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• Destilação Convencional

A destilação é um processo unitário que se baseia na separação de duas ou mais


substâncias em estado liquido através dos seus pontos de ebulição, seu uso mais
comum é para purificação de produtos ou separação de soluções homogêneas.

Um dos usos mais comum desse processo é a dessalinização da água comumente


realizada por laboratórios de química, sendo muitas vezes usada para auxiliar analises
laboratoriais como um elemento básico. Por meio da utilização da destilação é viável a
retirada dos sais minerais da água. Teoricamente, a destilação é capaz de remover
toda matéria não volátil (Macedo, 1996), entretanto segundo Lorch (1987) apud
Macedo (1996), gases dissolvidos tais como dióxido de carbono e amônia podem
continuar presentes no destilado.

Um fluido pode manter-se sob as formas líquida, gasosa ou de vapor. Para um fluido
puro, a uma dada pressão, a transição do líquido para o vapor ocorre à mesma
temperatura, a qual é denominada temperatura de saturação ou de equilíbrio (Kern,
1980). A ebulição da água ocorre normalmente a 100º C, tendo como parâmetro a
pressão atmosférica de 1atm, porem a massa liquida da agua na maioria das vezes
não é pura e por esse motivo suas moléculas iniciam o processo de evaporação bem
antes que sua temperatura alcance o ponto de ebulição. Deste modo pode-se
perceber que mesmo a água em estado líquido possui vapor de água junto as suas
moléculas, esse fenômeno é denominado equilíbrio dinâmico. Contudo, se em
determinado sistema, um gás puro entra em contato com um líquido, esse retira vapor
do líquido (Himmelblau, 1984). Visando desbalancear esse equilíbrio, comumente
busca-se utilizar uma corrente de líquido, normalmente mais fria que a do vapor para
se obter maior eficácia no processo de separação. Sendo assim esses processos são
regidos pela transferência de calor e quanto maior for a transferência de calor entre o
líquido e gás mais eficiente será o fluxo de energia, viabilizando a redução das áreas
necessárias para que todo o esquema de destilação possa ser viabilizado. Segundo
van Ness e Smith (1980), ocorre equilíbrio de fases quando, na ebulição da água
líquida à pressão atmosférica, o líquido e o vapor estejam intimamente misturados.

Ao finalmente cessar o fornecimento de calor e se isola o sistema por completo, o


sistema tende a se manter da mesma forma sem tendências de modificação. Um dos
principais problemas com o processo da destilação é o consumo de energia o que
torna o processo não viável para questões ambientais, tais como o tratamento de
efluentes, visto que a energia é uma das utilidades mais caras de uma planta química.
O principal traço desse tipo de procedimento é a vaporização de um ou mais
constituintes de uma solução através do calor. O vapor obtido é condensado através
do resfriamento.

• Destilação Solar

Via de regra como citado anteriormente, os processos de destilação são efetuados ao


custo de uma grande quantidade de energia, tornando esse tipo de processo bastante
inviável e dispendioso para as empresas e indústrias. No entanto como a destilação é
uma operação de separação eficiente, principalmente quando utilizada para
desagregar a água dos sais minerais dissolvidos em sua essência ainda se mantem
como um processo viável economicamente para se obter água purificada por
destilação, especialmente em casos que são utilizadas pequenas quantidades. À
medida que se precisa de grandes quantidades de água, os gastos com energia se
tornam demasiados e torna-se necessário lançar mão de fontes de energia mais
baratas.

A radiação solar vem sendo pesquisada como uma forma alternativa para suprir esse
consumo energético necessário na destilação da água visada para o consumo. O
método de destilação solar consiste em evaporar a água numa estrutura em formato
piramidal similar a uma estufa a qual possui um fundo negro e cobertura transparente
que garanta a maior incidência de raios solares possível, sendo geralmente feita de
vidro. O vapor de água ao entrar em contato com a cobertura que tampa toda a
estrutura se condensa e a medida que se vai condensando o vapor ele acumula e
escoa para as canaletas dispostas na base da estrutura.

Os destiladores solares normalmente utilizados nesses processos são reservatórios de


notável área e pouca altura, com a cobertura de matéria plástica ou vidro, ao qual não
interfira na incidência de raios solares sob a base da estrutura. Tendo a estrutura
finalizada, a água é introduzida nesse receptáculo e permanece exposta aos raios
solares, o que aumenta a temperatura interna da estrutura e resulta na formação do
vapor. O vapor entra em contato com a cobertura da estrutura e condensa, como a
cobertura é inclinada as gotículas condensadas escoam até as canaletas e são
direcionadas através das tubulações até o reservatório. Com esse processo da
destilação é possível separar tanto os sais água quanto elementos que tenham ponto
de ebulição maior que o da água.

Segundo Esteban et al. (2000) a cobertura de vidro do equipamento é transparente à


radiação solar incidente, permitindo sua passagem, porém é opaca à radiação
infravermelha emitida pela água quente. Fuentes e Roth (1997) afirmam que na
destilação solar a transferência de calor por convecção não é desejada sendo inútil ao
processo. Se porventura se diminui o ar presente, as transferências de calor por
convecção e radiação tendem a zero, em contraste, quando a temperatura da água se
aproxima de sua temperatura de saturação, a transferência de energia por evaporação
tende a um, desde que a fração transferida por convecção tenda a zero. Nesses
casos, obtém-se a melhoria nos rendimentos da destilação solar.

Segundo Bezerra (2001), a destilação solar é uma aplicação da energia solar


bastante promissora, principalmente em regiões distantes dos centros urbanos e onde
o custo das fontes convencionais é bastante alto. Ainda de acordo com o mesmo
autor, o índice de radiação da energia solar no Nordeste brasileiro é bastante elevado
o que torna evidente a potencialidade dessa fonte energética.

Bouchekima (2002) destaca as vantagens da destilação solar para dessalinização de


águas, salientando o fato de essa tecnologia utilizar uma fonte energética limpa e
gratuita e que não prejudica o meio ambiente. Segundo ele, a destilação solar parece
ser um método promissor e uma forma alternativa para o suprimento de água de
pequenas comunidades de áreas remotas, como os desertos, enfatizando que o
potencial da energia solar em áreas com grande insolação pode ser mais bem
desenvolvido e otimizado.

• Tipos de destiladores solares


Existem variados tipos de destiladores solares, desde os mais comuns como os
destiladores de simples efeito, conhecidos normalmente como convencionais, de
condensação separada, tipo mecha, tipo filme capilar, entre outros, todos
baseados no princípio do aumento na taxa de evaporação de água pelo
aquecimento através de energia solar e a condensação da água destilada e sua
recuperação.

• Destilador solar tipo filme capilar

A principal característica desse tipo de destilador é utilização da capilaridade da água,


que nada mais é que um fenômeno que é resultante da interação da água com o vidro
que permite a subida ou descida da água através de um tubo fino, denominado de
capilar.

• Destilador solar do tipo mecha


Conhecidos também como destiladores do tipo miltiwick, os destiladores do tipo
mecha tem como particularidade a característica de além de possuírem a cobertura
normal ainda possuem um tecido recobrindo essa superfície que tem a finalidade de
se encher de água a ser destilada. Pode funcionar através do principio da capilaridade.

• Destilador solar do tipo condensação separada

Esse destilador tem o mesmo principio de um destilador convencional, ao qual a água


seria colocada no recipiente de fundo escuro e tocar a cobertura de material plástico
ou vidro condessaria, no entanto em vez de a condensação da água ocorrer ao
acumular liquido cobertura este é levado a um condensador separado onde é
concluída a condensação da água.

• Resíduos da destilação solar

A ideia de resíduos da destilação solar é uma questão a mais quando indicada como
uma possiblidade para o tratamento de efluentes. Visto que a destilação solar causa
pouco impacto nessa questão ambiental e utilizar tecnologias que configurem tais
vantagens é algo bastante visado atualmente, sendo assim a destilação solar pode ser
considerada uma boa alternativa nesse tipo de operação. Entretanto, como toda
operação produtiva, essa operação vai gerar um resíduo, que pode ser mais ou menos
concentrado, dependendo do tempo de residência da água de produção no
equipamento.
As características do resíduo da destilação solar são função da água de produção
original. Sua composição certamente vai ser rica em sais, óleos e graxas. Além de
metais pesados, o que inviabiliza a primeira vista, o uso desse resíduo remanescente.

Outro resíduo gerado pela destilação solar é o calor, considerados por alguns até
como um tipo de poluição. Na verdade, essa tendo como ponto de vista que é um tipo
poluição pode ser considerada como uma poluição generalizada gerada por sistemas
que usam a energia solar. Em grandes projetos de destilação solar ou algum outro
sistema que use a energia do sol é comum o aumento na temperatura ambiente nas
proximidades do sistema. No entanto, é um problema mínimo quando comparado com
o prejuízo causado por combustíveis fósseis. Além disso, essa poluição não provoca
prejuízo à fauna ou flora da região, afetando somente alguns insetos causando um
pouco de afastamento da flora do local.

• Desvantagens

Existem poucas desvantagens para a destilação solar, especialmente quando se


considera seus benefícios, entretanto ainda existem e serão listadas a seguir:

- Baixos rendimentos;

- Alto custo de investimento;

- Necessidade de remoção periódica dos resíduos depositados no fundo dos


destiladores para evitar perda de rendimento;

- Demanda de grandes áreas para sua instalação.

• Vantagens

A destilação solar possui varias vantagens com sua aplicação, dentre as quais estão:

- Baixo custo de manutenção e operação;

- Uso de uma fonte energética não poluente, abundante e gratuita;

- Altas eficiências de remoção de sais, sempre superiores a 90 %;

- Simplicidade de operação e manutenção, requerendo para sua manutenção apenas


a limpeza periódica.

• Referências

BEZERRA, Arnaldo Moura. Aplicações Térmicas da Energia Solar. Editora


Universitária UFPB, 4ª edição, João Pessoa, PB, 2001.
BOUCHEKIMA, Bachir. A Solar Desalination Plant for Domestic Water Needs in Arid
Areas of South Algeria. Desalination 153 65-69, 2002.

ESTEBAN, C. FRANCO, J. FASULO, A. Destilador Soalr Asistido con Colector Solar


Acumulador. Vol. 4, 03-39, 2000.

FUENTES, R., ROTH, P. Teoria de La Destilación Solar en Vacio. Revista Facultad de


Ingenieria, U. T. A., Chile, vol. 4, 1997.

HIMMELBLAU, David M. Engenharia Química: Príncipios e Cálculos. Prentice-Hall, Rio


de Janeiro, RJ, 1984.

KERN, Donald Q. Processos de Transmissão de Calor. Editora Guanabara Dois S. A.,


Rio de Janeiro, RJ, 1980.

MACEDO, H. Tratamento de águas com altas concentrações de cloretos. 1996. f. 79.


Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Escola Politécinica,Universidade de São
Paulo, São Paulo.

van NESS, H. C. and SMITH, J. M. Introdução a Termodinâmica da Engenharia


Química. Editora Guanabara Koogan S. A. Rio de Janeiro, RJ, 1980.

• Anexos das imagens


1. http://noticias-alternativas.blogspot.com/2014/07/faca-seu-proprio-dessalinizador-
e.html
2. http://polux.unipiloto.edu.co:8080/00004055.pdf
3. https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/15172/2/ConcentradorSolarDessalini
zacao2.pdf
4. http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/000003/00000356.pdf

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