutismo inglês atingiu seu apogeu no reinado de Elizabeth I, de 1558 - 1603. A rainha
governou sozinha, convocando o Parlamento apenas em casos extraordinários. Sucederam a
Elizabeth I monarcas que acentuaram o caráter absolutistas do Estado: Jaime I, que governou
de 1603 a 1625, e Carlos I, soberano de 1625 a 1649. Os constantes confrontos entre Carlos I
e os membros do Parlamento inglês (cujos poderes vinham sendo constantemente
restringidos) deu origem a uma guerra civil. Em 1649, esse conflito culminou na proclamação
da República e no estabelecimento do governo calvinista Oliver Cromwell. Entretanto, esse
período republicano durou pouco: em 1660 a monarquia foi restaurada na Inglaterra, com a
ascensão de Carlos II ao trono. Tanto Carlos II quanto seu sucessor Jaime II buscaram
restabelecer o absolutismo, mas enfrentaram forte resistência do Parlamento. Em 1689 o rei
Guilherme III assinou um documento no qual reconhecia que as leis inglesas deveriam ser
feitas pelo Parlamento e se comprometendo a obedecer-lhes. Foi o fim do absolutismo na
Inglaterra, que se transformou em uma monarquia constitucional. Esse acontecimento ficou
conhecido como Revolução Gloriosa.
Segundo esta coleção, “Portugal nasceu a partir de uma faixa de terra retomada por
cristãos sob o comando do rei de Leão e Castela. O rei, então, passou a administração da terra
nobre francês Henrique de Borgonha, em reconhecimento por seu empenho na luta contra os
muçulmanos. o território recebeu o nome de Condado Portucalense e permaneceu nessa
condição até 1139, quando o filho de Henrique de Borgonha, Afonso Henriques, e o grupo
político que o apoiava conquistaram a independência do condado, dando início ao reino de
Portugal”.
A coleção também narra que “assim como em Portugal, a formação da Espanha deu-
se a partir da expulsão dos muçulmanos de seu território, originando os reinos de Leão,
Castela, Navarra e Aragão. Aos poucos, eles foram incorporados por meio de lutas ou então
anexados por alianças de casamento. Foi assim que se deu a união do reino de Castela com o
de Aragão. Fernando (herdeiro do trono de Aragão) casou-se com Isabel (irmã do rei de
Castela), promovendo a união desses reinos e consolidando o domínio sobre quase todo o
território que hoje corresponde à Espanha. Motivados por um forte sentimento cristão,
Fernando e Isabel tiveram um importante papel na expulsão final dos muçulmanos da
Península Ibérica, em 1492. Tal empenho fez com que eles se tornassem conhecidos como os
“reis católicos”.
Além disso, a coleção narra que “na região vizinha a Portugal, as lutas dos cristãos
contra os árabes muçulmanos eram lideradas pelos reinos cristãos de Aragão e Castela.
Ambos possuíam cidades portuárias movimentadas, como Barcelona, e uma burguesia
próspera que colaborava fornecendo dinheiro para a luta contra os árabes”. “Em 1469”,
segundo a coleção, “os reis cristãos Fernando de Aragão e Isabel de Castela casaram-se e
uniram suas terras e seus esforços no combate aos árabes. Em 1492, os exércitos de
Fernando e Isabel ampliaram seu território reconquistando Granada, o último reduto árabe na
Península Ibérica. Anos depois, com a conquista de Navarra, completou-se a formação do
reino da Espanha”
A coleção afirma que “No século XVI, a Coroa espanhola deu grande incentivo
financeiro à expansão marítima e investiu na colonização de territórios distantes. A Espanha
tornou-se um poderoso império, com colônias na América, Europa, na Ásia e na África.
Nessa época, o regime absolutista espanhol se fortaleceu, apesar das várias guerras travadas
entre espanhóis e outras nações européias, como Inglaterra, Países Baixos e Suécia. No
século seguinte, o Absolutismo espanhol continuou fortalecido, principalmente devido à
intensa exploração de metais preciosos na América, que favoreceu o governo espanhol e a
política econômica do metalismo. A sociedade espanhola do Antigo Regime, assim como nos
outros Estados absolutistas, era divida em três camadas. A primeira camada era composta
pelo clero, a segunda, pela nobreza, e a terceira camada era formada por burgueses,
camponeses, artesãos e pessoas pobres. Esse último grupo era o mais numeroso da Espanha”.
Algumas coleções (cinco) trazem uma narrativa sobre aspectos culturais no Antigo
Regime, são elas: Coleção 2 - “História das Cavernas ao Terceiro Milênio”, Coleção 6 -
“História Temática”, Coleção 9 - “Para entender a História”, Coleção 12 - “Projeto Radix”,
Coleção 14 - “Tudo é História”.
Coleção 2 - “História das Cavernas ao Terceiro Milênio” - Esta coleção possui uma
narrativa sobre a “produção intelectual e cultura popular na época dos reis absolutos”.
Segundo a coleção, “no século XVII, o conhecimento científico apresentou notável
desenvolvimento. Um dos maiores cientistas dessa época foi Isaac Newton (1642 -1727).
Dedicando sua vida à ciência, descobriu as leis do movimento dos corpos e explicou como e
por que eles se deslocam, sejam astros ou pedras; escreveu um tratado sobre a luz e realizou
descobertas no campo da matemática. A atividade científica sofreu muitas vezes a forte
oposição da Igreja católica. Foi o caso de Galileu Galilei, condenado à morte, em 1633, por
ter contrariado a doutrina católica ao afirmar que a Terra gira em torno do Sol e não o
contrário. Para sobreviver, teve de negar a sua teoria”. Porém, segundo a coleção, “as
dificuldades não impediram os cientistas de ampliar o conhecimento humano, de inventar e
experimentar. A maioria dos pesquisadores dedicava-se a diversas áreas do conhecimento,
como a física, a matemática, a filosofia, a medicina, sem estabelecer barreiras entre elas”. A
coleção cita o exemplo de René Descartes que foi um “filósofo e matemático francês, em
algumas de suas análises filosóficas apoiou-se em descobertas da medicina feita pelo médico
inglês William Harvey. Descartes é considerado um importante criador do racionalismo,
corrente filosófica fundamental para o desenvolvimento científico moderno”. Para a coleção,
de uma maneira geral, “os cientistas trocavam correspondências nas quais acabavam
desenvolvendo teses e conceitos. Essas trocas contribuíram para tornar as pesquisas mais
numerosas. Muitos cientistas, assim como seus trabalhos, foram financiados por pessoas das
camadas mais ricas da sociedade e pelo governo. Como exemplo temos a criação da
Academia de Experimento, em Florença, na atual Itália (1657), a Royal Society, em Londres,
na atual Inglaterra (1660), e a Académie Royale des Sciences, em Paris, na atual França
(1666).
Segundo a coleção, “as festas estavam entre as atividades que mais empolgavam a
população. Comemoravam-se casamentos, batizados, datas cristãs (como a Páscoa e o Natal)
e pagãs (como o solstício de verão). Os festejos do carnaval eram os mais esperados do ano,
estendendo-se muitas vezes de janeiro até a Quaresma. Eram dias de excesso, de muita
comida e bebida, em que as ruas ficavam lotadas de homens e mulheres mascarados,
entregues a brincadeiras, danças e “batalhas” estilizadas. As antigas feiras medievais
conservaram sua importância; além de centros de comércio, elas eram locais de diversão.
Havia diversas competições - jogos de malha, corrida de cavalo, rinhas de galo, campeonatos
de arco-e-flecha - e exibições artísticas com animais adestrados, acrobacias e pantomimas.
Algumas feiras duravam dias ou semanas. Outra característica da cultura popular eram as
histórias, muitas delas narradas por contadores profissionais, encenadas por atores em praças
pública ou cantadas por poetas nos bares e tabernas. Os atores encenavam dramas amorosos,
peças cômicas ou instrutivas, extraídas da vida dos santos ou de passagens bíblicas. Um dos
gêneros de teatro mais conhecidos na época era o chamado Commedia dell’arte, que se
originou na atual Itália”. Segundo a coleção, “as canções e baladas cantadas pelos menestréis
contavam lendas e aventuras de heróis ou satirizavam os poderosos da época. Muitas dessas
histórias foram registradas por estudiosos nos séculos XVIII e XIX e, transformadas,
chegaram até nós sob a forma dos “contos da fada” que ouvimos na infância. Chapeuzinho
Vermelho e João e Maria são dois exemplos dessas histórias. Às vezes, as histórias ou os
poemas eram impressos em grandes folhas de papel e colados em muros ou paredes de locais
públicos. Ao longo dos séculos XVI e XVII, observou-se um crescimento no número de
pessoas alfabetizadas, o que corresponde a uma disseminação de folhetos e livros populares,
vendidos em feiras e em praças por mascates. No século XVII surgiram panfletos de cunho
político, sobretudo na Inglaterra e na França. Muitas vezes entendida como desafios à ordem
pública, as festas e tradições populares sofreram constante repressão por parte das
autoridades e da Igreja.
Coleção 6 - “História Temática” - Esta coleção narra que “nas cortes absolutistas
europeias da Idade Moderna, desenvolveram-se detalhadas regras de comportamento e
códigos de honra, determinando desde vestuário adequado, melhor disposição de lugares à
mesa e atitudes esperadas às refeições até normas de higiene pessoal, como assoar o nariz
com um lenço. Ocorreu, assim, nas cortes, uma mudança comportamental em relação ao
corpo. Esses procedimentos relacionavam-se à própria hierarquia dentro da corte. Por
exemplo, o tamanho da cadeira que um nobre ocupava nas festas indicava sua posição social.
Havia nobres que se sentavam em confortáveis poltronas, outros que se acomodavam em
cadeiras e aqueles cuja posição social só lhes permitia sentar-se em tamboretes. Os monarcas
consideravam que deveriam se diferenciar do restante da sociedade em todos os detalhes. À
superioridade do rei precisava tornar-se visível até mesmo nas regras de etiqueta e
comportamento. O rei Luís XIV, da França, afirmava em suas memórias: “Como é
importante que o público seja governado por um só, também importa que quem cumpre esta
função esteja de tal forma elevado acima dos outros que ninguém possa confundir ou
comparar com ele; e, sem prejudicar o corpo inteiro do Estado, não se pode retirar do chefe a
mínima marca de superioridade que o distingue de seus membros”. Editaram-se vários
manuais de boas maneiras ensinando como se portar à mesa e em diversas outras situações.
Diferentemente dos camponeses e de todos os demais, os nobres deviam usar garfos, não
podiam devolver às travessas os restos de comida nem colocar os dedos nos molhos,
tampouco palitar os dentes com uma faca. Para assoar o nariz, deveria ser usado um lenço, e
não a roupa, o braço ou as mãos. Havia ainda a questão da preservação da honra. Não se
permitia, por exemplo, que nenhuma suspeita fosse levantada sobre a fidelidade da esposa de
um homem. Aquele que o fizesse poderia transformar-se em inimigo. Mas a noção de honra
incluía também a gentileza, o fino trato e a cortesia que um homem educado – nobre, portanto
– deveria conhecer. Exemplo disso são os três mosqueteiros, personagens do escritor francês
Alexandre Dumas, os quais, além de cavaleiros defensores da honra e da justiça, são a
expressão das boas maneiras e da gentileza”.
Coleção 14 - “Tudo é História” - Esta coleção narra que “os reis absolutistas
costumavam encomendar retratos para que sua imagem fosse conhecida em todos os cantos
do reino. Em geral esses retratos não representavam o rei como ele era realmente, mas sim
como queria ser visto por seus súditos. Além de melhorar a aparência do monarca, os artistas
incluíam nesses retratos vários símbolos da realeza, como a cor vermelha, a coroa, o cetro e a
flor-de-lis”. Além destes aspectos, a coleção possui uma narrativa sobre “o absolutismo na
literatura”. A coleção cita o “poeta francês Jean de La Fontaine (1621 - 1695), famoso por
suas Fábulas, consideradas obras-primas da literatura de seu país. Financiado por vários
nobres, La Fontaine escreveu também poemas, contos e peças teatrais. Sua obra foi
influenciada pela vida luxuosa nas cortes absolutistas e por autores da Antiguidade”. Além
disso, a coleção cita que “o período de formação dos governos absolutistas franceses foi
representado por uma obra escrita no século XIX bastante popular até os dias de hoje. Os três
mosqueteiros, publicada pelo escritor francês Alexandre Dumas em 1844, conta a história de
Athos, Porthos, Aramis e D’Artagnan no período de 1625 a 1628. Essa obra descreve os
conflitos sociais na França, num período em que os nobres foram continuamente submetidos
à centralização do poder do Estado francês, controlado pelo rei Luís XIII e pelo cardeal
Richelieu. Uma das ações do governo francês exploradas nessa obra é a proibição do duelo,
estabelecida em 1626 com o intuito de transferir para o Estado o monopólio do uso das
armas”. Por fim, a coleção menciona um filme “Vatel: um banquete para o rei (Vatel)”, para
tratar da “etiqueta da nobreza absolutista”.
OBSERVAÇÕES -
SUJEITOS -
CONCEITOS -
OBSERVAÇÃO: Tanto os sujeitos, quanto os conceitos que possuem uma sinalização (*),
são considerados, nesta análise, sujeitos ou conceitos, que tiveram pouca recorrência no
Tema. Ou seja, são sujeitos e conceitos que aparecem em uma ou em algumas poucas
coleções.
BIBLIOGRAFIA
Coleção 1 - “História” -
Filmes
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Vatel, um banquete para o rei. (Vatel). Direção: Roland Joffé. Estados Unidos/França:
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CD-ROM
Versailles 1685 - Conspiração na corte do Rei Sol
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KERVEN, R. O rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda. São Paulo: Companhia das
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SIMPSON, M. Lendas do rei Artur. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2004.
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O homem da máscara de ferro. Direção: Randall Wallace. Estados Unidos, 1998, 132 min.
O outro lado da nobreza Direção: Michael Hoffman. Estados Unidos, 1994. 117 min.
Sites
<http://chateauversailles.fr/fr>
Para professores.
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Sites
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www.hrp.org.uk
www.chateauversailles.fr