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EXTENSIVO
2
MATERIAL DO
PROFESSOR
Um bom material didático voltado ao vestibular deve ser maior que um grupo de
conteúdos a ser memorizado pelos alunos. A sociedade atual exige que nossos jo-
vens, além de dominar conteúdos aprendidos ao longo da Educação Básica, conheçam
a diversidade de contextos sociais, tecnológicos, ambientais e políticos. Desenvolver
as habilidades a fim de obterem autonomia e entenderem criticamente a realida-
de e os acontecimentos que os cercam são critérios básicos para se ter sucesso no
Ensino Superior.
O Enem e os principais vestibulares do país esperam que o aluno, ao final do Ensino
Médio, seja capaz de dominar linguagens e seus códigos; construir argumentações
consistentes; selecionar, organizar e interpretar dados para enfrentar situações-proble-
ma em diferentes áreas do conhecimento; e compreender fenômenos naturais, proces-
sos histórico-geográficos e de produção tecnológica.
O Pré-Vestibular do Sistema de Ensino Dom Bosco sempre se destacou no mer-
cado editorial brasileiro como um material didático completo dentro de seu segmento
educacional. A nova edição traz novidades, a fim de atender às sugestões apresentadas
pelas escolas parceiras que participaram do Construindo Juntos – que é o programa rea-
lizado pela área de Educação da Pearson Brasil, para promover a troca de experiências,
o compartilhamento de conhecimento e a participação dos parceiros no desenvolvi-
mento dos materiais didáticos de suas marcas.
Assim, o Pré-Vestibular Extensivo Dom Bosco by Pearson foi elaborado por uma
equipe de excelência, respaldada na qualidade acadêmica dos conhecimentos e na prá-
tica de sala de aula, abrangendo as quatro áreas de conhecimento com projeto editorial
exclusivo e adequado às recentes mudanças educacionais do país.
O novo material envolve temáticas diversas, por meio do diálogo entre os conteú-
dos dos diferentes componentes curriculares de uma ou mais áreas do conhecimento,
com propostas curriculares que contemplem as dimensões do trabalho, da ciência, da
tecnologia e da cultura como eixos integradores entre os conhecimentos de distintas
naturezas; o trabalho como princípio educativo; a pesquisa como princípio pedagógi-
co; os direitos humanos como princípio norteador; e a sustentabilidade socioambiental
como meta universal.
A coleção contempla todos os conteúdos exigidos no Enem e nos vestibulares de
todo o país, organizados e estruturados em módulos, com desenvolvimento teórico
associado a exemplos e exercícios resolvidos que facilitam a aprendizagem. Soma-se a
isso, uma seleção refinada de questões selecionadas, quadro de respostas e roteiro de
aula integrado a cada módulo.
5 BIOLOGIA 1A
95 BIOLOGIA 1B
195 BIOLOGIA 2A
245 BIOLOGIA 2B
303 BIOLOGIA 3A
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K PHOTO
Y STOC
/ ALAM
IMAGES
BLEND
BIOLOGIA 1A
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17
168
BIOLOGIA 1A 6 –Material do Professor
RESPIRAÇÃO AERÓBIA
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7 –Material do Professor 169
BIOLOGIA 1A
A Bioenergética é a área da Biologia que estuda como são realizadas as trans-
formações de energia nos seres vivos. A vida na Terra depende do Sol, considerada
fonte primária de energia que se transformará em energia química por meio da
fotossíntese. Para que aconteça essa transformação, as células vegetais captam a
luz do Sol e convertem H2O (água) e CO2 (gás carbônico) em glicose, amido e outras
moléculas orgânicas ricas em energia, liberando O2 (gás oxigênio) na atmosfera. As
células animais irão degradar as moléculas orgânicas para obter e depois armazenar
essa energia em moléculas de ATP (adenosina trifosfato), liberando CO2 e água.
Os alimentos fornecem a energia necessária para realizar todas as atividades,
como andar, pensar, correr, falar e realizar qualquer outro tipo de ação. Isso porque,
em algum momento, a energia foi captada na forma de fótons de luz solar e arma-
zenada em moléculas de amido, que mais tarde se tornarão constituintes desses
alimentos. Contudo, a energia contida na molécula de ATP não pode ser utilizada
diretamente nos processos energéticos, uma vez que boa parte dela é transformada
em calor, sendo assim danosos às células. Por isso, essa transferência de energia
acontece por meio de diversos processos de transformação bioenergética.
transporte; movimentação;
Fotossíntese recepção e transmissão
O2
de estímulos; acúmulo e
Trabalho
CO2 transmissão de informação
genética; síntese de com-
H2O ATP postos químicos
Cloroplasto
Mitocôndria
Energia
acumulada em
compostos
Degradação do alimento
químicos
com liberação de energia,
(nutrientes)
CO2 e H2O
nos alimentos
O esquema apresenta a fotossíntese no interior dos cloroplastos de uma planta e posterior degradação dos alimentos
em uma célula animal. Por meio desse processo serão liberados CO2 e H2O para o ambiente e será armazenada a
energia em moléculas de ATP. Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
NH2
N C
C N
O O O HC
C CH
OH OH
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170 8 –Material do Professor
Liberação
ADP 1 HPO 2-
4
ATP
NAD1 NADH
NADP1 Energia NADPH
FAD química FADH2
Macromoléculas
Moléculas precursoras
celulares Oxidação
Aminoácidos
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9 –Material do Professor 171
BIOLOGIA 1A
MITOCÔNDRIAS de anos foram englobadas por células eucarióticas
(teoria da endossimbiose), como visto na unidade 1.
Quando se fala em respiração, é comum as pessoas A mitocôndria é delimitada por dupla membrana
a associarem com as trocas gasosas realizadas entre lipoproteica, de maneira que a membrana externa é lisa
os indivíduos e o ambiente por meio das brânquias, e a interna é composta de numerosas pregas denomi-
pele e pulmões, ao eliminar CO2 e obter O2. Entretan- nadas cristas mitocondriais. Quanto mais a célula for
to, nesse módulo, o processo de respiração abordado ativa, maior será o número de mitocôndrias presentes.
refere-se à forma de obtenção de energia com base na O espaço interno da mitocôndria é denominado matriz
síntese de ATP, proveniente da degradação da molécula mitocondrial.
de glicose por um processo denominado respiração As atividades mitocondriais associam-se ao meta-
celular. Existem dois tipos de respiração celular: a bolismo energético das células e à produção de ATP de
aeróbia (realizada na presença de oxigênio) e a anae- forma compartimentalizada, por ocorrerem em parte
róbia (realizada na ausência do oxigênio). na matriz parte junto às cristas.
RESPIRAÇÃO AERÓBIA
C6H12O6 1 6 O2 1 →
→ 6 CO2 1 6 H20 1 energia
Respiração aeróbia
CO2 CO2 O2
H2O
e- 1 H1
3 4
1 2 Cadeia
Formação Ciclo de transportadora
Glicose Glicólise Piruvato Acetil CoA Krebs NADH; FADH2
de de elétrons e
Acetil CoA fosforilação
NADH NADH
2 ATP
Mitocôndria
32 ou 34
ATP
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172 10 – Material do Professor
Glicólise
BIOLOGIA 1A
Ciclo de Krebs
O ciclo de Krebs é também conhecido como ciclo do ácido cítrico. Nesta etapa,
o Acetil CoA formado na etapa intermediária combina-se com o oxalacetato (com-
posto de 4 carbonos) na matriz mitocondrial, dando origem ao citrato e liberando a
coenzima A. Ao longo do ciclo, o citrato perde carbonos, produzindo CO2 e moléculas
de hidrogênio. Estes últimos são captados por NAD e FAD. Por fim, o composto de
4 carbonos é formado novamente, reiniciando o ciclo.
Ao final, são formadas duas moléculas de ácido pirúvico; portanto, o rendimento
geral dessa etapa é de 2 moléculas de ATP. Além disso, são liberados CO2, ATP,
NADH2 e FADH2.
Acetil CoA
2C
CoA
Composto de Citrato
4C 6C
NADH 1 H1
FADH2 CO2
ATP NADH 1 H1
CO2
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11 – Material do Professor 173
Cadeia respiratória
BIOLOGIA 1A
Esta etapa, também conhecida como cadeia transportadora de elétrons, ocorre
nas cristas mitocondriais e é basicamente o estágio em que os hidrogênios trans-
portados por NAD1 e FAD1 se unem ao oxigênio, produzindo moléculas de água e
ATP. À medida que as moléculas de hidrogênio são transferidas ao longo da cadeia
respiratória, ocorre liberação de elétrons excitados, os quais são captados por vários
transportadores intermediários (proteínas) denominados citocromos. Na passagem
de elétrons pela cadeia respiratória, há liberação de energia suficiente para que uma
molécula de ADP se ligue a mais um fosfato, originando um ATP. Por conta disso,
esse processo é chamado de fosforilação oxidativa.
NADH2 ATP
FAD
2H1
2e
Citocromo b
ATP
2e
Nível Citocromo c
energético 2e
Citocromo a ATP
2e
Citocromo a3
2e
O H2O
As moléculas de NADH e FADH2 dispensam os hidrogênios dentro das cristas mitocondriais, que liberam elétrons
excitados. Estes são transferidos através dos citocromos, produzindo energia para a síntese de ATP.
2e 1 2 H 1 1 ½ O 2 → H 2O
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174 12 – Material do Professor
ATP na
Saldo
Etapa Produz Gasta Ocorrência cadeia
(ATP)
respiratória
4 ATP 2 ATP 1 vez - 2
Glicólise
2 NADH2 1 vez 3 ATPs 6
Formação do
1 NADH2 - 2 vezes 3 ATPs 6
acetil
LEITURA COMPLEMENTAR
A glicose é uma molécula de carboidrato de suma importância para o processo de
respiração aeróbia. Entretanto, as proteínas também podem ser utilizadas como fonte
de energia, bem como as gorduras.
Durante a digestão, as proteínas são quebradas em diversos aminoácidos, que serão
utilizados na produção de outras proteínas. Contudo, se houver um excesso de in-
gestão de proteínas, haverá um excesso de aminoácidos, de maneira que eles serão
convertidos em ácido pirúvico por meio de enzimas, ou em produtos intermediários
do ciclo de Krebs.
As gorduras, durante a digestão, são quebradas em ácidos graxos e glicerol. Este último é
convertido em um produto intermediário da etapa da glicólise, sendo utilizado na respi-
ração aeróbia. Além disso, os ácidos graxos também são convertidos em substâncias que
participam do ciclo de Krebs.
Nas etapas da respiração aeróbia os carboidratos, as proteínas e os lipídios estão presentes,
como mostra o quadro. .
Respiração
Glicólise Ciclo de Krebs
aeróbica
Carboidratos Glicose –
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 1A
Respiração celular
Presença de O2 Ausência de O2
Gasto em Saldo em
Etapas: Local: Produz:
ATP: ATP:
3 NADH2
Ciclo de Krebs Matriz 0 ATP 24 ATPs
1 FADH2
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176 14 – Material do Professor
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 1A
1. Uema – A maioria dos seres vivos obtém energia ne- b) No citoplasma ocorrem o ciclo de Krebs e a glicólise.
cessária para a realização de seus processos vitais por c) Nas cristas mitocondriais, local que ocorre a cadeia res-
meio da quebra da molécula de glicose. A energia li- piratória, temos a transferência dos hidrogênios trans-
berada resultante dessa degradação é tão grande que portados pelo NAD e pelo FAD, formando água e ATP.
mataria a célula se fosse realizada de uma única vez. d) O ciclo de Krebs ocorre também nos processos anae-
Essa degradação ocorre em etapas denominadas róbios, enquanto nas etapas da respiração a glicólise
a) glicólise, ciclo do ácido cítrico e cadeia respiratória. é uma rota metabólica que só ocorre nos processos
b) cadeia respiratória, ciclo do ácido cítrico e glicose. aeróbios.
c) gliconeogênese, glicólise e ciclo do ácido cítrico. e) Uma molécula de glicose é quebrada em duas molé-
culas de ácido pirúvico no ciclo de Krebs.
d) glicose, gliconeogênese e cadeia respiratória.
A alternativa A está incorreta porque a glicólise não utiliza O2.
e) ciclo do ácido cítrico, glicose e glicólise. A alternativa B está incorreta porque o ciclo de Krebs ocorre na
matriz mitocondrial. A alternativa D está incorreta porque essa
As etapas da respiração aeróbia são: glicólise, ciclo do ácido
etapa ocorre apenas em processos aeróbios, enquanto a glicó-
cítrico (ou ciclo de Krebs) e cadeia respiratória.
lise ocorre em processos aeróbios e anaeróbios. A alternativa E
está incorreta porque esse processo ocorre durante a glicólise.
2. UFRGS – A mitocôndria é uma organela da célula euca-
5. Udesc – Assinale a alternativa correta quanto à respi-
riótica. Considere as seguintes afirmações sobre essa
ração celular.
organela.
a) Uma das etapas da respiração celular aeróbia é a
I. A membrana interna forma pregas, possibilitando
glicólise, ocorre na matriz mitocondrial e produz
o aumento da superfície que contém proteínas e
Acetil CoA.
enzimas da cadeia respiratória.
b) A respiração celular aeróbia é um mecanismo de que-
II. A membrana externa apresenta aceptores que par-
bra de glicose na presença de oxigênio, produzindo
ticipam da glicólise.
gás carbônico, água e energia.
III. Ela está presente em abundância nas células do te-
c) O ciclo de Krebs é uma das etapas da respiração
cido muscular estriado esquelético.
celular, ocorre no citoplasma da célula e produz duas
Quais estão corretas? moléculas de ácido pirúvico.
a) Apenas I. d) A etapa final da respiração celular é a glicólise, ocorre
na membrana interna da mitocôndria e produz três
b) Apenas II.
moléculas de NADH2, uma molécula de FADH2 e uma
c) Apenas I e III. molécula de ATP.
d) Apenas II e III. e) A cadeia respiratória é a etapa final da respiração
e) I, II e III. celular e ocorre no citoplasma da célula, produzindo
A afirmativa I está correta porque de fato as mitocôndrias pos-
glicose e oxigênio.
suem “pregas”, denominadas cristas, e nelas é realizada a etapa A alternativa A está incorreta porque a glicólise produz ácido
de cadeia respiratória. A afirmativa II está incorreta porque não pirúvico. A alternativa C está incorreta porque ocorre na matriz
necessita de aceptores na etapa da glicólise, uma vez que essa mitocondrial e produz NADH2, FADH2, CO2 e ATP. A alternativa D
etapa se dá pela quebra da molécula de glicose, originando está incorreta porque a etapa final é a cadeia respiratória, pro-
ácido pirúvico. A afirmativa III está correta porque esse tecido duzindo ATPs a partir de NADH2 e FADH2 oriundos das etapas
é o principal componente muscular no corpo dos organismos, anteriores. A alternativa E está incorreta porque essa etapa
responsável pela maioria dos movimentos e necessita de grande ocorre nas cristas mitocondriais e produz ATP e água.
quantidade de energia para realizá-los.
3. Uerj (adaptada) – As células musculares presentes nas 6. Sistema Dom Bosco – Existe uma etapa da respira-
asas das aves migratórias possuem maior concentra- ção aeróbia comum à respiração anaeróbia, realizada
ção de determinada organela, se comparada às células no hialoplasma celular. Cite e explique o que ocorre
musculares do restante do corpo. Esse fato favorece a nessa etapa.
utilização intensa de tais membros por esses animais.
Cite que organela é essa e explique como ela pode A etapa comum entre respiração aeróbia e anaeróbia é denominada
favorecer a intensa utilização muscular.
A organela é a mitocôndria e ela pode favorecer a intensa atividade glicólise. Nela, a molécula de glicose é quebrada, originando duas
muscular nas asas por ser responsável pela produção de energia atra- moléculas de ácido pirúvico, duas moléculas de NADH2 e 4 molé-
vés da respiração aeróbia celular, gerando 38 ATPs por molécula de culas de ATP. Entretanto, duas moléculas de ATP são consumidas
glicose consumida. durante o processo, tendo como saldo final 2 moléculas de ATP.
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15 – Material do Professor 177
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
BIOLOGIA 1A
7. IFTO – Na cadeia respiratória, há transferência de elétrons de um citocromo para outro,
esse processo implica a liberação de energia. Por quem é capturada essa energia? E
quem é o aceptor final de elétrons?
a) Pelo ADP; o NAD.
b) Pelo ATP; o FAD.
c) Pelo ATP; o oxigênio.
d) Pelo ADP; o oxigênio.
e) Pelo ATP; o NAD.
9. Unifor-CE
GLICOSE
Etapa A
PIRUVATO Etapa B
Etapa C
H2O
O2
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178 16 – Material do Professor
10. UPF-RS (adaptada) – Considere a figura abaixo, a qual representa, de forma esque-
BIOLOGIA 1A
2CO2
6 NADH 3 18 ATP
2 ETAPA 2
ATP
2 FADH2 4 ATP
4CO2
O2 H2O
12. UFPR – A figura abaixo representa o transporte de elétrons (e–) pela cadeia respiratória
presente na membrana interna das mitocôndrias. Cada complexo possui metais que
recebem e doam elétrons de acordo com seu potencial redox, na sequência descrita.
Caso uma droga iniba o funcionamento do citocromo C (cit. c), como ficarão os estados
redox dos componentes da cadeia?
cit. c
e-
3
4
xo
xo
ple
o1
ple
m
m
plex
Co
Co
e–
Com
UQ
e–
e- 2x
NADH 1 H1 NAD1
2 H1 1 ½ O2 H2O
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17 – Material do Professor 179
BIOLOGIA 1A
Mars One: já há quem saiba como produzir água e oxigênio em Marte.
Os primeiros colonos da Mars One deverão sobreviver no planeta vizinho suportados por
sistemas que geram oxigênio a partir da eletrólise e produzem água recorrendo a compo-
nentes existentes no solo marciano.
As naves do consórcio Mars One só deverão partir para Marte depois de 2023 – e pelo
meio ainda haverá um reality show para a seleção da primeira colônia humana e recolha
de fundos. As previsões do consórcio holandês apontam para o envio de 24 a 40 pessoas
para o planeta vizinho. O que coloca a questão: como vão viver estas pessoas se algu-
ma vez chegarem a Marte? A resposta à questão já começou a tomar forma: a empresa
Paragon, que havia sido previamente selecionada pelo consórcio Mars One, acaba de dar
a conhecer as linhas mestras de uma solução conhecida como Controle Ambiental do
Habitat de Superfície e Sistema de Suporte à Vida (ECLSS) que terá como objetivo prover
os primeiros colonos de Marte com água e oxigênio a partir de recursos existentes em
Marte ou que derivam da atividade humana enquanto se encontra no denominado plane-
ta vermelho. A Paragon aproveitou a experiência ganha, durante as duas últimas décadas,
no desenvolvimento de suporte da vida humana em ambientes inóspitos para delinear
uma solução composta por cinco módulos – que recriam o ciclo da água e do oxigênio.
Entre os módulos essenciais figura o Sistema de Gestão da Atmosfera (AMS), que tem por
objetivo a produção de oxigênio através da eletrólise da água. Este módulo também estará
apto a detectar incêndios e compostos nocivos, bem como a proceder à monitorização do
dióxido de carbono. A produção de oxigênio será seguramente uma das preocupações
prioritárias para o ambicioso projeto de instalação de uma colônia em Marte, mas não
poderá funcionar sem o apoio de outros módulos. A água usada na eletrólise (que produ-
zirá o oxigênio) será produzida por um Sistema de Processamento de Recursos (ISRPS) a
partir dos componentes existentes no solo marciano. O ISRPS deverá ainda assegurar a
produção de nitrogênio e argônio a partir da atmosfera marciana.
Disponível em: <http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/ciencia/2015-07-01-Mars-One-ja-ha-quem-
-saiba-como-produzir-agua-e-oxigenio-em-Marte>. Acesso em: nov. 2018.
Imagine que, pelas condições do planeta, a produção que será feita não seja exata-
mente de oxigênio, mas de um elemento análogo. Se esse elemento conseguisse
ser utilizado pelo corpo, na mitocôndria, ele seria usado para formação de água e,
portanto, seria detectado:
a) no ciclo de Krebs.
b) na glicólise.
c) no ciclo de Calvin.
d) na cadeia respiratória.
e) na fase de Hill.
14. USC (adaptado) – A energia que movimenta e mantém a vida no planeta é o ATP,
a moeda energética. A maioria dos seres vivos produz ATP por meio da respiração
celular. Observe o quadro abaixo que representa o balanço energético de uma res-
piração aeróbia.
ATP na
Saldo
Etapa Produz Gasta Ocorrência cadeia
(ATP)
respiratória
4 ATP I 1 vez – 2 ATP
Glicólise
2 NADH2 – 1 vez II 6 ATP
Ciclo de
1 ATPs – 2 vezes – 2 ATP
Krebs
1 NADH2 – III 3 ATP 6 ATP
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180 18 – Material do Professor
15. IFTM-MG – O texto seguinte refere-se ao incêndio ocorrido em uma casa noturna no Brasil.
O cianeto citado no texto foi apontado como a causa mortis dos estudantes, pois é
capaz de
a) combinar-se com os citocromos da cadeia respiratória, inutilizando-os para o trans-
porte de elétrons, interrompendo o fluxo de elétrons, não havendo assim liberação
de energia, o que leva à morte da célula.
b) ligar-se irreversivelmente com o oxigênio molecular antes que ele chegue nos
tecidos, levando-os à falência múltipla, caracterizando assim, a morte do indivíduo.
c) reagir com o gás carbônico e oxigênio, covalentemente, e mesmo que seja reversí-
vel esta reação, dependendo da dose de cianeto, o indivíduo é conduzido à morte.
d) agir como catalizador na reação entre a água e o gás carbônico, produzindo o ácido
carbônico, e sendo um ácido forte tem-se uma acidose sanguínea com consequente
morte dos indivíduos.
e) participar de reações de hidrólise da água, na reação de Hill, que é uma das etapas
da respiração celular, o que leva à produção de hidrogênio com elevação da acidez
sanguínea, produção de ácido lático, câimbra e asfixia.
16. UFU-MG – O gráfico abaixo mostra o fluxo de entrada em uma célula de uma molé-
cula Q em função do gasto de ATP em condições normais (N) e depois da inibição da
respiração mitocondrial (I).
Analisando atentamente o gráfico apresentado, pode-se inferir que
a) em baixas concentrações intrace-
lulares de ATP o transporte de Q
está em equilíbrio.
N
Fluxo de Q
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19 – Material do Professor 181
BIOLOGIA 1A
Acetil CoA
2C
CoA
Composto de Citrato
4C 6C
NADH 1 H1
FADH2 CO2
ATP NADH 1 H1
4C 5C
CO2
NADH 1 H1
4
A molécula em questão se trata
20 a) do ATP.
b) do acetil CoA.
c) da glicose.
5 d) dos citocromos.
0 e) do ácido cítrico.
7 14 21 28 35 42
Concentração de oxigênio 20. Sistema Dom Bosco C5-H17
(unidades arbitrárias)
A respiração aeróbia é fundamental na manutenção
Qual curva representa o perfil de consumo de glicose, bioenergética dos organismos. Pode-se comparar as
para manutenção da homeostase de uma célula que ini- células eucarióticas com uma cidade, em que o hia-
cialmente está em uma condição anaeróbica e é subme- loplasma é o interior e a membrana plasmática é a
tida a um aumento gradual da concentração de oxigênio? delimitação da cidade, suas organelas são o espaço
a) 1 d) 4 urbano e as mitocôndrias são a companhia elétrica.
Com base nessa analogia, onde ocorrem a glicólise,
b) 2 e) 5
a formação do acetil CoA, o ciclo do ácido cítrico e a
c) 3 cadeia respiratória, respectivamente?
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18
182
BIOLOGIA 1A 20 – Material do Professor
RESPIRAÇÃO ANAERÓBIA
aeróbia e anaeróbia.
• Compreender a
importância do processo
de fermentação para a
indústria e a economia.
Respiração anaeróbia
BSIP/UIG/GETTY IMAGES
BIOLOGIA 1A
A respiração anaeróbia (do grego an = sem, aeros
= ar e bios = vida) é aquela na qual não há presença
de oxigênio. Os seres anaeróbios obtêm energia por
meio da oxidação (quebra) de moléculas orgânicas,
liberando íons H1. Como o oxigênio está ausente para
formar moléculas de água, quando se une aos íons
H1, pode ocorrer acidificação do citosol. Para que isso
não aconteça, certas substâncias se transformam em
aceptoras finais dos íons H1.
Ilustração de Clostridium tetani, agente causador do tétano, é um
Algumas bactérias conseguem quebrar as molécu- organismo anaeróbio estrito. O tamanho médio de cada célula é de 0,3
las orgânicas nessas condições de forma semelhante por 0,8 μm. Cores fantasia.
à respiração aeróbia. No entanto, vale ressaltar que os
LEITURA COMPLEMENTAR
aceptores finais dos íons H1 são compostos inorgâni-
cos, como o sulfato (SO422), nitrato (NO32) e o carbonato A fermentação pode ter vários significados dependendo
(CO322), sendo retirados por eles do meio intracelular, da área de estudo. Em Bioquímica, por exemplo, ela é
evitando que haja acidose no protoplasma. É impor- definida como o processo em que ocorre degradação
tante lembrar que a respiração anaeróbia realizada por de alimentos por meio de microrganismos, produzindo
bebidas alcoólicas e laticínios. Na indústria, a fermenta-
bactérias que utilizam nitrato e sulfato como aceptores
ção ocorre na ausência de oxigênio, também por meio
finais é essencial para os ciclos do nitrogênio e do
da ação de microrganismos. Em termos científicos, esse
enxofre existentes na natureza.
processo pode ter dois significados, como segue.
A produção de ATP durante a respiração anaeró-
1. Processo que libera energia em condições anae-
bia pode variar dependendo do microrganismo que a
róbias.
realiza e da via metabólica. Em geral, a produção de
ATP é muito baixa quando comparada à respiração 2. Todo processo bioquímico que libera energia
aeróbia. Por conta disso, seres anaeróbios tendem proveniente de carboidratos ou de qualquer
molécula orgânica sem a necessidade de oxigê-
a crescer mais lentamente do que os seres aeró-
nio, utilizando uma molécula inorgânica como
bios. Assim, esse processo pode ser visto como um
aceptor final de elétrons.
fator limitante, pois atua no controle populacional
Esta última definição é a adotada neste módulo.
desses organismos.
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23 – Material do Professor 185
BIOLOGIA 1A
Na fermentação lática, são produzidas duas mo- Existem outros tipos de fermentação, mas que
léculas de ATP a cada molécula de glicose oxidada ocorrem na presença de oxigênio, a chamada fer-
por bactérias do tipo bacilo. As etapas são similares mentação aeróbia. A fermentação acética é um
à da fermentação alcoólica, com a diferença de que o exemplo desse tipo de fermentação, na qual o produ-
produto final da fermentação lática é o ácido lático e
to final é o ácido acético, também conhecido como
não ocorre descarboxilação do piruvato, ou seja, não
vinagre.
há liberação de moléculas de CO2.
O processo acontece em duas etapas: primeiro
2 NADH2 2 NAD ocorre a fermentação alcoólica, originando o álcool etí-
2 moléculas 2 moléculas lico, conforme já estudado. Em um segundo momento,
de piruvato ácido lático 1 2 ATP o álcool etílico é oxidado parcialmente por bactérias do
gênero Acetobacter, reagindo com O2. Ao final do pro-
cesso, além de o ácido acético ser produzido, também
SILVIAJANSEN/ISTOCKPHOTO.COM
1a etapa:
Glicose → Álcool etílico 1 2 ATP1 CO2
2a etapa:
Álcool etílico 1 O2 → ácido acético 1 2 ATP 1 2 H2O
conveniados ao Sistema de Ensino As células musculares são capazes de produzir ácido lático pela fermentação
lática, o que costuma causar dores intensas nos músculos em uso.
Além do vinagre, existem outros produtos obtidos
por meio de diferentes tipos de fermentação:
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186
BIOLOGIA 2B
1A 24 – Material do Professor
Ácido propanoico ou
Herbicida/conservante Ácido lático Bactéria
ácido propiônico
Uso farmacêutico e
Acetona e butanol Melaço Bactéria
industrial
Uso farmacêutico e
Glicerol Melaço Fungo
industrial
Uso alimentício e
Ácido cítrico Melaço Fungo
farmacêutico
Fonte: TORTORA et al. Microbiologia. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. (Adaptado)
Número de
Processo de Condições Aceptor final moléculas de
produção de de de hidrogênio ATP produzido
energia crescimento (elétrons) por molécula
de glicose
Respiração Aerobiose O2 38
aeróbia
Anaerobiose Normalmente substâncias Variável (menor que 38,
Respiração inorgânicas (como NO3, mas maior que 2)
anaeróbia SO422, CO322)
Aerobiose ou Molécula orgânica 2
Fermentação anaerobiose
Fonte: TORTORA et al. Microbiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. p. 137. (Adaptado)
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 1A
RESPIRAÇÃO ANAERÓBIA
Libera: Elétrons
Fermentação
Glicólise
Duas etapas
Redução do piruvato
Tipos
Alcoólica
Lática
Realizada por:
Realizada por:
musculares
Produtos
Produtos
Álcool etílico
CO2
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188 26 – Material do Professor
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 1A
1. PUC-MG (adaptada) – Dois processos metabólicos 4. Sistema Dom Bosco – O vinagre é um condimento lí-
distintos estão esquematizados abaixo. quido bastante utilizado no preparo de alimentos, como
V. Glicose – piruvato – fermentação – álcool as saladas. Sabe-se que a síntese desse produto é rea-
lizada por meio do álcool, com o uso de bactérias do
VI. Glicose – piruvato – fermentação – lactato
gênero Acetobacter, que participam do processo
Analisando os processos e de acordo com seus conhe- a) por meio da respiração aeróbia.
cimentos sobre o assunto, marque a afirmativa correta.
b) ao converter o ácido pirúvico em ácido lático.
a) Em uma atividade física prolongada podem ocorrer
c) ao produzir ácido acético.
os dois processos.
d) por meio da fermentação lática.
b) O processo I pode ocorrer na produção de iogurte.
e) por meio da respiração anaeróbia alcoólica.
c) O processo II pode ocorrer na produção de coalhada. A alternativa A está incorreta porque não é realizada a respi-
d) No processo II há mais gasto de ATP para iniciar a ração. A alternativa B está incorreta porque o ácido pirúvico é
via metabólica do que em I. convertido em álcool e, posteriormente, oxidado, produzindo
o ácido acético. A alternativa D está incorreta porque se trata
A alternativa A está incorreta porque ocorrerá apenas a fermentação da fermentação acética. A alternativa E está incorreta porque a
lática. A alternativa B está incorreta porque a fermentação alcoólica é fermentação acética acontece na presença de oxigênio.
muito utilizada na produção de bebidas alcoólicas e combustíveis. Para
a produção de iogurte, é realizada a fermentação lática. A alternativa 5. Sistema Dom Bosco – A fermentação é constituída por
D está incorreta porque, em ambos os processos, há o consumo de duas etapas, sendo a primeira comum à fermentação
dois ATPs, com saldo final de mesmo valor, uma vez que, durante a lática e alcoólica. Assinale a opção que apresenta o
glicólise, são produzidas quatro moléculas de ATP.
nome da primeira etapa da fermentação, seguida de
seu produto final.
2. UnB (adaptada) – A fermentação é um dos processos
a) Glicose, ácido acético.
biológicos que a humanidade utiliza há mais tempo na
preparação de alimento. A respeito desse processo, é b) Glicólise, álcool etílico.
correto afirmar que c) Glicose, ácido lático.
a) a fermentação é um tipo de respiração que consome d) Glicólise, ácido pirúvico.
oxigênio livre. A glicólise é a primeira etapa de qualquer um dos tipos de fermentação.
b) vírus e protozoários são usados frequentemente na Basicamente, ocorre quebra da molécula de glicose em duas moléculas
fermentação industrial. de ácido pirúvico, liberando duas moléculas de ATP.
c) iogurtes e queijos são produzidos a partir da fermen- 6. Sistema Dom Bosco – Determinada molécula foi a
tação lática. engenhosa solução oferecida pela natureza e pela evolu-
d) a adenosina trifosfato (ATP), liberada durante a fer- ção para compor um sistema simples, rápido e robusto
mentação do trigo, faz com que o pão cresça. de troca de energia. Em alguns processos metabólicos,
são gerados, como, saldo final, apenas duas dessas
e) a cachaça e o álcool combustível são obtidos pela
fermentação dos açúcares presentes na uva. moléculas.
Disponível em: <http://www.seara.ufc.br/donafi fi /mitocondrias/
A alternativa A está incorreta porque a fermentação ocorre na mitocondrias04.htm>. Acesso em: nov. 2018.
ausência de oxigênio. A alternativa B está incorreta porque os
organismos utilizados na fermentação são bactérias e fungos. A
alternativa D está incorreta porque o CO 2 é liberado por meio da Identifique essa molécula e explique em quais proces-
quebra da glicose, que permite à massa do pão crescer durante sos ela pode ser produzida com esse saldo final.
a fermentação alcoólica. A alternativa E está incorreta porque a
cachaça e o álcool são provenientes da fermentação do açúcar A molécula responsável pela troca de energia é a adenosina trifosfato
presente na cana-de-açúcar.
(ATP), capaz de carregar energia em sua estrutura. Ela pode ser produ-
3. Sistema Dom Bosco – Existem organismos que não
conseguem sobreviver na presença de oxigênio e, zida com saldo final de duas moléculas nos processos de fermentação
por conta disso, desenvolveram outros métodos de
obtenção de energia. Como são denominados esses lática e fermentação alcoólica.
organismos? Cite um método de obtenção de energia
que eles desenvolveram.
fermentação.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
BIOLOGIA 1A
7. Fuvest-SP Álcool etílico
A Lei 7.678 de 1988 define que “vinho é a bebida obtida
pela fermentação alcoólica do mosto simples de uva sã, Glicose piruvato Álcool lático
fresca e madura”. Na produção de vinho, são utilizadas
Álcool acético
leveduras anaeróbicas facultativas. Os pequenos produto-
res adicionam essas leveduras ao mosto (uvas esmagadas, Quando realizada pela levedura adequada, o tipo de
suco e cascas) com os tanques abertos, para que elas se re- fermentação que leva a massa do pão a inflar e tornar-
produzam mais rapidamente. Posteriormente, os tanques -se macia é aquela representada
são hermeticamente fechados. a) pela produção de ácido lático.
b) pela produção de ácido acético.
Nessas condições, pode-se afirmar, corretamente, que
c) pela produção de álcool etílico.
a) o vinho se forma somente após o fechamento dos d) pela produção de ácido pirúvico.
tanques, pois, na fase anterior, os produtos da ação
das leveduras são a água e o gás carbônico. e) pelas produções de ácidos lático e acético.
b) o vinho começa a ser formado já com os tanques 10. Sistema Dom Bosco – Existem dois tipos de processos
abertos, pois o produto da ação das leveduras, nes- bioquímicos muito importantes para os organismos, por
sa fase, é utilizado depois como substrato para a
serem suas principais fontes de energia: a respiração
fermentação.
aeróbia e a respiração anaeróbia. Entre os processos
c) a fermentação ocorre principalmente durante a que ocorrem na respiração anaeróbia, há dois tipos de
reprodução das leveduras, pois esses organismos fermentação. Com base nisso, cite as principais seme-
necessitam de grande aposte de energia para sua lhanças entre a fermentação e a respiração aeróbia.
multiplicação.
d) a fermentação só é possível se, antes, houver um
processo de respiração aeróbica que forneça energia
para as etapas posteriores, que são anaeróbicas.
e) o vinho se forma somente quando os tanques voltam
a ser abertos, após a fermentação se completar, para
que as leveduras realizem respiração aeróbica.
8. Uniube-MG – A figura abaixo ilustra uma parte impor- 11. UFT – A energia necessária para que ocorra a contração
tante do metabolismo da glicose, conhecida como fer- muscular é proveniente da quebra do ATP (adenosina
mentação lática. Analise-a e, com os conhecimentos trifosfato) disponível no citoplasma das células muscu-
sobre o assunto, assinale a alternativa correta. lares. Em anaerobiose, esse ATP é formado
a) pelo processo de fermentação lática.
C6H12O6 glicólise H
piruvato b) pelo processo de fosforilação oxidativa.
2 CH3 — C — COOH
2 CH3 — C — COOH c) pelo processo de fermentação alcoólica.
2 NAD ⋅ 2 H O
2 ATP 2 NAD ⋅ 2 H O 2 NAD ácido lático d) pela fosforilação do ADP (adenosina difosfato) pela
fosfocreatina.
e) pela fosforilação do ADP (adenosina difosfato) por
fósforo orgânico.
a) O processo de fermentação lática ocorre unicamente
no músculo, quando o oxigênio não é suficiente para
12. Unicastelo-SP – Na padaria, a fila para comprar pão
a produção aeróbica de energia.
era grande. O padeiro justificou que o pão não estava
b) O processo de fermentação lática é realizado por pronto porque a estufa, onde a massa era mantida,
certos tipos de bactérias, tais como os lactobacilos, havia quebrado e a massa não havia crescido.
e é a base do processo de produção de iogurtes e
coalhadas. Na produção do pão, a estufa é importante, pois garante
a temperatura adequada para
c) O processo de fermentação lática ocorre mesmo nas
células musculares que estejam recebendo supri- a) o processo de respiração anaeróbica das leveduras
mento suficiente de oxigênio, pois é o único modo adicionadas à receita, que produzem o oxigênio que
de o músculo obter energia. faz a massa crescer antes de ser assada.
d) O processo de fermentação lática pode ocorrer em b) a expansão do gás carbônico produzido pela respira-
qualquer tecido do corpo humano, mas sempre na ção dos fungos adicionados à receita, expansão essa
ausência de oxigênio. que garante o crescimento da massa.
e) O processo de fermentação lática pode ocorrer c) a evaporação da água produzida pela respiração das
em qualquer tecido do corpo humano, indepen- leveduras adicionadas à receita, sem o que a massa
dentemente do suprimento de oxigênio para esses não cresceria, pelo excesso de umidade.
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190 28 – Material do Professor
13. Fuvest-SP – Um atleta que participou da corrida São o fermento biológico, pois o fermento químico na
BIOLOGIA 1A
Silvestre desmaiou depois de ter percorrido cerca de presença de altas temperaturas no forno acelera o
800 m devido à oxigenação deficiente em seu cérebro. processo fermentativo, caramelizando substâncias
Sabendo-se que as células musculares podem obter que dão gosto ao pão. Nessa fornada, os pães cres-
energia por meio da respiração aeróbica ou fermen- ceram bastante e ficaram saborosos.
tação, nos músculos do atleta desmaiado deve haver IV. Na fornada D, os pães não cresceram e não ficaram
acúmulo de com o sabor característico de pão, pois, na ausência
a) glicose. da levedura, não há fermentação alcoólica.
b) glicogênio. Estão corretas apenas as afirmativas:
c) monóxido de carbono. a) I e II. c) III e IV.
d) ácido lático. b) II e III. d) I e IV.
e) etanol.
16. UFTM-MG (adaptada) – Um meio de cultura con-
14. Sistema Dom Bosco tendo proteínas, lipídios, glicose e amido recebeu
Quase tão antiga quanto as primeiras civilizações huma- uma espécie de fungo unicelular geneticamente
nas, produzida há milhares de anos, a cerveja é a bebida modificado.
alcoólica mais consumida do mundo – entre todas as ou-
tras, só perde para água e para o café. CO2
Fonte: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil243324823>.
Acesso em: nov. 2018.
Concentração de substâncias
Cite o processo que dá origem à cerveja e explique
amido
como ele ocorre.
proteínas
lipídios
glicose
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29 – Material do Professor 191
BIOLOGIA 1A
18. Sistema Dom Bosco C8-H29 Sobre a produção de bebidas alcoólicas como a citada
O iogurte é um desses alimentos que nunca saem de no texto, é correto afirmar que
moda. Muito já foi dito sobre os supostos benefícios a) a cerveja é produzida por meio da fermentação alcoólica.
de consumir os microrganismos vivos que se abrigam b) o processo bioquímico capaz de produzir a cerveja
no produto, e trata-se de uma indústria que movimenta também produz ácido lático nas células musculares.
bilhões de dólares. Também é muito fácil fazer iogurte
em casa, e o YouTube está cheio de vídeos de pes- c) a cerveja é produzida por meio de bactérias fer-
mentadoras.
soas compartilhando a experiência. Outros gostam de
examinar o produto com microscópio e questionar: “O d) a produção da cerveja se dá a partir do ácido acético.
que tem aqui dentro?” Bem, uma boa resposta seria: e) o processo bioquímico capaz de produzir a cerveja
“Várias reações químicas fascinantes”. ocorre apenas na presença de oxigênio.
Fonte: <https://www.bbc.com/portuguese/
noticias/2015/08/150825_vert_fut_segredos_iogurte_ml>. 20. Enem C8-H29
Acesso em: nov. 2018. O esquema representa, de maneira simplificada,
Sobre a produção do iogurte o processo de produção de etanol utilizando milho
como matéria-prima.
a) ocorre por meio da fermentação acética.
b) ocorre por meio da transformação do açúcar em
ácido lático. Levedura
FOTOSSÍNTESE
KNAUFB/SHUTTERSTOCK
• Compreender como as
células de organismos
fotossintetizantes obtêm
energia.
• Reconhecer a importância
da fotossíntese para a ma-
nutenção da vida na Terra.
• Reconhecer os organismos
capazes de realizar a
fotossíntese.
• Descrever as etapas da
fotossíntese, bem como
seus produtos.
• Entender a função dos pig-
mentos fotossintetizantes.
• Descrever os mecanismos
alternativos desenvolvidos
por plantas de clima árido
para fixação do carbono de
forma eficaz.
Arabidopsis sp., planta modificada por meio de nanotecnologia para maior eficiência na taxa de fotossíntese.
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31 – Material do Professor 193
BIOLOGIA 1A
A energia luminosa viaja 150 milhões de quilôme- e as cianobactérias retiram hidrogênio da molécula de
tros desde o Sol até chegar à Terra. Aqui, ela é captu- água (H2O), as bactérias fotossintetizantes têm como
rada pelos cloroplastos, organelas que a convertem fonte de hidrogênio o sulfeto de hidrogênio (H2S), por
em energia química, armazenando-a em açúcar e ou- isso receberam o nome de sulfurosas.
tras moléculas orgânicas. Esse processo, denominado
radioativo
H2O
H218O
CO2 O22
C1818O
C
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194 32 – Material do Professor
6 CO2 + 12 H2O
Luz
C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O primentos de onda referentes às cores vistas por nós.
Clorofila A absorção de luz ocorre principalmente nas faixas do
vermelho e do azul; ao absorver esses comprimentos
Eventualmente, pode ser encontrada a equação de luz, é refletida a luz verde, por isso as plantas apre-
simplificada da fotossíntese em alguns livros: sentam tal coloração.
Absorção de luz
Luz
6 CO2 + 6 H2O C6H12O6 + 6 O2
Clorofila A
Clorofila B
Beta caroteno
Os organismos fotoautótrofos utilizam dióxido de
carbono (CO2) e água (H2O) presentes no ambiente e,
por meio da energia luminosa absorvida pela clorofila,
produzem glicose (C6H12O6) e oxigênio (O2).
Absorção de luz
Os fotoautótrofos têm suma importância para a ma-
nutenção da vida na Terra, pois são os responsáveis por
produzir oxigênio atmosférico por meio da fotossíntese.
Além disso, vale lembrar que eles são a base da maior
parte das cadeias alimentares.
oxigênio
dióxido de
carbono
luz solar
Cloroplasto e pigmentos
fotossintetizantes
A energia solar tem papel fundamental na fotossín-
tese, uma vez que ela é absorvida por meio de pig-
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33 – Material do Professor 195
Etapas da fotossíntese
BIOLOGIA 1A
A fotossíntese pode ser dividida em duas etapas: fase fotoquímica ou fase
clara, em que há participação da energia luminosa; e fase química ou fase
escura, que acontece independentemente da luz. A fotossíntese acontece no
cloroplasto, sendo a fase clara nas lamelas dos tilacoides, e a escura no estroma.
Luz absorvida
12 H2O
6 CO2
Cloroplasto
Transportadores
ADP
Ciclo de
Calvin
12 H2
ATP
Estroma
Tilacoides
6 H2O
6 O2
1 Glicose
Fosforilação cíclica
Fosforilação significa adicionar fosfatos e, nesse caso, ocorre na presença
de luz (pode-se encontrar a variação “fotofosforilação” em alguns livros). Uma
molécula de ADP recebe um grupo fosfato e transforma-se em ATP. Para que essa
transformação aconteça, as moléculas de clorofila e outros pigmentos (como os
carotenoides) formam o chamado complexo antena, por serem as substâncias
aceptoras de elétrons e apresentarem enzimas que recebem energia luminosa.
O complexo antena é constituído por diversas moléculas de pigmentos fotossin-
tetizantes (clorofila, carotenoides, entre outros). Ele contém dois centros de reação.
• Fotossistema I: rico em moléculas de clorofila A, que absorvem luz em com-
primentos de onda de 700 nanômetros, por isso as clorofilas A são também
chamadas de P700.
• Fotossistema II: rico em moléculas de clorofila B, que absorvem luz em com-
primentos de onda de 680 nanômetros, por isso as clorofilas B são também
chamadas de P680.
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196 34 – Material do Professor
Cadeia
BIOLOGIA 1A
transportadora
ATP
de elétrons
Elétrons
excitados
Energia para
Energia produzir ATP
luminosa
Clorofila Transportador de
elétrons
Clorofila (fotossistema I)
Fosforilação acíclica
Esse processo utiliza-se tanto do fotossistema I quanto do fotossistema II, que
é rico em clorofila B. Pelo fato de os elétrons não retornarem às clorofilas dos fo-
tossistemas dos quais foram originados, como acontece na cíclica, essa etapa é
denominada fosforilação acíclica.
A luz absorvida nos cloroplastos promove a quebra da molécula de água, liberan-
do oxigênio, elétrons e prótons H+. Esse processo é denominado fotólise da água.
Luz
H2O 2 e– + 2 H+ + ½ O2
H2O
luz
e- + 2 H+ + ½ O2
Clorofila B
ADP + P ATP
Fotossistema II e -
luz Citocromos
e- + 2 H+
NADP
A água é quebrada e libera elétrons, que vão repor os elétrons liberados pelo fotossistema II; prótons H+, que são
recolhidos pela ferredoxina, responsável por reduzir o NADP a NADPH2; oxigênio, que é liberado no ambiente.
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35 – Material do Professor 197
BIOLOGIA 1A
Esta etapa ocorre no estroma dos cloroplastos e não necessita de energia lu-
minosa. Entretanto, são necessárias moléculas de ATP e NADPH2 produzidas na
etapa fotoquímica. Os átomos de carbono, adquiridos do CO2 da atmosfera, serão
incorporados nas moléculas orgânicas por meio do ciclo das pentoses ou ciclo de
Calvin, originando os carboidratos, como a glicose.
ATP ADP
NADPH2 NADPH
Ciclo de Calvin
Nesta etapa, o CO2 une-se à ribulose bifosfato (RuBP), uma substância composta
de cinco carbonos presente no estroma, conhecida pela fixação do carbono e cata-
lisada pela enzima rubisco, formando um composto de seis carbonos chamado de
fosfoglicerato (PGA). Por meio da ação das moléculas de ATP e NADPH2 produzidas
na etapa fotoquímica, o PGA será convertido em gliceraldeido fosfato (PGAL),
composto de três carbonos. O PGAL tem duas principais funções: pode ser usado
na recomposição da RuBP e como substrato do ciclo de Calvin; ou pode, ainda, ser
aplicado na síntese de carboidratos, como a glicose. Pelo fato de o PGAL ser consti-
tuído de três carbonos, as plantas capazes de produzi-lo são denominadas plantas C3.
H2O
CO2
Luz
NADP + Entrada
3CO2
ADP Ciclo de
Calvin
ATP Rubisco 1. Fixação do carbono
NADPH
O2 C2H12O2
3 Ribulose bifosfato
(RuBP) 6 Fosfoglicerato (PGA)
6 ATP
6 ADP
Ciclo de
3 ADP
Calvin
3 ATP 6 Bifosfato (BPG)
6 NADPH
6 NADP+
5 Gliceraldeído 6 Pi
fosfato (PGAL)
6 Gliceraldeído
3. Regeneração da fosfato (PGAL)
ribulose difosfato 2. Produção de
(RuBP) compostos orgânicos
Esquema do ciclo de Calvin dividido em três etapas. Para cada três moléculas de CO2 que entram no ciclo,
a produção líquida é uma molécula de gliceraldeido fosfato (PGAL). As reações luminosas sustentam o ciclo
regenerando ATP e NADPH.
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198 36 – Material do Professor
ou em sacarose, principal carboidrato de transporte dessas plantas estão abertos, há entrada de CO2 e,
BIOLOGIA 1A
das plantas, que pode ser convertido em glicose e por meio da ação da enzima PEPcarboxilase, ocorre
utilizado em outras reações metabólicas. O PGAL a formação do malato. Esse composto é armazenado
mantido no cloroplasto é convertido em amido, em como reserva de CO2 nas células do mesofilo foliar.
forma de grânulos no estroma, quando há energia O ciclo de Calvin ocorre nas células clorofiladas que
luminosa. No período sem luz, ele é convertido em se encontram em torno dos feixes vasculares, forman-
sacarose e exportado a outras partes da planta. Vale do a nervura das folhas. Em outras palavras, realiza-se
lembrar que o amido é o principal carboidrato de em local diferente da formação do malato e utiliza o CO2
reserva nas plantas. proveniente desse composto para iniciar o processo.
Dessa forma, a fixação de carbono e a produção de car-
KYNNY/ISTOCKPHOTO.COM
quentes
A fotorrespiração é o processo no qual a eficiên-
cia da fotossíntese é reduzida, pelo fato de o oxigênio
(O 2) ser consumido pela planta, produzindo dióxido
de carbono (CO 2) resultante da degradação de com-
postos intermediários do ciclo de Calvin.
As plantas C3 são aquelas que têm o PGAL com-
posto de três carbonos, como é o caso da soja,
do trigo, das batatas e de todas as árvores. Essas
plantas não apresentam um bom rendimento na pro-
dução de carboidratos na fotossíntese em épocas
quentes, em virtude da grande perda de água. As- O milho é um exemplo de planta C4.
sim, em dias quentes e secos, as plantas fecham os
estômatos, que são estruturas foliares responsáveis As plantas CAM ou MAC são aquelas adaptadas
pela realização de trocas gasosas, além da trans- a climas áridos, por isso abrem seus estômatos du-
piração. Dessa forma, a transpiração é controlada, rante a noite. Elas são assim chamadas por apresen-
evitando a perda de água. Por outro lado, o fecha- tarem o metabolismo ácido das crassuláceas (MAC),
mento dos estômatos reduz as trocas gasosas, o ou crassulacean acid metabolism (CAM), sendo as
que interfere diretamente na fotossíntese. crassuláceas a família à qual elas pertencem. Exem-
plos de plantas MAC são as bromélias, o abacaxi, as
orquídeas, os cactos e todas as plantas que apresen-
DR. GERALD VAN DYKE/GETTY IMAGES
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37 – Material do Professor 199
BIOLOGIA 1A
As principais diferenças entre o metabolismo das plantas C3, C4 e CAM se
encontram no quadro a seguir.
Clima
Separação entre fixação de Estômatos
Tipo mais bem
CO2 e ciclo de Calvin abertos
adaptado
C3 nenhuma separação dia frio e úmido
LEITURA COMPLEMENTAR
Caatinga: patrimônio do Brasil
A vegetação xerófita típica do bioma, a Caatinga, localizada no nordeste brasileiro e no
norte de Minas Gerais, é o único bioma exclusivamente brasileiro, ocupando cerca de
7% do território.
A Caatinga reúne espécies de plantas adaptadas ao clima árido e seco, que apresentam
caducidade (queda de folhas), raízes profundas, resistência ao fogo e folhagem adaptada
para pouca quantidade de água e retenção de umidade, como os espinhos das cactáceas,
que reduzem a taxa de perda de água pela transpiração. Ao total, tem três estratos ve-
getais: herbáceo (abaixo de dois metros), arbóreo (oito a 12 metros) e o arbustivo (dois a
cinco metros). O aspecto geral da vegetação, na seca, é de uma mata espinhosa, própria
da região do sertão nordestino.
Durante o período de seca (agosto), a temperatura do solo pode atingir 60 °C; assim, há
aceleração da evaporação da água. No verão, há grande incidência de chuvas, de modo
que a terra fica bastante encharcada e as plantas absorvem o máximo de água possível,
com suas raízes bastante desenvolvidas.
Entretanto, o solo raso e cheio de pedras não consegue armazenar água, por isso somente
em áreas próximas às serras é possível realizar agricultura, onde há maior abundância
de chuvas.
SERGIO VIANA/GETTY IMAGES
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200 38 – Material do Professor
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 1A
FOTOSSÍNTESE
Carotenoides Cianobactérias
Alguns protistas
Bactérias fotossintetizantes
Local:
Local: Tilacoides
ATP
Fosforilação
cíclica forma: Carboidratos
Fixação de
carbono
O2 Na forma de:
Fotólise da
H1
água produz:
Elétrons Glicose Amido
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39 – Material do Professor 201
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 1A
1. Uepa d) o oxigênio produzido na fotossíntese é resultante
das reações independentes da luz.
Se todos os açúcares produzidos pelo processo ilus-
trado abaixo em um ano tivessem a forma de cubos e) os seres autótrofos utilizam o CO2 durante as rea-
de açúcar, haveria 300 quatrilhões deles. Se fossem ções dependentes de luz.
A alternativa B está incorreta porque o hidrogênio originado na fotólise
dispostos em linha, esses cubos se estenderiam da
da água será utilizado na formação de NADPH2. A alternativa C está
Terra até Plutão. Isso representa uma imensa produção incorreta porque essa fase ocorre nos tilacoides do cloroplasto. A
de energia. Sobre o processo abordado no enunciado, alternativa D está incorreta porque o oxigênio é produzido durante a
observe a imagem abaixo e analise as afirmativas: fotólise da água. A alternativa E está incorreta porque o CO2 é utilizado
somente na fase química, no ciclo de Calvin.
3. UEL-PR
Leia o texto a seguir.
CO2
Elysia chlorotica (um tipo de lesma-do-mar) é um molusco
híbrido de animal e vegetal, considerado o primeiro ani-
O2
mal autotrófico. Cientistas identificaram que o Elysia in-
H2O
corporou o gene das algas Vaucheria litorea – o psbO – das
Luz solar quais ele se alimentava, por isso desenvolveu a capacidade
de fazer fotossíntese por aproximadamente nove meses.
Os últimos estudos revelam que o molusco marinho tam-
Folha
bém desenvolveu capacidades químicas, permitindo-lhe
sintetizar clorofila, produzindo, assim, seu alimento. Essa
capacidade é a mais nova proeza do Elysia, cujas habili-
dades evolutivas têm chamado a atenção da comunidade
científica.
C6H12O6 Disponível em: <http://super.abril.com.br/mundo-animal/
Caule criatura-fusao-animal-vegetal-543145.shtml>. Acesso em: 20 jun. 2012.
a) Explique a função da clorofila na fotossíntese.
A função da clorofila é absorver a energia luminosa, transferindo-a para
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202 40 – Material do Professor
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. Famerp-SP – As algas são importantes produtoras de fotossintética durante o período diurno. É correto afir-
gás oxigênio, substância fundamental para a maioria mar que essas plantas
dos seres vivos. O gás oxigênio liberado pelas algas a) respiram e fotossintetizam apenas durante o período
provém das diurno.
a) moléculas de piruvato, derivadas da glicólise que b) respiram e fotossintetizam apenas durante o período
ocorre na respiração celular. noturno.
b) moléculas de água, após a fotólise que ocorre na
c) respiram o dia todo e fotossintetizam apenas durante
fotossíntese.
o período diurno.
c) moléculas de glicose, após a glicólise que ocorre na
d) respiram e fotossintetizam o dia todo.
respiração celular.
d) moléculas de nitrato, derivadas da oxidação durante 9. UEPB (adaptada) – Em regiões tropicais como nos-
a quimiossíntese. so país, certas plantas apresentam adaptações às
e) moléculas de gás carbônico, após a etapa química condições ambientais, tais como alta intensidade lu-
da fotossíntese. minosa, altas temperaturas e baixa disponibilidade
de água. Nessas condições, os estômatos podem
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41 – Material do Professor 203
Sobre o tema exposto, são apresentadas as proposi- 12. UPE – “Planta no quarto não mata ninguém: Se fosse,
BIOLOGIA 1A
ções a seguir. não haveria um índio vivo na Floresta Amazônica”, ar-
I. O milho e a cana-de-açúcar são exemplos de plantas gumenta o botânico Gilberto Kerbauy, da Universidade
__________________. de São Paulo.
II. Nessas plantas, os estômatos são abertos durante Essa afirmativa baseia-se na seguinte crença:
a noite. a) As plantas consomem o gás carbônico durante o
III. Nessas plantas, ocorre a formação de malato por processo de respiração, diminuindo-o da atmosfera.
meio da ação da enzima PEPcarboxilase. b) À noite, as plantas consomem oxigênio no processo
IV. Os cactos e o abacaxi são exemplos de plantas de respiração, deixando-o rarefeito no quarto.
__________________. c) No processo de fotossíntese, as plantas consomem
Assinale a opção que apresenta a relação correta entre oxigênio e água, deixando o ar mais seco.
as colunas. d) As plantas produzem gases e toxinas à noite para
repelir insetos predadores, intoxicando o ambiente.
a) As afirmativas I e II se referem às plantas C4.
e) No processo de respiração, as plantas consomem
b) As afirmativas III e IV se referem às plantas CAM.
gás carbônico e eliminam oxigênio, que, em excesso,
c) As afirmativas I e III se referem às plantas CAM. pode causar danos ao sistema nervoso.
d) As afirmativas III e IV se referem às plantas C4.
e) As afirmativas I e III se referem às plantas C4. 13. PUC-RS – Baseados nos conhecimentos biológicos,
pesquisadores brasileiros têm buscado converter água
10. Sistema Dom Bosco – A fotossíntese é fundamental e luz solar em combustível. A estratégia é separar oxi-
para a manutenção da vida na Terra. Explique a impor- gênio e hidrogênio pela quebra da molécula de água,
tância desse processo. usando a energia luminosa. Para isso, um nanomate-
rial será usado para absorver a energia luminosa que
promoverá essa reação. Oxigênio e hidrogênio gaso-
sos serão, então, armazenados e, quando recombi-
nados, produzirão eletricidade e água. Um processo
semelhante é realizado naturalmente nos vegetais
durante a fase luminosa da fotossíntese, quando há
__________________ para quebrar a molécula de água
e liberar __________________ gasoso. Com a luz, há
transferência de __________________ para NADP+ e,
finalmente, é gerado(a) __________________, que atuará
como combustível químico.
a) ADP - hidrogênio - oxigênio - clorofila
b) ATP - oxigênio - hidrogênio - ATP
c) ATP - hidrogênio - oxigênio - ADP
11. UERN d) clorofila - oxigênio - hidrogênio - ATP
A figura mostra o esquema do cloroplasto, organela e) clorofila - hidrogênio - oxigênio - ADP
celular responsável pelo processo fotossintético.
14. Sistema Dom Bosco – Durante a fase fotoquímica da
fotossíntese, ocorrem alguns processos metabólicos,
A
B como fosforilação cíclica, fosforilação acíclica e a fo-
tólise da água. Cite as diferenças entre os tipos de
fosforilação.
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204 42 – Material do Professor
15. Unesp Suponha que uma cultura de algas verdes seja ilumina-
BIOLOGIA 1A
Um vaso com uma planta de folhas verdes foi colocado da e receba gás carbônico com o isótopo C-14 e água
sobre uma mesa, no centro de um quarto totalmente com o isótopo O-18. Pode-se afirmar que
vedado, de modo a impedir a entrada da luz externa, e a) o gás carbônico participa das etapas A e B e prevê
ali permaneceu por 24 horas. que ocorra produção de glicose com o isótopo C-14
Durante as 12 primeiras horas (período I), a planta foi nas duas etapas.
iluminada com luz verde, de comprimento de onda na b) o gás carbônico participa apenas da etapa A e prevê
faixa de 500 a 550 nm. Nas 12 horas seguintes (período que ocorra produção de glicose com o isótopo C-14
II), a planta foi iluminada com luz laranja-avermelhada, nesta etapa.
de comprimento de onda na faixa de 650 a 700 nm. c) a água participa das etapas A e B e prevê que ocor-
Considerando a incidência da luz sobre a planta e a taxa ra a liberação de oxigênio com o isótopo O-18 nas
fotossintética, é correto afirmar que, aos olhos de um duas etapas.
observador não daltônico que estivesse no quarto, as d) a água participa apenas da etapa A e prevê que
folhas da planta se apresentariam ocorra liberação de oxigênio com o isótopo O-18
a) de cor verde no período I e enegrecidas no período II, nesta etapa.
e a taxa de fotossíntese seria maior no período II e
reduzida ou nula no período I. 17. Sistema Dom Bosco – Plantas que vivem em ambien-
b) enegrecidas no período I e de cor vermelha no perío- tes quentes e secos desenvolveram diferentes meca-
do II, e a taxa de fotossíntese seria maior no período I nismos de fixação do carbono durante a etapa química
e reduzida ou nula no período II. da fotossíntese na tentativa de realizar esse processo
c) enegrecidas no período I e enegrecidas no período II, de forma eficiente, uma vez que o clima faz com que
e em ambos os períodos a planta não realizaria fo- elas percam moléculas de vapor de água, além de in-
tossíntese, mas apenas respiração. terferir diretamente nas trocas gasosas. Explique as
d) de cor verde no período I e de cor vermelha no perío- diferenças entre as adaptações desenvolvidas pelas
do II, e a taxa de fotossíntese seria maior no período I plantas C3 e C4.
do que no período II.
e) de cor verde no período I e de cor verde no período II,
e a taxa de fotossíntese seria maior no período I do
que no período II.
ATP
NADPH Produto
Luz Etapa A Etapa B
ADP + P final
NADP
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43 – Material do Professor 205
BIOLOGIA 1A
de os nanotubos de carbono promoverem diretamente a
HO
a) utilização de água. CO2 2
O2
b) absorção de fótons.
Fotossíntese
c) formação de gás oxigênio.
d) proliferação de cloroplastos.
Triose-P
e) captação de dióxido de carbono. Piruvato Acetil - CoA Ácido graxo
PhaA
20. Enem C5-H17 UDP-glicose Glicose-1-P
SPS Diacilglicerol
AGPase Poli-β-hidroxibutarato
O quadro é um esquema da via de produção de biocom- DGAT
bustível com base no cultivo de uma cianobactéria ge- Sacarose Glicogênio
neticamente modificada com a inserção do gene DGAT. Triacilglicerol
Além da introdução desse gene, os pesquisadores in-
terromperam as vias de síntese de outros compostos
orgânicos, visando aumentar a eficiência na produção Considerando as vias mostradas, uma fonte de matéria-
do biocombustível (triacilglicerol). -prima primária desse biocombustível é o(a)
a) ácido graxo, produzido a partir da sacarose.
b) gás carbônico, adquirido via fotossíntese.
c) sacarose, um dissacarídeo rico em energia.
d) gene DGAT, introduzido por engenharia genética.
e) glicogênio, reserva energética das cianobactérias.
20
BIOLOGIA 1A
RESPIRAÇÃO AERÓBIA
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45 – Material do Professor 207
BIOLOGIA 1A
Para ilustrar os fatores limitantes internos da fotossínte-
são oxidadas e transformadas em substâncias orgâni-
se, podemos imaginar a seguinte situação: considere que
cas, tal como na fotossíntese, porém sem a necessi-
você queira fazer dois bolos. No forno a ser utilizado, há
dade da luz. No entanto, antes de nos aprofundarmos
espaço para ambos e a temperatura para assá-los será
nesse fenômeno, vamos conhecer quais fatores limi-
a mesma (180 ºC). Como você deve saber, para os bolos
tam a ocorrência da fotossíntese.
crescerem é preciso fermento. Porém, ele acaba durante a
preparação do segundo bolo, o qual crescerá menos. Por-
Fatores limitantes da tanto, ainda que com iguais condições (mesmo ambiente,
mesma temperatura e com todos os outros ingredientes,
fotossíntese como farinha, ovos, óleo), o fator determinante para o
crescimento dos bolos é o fermento. Algo semelhante
Como estudado no módulo anterior, a fotossíntese ocorre em relação aos fatores internos na fotossíntese:
é essencial para a vida na Terra, pois sem esse pro- se não houver organelas suficientes, independentemente
cesso não haveria oxigênio disponível no planeta. A do ambiente e de outros fatores, a capacidade de fotos-
intensidade com que as células de seres autótrofos síntese será menor.
realizam essa reação pode ser medida pela quantidade
de CO2 consumido ou de O2 produzido. No entanto,
existem alguns fatores que podem influenciar na con-
centração dessas moléculas.
FATORES EXTERNOS
O britânico Frederick Frost Blackman (1866-1947) Estes se relacionam ao ambiente em que o organis-
foi um botânico, algologista e fisiologista vegetal que mo fotossintético está inserido. Os principais fatores
dedicou sua vida ao estudo da fotossíntese. Décadas externos capazes de limitar a taxa fotossintética são a:
após a sua morte, em 1947, o “princípio de Blackman”, concentração de CO2 na atmosfera, a temperatura,
como é chamado, foi estabelecido em 1995, quando a intensidade luminosa e o comprimento de onda.
outros conhecimentos foram acrescidos por pesquisas
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208 46 – Material do Professor
1% 50% 100%
Isolação máxima
Luminosidade
0º 20º 40º
Temperatura (ºC)
Temperatura
Este fator também influencia na taxa fotossinté- x Intensidade
luminosa
tica, já que existem temperaturas ótimas para que
a fotossíntese seja realizada, as quais variam entre A relação entre a velocidade da fotossíntese e a intensidade luminosa pode
ser observada no ponto x, quando os pigmentos são excitados o suficiente
as espécies. e deixam de absorver a luminosidade, atingindo, assim, a saturação.
A elevação de 10 °C na temperatura pode duplicar
a velocidade das reações enzimáticas. Entretanto, em
temperaturas próximas a 40 °C, há desnaturação das Comprimento de onda
enzimas, o que resulta na perda de sua configuração Este pode ser considerado um fator limitante, por-
espacial e, consequentemente, de sua função, o que que os pigmentos fotossintetizantes captam luz em
impede a ação enzimática no sistema de fotossíntese. diferentes faixas. Por exemplo, as clorofilas A e B pre-
Dessa forma, a relação entre a taxa fotossin- sentes nas plantas têm excelente ação fotossintética
tética e a temperatura pode ser representada da nas faixas do azul e do vermelho e pouca atividade na
seguinte maneira: faixa da cor verde.
Vermelho
Taxa de fotossíntese
Taxa de
fotossíntese
Azul
10 35 50
Verde
Gráfico que relaciona a taxa de fotossíntese à temperatura. 400 500 600 700 nm
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47 – Material do Professor 209
BIOLOGIA 1A
ocorre mais eficazmente nos comprimentos de onda
correspondentes aos maiores índices de absorção da Mitocôndrias Cloropastos
clorofila. Vale lembrar que a fotossíntese não é inexis- Ponto de
tente na faixa do verde, o que comprova a atividade de compensação
CO2 O2 O2 CO2
luminoso (PCL)
outros pigmentos no processo, como os carotenoides.
PONTO DE COMPENSAÇÃO Situação B: relação entre as trocas gasosas das plantas e o ambiente ao
meio-dia, em que há maior intensidade luminosa. Nesse período, a taxa
Respiração Situação C
celular Dia
Mitocôndrias Cloropastos
A B C Intensidade
luminosa
CO2 O2 O2 CO2
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210 48 – Material do Professor
Molécula inorgânica 1 O2 →
→ Molécula inorgânica oxidada 1 energia (ATP)
NITROBACTÉRIAS
Foto aérea de parte da Floresta Amazônica. Existem dois tipos de bactéria que representam
esse grupo: as Nitrosomonas e as Nitrobacters. As
Em populações mais abertas e dinâmicas, seres primeiras oxidam a amônia e a transformam em nitri-
fotossintetizantes apresentam balanço positivo, porque to. Dessa forma, liberam energia, que é utilizada na
produzem mais substâncias do que consomem. Um produção de carboidratos, como a glicose.
exemplo são as algas marinhas, constituintes da maior
massa fotossintetizante da biosfera, sendo as principais
fornecedoras de oxigênio do planeta. A quantidade de Amônia 1 O2 → Nitrito 1 energia
indivíduos nesse ecossistema que consomem oxigênio
é bem menor que o número de organismos presen- 6 CO2 1 6 H2O 1 energia → C6H12O6 1 6 O2
tes na Floresta Amazônica que também o consomem.
Como resultado, o saldo é positivo, o que dissemina a
liberação de oxigênio para áreas maiores. Bactérias do gênero Nitrobacter, por sua vez,
oxidam o nitrito em nitrato. Como resultado, pro-
DANIEL POLOHA UNDERWATER /ALAMY STOCK PHOTO
duzem glicose.
PASIEKA/GETTY IMAGES
QUIMIOSSÍNTESE
Este processo consiste na produção de compostos
orgânicos por meio da oxidação de compostos inorgâ-
nicos (substâncias que contenham ferro, enxofre ou
hidrogênio, por exemplo). Essa reação não necessita
de luz para ocorrer. Essa é a principal diferença entre
Micrografia eletrônica de transmissão de bactérias do gênero
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49 – Material do Professor 211
BIOLOGIA 1A
biente sem luz solar. Elas constituem uma importante Cientistas descobrem recife oculto pela pluma
parte da cadeia alimentar, pois, além de ajudarem na do rio Amazonas
fixação de carbono e nitrogênio nas raízes das plantas,
Pesquisadores da Universidade Estadual do Nor-
fornecem energia e matéria-prima para outros organis-
te Fluminense e da Universidade Federal do Rio de
mos em ambientes pobres em oxigênio ou com menor
Janeiro descobriram um vasto e extremamente rico
taxa de decomposição.
recife a 200 km da desembocadura do rio Amazonas,
SULFOBACTÉRIAS debaixo de uma pluma espessa de sedimentos, que
Também conhecidas como tiobactérias, realizam nada mais é que a extremidade das margens dos rios
quimiossíntese com base em compostos sulforosos, onde águas com diferentes densidades se misturam e
como o gás sulfídrico (H2S). As sulfobactérias estão geram uma faixa de águas mais claras próximas à ter-
presentes em grande quantidade nas águas termais. ra, entre Maranhão e Guiana Francesa. De acordo com
Produzem matéria orgânica por meio da energia eles, há diversas espécies endêmicas, isto é, existentes
liberada ao oxidar esses compostos sulfurosos. Assim, apenas naquele local, como esponjas gigantes. O mais
conseguem sobreviver e ainda servem de alimento curioso é que o recife se encontra em um ambiente
para organismos heterótrofos, como anêmonas, ca- improvável de ter tanta riqueza de espécies.
ranguejos, vermes e mariscos.
A ausência de luminosidade é explicada pela exis-
tência da pluma de sedimentos e de matéria orgânica
H2S 1 O2 → SO422 1 energia
que é despejada nos oceanos, que forma uma espécie
de camada de matéria flutuante nas águas mais super-
6 CO2 1 6 H2O 1 energia → C6H12O6 + 6 O2
ficiais, impedindo a luz de passar até camadas mais
fundas de água. Dessa forma, torna-se claro que esses
As sulfobactérias também são encontradas próxi- seres não são capazes de realizar fotossíntese e, assim,
mas a vulcões ou em fissuras do manto oceânico. há grande redução de oxigênio em suspensão, o que
explica por que não devia haver recifes em desem-
FERROBACTÉRIAS bocaduras de rios tropicais com grande quantidade
Tais bactérias oxidam substâncias com ferro em de sedimentos.
sua composição para produzirem matéria orgânica.
As ferrobactérias conseguem oxidar o óxido ferroso O recife é dividido em três setores, sendo que o
em óxido férrico. São comuns em águas residuais de setor norte, que vai do Amapá até a Guiana Francesa,
jazidas e minérios. é o mais interessante: há apenas 2% de luminosidade
e, assim, a cadeia alimentar é baseada em quimios-
óxido ferroso + O2 → óxido férrico + energia síntese, em que algumas bactérias utilizam compostos
nitrogenados e amônia para produzir energia. Além
disso, ainda há corais, esponjas gigantes, peixes e la-
6 CO2 + 6 H2O + energia → C6H12O6 + 6 O2
gostas. Já o setor central, presente diante da ilha do
Marajó, possui uma pluma menos espessa, o que per-
mite a entrada de raios solares e, assim, exibe esponjas
BUITEN-BEELD/ALAMY STOCK PHOTO
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212 50 – Material do Professor
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 1A
Oxidação de substâncias
Energia obtida da: Luz solar Energia obtida da:
inorgânicas
Limitantes internos
Realizada por:
Comprimento de onda
Nitrobactérias
Concentração de CO2
Ferrobactérias
Temperatura
Balanço
fotossíntese/respiração
Ponto de compensação
Noite Dia
luminoso (PCL)
a taxa de fotossíntese
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51 – Material do Professor 213
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 1A
1. Unesp – Um pequeno agricultor construiu em sua pro- 3. Sistema Dom Bosco – A quimiossíntese é um pro-
priedade uma estufa para cultivar alfaces pelo sistema cesso autotrófico utilizado por algumas espécies de
de hidroponia, no qual as raízes são banhadas por uma bactérias e arqueias na ausência de energia luminosa.
solução aerada e com os nutrientes necessários ao de- Descreva de forma geral como ela ocorre e qual seu
senvolvimento das plantas. Para obter plantas maiores principal produto.
e de crescimento mais rápido, o agricultor achou que
A quimiossíntese é um processo no qual algumas bactérias e arqueias
poderia aumentar a eficiência fotossintética das plan-
tas e para isso instalou em sua estufa equipamentos
capazes de controlar a umidade e as concentrações de oxidam matéria inorgânica para produzir energia. Essa energia pos-
CO2 e de O2 na atmosfera ambiente, além de equipa-
mentos para controlar a luminosidade e a temperatura. teriormente é utilizada em reações entre moléculas de CO2 e H2O,
Somente são corretas: A linha 1 representa a taxa fotossintética. A linha 2 refere-se à taxa de
respiração aeróbia. No ponto A, existe consumo de O2 e produção de
a) III e IV CO2, enquanto os cloroplastos produzem apenas carboidratos, sem cap-
tação ou liberação de substâncias para o ambiente. No intervalo de A até
b) I, III e IV B (que é o ponto de compensação luminoso), existe o consumo gradual
c) I e IV da matéria orgânica produzida em A. Depois do ponto de compensação
luminoso (B), o balanço muda. Isso significa que, se anteriormente havia
O processo de nutrição realizado por esses microrganis- sação fótico. O oxigênio liberado pela fotossíntese é consumido na
mos, dos quais os cientistas encontraram evidências,
conforme descrito acima, denomina-se respiração celular, e o CO2 liberado na respiração celular é consumido
a) fotossíntese.
b) quimiossíntese. na fotossíntese, de forma que as trocas gasosas entre a planta e o
c) heterotrófica.
d) anabolismo. ambiente são nulas.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. Sistema Dom Bosco – Tanto o processo de fotossínte- 9. Fuvest-SP– A figura a seguir mostra um equipamen-
se quanto o de quimiossíntese são fundamentais para to que coleta gases produzidos por plantas aquáticas.
a vida de determinados organismos. Cite as diferenças Nele, são colocados ramos que ficam submersos em
e semelhanças entre esses processos. líquido; uma válvula controla a saída dos gases.
válvula
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53 – Material do Professor 215
b) Dois equipamentos, preparados com a mesma quan- 11. Sistema Dom Bosco – A reação química a seguir
BIOLOGIA 1A
tidade de planta e o mesmo volume de líquido, foram representa um processo de obtenção de energia que
mantidos sob as mesmas condições de temperatura provavelmente foi utilizado pelos primeiros seres vivos
e de exposição à luz. Apenas um fator diferiu entre da Terra.
as duas preparações. Após duas horas, verificou- FeS + H2S → FeS2 + H2 1 energia
-se que a quantidade de gases coletada de um dos
equipamentos foi 20% maior do que a do outro. Qual É correto afirmar que os organismos que realizavam
fator que variou entre as preparações, pode explicar esse processo eram
a diferença na quantidade de gases coletada? a) quimiossintetizantes.
b) fermentadores.
c) fotossintetizantes.
d) aeróbios.
e) heterotróficos.
Espécie X
25 Fotossíntese
Processos (mol m−2 s−1)
Respiração
20
Respiração
fotossíntese desse pigmento em função dos compri-
20
mentos de onda da luz.
15
Taxa de fotossíntese
10
0
15 20 25 30 35 40 45
Temperatura (ºC)
violeta
azul
amarela
vermelha
verde
laranja
Sobre as espécies X e Y, é correto afirmar: 380 440 500 565 590 625 740
Comprimento de onda (nm)
a) Espécie Y não apresenta ganho líquido de carbono
Após o experimento, o tubo no qual a cor da solução
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216 54 – Material do Professor
13. IFSul-MG – O plantio de árvores é um valioso ensina- Em relação a esse assunto, assinale a soma da(s)
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55 – Material do Professor 217
17. Unicamp-SP – Algumas plantas de ambientes áridos a) respiram e fotossintetizam apenas durante o
BIOLOGIA 1A
apresentam o chamado “metabolismo ácido das cras- período diurno.
suláceas”, em que há captação do CO2 atmosférico b) respiram e fotossintetizam apenas durante o
durante a noite, quando os estômatos estão abertos. período noturno.
Como resultado, as plantas produzem ácidos orgânicos,
c) respiram o dia todo e fotossintetizam apenas durante
que posteriormente fornecem substrato para a princi-
o período diurno.
pal enzima fotossintética durante o período diurno. É
correto afirmar que essas plantas d) respiram e fotossintetizam o dia todo.
21
BIOLOGIA 1A
NÚCLEO CELULAR
O núcleo celular foi a primeira organela descrita, em 1839 pelo botânico escocês
Robert Brown (1773-1858), o qual usou células de orquídeas para tais observações.
• Organização do núcleo Diversos cientistas antes dele fizeram algumas constatações sobre essa organela,
celular como o holandês Antonie van Leeuwenhoek (1632-1723) e o botânico austríaco
• Atividades fisiológicas do Franz Andreas Bauer (1748-1840). No entanto, somente Robert Brown conseguiu
núcleo celular reconhecê-la como um componente essencial das células. Naquela época, o botânico
imaginou que o núcleo era equivalente a uma semente da célula, quando comparada
HABILIDADES às sementes dos frutos.
• Citar os componentes do
Eletromicrografia de transmissão de um neurônio que mostra o núcleo celular (região apontada pela seta).
Aumento desconhecido. Cores fantasia.
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57 – Material do Professor 219
BIOLOGIA 1A
O nucleoplasma é um gel claro, semelhante ao
A existência de um núcleo celular organizado é a hialoplasma, constituído por uma solução aquosa de
principal diferença entre as células eucarióticas e proca- proteínas, RNA, nucleosídeos, nucleotídeos e íons.
rióticas. Nele está contida a maior parte da informação
genética de um organismo, embora os cloroplastos e NUCLÉOLO
as mitocôndrias também apresentem material genético É um corpúsculo sem membrana, em número va-
próprio. A massa do núcleo é constituída por 70% de riável (geralmente um ou dois por núcleo), constituído
água, 22% de proteínas, 7% de DNA e 1% de RNA. por RNA ribossômico. É importante ter cuidado para
O núcleo é composto de envelope nuclear, cromatina, não confundi-lo com os cariossomos, que são formados
nucleoplasma e nucléolo. Observe a imagem a seguir. por moléculas de DNA.
Em células que produzem muitas proteínas, o nu-
NAEBLYS/ALAMY STOCK PHOTO
poros
cléolo é bastante desenvolvido, sendo possível ser
visualizado no início e no final da divisão celular, uma
vez que o RNA ribossômico participa da formação das
subunidades dos ribossomos, importantes na tradução
nucléolo
ou na síntese de proteínas.
MEMBRANA NUCLEAR
A membrana nuclear, também denominada envelope
nuclear (antigamente denominado carioteca), é a estru-
tura responsável por separar o núcleo celular do citoplas-
ma. Sua composição é lipoproteica, com dois folhetos de
membranas sobrepostos, separados por um espaço de
10 µm (micrometros) – visualizados apenas ao microscó-
pio eletrônico. O envelope nuclear apresenta poros de
aproximadamente 100 µm de diâmetro, por meio dos
quais ocorrem as trocas de substâncias entre o núcleo e
o citoplasma, controladas por um complexo de proteínas.
Na face externa, voltada para o citoplasma, o enve-
lope nuclear tem ribossomos aderidos em continuidade
com as membranas do retículo endoplasmático granu-
lar. Isso possibilita inferir que ambas sejam comparti- Micrografia eletrônica de transmissão de uma célula animal em que se
evidencia o nucléolo (em amarelo) presente no núcleo (em verde). As regiões
mentos do mesmo sistema de membranas. granuladas do nucléolo são RNA ribossômicos. Aumento de 4 500x. Cores
fantasia.
D SPECTOR/GETTY IMAGES
CROMATINA
É formada pelo conjunto de filamentos de DNA, por
histonas (proteínas específicas), RNA e cálcio. Sua dis-
posição e seu grau de condensação variam de acordo
com o tipo celular. No núcleo interfásico, isto é, na fase
em que a célula cresce e aumenta de volume antes
de dividir-se, a cromatina encontra-se descompactada,
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220 58 – Material do Professor
Cromatina interfásica
Cromossomo Núcleo
Heterocromatina
O núcleo está intimamente relacionado à hereditariedade, pois contém toda
Eucromatina a informação genética. Isso possibilita a transferência de características ao
longo das gerações.
LEITURA COMPLEMENTAR
DNA
Outros componentes do núcleo celular
Recentemente foi descoberta uma série de outros
Esquema que representa as formas variadas que a cromatina pode componentes nucleares. Entre eles estão as estrutu-
assumir. Quando compactada, é denominada heterocromatina;
descompactada, é chamada eucromatina. Elementos representados fora ras conhecidas como corpos de Cajal, possivelmente
da escala de tamanho. Cores fantasia. associados à maquinaria de transcrição celular, a qual
ocorre por meio do processamento de diversos tipos
de RNA.
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59 – Material do Professor 221
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 1A
NÚCLEO CELULAR
Estrutura
Nucléolo
Composto de: RNA
Atividades fisiológicas
Atividades celulares
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 1A
1. PUC-Minas (adaptada) – O bom funcionamento de 3. Sistema Dom Bosco – O núcleo é uma organela pre-
uma célula eucariótica depende da compartimentaliza- sente apenas em organismos eucariotos que possui
ção de processos específicos em organelas como as grande importância, uma vez que é responsável por
indicadas por números na figura a seguir. armazenar toda a informação genética de um indivíduo.
Com base em seus conhecimentos, cite as estruturas
11 4 constituintes desta organela.
8 O núcleo é constituído por membrana nuclear, nucléolo e cromatina.
9
7
6
4. CEFET-MG (adaptada) – O DNA apresenta diferen-
tes níveis de condensação, conforme representado na
5
figura.
A Dupla fita de
DNA (2 nm)
3
2
10
12
DNA ao
1 B
redor de 8
proteínas
C 30 nm histonas
(11 nm)
É correto afirmar que
D
a) 7 tem o nome de cromatina.
300nm
b) 7 contém apenas RNA.
c) 4 é semelhante a um gel escuro rico em íons apenas.
d) 8 é formada apenas por um folheto de membrana. E 700 nm
(7) é o nucléolo, constituído por RNA. (4) é o nucleoplasma, consti-
tuído por um gel claro composto de proteínas, RNA, nucleosídeos,
nucleotídeos e íons. (8) é a membrana nuclear, formada por dois
folhetos de membrana.
F
1 400 nm
2. UFPR – Um pesquisador injetou uma pequena quanti-
dade de timidina radioativa (3H – timidina) em células
eucarióticas com o propósito de determinar a localiza- No momento em que o DNA de uma célula somática
ção dos ácidos nucleicos sintetizados a partir desse humana for visualizado no nível “F” de condensação,
nucleotídeo, utilizando uma técnica muito empregada está ocorrendo o processo de
em biologia celular, a autorradiografia combinada com a) síntese de proteínas.
microscopia eletrônica. b) divisão celular.
Assinale a alternativa que apresenta os dois comparti- c) permutação cromossômica.
mentos celulares nos quais o pesquisador encontrará d) produção de ácido ribonucleico.
ácidos nucleicos radioativos.
e) duplicação do material genético.
a) Núcleo e mitocôndrias.
b) Citosol e mitocôndrias. Durante a divisão celular, o cromossomo encontra-se con-
densado, conforme mostrado na figura.
c) Núcleo e retículo endoplasmático.
5. IFCE – O núcleo celular é o local que abriga o material 6. Sistema Dom Bosco – A cromatina é constituinte do
BIOLOGIA 1A
genético nas células eucariontes. No núcleo interfási- núcleo e pode ser definida como eucromatina e hete-
co, fase em que a célula não se encontra em divisão, rocromatina. Explique a diferença morfológica entre
a cromatina aparece imersa na cariolinfa, como um essas definições e o que isso implica em relação à
emaranhado de filamentos longos e finos. Ao iniciar o expressão de genes.
processo de divisão celular, esses filamentos começam No núcleo interfásico, isto é, na fase em que a célula cresce e aumenta
a se condensar em espiral, tornando-se mais curtos e
grossos, passando a ser chamados de
de volume antes de dividir-se, a cromatina encontra-se descompactada,
a) cromonema.
b) cromossomo.
formando a eucromatina. Quando a célula está em divisão celular, a
c) carioteca.
d) DNA. cromatina é bastante compacta e forma os cromossomos. Nessa fase
e) genes.
a denominamos heterocromatina. Vale destacar que as proteínas histo-
O cromossomo é a molécula de DNA condensada em formato
espiralado.
nas possibilitam que o DNA se torne bastante compacto, de maneira
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. Ibmec-RJ (adaptada) – O núcleo celular foi descoberto 9. UPF-RS (adaptada) – O núcleo confere às células eu-
pelo pesquisador escocês Robert Brown, que o reco- carióticas algumas vantagens sobre as células proca-
nheceu como componente fundamental das células. O rióticas. Analise as afirmativas a seguir:
nome escolhido para essa organela expressa bem essa I. Separa o processo de transcrição do processo de
ideia: a palavra “núcleo”, de acordo com o dicionário tradução.
brasileiro, significa centro ou parte central. A respeito II. Protege o DNA de choques mecânicos.
da constituição e função do núcleo celular, julgue as
afirmativas, como falsas ou verdadeiras: III. Controla o intercâmbio de substâncias que podem
chegar até o DNA.
I. O núcleo só é encontrado em células eucarion-
tes, portanto as bactérias não apresentam essa Assinale a alternativa correta:
organela. a) Todas as afirmativas estão corretas.
II. Existem células eucariontes com um único nú- b) Apenas a afirmativa I está correta.
cleo, células com vários núcleos e outras células
anucleadas. c) Apenas I e III estão corretas.
III. O núcleo abriga o material genético das células, d) Todas as afirmativas estão erradas.
uma vez que dentro dele se encontram os cro-
mossomos que contêm a informação genética. 10. Sistema Dom Bosco – O nucléolo é uma organela
nuclear de suma importância na síntese de proteínas.
IV. O envoltório nuclear impede a troca de qualquer tipo
Essa afirmativa está correta? Justifique.
de material entre o núcleo e o restante da célula.
a) V – V – F – F d) V – V – V – F
b) F – F – F – V e) V – F – V – V
c) V – F – V – F
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224 62 – Material do Professor
12. Unioeste-PR (adaptada) – O núcleo nas células de- 15. Mackenzie (adaptada) – O esquema a seguir repre-
BIOLOGIA 1A
sempenha o papel de portador dos fatores hereditários senta um experimento realizado em amebas.
e controlador das atividades metabólicas. Em relação a
essa importante estrutura e seus constituintes, é cor- 1
reto afirmar que: 2
01) O núcleo interfásico de células vegetais apresenta
uma carioteca cuja estrutura não permite a comu-
nicação com o citoplasma. 3
02) O núcleo de células eucarióticas animais durante a fragmento de
interfase apresenta-se condensado. citoplasma sem
04) O nucléolo é uma estrutura intranuclear, desprovida núcleo
de membranas, composto RNA ribossômico. 4
5
08) Quando o cromossomo encontra-se descompacta- núcleo transplantado para
do, denominamos ele como heterocromatina. o fragmento de citoplasma
16) O nucleoplasma semelhante ao hialoplasma,
contendo proteínas, DNA, nucleosídeos, nucleo-
tídeos e íons. Considere as afirmativas a seguir:
32) Nos cromossomos, a heterocromatina corresponde I. A célula 4 terá as mesmas características genéticas
a regiões que permanecem muito condensadas na da célula 5.
interfase e apresenta-se inativa na transcrição do II. As células musculares são excelentes para extrair
DNA em RNA. DNA por conterem maior quantidade de núcleos.
64) O nucléolo é uma organela nuclear, composta por III. O núcleo é responsável pela reprodução das carac-
RNA mensageiros. terísticas ao longo das gerações.
Assinale:
13. Cefet-MG – Pesquisadores revelaram que não são apenas
os genes que transmitem atributos, como a cor dos olhos, a) se todas as afirmativas estiverem corretas.
entre pais e filhos. Proteínas chamadas histonas também b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
são responsáveis por transmitir características hereditárias, c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
apesar de sua função primordial ser a manutenção do d) se somente a afirmativa III estiver correta.
DNA na forma de cromatina e cromossomos. Algumas
e) se todas as afirmativas estiverem incorretas.
dessas proteínas são capazes de silenciar genes quando
impedem que o DNA seja desenrolado. Modificando-as, 16. Uerj (adaptada) – Em células eucariotas, a cromatina
os cientistas conseguiram criar características que foram pode se apresentar como eucromatina, uma forma não
transferidas para novas gerações sem alteração nos genes. espiralada, ou como heterocromatina, uma forma muito
Fonte: Super interessante, 06 abr. 2015. (Adaptado) espiralada. Na metáfase, muitas regiões de eucromatina
Pelo exposto, a função dessas proteínas nas alterações se transformam em heterocromatina, formando cromos-
das características dos organismos ocorre devido à(ao) somos bastante espiralados, conforme mostra o esquema.
Diferentes estágios de
a) habilidade de provocar mutação deletéria.
organização da cromatina
b) bloqueio da transcrição dos genes a serem expressos. cromossomo
cromatina maior espiralização
c) falta de partes do material genético herdado pe- bastante espiralado
eucromatina
los filhos.
d) encurtamento dos cromossomos transferidos aos
descendentes.
e) migração para o citosol alterando a mensagem en- heterocromatina
viada pelo núcleo.
14. Sistema Dom Bosco – O núcleo é uma organela pre- A formação do cromossomo bastante espiralado favo-
sente nas células eucarióticas. Acredita-se que a origem rece o seguinte processo:
evolutiva desta organela é semelhante à origem das
mitocôndrias e cloroplastos, isto é, por meio da endos- a) Transcrição dos genes pela RNA polimerase.
simbiose. Por outro lado, há outro modelo denomina- b) Distribuição do DNA para as células-filhas.
do hipótese exomembrana. Com base nisso, descreva c) Síntese de proteínas nos ribossomos.
como é a membrana nuclear e qual a sua função. d) Redução do cariótipo original.
BIOLOGIA 1A
18. Uece C5-H17 e a pUL34 – que interagem formando uma vesícula. Esse
A célula eucariótica é compartimentada, a procariótica complexo proteico recobre o vírus e o transporta para fora
não. Esta afirmação faz sentido quando comparamos do núcleo, permitindo que ele infecte uma nova célula e a
os dois padrões de organização celular sob o seguinte doença progrida.
aspecto: Fonte: Estudo mostra como vírus do herpes escapa no núcleo
celular. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/ciencia/
a) dimensões celulares. A relação superfície/volume
estudo-mostra-como-virus-do-herpes-escapa-no-nucleo-celular/>.
é maior na célula procariótica que na eucariótica.
Assim, a célula procariótica apresenta-se com uma Sobre a organela da qual o vírus escapa, é correto afir-
área superficial suficientemente grande para satisfa- mar que
zê-la em termos nutritivos. Ao mesmo tempo, o seu
a) as cromatinas presentes no núcleo são pedaços de
espaço interno é adequado à ocorrência das reações
DNA cortados, envolvidos por nucléolos.
metabólicas num ambiente descompartimentado.
b) o vírus escapa por pinocitose.
b) relação nucleoplasmática. A relação nucleoplasmáti-
ca varia de 1/1 a 1/3 na célula eucariótica, mostrando- c) é composta apenas de RNA e proteínas.
-nos que, enquanto o núcleo varia de volume, o cito- d) controla a entrada e a saída de substâncias
plasma permanece com volume constante. Portanto, pela fagocitose.
a compartimentação na célula eucariótica aumenta a e) o vírus consegue alterar o metabolismo da célula
superfície citoplasmática para fazer face ao aumento hospedeira porque é nessa organela que se encontra
de volume do núcleo. o material genético dela.
c) presença de estruturas membranosas. A presença
de mesossoma e nucléolo nas células procarióticas 20. Sistema Dom Bosco C5-H17
dispensa a presença de outras organelas citoplas- Em 2012, cientistas descreveram um novo processo de di-
máticas. visão celular, denominado clerocinese. Basicamente, atra-
d) processo evolutivo. A compartimentação das célu- vés do experimento realizado, foi descrito que a célula do
las eucarióticas é decorrência do processo evoluti- processo final é binucleada, isto é, contém dois núcleos e
vo desenvolvido no sentido da diminuição das suas mais tarde, elas se desenvolvem em células da retina.
superfícies internas, já que as superfícies externas
crescem mais que o volume da célula, na medida em Fonte: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/12/
cientistas-identificam-novo-tipo-de-divisao-celular.html>.
que as dimensões celulares aumentam.
e) endossimbiose. Somente as células procarióticas Sobre o fato de essas células serem binucleadas:
sofreram modificações na morfologia celular com a) Há mais DNA presente nesta célula do que nas cé-
base nesse evento evolutivo que resultou na forma- lulas comuns.
ção do núcleo.
b) Os núcleos armazenam apenas RNA.
19. Sistema Dom Bosco C5-H17 c) As proteínas histonas presentes nas cromatinas es-
O mecanismo usado pelo vírus do herpes (HSV-1) para tão diretamente relacionadas à divisão celular.
escapar do núcleo da célula hospedeira após se replicar d) A membrana nuclear tem como função apenas deli-
foi descrito em dois artigos publicados na revista Cell. A mitar o núcleo do restante da célula.
estratégia consiste em secretar duas proteínas – a pUL31 e) Os núcleos nada têm a ver com a divisão celular.
22
BIOLOGIA 1A
CROMOSSOMOS
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65 – Material do Professor 227
BIOLOGIA 1A
cromossomo plicação do filamento cromossômico e a geração
de duas cópias cromossômicas conhecidas como
O cromossomo é uma estrutura composta de
cromátides-irmãs. Portanto, durante a divisão celu-
filamentos compactados de DNA associados ao
lar, o centrômero, que é a região de constrição do
redor de proteínas conhecidas como histonas; ele
cromossomo, mantém unidas as duas cromátides-ir-
tem uma conformação espacial semelhante ao for-
mãs para que os microtúbulos do fuso se conectem
mato de um “X”. O ser humano geralmente possui
ao centrômero, movendo os cromossomos duran-
46 cromossomos, organizados em pares: 23 pares,
te o processo de divisão celular. Os cromossomos
sendo 22 de cromossomos autossômicos e um
que não possuem centrômero não conseguem ser
de cromossomos sexuais. Esses cromossomos se
levados para os núcleos recém-formados por esse
encontram no núcleo da célula eucariótica, enquan-
processo e, assim, são perdidos, promovendo con-
to, em procariotos, o cromossomo tem o formato
sequências graves para a célula.
circular (chamado de plasmídeo), sem proteínas as-
sociadas, e encontra-se livre no citoplasma.
Os cromossomos são constituídos por cromati-
nas, que nada mais são que a condensação dos fila- Em certos momentos,
Em outros, ele
um cromossomo
mentos de DNA enrolados nas histonas; a cromatina consiste em uma só
consiste em duas
cromátides-irmãs.
possui níveis de compactação. Quando um filamento cromátide.
de DNA se associa a diversas histonas, ele forma o
Os telômeros são as pontas
nucleossomo, que se assemelha a um “colar de con-
estáveis dos cromossomos.
tas”. Os nucleossomos, portanto, são formados por telômero
DNA e histonas, apresentam diâmetro de 10 nanôme-
tros e são considerados as estruturas primárias da cro-
matina. À medida que essa estrutura se alonga e cresce,
centrômero
ela sofre torção (helicoidização), formando a cromatina
propriamente dita. Dependendo da forma como ocorre duas
cromátides-
essa torção, forma-se a heterocromatina, a chamada -irmãs microtúbulos
cromatina menos condensada; ou a eucromatina, partes do fuso
telômeros
mais condensadas.
“Colar de contas”
os
cle
Fibras de cromatina de
nucleossomos compactos Para melhor compreensão dos tipos cromossômi-
cos, a localização do centrômero é importante, pois
eles podem ser classificados em:
Cromatina
condensada • metacêntricos: quando o centrômero se encon-
tra no meio do cromossomo;
• submetacêntricos: quando o centrômero é um
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228 66 – Material do Professor
NATHAN DEVERY/SHUTTERSTOCK
BIOLOGIA 1A
Representação em 3-D do
cromossomo que evidencia
a região dos telômeros,
demarcada em amarelo.
Elementos representados
fora da escala de tamanho.
Cores fantasia.
Gene A
acrocêntrico Gene B
metacêntrico
Gene B
Alguns cromossomos podem apresentar regiões Gene C
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67 – Material do Professor 229
BIOLOGIA 1A
durante a fecundação, os 23 cromossomos do espermato- O número de cromossomos pode variar bastante
zoide encontram-se com os 23 cromossomos do ovócito, de uma espécie para outra e isso acontece ao longo
originando um zigoto com 46 cromossomos, no caso dos da evolução, em que algumas espécies perdem cro-
indivíduos que não apresentam anomalias na formação. mossomos e outras ganham ao longo de milhares de
No processo da divisão celular, os gametas podem anos. Observe alguns exemplos na tabela comparativa
apresentar erros em um par de seus cromossomos, entre o número cromossômico.
fazendo com que o zigoto tenha cromossomos a mais,
como na síndrome de Down. Pode ocorrer também a ANIMAL PLOIDIA
falta de cromossomos, dando origem a outras anoma-
Homo sapiens (humano) 2n = 46
lias que serão discutidas adiante.
Nas plantas com flores denominadas angiosper- Pan troglodytes (chimpanzé) 2n = 48
mas, em uma das fases de desenvolvimento estão
Rattus rattus (rato-preto) 2n = 42
presentes as células triploides, com três cromosso-
mos de cada tipo, formando trios em vez de pares. Felis catus domesticus (gato doméstico) 2n = 38
Puma concolor (onça-parda) 2n = 38
WILLIAM RODRIGUES DOS SANTOS/
DREAMSTIME.COM
O endosperma presente nas sementes das angiospermas é triploide, Com base nessa tabela, é possível notar que há
isto é, possui três cromossomos de cada tipo. A planta dente-de-leão, espécies com o mesmo número de cromossomos. A
também conhecida como cabeça de vovô, do gênero Taraxacum, é uma
planta angiosperma.
aveia e o rato-preto possuem 42 cromossomos, po-
rém são de filos completamente diferentes e possuem
As células do endosperma, presentes nas sementes ploidias distintas também. Os cromossomos, quando
dessas plantas, responsáveis principalmente pela nutri- comparados entre si, são bastante diferentes em ti-
ção do embrião, são resultado da fusão entre dois dos nú- pos (metacêntricos, acrocêntricos etc.), em relação
cleos polares do óvulo e um núcleo de gameta masculino. aos diversos genes relacionados a características e
funções, bem como às mutações específicas ao longo
2 núcleos espermáticos (n) do DNA. Já espécies mais próximas entre si, como o
gametas masculinos gato doméstico e a onça-parda, apresentam a mesma
grão de pólen
quantidade de lote cromossômico. Organismos aparen-
oosfera (n)
tados tendem a apresentar números de cromossomos,
gameta feminino tipos e genes semelhantes, de modo que muitos des-
sinérgides ses genes são comuns uns aos outros, assim como o
número de mutações no DNA.
núcleos polares
saco embrionário
Cromossomos sexuais
1 fecundação
a antípodas A maioria das espécies apresenta um par de cro-
oosfera + núcleo espermático (2n) mossomos sexuais cujos componentes diferenciam
núcleo embrião os indivíduos em relação ao sexo biológico macho
2n
espermático 1 (2n)
futura e fêmea. No caso da espécie humana, pessoas do
planta sexo feminino possuem um par de cromossomos
idênticos chamados de homogaméticos (XX); já as
endosper-
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230 68 – Material do Professor
LEITURA COMPLEMENTAR
imunológicos.
“Para nossa surpresa, o que vimos é que realmente as célu-
las, inicialmente saudáveis, quando incubadas com plasma
de indivíduos portadores de obesidade, foram moduladas
para um perfil senescente”, revela a pesquisadora.
Além disso, a obesidade poderia ser também estudada
como uma patologia que leva o indivíduo a níveis mais
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69 – Material do Professor 231
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 1A
CROMOSSOMOS
Estruturas constituintes
Constrições Telômero
Centrômero
secundárias
Submetacêntrico
Metacêntrico
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232 70 – Material do Professor
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 1A
1. UERR – Os cromossomos são estruturas que coram 4. Cefet-MG – Analise a imagem a seguir do cariótipo de
intensivamente com uso de corantes citológicos, sendo um indivíduo que apresenta uma anomalia.
observável à microscopia óptica durante a divisão celu-
lar. Sabendo-se disso, assinale a alternativa correta, do
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
BIOLOGIA 1A
7. Sistema Dom Bosco – Observe a imagem a seguir, 12. FGV-SP (adaptada) – A figura ilustra o modelo do iní-
representando quatro cromossomos: cio da fusão de dois núcleos de células reprodutivas
humanas sem anomalias.
DR_MICROBE/ISTOCKPHOTO.COM
FOTOARENA
Com base em seus conhecimentos, marque a alter-
nativa correta:
O número de moléculas de DNA presente em cada
a) Se a figura acima fosse uma célula germinativa, a re-
núcleo é:
presentação do número cromossômico seria 2n = 4.
b) As extremidades dos cromossomos são denomina- a) 22
das cromátides-irmãs. b) 23
c) A figura representa um único cromossomo com seu c) 44
telômero se desgastando ao longo do tempo. d) 46
d) A constrição central é denominada zona SAT. e) 92
e) A figura representa cromossomos telocêntricos.
13. UFMG (adaptada) – O número de cromossomos da
8. PUC-RJ (adaptada) – Os cromossomos são constituí- espécie humana pode, às vezes, apresentar alterações.
dos principalmente por: Pessoas com síndrome de Klinefelter possuem 47 cro-
mossomos; entre eles, os cromossomos sexuais são
a) centrômeros. representados por XXY. Com base nessas informações
b) RNA. e outros conhecimentos sobre o assunto, é incorreto
c) enzimas. afirmar que
d) DNA e proteínas. a) os pais de um indivíduo Klinefelter têm número nor-
mal de cromossomos nas células somáticas.
e) ribossomos.
b) a presença de dois cromossomos X impede a mani-
9. Sistema Dom Bosco – Sobre a estrutura dos cromos- festação do fenótipo masculino.
somos, marque a alternativa correta: c) o número de cromossomos esperado para a espécie
a) Cada cromossomo é formado por quatro cromátides. humana é de 46.
b) Os telômeros são as extremidades do cromosso- d) a fecundação de um ovócito X por um espermatozoi-
mo e têm como função estabilizar a produção de de XY dá origem a um indivíduo Klinefelter.
proteínas.
14. Sistema Dom Bosco – A imagem a seguir representa
c) A zona SAT ou satélite é uma constrição responsável um ideograma do cariótipo de um ser humano.
pelas características sexuais dos indivíduos.
BIOPHOTO ASSOCIATES/GETTY IMAGES
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234 72 – Material do Professor
a) Com base em seus conhecimentos, descreva se o Porcos e javalis são subespécies de uma mesma es-
BIOLOGIA 1A
cariótipo pertence a um indivíduo do sexo masculino pécie, Sus scrofa. A referência ao número de cromos-
ou feminino e justifique. somos justifica-se pelo fato de que são considerados
javalis puros apenas os indivíduos com 36 cromosso-
mos. Os porcos domésticos possuem 38 cromossomos
e podem cruzar com javalis. Desse modo, é correto
afirmar que
a) os animais com 37 cromossomos serão filhos de
um leitão ou de uma leitoa, mas não de um casal
de javalis.
b) um híbrido de porco e javali, conhecido como javapor-
co, terá 74 cromossomos, tendo herdado o material
genético de ambas as subespécies.
c) do cruzamento de uma leitoa com um javali, devem
resultar híbridos fêmeas com 38 cromossomos e
b) Classifique os cromossomos 5 com base na posição híbridos machos com 36 cromossomos.
do centrômero. d) os animais não puros terão o mesmo número de cro-
mossomos do porco doméstico, mas não o número
cromossômico do javali.
e) os animais puros, aos quais o restante se refere, são
filhos de casais em que pelo menos um dos animais
paternos tem 36 cromossomos.
JAVALI Restaurante
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73 – Material do Professor 235
BIOLOGIA 1A
18. Sistema Dom Bosco C5-H17 d) a representação do número cromossômico nas cé-
A síndrome de Down é causada pela presença de três lulas somáticas será 2n 5 38 ou 2n 5 36.
cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células e) felinos possuem o mesmo sistema cromossômico
de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma que as aves, sendo os machos ZZ.
criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia
do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células 20. Sistema Dom Bosco C5-H17
em vez de 46, como a maior parte da população.
Observe a figura a seguir, em que as pessoas repre-
Disponível em: <http://www.movimentodown.org.br/sindrome-
-de-down/o-que-e/>. Acesso em: out. 2018.
sentam os cromossomos.
23
BIOLOGIA 1A
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75 – Material do Professor 237
BIOLOGIA 1A
células sanguíneas) e as dos tecidos meristemáticos
vegetais (responsáveis pelo crescimento da planta).
As células do fígado entram em divisão, originando
diversas duplas de outras células iguais após a mor-
te celular proveniente de uma doença como hepati-
te. Existem também células que nunca se dividem,
como os neurônios, as células musculares estriadas e
as musculares cardíacas.
Em organismos que realizam a reprodução assexua-
da, como as algas, as amebas e as bactérias, ao so-
frer divisão celular, um organismo originará dois outros
idênticos geneticamente a ele. Nesse caso, a divisão Embrião de galinha (Gallus gallus) com 12 dias em estágio avançado de
celular é sinônimo de reprodução assexuada. desenvolvimento. Aumento desconhecido.
BIOPHOTO ASSOCIATES/GETTY IMAGES
ED RESCHKE/GETTY IMAGES
Micrografia de um Paramecium no estágio final da fissão binária da
mitose, isto é, originando dois organismos geneticamente idênticos.
Aumento de 100x.
Imagem radiográfica
de osso da perna
humana quebrado. As
células do periósteo, do
endósteo e do tecido
mieloide multiplicam-se
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238 76 – Material do Professor
ponto de
CICLO CELULAR verificação
G1/S G0
(fase M).
INTERFASE MITOSE
É o período, entre as divisões celulares, de cres- É a divisão celular propriamente dita. Nessa fase,
cimento e desenvolvimento em que diversas reações uma célula origina duas outras células com informa-
bioquímicas ocorrem simultaneamente. Em geral, os ções genéticas exatamente iguais. A mitose é dividida
cromossomos encontram-se relaxados, sendo possí- em cinco estágios: prófase, metáfase, anáfase, teló-
vel vê-los por microscópio óptico apenas em forma fase e citocinese.
de cromatina difusa.
PRÓFASE
A interfase é dividida em três fases: G1, S e G2.
Neste estágio, os cromossomos irão se condensar
e as cromátides-irmãs formadas na fase S da interfase
• G1 significa gap 1 ou intervalo 1. Nessa fase,
ficarão bem evidentes. O fuso mitótico, conhecido
a célula cresce e são produzidas as proteínas
como o arranjo de microtúbulos que move os cromos-
que vão atuar na divisão celular. Em geral, tem
somos, será formado. Em células animais, o fuso cres-
duração média de quatro horas. Ocorre tam-
ce dos centrossomos, estruturas responsáveis por
bém o ponto de verificação G1/S, no qual a
carregar os centríolos, que são compostos de micro-
célula só avança para a fase S se tiver todas as
túbulos. Assim, os centrossomos migram para lados
enzimas necessárias para atuar na replicação
opostos da célula, iniciando o fuso mitótico.
do DNA. A célula pode sair do ciclo celular em
resposta a sinais regulatórios e passar para a
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77 – Material do Professor 239
LEITURA COMPLEMENTAR
BIOLOGIA 1A
Um estágio nem sempre citado, mas existente
Após a prófase, existe um estágio denominado prome-
táfase, em que ocorre a desintegração da membrana nu-
clear. Os microtúbulos do fuso entram na região nuclear
e ancoram-se ao cinetócoro de uma das cromátides-irmãs,
enquanto os microtúbulos do centrossomo oposto se
BSIP/UIG/GETTY IMAGES
ancoram à outra cromátide e levam os cromossomos
com eles aos próximos estágios da divisão celular.
centrômeros
TELÓFASE E CITOCINESE
Na telófase, os cromossomos chegam ao polo do
fuso e a membrana nuclear é reconstituída ao redor
de cada grupo de cromossomos, originando dois nú-
cinetócoro cleos dentro de uma mesma célula. Além disso, os
cromossomos encontram-se relaxados, podendo ser
visualizados em forma de cromatina.
Na citocinese, o citoplasma é dividido, formando
duas células.
A imagem mostra as estruturas do cromossomo que fazem parte
METÁFASE
Neste estágio, os cromossomos encontram-se to-
dos alinhados em um único plano entre os dois cen-
trossomos, formando a placa metafásica.
SCIENCE PHOTO LIBRARY/FOTOARENA
BSIP/UIG/GETTY IMAGES
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240 78 – Material do Professor
Vale lembrar que existem algumas diferenças nesse • cada célula produzida é formada por metade do
BIOLOGIA 1A
número de
cromossomos 4 4 4 4 4 8 4
por célula
número de
moléculas
de DNA por 4
célula
Quadro comparativo das fases da mitose em relação ao número de cromossomos por célula e quantidade de moléculas de DNA. Após a síntese de DNA
(fase S), o número de moléculas de DNA aumenta e volta a diminuir na telófase. Entretanto, o número de cromossomos é duplicado apenas na anáfase
e, posteriormente, volta à quantidade inicial.
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 1A
DIVISÃO CELULAR: MITOSE
Uma célula
Duas células iguais Tipo de divisão Equacional (E!)
gera:
Importância
Crescimento Tipo de divisão Renovação celular
funcional
Crescimento celular
Fase G1
Produção de proteínas
Ciclo celular
Fase S Síntese de DNA
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242 80 – Material do Professor
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 1A
1. PUC-RJ (adaptada) – Considere as afirmações rela- Considerando as fases apresentadas, descreva o que
tivas à mitose: acontece na fase S da interfase.
IV. O núcleo começa a desaparecer na prófase.
Durante a fase S, ocorre a duplicação do DNA, ou seja, um cromossomo
I. Os núcleos-filhos são geneticamente idênticos ao
núcleo da célula-mãe.
passa a ter duas cromátides-irmãs, dobrando o número de moléculas
II. As cromátides-irmãs separam-se no início da aná-
fase.
de DNA na célula.
III. Os cromossomos duplicam-se na fase G2 do ciclo
celular.
IV. Um único núcleo dá origem a dois núcleos-filhos
idênticos.
Estão corretas: 4. Fuvest-SP – Células de embrião de drosófila (2n=8)
que estavam em divisão foram tratadas com uma subs-
a) apenas I, II, IV e V.
tância que inibe a formação do fuso, impedindo que a
b) apenas I, II, III e V. divisão celular prossiga. Após esse tratamento, quantos
c) apenas II, III, IV e V. cromossomos e quantas cromátides, respectivamente,
d) apenas I, II e V cada célula terá?
e) todas as afirmações. a) 4 e 4
A afirmativa IV está incorreta porque os cromossomos são duplicados b) 4 e 8
na fase S do ciclo celular. c) 8 e 8
d) 8 e 16
2. PUC-RS – Uma diferença importante entre animais e e) 16 e 16
vegetais é o crescimento corporal; ao contrário dos Como a célula é 2n=8, isso quer dizer que ela tem oito cromossomos
animais, as plantas crescem ao longo de toda a vida. O e que, após a divisão celular, as cromátides de todos os cromossomos
crescimento indeterminado dos vegetais se dá graças foram duplicadas, porém não foram separadas devido ao tratamento
aos tecidos embrionários perenes, denominados me- com a substância que inibe a formação do fuso. Sendo assim, cada
célula terá oito cromossomos com duas cromátides cada um, ou seja,
ristemas. Os processos celulares fundamentais para a haverá 16 cromátides.
atividade desse crescimento são a mitose e a diferen-
ciação celular, responsáveis, respectivamente, pelo(a)
_______ e pelo(a) ___________. 5. UFU-MG – O gráfico a seguir mostra variações da quan-
a) proliferação – seleção do número de células nos tidade de DNA por núcleo durante o ciclo celular de
tecidos. uma célula animal.
b) redução do número de cromossomos – proliferação
celular.
T3
c) seleção do número de células – atividade de cres- T2 T4
cimento celular. Concentração
de T1
d) variabilidade dos tipos celulares – aumento do nú- DNA / núcleo
mero de células.
e) aumento do número de células – especialização das
células dos diversos tecidos.
A mitose é responsável pelo aumento do número de células, uma vez Tempo
que, por meio desse processo, são originadas células com o mesmo
número cromossômico que a célula-mãe. Além disso, a diferenciação Em qual dos períodos encontramos o cromossomo
refere-se à especialização das células dos diversos tecidos. constituído por duas cromátides-irmãs, cada uma com
uma molécula de DNA, e a ocorrência da migração das
cromátides-irmãs para os polos da célula, respectiva-
3. Fuvest-SP (adaptada) – Na figura abaixo, está repre- mente?
sentado o ciclo celular. Na fase S ocorre síntese de a) T2 e T3
DNA, na fase M ocorre a mitose e dela resultam novas
células, indicadas pela letra C. b) T1 e T3
c) T3 e T4
C d) T1 e T4
C
A questão fala sobre divisão celular e as fases da interfase, que são:
G1, S e G2. As fases G1 e G2 são o intervalo de tempo e S é a síntese,
M ou seja, duplicação dos elementos. Na primeira fase (T1), a célula está
em descanso, conforme mostra a linha retilínea do gráfico. Na segunda
G2 Divisão fase (T2), os elementos na célula são duplicados (quando a reta sobe).
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81 – Material do Professor 243
BIOLOGIA 1A
I. Desintegração do envoltório nuclear. A ordem correta é I, IV, II, III. As afirmativas I e IV acontecem na prófase,
II. Formação da placa equatorial.
III. Cromossomos migram para os polos. a II ocorre na metáfase e a III ocorre na anáfase.
IV. Formação do fuso mitótico.
Com base em seus conhecimentos sobre o processo
de divisão celular, coloque as afirmativas em ordem e
cite em qual etapa elas acontecem.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. Unicentro-PR – Uma nova droga no tratamento contra Com base em seus conhecimentos sobre o assunto, cite
o câncer está sendo testada e atinge as células que es- em qual etapa da divisão a célula circulada se encontra
tão em divisão celular, mais especificamente no final da e explique os principais eventos que acontecem nela.
metáfase. Nessas células, a droga impedirá que ocorra a
a) condensação dos cromossomos.
b) separação das cromátides-irmãs.
c) formação do fuso mitótico.
d) formação da placa equatorial.
e) formação de fibras do fuso.
8. UFRGS-RS – Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) 11. IFSUL-RS (adaptada) – Todas as células vegetais e
as afirmações abaixo, referentes aos constituintes do animais apresentam um processo de reprodução cha-
núcleo celular. mado de mitose e outro processo chamado de meiose.
Esses processos diferenciam-se quanto ao tipo de célu-
( ) A carioteca é uma membrana lipoproteica dupla
presente durante a mitose. las envolvidas, tais como células epiteliais, musculares,
gametas etc. A afirmativa que relata corretamente o
( ) Os nucléolos são observados na interfase. processo que envolve a formação das células muscu-
( ) Os cromossomos condensados na fase inicial da lares é a que propõe que uma célula
mitose são constituídos por duas cromátides. a) diploide (2n) forma duas células haploides (n).
( ) Cromossomos homólogos são os que apresentam b) diploide (2n) forma duas células diploides (2n).
constituições diferentes.
c) haploide (n) forma duas células haploides (n).
A sequência correta de preenchimento dos parênteses,
d) haploide (n) forma duas células diploides (2n).
de cima para baixo, é:
a) V – V – F – V d) F – F – V – V 12. UERR-RR – As células em divisão passam por uma se-
b) V – F – V – F e) V – F – F – V quência regular de eventos, dentro de duas fases, cha-
c) F – V – V – F mada ciclo celular. Diante dessa afirmação, assinale a
alternativa correta que cita as duas fases do ciclo celular.
9. PUC-RS – Sobre o processo mitótico, é correto afirmar a) Interfase e mitose.
que b) Mitose e prófase.
a) ocorre apenas em células diploides. c) Interfase e cariotiose.
b) dá origem a gametas haploides. d) Mitose e telófase.
c) é utilizado como forma de reprodução assexuada por e) Interfase e leucinose.
alguns seres vivos.
d) constitui-se como um processo equacional seguido 13. Udesc-SC – A figura representa, de maneira resumida,
de uma fase reducional. as fases da interfase (G1, S e G2) e de divisão (M) do
e) é utilizado por seres vivos, como vegetais e fungos, ciclo de vida de uma célula, o chamado ciclo celular.
para geração de esporos haploides.
DIVISÃO INTERFASE
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244 82 – Material do Professor
14. Sistema Dom Bosco de DNA das células indicadas pelos números 1, 2, 3 e
BIOLOGIA 1A
Marque a alternativa que corresponda à fase na qual a interface lateral e adjacente dos protofilamentos, no inte-
BIOLOGIA 1A
célula apontada pela seta se encontra. rior do lúmen do microtúbulo. Por fim, o sítio da colchi-
a) Prófase cina está localizado na parte intradimer interface entre
b-tubulina e b-tubulina.
b) Metáfase
Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/
c) Telófase artigos/farmacia/medicamentos-antimitoticos-com-atuacao-no-
d) Prometáfase sitio-de-ligacao-colchicina/57761>.
e) Anáfase Sabendo que essas substâncias atuam diretamente se
ligando às tubulinas, assinale a alternativa correta de
20. Sistema Dom Bosco C5-H17 qual etapa da divisão celular elas bloqueiam.
Na atualidade, existem três tipos de ligação de drogas
a) Prófase
bem determinadas nos sítios na b-tubulina: o domínio
da vinca, o local e o taxano, e o sítio de colchicina. O b) Anáfase
domínio da vinca está localizado de forma adjacente ao c) Metáfase
sítio de troca GTP obrigatório em b-tubulina. O sítio d) Citocinese
do taxano está localizado na parte hidrofóbica, entre a e) Telófase
24
BIOLOGIA 1A
Desde a origem dos primeiros seres vivos até os primeiros 2 bilhões de anos
de vida da Terra, todas as células existentes eram clones umas das outras, já que a
• Fases da meiose e sua única reprodução existente era assexuada.
importância Há aproximadamente 1,5 bilhão de anos, surgiu uma nova possibilidade de re-
• Variação da quantidade de produção, capaz de gerar seres geneticamente diferentes entre si: a reprodução
DNA na meiose sexuada. Isso foi possível graças à divisão celular denominada meiose, em que a
• Meiose × mitose variabilidade genética cria novos rearranjos no DNA, possibilitando o aparecimento
de novas características.
HABILIDADES
RAWPIXEL.COM/ISHUTTERSTOCK
• Descrever a importância da
meiose para os organismos.
• Citar e explicar as etapas
da meiose.
• Compreender a variação do
número de cromossomos
ao longo da meiose.
• Explicar as principais
diferenças entre mitose e
meiose.
• Explicar as principais
diferenças entre meiose I e
meiose II.
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85 – Material do Professor 247
BLACKJACK3D/ISTOCKPHOTO.COM
por célula é igual, sendo chamada de divisão equa-
BIOLOGIA 1A
cional, como na mitose. Ou seja, cada uma das duas
células haploides (n) originadas na primeira divisão
produzem outras duas iguais, totalizando quatro cé-
lulas haploides (n) ao final do processo. Embora a
meiose II seja muito semelhante à mitose, apresenta
características diferentes: o número de cromosso-
mos já foi reduzido à metade na meiose I, e a célula
não começa o processo com o mesmo número de
cromossomos.
meiose I
(2n)
MEIOSE I
A meiose I é constituída por cinco estágios seme-
lhantes ao da mitose – prófase I, metáfase I, anáfase I,
telófase I e citocinese –, com algumas diferenças que
serão discutidas ao longo deste módulo.
prófase II
Prófase I
A prófase I é um estágio longo, dividido em cinco
subestágios: leptoteno, zigoteno, paquiteno, diploteno
e diacinese.
metáfase II
meiose II
(n) leptoteno zigoteno paquiteno diploteno diacinese
quiasmas
anáfase II
Etapas da prófase I. Elementos representados fora da escala de
tamanho. Cores fantasia.
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248 86 – Material do Professor
MEIOSE II
A meiose II é similar à mitose, contendo as mesmas
fases: prófase II, metáfase II, anáfase II, telófase II
e citocinese.
Prófase II
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87 – Material do Professor 249
BIOLOGIA 1A
Células em prófase II. Elementos representados fora da escala de
tamanho. Cores fantasia.
Metáfase II
Essa fase é semelhante à mitose, pois os cromos-
somos individuais se alinham na placa metafásica, com
Células em telófase II. Elementos representados fora da escala de
as cromátides irmãs voltadas para os polos do fuso. tamanho. Cores fantasia.
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250 88 – Material do Professor
S AI
G1 TI PII MII
2Q
2n n
AII
TII
Q
n
0
tempo
MEIOSE × MITOSE
Tanto a mitose como a meiose se referem a processos de divisão celular e,
embora até os nomes sejam semelhantes, os resultados de ambas são bem
diferentes. A tabela abaixo apresenta o comparativo detalhado das diferenças
entre esses processos.
Mitose Meiose
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 1A
MEIOSE
1 célula diploide (2n) gera: 2 células haploides (n) Tipo de divisão: Reducional (R!)
Etapas
Interfase
Meiose I Crossing-over
Telófase II
Cromossomos homólogos chegam aos polos.
Meiose II
Anáfase II
Cromátides irmãs separam-se em direção a polos opostos.
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252 90 – Material do Professor
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 1A
Tempo
G, H e I).
crossing-over presente na prófase I da meiose I. Além disso, é nesse
Dom Bosco
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91 – Material do Professor 253
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
BIOLOGIA 1A
7. PUC-RJ – O gato doméstico (Felis domesticus) tem 36 pa- c) Na diacinese, as cromátides permanecem no centro
res de cromossomos em suas células somáticas. Sabendo celular, a carioteca se refaz, os núcleos reaparecem
disso, o número de cromossomos nos espermatozoides e os centríolos atingem os polos celulares.
maduros do gato, o número de cromátides irmãs existen- d) A prófase I é uma fase curta em que os centríolos que
tes em uma célula que está entrando na primeira divisão não sofreram duplicação na interfase permanecem
meiótica e o número de cromátides irmãs que estão en- no centro celular e a carioteca se desintegra ao final.
trando na segunda divisão meiótica são, respectivamente: e) No leptoteno, o emparelhamento dos cromossomos
a) 18, 72 e 36. d) 36, 72 e 72. é chamado de sinapse cromossômica.
b) 72, 144 e 144. e) 36, 144 e 72.
12. Unitins-TO – A mitose e a meiose são dois tipos de
c) 18, 36 e 72.
divisão celular. Em relação a esses processos, podemos
afirmar que:
8. Sistema Dom Bosco – A meiose é um processo fun-
damental à propagação da vida no planeta. Essa divisão I. A meiose resulta em quatro células haploides.
é encontrada nos seres vivos no(a) II. A mitose resulta em duas células com o mesmo
a) formação de gametas apenas. número de cromossomos da célula original.
b) formação de esporos apenas. III. O processo de meiose tem um número de fases
maior do que a mitose.
c) formação de gametas e formação de esporos.
IV. A mitose ocorre em células somáticas e a meiose,
d) zigoto e formação de gametas. em células reprodutivas.
e) zigoto, formação de gametas e formação de esporos. V. O número de cromossomos das células resultantes
na mitose é igual ao das células que lhes deram
9. Uece – Considere os eventos abaixo, que podem ocor- origem e somente as que sofreram meiose podem
rer na mitose ou na meiose. apresentar recombinação gênica.
I. Emparelhamento dos cromossomos homólogos Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
duplicados.
II. Alinhamento dos cromossomos no plano equato- a) I, II, III, IV e V. d) III, IV e V apenas.
rial da célula. b) I, II e V apenas. e) IV apenas.
III. Permutação de segmentos entre cromossomos c) II e III apenas.
homólogos.
IV. Divisão dos centrômeros, resultando na separação 13. Uepa – O crescimento populacional humano é pro-
das cromátides irmãs. duto da reprodução sem controle, que agrava os pro-
blemas de superpopulação mundial. Por outro lado, a
No processo de multiplicação celular para reparação de reprodução nos organismos unicelulares ocorre por
tecidos, os eventos relacionados à distribuição equita- divisão celular, enquanto nos organismos multicelu-
tiva do material genético entre as células resultantes lares esse processo é responsável pelo crescimento
estão contidos somente em: e reparo de tecidos.
a) I e III. c) II e III. Sobre o processo em destaque, analise as afirmativas
b) II e IV. d) I e IV. abaixo.
I. A prófase I da meiose I possui cinco subfa-
10. Sistema Dom Bosco – Tanto a mitose quanto a meiose
ses: leptoteno, zigoteno, paquiteno, diploteno
são processos de divisão celular. Embora até os nomes e diacinese.
sejam semelhantes, existem algumas diferenças entre
esses dois processos. Explique-as. II. Na telófase, os cromossomos começam a se deses-
piralizar e adquirem a forma de fita.
III. Na anáfase, ocorre a separação das cromátides.
IV. Na meiose I, a metáfase I caracteriza-se pelo ali-
nhamento dos pares homólogos na placa equa-
torial.
V. O produto da meiose são quatro células haploides.
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:
a) I, II e IV. d) III, IV e V.
b) I, III e V. e) I, II, III, IV e V.
c) II, III e V.
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254 92 – Material do Professor
respectivamente. Explique as principais diferenças en- 16. PUC-MG – As figuras representam três diferentes fases
BIOLOGIA 1A
A B C
1 2 3 4
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93 – Material do Professor 255
19. Sistema Dom Bosco C5-H17 20. Sistema Dom Bosco C5-H17
BIOLOGIA 1A
A maioria das pessoas, quando anuncia um nascimento, O Brasil possui um grande número de espécies distintas,
menciona o sexo do bebê, porém não sente a necessidade entre animais, vegetais e microrganismos, envoltas em
de especificar a espécie. Isso porque uma das característi- uma imensa complexidade e distribuídas em uma grande
cas da vida é a habilidade dos organismos de reproduzir variedade de ecossistemas.
a própria espécie – elefantes geram elefantes e humanos SANDES, A. R. R.; BLASI, G. Biodiversidade e diversidade química e
geram humanos. A reprodução das espécies está intima- genética. Disponível em: <http://novastecnologias.com.br>.
mente relacionada às divisões celulares. Acesso em: 22 set. 2015. (Adaptado)
CAMPBELL, N. A. Biologia. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
O incremento da variabilidade ocorre em razão da per-
Sobre a divisão celular denominada meiose, é correto muta genética, a qual propicia a troca de segmentos
afirmar que entre cromátides não irmãs na meiose.
a) produz duas células idênticas. Essa troca de segmentos é determinante na:
b) produz quatro células idênticas.
a) produção de indivíduos mais férteis.
c) produz quatro células diferentes por conta do
b) transmissão de novas características adquiridas.
crossing-over, originando a variabilidade genética.
d) as células sofrem mutações que originam a variabi- c) recombinação genética na formação dos gametas.
lidade genética. d) ocorrência de mutações somáticas nos descendentes.
e) produz todas as células presentes nos órgãos e) variação do número de cromossomos característico
e tecidos. da espécie.
BIOLOGIA 1B
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170 96 – Material do Professor
25
REPRODUÇÃO ASSEXUADA,
BIOLOGIA 1B
SEXUADA E CICLOS
HAPLOBIONTES
M I WALKER/GETTY IMAGES
• Citar e descrever os ciclos
haplontes.
• Reconhecer organismos
capazes de realizar ciclos
haplontes.
• Relacionar mitose com
reprodução assexuada.
• Relacionar meiose com
reprodução sexuada.
Algas do gênero Spyrogira trocando material genético entre si. Aumento de 150x.
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97 – Material do Professor 171
BIOLOGIA 1B
2n n
2n 2n n n
FISSÃO BINÁRIA
É um processo também conhecido como cissipa-
ridade, bipartição ou divisão binária, em que um orga- Fissão binária, seguida de regeneração, em planárias. Elementos
nismo-mãe, geralmente unicelular, origina dois organis- representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
mos geneticamente idênticos, ou seja, com o mesmo
material genético que o seu. Organismos unicelulares, É importante salientar que, apesar de ser essen-
como bactérias, algumas algas e alguns protozoários, cialmente um processo que gera clones do organismo-
são capazes de realizar esse tipo de reprodução. Além -mãe, na fissão binária ainda é possível ocorrer varia-
desses organismos, podemos observar a ocorrência ções genéticas entre os indivíduos, ou entre eles em
de fissão binária em organismos pluricelulares, como relação ao original. Isso porque existe a possibilidade
a planária, um platelminto. de haver mutações, por exemplo, durante o processo
de duplicação do DNA, podendo gerar variabilidade en-
ED RESCHKE/GETTY IMAGES
ESPORULAÇÃO
A esporulação, diferentemente das outras reprodu-
ções vistas até aqui, ocorre por meio da disseminação
de esporos, células especializadas que tendem a se
desenvolver em condições ambientais favoráveis, ge-
rando novos indivíduos. Esse tipo de reprodução ocorre
em fungos e algumas algas.
ALLA VASYLENKO/SHUTTERSTOCK
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172 98 – Material do Professor
ELENA MASIUTKINA/ALA-
MY STOCK PHOTO
A estolho saindo do caule e formando
BIOLOGIA 1B
um novo indivíduo.
KATERYNA KON/
SHUTTERSTOCK
B Saccharomyces cerevisiae. Nota-se
as áreas circulares de algumas
células, que são cicatrizes de gemas
no ponto em que as células-filhas
antigas se separaram na conclusão
da divisão celular. Elementos
representados fora da escala de
Em microscopia eletrônica de transmissão, é possível observar os
tamanho. Cores fantasia.
esporos da bactéria Clostridium tetani, causadora do tétano, altamente
ANDREY NEKRASOV /
ALAMY STOCK PHOTO
resistente a ambientes desfavoráveis. Aumento de 2 000x. (C) Poríferos, exemplo de animais
C capazes de se reproduzirem por
brotamento.
BROTAMENTO
Também chamado de gemiparidade, esse processo
consiste na formação de brotos geneticamente idên-
ticos ao genitor, que se separam do indivíduo-mãe e
formam novos indivíduos. O brotamento ocorre em
uma variedade de organismos, entre eles as plantas, FRAGMENTAÇÃO
como as angiospermas, bem como os animais, como Tipo de reprodução em que um ou mais pedaços do
os poríferos (esponjas) e os cnidários. indivíduo dão origem a um novo indivíduo. Diferente-
Esse tipo de reprodução é aproveitado na indústria mente do processo de fissão binária, há possibilidade
agrícola, em pesquisas e paisagismo, pois é utilizado de o indivíduo originar-se de múltiplos fragmentos.
principalmente em plantações de grande porte, com Além disso, esse tipo de reprodução assexuada envol-
a técnica de propagação denominada estaquia. Ela ve a capacidade elevada de regeneração de animais
é realizada depois do plantio de um ramo, galho ou com pouca diferenciação tecidual, como é o caso da
propriamente de um broto da planta, que, após enraizar- estrela-do-mar, que é o principal animal a realizar o
-se no solo, desenvolve-se como novo indivíduo. Esse processo regenerativo.
método é utilizado principalmente para jardins, reflo-
AQUAPIX/SHUTTERSTOCK
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99 – Material do Professor 173
REPRODUÇÃO SEXUADA
NIKOLAY_VORONIN/SHUTTERSTOCK
BIOLOGIA 1B
A reprodução sexuada acontece quando dois indi-
víduos diferentes combinam seus materiais genéti-
cos e originam um novo indivíduo com características
distintas. Esse tipo de reprodução proporciona varia-
bilidade genética das espécies por meio de trocas de
genes diferentes entre indivíduos; essa variabilidade
é gerada pela recombinação gênica de cromossomos
que acontece durante o crossing-over, na prófase I da
meiose, e na segregação independente, na anáfase I.
Produzir descendência diversa é uma vantagem
evolutiva muito grande, pois aumenta a chance de exis- Ovos fecundados de sapos.
tirem indivíduos capazes de sobreviver em diferentes
ambientes, adaptando-se a eles, em razão da grande Já a fecundação interna ocorre dentro do corpo de
diversidade de recombinações geradas, passando suas um dos progenitores, geralmente o feminino. Portanto,
características aos descendentes. para que essa fecundação ocorra, é necessário que haja
O ciclo de vida de organismos sexuados consiste inoculação interna dos gametas de um dos parentais,
numa série de alterações pelas quais eles passam. O geralmente o masculino. Esse processo denomina-se
ciclo inicia-se quando os gametas se encontram, dando cópula e, em muitas espécies, vem acompanhado de
origem a um zigoto, e termina quando o indivíduo de- rituais de acasalamento. Em comparação com a fecun-
senvolvido passa a produzir seus gametas. Portanto, há dação externa, suas vantagens são: menor perda ou
dois ciclos importantes que estão intimamente ligados morte dos gametas durante o processo e independên-
a esse processo: a fecundação e a meiose. cia do ambiente para que ocorra.
A fecundação basicamente refere-se à fusão
KATERYNA KON/SHUTTERSTOCK
dos gametas feminino e masculino, que são células
haploides (n) originando um indivíduo diploide (2n).
Como já estudado, a meiose origina quatro células
haploides (n) diferentes tendo como base uma única
célula diploide (2n).
Fecundação Meiose
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174 100 – Material do Professor
CICLOS DE VIDA
BIOLOGIA 1B
Nos seres vivos, a meiose acontece em vários momentos da vida: logo após a
fecundação, sendo denominada meiose inicial ou zigótica, durante a formação
dos gametas (meiose gamética ou final) ou durante o ciclo de vida, tal como na
formação de esporos (meiose intermediária ou espórica). Os tipos de meiose
estão relacionados ao ciclo de vida dos organismos.
Os ciclos de vida podem ser haplobiontes, isto é, em todas as fases do ciclo
celular o número do conjunto cromossômico presente nas células (ploidia) do indi-
víduo permanece constante. O ciclo haplobionte ainda pode ser dividido em ciclo
haplobionte haplonte, se os organismos forem haploides, e haplobionte diplonte,
se os organismos forem diploides. O ciclo de vida também pode ser diplobionte,
no qual existem tanto organismos haploides quanto diploides.
Em geral, a meiose inicial está relacionada com o ciclo haplobionte haplonte,
a meiose gamética está relacionada com o ciclo de vida haplobionte diplonte e a
meiose espórica está relacionada com o ciclo de vida diplobionte. Neste módulo,
iniciaremos o estudo analisando o ciclo de vida haplobionte.
liberação dos
basidiósporos
zigotos (2n) basidiósporos
(n)
corpo de
frutificação
(basidiocarpo)
micélio
dicariótico
fusão de micélios
hifas dicarióticas compatíveis
basidiósporos
Ciclo reprodutivo haplobionte haplonte de fungos basidiomicetos. Elementos representados fora da escala de
tamanho. Cores fantasia.
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101 – Material do Professor 175
BIOLOGIA 1B
ocorre, originando um zigoto diploide (2n), e ele
passa por meiose, originando esporos haploides (n).
Pelo fato de a meiose ocorrer logo após a formação
do zigoto, ela é denominada meiose pós-zigótica. Phyllomedusa
bicolor
Esse ciclo é caracterizado por ter alternância de
reproduzindo-se
fases (n → 2n). sexuadamente
onde há
indivíduos haploides produção de
(n) gametas.
(n)
(n)
gametas Algumas
gameta (+) gameta (–)
algas também
fecundação realizam o ciclo
haplobionte
(n) zigoto (2n) diplonte.
mitose meiose
Nesse ciclo, o indivíduo adulto é diploide (2n)
pós-zigótica
e gera gametas haploides (n) por meio da meiose.
A fecundação origina um zigoto diploide (2n), que
indivíduo haploide (n)
se desenvolve por mitose até chegar à vida adulta.
Esquema que representa o ciclo haplobionte haplonte. Nesse ciclo, o
Como a meiose ocorre na formação dos gametas,
zigoto sofre meiose e desenvolve-se por mitose, produzindo gametas ela é denominada meiose gamética e apresenta
haploides que originarão um novo indivíduo. Elementos representados alternância de fases (n → 2n).
fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
(n)
(n)
gametas
gameta (+) gameta (–)
fecundação
meiose mitose
gamética
indivíduo adulto
diploide (2n)
Esquema do ciclo haplobionte diplonte. O zigoto desenvolve-se por
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 1B
CICLOS DE VIDA
Reprodução assexuada
Mitose
Forma de divisão celular:
Fungos
Bactérias Alguns animais
Protozoários Algas Plantas
Algas Algas
Reprodução sexuada
Meiose
Forma de divisão celular:
Haplobionte
Diplobionte
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103 – Material do Professor 177
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 1B
1. Unisinos-RS (adaptada) – O ciclo de vida dos animais Cite o nome desses ciclos e quais organismos se re-
é caracterizado pelo crescimento, reprodução e morte produzem dessa forma.
dos indivíduos. Sabendo que o crescimento ocorre por
meio de sucessivas divisões celulares e reprodução, pela Os ciclos acima referem-se, respectivamente, ao ciclo haplobionte haplonte
formação dos gametas e consequentemente fecundação
com um gameta de outro indivíduo da mesma espécie, e ao ciclo haplobionte diplonte. O ciclo haplobionte haplonte é realizado pela
qual das alternativas abaixo indica, respectivamente, o
tipo de divisão celular envolvido nos processos de cres- maioria dos fungos e por algumas algas, enquanto o ciclo haplobionte di-
cimento do organismo e formação dos gametas?
a) Fissão binária e meiose. d) Mitose e meiose. plonte é realizado pela maioria dos animais e por algumas espécies de algas.
b) Meiose e mitose. e) Fissão binária e mitose.
c) Mitose e fissão binária.
A mitose é o processo que permite os organismos crescerem, e a
4. Fatec-SP – As estratégias de reprodução sexuada são
meiose forma os gametas. adaptações dos organismos aos ambientes. Elas deter-
minam os ciclos de vida dos milhões de espécies de
2. Imed-RS (adaptada) – Em relação aos esporos, analise
eucariontes. Esses ciclos são classificados em:
as assertivas abaixo.
I. São células haploides formadas nos fungos para • haplobionte haplonte (como o dos fungos sapró-
reprodução. fitos Rhizopus);
II. São formados por algumas espécies de bactérias • haplobionte diplonte (como o dos Animalia);
durante condições ambientais adversas. • diplobionte (como o das plantas Embryophyta).
III. Estão presentes no ciclo reprodutivo de protozoários. A principal diferença entre esses ciclos consiste no
Quais estão corretas? momento em que ocorre
a) Apenas II. d) Apenas II e III. a) mitose
b) Apenas I e II. e) Todas as afirmativas. b) dipausa
c) Apenas I e III. c) esporulação
A afirmativa III está incorreta, porque os esporos são produzidos por d) nascimento
fungos, certas bactérias e, também, por algumas plantas.
e) meiose
3. Sistema Dom Bosco – Os esquemas a seguir represen- A diferença principal entre os ciclos haplobiontes e entre o ciclo diplo-
tam ciclos reprodutivos de espécies de algas diferentes. bionte é o momento em que a meiose acontece.
indivíduos haploides (n)
5. UFRN (adaptada) – Em um experimento, um tipo de
planta que se reproduz tanto de forma sexuada como
de forma assexuada é cultivado em dois ambientes ar-
tificiais distintos (I e II). No ambiente I, as condições de
(n) temperatura e umidade são constantes e não há presen-
ça de insetos. No ambiente II, há insetos e a tempera-
(n) tura e a umidade são instáveis. Considerando os dois
ambientes, a reprodução que teria melhor resultado na
gametas gameta (+) gameta (–) produção vegetal é:
fecundação
a) reprodução sexuada, nos dois ambientes, pois esta
(n) zigoto (2n) gera indivíduos idênticos que produzem um maior
número de plantas.
mitose meiose
pós-zigótica
b) no ambiente II, reprodução assexuada, pois uma
planta bem adaptada vai gerar um descendente
indivíduo haploide (n)
também bem adaptado.
c) nos dois ambientes, reprodução assexuada, pois
esta gera plantas já maduras e adaptadas, não apre-
indivíduos haploides (n)
sentando fragilidades em presença de pragas.
d) no ambiente II, reprodução sexuada, pois esta gera
sempre uma variedade de indivíduos que se adapta-
rão melhor em determinados ambientes.
Reprodução sexuada gera variabilidade e automaticamente possibilita
(n)
que os organismos se adaptem melhor a determinados ambientes,
enquanto a reprodução assexuada não gera variabilidade genética.
(n)
gametas
gameta (+) gameta (–)
6. Uerj – As populações de um caramujo que pode se re-
produzir tanto de modo assexuado quanto sexuado são
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178 104 – Material do Professor
lecionada nos caramujos e, ainda, por que voltar à reprodu- aparecerem novas características, inclusive algumas que podem conferir
ção assexuada pode ser vantajoso para esses moluscos.
maior resistência aos parasitas. Em populações livres dos parasitas, ou
Enquanto são parasitados, os caramujos que se reproduzem de modo
seja, um meio mais estável, a variabilidade genética deixa de ser tão im-
sexuado são selecionados. Isso se explica pelo fato de a reprodução se-
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. PUC-RS – Para responder à questão, analise as informa- 10. Sistema Dom Bosco – O esquema a seguir representa
ções sobre as etapas necessárias para que ocorra a varia- o ciclo de vida de um determinado organismo.
bilidade genética em seres vivos com reprodução sexuada. I
indivíduo gametas
1. Fertilização aleatória. haploide
2. Crossing-over na prófase da meiose II. II
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105 – Material do Professor 179
IV. Os fungos mais simples, os ficomicetos, só apre- 16. Unesp – A enxertia consiste em implantar parte de uma
BIOLOGIA 1B
sentam reprodução assexuada. planta viva em outra planta de igual ou diferente espé-
Estão corretas: cie. A planta introduzida (enxerto) produz folhas, flores
e frutos, enquanto a planta receptora (porta-enxerto)
a) I e II c) I, II e III e) II e IV capta água e nutrientes do solo.
b) I e III d) II e III
A figura esquematiza uma das técnicas indicadas para a
12. Sistema Dom Bosco – Em relação ao ciclo haplobionte enxertia entre espécies de hortaliças, tais como pepino,
haplonte, marque a alternativa correta. abóbora, melão e melancia.
a) Refere-se a organismos adultos haploides.
Corte do
b) Refere-se a organismos adultos diploides. enxerto
As superfícies do enxerto e
c) Nesse ciclo, a meiose é denominada espórica. do porta-enxerto devem per-
manecer em contato firme
d) A meiose é denominada gamética.
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180 106 – Material do Professor
26
CICLO DIPLOBIONTE E
BIOLOGIA 1B
OUTROS PADRÕES
REPRODUTIVOS
Caso não sejam interrompidas, duas minhocas podem permanecer unidas reali-
zando a cópula durante horas. Nesse processo, o esperma é transferido, e os ovos
são fertilizados. Em algumas semanas, esses ovos se tornam novas minhocas e • Ciclo diplobionte
a reprodução sexuada estará completa. Mas quem será a mãe? Embora simples, • Diferentes padrões repro-
talvez a resposta seja inesperada: ambas as minhocas. dutivos
MAJNA
HABILIDADES
• Descrever e compreender
a importância do ciclo
diplobionte.
• Reconhecer organismos
que realizam o ciclo
diplobionte.
• Conhecer outros padrões
reprodutivos e alguns
dos organismos que os
realizam.
Ciclo diplobionte
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182
BIOLOGIA 1B 108 – Material do Professor
gametófitos
(indivíduos haploides)
gameta gameta
esporos
fecundação
Meiose
zgoto
esta célula
passa por esporófito
meiose (indivíduo diploide)
Representação da meiose espórica, que ocorre nas plantas terrestres e em muitas algas. Elementos
representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
Fase
gametofítica
(haplofase)
Todas as plantas e a maioria das algas apresentam ciclo diplobionte, com alternância de gerações. Elementos
representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
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109 – Material do Professor 183
BIOLOGIA 1B
Corte longitudinal do protalo
observado na lupa. Aumento
desconhecido.
Haploide (n)
Diploide (2n)
Esporo
(n)
MEIOSE
oosfera (n)
Esporófito
maduro (2n)
zigoto (2n) FERTILIZAÇÃO
3 O espermatozoide utiliza o
5 Na fase inferior das flagelo para nadar até as oos-
feras no arquegônio. Um atrativo
Ciclo de vida das samambaias. Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
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184 110 – Material do Professor
AEKIKUIS
tipos de reprodução (assexuada e sexuada), em que os água-viva adulta
indivíduos de cada fase reprodutiva são completamente
distintos uns dos outros. No entanto, a haploidia para
essa metagênese é aquela característica de ciclo haplo- efíria
bionte diplonte, em que apenas o gameta é haploide. Ovo
Nesse caso, o ciclo de vida é inigualável. Por exemplo,
na fase de vida das medusas e das águas-vivas, os or-
ganismos são diploides, existindo machos e fêmeas.
Sua reprodução é do tipo sexuada, com fecundação
larva plânula
dos gametas femininos de um indivíduo pelos gametas
masculinos de outro indivíduo, o que origina o zigoto. estróbilo
VIRUNJA
pólipo
Diferentes padrões
reprodutivos
Existem dois modos principais de reprodução de-
sempenhada pelos seres vivos. Na reprodução sexua-
Com o desenvolvimento do zigoto, originam-se as lar- da, a fusão de gametas haploides forma uma célula di-
vas pelágicas, chamadas de plântulas, que, ao encon- ploide, o zigoto. Nesse caso, o indivíduo formado pode
trarem um substrato adequado, fixam-se a ele e origi- originar gametas por meio da meiose. Na reprodução
nam pólipos. Por meio de um processo de evaginação assexuada, essa fusão de gametas não acontece, e
e do desenvolvimento de diversas camadas de pólipo, o novo indivíduo é formado por mitose. No módulo an-
inicia-se a reprodução assexuada, em que as camadas terior, foram apresentados alguns tipos de reprodução
denominadas gomos se dividem em discos sobrepos- assexuada. Neste serão estudados outros padrões de
tos (estrobilação). Desses discos que se desprendem, reprodução com base nas divisões celulares mitóticas
originam-se medusas pequenas, chamadas de efírias, e meióticas.
que crescerão e se reproduzirão de forma sexuada.
PARTENOGÊNESE
Esse é um tipo de reprodução assexuada em que
MORPHART CREATION
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111 – Material do Professor 185
BIOLOGIA 1B
Organismos sésseis (fixos) como plantas e alguns
animais, a exemplo das esponjas e alguns moluscos,
encontram na locomoção uma barreira para realizarem
a reprodução sexuada.
O hermafroditismo é uma adaptação evolutiva para
esse problema, pois o indivíduo apresenta os sistemas
reprodutivos masculino e feminino. Isso possibilita o
cruzamento entre dois indivíduos, como o exemplo
das minhocas citadas na introdução. Cada organismo
recebe e doa espermatozoides durante a cópula. Exis-
tem, ainda, espécies capazes de se autofecundarem.
Da esquerda para a direita: abelha-rainha, zangão e abelha-operária da
espécie Apis mellifera.
Em virtude dessa possível autofecundação, a taxa
de endogamia é alta. Ou seja, o grau de parentesco é
Entre os vertebrados, a partenogênese é observa- próximo entre os indivíduos da espécie, o que facilita
da em cerca de uma a cada mil espécies. Exemplos a ocorrência de doenças, mutações genéticas e con-
incluem espécies de tubarão-martelo, sucuri e dragão- sequente extinção daquela população. Por isso, em
-de-komodo. muitas plantas hermafroditas há estratégias para coibir
essa autofecundação, tais como o amadurecimento
LABETAA ANDRE
POLIEMBRIONIA
A poliembrionia ocorre quando um zigoto, durante
seu desenvolvimento, produz células que se separam
e continuam a se desenvolver, originando novos em-
briões.
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186 112 – Material do Professor
PEDOGÊNESE
NEOTENIA
Esse processo consiste na maturidade genital e
na reprodução sexual precoce de indivíduos que não
perderam completamente as características de larva.
Um exemplo são as salamandras, que, mesmo ainda
A larva cercária de Schistosoma mansoni é gerada por meio da apresentando brânquias e morfologia larval, conse-
pedogênese. Micrografia óptica com aumento de 64×.
guem reproduzir-se sexuadamente.
MUDANÇA DE SEXO
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 1B
CICLO DIPLOBIONTE
Reprodução
Sexuada
do tipo:
Divisão
Meiose espórica
celular:
Forma:
Representa:
Esporos haploides Gametófito Fase haploide
Fecundação gera:
Representa:
Zigoto diploide Esporófito Fase diploide
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 1B
1. Unitins-TO – A alternância de gerações ou metagênese feminino pelo gameta masculino; o ovócito divide-se
é um tipo de ciclo de vida encontrado nas plantas e de forma a gerar um novo embrião, sem fertilização.
alguns grupos de animais. A expressão “alternância” se Essa reprodução ocorre em abelhas melíferas, entre
aplica somente quando o estágio multicelular haploide as quais os machos são haploides.
se alterna com III. A reprodução sexuada gera maior variabilidade ge-
a) estágio diploide unicelular. nética em razão dos processos de crossing-over na
formação dos gametas, fecundação e mutações
b) estágio haploide unicelular.
aleatórias, enquanto a reprodução assexuada possui
c) estágio haploide multicelular. apenas as mutações como fonte de variabilidade.
d) estágio diploide multicelular. IV. Os gêmeos monozigóticos, idênticos ou univitelinos
e) estágio diploide multicelular ou unicelular. originam-se a partir de células de um zigoto que se
Aplica-se o termo alternância quando o estágio multicelular haploide separaram e se desenvolveram em dois indivíduos
se alterna com o estágio multicelular diploide. independentes.
a) I, II, III e IV são afirmativas verdadeiras.
b) I, II, III e IV são afirmativas falsas.
2. UPE (adaptada) – Os zangões, machos das abelhas,
são formados por um processo de partenogênese. Já c) apenas I e II são afirmativas verdadeiras.
as abelhas operárias são fruto de um processo de fe- d) apenas II e III são afirmativas verdadeiras.
cundação. Diante dessas informações, analise as afir- e) apenas I e IV são afirmativas verdadeiras.
mativas a seguir:
Todas as afirmativas estão corretas.
I. Por serem fruto de partenogênese, os machos pos-
suem o dobro de cromossomos encontrados na 5. IFPE (adaptada) – No reino Plantae, encontramos os
abelha-rainha. grupos vegetais, cuja metagênese (alternância de ge-
II. A abelha-rainha possui ovócitos com o mesmo nú- rações) é bem marcante. Com relação a seus ciclos
mero de cromossomos encontrados nas células reprodutivos, é correto afirmar que:
somáticas das operárias, pois ela também é uma a) Os esporos são células haploides formadas pela
fêmea. meiose.
III. Todas as fêmeas possuem suas células somáticas b) Nas briófitas, a fase dominante é o esporófito e a
diploides, enquanto os machos possuem células fase passageira é o gametófito.
haploides.
c) O gametófito é diploide (2n), sendo formado pela
IV. A abelha-rainha tem ovócitos que são haploides. Ao germinação dos gametas.
serem fecundados, geram indivíduos com células
diploides. d) Nas angiospermas, a fase dominante é o gametófito
e a fase passageira é o esporófito.
Estão corretas:
e) Nas pteridófitas, o gametófito é diploide e chamado
a) I e II c) II e III e) III e IV de protonema.
b) I e III d) II e IV A meiose é espórica. A afirmativa B está incorreta, porque a fase dura-
doura é o gametófito. A afirmativa C está incorreta, pois o gametófito
é haploide e produz gametas. A afirmativa D está incorreta, porque a
A afirmativa I está incorreta, porque eles têm metade dos cromossomos fase duradoura nas angiospermas é a esporofítica. A afirmativa E está
na abelha-rainha. A afirmativa II está incorreta, pois a abelha-rainha terá incorreta, pois o gametófito é haploide e o nome dado ao gametófito
o ovócito com o mesmo número de cromossomos que os zangões. das briófitas é protonema.
3. Sistema Dom Bosco – O Schistosoma mansoni, cau- 6. Sistema Dom Bosco – Perus são capazes de reprodu-
sador da esquistossomose, é um platelminto capaz de zir-se por meio da partenogênese quando as fêmeas são
se reproduzir enquanto ainda se encontra no estágio separadas por muito tempo de machos. Esse processo
larval, originando cercárias. O modo de reprodução é raro em perus selvagens, mas se observa em várias
desse organismo é assexuado ou sexuado? Como é populações de cativeiro.
denominado esse processo de reprodução?
Esse modo de reprodução é assexuado, denominado pedogênese. Com base nisso e em seus conhecimentos, explique
o que é a partenogênese e explique as vantagens de
se reproduzir dessa forma.
A partenogênese é um processo no qual os indivíduos são originados a
4. Faceres-SP (adaptada) – A reprodução é o processo partir do ovócito não fecundado. Esse processo reprodutivo tem como
pelo qual os seres vivos originam novos indivíduos seme-
lhantes a si mesmos. É pela reprodução que os organis- vantagem o baixo consumo energético (uma vez que os indivíduos que
mos garantem a sobrevivência da espécie. Há duas for-
mas distintas de reprodução: a sexuada e a assexuada.
se reproduzem dessa maneira não necessitam procurar um parceiro) e
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115 – Material do Professor 189
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
BIOLOGIA 1B
7. Sistema Dom Bosco – Os vegetais apresentam ciclo de vida conhecido como diplo-
bionte. Isso se deve ao fato de que
a) os gametas das plantas são diploides e o adulto é haploide.
b) os gametas das plantas são haploides e o adulto é diploide.
c) o ciclo apresenta alternância entre adultos haploides e diploides.
d) os gametas e os adultos são diploides.
e) os gametas e os adultos são haploides.
10. Sistema Dom Bosco – Os tatus (Dasypodidae sp.) têm a capacidade de produzir vários
organismos originados da fecundação de apenas um ovócito com um espermatozoide.
Explique que processo reprodutivo é esse e como ele ocorre.
gametófito
(n)
esporo gametas
haploide
meiose fertilização
diploide
esporófito
zigoto
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190 116 – Material do Professor
FERNANDO GONSALES
Embora hermafroditas, os caramujos normalmente têm fecundação cruzada, meca-
nismo que leva a descendência a apresentar
a) aumento de variabilidade genética em relação à autofecundação e maior chance
de adaptação das espécies ao ambiente.
b) diminuição da variabilidade genética em relação à autofecundação e maior chance
de adaptação das espécies ao ambiente.
c) variabilidade genética semelhante à da autofecundação e as mesmas chances de
adaptação das espécies ao ambiente.
d) diminuição de variabilidade genética em relação à autofecundação e menor chance
de adaptação das espécies ao ambiente.
e) variabilidade genética semelhante à da autofecundação e menor chance de adap-
tação das espécies ao ambiente.
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117 – Material do Professor 191
BIOLOGIA 1B
mansoni, em especial no Nordeste e no Leste. Esse platelminto causa a esquistos-
somose, conhecida como “barriga-d’água”. No Brasil, a esquistossomose encontra-se
em franca expansão, com focos surgindo nas cidades do sul e noroeste de Minas
Gerais. Essa doença tem no homem seu principal hospedeiro definitivo, sendo que as
modificações ambientais, introduzidas por ele, favorecem a sua proliferação.
Com base nessas informações e em seus conhecimentos, marque a alternativa correta:
a) As cercárias são as formas infectantes e reproduzem-se sexuadamente.
b) As cercárias são formas de esporos produzidas por partenogênese.
c) Esse platelminto se reproduz por esporulação.
d) Esse platelminto possui alternância de gerações, tendo o ciclo diplobionte.
e) Esse platelminto produz cercarias, que abandonam o caracol por meio da pedogênese.
anterozoide
GAMETÓFITO II
I oosfera
esporos
V
ESPORÓFITO zigoto
IV III
adulto gametófito
(n) (n)
gametas
(n) e (n)
esporo gametas esporo gametas
haploide
haploide
haploide
diploide
diploide
zigoto
zigoto esporângio zigoto
adulto
esporófito (2n)
(2n)
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192 118 – Material do Professor
II
III
V IV
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119 – Material do Professor 193
BIOLOGIA 1B
Em certas localidades ao longo do Rio Amazonas, são encontradas populações de de-
terminada espécie de lagarto que se reproduzem por partenogênese. Essas populações
são constituídas, exclusivamente, por fêmeas que procriam sem machos, gerando
apenas fêmeas. Isso se deve a mutações que ocorrem ao acaso nas populações bis-
sexuadas. Avalie as afirmações seguintes, relativas a esse processo de reprodução.
I. Na partenogênese, as fêmeas dão origem apenas a fêmeas, enquanto, nas popu-
lações bissexuadas, cerca de 50% dos filhotes são fêmeas.
II. Se uma população bissexuada se mistura com uma que se reproduz por parteno-
gênese, esta última desaparece.
III. Na partenogênese, um número x de fêmeas é capaz de produzir o dobro do núme-
ro de descendentes de uma população bissexuada de x indivíduos, uma vez que,
nesta, só a fêmea põe ovos.
É correto o que se afirma
a) apenas em I.
b) apenas em II.
c) apenas em I e III.
d) apenas em II e III.
e) em I, II e III.
27
BIOLOGIA 1B
FUNDAMENTOS DA GENÉTICA
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121 – Material do Professor 195
BASE DA GENÉTICA
BIOLOGIA 1B
Para entender a Genética moderna, é importante conhecermos sua história. A
linha do tempo a seguir mostra os principais eventos desde o surgimento da Gené-
tica até a contemporaneidade.
1865 Mendel publica os resultados de seu estudo com ervilhas, no qual sugere a existência de um
fator responsável pelas características que são transmitidas ao longo das gerações.
1900 Hugo de Vries, Carl Correns e Erick Von Tschermarks realizam experimentos similares ao de Mendel
e chegam às mesmas conclusões. Redescoberta da importância dos experimentos de Mendel.
1903 Os cromossomos são considerados as unidades da hereditariedade.
1905 O termo Genética é usado pela primeira vez em uma carta escrita por W. Bateson.
1910 T. H. Morgan descreve que os fatores responsáveis pela hereditariedade estão localizados
nos cromossomos.
1927 O termo mutação é definido como mudanças físicas no fator de hereditariedade.
1958 F. H. C. Crick prediz a descoberta do RNA: para que um aminoácido seja formado, uma
molécula intermediária deve ser gerada, contendo a informação genética responsável por
sua produção.
1958 A experiência de Meselson-Stahl demonstra que a molécula de DNA é semiconservativa.
1961 O código genético é organizado em trincas (códons).
1989 Um gene humano é sequenciado pela primeira vez, com o intuito de se compreender a
fibrose cística.
1995 O DNA do primeiro organismo vivo (bactéria Haemophilus influenzae) é sequenciado.
1996 O primeiro mamífero é clonado, a ovelha Dolly.
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196 122 – Material do Professor
ZVITALIY/ISHUTTERSTOCK
Extremidade 5’ Extremidade 3’
BIOLOGIA 1B
Pontes de hidrogênio
Extremidade 3’
Extremidade 5’
Bases
Estrutura de nitrogenadas
açúcar e fosfato complementares
Estrutura de um nucleotídeo, que forma a dupla fita de DNA, por meio do pareamento de bases nitrogenadas.
Esse pareamento de bases constitui uma região codificadora de proteína, ou seja, uma região específica do DNA
que é lida, transcrita e traduzida em uma proteína (gene). Elementos representados fora da escala de tamanho.
Cores fantasia.
Embora pareça que a ordem das bases nitrogenadas para codificar proteínas com funções específicas. Por
no DNA é aleatória, ela tem função específica e forma ge- exemplo, vamos considerar os genes A e B. Apesar de
nes e regiões reguladoras. Foram necessários milhões o gene A ser menor que o gene B, os dois apresentam
de anos para formar essa ordem. Várias possibilidades fo- um trecho de pares de bases em comum que codificam
ram “testadas”, de modo que essas regiões codificassem para os mesmos aminoácidos. No entanto, as cadeias
proteínas compatíveis com a vida e nos conferissem as polipeptídicas formadas pelos aminoácidos são dife-
adaptações que apresentamos atualmente. rentes. Portanto, os genes também o são. Observe:
GAATGGCTCAATTGCCAAGCTA → gene A
DESIGNUA/ISHUTTERSTOCK
célula
CGGCTACTACTACTCAATTGCCGGTCAGGACT → gene B
núcleo
cromossomo
Entre as principais características do DNA, está a ca-
pacidade de replicação. Para isso, a dupla fita de DNA é
aberta, expondo as duas fitas individuais com as bases
nitrogenadas expostas para que novas bases possam se
centrômero ligar e formar uma nova fita complementar para cada fita
do DNA de origem. Com as fitas moldes sendo comple-
DNA
mentadas, são produzidas duas novas moléculas de DNA.
estrutura de
pentose e fosfato Outro aspecto importante dessa molécula é a
cromátides-irmãs
mutabilidade. Ao longo do processo de replicação do
gene
DNA, é possível que ocorram alterações na sequência de
citosina
guanina
bases nitrogenadas, de maneira que pode ser adiciona-
adenina
timina
da, por exemplo, uma guanina no lugar de uma adenina,
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123 – Material do Professor 197
BIOLOGIA 1B
é utilizada como molde para transcrição de uma molé- TAGCACGT dupla fita recém-
cula de fita simples de mRNA, que contém uracila no -sintetizada
ATCGTGCA
lugar de timina. Essa fita de mRNA é lida e utilizada
como molde para que as trincas de bases nitrogena- ATCGTGCA
dupla fita de
das nela contidas sejam traduzidas em aminoácidos DNA molde
TAGCGCGT
e composta em uma cadeia de proteína. mutação
ATCGCGCA dupla fita recém-
-sintetizada
VOCABULÁRIO GENÉTICO TAGCGCGT
Os termos utilizados em Genética não são comuns No modelo de estrutura molecular de DNA acima, hipoteticamente
em nosso cotidiano. Por isso, entendê-los e associá- ocorrem duas mutações durante a replicação. A timina é trocada por
uma adenina em uma fita. Na outra fita, a timina é substituída por uma
-los aos conceitos corretos é fundamental para melhor citosina. Repare que as fitas recém-sintetizadas com base na fita molde
compreender esse tema. também são diferentes por conta das mutações.
UDAIX/SHUTTERSTOCK
GENOMA RNA Transcrição
Trata-se do conjunto de todos os genes Proteína
o
s c ri ç ã
presentes no DNA existente nas células de
um organismo. No passado, esse conceito Gene Gene Gene Gene
n
Tr a
Proteína
observar um gráfico comparativo entre o ta- Tradução
RNA
manho do genoma dos principais grupos de ácido ribonucleico
organismos existentes, em que o tamanho
do genoma é representado em megabase Citosina Guanina Adenina Uracila Timina
(1Mb = 106 bases). Podemos perceber que
o tamanho do genoma das angiospermas é DNA
o mais variável, enquanto a média geral do Ácido desoxirribonucleico
tamanho dos genomas em outros organis- O esquema mostra a formação do RNA com base no DNA. As informações
mos é entre 5 mil e 10 mil Mb, ou seja, em contidas no RNA são responsáveis pela produção das proteínas formadas pela união
de polipeptídeos.
torno de 10 bilhões de bases nucleotídicas.
Angiospermas
Gimnospermas
Monilófitas
Licófitas
Briófitas
Nematódeos
Platelmintos
Anelídeos
Equinodermos
Moluscos
Aracnídeos
Crustáceos
Insetos
Mamíferos
Aves
Répteis
Anfíbios
Peixes teleósteos
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198 124 – Material do Professor
ZUZANAE/SHUTTERSTOCK
do esperado inicialmente. Além disso, foi concluído cromossomos
Cariótipo humano
nesse projeto que quase todos os genes encontrados têm autossômicos
ancestralidade com datação de mais de 50 milhões de
anos atrás, bem antes de os primeiros primatas surgirem.
Mais de 90% dos genes humanos foram originados em
organismos metazoários primitivos, há milhões de anos. 1 2 3 4 5
Essa informação nos faz compreender que as diferenças
entre primatas e humanos está relacionada à regulação
gênica e a diferenças nas funções básicas das proteínas. 6 7 8 9 10 11 12
Para chegarem a esses resultados, foram realizadas aná-
lises de proteômica – ferramenta com grande eficácia
para detectar moléculas de proteínas. Com base em 13 14 15 16 17 18
dados de sete estudos com espectrometria de massa,
foram avaliados mais de 50 tecidos humanos no intui- cromossomos
19 20 21 22 23 24
to de identificar quais genes realmente são capazes de sexuais
produzir proteínas.
Cariótipo humano de um indivíduo do sexo masculino. A presença
Essa metodologia serviu para identificar apenas 12 mil dos cromossomos sexuais XX determina o sexo biológico feminino.
proteínas e suas regiões correspondentes no genoma. A presença dos cromossomos XY determina o sexo masculino. Os
demais cromossomos, denominados autossômicos, não apresentam
Essa divergência do número inicial de genes (19 mil para diferenças entre os sexos. Elementos representados fora da escala de
12 mil) ocorre em razão da existência de proteínas que tamanho. Cores fantasia.
não codificam características visíveis ou porque o qua-
dro de leitura não suporta a capacidade de codificação
delas. Entretanto, não é porque as proteínas não apare- Locus, alelos e genes
cem no método de proteômica que necessariamente elas Os genes, como mencionado anteriormente, são
não são expressas, pois podem estar em concentrações os segmentos de DNA capazes de codificar proteínas
muito baixas, ter uma vida muito curta ou ainda estar e correspondem a aproximadamente 2% do total do
presentes em apenas alguns tecidos restritos, localiza- genoma. O local ocupado pelo gene no cromossomo
ções de difícil detecção pela técnica etc. é denominado locus gênico. Quando nos referimos a
mais de um local ou a mais de um gene, dizemos que
Mesmo assim, isso nos leva a refletir a respeito da quanti-
são loci gênicos (no plural). Esse mesmo local é ocupa-
dade de genes e da complexidade dos organismos: temos
do pelos mesmos genes nos cromossomos homólogos.
um número de genes muito semelhante ao número dos
nematódeos (Caenorhabditis elegans), um verme que mede
Cada gene pode ter variações de sua cópia, de for-
aproximadamente um centímetro de comprimento. Isso
ma que, em um dos cromossomos homólogos, pode
sugere que a complexidade humana não está relacionada
ter uma variante da que está no outro cromossomo.
à quantidade de genes, mas em como eles são usados. Essas duas variantes muitas vezes geram a codificação
de proteínas diferentes. Por exemplo, a sequência A
Fonte: <http://sci-hub.tw/10.1093/hmg/ddu309/>.
Acesso em: 8 nov. 2018. (Adaptado). Tradução interna/ Public codifica para uma proteína X, enquanto a sequência a,
Broadcasting Service. presente no seu cromossomo homólogo, codifica para
uma proteína Y. Assim, dizemos que alelo é a variação
que determinado gene pode ter entre os cromossomos
homólogos. Para fins didáticos, o gene A pode ser, por
COMPONENTES DA GENÉTICA exemplo, o responsável pela cor dos olhos, para o qual
o alelo A produz olhos castanhos e o alelo a, olhos
Cromossomos
azuis. Na realidade, a cor dos olhos é um processo
O DNA está presente em forma de cromossomos
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125 – Material do Professor 199
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O fenótipo, por sua vez, é definido como uma carac-
terística apresentada no indivíduo, seja em relação à mor-
BIOLOGIA 1B
locus A
locus B
LEITURA COMPLEMENTAR
Autofecundação, fecundação cruzada e combinações gênicas
As diferentes formas de reprodução resultam em aumento ou diminuição da variabili-
dade genética. Na autofecundação, os gametas femininos e masculinos são provenien-
tes do mesmo indivíduo. Isso é comum na maioria das plantas e em alguns animais
hermafroditas, como a tênia, capaz de realizar esse tipo de fecundação. Do ponto de
vista evolutivo, esse processo é bastante desvantajoso porque reduz a variabilidade
genética dos indivíduos gerados, se comparado à fecundação cruzada.
Ao longo da evolução, a fecundação cruzada ocorreu entre gametas originados de
indivíduos diferentes e de sexos diferentes. Embora existam animais hermafrodi-
tas, isto é, que têm os dois aparelhos reprodutivos, algumas espécies monoicas se
reproduzem por meio da fecundação cruzada, como caramujos e minhocas. Isso
resulta no aumento da variabilidade genética das populações durante a meiose, o
que gera novas combinações gênicas. Tal processo possibilita aos novos indivíduos
receberem alelos variáveis, o que promove novas adaptações ao ambiente.
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 1B
FUNDAMENTOS DA GENÉTICA
Sexuais Autossômicos
Genes Alelos
Características do DNA
Locus
Genótipo
Replicação
Fenótipo
Tradução
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 1B
1. Sistema Dom Bosco – A Genética é uma área de pes- Essa afirmativa está correta? Justifique.
quisa que tem avançado bastante nos últimos anos,
necessitando, inclusive, que o material genético seja Sim, porque um gene pode ter vários alelos que produzem proteínas dife-
transformado em dados binários para que sejam analisa-
dos por meio de softwares potentes. Com base nessas rentes. Consequentemente, produzirão novas características. Além disso,
informações e em seu conhecimento sobre o assunto,
marque a alternativa com o nome correto de todo o estas podem variar de acordo com a interação do gene com o ambiente.
conjunto gênico presente nas células dos organismos.
a) Locus
b) Gene
c) Alelo 4. Fuvest-SP (adaptada) – O genoma é o conjunto de
d) Cromossomo todos os genes de um organismo.
e) Genoma É correto afirmar que o genoma
O nome de todo o conjunto gênico presente nas células dos orga- a) varia entre os tecidos do corpo de um indivíduo.
nismos é genoma.
b) é semelhante em indivíduos de uma mesma espécie,
2. Sistema Dom Bosco – A respeito das características mas difere entre espécies.
do DNA que permitem que ele seja a base principal c) não distingue procariotos de eucariotos.
de todo avanço nas pesquisas em Genética, marque a d) é o mesmo em todas as formas de vida.
alternativa correta. A alternativa A está incorreta, porque não varia entre os tecidos. A alter-
a) Ao longo do processo de replicação, podem ocorrer nativa C está incorreta, pois consegue distinguir eucariotos de procario-
tos. A alternativa D está incorreta, porque varia entre as formas de vida.
mutações, que permitem produzir diferentes pro-
teínas e, consequentemente, novas características 5. Unifor-CE (adaptada) – Um estudante, ao iniciar o
fenotípicas. curso de Genética, anotou o seguinte:
b) O DNA consegue se replicar, de maneira que sua I. O gene é todo o genoma do indivíduo.
cópia é sempre conservativa.
II. Cada par de alelos presentes nas células diploides
c) O fato de o DNA possuir cinco nucleotídeos (adenina, separam-se na meiose, de forma que cada célula
guanina, citosina, timina e uracila) e estes estarem haploide recebe apenas um alelo do par.
em qualquer ordem permite que produzam genes di-
ferentes e, consequentemente, proteínas diferentes. III. Locus é o lugar onde o cromossomo se encontra.
d) A molécula de DNA é utilizada para produção de Com base em seus conhecimentos, marque a alter-
proteínas, e um locus será utilizado como molde para nativa correta.
sua formação. a) A afirmativa I está correta.
A alternativa B está incorreta, porque a cópia é semiconservativa. A
alternativa C está incorreta, pois o DNA não tem uracila. A alternativa D b) A afirmativa II está incorreta.
está incorreta, porque as proteínas são geradas com base nos genes.
O locus é o local onde se encontra o gene que tem a informação para c) A afirmativa III está incorreta.
produzir determinada proteína. d) As afirmativas I e II estão incorretas.
e) As afirmativas I e III estão incorretas.
3. UnB (adaptada)
A afirmativa I está incorreta, porque o gene é uma região codificante
O que é VIDA? do genoma responsável pela produção de uma proteína. A afirma-
tiva III está incorreta, pois o locus é uma região onde se encontra
Para a ciência, o conceito de vida para um ser vivo é algo determinado gene ou alelo.
que precisa atender a certas definições. Entre elas: temos
a definição de vida segundo a Genética: “Um sistema vivo 6. Cesesp-PE (adaptada) – O gene do albinismo somente
se expressa quando está em par e situa-se no mesmo
é capaz de evoluir por seleção natural”. Genes diferentes
locus, sendo a cor de pele, o caráter normal, transmi-
são responsáveis por características diferentes do organis-
tido por um gene que se expressa mesmo em dose
mo. Na reprodução, esse código genético é passado para
simples. Descreva o que significa a palavra destacada.
o organismo gerado. Ocasionalmente, pequenas “falhas”
ocorrem na replicação do código, e surgem indivíduos com Locus é a região onde se encontra determinado gene ou alelo em um
pequenas variações – ou mutações.”
cromossomo.
Com base no texto e em seus conhecimentos, analise
a frase a seguir: Diferentes características podem ser
codificadas por um mesmo gene.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. Sistema Dom Bosco – A Genética é a ciência que es- permite os estudos genéticos nos mais diversos
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202 128 – Material do Professor
8. PUC-RS (adaptada) – Ervilhas amarelas são A1A1. O d) São cópias mutadas dos cromossomos.
BIOLOGIA 1B
símbolo “A1” se refere a ______, que se localiza em e) São cópias variantes de um mesmo gene.
um locus do cromossomo. Marque a alternativa que
completa corretamente a frase acima: 12. Sistema Dom Bosco – Genoma é o conjunto básico
a) um genoma d) um alelo de cromossomos que aparece nos gametas. No caso da
b) um locus e) uma cromátide espécie humana, é formado por 23 cromossomos, nos
c) um cromossomo quais estão localizados todos os genes da espécie. O
maior cromossomo humano, o de número 1, apresenta
9. Cesgranrio-RJ (adaptada) – As células de um in- um DNA com 250 milhões de pares de bases, enquanto o
divíduo, para um determinado locus, apresentam cromossomo Y, o menor desse genoma, tem 50 milhões de
___________ em _____________. pares de bases. O genoma humano apresenta 3 bilhões de
pares de bases que representam 100 000 genes; assim, o
As lacunas da frase podem ser corretamente preen- comprimento médio de um gene é de 3 000 pares de bases.
chidas por:
O gene é
a) o mesmo gene – em ambos os cromossomos ho-
mólogos a) um tipo de RNA.
b) genes diferentes – em cromossomos diferentes b) a parte do DNA capaz de produzir proteínas.
c) a região não codificante do DNA.
c) o mesmo gene – em cromossomos sexuais
d) o local onde encontramos os alelos.
d) o genoma completo – em ambos os cromossomos
homólogos e) uma porção do cromossomo que ajuda na estrutu-
ração da molécula.
e) o genoma completo – em cromossomos diferentes
13. Sistema Dom Bosco – No programa de melhoramento
10. Sistema Dom Bosco – De acordo com pesquisas rea- genético desenvolvido na Universidade Federal Rural do
lizadas em 2012, os macacos bonobos e os humanos Semiárido (Ufersa), foram obtidas famílias de melão gália
partilham 98,7% do mesmo mapa genético e isso os a partir de cinco gerações originadas por autofecunda-
tornam muitos mais similares entre si. Curiosamente, ção provenientes do cruzamento entre os híbridos das
essa porcentagem é a mesma compartilhada entre o linhagens DRG 1537 e AMR-04, com o intuito de avaliar
genoma dos seres humanos e os chipanzés. determinados fenótipos, como peso médio do fruto, pro-
Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noti-
porção da cavidade interna, espessura da polpa, firmeza da
cia/2012/06/mapa-genetico-do-macaco-bonobo-e-987-igual-ao-
-humano-diz-nature.html>. Acesso em: 8 nov. 2018. polpa , entre outros aspectos, e relacioná-los às possíveis
alterações quando são produzidos em determinados am-
Descreva como o genoma pode ser conceituado. bientes O resultado encontrado foi que há diferenças nos
fenótipos em relação aos ambientes em que foram pro-
duzidos, principalmente em razão da grande variação da
composição do solo e do manejo de cultura em cada local.
A respeito esse tipo de cruzamento, é correto afir-
mar que
a) promove variabilidade genética nos organismos.
b) somente os melões são capazes de realizar a auto-
fecundação.
c) a autofecundação ocorre por meio da fecundação
entre gametas oriundos de um mesmo indivíduo.
d) a autofecundação ocorre por meio da fecundação
11. Sistema Dom Bosco – O gene MC1R possui diversos
entre gametas oriundos de organismos diferentes.
alelos associados aos cabelos ruivos, pele clara e sar-
das em europeus. Ainda, sabe-se que a atuação do gene
14. UFMG (adaptada) – Observe esta figura, em que está
MC1R determina a proporção entre eumelanina (colo-
representado o cromossomo X:
ração castanha/preta) e feomelanina (amarela/vermelha)
presente nos melanócitos. Com base nisso, Simões e co-
laboradores em 2013 avaliaram a relevância dos alelos do
MC1R na população brasileira e descobriram que existe
Gene dominante para a
grande variação, sendo mais da metade relacionada à Gene dominante para síntese de G-6-PD
feomelanina, enquanto algumas mutações foram mais visão em cores
relacionadas à eumelanina. Mutação + ambiente
Mutação favorável
A alternativa que melhor descreve o que são os alelos
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129 – Material do Professor 203
BIOLOGIA 1B
Variante da Atividade
Genes Quadro clínico
G-6-PD enzimática (%)
B B 100 Normal
A A 80-100 Normal
15. Sistema Dom Bosco – Evidências comprovam que os vikings eram muito mais sofisti-
cados e bem viajados do que sua reputação bárbara indica. Testes de DNA mostram que
quatro famílias diferentes na Islândia têm uma variante genética comum apenas a nativos
americanos e asiáticos. Um estudo realizado pela Universidade da Islândia oferece provas
convincentes de que pelo menos uma mulher americana nativa foi levada do continente
para a Islândia, sendo que seu DNA remonta a pelo menos 1 700, e, de acordo com uma
mutação, provavelmente até centenas de anos antes. Há pouca evidência histórica que
sustente essa teoria, entretanto. Enquanto os vikings relataram contato com os nativos
(que eles chamavam de “Skraelings”), a maioria desse contato era aparentemente hostil.
Analisando-se o DNA, foi possível inferir essa informação, o que inclusive é pouco
relacionado com evidências históricas, conforme explicado no texto acima. Com base
nessas informações e em seus conhecimentos, cite e explique as principais caracte-
rísticas do DNA que possibilitam realizar análises como essa.
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204 130 – Material do Professor
Assinale a alternativa correta: 17. UFPI – As células musculares são diferentes das células
BIOLOGIA 1B
GENÓTIPO, FENÓTIPO
28
BIOLOGIA 1B
E LINHAGENS
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206 132 – Material do Professor
GENÓTIPO E FENÓTIPO
BIOLOGIA 1B
Um gene codifica uma proteína e pode ter variantes denominados alelos. Con-
siderando que o gene está localizado no cromossomo e que esse cromossomo tem
dois braços, podemos dizer que os alelos estão em pares. O conjunto alélico refe-
rente ao gene é denominado genótipo, sendo este responsável por expressar as
características de um indivíduo.
Os alelos são representados por letras. Por exemplo: em ervilhas, temos os alelos
A e a, que, quando aparecem juntos, produzem indivíduos de cores diferentes. Os
genótipos de ervilhas amarelas são AA ou Aa, e o das
ervilhas verdes é aa.
JOSHYA/SHUTTERSTOCK
Genes e alelos
Gene: Unidade hereditária
Ocupam o
mesmo locus em
cromossomos
homólogos
Locus: local definido
ocupado pelo gene no
cromossomo
A A A a a a
Representação esquemática do local em que os genes estão e as possíveis combinações dos alelos. Elementos
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133 – Material do Professor 207
No caso de recessivo, são necessárias duas cópias à dos coelhos naturalmente negros, sendo essa
do mesmo alelo para que determinada característica característica considerada uma fenocópia destes últi-
BIOLOGIA 1B
seja expressa. Portanto, eles sempre apresentam ge- mos. Isso acontece porque, embora o genótipo dos
nótipo homozigoto. coelhos himalaia seja o mesmo, ele se expressa de
forma diferente por influência dos fatores ambien-
Genótipo: aa → Característica: ervilha verde tais – nesse caso, a temperatura.
LINN CURRIE/SHUTTERSTOCK
O fenótipo é a expressão de um genótipo por meio
de características visíveis, influenciadas ou não por fa-
tores ambientais. Um exemplo da expressão fenotípica
é o formato de “V” do cabelo na testa.
ALLSTAR PICTURE LIBRARY / ALAMY STOCK PHOTO
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208 134 – Material do Professor
O fóssil no qual os estudos se basearam, conhecido como do passado com base em como elas se parecem hoje – e
BIOLOGIA 1B
Homem de Cheddar, é um esqueleto do período Meso- que as associações entre características físicas às quais
lítico – há cerca de 10 mil anos –, descoberto em 1903 na nos acostumamos não são algo fixo”, declarou Booth.
caverna Gough, na Garganta de Cheddar, em Somerset. Exame. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/ciencia/primeiro-
A pesquisa foi realizada por cientistas do Museu de His- homem-britanico-era-negro-e-tinha-olho-azul-diz-estudo/>.
Acesso em: nov. 2018. (Adaptado)
tória Natural do Reino Unido.
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135 – Material do Professor 209
BIOLOGIA 1B
imperadores dos Incas, mas achar esses restos é pratica-
terísticas, gerando linhagens puras. O cruzamento
mente impossível hoje”, acrescenta Santos.
entre plantas de pétalas brancas e plantas de pétalas
púrpuras resulta em pétalas púrpuras, sendo esta O artigo revela também que as duas linhagens mas-
uma linhagem híbrida. culinas estão intimamente relacionadas às populações
DIANA TALIUN/SHUTTERSTOCK
ISKYDANCER/SHUTTERSTOCK
BOGGY/DREAMSTIME.COM
amostras de DNA de supostos descentes dos clãs impe-
riais, que constituíam a realeza inca; as análises foram
realizadas em 19 indivíduos de 12 famílias que se de-
claram descendentes de imperadores Incas. Os estudos
identificaram duas linhagens paternas que remetem a
dois membros reais de épocas diferentes e que podem
estar ligadas direta ou indiretamente aos governantes
ou a um processo de expansão populacional ocorrida
nos Andes, nos anos 1000 a 1450 d.C.
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 1B
GENÓTIPO
Homozigoto
Responsável por expressar características
de um indivíduo que pode ser:
Heterozigoto
Condicionado pelo
Homozigoto
alelo recessivo
LINHAGEM
Híbrida Heterozigoto
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137 – Material do Professor 211
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 1B
1. Unisinos-RS – A expressividade de um gene é o 5. Uece (adaptada) – Os geneticistas puseram à pro-
“grau de intensidade” com que ele se manifesta no va a hipótese de que a determinação e a transmissão
fenótipo do indivíduo, traduzindo o grau de expressão hereditária dos grupos sanguíneos M, MN e N é feita
do _____________. Além disso, fatores ambientais ou por genes localizados em um determinado par cromos-
intrínsecos condicionam o grau de expressividade de sômico. Esses grupos sanguíneos não mostram inci-
alguns _____________. Assim, esta expressão pode ser dência preferencial por nenhum dos sexos, de maneira
uniforme ou variável, resultando no aparecimento de que os geneticistas complementaram a sua hipótese
vários padrões de _______________. especificando que o par cromossômico que contém
os genes responsáveis pela produção dos antígenos
As lacunas são corretamente preenchidas, respecti-
M e N nas hemácias é autossômico, ou seja, não se
vamente, por:
encontram nos cromossomos sexuais. De acordo com
a) fenótipo, fenótipos, genótipos. essa informação e seus conhecimentos em genética,
b) fenótipo, genótipos, fenótipos. assinale a opção correta.
c) genótipo, fenótipos, genótipos. a) Considerando que os genes pertencentes a dois di-
d) genótipo, genótipos, fenótipos. ferentes locus são denominados alelos (do grego =
allelon, cada outro), pode-se dizer os genes M e N
e) genótipo, genótipos, genótipos. constituem um par de alelos.
O grau de expressão dos genótipos pode variar em função de fatores
ambientais, promovendo o aparecimento de vários fenótipos. b) Os genótipos MM e NN são, pois, homozigotos, en-
quanto o genótipo MN é heterozigoto.
c) Indivíduos que possuem genótipo MM, filhos de pais
2. Sistema Dom Bosco – É comum que, em experimen-
que apresentam os mesmos genótipos, representam
tos relacionados à herança de características ao longo uma linhagem híbrida.
das gerações em plantas, elas sejam autofecundadas
em diversas gerações para ter certeza se aparecerão d) O caso no texto dessa questão exemplifica um exem-
novas características ou não. Com base nessas infor- plo clássico de fenocópia.
A alternativa A está incorreta porque os genes se encontram no mesmo
mações, marque a alternativa correta. locus. A alternativa C está incorreta porque serão exemplos de linhagem
a) Plantas originadas por autofecundação são conside- pura, por terem sempre os mesmos genótipos. A alternativa D está in-
radas de linhagem pura. correta porque fenocópia se refere a um fenótipo induzido por condições
ambientais, mas assemelhado a outro determinado geneticamente.
b) Plantas originadas por autofecundação são conside-
radas de linhagem híbrida.
c) Plantas originadas por fecundação cruzada são con- 6. Sistema Dom Bosco – Os coelhos da raça himalaia
sideradas de uma linhagem pura. são caracterizados por apresentarem pelagem branca
d) Todas as plantas de linhagem pura são heterozigotas. e manchas escuras no focinho, nas orelhas, na cauda e
nas patas. Entretanto, quando esses indivíduos nascem
Plantas originadas por fecundação cruzada são denominadas linhagens
híbridas e são sempre heterozigotas, enquanto as linhagens puras são em regiões frias, eles apresentam pelagem completa-
sempre homozigotas. mente escura, sendo confundidos com coelhos negros.
Sabendo-se que o genótipo responsável por ambas as
variações na cor do pelo não sofreu mutações, como
3. Sistema Dom Bosco – A capacidade de sentir o sa- você explica a ocorrência desse evento?
bor de fenitilcarbamida, substância de sabor amargo,
é determinada pela presença do alelo P dominante. Trata-se de um exemplo de fenocópia, isto é, o genótipo foi influenciado
Em uma cidade, 75% da população consegue sentir o
sabor amargo, e 25%, não. Cite os possíveis genótipos pelo ambiente (no caso, a temperatura da região), e, por conta disso,
dentro da população para esse fenótipo.
Sabendo que o alelo P é responsável pela capacidade de sentir o sabor o fenótipo foi expresso de forma diferente.
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212 138 – Material do Professor
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
BIOLOGIA 1B
7. Sistema Dom Bosco – Plantas de linhagem híbrida são originadas por fecundação
cruzada entre plantas de linhagens puras. Com base nessa informação, marque a
alternativa correta:
a) Indivíduos da linhagem pura têm alelos relativos a um mesmo gene em locus
diferentes.
b) Indivíduos da linhagem pura apresentam genótipo heterozigoto.
c) Indivíduos da linhagem híbrida têm genótipo homozigoto.
d) Indivíduos da linhagem híbrida apresentam genótipo heterozigoto.
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JAGODKA/SHUTTERSTOCK
ERIC ISSELEE/SHUTTERSTOCK
9. Sistema Dom Bosco – Uma planta de flor amarela foi cruzada com uma planta de
flor vermelha. O resultado desse cruzamento originou plantas com flores vermelhas.
A respeito desse experimento, marque a alternativa correta:
a) As plantas com flores vermelhas originadas do cruzamento representam uma li-
nhagem pura.
b) As plantas com flores vermelhas originadas do cruzamento representam uma li-
nhagem híbrida.
c) As plantas com flores vermelhas utilizadas no cruzamento representam uma li-
nhagem híbrida.
d) As plantas com flores brancas utilizadas no cruzamento representam uma linhagem
híbrida.
A cor da pele é definida pela interação de um número ainda não completamente deli-
BIOLOGIA 1B
mitado de genes com o meio ambiente. A figura anterior mostra um heterograma de
uma família que apresenta mutação em um gene principal de cor da pele, representado
na cor branca. A cor preta representa um alelo selvagem.
No que diz respeito à cor da pele, indivíduos com o mesmo genótipo podem apresentar
diferentes fenótipos, e indivíduos com o mesmo fenótipo podem apresentar diferentes
genótipos. Essa afirmativa está correta? Justifique sua resposta.
Com relação aos genótipos que determinam os fenótipos nos sistemas de tipagem
sanguínea ABO e Rh, é correto afirmar que:
a) 4% da população 1 é homozigota para ambos os fenótipos.
b) 0,31% da população 2 é homozigota dominante.
c) 0,05% da população 2 é heterozigota para ambos os fenótipos.
d) 3,5% da população 1 é homozigota para ambos os fenótipos.
e) 36% da população 1 é heterozigota para ambos os fenótipos.
12. Fuvest-SP (adaptada) – Uma planta heterozigota de ervilha com vagens infladas pro-
duziu por autofecundação uma descendência constituída por dois tipos de indivíduos:
com vagens infladas e com vagens achatadas.
Com base nessas informações, marque a alternativa correta:
a) As plantas parentais representam uma linhagem híbrida.
b) As vagens infladas da geração produzida são obrigatoriamente homozigotas.
c) As vagens infladas da geração produzida são obrigatoriamente heterozigotas.
d) As vagens achatadas são homozigotas dominantes.
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214 140 – Material do Professor
tes de famílias bruxas tradicionais. Hermione é bruxa, a) A doença é expressa por mais de um gene, que, atra-
BIOLOGIA 1B
mas filha de trouxas (não bruxos). Simas é bruxo, filho vés da transcrição, controla a síntese de um lipídeo
de uma bruxa e de um trouxa. Harry é bruxo, filho de que interfere nas secreções pancreáticas.
bruxos, sendo sua mãe filha de trouxas. Com base no b) A doença é expressa por alelos em heterozigose, o
texto e em seus conhecimentos sobre genética: que reduz a secreção de enzimas pancreáticas, pois
a) Classifique as famílias de Simas e Draco em relação o gene recessivo do par inibe a ação da permeasse.
ao tipo de linhagem. c) A doença é expressa por alelos dominantes em
homozigose, que promovem a síntese de muco
que, liberado em excesso, determina a normalida-
de pancreática.
d) A doença é provocada por pelo menos um alelo do-
minante, que promove a dificuldade de secreção das
enzimas pancreáticas.
e) Um par de alelos recessivos, que levam à formação
de muco no duto pancreático, impedindo a passagem
do suco pancreático para o intestino.
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141 – Material do Professor 215
19. Sistema Dom Bosco C5-H17 ma nervoso, devido à morte de células cerebrais. Embora
BIOLOGIA 1B
O pterígio, também conhecida como doença da“carne cres- a maioria das pessoas que adquirem essa doença é devi-
cida”, se refere a uma lesão benigna na área ocular causa- do a outros fatores, pelo menos 5% dos casos se trata de
da pelo crescimento fibrovascular do tecido conjuntivo e é herança genética. Os genes que geram o maior risco de
mais frequente em adultos acima de 20 anos. Sugere-se desenvolver a doença de Alzheimer são da família ApoE,
que essa doença seja dominante em relação à visão nor- responsáveis pela produção de uma apolipoproteína que é
mal. Marina possui essa doença, bem como seu pai e todos uma possível candidata a ser o meio físico onde a memó-
os seus parentes paternos. Sua mãe e todos os seus paren- ria é armazenada. Existem quatro variantes alélicas desse
tes maternos possuem visão normal. gene (E1, E2, E3 e E4), e estudos indicam que o gene va-
Disponível em: <http://g1.globo.com/pa/para/especial-publi- riante E4 está associado a 25% dos casos da doença tardia.
citario/associacao-paraense-de-oftalmologia/noticia/2016/09/
Disponível em: <www.cartacapital.com.br/revista/811/a-genetica-
entenda-o-que-e-pterigio-conhecido-popularmente-como-carne-
-crescida-nos-olhos.html>. Acesso em: dez. 2018. (Adaptado) por-tras-do-alzheimer-7390.html>. Acesso em: dez. 2018. (Adaptado)
Com base nessas informações e em seus conhecimen- Supondo que esse gene (ApoE-4) tenha herança domi-
tos, marque a alternativa correta: nante na população, promovendo a doença tardiamen-
te, é correto afirmar que
a) O lado paterno de Marina representa uma geração
de linhagem híbrida. a) pessoas que apresentam a doença de Alzheimer
b) Se Marina se casar com um homem com visão nor- tardiamente obrigatoriamente têm ao menos uma
mal, todos os seus filhos terão visão normal. cópia da variante E4.
c) O lado materno de Marina representa uma geração b) para as pessoas apresentarem a doença, a variante
de linhagem pura. E4 precisa estar em homozigose.
d) Se Marina se casar com Pedro, que também possui c) indivíduos que apresentem outras variações do gene
a doença, todos os seus filhos terão visão normal. Apo-E podem apresentar a doença.
e) Marina possui genótipo homozigoto para a doença. d) a doença só é manifestada em indivíduos hetero-
zigotos.
20. Sistema Dom Bosco C5-H17 e) todos os fi lhos de uma mulher heterozigota não
A doença de Alzheimer é uma doença progressiva que apresentarão a doença se o pai for homozigoto para
destrói a memória e outras funções relacionadas ao siste- qualquer um dos outros alelos.
29
BIOLOGIA 1B
MUTAÇÕES GÊNICAS
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143 – Material do Professor 217
BIOLOGIA 1B
O termo mutação refere-se a qualquer alteração no material genético de um
indivíduo ou de uma população, sendo classificada em mutação gênica e mutação
cromossômica.
O foco deste módulo é a mutação gênica, que remete às alterações em um ou
mais pares de bases no DNA, as quais podem surgir espontaneamente ou ser
induzidas. Elas também podem ser chamadas de mutações pontuais quando se
referem à alteração de um único nucleotídeo.
MUTAÇÕES ESPONTÂNEAS
As mutações espontâneas são aquelas que acontecem de forma natural e aleató-
ria, podendo ocorrer em todas as células. Esse tipo de mutação se dá principalmente
durante o processo de replicação do DNA, em que falhas podem acontecer, como o
pareamento incorreto de bases e adições ou subtrações de pares de bases, gerando
mudança na sequência de DNA que está sendo replicada.
ACG T C
Tipo selvagem
T GC AG
ACG T C
T G T AG
C ACA T C
Replicação *T Mutante
G AG T G T AG
do DNA T
ACG T C AC Replicação
T GC AG T G do DNA
G ACG T C
TC Tipo selvagem
DNA parental C T GC AG
AG
ACG T C
T GC AG ACG T C
Tipo selvagem
Prole de T GC AG
primeira geração Prole de segunda geração
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218 144 – Material do Professor
MUTAÇÕES INDUZIDAS
BIOLOGIA 1B
H
N O CH3 N
7 7
H N
8 8
5 6 5 6
9
N N H N N
9
4 1 4 1 N+ H N
3 2 3 2
N N N N
N H O N H O
H H
2-AP Timina 2-AP Citosina
protonada
Uma molécula análoga à adenina, a 2-aminopurina (2-AP), pode parear com a timina. Se ela estiver protonada, isto
é, carregada positivamente, é possível haver o pareamento dela com a citosina, causando uma mutação induzida.
H3C CH2
N O N O O CH3
6 6
N NH N
1 1 N H N3 G C A T
N EMS
N 1
N
N H N H O
H H
Guanina O-6-Etilguanina Timina
H3C CH3
H3C O EMS
H3C O O N
4
4 T A C G
3 NH H N N
1
1
3 NH
N
N N
O
O H N
conveniados ao Sistema de Ensino O tratamento com um agente alquilante como o EMS altera a estrutura da guanina e da timina, promovendo um
mau pareamento desses nucleotídeos.
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145 – Material do Professor 219
BIOLOGIA 1B
e descobriu-se que mais de 40% dos casos apresentavam
forma que elas não consigam se parear com os nucleo-
mutações somáticas, em que houve alguma alteração no
tídeos específicos. Esse tipo de processo geralmente
sistema de reparo do DNA e, a partir daí, deu origem
resulta em bloqueio da replicação do DNA, uma vez
ao tumor. De acordo com os pesquisadores, as células
que o DNA polimerase não é capaz de reconhecer o
da mama proliferam a cada ciclo ovulatório, o que faz
nucleotídeo danificado. Os principais agentes causa-
com que tenham maior chance de mutação ao acaso.
dores de danos são a luz ultravioleta e a radiação
ionizante. A luz ultravioleta promove união entre duas Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/mutacoes-nao-hereditarias-
-sao-principal-causa-de-cancer-de-mama-em-mulheres-jovens/28573/>.
bases pirimídicas adjacentes. Já a radiação ionizante Acesso em: nov. 2018. (Adaptado)
forma moléculas excitadas que danificam o DNA, que-
PGIAM/GETTY IMAGENS
brando ligações ou produzindo moléculas degradantes.
BRIAN GREEN / ALAMY STOCK PHOTO
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220 146 – Material do Professor
ATGCGTAT → ATACGTAT
ou
ATGCGCAT → ATGCGGAT
Exemplos de transições.
As transversões ocorrem quando uma base é substituída por outra base de ca-
tegoria química diferente, ou seja, uma base púrica é substituída por uma pirimídica,
ou vice-versa. Assim, um C pode ser substituído por um A ou G, bem como um T
pode ser substituído por um A ou G (se for uma base pirimídica sendo trocada por
uma base púrica). Ou um A pode ser substituído por um C ou T, bem como um G
pode ser substituído por um C ou T (se for uma base púrica sendo trocada por uma
base pirimídica).
ATGCGTAT→ ATATGTAT
Exemplo de transversão.
A mutação sem sentido, ou não sinônima, é aquela na qual ocorre uma mutação
pontual capaz de trocar o aminoácido da cadeia polipeptídica por um aminoácido
diferente.
Nas mutações sem sentido, o códon pode ser trocado para um códon de
término (stop códon). Dessa forma, a cadeia polipeptídica geralmente perde sua
funcionalidade e se torna menor do que o esperado.
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147 – Material do Professor 221
BIOLOGIA 1B
fazer que as proteínas dos genes vizinhos alterem a produção em relação à quanti-
dade, isto é, produzam mais ou menos proteínas do que deveriam. O quadro abaixo
apresenta uma síntese das mutações.
Tre FIM
A
A G A A A G G T
LEITURA COMPLEMENTAR
Fenótipos mutantes
As mutações são a principal fonte de variabilidade genética para todos os organismos e,
por meio delas, é possível ter variações genotípicas e fenotípicas, benéficas ou maléficas.
Algumas mutações são responsáveis por doenças; outras, por características comuns,
como veremos nos exemplos a seguir.
A cor dos olhos está relacionada a dois genes: o OCA2 e o HERC2. O gene OCA2 é
responsável por produzir a proteína-P, que é a principal responsável pela produção de
melanina, enquanto o HERC2 é o gene que regula a expressão do OCA2, ativando-o ou
inibindo-o para a produção de mais ou menos proteína-P. Pesquisas recentes constata-
ram que o gene OCA2 promove mudanças na quantidade de pigmentos produzidos na
íris e diferentes tons de marrom são originados. Se houver uma alteração no gene HERC2,
um gene vizinho que atua como regulador do OCA2, haverá inibição da produção da
pigmentação e, assim, os olhos se apresentarão com coloração azul, ou seja, causará
uma alteração fenotípica no indivíduo.
Outro exemplo interessante refe-
conveniados ao Sistema de Ensino Um outro tipo de mutação que fez diferença significativa na vida dos seres huma-
nos aconteceu aproximadamente 10 mil anos atrás e foi responsável pela produção
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149 – Material do Professor 223
BIOLOGIA 1B
para a degradação de lactose,
presente no leite. Essa mutação
ocorreu na mesma época em
que se iniciou a domesticação
de animais, como as vacas, e,
devido a ela, conseguimos be-
ber leite até a vida adulta. Pelo
fato de essa mutação ter se
originado em um tempo evo-
lutivamente recente, muitos
indivíduos do mundo todo não
sofreram essa alteração e, por
isso, são intolerantes à lactose.
Existem, ainda, alguns outros
exemplos de mutações rela- Mutações relativamente recentes no gene MCM6 são
cionados a algumas doenças responsáveis pela tolerância à lactose, o que nos permite a
relativamente comuns, como ingestão de leite até a idade adulta.
hidroplasia fetal, doença HbH e alguns tipos de beta talassemia, conforme mostrado
no quadro a seguir. Nele, é possível identificar as principais formas de mutação que
ocorreram para que as doenças fossem originadas.
PRINCIPAIS
DOENÇA TIPO DE MUTAÇÃO CARACTERÍSTICAS DA
DOENÇA
Anemia Troca de uma base nitrogenada, que Anemia; infartos teciduais;
falciforme determina um aminoácido diferente infecções.
do correto na tradução da trinca.
Doença da Deleção ou anomalia de três dos Anemia moderada a grave;
hemoglobina H quatro genes da alfa-globina. esplenomegalia.
(HbH)
Hidroplasia fetal Deleção ou anomalia de todos os Anemia grave ou hipoxemia;
(Hb Barts) genes da alfa-globina insuficiência cardíaca.
Beta-talassemia Mutação pontual, introduzindo um Anemia severa; esplenomegalia;
tipo 0 códon de término no início do RNA frequentemente fatal, caso não
mensageiro, ou perda de várias seja tratada.
bases, pois o códon de término foi
inserido no meio da cadeia.
Beta-talassemia Alteração quantitativa da síntese Características semelhantes à
de beta-globina decorrente de uma beta-talassemia tipo 0, porém
mutação em ponto, o que resulta mais frequente e de forma mais
na deleção ou inserção de poucos branda.
nucleotídeos.
Fonte: JORDE, L. B.; Carey; J. C.; BAMSHAD, M. J. 2010. Genética médica.
4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. p. 31. (Adaptado)
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224 150 – Material do Professor
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 1B
MUTAÇÕES GÊNICAS
Em razão de:
Espontâneas Lesões e erros durante a replicação do DNA
Luz UV
Radiação ionizante
Em razão de lesões
provocadas por:
Induzidas Radicais livres
Mau pareamento
Deleções
Doenças
Proteínas diferentes que
originam:
Variações fenotípicas
Consequências:
Alterações na expressão
gênica
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 1B
1. Unitins-TO – A molécula de DNA, além de guardar radiação. Entre os efeitos causados por radiações está
inúmeras informações, controla o funcionamento das a ocorrência de mutações no material genético. Sobre
células e é responsável pela síntese de proteínas. Ape- o processo de mutação, assinale a alternativa correta:
sar de ser considerada uma molécula estável, o DNA a) É possível reverter mutações no DNA.
pode sofrer algumas alterações em sua sequência de
b) É um processo que origina apenas doenças gené-
nucleotídeos. Essas alterações são chamadas de ticas.
a) transcrição. c) Pode ser causado por agentes físicos, químicos e
b) replicação. biológicos.
c) mutação. d) Obrigatoriamente altera os aminoácidos.
d) combinação. e) Não é passado para os descendentes quando ocorre
e) tradução. nos gametas.
A alternativa A está incorreta porque não são conhecidas maneiras de
Alterações no DNA são denominadas mutações. Transcrição é o proces- se reverterem as mutações. A afirmativa B está incorreta porque as
so de formação do RNA a partir da cadeia molde de DNA. A replicação mutações também promovem características que podem ser vantajosas
é o processo de duplicação de uma molécula de DNA de dupla cadeia. ao ambiente. A alternativa D está incorreta porque existem mutações
A recombinação gênica refere-se à troca de genes entre duas molé- silenciosas. A alternativa E está incorreta porque a mutação pode ser
culas de ácido nucleico, para formar novas combinações de genes em herdada se ocorrer nos gametas.
um cromossomo. Durante a tradução ocorre o reconhecimento das
sequências nucleotídicas do RNAm e a correlação com a sequência 5. FGV-SP – A substituição de apenas um nucleotídeo
que corresponde a determinados aminoácidos. no DNA pode representar uma grave consequência ao
2. Unicamp-SP (adaptada) – As mutações e recombi- seu portador, em função de uma modificação de um
nações gênicas são os principais acontecimentos bio- componente molecular na proteína sintetizada a partir
lógicos responsáveis pela variabilidade genética nas do trecho alterado. É o caso da anemia falciforme, na
populações da maioria das espécies de seres vivos. qual a síntese da hemoglobina humana normal, Hb A,
As mutações gênicas responsáveis pela variabilidade é parcial ou totalmente substituída pela hemoglobina
genética são falciforme mutante, Hb S, em decorrência da presença
de um nucleotídeo com adenina no lugar de outro com
a) alterações do código genético provocado somente timina. Tal mutação é responsável pela
por radiação.
a) leitura incompleta do RNAm transcrito, codificador
b) alterações consequentes da transformação de um da hemoglobina.
nucleotídeo em outro, gerando sempre um aminoá-
cido diferente. b) alteração na sequência de aminoácidos da hemoglo-
bina sintetizada.
c) alterações de bases nitrogenadas que são transmiti-
das por reprodução aos seus descendentes. c) modificação na sequência de nucleotídeos da hemo-
globina das hemácias.
d) alterações causadas provocadas por raios UV apenas,
originando diversas doenças. d) tradução de uma hemoglobina mutante com um
aminoácido a mais.
A alternativa A está incorreta porque não é somente a radiação que
promove mutações. A alternativa B está incorreta porque não há trans- e) transcrição de uma hemoglobina mutante com um
formação de um nucleotídeo em outro, mas substituição, deleção ou aminoácido a menos.
inserção, alterando a sequência de DNA e, assim, podendo alterar a
sequência de aminoácidos das proteínas. A alternativa D está incorreta A anemia falciforme ocorre em virtude de uma mutação na posição
porque não são somente os raios UV que promovem mutações. 6 do gene beta-globina, promovendo alteração do aminoácido ácido
glutâmico para valina.
3. Sistema Dom Bosco – As mutações gênicas são alte- 6. Sistema Dom Bosco – As mutações são fonte de va-
rações que ocorrem aleatoriamente no DNA, podendo riabilidade genética e fenotípica, podendo gerar varia-
originar proteínas diferentes e, consequentemente, ca- ções nas características dos organismos ou doenças.
racterísticas diferentes. Que tipos de mutação estão Explique, do ponto de vista molecular, como é possível
envolvidas nesse processo? Cite os mecanismos pelos ocorrer variação fenotípica.
quais ocorrem essas mutações.
As mutações podem alterar a sequência do DNA e, consequentemente,
As mutações gênicas podem ser espontâneas ou induzidas, e os prin-
produzir proteínas com aminoácidos diferentes. São capazes, ainda, de
cipais mecanismos que geram esse processo são substituições, inser-
produzir proteínas que podem se tornar não funcionais, caso ocorra uma
ções e deleções de nucleotídeos no DNA.
mutação sem sentido logo no início da sequência. Por fim, é possível as
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226 152 – Material do Professor
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
BIOLOGIA 1B
7. PUC-RS – No início da evolução humana, até onde se sabe, não havia olhos claros,
todos os indivíduos tinham olhos muito pigmentados. A variação fenotípica “olhos
claros” surgiu graças ________ que atuou diretamente no DNA.
a) à mutação d) à deriva genética
b) à adaptação e) à seleção natural
c) ao fluxo gênico
11. FGV – Atualmente são bem conhecidos os efeitos adversos à saúde humana causados
por diversos poluentes ambientais, especialmente aqueles que possuem potencialida-
des mutagênicas ou cancerígenas, os quais, devido à sua interação com mecanismos
genéticos, podem causar mutações e doenças nas gerações futuras. Assinale as
afirmações corretas.
I. Mutações são modificações bruscas do material genético que podem ser transmi-
tidas à prole (descendência ou células-filhas).
II. A mutação pode ser espontânea ou induzida por agentes físicos, químicos ou
biológicos com potencial mutagênico.
III. Mutação é toda alteração do material genético que resulta sempre de segregação
ou recombinação cromossômica.
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153 – Material do Professor 227
12. Uece – Uma mutação severa foi identificada numa família humana. As sequências de
BIOLOGIA 1B
bases nitrogenadas sem a mutação (normal) e com a mutação (sublinhada e marcada
com uma seta) estão representadas no quadro abaixo. Em ambas as sequências, estão
em destaque o sítio de início da tradução e a base alterada.
Sequência normal
...AUGACGGGCGACACACAGAGCGACUGGGACUGC...
Sequência mutante
...AUGACGGGCGACACACAGAGCGACUGGAACUGC...
Tomando por base o quadro acima, que apresenta uma sequência sem mutação (nor-
mal) e uma sequência mutante de uma doença humana severa, assinale a opção que
corresponde ao ácido nucleico representado e ao número de aminoácidos codificados
pela sequência de bases entre o sítio de início da tradução e a mutação.
a) DNA, 8
b) DNA, 24
c) RNA, 8
d) RNA, 24
13. USC-SP
Os avanços das tecnologias biomédicas apresentam grandes benefícios à população, po-
rém geram algumas situações preocupantes. Pesquisas comprovaram que crianças de até 15
anos, submetidas a doses de radiação provenientes de duas a três tomografias na região da
cabeça, podem triplicar os riscos de câncer no cérebro.
Disponível em: Ciência Hoje, n. 294, julho de 2012, p. 13. (Adaptado)
14. Sistema Dom Bosco – As mutações podem afetar o material genético de uma gama
variada de células, afetando a produção de proteínas e consequentemente a vida des-
sas células. Entre elas, podemos citar a hemoglobina, que, ao sofrer diferentes tipos
de mutações, pode desenvolver tipos determinados de doenças. Cite duas doenças
que podem afetar a produção de hemoglobinas, a mutação que dá origem a elas e o
quadro desenvolvido pelos pacientes portadores dessas doenças.
15. UFRGS – A sequência abaixo corresponde a um trecho de DNA específico que sofreu
BIOLOGIA 1B
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
DNA Normal
T
3’
A C G T G G A C T G A G G A5’
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
DNA Mutante
T
3’
A C G A G G A C T G A G G A5’
RNAm: AUG = metilonina, CAC = histidina; CUC = leucina; CUG = leucina; ACU = treonina; CCU = prolina.
Sobre a mutação que ocorreu na sequência de DNA acima, é correto afirmar que:
a) Gera uma cadeia polipeptídica com um aminoácido a menos.
b) Aumenta o número de códons do RNAm.
c) É silenciosa, aumentando a variabilidade genética da espécie.
d) Altera o módulo de leitura do RNAm e o tamanho da proteína.
e) Causa a substituição de um aminoácido na proteína.
17. Sistema Dom Bosco – Estudos genéticos realizados em 2013 com 803 pessoas
revelaram que existem 8 mutações de ponto no genoma que são responsáveis pela
coloração azul dos olhos e também pela pigmentação da pele.
Com base nessas informações, explique as vantagens evolutivas da mutação.
BIOLOGIA 1B
18. Enem C4-H13
Em um hospital, acidentalmente, uma funcionária ficou exposta a alta quantidade
de radiação liberada por um aparelho de raios X em funcionamento. Posteriormente,
ela engravidou e seu filho nasceu com grave anemia. Foi verificado que a criança
apresentava a doença devido à exposição anterior da mãe à radiação. O que justifica,
nesse caso, o aparecimento da anemia na criança?
a) A célula-ovo sofreu uma alteração genética.
b) As células somáticas da mãe sofreram mutação.
c) A célula gamética materna que foi fecundada sofreu uma mutação.
d) As hemácias da mãe que foram transmitidas à criança não eram normais.
e) As células hematopoiéticas sofreram alteração no número de cromossomos.
30 MUTAÇÕES
BIOLOGIA 1B
CROMOSSÔMICAS
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157 – Material do Professor 231
MUTAÇÕES ESTRUTURAIS
DESIGNUA/DREAMSTIME
BIOLOGIA 1B
Mutações são a fonte básica de variações, ou seja,
de novos alelos, levando a uma mudança na sequên-
cia de nucleotídeos no DNA de um organismo. Não
é possível prever com precisão quais segmentos de
DNA serão alterados. Nos seres pluricelulares, somen-
te mutações em linhagens de células que produzem
gametas podem ser transmitidas à prole. Nos animais,
a maioria das mutações ocorre em células somáticas,
que se perdem quando o indivíduo morre.
As mutações estruturais são aquelas que originam
alterações na estrutura dos cromossomos e podem
ser classificadas em: duplicações, deleções, inversões
e translocações.
DUPLICAÇÕES
Esse tipo de mutação ocorre quando fragmentos
dentro do cromossomo são duplicados. Acontece
principalmente durante o processo de permutação
(crossing-over), na meiose, e suas consequências não
são graves, uma vez que não há falta de informações Representação de um cromossomo normal (à esquerda) e de um que
sofreu duplicação (à direita). Elementos representados fora da escala de
genéticas, mas excesso de uma pequena região que tamanho. Cores fantasia.
foi duplicada.
Alguns exemplos de síndromes relacionadas a de-
DESIGNUA/DREAMSTIME
TRANSLOCAÇÕES
DESIGNUA/DREAMSTIME
JANSON GEORGE/SHUTTERSTOCK
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159 – Material do Professor 233
LEITURA COMPLEMENTAR
BIOLOGIA 1B
Isocromossomos
Os isocromossomos são aqueles que
DESIGNUA/DREAMSTIME
perderam um dos braços e dupli-
caram o existente. Assim, ele tem
duas cópias de um braço e nenhu-
ma do outro. Esse tipo de mutação
é muito frequente em cromossomos
X e em bebês que manifestaram as
características da síndrome de Tur-
ner e da síndrome de Edwards, em
que há produção da cópia do bra-
ço longo do cromossomo. Embora
essa mutação possa ser originada
por divisão celular defeituosa, ela
também pode resultar de translo-
cações robertsonianas.
Os isocromossomos são aqueles que não têm um dos
braços e o outro é duplicado. Elementos representados
fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
MUTAÇÕES NUMÉRICAS
São aquelas em que há alteração na quantidade de cromossomos das células.
Em geral, podem ser divididas em euploidia e aneuploidia.
EUPLOIDIA
As alterações euploides envolvem alterações de conjuntos completos de cromos-
somos, sendo denominados poliploides. Por exemplo, um conjunto cromossômico
(n) nas células gaméticas humanas é igual a 23 cromossomos, sendo essas células
haploides (n=23). Entretanto, nas células somáticas, há 2 conjuntos de cromosso-
mos, totalizando 46 cromossomos (2n=46), sendo denominadas células diploides.
Se em organismos que têm um conjunto (n) igual a 4 cromossomos houver 12
cromossomos, isso significa que há três conjuntos de cromossomos naquela célu-
la (3n=12), o que é denominado triploidia. Se houver 16 cromossomos, 4n=16, é
chamado tetraploidia.
cromossomos
homólogos
1 2 3 1 2 3 1 2 3
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234 160 – Material do Professor
tetraploides inclusive gerando novas espécies, e, por isso, essas alterações não são
BIOLOGIA 1B
ANEUPLOIDIA
Esse tipo de mutação ocorre quando afeta apenas um ou alguns cromossomos.
As aneuploidias resultam de distúrbios na meiose durante a formação dos gametas,
quando os pares dos cromossomos homólogos não se separam corretamente em
polos opostos durante a anáfase I ou o par de cromátides-irmãs não se separa na
anáfase II, resultando em gametas com um cromossomo a mais ou um a menos.
Assim, quando ocorrem esses erros, chamamos de não disjunção, eles podem ser
classificados em nulissomia, monossomia e trissomia.
Genitor
Meiose II
Gametas
Fertilização com
gameta normal
Filho
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161 – Material do Professor 235
BIOLOGIA 1B
humana, ou seja, é inviável. Esse tipo de aneuploidia é originado por gametas que
não possuem nenhum cromossomo do par afetado.
A monossomia acontece quando há perda de um cromossomo do par de cro-
mossomos homólogos, restando apenas uma cópia do cromossomo especificado,
sendo representado por 2n21. Esse tipo de aneuploidia geralmente é originado da
fecundação de um gameta normal com outro que tem um cromossomo a menos.
Um exemplo de monossomia é a síndrome de Turner.
A trissomia ocorre quando há ganho de um cromossomo homólogo, resultando
em três cromossomos homólogos. Originada da fecundação de um gameta normal
com um gameta que tem um cromossomo a mais. Esse tipo de aneuploidia é re-
presentado por 2n11 e é bastante comum na espécie humana.
Síndrome de Down
Esta é uma das aneuploidias mais comuns e ocorre em razão da existência de
um cromossomo 21 a mais, sendo denominada também como trissomia do 21.
Pode ser representada por 47, XX121 ou 47, XY121. As principais características de
um indivíduo com essa síndrome são: retardo mental de severidade variável, fenda
palpebral oblíqua, orelhas com implantação baixa, prega palmar única, língua grossa,
entre outros. Os portadores dessa condição também apresentam malformações
cardíacas, distúrbios visuais e doenças respiratórias. Ela pode ser originada por meio
de translocações, conforme explicado anteriormente.
Diversos estudos já comprovaram que, quanto mais avançada a idade de uma
mulher, maior a chance de esta gerar uma criança com síndrome de Down. Entre-
tanto, com os avanços nos estudos nessa área, a conscientização da população e o
estímulo ao engajamento no mercado de trabalho, a expectativa de vida de pessoas
com síndrome de Down tem aumentado acentuadamente.
WESTEND61/GETTY IMAGES
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236 162 – Material do Professor
A síndrome do triplo X ou superfêmea é uma tris- Representada por 47, XXY, afeta apenas homens
somia representada por 47, XXX, em que há três cro- e se dá pela presença de um cromossomo X a mais,
mossomos X. É causada pela malformação gamética sendo uma trissomia dos cromossomos sexuais.
ou por erro no início do desenvolvimento embrionário. Geralmente, pessoas com essa síndrome são altas,
Mulheres com essa síndrome vivem normalmente e com membros longos, estéreis em razão da baixa
não costumam apresentar nenhum sintoma. produção de espermatozoides (oligospermia) e apre-
sentam mamas relativamente desenvolvidas (gine-
ZUZANA EGERTOVA / ALAMY STOCK PHOTO
ALILA07/DREAMSTIME
Cariótipo de uma portadora da síndrome do triplo X. Elementos
representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
ZUZANAE/SHUTTERSTOCK
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163 – Material do Professor 237
LEITURA COMPLEMENTAR
BIOLOGIA 1B
Síndrome de Klinefelter, síndrome do supermacho e suas relações com o
déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e autismo
Pesquisadores da Universidade da Filadélfia, na Pensilvânia (EUA), realizaram um
experimento em 2012 com o objetivo de testar se crianças com as síndromes do duplo
Y e de Klinefelter, com idades entre 4 e 15 anos, são mais agressivas e impulsivas. Essa
hipótese sustentava-se devido às similaridades físicas, psíquicas e comportamentais
que os afetados pela doença apresentam.
Para isso, os pesquisadores realizaram diversos testes psicológicos, comportamentais
e intelectuais com 26 garotos com síndrome do duplo Y, 82 garotos com síndrome de
Klinefelter e 50 garotos normais. Como resultado, eles diagnosticaram que a maio-
ria dos garotos com síndrome do duplo Y apresentam dificuldades comportamentais
mais severas, sendo muito impulsivos e temperamentais. Meninos com síndrome de
Klinefelter também apresentaram comportamento difícil em menor grau quando com-
parado ao grupo citado anteriormente. Por fim, a maioria dos garotos com ambas as
síndromes apresentaram déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e algum nível de
autismo, o que pode representar alguma relação entre as síndromes e esses distúrbios
comportamentais.
Fonte: Behavioral and Social Phenotypes in Boys With 47, XYY Syndrome or 47, XXY Klinefelter Syndrome. Pediatrics.
Disponível em: <www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3356148/>. Acesso em: nov. 2018. (Adaptado)
LINDAYOLANDA/GETTY IMAGES
Indivíduos com a síndrome do duplo Y ou Klinefelter podem ter maior chance de desenvolver TDAH ou
autismo.
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 1B
MUTAÇÕES CROMOSSÔMICAS
Estruturais Numéricas
Duplicação Euploidia
Deleção Poliploidia
Translocação Aneuploidia
Monossomia
Síndrome de Turner
Trissomia
Síndrome de Down
Síndrome de Klinefelter
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165 – Material do Professor 239
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 1B
1. Sistema Dom Bosco – A figura a seguir representa um 3. Cefet-MG (adaptada) – Analise a imagem a seguir do
tipo de mutação estrutural, responsável por síndromes cariótipo de um indivíduo que apresenta uma anomalia.
como a de Prader-Willi e a de Williams.
Com base nessas informações e em seus conhecimen-
A B C D E F G H tos, cite a causa dessa anomalia.
A B C D E F G H
Célula em anáfase
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240 166 – Material do Professor
5. Uepa – As mutações são alterações na expressão indi- d) Down corresponde à II e III; Turner corresponde à I
BIOLOGIA 1B
vidual dos genes e alterações que envolvem o número e V; Klinefelter corresponde à III e IV.
ou a estrutura dos cromossomos. Existem no ambiente e) Down corresponde à IV e V; Turner corresponde à III;
alguns fatores que provocam mutações, dentre eles Klinefelter corresponde à I e II.
estão as radiações e algumas substâncias químicas.
Por outro lado, ocorrem mutações cromossômicas que Síndrome de Down ocorre por trissomia, apresentando cariótipo 47, XX
ou 47, XY. Síndrome de Turner é uma monossomia, tendo apenas um
podem ser causadas por defeitos na estrutura do cro-
cromossomo X, com cariótipo 45, X0. Síndrome de Klinefelter é uma
mossomo ou por variação no número destes. Dentre trissomia dos cromossomos sexuais, apresentando um X a mais, e
estas últimas, destacam-se as síndromes de Down, seu cariótipo é 47, XXY.
Klinefelter e Turner.
6. PUC-PR (adaptada) – Algumas mutações genéticas,
Sobre as síndromes mencionadas no texto, são feitas como a síndrome de Down, ocorrem quando um seg-
as seguintes afirmativas: mento de um cromossomo se prende a outros cromos-
I. A trissomia do cromossomo 21 ocorre em indivíduos somos, que não o seu homólogo. Assim, não neces-
que possuem um cromossomo autossômico a mais. sariamente a síndrome de Down é causada por uma
II. É caracterizada pela ausência de um cromossomo trissomia livre do cromossomo 21, mas também pode
alossômico, possuindo apenas um cromossomo X. ser causada por um outro processo específico. Cite que
processo é esse e como ele acontece.
III. Ocorre tanto nos homens como nas mulheres, cujos
cariótipos são representados respectivamente por A síndrome de Down pode ocorrer por translocação, de forma que parte
47, XY e 47, XX.
IV. Ocorre no par sexual e atinge os indivíduos do sexo do cromossomo 21 se liga geralmente ao cromossomo 14.
masculino portadores de dois cromossomos X e
um Y.
V. Ocorre no par sexual e afeta indivíduos do sexo fe-
minino, cujo cariótipo é representado por 45, X0.
A alternativa que indica as características correspon-
dentes às síndromes mencionadas no texto é:
a) Down corresponde à I e III; Turner corresponde à II
e V; Klinefelter corresponde à IV.
b) Down corresponde à I e V; Turner corresponde à III
e IV; Klinefelter corresponde à II e III.
c) Down corresponde à III e IV; Turner corresponde à II
e III; Klinefelter corresponde à V.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. UPF-RS (adaptada) – Considere o cariótipo humano c) Apresenta um caso de alteração cromossômica nu-
apresentado na figura abaixo. Assinale a única alterna- mérica classificada como euploidia.
tiva que contém informações corretas sobre ele. d) Pertence a um portador de trissomia autossômica,
causada por erro na segregação cromossômica du-
KATERYNA KON/SHUTTERSTOCK
rante a meiose.
e) Refere-se a um indivíduo haploide, devido à ausência
do cromossomo Y.
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167 – Material do Professor 241
célula-mãe dos
BIOLOGIA 1B
gametas
anáfase I anáfase I
anáfase II anáfase II
gametas gametas
1 2 3 4 5 6 7 8
10. Sistema Dom Bosco – O esquema a seguir representa um tipo de mutação cro-
mossômica.
A A
B B
Cromossomo I C C
D
E D D
E E
X
X Y
Cromossomo II Y Z
Z
b) Cite o nome desse tipo de mutação e dê um exemplo 13. UFC-CE (adaptada) – Um cientista realizou um ex-
BIOLOGIA 1B
de anomalia humana que ocorre dessa forma. perimento para compreender o aparecimento de uma
alteração no tamanho reduzido de uma das asas de um
lote de insetos polinizadores. O pesquisador constatou
que um dos cromossomos não homólogos dos animais
com a asa modificada apresentava pedaços de um outro
cromossomo ligado a ele, o que sugere ser o motivo da
alteração do tamanho da asa. Esse tipo de aberração
estrutural é denominado
11. Sistema Dom Bosco – A figura a seguir representa a) inversão.
um cromossomo que sofreu uma mutação estrutural. b) deleção.
c) duplicação.
a b c d e f g d) recombinação.
e) translocação.
12. Unichristus-CE – O ideograma a seguir refere-se a uma Cite o tipo de mutação ocorrida.
síndrome cuja alteração apresenta
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169 – Material do Professor 243
c) Na síndrome de Edwards, as células dos indivíduos a) A deleção ocorre quando há inserção de um pedaço
BIOLOGIA 1B
têm apenas o cromossomo X. São, portanto, mulhe- de um cromossomo em outro cromossomo.
res. São caracterizadas por baixa estatura; ovários b) A translocação ocorre quando um cromossomo pos-
não funcionais; pescoço curto e largo; anomalias sui um pedaço deletado.
renais.
c) A inversão ocorre quando um cromossomo sofre
d) Certas enzimas dos peroxissomos são catalizado- um giro de 180 graus, soldando-se invertido no cro-
ras das primeiras reações envolvidas na síntese da mossomo.
classe mais abundante de fosfolipídios da bainha de
mielina das células nervosas, fundamental para o d) A duplicação ocorre quando um cromossomo é du-
bom funcionamento dos neurônios. Deficiências nes- plicado, gerando uma trissomia.
sas enzimas e desordens que possam ocorrer nos e) A síndrome de Turner ocorre devido a alterações cro-
peroxissomos levam a doenças neurológicas graves, mossômicas estruturais.
como adrenoleucoditrofia.
e) A doença de Tay-Sachs é hereditária e decorre prin- 17. Acafe-SC (adaptada) – As aberrações cromossômicas
cipalmente do mau funcionamento das enzimas dos são alterações estruturais (perda de pedaços ou inver-
lisossomos das células nervosas do cérebro. Trata- sões) ou alterações numéricas (falta ou excesso) de cro-
-se de deficiência notabilizada por lesões graves e mossomos nas células. Essas alterações podem levar
irreversíveis, determinando retardo mental e morte o desenvolvimento de algumas síndromes, ou mesmo
ainda na infância. à inviabilização do desenvolvimento embrionário. Uma
síndrome conhecida é aquela na qual indivíduos nascem
16. UEPG-PR (adaptada) – A permutação é um processo com uma monossomia de cromossomo X, ou seja, com
que permite a recombinação entre os genes, aumentan- cariótipo 45, X0. Qual é o nome dessa síndrome?
do a variabilidade genética das populações. O aumento
da variabilidade genética pode ocorrer por mudanças
estruturais nos cromossomos, chamadas mutações
cromossômicas estruturais. A respeito dessas infor-
mações, marque a alternativa correta:
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244 170 – Material do Professor
NOÇÕES DE PROBABILIDADE
YURICAZAC/SHUTTERSTOCK
primeira lei de Mendel
• Cruzamento-teste e retro-
cruzamento
• Noções básicas de proba-
bilidade
HABILIDADES
• Aprender os passos do
método científico.
• Compreender a primeira lei
de Mendel para a Genética
nos tempos atuais.
• Entender as diferenças
entre cruzamento-teste e
retrocruzamento.
• Resolver questões
mendelianas por meio de
conceitos estatísticos.
Apesar da diversidade de cores que podemos usar para essa finalidade, a maioria
delas não é natural do ser humano. Sabemos que são artificiais ao conhecer a cor
natural dos cabelos das pessoas, por exemplo: preto, castanho, ruivo, loiro e branco,
mas não rosa ou azul, já que essas cores não são típicas de nossa espécie, ou seja,
não são hereditárias.
Até meados do século XVIII, acreditava-se que o DNA dos pais se misturava de
maneira semelhante ao que ocorre com as cores azul e amarela, que resultam na
cor verde. Com base nessa ideia, foi proposta uma hipótese de mistura que defendia
que, ao longo das gerações, os indivíduos que se reproduziam davam origem a bebês
com os mesmos traços genéticos que os seus pais. Com o avanço da genética, as
falhas dessa hipótese foram expostas. Embora pais com cabelos pretos não gerem
filhos com cabelos roxos, essas crianças podem nascer loiras.
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171 – Material do Professor 245
BIOLOGIA 1B
Os conhecimentos acumulados pela Genética resul- em suas pesquisas científicas e em aprender o cultivo
tam da colaboração de muitos cientistas e outros es- de plantas. Com o objetivo de compreender como os
tudiosos de diferentes épocas. Entre eles, um ganhou caracteres – por exemplo, as cores e o formato das
destaque enquanto estudava no jardim de um mosteiro flores e das sementes – eram transmitidos a cada ge-
de Brno, na Áustria (atualmente, a cidade faz parte ração de plantas, ele iniciou seus experimentos, por
da República Tcheca), reunindo e quantificando dados volta de 1857, com as árvores frutíferas do mosteiro.
que resultariam em leis da Genética com seu nome. No entanto, viu que demoraria muito tempo para ana-
Trata-se do monge e cientista Gregor Johann Mendel lisar essas características em árvores, e substituiu por
(1822-1884), que desenvolveu as bases da Genética ervilhas, em decorrência de seu fácil cultivo, gerações
moderna, possibilitando à sociedade compreender curtas e caracteres com grande diversidade e de fácil
como a hereditariedade influencia a transmissão de reconhecimento. Além disso, o cruzamento pode ser
características. controlado e feito artificialmente polinizando-se ma-
nualmente as flores.
GL ARCHIVE / ALAMY STOCK PHOTO
K.VILKAS
Gregor Johann
Mendel, monge
agostiniano e cientista.
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246 172 – Material do Professor
as ervilhas. Essa planta tem flores com estruturas masculinas e femininas, o que
BIOLOGIA 1B
Carpelo
Estames
(aparelho
removidos
reprodutor
feminino)
Estames
(aparelho
reprodutor
masculino)
Representação ilustrativa de como Mendel realizava o cruzamento entre as flores das ervilhas. Elementos
representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
Material exclusivo para professores O próximo passo foi realizar o autocruzamento (autopolinização) entre indivíduos
da geração F1 (amarela 3 amarela), originando a geração F2. Ele observou que, em
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173 – Material do Professor 247
BIOLOGIA 1B
F2: sementes amarelas e semente verde
Com base nos resultados desse experimento, Mendel conseguiu corroborar sua
hipótese de que havia fatores responsáveis pelas características que eram passadas
às próximas gerações. O fator responsável pela característica dominante foi passado
para a próxima geração, inibindo a característica recessiva, como visto nas plantas
F1, mesmo não sendo expressas. O fator responsável pela característica recessiva
foi passado para a geração seguinte, que, ao se unir com outro fator recessivo,
expressou o que foi visto na geração F2.
Mendel sugeriu que, para cada característica referente à cor da semente, havia
dois fatores – A e a –, em que plantas amarelas seriam AA e plantas verdes, aa.
Na geração parental, foram cruzadas plantas puras de sementes amarelas (AA)
com plantas puras de sementes verdes (aa). Como um fator segrega independen-
temente em um gameta e encontra outro fator na produção de um novo indivíduo, a
geração F1 terá fatores Aa, apresentando a cor amarela, por ser uma característica
dominante. Com o autocruzamento da geração F1, a geração F2 apresenta o genótipo
AA, Aa, aA e aa, que resulta no fenótipo amarelo (A_) ou verde (aa).
Geração P
Sementes amarelas 3 Sementes verdes
AA aa
A Gametas a
Fecundação
F1 Aa Aa
A ou a A ou a
AA Aa Aa aa
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248 174 – Material do Professor
A a
A AA Aa
Gametas Descendentes
a Aa aa
Para verificar a constância dessa proporção na F2, Mendel estudou outros seis
caracteres hereditários, cada um representado por duas características diferentes,
obtendo sempre a mesma proporção: 3:1.
Caracter
Dominante Recessivo
estudado
Cor do
tegumento da Colorida Branca
semente
Com
Forma da vagem Lisa
constrições
conveniados ao Sistema de Ensino Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
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175 – Material do Professor 249
BIOLOGIA 1B
LEI DE MENDEL
Em 1910, o zoólogo e geneticista Thomas Morgan (1856-1945) e colaboradores
formularam a teoria cromossômica de herança, segundo a qual os genes são encon-
trados em locais específicos nos cromossomos e a meiose pode explicar as leis de
Mendel. Assim, eles identificaram que os gametas têm metade dos cromossomos e
que estes se unem durante a fecundação, originando um zigoto. Para compreender
melhor essa teoria, imagine uma célula com um par de cromossomos homólogos, com
determinado par de alelos. Ao final da meiose, são originadas quatro células haploides
(gametas), cada um com um alelo que foi separado ao longo da divisão celular.
célula diploide
gametas
a a a a
A a a
a A A
Esquema simplificado da meiose de uma célula com cromossomos homólogos, com um par de alelos em destaque. Elementos representados fora da
escala de tamanho. Cores fantasia.
CRUZAMENTO-TESTE E RETROCRUZAMENTO
O cruzamento-teste é utilizado na determinação do genótipo de indivíduos
que apresentam fenótipo dominante, uma vez que eles podem ser homozigotos ou
heterozigotos. Para descobrir o genótipo, os pesquisadores cruzam esse indivíduo
com outro que apresente característica recessiva. Assim, se o indivíduo em análise
for homozigoto dominante, toda a sua prole terá a característica dominante, sendo
heterozigota. Por exemplo, suponha que a característica em questão sejam as péta-
las vermelhas de uma flor (dominante representada pelo genótipo V_) e as pétalas
brancas (recessiva representada pelo genótipo vv). No cruzamento, temos:
V_ 3 vv
(vermelha) (branca)
Caso a planta com pétalas vermelhas seja homozigota dominante, toda a prole
obrigatoriamente terá pétalas vermelhas.
VV 3 vv
100% Vv
(100% vermelhas e heterozigotas)
Caso a planta com pétalas vermelhas seja heterozigota, 50% de sua prole terá
Vv 3 vv
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250 176 – Material do Professor
indivíduos da geração F1 com um dos seus parentais cia do evento é zero, isso quer dizer que é impossível
ou com indivíduos com o mesmo fenótipo que seus ele acontecer. Por exemplo, qual é a possibilidade de se
parentais. tirar o número 8 ao jogar um dado de 6 lados numerado
de 1 a 6? Não existe face com o número 8, portanto,
NOÇÕES BÁSICAS DE P(8) 5 0/6 5 0. Por outro lado, quando o valor de pro-
babilidade de ocorrência do evento é 1, significa que há
PROBABILIDADE 100% de chance de tal evento acontecer. Por exemplo,
qual é a probabilidade de o número obtido ser menor
Os resultados dos experimentos, em geral, são que 10 ao se jogar um dado de 6 lados? Como há
corroborados por dados estatísticos, utilizando prin- 6 lados no dado em questão, há 6 números, e todos
cipalmente a probabilidade de determinados eventos são menores que 10. Portanto, P(10)5 6/65 1 ou 100%.
acontecerem. Por conta disso, diversos geneticistas,
como Ronald Fisher (1890-1962), desenvolveram aná- REGRA DO “E” E “OU”
lises matemáticas para avaliar seus resultados e o de Até agora, vimos como calcular a probabilidade de
diversas outras análises no início do século XX. um evento acontecer. Entretanto, é possível calcular
a probabilidade de um ou de outro evento acontecer,
CÁLCULO DE PROBABILIDADES dadas certas possibilidades, ou ainda de um e de outro
A probabilidade é uma ferramenta matemática utili- evento ocorrerem simultaneamente.
zada para estimar resultados de eventos que ocorrem
aleatoriamente. A previsão dos resultados é basea- Regra do “ou”
da no número de repetições dos eventos dentro de A regra do “ou” é usada para calcular a probabilida-
um total de eventos possíveis. Assim, quanto maior de de ocorrem eventos exclusivos. Assim, calcula-se a
o número de repetições, maior a chance de o evento probabilidade de eventos exclusivos acontecerem ao
acontecer. somar a probabilidade de cada evento ocorrer isolada-
Considerando um dado de seis lados, dentre as mente. Por exemplo, qual é a probabilidade de se tirar
possibilidades de tirar o número 3, pode-se tirar seis 1 ou 3 ao jogar um dado de 6 lados?
números, mas existe apenas uma face com o número Sabemos que o número de vezes que o número 1
3. Portanto, a probabilidade de tirar o número 3 no aparece em um dado de 6 face é 1/6.
dado é 1/6, ou seja, 1 probabilidade de o evento
acontecer dentro de 6 eventos possíveis (1, 2, 3, 4, 5 P(1) 5 1/6
ou 6). O resultado também pode ser expresso como
1/6 5 0,1666 ou 16%. O mesmo acontece com o número 3.
MARCO MARTINS
P(3) 51/6
P(filho) 5 1/2
P(filha) 5 1/2
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177 – Material do Professor 251
BIOLOGIA 1B
se tirar o número 2 ao jogar um dado de 6 lados e tirar Aa Aa
o número 6 no lance seguinte?
Sabemos que o número de vezes que o número 2
aparece em um dado de 6 lados é 1/6.
AA Aa aa
P(2) 5 1/6
1/4 1/2 1/4
O mesmo acontece com o número 6.
Para a criança ser albina, ela precisa ser do genótipo
aa. Portanto:
P(6) 51/6
P(albino) 5 1/4.
Portanto, a probabilidade de tirar o número 2 e 6 ao
A probabilidade de a criança ser do sexo masculino é:
jogar consecutivamente é:
P(sexo masculino) 5 1/2.
1/6 x 1/6 5 1/36.
Portanto, para que a criança seja albina e do sexo
Sabendo-se que o albinismo é uma doença autos- masculino (ou seja, simultaneamente), a probabilidade é:
sômica recessiva, qual é a probabilidade de um casal,
ambos heterozigotos, gerar uma criança albina de ge- P 5 1/4 x 1/2 5 1/8.
nótipo aa e do sexo masculino?
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 1B
Geração F2 AA Aa Aa aa
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 1B
1. Facto-TO – Em uma determinada raça de gado bovino, Com base nos dados apresentados, a probabilidade de
a presença ou ausência de chifres depende da combina- se obter frutos em heterozigose em F2 é:
ção de um par de alelos, H e h. Após o cruzamento de a) 0
um macho com uma fêmea bovina, ambos sem chifres,
nasceu um bezerro com chifres. Analise as alternativas b) 1/4
abaixo e marque aquela que corresponde ao genótipo c) 1/2
dos progenitores do bezerro com chifres. d) 3/4
a) HH e HH e) 1
b) Hh e hh Suponha que frutos vermelhos sejam característica do alelo A e que
c) hh e hh frutos amarelos sejam característica do alelo a. Portanto, a geração
parental é AA e aa, originando a geração F1 100% Aa. A geração F2
d) Hh e Hh será o resultado do cruzamento entre Aa e Aa 5 1/4 AA, 1/2 Aa e 1/4
e) HH e hh aa. Como o enunciado pede frutos vermelhos heterozigotos, refere-se
à quantidade de indivíduos Aa.
Se os pais não têm chifres e o filhote nasceu com chifres, isso indica
que essa característica é recessiva. Portanto, para nascer um indivíduo
com característica recessiva, ele necessita ser hh, e os pais, obrigato-
riamente, precisam ser heterozigotos (Hh).
5. Uece – A fração que representa a heterozigose no cru-
zamento entre monoíbridos do modelo mendeliano é
2. Uece – A cada nascimento de um ser humano a proba- a) 2/4.
bilidade de ser do sexo feminino ou do sexo masculino b) 3/4.
é representada corretamente pela seguinte porcenta- c) 1/8.
gem:
d) 1/4.
a) 100%
Aa 3 Aa5 1/4 AA, 2/4 Aa e 1/4 aa. Como o enunciado pede o número
b) 75% de heterozigotos, representado por Aa, a resposta é 2/4 ou 1/2.
c) 25%
d) 50%
Utiliza-se a regra do "ou", ou seja, somam-se as probabilidades. Logo,
1/2 1 1/2 5 0,5 1 0,5 5 1 ou 100%.
6. UFSCar-SP (adaptada) – Suponha uma espécie de
planta cujas flores possam ser brancas ou vermelhas.
A determinação genética da coloração é dada por um
3. Fuvest-SP (adaptada) – Para que a célula possa trans- gene, cujo aIelo que determina a cor vermelha e do-
portar, para seu interior, o colesterol da circulação san- minante sobre o alelo que determina a cor branca. Um
guínea, é necessária a presença de uma determinada geneticista quer saber se um representante dessa
proteína em sua membrana. Existem mutações no gene espécie de planta, que produz flores vermelhas, é ho-
responsável pela síntese dessa proteína que impedem mozigótico ou heterozigótico para esse caráter. Cite o
a sua produção. Quando um homem ou uma mulher nome do processo capaz de resolver isso e explique
possui uma dessas mutações, mesmo tendo também como realizá-lo.
um alelo normal, apresenta hipercolesterolemia, ou
O procedimento para desvendar o genótipo da planta vermelha é o
seja, aumento do nível de colesterol no sangue. Com
base nessas informações, cite o tipo de herança da
hipercolesterolemia. Justifique sua resposta. cruzamento-teste. Basicamente, cruza-se a planta com flores vermelhas
e 50% com flores brancas, significa que a planta com flores vermelhas
4. UFG – Os dados a seguir relatam características feno- da geração parental é heterozigota (Aa 3 aa 5 50% Aa e 50% aa).
típicas e genotípicas de um fruto de uma determinada
espécie vegetal, bem como o cruzamento entre indiví-
duos dessa espécie.
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254 180 – Material do Professor
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
BIOLOGIA 1B
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181 – Material do Professor 255
I. Quando o homem e a mulher têm o gene AME-1, 15. Mackenzie-SP – Uma mulher canhota, com visão nor-
BIOLOGIA 1B
há 25% de risco de cada filho nascer com a doença. mal para cores, cujo pai era daltônico, casa-se com
II. 25% não têm a mutação, 50% têm a mutação, mas um homem daltônico e destro, filho de mãe canhota.
não a doença, e 25% têm a doença. Sabendo-se que o uso da mão esquerda é condicionado
III. Uma em cada 50 pessoas carrega a mutação. por um gene autossômico recessivo, a probabilidade
desse casal ter uma filha heterozigota para os dois ge-
Com base nas informações e em seus conhecimentos, nes é de
assinale a alternativa incorreta:
a) 1/2.
a) Pais afetados pela AME tipo 1 só podem ter filhos b) 1.
afetados.
c) 1/4.
b) Indivíduos heterozigotos não possuem a doença.
d) 1/8.
c) A AME tipo 1 é uma doença autossômica recessiva.
e) 1/6.
d) A AME tipo 1 não é uma doença ligada ao sexo.
e) Um casal de heterozigotos tem 25% de chance de 16. UEFS-BA – A probabilidade de uma mulher com poli-
ter uma menina afetada pela doença. dactilia e visão normal, heterozigota para os dois fenó-
tipos, casada com um homem sem polidactilia, míope,
14. OBB (adaptada) – A anemia falciforme é uma doença homozigoto, ter um filho, não importando o sexo, sem
caracterizada pela produção de moléculas de hemoglo- polidactilia e com visão normal, supondo que esses
bina anormais, incapazes de transportar O2, compro- caracteres transmitam independentemente, é de
metendo a oxigenação do organismo. Indivíduos com a) 12,5%.
genótipo AA produzem a molécula normal de hemo-
globina, não sendo afetados pela doença. Indivíduos b) 25%.
com genótipo SS produzem apenas a forma anormal de c) 50%.
hemoglobina, sendo afetados pela anemia falciforme. d) 75%.
Já indivíduos heterozigotos (AS) apresentam a forma e) 100%.
branda da doença, condição conhecida como traço fal-
ciforme. A frequência desses alelos varia entre diferentes 17. OBB (adaptada) – O hormônio leptina é produzido pelo
populações humanas. Em algumas regiões onde a malária tecido adiposo e atua na regulação da sensação de fome
é endêmica, a frequência de indivíduos AS é maior quando e saciedade. Deficiências na produção desse hormônio
comparadas à de populações humanas onde a malária é estão associadas ao desenvolvimento de obesidade,
incomum. O plasmódio, agente causador da malária, inva- que é o acúmulo de gordura acima de 20% da massa
de as hemácias, onde se reproduz assexuadamente. A corporal. A deficiência na produção de leptina ocorre
presença da hemoglobina anormal dificulta essa etapa quando o indivíduo é homozigoto recessivo (indivíduos
do ciclo de vida do plasmódio. Outras células que são homozigotos dominantes ou heterozigotos produzem
afetadas pelo plasmódio são os hepatócitos. O plasmó- quantidades suficientes de leptina) para o gene que
dio é transmitido pelo mosquito Anopheles sp. condiciona a produção deste hormônio.
Considere um casal formado por um homem que não Considere um casal, ambos com produção normal de
apresenta nenhum traço de anemia falciforme e por leptina (assim como os pais do rapaz e os pais da moça),
uma mulher que é acometida pela forma branda da porém o irmão do rapaz e a irmã mais nova da moça
doença. Ele deseja ter filhos, mas a esposa se recusa são obesos por deficiência de leptina. Qual a probabi-
a engravidar porque acredita que há chance de nascer lidade de, ao terem duas crianças, uma ser obesa por
uma criança afetada pela forma grave da doença. Com deficiência de leptina?
base nessas informações, responda: A mulher está
correta? Justifique sua resposta.
HEREDOGRAMAS E
32
BIOLOGIA 1B
GEMELARIDADE
Cândido Godói, uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, é conhecida pela
alta incidência de gêmeos, fato que a levou a ser chamada de “cidade dos gêmeos”.
Segundo o Instituto de Pesquisa de Genética Populacional da Universidade Federal • Heredogramas
do Rio Grande do Sul (UFRGS), cerca de 10% da população é formada por pares de • Gemelaridade
gêmeos. Na tentativa de compreender a ocorrência desse evento, foi comparado o
DNA de 42 mães de gêmeos com 101 mulheres que não tiveram gêmeos. O resultado HABILIDADES
indicou que as mães de gêmeos apresentam uma variação do gene p53, responsável • Montar e interpretar here-
pelo desenvolvimento dos embriões no útero, em uma frequência relativamente dogramas.
elevada. A variação rara apresenta uma citosina em determinado trecho do gene, • Relacionar heredogramas
enquanto a variação comum tem uma guanina no lugar. a doenças autossômicas e
De acordo com os pesquisadores, o alelo raro estava em 33% das mães de recessivas.
gêmeos e ocorre, em geral, apenas em mulheres. Entretanto, podem existir outros • Compreender a impor-
fatores que influenciam nesse evento, embora este já seja um bom indício. As pes- tância dos heredogramas
soas da região também acreditavam que poderia ser, literalmente, a água dos poços nos aconselhamentos
da cidade. Contudo, os pesquisadores concluíram que essa hipótese poderia ser genéticos.
descartada pelo fato de que mulheres mães de gêmeos e de não gêmeos bebiam • Diferenciar o processo de
da mesma. Segundo estudos de controle de qualidade, a água dos poços é bastante formação de gêmeos mono-
limpa, o que indica que não há possiblidades de ela ser a causadora do evento. zigóticos e dizigóticos.
Estudos populacionais como esse permitem que seja identificada a incidência de
diversos eventos genéticos. Neste módulo, será discutido como são interpretados
os heredogramas e sua importância para a Genética médica.
RICARDO DUARTE/AGÊNCIA RBS/FOLHAPRESS
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258 184 – Material do Professor
HEREDOGRAMAS
BIOLOGIA 1B
Mulher Mulher
Indivíduos afetados
Indivíduos afetados
Reprodução Reprodução
Heterozigotos para
Heterozigotos para
autossômico autossômico
recessivo recessivo
Pais e filhos: 1 Pais
menino;
e filhos: 1 menino;
1 menina (em ordem
1 menina
de (em ordem de
nascimento) nascimento) Portadora de Portadora de
recessivo ligado
recessivo ligado
ao sexo ao sexo
Morte Morte
Aborto ou Aborto ou
Dizigóticos Dizigóticos natimorto (sexonatimorto (sexo
(gêmeos não-idênticos)
(gêmeos não-idênticos) não-especificado)
não-especificado)
Propósito Propósito
Método de Método de
I I identificar identificar
Monozigóticos Monozigóticos 1 2 1pessoas em2 um pessoas em um
(gêmeos idênticos)
(gêmeos idênticos) heredograma: heredograma:
aqui o propósitoaqui o propósito
II II
é a criança 2 naé a criança 2 na
1 2 3 1 2 3
geração II, ou II-2
geração II, ou II-2
Sexo não-especificado
Sexo não-especificado Casamento Casamento
consanguíneo consanguíneo
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185 – Material do Professor 259
BIOLOGIA 1B
haver poucos afetados e de filhos afetados de genitores
I normais, embora primos. Como sabemos que os indiví-
1 2 3 4
duos IV-2 e IV-4 são afetados, automaticamente os genó-
II tipos deles serão aa. Por ser uma herança autossômica
recessiva, é possível inferir que os pais (indivíduos III-5
1 2 3 4 5 6 e III-6) sejam heterozigotos e que todos os indivíduos
afetados terão o genótipo homozigoto recessivo (aa).
III
1 2
EXERCÍCIO RESOLVIDO
UFSC – O heredograma abaixo mostra uma família na
Exemplo de heredograma, apresentando numeração romana para as
gerações e numeração arábica para os indivíduos em cada geração.
qual encontramos indivíduos não afetados (quadrados e
círculos brancos) e afetados por uma anomalia (quadra-
dos e círculos pretos).
A análise do heredograma permite determinar o
padrão de herança de determinada característica ou
doença, indicando se ela é, por exemplo, dominante I
1 2
ou recessiva. Além disso, é possível identificar os
genótipos de parte dos indivíduos envolvidos para,
assim, fazer inferências e calcular probabilidades de II
1 2 3 4
as próximas gerações herdarem determinado alelo res-
ponsável por uma característica específica. Quando um
III
membro da família manifesta um fenótipo dominante, 1 2 3 4 5 6 7 8
mas não há certeza a respeito de seu genótipo, então
IV
seus alelos serão indicados como, por exemplo, A_. 1
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260 186 – Material do Professor
HEREDOGRAMA DE HERANÇAS AUTOS- O casal em questão teve 4 filhos, sendo que o pri-
BIOLOGIA 1B
III
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
aa aa aa aa Aa aa Aa aa aa aa Aa aa Aa
1 2
presença
da doença
3 4 5 6
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187 – Material do Professor 261
BIOLOGIA 1B
ção neural que leva o indivíduo a convulsões e à morte.
É considerada incomum, pois costuma se manifestar gêmeos dizigóticos
tardiamente, após os 30 anos, em geral depois de o in- (fraternos)
divíduo ter tido filhos.
Disponíveis em: <https://www.abc.med.br/p/ortopedia-e-sau-
de/520932/polidactilia+definicao+tipos+causas+sinais+e+sintomas+d
iagnostico+e+tratamento.htm>; <https://www.orpha.net/consor/cgi-
-bin/OC_Exp.php?Lng5PT&Expert5750>; GRIFFITHS et al. Introdução
à Genética 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. p. 57. (Adaptado)
gêmeos monozigóticos
(idênticos)
GEMELARIDADE
Gêmeos são irmãos que nascem de uma mesma
gestação, podendo ser idênticos (monozigóticos) ou Os gêmeos idênticos destacados nos retângulos vermelhos são de
especial interesse para a Genética, pois se trata de uma situação
não (dizigóticos). Na espécie humana, os nascimentos inusitada: os gêmeos monozigóticos discordantes. Nesse caso, apesar
duplos são considerados raros, e, mais raros ainda, de partilharem o mesmo material genético, o par discorda em uma
os nascimentos triplos e quádruplos. A incidência de ou mais características, sendo geralmente associados à ocorrência de
mutações em um dos membros do par.
gestações gemelares é 1 para cada 80 gestações, e
1 para cada 7 400 gestações, no caso de trigêmeos.
GÊMEOS MONOZIGÓTICOS
© NATACHA SILBE/GETTY IMAGES
Monozigoto
idêntico
Espermatozoide
Ovócito
Trigêmeos recém-nascidos.
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262 188 – Material do Professor
LEITURA COMPLEMENTAR
BIOLOGIA 1B
Falando em gêmeos...
Comparações entre gêmeos monozigóticos e dizigóti-
cos podem ser usadas para estimar a importância de
fatores ambientais e genéticos ao produzir diferenças
nas características. Isso pode ser realizado por meio do
cálculo da concordância, isto é, se ambos os membros
de um par de gêmeos possuem uma característica, eles
são denominados concordantes. Entretanto, se somen-
te um dos membros de um par de gêmeos tiver uma
determinada característica, eles são denominados dis-
cordantes. A concordância é a porcentagem de pares
de gêmeos que são concordantes em uma determinada
característica. Esses cálculos são estimados pelo fato de
que gêmeos monozigóticos possuem 100% do material
genético igual, enquanto gêmeos dizigóticos possuem
em média 50% do material genético semelhante. Portan-
to, espera-se que as características genéticas tenham alta
concordância em gêmeos monozigóticos.
Contudo, ao longo do tempo, os gêmeos monozigóticos
podem se tornar pessoas não tão semelhantes assim,
devido a fatores ambientais que podem causar muta-
ções em seu material genético ou não. Existe uma área
da genética denominada epigenética, que se refere às
adaptações sofridas por organismos sem mutações em
seu DNA. Em outras palavras, está relacionada à for-
ma com que um gene pode ser expresso. Assim, fatores
ambientais, como alimentação, poluição, uso de dro-
gas, práticas de exercícios, entre outros, podem alterar
Gêmeos siameses. a expressão gênica por meio de metilações e acetilações
no DNA, tornando-o mais condensado ou não, e essas
“marcas” podem ser transmitidas para as próximas ge-
GÊMEOS DIZIGÓTICOS rações, promovendo novas características.
Também chamados bivitelinos ou fraternos, são ori-
Fonte: PIERCE, B. A. Genetics: a conceptual approach. W.H. Freeman:
ginados pela liberação de mais de um ovócito durante New York, 2002. p. 144. (Adaptado)
o ciclo menstrual, de maneira que cada um deles é
Gêmeos
dizigóticos
Material exclusivo para professores Gêmeos monozigóticos podem se tornar menos semelhantes entre
si em virtude da influência dos hábitos de seus pais e do ambiente,
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189 – Material do Professor 263
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 1B
HEREDOGRAMAS E GEMELARIDADE
Heredogramas Gemelaridade
Ovulação múltipla
É frequente em casamento
consanguíneos
Poliembrionia
Geneticamente diferentes
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 1B
2 I II III IV V
fato de sua irmã ser afetada, indicando que seus pais são heterozigotos.
Aa 3 Aa 5 /4 AA, 1/2 Aa e 1/4 aa. Por ser normal, das três possibilidades,
3 I II III
AA, Aa ou Aa, duas são heterozigotas.
4 I II III IV V
I a) 0
1 2 b) 1/4
homem normal
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191 – Material do Professor 265
6. Sistema Dom Bosco – Ao longo do tempo, gêmeos dos fatores ambientais que interagem com o genótipo, interferindo na ex-
BIOLOGIA 1B
podem sofrer alterações fenotípicas, deixando de serem
tão semelhantes entre si. Explique como isso é possível. pressão gênica. Essas interações, que promovem ligação ou desligamento
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. Fatec-SP
1 2 3 4
1 2
3 4 5 6 7 5 6 7 8 9
8 9
10 11 12 13
O heredograma apresentado mostra a distribuição de
certa característica hereditária em uma família compos-
ta por 9 indivíduos. Essa característica é determinada
por um único par de genes com dominância comple- 14
ta. Os símbolos escuros representam indivíduos que
apresentam a característica, e os claros, indivíduos que
não a possuem. Considerando que tal característica é condicionada
por apenas um par de alelos autossômicos, é correto
Com base na análise da figura, está correto afirmar afirmar que:
que são heterozigotos, obrigatoriamente, somente os
a) os indivíduos 2, 3 e 8 apresentam genótipo domi-
indivíduos: nante.
a) 1, 2, 4, 6, 7 e 8 b) os indivíduos 1, 4, 7, 12 e 13 apresentam genótipo
b) 1, 2, 3, 4, 6 e 7 recessivo.
c) 1, 2, 6, 7 e 8 c) nenhum dos indivíduos do heredograma apresenta
d) 3, 5 e 9 genótipo recessivo.
e) 3 e 9 d) nenhum dos indivíduos do heredograma apresenta
genótipo homozigoto dominante.
8. UEMG-MG – Dois gêmeos idênticos (monozigóticos), e) trat a-se de uma característica homozigot a
A e B, foram criados separados, por pessoas diferentes e dominante.
e em ambientes diferentes. Após vinte anos, apresen-
tavam as seguintes características, conforme o quadro: 10. Cefet-MG (adaptado) – O heredograma mostra a ocor-
rência da fibrose cística em uma determinada família.
Essa doença, de caráter autossômico, caracteriza-se
CARACTERÍSTICA GÊMEO GÊMEO por afecção pulmonar crônica, insuficiência pancreática
A B exócrina e aumento da concentração de cloreto no suor.
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11. Uece-CE (adaptado) – Observe o heredograma a seguir: De acordo com o heredograma, é correto afirmar que:
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BIOLOGIA 1B
Recentes investigações genéticas têm demonstrado que tidas aos descendentes.
gêmeos idênticos (possuidores do mesmo genoma) apre- e) mutações ocorrem no genoma, e essas alterações
sentam diferenças em seu comportamento e fisiologia. Por são selecionadas ou não no ambiente.
exemplo, eles podem diferir na susceptibilidade a doen-
ças degenerativas e infecciosas. O genótipo ou o genoma 17. Uerj (adaptado) – Analisando a genealogia das famílias
de gêmeos idênticos não é o mesmo? Os genes não são Alfa e Beta, observa-se que na família Alfa apenas a
responsáveis por tudo. Uma nova área, a epigenética, está mãe tem cabelos azuis, enquanto na família Beta, todos
sendo desenvolvida para explicar estas diferenças, já que o tem cabelos dessa cor.
genoma não possui somente a informação das sequências
das quatro bases A, C, G e T na cadeia do DNA. Os me-
canismos epigenéticos envolvem modificações químicas
Pai Mãe Pai Mãe
do próprio DNA, ou modificações das proteínas que estão
associadas a ele, como, por exemplo, a ligação de um gru-
po metil (2CH3) à base citosina do DNA. Cada uma dessas
modificações age como sinal de regulação e modificação na
expressão gênica. O estilo de vida e exposição ambiental ge- menino menina menina menino menina
ralmente são diferentes entre as pessoas por mais próximas 1 2
que sejam. Isso causa modificações, não na sequência de
DNA, necessariamente, mas nesses “apêndices” ao DNA. E, Admita que a característica cabelo azul siga os prin-
mais importante ainda, essas modificações epigenéticas po- cípios descritos por Mendel para transmissão dos
dem ser transmitidas aos descendentes. É possível que uma genes. Com base nas genealogias apresentadas, cite
pessoa que tenha levado uma vida sedentária e seja obesa qual é o tipo de herança da característica cabelo azul
desenvolva modificações em seu DNA que serão herdadas e calcule a probabilidade de a menina 1 da família Alfa
por seus filhos, que, por sua vez, podem ter maior suscepti- ter um filho com cabelos azuis se ela se casar com o
bilidade a certas doenças por causa disso. menino da família Beta. Explique como você chegou
a essas conclusões.
Fonte: GARCIA, Eloi S. Epigenética: Além da sequência
do DNA. Jornal da Ciência, e-mail 2832, 12 ago. 2005.
Disponível em: <http://jornaldaciencia.org.br>.
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B. Cada segmento de DNA capaz de transcrever sua MEDLINE na tentativa de identificar genes que es-
BIOLOGIA 1B
EXERCÍCIOS INTERDISCIPLINARES
21. UFMG-MG – Analise este heredograma de uma família risco mil vezes maior de desenvolver tumores de pele
que apresenta xeroderma pigmentoso, uma doença que uma pessoa normal. Considerando as informações
genética rara: contidas nesse heredograma e outros conhecimentos
sobre o assunto:
Legenda: a) Cite o provável padrão de herança do xeroderma
Afetados pigmentoso.
Normais
b) Calcule a probabilidade de o indivíduo V1 ter xero-
derma pigmentoso.
c) Um amigo da família fez o seguinte comentário:
“Nessa família, nasce tanta criança doente! Também,
é um tal de primo casar com prima...”. Consideran-
do esse comentário, responda: Do ponto de visto
Os indivíduos com essa doença se caracterizam por biológico, tal afirmativa tem fundamento? Justifique
extrema sensibilidade à luz solar e, também, por um sua resposta.
BIOLOGIA 2A
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258 196 – Material do Professor
BRIÓFITAS: PLANTAS
BIOLOGIA 2A
AVASCULARES
• Compreender o papel da
evolução na produção
de padrões e processos
biológicos e na organização
taxonômica das briófitas.
• Associar características
adaptativas dos organismos
com seu modo de vida ou
seus limites de distribuição
em diferentes ambientes.
PLANTAS TERRESTRES
Os primeiros representantes das plantas terrestres começaram a ocupar o am-
biente terrestre há cerca de 470 milhões de anos. Atualmente as plantas terrestres
compreendem cerca de 290 000 espécies e podem ser encontradas nos mais di-
versos ambientes do planeta, desde desertos até regiões polares.
Esses organismos também são chamados de embriófitas, por apresentarem um
embrião maciço (sem cavidade interna) quando fecundados. Uma forma de distinguir
os diferentes grupos de plantas é pela ausência ou presença de um sistema vascular,
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197 – Material do Professor 259
CHINAFACE/ISTOCKPHOTO
BIOLOGIA 2A
Musgos cobrindo rochas
em ambiente úmido.
Material
BRIÓFITAS exclusivo para professores
Os fósseis de esporos de briófitas mais antigos encontrados têm entre 470 e 450
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CARACTERÍSTICAS
As briófitas são plantas de pequeno porte, a maioria com poucos centímetros,
que normalmente habitam locais úmidos e com sombra. Algumas ocupam outros
hábitats, como desertos relativamente secos, ou suportam longos períodos frios no
continente antártico. Poucas briófitas são aquáticas de água doce. Não se conhecem,
no entanto, espécies marinhas.
DOUGALL_PHOTOGRAPHY/IS-
TOCKPHOTO
AGNES KANTARUK/SHUTTERSTOCK
Musgos encontrados em áreas urbanizadas. À esquerda, podem ser observados entre os paralelepípedos em uma
rua; à direita, sobre o telhado de uma residência.
cápsula
seta
esporófito maduro
gametófitos
femininos
gametófitos
filoide
masculinos
rizoide
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199 – Material do Professor 261
BIOLOGIA 2A
Atualmente o termo briófita se refere a três grupos
(filos) distintos de plantas avasculares. de outras plantas.
FILO BRYOPHYTA
WAYRA/ISTOCKPHOTO
Este é o grupo mais diversificado entre as briófi-
tas. Os gametófitos, além dos rizoides, geralmente
apresentam um eixo principal (cauloide), do qual saem
os filoides. Destacam-se os gêneros Polytrichum (en-
contrado mais em barrancos de regiões tropicais) e
Sphagnum (que cresce em regiões temperadas e frias,
formando a vegetação conhecida por turfa, de grande
importância econômica).
GRIGORII_PISOTCKII/ISTOCKPHOTO
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HEKAKOSKINEN/ISTOCKPHOTO
BIOLOGIA 2A
anterídio
anterozoides
arquegônio
ANTÓCEROS
Grupo de briófitas com menor número de espécies,
cerca de 100. A estrutura de seu gametófito é simples oosfera
e alongada. De uma lâmina saem eixos (esporófitos),
onde são produzidos os esporos.
Os esporófitos em forma de chifre são a principal
característica que os diferencia das demais briófitas. Ilustração com as estruturas reprodutoras masculinas e femininas das
briófitas (gametângios e gametas). Elementos representados fora da
O esporófito dos antóceros não tem seta, consistindo
escala de tamanho. Cores fantasia.
apenas do esporângio (que produz os esporos).
BRIÓFITAS
No caso das briófitas, há dois tipos de geração:
• Geração gametofítica ou gametófito (n): mais
desenvolvida, representa a planta adulta propria-
mente dita. Nela ocorre a reprodução sexuada,
por meio da produção de gametas masculino
(anterozoide) e feminino (oosfera). As plantas
Ilustração do antócero da espécie Anthoceros laevis. Pode-se notar apresentam rizoides, cauloides e filoides. Nos
o esporófito em forma de chifre sobre o gametófito. Elementos gametófitos mais simples, não existe diferença
representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia. entre o filoide e o cauloide, sendo normalmente
prostrados e denominados talosos. Os gametófi-
tos com estruturas bem diferenciadas são geral-
REPRODUÇÃO E CICLO DE mente eretos e denominados folhosos. Todas as
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201 – Material do Professor 263
grande número de anterozoides. Os anterozoides das No interior da cápsula existem vários esporângios,
briófitas têm dois flagelos, o que possibilita a essas dentro dos quais as células-mães dos esporos ou
BIOLOGIA 2A
células “nadarem” até o gameta feminino. esporócitos sofrem meiose e originam esporos ha-
Na parte superior do gametófito feminino, encon- ploides. Por meio da abertura na cápsula (opérculo),
tram-se os arquegônios, que produzem as oosferas. que ocorre naturalmente, os esporos são liberados e
Cada arquegônio produz uma única oosfera, que é uma transportados pelo vento. Se encontrarem condições
célula imóvel. Gametângios (anterídio e arquegônio) favoráveis, os esporos germinam por meio de mitoses
e gametas (anterozoides e oosfera) são haploides e sucessivas e originam o gametófito ou protonema
formam-se por mitose. (filamento multicelular clorofilado e haploide) que se
As briófitas são dependentes da água para a fe- desenvolve em um gametófito adulto, recomeçando
cundação. Os anterozoides são transportados até os o ciclo da planta.
arquegônios pela água da chuva. Quando os anterozoi-
des chegam ao arquegônio, “nadam” ativamente em REPRODUÇÃO ASSEXUADA
direção à oosfera, por ação dos flagelos. No interior do Muitas briófitas se reproduzem assexuadamente
arquegônio, apenas um anterozoide fecunda a oosfe- por fragmentação. Nesse processo, pedaços de um
ra e origina, assim, o ovo ou zigoto (2n). Este desen- indivíduo ou de uma colônia dão origem a novos game-
volve-se por meio de mitoses sucessivas, de modo a tófitos. Em espécies do gênero Marchantia (hepáticas),
formar o embrião (2n), que é nutrido pelo gametófito ocorre a reprodução assexuada por meio da formação
feminino, cujo desenvolvimento resulta no esporófito de estruturas especializadas, os propágulos, que se for-
diploide. Fixo pela base, o esporófito cresce no ápice mam no interior de conceptáculos, estruturas em forma
do gametófito feminino. O esporófito maduro é for- de taça (veja na figura a seguir). Nos conceptáculos
mado por três partes: o pé, inserido no arquegônio formam-se as gemas, que são os corpos reprodutivos
(gametófito feminino); a haste (ou seta), que emerge (propágulos). Quando chove, gotas de água carregam
da caliptra; e a cápsula (ou esporângio), localizada na as gemas para o solo, as quais se desenvolvem e ori-
extremidade da haste. ginam novos gametófitos.
1 Os esporos se
desenvolvem 3 O anterozoide deve
Anterozoide nadar por uma película
em protonemas
de umidade para
Legenda filiformes
Gema alcançar a oosfera
Anterídio
Haploide (n)
Gametófito
Diploide (2n) masculino (n)
Protonema (n)
Oosfera
Esporos
Gametóforo
Dispersão de Arquegônio
esporos 7 Ocorre meiose, e esporos
haploides se desenvolvem na Gametófito
Peristômio cápsula. Quando a cápsula está feminino (n)
madura, seu opérculo se abre explosi-
vamente, e os esporos são liberados
Arquegônio
Ciclo reprodutivo típico das briófitas. Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
Fonte: REECE et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2005. p. 619. (Adaptado)
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264 202 – Material do Professor
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 2A
Briófitas Pteridófitas
Classificação Reprodução
Características
e ciclo de vida
Hepáticas Reprodução
Filo Hepatophyta
dependente da
água
Filo Anthocerophyta
Hábitat: Antóceros
sombra
Oosfera (n)
Anterídio (n)
Corpo:
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 2A
1. UFJF-MG – Ao caminhar pela sua cidade, um estudante do ensino médio observou
as seguintes plantas:
I. Musgo
II. Samambaia
III. Pinheiro
IV. Goiabeira
V. Ipê-amarelo
Após analisá-las, fez as afirmações abaixo. Assinale a opção com a alternativa correta:
a) Apenas uma dessas plantas não apresenta raiz, caule e folhas diferenciadas.
b) Apenas duas dessas plantas não apresentam tecidos condutores de seiva.
c) Apenas duas dessas plantas apresentam sementes.
d) Apenas duas dessas plantas apresentam processos de polinização.
e) Apenas uma dessas plantas apresenta fruto.
Os musgos pertencem ao grupo das briófitas, plantas que não têm raiz, caule e folhas verdadeiros, mas
sim rizoides, cauloide e filoide. Além disso, não apresentam tecidos condutores diferenciados (xilema e
floema). Entre as plantas terrestres, apenas as briófitas não têm raízes, caules e folhas diferenciados.
Gimnospermas e angiospermas apresentam sementes e processos de polinização (como o pinheiro, a
goiabeira e o ipê-amarelo). As angiospermas têm frutos, como a goiabeira e o ipê-amarelo.
2. Udesc (adaptada) – A característica comum às plantas hepáticas, antóceros e mus-
gos é que
a) são plantas com sementes.
b) são plantas vasculares.
c) produzem flores.
d) possuem gametas masculinos flagelados.
e) possuem ovário.
As briófitas e as pteridófitas (samambaias e avencas) têm gametas masculinos flagelados, denominados
anterozoides. Esses gametas necessitam de água para se locomover até o gameta feminino (oosfera) e
fecundá-lo.
Embriófitas é um termo usado para caracterizar as plantas terrestres (briófitas, pteridófitas, gimnospermas e
angiospermas) e significa que nelas há um embrião multicelular e maciço (sem cavidade interna).
A alternância de gerações ocorre em todas as plantas terrestres (briófitas, pteridófitas, gimnospermas e an-
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5. PUC-RJ (adaptada) – Nas plantas, qual das seguintes unidades reprodutivas é pro-
BIOLOGIA 2A
Germinação
Protalo
gametófito
Esporo (n)
(n)
Meiose
Esporângio
(2n)
Oosfera
(n) Anterídio
(n)
Fecundação
Esporófito (2n) Zigoto (2n)
Com base na figura, quais as principais diferenças do ciclo de vida das pteridófitas
em relação ao das briófitas?
Nas briófitas, a planta adulta é o gametófito (n), autótrofo e fotossintetizante, enquanto nas pteridófitas, a
planta adulta é o esporófito (2n). Nos musgos, representantes típicos do ciclo de vida das briófitas, o esporó-
fito se desenvolve sobre o gametófito feminino, e os esporângios no interior da cápsula originam os esporos
por meiose. Nas samambaias, os esporângios estão agrupados no interior de estruturas chamadas soros, na
face inferior das folhas. Já o gametófito das pteridófitas é chamado de protalo, e o gametófito das briófitas é
chamado protonema.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. UFJF-MG (adaptada) – O gênero Sphagnum possui espécies que são comumente
chamadas musgos de turfeira e possuem grande importância ecológica por formarem
a turfa, que cobre 1% da superfície terrestre do planeta. Na Primeira Guerra Mundial
foram muito utilizados na limpeza de ferimentos, por absorverem até 20 vezes seu
peso em água e pela presença de metabólitos bactericidas em sua constituição. Sobre
musgos de turfeira, marque a alternativa correta:
a) Os musgos podem ocorrer em diferentes hábitats, incluindo o ambiente marinho
e terrestre.
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205 – Material do Professor 267
8. UCS-RS – Várias hipóteses foram desenvolvidas para 11. Uece (adaptada) – Assinale a opção que contém a
BIOLOGIA 2A
explicar a evolução das plantas. O critério que corrobora a sequência correta correspondente ao ciclo de vida das
hipótese evolutiva, a mais aceita atualmente, utiliza a de- briófitas.
pendência da água para que possa ocorrer o processo de a) Produção de gametas – fecundação – esporófito –
fecundação. Sobre esse processo, é correto afirmar que produção de esporos – prótalo.
a) as plantas que não dependem da água para se repro- b) Produção de esporos – gametófito – produção de
duzirem são briófitas, gimnospermas e espermatófitas. gametas – fecundação – protonema.
b) as briófitas e pteridófitas necessitam da água, pois c) Produção de esporos – prótalo – produção de game-
produzem anterozoides que necessitam “nadar” até tas – fecundação – esporófito.
a oosfera. d) Produção de esporos – esporófito – produção de
c) as plantas avasculares não precisam da água para gametas – fecundação – prótalo.
a reprodução, possuem tecidos diferenciados que e) Produção de gametas – fecundação – esporófito –
possibilitam dominar o ambiente terrestre. produção de esporos – protonema.
d) as gimnospermas são consideradas plantas mais pri-
mitivas do que as pteridófitas, pois possuem semen- 12. Sistema Dom Bosco – Em relação às briófitas, assinale
tes nuas, necessitando da água para a reprodução. a opção que contém a alternativa incorreta.
e) todas as plantas necessitam da água para a reprodu- a) Não possuem tecidos especializados de condução
ção, inclusive as fanerógamas, assim, esse critério de seiva.
não deveria ser utilizado. b) A maioria das briófitas é monoica.
9. UFRGS (adaptada) – Assinale com V (verdadeiro) ou F c) O gametófito das briófitas é chamado de protonema.
(falso) as afirmações abaixo, em relação aos organismos d) Briófitas é um termo informal, não possuindo valor para
que pertencem ao reino Plantae. a classificação taxonômica das plantas avasculares.
I. ( ) O gametófito das briófitas, chamado de protonema, 13. Sistema Dom Bosco – Assinale com V (verdadeiro)
é uma fase do ciclo de vida que não realiza fotossíntese. ou F (falso) as afirmações abaixo, sobre o ciclo de vida
II. ( ) As briófitas possuem o esporófito, fase haploide, das plantas terrestres:
reduzido. I. ( ) Muitas briófitas reproduzem-se sexuadamente
III. ( ) Os embriões multicelulares não possuem cavi- por fragmentação.
dades internas. II. ( ) Nas plantas a reprodução assexuada ocorre na
IV. ( ) Os gametângios femininos e masculinos de brió- geração esporofítica, por mitose.
fitas e pteridófitas são chamados, respectivamente, III. ( ) Nas plantas a reprodução sexuada ocorre na fase
de arquegônio e anterozoide. do gametófito, por meiose.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, A sequência correta de preenchimento dos parênteses,
de cima para baixo, é: de cima para baixo, é:
a) F – F – V– F d) F – F – V – V a) F – V – V d) F – F – V
b) F – V – F– V e) V – F – V – F b) V – F – F e) F – F – F
c) V – F – F– F c) F – V – F
10. Sistema Dom Bosco – As plantas terrestres reprodu- 14. Mackenzie-SP (adaptada) – Briófitas e pteridófitas
zem-se por metagênese, possuindo seus ciclos de vida são denominadas plantas criptogâmicas, o que significa
caracterizados por duas fases. que são plantas que não têm estruturas reprodutivas
a) Qual organismo ou indivíduo do ciclo de vida das desenvolvidas.
briófitas depende de outro para sua nutrição, e qual A respeito desses dois grupos de vegetais, são feitas
é a ploidia de cada um? as seguintes afirmações.
I. Nas pteridófitas o esporófito é sempre diploide, e
nas briófitas o gametófito é sempre haploide.
II. Nas briófitas o gametófito é mais desenvolvido do
que o esporófito, e nas pteridófitas é o inverso.
III. Nas bteridófitas há tecidos condutores especializa-
dos, enquanto nas briófitas eles não existem.
IV. Nas briófitas a meiose é espórica, enquanto nas
pteridófitas ela é gamética.
b) Nas briófitas, em que órgão ou estrutura são produzidos
Corrija as afirmativas que contêm erros, tornando-as
os anterozoides, a oosfera e os esporos? Qual tipo de
divisão celular origina cada uma dessas células? verdadeiras.
15. Fuvest-SP – Frequentemente, os fungos são estudados IV. Nas briófitas a planta adulta é diploide.
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207 – Material do Professor 269
PTERIDÓFITAS: PLANTAS
BIOLOGIA 2A
VASCULARES
Assim como nas briófitas, os gametas masculinos flagelados das pteridófitas ne- • Associar características
adaptativas dos organismos
cessitam de água para alcançar a oosfera e fecundá-la, fato que torna as pteridófitas
com seu modo de vida ou
comuns em ambientes úmidos e sombreados.
seus limites de distribuição
em diferentes ambientes.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS
PTERIDÓFITAS
Há cerca de 300 milhões de
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270 208 – Material do Professor
As pteridófitas são abundantes em regiões tro- • sistema de preenchimento: formado por célu-
BIOLOGIA 2A
picais, mas também são encontradas em regiões las ricas em cloroplastos nas folhas e por tecidos
temperadas. Há espécies, inclusive, em ambientes que ocupam os espaços internos do corpo da
secos e semidesérticos. Atualmente são conhecidas planta denominados de parênquimas (que apre-
pouco mais de 13 000 espécies de pteridófitas, o que sentam funções como armazenamento de amido
compreende cerca de 5% das plantas terrestres do em raízes e caules).
planeta. O termo pteridófita é usado para se referir As pteridófitas são plantas vasculares que não for-
a representantes de dois grupos: pterófitas (samam- mam sementes, flores ou frutos. Assim como as brió-
baias, avencas, cavalinhas) e licófitas (licopódios e fitas, são plantas criptógamas com estruturas repro-
selaginelas). dutoras pouco evidentes. Além disso, as pteridófitas
dependem de água para se reproduzir em virtude da
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209 – Material do Professor 271
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BIOLOGIA 2A
À esquerda, báculo de samambaia em estágio inicial de desenvolvimento. À direita, báculos de samambaia em
estágios finais do desenvolvimento.
RATTIYA THONGDUMHYU/SHUTTERSTOCK
Foto da face inferior da folha de samambaia, mostrando os soros, pontos escuros dispostos em fileiras. No
detalhe, um conjunto de esporângios contidos em cada soro.
FILO PTEROPHYTA
As pterófitas compreendem cerca de 12 000 espécies. A maior diversidade
do grupo é encontrada em ambientes tropicais. As samambaias estão entre as
Material exclusivo para professores pteridófitas mais conhecidas. Apresentam folhas largas chamadas de frondes,
divididas em pinas. A fronde cresce conforme o báculo se desenrola. A grande
maioria das espécies são isosporadas, ou seja, contêm um tipo de esporângio que
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272 210 – Material do Professor
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Dicksonia antarctica, planta que produz fibras de onde se extrai o xaxim.
DE VIDA
O ciclo reprodutivo das pteridófitas tem nítida meta-
gênese, sendo o esporófito (2n) o vegetal duradouro,
ou seja, corresponde à planta adulta propriamente dita.
No interior dos esporângios, os esporócitos sofrem
meiose e geram os esporos (n). A germinação dos es-
poros forma os gametófitos. As estruturas reprodutoras
das pteridófitas (gametângios) são pouco evidentes. O
anterídio, que é o gametângio masculino, produz os
Psilotum nudum, espécie de pteridófita.
anterozoides por mitose. No interior do arquegônio
(gametângio feminino), a oosfera é produzida também
FILO LYCOPHYTA por mitose.
O grupo das licófitas compreende cerca de 1 200 Assim como nas briófitas, a fecundação depende
espécies. Muitas licófitas vivem em ambientes tropicais, de água, pois os gametas masculinos são flagelados.
com um hábito de vida epífito, pois crescem sobre o tron- O produto da fecundação é um zigoto (2n), que sofre
co de árvores, utilizando-os como suporte. Também há mitose e origina um embrião (2n), o qual se desen-
exemplares que habitam florestas temperadas. Espécies volve em esporófito jovem, completando o ciclo. O
do gênero Selaginella são geralmente pequenas e cres- gametófito haploide (fase menos desenvolvida) geral-
cem paralelas ao solo. As espécies de Isoetes vivem em mente degenera em pouco tempo.
áreas pantanosas ou como plantas aquáticas submersas.
REPRODUÇÃO ASSEXUADA
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211 – Material do Professor 273
(que gera o gametófito masculino). Em virtude disso, essas plantas são chamadas de
pteridófitas heterosporadas.
BIOLOGIA 2A
CICLO REPRODUTIVO DAS PTERIDÓFITAS ISOSPORADAS
Os esporângios (de forma arredondada) de cada soro são geralmente recobertos
por uma estrutura protetora, o indúsio.
No interior dos esporângios, estão as células-mães de esporos (esporócitos), que
sofrem meiose e originam esporos. Por sua vez, os esporos (n) são liberados em con-
dições de clima mais seco. Quando o esporângio está maduro e a umidade relativa
do ar cai, ele se abre e libera os esporos de modo explosivo. Quando estes caem
em local úmido e com sombra, começa a germinação, o que forma os gametófitos.
O gametófito ou protalo (n) é uma planta verde avascular. Tem formato de lâmina, e
seu aspecto assemelha-se a um coração (cordiforme), com cerca de 1 centímetro. Em
sua face inferior, rizoides fixam e absorvem água e sais minerais. Nas espécies homos-
poradas (como samambaias e avencas), o gametófito é geralmente monoico (ou bisse-
xuado), ou seja, forma gametângios masculinos (anterídios) e femininos (arquegônio).
A fecundação da oosfera pelo anterozoide forma o zigoto, o qual se divide por mitoses
sucessivas e origina o embrião. Este, no início de seu desenvolvimento, é nutrido por
substâncias fornecidas pelo gametófito. No entanto, assim que as células do embrião
se diferenciam em raiz, caule e folha, a planta jovem passa a realizar fotossíntese e
torna-se independente do gametófito para sua nutrição. Na maturidade, o esporófito
origina folhas férteis, nas quais são produzidos os esporos, completando o ciclo. Já
o gametófito, após suas reservas de nutrientes se esgotarem, degenera-se e morre.
Legenda
Esporo Anterídio
Haploide (n)
(n) Gametófito
Diploide (2n) Dispersão
Meiose jovem
de esporos
Rizoide
Esporângio
Anterozoide
Face interior
do gametófito
maduro (n) Arquegônio
Esporófito Oosfera
Esporângio
maduro (2n) Zigoto (2n)
Esporófito jovem
Fertilização
Soro
Gametófito
Báculo
Ciclo reprodutivo típico das samambaias. Representação fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
Fonte: REECE et al. Biologia de Campbell. 10 ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 624.
PTERIDÓFITAS HETEROSPORADAS
Nessas plantas (Selaginella e Isoetes), o megásporo ou macrósporo (produzido
no megasporângio) se transforma no gametófito feminino. Já o micrósporo (pro-
duzido no microsporângio) se transforma no gametófito masculino.
Com base nas pteridófitas heterosporadas, ocorreu uma novidade evolutiva no
processo de reprodução das plantas. Elas passaram a originar gametófitos unisse-
xuados. Na heterosporia ocorre o desenvolvimento do gametófito dentro do esporo,
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274 212 – Material do Professor
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 2A
PLANTAS TERRESTRES
(EMBRIÓFITAS)
Criptógamas
Briófitas
Pteridófitas
Reprodução e
Características Classificação
ciclo de vida
Arquegônio (n)
Gametângios
Regiões tropicais, temperadas Anterídio (n)
e secas
Oosfera (n)
Gametas
Anterozoide (n)
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 2A
1. Sistema Dom Bosco – A alternativa que contém ape- que conduzem a seiva elaborada (rica em glicose e outros compostos
nas plantas pteridófitas é:
a) Avencas, cicas e licopódios. orgânicos) nas plantas vasculares.
b) Samambaias, cavalinhas e hepáticas.
c) Antóceros, hepáticas e licopódios.
d) Avencas, samambaias e antóceros.
e) Licopódios, selaginelas e avencas. 4. FMP-SC – O projeto Flora do Brasil 2020 tem como
Samambaias, cavalinhas e avencas são pteridófitas do filo Ptero- objetivo fazer a divulgação de descrições, chaves de
phyta. Licopódios e selaginelas são pteridófitas do filo Licophyta. identificação e ilustrações para todas as espécies de
Musgos, hepáticas e antóceros são briófitas. Cicas são gimnosper- plantas, algas e fungos conhecidos no país.
mas do filo Cycadophyta.
A tabela abaixo mostra a distribuição das 46 104 espé-
2. Udesc – A característica comum às plantas samambaia, cies nativas reconhecidas até o momento.
avenca, pinheiro e feijão é que
a) são plantas com sementes.
b) são plantas vasculares. Algas 4 747
c) produzem flores e frutos. Angiospermas 32 813
d) produzem pólen. Briófitas 1 526
e) possuem ovário.
Pteridófitas (samambaias e avencas), gimnospermas (pinheiro) Fungos 5 711
e angiospermas (feijão) são plantas que apresentam vasos con-
dutores. Gimnospermas 30
3. Unifimes-GO (adaptada) – O cladograma mostra de Samambaias e Licófitas 1 277
forma simplificada a relação evolutiva entre os principais
grupos de plantas. Fonte: Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do
Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>.
Briófitas Pteridófitas Gimnospermas Angiospermas Acesso em: 23 jun. 2016.
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276 214 – Material do Professor
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. Sistema Dom Bosco – Assinale a alternativa que con- b) Nas pteridófitas, em que órgão ou estrutura são pro-
tém uma característica ou estrutura que não é encon- duzidos os anterozoides, a oosfera e os esporos? Qual
trada entre as pteridófitas. tipo de divisão celular origina cada uma dessas células?
a) Micrósporos e megásporos.
b) Frondes e báculo.
c) Soros e indúsio.
d) Estróbilos e esporófilos.
e) Raízes adventícias e rizoides.
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215 – Material do Professor 277
BIOLOGIA 2A
08) As fanerógamas são divididas em gimnospermas e angiospermas.
16) Por apresentarem vasos condutores de seiva, as pteridófitas e todas as faneróga-
mas são chamadas de plantas traqueófitas.
16. UEFS-BA
Germinação
Oosfera Anterídio
(n) (n)
Arquegônio Anterozoides
(n) (n)
Esporófito Gametófito
(2n) (n)
Fecundação
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278 216 – Material do Professor
17. Fuvest-SP (adaptada) – O esquema representa um ciclo Qual o nome dos processos biológicos que correspon-
BIOLOGIA 2A
II
V
esporos
III
fecundação
e nutrientes, sendo denominadas plantas vasculares ou fase B
traqueófitas. Qual alternativa reúne características ou gameta masculino
IV organismo III
estruturas encontradas nas pteridófitas? multicelular
GIMNOSPERMAS: PLANTAS
BIOLOGIA 2A
COM SEMENTES
As gimnospermas formam um grupo com cerca de mil espécies. Entre elas, es-
tão as coníferas, os pinheiros, as araucárias, as sequoias e os abetos. Os pinheiros
do gênero Pinus, com aproximadamente cem espécies existentes, são as gimnos- • Espermatófitas
permas mais conhecidas e ocupam largas faixas de terra em zonas temperadas. • Gimnospermas e evolução
Formam extensas florestas na América do Norte, Europa e Ásia e são um dos mais das sementes e grãos de
importantes recursos naturais nessas áreas. pólen
As araucárias do gênero Araucaria, com cerca de 20 espécies existentes, ocorrem • Reprodução e ciclo de vida
somente no Hemisfério Sul. A espécie presente no Brasil, conhecida como pinheiro- das gimnospermas
-do-paraná (Araucaria angustifolia), originalmente ocupava cerca de 200 000 km2
nos estados do Sul e do Sudeste. Na atualidade é encontrada principalmente nos HABILIDADES
planaltos (serras do Mar, da Mantiqueira e da Bocaina), regiões em que predomina • Identificar as estruturas
o clima subtropical, além de áreas no Paraguai e em Misiones (Argentina). vegetativas das plantas
espermatófitas relativas à
PAULOVILELA/ISTOCKPHOTO.COM
sobrevivência e à adapta-
ção aos ecossistemas.
• Conhecer a reprodução e o
ciclo de vida das gimnos-
permas, com ênfase nas
fases sexuada e assexuada.
• Compreender o papel da
evolução na produção de
padrões e processos bio-
lógicos ou na organização
taxonômica das gimnos-
permas.
Araucaria angustifolia (pinheiro-do-paraná), espécie que originalmente cobria vastas áreas no Sul do Brasil.
• Associar características
A Floresta Ombófila Mista (FOM ou Floresta com Araucárias) caracteriza-se pela adaptativas dos organismos
presença predominante do pinheiro-do-paraná, sendo uma das fitofisionomias que com- a seu modo de vida ou a
põem o bioma Mata Atlântica. A espécie foi bastante explorada no Brasil no século XX, seus limites de distribuição
em diferentes ambientes.
e seu corte só foi proibido quando restavam entre 2% e 3% da cobertura original
dessa floresta. Hoje esse é o ecossistema mais devastado do país. Desde 2006, o
pinheiro-do-paraná é considerado uma espécie criticamente ameaçada de extinção
pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
ESPERMATÓFITAS
As plantas vasculares (traqueófitas) são um grande grupo evolutivo que compreen-
de 93% de todas as espécies vegetais existentes. As traqueófitas incluem três
grupos de plantas: pteridófitas, gimnospermas e angiospermas, como já estudamos.
Gimnospermas e angiospermas fazem parte do grupo das espermatófitas, que com-
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280 218 – Material do Professor
ANAHILEL/ISTOCKPHOTO.COM
EVOLUÇÃO DAS SEMENTES aos diferentes meios, as quais possibilitam ao pólen chegar a seu local de
destino, aderindo-se a penas de pássaros, pelos de mamíferos ou pernas de
insetos. Elementos representados fora de escala de tamanho. Cores fantasia.
E DOS GRÃOS DE PÓLEN Plantas com sementes (gimnospermas e angiosper-
A palavra gimnosperma vem do grego (gymnos mas) são heterósporas. Espécies heterosporadas têm
= nu + sperma = semente). A origem do nome está dois tipos de esporângio, sendo que cada um produz
relacionada à presença de sementes desprotegidas de um tipo de esporo:
frutos, ou seja, sementes nuas. • megasporângios, que produzem megásporos e
As gimnospermas estão entre as primeiras plan- originam os gametófitos femininos;
tas a apresentar sementes ao longo da evolução das • microsporângios, que produzem micrósporos
plantas terrestres. Os fósseis mais antigos das gim- (comparativamente menores que os megásporos)
nospermas datam de cerca de 305 milhões de anos. e originam os gametófitos masculinos.
THE NATURAL HISTORY MUSEUM/ALAMY STOCK PHOTO
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219 – Material do Professor 281
BIOLOGIA 2A
As gimnospermas atuais reúnem quatro filos de
central do qual saem espessas placas escuras. plantas com sementes nuas:
• coníferas (filo Conipherophyta);
ARKA38/SHUTTERSTOCK
• cicadófitas (filo Cycadophyta);
• gnetófitas (filo Gnetophyta);
• gincófitas (filo Ginkgophyta).
Analise as diferenças entre esses quatro filos no
quadro a seguir.
REPRODUÇÃO
GRUPO FORMATO REGIÕES DE
E ESTRUTURAS REPRESENTANTES
(FILO) DAS FOLHAS OCORRÊNCIA
REPRODUTIVAS
Pinheiros, araucárias, abetos e sequoias
FOCQUS/SHUTTERSTOCK
Norte dos Estados
Coníferas Acículas Estróbilos (cones) Unidos, Europa e Ásia
e Região Sul do Brasil
Floresta de sequoias.
Cycas revoluta
PETER ETCHELLS/SHUTTERSTOCK
Cycas revolute.
Gnetum, Ephedra e Welwitschia
WANDEL GUIDES/
SHUTTERSTOCK
Folhas em formato
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282 220 – Material do Professor
GIMNOSPERMAS
A produção de esporos acontece no interior dos estróbilos. Os masculinos (os
microstróbilos) são menores que os femininos (os megastróbilos). Nos microstró-
bilos (microsporângios), são formados os micrósporos, que originam os grãos de
pólen. Nos megastróbilos (megasporângios), são produzidos os megásporos, que
originam os óvulos. Nas espermatófitas, os esporos não são liberados do corpo do
esporófito, ficam retidos no interior dos esporângios.
GAMETÓFITO MASCULINO
No interior dos microstróbilos, existem diversos microsporângios, os quais abrigam
as células-mãe (2n) dos micrósporos. Essas células dão origem aos micrósporos por
meiose. Um micrósporo se desenvolve e se transforma em um grão de pólen (n),
que é uma estrutura protegida pela parede do esporo e que contém uma tétrade de
micrósporos (n). Destas merecem destaque a célula vegetativa (ou célula do tubo)
e a célula generativa.
O grão de pólen é a estrutura que contém o gametófito masculino imaturo. A
célula do tubo gera o tubo polínico durante a fecundação. A célula generativa forma,
por mitose, dois gametas, os quais constituem o núcleo gamético (ou espermático),
dos quais somente um fecunda a oosfera.
célula
células espermatogênica núcleo do tubo
protalares
célula do tubo polínico
célula estéril
tétrade de célula
micrósporos geradora grão
grão de
(n) de pólen
bolsa de ar pólen em
(estruturas alares) germinação
Ilustração baseada no grão de pólen de um pinheiro. Em detalhes, são mostrados os componentes do grão de pólen
imaturo até a formação do tubo polínico. Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
GAMETÓFITO FEMININO
No interior do óvulo (megasporângio), há uma célula diploide, denominada célula-
-mãe de esporos (megasporócito). Ela sofre meiose e origina quatro células haploi-
des, das quais três se degeneram e uma corresponde ao megásporo funcional. Após
a polinização, o núcleo do megásporo funcional sofre várias mitoses e origina uma
massa com cerca de dois mil núcleos, a qual corresponde ao gametófito feminino
das gimnospermas. Nessa massa, dois ou mais arquegônios são formados, cada
um com uma oosfera (gameta feminino).
reserva alimentar
cone ovulado (tecido gametofítico
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221 – Material do Professor 283
Fecundação
BIOLOGIA 2A
O pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) apresenta árvores de sexos distin-
tos. Ou seja, os estróbilos masculinos ou femininos são formados em indivíduos
diferentes, sendo uma espécie denominada dioica. Estróbilos são desprovidos de
atrativos como coloração vistosa, nectário e glândulas odoríferas. Sua polinização é
anemófila, isto é, o transporte dos grãos de pólen dos estróbilos masculinos para
os femininos geralmente acontece pelo vento.
Cada grão de pólen germina e forma o tubo polínico, que cresce em direção à
oosfera. O tubo polínico (gametófito masculino maduro) contém gametas masculinos:
núcleos gaméticos ou espermáticos.
Como há formação do tubo polínico, a fecundação não depende da água. Com a
fertilização da oosfera pelo núcleo espermático, forma-se o zigoto (2n), seguido do desen-
volvimento do embrião. Assim, o óvulo fecundado origina uma semente, constituída de:
• casca, denominada tegumento (2n);
• reserva nutritiva, conhecida por endosperma (n), que corresponde ao próprio
corpo do gametófito feminino;
• embrião (2n).
A semente é o conhecido pinhão, que cai no solo e pode germinar e formar um
novo pinheiro.
microsporângios (2n)
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284 222 – Material do Professor
LEITURA COMPLEMENTAR
A floresta com araucárias
A floresta com araucárias, chamada
AGUSTAVOP/ISTOCKPHOTO.COM
cientificamente de Floresta Ombró-
fila Mista, é uma das fitofisionomias
florestais que compõem o bioma
Mata Atlântica.
[...] a floresta com Araucária ocupava
originalmente cerca de 40% do terri-
tório do Paraná, 30% de Santa Cata-
rina e 25% do Rio Grande do Sul. [...]
A floresta com araucárias é caracteri-
zada pela presença predominante do
pinheiro brasileiro (Araucaria angus-
tifolia). Árvore de tronco cilíndrico e
reto, cujas copas dão um destaque
especial à paisagem, a araucária che-
ga a viver até 700 anos, alcançando
diâmetro de dois metros e altura de
até 50 metros. No sub-bosque da flo-
resta ocorre uma complexa e grande
variedade de espécies, como a cane-
la-sassafrás, a imbuia, a erva-mate e
o xaxim, algumas das quais endêmi-
cas. [...] A qualidade da madeira, leve Araucaria angustifolia, também conhecida como
pinheiro-do-paraná, única espécie de araucária do Brasil.
e sem falhas, fez com que a araucária
fosse intensamente explorada. Cal-
cula-se que, entre 1930 e 1990, cerca de 100 milhões de pinheiros tenham sido derrubados.
[...] Atualmente a Floresta com Araucárias está à beira da extinção. Restam menos de 3%
de sua área original, incluindo as florestas exploradas e matas em regeneração. [...] Esta
situação é cotidianamente agravada pela exploração ilegal da madeira e pela conversão
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 2A
PLANTAS TERRESTRES
Gimnospermas
Espermatófitas Angiospermas
Reprodução
Características Classificação
e ciclo de vida
Cycadophyta Cicas
Órgãos do Raiz
corpo
Caule
Folha Ginkgo biloba
Ginkgophyta
Flores
Não formam:
Frutos Esporófito (2n) Planta adulta
Independente de:
água
Geralmente ambientes frios; regiões de
Hábitat:
clima temperado Reprodução
Tubo polínico
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286 224 – Material do Professor
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 2A
1. IFCE (adaptada) – Sobre os grupos de plantas, é cor- II. Apresentam células condutoras especializadas, de-
reto afirmar que nominadas traqueídeos e tubos crivados.
a) as briófitas apresentam vasos condutores de seiva III. Têm sistema vascular que apresenta um tecido con-
apesar de seu pequeno porte. dutor, o xilema, com paredes celulares compostas
b) o grupo das pteridófitas abrange plantas avasculares por lignina.
que não possuem sementes. Quais estão corretas?
c) o grupo das pteridófitas apresenta características a) Apenas I. d) Apenas II e III.
semelhantes às angiospermas, com exceção do fato
de as pteridófitas possuírem sementes e as angios- b) Apenas III. e) I, II e III.
permas não. c) Apenas I e II.
As plantas que apresentam vasos condutores de seiva são as pte-
d) o grupo das gimnospermas reúne plantas que pos- ridófitas (samambaias e licófitas), as gimnospermas e as angios-
suem sementes e vasos condutores de seiva. permas. O xilema é o vaso condutor de seiva bruta (água e sais
e) as angiospermas são as representantes mais primi- minerais). O floema conduz a seiva elaborada (água e açúcares). As
plantas hepáticas e os musgos não pertencem a esse grupo, pois
tivas das plantas, desta forma, ainda necessitam de não apresentam sistema vascular.
água para reprodução. 5. PUC-RJ – Em plantas, qual das seguintes unidades
Os musgos pertencem ao grupo das briófitas. Não têm raiz (rizoides),
caules e folhas diferenciadas (cauloide e filoide). Além disso, não apre- reprodutivas é produzida por meiose?
sentam tecidos condutores diferenciados (xilema e floema). Entre as a) Esporófitos haploides. d) Gametas diploides.
plantas terrestres, apenas as briófitas não têm raízes, caules e folhas
diferenciadas. b) Gametas haploides. e) Esporos diploides.
Pteridófitas são plantas vasculares sem sementes. Gimnospermas e an- c) Esporos haploides.
giospermas apresentam sementes e processos de polinização. Além disso, Nas embriófitas (ou plantas terrestres), os esporos (haploides) são
ambas não dependem de água para a reprodução. sempre produzidos por meiose (meiose espórica).
2. UFRGS (adaptada) – Considere as estruturas esque- 6. UEM-PR (adaptada) – Ao longo da evolução das plantas
matizadas abaixo, coletadas no Parque Farroupilha, em no ambiente terrestre foram selecionadas diversas carac-
Porto Alegre. terísticas que permitiram a adaptação e a conquista cada
1 2 3 vez maior deste ambiente. Dentre estas características
estão a maior absorção de água, redução da perda de
SANDROSALOMON/
ISTOCKPHOTO.COM
PIXHOOK/ISTOCKPHOTO.COM
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225 – Material do Professor 287
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
BIOLOGIA 2A
7. Fuvest-SP (adaptada) – Abaixo estão listados grupos de organismos clorofilados e
as características que os distinguem:
I. Traqueófitas – vaso condutor de seiva. IV. Embriófitas – embrião.
II. Antófitas – flor. V. Talófitas – corpo organizado em talo.
III. Espermatófitas – semente.
Considere que cada grupo corresponde a um conjunto e que a interseção entre eles
representa o compartilhamento de características. Sendo P um pinheiro-do-paraná
(araucária), indique a alternativa em que P está posicionado corretamente, quanto às
características que possui.
a) d) II III
I II
P
P
IV
III
e)
II III
b) I III
P
P
V
IV
c)
I III
8. UFRGS – Observe a figura abaixo, que ilustra as relações evolutivas dos grupos das
Gimnospermas e Angiospermas.
Cícadas
Ginkgos
Gimnospermas
Ancestral
comum Gnetófitas
I
Coníferas
II
Angiospermas
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288 226 – Material do Professor
9. UFSC (adaptada) – A figura abaixo representa o ciclo b) Corrija as alternativas incorretas, tornando-as ver-
BIOLOGIA 2A
FASE A
I II
ZIGOTO ORGANISMO ESPOROS
MULTICELULAR
FECUNDAÇÃO
III
IV
GAMETA FASE B
MASCULINO ORGANISMO
MULTICELULAR
IV FASE B
GAMETA III
ORGANISMO
FEMININO
MULTICELULAR
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227 – Material do Professor 289
gradual e extensa do ambiente terrestre, durante a 16. PUC-PR – Leia o fragmento de texto a seguir:
BIOLOGIA 2A
qual as plantas desenvolveram estruturas e mecanis- Identificados genes que podem salvar araucária do ris-
mos especiais capazes de superar problemas como a co de extinção
perda de água para o ar e a garantia da fecundação.
A árvore evolutiva abaixo representa o surgimento Formação embrionária do pinhão, semente do pinheiro-
de algumas dessas características, mostrando que a -brasileiro, é alvo de abordagem molecular inédita capaz
longa história evolutiva das plantas envolveu vários de auxiliar na preservação da espécie
passos. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) iden-
tificaram 24.181 genes ligados à formação do embrião
Briófitas Pteridófitas Gimnospermas Angiospermas da araucária (Araucaria angustifolia) – árvore nativa do
(musgo) (samambaia) (pinheiros) (mangue) Brasil também chamada de pinheiro-brasileiro – e de sua
semente, o pinhão. A descoberta poderá auxiliar no esta-
Antófitas belecimento de um sistema para a propagação in vitro da
Espermatófitas
Traqueófitas espécie, que está sob risco crítico de extinção, de acordo
Embriófitas com a União Internacional para Conservação da Natureza
(IUCN, na sigla em inglês), e cuja madeira tem alto valor
Após analisar a árvore, explique cada passo evolutivo de mercado. Com a identificação dos genes, será possível
característico das embriófitas, traqueófitas, esperma- um maior controle sobre o processo de embriogênese so-
tófitas e antófitas. mática, ou seja, a formação de um embrião sem que haja
fecundação e a partir de células não reprodutivas.
Trata-se de uma das mais promissoras técnicas biotecno-
lógicas de produção de embriões vegetais, que permite a
criopreservação (conservação por meio de congelamento)
e a clonagem em massa. No caso da araucária, ela é dificul-
tada porque as sementes perdem viabilidade e não sobre-
vivem por longos períodos de armazenamento.
Disponível em: <http://viajeaqui.abril.com.br/materias/
identificados-genes-que-podem-ajudar-a-salvar-araucaria-do-risco-
-de-extincao>.
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
b) e)
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12
229 – Material do Professor 291
ANGIOSPERMAS: PLANTAS
BIOLOGIA 2A
COM FLORES E FRUTOS
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292 230 – Material do Professor
Plantas terrestres
Hepáticas
Origem das plantas terrestres
Alga
(cerca de 470 m.a.a.)
verde 1 Musgos
ancestral
Antóceros
Licófitas (licopódios;
sementes sementes
sem
vasculares vasculares
Plantas vasculares
Fonte: REECE, J. B. et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 617.
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231 – Material do Professor 293
São exemplos de grupos parafiléticos o conjunto de reprodutivas da flor. Sépalas e pétalas são verticilos
plantas designadas pelos termos briófitas, pteridófi- estéreis, ou seja, não estão envolvidas diretamente
BIOLOGIA 2A
tas, gimnospermas e angiospermas basais. na reprodução.
Por outro lado, todos os filos que estudamos até Dentro da flor ficam as estruturas diretamente rela-
aqui são reconhecidos atualmente como monofiléti- cionadas à reprodução, que são os verticilos férteis (es-
cos. São eles: Bryophyta; Hepatophyta; Antocerophy- tame e carpelo). O androceu é a estrutura reprodutiva
ta; Pterophyta; Licophyta; Coniferophyta; Cicadophyta; masculina, constituído pelos estames, cujas funções
Gnetophyta; Gynkgophyta e Anthophyta. são produzir e dispersar grãos de pólen. Cada estame
Embriófitas, traqueófitas e espermatófitas são três tem um filete (cabo em cuja extremidade fica a ante-
grandes grupos monofiléticos de plantas. ra, na qual ocorre a produção dos grãos de pólen). Em
posição central na flor está o gineceu ou pistilo, que
sépala
Ilustração completa de uma flor unissexuada, com destaque para as
estruturas reprodutivas masculinas (androceu) e femininas (gineceu).
pétala
Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
carpelo
As angiospermas são classificadas em duas espécies:
• monoicas: plantas com flores masculinas e fe-
mininas no mesmo indivíduo. Ou seja, são unis-
estames sexuadas. Exemplo: aboboreira;
• dioicas: plantas com flores masculinas em um
indivíduo e flores femininas em outro indivíduo
Ilustração de uma flor em corte transversal que mostra a disposição dos (observe a ilustração a seguir). Ou seja, são bis-
verticilos florais em círculos concêntricos. Elementos representados fora sexuadas. Exemplo: mamoeiro.
da escala de tamanho. Cores fantasia.
As flores podem ser classificadas quanto à pre-
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flor tem somente os verticilos reprodutivos (androceu na no estilete e forma o tubo polínico (gametófito
e gineceu), denominamos de aclamídea. masculino maduro). Este contém o próprio núcleo,
além de dois núcleos gaméticos (gametas masculi-
estigma nos), formados pelo núcleo vegetativo e pelo núcleo
estilete
generativo do pólen, respectivamente. Não há game-
ovário
tas móveis (flagelados). A fecundação não depende
de água, pois isso recebe o nome de sifonogamia
antera (fecundação também encontrada nas gimnospermas),
filete uma vez que os gametas masculinos são levados até
pétala
o óvulo pelo tubo polínico.
receptáculo
sépala óvulo
Gametófito masculino
A antera tem quatro cavidades, denominadas sa-
cos polínicos (microsporângios), nos quais ficam os
microsporócitos ou células-mãe de esporos (2n).
Essas células dividem-se por meiose e geram quatro saco
esporos haploides (n), conhecidos como micróspo- polínico
ros (n). Cada micrósporo sofre uma divisão mitótica e
Imagem ao microscópio óptico das anteras do lírio (Lilium sp.) em corte
origina um grão de pólen, composto de duas células transversal. Anteras imaturas com os quatro sacos polínicos, que contêm
ou núcleos (célula generativa ou geradora e célula do os microsporócitos. Aumento de 100x.
tubo ou vegetativa). O grão de pólen é a estrutura que
contém o gametófito masculino jovem ou imaturo.
androceu
estames filete
filete microsporângio
grão de
pólen
grãos de
pólen
Imagem ao microscópio óptico das anteras do lírio (Lilium sp.) em corte
estigma transversal. Anteras maduras com os grãos de pólen, formados nos
tubo microsporócitos. Aumento de 100x.
(n) (n) polínico
célula generativa
Gametófito feminino
célula vegetativa núcleo
espermático Um ou mais óvulos são formados na parede do ová-
micrósporo
núcleo do tubo rio da flor ainda em botão. Em cada óvulo, uma célula-
grão de pólen
-mãe de esporo ou megasporócito (2n) sofre meiose
e gera quatro esporos haploides (n), dos quais três se
degeneram. Resta, assim, apenas o megásporo (n),
que cresce e cujo núcleo sofre três divisões mitóticas
sucessivas. São originados dessa forma oito núcleos,
que correspondem ao gametófito feminino ou saco
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233 – Material do Professor 295
BIOLOGIA 2A
antípodas
permas, o embrião duplamente protegido assegura
núcleos polares melhores condições de sobrevivência na fase mais
na célula central
frágil da vida da planta. Além disso, o fruto pode con-
gametófito
feminino sinérgides
tegumentos tribuir para a dispersão da semente, de modo que os
(2n)
(saco descendentes cresçam em novas áreas, mais distantes
embrionário) de seus parentais, o que resultará em menor compe-
oosfera (n) tição entre as plantas.
micrópila
Ilustração da organização do óvulo maduro, antes de ser fecundado.
A dispersão do fruto (e das sementes) pode ocor-
Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia. rer por meio da água (processo chamado hidrocória),
como no caso do coco; do vento (anemocoria), como
O gametófito feminino é composto de oito células: no dente-de-leão; e dos animais (zoocoria), como no
• uma oosfera: localizada próxima à abertura do carrapicho e no picão.
óvulo, correspondendo ao gameta feminino;
• duas sinérgides: uma de cada lado da oosfera. Classificação dos frutos
Auxiliam no processo de fecundação e são consi- Os frutos são divididos nos seguintes grupos
deradas componentes de um arquegônio vestigial; botânicos.
• três antípodas: localizadas na extremidade opos-
ta à da oosfera. Não participam diretamente na I. Frutos verdadeiros: a parte comestível provém
fecundação; das paredes do ovário da flor. São divididos em
• dois núcleos polares: formam uma grande célula dois grandes grupos.
central (mesocisto), que participa da formação do • Carnosos: quando o pericarpo é suculento, rico
tecido de reserva da semente, ao se fundirem em água e reservas. Podem ser do tipo baga,
com um dos gametas masculinos. quando há várias sementes (tomate, laranja, ma-
Dessas estruturas, destacam-se em importância a mão, melancia, abóbora, berinjela, uva, abobri-
oosfera e os dois núcleos polares, que participam da nha, pepino, limão, goiaba), ou drupas, quando
dupla fecundação. As demais células se degeneram. apresentam caroço (ameixa, azeitona, pêssego,
coco-da-baía, manga, cereja).
FRUTO
epicarpo
A presença do fruto envolvendo a semente é uma
ALEAIMAGE/ISTOCKPHOTO.COM
PANDA3800/ISTOCKPHOTO.COM
novidade evolutiva das angiospermas. Em parte, o mesocarpo
grande sucesso evolutivo e a numerosa diversidade endocarpo
de espécies desse grupo se devem ao surgimento do endosperma
sólido
fruto, que mantém suas sementes protegidas, o que
favorece o mecanismo de dispersão.
O conjunto das camadas que formam o fruto deno-
mina-se pericarpo, formado por:
• epicarpo: porção externa do fruto em geral cor-
Podemos observar as três endosperma epicarpo
respondente à casca. É resultado do espessa- líquido mesocarpo
camadas do pericarpo que
mento da parede mais externa do ovário; compõem o fruto carnoso endosperma
• mesocarpo: porção média do pericarpo. É a parte do tipo baga. Fruto carnoso do tipo drupa.
comestível da maioria dos frutos;
• endocarpo: porção do fruto que fica em contato • Secos: quando o pericarpo é pouco desenvolvi-
direto com a semente. Muitas vezes endurecido, do e com pouca água. Classificam-se em:
constitui o caroço. Nos frutos cítricos (laranja, li-
mão), é a parte comestível. 1. deiscentes, quando se abrem naturalmente ao
atingir a maturidade, liberando as sementes.
Exemplos: legumes (feijão), folículos (magnó-
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pericarpo
BIOLOGIA 2A
JULICHKA/ISTOCKPHOTO.COM
semente
Fruto seco do tipo deiscente (ervilha). Fruto seco do tipo indeiscente (milho).
embrião
frutículo
Ilustração com detalhes das estruturas internas das sementes das
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BIOLOGIA 2A
ÓRGÃO MONOCOTILEDÔNEA EUDICOTILEDÔNEA
Raiz Raízes em cabeleira ou fasciculadas. Raiz axial ou pivotante.
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237 – Material do Professor 299
LEITURA COMPLEMENTAR
BIOLOGIA 2A
Ameaças à diversidade vegetal
Embora as plantas possam ser um recurso renovável, a diversidade vegetal não é. O crescimento populacional humano
explosivo e sua demanda por espaço e recursos estão ameaçando espécies de plantas e ecossistemas por todo o mundo.
O problema é especialmente grave nos trópicos, onde vivem mais de dois terços da população mundial e onde o cresci-
mento populacional é mais acelerado. Cerca de 55 000 km2 de florestas tropicais úmidas são derrubadas a cada ano, uma
taxa que, se continuar nesse ritmo, eliminará completamente os 11 milhões de km2 restantes de florestas tropicais em 200
anos. A perda de florestas reduz a absorção de dióxido de carbono atmosférico (CO2) que ocorre durante a fotossíntese,
e potencialmente pode contribuir para o aquecimento global. Além disso, à medida que as florestas desaparecem, o
mesmo acontece com um grande número de espécies vegetais. Evidentemente, uma vez que uma espécie se torna extinta,
ela não pode retornar jamais. Muitas vezes, a perda de espécies vegetais é acompanhada pela perda de insetos e outros
animais que dela dependem. Os cientistas estimam que, se continuarem as atuais taxas de perda nos trópicos e em outras
regiões, 50% ou mais das espécies da Terra se tornarão extintas nos próximos séculos. Essas perdas constituiriam uma
extinção global em massa, rivalizando com as extinções em massa do Permiano e do Cretáceo e mudando para sempre
a história evolutiva das plantas terrestres (e de muitos outros organismos que também seriam extintos). [...] Também há
muitas razões práticas para nos preocuparmos com a perda da biodiversidade vegetal. Até agora, exploramos os usos
potenciais de apenas uma pequena fração das mais de 290 000 espécies vegetais conhecidas. Por exemplo, quase todo
o nosso alimento baseia-se no cultivo de apenas cerca de duas dúzias de espécies de plantas com sementes. Menos de
5 000 espécies de plantas foram estudadas como fontes potenciais de medicamentos. Se começarmos a ver as florestas
pluviais e outros ecossistemas como tesouros vivos que podem se regenerar apenas lentamente, podemos aprender a
colher seus produtos a taxas sustentáveis.
Elaborado com base em: REECE, J. B. et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 645-646.
As florestas pluviais tropicais são um tesouro que abriga plantas com poder de cura medicinal que talvez sejam extintas antes mesmo de sabermos
de sua existência.
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 2A
ESPERMATÓFITAS
Angiospermas
Gimnospermas
Reprodução
Características Classificação
e ciclo de vida:
Reprodução:
O esporófito adulto (2n)
tem corpo composto de: Angiospermas basais:
independente da água
sifonogamia
Raiz
ninfeias
Estruturas reprodutivas:
Caule flor
Folha
fruto (ovário desenvolvido)
Magnolídeas:
Heterosporia
São vasculares e suas
sementes são: magnólias, louro
Megásporo
Micrósporo (n)
funcional (n)
Protegidas por camadas
São exemplos palmeiras
e gramíneas:
Grão de pólen Óvulo
Formam:
Monocotiledôneas
Eudicotiledôneas
Embrião (2n)
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239 – Material do Professor 301
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 2A
1. UPF-RS (adaptada) – Na reprodução das angiospermas Assinale a alternativa correta a respeito das espécies,
ocorre a denominada dupla fecundação. Isso significa que a partir das quais se produz o malte.
a) as células envolvidas na reprodução dividem-se duas a) Essas espécies são avasculares e apresentam es-
vezes consecutivamente, formando o embrião diploide. porângios.
b) um dos núcleos espermáticos funde-se ao núcleo b) Essas espécies apresentam reservas nutritivas nos
da oosfera e forma o embrião (2n); o outro núcleo dois cotilédones.
espermático funde-se aos dois núcleos polares, re-
c) As folhas dessas espécies têm nervuras paralelas a
sultando no endosperma (3n).
uma nervura central.
c) cada núcleo espermático sofre duas divisões e cada
d) Essas espécies apresentam caules dos tipos bulbos
uma das quatro células resultantes fecundará uma
e tubérculos.
célula da oosfera.
e) As flores femininas dessas espécies reúnem-se em
d) o núcleo da oosfera é fecundado por dois núcleos
estróbilos.
espermáticos do pólen. O trigo, a cevada e o centeio são angiospermas monocotiledôneas,
e) um dos núcleos espermáticos, ao juntar-se ao núcleo as quais têm folhas paralelinérveas, ou seja, apresentam nervuras
paralelas a uma nervura central.
da oosfera, forma um embrião (3n), enquanto o outro
junta-se a um dos núcleos polares e dá origem ao 5. UFSM (adaptada) – Pode ser estranho para os seres
endosperma (2n). humanos, que tanto orgulho sentem de suas habilida-
Durante a dupla fecundação observada nas angiospermas, um dos des cognitivas, parar para pensar que compartilhamos
núcleos espermáticos do tubo polínico funde-se à oosfera e forma o certas características com as plantas angiospermas!
zigoto (2n), que por sua vez dará origem ao embrião (2n). O outro núcleo
espermático funde-se aos dois núcleos polares, o que vai originar o Com relação a esse fato, avalie as alternativas a seguir
endosperma (3n). assinalando verdadeiro (V) ou falso (F).
2. UFRGS (adaptada) – No processo evolutivo das An- Os humanos e as angiospermas
giospermas, ocorreram vários eventos relacionados à ( ) têm corpos pluricelulares organizados em tecidos
reprodução. e órgãos.
Assinale a afirmação correta em relação a esses eventos. ( ) compartilham o mesmo tipo de nutrição.
a) Os insetos visitam as flores para alimentar-se dos ( ) reproduzem-se de forma sexuada e assexuada.
carpelos, o que favorece a fecundação. ( ) formam gametas masculinos e femininos.
b) As aves que se alimentam de frutos carnosos são os A sequência correta é
principais agentes de polinização dessas espécies.
a) F – V – F – V.
c) Estames longos favorecem a dispersão dos frutos
pelo vento e por insetos. b) V – F – F – V.
d) A dispersão dos frutos pela água foi uma conquista c) V – F – V – F.
das angiospermas mais recentes. d) F – F – V – V.
e) A interação entre plantas, polinizadores e dispersores e) F – V – F – F.
de sementes é, em grande parte, mutualística. Seres humanos e angiospermas são organismos pluricelulares, com o
As interações entre plantas angiospermas, agentes polinizadores e corpo organizado em tecidos e órgãos. Ambos produzem gametas mas-
dispersores de sementes são, em grande parte, mutualísticas. Isto culinos e femininos haploides. Quanto à nutrição, os seres humanos são
é, são necessárias à sobrevivência das espécies envolvidas. Muitas heterótrofos; as plantas, autótrofas. Somente as angiospermas apre-
espécies de angiospermas dependem totalmente de seus polinizadores sentam reprodução assexuada, que ocorre por propagação vegetativa.
para a reprodução.
3. Sistema Dom Bosco – Entre as angiospermas eudi- 6. Sistema Dom Bosco – Complete a tabela abaixo, rela-
cotiledôneas, estão o feijão, a ervilha, o pau-brasil e o cionando corretamente as características ou estruturas
ipê. Cite as principais características encontradas neste vegetais encontradas nas angiospermas (Coluna A), às
grupo de plantas. respectivas definições (Coluna B).
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302 240 – Material do Professor
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
BIOLOGIA 2A
7. UEM-PR – A Botânica baseia-se em diferentes caracterís- 02) Nas angiospermas, o endosperma da semente não
ticas dos vegetais para facilitar o entendimento sobre eles. tem função durante a germinação, pois todos os nu-
Considerando os vegetais a seguir, as regras de nomen- trientes dessa etapa são retirados da fotossíntese.
clatura botânica e as características morfológicas externas 04) A semente de uma angiosperma é formada pelo te-
dessas plantas, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). gumento, proveniente das paredes do óvulo, e pela
A. Lactuca sativa L. (alface) amêndoa, constituída de embrião e endosperma.
08) Todas as angiospermas são classificadas como mo-
B. Coffea arábica L. (café)
nocotiledôneas por se encaixarem no grupo das plan-
C. Phaseolus vulgaris L. (feijão) tas cujos embriões possuem apenas um cotilédone.
D. Zea mays L. (milho) 16) A dispersão do fruto por animais é chamada de zoo-
E. Oryza sativa L. (arroz) coria. Quando a dispersão do fruto é realizada pelo
vento é denominada anemocoria e, se a dispersão
01) Apenas dois gêneros apresentam folhas com ner- for realizada pela água, denomina-se hidrocoria.
vação reticulada e com sistema radicular axial. a) Qual a somatória dos itens corretos?
02) Duas espécies têm epíteto específico idêntico e
ambas são monocotiledôneas.
04) Três gêneros apresentam dois cotilédones e siste-
ma radicular fasciculado.
08) Três espécies são eudicotiledôneas e apresentam
folhas com nervação reticulada.
16) São citadas quatro espécies e cinco gêneros.
b) Corrija as alternativas incorretas, tornando-as
verdadeiras.
8. UEM-PR (adaptada) – Considere um animal que cava o
solo, desenterrando uma parte de um vegetal que é rica
em energia (reserva energética) e que possui gemas la-
terais. Esta parte do vegetal foi consumida pelo animal,
passando pelo sistema digestório composto por boca,
esôfago, estômago, intestino e ânus.Sobre o assunto,
e outros correlatos, assinale o que for incorreto.
01) O alimento vegetal ingerido é a raiz tuberosa de
uma angiosperma, como a cenoura, por exemplo.
02) O grupo a que pertence o vegetal consumido cita-
do no enunciado da questão possui flores, frutos
e sementes.
04) A planta citada no enunciado da questão produz
esporos por meio da meiose em estruturas deno-
minadas de soros.
08) Ocorre heterosporia no grupo a que pertence o ve-
getal consumido.
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241 – Material do Professor 303
12. Udesc – Flores desprovidas de pétalas coloridas, sem corretamente colocadas em um grupo; enquanto as de
BIOLOGIA 2A
nectários com grande produção de grãos de pólen, os feijão, soja e ervilha foram colocadas em outro grupo.
quais são pequenos e leves, caracterizam plantas com Analise as proposições em relação às características
polinização do tipo de plantas monocolitedôneas e de eudicotiledôneas, e
a) entomófila. assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
b) ornitófila. ( ) As raízes das monocotiledôneas são fasciculadas
c) artificial. (cabeleira) e encontradas nas plantas de arroz,
d) anemófila. trigo e milho.
e) hidrófila. ( ) As sementes de monocotiledôneas são consti-
tuídas por dois cotilédones e encontradas nas
13. UFSJ-MG – Analise a descrição abaixo: plantas de trigo.
I. um pericarpo carnoso ( ) As folhas das eudicotiledôneas apresentam nervu-
ras paralelas e podem ser observadas nas plantas
II. um endosperma de monocotiledônea
de feijão e soja.
III. um embrião de eudicotiledônea
( ) As flores das eudicotiledôneas apresentam, ge-
As descrições acima podem corresponder, respec- ralmente, as peças florais em número de três ou
tivamente, aos alimentos listados abaixo, exceto na múltiplos de três e são comuns nas plantas de
alternativa: milho e trigo.
a) goiaba, milho e soja. ( ) As folhas das monocotiledôneas são constituídas
b) batata, milho e pinhão. por nervuras reticuladas, ou ramificadas, e são ob-
servadas nas plantas de arroz e milho.
c) tomate, arroz e lentilha.
d) pepino, trigo e feijão. Assinale a alternativa que contém a sequência correta,
de cima para baixo.
14. PUC-RJ – O arroz (Oryza sativa) é um dos grãos mais
a) F – F – V – F – V
consumidos no mundo. Seu valor nutricional está rela-
cionado ao albume (endosperma), que é a reserva de b) V – V – F – F – F
nutrientes para o embrião da semente. Considerando c) F – V – V – V – F
que as células somáticas do arroz possuem 24 cromos- d) F – V – F – V – F
somos, quantos cromossomos podem ser encontrados e) V – F – F – F – F
nas células do albume? Justifique sua resposta.
17. Fuvest-SP (adaptada) – O esquema representa um
ciclo de vida, com alternância de gerações, típico de
plantas.
zigoto I geração esporofítica
(2n) (2n)
II
V esporos
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243 – Material do Professor 305
BIOLOGIA 2A
B. Pétalas. na atração de agentes polinizadores. Formado
C. Estame. pelo filete e a antera: o conjunto destes compõe
o androceu.
D. Gineceu.
E. Antera. A alternativa que apresenta a relação correta é:
I. Dilatação na ponta do filete onde são produzidos os a) 1-D-lII, 2-B-IV, 3-E-I, 4-C-V, 5-A-II.
grãos de pólen. b) 1-B-I, 2-D-V, 3-A-II, 4-E-lV, 5-C-III.
II. Estrutura que contém o óvulo e que, ocorrendo a c) 1-D-II, 2-B-V, 3-E-IV, 4-C-III, 5-A-V.
fecundação, desenvolve-se originando o fruto.
d) 1-C-IV, 2-A-II, 3-D-III, 4-B-lV, 5-E-I.
III. Estrutura reprodutora feminina da flor, formada pela
fusão de folhas carpelares. e) 1-E-V, 2-C-III, 3-B-II, 4-A-I, 5-D-IV.
BIOLOGIA 2B
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270
BIOLOGIA 2B 246 – Material do Professor
HISTOLOGIA VEGETAL
DOLIUX/SHUTTERSTOCK
tecidos vegetais dos órgãos
vegetativos das plantas
vasculares.
• Compreender como são for-
mados os tecidos vegetais.
• Reconhecer as caracte-
rísticas morfológicas de
cada órgão vegetativo das
plantas vasculares.
• Associar a variedade mor-
fológica das estruturas às
adaptações ambientais.
Pinheiro bristlecone (Pinus longaeva), apelidado de Matusalém, com idade estimada em 4 850 anos. Localizado
nas montanhas no leste da Califórnia (Estados Unidos).
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247 – Material do Professor 271
LYNN YEH/SHUTTERSTOCK
novamente por meio do processo de desdiferencia-
ção celular, recuperando sua capacidade de divisão
BIOLOGIA 2B
e podendo se tornar uma célula diferente da inicial.
As plantas possuem dois tipos de tecido meriste-
mático, de acordo com a sua origem: primário e se-
cundário.
MERISTEMAS PRIMÁRIOS
São tecidos responsáveis pelo crescimento em
extensão, ou longitudinal, de raízes e caules; também
chamados meristemas apicais por estarem localiza-
dos nas extremidades de caules e raízes. Briófitas, pte-
Túnel aberto em sequoia gigante (Sequoiadendron giganteum), em 1881, ridófitas, gimnospermas e angiospermas apresentam
para ser atração turística, no Parque Nacional Yosemite, Califórnia (Estados
Unidos). A árvore viveu ainda 88 anos após a abertura do túnel; com idade meristemas primários. Organismos que não formam
total estimada em 2 100 anos. tecidos verdadeiros, como as algas, apresentam célu-
las meristemáticas isoladas, responsáveis pelo cres-
HISTOLOGIA VEGETAL cimento. Dividem-se em:
• meristemas subapicais radiculares: localizados
As plantas são compostas de órgãos, tecidos e cé-
acima da coifa, região terminal da raiz;
lulas. Um tecido é um conjunto de células que desem-
• meristemas apicais caulinares: encontrados
penham uma função determinada. A Histologia vegetal
em gemas ou brotos do ápice e em gemas late-
é a área da Botânica que estuda os tecidos que formam
as diferentes estruturas das plantas. rais ou axilares dos caules.
De modo geral, as plantas vasculares apresentam
três sistemas de tecidos contínuos por todo o corpo região meristemática
dérmico, ou de revestimento; vascular; e fundamental. do caule
H A RS H A W / S H
O sistema dérmico reveste externamente a planta, AL UT
UB
protegendo-a contra patógenos, herbívoros e a seca,
TE
meristema
RS
apical do caule
além de auxiliar na absorção de água e em trocas ga-
TO
(A)
CK
sosas. O sistema vascular (xilema e fl oema)é um
cilindro vascular central, que realiza o transporte de
substâncias e proporciona sustentação mecânica. Os
tecidos que não são dérmicos ou vasculares fazem
parte do sistema de tecidos fundamentais. O siste-
ma fundamental localizado internamente ao sistema
meristema formador de
vascular é denominado medula, e o tecido fundamen- vasos (câmbio vascular)
tal externo ao sistema vascular é chamado córtex. O
meristema formador da
sistema fundamental desempenha diversas funções, casca (felogênio)
como armazenamento, metabolismo, fotossíntese,
sustentação e regeneração (cicatrização).
meristema formador da
casca (felogênio)
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272 248 – Material do Professor
Tanto nas gemas dos caules quanto na região subapical das raízes são encontra-
BIOLOGIA 2B
MERISTEMAS SECUNDÁRIOS
Também chamados meristemas laterais, ou tecidos secundários, são res-
ponsáveis pelo crescimento em espessura (transversal) ou crescimento se-
cundário de caules e raízes das gimnospermas, da maioria das angiospermas
eudicotiledôneas e de algumas angiospermas monocotiledôneas. Nesses grupos
de plantas citados, os meristemas secundários iniciam sua atividade após certo
grau de desenvolvimento da planta, quando esta já possui uma estrutura formada
por meristemas primários.
medula córtex
floema primário
meristemas floema secundário
apicais das xilema
primário xilema câmbio vascular
raízes
secundário
Ilustração do caule de uma eudicotiledônea. Nos cortes transversais, à direita, detalhes da organização dos tecidos do
caule em crescimento primário e secundário. Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
Fonte: REECE, J. B. et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 760.
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249 – Material do Professor 273
BIOLOGIA 2B
Também chamados tecidos adultos, são forma- dos sais minerais pelas raízes (zona pilífera). Os trico-
dos por células mais especializadas e diferenciadas. mas são responsáveis pela proteção de folhas contra
Desempenham atividades vitais para as plantas, tais o excesso de transpiração, sendo comuns em plantas
como revestimento (epiderme e súber); sustentação de clima quente. Em algumas espécies de desertos,
(colênquima, esclerênquima e xilema); condução de os tricomas reduzem a perda de água e refletem o
seiva (xilema e floema); e preenchimento, reserva e excesso de luz. Em plantas carnívoras, atuam como
fotossíntese (parênquimas). estruturas secretoras de enzimas digestivas. Na urtiga,
por exemplo, secretam substâncias urticantes.
EPIDERME Os acúleos são formações epidérmicas pontia-
Tecido geralmente formado por uma única camada gudas com função de defesa, erroneamente chama-
de células (uniestratificado) justapostas e achatadas, dos de espinhos. Os acúleos têm origem superficial
normalmente sem clorofilas, revestida por cutícula, e destacam-se facilmente. Os espinhos, por outro
um revestimento lipídico importante para a impermea- lado, são folhas ou caules modifi cados difíceis de
bilização das folhas, evitando o excesso de transpira- serem destacados.
ção. A epiderme está presente em órgãos jovens da
XAVIER P/SHUTTERSTOCK
planta, como folhas e ápices de raiz e caule, sendo
posteriormente substituída pela periderme em plantas
que apresentam crescimento secundário.
Existem várias estruturas anexas à epiderme que
auxiliam na proteção e no revestimento do corpo da
planta, tais como estômatos, pelos e acúleos.
Os estômatos são aberturas na epiderme que
consistem em uma fenda (ostíolo) e duas células es-
pecializadas que regulam a abertura e o fechamento
do ostíolo, as células-guarda. Permitem a realização
de trocas gasosas (entrada e saída de gases usados
na fotossíntese e respiração) e transpiração (perda
de água na forma de vapor). A cutícula das células
epidérmicas geralmente dificulta a perda de água,
mas ainda pode permitir a transpiração. No entanto,
a maior parte da transpiração nos vegetais é realizada Detalhes de acúleos de uma rosa.
pelos estômatos. Essas células possuem cloroplas-
tos e realizam fotossíntese.
GYRO/ISTOCKPHOTO.COM
A abertura estomática varia de acordo com o teor
de água das células-guarda. Se elas estiverem cheias
de água (túrgidas), os estômatos estarão abertos; se
estiverem murchas, os estômatos estarão fechados.
Geralmente os estômatos ficam abertos durante o dia
e fechados durante à noite, embora isso também de-
penda das condições atmosféricas.
células-
NNEHRING/ISTOCKPHOTO.COM
-guarda
ostíolo
Tricomas na borda de uma folha.
SÚBER
O súber, camada mais externa da periderme, é
um tecido constituído por várias camadas de células
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274 250 – Material do Professor
COLÊNQUIMA
JANA LAND/SHUTTERSTOCK
BIOLOGIA 2B
ESCLERÊNQUIMA
No súber, há estruturas denominadas lenticelas,
Formado por células mortas, cujas paredes celu-
cujas células estão frouxamente unidas, deixando es-
paços intercelulares que permitem trocas gasosas com lares espessas possuem grande quantidade de ligni-
o ambiente. na, molécula complexa e resistente, que impede as
trocas metabólicas. Fornece sustentação mecânica
DADDYBIT/ISTOCKPHOTO.COM
XILEMA E FLOEMA
Tronco de bétula
O xilema e o floema, conhecidos também por lenho
(Betula sp.) com
as lenticelas evidenciadas. e líber, respectivamente, são tecidos vasculares, es-
pecializados na condução da seiva no interior do corpo
Em jabuticabeiras, goiabeiras e eucaliptos pode-se da planta. Localizam-se no cilindro central de raízes e
observar o desprendimento natural de placas de súber caules e nas nervuras de folhas. Além de condutores,
(ritidoma), que acontece em razão da atividade contínua
são considerados tecidos complexos por serem for-
do felogênio. Esse processo deixa o caule com uma
mados por mais de um tipo de célula, ao contrário dos
casca mais fina e permite a entrada de maior quantida-
de de gases como o oxigênio, utilizado na respiração demais tecidos da planta.
das células vivas do caule.
Xilema
KEATTIKORN/SHUTTERSTOCK
Material exclusivo para professores formando tubos ocos por onde passam a água e os
sais minerais (seiva bruta) desde as raízes até as
folhas. Esses vasos são periodicamente colocados
Dom Bosco
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251 – Material do Professor 275
elementos
BIOLOGIA 2B
de tubo
crivado
plasmodesmo
placa crivada
pontoações
placa de
perfuração
núcleo
célula
companheira
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276 252 – Material do Professor
Tecidos formados por células vivas com pou- Principal tecido responsável pela fotossíntese,
co citoplasma, vacúolos grandes e parede celu- está presente nos órgãos verdes das plantas, prin-
lar delgada. Os parênquimas são os tecidos mais cipalmente em folhas e caules jovens. Nas folhas
abundantes nos vegetais e realizam a maioria das está localizado entre a epiderme superior e a infe-
funções metabólicas da planta, que são: preenchi- rior, no mesofilo foliar, distinguindo-se conforme o
mento, reserva, fotossíntese, armazenamento de tipo e a disposição de suas células em paliçádico
água e secreção. e lacunoso.
fibras de
cutícula esclerênquima
estômato
epiderme
superior
parênquima
paliçádico
mesofilo
célula da parênquima
bainha do lacunoso
feixe
epiderme
inferior
cutícula
xilema
floema nervura
células-guarda
Corte transversal de folha que mostra sua organização interna. Notam-se tecidos de proteção (epiderme com
anexos), sustentação (esclerênquima), condução (xilema e floema) e fotossintéticos (parênquimas paliçádico e
lacunoso). Representação fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
Fonte: REECE, J. B. et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 765.
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 2B
TECIDOS VEGETAIS
Aquífero
uniestratificada,
revestida por cutícula Epiderme
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278 254 – Material do Professor
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 2B
1. PUC-Rio – Os tecidos vegetais envolvidos no transporte Sobre o texto, assinale a alternativa correta.
de substâncias a longas distâncias nas traqueófitas são:
a) A periderme ou casca mantém o tecido do floema
a) colênquima e esclerênquima. funcional, enquanto no alburno, o floema se torna
b) xilema e floema. não funcional.
c) colênquima e xilema. b) O cerne mantém-se resistente com o xilema funcio-
d) esclerênquima e xilema. nal, permitindo a condução da seiva.
e) esclerênquima e floema.
c) A parte mais externa do xilema e próxima ao câmbio,
Xilema (lenho) e floema (líber) são os tecidos que realizam o trans- chamada de alburno, permanece funcional.
porte de substâncias (seivas bruta e elaborada) a longas distâncias
nas traqueófitas. Colênquima e esclerênquima são tecidos de d) Parte do xilema desenvolve tecido vascular ve-
sustentação.
getal, responsável pelo transporte de água, sais
2. Uece-CE – As plantas são organismos cobertos por um minerais e compostos orgânicos produzidos pela
tecido superficial denominado epiderme vegetal. Esse fotossíntese.
tecido pode ser formado por uma ou mais camadas de e) O cerne mantém o tecido vascular funcional, permi-
células e possui estruturas especializadas nas trocas tindo a condução da seiva elaborada.
gasosas e na prevenção da perda de água nesses or- O cerne está presente na região medular (central) do caule e da raiz,
ganismos que, de acordo com as alternativas abaixo, sendo constituído pelo xilema (secundário) em desuso, ou não funcio-
compreendem respectivamente os nal. O xilema funcional (condutor da seiva bruta) está localizado exter-
namente ao cerne, mais próximo à casca, sendo chamado de alburno.
a) estômatos e os lenticelas. O floema secundário, que transporta a seiva elaborada, é formado
b) hidatódios e os tricomas. externamente ao câmbio, e não faz parte da periderme. A periderme
é constituída pelo felogênio, feloderme e súber.
c) estômatos e os tricomas.
d) tricomas e os hidtódios.
5. UPE-PE – A cortiça é um tecido vegetal impermeável e
Estômatos, tricomas, pelos e acúleos são estruturas anexas (célu-
las especializadas) da epiderme. Os estômatos regulam as trocas
flexível ao mesmo tempo, com estrutura que pode ser
gasosas e a transpiração vegetal, ocorrendo, principalmente, nas comprimida até a metade do seu volume, sem perder
folhas das plantas. Os tricomas (ou pelos) previnem a perda de sua elasticidade. É amplamente utilizada para a pro-
água na superfície das folhas expostas diretamente ao sol. dução de rolhas na vedação do vinho engarrafado. A
cortiça só pode ser retirada de árvores com idade entre
25 e 30 anos e, após essa primeira extração, apenas
3. Uninove-SP (adaptada) – A árvore bordo (Acer sp.)
a cada 9 anos será possível sua retirada novamente.
é famosa no Canadá por fornecer o xarope de bordo,
muito açucarado e largamente consumido com waffles O principal país produtor da cortiça é Portugal, pois a
e panquecas. Esta árvore passa por um inverno rigoro- árvore, que a origina é muito comum no sul do país,
so e no início da primavera, através do tecido vascular principalmente na região do Alentejo.
morto, conduz a matéria acumulada nas raízes, que Qual tecido da planta fornece matéria-prima para pro-
forma novas folhas e flores. A extração da seiva desta duzir rolhas de cortiça?
árvore é feita neste período.
a) Lenho
Qual é o tecido vascular responsável pela condução
desta seiva? Dê o nome do meristema secundário que b) Esclerênquima paliçádico
gera este tecido vascular. c) Colênquima
O tecido que conduz esta seiva (seiva bruta) é o xilema, ou xilema d) Feloderme
e) Súber
secundário, também chamado de lenho. As células condutoras do xile-
O tecido vegetal que fornece a matéria-prima para a produção de
rolhas de cortiça é o súber. O súber faz parte da periderme, sendo
ma, elementos de vaso e traqueídeos são células mortas pelo depósito formado externamente ao felogênio. É um tecido constituído por
várias camadas de células mortas, que têm a parede celular com
grande deposição de suberina, substância impermeável que impe-
de lignina. O câmbio vascular é o meristema secundário que origina o de as trocas gasosas, provocando a morte das células. O súber é
cheio de ar, atuando como isolante térmico e protegendo a planta
xilema secundário. contra choques mecânicos.
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255 – Material do Professor 279
a) O palmito do açaí é obtido da parte mais jovem do b) As fibras da folha do açaizeiro compõem os tecidos co-
BIOLOGIA 2B
caule, próximo da região onde ocorre a divisão das lênquima e esclerênquima, responsáveis pela sustenta-
células do meristema apical. Os tecidos de revesti- ção desse órgão. Apresente duas diferenças estruturais
mento e de preenchimento encontrados no palmito entre as células do colênquima e do esclerênquima.
são formados a partir de quais meristemas primários?
O colênquima é formado por células vivas, cujas paredes celulares
O tecido de revestimento é formado a partir da protoderme; o tecido
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. Unisc-RS (adaptada) – Analisando-se a organização 10. Unicamp-SP (adaptada) – Muitas vezes se observa
anatômica do corpo vegetal, é possível afirmar que a o efeito do vento nas plantas, que faz com que a copa
epiderme, o esclerênquima e o xilema são considera- das árvores e eventualmente o caule balancem vigoro-
dos, respectivamente, como tecidos de samente sem, contudo, se romper. No entanto, quando
a) sustentação, preenchimento e condução. ocorre a ruptura de um ramo, as plantas têm a capaci-
dade de retomar o crescimento e ocupar novamente o
b) revestimento, sustentação e condução.
espaço deixado pela queda do ramo.
c) sustentação, condução e revestimento.
Cite e caracterize os tipos de tecidos que promovem a
d) condução, revestimento e sustentação.
sustentação e a flexibilidade dos ramos e caules.
e) revestimento, preenchimento e condução.
1 2 3
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280 256 – Material do Professor
12. UEFS-BA (adaptada) – Com base na ilustração abaixo, que apresenta uma enor-
BIOLOGIA 2B
vacúolo
tecidos
clorofilianos cloroplasto
corte transversal
da folha estômato
nervura
tilacoides
folha
membrana do tilacoide onde se
localizam os pigmentos
interior do tilacoide
estroma
14. UEM-PR (adaptada) – Em uma aula de botânica, o professor fez algumas afirmações,
relacionadas abaixo.
01) No corpo vegetal, os primeiros tecidos a passarem pelo processo de diferenciação
celular são o xilema primário e floema primário.
02) O crescimento secundário de uma raiz de eudicotiledônea é resultante da atividade
dos tecidos meristemáticos, câmbio vascular e felogênio.
04) Colênquima e esclerênquima são tecidos que apresentam células com paredes
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257 – Material do Professor 281
a) Qual a somatória das afirmativas corretas? 16) Os vasos lenhosos das angiospermas são de
BIOLOGIA 2B
dois tipos: traqueídes e elementos de vaso.
Ambos são constituídos de células vivas com
intensa capacidade de regeneração celular e
reparo de lesões.
BIOLOGIA 2B
ORGANOLOGIA VEGETAL
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284 260 – Material do Professor
e sais minerais.
Órgão vegetativo, em geral subterrâneo e acloro-
filado, presente em pteridófitas, gimnospermas e an- Zona suberosa ou de ramificação
giospermas. Apresenta funções de absorção de água Formada por algumas células recobertas por súber.
e sais minerais, fixação da planta ao solo, condução Região de crescimento secundário, onde surgem radi-
de seiva e armazenamento de reservas nutritivas. São celas ou raízes secundárias. Sua função é, portanto,
exemplos: mandioca, cenoura, batata-doce e beterra- reforçar a fixação da planta ao solo.
ba. Raízes subterrâneas crescem em direção ao solo,
fenômeno conhecido como geotropismo positivo. Colo ou coleto
Região de transição entre raiz e caule. Do colo para
DANIEL J. RAO/SHUTTERSTOCK`
baixo faz parte da raiz, e do colo para cima faz parte
do caule da planta.
colo
raiz lateral
região ramificada
raiz lateral
raiz lateral
emergindo
A tribo Khasi constrói pontes para atravessar rios no nordeste da Índia região pilífera
usando raízes de árvores torcidas.
ESTRUTURA
Do ápice à base, a raiz das eudicotiledôneas é
pelos absorventes
constituída pela coifa, zona lisa, zona pilífera, zona de
ramificação e colo.
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261 – Material do Professor 285
Aéreas
BIOLOGIA 2B
A raiz que nasce no caule (adventícia) é chamada
1095486242
eixo principal
de suporte ou escora porque auxilia na sustentação
radicela da planta, reforçando a fixação no solo. Presente ge-
ralmente em plantas que vivem em solos alagados, ou
que possuem uma base estreita em relação à altura –
pés de milho, cana-de-açúcar (Saccharum officinarum
L.) e plantas de mangue (Rhizophora mangle).
AGGIE 11/SHUTTERSTOCK
Ilustração de uma raiz axial com eixo principal e raízes laterais (radicelas).
Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
KHUNTAPOL/FOTOSEARCH/LATINSTOCK
Raiz fasciculada de arroz.
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286 262 – Material do Professor
Em raiz do tipo tabular, os ramos radiculares se Típica de epífitas, como algumas orquídeas e bro-
BIOLOGIA 2B
fundem com o caule, ficando com um aspecto de tá- mélias, a raiz do tipo cintura cresce enrolando-se
bua. Desenvolve-se bem próximo à superfície do solo ao tronco da planta suporte, absorvendo a água das
e proporciona melhor suporte à planta. Apresenta gran- chuvas e os sais minerais que escorrem pelo tronco.
de número de lenticelas, que auxiliam na respiração Possuem um tecido especial chamado velame, epider-
– como na figueira e no imbuzeiro. me pluriestratificada, que funciona como uma esponja,
absorvendo a água que escorre pelo caule.
ORSOLYA_ L/SHUTTERSTOCK
IKVYATKOVSKAYA/ISTOCKPHOTO.COM
Raiz cintura de orquídeas epífitas.
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263 – Material do Professor 287
BIOLOGIA 2B
gema apical
nó
entrenó
gema
apical
sistema
da
Raiz do tipo holoparasita de Cuscuta sp. parte
aérea
folha
Aquáticas
Apresentam parênquima aerífero que armazena
ar, o que permite a flutuação das plantas. Geralmente
não possuem pelos absorventes, e a coifa é dupla e gema
axilar
bem desenvolvida.
caule
TIPOS DE CAULE
Aéreos
Caules do tipo tronco são bem desenvolvidos,
ramificados, com estrutura lenhosa, encontrados em
árvores e arbustos do grupo das angiospermas eudi-
cotiledôneas (pereira, mangueira, laranjeira) e no grupo
das gimnospermas (pinheiro, araucária, cedro).
ZOLTAN MAJOR/SHUTTERSTOCK
Raiz aquática do aguapé (Eichhornia sp.).
CAULE
Órgão vegetativo, geralmente aéreo, e possui fun-
ção de sustentação de folhas, flores e frutos; condução
das seivas mineral e orgânica, além de armazenamento
de reservas, como é o caso da batata-inglesa, cará, ce-
bola, alho e palmito. Como é clorofilado na fase jovem,
o caule pode realizar fotossíntese durante essa fase.
ESTRUTURA
A estrutura caulinar possui crescimento apical. O
caule cresce a partir do ápice, que é um meristema pri-
mário. À medida que o caule se alonga, diferenciam-se Tronco.
os nós, regiões do caule de onde saem as folhas. Os
espaços entre um nó e outro são chamados entrenós.
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288 264 – Material do Professor
DOUBLEO44/SHUTTERSTOCK
SNOW AT NIGHT/SHUTTERSTOCK
BIOLOGIA 2B
GUENTERMANAUS/SHUTTERSTOCK
do, nitidamente dividido em nós e entrenós, formando
gomos. No bambu, eles são ocos; na cana-de-açúcar,
repletos de parênquima de reserva de açúcares (sa-
carose). Caule típico das angiospermas monocotiledô-
neas (arroz, trigo, milho, cana-de-açúcar).
JEEP2499/SHUTTERSTOCK
Dom Bosco
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265 – Material do Professor 289
Subterrâneos
PHOTOWIND/SHUTTERSTOCK
BIOLOGIA 2B
Caule do tipo rizoma, desenvolve-se paralelamente
à superfície do solo. Pode emitir ramos aéreos e raízes
subterrâneas adventícias a partir de gemas ou brotos.
Distingue-se pela presença de gemas e ausência de
coifa – como na samambaia (pteridófita), na bananeira,
no gengibre e na espada-de-são-jorge.
Estolão do morango.
MNSTUDIO/SHUTTERSTOCK
KAANATES/ISTOCKPHOTO.COM
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290 266 – Material do Professor
senta uma porção basal chamada prato, do qual partem • estípulas: filamentos (apêndices) em forma de fo-
BIOLOGIA 2B
os catafilos – folhas modificadas que geralmente acu- lha que se desenvolvem na base de algumas folhas.
mulam reservas nutritivas. Existem diferentes tipos
NASKY/SHUTTERSTOCK
de bulbo, classificados em:
• tunicado: prato revestido por escamas, formando
catafilos superpostos – como na cebola (catafilos
simples) e no alho (catafilos compostos). limbo
Aquáticos
Próprios das plantas aquáticas, geralmente clorofi-
lados, apresentam aerênquima ou parênquima aerífero caule
desenvolvido, facilitando a flutuação.
Ilustração das regiões do caule. Elementos representados fora da escala
de tamanho. Cores fantasia.
FILIPE FRAZAO/SHUTTERSTOCK
FUNÇÕES
Fotossíntese
Especializada na realização desse processo, a folha
apresenta forma laminar, o que permite maior exposi-
ção à luz. O grande número de estômatos na epiderme
facilita a maior difusão de gás carbônico. Possui muitas
células clorofiladas.
Respiração
As células da folha respiram, assim como todas as
células vivas das plantas. Não se trata, portanto, de
órgão exclusivo ou especializado da respiração.
Transpiração
Perde água em forma de vapor principalmente por
meio de estômatos e da cutícula.
Caule aquático de vitória-régia (Victoria amazonica). Gutação ou sudação
Perda do excesso de água em forma líquida e sais
minerais. Os hidatódios, estruturas localizadas na
FOLHA margem das folhas, são responsáveis pelo fenômeno
Órgão vegetativo, clorofilado, geralmente com for- da gutação. Geralmente estão presentes em plantas
ma laminar. As folhas variam muito em forma e estru- pequenas de solo úmido, associados ao processo
tura, podendo apresentar as seguintes partes: de transporte ativo de seiva bruta. É formado pela
• limbo: porção geralmente laminar, achatada e bainha do feixe vascular, traqueídeos, epitema (pa-
ampla. As nervuras presentes no limbo corres- rênquima de paredes finas), pela câmara com água e
seu poro epidérmico. No processo de gutação, água
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267 – Material do Professor 291
BIOLOGIA 2B
Protegem meristemas das gemas ou brotos. No
bulbo, acumulam reservas nutritivas – como na cebola
e no alho.
KELENART/SHUTTERSTOCK
bulbo
tunicado catafilos
SUTHAM/SHUTTERSTOCK
ELTON ABREU/SHUTTERSTOCK
MORFOSES FOLIARES
As folhas podem apresentar formas bastante di-
ferentes, o que permite desempenhar funções como
proteção, atração de polinizadores, reserva de nutrien-
tes, entre outras. Espinhos em mandacaru (Cereus jamacaru).
Brácteas
Folhas modificadas, geralmente coloridas, pro- Gavinhas
tegem flores ou inflorescências (conjunto de flores Folhas longas, filamentosas, enrolam-se em supor-
no mesmo eixo). Além disso, auxiliam na atração de tes, auxiliando na fixação da planta – como na ervilha,
agentes polinizadores – como no antúrio e no bico-de- e na abóbora. Vale destacar que as gavinhas também
-papagaio. No copo-de-leite, são chamadas espatas. podem ser caules modificados, como na uva.
TVIOLET/SHUTTERSTOCK
POTAPOV ALEXANDER/SHUTTERSTOCK
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292 268 – Material do Professor
Folhas modificadas que ocorrem nas flores – por exemplo, sépalas, pétalas,
estames e carpelos.
Cotilédone
Folhas embrionárias nas sementes de angiospermas monocotiledôneas (um co-
tilédone) e eudicotiledôneas (dois cotilédones). Têm função de armazenar reservas
nutritivas.
Folhas coletoras
Típicas de plantas epífitas, como algumas orquídeas e bromeliáceas. Sua dispo-
sição favorece a acumulação de água das chuvas.
JOJOO64/SHUTTERSTOCK
Folhas coletoras de bromélia.
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269 – Material do Professor 293
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 2B
ÓRGÃOS VEGETATIVOS
Raiz Caule
Seiva
Condução da
Condução da Seiva
Nutrientes
Armazenamento de
Armazenamento de Nutrientes
Fixação da planta
Organização Organização
Zona pilífera
Gema ou broto
Coifa
Nó
Colo
Entrenó
Zona de ramificação
Respiratórias Tronco
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294 270 – Material do Professor
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 2B
Folha
Principais funções
Respiração Gutação
Transpiração Fotossíntese
Organização
Pecíolo
Limbo
Estípula
Bainha
Tipos
Antófilo
Bráctea
Catafilo
Coletora
Cotilédone
Estípula
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271 – Material do Professor 295
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 2B
1. UERJ-RJ (adaptada) – Por serem formados por se- d) apresentam epiderme e mesofilo altamente diferen-
dimentos bem finos, que se deslocam facilmente, os ciados.
solos dos mangues são mais instáveis. Árvores encon- e) têm pelos absorventes como os principais responsá-
tradas nesse ambiente apresentam adaptações que ga- veis pela absorção de água e sais minerais.
rantem sua sobrevivência, como o formato diferenciado Os pelos absorventes, células especializadas da epiderme localizadas
de suas raízes, ilustrado na imagem. na região pilífera das raízes das angiospermas, são os principais respon-
sáveis pela absorção de água e sais minerais pela planta.
ONDREJ PROSICKY/
SHUTTERSTOCK
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296 272 – Material do Professor
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
BIOLOGIA 2B
7. UFRGS-RS – Algumas estruturas das angiospermas 11. Uece-CE (adaptada) – As raízes das angiospermas
desenvolveram modificações ao longo da evolução, que podem apresentar especializações que permitem
permitiram adaptações ambientais importantes. classificá-las em diversos tipos. É correto afirmar que
Considere as seguintes afirmações sobre essas es- a) as raízes-escoras apresentam um revestimento cha-
truturas. mado velame, uma epiderme multiestratificada.
I. Cenoura é um caule modificado subterrâneo que b) as raízes-respiratórias ou pneumatóforos são adap-
acumula nutrientes. tadas à realização de trocas gasosas que ocorrem
nos pneumatódios.
II. Plantas de ambientes desérticos, tais como cactos,
têm folhas modificadas em espinhos e caules fotos- c) as raízes-tuberosas possuem o apreensório para se
sintetizantes. fixarem ao hospedeiro e de onde partem finas pro-
jeções, os haustórios.
III. Plantas com flores de pétalas pequenas ou inexis-
tentes podem apresentar folhas modificadas na base d) as raízes-sugadoras armazenam reservas nutritivas,
do receptáculo floral, com função de atrair polini- principalmente o amido, e por isso apresentam gran-
zadores. de diâmetro.
Quais estão corretas? 12. Sistema Dom Bosco – Folhas modificadas que geral-
a) Apenas I. d) Apenas II e III. mente acumulam reservas nutritivas são chamadas de
__________ e são encontradas em caules subterrâneos
b) Apenas II. e) I, II e III.
do tipo ________.
c) Apenas III.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as
8. Sistema Dom Bosco – Estrutura aérea dividida por lacunas.
nós, da qual normalmente saem raízes adventícias e a) estípula; xilopódio.
ramos aéreos. Permitem que a planta se reproduza b) antófilo; tuberoso.
assexuadamente a partir dos nós.
c) catafilo; cladódio.
A estrutura descrita acima é conhecida como d) cotilédone; bulbo.
a) xilopódio. c) estolão. e) hidatódio. e) catafilo; bulbo.
b) rizoma. d) colmo.
13. UERN-RN – A maniçoba, espécie nativa na caatinga
9. UEM-PR – Sobre os diferentes órgãos vegetais utiliza- e da qual se extrai látex, é um exemplo de planta que
dos na alimentação humana, assinale a(s) alternativa(s) apresenta um caule tuberoso e subterrâneo. Esse tipo
correta(s). de caule armazena água e substâncias de reserva para
01) Gengibre, cebola, beterraba e mandioca são exem- que a planta possa se adaptar bem ao ambiente com
plos de raízes. restrição de água. Essa modificação especial do caule
02) Tomate, uva, goiaba e pepino são classifi cados é conhecida por
como frutos do tipo baga. a) rizóforo.
04) A banana é um exemplo de fruto partenocárpico, b) cladódio.
dentro da qual os pontos escuros correspondem c) filocládio.
aos óvulos não desenvolvidos.
d) xilopódio.
08) A semente de soja é encontrada dentro de um fruto
seco deiscente conhecido como legume. 14. Sistema Dom Bosco – As plantas traqueófitas pos-
16) A cana-de-açúcar apresenta caule do tipo estipe, suem órgãos vegetativos (raízes, caules e folhas) adap-
encontrado nas monocotiledôneas. tados às mais diferentes funções. O que são hidatódios
e em que órgão vegetal são encontrados?
10. Sistema Dom Bosco – Complete o quadro abaixo, re-
lacionando corretamente a descrição apresentada na
coluna B à estrutura vegetativa correspondente na colu-
na A. Cite pelo menos um exemplo para cada estrutura.
Coluna A Coluna B
Cresce enrolando-se no tronco da planta
suporte; possui um tecido especial chamado
velame.
Apresenta coifa dupla, bem desenvolvida e
sem pelos absorventes.
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273 – Material do Professor 297
15. Udesc-SC – Fornecer suporte às folhas e transportar as 17. UEPG-PR (adaptada) – Um tipo de caule de plantas
BIOLOGIA 2B
seivas bruta e elaborada são as principais funções dos comum e conhecido é o tronco, que é aéreo e vertical,
caules. Analise as proposições em relação à informação. com ramificações. No entanto, muitas plantas apresen-
I. O caule do tipo volúvel é um caule aéreo, ereto e tam caule com adaptações especiais.
lenhoso, a exemplo, uva, chuchu e feijão. 01) O tubérculo é um caule subterrâneo rico em mate-
II. O caule do tipo colmo é um tipo de caule lenhoso rial nutritivo, exemplo: a batata comum.
e rastejante no qual são nitidamente observadas 02) Cladódio é um caule aéreo modificado com função
as regiões de nó e interno, a exemplo, palmito fotossintetizante e/ou de reserva de água.
e coqueiro. 04) O caule volúvel é ereto e rígido, possuindo poucas
III. O caule do tipo rizoma é um caule subterrâneo com folhas e com espinhos.
desenvolvimento perpendicular à superfície, a exem- 08) Rizóforo é um caule cilíndrico em que se observam
plo, batata-inglesa, cenoura e aipim. nitidamente os nós e entrenós, formando os go-
IV. O caule do tipo bulbo é um caule subterrâneo, de mos, como ocorre no bambu.
tamanho reduzido e envolvido por folhas modifica- 16) Rizoma é um caule aéreo rastejante em que há
das, a exemplo, cebola e alho. enraizamento em vários pontos. Se a ligação entre
V. O caule do tipo estipe é um caule com muitos galhos um enraizamento e outro for interrompida, a planta
e lenhoso, a exemplo, laranjeira e coqueiro. morre.
Assinale a alternativa correta. a) Em relação às adaptações do caule, quais afirmativas
estão corretas?
a) Na afirmativa IV a descrição do caule está correta,
assim como os exemplos deste tipo de caule.
b) Na afirmativa I a descrição do caule está correta,
assim como os exemplos deste tipo de caule.
c) Na afirmativa II a descrição do caule está correta,
porém os exemplos são de outro tipo de caule.
d) Na afirmativa III a descrição do caule está correta,
assim como os exemplos deste tipo de caule.
e) Na afirmativa V a descrição do caule está correta,
porém os exemplos não são deste tipo de caule. b) Corrija as afirmativas incorretas, tornando-as verda-
deiras.
16. Uece-CE – Considerando as raízes das angiospermas,
assinale a opção que apresenta corretamente os tipos
de raiz correspondentes às seguintes descrições:
I. Atua como órgão de reserva de alimento, que, nas
plantas, se encontra na forma de amido.
II. Seu eixo principal é subterrâneo e profundo, pos-
suindo ramificações que garantem a fixação da
planta no solo.
III. Comum em plantas aéreas, busca envolver a planta
hospedeira, comprometendo a circulação da seiva.
IV. Os ramos radiculares são fundidos ao caule e são
importantes na fixação da planta no solo.
A sequência correta é:
a) I. tuberosa; II. pivotante; III. estrangulante; IV. tabular.
b) I. catafilo; II. pneumatóforo; III. estrangulante; IV.
escora.
c) I. catafilo; II. sugadora; III. fasciculada; IV. tabular.
d) I. tuberosa; II. axial; III. rizoide; IV. escora.
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298 274 – Material do Professor
Observe os caules abaixo, indicados pelas setas, nas b) haste / rastejante / tubérculo / escapo.
figuras A, B, C e D. c) estipe / rizoma / bulbo / haste.
d) colmo / rizoma / tubérculo / volúvel.
e) colmo / haste / tubérculo / estipe.
TRANSPIRAÇÃO VEGETAL E
BIOLOGIA 2B
CONDUÇÃO DE SEIVAS
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300 276 – Material do Professor
TRANSPIRAÇÃO
BIOLOGIA 2B
HALFOFMOON/SHUTTERSTOCK
Plantas adaptadas à redução da taxa de transpiração. (A) Baobá (Adansonia sp.), sem folhas, no período de seca. (B) Fouquieria splendens, planta que
ocorre no Deserto de Sonora (sudoeste dos EUA e norte do México). Na maior parte do ano, a planta não tem folhas, produzindo folhas pequenas somente
após chuvas intensas. (C) Cacto Cephalocereus senilis, encontrado em deserto no México. Tricomas brancos recobrem o cacto, refletindo a radiação solar.
ESTRUTURA FOLIAR
A transpiração ocorre principalmente pelos estômatos presentes na superfície
foliar (cerca de 95% da água perdida) e pela cutícula. A cutícula é uma camada de
cera produzida pelas células da própria epiderme, que impermeabiliza a superfície
foliar, diminuindo sensivelmente a taxa de transpiração das plantas terrestres. Os
estômatos geralmente estão localizados na epiderme da face inferior das folhas
epiderme de plantas terrestres. Com isso, a incidência direta do
VECTON/SHUTTERSTOCK
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277 – Material do Professor 301
KALLAYANEE NALOKA/SHUTTERSTOCK
O fechamento dos estômatos é um mecanismo
cloroplasto
ostíolo parcialmente fundamental de economia de água pela planta e ocor-
BIOLOGIA 2B
aberto
células-guarda re quando o vegetal está submetido a condições de
restrição hídrica.
KAZAKOVA MARYIA/SHUTTERSTOCK
cloroplasto
células anexas ostíolo fechado
parede celular
mais espessa
vacúolo
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302 278 – Material do Professor
Principais diferenças
Grupo C3 C4 CAM
crassuláceas,
arroz, cana-de- abacaxi e
Exemplos
soja, trigo -açúcar, milho algumas
pteridófitas
zonas regiões
regiões
Ambientes tropicais semiáridas Demonstração da transpiração: utilização de saco plástico para envolver
áridas ramos com folhas. Note a condensação do vapor-d’água decorrente da
úmidas ou desérticas transpiração das folhas nas paredes internas do saco plástico.
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279 – Material do Professor 303
A gutação é comum em plantas de pequeno porte, água e os sais minerais devem passar obrigatoriamente
que ocorrem em locais em que a umidade do ar é ele- pelo interior das células endodérmicas (via simplasto),
BIOLOGIA 2B
vada e há grande disponibilidade de água para o solo. permitindo a seleção de materiais que chegam até os
O processo de gutação ocorre quando a transpiração é vasos do xilema:
muito lenta ou ausente, sendo importante para eliminar • da endoderme, a seiva passa pelo cilindro vas-
o excesso de seiva bruta da planta. cular, chegando ao xilema da raiz. A endoderme
Um fenômeno que se confunde com a gutação é a também evita o retorno da água;
formação de orvalho, que nada mais é do que a forma- • da raiz, a seiva bruta é transportada para a parte
ção de gotas de água na superfície das folhas pela con- aérea da planta (caule e folhas), sendo eliminada
densação do vapor-d´água presente no ar atmosférico. na transpiração, usada como componente celular
e reagente da fotossíntese, e na composição da
CONDUÇÃO DE SEIVAS seiva conduzida pelo floema.
A ascensão da seiva bruta, das raízes até as folhas,
BRUTA E ELABORADA depende de alguns fatores: capilaridade, pressão de
Algas e briófitas são destituídas de sistemas es- raiz, fluxo de massa e força de sucção gerada pela
pecializados no transporte de seiva. Nessas plantas, a transpiração das folhas.
água e os nutrientes passam de uma célula para a outra
Capilaridade
por difusão ou osmose. Pteridófitas, gimnospermas e
Vasos lenhosos são extremamente delgados e têm
angiospermas têm tecidos condutores de seiva, o que
diâmetro microscópico. Em decorrência disso, apre-
permite que as plantas desses grupos atinjam portes
bem maiores que as algas e briófitas. sentam a propriedade conhecida como capilaridade.
Em tubos de pequeno diâmetro, ocorre a ascensão
SEIVA BRUTA OU MINERAL espontânea de líquido. Moléculas de água ficam muito
É conduzida pelos vasos lenhosos do xilema ou próximas umas das outras, o que resulta na coesão
lenho. O trajeto da seiva bruta do solo até o xilema entre si e grande adesão às paredes dos vasos condu-
ocorre da seguinte forma: pelos absorventes retiram tores de xilema. Entretanto, a capilaridade permite que
água e sais minerais do solo; a solução absorvida do o líquido suba apenas poucos centímetros em razão do
solo atravessa o córtex da raiz até o cilindro vascu- peso da coluna de água sob ação da gravidade.
lar (células condutoras do xilema), deslocando-se no
interior das células (via simplasto) ou pelos espaços
existentes entre elas (via apoplasto).
• Via simplasto: deslocamento, pelo interior do cito-
plasma, das células do córtex através dos plasmo-
desmos (pontes citoplasmáticas entre as células).
• Via apoplasto: deslocamento através dos es-
paços intercelulares entre as paredes celulares.
Essa é a via de percurso preferencial, em razão
da maior velocidade da água no interior da raiz.
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304 280 – Material do Professor
seiva do
água
xilema
células do
folha mesofilo
estômato
molécula
de água
Transpiração
atmosfera
Cores fantasia.
caule
As células das raízes mantêm o citoplasma com alta
concentração de íons, isto é, permanecem osmoticamen-
te ativas por meio do transporte ativo de íons do solo para
dentro das células. Dessa forma, tornam-se hipertônicas coesão
coesão e
em relação ao solo e absorvem a água dele e os sais adesão no
minerais nele dissolvidos por osmose, principalmente xilema
por meio dos pelos absorventes. Essa solução aquosa molécula de água
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281 – Material do Professor 305
BIOLOGIA 2B
Solução de água e compostos orgânicos (açúcares,
ácidos graxos, hormônios, vitaminas) transportada pelo Algumas observações e experimentos confirmam
floema. A seiva do floema move-se dos locais de pro- a teoria do fluxo por pressão. Pulgões (afídeos) são
dução de açúcar para os locais onde ele é utilizado ou insetos parasitas de plantas que se alimentam da seiva
armazenado, sendo um transporte bidirecional. do floema. Seus estiletes (aparato bucal) penetram a
Uma fonte de açúcar é um órgão vegetal produtor célula do tubo crivado do floema, onde flui a seiva ela-
de açúcar, e um dreno de açúcar é um órgão con- borada. A pressão da seiva força sua saída pelo trato
sumidor de açúcar. Raízes em crescimento, gemas, digestivo do animal, como gotículas de secreção açu-
caules, folhas jovens e frutos são drenos. Órgãos de carada. Cortando-se o estilete inserido no tubo crivado,
reserva (como tubérculos ou bulbos) podem ser fontes separando-o do pulgão, gotículas de seiva elaborada
ou drenos, dependendo da estação do ano. Quando continuam a sair pelo estilete, demonstrando que o
armazenam carboidratos, são drenos; já quando seu floema flui por pressão.
amido armazenado é decomposto em açúcar, por
2 2 – Essa absorção
de água gera uma
pressão positiva que
força a seiva a fluir ao
longo do tubo.
3 – A pressão diminui
pelo descarregamento
raiz de
de açúcar e pela
reserva
consequente perda de
(célula-dreno)
água no dreno.
4 – No transporte do
4 3 açúcar – "folha-raiz", o
H2O
xilema reutiliza a água
xilema floema
Transporte de seiva elaborada pelas células (tubo crivado) do floema.
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306 282 – Material do Professor
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 2B
FISIOLOGIA VEGETAL
Seiva bruta
Floema
Xilema
Açúcares e água
Água e sais minerais
Folhas → raízes
Raízes → folhas
Transpiração Pressão de
Teoria de Dixon Adesão-coesão
“sucção da copa”
Capilaridade
Trajetos
Cerca de 10% de perda Cuticular
de água
Via simplasto Via apoplasto
Água disponível
Controle/
Luminosidade
regulação
Concentração de CO2
Espinhos
Metabolismo C4/CAM Adaptações a
ambientes secos
Cutícula espessa
Parênquima aquífero
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 2B
1. Uece-CE – A zona pilífera da raiz apresenta células epi- a) Cite as trocas gasosas que ocorrem por meio do
dérmicas com projeções citoplasmáticas denominadas ostíolo quando se encontra aberto durante certos
de absorventes, cuja principal função é absorver água períodos do dia.
e sais minerais indispensáveis à sobrevivência das
Através da abertura dos ostíolos (ou fenda estomática), os estômatos,
plantas. A absorção de água pelas raízes dos vegetais
acontece normalmente quando
localizados principalmente nas folhas, regulam as trocas gasosas (libe-
a) os níveis de sais no interior das células são menores
do que a quantidade de sais do solo.
ração de O2 e absorção de CO2 da atmosfera) e a transpiração (perda
b) a concentração de sais no interior da raiz é superior
à concentração de sais do solo.
de água na forma de vapor) das plantas.
c) células epidérmicas e solo apresentam a mesma
concentração de sais.
d) existe maior quantidade de água nas células do que
no solo.
A absorção de água pelas raízes dos vegetais acontece normalmente
quando a concentração de sais no interior da raiz é maior (hipertônica)
que a concentração de sais no solo.
b) Explique o motivo pelo qual as plantas aquáticas
podem ficar com os ostíolos abertos o dia inteiro,
2. Unesp – A figura mostra duas propriedades da molécula
enquanto as plantas terrestres podem fechá-los em
de água, fundamentadas na polaridade da molécula e
períodos mais quentes do dia.
na ocorrência de pontes de hidrogênio.
As plantas aquáticas não estão submetidas a condições de restrição hí-
adesão
H O drica, de modo que não necessitam evitar a perda de água decorrente
H
da transpiração fechando seus estômatos, podendo mantê-los abertos
O H
durante todo o dia. Já as plantas terrestres têm disponibilidade de água
H
O
limitada, dessa forma, precisam evitar a perda de água decorrente da
H H
coesão transpiração fechando seus estômatos quando as condições ambientais
objeto polar ou
são desfavoráveis (por exemplo, nas horas do dia em que as temperatu-
eletricamente carregado
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308 284 – Material do Professor
5. Udesc-SC – Analise as proposições abaixo em relação a) Que tecido condutor foi interrompido? Cite a subs-
BIOLOGIA 2B
6. Famerp-SP – Um tempo após a extração de um anel situadas abaixo do corte no caule, fazendo com que a seiva se acumule
completo (anel de Malpighi), o ramo de uma árvore
apresentou a seguinte configuração: quando o floema atinge a região que foi cortada.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. UEPG-PR– A folha é uma estrutura laminar adap- 16) A região interna da folha, ou mesófilo, é constituída
tada à captação de luz. Sua forma e a disposição de células ricas em cloroplastos e grandes espaços
interna dos tecidos refletem adaptações a diferen- por onde circula o ar atmosférico, permitindo assim
tes tipos de ambiente. Sobre o assunto, assinale o a troca de gases com o ambiente.
que for correto.
8. Unesp – Considere o seguinte experimento:
01) A epiderme foliar é quase sempre formada por uma
Um experimento simples consiste em mergulhar a extre-
única camada de células, contudo em regiões ári-
das, as folhas podem apresentar a epiderme com midade cortada de um ramo de planta de flores com péta-
muitas camadas celulares e conter mais estômatos. las brancas em uma solução colorida. Após algum tempo,
São as plantas xerófitas. as pétalas dessas flores ficarão coloridas.
02) As células da epiderme secretam cutina, for- Fonte: Sergio Linhares e Fernando
mando uma película praticamente impermeável, Gewandsznajder. Biologia hoje, 2011.
a cutícula. As trocas gasosas ocorrem por meio Considere os mecanismos de condução de seiva bruta
dos estômatos, presentes principalmente na face
e seiva elaborada nos vegetais. Nesse experimento, o
inferior da folha.
processo que resultou na mudança da cor das pétalas
04) Os hidatódios estão localizados nas bordas de al-
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285 – Material do Professor 309
BIOLOGIA 2B
osmótica nas células dessa região, forçando a passa-
gem de água com corante pelo xilema até as células
das pétalas das flores.
c) seiva elaborada, sendo que, por transporte ativo, as
11. Fuvest-SP – Muitas plantas adaptadas a ambientes
células adjacentes ao floema absorveram a sacarose
produzida nas pétalas da flor, o que aumentou a pres- terrestres secos e com alta intensidade luminosa apre-
são osmótica nessas células, permitindo que, por sentam folhas
osmose, absorvessem água com corante do floema. a) pequenas com estômatos concentrados na parte in-
d) seiva bruta, sendo que a evapotranspiração na parte ferior, muitos tricomas claros, cutícula impermeável
aérea da planta criou uma pressão hidrostática ne- e parênquima aquífero.
gativa no interior do xilema, forçando a elevação da b) grandes com estômatos concentrados na parte infe-
coluna de água com corante até as pétalas das flores. rior, poucos tricomas claros, cutícula impermeável e
e) seiva elaborada, sendo que a solução colorida era parênquima aerífero.
hipotônica em relação à osmolaridade da seiva elabo- c) pequenas com estômatos concentrados na parte su-
rada e, por osmose, a água passou da solução para o perior, ausência de tricomas, cera sobre a epiderme
interior do floema, forçando a elevação da coluna de foliar e parênquima aquífero.
água com corante até as pétalas das flores. d) grandes com estômatos igualmente distribuídos em
ambas as partes, ausência de tricomas, ausência de
9. UEM-PR (adaptada) – Sobre o funcionamento do corpo cera sobre a epiderme foliar e parênquima aerífero.
vegetal, identifique a(s) alternativa(s) incorreta(s).
e) pequenas com estômatos concentrados na parte su-
01) Nas plantas de grande porte, a seiva bruta é trans- perior, muitos tricomas claros, cera sobre a epiderme
portada pelos vasos lenhosos desde a raiz até as foliar e parênquima aerífero.
folhas por capilaridade.
02) A transpiração cuticular é o principal mecanismo de 12. UFRGS-RS – Considere as seguintes afirmações sobre
eliminação de água pela planta. as relações hídricas e fotossintéticas das plantas.
04) No processo de fotossíntese são produzidos glicí- I. A água absorvida pelas raízes percorre uma única
dios que são distribuídos por todo o corpo vegetal via, através dos espaços intercelulares.
por meio do floema. II. A abertura dos estômatos permite a saída do vapor-
08) As células das raízes mantêm o citoplasma com d´água e a entrada do CO2 atmosférico por difusão.
alta concentração de íons, isto é, permanecem os- III. Apenas uma fração da água absorvida é retida na
moticamente ativas por meio do transporte ativo de
planta e utilizada em seu metabolismo.
íons do solo para dentro das células.
16) Vasos lenhosos são extremamente delgados Quais estão corretas?
e têm diâmetro microscópico, o que possibilita a a) Apenas I. d) Apenas II e III.
capilaridade. b) Apenas II. e) I, II e III.
10. UERJ-RJ (adaptada) – Os estômatos são estruturas c) Apenas I e III.
encontradas na maioria dos órgãos aéreos dos vegetais.
13. PUC-Rio (adaptada) – Os estômatos são estruturas
Situados na epiderme, são formados por duas células-
formadas por um conjunto de células localizado geral-
-guarda que controlam a abertura de um orifício, o os-
mente na epiderme foliar, constituindo um canal para
tíolo. Eles desempenham papel fundamental na fotos-
trocas gasosas e transpiração nos vegetais.
síntese, pois permitem as trocas gasosas no vegetal.
A abertura dos estômatos de duas espécies vegetais, Considerando o processo de transpiração vegetal, mar-
A e B, foi monitorada em duas condições: uma das que a alternativa incorreta sobre os estômatos.
espécies foi mantida em ambiente quente e seco; a a) Mantêm-se abertos na presença de luz quando há
outra em ambiente quente e úmido. Observe, no gráfi- disponibilidade adequada de água.
co, a porcentagem máxima de abertura dos estômatos b) Ficam fechados com suprimento de água ideal.
verificada ao longo de um dia:
c) Abrem-se com uma baixa concentração de CO2 na folha.
100
d) Quando estão abertos, acarretam a perda de água
Abertura máxima (%)
pela transpiração.
B
80
14. Unisa-SP (adaptada) – A transpiração vegetal pode
ser demonstrada por meio da utilização do papel de
60
cobalto. Quando seco, o papel apresenta coloração
azul e, quando em contato com a umidade, apresenta
40 A coloração rósea. Em um experimento, três plantas não
desérticas e da mesma espécie foram colocadas em
20 recipientes de vidro distintos e vedados. A epiderme
inferior de algumas das folhas das três plantas foi co-
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310 286 – Material do Professor
luz do dia e baixa concentração de gás carbônico no ar. a) abertos na condição 1, pois há intenso bombea-
Em qual desses recipientes o papel de cobalto apre- mento de íons k1 das células-guarda para as células
sentará coloração rósea mais rapidamente? Justifique acessórias, resultando na perda de água e flacidez
sua resposta. destas últimas.
b) fechados na condição 2, pois há redução na troca de
íons k1 entre as células acessórias e as células-guar-
da, mantendo a turgidez de ambas.
c) abertos na condição 2, pois há intenso bombea-
mento de íons k1 das células-guarda para as células
acessórias, resultando na perda de água e flacidez
destas últimas.
d) fechados na condição 1, pois há intenso bombea-
mento de íons k1 das células acessórias para o inte-
rior das células-guarda, resultando na perda de água
e flacidez destas últimas.
e) abertos na condição 2, pois há intenso bombea-
mento de íons k 1 das células acessórias para o
interior das células-guarda, resultando na turgidez
15. Fuvest-SP – A prática conhecida como Anel de Malpighi destas últimas.
consiste na retirada de um anel contendo alguns teci-
dos do caule ou dos ramos de uma angiosperma. Essa 17. UFPR-PR – Estômatos são estruturas vegetais espe-
prática leva à morte da planta nas seguintes condições: cializadas que ocorrem principalmente nas folhas e que
apresentam dois estados funcionais característicos,
aberto e fechado. Diferentes condições ambientais,
Partes Órgão do apresentadas na tabela abaixo, acarretam a abertura
Tipo(s)
retiradas qual o anel ou fechamento dessas estruturas.
de planta
no anel foi retirado a) Preencha a tabela, identificando qual o comporta-
mento que os estômatos terão em cada condição
Periderme, apresentada.
a) Eudicotiledônea parênquima e Caule
floema
Comportamento
Epiderme,
Condição ambiental dos estômatos
b) Eudicotiledônea parênquima e Ramo
(aberto x fechado)
xilema
Alta
Epiderme e Intensidade luminosa
c) Monocotiledônea Caule ou ramo Baixa
parênquima
Periderme, Alto
Eudicotiledônea Suprimento de água
d) parênquima e Caule ou ramo Baixo
Monocotiledônea
floema
Alta
Periderme, Concentração de CO2
Eudicotiledônea
e) parênquima e Caule Baixa
Monocotiledônea
xilema
b) Explique um desses comportamentos (apenas um).
BIOLOGIA 2B
18. Famerp-SP C8-H28 A absorção de do solo através do pelo
Analise a ampliação de uma imagem em escala mi- radicular ocorre por , atingindo o xilema
croscópica. primário, tecido responsável pela condução do que
foi absorvido até a porção superior dos vegetais. A
DIMARION/SHUTTERSTOCK
xilema primário
pelo radicular
HORMÔNIOS VEGETAIS
As plantas, diferentemente da
PATHASTINGS/DREAMSTIME.COM
maioria dos animais, não podem rea-
• Hormônios gir às condições do ambiente em que
• Movimentos das plantas vivem, deslocando-se. Uma vez que
• Luz e desenvolvimento a primeira raiz é emitida no solo, a
vegetal planta estará fixada nesse local.
Ainda assim, as plantas têm a
HABILIDADES capacidade de responder e fazer
• Conhecer os principais ajustes segundo uma ampla faixa
hormônios vegetais e as de alterações e estímulos oriundos
funções que desempenham do ambiente em que vivem. Elas rea-
no crescimento e gem, principalmente, alterando seu
metabolismo das plantas. padrão de crescimento e de desen-
• Reconhecer os tipos de volvimento, como a forma e a dispo-
movimento realizados sição de ramos e folhas, de sua parte
pelas plantas. aérea em resposta à disponibilidade
• Compreender a influência de luz, e a forma e a disposição de
da luminosidade no suas raízes em resposta à distribui-
desenvolvimento das ção de água e nutrientes no solo.
plantas. Os hormônios vegetais, ou fitor-
• Identificar padrões em mônios, controlam o crescimento
fenômenos e processos e o desenvolvimento das plantas,
vitais dos organismos, bem como suas respostas aos es-
como manutenção do tímulos externos, tais como a luz, a
equilíbrio interno e relações
gravidade e o ataque de herbívoros. Planta crescendo em residência, próximo a uma janela. Esse
com o ambiente. é um exemplo de fototropismo positivo.
Sabe-se que uma planta crescen-
do em um vaso perto de uma janela terá seu caule curvado em direção à fonte de
luz. Também é de conhecimento popular que, ao comprarmos frutas ainda verdes,
podemos acelerar seu amadurecimento colocando-as em um saco plástico fechado,
ou retardar o tempo de amadurecimento das frutas colocando-as na geladeira.
Neste módulo veremos como os fitormônios e alguns estímulos externos estão
envolvidos em processos como esses.
HORMÔNIOS
São moléculas que controlam os processos de crescimento e desenvolvimento,
como o aumento do número de células, do volume celular e da biomassa, aumento
este relacionado ao aparecimento de novas características estruturais, como: raiz,
caule, folhas, flores, sementes e frutos.
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289 – Material do Professor 313
AUXINAS
BIOLOGIA 2B
O coleóptilo tem sido uma estrutura importante no estudo dos hormônios. Trata-se
de uma estrutura que contém as primeiras folhas de uma planta jovem. Em 1880,
Charles Darwin (1809-1882) e Francis Darwin (1848-1925) realizaram experimentos
com coleóptilos de gramíneas e verificaram a influência da luz em seu crescimento.
luz
Escuro
ágar
A B C D E
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314 290 – Material do Professor
Efeitos
Experimentalmente, foi demonstrado que órgãos da planta apresentam sensibi-
lidades diferentes à auxina: a raiz é a mais sensível; o caule é o menos sensível; e
as gemas laterais apresentam sensibilidade intermediária.
A auxina, além de promover a distensão celular (alongamento), quando distri-
buída caule abaixo, inibe o desenvolvimento das gemas laterais (localizadas nas
axilas das folhas), que ficam em estado de dormência (fenômeno conhecido como
dominância apical). Isso ocorre em razão da elevada concentração do hormônio
na região das gemas laterais.
Quando a gema apical da planta é removida, grande parte da auxina deixa de
ser produzida e, com isso, ocorre a diminuição na concentração desse hormônio.
Assim, as gemas laterais deixam o estado de dormência, isto é, deixam de estar
sob dominância apical e se desenvolvem formando novos ramos laterais. A remoção
das gemas apicais é chamada de poda, a qual promove o aumento da copa da planta
por meio da formação de novos ramos laterais.
BANKIRAS/SHUTTERSTOCK
gema apical
gemas laterais
Nessa espécie vegetal, observa-se a dominância
apical sobre as gemas laterais.
Material exclusivo para professores Muitas plantas se propagam vegetativamente, ou seja, sem a participação de
sementes, por meio de segmentos do caule (estacas) ou até mesmo de folhas. Entre-
tanto, para que se desenvolvam em novas plantas, é necessária a formação de raízes
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291 – Material do Professor 315
BIOLOGIA 2B
formação das raízes, as quais fixam o vegetal no solo, além de absorverem água e
sais minerais. Esse tipo de propagação por estacas é comum na produção de “cercas
vivas” de grandes extensões.
Plantas como violetas podem ser propagadas usando-se o hormônio auxina para
promover a formação de raízes por meio das folhas.
Abscisão
É a queda periódica de folhas (abscisão foliar), flores e frutos. Quando uma folha
envelhece, há diminuição da concentração de auxina no limbo foliar. Com outras
substâncias, ela se desloca para o caule, ao mesmo tempo que ocorre o aumento
de concentração do hormônio etileno. O etileno estimula a ação de enzimas, as
quais provocam a degeneração dos tecidos do pecíolo, formando uma camada de
abscisão. É nesse local que as folhas se desprendem da planta e caem.
caule pecíolo
A abscisão foliar é controlada por uma razão entre a concentração de etileno e auxina. Após a queda da folha, é
formada uma camada protetora que contém um depósito de suberina (cicatriz foliar).
Partenocarpia
À medida que a semente se desenvolve, ocorre a produção de auxina, a qual
estimula o desenvolvimento do fruto. Com esse conhecimento, o ser humano pro-
duz frutos sem sementes por meio da aplicação de auxina no carpelo de flores não
polinizadas (fenômeno de partenocarpia) – por exemplo, laranja-da-baía, uva e tomate.
ALEXANDER GRUSHIN/LINDAVOSTROVSKA/ISTOCKPHOTO
AIA
tomate fecundado (tomate sem sementes)
ALEXANDER GRUSHIN/ALEXANDER GRUSHIN/
DREAMSTIME.COM
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316 292 – Material do Professor
CITOCININA
BIOLOGIA 2B
GIBERELINA
A descoberta dessa substância ocorreu na década de 1920 no Japão. Agricultores
japoneses notaram que alguns pés de arroz apresentavam crescimento exagerado,
quebrando-se facilmente. O botânico Kurosawa estudou esse fenômeno, o qual
representava grande importância econômica, e descobriu que as plantas anormais
apresentavam um fungo denominado Gibberella fujikuroi.
Kurosawa demonstrou que o fungo produzia uma substância indutora de cres-
cimento, que recebeu o nome de giberelina. Esse hormônio promove o cresci-
mento normal de plantas anãs (reversão de nanismo genético), induz a quebra da
dormência de determinadas sementes, induz a partenocarpia e estimula a germinação
das sementes. A síntese de giberelina ocorre em três locais: frutos, sementes em
desenvolvimento e raízes.
ETILENO
Hormônio gasoso produzido por todas as partes das plantas. É também
um gás liberado como resíduo em combustões, como na queima de madeira,
gasolina e álcool.
CH 2 CH 2
Etileno
ÁCIDO ABSCÍSICO
Também conhecido como ABA, é um hormônio que inibe o crescimento das
plantas, induzindo a dormência de sementes e gemas. Esse efeito é bastante impor-
tante, uma vez que possibilita que as plantas respondam adequadamente a condições
ambientais adversas, como restrição hídrica e baixas temperaturas. Também induz
o fechamento dos estômatos em condições de estresse hídrico.
FOTOTROPISMO E GEOTROPISMO
Material exclusivo para professores Tropismo é o movimento orientado em relação a uma fonte de estímulo. Pode
ser positivo, quando ocorre em direção à fonte, ou negativo, em direção oposta
à fonte. Nas plantas, o tropismo está relacionado com o estímulo externo e a ação
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293 – Material do Professor 317
BIOLOGIA 2B
curvatura do caule em direção à luz.
WIMALGORZATA/DREAMSTIME.COM
auxina promove o
alongamento celular
DESIGNUA/DREAMSTIME.COM
face
sombreada
luz
fotoinibição
da auxina
À direita, plantas jovens de tomate crescendo em direção à luz solar. À esquerda, esquema que representa o estímulo da
auxina ao crescimento das células na sua face sombreada, promovendo o curvamento do caule; na face iluminada do caule a
auxina é fotoinibida. Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
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318 294 – Material do Professor
NASTISMO
BIOLOGIA 2B
Movimentos que não são orientados em relação à fonte do estímulo são deno-
minados nastismo. Dependem da simetria interna do órgão, que deve ter disposição
dorsiventral, como folhas de plantas.
Fotonastismo é o movimento que ocorre quando uma flor está desabrochando
e representa o movimento de curvatura das pétalas em direção à base da corola. O
movimento não é orientado pela direção da luz, acontecendo, então, sempre para
a mesma posição.
Existem flores que se abrem na presença de luz, fechando-se à noite, como a
onze-horas. Há também aquelas que se fecham na presença de luz, abrindo-se du-
rante a noite, como a dama-da-noite e algumas espécies de orquídeas.
A abertura e o fechamento das flores das plantas em resposta à presença ou à
ausência de luz também estão correlacionados com a atividade de seus agentes
polinizadores. Plantas cujas flores se abrem durante a noite possuem polinizadores
ativos durante esse período; a mesma coisa acontece com as flores que se abrem
durante o dia e seus polinizadores.
IAM555MAN/ISTOCKPHOTO
SNEZANA VASILJEVIC/SHUTTERSTOCK
Flores de angiospermas que apresentam movimentos de nastismos. À esquerda onze-horas (Portulaca grandiflora), planta que abre suas pétalas por volta
do meio-dia; à direita; dama-da-noite, nome popular dado a várias espécies de plantas cujas flores se abrem à noite.
VERASTUCHELOVA/DREAMSTIME.COM
Material exclusivo para professores Tigmonastismo em folhas de planta carnívora, Dionaea sp. Planta com folhas abertas (à esquerda); folhas fechadas com inseto capturado (à direita).
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295 – Material do Professor 319
BIOLOGIA 2B
Pigmento envolvido nas respostas ao fotoblastismo
dos pulvinos. (germinação de sementes) e ao florescimento. O pig-
mento é uma proteína de cor azul que é encontrada sob
SUTHAM/SHUTTERSTOCK
Luz vermelha
Fv Fve
Luz vermelho-distante
TACTISMO FOTOPERIODISMO
Movimento que ocorre em vegetais e animais ca- Controle exercido pelo período luminoso durante a
racterizado pelo deslocamento positivo ou negativo de duração do dia (razão entre claro e escuro) sobre certos
estruturas vegetais em resposta a estímulos externos. fenômenos fisiológicos da planta, como germinação de
• Fototactismo: movimento dos cloroplastos de sementes, queda das folhas e floração.
acordo com a intensidade luminosa – inclui-se,
nesse caso, deslocamento de determinadas algas FLORAÇÃO E FOTOPERÍODO
em direção à fonte luminosa, como ocorre com Na região do Equador, a duração do dia e da noite
espécies do gênero Euglena. é igual, isto é, são 12 horas de dia e 12 horas de noite.
• Aerotactismo: movimento estimulado pelo oxi- À medida que se desloca para os polos, a duração do
gênio do ar atmosférico, por exemplo, o desloca- período claro e escuro dos dias muda conforme as es-
mento de bactérias aeróbias em direção à fonte tações do ano. No verão, os dias são mais longos e as
de oxigênio, concentrando-se nesses locais. noites, mais curtas, enquanto no inverno é o inverso.
• Quimiotactismo: movimento de gametas mas- Uma planta, dependendo da região em que se en-
culinos (anterozoides) em direção ao gameta fe- contra, pode florescer ou não na mesma época. As plan-
minino (oosfera), atraídos por substâncias quími- tas respondem a variações no comprimento dos dias
cas liberadas pela oosfera. por meio dos fitocromos – cromoproteína de cor azul.
Quando a planta recebe estímulo fotoperiódico ade-
LUZ E DESENVOLVIMENTO quado, a forma ativa do fitocromo, presente nas folhas,
estimula a produção do hormônio florígeno, que leva
VEGETAL as gemas do caule à floração.
Animais e plantas reagem à variação na duração do De acordo com a necessidade ou não do estímulo
dia. Muitas espécies têm fenômenos do ciclo de vida fotoperiódico para florescer, as plantas são divididas
em três grupos.
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320 296 – Material do Professor
FOTOBLASTISMO
período lampejo Trata-se do efeito da luz sobre a germinação das
crítico de (flash)
escuro de luz sementes. Também está relacionado ao fitocromo. Há
três tipos de semente quanto à necessidade ou não
Planta de dia longo (noite curta). Floresce quando a duração da noite é de luz para germinarem:
menor que o período crítico de escuro. Um flash de luz interrompendo • fotoblástica positiva: germina apenas quando
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297 – Material do Professor 321
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 2B
FISIOLOGIA VEGETAL Abscisão foliar
Etileno
Hormônios
Produzida na raiz e brotos de folhas
Giberelina
Desenvolvimento do fruto e germi-
nação da semente
Fototactismo
Tactismos Quimiotactismo
Aerotactismo
Movimentos das
plantas
Fototactismo
Nastismos Tigmonastismo
Sismonastismo
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322 298 – Material do Professor
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 2B
1. PUC-Campinas – Certas plantas só florescem em de- 4. Udesc-SC – A luminosidade é um fator de grande in-
terminados meses do ano e o fator preponderante que fluência no crescimento dos caules, pois, normalmente,
exerce o papel de relógio biológico para elas é eles têm um crescimento em direção à luz, o chamado
a) a mudança do pH do solo. fototropismo positivo.
b) o período de iluminação diário. Assinale a alternativa que contém o nome do principal
c) a variação da velocidade do vento. hormônio vegetal envolvido no fototropismo positivo
dos caules.
d) a intensidade das chuvas.
e) a quantidade de nutrientes do solo. a) Noradrenalina
b) Citosina
Algumas plantas dependem do período de iluminação diário para seu flo-
rescimento. As plantas de dias curtos (PDC) florescem quando recebem, c) Giberelinas
durante determinado período, luz inferior ao seu fotoperíodo crítico. d) Auxina
Crisântemos, bicos-de-papagaio, morangos e prímulas são exemplos
de PDC. Já as plantas de dias longos (PDL) florescem quando recebem, e) Etileno
durante determinado período, luz superior ao seu fotoperíodo crítico. A auxina, também conhecida como ácido indol-acético (AIA), é o prin-
Espinafre, alface, aveia, cravo e ervilha são alguns exemplos de PDL. cipal fitormônio envolvido nos movimentos de fototropismos: fototro-
Entretanto, a maioria das espécies não depende do estímulo fotope- pismo (+) no caule e fototropismo (-) na raiz.
riódico para florescer.
5. Fatec-SP – Na caatinga brasileira, plantas como os mu-
2. UEMG-MG – O procedimento cotidiano adequado para lungus (Erythrina spp.) são classificadas como caduci-
se retardar o amadurecimento de um mamão é: fólias porque apresentam a perda sazonal das folhas.
a) embalar o fruto em jornal.
O hormônio e a adaptação diretamente relacionados
b) gerar cicatrizes em sua superfície. a esse mecanismo fisiológico são, respectivamente:
c) fornecer calor de forma moderada. a) ácido abscísico e aumento da transpiração.
d) manter o mamão em local ventilado. b) auxina e diminuição da fotossíntese.
O etileno é um hormônio gasoso que acelera o amadurecimento dos c) citocinina e aumento da transpiração.
frutos. O amadurecimento dos frutos pode ser retardado mantendo-os
em local ventilado (que dissipam o etileno produzido) ou em locais de d) etileno e diminuição da transpiração.
temperaturas mais baixas (o que inibe a síntese do etileno). e) giberelina e aumento da fotossíntese.
A queda das folhas das plantas da caatinga está relacionada à ação
3. UERN-RN (adaptada) – Pode-se observar na figura abai- do hormônio etileno. Com a queda das folhas, as plantas reduzem a
xo o aprisionamento de um inseto pelas folhas articula- perda de água por meio da transpiração – uma adaptação das plantas
em relação à longa estação quente e seca às quais estão submetidas
das da espécie de planta carnívora do gênero Dionaea. nesse bioma.
VERASTUCHELOVA/DREAMSTIME.COM
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
BIOLOGIA 2B
7. UFJF-MG (adaptada) – Hormônios vegetais atuam em A sequência correta de preenchimento dos parênteses,
concentrações muito reduzidas sobre grupos de células de cima para baixo, é:
específicas. Sobre os hormônios vegetais são feitas as a) V – V – F – F – V.
seguintes afirmativas:
b) V – V – F – V – F.
I. Auxina é importante na dominância apical e no de-
senvolvimento de frutos. c) F – F – V – F – V.
II. Giberelinas estimulam o alongamento do caule. d) V – V – F – F – F.
III. Citocininas estimulam divisões celulares e o desen- e) F – F – V – V – F.
volvimento de gemas laterais.
10. UEL-PR – Hormônios são substâncias produzidas por
IV. Ácido abscísico promove a dormência da semente
determinado grupo de células ou tecidos e estimularão,
e o fechamento de estômatos.
inibirão ou modificarão a resposta fisiológica e o desen-
V. Etileno estimula o amadurecimento de frutos. volvimento de outras regiões do próprio organismo. Nas
São corretas: plantas, eles também são chamados de fitormônios
e participam de diferentes fases do desenvolvimento
a) I, II e V.
vegetal.
b) I, IV e V.
Sobre os fitormônios, responda aos itens a seguir.
c) I, III e IV.
d) II, III, IV e V. a) Muitas espécies de plantas ornamentais e frutíferas
são podadas entre as estações reprodutivas. Que
e) I, II, III, IV e V. tipo de resposta fitormonal essa poda costuma de-
sencadear e qual a sua consequência?
8. Uece-CE – A biosfera recebe a radiação solar em com-
primentos de onda que variam de 0,3 µm a aproximada- A auxina estimula o crescimento do caule (alongamento celular) das
mente 3,0 µm. Em média, 45% da radiação proveniente
do Sol encontra-se dentro de uma faixa espectral de plantas. Quando a gema apical é removida, conhecida como poda,
0,18 µm a 0,71 µm, que é utilizada para a fotossíntese
das plantas (radiação fotossinteticamente ativa, RFA). grande parte da auxina deixa de ser produzida e, com isso, ocorre a
Em função da luz solar, pode-se afirmar corretamente que
a) as plantas que crescem sob a sombra desenvolvem diminuição na concentração desse hormônio. Assim, as gemas laterais
estrutura e aparência semelhantes àquelas que cres-
cem sob a luz. saem do estado de dormência e desenvolvem-se, formando novos
b) a parte aérea das plantas recebe somente a radiação
unidirecional. ramos laterais.
c) fotoperiodismo é a resposta da planta ao comprimen-
to relativo do dia e da noite e às mudanças neste
relacionamento ao longo do ano.
d) respostas sazonais em plantas não são possíveis
porque os organismos vegetais são incapazes de
“perceber” o período do ano em que se encontram.
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324 300 – Material do Professor
Planta 1 Planta 2
Fonte: SANTOS, F. S. dos; AGUILAR. J. B. V.; OLIVEIRA, M. M. b) Que efeito é esperado em uma planta após a retirada
A. de. Ser protagonista, Biologia Ensino Médio, 2º ano. São Paulo: dos ramos que contêm as gemas apicais? Justifique
Edições SM, 2010. (adaptado) sua resposta.
Movimentos dos vegetais
• Tigmotropismo é o encurvamento do órgão vegetal
em resposta ao estímulo mecânico.
• Gravitropismo é também chamado de geotropismo
por muitos. O fator que estimula o crescimento do
vegetal é a força da gravidade da terra, podendo ser
negativo e positivo.
• Hidrotropismo é o movimento orientado para a água,
enquanto o quimiotropismo é o movimento orienta-
do para determinadas substâncias.
• Fototropismo é a resposta do vegetal quando o estí-
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301 – Material do Professor 325
15. UEPG-PR – Fotoperiodismo são respostas biológicas hormônio regula várias respostas nos vegetais, tais
BIOLOGIA 2B
relacionadas com a duração do dia e da noite, duração como resposta ao estresse mecânico, florescimento,
essa que varia ao longo das estações do ano. As plantas e abscisão, embora sua ação dependa do estágio
conseguem perceber essas variações. Com relação ao de maturação.
fotoperiodismo das plantas, assinale o que for correto.
01) As plantas de dias curtos florescem quando sub- 17. UERJ-RJ – O padrão de movimentação das plantas é in-
metidas a períodos de escuro igual ou maior que o fluenciado por diferentes estímulos, de natureza química
fotoperíodo crítico. ou física. Considere as plantas como a dama-da-noite,
que abrem suas flores apenas no período noturno.
02) O fotoperíodo das plantas é dependente da secre-
ção do hormônio da glândula pineal, a melatonina. a) Identifique o tipo de movimento vegetal que promo-
ve a abertura noturna das flores da dama-da-noite e
04) Os fitocromos localizados nas folhas não influen-
indique o estímulo responsável por esse movimento.
ciam o fotoperíodo das plantas.
08) A floração das plantas neutras é dependente de
períodos de dias curtos e de noites longas.
16) As plantas de dias longos florescem quando subme-
tidas a períodos de escuro inferiores ao fotoperíodo
crítico.
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326 302 – Material do Professor
I fonte de luz
II
EXERCÍCIOS INTERDISCIPLINARES
21. Sistema Dom Bosco – A dispersão de esporos leves cobrem 3% da superfície continental da Terra e contêm
pelo vento distribuiu os musgos em todo o mundo. Essas em torno de 30% do carbono no solo mundial.
plantas são particularmente comuns e variadas em flo- REECE et al. Biologia de Campbell. 10 ed.
restas e áreas úmidas. Alguns musgos habitam ambientes Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 621-622. Adaptação.
extremos como topos de montanhas, tundra e desertos. Analise os itens a seguir, referentes ao assunto
Muitos musgos são capazes de viver em hábitats muito abordado.
frios ou secos, pois conseguem sobreviver à perda da
maior parte da água de seus corpos, e, então, se reidra- I. Os reservatórios de carbono representados pelas
turfeiras representam uma contribuição importante
tar quando a umidade estiver disponível. Um gênero de
para estabilizar as concentrações atmosféricas de
musgo de áreas úmidas, Sphagnum, ou “musgo de turfa”, CO2 do planeta.
é o principal componente de depósitos de material or-
II. Os musgos são briófitas e fazem parte do mesmo
gânico parcialmente decomposto conhecido como turfa.
filo que as hepáticas.
Regiões pantanosas com espessas camadas de turfa são
chamadas turfeiras. Sphagnum não se decompõe facil- III. A exploração de Sphagnum como fonte de energia
mente, em parte devido aos compostos fenólicos incluí- pode reduzir os efeitos ecológicos benéficos da turfa
e contribuir para o aquecimento global.
dos em suas paredes celulares. A baixa temperatura, o
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CK
DIC / ISTO
JOVANMAN
BIOLOGIA 3A
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9
308
BIOLOGIA 3A 304 – Material do Professor
TECIDO MUSCULAR
ARQUIVO/AE
HABILIDADES
• Reconhecer as
características gerais dos
tecidos musculares, bem
como a localização e a
função de cada tipo no
corpo humano.
• Diferenciar o tecido
muscular estriado
esquelético do tecido
muscular estriado cardíaco.
• Compreender
características e
funcionamento do tecido
muscular liso.
Durante o jogo, os tecidos musculares desempenham suas funções para que os movimentos do corpo aconteçam
em harmonia.
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305 – Material do Professor 309
BIOLOGIA 3A
tecido muscular e seus muscular
componentes O tecido muscular pode ser dividido em três grupos,
de acordo com a morfologia e o tipo de contração.
As principais funções do tecido muscular são pro-
piciar o movimento de estruturas, como os ossos e TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO
tendões, o fluxo no trato digestório, a circulação do A musculatura esquelética recebe esse nome por
sangue e da linfa nos vasos sanguíneos, entre outras. relacionar-se ao sistema esquelético dos vertebrados,
A extensão muscular ocorre apenas passivamente. recobrindo os ossos e ligando-se a eles. Apresenta feixes
Os músculos dos animais necessitam do apoio do de fibras grandes e alongadas, de formato cilíndrico, mul-
sistema esquelético para realizar a contração e o re- tinucleadas, com núcleos deslocados para as regiões peri-
laxamento dos movimentos, geralmente em resposta féricas da fibra muscular, nas proximidades do sarcolema.
a um estímulo do sistema nervoso. Outra estrutura No embrião, os mioblastos fundem-se, formam as
importante na realização dos movimentos são as arti- fibras musculares estriadas esqueléticas e, por conter
culações – locais de encontro de dois ou mais ossos. muitos microfilamentos de actina e miosina, formam
O tecido muscular é formado por células alongadas ainda muitas estrias transversais. Por esse motivo, o
com grande capacidade contrátil, chamadas de mióci- tecido muscular esquelético também é denominado
tos ou fibras musculares. São originadas do mesoder- tecido muscular estriado. Sua coloração avermelhada
ma pela fusão de células precursoras, os mioblastos, provém da grande concentração de pigmentos, como
células musculares embrionárias que lhes conferem a mioglobina, proteína transportadora de oxigênio que
aspecto alongado, formato cilíndrico e com núcleo des- apresenta um átomo de ferro em sua composição.
locado para a região periférica celular.
A capacidade contrátil do tecido muscular está di-
retamente relacionada à presença dos microfilamen-
tos de actina e miosina, proteínas responsáveis pela
contração muscular que utilizam a energia contida nas
moléculas de trifosfato de adenosina (ATP). A matriz
extracelular desse tecido consiste na lâmina basal e
nas fibras reticulares. As fibras musculares apresen-
tam organelas muito especializadas, que recebem
nomenclaturas próprias. São elas:
• sarcolema – membrana plasmática da fibra Esquema das fibras do músculo estriado esquelético. Elementos
representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
muscular;
• sarcoplasma – citoplasma da fibra muscular;
Apresenta retículo sarcoplasmático bem desenvol-
• sarcossoma – mitocôndria encontrada na fibra vido, o qual armazena íons de cálcio (Ca2+), utilizados
muscular; na contração muscular. Contém também grande quan-
• retículo sarcoplasmático – retículo endoplas- tidade de sarcossoma, em virtude da elevada demanda
mático não granuloso, responsável pelo armaze- energética do processo. Os músculos obtêm energia
namento de cálcio (Ca), essencial no processo de armazenando glicogênio e lipídios na forma de gotículas.
contração muscular;
MEDISCAN/ALAMY STOCK PHOTO
núcleo
sarcolema
DESIGNUA/SHUTTERSTOCK
sarcossoma
miofibrila
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307 – Material do Professor 311
BIOLOGIA 3A
o endomísio, mas não têm perimísio nem epimísio. O Por que os exercícios aumentam o tamanho dos
tecido muscular liso é pobre em sarcossoma, tem retí- músculos? Célula de atleta também malha
culo sarcoplasmático reduzido e não apresenta túbulos T Henry Cavil, o Super Man dos cinemas, tem tantas
(invaginações do sarcolema que permitem a propagação fibras nos músculos quanto você. A diferença é que as
do impulso nervoso). A ausência dessas estruturas está dele são mais desenvolvidas. Elas crescem com a prática
relacionada à contração lenta, porém, as fibras lisas podem de exercícios. ”É a hipertrofia muscular, que acontece
permanecer contraídas por mais tempo, quando compa- principalmente quando fazemos treinamento de força”,
radas às fibras musculares estriadas. diz Patrícia Brum, professora de Fisiologia da Escola de
O cálcio, que participa da contração muscular, não Educação Física da Universidade de São Paulo.
fica armazenado no retículo sarcoplasmático. Como
Toda vez que você levanta um peso com o braço,
ocorre nas fibras estriadas, ele é pinocitado pela fibra
seu organismo produz as proteínas chamadas miosina
e encontrado em vesículas do sarcoplasma. Diferente-
e actina, responsáveis, no caso, pela contração do bíceps.
mente da musculatura estriada, a comunicação nervosa
Quanto mais dessas proteínas você tiver, mais forte será.
não forma a placa motora, mas dilatações no tecido co-
Como os atletas produzem muita actina e miosina, as
nectivo localizado entre as fibras musculares. O estímu-
fibras aumentam de tamanho para abrigá-las. Daí a pos-
lo nervoso, responsável pelo controle da contração da
sibilidade de esculpir o corpo.
musculatura lisa, depende do órgão ou da estrutura em
que ela esteja. A musculatura do trato digestório, por Quem tem a força
exemplo, tem ritmo próprio de contração, podendo ser
modificado pelo sistema nervoso conforme demanda. Só a fibra que dá duro acumula proteínas. As fibras
musculares são muito diferentes das outras do corpo.
AGE FOTOSTOCK/ALAMY STOCK PHOTO
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 3A
TECIDO MUSCULAR
Origem: Miócitos
Fibras: Mesoderma
Tipos de tecido:
Contração:
Rápida ritmada e
Rápida e voluntária Lenta e involuntária
involuntária
Sistema Sistema
Sistema nervoso autônomo
nervoso central nervoso autônomo
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 3A
1. IFPE – Ao longo das décadas, os velocistas ficaram mais VARELA, Drauzio. Cólicas menstruais. Disponível em: <http://
altos. O jamaicano Usain Bolt, recordista mundial, com drauziovarella.com.br/mulher-2/colicasmentruais>.
o tempo de 9,58 s, reúne qualidades que o favorecem Acesso: 03 out. 2016. (adaptado).
nas corridas de velocidade, entre elas: altura de 1,95 O útero é um órgão formado por músculo:
m, pois quanto mais alto o atleta, mais elevado é o seu
centro de gravidade, o que favorece a corrida; e maior a) estriado esquelético, de contração involuntária.
prevalência de fibras musculares rápidas, que são mais b) estriado esquelético, de contração voluntária.
eficientes para realizar esforço intenso e de curta duração. c) estriado cardíaco, de contração involuntária.
Em relação ao tecido muscular, é correto dizer que: d) liso, de contração involuntária.
a) Todo tecido muscular estriado tem contração voluntária. e) liso, de contração voluntária.
O útero é constituído por músculo liso, com contração involuntária.
b) A actina aparece sob a forma de filamentos grossos
e a miosina é representada por filamentos finos. 4. UEPG-PR (adaptada) – Existem três tipos de tecido
c) Somente o tecido muscular liso não apresenta acti- muscular, os quais diferem entre si pelas características
na, por isso é o único denominado tecido muscular de suas fibras e pela localização no organismo. Consi-
não estriado. derando o tecido muscular, assinale o que for correto.
d) Toda fi bra muscular contém fi lamentos proteicos 01) O tecido muscular estriado cardíaco é encontra-
contráteis de dois tipos: actina e miosina. do apenas no coração. Suas fibras são longas,
e) Toda fibra muscular lisa conecta com sua vizinha por ramificadas, com estrias transversais e contraem-
meio do disco intercalar. se de forma involuntária e ritmada.
A alternativa A está incorreta porque o tecido muscular estriado esque- 02) Entre as funções do tecido muscular liso, estão:
lético tem contração voluntária, e o tecido muscular estriado cardíaco empurrar o alimento ao longo do tubo digestório e
tem contração involuntária. A alternativa B está incorreta porque a regular o fluxo de sague por meio do controle do diâ-
actina aparece sob a forma de filamentos finos e a miosina, de filamen-
tos grossos. A alternativa C está incorreta porque o tecido muscular
metro dos vasos, contraindo-se involuntariamente.
liso apresenta actina e miosina, porém em disposições não estriadas. 03) O processo de contração de um tecido muscular
A alternativa E está incorreta porque toda fibra muscular apresenta esquelético é voluntário (por exemplo, movimento
actina e miosina. O músculo liso multiunitário é formado por fibras
das pernas ao caminhar), processo, então, que não
musculares individualizadas, que atuam independentemente umas das
outras; e o músculo liso unitário possui fibras musculares ligadas por depende do sistema nervoso.
junções abertas. 01 + 02 = 03
O coração é o único local com tecido estriado cardíaco, contraindo-se
2. Unicamp-SP (adaptada) – Com a manchete “O voo de de forma involuntária, com ritmo, e apresentando fibras muito lon-
Maurren”, O Estado de São Paulo noticiou, no dia 23 de gas, com ramificações e estrias transversais. O tecido muscular liso
agosto de 2008, que a saltadora Maurren Maggi ganhou contrai-se de forma involuntária, empurrando o alimento pelos tubos
digestórios, além de controlar o diâmetro dos vasos por meio da regu-
a segunda medalha de ouro para o Brasil nos últimos Jo-
lação do fluxo sanguíneo. O músculo estriado esquelético é regulado
gos Olímpicos. No salto de 7,04 m de distância, Maurren pelo sistema nervoso.
utilizou a força originada da contração do tecido muscular
5. Unicamp-SP – O tecido muscular cardíaco apresenta
estriado esquelético. Para que pudesse chegar a essa
fibras
marca foi preciso contração muscular e coordenação dos
movimentos por meio de impulsos nervosos. a) lisas, de contração voluntária e aeróbia.
a) Explique o tipo de contração da musculatura estriada b) lisas, de contração involuntária e anaeróbia.
esquelética. c) estriadas, de contração voluntária e anaeróbia.
A musculatura estriada esquelética apresenta contração rápida e volun- d) estriadas, de contração involuntária e aeróbia.
O tecido muscular cardíaco possui fibras estriadas que apresentam
tária, coordenada pelo cérebro (sistema nervoso central). contrações involuntárias e aeróbicas, isto é, com consumo de oxigênio.
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS
BIOLOGIA 3A
7. Udesc (adaptada) – Analise as proposições abaixo em Baseado nos dados fornecidos, podemos afirmar que,
relação ao tecido muscular. dos atletas abaixo relacionados, o que apresenta um
I. O tecido muscular estriado cardíaco é constituído maior número de fibras I ou ST é
por fibras longas com estrias longitudinais e sua a) Eliud Kipchoge – maratonista olímpico, Quênia
contração é involuntária. (Rio, 2016).
II. O tecido muscular estriado esquelético é constituído b) Fernando Reis – recordista brasileiro no levanta-
por fibras mononucleadas com estrias longitudinais mento de peso (Rio, 2016).
e sua contração é lenta e involuntária.
c) Gabriel José Lopes – recordista nacional sênior
III. O tecido muscular liso é constituído por fibras mono- 100 metros costas (Coimbra, 2017).
nucleadas sem estrias transversais e sua contração
d) Justin Gatlin – campeão dos 100 metros no mundial
é involuntária.
de atletismo, USA (Londres, 2017).
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as alternativas I e III são verdadeiras. 10. Unesp – As olimpíadas de 2016 no Brasil contarão com
42 esportes diferentes. Dentre as modalidades de atle-
b) Somente as alternativas I e II são verdadeiras.
tismo, teremos a corrida dos 100 m rasos e a maratona,
c) Somente as alternativas II e III são verdadeiras. com percurso de pouco mais de 42 km. A musculatura
d) Todas as alternativas são verdadeiras. esquelética dos atletas que competirão nessas duas mo-
e) Somente a alternativa I é verdadeira. dalidades apresenta uma composição distinta de fibras.
As fibras musculares do tipo I são de contração lenta,
8. PUC-MG – Observe o esquema, que representa fibras possuem muita irrigação sanguínea e muitos sarcosso-
do tecido muscular estriado cardíaco humano. mas. Ao contrário, as fibras do tipo II são de contração
rápida, pouco irrigadas e com poucas sarcossomas. Ao
contrário, as fibras do tipo I são de contração rápida,
pouco irrigadas e com poucas sarcossomas. As fibras
do tipo I têm muita mioglobina, uma proteína transpor-
tadora de moléculas de gás oxigênio que confere a es-
tas fibras coloração vermelha-escura, ao passo que as
do tipo II têm pouca mioglobina, sendo mais claras. A
imagem ilustra a disposição das fibras musculares de
cortes histológicos transversais, vistas ao microscópio,
da musculatura dos atletas Carlos e João. Cada atleta
compete em uma dessas duas modalidades.
Carlos João
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311 – Material do Professor 315
02) Uma fibra muscular estriada esquelética apresen- 14. Udesc (adaptada) – Um dos domínios da ergonomia
BIOLOGIA 3A
ta um padrão bem definido de faixas (ou estrias) está relacionado às respostas do corpo humano, à
transversais claras e escuras alternadas, decorrente carga física e psicológica. O designer deve ficar aten-
do arranjo peculiar das proteínas actina e miosina to a essas respostas, pois assim poderá garantir ca-
nas miofibrilas. racterísticas importantes à construção e melhoria de
04) Cada fibra muscular estriada esquelética é revestida materiais, bem como disposição física de estações
por um envoltório, o sincício. de trabalho mais adequadas, evitando que a pessoa
exerça a repetição de movimentos e ocasione lesões
08) Os músculos de cor avermelhada têm essa colora-
músculo-esqueléticas pela LER (lesão por esforço re-
ção devido à presença da fibroxantina, uma proteína
sintetizada pelo perimísio. petitivo). A doença atinge músculos e tendões, que
ficam irritados.
16) Os vasos sanguíneos nutrem e oxigenam, as fibras
removem dos espaços entre elas o gás carbônico e Em relação ao contexto:
as exceções geradas no metabolismo celular.
a) O que são tendões?
12. Unesp – Alguns chefs de cozinha sugerem que o
peru não deve ser preparado inteiro, pois a carne
do peito e da coxa têm características diferentes,
que exigem preparos diferentes. A carne do peito
é branca e macia, e pode ressecar dependendo do
modo como é preparada. A carne da coxa, mais es-
cura, é mais densa e suculenta e deve ser preparada
separadamente. Embora os perus comercializados
em supermercados venham de criações em confi-
namento, o que pode alterar o desenvolvimento da
musculatura, eles ainda mantêm as características
das populações selvagens, nas quais a textura e a b) Explique que tipo de contração está presente no
coloração da carne do peito e da coxa decorrem da musculo esquelético.
composição de suas fibras musculares e da adequa-
ção dessas musculaturas às funções que exercem.
Considerando as funções desses músculos nessas
aves, é correto afirmar que a carne
a) do peito é formada por fibras musculares de contra-
ção lenta, pobres em sarcossomas e em mioglobi-
na, e eficientes na realização de esforço moderado
e prolongado.
b) do peito é rica em fibras musculares de contração
rápida, ricas em sarcossomas e em mioglobina,
e eficientes na realização de esforço intenso de
curta duração.
c) da coxa é formada por fibras musculares de con-
tração lenta, ricas em sarcossomas e em mio-
globina, e eficientes na realização de esforço 15. UEM-PR – O bicho-preguiça desloca-se no solo com
moderado e prolongado.
velocidade média de 2m/min, enquanto o guepardo, um
d) da coxa é formada por fibras musculares de contra- dos animais mais velozes do planeta, atinge velocidades
ção rápida, pobres em sarcossomas e em mioglobi- superiores a 100 km/hora. O avestruz, ave terrestre
na, e eficientes na realização de esforço intenso de mais rápida, pode atingir a velocidade de 72 km/hora.
curta duração. Considerando essas informações e conhecimentos so-
e) do peito é rica em fibras musculares de contração bre o movimento e os tecidos envolvidos, assinale o
lenta, ricas em sarcossomas e em mioglobina, que for correto.
e eficientes na realização de esforço moderado
01) O tecido muscular estriado esquelético constitui a
e prolongado.
musculatura dos vertebrados, relacionada com o
movimento e o deslocamento.
13. UFRGS – O maratonista brasileiro Vanderlei Cordeiro
de Lima foi o responsável por acender a pira olím- 02) A velocidade máxima do guepardo é menor que a
pica na cerimônia dos Jogos do Rio-2016. Sobre o velocidade máxima do avestruz, porém é maior que
tecido muscular dos atletas maratonistas, é correto a velocidade média do bicho-preguiça.
afirmar que 04) Supondo que, durante uma corrida, avestruz e gue-
a) é constituído por igual quantidade de fibras de con- pardo se desloquem com suas respectivas veloci-
tração rápida e de contração lenta. dades máximas, então eles percorrem distâncias
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BIOLOGIA 3A
benéficos do exercício físico são prejudicados pelo uso de 50
40 60
e)
30 50
40
ORGANIZAÇÃO DA FIBRA
BIOLOGIA 3A
MUSCULAR E CONTRAÇÃO
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BIOLOGIA 3A
contração muscular nada mais é que a contração de
milhares de miômeros em cadeia.
As fibras musculares também podem ser divididas
– conforme a quantidade de mioglobina e de miosina,
bem como de acordo com suas diferentes velocidades
de contração – em dois tipos: fibras musculares ver-
melhas e brancas.
As fibras musculares vermelhas recebem esse
nome por terem maior quantidade de mioglobina
(proteína semelhante à hemoglobina, mas constituída
apenas de uma cadeia polipeptídica ligada ao grupo
Na micrografia eletrônica de varredura, pode-se observar a fibra muscular heme e a um átomo de ferro), que apresenta coloração
esquelética em corte. Como a actina e a miosina estão finamente
entrelaçadas, não é possível distinguir uma da outra com precisão.
avermelhada e atua armazenando O2, essencial para a
Aumento de 600x. Cores fantasia. respiração aeróbia das fibras musculares. Apresentam
também grande quantidade de sarcossoma e maior
As ilustrações abaixo representam, em detalhe, as irrigação sanguínea, o que as tornam eficientes na rea-
proteínas actina (representante dos filamentos finos) e lização de esforços moderados e prolongados. Obtêm
miosina (representante dos filamentos grossos). energia principalmente da respiração celular aeróbia,
conjunto de fibras
oxidando carboidratos e ácidos graxos.
A músculo musculares As fibras musculares brancas recebem esse nome
pela pouca quantidade de mioglobina em sua consti-
tuição e a menor irrigação sanguínea. Suas contrações
são rápidas e explosivas, portanto muito eficientes para
a realização de esforços intensos de curta duração.
fibra muscular
miômero
Fibras vermelhas
miofibrila
CULTURA RM / ALAMY STOCK PHOTO
Material exclusivo para professores da I existe uma linha escura, a linha Z; no centro de
cada banda A, uma região mais clara, a linha H. A re-
gião entre duas linhas Z é o miômero (anteriormente
mente compõe-se de iguais proporções de fibras brancas
e vermelhas, podendo ser modificada com a prática de
determinados tipos de exercício físico. Chama-se aprimo-
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miômero
músculo
relaxado
creatina
P
ATP fosfocreatina
Micrografia da placa motora de uma fibra muscular, também ADP
chamada de junção neuromuscular. Aumento de 53x.
Pi
Os impulsos nervosos alteram as cargas elétricas
energia
do sarcolema, o que promove a liberação dos íons de estímulo Ca21
nervoso
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Em atividades físicas intensas, as fibras musculares fibras têm diferentes limiares, ao aumentar a intensi-
precisam repor seus estoques de ATP e fosfocreatina, dade do estímulo, também cresce o número de fibras
BIOLOGIA 3A
intensificando a respiração celular e usando o glicogênio que se contraem, o chamado recrutamento. Mesmo
presente na fibra como combustível. Quando o oxigênio com maior quantidade de fibras se contraindo, a inten-
disponível é insuficiente para a respiração celular e a sidade de contração de cada uma é constante após elas
demanda energética é elevada, as fibras musculares atingirem o limiar de excitação.
realizam a fermentação lática, processo de menor ren-
dimento energético que tem como produto o ácido láti-
Contração de
co. Este é acumulado nos músculos, o que gera fadiga fibra muscular
muscular e, consequentemente, cãibra.
BSIP AS/ALAMY STOCK PHOTO
Intensidade
do estímulo
impulso
involuntário Relação entre a intensidade do estímulo e a resposta da contração da
fibra muscular no período de latência e ao atingir o limiar de excitação.
excitabilidade
da placa
motora
Entre o instante da aplicação do estímulo e do início
liberação do
ácido lático da contração, existe um período de latência. Se os
automanutenção (metabólito da
da cãibra fermentação
estímulos se repetem em intervalos muito curtos, não
celular)
efeito
contração há relaxamento, e sim contração contínua, chamada
muscular intensa
torniquete e prolongada e tetania ou tétano perfeito. Com a manutenção dos
estímulos após certo tempo, a contração perde grada-
tivamente sua amplitude em consequência da fadiga
muscular. Isso acontece, por exemplo, com o indivíduo
vasos sanguíneos
que permanece com os braços erguidos em posição
horizontal por muito tempo.
Ilustração da reação em cadeia envolvida na cãibra muscular. Elementos
representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
DISTROFIA MUSCULAR
Distrofia muscular é considerada uma das altera-
BIOMECÂNICA DA CONTRAÇÃO ções genéticas mais comuns no mundo. Dois tipos
MUSCULAR de distrofia são mais conhecidos: distrofia muscular
O músculo é o único tecido do corpo humano capaz de Duchenne (DMD) e distrofia muscular de Becker
de produzir força biomecânica, podendo ser considera- (DMB). Trata-se de doenças genéticas causadas por
do a única estrutura ativa do corpo. A contração mus- mutações no mesmo gene, o DMD, ambas com padrão
cular apresenta sempre a mesma intensidade – lei do de herança recessivo ligado ao cromossomo X, em uma
tudo ou nada –, ou seja, em resposta a um estímulo, os região denominada Xp21. Como na mulher existem dois
músculos contraem-se ou não; se o fazem, é sempre cromossomos X, se um deles tiver o gene defeituoso,
da mesma maneira. Para que ocorra a contração, o o outro garantirá o bom funcionamento dos músculos.
estímulo precisa atingir um mínimo necessário, chama- Por isso, a mulher pode ser portadora do gene da DMD
do de limiar de excitação. Uma alcançado esse limite, e não ter a doença, o que explica a maior prevalência
por mais que a intensidade aumente, a intensidade de do problema em homens.
contração mantém-se constante.
GADO IMAGES / ALAMY STOCK PHOTO
Contração de
fibra muscular
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322 318 – Material do Professor
Crescimento insustentável
Os músculos de quem faz musculação tomando ana-
bolizantes crescem até oito vezes mais do que o de um
malhador comum. Mas será que vale a pena?
Fonte: JOKURA, Tiago. Como os anabolizantes agem no
corpo humano? Superinteressante, 11 ago. 2010. Disponível
em: <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-os-
anabolizantes-agem-no-corpo-humano/>. Acesso em: out. 2018.
(Adaptado)
LUCKYRACCOON / ALAMY STOCK PHOTO
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319 – Material do Professor 323
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 3A
FIBRA MUSCULAR ESQUELÉTICA
Tipos
Libera
Pelo
deslizamento de
Resulta no encurtamento do
Miômero
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 3A
1. Ufla-MG – Assinale a alternativa que caracteriza corre- 4. PUC-MG – O gráfico apresenta as variações de três
tamente a fibra muscular estriada esquelética. parâmetros adaptativos de músculo estriado esquelé-
a) Multinucleada, núcleos centralizados, contração in- tico após algum tempo de treinamento físico aeróbico.
voluntária.
- Quantidade média de mitocôndrias por fibra
b) Mononucleada, núcleo periférico, contração in-
voluntária. - Quantidade média de capilares sanguíneos por fibra
Unidades arbitrárias
0,8
d) Multinucleada, núcleos periféricos, contração
voluntária. 0,6
As fibras musculares estriadas esqueléticas são células cilíndricas multi- 0,4
nucleadas, com núcleos periféricos. Elas apresentam contração rápida e
vigorosa sob controle voluntário, exercido pelo sistema nervoso central. 0,2
6. UESPI – Os atletas olímpicos geralmente possuem c) na ausência de íons de Ca21, a miosina separa-se da
BIOLOGIA 3A
grande massa muscular devido aos exercícios físicos actina provocando o relaxamento da fibra muscular.
constantes. Sobre a contração dos músculos esque- d) a fadiga durante o exercício físico é resultado do con-
léticos, é correto afirmar que sumo de oxigênio que ocorre na fermentação lática.
a) os filamentos de miosina deslizam sobre os de acti- e) a ausência de estímulo nervoso em pessoas com
na, diminuindo o comprimento do miômero. lesão da coluna espinal não provoca diminuição do
tônus muscular.
b) a fonte de energia imediat a para contração
muscular é proveniente do fosfato de creatina e Na deficiência de cálcio, as miofibrilas permanecem relaxadas porque
do glicogênio. as moléculas de miosina separam-se das moléculas de actina.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. UEM-PR – Para que ocorra o processo de contração 08) Quando se realizam exercícios físicos extenuantes,
muscular, há necessidade de íons de Ca21 e de energia o oxigênio pode se tornar insuficiente para a ativi-
armazenada nas moléculas de ATP. Sobre esse proces- dade muscular aeróbia e, nessas condições, a fibra
so e com base nos conhecimentos de química, assinale passa a realizar fermentação lática.
o que for correto. 16) À medida que os sistemas respiratórios e circula-
01) Os íons Ca21 promovem a ligação dos miofilamentos tórios são ativados, chega ao músculo maior quan-
de actina com os de miosina. tidade de oxigênio. Inicia-se, então, a formação de
ATP pela respiração aeróbia, em que a glicose é
02) Durante o repouso, a concentração de íons cálcio degradada completamente a CO2 e água.
no interior do retículo sarcoplasmático é menor do
que a concentração do sarcoplasma.
9. UFPR – A figura 1 apresenta um esquema da organi-
04) O íon Ca21 possui maior raio do que o elemento Ca, zação do sistema nervoso autônomo e a figura 2 um
porque apresenta dois elétrons a mais. esquema da sinapse entre o axônio de um neurônio
08) Na molécula de ATP, existem átomos de fósforo que motor e uma fibra muscular estriada esquelética (junção
não obedecem à regra do octeto. neuromuscular)
16) Durante um exercício físico intenso, as reservas Figura 1 Figura 2
de O2 ligados à mioglobina se esgotam e ocorre neurônio neurônio noradrenalina
neurônio motor acetilcolina
acúmulo de ácido lático no músculo, resultando em pré-ganglionar pós-ganglionar
somático
simpático simpático
fadiga muscular.
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326 322 – Material do Professor
02) Durante um exercício, à medida que o estoque de liberada pelo ATP, o que promove um deslizamento
BIOLOGIA 3A
ATP vai sendo utilizado, a fibra muscular transfere dos filamentos de actina sobre os de miosina na
fosfatos energéticos das moléculas de fosfocreatina fibra muscular.
para moléculas ADP, gerando mais ATP. II. Exercícios físicos promovem um aumento no volume
04) As fibras musculares armazenam grande quantida- dos miócitos da musculatura esquelética, através da
de de glicogênio, um polissacarídeo formado por produção de novas miofibrilas.
centenas de moléculas de glicose unidas entre si. III. Em caso de fadiga muscular, parte do ácido lático
08) O ácido lático produzido nos músculos é produzido através da fermentação lática passa para
transportado pelo sangue até os rins, onde é a corrente sanguínea e é convertida em aminoácidos
totalmente excretado com a urina. pelo fígado.
16) A fermentação lática ocorre nas fibras musculares Quais estão corretas?
durante um exercício muscular muito intenso. Nesse
caso, após esgotarem-se as reservas de gás oxigênio a) Apenas I.
ligado a mioglobina, as fibras musculares passam a b) Apenas II.
produzir ATP por meio da fermentação lática. c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
11. Fuvest-SP – A tabela a seguir apresenta algumas carac-
terísticas de dois tipos de fibras musculares do corpo e) I, II e III.
humano.
13. Uece (adaptada) – O conceito de miômero engloba o
de estruturas como sarcolema e retículo sarcoplasmá-
Fibras musculares
tico e está associado a um determinado tipo de tecido.
Características Tipo I Tipo II Nessa estrutura temos a abundante presença de
a) plastos de íons de magnésio.
Velocidade de contração Lenta Rápida
b) plastos de íons do cálcio.
Concentração de enzimas oxidativas Alta Baixa c) sarcossomas e íons de magnésio.
d) sarcossomas e íons de cálcio.
Concentração de enzimas glicolíticas Baixa Alta
14. Unifesp – Os músculos esqueléticos dos vertebrados
a) Em suas respectivas provas, um velocista corre são compostos por dois tipos de fibras: I – as fibras
200 m, com velocidade aproximada de 36 km/h, lentas oxidativas ou vermelhas, e II – as fibras rápidas
e um maratonista corre 42 km, com velocidade ou brancas. O tipo de atividade física exercida por
aproximada de 18 km/h. Que tipo de fibra muscular
uma pessoa pode, até um certo grau, alterar a pro-
se espera encontrar, em maior abundância, nos
porção dessas fibras em seu corpo. De acordo com a
músculos do corpo de cada um desses atletas?
modalidade esportiva e o tipo de treinamento, quais
desses atletas olímpicos apresentam maior número
de fibras lentas?
I. Corredor de 100 m
II. Maratonista (percorre 42 km)
III. Nadador de 1 500 m
IV. Levantador de peso
V. Atleta de salto
a) I e II. d) III e IV.
b) I e III. e) IV e V.
b) Em que tipo de fibra muscular deve ser observando c) II e III.
o maior número de sarcossoma? Justifique.
15. UFV-MG – Considerando o esquema dos miômeros
representados abaixo e suas características durante a
contração, assinale a afirmativa incorreta:
I II III
IV
V
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323 – Material do Professor 327
c) II delimita o sarcômero e corresponde às linhas Z, em enfraquecimento dos ossos, pois a calcitonina irá
BIOLOGIA 3A
que se aproximam. retirar muito cálcio de sua reserva, para conduzi-lo à
d) III contém miosina e corresponde à banda H, que ação praticada durante a atividade física.
se estreita. d) quando existe grande quantidade de hormônios que
e) V contém miofibrilas e corresponde ao sarcômero, regulam a taxa do cálcio do sangue, este íon sempre
que não se encurta. será retirado em excesso. Tanto o excesso quanto a
falta de cálcio, ofertado para a contração muscular,
16. UFU-MG – A base para toda atividade física é a con- resultará num quadro clínico conhecido como teta-
tração muscular. Sem ela, os movimentos inexistem. nia, que é o relaxamento de todos os músculos do
corpo num mesmo momento.
Observa-se que o íon Ca21 é de fundamental importân-
cia nas contrações musculares.
17. UEM-PR – Quando fazemos exercícios físicos, ocorrem
Sobre a ação deste íon na contração muscular, a regulação alterações no funcionamento do nosso corpo, como a
de sua quantidade no sangue, os hormônios que fazem elevação da temperatura e a saída de água e íons da célula.
tal regulação e sua carência, assinale a alternativa correta.
Sobre o assunto, assinale o que for correto.
a) A partir da sinapse neuromuscular, o impulso nervoso
01) Uma das causas da fadiga muscular, resultante de
propaga-se pela membrana da fibra muscular e daí para
um esforço muscular intenso, é o excesso de glico-
o retículo sarcoplasmático, fazendo com que o cálcio ali
gênio e ATP produzido pela fibra muscular cardíaca.
armazenado seja liberado. O cálcio, então, migra para
a sinapse, agindo como neurotransmissor, permitindo 02) Para regular a temperatura corporal, proteínas es-
que um novo impulso no nervo seja conduzido ao ven- peciais presentes no sarcolema permitem a saída
tre muscular, originando nova contração. Cessadas as de água e de íons, sem gasto de energia pela mem-
contrações musculares, o cálcio é reabsorvido pelos brana, do meio mais concentrado para o menos
rins e integralmente eliminado pela urina. concentrado. Esse processo é a difusão simples.
b) O paratormônio é produzido pelas paratireoides e é o 04) As glândulas sudoríparas são anexos epidérmicos que
responsável por retirar o cálcio dos ossos e lançá-lo eliminam, por meio de um ducto, um fluido que contém
no sangue quando sua concentração está baixa. O água e íons, ajudando a manter a temperatura corporal.
excesso deste hormônio pode causar fragilidade dos 08) Durante uma atividade física, a frequência cardíaca au-
ossos e cálculos renais. menta, o sangue venoso passa do átrio para o ventrícu-
c) durante a atividade física, como a contração muscular lo direito e de lá é bombeado para a artéria pulmonar.
está sendo mais exigida, muito cálcio é retirado dos 16) O cerebelo é o principal responsável pela coordena-
ossos, para que seja utilizado na ação da musculatu- ção dos movimentos das diversas partes do corpo
ra. Desta forma, o excesso de atividade física resulta e pela manutenção do equilíbrio corporal.
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11
328
BIOLOGIA 3A 324 – Material do Professor
TECIDO NERVOSO
Caracol-do-cone (Conus geographus) se alimentando de um peixe. A rádula é usada para injetar o veneno.
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325 – Material do Professor 329
Tecido nervoso
BIOLOGIA 3A
Com origem embrionária na ectoderme, o tecido
nervoso é caracterizado por ter matriz extracelular es-
cassa e ser constituído, basicamente, por dois tipos A
celulares: os neurônios e as gliócitos (também de-
nominados células da glia). B
Os neurônios contam com longos prolongamen-
tos, formando uma rede complexa de comunicações
interligadas por todo o organismo que compõem o
C
sistema nervoso.
SCIENCE PHOTO LIBRARY - SPL/SCIENCE PHOTO LIBRARY - SPL/LATINSTOCK
Morfologia
Neurônios são células alongadas, podendo atingir até
1 m de comprimento. A maioria dos neurônios é formada
pelo corpo celular, no qual se encontra o núcleo e as
organelas citoplasmáticos. Essa é a região mais volumo-
sa e que apresenta formatos variáveis, dependendo da
Rede de prolongamentos estabelecidos pelo neurônio denominado célula localização e da atividade funcional. As principais formas
de Purkinje, responsável pela propagação do impulso cardíaco, que resulta são estrelada, fusiforme, piriforme e esférica.
na contração e no relaxamento do coração. Micrografia de luz confocal
usando técnica de inflorescência. Aumento desconhecido. O citoesqueleto do neurônio é formado por filamen-
tos de actina, neurofilamentos, microtúbulos e pro-
Sua principal função é captar e processar as infor- teínas motoras. Suas principais funções são manter
mações do ambiente externo, que são percebidas por o formato da célula, sustentar os prolongamentos e
meio dos sentidos (tato, paladar, visão, audição e olfa- permitir o transporte de organelas e substâncias.
to) e do próprio metabolismo interno, como a variação Do corpo celular partem dois tipos de prolongamen-
da temperatura e dos níveis de diversas substâncias, tos. Os dendritos são terminações aferentes que re-
entre outros aspectos. O tecido nervoso é responsável cebem estímulo dos outros neurônios ou dos órgãos
pelo processamento dessas informações e pela elabo- sensoriais. Essas informações são passadas para outros
ração de respostas que resultam em ações e na arma- neurônios ou músculos por um prolongamento maior
zenagem dos dados, processo denominado memória. chamado axônio, uma terminação eferente, que condu-
zirá os impulsos nervosos a outros neurônios e células.
NEURÔNIOS
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330 326 – Material do Professor
Diferentemente dos dendritos, os axônios não pos- Os neurônios podem ser classificados de acordo
BIOLOGIA 3A
suem retículo endoplasmático granuloso nem grânulos com seu número de prolongamentos em:
basófilos. Ao longo de seu comprimento, os axônios
• neurônios bipolares: apresentam dois prolonga-
podem formar ramos colaterais e sua porção final é
mentos, um dendrito e um axônio. Estão presen-
chamada de telodendro.
tes, por exemplo, em estruturas relacionadas ao
A maioria dos axônios é envolta por uma camada
equilíbrio, ao olfato, à visão e à audição;
de proteínas e lipídios chamada de estrato mielínico,
que, com o axônio, é denominada de neurofibra. • neurônios multipolares: apresentam um axô-
nio e muitos dendritos ramificados. Encontram-
SCIENCE PHOTO LIBRARY - SPL/SCIENCE PHOTO
LIBRARY - SPL/LATINSTOCK
gliócitos
GLIÓCITOS
Trata-se de células associadas à manutenção, à
sustentação e à nutrição dos neurônios e do tecido
corpo
celular nervoso como um todo. No sistema nervoso central
(SNC) são divididas em:
dendritos
• astrócitos: possuem forma estrelada por conta
de seus prolongamentos. A comunicação com
corpúsculos outras células do mesmo tipo acontece por jun-
de Nissl
ções gap. Estão presente no SNC em grande
núcleo do axônio
quantidade e têm a função de fornecer suporte
corpo celular
metabólico e físico aos neurônios, além de parti-
estrato mielínico
cipar da homeostase;
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327 – Material do Professor 331
BIOLOGIA 3A
lado. Atuam no transporte de água, íons e produ-
zem o líquido cerebroespinhal.
• oligodendrócitos: apresentam poucos prolonga- oligodendrócitos
micróglias
mentos e são menores que os astrócitos. Auxiliam
no controle do pH extracelular através da enzima
anidrase carbônica e mantêm o microambiente
controlado em torno do neurônio, possibilitam seu
isolamento elétrico para que ocorra uma via efeti-
va para as trocas metabólicas. Também ocorrem
no sistema nervoso periférico (SNP), onde são
chamados de células satélites por rodearem os
neurônios e os gânglios nervosos.
NERVOS neurônios
Nervos são feixes de axônio envolvidos por tecido
conectivo que correspondem a agrupamentos de neu-
rofibras. Cada neurofibra é envolta individualmente pelo astrócitos
endoneuro – fina camada de tecido conectivo rico em Representação dos neurônios e dos diferentes tipos de gliócitos.
fibras reticulares. Os conjuntos de várias neurofibras Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
constituem feixes, os quais são revestidos por outro
envoltório de tecido conectivo, o perineuro. A camada espessa de tecido conjuntivo
denso, o epineuro, reveste os vários feixes unidos de neurofibras e preenche os
espaços entre eles.
Esses envoltórios de tecido conectivo, além de proteger e delimitar os feixes de
neurofibras, contam com vasos sanguíneos para sua nutrição.
Os nervos são classificados como sensoriais ou aferentes quando recebem
os estímulos sensoriais do ambiente e do organismo e os conduzem para o SNC
para serem processados. Nervos mistos ou interneurônios são aqueles que esta-
belecem conexões, analisam e interpretam os estímulos sensoriais e integram os
neurônios no SNC. Os motores são também chamados de eferentes, por terem
origem no SNC e conduzirem impulsos entre neurônios, músculos ou glândulas.
Estímulo Resposta
Integração
sensorial motora
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332 328 – Material do Professor
potencial de membrana
150
chamada limiar de excitação. Uma vez alcançado
0 esse limiar, o estímulo desencadeia sempre a mesma
resposta, ou seja, por mais que sua intensidade au-
250 mente, os potenciais de ação ocorrem por completo
2100 ou simplesmente não ocorrem, o que é denominado
lei do tudo ou nada.
tempo
Os estímulos provocam uma onda de despolariza-
ções e repolarizações que se propagam ao longo da
canal de sódio canal de potássio
membrana plasmática do neurônio. Essa oscilação da
diferença de potencial corresponde ao potencial de
ação, e o caminho percorrido pelo estímulo gera o
impulso nervoso. A propagação do impulso ao longo do
neurônio é unidirecional (sempre no sentido dendrito-
interior do neurônio membrana plasmática -corpo celular-axônio).
A presença do estrato mielínico é um dos fatores
que determinam a velocidade de propagação do im-
pulso nervoso na célula. Quando a membrana de uma
1 região sem o estrato se encontra despolarizada, a al-
teração elétrica gerada passa diretamente para o nó
seguinte, que se despolariza. Desse modo, nos neurô-
Estado de repouso de uma célula nervosa. Isso é mostrado quando
a tensão é controlada e os canais de Na1 e K1 estão fechados, e um nios com estrato mielínico o impulso nervoso propaga-
potencial de repouso é mantido. -se diretamente de um nó para outro no processo de
condução saltatória.
Sinapse
2 Define-se sinapse como o local de comunicação
entre dois neurônios ou entre um neurônio e uma
célula efetora, e tem como função transformar o sinal
Um estímulo abre alguns canais de Na1, se um limiar de excitação é elétrico em químico. Uma pequena fenda (20 a 30
atingido, então o potencial de ação é alcançado. nm), denominada fenda sináptica, separa as células
que estão participando da transmissão do impulso
nervoso, sendo o neurônio que está transmitindo esse
impulso denominado de pré-sináptico e o que está
3
recebendo, pós-sináptico.
Sinapse
axônio dendrito
mitocôndria
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329 – Material do Professor 333
quando o axônio de um neurônio faz contato com o rompendo o impulso nervoso nesse local. Acetil-
dendrito de outro; axossomática, quando o axônio colinesterase é um exemplo de enzima que inativa
BIOLOGIA 3A
contata o corpo celular; e axoaxônica, quando o con- especificamente a acetilcolina.
tato se dá entre axônios.
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 3A
TECIDO NERVOSO
Tipos celulares
Gliócito Neurônio
Constituído por:
Células
Acelera o:
ependimárias
Oligodendrócitos
Impulso nervoso Que ocorre nas:
Sinapses
Elétricas Químicas
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331 – Material do Professor 335
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 3A
1. Uece – Sabe-se que a deficiência na produção de se- Assinale a alternativa que relaciona corretamente o
rotonina pode ser uma das causas do estado depressi- nome da célula ao número indicado na figura e às suas
vo dos adolescentes, conforme indicam pesquisas no principais funções:
campo da psiquiatria. Essa substância é um neurotrans-
missor, sendo liberada na seguinte região do neurônio, Nome das Número Principais
para que o impulso nervoso se propague células na funções das
a) No corpo celular. figura células
b) No terminal sináptico do dendrito.
a) Microglia 4 Fagocitar detritos
c) Na bainha de mielina do axônio.
e restos celulares
d) No terminal sináptico do axônio.
presentes no tecido
O neurotransmissor é liberado no terminal sináptico do axônio, que é
o lugar onde o neurônio entra em contato com outros neurônios para nervoso.
transmitir o impulso nervoso.
b) Astrócito 2 Formar o estrato
mielínico que
2. Unicamp-SP (adaptada) – Com a manchete “O Voo de
Maurren”, O Estado de S. Paulo noticiou, no dia 23 de protege alguns
agosto de 2008, que a saltadora Maurren Maggi ganhou neurônios.
a segunda medalha de ouro para o Brasil nos últimos Jo- c) Célula de 3 Proteger e nutrir os
gos Olímpicos. No salto de 7,04 m de distância, Maurren
Schwann neurônios.
utilizou a força originada da contração do tecido muscular
estriado esquelético. Para que pudesse chegar a essa d) Oligodendrócito 1 Proporcionar
marca, foi preciso contração muscular e coordenação sustentação física
dos movimentos por meio de impulsos nervosos. ao tecido nervoso
Explique como o neurônio transmite o impulso nervoso e participar da
ao músculo. recuperação de
A transmissão do impulso nervoso ocorre através da liberação de neuro- lesões.
e) Neurônio 3 Conduzir os
transmissores no terminal do axônio pré-sináptico (sinapse neuromus- impulsos nervosos.
Os astrócitos (3) protegem e nutrem os neurônios. As células de Sch-
cular), conhecida por placa motora ou junção neuromuscular.
wann (2) formam o estrato mielínico, que envolve o axônio de certos
neurônios do sistema nervoso periférico. Os oligodendrócitos (2) for-
mam a bainha de mielina, que envolve o axônio de neurônios do siste-
ma nervoso central. Os neurônios (1) geram, conduzem e transmitem
impulsos nervosos.
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336 332 – Material do Professor
5. FMJ-SP – O sistema nervoso é formado por bilhões de 6. FGV (adaptada) – O tecido nervoso do ser humano
BIOLOGIA 3A
neurônios, que possibilitam a condução do impulso ner- é composto por bilhões de células, desempenhando
voso em um único sentido. Cada neurônio é constituído diversas funções, entre elas a condução do impulso
por três regiões específicas, e uma delas é envolvida nervoso. A figura ilustra uma organização sequencial
pelo estrato mielínico (bainha de mielina). de neurônios nos quais a sinapse é química e mediada
a) Cite as três regiões do neurônio que permitem a por neurotransmissores.
propagação em único sentido. Qual é a vantagem
da presença do estrato mielínico na condução do
impulso nervoso?
As três regiões do neurônio que permitem a propagação em um único
núcleo dendritos
sentido são: dendrito, corpo celular (corpo neural/pericárdio/corpo) e
sinapse
axônio (cauda). A vantagem do estrato mielínico é aumentar (acelerar/ nucléolo
bainha de
mielina corpo
axônio celular
agilizar) a velocidade do impulso.
célula de
Schwann axônio
nódulo de
Ranvier
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. UFPE – O sistema nervoso é composto principalmen- 8. UEFS-BA
te por células especializadas que desempenham as membrana
pré-sináptica axônio
funções de captação, processamento e acúmulo de
impulso
informações, além de participar no controle geral do nervoso
membrana
organismo com o sistema endócrino. Sobre essas cé- pós-sináptica
terminação
lulas, analise as afirmativas a seguir. axônica
vesícula contendo
( ) Os neurotransmissores são mensageiros químicos neurotransmissores
lançados na circulação sanguínea para transmitir receptores de
informações a outras células. neurotransmissores
Na1
( ) A mielina é uma característica essencial para o fun-
cionamento de todos os neurônios. neurotransmissores
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333 – Material do Professor 337
A figura em destaque é um tipo de impulso nervoso, c) Explique o mecanismo que garante a transmissão
BIOLOGIA 3A
que é fundamental para a manutenção das interações unidirecional do impulso nervoso na sinapse.
dos seres vivos no meio em que eles vivem.
A partir das informações da imagem e com os conhe-
cimentos sobre o tema, é correto afirmar:
a) A natureza química do impulso nervoso, observado
no destaque, é elétrica e, por isso, muito rápida.
b) A liberação dos neurotransmissores na fenda sináp-
tica necessita da entrada do sódio no axônio.
c) A partir da membrana plasmática, a entrada do sódio
desencadeia o início da transmissão do impulso em
um neurônio. 11. FWB-MG – O neurônio é a unidade estrutural e fun-
cional do sistema nervoso. Quanto à parte funcional,
d) A transmissão do impulso é bidirecional e ele pode
ser elétrico ou químico. temos neurônios que conduzem impulsos dos recep-
tores para o sistema nervoso central, os quais são
e) Os receptores dos neurotransmissores são encon- classificados como
trados no interior da célula nervosa.
a) neurônios associativos.
9. UFLA-MG – Analise as seguintes afirmativas referentes b) neurônios motores.
às células nervosas e suas sinapses: c) neurônios sensitivos.
I. As sinapses nervosas podem ser elétricas ou quími- d) células de Schwann.
cas, sendo essa última caracterizada pela ausência
de contato físico entre as células. 12. IFSP – Uma garota ganhou de seu namorado um buquê
II. Os dendritos são ramificações dos corpos dos neu- de rosas e, sem querer, tocou em um “espinho” de
rônios responsáveis por conduzir o impulso nervoso uma das flores. Imediatamente, de forma automática,
para outras células. ela recolheu o braço. A respeito dessa reação, pode-se
III. Corpos de neurônios estão localizados exclusiva- afirmar que
mente no cérebro e no cerebelo. a) a medula espinhal, alguns neurônios e músculos fo-
IV. As fibras nervosas podem ser mielinizadas ou amieli- ram responsáveis na execução da resposta.
nizadas; nesse último caso, a propagação do impulso b) o cérebro, alguns neurônios e músculos foram res-
nervoso é mais lenta. ponsáveis na execução dessa resposta.
Assinale a alternativa correta. c) o corpo responde a um estímulo, como citado, se
ocorrer anteriormente uma grande emoção.
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
d) a medula espinhal e o cérebro coordenam simulta-
b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
neamente essa resposta de defesa.
c) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
e) os músculos do braço reagiram de modo involuntário,
d) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas. independentemente do sistema nervoso.
10. Fuvest-SP – O esquema representa dois neurônios con- 13. UFSJ-MG – Na canção Curare, composta por Bororo
tíguos (I e II) no corpo de um animal e sua posição em re- e eternizada na voz de Orlando Silva, a primeira es-
lação a duas estruturas corporais identificadas por X e Y. trofe diz:
dendrito “Você tem boniteza
X II Y E a natureza
I
axônio Foi que agiu
sinapse Como esse óio de índia
a) Tomando-se as estruturas X e Y como referência, Curare no corpo que é bem Brasil”
em que sentido se propagam os impulsos nervosos
através dos neurônios I e II? O curare é um antagonista do mediador químico acetil-
colina, responsável pela sinalização química na junção
neuromuscular. O curare no corpo causa:
a) Contrações involuntárias, pois, na presença de cura-
re, os músculos têm suas fibras danificadas pela an-
tagonização da acetilcolina e as contrações ficam
descoordenadas.
b) Flacidez muscular, pois, na presença de curare, os
b) Considerando-se que, na sinapse mostrada, não há neurônios deixam de produzir acetilcolina e paralisam
contato físico entre dois neurônios, o que permite a suas atividades, causando morte neural.
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338 334 – Material do Professor
14. Fuvest-SP – O gráfico representa modificações elétri- Os fisiologistas Barreto e Oliveira (2004) identificam, na
BIOLOGIA 3A
cas da membrana de um neurônio (potencial de mem- obra Criação de Michelangelo, o contorno do formato do
brana), mostrando o potencial de ação gerado por um cérebro humano. O cérebro e a medula espinhal são cen-
estímulo, em um dado momento. tros nervosos.
Fonte: BARRETO, G.; OLIVEIRA, M.G.
+40 A arte secreta de Michelangelo. São Paulo: ARX, 2004.
Potencial de membrana (mV)
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335 – Material do Professor 339
BIOLOGIA 3A
18. Sistema Dom Bosco C4-H14
Comparando a propagação do impulso nervoso com o circuito elétrico envolvendo o ato
de acender uma lâmpada por meio de um interruptor, podemos dizer que no sistema
nervoso o interruptor, o fio encapado e a lâmpada acendendo são, respectivamente
a) a resposta ao estímulo, os dendritos mielinizados e o impulso nervoso.
b) o estímulo ambiental, o axônio mielinizado e a resposta do sistema nervoso.
c) o estímulo ambiental, o nódulo de Ranvier e a resposta do sistema nervoso.
d) dendritos, impulso nervoso e resposta do sistema nervoso.
e) dendritos, corpo celular e terminais do axônio.
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BIOLOGIA 3A 336 – Material do Professor
SISTEMA NERVOSO
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337 – Material do Professor 341
BIOLOGIA 3A
comparado agrupamento de axônios de múltiplos neurônios
que conduzem e organizam o fluxo de informação
O sistema nervoso é caracterizado pela presença
ao longo das rotas do sistema nervoso.
de células especializadas na percepção de estímulos e
corpo celular
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342
BIOLOGIA 3A 338 – Material do Professor
Tipo de sistema
Grupo animal nervoso e
características
Cnidários
Difuso, controla
UNIVERSAL IMAGES GROUP NORTH
AMERICA LLC/ALAMY STOCK PHOTO
a expansão e a
contração da cavidade
gastrovascular. As
células nervosas se
rede de comunicam por pontes
células citoplasmáticas, que
nervosas
transmitem os impulsos
Ilustração de um cnidário mostrando seu tecido nervoso difuso. Elementos
nervosos indistintamente.
representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
Platelmintos
Ganglionar, com gânglios
UNIVERSAL IMAGES GROUP NORTH
AMERICA LLC/ALAMY STOCK PHOTO
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339 – Material do Professor 343
Nematelmintos
BIOLOGIA 3A
IRYNA TIMONINA/ALAMY STOCK VECTOR
faringe
intestinos
boca
Ganglionar, formado
útero abertura do sistema excretor por dois cordões
longitudinais, um dorsal
abertura genital
e outro ventral, ao longo
dos quais se situam
gânglios nervosos.
ovário
ânus
Ganglionar, mais
Moluscos desenvolvido, com
cérebro
gânglios agrupados na
parte anterior do corpo,
DIEKLEINERT/ALAMY STOCK PHOTO
cordões nervosos
gânglio
cerebral ventrais. Cada segmento
intestino do corpo apresenta
boca um par de gânglios de
onde partem nervos. Na
tecido conectivo região anterior, também
há um par de gânglios
gânglio cordão nervoso cerebroides, maiores,
subesofágico ventral como um “encéfalo”
Ilustração de uma minhoca destacando seu sistema ganglionar ventral. primitivo.
Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
cérebro
rudimentar cordões ventrais com
anterior
cavidade
gânglios de onde partem
cardíaca nervos. Os gânglios
sistema estomatogástrico controlam muitas
cordão nervoso ventral
atividades, dispensando
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344 340 – Material do Professor
Equinodermos
BIOLOGIA 3A
Presença de anéis
nervosos radiais ao
redor da cavidade oral
que irradiam para a
periferia do corpo. Os
ramos desses nervos
são responsáveis pelos
movimentos.
anel nervoso
cavidade oral
Esquema de um ouriço-do-mar destacando sua cavidade oral rodeada pelo anel
nervoso. Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
Cordados
cérebro
Sistema
nervoso
central
Tubular e dorsal, com
encéfalo anterior bem
medula
gânglios desenvolvido e medula
espinal ou espinhal.
Sistema Diferentemente dos
nervoso
maciços cordões nervosos
periférico
dos invertebrados, a
nervos medula dos cordados é
atravessada por um canal
por onde circula o líquido
cefalorraquidiano.
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341 – Material do Professor 345
-se no canal medular, formado pela sobreposição das vértebras da coluna vertebral.
Algumas membranas atuam revestindo o SNC: a meninge dura-máter é a mais
BIOLOGIA 3A
externa; a aracnoide, a intermediária; e a mais interna, a pia-máter. Além da pro-
teção óssea e das meninges, o encéfalo e a medula espinal são banhados pelo
líquido cefalorraquidiano, também chamado de cerebroespinal, entre a pia-máter
e a aracnoide. Quando há suspeita de doenças como meningite ou outro acometi-
mento do sistema nervoso, é extraída uma amostra do líquido cefalorraquidiano para
exame microscópico e bioquímico, o que pode auxiliar no diagnóstico mais preciso.
No caso de infecções, é aumentada a quantidade de glóbulos brancos no líquido e
nota-se mesmo a presença de bactérias. Nas hemorragias intracranianas, podem
ser encontrados glóbulos vermelhos, e o líquido adquire aspecto sanguinolento.
ALILA07/DREAMSTIME.COM
meninges que revestem
o sistema nervoso central (SNC)
dura-máter
aracnoide
pia-máter
substância cinzenta
substância branca
Esquema das membranas que revestem o sistema nervoso central (SNC), a dura-máter, a aracnoide e a pia-
-máter. Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
Encéfalo
O encéfalo é constituído pelo cérebro, diencéfalo, tronco encefálico e cerebelo.
O cérebro é o órgão mais complexo do corpo humano. É composto de dois he-
misférios cerebrais, direito e esquerdo, unidos pelo corpo caloso. Ele participa de
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346 342 – Material do Professor
FIRSTSIGNAL/ISTOCKPHOTO.COM
BIOLOGIA 3A
lobo parietal
lobo frontal
lobo occipital
lobo temporal
Ilustração dos lobos cerebrais humanos. Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
córtex cerebral
diencéfalo
hipófise
mesencéfalo
epífise
ponte cerebelo
bulbo
Ilustração da anatomia do cérebro e duas divisões responsáveis por diversas ações. Elementos representados
Dom Bosco
hemisfério cerebral
córtex cerebral
diencéfalo
mesencéfalo hipófise
epífise
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343 – Material do Professor 347
BIOLOGIA 3A
A medula espinal também pode atuar de maneira independente, sem a participa-
ção cerebral, como parte de circuitos nervosos simples, os reflexos. Estes podem
ser definidos como respostas rápidas de proteção corpórea a determinados estí-
mulos, como o ato de retirar o dedo de uma superfície muito quente ou muito fria.
Os atos reflexos, ou atividades reflexas, acontecem quando o cérebro é in-
formado de sua execução, mas não parte dele a ordem para o movimento reflexo,
que é involuntário. O caminho que o impulso nervoso percorre para provocar o ato é
o arco reflexo. Nos invertebrados, registram-se arcos reflexos simples, envolvendo
apenas um neurônio, nos quais o estímulo provocado no receptor é transformado em
impulso por meio de uma única sinapse e chega ao neurônio motor responsável pela
ação reflexa. Nos vertebrados, os arcos reflexos incluem pelo menos dois neurônios.
Uma pessoa que sofre dano na medula espinal perde sensibilidade em todas
as partes do corpo localizadas abaixo da lesão. Entretanto, suas atividades refle-
xas ficam mantidas. A lesão na altura da lombar, por exemplo, provoca a perda da
sensibilidade dos membros inferiores, mesmo mantendo suas atividades reflexas.
No caso de algumas doenças em que há degeneração dos neurônios da medula,
como a poliomielite ou a paralisia infantil, os vírus invadem e destroem os neurônios
motores localizados em determinados níveis da medula espinal. Isso interrompe o
caminho do neurônio sensorial ao neurônio motor, ficando a região comprometida
sem atividades reflexas. O trajeto do neurônio sensorial permanece íntegro, de tal
forma que a sensibilidade continua normal na região. Assim, o indivíduo com lesão é
capaz de sentir o estímulo, no entanto o movimento reflexo não se realiza, ocorrendo
a paralisia por perda da atividade voluntária.
Arco reflexo
NORMAALS/ISTOCKPHOTO.COM
receptores sensoriais
neurônio sensação
sensitivo transmitida
ao cérebro
gânglio da
raiz dorsal
estímulo dor
neurônio
impulsos nervosos de associação
gânglio
ventral
neurônio substância substância
motor branca cinzenta
resposta
órgão efetor medula espinal
estímulo
Ilustração esquemática do funcionamento do arco reflexo ao se tocar em um cacto com espinhos: os receptores
sensoriais sinalizam a dor e, por meio dos neurônios sensoriais, encaminham a informação ao SNC, que a
processa e encaminha uma resposta motora para os neurônios efetores retirarem a mão do espinho. Elementos
representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
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348 344 – Material do Professor
sensitiva e motora.
Os neurônios do SNP podem ser divididos em dois: os neurônios aferentes
transportam as informações sensoriais até o SNC, enquanto os neurônios eferentes
direcionam as respostas processadas no SNC para os órgãos efetores de respostas,
como músculos e glândulas.
O SNP também pode ser como um todo dividido em dois ramos: o somático e
o autônomo.
Aumento da
frequência Diminuição da
cardíaca frequência cardíaca
Relaxamento
dos brônquios Contração dos
brônquios
Estímulo da liberação
de glicose pelo fígado
Estímulo da atividade
e inibição da vesícula
estomacal renal, in-
biliar
testinal e pancreática
Inibição da atividade
estomacal, intestinal Estímulo da
e pancreática vesícula biliar
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345 – Material do Professor 349
BIOLOGIA 3A
Os nervos cranianos inervam músculos e órgãos faciais. São formados por 12
pares de nervos; a maioria se liga ao tronco encefálico, exceto o nervo olfatório, que
se liga ao telencéfalo, e o nervo óptico, que se liga ao diencéfalo.
A medula espinal tem forma de uma haste cilíndrica, mede aproximadamente 50
centímetros de comprimento e liga-se ao bulbo espinal. Dela partem 31 pares de
nervos raquidianos que a ligam a receptores sensoriais e músculos esqueléticos. Os
31 nervos espinais, que correspondem aos 31 segmentos medulares, são divididos
em 4 grupos de nervos raquidianos, sendo: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5
sacrais e 1 coccígeo. Na região cervical há 8 pares de nervos cervicais e apenas 7
vértebras, isso porque o primeiro par de nervos espinais sai da região entre o occipital
e a C1. A medula pode ser classificada por regiões, caracterizando as intumescências
cervical e lombossacral, o cone medular e a cauda equina, envolta pelo saco dural.
Anatomia de um nervo
epineuro
vasos sanguíneos
perineuro
fáscia
axônio mielinizado
fibras nervosas
Ilustração da anatomia do corte transversal de um nervo. Elementos representados fora da escala de tamanho.
Cores fantasia.
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 3A
SISTEMA NERVOSO
Medula espinal
Encéfalo
Cérebro
Cerebelo
Coluna vertebral Dividido em
Diencéfalo
Mesencéfalo
Bulbo
Nervos espinais
Autônomo (involuntário)
Somático (voluntário)
Nervos cranianos
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EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 3A
1. Feevale-RS – Sobre a coordenação nervosa dos ani- a) A quem correspondem X e Y?
mais, assinale a alternativa incorreta. X = sistema nervoso autônomo parassimpático e Y = sistema nervoso
a) em mamíferos, o córtex cerebral é desenvolvido e
apresenta, externamente, uma coloração acinzenta-
autônomo simpático.
da, devido à presença de inúmeros corpos celulares
dos neurônios.
b) o córtex cerebral humano é a sede do pensamento,
da linguagem e da consciência.
b) Em uma emergência, como a fuga de um assalto,
c) no ser humano, o cerebelo é responsável pela
por exemplo, qual deles será ativado de maneira
manutenção do equilíbrio e pelo controle do tônus
mais imediata? Forneça um outro exemplo, dife-
muscular.
rente dos da tabela, da ação desse componente
d) em geral, nos invertebrados, o sistema nervoso é do sistema nervoso.
dorsal, simples e oco.
Sistema nervoso autônomo simpático. A liberação de adrenalina aumen-
e) as esponjas não possuem células nervosas típicas
e os cnidários apresentam neurônios dispostos de
modo difuso pelo corpo. ta a pressão arterial e os batimentos cardíacos.
O sistema nervoso de invertebrados pode variar de acordo com o Filo.
Os poríferos não apresentam sistema nervoso. Já os cnidários possuem
um sistema nervoso difuso, sem um cérebro ou gânglios nervosos, ape-
nas células nervosas espalhadas pelo corpo. Nos platelmintos, nema-
telmintos, anelídeos, moluscos e artrópodes o sistema nervoso é gan-
glionar, formado por dois gânglios nervosos na região anterior, ligados a 4. UEM-PR – Com base nos conhecimentos sobre o sis-
cordões nervosos longitudinais. O sistema nervoso dos equinodermos tema nervoso humano, assinale o que for correto.
é composto por um anel nervoso ao redor da boca, de onde saem os
nervos radiais. 01) O lobo frontal coordena movimentos como andar de
bicicleta, mantendo o restante do corpo em equilí-
2. Uece brio, e recebe informações visuais.
Pesquisa realizada na Universidade de Cambridge com 02) A medula espinal elabora respostas simples a de-
participação de pesquisadores do Instituto de Física de São terminados estímulos, como retirar a mão após um
Carlos, cujo resultado foi publicado na revista Nature Neu- choque elétrico.
roscience, revelou que o trajeto neural também é mediado 04) Ao ingerir algum alimento, o sistema nervoso so-
por sinais mecânicos, relacionados com o grau de rigidez mático entra em ação estimulando o estômago a
do tecido. produzir o suco digestivo.
Disponível em: <http://jornal.usp.br/ciencias/cieenciasbiologi- 08) Situações de estresse, como em um estado de
cas/experimento-com-embrioes-de-sapo-ajuda-a-entender-cresci- perigo, são associadas ao sistema nervoso central
mento-dos-neuronios/>. e à adrenalina.
Em relação ao sistema nervoso humano, é correto 16) O sistema nervoso periférico autônomo simpáti-
afirmar que co é diretamente responsável pela palidez facial e
pelas mãos geladas, características nos episódios
a) o encéfalo plenamente diferenciado apresenta cé- de sustos.
rebro (telencéfalo e diencéfalo), cerebelo e tronco
encefálico. 02 + 08 + 16 = 26
A coordenação dos movimentos voluntários, como andar de bicicleta, é
b) é organizado em central (nervos e gânglios nervosos) executada pelo cerebelo. As informações visuais são interpretadas pelas
e periférico (encéfalo e medula espinal). regiões occipitais do cérebro. Já a secreção do suco gástrico é coorde-
c) segundo os tipos de neurônios que apresentam, os nada pelo sistema nervoso autônomo parassimpático e pela secreção
nervos podem ser sensitivos ou eferentes, motores do hormônio gastrina, liberado pelas células do antro do estômago.
ou eferentes e mistos.
d) o sistema nervoso periférico autônomo é dividido em
simpático (nervos cranianos e raquidianos) e paras- 5. Fuvest-SP – A reação da pessoa, ao pisar descalça so-
simpático (nervos raquidianos). bre um espinho, é levantar o pé imediatamente, ainda
antes de perceber que o pé está ferido.
O encéfalo diferenciado é subdividido em cérebro (telencéfalo e dien-
céfalo), cerebelo (metencéfalo) e tronco encefálico (mesencéfalo e Analise as afirmações:
mielencéfalo).
I. Neurônios sensoriais são ativados ao se pisar no
espinho.
3. Unifesp – A tabela mostra os efeitos da ação de dois im-
portantes componentes do sistema nervoso humano. II. Neurônios motores promovem o movimento coor-
denado para a retirada do pé.
III. O sistema nervoso autônomo coordena o compor-
X Y tamento descrito.
Contração da pupila Dilatação da pupila Está correto o que se afirma em:
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352 348 – Material do Professor
6. UFPA – Um arco reflexo simples, como o reflexo pate- te dos axônios sensoriais para os interneurônios e
BIOLOGIA 3A
lar, representa a rota seguida por impulsos nervosos neurônios motores (eferentes).
a fim de produzir uma ação reflexa, desde a periferia, IV. A chegada do potencial de ação ao final do axônio
passando por um centro reflexo no sistema nervoso motor desencadeia uma sinapse em uma região
central, e de volta até um órgão efetor. Sobre o assunto, denominada “placa motora”, no músculo extensor
considere as seguintes afirmações: esquelético, que resulta em contração do múscu-
I. O receptor sensorial é uma estrutura anatômica lo e extensão da perna em resposta ao estímulo
responsável pelo processo de transdução, ou seja, mecânico.
a transformação do estímulo em um sinal elétrico, Está correto o que se afirma em:
denominado potencial do receptor ou potencial ge-
rador. a) I, II e IV, apenas.
II. O receptor sensorial está associado a um neurônio b) I, II e III, apenas.
sensorial (aferente), cujo axônio conduz um sinal c) II, III e IV, apenas.
Na substância cinzenta da medu-
elétrico do tipo “tudo ou nada”, denominado poten- d) I, III e IV, apenas. la espinal ocorrem sinapses, nas
cial de ação. quais o sinal elétrico passa dire-
e) I, II, III e IV.
III. Na substância branca da medula espinal ocorrem tamente dos axônios sensoriais
sinapses, nas quais o sinal elétrico passa diretamen- para os dendritos dos neurônios
motores (eferentes).
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. PUC-SP – O sistema nervoso autônomo é formado em 1936. Em um dos experimentos, ele retirou os cora-
por fibras simpáticas e parassimpáticas que atuam nos ções de sapos, deixando-os em solução fisiológica em
órgãos viscerais de maneira antagônica. A liberação de recipientes separados. Em um dos corações, um nervo
adrenalina pelo sistema nervoso do sistema nervoso autônomo foi preservado. Loewi
a) parassimpático promove aumento do ritmo cardíaco estimulou eletricamente o nervo e observou a redução
e constrição dos vasos sanguíneos periféricos. da frequência cardíaca. Depois, ele injetou a solução
b) simpático promove aumento do ritmo cardíaco e do coração estimulado no outro coração e observou o
constrição dos vasos sanguíneos periféricos. mesmo efeito, ou seja, o outro coração também apre-
c) parassimpático promove diminuição do ritmo cardía- sentou uma redução da frequência de seus batimentos.
co e constrição dos vasos sanguíneos periféricos. a) A qual divisão do sistema nervoso autônomo perten-
d) simpático promove diminuição do ritmo cardíaco e ce o nervo preservado?
dilatação dos vasos sanguíneos periféricos.
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349 – Material do Professor 353
Sabe-se que o gás sarin é um composto organofosfo- 14. Ufes – O sistema nervoso constitui o meio mais rápido
BIOLOGIA 3A
rado que inativa a enzima acetilcolinesterase humana, de comunicação, pois se vale de mensagens elétricas,
responsável por degradar a acetilcolina. que caminham por nervos mais rapidamente que os
hormônios pelo sangue. Analisando as figuras, descreva
Nesse caso, a vítima do gás sofre com seus efeitos a evolução do sistema nervoso dos grupos represen-
diretos sobre tados, considerando a simetria do corpo dos animais
a) as funções hepáticas. e as principais vantagens adaptativas das alterações
b) a cascata de coagulação sanguínea. ocorridas no processo.
c) o sistema imunológico.
d) o sistema nervoso parassimpático.
12. Etec
Bons jogadores de futebol precisam realizar ações rápi-
das; um chute potente pode fazer a bola rolar a mais de
120 km/h e entrar na rede tão rápido que mal dá tempo
para enxergá-la. Os melhores jogadores conseguem ver a
bola nitidamente para se lançar ao ataque e ainda driblar cnidários platelmintos artrópodes vertebrados
o adversário com uma precisão de fração de segundo.
Apesar de parecer que o sistema nervoso trabalha na ve-
locidade de um raio, não é bem assim. Os sinais visuais,
por exemplo, levam de 50 a 100 milésimos de segundo
para chegar ao cérebro. Uma vez dentro dele, outras co-
nexões são necessárias para transformar sinais brutos em
resposta mental.
Disponível em: <http://www.afh.bio.br/especia/futebl.asp>.
Acesso em: 5 set. 2010. (Adaptado.)
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354 350 – Material do Professor
cerebelo
glândula hipófise
mesencéfalo
ponte medula espinal
bulbo
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351 – Material do Professor 355
Analisando-se o experimento, a diferenciação de célu- Infere-se do texto que o objetivo da adição de cafeína a
BIOLOGIA 3A
las-tronco em neurônios ocorre estimulada pela alguns medicamentos contra a dor de cabeça é
a) extração e utilização de células da pele de um indi- a) contrair os vasos sanguíneos do cérebro, diminuindo
víduo portador da doença. a compressão sobre as terminações nervosas.
b) regressão das células epiteliais a células-tronco em b) aumentar a produção de adrenalina, proporcionando
um meio de cultura apropriado. uma sensação de analgesia.
c) atividade genética natural do neurônio autista em um c) aumentar os níveis de adenosina, diminuindo a ati-
meio de cultura semelhante ao cérebro. vidade das células nervosas do cérebro.
d) aplicação de um fator de crescimento (hormônio IGF1) d) induzir a hipófise a liberar hormônios, estimulando a
e do antibiótico Gentamicina no meio da cultura. produção de adrenalina.
e) criação de um meio de cultura de células que imita o e) excitar os neurônios, aumentando a transmissão de
cérebro pela utilização de vitaminas e sais minerais. impulsos nervosos.
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13
328 354 – Material do Professor
SISTEMA SENSORIAL
BIOLOGIA 3B
HUMANO
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355 – Material do Professor 329
BIOLOGIA 3B
A percepção do paladar (também chamado de gus-
• nociceptores: receptores de dor capazes de tação) é dependente de quimiorreceptores que consti-
detectar condições nocivas, como pressão ex- tuem agrupamentos de células sensoriais denominadas
cessiva, temperaturas extremas, substâncias de botões gustatórios. Tais estruturas são encontra-
químicas e dor. das principalmente nas paredes de minúsculas saliên-
De acordo com sua localização, os receptores cias da língua, as papilas gustativas linguais. Um
podem, ainda, ser classificados como exterorrecep- número muito pequeno de botões gustatórios também
tores, quando dispostos na região externa do corpo pode ser encontrado no teto da boca, na epiglote, nas
e responsáveis pela captação de estímulos; proprio- tonsilas e na faringe.
ceptores, quando têm a função de captar estímulos As células receptoras gustativas possuem em sua
internos do organismo e estão associados à percep- extremidade superior microvilosidades que aumentam
ção da posição dos membros em relação ao corpo; a superfície de contato, otimizando a captação dos
e os interorreceptores, que são mecanorreceptores estímulos. Na extremidade inferior do botão gustatório
e quimiorreceptores presentes nas vísceras e nos encontram-se neurônios sensoriais aferentes, que
vasos sanguíneos e, por sua ação, é possível sentir recebem os estímulos das células receptoras gustati-
dor, náusea, sede, fome e prazer. vas e os encaminham ao SNC.
RENDIXALEXTIAN/ISTOCKPHOTO.COM
Os sentidos humanos são comumente divididos em epiglote
5 principais, a saber: olfato, paladar, audição, visão e
tato. Este último será abordado no módulo seguinte,
quando for tratado do sistema tegumentar humano. tonsila palatina
OLFATO
Os seres humanos conseguem identificar milhares
tonsila lingual
de odores. Estima-se que o epitélio olfativo humano forame
contenha, aproximadamente, 20 milhões de células
sensoriais. O funcionamento desse sentido deve-se a papila
neurônios quimiorreceptores que estão presentes no circunvalada
sulco terminal
epitélio olfativo, localizado no teto da cavidade nasal.
Tais receptores correspondem a células sensoriais do-
tadas de cílios que se comunicam com o bulbo olfativo. corpo sulco mediano
Esse bulbo abriga o nervo olfativo, que encaminha o lingual
estímulo para o centro olfativo, região específica do
córtex cerebral capaz de processar o estímulo, possi- papila papila fúngica
lingual lingual
bilitando a identificação dos odores. filiforme
Sistema olfativo
ápice
TTSZ/ISTOCKPHOTO.COM
bulbo
olfatório Anatomia da língua humana. Elementos representados fora da escala de
tamanho. Cores fantasia.
axônios
conveniados ao Sistema de Ensino Esquema do sistema olfativo mostrando as estruturas que o estímulo perceber as sensações gustativas primárias: amargo,
percorre. Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores azedo, doce, salgado e umami. Umami (“delicioso”,
fantasia. em japonês) é o quinto sabor primário, provocado pelo
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330 356 – Material do Professor
aminoácido glutamato monossódico, presente em ali- parede do osso que separa a orelha média da orelha
BIOLOGIA 3B
mentos como carnes, queijos envelhecidos, cogume- interna. A tuba auditiva, por sua vez, é uma via de pas-
los, algas e tomate. sagem para a faringe e serve para igualar as pressões e
Embora as moléculas receptoras e as áreas de ambos os lados da membrana timpânica. A dor sentida
interpretação dos estímulos no cérebro sejam dife- na orelha durante a decolagem ou a aterrisagem de um
rentes, paladar e olfato atuam de forma simultânea avião, ou quando subimos ou descemos uma serra de
na identificação do sabor. Os quimiorreceptores do carro, se deve à redução da pressão atmosférica sobre
olfato situam-se no teto da cavidade nasal e as subs- a orelha média. Nessa situação, o tímpano é pressio-
tâncias químicas precisam estar dissolvidas na película nado, o que o torna abaulado.
de água que os recobre para serem estimulados. Por A orelha interna consiste em câmaras preenchidas
isso, quando se contrai um resfriado que afeta a cap- com líquidos, incluindo o vestíbulo e os ductos se-
tação dos estímulos olfativos, a percepção do gosto micirculares, localizados na região posterior da orelha
também fica limitada. interna e estão associados com o equilíbrio. A cóclea,
localizada na região anterior da orelha interna, está re-
Botões gustatórios
lacionada à recepção dos sons. Trata-se de um tubo
enrolado como a concha de um caracol, preenchido por
TTSZ/ISTOCKPHOTO.COM
DONDESIGNS/ISTOCKPHOTO.COM
botões gustatórios estribo anexo
membrana martelo
à janela oval
timpânica
bigorna
Anatomia dos órgãos do paladar. Elementos representados fora da
escala de tamanho. Cores fantasia. nervo vestibular
nervo
AUDIÇÃO coclear
As orelhas são os órgãos dos sentidos responsáveis
cóclea
pela audição, ou seja, pela recepção dos estímulos
janela redonda
sonoros. Esses órgãos são divididos em três regiões:
tuba auditiva
externa, média e interna. O meato acústico externo,
integrado à orelha externa, tem a função primária de meato
acústico
captar as ondas sonoras e canalizá-las para as porções externo cavidade do tímpano
médias e internas da orelha.
O meato acústico externo é revestido por finos
Anatomia das estruturas envolvidas no processo de audição. Elementos
pelos e glândulas (sebáceas e ceruminosas), que se- representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
cretam uma substância serosa amarelada, a cera do
ouvido. Essa substância evita a entrada de poeira e de A orelha interna contém, além da cóclea, o apa-
microrganismos no interior da orelha. Ao final do meato relho vestibular (também chamado de labirinto),
acústico, encontra-se a membrana timpânica, estru- que apresenta as estruturas denominadas sáculo e
tura ricamente vascularizada e inervada que separa a utrículo, além dos ductos semicirculares. No interior
orelha externa da orelha média. do labirinto, existem células sensoriais ciliadas – me-
A membrana timpânica vibra de acordo com o som canorreceptores – para a percepção do equilíbrio.
que recebe. Essas vibrações são transmitidas para três O sáculo e o utrículo são bolsas preenchidas por
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357 – Material do Professor 331
resposta do sistema nervoso são sinais aos músculos Os cones funcionam melhor durante o dia, pois são
para ajustar a postura e manter o equilíbrio. As doenças estimulados apenas por intensidades altas de luz, e es-
BIOLOGIA 3B
que afetam o labirinto são chamadas de labirintopatias sas células são responsáveis pelas imagens coloridas
e podem causar dor de cabeça, enjoos, zumbidos na do ambiente. Os cones ficam mais concentrados em
orelha e tonturas. uma região específica da retina chamada mácula lútea
(mancha amarela). No centro dessa região, em uma
VISÃO depressão denominada fóvea, a imagem se forma com
Os órgãos responsáveis pela visão são os olhos. maior nitidez. Os cones possuem o pigmento fotos-
Eles possuem uma parede estruturada por três cama- sensível denominado fotopsina, sintetizado a partir da
das, de fora para dentro: esclera, coroide e retina. vitamina A, assim como a rodopsina dos bastonetes.
A esclera é a camada externa responsável por As células fotossensíveis da retina se associam a fi-
manter a forma do olho. É também conhecida como o bras nervosas, as quais transmitem o estímulo luminoso
“branco do olho” e apresenta-se transparente em sua ao cérebro. A região do globo ocular em que todas as
região anterior, formando a córnea. fibras se juntam, formando o nervo óptico, é denomi-
nada disco óptico. Como nessa região não há células
Anatomia do olho humano
fotossensíveis, ela é denominada ponto cego da retina.
A ausência de fotorreceptores no ponto cego impede
SURIYA SIRITAM/ALAMY STOCK VECTOR
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332 358 – Material do Professor
• miopia: as imagens são focalizadas antes da retina. O globo ocular é mais alon-
gado que o normal, dificultando a focalização adequada de objetos distantes.
A correção é feita por meio de lentes divergentes;
• hipermetropia: condição inversa à miopia, ou seja, as imagens são focalizadas
após a retina. Isso ocorre porque o globo ocular é mais curto que o normal,
prejudicando a formação de imagens dos objetos próximos. A correção é feita
por meio de lentes convergentes;
• astigmatismo: ocasionado pela forma irregular da córnea ou da lente (cristali-
no). A deformação de tais estruturas faz que os raios luminosos sejam desvia-
dos. Assim, a imagem gerada não tem foco em algumas direções. A correção
é realizada com a utilização de lentes cilíndricas com curvaturas desiguais, para
compensar a curvatura desigual do olho.
hipermetropia astigmatismo
Os principais problemas visuais humanos. Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 3B
SISTEMA SENSORIAL
Mecanorreceptores
Recepção Eletromagnéticos
Transmissão Termorreceptores
Nociceptores
Percepção
Tato Sentidos
Componentes
Íris Bigorna
Cristalino Estribo
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334 360 – Material do Professor
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 3B
1. UEL-PR (adaptada) – O sistema nervoso compreende membrana timpânica e faz com que a dor e a sensação
uma rede de comunicações e controles que permite de surdez cessem.
ao organismo interagir com o meio ambiente. Essa
Baseando-se no texto, é correto afirmar que
interação pode se dar por meio de estruturas chamadas
de receptores sensoriais, as quais detectam diferentes a) a função da tuba auditiva é conduzir as ondas sonoras
formas de energia, como a térmica. até a faringe.
Com relação ao sistema sensorial, atribua V (verdadeira) b) o ar que entra pela orelha externa sai pela garganta
ou F (falsa) às afirmativas a seguir. quando o viajante desce a serra.
c) o tímpano se deforma e é empurrado para dentro
( ) O sistema sensorial, por meio de seus recepto- sempre que o viajante sobe a serra.
res, leva informações da interação do corpo com
o ambiente ao sistema nervoso central, na forma d) a orelha externa se comunica com a garganta, a fim
de melhorar a sensação do paladar.
de impulsos nervosos.
e) a tuba auditiva ajuda a igualar a pressão em ambos
( ) As sensações de dor e de temperatura apresentam os lados da membrana timpânica.
os mesmos conjuntos de receptores e, por serem
sensações distintas, são transportadas por diferen- Conforme o texto apresentado, ao mudarmos de uma região de gran-
tes tipos de fibras até o sistema nervoso central e de altitude para uma de baixa altitude, há um aumento na pressão
por diferentes vias ao sistema nervoso periférico. atmosférica. Como resultado, a membrana timpânica é empurrada para
dentro. Ao liberar a tuba auditiva, bocejando ou engolindo saliva, ocorre
( ) Os corpúsculos de Meissner, de Pacini, de Ruffini, um equilíbrio na pressão interna na membrana timpânica, isso porque
a tuba auditiva tem ligação com a faringe e permite a entrada de ar
de Merkel e de Krause são responsáveis por dife- até o tímpano.
rentes percepções sensoriais quando do contato
da pele com diferentes objetos ou com o ambiente.
3. Sistema Dom Bosco – De acordo com o Censo Oftal-
( ) Os bulbos terminais de Krause, por serem termi- mológico de 2014, a estimativa é que existam em torno
nações livres, têm por função perceber variações de 68 milhões de míopes no Brasil. A famosa miopia,
de temperatura e, por isso, apresentam uma dis- que é o distúrbio refrativo mais comum em todo o
tribuição uniforme por todo o corpo. mundo, cresceu muito no último século. Um quarto da
( ) Na espécie humana, os receptores cutâneos estão população mundial sofre de miopia, porcentagem que
presentes na pele da face, na palma das mãos e pode chegar a um terço nos próximos anos, indicaram
na ponta dos dedos, os quais se apresentam na especialistas.
forma de terminações nervosas livres, o que nos Disponível em: <https://www.terra.com.br/noticias/
permite sentir dor. dino/numero-de-pessoas-com-miopia-aumenta-no-mundo-
-todo,a04d30cb5459c04bf686c2ddc8ec99adfej0pmis.html>.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, Acesso em: out. 2018.
a sequência correta
Em relação à miopia, que tipo de lente deve ser indicada
a) V V F V F
para corrigir essa deficiência visual?
b) V F V F V
c) F V V F F A miopia é uma deficiência visual em que as imagens são focalizadas
d) F V F F V
antes da retina, tornando o globo ocular mais alongado que o normal,
e) F F V V V
As sensações de dor e temperatura são detectadas por diferentes con- o que dificulta a adequada focalização de objetos distantes. Por isso,
juntos de receptores e transmitidas ao SNC por vias nervosas distintas.
Os bulbos terminais de Krause não são terminações nervosas livres, as pessoas míopes têm dificuldade em enxergar de longe. A correção
e sim modificações dendríticas de neurônios sensíveis às vibrações
térmicas detectadas pela pele. dessa condição envolve o uso de lentes côncavas divergentes para
2. Etec – O órgão dos sentidos responsável pela audição compensar o excesso de alongamento do globo ocular.
é a nossa orelha, também chamada comumente de
ouvido. Os problemas de ouvido são muito comuns em
viajantes que enfrentam variações de altitude, pois as 4. UPE-SSA – Uma das estratégias de leitura de tudo o
alterações de pressão, durante essas viagens, fazem que está externo e interno ao corpo é relacionada aos
com que os indivíduos fiquem com a sensação de ter sentidos. Por meio deles, a espécie humana percebe
os ouvidos tapados, o que provoca dificuldade auditiva possíveis perigos à sua integridade, detecta fatores
e dor. Assim, por exemplo, quando alguém desce a ambientais, entre outros aspectos; enfim, um monito-
serra em direção ao litoral, e a pressão atmosférica ramento do ambiente interno e do externo ao corpo.
aumenta, ficando maior do que a pressão interna da Dessa forma, quanto mais informações e detalhes os
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bores salgado, doce, amargo, azedo e umami, sendo ou desagradáveis etc. Depois dessas interpretações,
BIOLOGIA 3B
este último sabor produzido por algumas moléculas respondemos aos estímulos do ambiente, interagindo
dispersas no ar. com ele.
II. Os olhos, além de revelarem emoções, são estrutu-
Considerando que a capacidade de perceber o ambiente
ras que apresentam fotorreceptores, os quais per-
depende de células altamente especializadas, é correto
mitem colher diversas informações do meio, como
as cores e a luminosidade, percepções relacionadas afirmar que
aos cones e bastonetes, respectivamente. a) os receptores sensoriais humanos responsáveis pe-
III. As substâncias químicas precisam estar dissolvi- los sentidos do olfato e da degustação são classifi-
das na película de água que cobre os órgãos dos cados como termorreceptores.
sentidos nas cavidades nasais, para que possam b) as células fotorreceptoras cones e bastonetes do
impressionar os receptores olfativos. olho humano concentram-se na córnea, onde ocorre
IV. Os sentidos da audição e do equilíbrio são perce- a formação da imagem.
bidos pelos receptores do ouvido externo, que são c) a percepção do tato é realizada por receptores senso-
estruturas especializadas na percepção de sons e riais de pressão, que se localizam apenas nas palmas
na análise da posição do corpo. das mãos e nas plantas dos pés.
V. Os mecanorreceptores e quimiorreceptores são d) a orelha interna humana inclui três ossículos (mar-
receptores do tato que estão localizados próximos telo, bigorna e estribo), que amplificam as ondas
à superfície do corpo, possibilitando aos animais a sonoras, transmitindo-as para o tímpano.
percepção de texturas e da temperatura de um am- e) a íris é comparável ao diafragma ajustável das má-
biente, entre outros aspectos. quinas fotográficas, pois regula a quantidade de luz
Estão corretas: que entra no olho para garantir uma perfeita visão.
A íris do olho pode ser comparada ao diafragma ajustável de uma máqui-
a) I, II e V, apenas.
na fotográfica. Sob controle do sistema nervoso autônomo, ela contrai
b) I, IV e V, apenas. ou relaxa, provocando, respectivamente, a diminuição ou o aumento
do diâmetro da pupila. A pupila é o orifício pelo qual os raios luminosos
c) II e III, apenas. entram no globo ocular.
d) IV e V, apenas.
e) III, IV e V, apenas. 6. UFU-MG – A orelha humana capta informações sobre
O aroma dos alimentos é percebido pelo animal graças aos quimior- duas variáveis importantes: o volume do som e o tom,
receptores olfativos. A audição e o equilíbrio são percebidos por que estão relacionados às ondas sonoras.
receptores situados na orelha interna. A percepção das variações
térmicas é captada pelos termorreceptores situados próximos à a) A percepção humana do volume (altura do som) de
superfície do corpo. uma onda sonora é sua amplitude ou altura. Qual a
relação dessa amplitude com os potenciais de ação
nos neurônios?
5. Fatec (adaptada) – Quando pensamos em comuni-
cação, lembramo-nos da fala e da escrita, que são A percepção humana do volume do som é a sua altura. A amplitude da
modos humanos de trocar informações. Segundo Ste-
ven Mithen, milhões de anos foram necessários para onda não altera o potencial de ação dos neurônios.
que a mente humana evoluísse. Os indícios desse
longo processo de evolução estão hoje presentes
em nosso comportamento, nas formas usadas para
a comunicação, como a pedra, as pinturas, a escri-
b) A detecção das frequências das ondas ocorre em
ta e até mesmo a forma como convivemos e como
qual parte da orelha interna?
conversamos no cotidiano.
A detecção das frequências das ondas sonoras ocorre na cóclea da
Além da fala e da escrita, podemos perceber o ambien-
te que nos cerca de várias maneiras diferentes: vendo,
ouvindo, cheirando, apalpando e sentindo os sabores. orelha interna.
Ao processar essas informações, nossa mente as in-
terpreta como sinais de perigo, sensações agradáveis
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. UPE-SSA – Conhecidos como o melhor amigo do ho- a) O cão detecta as moléculas odoríferas, liberadas por
mem, os cães são animais considerados, às vezes, drogas ou peças de roupa de um indivíduo suspeito,
como membros da família. São muito sensíveis, e essa mediante quimiorreceptores gustativos, chamados
sensibilidade tem sido usada pelo homem, além de ou- de botões gustatórios.
tras habilidades. Esses animais têm o olfato e o paladar b) O bulbo olfatório dos cães apresenta cílios olfatórios
muito desenvolvidos. Embora não percebam bem as na superfície do epitélio nasal, que são cobertos por
cores, podem auxiliar os humanos como cães-guia e muco.
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órgão de Corti e a membrana tectória, presentes, a) A visão funciona de maneira extremamente so-
BIOLOGIA 3B
respectivamente, no aparelho vestibular e no canal fisticada. Nossos olhos se ajustaram para captar
semicircular do ouvido interno dos cães. uma faixa de 400 a 700 nm, porque grande parte
e) A audição também é muito importante para a defe- da luz do Sol que chega até nós está dentro dessa
sa dos cães, pois os sons orientam o animal sobre faixa de comprimento de onda. A partir dessas in-
possíveis riscos nos ambientes escuros. Para isso, formações, explique o funcionamento dos nossos
a cóclea tem que conduzir as ondas sonoras que sensores visuais.
vibram nos ossículos do ouvido médio até os corpús-
culos de Pacini, presentes no ouvido interno, para
que cheguem ao nervo coclear.
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12. UFMG – A língua dos seres humanos apresenta papilas c) Considerando a estrutura e função dos neurônios
BIOLOGIA 3B
gustativas, cada uma delas constituída por, aproximada- associados às papilas gustativas, cite o processo
mente, 200 botões gustatórios, que são responsáveis pelo qual a informação sensorial chega ao cérebro.
pelas sensações de doce, salgado, amargo e azedo.
Analise estes gráficos, em que está representada a
atividade de dois neurônios em um mesmo botão gus-
tativo, na presença de diferentes substâncias.
Atividade Neuronal
100
50
13. UFSC – Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), cerca de 1,1 bilhão de jovens em todo o mundo
0 correm o risco de sofrer perda auditiva devido à expo-
10 100 1000 Concentração relativa
sição a níveis sonoros prejudiciais causada por seus
Neurônio 1 das substâncias
hábitos diários, como o uso de fones de ouvido. Os
Legenda:
adolescentes e os jovens adultos, com idade entre 12
e 35 anos, estão expostos a riscos pelo uso excessivo
Atividade Neuronal
105
a) Com base nos dados apresentados nesses gráficos,
indique se você é a favor de ou contra a teoria da 100
existência de uma região específica da língua respon-
Decibéis (dB)
85
80
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 450 480
Tempo em minutos
Disponível em: <http://cultura.estadao.com.br/blogs/direto-da-fonte/adolescentes-poderao-ter-
surdez-precoce-diz-pesquisa/> e <http://www.who.int/pbd/deafness/activities/MLS_Brochure
_English_lowres_for_web.pdf?ua=1>. Acesso em 2 ago.2016.
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338 364 – Material do Professor
14. UFG – Ao realizar exames oftalmológicos em um am- A heterocromatina facultativa, que, nos neurônios do
BIOLOGIA 3B
biente pouco iluminado, os jovens J1 e J2 descobri- olfato, também se concentra numa área central do
ram que o diâmetro do corpo vítreo de seus olhos é núcleo, compõe uma estrutura em forma de chapéu,
de 18 mm. Nesse exame, descobriu-se que, para J1, em torno da constitutiva. Assim, a organização das
as imagens dos objetos são formadas 13 mm após o heterocromatinas e da eucromatina pode ser diferente
cristalino, enquanto, para J2, o diagnóstico atestou que para cada tipo de célula, com um impacto importante
ele não visualiza nitidamente objetos a 25 cm do olho. na atividade genética.
Conforme o exposto, quais são, respectivamente, os
tipos de lentes corretivas que J1 e J2 devem utilizar Essas informações apontam para aspectos relacionados
e quais células responderam mais eficientemente ao à regulação dos odores. É correto afirmar, com base
estímulo luminoso? no texto, que
a) Divergente e convergente, e bastonetes na córnea. a) a forma tridimensional do material genético deter-
b) Divergente e divergente, e bastonetes na retina. mina, a cada ciclo celular de cada neurônio olfatório,
a formação de diferentes tipos de receptores para
c) Convergente e divergente, e cones na córnea. moléculas odorantes.
d) Divergente e divergente, e cones na retina. b) a inatividade da eucromatina e a atividade da he-
e) Divergente e convergente, e bastonetes na retina. terocromatina constitutiva determinam quais RNA
transportadores formarão as proteínas receptoras
15. IFSP – Assinale a alternativa que define corretamente específicas para cada neurônio olfatório.
as propriedades organolépticas da matéria. c) a organização da cromatina é responsável pela capa-
a) São definidas como organolépticas as propriedades cidade de cada neurônio olfatório produzir apenas um
nas quais o organismo não sofre um fenômeno quí- tipo de receptor para moléculas odorantes.
mico, ele pode ser dividido sem se alterar. d) cada neurônio olfatório tem, na superfície celular,
b) São propriedades dadas por dois organismos que não uma grande diversidade de receptores, capazes de
ocupam o mesmo lugar ao mesmo tempo. reconhecer moléculas em seu entorno e determina-
c) São um tipo de fenômeno químico que um dado dos pela grande compactação da heterocromatina
organismo específico sofre. facultativa dos autossomos.
d) Ocorrem quando os organismos tendem a se manter e) no núcleo dos neurônios olfatórios, os cromossomos
como estão (em repouso ou em movimento). metafásicos permitem o acesso à transcrição de um
e) São propriedades que impressionam pelo menos dos alelos, de forma aleatória, a cada formação de
um dos cinco sentidos (tato, visão, olfato, audição RNA mensageiros.
e paladar).
17. Udesc (adaptada) – Os Jogos Paralímpicos repre-
16. UPE (adaptada) – Leia o texto a seguir: sentam uma questão de superação de desafios e
preconceitos. Participam dessas competições atletas
Entre os mil genes, aproximadamente, que em camun-
com deficiências físicas congênitas, como síndromes,
dongos abrigam o código para receptores de odorantes
malformações ou lesões adquiridas de forma definitiva.
(são cerca de 400 em humanos), apenas um está ativo
Uma dessas deficiências é a visual, que pode surgir a
num determinado neurônio, e apenas uma das duas
partir do deslocamento da retina e do comprometimen-
cópias do gene ou alelos está ativa. Essa especiali-
to do cristalino (catarata que, em situações graves, leva
zação é essencial para o mapeamento dos odores no
à cegueira). Pergunta-se: Qual a função da retina e do
cérebro – todos os neurônios, que têm a sua superfície
cristalino na visão?
salpicada por um determinado tipo de receptor, man-
dam projeções para uma mesma região do cérebro, que
reconhecerá o aroma correspondente.
Para entender a regulação dos genes responsáveis
pela construção dos receptores para moléculas de
odor, é necessário analisar, no núcleo dos neurônios,
o local onde o material genético tem uma organização
espacial precisa, a cromatina, na qual se localizam as
duas cópias de cada gene. A heterocromatina cons-
titutiva, concentrada no miolo do núcleo, abriga, pelo
menos, um dos alelos em grande parte das células.
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365 – Material do Professor 339
BIOLOGIA 3B
Entre os anos de 1028 e 1038, Alhazen (Ibn al-Haytham: diversas partes do corpo dele e a diferentes distâncias,
965-1040 d.C.) escreveu sua principal obra, o Livro da visando à identificação das regiões e distâncias onde
Óptica, que, com base em experimentos, explicava o eram sentidos um ou dois toques. Os locais do corpo, a
funcionamento da visão e outros aspectos da óptica, quantidade de toques que foram sentidos e a distância
entre as duas pontas do compasso estão apresentados
por exemplo, o funcionamento da câmara escura. O li-
na tabela:
vro foi traduzido e incorporado aos conhecimentos cien-
tíficos ocidentais pelos europeus. Na figura a seguir,
retirada dessa obra, é representada a imagem invertida Distância 6 5 3,5 2,5 1 0,5 ,
de edificações em tecido utilizado como anteparo.
(cm) 0,5
ENEM
ENEM
Zewall, A. H. Micrographia of twenty-first century: from camera As diferenças observadas entre as várias regiões do
obscura to 4D microscopy. Philosophical Transactions of the Royal corpo indicam que a densidade dos receptores
Society A, v. 368, 2010. (Adaptado) a) não é a mesma em todos os pontos, existindo re-
giões com maior capacidade de discriminação e sen-
Se fizermos uma analogia entre a ilustração e o olho
sibilidade, como o indicador e o polegar.
humano, o tecido corresponde ao(à)
b) apresenta pequena diferenciação entre os diversos
a) íris. pontos, existindo regiões com menor capacidade
b) retina. de discriminação e sensibilidade, como o indicador
c) pupila. e a panturrilha.
d) córnea. c) apresenta pequena diferenciação entre os diversos
pontos, diferenciando-se em regiões com maior ca-
e) cristalino. pacidade de discriminação e sensibilidade, como as
costas e o antebraço.
20. Enem C5-H17 d) não é a mesma em todos os pontos, existindo re-
O sistema somatossensorial nos informa o que ocorre giões com maior capacidade de discriminação e sen-
tanto na superfície do corpo como em seu interior, e sibilidade, como a panturrilha e as coxas.
processa muitas classes de diferentes estímulos, como e) é equivalente, existindo pontos que manifestam uma
pressão, temperatura, toque, posição. Em uma expe- menor sensibilidade e discriminação, como as costas
riência, após vendar os olhos de um indivíduo, foram e o antebraço.
SISTEMA TEGUMENTAR
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HUMANO
DE VISU/SHUTTERSTOCK
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367 – Material do Professor 341
O sistema tegumentar humano é formado pela pele A camada granulosa apresenta células achatadas,
e seus anexos: glândulas sebáceas, sudoríferas e mamá- repletas de grânulos contendo substâncias precursoras
BIOLOGIA 3B
rias, pelos e unhas. de queratina. A camada lúcida é formada por células
achatadas anucleadas e sem organelas citoplasmáticas,
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EPIDERME camada
córnea
É formada por tecido epitelial estratificado pa-
vimentoso queratinizado e compõe a parte mais camada
lúcida
externa da pele. É constituída pelas camadas ger-
minativas espinhosa, granulosa, lúcida e córnea. camada
A camada mais basal, chamada de germinativa, é granular
formada por uma única camada de células cúbicas,
camada
morfologicamente ativas com citoplasma basófilo espinhosa
e um núcleo grande. É apoiada por uma membrana
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342 368 – Material do Professor
De origem mesodérmica e formada por tecido co- nismo quando a temperatura interna ou do ambiente
nectivo, a derme é rica em fibras elásticas, vasos linfá- está elevada. As glândulas sudoríferas também estão
ticos e nervos. É amplamente vascularizada por vasos relacionadas à secreção de substâncias inúteis ao
sanguíneos responsáveis pela nutrição da epiderme organismo, uma vez que se identifica a presença de
avascular e sobrejacente. O entrelaçamento entre a catabólicos no suor.
epiderme e a derme é chamado de rete apparatus. É
unida ao tecido celular subcutâneo, também denomi-
GLÂNDULAS SEBÁCEAS
nado tela subcutânea.
Estão associadas aos folículos pilosos, muito abun-
A derme é formada por duas camadas:
dantes no couro cabeludo. Situam-se na derme e são
• camada papilar – é a mais superficial, encaixa-
definidas como glândulas exócrinas alveolares ramifi-
-se nas saliências da epiderme e é formada por
cadas holócrinas. As glândulas sebáceas apresentam
tecido conectivo frouxo, que constitui as papilas
ducto curto, epitélio estratificado pavimentoso de ex-
dérmicas.
tremidade no folículo piloso ou diretamente na super-
• camada reticular – é mais espessa, formada por
tecido conectivo denso e apresenta estruturas fície da epiderme.
derivadas da epiderme, como glândulas sudo- Essas glândulas expelem sebo, secreção oleosa
ríferas, folículos pilosos e glândulas sebáceas. formada por ésteres de cera e ácidos graxos. Sua
principal função é lubrificar a superfície da pele e dos
pelos, protegendo-os e conferindo a essas estruturas
HIPODERME OU TELA SUBCUTÂNEA um caráter hidrofóbico.
Localiza-se logo abaixo da derme. É formada por A atividade secretora das glândulas sebáceas é
tecidos conectivos frouxo e adiposo e representa fortemente influenciada pelos hormônios sexuais.
entre 15% e 30% do peso corporal de um indivíduo
Até a puberdade, a secreção é mínima e passa a ser
adulto. Não é considerada uma camada da pele,
estimulada quando os hormônios sexuais se tornam
mesmo mantendo uma relação funcional com a der-
bastante ativos.
me. Portanto, sua nomenclatura mais adequada é
A acne é formada por obstruções nos folículos
tela subcutânea.
pilosos, o que impede a drenagem do sebo para fora
A principal função da tela subcutânea é atuar como
da pele. Normalmente essa obstrução é causada pela
reserva energética, uma vez que é rica em células adi-
produção excessiva de sebo associado às células mor-
posas. Além disso, participa da defesa contra choques
físicos e funciona como isolante térmico (regulação da tas da pele. Durante a puberdade, a produção de hor-
temperatura corporal) e como conector da derme com mônios sexuais cresce, o que estimula a produção de
os músculos e os ossos. sebo pelas glândulas sebáceas. Consequentemente,
há aumento da incidência de acne nesse período da
vida. Além dos hormônios, predisposição genética,
ANEXOS TEGUMENTARES bactérias, estresse, ambiente, medicamentos, ali-
São estruturas anexas que auxiliam nas atividades mentação e alguns cosméticos podem aumentar a
e funções da pele. A seguir, veremos cada uma delas. incidência da acne.
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369 – Material do Professor 343
PELOS
BIOLOGIA 3B
Os pelos são estruturas anexas do sistema tegumen-
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tar originados nos folículos pilosos, invaginações na epi-
derme, cuja estrutura filamentosa delgada é composta pelo músculo eretor
de queratina. Os pelos humanos atuam na recepção tátil, do pelo
diferentemente dos pelos animais, que também auxiliam nervo
medula
no isolamento térmico.
glândula córtex
Os pelos estão presentes em muitas áreas da su- sebácea
perfície corporal, mas ocorrem em grande densidade
raiz do
em regiões como axilas e nas proximidades dos órgãos pelo cutícula
genitais. Além disso, o padrão dos pelos pode estar bulbo
piloso
associado à atuação de hormônios, como os pelos da vasos
papila sanguíneos
face e da região pubiana, que estão sob a influência dos dérmica
hormônios esteroides.
Pelos em crescimento ativo apresentam em sua base
uma leve dilatação, o bulbo piloso, no interior do qual Ilustração da anatomia do pelo. Elementos representados fora da escala
se encontra uma papila dérmica. O crescimento do de tamanho. Cores fantasia.
pelo deriva da intensa síntese de queratina e da multi-
plicação, da morte e da compactação de células localizadas na porção mais basal
dos folículos.
A nutrição dessas células é realizada pelos vasos sanguíneos associados à
base do folículo. Músculos eretores dos pelos, dispostos obliquamente e inseri-
dos na região da papila dérmica e outras regiões, são capazes de se contrair e,
assim, tracionarem o pelo, que adota uma posição mais vertical, o que o torna
eriçado. Melanócitos, presentes entre a papila e o epitélio que reveste a raiz,
conferem coloração característica ao pelo, uma vez que essas células transferem
melanina às células do córtex (região externa) e da medula (região interna) do
pelo. Glândulas sebáceas conjugadas aos folículos pilosos secretam substâncias
cuja função é lubrificar os pelos.
TTSZ/ISTOCKPHOTO.COM
raiz da unha
UNHAS seio cutícula unha base da
unha
As unhas são placas de células queratinizadas e rígidas
localizadas na superfície das extremidades da falange, nas Derme
pontas dos dedos. Originam-se de dobras da epiderme
localizadas na ponta dos dedos. É nessa área que múlti-
plas células gradualmente se proliferam, diferenciam-se,
acumulam queratina, morrem e se compactam firmemen-
te, originando as unhas. A cutícula, derivada do estrato
córneo da epiderme, reveste as unhas externamente. gordura
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não é contagioso e não traz prejuízos à saúde física. No entanto, as lesões provocadas
BIOLOGIA 3B
ROB3000/DREAMSTIME.COM
ausência de melanina
melanina
Ilustração da manifestação do vitiligo na mão humana, com detalhes em corte da pele. Elementos
representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
Tato
A pele humana é o maior órgão sensorial em exten-
TTSZ/ISTOCKPHOTO.COM
são, com grande diversidade de receptores sensoriais
que indicam dor, sensação térmica e pressão. Alguns
desses receptores estão imersos em tecido conectivo
corpúsculo
e constituem mecanorreceptores que detectam, por de Krause
corpúsculos
exemplo, tato superficial (corpúsculos de Meissner) e
de Ruffini
pressão (corpúsculo de Pacini).
Os corpúsculos de Meissner, assim como as cé-
lulas de Merkel (que agem na percepção de toques
contínuos de objetos contra a pele), estão presentes plexo de terminações
em regiões muito sensíveis da pele, como pontas dos corpúsculo células
pelos nervosas
corpúsculos de de livres
dedos, palmas das mãos, mamilos e lábios. de Pacini Meissner Merkel
radiculares
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 3B
SISTEMA TEGUMENTAR HUMANO
Pele
Anexos tegumentares
Epiderme
Exócrina Secretam
Tecido conectivo
Glândulas sudoríferas
Suor Merócrina
Écrina Apócrina
Unhas
Epiderme Origem Células queratinizadas
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 3B
1. EBMSP-BA (adaptada) – O esquema representa uma d) O corpúsculo de Meissner, responsável pela capta-
porção da pele humana, mostrando seus componentes ção de estímulos de pressão e tração, é formado por
em um corte transversal. um conjunto de terminações nervosas com pontas
achatadas.
e) As glândulas sebáceas têm por função principal lu-
brificar a pele e os pelos, para manter a regulação
da temperatura corporal.
As células dendríticas de Langerhans atuam como elementos de
proteção, reconhecendo e destruindo agentes patogênicos que pe-
tecido
netram na pele.
epitelial
3. Udesc – Aparelhos ergonômicos exigem do designer
um conhecimento prévio acerca do funcionamento do
organismo humano. Dentre os vários sistemas que
compõem o homem, o sistema tegumentar desempe-
lâmina nha importantes funções. A respeito da sua estrutura
basal e de suas funções, resolva a questão abaixo.
a) A pele é formada por duas camadas: a epiderme e
tecido a derme. Indique qual a constituição da epiderme
conectivo e relacione com suas funções.
vaso
A constituição histológica da epiderme é um tecido epitelial estratifi-
sanguíneo
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373 – Material do Professor 347
sanguíneos, nervos, corpúsculos sensoriais e fibras 6. Sistema Dom Bosco – A pele possui algumas estru-
BIOLOGIA 3B
musculares. turas especializadas que auxiliam em diversas funções
04) A camada córnea da pele tem em sua porção mais do corpo. Essas estruturas são os chamados anexos
externa células especiais, os melanócitos, produ- da pele e incluem pelos, unhas e glândulas sebáceas
tores de melanina, pigmento responsável pela cor e sudoríferas. Sobre as glândulas, marque a alternativa
da pele. correta:
08) A epiderme é um epitélio pavimentoso, de várias ca- a) A glândula sebácea produz o chamado sebo, subs-
madas celulares vivas, que repõe as células mortas tância que não apresenta função conhecida.
superficiais, ricas em colágeno, uma proteína que b) A glândula sebácea possui a função principal de lu-
dá à pele uma certa resistência e impermeabilidade. brificar pele e pelos.
16) Na região mais profunda da pele existe um tecido c) As glândulas sudoríferas são responsáveis por eli-
adiposo, que, além de reserva energética, é isolante minar o suor, que aumenta a temperatura do corpo.
térmico e protege contra choques mecânicos.
d) As glândulas sebácea e sudorífera são exemplos de
glândulas endócrinas, ou seja, que eliminam sua se-
01 + 02 + 16 = 19
creção na corrente sanguínea.
A afirmativa 04 está incorreta. Os melanócitos da pele situam-se
na região mais profunda da epiderme. A afirmativa 08 está incor- As glândulas sebáceas produzem uma substância conhecida popular-
reta. As células mortas superficiais da pele são impregnadas por mente como sebo, cuja função principal é lubrificar os pelos e a pele.
queratina, uma proteína protetora e impermeabilizante.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. FGV (adaptada) – O maior órgão do corpo humano é d) na camada superficial da epiderme, para que a tinta
constituído por dois tecidos, o tecido epitelial, a epi- afete o mínimo possível as estruturas inferiores da
derme, formado por células em constantes divisões, pele.
que empurram as mais velhas para as camadas supe- e) na tela subcutânea, para que a tinta seja assimilada
riores, e o tecido conectivo, a derme, rico em diversas pelas células adiposas, pois são células que não so-
estruturas, tais como vasos sanguíneos, terminações frem tantas alterações ao longo do tempo.
nervosas e glândulas. Logo abaixo, não fazendo parte
da pele, está a tela subcutânea, formada pelas células 8. Etec – A pele bronzeada tornou-se um símbolo de be-
adiposas responsáveis por armazenar gordura. leza e de aparência saudável. No entanto, para os der-
matologistas é preciso muito cuidado, pois o bronzeado
Pelos não tem, necessariamente, relação com saúde. Os der-
matologistas recomendam baixa exposição ao sol das
10 às 16 horas aproximadamente, quando a radiação
Folículo Poro
ultravioleta é mais intensa e o uso de filtros solares
piloso
se faz, portanto, essencial. Os raios ultravioleta UVA
e UVB, em doses excessivas, causam vermelhidão,
Epiderme
queimaduras, envelhecimento precoce e até podem
JANPEN CHAIYADEJ/DREAMSTIME.COM
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9. Sistema Dom Bosco – Sabemos que a pele é formada b) Cite o tipo de célula presente em maior quanti-
BIOLOGIA 3B
por duas camadas principais: a epiderme e a derme. A dade na tela subcutânea e explique a importância
epiderme é dividida em cinco camadas, córnea, lúcida, dessa camada para a adaptação de animais ao
granulosa, espinhosa e germinativa. Marque a alter- clima frio.
nativa que indica corretamente a função da camada
germinativa.
a) A camada germinativa apresenta função de prote-
ção contra a penetração de patógenos e agentes
químicos.
b) A camada germinativa é o local onde estão mergu-
lhados os nervos.
c) A camada germinativa tem como principal função
dar resistência à pele.
d) A camada germinativa é responsável por formar to-
das as outras camadas da epiderme.
10. Uerj – A luz solar traz inúmeros benefícios para os seres 11. UFRGS – As glândulas sudoríferas contribuem para
vivos. Um de seus componentes, a radiação ultravio- a manutenção da temperatura corporal. Essas glân-
leta, UV, é responsável, no entanto, por alguns efeitos dulas são
indesejáveis. A ilustração adiante resume a atuação dos a) pluricelulares, apócrinas e endócrinas.
diferentes tipos de radiação UV sobre a pele humana.
b) pluricelulares, merócrinas e exócrinas.
c) pluricelulares, holócrinas e mistas.
UV C
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375 – Material do Professor 349
BIOLOGIA 3B
mas tegumentares.
Glândula Epiderme
mucosa
Derme
Hipoderme
(camada
subcutânea)
15. UFCE – Em várias partes do mundo, a tatuagem é vista como moda e/ou livre ex-
pressão de pensamento e comportamento, especialmente pelo público jovem. Sobre
este assunto, observe a figura abaixo, que mostra a região da pele em que a tinta que
colore as tatuagens é injetada, e considere as assertivas que se seguem:
agulha
pigmento
TTSZ/ISTOCKPHOTO.COM
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350 376 – Material do Professor
16. Sistema Dom Bosco – A tatuagem é um adorno cor- hábitos comportamentais ou enfermidades que possam
BIOLOGIA 3B
poral tão antigo que data de mais 3 000 anos antes de representar risco aos receptores. As pessoas interes-
Cristo e consiste na aplicação de pigmentos na pele, sadas em doar sangue são submetidas, inicialmente,
criando desenhos definitivos. O pigmento no processo a uma entrevista e, posteriormente, têm seu sangue
a) é aplicado na epiderme, promove um processo coletado para realização de alguns testes. Nessa en-
inflamatório e é posteriormente degradado pelos trevista, pergunta-se, entre outras informações, se a
mastócitos. pessoa possui alguma tatuagem feita recentemente no
b) é aplicado e absorvido na epiderme e é posterior- corpo. Justifique a importância dessa pergunta.
mente fagocitado pelos histiócitos, tornando o de-
senho definitivo.
c) é aplicado na derme, promove um processo infla-
matório e é em parte fagocitado pelos macrófagos.
d) é aplicado na derme, absorvido pelas fibras colágenas
e forma uma nova camada sob a membrana basal.
e) é aplicado na derme e absorvido pela membrana
basal, tornando o desenho definitivo.
BIOLOGIA 3B
SISTEMA DIGESTÓRIO
Nutrição
Diferentemente das plantas, que são seres autótrofos, todos os animais são
heterótrofos e necessitam obter energia e nutrientes dos alimentos para suprir a
demanda de seu metabolismo. Chamamos de nutrição o processo que envolve
desde a ingestão do alimento, sua digestão até a sua absorção pelo trato digestório.
NUTRIENTES
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352 378 – Material do Professor
dos preferencialmente como fontes de energia para adaptadas ao metabolismo de dietas essencial-
todas as atividades celulares. São eles os carboidra- mente compostas de plantas e algas;
tos (presentes em alimentos como doces, mel, açú- • onívoros – Têm anatomia e fisiologia adaptadas
car, massas) e os lipídios (presentes em alimentos ao metabolismo de dietas com todos os tipos
como manteiga, margarina, oleaginosas, carnes ricas de nutrientes.
em gorduras).
Os nutrientes plásticos, também chamados de
construtores, são componentes estruturais dos teci- Digestão comparada
dos, ou seja, o material de construção empregado no A complexidade digestiva dos animais está di-
crescimento e no reparo de partes lesadas do corpo. retamente relacionada às suas anatomias. A evolu-
Eles são as proteínas constituintes de músculos, en- ção da complexidade dessas estruturas possibilitou
zimas, anticorpos e alguns hormônios. Os principais que os animais se adaptassem a diferentes modos
alimentos representantes desse grupo são carnes, de alimentação.
ovos, leite, cogumelos e algumas sementes, como
soja e feijão. PARAZOÁRIOS
Os nutrientes reguladores são inorgânicos repre- São grupos mais simples que não apresentam tubo
sentados por vitaminas e minerais. Necessitamos digestório. Essa ausência de uma estrutura digestiva
deles em quantidades muito pequenas – alguns miligra- faz com que seu processo digestivo seja obrigatoria-
mas diários. Habitualmente, atuam como coenzimas, mente intracelular, realizado por vacúolos digestivos
auxiliando no funcionamento de determinadas enzi- no interior das células.
mas que participam do metabolismo. A maioria delas Os parazoários são representados fundamental-
tem papel importante nos processos de obtenção de mente pelos poríferos (ou esponjas), animais plurice-
energia (respiração celular) ou na produção de ácidos lulares aquáticos de organização anatômica limitada
nucleicos (material genético). a tecidos, sem a presença de órgãos ou sistemas. O
processo digestivo desses animais acontece no interior
de células chamadas coanócitos. Estas atuam fago-
citando as partículas alimentares e as digerindo. Após
TO
células do organismo.
YS
M
LA
/A
G
ON
KK
Ósculo
Poro por
onde entra
a água
Espongiocele
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379 – Material do Professor 353
BIOLOGIA 3B
São animais que apresentam sistema digestório
com apenas um orifício (sistema digestório incom- está associada à quebra mecânica realizada pelos
pleto). Por esse orifício único, os alimentos passam dentes. Isso resulta em partículas menores de ali-
para a cavidade digestória, e os restos da digestão mentos, as quais são misturadas à saliva. Inicia-se,
são eliminados. dessa forma, a digestão de algumas substâncias.
Os primeiros animais na escala zoológica a apresen- Esse processo continua no interior do tubo digestó-
tarem cavidade digestiva incompleta são os cnidários rio, por meio de movimentos peristálticos, os quais
e os platelmintos. consistem na contração da musculatura de região
Na cavidade digestória (cavidade gastrovascular) da que auxilia na digestão das partículas ingeridas. As
hidra, por exemplo, o alimento é parcialmente digerido, glândulas salivares, o fígado e o pâncreas produzem
e os fragmentos do alimento são englobados pelas uma secreção exócrina que é lançada ao tubo diges-
células que revestem a cavidade. No citoplasma des- tório. As glândulas mucosas da parede do estômago
sas células, a digestão se completa. Portanto, há uma e do intestino delgado (digestão química) também
associação de digestão extra e intracelular. fazem parte do sistema digestório.
RENDIXALEXTIAN/ISTOCK
Enzimas são secretadas por célu-
las que revestem internamente a Fígado
cavidade gastrovascular
Boca: entrada do alimento
Estômago
Corte
transversal Absorção dos Duodeno
nutrientes por Junção
fagocitose jejunoduodenal
Cavidade gastrovascular Cólon
transverso
Ilustração de corte transversal de uma hidra (cnidário) que mostra sua
digestão extra e intracelular. Elementos representados fora da escala de
tamanho. Cores fantasia. Jejuno
Cólon
ENTEROZOÁRIOS COMPLETOS descendente
ceco
São os animais dotados de um tubo digestório com-
pleto, ou seja, que apresentam um orifício de entra-
da (a boca) e um de saída (o ânus). Nesses animais, Cólon sigmoide
Apêndice
a digestão é predominantemente extracelular e se
Reto
processa como numa linha de montagem industrial:
o alimento progride ao longo do tubo, e determinado
processo ocorre a cada setor. Na evolução dos grupos Canal anal
de animais, o ânus é uma adaptação que surge nos
vermes cilíndricos (nematelmintos) e que está presente Órgãos do sistema digestório humano e seus anexos apresentados
em detalhe. Elementos representados fora da escala de tamanho.
também em anelídeos, moluscos, artrópodes, equino- Cores fantasia.
dermos e cordados.
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354 380 – Material do Professor
KOCAKAYAALI/FOTOSEARCH/LATINSTOCK
Esmalte
Dentina
Coroa
Polpa
Lábio
superior
Freio labial superior
Palato duro
e dobras Cemento
palatinas
transversas
Membrana
Palato
Raiz
periodontal
mole
Arco palatoglosso Úvula
Arco palatofaríngeo Parede
Tonsila palatina Aporte
posterior da faringe
Língua sanguíneo e
Orifícios dos ductos nervos
Freio lingual
salivares sublinguais
Dentes
Submandibular
Gengiva
Freio labial inferior
Lábio
inferior
Anatomia detalhada do dente humano. Elementos representados fora
da escala de tamanho. Cores fantasia.
Ilustração da cavidade oral humana. Elementos representados fora da A saliva é um fluido seromucoso composto de pro-
escala de tamanho. Cores fantasia.
teínas, glicoproteínas, enzimas, água e diversos sais
com atividade bactericida. Uma pessoa pode produzir
Na boca encontram-se os dentes, estruturas
diariamente um litro de saliva ou mais. As glândulas
responsáveis pela mastigação do alimento. Os hu-
salivares se arranjam aos pares e são classificadas em
manos têm 20 dentes na primeira dentição – os
parótidas, submandibulares e sublinguais.
chamados dentes decíduos ou de leite. Apenas os
SPL DC/LATINSTOCK
molares não são substituídos. Ao todo são 32 den-
tes na dentição permanente. Formados por tecido
mineralizado, são órgãos esbranquiçados, duros, Ducto da
implantados nos ossos maxilares em cavidades cha- parótida
madas alvéolos. Os dentes apresentam uma es-
trutura denominada coroa, que é a parte revestida Ducto
pelo esmalte (tecido mineralizado muito rígido) e submandibular
exposta para fora da gengiva. Existe ainda uma por-
ção abaixo da gengiva, também revestida por tecido Glândula Glândula
sublingual parótida
conectivo mineralizado – o cemento, cuja função é
unir os dentes aos alvéolos, denominados raízes.
Glândula
Subjacente ao esmalte e ao cemento, encontra-se submandibular Glândula
a dentina, outra camada de tecido mineralizado que submandibular
delimita internamente a polpa – uma cavidade de
tecido conjuntivo ricamente vascularizado e iner- Localização das glândulas salivares na cavidade bucal humana.
vado. O ponto de encontro da coroa com a raiz Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
denomina-se colo.
Considerando o aspecto morfológico e a função,
FARINGE
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381 – Material do Professor 355
fechar a laringe, o que evita que o alimento penetre nas vias respiratórias. Os mús-
culos do pescoço elevam a laringe e fazem com que a glote (abertura que conduz
BIOLOGIA 3B
à traqueia) seja bloqueada por uma peça cartilaginosa, a epiglote. Após o alimento
passar para o esôfago, a laringe abaixa e abre novamente a glote.
Faringe nasal
Tonsila
Faringe oral
Epiglote
Faringe laríngea
Esôfago
Traqueia
ESÔFAGO
Consiste em um tubo muscular com aproximadamente 25 cm de comprimento,
localizado atrás da traqueia e em frente à coluna vertebral. Por meio de movimentos
peristálticos, o esôfago exerce sua função de condução do alimento desde a cavidade
bucal até o estômago. Na parede do esôfago, estão presentes glândulas esofágicas
produtoras de muco, cuja secreção facilita a impulsão do alimento ao longo do tubo
e protege a mucosa esofágica contra a abrasão desses alimentos.
NUCLEUS MEDICAL MEDIA INC / ALAMY STOCK PHOTO
Esôfago
Estômago
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356 382 – Material do Professor
ESTÔMAGO
BIOLOGIA 3B
Fundo
Cárdia
Camada
Curvatura
longitudinal
Esfíncter menor externa
pilórico Camada Três
circular camadas de
Orifício
Camada musculatura
pilórico circular lisa
externa
Corpo
Curvatura
maior
Dobras
Duodeno Piloro gástricas
Ilustração anatômica do estômago humano. Elementos representados fora da escala de tamanho. Cores fantasia.
PÂNCREAS
Trata-se de outra glândula anexa do sistema digestório. Em indivíduos adultos,
o comprimento desse órgão varia entre 15 e 25 cm. O pâncreas está localizado no
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383 – Material do Professor 357
BIOLOGIA 3B
ALILA MEDICAL MEDIA/SHUTTERSTOCK
Ductos hepáticos
Fígado direito e esquerdo
Vesícula biliar
Ducto cístico
Ducto hepático
comum
Ducto da bile
Ducto pancreático
Corpo do pâncreas
Papila duodenal maior
Esquema anatômico do fígado e da vesícula biliar humana. Elementos representados fora da escala de tamanho.
Cores fantasia.
INTESTINO DELGADO
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Cólon
descendente
Cólon
ascendente
Íleo
Válvula
do esfíncter
ileocecal
Ceco Reto
Apêndice vermiforme Canal anal
Ânus
Esquema do intestino grosso, do reto e do ânus em humanos. Elementos representados fora da escala de
tamanho. Cores fantasia.
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 3B
SISTEMA DIGESTÓRIO
Estômago Ceco
Sistema
digestório
humano
Fígado Apêndice
Pâncreas Reto
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 3B
1. Uece – Os seres vivos incluídos no Filo Porífera não apresentam tecidos ou órgãos
definidos, mas possuem células que realizam diversas funções relacionadas à sua
sobrevivência no ambiente aquático. Com relação aos coanócitos, célula que compõe
o corpo dos poríferos, é correto afirmar que
a) são responsáveis pela distribuição de substâncias para todas as demais células do
corpo do animal, por meio de plasmodesmos.
b) transformam-se em espermatozoides, sendo, portanto, essenciais para a reprodução
sexuada nesses animais.
c) são células totipotentes que originam todos os outros tipos de células que compõem
os tecidos desses animais.
d) são células flageladas que promovem o fluxo contínuo de água, promovendo a
nutrição desses animais, pela circulação da água no átrio da esponja.
Os coanócitos (células flageladas exclusivas de espongiários) promovem o fluxo contínuo de água no interior
do animal, o que garante a oxigenação e a nutrição de seus tecidos. O fluxo hídrico também contribui para
a remoção de excretas e para a reprodução sexuada.
F
LA GORDA/SHUTTERSTOCK
G
B
H
C
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387 – Material do Professor 361
Identifique com a letra correspondente, nomeando 5. IFSP – Um site de nutrição apresenta exemplos de boas
BIOLOGIA 3B
a) o órgão cuja secreção contém bicarbonato de sódio, refeições que podem ser feitas antes de competições
além de várias enzimas digestivas. esportivas:
b) o principal órgão responsável pela absorção de nu-
trientes. Café da manhã de cereais + leite magro + frutas frescas ou
c) o órgão em que se inicia a digestão de proteínas. em conserva
d) o órgão que produz substâncias que auxiliam a di-
gestão de gorduras, mas que não produz enzimas. Bolinhos + geleia ou mel
Fonte: <www.alimentacaosaudavel.org/refeicoes-antes-desportos.
html>. Acesso em: 17/11/2013.
4. UEPG-PR – Comer bem não é comer muito, mas ter
uma dieta equilibrada, que atenda às necessidades Baseando-se nas opções de refeições apresentadas,
do corpo e ajude a manter a saúde, reduzindo o risco pode-se concluir que os atletas devem consumir, pre-
de várias doenças. Para uma pessoa obter todos os ferencialmente, alimentos ricos em
nutrientes, é necessária uma dieta variada, na qual a a) lipídios, que contribuirão para o aumento da massa
deficiência de um nutriente em certo tipo de alimento muscular.
seja compensada por sua presença em outro. Com re- b) proteínas, que servirão como importante fonte de
lação aos tipos de alimentos e a nutrição, orientações açúcares.
e problemas, assinale o que for correto. c) proteínas, que serão armazenadas no corpo como
01) O arroz malequizado ou parabolizado é tratado para um estoque de energia.
conservar as vitaminas do complexo B, que são d) carboidratos, que fornecerão os aminoácidos neces-
eliminadas dos cereais quando a película que cobre sários para o músculo.
os grãos é removida durante a industrialização.
e) carboidratos, que aumentarão a oferta de energia
02) Leite, iogurte e queijo são alguns exemplos de ali- disponível para o organismo.
mentos que fornecem cálcio, proteína, vitamina D,
Antes das competições esportivas, os atletas devem ingerir alimentos
gordura e sais minerais. O cálcio é importante na ricos em energia, como os carboidratos.
fase de crescimento para formar os ossos.
04) O consumo de fibras musculares (grupos das carnes 6. Udesc – O sistema digestivo dos vertebrados é com-
de boi, de ave, de peixe) é importante pois absorve pleto: com boca, faringe, esôfago, estômago, intestino
água e torna as fezes mais macias e mais fáceis de delgado, intestino grosso e ânus. Também existem im-
serem eliminadas. Estimulam as contrações peris- portantes glândulas anexas, ou órgãos anexos, associa-
tálticas prevenindo a constipação. das ao tubo digestivo de grande parte dos vertebrados,
08) Arroz, pão, massas, batata, mandioca etc. devem incluindo os mamíferos. Cite as glândulas anexas asso-
ser eliminados da dieta, pois não fornecem nenhu- ciadas ao tubo digestivo dos mamíferos.
ma vantagem ao organismo. As glândulas anexas ao tubo digestório dos mamíferos terrestres são
16) Quanto mais obesa for uma pessoa, maior é o risco
de ela ter problemas cardiovasculares e de sofrer
as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas.
ataques cardíacos, e também desenvolver diabete,
cálculos biliares, problemas nos rins, nas articula-
ções e até certos tipos de câncer.
01 + 02 + 16 = 19
(04) Incorreto. O consumo de fibras vegetais é importante, pois elas
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362 388 – Material do Professor
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
BIOLOGIA 3B
7. IFPE – O sistema digestório humano é produtor de Assinale a alternativa correta sobre esse sistema.
cinco tipos de sucos digestivos: o salivar, produzido a) Os alimentos que entram pela boca são levados pela
pelas glândulas salivares e responsáveis por metabolizar estrutura 1 devido à ação da gravidade.
parte do amido; o suco gástrico, elaborado no estôma-
b) O excesso de glicose no sangue é transformado em
go e atuante na digestão proteica; o suco pancreático,
amido e armazenado no órgão 2.
originário do pâncreas e atuante no duodeno, o qual
decompõe proteínas, ácidos nucleicos e alguns carboi- c) O órgão 3 é um tipo de glândula mista, pois produz
dratos; o suco biliar, produzido no fígado, armazenado hormônios e suco com várias enzimas digestivas.
na vesícula biliar e atuante no duodeno, onde, apesar de d) O órgão 4 produz enzimas digestivas que atuam na
ser desprovido de enzimas, auxilia as lipases (enzimas digestão de carboidratos.
que degradam lipídios) de outros sucos digestivos a e) O apêndice vermiforme é importante na digestão de
metabolizarem gorduras e óleos. E o suco entérico, pro- proteínas e no combate a micro-organismos.
vido de grande diversidade enzimática. Eventualmente
surgem problemas associados ao trato digestório como 9. UTFPR – O sistema digestório humano é formado por
a formação de cálculos biliares, caracterizados pela cris- um longo tubo de cerca de 9 m de comprimento e
talização de substâncias que compõem a bile ou o suco de glândulas anexas. São componentes do sistema
biliar. Como tratamento pode ser usado medicamentos digestório:
que dissolvem os cálculos ou cirurgia para remover a a) Boca, estômago e narinas.
vesícula biliar.
b) Pulmões, pâncreas e fígado.
LINHADES, S.; GEWANDSZNAJDDDER, F. Biologia Hoje: os seres
vivos- 2.ed. – São Paulo: Ática, 2013. 320p. c) Intestino grosso, intestino delgado e coração.
d) Faringe, esôfago e duodeno.
Baseado no texto, uma pessoa cuja vesícula biliar foi
removida, devido à formação de cálculos biliares, terá e) Estômago, laringe e boca.
restrição na dieta de lipídios. Quais, dentre os alimentos
abaixo citados, poderão ser parte dessa dieta? 10. UFSCar-SP – Considere os seguintes componentes do
sistema digestório humano, em ordem alfabética: ânus,
a) Batata frita, toucinho de porco e feijoada. boca, esôfago, estômago, fígado, glândulas salivares,
b) Rúcula, alface e laranja. intestino delgado, intestino grosso e pâncreas.
c) Rabada, picanha e hambúrguer. a) Durante seu trajeto pelo sistema digestório, o ali-
d) Frituras em geral, frango com pele e bisteca suína. mento passa pelo interior de quais desses compo-
nentes e em que sequência?
e) Pele de frango, bisteca de boi e coxinha de frango
com catupiry.
1
LA GORDA/SHUTTERSTOCK
boca
100%
2
vesícula 80%
biliar
60% 55,3%
3
intestino 20%
grosso 6,8%
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389 – Material do Professor 363
Pelos valores fornecidos, podemos concluir que se b) Para que servem as vilosidades intestinais presentes
BIOLOGIA 3B
trata de no intestino delgado humano?
a) pão integral.
b) ovo de galinha.
c) pedaço de bacon.
d) barra de chocolate.
BIOLOGIA 3B
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
SELLWELL/SHUTTERSTOCK
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366 392 – Material do Professor
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393 – Material do Professor 367
BIOLOGIA 3B
tripsina e quimotripsina
proteínas peptídeos
lipase pancreática
gorduras ácidos graxos e glicerol
peptidases
peptídeos aminoácidos
maltase
maltose glicose + glicose
sacarase
sacarose glicose + frutose
lactase
lactose glicose + galactose
ABSORÇÃO DE NUTRIENTES
Ao final da digestão química, os produtos resultantes atravessam a mucosa que
forra o intestino delgado, no jejuno e no íleo, e passam para os vasos sanguíneos e
linfáticos no processo de absorção.
Aminoácidos e monossacarídeos são absorvidos e recolhidos pela corrente san-
guínea; os ácidos graxos, pela circulação linfática. A água, os sais minerais e as
vitaminas são absorvidos sem sofrer nenhuma transformação prévia. No intestino
grosso acontece a absorção de água e a formação das fezes.
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368 394 – Material do Professor
MAROCHKINA ANASTASIIA/SHUTTERSTOCK
clínicos mais frequentes, afetando mais de 15% da po-
pulação ocidental dependendo do país estudado. No
Brasil, estudos epidemiológicos mostraram que em normal gastrite
torno de 40% da população apresentam sintomas dis-
pépticos. Apesar de raramente tratar-se de uma enfer-
midade maligna, muitos pacientes apresentam sintomas
incomodativos que os motiva a procurar ajuda médica,
pois a dispepsia pode prejudicar significativamente a
qualidade de vida.
A de dispepsia pode resultar de diferentes doenças
inflamação da mucosa
digestivas, em particular doenças que afetam o estô- mucosa saudável
Dom Bosco
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395 – Material do Professor 369
BIOLOGIA 3B
o alimento e estimula a produção e secreção do suco gástrico durante o processo
digestivo.
A liberação de bicarbonato de sódio pelo pâncreas é estimulada pelo hormônio
secretina, produzido pela mucosa da primeira porção do intestino delgado – o duo-
deno – assim que o alimento entra nessa porção, vindo do estômago. No duodeno
também é produzido o hormônio colecistoquinina, que atua na vesícula biliar, pro-
vocando sua contração e a liberação da bile no intestino delgado. A colecistoquinina
também atua sobre o pâncreas, aumentando a secreção de enzimas digestivas. O
duodeno produz o hormônio enterogastrona, principalmente quando as moléculas
de lipídios chegam ao intestino, o que provoca o retardo do esvaziamento gástrico,
uma vez que inibe a produção de gastrina.
intestino pâncreas
absorção de
insulina glicose do
sangue
ilhotas de
músculos
Langrhans
Esquema dos principais hormônios reguladores do sistema digestório humano. Elementos representados fora da
escala de tamanho. Cores fantasia.
Dom Bosco
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370 396 – Material do Professor
MATHAWEE SONGPRACONE/DREAMSTIME.COM
rins órgãos internos
reto estômago fígado
dos gatos
traqueia
intestino
pulmão
baço coração
estômago pulmão
baço
reto traqueia
coração
fígado
órgãos internos intestino
dos cachorros
esôfago
intestino ceco
delgado
reto
estômago
intestino
conveniados ao Sistema de Ensino Ilustração da anatomia digestiva do cavalo. Elementos representados fora da escala de
tamanho. Cores fantasia.
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397 – Material do Professor 371
BIOLOGIA 3B
retículos (barrete), omaso (folhoso) e abomaso (coagulador). Ao deglutir o capim,
o ruminante o envia ao rúmen, no qual uma gigantesca flora constituída por proto-
zoários ciliados e procariotos digere parcialmente a celulose. O conteúdo do rúmen
passa ao retículo e daí volta para a boca, onde é novamente mastigado. Ao adquirir
uma consistência pastosa, o alimento deglutido dirige-se ao omaso, onde a maior
parte da água é absorvida, e posteriormente passa ao abomaso, considerado o
“estômago verdadeiro” dos ruminantes, pois é a porção do estômago que secreta
o suco gástrico. Do abomaso, o alimento segue para o intestino delgado, onde so-
fre ação das demais secreções digestivas (bile, suco pancreático e suco entérico).
MATHAWEE SONGPRACONE/DREAMSTIME.COM
reto pulmões esôfago
rúmen
ceco
coração
retículo
Ilustração da anatomia digestiva da vaca, animal ruminante. Elementos representados fora da escala de tamanho.
Cores fantasia.
ROTEIRO DE AULA
BIOLOGIA 3B
DIGESTÃO HUMANA
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
BIOLOGIA 3B
1. PUC-RJ – Sobre a digestão humana, verifica-se que a(o) a) Descreva os processos físicos e químicos que ocor-
a) principal função do intestino grosso é a digestão rem na boca e no estômago, mencionando as enzi-
enzimática de lipídios. mas participantes, o pH em que atuam e os produtos
das reações que promovem.
b) ácido clorídrico (HCl) liberado no estômago inativa
todas as enzimas digestivas. Na boca, ocorre o processo físico da mastigação e o processo químico
c) digestão enzimática de carboidratos só ocorre na
boca, por meio da amilase salivar. da insalivação. Nesses processos, a enzima amilase salivar ou ptialina
d) bile é produzida pela vesícula biliar e atua na emul-
sificação de lipídios, facilitando a ação de lipases. (com pH 7,0) converte parte do amido presente no alimento em maltose.
e) superfície interna do jejuno-íleo apresenta dobras
(vilosidades) para facilitar a absorção de nutrientes. Após a deglutição, os movimentos peristálticos do esôfago levam o
A digestão de carboidratos começa na boca e termina no intestino
delgado. A bile é produzida pelo fígado e é armazenada na vesícula
biliar. A principal função do intestino grosso é a absorção de água e o alimento para o estômago. Lá ocorre a quimificação, que corresponde
armazenamento temporário de resíduos da digestão. O ácido clorídrico
ativa a enzima digestiva pepsina, que atua na digestão de proteínas.
à ação do suco gástrico sobre o bolo alimentar. Em pH ácido, a pepsina
estômago
4. IFPE – A digestão é um processo catabólico em que
macromoléculas sofrem hidrólises para que, uma vez
reduzidas a monômeros, possam ser conduzidas às
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374 400 – Material do Professor
a) Amilase salivar, tripsina. experimento. Para cada tubo, devem ser indicadas
BIOLOGIA 3B
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 gado (duodeno).
pH
Para identificar se um frasco rotulado “Enzima” con-
tém pepsina ou tripsina, foi planejado um experimento
com quatro tubos de ensaio: dois tubos-teste e dois
tubos-controle.
a) Complete o quadro adiante, indicando como deve
ser montado cada um dos quatro tubos de ensaio do
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. UFP-RS (adaptada) – O processo de digestão é con- Os hormônios I, II e III, que agem por (-) ou estimu-
trolado pelo sistema nervoso autônomo e por hormô- lação (+) diretamente nos seus órgãos-alvo, são,
nios. Sobre o controle hormonal do processo, analise respectivamente:
a figura abaixo. a) gastrina, secretina, colecistoquinina.
fígado b) estimulador gástrico, colecistoquinina, secretina.
LEGGER/DREAMSTIME.COM
ducto
c) estimulador gástrico, gastrina, secretina.
hepático
d) colecistoquinina, gastrina, secretina.
estômago
8. Famerp-SP – Para verificar a digestão de lipídios, fo-
ram colocados em cinco tubos de ensaio óleo de soja,
água e secreções digestivas, em diferentes valores de
pH, como indica a tabela. O volume de cada substância
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401 – Material do Professor 375
BIOLOGIA 3B
bicarbonato presente na secreção pancreática con-
Óleo de Óleo de soja Óleo de Óleo de Óleo de tribui para a digestão dos nutrientes.
soja + soja soja soja
+ Água + + +
Água + Água Água Água
+ Lipases + + +
Bile pancreáticas Lipases Lipases Lipases
pancreá- pancreáti- pancreá-
ticas cas ticas b) Nomeie o hormônio que, assim como a secretina,
chega ao pâncreas pela circulação sanguínea e pro-
+ +
voca a secreção de enzimas digestivas pancreáticas.
Bile Bile
pH = 8 pH = 3 pH = 3 pH = 8 pH = 8
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376 402 – Material do Professor
Os eventos da digestão citados acima ocorrem, 15. Fuvest-SP – A ingestão de alimentos gordurosos esti-
BIOLOGIA 3B
BIOLOGIA 3B
armazenamento de glicogênio. Espera-se que esse
processo ocorra depois de uma refeição ou após
um longo período de jejum? Qual a importância do
armazenamento do glicogênio?
EXERCÍCIO INTERDISCIPLINAR
21. Unichristus-CE Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/05/
ciencia/1507203156_260793.html>. Acesso em: 8 mar. 2018.
O consumo de álcool provoca 250.000 mortes por câncer
Nos últimos anos, foi demonstrado que o consumo de ál- Qual o órgão humano responsável pela detoxificação
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378
MATERIAL DO PROFESSOR
Material do Professor
RESPOSTAS E COMENTÁRIOS
BIOLOGIA 1
O
HOT
P
TOCK
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II
APRESENTAÇÃO
BIOLOGIA 1A
BIOLOGIA
Em uma sociedade constantemente conectada e com acesso a informações sobre temas relacionados à ciência
e tecnologia, o ensino de Biologia contemporâneo encontra o desafio de desenvolver a habilidade de interpretação
dessas informações e aplicar o pensamento científico na resolução dos problemas.
A formação com base científica reconhece os fenômenos naturais do cotidiano descritos e apresentados nos
Material do Professor
meios de comunicação, bem como os temas referentes ao aquecimento global, biodiversidade, poluição, clonagem,
biotecnologia, alimentos geneticamente modificados, epidemias resultantes da impotência da área de saúde frente
à velocidade da globalização e, em contrapartida, os avanços da medicina.
A proposta do material de Biologia para o ensino pré-vestibular é gerar reflexão sobre as interações entre o saber
sistematizado e os fatos do cotidiano, o que exige estímulo à leitura crítica das interferências científicas e tecnológi-
cas na sociedade, sempre ressaltando a busca por melhor qualidade de vida, com base na relação entre saber adqui-
rido, valores e atitudes. A obra respeita a legislação vigente. A disposição das habilidades no início de cada unidade
facilita a análise dos objetivos do conteúdo, propiciando ampla visão da abrangência dessa área científica ao aluno.
O material contém informações e análises sobre diversos temas relacionados às exigências do Enem e dos
principais vestibulares do país. O emprego de linguagem clara e precisa favorece a compreensão e a aproximação
do tema. A estrutura e o projeto gráfico adequados aos objetivos pedagógicos contribui para deixar a leitura mais
agradável. A articulação entre os aspectos reais e culturais se faz presente em vários sentidos. Tudo converge para
facilitar o ensino e aprendizagem.
Os tópicos em sequência adequada, respeitando pré-requisitos para compreensão dos temas em estudo, iniciam
com características particulares e aumentam gradativamente o enfoque, em benefício do aprendizado, enriquecido
com análise de descobertas recentes, que desencadeiam o pensamento crítico direcionado ao desenvolvimento de
autonomia. A adequação das atividades às competências e habilidades norteia os objetivos e o trabalho do docente
em cada atividade. O embasamento teórico-prático faz frente a qualquer vestibular e ao Enem.
No final de cada segmento, as seções Comentários sobre o módulo e Para ir além indicam sugestões ao docente
que deseje ir além com seus alunos.
CONTEÚDO
BIOLOGIA 1
Volume Módulo Conteúdo
17 Respiração aeróbia
18 Respiração anaeróbia
19 Fotossíntese
20 Quimiossíntese e fatores limitantes da fotossíntese
2A
21 Núcleo celular
22 Cromossomos
23 Divisão celular: mitose
24 Divisão celular: meiose
27 Fundamentos da genética
30 Mutações cromossômicas
32 Heredogramas e gemelaridade
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III
BIOLOGIA 2
BIOLOGIA 1A
Volume Módulo Conteúdo
9 Briófitas: plantas avasculares
10 Pteridófitas: plantas vasculares
2A
11 Gmnospermas: plantas com sementes
Material do Professor
12 Angiospermas: plantas com flores e frutos
13 Histologia vegetal
14 Organologia vegetal
2B
15 Transpiração vegetal e condução de seivas
16 Hormônios vegetais
BIOLOGIA 3
Volume Módulo Conteúdo
9 Tecido muscular
10 Organização da fibra muscular e contração
2A
11 Tecido nervoso
12 Sistema nervoso
13 Sistema sensorial humano
14 Sistema tegumentar humano
2B
15 Sistema digestório
16 Fisiologia da digestão
17 RESPIRAÇÃO AERÓBIA
BIOLOGIA 1A
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V
energia suficiente para produzir duas moléculas de presentes ao longo das etapas da respiração ae-
ATP, temos a seguinte conta: (2 3 3) 1 (1 3 2) 1 róbia. Ao final do processo são gerados 38 ATPs
BIOLOGIA 1A
1 5 9. para cada molécula de glicose consumida.
Competência: Entender métodos e procedimen-
Estudo para o Enem
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
18. E diferentes contextos.
Material do Professor
O metabolismo aeróbico, por possuir maior rendi- Habilidade: Relacionar informações apresentadas
mento energético do que o fermentativo (anaeró- em diferentes formas de linguagem e representa-
bico), permite menor consumo de glicose para a ção usadas nas ciências físicas, químicas ou bio-
geração de uma mesma quantidade de ATP. lógicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas,
relações matemáticas ou linguagem simbólica.
Competência: Entender métodos e procedimen- 20. C
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em A glicólise ocorre no hialoplasma, ou seja, no inte-
diferentes contextos. rior da cidade. As outras etapas ocorrem, respecti-
vamente, na matriz mitocondrial e nas cristas mito-
Habilidade: Relacionar informações apresentadas condriais, isto é, na companhia elétrica da cidade.
em diferentes formas de linguagem e representação
usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, Competência: Entender métodos e procedimen-
como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
matemáticas ou linguagem simbólica. diferentes contextos.
18 RESPIRAÇÃO ANAERÓBIA
BIOLOGIA 1A
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VII
16. B 19. A
BIOLOGIA 1A
A alternativa A está incorreta porque foi realizada A alternativa B está incorreta porque a fermenta-
a fermentação. A alternativa C está incorreta por- ção alcoólica produz apenas etanol. A alternativa
que não houve secreção de amilases e lipases, C está incorreta porque os organismos presentes
em virtude de a concentração de amidos e proteí- na fermentação alcoólica são as leveduras. A al-
nas não ter se alterado ao longo do tempo; caso ternativa D está incorreta porque a produção de
tivesse sido secretada, as concentrações cairiam. cerveja se dá por meio da quebra da glicose. A
Material do Professor
A alternativa D está incorreta porque houve se- alternativa E está incorreta porque a fermentação
creção de lipases, uma vez que a concentração alcoólica é um processo anaeróbio.
de lipídios foi reduzida.
Competência: Entender métodos e procedimen-
17. O processo realizado no músculo denomina-se fer-
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
mentação lática, no qual a glicose presente nas
diferentes contextos.
células musculares é quebrada, produzindo ácido
lático e duas moléculas de ATP. Esse processo ocor-
Habilidade: Relacionar informações apresenta-
re durante atividades físicas intensas, em que o
das em diferentes formas de linguagem e repre-
músculo não é suprido com a quantidade suficiente
sentação usadas nas ciências físicas, químicas
de oxigênio.
ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
tabelas, relações matemáticas ou linguagem
Estudo para o Enem simbólica.
18. B
20. D
A alternativa A está incorreta porque o processo é
denominado fermentação lática. A alternativa C está A hidrólise do milho corresponde à quebra do
incorreta porque o produto final é o ácido lático. A amido, um polissacarídeo, em monossacarídeos
alternativa D está incorreta porque são usadas as (por exemplo, glicose), utilizados pelas leveduras
bactérias do tipo bacilo. A alternativa E está incor- como reagentes da fermentação alcoólica, que
reta porque se trata de um processo anaeróbio. liberam etanol e CO 2.
19 FOTOSSÍNTESE
BIOLOGIA 1A
Comentários sobre o módulo toquímica. Sem oxigênio, boa parte dos organismos
A fotossíntese é o tema de estudo deste módulo, não sobreviveria.
que enfatiza sua importância para a manutenção da
vida na Terra. Em eucariotos autótrofos, a fotossínte- 11. B
se ocorre nos cloroplastos, em que a água é dividida A corresponde ao granum, isto é, uma pilha de
Material do Professor
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IX
Quando os estômatos das plantas C4 estão aber- célula. Os cloroplastos usam essa energia lumino-
BIOLOGIA 1A
tos, há entrada de CO2. Por meio da enzima PEP sa para gerar energia na célula justamente em ra-
carboxilase, ocorre a formação do malato. Esse zão desse mecanismo da absorção de fótons.
composto é armazenado como reserva de CO2 nas
células do mesofilo foliar. O ciclo de Calvin ocorre Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
nas células clorofiladas que se encontram em tor- física para, em situações-problema, interpretar,
no dos feixes vasculares, formando a nervura das avaliar ou planejar intervenções científico-tecno-
Material do Professor
folhas (ou seja, acontece em local diferente da for- lógicas.
mação do malato) e utiliza o CO2 proveniente desse
composto para iniciar o processo. Habilidade: Compreender fenômenos decorren-
tes da interação entre a radiação e a matéria em
18. A suas manifestações em processos naturais ou
O processo é semelhante à fotossíntese, pois é tecnológicos, ou em suas implicações biológicas,
o único processo que necessita de luz para que sociais, econômicas ou ambientais.
haja liberação de elétrons e, assim, possibilite a
ocorrência de reações químicas. 20. B
Para a geração de matéria orgânica por meio da
Competência: Identificar a presença e aplicar as fotossíntese, é necessária a presença de gás car-
tecnologias associadas às ciências naturais em bônico e água.
diferentes contextos.
Competência: Entender métodos e procedimen-
Habilidade: Dimensionar circuitos ou dispositivos tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
elétricos de uso cotidiano. diferentes contextos.
Também foi explicado o processo de quimiossíntese contrado nas algas utilizadas no experimento está
e sua importância, incluindo a relação dos principais associada à luz amarela, enquanto a mais alta
organismos capazes de realizá-lo. está associada à luz azul. Nos tubos I e III, portan-
to, a fotossíntese ocorre em uma taxa bastante
Para ir além baixa. No tubo I, há captação mais lenta do CO 2
Artigo sobre fotossíntese e aquecimento global. produzido pela respiração das algas. No tubo III,
Disponível em: ocorre acúmulo de CO2 apenas em consequência
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/ da respiração dos caramujos. No tubo II, com
doc/387686/1/OrientalDoc234.pdf taxa de fotossíntese mais alta, não há produção
de CO2 adicional por outros organismos além das
Acesso em: out. 2018.
algas. No tubo IV, também com taxa alta, mais
Exercícios propostos CO 2 é produzido, tanto pela respiração das algas
quanto pela dos caramujos. Como a solução indi-
7. A semelhança entre a fotossíntese e a quimios- cadora adquire coloração roxa em baixas concen-
síntese é que o objetivo de ambos os processos é trações de CO 2, o tubo em que essa mudança de
gerar carboidratos, que são essenciais para prover cor ocorre mais rapidamente é o II.
energia para os organismos heterótrofos. A dife-
rença é que na fotossíntese é necessário energia 13. C
luminosa, enquanto na quimiossíntese o processo
Esse evento apenas acontece no momento em
ocorre por meio da oxidação de matéria inorgânica
que se atinge o ponto de compensação fótico,
sem a necessidade de luz.
quando a intensidade luminosa é máxima.
8. B
14. Ao longo dos quatro meses seguintes, os perío-
As bactérias em questão são quimiossintetizan- dos com luz se tornaram progressivamente mais
tes e heterotróficas, por utilizarem matéria inor- curtos, o que contribuiu para a perda de eficiên-
gânica de animais mortos. cia fotossintética, gerando menor produção de
matéria orgânica.
9. a1) Quando a planta é mantida sob intensidade lumi-
nosa inferior a seu ponto de compensação fótico, a 15. 01 + 04 + 08 = 13.
taxa de respiração da planta supera a fotossíntese.
Dessa forma, o gás coletado será o CO2. A afirmativa 02 está incorreta, porque a glicose é
sintetizada com base em CO2 e H2O. A afirmativa 16
a2) Quando a planta é iluminada acima de seu pon- está incorreta, pois a respiração ocorre constante-
to de compensação fótico, a taxa de fotossíntese mente, na presença ou na ausência de luz. A afir-
supera a de respiração do vegetal. Assim, o gás mativa 32 está incorreta porque as plantas também
coletado será o O 2. realizam respiração aeróbia constantemente.
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XI
BIOLOGIA 1A
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
ce constantemente e a fotossíntese, apenas no diferentes contextos.
período do dia.
Habilidade: Relacionar informações apresenta-
18. C das em diferentes formas de linguagem e repre-
O escurecimento da água impede a passagem sentação usadas nas ciências físicas, químicas
Material do Professor
dos raios solares. Com isso, as plantas não con- ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
seguem fazer fotossíntese, ou pelo menos não tabelas, relações matemáticas ou linguagem
de maneira ideal, uma vez que a iluminação solar simbólica.
é fundamental para o processo.
20. D
Competência: Associar intervenções que resul-
A produção de biomassa pelas algas caracteriza-
tam em degradação ou conservação ambiental a
-se pela absorção de resíduos nitrogenados pre-
processos produtivos e sociais e a instrumentos
sentes no meio aquático resultantes da excreção
ou ações científico-tecnológicos.
dos animais. Nesse processo, as algas realizam
Habilidade: Analisar perturbações ambientais, a fotossíntese liberando oxigênio para o meio
identificando fontes, transporte e(ou) destino dos ambiente.
poluentes ou prevendo efeitos em sistemas na-
turais, produtivos ou sociais. Competência: Entender métodos e procedimen-
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
19. C diferentes contextos.
O processo de fotossíntese captura a energia lu-
minosa e a transforma em matéria orgânica, que Habilidade: Relacionar informações apresenta-
será usada em outros processos, seja vegetais, das em diferentes formas de linguagem e repre-
seja animais. Sem essa transformação, a matéria sentação usadas nas ciências físicas, químicas
energética não seria facilmente reciclada. Com ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
base nisso, a vida na Terra depende da energia tabelas, relações matemáticas ou linguagem
solar (fotossíntese). simbólica.
21 NÚCLEO CELULAR
BIOLOGIA 1A
cessos que dependem dele, direta ou indiretamente. nucleosídeos e nucleotídeos. Além disso, há con-
Esse conteúdo pode ser utilizado para retomar os trole da troca entre as substâncias por meio dos
conceitos de citologia e de tradução e síntese de poros presentes na membrana nuclear.
proteínas estudados na unidade 1.
10. Sim. O nucléolo é responsável por armazenar RNA
Para ir além ribossômico, que será utilizado como molde na forma-
ção das subunidades do ribossomo. Este, por sua vez,
Uma conexão direta do núcleo com o microam-
é uma molécula fundamental na síntese de proteínas
biente da célula pode levar a novos entendimentos
(processo também denominado tradução), porque é
sobre as influências do meio externo no comporta-
responsável por ler os códons presentes no RNAm
mento celular. Pesquisadores desenvolveram um am-
e traduzi-los para aminoácidos, formando a proteína.
biente tridimensional que ajuda a observar estruturas
desconhecidas do núcleo. Disponível em: 11. D
http://revistapesquisa.fapesp.br/2017/04/19/os-jardins- Os nucléolos são o conjunto de RNA ribossômico.
suspensos-das-celulas/ A cromatina refere-se aos cromossomos, que
Acesso em: out. 2018. podem estar descompactados ou compactados.
Estes formam, respectivamente, eucromatina e
Um estudo brasileiro divulgado recentemente na heterocromatina. As proteínas histonas se encon-
revista Molecular Neuropsychiatry sugere que o ma- tram enoveladas em moléculas de DNA.
quinário celular de processamento do RNA mensageiro
presente no núcleo pode estar alterado em pacientes 12. 01 + 04 + 16 + 32 = 53.
com esquizofrenia. Disponível em: 02. Incorreta porque, durante a interfase, o nú-
http://agencia.fapesp.br/estudo-associa-esquizofrenia- cleo apresenta-se descompactado.
a-defeito-no-processamento-do-rna-mensageiro-na-
08. Incorreta, porque o cromossomo descompac-
celula/25832/
tado é denominado eucromatina.
Acesso em: out. 2018. 64. Incorreta, porque o nucléolo é composto de DNA.
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XIII
16. B 19. E
BIOLOGIA 1A
Durante a divisão celular, os cromossomos encon- As cromatinas são cromossomos enovelados às
tram-se bastante compactados. Nessa fase, a cro- proteínas histonas. O nucléolo é o conjunto de
matina é denominada heterocromatina. O processo RNA ribossômico presente no núcleo. O núcleo
de divisão celular é essencial para a transmissão contém DNA, RNA, proteínas, íons, nucleotídeos
das características para as próximas gerações. e nucleosídeos. A entrada e a saída de substân-
cias ocorrem através dos poros da membrana
Material do Professor
17. O núcleo está diretamente envolvido na heredita- nuclear. O vírus escapa por exocitose.
riedade, pois é responsável por compartilhar ca-
racterísticas entre genitor e prole, o que garante Competência: Entender métodos e procedimen-
a continuidade das espécies. Para que as caracte- tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
rísticas sejam transmitidas às gerações futuras, as diferentes contextos.
células passam por divisão celular. Assim, o mate-
rial genético da célula genitora é passado para a Habilidade: Relacionar informações apresenta-
célula gerada. Esse processo é muito importante das em diferentes formas de linguagem e repre-
evolutivamente, uma vez que genes vantajosos sentação usadas nas ciências físicas, químicas
podem ser passados adiante, o que faz crescer a ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
probabilidade de sua frequência aumentar dentro tabelas, relações matemáticas ou linguagem
de uma população. simbólica.
22 CROMOSSOMOS
BIOLOGIA 1A
enfatizada sua relevância para o reconhecimento de B está incorreta porque os telômeros têm como
anomalias cromossômicas. Também foi apresenta- função estabilizar os cromossomos. Por fim, a
da a relação do telômero com o envelhecimento e alternativa C está incorreta porque a zona SAT é
a obesidade, evidenciada com base em pesquisas responsável pela formação do nucléolo.
científicas recentes. Esse tema é uma introdução para
outros que serão aprofundados nos próximos módu- 10. A
los, como a divisão celular e as alterações numéricas Como os gametas são haploides, os esperma-
e estruturais. tozoides e os ovócitos apresentam apenas 23
cromossomos. Já as células epidérmicas são so-
Para ir além máticas e, consequentemente, diploides, com 46
O vídeo do site Casa da Ciência, especializado em cromossomos.
conteúdos científicos, apresenta informações sobre
os cromossomos, onde estão localizados, o condensa- 11. C
mento da molécula de DNA e diferentes quantidades As células germinativas são representadas pelos
de cromossomos entre as espécies. Disponível em: gametas e transmitem as características dos pais
https://www.casadasciencias.org/cc/redindex. para a prole por meio da fecundação, originando
php?idart=303&gid=3747565 o feto. Essas células são haploides e possuem
apenas um cromossomo de cada tipo dentro de
Acesso em: out. 2018.
seu núcleo.
O texto “Por que não vivemos para sempre?” re-
fere-se aos mecanismos biológicos e evolutivos rela- 12. B
cionados à morte, incluindo brevemente a importância As células reprodutivas são haploides, isto é, te-
dos telômeros nesse processo. Disponível em: rão apenas metade do material encontrado nas
http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/por_que_nao_
células somáticas. Levando em conta que o nú-
vivemos_para_sempre_.html
mero de cromossomos dos seres humanos é 46,
então serão encontrados 23 cromossomos em
Acesso em: out. 2018. cada célula germinativa.
Exercícios propostos
13. B
7. C Como os indivíduos possuem dois cromossomos
A alternativa A está incorreta porque, se fosse X, um deles permanece condensado mesmo no
uma célula germinativa, sua representação seria núcleo interfásico, na forma de cromatina muito
n = 4, por serem células haploides. A alternativa B densa, chamado de corpúsculo de Barr ou croma-
está incorreta porque as extremidades são deno- tina sexual (característica presente também em
minadas telômeros. A alternativa D está incorreta células femininas normais).
porque se refere ao centrômero. A alternativa E
está incorreta porque a figura representa cromos- Os indivíduos com essa característica têm fenóti-
somos metacêntricos. po masculino, porém, por conta do cromossomo X
a mais, apresentam também características femi-
8. D ninas, como a formação de seios (ginecomastia).
Os cromossomos são a forma condensada da mo- Além disso, há baixo desenvolvimento da genitália
lécula de DNA, enovelando as proteínas histonas. masculina e das características sexuais secundá-
Os centrômeros são regiões dos cromossomos rias masculinas e estatura acima da média.
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XV
BIOLOGIA 1A
O cromossomo dos procariotos é único e com
formato circular e encontra-se no citoplasma. A relações matemáticas ou linguagem simbólica.
alternativa D está incorreta porque o número de
19. D
cromossomos pode variar inclusive entre espé-
cies mais próximas evolutivamente. O número de cromossomos inclui cromosso-
mos sexuais na contagem. Haverá entre 36 e 38
Material do Professor
16. A cromossomos nas células somáticas. A repre-
Porcos domésticos produzirão filhotes com o mes- sentação nas células germinativas será, respec-
mo número cromossômico que eles, assim como tivamente, n = 18 e n = 19. Felinos possuem o
os javalis puros. A alternativa B está incorreta por- mesmo sistema cromossômico que os demais
que o número de cromossomos do javaporco pode- mamíferos, apresentando cromossomos XY para
rá ser entre 36 e 38 por serem espécies próximas e machos e XX para as fêmeas.
terem o número máximo de cromossomos variando
entre esses valores. A alternativa C está incorreta Competência: Entender métodos e procedimen-
porque não existe essa relação entre o sexo e o tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
número de cromossomos. As alternativas D e E diferentes contextos.
estão incorretas porque animais puros é a denomi-
nação de animais originados entre o cruzamento de Habilidade: Relacionar informações apresenta-
indivíduos da mesma espécie. das em diferentes formas de linguagem e repre-
sentação usadas nas ciências físicas, químicas
17. As células somáticas da nova planta terão 33 cro- ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
mossomos. Na planta híbrida, nem todos os cro- tabelas, relações matemáticas ou linguagem
mossomos serão homólogos. Portanto, haverá difi- simbólica.
culdade no pareamento, fenômeno característico da
meiose, que será prejudicada. Não serão formados 20. E
nem micrósporos, nem megásporos, e, consequen- A alternativa A está incorreta porque as cromáti-
temente, não serão formados grãos de pólen nem des-irmãs são representadas pelas pernas e pelos
óvulos. Dessa forma, não ocorrerá a produção de braços. A alternativa B está incorreta porque o
sementes. Mesmo assim, os ovários desenvolvem- telômero pode ser representado pelos pés e pe-
-se, graças à ação de hormônios, originando frutos las mãos. As alternativas C e D estão incorretas
de tamanho menor. porque a região abdominal, por ser central e re-
presentar o centrômero, faz com que as pessoas
18. C representem cromossomos metacêntricos.
Com base na produção na contagem e identifica-
ção dos cromossomos é possível obter o ideo- Competência: Entender métodos e procedimen-
grama, no qual pode-se verificar o número correto tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
de cromossomos, bem como suas formas. diferentes contextos.
Na reprodução assexuada, um único progenitor produz além da produção de proteínas, que atuam na
geneticamente uma prole de conteúdo genético idên- replicação do DNA.
tico ao seu por mitose.
14. A divisão celular tem grande importância para os
seres assexuados na reprodução, uma vez que,
Para ir além assim, eles são capazes de originar dois novos
O texto da revista Superinteressante indicado no indivíduos com base em apenas um.
link a seguir explica como a quimioterapia age nas fases
de divisão celular. Disponível em: 15. D
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-funciona-a- Considerando que N seja de uma célula haploide,
quimioterapia/ então a quantidade de cromossomos na figura 1
Acesso em: out. 2018. corresponde a uma célula diploide no início da
fase de divisão celular; logo, nessa fase encon-
Exercícios propostos tramos uma quantidade de 2N. Na segunda etapa,
o DNA da célula duplica-se; logo, a quantidade
7. D será de 4N. Na figura 3, apesar de ele já estar
separado, o núcleo ainda não está; com isso, o
D u rante a mitose, os cromossomos encontram-
núcleo apresenta ainda uma quantidade de 4N.
-se alinhados em um plano único, formando a
Na figura 4, o núcleo já se separou; logo, volta a
placa equatorial.
ter a quantidade inicial de 2N.
8. C
16. B
A carioteca (envoltório nuclear) é desintegrada
Por se tratar da metáfase da mitose, os cromos-
durante a mitose. Cromossomos homólogos
somos não se encontram pareados, como se
são aqueles que têm as mesmas informações
encontram na meiose. Portanto, as alternativas
genéticas.
C, D e E são incorretas. Na metáfase da mitose,
9. C em célula n 5 8, os cromossomos estarão distin-
tos, sendo cada um com duas cromátides, pois é
A alternativa A está incorreta porque esse pro-
o resultado da duplicação do DNA na interfase.
cesso ocorre em células tanto diploides quanto
Portanto, a alternativa b) é correta, já que a alter-
haploides. A alternativa B está incorreta porque
nativa a) não leva em conta a duplicação do DNA.
a mitose origina duas células com material ge-
nético idêntico ao da célula-mãe. A alternativa D 17. O fuso mitótico ocorre na prófase e basicamente
está incorreta porque a mitose é um processo é uma estrutura celular efêmera, constituída por
equacional, apenas. A alternativa E está incorreta microtúbulos que orientam os cromossomos para
porque se refere ao processo de meiose. que fiquem centralizados no equador da célula
durante a metáfase da mitose e se locomovam
10. A célula encontra-se em anáfase. Nessa fase, as
para os polos opostos da célula na anáfase.
cromátides-irmãs separam-se e movem-se para
os polos opostos do fuso.
Estudo para o Enem
11. B
As células musculares fazem mitose, isto é, uma 18. C
célula diploide origina duas células diploides. A metáfase é a fase do ciclo com a condensação
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XVII
BIOLOGIA 1A
sentação usadas nas ciências físicas, químicas simbólica.
ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
tabelas, relações matemáticas ou linguagem 20. A
simbólica. Na prófase, ocorre a formação do fuso mitótico,
originado por microtúbulos. Essas substâncias
19. E
Material do Professor
são formadas por tubulinas.
A célula encontra-se em anáfase, em que as
cromátides-irmãs se separam e migram para os Competência: Entender métodos e procedimen-
polos opostos. tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
diferentes contextos.
Competência: Entender métodos e procedimen-
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em Habilidade: Relacionar informações apresenta-
diferentes contextos. das em diferentes formas de linguagem e repre-
sentação usadas nas ciências físicas, químicas
Habilidade: Relacionar informações apresenta- ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
das em diferentes formas de linguagem e repre- tabelas, relações matemáticas ou linguagem
sentação usadas nas ciências físicas, químicas simbólica.
Comentários sobre o módulo 10. A mitose consiste em uma única divisão nuclear
Neste módulo, o conceito de meiose foi discu- e uma única divisão celular; já a meiose consiste
tido, bem como suas etapas, respectivas carac- em duas divisões nucleares e duas divisões ce-
terísticas e importância para a manutenção dos lulares. Na mitose, o número de cromossomos
seres vivos. Células somáticas humanas normais das células-filhas é igual ao da célula-mãe, en-
Material do Professor
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XIX
BIOLOGIA 1A
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
18. A diferentes contextos.
O fármaco em questão interfere na função dos
microtúbulos. Estes têm a função de formar o Habilidade: Relacionar informações apresentadas
citoesqueleto e fazer o transporte intracelular. em diferentes formas de linguagem e representa-
Além disso, atuam principalmente no desloca- ção usadas nas ciências físicas, químicas ou bio-
Material do Professor
mento de cromossomos no processo de divisão lógicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas,
celular. Com a função inibida, a divisão celular relações matemáticas ou linguagem simbólica.
será afetada.
20. C
Competência: Entender métodos e procedimen- A troca de segmentos entre cromátides homólogas
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em (não irmãs) na meiose é determinante na recom-
diferentes contextos. binação genética durante a formação dos gametas
nos animais e na produção de esporos nos vegetais.
Habilidade: Relacionar informações apresenta-
das em diferentes formas de linguagem e repre- Competência: Entender métodos e procedimen-
sentação usadas nas ciências físicas, químicas tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, diferentes contextos.
tabelas, relações matemáticas ou linguagem
simbólica. Habilidade: Relacionar informações apresentadas
em diferentes formas de linguagem e representa-
19. C ção usadas nas ciências físicas, químicas ou bio-
A meiose produz quatro células diferentes e ori- lógicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas,
gina esporos e gametas. relações matemáticas ou linguagem simbólica.
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XXI
Estudo para o Enem gera gametas (n) por meiose, e não por mitose,
BIOLOGIA 1B
e o zigoto (2n) sofre mitose, e não meiose. A
18. B
alternativa E está incorreta porque a fecundação
O plantio por estacas é feito ao se plantar partes de dois gametas (n) gera um zigoto (2n) e não
de um vegetal já adulto, como caule, raiz ou fo- um zigoto (n).
lhas, para gerar novos indivíduos. Esse processo
pode ser considerado um tipo de clonagem, já Competência: Entender métodos e procedimen-
que os novos indivíduos formados têm o mes-
Material do Professor
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
mo material genético do vegetal que teve suas diferentes contextos.
estacas retiradas.
Habilidade: Relacionar informações apresenta-
Competência: Associar intervenções que resul-
das em diferentes formas de linguagem e repre-
tam em degradação ou conservação ambiental a
sentação usadas nas ciências físicas, químicas
processos produtivos e sociais e a instrumentos
ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
ou ações científico-tecnológicos.
tabelas, relações matemáticas ou linguagem
Habilidade: Reconhecer benefícios, limitações e simbólica.
aspectos éticos da biotecnologia, considerando
20. C
estruturas e processos biológicos envolvidos em
produtos biotecnológicos. O ciclo de vida do Aedes aegypti é haplobionte
diplonte, com meiose gamética.
19. C
A alternativa C é a única em que o organismo Competência: Entender métodos e procedimen-
adulto é (2n), gera gametas (n) por meiose e so- tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
fre fecundação de dois gametas (n), originando diferentes contextos.
um zigoto diploide (2n), o qual sofre sucessivas
mitoses e dá origem a um indivíduo adulto (2n). A Habilidade: Relacionar informações apresenta-
alternativa A está incorreta porque o ser humano das em diferentes formas de linguagem e repre-
não gera esporos. A alternativa B está incorreta sentação usadas nas ciências físicas, químicas
porque os gametas (n), quando fecundados, não ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
originam zigoto (n), mas sim um zigoto (2n). A tabelas, relações matemáticas ou linguagem
alternativa D está incorreta porque o ser humano simbólica.
sejam frisados e diferenciados sempre que possível. são haploides. A alternativa C está incorreta, pois os
Embora seja mais comum em algas pluricelulares e esporos são haploides. A alternativa D está incorre-
nos vegetais, o ciclo diplobionte também ocorre em ta, porque o gametófito produz gametas haploides.
alguns fungos e em alguns animais, a exemplo dos
poríferos e cnidários. Esse é um importante recurso 12. A
para a variabilidade genética. Complementando as re- A fecundação cruzada envolve cruzamento gênico
produções com base na divisão mitótica apresentadas que resulta em crossing-over de materiais genéti-
no módulo anterior, neste as diferentes estratégias cos diferentes para gerar um novo indivíduo. Esse
reprodutivas são abordadas e explicadas, tendo como processo aumenta a chance de ocorrerem combi-
foco as adaptações evolutivas que possibilitaram a nações gênicas que resultem em adaptações que
manutenção das diferentes espécies de seres vivos. favoreçam a sobrevivência da população.
13. D
Para ir além
Semelhante ao comportamento sexual observado 08 + 04 = 12
nas lagartas Aspidoscelis, as lagartas brasileiras dos
gêneros Leposoma e Cnemidophorus, que habitam a A afirmativa 01 está incorreta, porque os zangões
Caatinga, também realizam a partenogênese, sem de- são haploides. A afirmativa 02 está incorreta, pois
pender de lagartos machos. Sobre esse tema, acesse quem se alimenta da geleia real é a abelha-rainha
o material a seguir. Disponível em: enquanto larva.
<http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/07/16/a-flexibilidade- 14. E
sexual-das-femeas/>.
A forma infectante são as cercárias, que saem do
Acesso em: nov. 2018. caracol e entram na pele humana. Elas são forma-
das por meio da pedogênese. A afirmativa A está
O texto da BBC Brasil presente no link a seguir incorreta, porque as cercárias se reproduzem de
aborda as falhas da reprodução assexuada, pois os forma assexuada. A afirmativa B está incorreta,
indivíduos, ao se reproduzirem dessa forma, podem pois as cercárias são larvas produzidas por pe-
desaparecer porque seu genoma acumulará mutações dogênese. A afirmativa C está incorreta, porque
mortais ao longo do tempo. Disponível em:
o platelminto em questão se reproduz de forma
<https://www.bbc.com/portuguese/internacional-43062040>. sexuada. A afirmativa D está incorreta, pois não
Acesso em: nov. 2018. há alternância de gerações: ocorre reprodução
sexuada; a fêmea produz ovos que eclodem e
Exercícios propostos se transformam em miracídios. Eles penetram
no caramujo e se transformam em cercárias, que
7. C
são as formas infectantes.
O ciclo diplobionte também pode ser designado
como metagênico, ou seja, com alternância de 15. O ciclo em questão é o diplobionte com alternân-
gerações quanto à haploidia. cia de gerações metagênese. Plantas e algas são
capazes de realizá-lo. I, II e V são haploides, e III e
8. A IV são diploides.
A meiose produzirá gametas nos animais e espo-
ros nas plantas, ambos haploides. 16. D
Os ciclos são haplobionte haplonte, haplodiplo-
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XXIII
BIOLOGIA 1B
V. Estróbilo tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
diferentes contextos.
Estudo para o Enem
Habilidade: Relacionar informações apresenta-
18. B das em diferentes formas de linguagem e repre-
A alternativa C está incorreta, porque esporófito sentação usadas nas ciências físicas, químicas
Material do Professor
sofre meiose, produzindo esporos haploides. A ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
alternativa D está incorreta, pois o ciclo de vida tabelas, relações matemáticas ou linguagem
é diplobionte. A estrutura referida na alternativa simbólica.
E é o gametófito, uma estrutura haploide.
20. C
Competência: Entender métodos e procedimen- Gêmeos monozigóticos são originados de um
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
óvulo que se divide posteriormente em dois.
diferentes contextos.
Competência: Entender métodos e procedimen-
Habilidade: Relacionar informações apresentadas
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
em diferentes formas de linguagem e representa-
ção usadas nas ciências físicas, químicas ou bio- diferentes contextos.
lógicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas,
relações matemáticas ou linguagem simbólica. Habilidade: Relacionar informações apresen-
tadas em diferentes formas de linguagem e
19. C representação usadas nas ciências físicas, quí-
A afirmativa II está incorreta, porque popula- micas ou biológicas, como texto discursivo,
ção que faz partenogênese continua realizando gráficos, tabelas, relações matemáticas ou lingua-
esse processo. gem simbólica.
27 FUNDAMENTOS DA GENÉTICA
BIOLOGIA 1B
conceitos fundamentais de Genética também foram loci quando procurados no cromossomo homó-
abordados, como genoma, gene, alelos, cromosso- logo. A alternativa D está incorreta, porque os
mos homólogos, locus, loci e formas de fecundação alelos são cópias mutadas dos genes.
dos organismos. Todo esse conteúdo será de suma
importância para os alunos compreenderem os assun- 12. B
tos trabalhados nos próximos módulos. Um gene é a região codificante do DNA, capaz de
produzir proteínas. A alternativa A está incorreta,
Para ir além porque um gene é uma parte do DNA. A alternativa
Artigo sobre a produção de cafés sem cafeína por C está incorreta, pois genes são regiões codifican-
meio de mutações realizadas propositalmente no ge- tes do DNA. A alternativa D está incorreta, porque
noma da planta. Esse é um excelente exemplo de en- o gene pode ter variações denominadas alelos, que
genharia genética no Brasil. Disponível em:
se encontram nos mesmos loci em cromossomos
<https://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/brasil- homólogos. A alternativa E está incorreta, pois
desenvolve-metodo-de-producao-para-pes-de-cafe- não está relacionado a estruturação da molécula
desprovidos-de-cafeina-2983882>. de DNA, mas à produção de proteínas.
Acesso em: nov. 2018.
13. C
Texto sobre o Projeto Genoma Humano, contendo
A alternativa A está incorreta, porque a variabili-
seus principais objetivos e possíveis resultados com
dade genética é promovida pela fecundação cru-
base no sequenciamento completo do material gené-
zada. A alternativa B está incorreta, pois a maioria
tico de nossa espécie. Disponível em:
das plantas é capaz de realizar essa forma de
<http://www.genoma.ib.usp.br/sites/default/files/projeto-
fecundação. A alternativa D está incorreta, porque
genoma-humano.pdf>.
se refere à fecundação cruzada.
Acesso em: nov. 2018.
14. Sim, porque estão vinculados ao mesmo locus gê-
Exercícios propostos nico, no mesmo par de cromossomos homólogos.
7. C
15. O DNA é mutável, originando diversidade na se-
As alternativas A, B, D e E estão incorretas, quência; é capaz de replicar-se e produzir novas
porque não são características relevantes para cópias; é traduzido em forma e função e origina
o estudo genético. Entretanto, replicação, ser proteínas; tem grande diversidade em sua estru-
traduzido e suscetibilidade à mutação são ca- tura, pelo fato de os nucleotídeos estarem rear-
racterísticas importantes para compreender as ranjados de forma bastante variada, produzindo
variações genéticas entre indivíduos e espécies. genes de tamanhos variáveis, o que consequen-
temente produz diversas proteínas diferentes.
8. D
Ervilhas amarelas apresentam duas cópias do 16. C
alelo A1, o que gera tal característica nelas. A sequência correta é I.-B, II.-C e III.-A. O genó-
tipo (I) é o conjunto total de genes de um orga-
9. A nismo, enquanto o fenótipo (II) são as caracterís-
A alternativa B está incorreta, porque ocorre no ticas geradas pelos genes que sofrem influência
mesmo gene e em cromossomos homólogos. A ambiental. Por fim, o gene é o segmento de DNA
alternativa C está incorreta, pois acontece em capaz de codificar proteínas.
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XXV
com função e característica muscular, por exem- Competência: Entender métodos e procedimen-
plo, e outras com função e característica nervosa.
BIOLOGIA 1B
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
diferentes contextos.
Estudo para o Enem
Habilidade: Relacionar informações apresentadas
18. C
em diferentes formas de linguagem e representa-
A alternativa A está incorreta, porque apenas 2% ção usadas nas ciências físicas, químicas ou bio-
Material do Professor
do genoma produzem proteínas. A alternativa B lógicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas,
está incorreta, pois, para produzir proteínas, é
relações matemáticas ou linguagem simbólica.
necessário ter um gene como referência. A al-
ternativa D está incorreta, porque o tamanho do
20. A
genoma não está relacionado à complexidade do
organismo. A alternativa E está incorreta, pois to- O genoma é a constituição de todo o DNA presen-
dos os organismos da tabela apresentam genoma te em um organismo. A alternativa B está incor-
com milhares de pares de bases. reta, porque o genoma é constituído por regiões
codificantes e não codificantes. A alternativa C
Competência: Entender métodos e procedimen- está incorreta, pois íntrons constituem um RNA,
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em e o genoma é todo o DNA do organismo. A al-
diferentes contextos. ternativa D está incorreta, porque os cromosso-
mos sexuais formam apenas parte do genoma de
Habilidade: Relacionar informações apresentadas
um organismo.
em diferentes formas de linguagem e representa-
ção usadas nas ciências físicas, químicas ou bio-
lógicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, Competência: Entender métodos e procedimen-
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
relações matemáticas ou linguagem simbólica.
diferentes contextos.
19. C
A exposição a raios X pode causar mutações celula- Habilidade: Relacionar informações apresenta-
res. Caso essas mutações ocorram em um gameta das em diferentes formas de linguagem e repre-
e este seja fecundado, as características mutan- sentação usadas nas ciências físicas, químicas
tes serão passadas aos descendentes. No caso da ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
questão, a filha da funcionária nasceu da fecunda- tabelas, relações matemáticas ou linguagem
ção de um ovócito que havia sofrido mutação. simbólica.
Comentários sobre o módulo informação de que a cor da pele é definida por di-
Foram abordados os conceitos de genótipo, fenóti- versos genes.
po e linhagem de forma bastante detalhada, incluindo
alguns exemplos de fenocópia. Tanto nas leituras com- 11. A
plementares quanto em parte dos exercícios, foram A alternativa B está incorreta porque ambos os
Material do Professor
abordadas pesquisas científicas recentes relacionadas genótipos são homozigotos recessivos. A alter-
ao conteúdo para que o aluno compreenda a importân- nativa C está incorreta porque o genótipo é he-
cia dos conceitos estudados neste módulo, além de terozigoto apenas para o sistema ABO (ab), pelo
serem estimulados diretamente a se interessar pelas fato de o Rh ser negativo e obrigatoriamente ter
mais diversas pesquisas relacionadas ao tema central. genótipo rr. A alternativa D está incorreta porque
o Rh é positivo, isto é, pode ter genótipo RR ou
Para ir além Rr. A alternativa E está incorreta porque, para ter
Texto da Revista Fapesp sobre a história de diversifi- sangue tipo O, o genótipo obrigatoriamente preci-
cação da linhagem dos quelônios tracajás, espécie que sa ser ii (homozigoto recessivo); além disso, para
vive na Amazônia, com base em estudos filogenéticos ser Rh positivo, o genótipo pode ser RR ou Rr.
comparativos. Disponível em:
12. A
<http://agencia.fapesp.br/historia-de-diversificacao-da-
As alternativas B e C estão incorretas porque
linhagem-dos-tracajas-e-desvendada/28137/>.
as vagens infladas da geração produzida podem
Acesso em: nov. 2018. ser homozigotas ou heterozigotas. A alternativa
D está incorreta porque a geração apresenta o
Artigo do Instituto de Ciências Biológicas que de- fenótipo oposto, indicando que vagens achatadas
monstra as variações genéticas e sua influência na são um fenótipo recessivo e, portanto, expresso
eficácia de determinados fármacos. Esse texto possi- por um gene recessivo.
bilita abordar a importância de conhecer a frequência
dos genótipos e fenótipos presentes nas populações. 13. B
Disponível em: A alternativa A está incorreta porque, como o ma-
<https://ufmg.br/comunicacao/noticias/variacoes-geneticas- cho é albino (aa) e a fêmea 1 é normal, com 100%
interferem-na-eficacia-de-medicamentos>. da prole normal, significa que ela tem genótipo
Acesso em: nov. 2018. AA. Portanto, os filhotes terão genótipo Aa, sen-
do heterozigotos. A alternativa C está incorreta
porque o macho albino tem genótipo aa, e metade
Exercícios propostos dos filhotes nasceu com a mesma característica.
Portanto, a fêmea 2 tem genótipo heterozigoto. A
7. D alternativa D está incorreta porque, para ser albi-
Linhagem híbrida é sempre heterozigota, enquan- no, obrigatoriamente o genótipo precisa ser aa.
to linhagem pura é sempre homozigota. Tanto
a linhagem híbrida quanto a linhagem pura têm 14. a) Simas representa uma linhagem híbrida, por ser
alelos relativos a um mesmo gene em um mes- filho de uma bruxa e de um trouxa. Draco represen-
mo locus. ta uma linhagem pura, pelo fato de todos os seus
parentes serem bruxos.
8. D
Há três classes fenotípicas (preta, chocolate b) Harry é tão bruxo quanto todos os outros cita-
e amarela) e nove classes genotípicas (BBEE, dos, porque, embora sua mãe seja filha de trou-
BbEE, BBEe, BbEe, bbEE, bbEe, BBee, Bbee, xas (tem genótipo heterozigoto), ele tem o alelo
bbee). responsável pela característica.
9. B 15. E
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XXVII
BIOLOGIA 1B
tam linhagem pura. A alternativa D está incorreta Competência: Entender métodos e procedimen-
porque a prole representa linhagem híbrida. tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
diferentes contextos.
17. O número de classes genotípicas é três, sendo elas
PP, Pp e pp. O número de classes fenotípicas é Habilidade: Relacionar informações apresenta-
três, sendo elas plumagem preta, plumagem azul das em diferentes formas de linguagem e repre-
Material do Professor
e plumagem branca. sentação usadas nas ciências físicas, químicas
ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
Estudo para o Enem tabelas, relações matemáticas ou linguagem
simbólica.
18. B
Os genótipos são os mesmos, mas o fenótipo alte- 20. A
rou entre eles em virtude dos fatores ambientais. A alternativa B está incorreta porque o gene
pode estar em homozigose ou heterozigose, por
Competência: Entender métodos e procedimen- apresentar supostamente herança dominante.
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em A alternativa C está incorreta porque a doença
diferentes contextos. está relacionada apenas à variante ApoE-4. A al-
ternativa D está incorreta porque supostamente
Habilidade: Relacionar informações apresenta- se trata de uma herança dominante: genótipos
das em diferentes formas de linguagem e repre- homozigotos ou heterozigotos podem apresentar
sentação usadas nas ciências físicas, químicas a doença. A alternativa E está incorreta porque
ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, apenas uma parte (metade) dos indivíduos apre-
tabelas, relações matemáticas ou linguagem sentará a doença.
simbólica.
Competência: Entender métodos e procedimen-
19. C tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
A alternativa A está incorreta porque o lado pa- diferentes contextos.
terno de Marina representa uma geração pura.
A alternativa B está incorreta porque parte dos Habilidade: Relacionar informações apresentadas
filhos também apresentará a doença. A alterna- em diferentes formas de linguagem e representa-
tiva D está incorreta porque a maioria dos seus ção usadas nas ciências físicas, químicas ou bio-
filhos terá a doença. A alternativa E está incorreta lógicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas,
porque Marina é fruto de um casal em que ambos relações matemáticas ou linguagem simbólica.
os indivíduos são de linhagem pura, portanto, ela
29 MUTAÇÕES GÊNICAS
BIOLOGIA 1B
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XXIX
BIOLOGIA 1B
organismos e ambiente, em particular aquelas
relacionadas à saúde humana, relacionando co-
nhecimentos científicos, aspectos culturais e Habilidade: Compreender o papel da evolução
características individuais. na produção de padrões, processos biológicos
ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Habilidade: Reconhecer mecanismos de trans-
20. B
Material do Professor
missão da vida, prevendo ou explicando a mani-
festação de características dos seres vivos. Mutações ocorrem por substituições, inserções
ou deleções de nucleotídeos, e isso pode se dar
19. A por fatores químicos, físicos ou biológicos. Muta-
ções só são herdáveis se os gametas sofrerem
As mutações não são herdáveis. Mutações promo-
mutações.
vem doenças e também características fenotípicas
diversas, não necessariamente desvantajosas. Ser Competência: Compreender interações entre
tolerante à lactose é benéfico, afinal, é possível beber organismos e ambiente, em particular aquelas
leite sem passar mal. A mutação originada no gene relacionadas à saúde humana, relacionando co-
em questão provavelmente foi originada ao acaso, nhecimentos científicos, aspectos culturais e
não é possível afirmar o que a provocou. características individuais.
30 MUTAÇÕES CROMOSSÔMICAS
BIOLOGIA 1B
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XXXI
-lo, podem ocorrer sérios danos ao indivíduo. O B está incorreta porque pode ser passada para as
mesmo motivo se aplica à síndrome de Turner.
BIOLOGIA 1B
próximas gerações. A alternativa C está incorre-
ta porque obesidade pode provocar aumento da
Competência: Entender métodos e procedimen- predisposição para doenças cardiovasculares. A
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em alternativa D está incorreta porque é um tipo de
diferentes contextos. mutação estrutural, sendo, no caso, uma deleção.
Material do Professor
Competência: Entender métodos e procedimen-
das em diferentes formas de linguagem e repre- tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
sentação usadas nas ciências físicas, químicas diferentes contextos.
ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
tabelas, relações matemáticas ou linguagem Habilidade: Relacionar informações apresenta-
simbólica. das em diferentes formas de linguagem e repre-
sentação usadas nas ciências físicas, químicas
20. E ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
A alternativa A está incorreta porque se refere à tabelas, relações matemáticas ou linguagem
deleção de parte do cromossomo 15. A alternativa simbólica.
Comentários sobre o módulo 14. A mulher está incorreta, porque a forma grave
A primeira lei de Mendel foi abordada detalhada- da doença é caracterizada pelo genótipo SS. Ela
mente, com enfoque no método científico, apresen- apresenta genótipo AS e seu marido, genótipo AA.
tando-se as dificuldades encontradas por Mendel (com Portanto, as possiblidades de filhos são: 50% nor-
base em suas hipóteses) e destacando-se sua relevân- mais (genótipo AA) e 50% com traço falciforme
Material do Professor
cia para a Genética. Os conceitos cruzamento-teste e (genótipo AS), ou seja, 0% afetados gravemente,
retrocruzamento também foram abordados, bem como por não haver a possiblidade de combinação ge-
sua importância para as pesquisas atuais. Por fim, fo- notípica SS.
ram apresentadas algumas noções de probabilidade
para que o aluno tenha maior facilidade na resolução 15. D
de exercícios que envolvam o conteúdo como um todo. A mãe é canhota, e o pai é destro, filho de mãe
canhota. Portanto, seus genótipos são cc e Cc,
Para ir além respectivamente. Desse cruzamento, 50% dos
No site Ponto Ciência está disponível o jogo Bingo descendentes serão canhotos e 50%, destros
mendeliano, que trabalha diversos conceitos de gené- heterozigotos (Cc.) A mãe tem visão normal, filha
tica. Disponível em: de daltônico, e o pai é daltônico. Os genótipos
<http://pontociencia.org.br/experimentos/visualizar/padrao-de- respectivos serão Dd e dd, o que resultará em
heranca-mendeliana/1190>. 50% dos descendentes daltônicos (dd) e 50%
normais heterozigotos (Dd). A probabilidade de
Acesso em: nov. 2018.
a criança ser uma menina é ½. Portanto, para a
Exercícios propostos criança ser menina e heterozigota para os dois
genes, basta multiplicar: 1/2 3 1/2 3 1/2 5 1/8.
7. D
Sendo os pais Bb, o cruzamento para gerar F2 se dará 16. B
por: Bb 3 Bb, originando 1/4 BB, 2/4 Bb e 1/4 bb.
Os genótipos da mulher para polidactilia e visão
8. E são, respectivamente, Pp e Mm, e os genótipos
Todos os filhos e filhas terão o alelo, uma vez que do homem são, respectivamente, pp e mm. Por-
o paciente terá o genótipo aa, por exemplo, e a tanto, os cruzamentos, tanto para polidactilia
doença é autossômica recessiva. quanto para miopia, resultarão em 1/2 normais
para cada uma dessas anomalias. Portanto, o filho
9. D terá 1/4 ou 25% de probabilidade de ser normal
Um homem heterozigoto terá os alelos A e a, sen- em relação a ambas as características. Basta mul-
do que metade deles produzirá espermatozoides tiplicar os valores: 1/2 3 1/2 5 1/4.
A e metade será a.
17. A probabilidade de uma criança ser obesa é 1/6.
10. Se o ovócito for originado de um indivíduo Aa e o Para isso, ela precisa ter o genótipo aa. Portanto,
espermatozoide for de um indivíduo aa, teremos: obrigatoriamente os pais precisam ser heterozi-
Aa 3 aa 5 1/2 Aa e 1/2 aa. Portanto, 50% serão Aa gotos (Aa), e a probabilidade de eles terem esse
dextrogiros, e 50% serão aa levogiros. genótipo é 2/3 cada um. As possiblidades de filhos
são duas: o filho 1 pode ser afetado e o filho 2 pode
11. A
ser normal, ou o filho 1 pode ser normal e o filho
O item II está incorreto porque o albinismo é uma 2 pode ser afetado. A probabilidade de o filho ser
anomalia autossômica recessiva, ou seja, o genó- normal é ¾, e a probabilidade de o filho ser afetado
tipo do afetado é homozigoto recessivo. O item III é ¼. Assim, a probabilidade para a possibilidade 1 é:
está incorreto porque os filhos do afetado serão
2/3 3 2/3 x 1/4 3 3/4 5 1/12.
albinos apenas se ele se casar com uma albina.
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XXXIII
BIOLOGIA 1B
18. C diferentes contextos.
Como a mulher é portadora, significa que ela tem
genótipo Aa, assim como seu marido. Portanto, Habilidade: Relacionar informações apresenta-
o cruzamento será: Aa x Aa e resultará em 1/4 das em diferentes formas de linguagem e repre-
AA, 1/2 Aa e 1/4 aa. Para apresentar a doença, sentação usadas nas ciências físicas, químicas
por ser autossômica recessiva, ela necessita ter ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
Material do Professor
genótipo aa, sendo, portanto, 25%. tabelas, relações matemáticas ou linguagem
simbólica.
Competência: Entender métodos e procedimen-
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em 20. A
diferentes contextos. Alelo f → fibrose cística; alelo F → pessoa normal.
João é Ff e Sofia é F_. A probabilidade de Sofia ser
Habilidade: Relacionar informações apresenta- heterozigota é 2/3, e a probabilidade de a criança
das em diferentes formas de linguagem e repre- ter a doença é 1/4. Portanto, a probabilidade de o
sentação usadas nas ciências físicas, químicas bebê ter a doença será 1 3 2/3 3 1/4 5 2/12 5 1/6.
ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
tabelas, relações matemáticas ou linguagem Competência: Entender métodos e procedimen-
simbólica. tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
diferentes contextos.
19. C
A probabilidade de o bebê ter a doença é de 50%, Habilidade: Relacionar informações apresentadas
pois a mãe tem genótipo Dd e o pai, dd. Ao rea- em diferentes formas de linguagem e representa-
lizarmos o cruzamento, teremos 50% Dd e 50% ção usadas nas ciências físicas, químicas ou bio-
dd, apresentando, respectivamente, fenótipos lógicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas,
doente e normal para cada genótipo. relações matemáticas ou linguagem simbólica.
32 HEREDOGRAMAS E GEMELARIDADE
BIOLOGIA 1B
ranças autossômicas dominantes e as recessivas nas sivo (Aa), que é responsável pela doença. Dessa
genealogias. Ademais, também foram abordados os forma, a probabilidade é 2/3.
processos capazes de produzir gêmeos monozigóticos
e dizigóticos, bem como suas diferenças genotípicas e 11. B
fenotípicas. Por fim, foi citado o conceito de epigenéti- A característica não pula gerações, e a maioria
ca, que se refere às interações gênicas com o ambiente dos indivíduos é afetada. Portanto, trata-se de
que são capazes de alterar o fenótipo do indivíduo sem uma herança dominante.
gerar mutações na molécula de DNA.
12. B
Para ir além Os genótipos são os mesmos, por se tratar de gê-
A reportagem da BBC Brasil aborda a probabi- meos univitelinos ou monozigóticos. Entretanto,
lidade de uma mãe ter gêmeos mais de uma vez. a exposição ao sol é diferente entre eles e faz a
Disponível em: produção da melanina se alterar em quantidade.
<https://www.bbc.com/portuguese/ 13. A
noticias/2013/06/130609_gemeos_chances_pai>.
Porque p (menino) 5 1/2, p (afetado para fibrose
Acesso em: nov. 2018. cística) 5 1/4 e p (afetado fenilcetonúria) 5 1/4.
Basta multiplicar: 1/2 3 1/4 3 1/4 5 1/32. A
O texto trata sobre as vantagens e desvantagens do alternativa B está incorreta porque a filha pode
aconselhamento genético na identificação de doenças ser homozigota dominante ou heterozigota para
genéticas. Disponível em: cada uma das doenças. A alternativa C está in-
<http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/05/ correta porque p (menina)5 1/2, p (afetada para
milhares-de-doencas-podem-ser-identificadas-por- fibrose cística) 5 1/4 e p (afetada fenilcetonú-
exames-de-dna.html>. ria) 5 1/4. Basta multiplicar: 1/2 3 1/4 3 1/4 5
Acesso em: nov. 2018. 5 1/32. A alternativa D está incorreta porque a
mãe precisa ser heterozigota para ambas, já que
Exercícios propostos tem um filho afetado para ambas as doenças.
7. A A alternativa E está incorreta porque a probabi-
lidade de ser duplo dominante (CC e FF) é de
O tipo de herança em questão se refere a indiví- 1/4 3 1/4 5 1/16.
duos heterozigotos, portanto, o símbolo escuro
representa os afetados. 14. Os gêmeos monozigóticos são originados da fe-
cundação de um único óvulo com um espermato-
8. B zoide. Durante o desenvolvimento embrionário, as
O grupo sanguíneo é determinado geneticamen- células se separam, formando dois indivíduos in-
te e não sofre alterações em razão de fatores dependentes e geneticamente iguais que compar-
ambientais. tilham a mesma placenta. Os gêmeos dizigóticos
são originados a partir da ovulação múltipla pela
9. D mãe, de forma que dois ou mais óvulos são pro-
Pela análise do heredograma, conclui-se que o duzidos e fecundados independentemente. Assim,
caráter em questão é condicionado por alelo do- gêmeos dizigóticos são geneticamente diferentes,
minante (observe que, do cruzamento de 12 3 13, podendo ter inclusive sexos diferentes, e originam
ambos afetados, surge uma menina normal; isso placentas independentes.
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XXXV
BIOLOGIA 1B
A epigenética envolve características estáveis de ternas de um ser vivo, que são geneticamente
organismos ao longo de diversas divisões celu- determinadas.
lares que não sofrem alteração na sequência de
DNA e são passadas para os descendentes. Competência: Entender métodos e procedimen-
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
17. A herança é do tipo autossômica recessiva, por- diferentes contextos.
Material do Professor
que os filhos na família Alfa não apresentam essa
característica. A probabilidade de a menina 1 da Habilidade: Relacionar informações apresen-
família Alfa ter um filho de cabelos azuis com o filho tadas em diferentes formas de linguagem e
da família Beta é de 50%, pois obrigatoriamente a represent ação usadas nas ciências físicas,
menina 1 é heterozigota pelo fato de sua mãe apre- químicas ou biológicas, como texto discursi-
sentar característica recessiva, inclusive o menino
vo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou
da família Beta. Assim, o cruzamento é realizado
linguagem simbólica.
da seguinte forma: Aa 3 aa 5 50% Aa e 50% aa.
20. C
Estudo para o Enem
A alternativa A está incorreta porque ambos os
18. D indivíduos compartilham da mesma placenta. A
O heredograma se refere a uma doença autossô- alternativa B está incorreta por serem originados
mica recessiva, por pular gerações e apresentar de uma única fecundação. A alternativa D está
poucos afetados. O casal 7 e 8 são heterozigotos, incorreta porque apresentam o mesmo sexo. A
pelo fato de haver um afetado (indivíduo 11) entre alternativa E está incorreta porque quanto mais
os quatro filhos. Portanto, o indivíduo 10 possui velha for a mãe, maior será a probabilidade de
o genótipo dominante e, para ele ser portador do nascerem gêmeos.
gene recessivo, isto é, ser heterozigoto, a pro-
babilidade é de 2/3. (Aa 3 Aa5 1/4 AA, 2/4 Aa e Competência: Compreender interações entre
1/4 aa. Como sabemos que, das possibilidades, organismos e ambiente, em particular aquelas
ele já tem o A, então ele pode ser: AA, Aa ou relacionadas à saúde humana, relacionando co-
Aa, sendo das 3 possibilidades, 2 para carregar o nhecimentos científicos, aspectos culturais e
alelo recessivo. Assim, a resposta é 2/3 ou 67%.) características individuais.
MATERIAL DO PROFESSOR
Material do Professor
RESPOSTAS E COMENTÁRIOS
BIOLOGIA 2
TO
HO
KP
OC
/IST
GES
I MA
TY
GET
começaram a ocupar o ambiente terrestre entre 470 e o tubo polínico (gametófito masculino).
450 milhões de anos atrás. As plantas terrestres tam-
bém são chamadas de embriófitas e têm ciclo de vida 9. A
denominado alternância de gerações (ou metagênese), O gametófito das briófitas, chamado de proto-
processo no qual se alternam duas gerações de organis- nema, é a fase autótrofa e fotossintetizante do
mos multicelulares distintos (gametófito e esporófito). ciclo de vida das briófitas. Estas têm o esporófito
Nas briófitas, a geração mais duradoura ou persistente reduzido, nutricionalmente dependente do game-
é a gametofítica (haploide). É importante diferenciar a tófito. Essa fase do ciclo de vida é diploide. Os
nomenclatura adotada para os gametas nos diferentes gametângios femininos e masculinos de briófitas
grupos de plantas. Em briófitas e pteridófitas, o gameta e pteridófitas são chamados, respectivamente,
feminino é chamado de oosfera e o masculino de ante- de arquegônio e anterídio.
rozoide. O termo óvulo é usado, em botânica, apenas
para os gamentas femininos de gimnospermas e angios- 10. a) O esporófito (diploide) é a fase do ciclo de vida
permas, grupos em que o gameta masculino é o pólen. das briófitas com duração mais curta e que depen-
de do gametófito (haploide) para sua nutrição.
Para ir além b) Dentro de um esporângio, células diploides cha-
Indique aos alunos o artigo publicado no site da madas esporócitos (ou células-mães de esporos)
BBC Brasil sobre a origem dos musgos no noroeste sofrem meiose e geram os esporos haploides.
da América do Norte. Disponível em: O gametângio masculino é chamado de anterídio
e origina os anterozoides (gametas masculinos fla-
<https://www.bbc.com/portuguese/ciencia/2011/
gelados) haploides. A divisão celular que origina os
01/110113_musgo_mv>
anterozoides é a mitose. O gametângio feminino é
Acesso em: out. 2018. chamado de arquegônio e origina a oosfera (gameta
feminino), haploide, por meio da mitose.
Outro artigo referente aos musgos, também publi-
cado no site da BBC Brasil, pode despertar o interesse
11. E
dos alunos. Disponível em:
No ciclo de vida das briófitas, após a fecundação do
<https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/03/140318_
gameta feminino pelo anterozoide (gameta masculi-
musgo_ressurge_pesquisa_fn>
no), forma-se o esporófito, que se desenvolve sobre
Acesso em: out. 2018. o gametófito feminino. O esporófito (diploide) corres-
Exercícios propostos ponde à fase do ciclo de vida das briófitas de curta
duração, que é dependente do gametófito (haploide)
7. B para sua nutrição. O esporófito produz esporos (n) por
Os musgos são briófitas, plantas com ciclo de meiose. A germinação dos esporos produz o protone-
vida haplodiplobionte. A fase haploide (n) é o ga- ma (gametófito), que cresce e origina a planta adulta,
metófito e corresponde ao vegetal verde, dura- autótrofa e fotossintetizante, a qual representa a fase
douro e persistente. O esporófito, fase diploide duradoura do ciclo de vida das briófitas. Completan-
(2n), depende do gametófito para sua nutrição. do o ciclo de vida, o gametófito forma gametas por
Não são conhecidas espécies marinhas de brió- mitose em gametângios microscópicos.
fitas. As briófitas não possuem tecidos especiali-
zados, como vasos condutores (xilema e floema) 12. B
e tecido de preenchimento. Embora existam espécies monoicas, a maioria das
briófitas é dioica, ou seja, há plantas com estrutu-
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III
BIOLOGIA 2A
(I) Incorreta. Muitas briófitas se reproduzem as-
sexuadamente por fragmentação, processo em ao etileno) encontrada nas algas vermelhas e nas
que pedaços de um indivíduo ou de uma colônia plantas terrestres também esteja presente nas
dão origem a novos gametófitos. algas verdes. Ou seja, é esperado que essa ca-
racterística já estivesse presente no ancestral
(II) Incorreta. Na geração esporofítica (2n), ocorre
comum dos três grupos (algas vermelhas, algas
a reprodução assexuada, em que há a produção
Material do Professor
verdes e plantas terrestres).
de esporos (n) por meiose (meiose espórica).
(III) Incorreta. Na geração gametofítica (n), ocorre Competência: Compreender interações entre
a reprodução sexuada, em que há a produção, por organismos e ambiente, em particular aquelas
mitose, dos gametas masculino (anterozoide) e relacionadas à saúde humana, relacionando co-
feminino (oosfera). nhecimentos científicos, aspectos culturais e
características individuais.
14. (I) Correta. Em todos os grupos vegetais, o es-
porófito é diploide (2n), enquanto o gametófito Habilidade: Compreender o papel da evolução
é haploide (n). na produção de padrões, processos biológicos
(II) Correta. Nas briófitas o gametófito (n) é mais ou na organização taxonômica dos seres vivos.
desenvolvido que o esporófito (2n). Nos demais
grupos de plantas, é o inverso, ou seja, o esporó- 19. E
fito é mais desenvolvido que o gametófito. Metagênese (ou alternância de gerações), game-
tas produzidos dentro de estruturas ou órgãos
(III) Correta. Uma das características das briófitas
chamados gametângios e embrião multicelu-
é a falta de tecidos condutores, motivo pelo qual
lar maciço (ou seja, sem cavidade interna) são
essas plantas apresentam tamanho reduzido.
novidades evolutivas compartilhadas por todas
(IV) Incorreta. Em todos os grupos vegetais (brió- as embriófitas (plantas terrestres).
fitas, pteridófitas, gimnospermas e angiosper-
mas), a meiose é espórica. Competência: Compreender interações entre
organismos e ambiente, em particular aquelas
15. C relacionadas à saúde humana, relacionando co-
Os fungos são organismos exclusivamente hetero- nhecimentos científicos, aspectos culturais e
tróficos por absorção e armazenamento de glico- características individuais.
gênio como fonte de reserva. Essas características
Habilidade: Compreender o papel da evolução
(heterotrofia e armazenamento de energia na forma
na produção de padrões, processos biológicos
de glicogênio) fornecem evidência de maior proxi-
ou na organização taxonômica dos seres vivos.
midade filogenética entre os fungos e os animais.
Já as plantas são seres autotróficos fotossintetizan-
20. C
tes, e sua reserva de energia é o amido.
Os musgos são plantas avasculares, isto é, des-
providas de tecidos condutores de seivas. Dessa
16. C
forma, por conta da condução célula a célula,
Briófitas e pteridófitas são chamadas de criptóga- por difusão, há uma restrição no tamanho que
mas. No entanto, enquanto a fase predominante essas plantas podem alcançar, sendo caracteri-
das briófitas é gametofítica, nas pteridófitas e zadas pelo pequeno porte. Alguns musgos têm
demais plantas vasculares, a fase predominante condução de seiva através de células modifica-
é a esporofítica (diploide). Nas briófitas a planta das, mas não apresentam tecidos especializados
adulta é o gametófito (haploide). (xilema e floema) encontrados nos demais grupos
de plantas terrestres.
17. Em todos os grupos, ocorre a alternância de gera-
ções, também chamada de metagênese. Ela con- Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
siste em uma fase gametofítica haploide (n) seguida biologia para, em situações-problema, interpre-
por uma fase esporofítica diploide (2n). tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
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IV
das soros. A maioria das pteridófitas são isosporadas, sentada pelo gametófito, seguida por uma geração
ou seja, produzem esporos de um único tipo. Porém, diploide (2n), representada pelo esporófito.
em algumas pteridófitas (espécies dos gêneros Selagi-
nella e Isoetes) e em todas as plantas com sementes, 10. a) O esporófito (diploide) é a fase mais duradoura
dois tipos de esporos são produzidos, sendo denomi- do ciclo de vida das pteridófifas e representa a
nadas plantas heterosporadas. planta adulta. Diferentemente das briófitas, nas
Assim como nas briófitas, o anterídio (gametân- pteridófitas (também nas gimnospermas e an-
gio masculino) e o arquegônio (gametângio feminino) giospermas), o esporófito é autótrofo e fotos-
produzem, por mitose, os gametas masculinos (an- sintetizante.
terozoides) e femininos (oosfera), respectivamente.
No interior dos esporângios, os esporócitos sofrem b) Dentro de um esporângio, células diploides cha-
meiose e originam os esporos (haploides). madas esporócitos (ou células-mães de esporos)
sofrem meiose e geram os esporos haploides. Nas
Para ir além pteridófitas, conjuntos de esporângios estão reuni-
O artigo do link a seguir apresenta e compara a dos dentro de estruturas chamadas soros.
composição florística de pteridófitas em três ambientes
da bacia dos rios Guamá, Belém e Pará. Além disso, Assim como nas briófitas, o gametângio masculi-
propõe estratégias de conservação para as espécies no é chamado de anterídio e origina os anterozoi-
consideradas vulneráveis. Disponível em: des (gametas masculinos flagelados) haploides.
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ A divisão celular que origina os anterozoides é a
arttext&pid=S0044-59672004000100005> mitose. Já o gametângio feminino é chamado de
Acesso em: out. 2018. arquegônio e origina a oosfera (gameta feminino),
haploide, por meio da mitose.
No texto presente no link abaixo, discorre-se até
que ponto samambaias e licófitas podem ser afetadas 11. B
pelas mudanças climáticas. Disponível em: No ciclo de vida das pteridófitas, após a fecunda-
<http://revistas.jardimbotanico.ibict.br/index.php/heringeriana/ ção do gameta feminino, forma-se o esporófito,
article/view/15/20> correspondente ao vegetal dominante (diploide),
Acesso em: out. 2018. autótrofo, que produz esporos (n) por meiose. A
Exercícios propostos germinação dos esporos produz o protalo (game-
tófito), planta transitória, haploide e autótrofa,
7. E que forma gametas por mitose em gametângios
Os rizoides são encontrados apenas em briófitas, microscópicos.
plantas que não têm raízes verdadeiras. Samam-
baias apresentam caule do tipo rizoma, raiz ad- 12. D
ventícia e folhas chamadas frondes (folhas largas (I) Correta. O grupo mais antigo de plantas é o
divididas em pinas). Pteridófitas, gimnospermas grupo das briófitas, no qual o gametófito haploide
e angiospermas têm raízes verdadeiras. é a fase desenvolvida e duradoura, enquanto o
esporófito é a fase menos duradoura.
8. C
(II) Correta. Samambaias (pteridófitas), pinheiros
São reconhecidos dois filos de pteridófitas: as pteró-
(gimnospermas) e plantas com flores (angiosper-
fitas (samambaias, cavalinhas e avencas) e as licófi-
mas) são traqueófitas e apresentam esporófito
tas (licopódios e selaginelas). Em muitos licopódios
diploide duradouro, além de possuírem raízes,
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V
BIOLOGIA 2A
encontradas nas pteridófitas: protalo (gametó-
14. B fito das pteridófitas); soros, indúsio e báculo
Entre as opções apresentadas, pode-se identificar (pteridófitas); anterídio (briófitas e pteridófitas);
que as principais diferenças entre as criptógamas heterosporia (pteridófitas heterosporadas como
e as fanerógamas são a produção de grão de espécies de Selaginella e Isoetes; gimnospermas
pólen e de tubo polínico nas fanerógamas. As e angiospermas). Rizoides (briófitas), protonema
Material do Professor
plantas criptógamas (briófitas e pteridófitas) não (gametófito das briófitas) e sementes (gimnos-
produzem sementes. permas e angiospermas) não são características
ou estruturas observadas em pteridófitas.
15. B
As briófitas são plantas avasculares, de pequeno Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
porte, que dependem da água para a reprodução biologia para, em situações problema, interpre-
sexuada. As angiospermas são plantas vascu- tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
lares, que têm sementes abrigadas no interior -tecnológicas.
de frutos e estruturas relacionadas à reprodu-
ção sexuada, que estão nas flores, tais como o Habilidade: Associar características adaptativas
androceu e o gineceu. Pteridófitas são plantas dos organismos com seu modo de vida ou com
vasculares (cuja fecundação depende da água) seus limites de distribuição em diferentes am-
e não formam sementes, flores ou frutos. Já as bientes, em especial em ambientes brasileiros.
gimnospermas são plantas vasculares, as quais
19. A
têm sementes, mas não formam frutos.
Na evolução das plantas terrestres, primeiro sur-
16. B giu o sistema vascular em pteridófitas. Poste-
A germinação dos esporos (n) – que precede a riormente, apareceu a semente nas gimnosper-
formação do gametófito (chamado de protalo) – mas. Por fim, ocorreu o surgimento da flor nas
ocorre por divisões mitóticas sucessivas. A plan- angiospermas.
ta em questão é uma samambaia (pteridófita) e
portanto, tem sistema vascular (xilema e floema). Competência: Compreender interações entre
O esporófito (diploide) é a fase dominante. Os es- organismos e ambiente, em particular aquelas
poros são formados por meiose, divisão celular em relacionadas à saúde humana, relacionando co-
nhecimentos científicos, aspectos culturais e ca-
que há a separação dos cromossomos homólogos.
racterísticas individuais.
17.
Habilidade: Compreender o papel da evolução
Número Processo biológico na produção de padrões, processos biológicos
ou na organização taxonômica dos seres vivos.
I Mitoses
20. 02 + 08 = 10
II Meiose espórica
(01) Incorreta. O ciclo de vida representado ocorre
III Mitoses em todas as plantas.
(04) Incorreta. Em I, II, II e IV ocorre mitose. A
IV Mitoses meiose ocorre em II.
V Fecundação (16) Incorreta. A fase A representa o esporófito,
presente em todas as plantas.
O zigoto passa por sucessivas mitoses (I) e ori- (32) Incorreta. No ciclo representado, a mitose
gina o esporófito. Por meio da meiose (II), os ocorre em I, III e IV.
esporos são produzidos (meiose espórica). Os
esporos, por meio de mitoses sucessivas (III), Competência: Compreender interações entre
originam a geração gametofítica. No gametófito, organismos e ambiente, em particular aquelas
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VI
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VII
BIOLOGIA 2A
As sementes das gimnospermas, ao germinarem, tar, as angiospermas conseguem atrair animais
originam uma nova planta (sem flores ou frutos), como polinizadores. Além dos insetos, algumas
a qual formará novas sementes. Gimnospermas e aves e mamíferos também atuam nesse processo.
angiospermas são heterosporadas, ou seja, pro-
duzem dois tipos de esporo. Competência: Compreender interações entre
organismos e ambiente, em particular aquelas
Material do Professor
14. Ao longo da evolução das plantas, surgiram algu- relacionadas à saúde humana, relacionando co-
mas adaptações fundamentais aos ambientes ter- nhecimentos científicos, aspectos culturais e
restres. Nas embriófitas, apareceram embriões características individuais.
multicelulares maciços (sem cavidade interna).
Nas traqueófitas, surgiram vasos condutores de Habilidade: Compreender o papel da evolução
seivas (xilema e floema). Nas espermatófitas na produção de padrões, processos biológicos
(gimnospermas e angiospermas), apareceram ou na organização taxonômica dos seres vivos.
sementes e grãos de pólen. Nas angiospermas
(antófitas), surgiram flores e frutos. 19. C
A classificação de Woese (1990) se baseia, fun-
15. A damentalmente, nas relações filogenéticas entre
1 2 3 4 5 ESPÉCIES
os seres vivos, isto é, nas relações de parentesco
evolutivo, e reconhece, para a classificação taxo-
A B nômica dos seres vivos, apenas grupos monofi-
léticos (grupo que inclui o ancestral comum e to-
Com base no parentesco das espécies, o cladogra- dos seus descendentes). Woese e colaboradores
ma da alternativa A é o que representa corretamente demonstraram, em 1990, que os procariontes do
as relações filogenéticas. Na figura, (A) representa reino Monera (classificação de Whittaker, 1970)
o ancestral hipotético da família A que deu origem não formavam um grupo coeso do ponto de vis-
aos gêneros das espécies 1 e 2; (B) representa o ta evolutivo, ou seja, não formavam um grupo
ancestral hipotético da família B que gerou o gênero monofilético.
da espécie 3 e o gênero das espécies 4 e 5.
Competência: Compreender interações entre
16. A organismos e ambiente, em particular aquelas
relacionadas à saúde humana, relacionando co-
Araucaria angustifolia, também conhecida como nhecimentos científicos, aspectos culturais e
pinheiro-do-paraná ou pinheiro-brasileiro, é uma características individuais.
espécie de gimnosperma lenhosa, vascular e dioi-
ca (ou seja, os sexos são separados – estróbilos Habilidade: Compreender o papel da evolução
masculinos e estróbilos femininos em indivíduos na produção de padrões, processos biológicos
diferentes). ou na organização taxonômica dos seres vivos.
III. A maioria das gimnospermas tem estruturas Competência: Compreender interações entre
reprodutoras chamadas estróbilos. organismos e ambiente, em particular aquelas
IV. O grão de pólen origina os gametas mascu- relacionadas à saúde humana, relacionando co-
linos (núcleos gaméticos ou espermáticos) das nhecimentos científicos, aspectos culturais e
espermatófitas. características individuais.
plantas mais antigas do grupo das angiospermas, (08) Incorreta. Nas angiospermas, o esporófito é a
informalmente chamadas de angiospermas basais planta propriamente dita, ou seja, a fase duradou-
(cerca de 100 espécies); o grupo das magnolídeas, ra. Assim, as angiospermas monocotiledôneas
que inclui as magnólias e o louro (cerca de 8 000 es- apresentam esporófito duradouro e, em seu ciclo
pécies); e dois grandes grupos: as monocotiledôneas reprodutivo, ocorre a dupla fecundação, assim
e as eudicotiledôneas. As monocotiledôenas podem como em todas as angiospermas.
ser distinguidas por terem um cotilédone, raízes em
cabeleira ou fasciculadas, folhas paralelinérveas e flo- 10. a) 01 + 04 + 16 = 21
res trímeras. São cerca de 70 000 espécies e incluem b) (02) Incorreta. O endosperma da semente tem a
as gramíneas (arroz, milho e trigo). Já as eudicoti- função de fornecer nutrientes para o embrião em ger-
ledôneas podem ser distinguidas por apresentarem minação. Somente depois de formar as primeiras fo-
dois cotilédones, raiz axial ou pivotante, folhas reti- lhas é que o processo fotossintético pode ser iniciado.
culinérveas e flores pentâmeras (ou tetrâmeras). São
cerca de 140 000 espécies e incluem os grupos das (08) Incorreta. As angiospermas são classificadas
asteráceas (margaridas e girassóis) e leguminosas em monocotiledôneas (quando o embrião apresenta,
(feijão, ervilha, jatobá e pau-brasil). entre outras características, somente um cotilédone,
raízes fasciculadas e folhas paralelinérveas) e eudi-
cotiledôneas (quando tem, entre outras característi-
Para ir além
cas, dois cotilédones, raiz axial e folhas reticuladas).
Roteiro básico e interativo do Jardim Botânico do
Existem ainda o grupo das angiospermas basais e
Rio de Janeiro que apresenta os nomes científico e
o grupo das magnolídeas (magnólias e louros). O
popular das espécies de plantas existentes no local.
cotilédone é uma folha modificada do embrião cuja
Disponível em:
função é absorver os nutrientes do endosperma e
<https://aplicacoes.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/conhecendo_ transferi-los para o embrião em desenvolvimento.
nosso_jardim_3.pdf>
Acesso em: out. 2018. 11. D
Texto sobre a importância dos polinizadores para a A família das gramíneas pertence ao grupo das
produção de alimentos. Disponível em: angiospermas monocotiledôneas, cujas espécies
se caracterizam pela presença de um cotilédone,
<http://agencia.fapesp.br/servicos-de-polinizacao-
raízes fasciculadas (sem uma raiz central ou princi-
representam-10-do-valor-da-producao-agricola-
pal), nervuras das folhas paralelas e flores trímeras.
mundial/18807/>
Acesso em: out. 2018. 12. D
Exercícios propostos Flores cuja polinização é do tipo anemófila, isto
é, realizada pelo vento, geralmente são despro-
7. 08
vidas de pétalas coloridas, não têm nectários e
As angiospermas eudicotiledôneas apresentam produzem grande quantidade de grãos de pólen,
sementes com dois cotilédones e folhas com os quais são pequenos e leves.
nervação reticulada. Alface, café e feijão são eudi-
cotiledôneas. O milho e o arroz são monocotiledô- 13. B
neas e têm sementes com um cotilédone e folhas A batata-inglesa é um caule subterrâneo do tipo
com nervuras paralelas. Na questão são citadas tubérculo. O grão do milho é um fruto de uma
cinco espécies, pertencentes a cinco gêneros. planta monocotiledônea. O pinhão é a semente
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IX
cundação, na qual um gameta masculino (núcleo por meio de especiação alopátrica). As sementes
espermático) fecunda a oosfera (gameta feminino) aladas também favorecem a dispersão, o que pode
BIOLOGIA 2A
e origina o embrião diploide (24 cromossomos, levar as sementes a grandes distâncias das plantas
no caso do arroz) e o outro núcleo espermático parentais. O mesmo ocorre com os frutos, que pos-
fecunda a célula central, que são os dois núcleos sibilitam a dispersão das espécies e o cruzamento
polares (ambos haploides). Forma-se, assim, o entre indivíduos de diferentes populações (o que
endosperma, que é um tecido triploide. aumenta a variação genética).
Material do Professor
Competência: Compreender interações entre
15. 01 + 32 = 33
organismos e ambiente, em particular aquelas
(02) Incorreta. A parte comestível da maioria dos relacionadas à saúde humana, relacionando co-
frutos é o mesocarpo. nhecimentos científicos, aspectos culturais e
(04) Incorreta. O cotilédone é uma folha especial, características individuais.
modificada, com função principal de transferir Habilidade: Compreender o papel da evolução
reservas nutritivas da semente para o embrião. na produção de padrões, processos biológicos
(08) Incorreta. Os frutos podem ser classificados ou na organização taxonômica dos seres vivos.
em partenocárpicos, pseudofrutos (simples, com-
postos ou múltiplos), frutos verdadeiros do tipo 19. E
carnoso (baga ou drupa) e frutos verdadeiros do (I) Incorreta. As angiospermas eudicotiledôneas
tipo seco (deiscentes ou indeiscentes). apresentam folhas com nervuras reticuladas, en-
(16) Incorreta. Pera e maçã são exemplos de pseu- quanto as monocotiledôneas têm nervuras paralelas.
dofrutos simples, nos quais a parte comestível Competência: Compreender interações entre
provém do receptáculo floral de uma única flor. organismos e ambiente, em particular aquelas
São exemplos de frutos carnosos: tomate, laranja, relacionadas à saúde humana, relacionando co-
mamão, melancia, ameixa, manga e pêssego. nhecimentos científicos, aspectos culturais e
características individuais.
16. E
Habilidade: Compreender o papel da evolução
As angiospermas monocotiledôneas (como trigo,
na produção de padrões, processos biológicos
milho e cevada) apresentam sementes com um co-
ou na organização taxonômica dos seres vivos.
tilédone, folhas com nervuras paralelas, flores com
peças florais organizadas em número de três ou 20. A
seus múltiplos (flores trímeras) e raízes fasciculadas.
A relação correta entre as estruturas da flor e
17. Ao longo da evolução das plantas terrestres ocorreu suas funções está na alternativa A. O gineceu é
uma redução progressiva no desenvolvimento da a estrutura reprodutora feminina da flor, formado
fase do gametófito (fase dominante no ciclo de vida por um ou mais carpelos, o estigma e o estilete.
das briófitas) e um aumento do desenvolvimento e As pétalas, em conjunto, compõem a corola, im-
da duração da fase de vida do esporófito (diploide), portante na atração de agentes polinizadores. O
que é a planta propriamente dita dos grupos das ovário é a estrutura que contém o óvulo e que, se
pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. ocorrer a fecundação, se desenvolve e origina o
fruto. A antera é a dilatação na ponta do filete em
18. D que são produzidos os grãos de pólen. O estame
A polinização cruzada, favorecida pelo surgimento é formado pelo filete e pela antera. O conjunto
do grão de pólen e do tubo polínico, é uma fonte destes compõe o androceu.
importante de variabilidade genética. O surgimento Competência: Compreender interações entre
dos frutos, que propicia a dispersão de embriões organismos e ambiente, em particular aquelas
para distâncias maiores em relação às plantas relacionadas à saúde humana, relacionando co-
parentais, contribui para a dispersão das espécies nhecimentos científicos, aspectos culturais e
e o cruzamento entre indivíduos de diferentes po- características individuais.
pulações (o que aumenta a variação genética). Isso
pode inclusive levar ao isolamento geográfico de Habilidade: Compreender o papel da evolução
parte da população, sendo esse o principal mecanis- na produção de padrões, processos biológicos
13 HISTOLOGIA VEGETAL
BIOLOGIA 2B
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XI
BIOLOGIA 2B
tecidos de sustentação, preenchimento, revesti-
mento e de condução. Os estômatos proporcionam Tecidos
a absorção de CO 2 para a realização da fotossín- 1. Parênquima
tese e a liberação de O 2. 2. Meristemas primários
3. Colênquima
13. B 4. Esclerênquima
Material do Professor
As raízes das plantas não estão relacionadas à
reprodução sexuada. As raízes são responsá- O parênquima é um tecido vivo, realiza fotossín-
veis pela fixação das plantas ao substrato e pela tese e é responsável principalmente pelo preen-
absorção de água e sais minerais, que ocorre chimento dos espaços internos. As primeiras cé-
principalmente através dos pelos absorventes lulas embrionárias da planta são os meristemas
presentes na zona pilífera da raiz. primários, células com grande capacidade de
divisão celular. O colênquima é um dos tecidos
14. a) 02 + 04 + 16 = 22 de sustentação da planta, juntamente com os
b) (01) Incorreta. Os primeiros tecidos a passa- vasos lenhosos e o esclerênquima. Apresentam
rem pelo processo de diferenciação celular são reforços de celulose e apresentam sustentação
os meristemas primários, também chamados principalmente dos tecidos das plantas jovens.
de meristemas apicais, por estarem localizados Os esclerênquimas são tecidos de sustentação
nas extremidades de caules e raízes. Os tecidos também, mas são constituídos de células mor-
meristemáticos primários são: protoderme, pro- tas em virtude da deposição de lignina, e estão
câmbio, meristema fundamental e caliptrogênio. presentes nas partes mais velhas das plantas.
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XII
mente é constituído por células com parede ce- é o tecido suberoso (impregnado por suberina) de
lular mais espessa (xilema estival) e menores. As
revestimento caulinar formado por células mor-
diferenças histológicas entre as células do xilema
tas; e o látex da coroa-de-cristo é produzido por
formadas nas diferentes estações de crescimento
um tecido secretor.
permitem identificar os anéis de crescimento em
caules e raízes cortados transversalmente.
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
Competência de área: Apropriar-se de conheci- Biologia para, em situações-problema, interpre-
mentos da Biologia para, em situações-problema, tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien- -tecnológicas.
tífico-tecnológicas.
Habilidade: Associar características adaptativas
Habilidade: Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com
dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes am-
seus limites de distribuição em diferentes am- bientes, em especial em ambientes brasileiros.
14 ORGANOLOGIA VEGETAL
BIOLOGIA 2B
Comentários sobre o módulo assexuadamente a partir dos nós de cada esto-
A raiz é organizada em colo, zona de ramificação, zona lão, que originam plantas-filhas. São exemplos o
pilífera, zona lisa e coifa. Tem funções de absorção, fixa- morangueiro e a melancia.
ção da planta, condução de seiva, armazenamento de nu-
trientes; classificadas em aérea, subterrânea e aquática. 9. 02 + 04 + 08 = 14
Material do Professor
O caule é organizado em nó, entrenó e gema ou (01) Incorreta. A cebola é um caule modificado
broto; possui as funções de condução de seiva, sus- subterrâneo do tipo bulbo. O gengibre é um caule
tentação de folhas, flores, frutos e armazenamento de subterrâneo do tipo rizoma.
nutrientes e água. É classificado igual à raiz.
As folhas são organizadas em limbo, pecíolo, estípu- (16) Incorreta. A cana-de-açúcar apresenta caule
la e bainha. Têm as funções de fotossíntese, respiração, do tipo colmo, com nós e entrenós bem visíveis.
transpiração e gutação.
10.
Para ir além Coluna A
Confira matéria da British Broadcasting Corporation 1. Raiz do tipo cintura encontrada em plantas epífitas
(BBC) sobre por que apenas 0,06% das espécies de como bromélias e orquídeas.
plantas comestíveis são efetivamente consumidas. 2. Raiz comum em plantas aquáticas, como a do aguapé.
Disponível em: 3. Caule aéreo do tipo haste; encontrado em
<https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150811_ eudicotiledôneas herbáceas como couve, feijoeiro,
plantas_consumo_fn> tomateiro e rosa.
4. Brácteas, que são folhas modificadas, geralmente
Acesso em: out. 2018.
coloridas, atraindo agentes polinizadores. Exemplos:
Confira matéria da Agência Fapesp sobre estudos antúrio e bico-de-papagaio.
recentes que sugerem que a mandioca consumida atual-
mente foi domesticada há cerca de 9 mil, em uma região 11. B
onde hoje é o estado de Rondônia. Disponível em: As raízes respiratórias, ou pneumatóforos, são
<http://agencia.fapesp.br/forma-mais-popular-da-mandioca-e-
raízes aéreas adaptadas à realização das trocas
consumida-ha-9-mil-anos/27608/>
gasosas, as quais ocorrem através de poros de-
nominados pneumatódios. São raízes comuns em
Acesso em: out. 2018. plantas de mangue.
Confira matéria da British Broadcasting Corporation 12. E
(BBC) sobre os perigos de certas plantas ornamentais
Antófilos são folhas modificadas que ocorrem nas
que possuem toxinas que podem ser letais para ani-
flores (exemplo, quaresmeira). A estípula é uma folha
mais de estimação. Disponível em:
modificada (um tipo de apêndice) que ocorre na base
<https://www.bbc.com/portuguese/geral-42654098> de algumas folhas. O cotilédone é uma folha em-
Acesso em: out. 2018. brionária presente nas sementes das angiospermas
que armazena as reservas nutritivas da semente,
transferindo-as para a planta em desenvolvimento.
Exercícios propostos
7. D 13. D
A cenoura é uma raiz subterrânea do tipo tube- O xilopódio é um caule subterrâneo do tipo tube-
rosa, que armazena reservas nutritivas. O cacto roso, capaz de armazenar água e substâncias de
é um caule aéreo do tipo cladódio, com função reserva. O xilopódio é encontrado tipicamente em
fotossintetizante e/ou de reserva de água. Suas plantas que habitam as regiões áridas e quentes
folhas são modificadas em espinhos, reduzindo como o bioma da Caatinga; também são encon-
a perda de água pela transpiração. tradas em plantas do Cerrado.
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XIV
ativo de seiva bruta. São formados pela bainha Estudo para o Enem
BIOLOGIA 2B
BIOLOGIA 2B
Comentários sobre o módulo cipal mecanismo de eliminação de água pelas
Os diferentes mecanismos responsáveis pelo plantas, representando cerca de 90% da água
transporte de substâncias por distâncias curtas (po- perdida pela planta.
tencial hídrico) ou longas (fluxo de massa) nas plantas
é o tema central deste módulo. Também são temas: 10. A espécie B foi mantida no ambiente quente e úmi-
Material do Professor
a permeabilidade seletiva da membrana plasmática, do. Isso é evidenciado pela porcentagem de aber-
que controla o movimento de substâncias para dentro tura máxima dos estômatos mostrada no gráfico,
e para fora das células; os mecanismos de transporte que é maior em uma planta mantida sob condições
ativo e passivo; os dois compartimentos principais: o em que não há restrição hídrica.
apoplasto (externo às membranas plasmáticas das cé-
11. A
lulas) e o simplasto (o citosol e os plasmodesmos); os
processos fisiológicos que permitem a sobrevivência Muitas plantas que vivem em ambientes terres-
e a adaptação das plantas aos diferentes ambientes e tres áridos e submetidas a altas intensidades
a manutenção do equilíbrio interno. luminosas e temperaturas apresentam diversas
adaptações a essas condições ambientais, por
exemplo: folhas pequenas e número reduzido de
Para ir além
folhas; estômatos concentrados na epiderme da
Texto sobre a relação entre a vegetação e a quali-
face inferior das folhas; grande quantidade de
dade da água. Disponível em:
tricomas claros (refletem a luz solar); cutícula im-
<http://agencia.fapesp.br/desmatamento-eleva-em-100- permeável e epiderme pluriestratificada (evitam
vezes-o-custo-do-tratamento-da-agua/19036/>. a desidratação); e parênquima aquífero (permite
Acesso em: out. 2018. o armazenamento de água).
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XVI
têm crescimento secundário). O xilema é mais seus limites de distribuição em diferentes am-
BIOLOGIA 2B
interno e não é atingido pela prática. No entanto, bientes, em especial em ambientes brasileiros.
as raízes e as demais partes da planta abaixo do
corte deixam de receber a seiva orgânica (seiva 19. E
elaborada), o que levará à morte da planta em A absorção de água do solo é realizada principalmen-
virtude da falta de nutrição de suas raízes. te pela zona pilífera da raiz, região que contém os pe-
los absorventes, estruturas que absorvem a água do
16. E
Material do Professor
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XVII
16 HORMÔNIOS VEGETAIS
BIOLOGIA 2B
Comentários sobre o módulo 8. C
Neste módulo foram abordados os conteúdos sobre O fotoperiodismo é a resposta das plantas a mu-
hormônios vegetais, que controlam e regulam vários danças sazonais no comprimento relativo do fo-
processos do metabolismo, agindo especificamente toperíodo (razão entre a duração do período claro
sobre células ou órgãos-alvos, bem como a natureza e do período escuro), o que promove mudanças
Material do Professor
química bem diversificada e de efeitos variados, de como a queda de folhas no outono e a floração
acordo com o local de ação e com a sua concentração. em plantas que são afetadas pelo fotoperíodo
Além disso, foram discutidas em que situações tais (plantas de dias curtos e plantas de dias longos).
processos ocorrem e como são realizados pelas plan-
tas. É importante que o professor explique detalhada- 9. B
mente cada etapa, por ser considerado um tema difícil. O enrolamento de gavinhas em um suporte carac-
Foi também trabalhado em detalhes o movimento das teriza o movimento denominado tigmotropismo,
plantas em resposta à ação de hormônios ou de fatores que é o crescimento helicoidal do órgão vegetal
ambientais, como substâncias químicas, luz solar ou em resposta ao estímulo mecânico (contato com
choques mecânicos. um suporte vertical, por exemplo).
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XVIII
crescimento das gemas laterais (dominância api- resulta na curvatura do caule em direção à luz.
cal). Quando as gemas apicais são retiradas, o
crescimento das gemas laterais é estimulado por Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
meio da produção de auxina e citocinina pelas biologia para, em situações-problema, interpre-
gemas laterais. Desse modo, os ramos laterais tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
se desenvolvem em virtude da ação desses dois -tecnológicas.
hormônios.
Habilidade: Associar características adaptativas
15. 01 + 16 = 17 dos organismos com seu modo de vida ou com
(02) Incorreta. O fotoperíodo das plantas é de- seus limites de distribuição em diferentes am-
pendente do pigmento foliar fitocromo. bientes, em especial em ambientes brasileiros.
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I
MATERIAL DO PROFESSOR
Material do Professor
RESPOSTAS E COMENTÁRIOS
BIOLOGIA 3
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II
9 TECIDO MUSCULAR
BIOLOGIA 3A
13. C
Exercícios propostos
As fibras musculares predominantes nas pernas dos
7. A atletas maratonistas são as do tipo I (vermelhas).
O tecido muscular estriado esquelético é forma- Essas fibras apresentam contração lenta, rítmica
do por feixes de fibras cilíndricas muito longas e e sustentável, por apresentarem alta irrigação
multinucleadas. sanguínea, ótima oxigenação e produzirem ATP
por meio da respiração celular aeróbica.
8. D
As fibras musculares cardíacas apresentam in- 14. a) Os tendões são os elementos que unem os
tenso consumo de oxigênio recebido pelo teci- músculos aos ossos. São constituídos por tecido
-do conectivo. conectivo denso e modulado.
b) O tecido muscular estriado esquelético apre-
9. A senta contração rápida e voluntária, coordenada
O maratonista apresenta maior número de fibras pelo sistema nervoso central.
do tipo I ou ST, porque as fibras musculares são
menores, contêm muitos sarcossomas para a oxi- 15. 01 + 08 + 16 = 25
dação da glicose em presença de oxigênio, com 02) Incorreta. A velocidade máxima do guepardo
concentrações maiores de mioglobina e uma irri- é maior que a velocidade do avestruz.
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III
nervoso por meio de impulsos conduzidos por nhecimentos científicos, aspectos culturais e
características individuais.
BIOLOGIA 3A
nervos motores.
Material do Professor
19. B
Os tendões são formados por tecido conectivo
denso modelado, e não por tecido conectivo frou- O gráfico B está de acordo com as informações
xo; na contração muscular, os filamentos delga- proposta no enunciado da questão.
dos de actina sobrepõem-se aos filamentos es-
pessos de miosina, e não o inverso; a contração Competência: Entender métodos e procedimen-
muscular estriada esquelética é dependente de tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
íons cálcio, e não sódio; o músculo estriado es- diferentes contextos.
quelético é formado por tecido muscular estriado
Habilidade: Relacionar informações apresenta-
esquelético, revestido por aponeuroses, tecidos
das em diferentes formas de linguagem e repre-
conectivo fibrosos ricos em colágeno, além de
sentação usadas nas ciências físicas, químicas
apresentar intensa vascularização e inervação.
ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
tabelas, relações matemáticas ou linguagem
Estudo para o Enem simbólica.
18. B
20. C
A toxina botulínica, além de causar botulismo, é uti- A musculação é a atividade física mais indica-
lizada em tratamentos estéticos (conhecidos como da para pessoas com sarcopenia, pois acelera o
Botox®), ou no tratamento de problemas como o crescimento e a resistência muscular.
blefaroespasmo. O mecanismo de ação da toxina
impede a passagem de neurotransmissores mus- Competência: Compreender interações entre
culares na placa motora, causando uma paralisia organismos e ambiente, em particular aquelas
muscular. Nos tratamentos estéticos, a muscula- relacionadas à saúde humana, relacionando co-
tura rígida mantém a pele firme, reduzindo marcas nhecimentos científicos, aspectos culturais e
de expressão típicas de envelhecimento, e no tra- características individuais.
tamento de espasmos de contrações involuntárias.
Habilidade: Identificar padrões em fenômenos e
Competência: Compreender interações entre processos vitais dos organismos, como manuten-
organismos e ambiente, em particular aquelas ção do equilíbrio interno, defesa, relações com o
relacionadas à saúde humana, relacionando co- ambiente, sexualidade, entre outros.
Comentários sobre o módulo 11. a) Nos músculos do velocista, haverá maior quanti-
O estudo do tecido muscular iniciado no módulo dade de fibras do tipo II; nos do maratonista, fibras
anterior é aprofundado neste módulo, em que são do tipo I.
apresentados a organização da fibra muscular e o b) O maior número de sarcossomas deverá ser
processo de contração muscular. Para a melhor com- encontrado nas fibras tipo I, já que estas obtêm
Material do Professor
preensão dos alunos, indicamos abordar os tipos de a maior parte de sua energia por meio da respira-
fibra muscular encontrados na carne de frango, tor- ção aeróbia – processo que depende de enzimas
nando mais fácil visualizar as fibras brancas e verme- oxidativas em altas concentrações.
lhas, assunto cobrado com frequência nos exames de
vestibular mais recentes. 12. C
O ácido lático é tóxico para as fibras musculares,
não sendo convertido em aminoácidos.
Para ir além
Confira a reportagem da British Broadcasting Cor- 13. D
poration (BBC) sobre como o remédio contra fadiga O miômero é a unidade contrátil de um músculo
muscular pode ajudar cardíacos. Disponível em: esquelético. Cada um deles é feito de filamentos
<https://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/ sobrepostos de actina e miosina. Com a contração
story/2008/02/080212_exerciciofadigadrogas_ba.shtml>. dos músculos, os miômeros se encurtam. A con-
tração de uma fibra esquelética é desencadeada
Acesso em: out. 2018.
pela terminação nervosa de cada fibra muscular. O
Conheça o tratamento de distrofi as musculares estímulo nervoso propaga-se para o interior da fibra
com células-tronco. Disponível em: muscular. O estímulo nervoso propaga-se para o in-
terior da fibra muscular estriada através dos tubos
<http://tudosobrecelulastronco.com.br/tudo-sobre-celulas-
T e atinge o retículo sarcoplasmático, provocando a
tronco-e-distrofia-muscular/>.
liberação de íons de cálcio armazenados no interior
Acesso em: out. 2018. de suas bolsas. Os íons de cálcio espalham-se pelo
sarcoplasma e entram em contato direto com as
Exercícios propostos miofibrilas, provocando sua contração. Na presença
de íons de cálcio, moléculas de ATP, geradas pelos
7. 01 + 08 + 16 = 25 sarcossomas, reagem com as “cabeças” das molé-
Durante o repouso muscular, a concentração dos culas de miosina, transferindo-lhes sua energia. Com
íons de Ca 2+ no interior do retículo sarcoplasmá- isso, as extremidades dilatadas de miosina ligam-se
tico é maior que a concentração no sarcoplas- às moléculas de actina adjacentes e dobram-se com
mático. força e rapidez, deslocando os filamentos de actina
em direção ao centro do miômero.
8. 01 + 02 + 08 + 16 = 27
14. C
A alternativa 04 está incorreta porque o lactato
O maratonista e o nadador são os atletas olímpi-
não é filtrado nos rins, mas sim convertido em
cos que apresentam maior número de fibras len-
piruvato nas células hepáticas.
tas, já que os grupos musculares desenvolvidos
9. a) O neurotransmissor acetilcolina produz a redu- por estas atividades físicas são formados, em sua
ção da frequência e da potência das contrações maior parte, por este tipo de fibra.
das fibras musculares estriadas cardíacas, fenô-
15. E
meno denominado bradicardia.
Apesar de a alternativa V indicar de fato um miô-
b) O neurotransmissor noradrenalina causa o
mero, esta unidade é contrátil.
aumento da frequência e da potência das con-
trações das fibras musculares cardíacas. Isto é, 16. B
provoca a taquicardia.
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V
BIOLOGIA 3A
A principal causa da fadiga muscular, resultante X, se um deles tiver o gene defeituoso, o outro
de um esforço muscular intenso, é o acúmulo de garantirá o bom funcionamento dos músculos.
ácido lático, produzido durante a respiração celu- Assim, a mulher pode ser portadora do gene da
lar anaeróbia dos miócitos estriados esqueléticos. DMD e não ter a doença. Portanto, a DMD afeta
Para a regulação térmica do corpo, as células das apenas o sexo masculino, porque nesses indiví-
glândulas sudoríparas secretam água e íons para duos só há um cromossomo X.
Material do Professor
o ducto glandular e dele para a superfície da pele.
O transporte é passivo e ocorre por toda a área Competência: Compreender interações entre
das membranas das células glandulares. organismos e ambiente, em particular aquelas
relacionadas à saúde humana, relacionando co-
18. C nhecimentos científicos, aspectos culturais e
As placas motoras, também chamadas de junções características individuais.
mioneurais, são junções entre as terminações
nervosas e as fibras musculares; a contração é Habilidade: Reconhecer mecanismos de trans-
um processo ativo, dependente dos íons de cálcio missão da vida, prevendo ou explicando a mani-
e do sistema nervoso. festação de características dos seres vivos.
11 TECIDO NERVOSO
BIOLOGIA 3A
motora em células efetoras. A maioria dos neurônicos ceptores para o sistema nervoso central são de-
tem dendritos muito ramificados, que recebem sinais nominados sensitivos. Os nervos óticos e acús-
de outros neurônios. Geralmente eles apresentam um ticos são exemplos.
único axônio, que transmite sinais para outras células
durante a sinapse. 12. A
O ato reflexo executado pela garota envolveu a
Para ir além atividade de neurônios sensoriais, interneurônios
Com o texto “Mistérios da mente”, da revista Carta da medula espinhal e neurônios motores respon-
Educação, é possível entender melhor a história das sáveis pela retirada do braço após a picada em
sinapses e aumentar os conhecimentos e curiosidades um acúleo da roseira.
sobre o cérebro humano. Disponível em:
13. C
<http://www.cartaeducacao.com.br/disciplinas/
O curare é um veneno que provoca flacidez mus-
os-misterios-da-mente/>
cular por impedir a ação do neurotransmissor ace-
Acesso em: out. 2018. tilcolina na junção neuromuscular (placa motora). A
Exercícios propostos interrupção da sinalização mediada pela acetilcolina
torna a musculatura incapaz de sofrer contrações.
7. F – F – V – V – F
“Os neurotransmissores são mensageiros quími- 14. a) X corresponde ao período em que o neurônio
cos lançados na circulação sanguínea para trans- está em repouso. Y é a fase de despolarização,
mitir informações a outras células.” Está errada, gerando o potencial de ação do impulso nervoso.
pois os neurotransmissores são lançados nas W é o período de repolarização da membrana e Z
sinapses, e não na circulação sanguínea. corresponde à ação das bombas de sódio.
b) A desmielinização dos axônios dos neurônios
“A mielina é uma característica essencial para o pode ocasionar a interrupção da passagem dos
funcionamento de todos os neurônios.” Está erra- impulsos nervosos ou a redução significativa da
da, pois há neurônios que funcionam sem mielina. velocidade de propagação do potencial de ação.
“Apresentar microvilosidades é uma característi- 15. E
ca das células do sistema nervoso.” Está errada,
Os impulsos nervosos sempre se propagam em
pois é uma característica do epitélio de revesti-
todos os tipos de neurônio no sentido dendrito-
mento do intestino.
-corpo celular–axônio.
8. C
16. B
O influxo de íons de sódio para o interior da célula
Os pesticidas interferem na sinalização nervosa
provoca a despolarização da membrana plasmáti-
eferente, isto é, na transmissão de potenciais de
ca e, consequentemente, desencadeia o impulso
ação originados no sistema nervoso central (SNC)
nervoso em um neurônio.
em direção aos órgãos viscerais e motores.
9. D
17. B
O axônio é o prolongamento do corpo celular do
III incorreta: a comunicação entre os neurônios
neurônio responsável pela condução do impulso
ocorre através de sinapses, e a passagem do im-
nervoso para outros neurônios e para os órgãos
pulso nervoso se dá por meio de neurotransmis-
do corpo. Os corpos celulares dos neurônios
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VII
BIOLOGIA 3A
processos vitais dos organismos, como manuten-
axônios. Já o fio encapado representa os axônios ção do equilíbrio interno, defesa, relações com o
mielinizados, isolados por uma camada gordurosa ambiente, sexualidade, entre outros.
chamada bainha de mielina, e a lâmpada acendendo
representa a resposta ao estímulo inicial. 20. A
Competência: Compreender interações entre Os nódulos de Ranvier são as partes sem mielina
Material do Professor
organismos e ambiente, em particular aquelas dos axônios, que fazem que seja possível a con-
relacionadas à saúde humana, relacionando co- dução saltatória do impulso nervoso e, com isso,
nhecimentos científicos, aspectos culturais e maior rapidez na condução, portanto a cultura
características individuais. A é a mais rápida. Em segundo lugar no quesi-
to rapidez está a cultura D, pela quantidade de
Habilidade: Identificar padrões em fenômenos e
processos vitais dos organismos, como manuten- mielinização e nódulos, mas principalmente pela
ção do equilíbrio interno, defesa, relações com o maior quantidade de energia disponível para o
ambiente, sexualidade, entre outros. processo. Em terceiro lugar está a cultura C, que,
mesmo tendo a presença de mielina e dos nódu-
19. E los, apresenta pouca energia disponível. E, em
O estímulo de um neurônio obedece à lei do tudo último lugar, há a cultura B, que não apresenta
ou nada. Isso significa que, ou o estímulo é sufi- nem mielina, nem nódulos.
ciente para excitar o neurônio, desencadeando o
potencial de ação, ou nada acontece. Não existe Competência: Compreender interações entre
potencial de ação mais forte ou mais fraco, é organismos e ambiente, em particular aquelas
sempre igual, independentemente do estímulo. relacionadas à saúde humana, relacionando co-
O menor estímulo capaz de gerar o potencial de nhecimentos científicos, aspectos culturais e
ação é chamado de limiar de excitação.
características individuais.
Competência: Compreender interações entre
organismos e ambiente, em particular aquelas Habilidade: Identificar padrões em fenômenos e
relacionadas à saúde humana, relacionando co- processos vitais dos organismos, como manuten-
nhecimentos científicos, aspectos culturais e ção do equilíbrio interno, defesa, relações com o
características individuais. ambiente, sexualidade, entre outros.
12 SISTEMA NERVOSO
BIOLOGIA 3A
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IX
orelha interna, entre outros. O hipotálamo é o órgão as dores de cabeça provoca vasoconstrição dos
responsável pela regulação da temperatura corpo- vasos cerebrais, diminuindo os sintomas desse
BIOLOGIA 3A
ral, integrando impulsos térmicos dos tecidos. tipo de algesia (dor).
b) O CO 2 no sangue é importante para regular o
Competência: Compreender interações entre
equilíbrio ácido-base do sangue. Quando há ex-
organismos e ambiente, em particular aquelas
cesso de gás carbônico, o sangue fica ácido pelo
relacionadas à saúde humana, relacionando co-
aumento de H +, que ativa quimiorreceptores do
nhecimentos científicos, aspectos culturais e
Material do Professor
bulbo. Assim, aumenta a amplitude e os movi-
características individuais.
mentos respiratórios, eliminando maior quantida-
de de CO 2 e equilibrando o pH sanguíneo.
Habilidade: Reconhecer mecanismos de trans-
missão da vida, prevendo ou explicando a mani-
Estudo para o Enem festação de características dos seres vivos.
18. E 20. E
A diferenciação das células-tronco em neurônios Os receptores sensoriais presentes nas mãos
é estimulada em um meio de cultura que imita o do homem captam o estímulo e o convertem em
cérebro, além de conter vitaminas e sais minerais. impulso nervoso; o impulso segue pelo neurônio
sensorial até a substância cinzenta da medula
Competência: Entender métodos e procedimen- espinal, na qual ocorrem sinapses com neurônios
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em associativos e, em seguida, com os motores; os
diferentes contextos. neurônios motores levam o impulso nervoso ao
órgão efetor, neste caso, a musculatura flexora
Habilidade: Relacionar informações apresenta- do antebraço.
das em diferentes formas de linguagem e repre-
sentação usadas nas ciências físicas, químicas Competência: Compreender interações entre
ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, organismos e ambiente, em particular aquelas
tabelas, relações matemáticas ou linguagem relacionadas à saúde humana, relacionando co-
simbólica. nhecimentos científicos, aspectos culturais e
características individuais.
19. A
A dor de cabeça é uma condição associada à di- Habilidade: Reconhecer mecanismos de trans-
latação dos vasos sanguíneos cerebrais. A cafeí- missão da vida, prevendo ou explicando a mani-
na presente nos medicamentos que combatem festação de características dos seres vivos.
Comentários sobre o módulo 10. a) Os raios luminosos emitidos por um corpo atra-
Com base em estudos equivocados do século XIX, vessam, sucessivamente, a córnea, at pupila da
acreditava-se que cada gosto era sentido por uma re- íris, a lente do olho (cristalino) e o humor vítreo;
gião específica da língua. O fato ainda é pauta de pes- eles formam uma imagem invertida na retina. A luz
quisas e é recorrente em questões de vestibulares, estimula a formação de impulsos nervosos, que são
Material do Professor
por isso é importante destacar que qualquer região enviados para a área visual do cérebro, local onde
da língua humana apresenta papilas gustatórias que serão interpretados como imagens.
detectam todos os 5 tipos diferentes de gosto. O me- b) Os abalos na cabeça e a enxaqueca com aura
canismo básico da audição e como a orelha interna causam distúrbios visuais por alterarem a trans-
interfere no equilíbrio, além de como são formadas as missão e a interpretação dos estímulos nervosos
imagens no olho humano, também têm sido temas que chegam à área visual do cérebro.
recorrentes nos vestibulares.
11. B
Para ir além A cóclea é o componente da orelha interna re-
Como problemas de visão são diagnosticados em lacionado à audição. Trata-se de uma estrutura
bebês. Disponível em: enrolada helicoidalmente. A cóclea capta os sons
<https://super.abril.com.br/blog/oraculo/como-problemas-de- que se propagam por seu interior e os transforma
visao-sao-diagnosticados-em-bebes/>. em impulsos nervosos a ser conduzidos até a
Acesso em: out. 2018. área encefálica, onde os sons são interpretados.
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XI
rio usar lentes divergentes. O olho do jovem J2 ção do equilíbrio interno, defesa, relações com o
forma imagem depois da retina, uma vez que o ambiente, sexualidade, entre outros.
BIOLOGIA 3B
formato do globo ocular é mais curto, caracterís-
tico da visão hipermetrope. Assim, é preciso usar 19. B
lentes convergentes. Além disso, as células da A estrutura do olho análoga à imagem invertida
retina que correspondem ao estímulo luminoso utilizada na figura é a retina. Quando a imagem
são os bastonetes. é formada na retina, ela é reduzida e invertida.
Material do Professor
Ao chegar ao córtex cerebral, ela é processada.
15. E
As propriedades organolépticas da matéria são Competência: Entender métodos e procedimen-
aquelas que podem ser percebidas por, pelo me- tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
nos, um dos cinco sentidos. diferentes contextos.
os vestibulares em virtude de sua recorrência nos últi- vez que, durante sua atuação, suas células têm
mos exames, pois envolve anatomia, enfermidades e os protoplasmas preservados.
principais funções da pele humana. É importante que
o professor aborde com cautela, sem qualquer tipo de 12. E
julgamento ou preconceito, temas contemporâneos A epiderme dos mamíferos é formada pelo tecido
como tatuagem, uso de protetor solar e procedimentos epitelial multiestratificado pavimentoso queratini-
usuais contra o envelhecimento. zado. A camada córnea formada de queratinócitos
mortos protege o organismo contra elementos
Para ir além físicos, químicos e biológicos do ambiente. A epi-
O texto presente no link a seguir aborda por que derme também contém os melanócitos, células
nosso corpo cria rugas conforme envelhecemos. Dis- produtoras do pigmento pardo melanina, que fun-
ponível em: ciona como um filtro solar natural, protegendo o
tegumento contra os danos causados pelo ex-
<https://www.bbc.com/portuguese/noticias/
cesso da radiação ultravioleta emanada pelo Sol.
2015/07/150712_rugas_tg>.
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XIII
17. As agulhas utilizadas em tatuagem atingem a ca- células responsáveis pela produção de melani-
mada dérmica da pele e provocam o sangramento
BIOLOGIA 3B
na. Os queratinócitos são células produtoras de
durante o procedimento. Essas agulhas podem queratina. As células produtoras de sebo são as
conter agentes contaminantes, como vírus, bac- glândulas sebáceas.
térias, protozoários e outros agentes patogênicos
causadores de doenças humanas. Competência: Compreender interações entre
organismos e ambiente, em particular aquelas
18. D
Material do Professor
relacionadas à saúde humana, relacionando co-
As glândulas sudoríferas e o suor não têm fun- nhecimentos científicos, aspectos culturais e
ção na hidratação da epiderme, na nutrição das características individuais.
células epiteliais, na eliminação de água em com-
plementação às funções dos rins, no favoreci- Habilidade: Reconhecer mecanismos de trans-
mento de acúmulo das secreções das glândulas missão da vida, prevendo ou explicando a mani-
sebáceas e no comprometimento da respiração festação de características dos seres vivos.
celular.
20. C
Competência: Entender métodos e procedimen- O suor é produzido em maior quantidade em dias
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em quentes. Quando a produção de suor é reduzida,
diferentes contextos. menos água é perdida. Consequentemente, mais
água é eliminada pela urina.
Habilidade: Relacionar informações apresenta-
das em diferentes formas de linguagem e repre- Competência: Compreender interações entre
sentação usadas nas ciências físicas, químicas organismos e ambiente, em particular aquelas
ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, relacionadas à saúde humana, relacionando co-
tabelas, relações matemáticas ou linguagem sim- nhecimentos científicos, aspectos culturais e
bólicas. características individuais.
15 SISTEMA DIGESTÓRIO
BIOLOGIA 3B
13. C
Para ir além
No texto “Cirurgia da obesidade – redução do es- O canal alimentar humano é formado, sequen-
tômago”, é possível explorar como as alterações feitas cialmente, por boca, faringe, esôfago, estômago,
por esse método atuam no sistema digestório. Dis- intestino delgado, intestino grosso e ânus.
ponível em:
14. a) O pâncreas secreta o suco digestório pancreático
<https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/cirurgia-da-
nesse órgão. O fígado produz e secreta bile no in-
obesidade-2/>.
testino delgado, a qual tem função de emulsificar as
Acesso em: nov. 2018. gorduras da dieta, o que facilita a ação das enzimas
Exercícios propostos lipases pancreáticas e entéricas.
b) As vilosidades intestinais presentes no intes-
7. C tino delgado humano aumentam a superfície de
Sem a vesícula biliar, a dieta desse indivíduo deve absorção alimentar.
se restringir ao consumo de carne, uma vez que
as proteínas desse tipo de alimento são digeridas 15. D
por enzimas no intestino delgado. A bile ajuda a No intestino delgado, o quimo sofre a ação do
emulsificar a gordura e auxilia no processo de suco pancreático (produzido no pâncreas), do
digestão de lipídios. suco entérico (fabricado no próprio intestino) e
da bile (que é produzida pelo fígado).
8. C
O órgão 3, denominado pâncreas, é uma glândula 16. D
mista (anfícrina), por apresentar funções exócrina O fígado produz a bile, secreção sem enzimas
(pois secreta o suco pancreático com muitas en- digestivas rica em sais biliares que emulsifica as
zimas no duodeno) e endócrina (porque secreta gorduras, o que facilita a quebra das gorduras.
os hormônios insulina e glucagon na corrente
sanguínea). 17. a) A bile contém sais que funcionam como um
“detergente” natural, emulsificando as gorduras.
9. D Os sais biliares quebram a tensão superficial das
Formam o sistema digestório: cavidade oral, lín- gotas de gordura e as reduzem a níveis microscó-
gua, faringe, esôfago, estômago, duodeno, intesti- picos. A bile é produzida pelo fígado e secretada
no delgado, intestino grosso, reto, ânus e glându- no duodeno.
las anexas (glândulas salivares, fígado e pâncreas). b) As células do fígado produzem e armazenam o
glicogênio após as refeições. O glicogênio hepáti-
10. a) Boca – esôfago – estômago – intestino delgado co se constitui em importante reserva energética
– intestino grosso – ânus. durante os períodos de jejum.
b) O fígado, por meio da produção da bile, promo-
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XV
BIOLOGIA 3B
missão da vida, prevendo ou explicando a mani-
relacionadas à saúde humana, relacionando co- festação de características dos seres vivos.
nhecimentos científicos, aspectos culturais e
características individuais. 20. E
A remoção cirúrgica da vesícula biliar retardará a
Habilidade: Reconhecer mecanismos de trans-
digestão de gorduras, porque no indivíduo opera-
missão da vida, prevendo ou explicando a mani-
Material do Professor
do ocorrerá uma redução na quantidade de bile a
festação de características dos seres vivos.
ser secretada no intestino. A bile contém sais e
19. E ácidos responsáveis pela emulsificação das gor-
duras, o que facilita a ação hidrolítica das enzimas
A membrana plasmática é constituída por fosfo-
lipídio, colesterol e proteínas. A parede celular, lipases pancreáticas e entéricas.
por sua vez, é composta de celulose (um tipo de
carboidrato). No tubo 1, são necessárias enzimas Competência: Compreender interações entre
do tipo L e P. No tubo 2, são necessárias as do organismos e ambiente, em particular aquelas
tipo L, P e C. relacionadas à saúde humana, relacionando co-
nhecimentos científicos, aspectos culturais e
Competência: Compreender interações entre características individuais.
organismos e ambiente, em particular aquelas
relacionadas à saúde humana, relacionando co- Habilidade: Reconhecer mecanismos de trans-
nhecimentos científicos, aspectos culturais e missão da vida, prevendo ou explicando a mani-
características individuais. festação de características dos seres vivos.
16 FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
BIOLOGIA 3B
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XVII
15. E 19. E
BIOLOGIA 3B
A bile é produzida pelo fígado, armazenada na As vitaminas A, D, E e K são lipossolúveis, isto
vesícula biliar, liberada no duodeno e contém sais é, ocorrem dissolvidas em lipídios e somente
biliares, que facilitam a digestão dos lipídios. podem ser absorvidas pela mucosa do trato di-
gestório com eles.
16. A
Em ruminantes, o processo digestório acontece Competência: Compreender interações entre
Material do Professor
em quatro câmaras, nas quais a digestão quími- organismos e ambiente, em particular aquelas
ca ocorre no omaso. A absorção dos produtos relacionadas à saúde humana, relacionando co-
dessa digestão acontece no intestino delgado, nhecimentos científicos, aspectos culturais e
que tem vilosidades que possibilitam a absorção características individuais.
dos nutrientes.
Habilidade: Identificar padrões em fenômenos e
17.a) A bile contém sais que funcionam como um “de- processos vitais dos organismos, como manuten-
tergente” natural, emulsificando as gorduras. Os sais ção do equilíbrio interno, defesa, relações com o
biliares (taurocolato e glicolato de sódio) quebram ambiente, sexualidade, entre outros.
a tensão superficial das gotas de gordura, trans-
formando-as em gotículas microscópicas. A bile é 20. D
produzida pelo fígado e secretada no duodeno. A redução na produção de insulina ou a resistên-
b) As células do fígado produzem e armazenam o cia das células à sua ação provoca a hiperglice-
glicogênio após as refeições. O glicogênio hepáti- mia, típica das doenças conhecida como diabetes
co constitui-se em importante reserva energética melitus.
durante os períodos de jejum.
Competência: Compreender interações entre
Estudo para o Enem organismos e ambiente, em particular aquelas
relacionadas à saúde humana, relacionando co-
18. B nhecimentos científicos, aspectos culturais e
A protease presente no suco gástrico acelera a características individuais.
hidrólise de proteínas em meio ácido. A hipóte-
se do pesquisador será confirmada se a enzima Habilidade: Identificar padrões em fenômenos e
digerir a carne em pH = 5. processos vitais dos organismos, como manuten-
ção do equilíbrio interno, defesa, relações com o
Competência: Compreender interações entre ambiente, sexualidade, entre outros.
organismos e ambiente, em particular aquelas
relacionadas à saúde humana, relacionando co- Exercício interdisciplinar
nhecimentos científicos, aspectos culturais e
características individuais. 21. D
O fígado é responsável por uma série de funções,
Habilidade: Identificar padrões em fenômenos e dentre elas a detoxificação de substâncias como
processos vitais dos organismos, como manuten- o álcool. Nenhum dos outros órgãos citados nas
ção do equilíbrio interno, defesa, relações com o outras opções tem suas funções relacionadas à
ambiente, sexualidade, entre outros. metabolização de substâncias tóxicas.
BIOLOGIA 3B
Material do Professor
BIOLOGIA 3B
Material do Professor