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Termoquímica; Cinética Química

APRESENTAÇÃO
Este módulo faz parte da coleção intitulada MATERIAL MODULAR, destinada às três
séries do Ensino Médio e produzida para atender às necessidades das diferentes rea-
lidades brasileiras. Por meio dessa coleção, o professor pode escolher a sequência que
melhor se encaixa à organização curricular de sua escola.

A metodologia de trabalho dos Modulares auxilia os alunos na construção de argumen-


tações; possibilita o diálogo com outras áreas do conhecimento; desenvolve as capaci-
dades de raciocínio, de resolução de problemas e de comunicação, bem como o espírito
crítico e a criatividade. Além disso, trabalha com diferentes gêneros textuais (poemas,
histórias em quadrinhos, obras de arte, gráficos, tabelas, reportagens, etc.), a fim de
dinamizar o processo educativo, assim como aborda temas contemporâneos com o ob-
jetivo de subsidiar e ampliar a compreensão dos assuntos mais debatidos na atualidade.

As atividades propostas priorizam a análise, a avaliação e o posicionamento perante


situações sistematizadas, assim como aplicam conhecimentos relativos aos conteúdos
privilegiados nas unidades de trabalho. Além disso, é apresentada uma diversidade de
questões relacionadas ao ENEM e aos vestibulares das principais universidades de cada
região brasileira.

Desejamos a você, aluno, com a utilização deste material, a aquisição de autonomia


intelectual e a você, professor, sucesso nas escolhas pedagógicas para possibilitar o
aprofundamento do conhecimento de forma prazerosa e eficaz.

Gerente Editorial
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)

B333 Batista, Fábio Roberto


Ensino médio : modular : química : termoquímica, cinética química / Fábio
Roberto Batista; ilustrações Jack Art, Marcos Gomes, RJ Lages. – Curitiba :
Positivo, 2010.
: il.

ISBN 978-85-385-6399-0 (livro do aluno)


ISBN 978-85-385-6400-3 (livro do professor)

1. Química. 2. Ensino médio – Currículos. I. Art, Jack. II. Gomes, Marcos. III. RJ
Lages . IV. Título.
CDU 373.33

© Editora Positivo Ltda., 2010


Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio, sem autorização da Editora.

DIRETOR-SUPERINTENDENTE: Ruben Formighieri


DIRETOR-GERAL: Emerson Walter dos Santos
DIRETOR EDITORIAL:Joseph Razouk Junior
GERENTE EDITORIAL:Maria Elenice Costa Dantas
GERENTE DE ARTE E ICONOGRAFIA: Cláudio Espósito Godoy
AUTORIA:Fábio Roberto Batista
ORGANIZAÇÃO Fábio Roberto Batista
EDIÇÃO DE CONTEÚDO: Gabriela Ido Sabino
EDIÇÃO:Rose Marie Wünsch
ANALISTAS DE ARTE:Giselle Alice Pupo / Tatiane Esmanhotto Kaminski
PESQUISA ICONOGRÁFICA: Ilma Elizabete Rodenbusch
EDIÇÃO DE ARTE:Angela Giseli de Souza
CARTOGRAFIA: Luciano Daniel Tulio / Thiago Souza Granado
ILUSTRAÇÃO: Jack Art / Marcos Gomes / RJ Lages
PROJETO GRÁFICO: O2 Comunicação
EDITORAÇÃO: Rosemara Aparecida Buzeti
CRÉDITO DAS IMAGENS DE ABERTURA E CAPA: © iStockphoto.com/Neustockimages; © iStockphoto.
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Regra do @QUI808
octeto
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SUMÁRIO

Unidade 1: Termoquímica

Trocas de energia em uma


reação química 6
Equação termoquímica 8
Fatores que alteram a variação de
entalpia da reação 9
Casos especiais de entalpia 13
Métodos teóricos para determinar a variação
de entalpia da reação 23

Unidade 2: Cinética Química

Teoria das colisões 35


Velocidade de uma reação química 37
Fatores que influenciam a velocidade da reação 41
1 Termoquímica

Mede o que é mensurável e torna


mensurável o que não o é.
Galileu Galilei

4 Termoquímica; Cinética Química


4 3. Termoquímica
QUÍMICA

Pólvora: fogo!
A pólvora mudou estratégias e criou a
demanda por exércitos mais organizados
[...] Desde que chegou ao Ocidente, no século XIII, ela aposentou o jeito medieval de guerrear, criou a
tática militar moderna, favoreceu a criação dos Estados Nacionais e tornou a coragem e a força qualidades
sem muita importância. Tem mais. Sem as armas de fogo carregadas com pólvora, seria muito mais difícil
para os turco-otomanos vencerem Constantinopla e espalharem-se pela Europa Oriental. E a conquista da
América pelos portugueses e espanhóis, provavelmente, não aconteceria.

© Wikipedia
Commons/Hustvedt
Descoberta por volta do século IX por alquimistas chine-
ses, a pólvora passou séculos como um material a ser evitado.
Manuais de alquimia chineses recomendavam aos iniciantes
não misturar salitre e enxofre – o lugar do experimento
poderia voar pelos ares. Só no século XII, os chineses
deram-se conta que a huo yao, “droga do fogo”, tinha
utilidades bélicas, e não eram só fogos de artifício. Em
pouco tempo, a invenção seria conhecida em outro continente. O
primeiro relato europeu sobre a pólvora é do monge franciscano
Roger Bacon, datado de 1242. Ele advertiu sobre o poder que ela
tinha a quem conhecesse “seu truque” – ou seja, a fórmula. Nos séculos
XIV e XV, os fogos de artifício eram febre em festas europeias – havia
duas escolas de arte renascentistas na Alemanha e outra na Itália que estudavam a arte da pirotecnia. “A
descoberta da pólvora não significou uma imediata invenção das armas de fogo”, afirma o historiador Hans
Delbrück, autor do livro The dawn of modern warfare (“O amanhecer da guerra moderna”, sem edição
brasileira). “Ainda demoraria para o poder de fogo da pólvora se transformar em poder de ataque.”
Até então, o barulho mais alto que as pes-

© Shutterstock/Alexander A. Kataytsev
soas ouviam era o de trovões. “A guerra era
relativamente quieta, com apenas tambores
tocando, gritos dos combatentes e batidas
das armas”, diz o historiador Jack Kelly no
livro Gunpowder: alchemy, bombards, and
pyrotechnics (“Pólvora: alquimia, bombas e
pirotecnia”). Antes da pólvora, valiam mais
a força e a destreza dos nobres guerreiros,
que treinavam a arte da cavalaria montada
durante toda a infância e, em combate, usavam
armaduras pesadas.
GUIA DO ESTUDANTE. Pólvora: fogo! Disponível em: <http://guiadoestudante.abril.com.br/guerra/polvora-fogo-434831.shtml>.
Acesso em: 25 abr. 2011.

Desde a Pré-História, é constante o interesse do ser humano em conseguir controlar a energia. Inicialmente, aprendeu
a manipular o fogo, passando a cozinhar os seus alimentos e não mais temendo o frio. Mais tarde, passou a utilizar a
energia para moldar metais e também para construir armas, mudando a história das batalhas. Em tempos modernos,
a energia ainda o fascina, seja para uso industrial, em sistemas de transporte, ou em ambiente doméstico. Percebe-se
que a dependência do ser humano pelas várias formas existentes de energia é cada vez maior. Provavelmente, não seria
uma tarefa fácil se hoje fosse necessário abdicar de algumas das facilidades que o uso da energia traz para o cotidiano.

Ensino Médio | Modular 5


Q = m ∙ c ∙ ΔT Calor espe-
Trocas de energia em Q = quantidade de calor liberado ou ab- cífico: é a
sorvido durante a realização de uma re- quantidade
uma reação química ação em um sistema fechado, à pressão de calor
fornecida a
constante. 1 g de um
O avanço conquistado sobre as diferentes formas de se m = massa de água presente no sis- material
controlar a energia advém de reações químicas. As reações tema. para elevar
c = calor específico da água (4,18 J/g ∙ °C). a sua tem-
químicas são formadas por um rearranjo de átomos em suas peratura em
diferentes ligações, cujas transformações são, geralmente, ΔT = variação da temperatura do sistema. 1°C.
acompanhadas por liberação ou absorção de energia, que
pode ocorrer na forma de eletricidade, luz ou calor. À pressão constante, a quantidade de calor (Q) é igual
A Termoquímica é o segmento da Química responsável ao valor da variação de entalpia (ΔH) do sistema. Portanto,
pelo estudo das variações da energia que acompanham as por ser uma propriedade do sistema, depende somente dos
reações químicas. O conteúdo energético envolvido em um estados inicial e final. Assim, pode-se definir a variação
processo químico é chamado de entalpia. No entanto, não de entalpia como sendo a diferença entre as energias das
se conhece nenhuma maneira de determinar a entalpia de substâncias formadas (produtos) e a energia das substâncias
uma substância. Na prática, o que se consegue é medir, consumidas (reagentes), sendo representada pela equação:
experimentalmente, a variação da entalpia (ΔH) de um
processo, com auxílio de um calorímetro. ΔHReação = HProdutos – HReagentes

Calorímetro: dispositivo no qual o fluxo de calor é Com essa equação, é possível calcular os valores de ener-
monitorado pela observação nas mudanças de tempe- gia sob a forma de calor, liberado ou absorvido. Em função
ratura do sistema. da energia envolvida, as reações podem ser classificadas
Condutores
Termômetro
em exotérmicas e endotérmicas:
elétricos
Agitador Reações
Reação EXOtérmica: ocorre com a exotérmicas
+ – liberação de calor para o sistema. @QUI175
Água Dessa forma, a entalpia dos produ-
Marcos Gomes. 2011. Digital.

tos é menor que a dos reagentes (HProdutos < HReagentes),


Recipiente que ou seja, apresenta ΔH < 0 (negativo).
contém a amostra
A representação de uma reação exotérmica pode ser
Isolante térmico
feita de várias maneiras:

Reagente(s) → produto(s) + calor


Reagente(s) – calor → produto(s)
Reagente(s) → produto(s) ΔH = –x calor

A quantidade de calor absorvida ou liberada medida pelo Graficamente, as entalpias armazenadas nas substâncias
calorímetro, simplificadamente, é a variação de energia em que reagem ou que são formadas podem ser representadas por
um processo físico ou químico. Essa quantidade é conhecida, meio de um diagrama que relaciona a posição entre as espécies
também, como calor de reação. envolvidas e a energia envolvida no processo. Para uma reação
O funcionamento do aparelho consiste no seguinte princípio: exotérmica, o diagrama geral é representado a seguir:
se a reação química libera calor para o meio, aquece a água; Entalpia (H)

se a reação química absorve calor do meio, resfria a água. Reagente(s)


O aumento ou a diminuição da temperatura do sistema HR

depende, respectivamente, da quantidade de calor liberada DH = HP – HR HP < HR DH < 0


pela reação para a água ou absorvida (retirada) por essa
Produto(s)
reação e da sua quantidade presente no calorímetro. Mate- HP

maticamente, o calor da reação pode ser calculado por meio


da seguinte expressão: Caminho da reação (tempo)

6 Termoquímica; Cinética Química


QUÍMICA

A análise do gráfico demonstra que, nesse processo, a Graficamente, o diagrama geral de uma reação endotér-
entalpia dos produtos (HProdutos) é menor que a entalpia dos mica é apresentado a seguir:
reagentes (HReagentes), isto é, ocorre liberação de energia.
Entalpia (H)
Exemplo:
Reação de combustão do CO(g): Produto(s)
HP
CO(g) + ½ O2(g) → CO2(g)
DH = HP – HR HP > HR DH > 0
Reagente(s)
H (kJ) HR

CO(g) + ½ O2(g)
–110,53 Caminho da reação (tempo)

DH < 0
A análise do gráfico demonstra que, nesse processo, a
–393,51
CO2(g)
entalpia dos produtos (HProdutos) é maior que a entalpia dos
reagentes (HReagentes), isto é, ocorre absorção de energia.

HReagentes = –110,53 kJ Exemplo:


HProdutos = –393,51 kJ Reação de decomposição do CO2(g):
ΔH = HProdutos – HReagentes
CO2(g) → CO(g) + ½ O2(g)
ΔH = –393,51 – (–110,53)
ΔH = –282,98 kJ ∴ há liberação de 282,98 kJ H (kJ)

CO(g) + ½ O2(g)
Representações: –110,53
CO(g) + ½ O2(g) → CO2(g) + 282,98 kJ
DH > 0
CO(g) + ½ O2(g) – 282,98 kJ → CO2(g)
CO(g) + ½ O2 (g) → CO2(g) ΔH = –282,98 kJ –393,51
CO2(g)

A queima completa
Thinkstock/Getty Images

de combustíveis
com carbono em sua HReagentes = –393,51 kJ
composição produz o HProdutos = –110,53 kJ
dióxido de carbono. ΔH = HProdutos – HReagentes
Mais conhecido
como gás carbônico, ΔH = –110,53 – (–393,51)
é um dos grandes
responsáveis pelo ΔH = +282,98 kJ ∴ há absorção de 282,98 kJ
efeito estufa
Representações:
CO2(g) + 282,98 kJ → CO(g) + ½ O2(g)
Reação ENDOtérmica: ocorre
com absorção de calor no sis- Reações CO2(g) → CO(g) + ½ O2(g) – 282,98 kJ
endotérmicas
tema. Dessa forma, a entalpia dos @QUI230 CO2(g) → CO(g) + ½ O2 (g) ΔH = + 282,98 kJ
produtos é maior que a dos reagen-
tes (HProdutos > HReagentes), ou seja, Os calores liberados ou absorvidos pelas reações são ex-
apresenta ΔH > 0 (positivo). pressos no Sistema Internacional de Unidades em joule (J). Em
A representação de uma reação endotérmica pode ser algumas situações, como em rótulos de alimentos, é também
feita de várias maneiras: expressa em caloria (cal). A equivalência entre a caloria e o
joule é:
Reagente(s) + calor → produto(s)
Reagente(s) → produto(s) – calor 1 cal = 4,18 J
Reagente(s) → produto(s) ΔH = +x calor
É comum expressar a quantidade de calor envolvida em
uma reação química em quilojoule (kJ) ou em quilocaloria (kcal).
Ensino Médio | Modular 7
Classifique
l f as transformações a seguir em endotér- ( )
micas (1) e exotérmicas (2):
( ) Fe2O3(s) + 3 C(s) + 492,61 kJ → 2 Fe(s) + 3 CO(g)

( ) 4 C(graf) + 5 H2(g) → C4H10(g) + 126,15 kJ

( ) CaO(s) → Ca(s) + ½ O2(g) – 635,09 kJ

( ) Ca(s) + C(graf) + 3 2 O2(g) → CaCO3(s) ΔH = –1 206,9 kJ

( ) H2(g) + ½ O2(g) → H2O(g) + 241,82 kJ


( )
( ) H2O(g) → H2(g) + ½ O2(g) ΔH = +241,82 kJ Entalpia (H)

( ) H2O(ℓ) → H2(g) + ½ O2(g) ΔH = +285,83 kJ C(graf) + O2(g)


HP
( ) 6 CO2(g) + 6 H2O(ℓ) + calor → C6H12O6(s) + 6 O2(g)
CO2(g)
HR

Caminho da reação (tempo)

Equação termoquímica
Equações A informação da quantidade de energia liberada ou absorvida em reações químicas é de extrema
termoquímicas importância. Seu valor depende das condições nas quais a reação ocorre, como a temperatura, a
e variação de pressão, o estado de agregação e a quantidade em matéria das substâncias e, por isso, essa gran-
entalpia
@QUI742 deza é representada junto da equação a que se refere. Assim, numa equação termoquímica em que
é fornecida a variação de entalpia (ΔH), é fundamental descrever as condições do sistema reacional.
A equação termoquímica é a representação da reação química na qual devem constar as quan-
tidades em matéria, os estados físicos e os alotrópicos (caso existam), a temperatura, a pressão
e a quantidade de calor liberada ou absorvida da reação (ΔH).

Exemplos:
1 H2(g) + ½ O2(g) → 1 H2O(ℓ) ΔH = –285,83 kJ
2 H2(g) + 1 O2(g) → 2 H2O(ℓ) ΔH = –571,66 kJ
1 H2(g) + ½ O2(g) → 1 H2O(g) ΔH = –241,82 kJ
Condições- 1C(grafite) + O2(g) → CO2(g) ΔH = –393,51 kJ
-padrão: corres-
ponde à pressão 1C(diamante) + O2(g) → CO2(g) ΔH = –395,40 kJ
de 1 atm e
temperatura de
25˚C. Quando não for indicada a temperatura e a pressão em que a reação foi realizada, fica subentendido
que ocorreu nas condições-padrão.
8 Termoquímica; Cinética Química
QUÍMICA

Papel que não queima


Cuidado
Como envolve a queima, deve-se tomar cuidado com a chama, Em Química, usa-se
já que podem ocorrer acidentes com a sua manipulação. este símbolo quando
uma atividade
envolve risco de
Materiais e reagentes incêndio.
1 béquer de 250 mL
Pinça metálica
50 mL de álcool isopropílico Pinça metáli-
© Shutterstock/Sukiyaki

Thinkstock/Getty Images
50 mL de água ca – utilizada
Béquer – para manipular
Bico de Bunsen frasco para objetos aque-
realizar expe- cidos
Uma cédula de papel (dinheiro) rimentos

Procedimentos

© Shutterstock/GGW 1962
1. Misture no béquer 50 mL de álcool isopropílico com 50 mL de água.
Bico de Bunsen –
2. Molhe, completamente, a cédula de papel na solução. utilizado para fazer
aquecimento de
3. Com o auxílio de uma pinça grande, segure a cédula e coloque fogo. amostras
4. Observe o ocorrido.

Questões para discussão

a) O experimento representa a reação de combustão total do álcool isopropílico (C3H7OH(ℓ)) em presença de oxigênio
(O2(g)), em que são produzidos gás carbônico (CO2(g)), água (H2O(g)) e 1 987 kJ de energia. Com essas informações,
indique a equação termoquímica balanceada e a variação de entalpia do sistema:

b) Considerando a informação de que toda queima é classificada como um processo exotérmico, pode-se dizer
que a energia dos reagentes é maior ou menor que a energia dos produtos?

c) Se a reação envolvida libera calor para o meio, por que o papel não queima?

Fatores que alteram a variação de


entalpia da reação
Os valores de ΔH de uma equação termoquímica podem ser alterados por alguns fatores relacio-
nados ao(s) reagente(s) e ao(s) produto(s) da reação:
a quantidade em matéria (mol); o estado físico; o estado alotrópico.
Ensino Médio | Modular 9
Quantidade em matéria (mol)
Por ser uma propriedade extensiva, a variação de entalpia de uma equação termoquímica é
Propriedade proporcional à quantidade de reagente(s) e de produto(s) que participam da reação. Pode-se dizer que
extensiva: o valor do ΔH, representado ao lado de uma equação química, refere-se às quantidades em matéria
propriedade
que depende da
(mol) identificadas na equação.
quantidade da Exemplo:
amostra.
x2
1 H2(g) + ½ O2(g) → 1 H2O(ℓ) ΔH = –285,83 kJ
2 H2(g) + 1O2(g) → 2 H2O(ℓ) ΔH = –571,66 kJ
x3
3 H2(g) + 3/2 O2(g) → 3 H2O(ℓ) ΔH = –857,49 kJ

As equações representam a mesma reação química. A única alteração ocorrida foi a mudança
na quantidade em matéria dos participantes da reação. Como consequência, houve alteração no
valor do ΔH.

Estado físico
Ao se compararem reações químicas em que as mesmas substâncias estão envolvidas no processo,
porém em estados físicos diferentes, verifica-se uma mudança na variação de entalpia da equação.
Exemplo:
H2(g) + ½ O2(g) → H2O(g) ΔH1 = –241,82 kJ
H2(g) + ½ O2(g) → H2O(ℓ) ΔH2 = –285,83 kJ
H2(g) + ½ O2(g) → H2O(s) ΔH3 = –292,72 kJ

Observa-se que o simples fato de a água formada se apresentar nos estados sólido, líquido ou
gasoso, modifica o valor do ΔH da reação. Graficamente, podem-se representar as mudanças de
estado da seguinte maneira:
Jack Art. 2011. Digital.

Por meio do diagrama, verifica-se que a entalpia da água, no estado de vapor, é a mais alta; no
estado líquido, intermediária; e, no estado sólido, a mais baixa. Dessa forma, como o líquido e o vapor
são estados mais energéticos que o sólido, a energia liberada para a formação da água no estado
sólido é maior que nos estados líquido e gasoso. Essa diferença energética ocorre devido ao grau de
agitação das moléculas que aumenta do estado sólido para o estado gasoso.

10 Termoquímica; Cinética Química


QUÍMICA

No gráfico, pode-se observar que as mudanças de estado físico de uma substância também envolvem
trocas de calor, isto é, ocorrem com absorção ou liberação de calor, conforme representado no esquema:
Transformações endotérmicas (com absorção de energia)
Fusão Vaporização

© Shutterstock/Straga
Jupiterimages/Getty Images
Thinkstock/Getty Images
Solidificação Liquefação ou condensação
Sublimação

Transformações exotérmicas (com liberação de energia)

Estado alotrópico
Estado Quando um mesmo elemento químico origina substâncias simples diferentes, tem-se uma variedade
alotrópico
alotrópica. Esse fenômeno, conhecido como alotropia, pode ocorrer devido às diferentes estruturas das
@QUI649
substâncias no estado sólido ou à diferença quanto ao número de átomos que compõem a molécula.
A mudança no estado alotrópico dos participantes de uma reação também é um fator que altera a
Alotropia: variação de entalpia (ΔH) do sistema.
do grego allos
(outro) e tropos Exemplo:
(maneira) foi C(grafite) + O2(g) → CO2(g) ΔH = –393,51 kJ
um nome criado
por Jöns Jacob C(diamante) + O2(g) → CO2(g) ΔH = –395,40 kJ
Berzelius (1779-
-1848). Apesar de serem bastante semelhantes, as equações termoquímicas diferem quanto à forma
alotrópica do elemento químico. Dessa forma, possuem diferentes valores de ΔH.
O estado alotrópico mais comum é considerado o mais estável, por isso apresenta valores mais
© Wikipedia Commons

baixos de entalpia.
Na natureza existem várias formas alotrópicas. As mais comuns ocorrem com os elementos carbono
e oxigênio.
Alótropos do carbono: atualmente, existem quatro formas alotrópicas do carbono (grafite, diamante,
buckminsterfulerenos e os nanotubos). Diferem entre si pela estrutura cristalina que apresentam.
As formas naturais são a grafite e o diamante, sendo a grafite a forma mais estável e comum do
elemento carbono. O diamante só pode ser obtido a elevadas pressões e temperaturas. É considerada
a substância natural mais dura de que se tem conhecimento.
JJeffrey Hamilton/Getty Images

Devido ao seu alto valor comercial, é muito utilizado em joias.

Forma
alotrópica
do carbono:
diamante
@QUI665
Forma
alotrópica
do carbono:
Diferença no rearranjo molecular dos
grafite alótropos do carbono, grafite e diamante
@QUI545

Grafite Diamante
Ensino Médio | Modular 11
Os buckminsterfulerenos e os nanotubos de carbono são duas formas alotrópicas de carbono que
até hoje não tiveram suas propriedades totalmente elucidadas.

Os alótropos do carbono,
Divo. 2011. 3D.
buckminsterfulerenos e
Fulerenos e nanotubos, apresentam
nanotubos de diferentes simetrias
carbono
@QUI925

Buckminsterfulerenos Nanotubos

Ao contrário da grafite e do diamante, que possuem uma infinidade de átomos unidos constituindo
um retículo cristalino, o fulereno (buckminsterfulereno) e os nanotubos são formados por moléculas
contendo no mínimo 60 átomos de carbono (C60), diferindo apenas pela simetria.

Molécula em forma de bola de futebol é encontrada no espaço


Astrônomos detectaram as maiores moléculas já encontradas no espaço
em uma nuvem de poeira cósmica ao redor de uma estrela. As moléculas
têm a forma de bola de futebol e são formadas por átomos de carbono.
Descobertas há apenas 25 anos em experimentos de laboratório, essas
moléculas, chamadas de fulerenos, consistem de 60 (C60) ou 70 (C70)
átomos de carbono organizados na forma de uma esfera, alternando

LatinStock/SPL/Geoff Tompkinson
hexágonos e pentágonos.
Os fulerenos são uma terceira forma de carbono. As duas primeiras
são grafite e diamante.
Devido a sua estabilidade, esperava-se encontrar a molécula em
estrelas bem desenvolvidas, ricas em carbono. O elemento forneceria a
matéria-prima para a molécula, e sua estabilidade impediria sua quebra
pela radiação interestelar. Harold Kroto, físico-químico
Apesar da expectativa, ainda não haviam sido detectados fulerenos no britânico e ganhador do Prêmio
espaço. Agora, um grupo de pesquisas liderado por Jan Cami, da Univer- Nobel, foi um dos cientistas que,
em 1985, postulou pela primeira
sidade de Western Ontario, no Canadá, detectou as moléculas usando o vez a estrutura tridimensional
telescópio de infravermelho Spitzer da Nasa (agência espacial americana). dessas moléculas. Na foto, está
Em artigo publicado na revista Science, Cami e sua equipe descrevem sentado em meio aos modelos da
molécula de fulerenos, formadas
ter identificado a assinatura em infravermelho da molécula. por átomos de carbono, com
"[As moléculas] oscilam e vibram de várias maneiras e, ao fazerem formato de bola de futebol
isso, interagem com a luz infravermelha em comprimentos de onda bem
específicos", disse Cami à "BBC News". Quando o telescópio detectou emissões nesses comprimentos de
onda, Cami sabia que o sinal vinha de fulerenos.
Harry Kroto, professor da Universidade Estadual da Flórida e Nobel de Física em 1996 pela descoberta
dos fulerenos, comemorou a descoberta. "Esse avanço entusiasmante fornece provas convincentes de que os
fulerenos, como sempre suspeitei, existiram desde tempos imemoriais nos recantos escuros da nossa galáxia.”
O sinal originou-se em uma estrela de Ara, no hemisfério celestial sul, a 6 500 anos-luz de distância.

FOLHA DE S.PAULO. Molécula em forma de bola de futebol é encontrada no espaço. Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.
br/ciencia/771152-molecula-em-forma-de-bola-de-futebol-e-encontrada-no-espaco.shtml>. Acesso em: 28 abr. 2011.

12 Termoquímica; Cinética Química


QUÍMICA

Alótropos do oxigênio: as variedades alotrópicas

© Shutterstock/Wavebreakmedia ltd
do elemento oxigênio são o gás oxigênio (O2) e o ozô-

© Shutterstock/MarcelClemens
nio (O3). A diferença entre esses alótropos está na
atomicidade da molécula, ou seja, no número de áto-
mos que forma a molécula. O oxigênio existente no
ar atmosférico é um gás indispensável à respiração.
O ozônio, gás que envolve a atmosfera terrestre, faz
a proteção contra os raios ultravioleta do Sol.

Oxigênio e ozônio, variedades alotrópicas do oxigênio

Casos especiais de entalpia


Dependendo do tipo de reação, as entalpias podem receber nomenclaturas especiais. No entanto,
para detalhar as principais é necessário o conhecimento do estado-padrão de uma substância.

Estado-padrão de uma substância


Diante da impossibilidade de se determinar experimentalmente o valor absoluto da entalpia de
uma substância, foi adotado um referencial chamado de estado-padrão.

Uma substância está no estado-padrão quando se encontra no seu estado físico mais comum
ou na sua variedade alotrópica mais estável (menos energética), a 1 atm e a 25ºC.
Arbitrariamente, atribui-se o valor zero às substâncias simples que se encontram no estado-padrão.
Exemplos:
Elemento H O C S N F Cℓ Br I
o
Substância simples com H = 0 H2(g) O2(g) C(grafite) S(rômbico) N2(g) F2(g) Cℓ2(g) Br2(ℓ) I2(s)

Observação: A entalpia-padrão é representada por Hº.


o
Entalpia-padrão de formação (ΔH f)
A entalpia-padrão de formação de uma substância, também conhecida como calor de formação,
corresponde à variação de entalpia na síntese de 1 mol de uma substância a partir de substâncias
simples no estado-padrão.
Exemplos:
H2(g) + ½ O2(g) → H2O(ℓ) ΔH°f = –285,83 kJ/mol
C(grafite) + O2(g) → CO2(g) ΔH°f = –393,51 kJ/mol
½ N2(g) + ½ O2(g) → NO(g) ΔH°f = +90,25 kJ/mol
Ao efetuar a síntese de uma substância a partir de substâncias simples no estado-padrão, com a
variação de entalpia (ΔH) determinada experimentalmente, obtém-se a entalpia da substância formada.
Exemplo:
H2(g) + ½ O2(g) → H2O(ℓ) ΔH°f = –285,83 kJ/mol
Substâncias simples 1 mol da substância Variação de entalpia determi-
no estado-padrão formada nada experimentalmente

Matematicamente,
ΔH = HP – HR
–285,83 = HH2O(ℓ) – zero
HH2O(ℓ) = –285,83 kJ/mol Ensino Médio | Modular 13
Comprova-se que a entalpia-padrão de formação de uma substância (ΔH°f) é numericamente igual à entalpia
de 1 mol dessa substância. Assim, os valores das entalpias de várias substâncias são registrados em uma tabela,
a qual é utilizada para determinar teoricamente os valores das variações de entalpias para diferentes reações.
A tabela apresenta valores de entalpia para algumas substâncias no estado-padrão:
Substância kJ/mol Substância kJ/mol
CH4(g) –74,81 NaCℓ(s) –411,15
C2H2(g) +226,73 NaOH(s) –425,61
C2H4(g) +52,26 NaOH(aq) –470,11
CO(g) –110,53 Ca(OH)2(s) –986,09
CO2(g) –393,51 Ca(OH)2(aq) –1 002,82
SO2(g) –296,83 Aℓ(OH)3(s) –1 276
H2S(g) –20,63 O3(g) +142,7
HF(g) –271,1 AgI(s) –61,84
HBr(g) –36,40 AgI(aq) +50,38
HCℓ(g) –92,31 CH3OH(ℓ) –238,86
H2O(g) –241,82 C2H5OH(ℓ) –277,69
H2O(ℓ) –285,83 CaO(s) –635,09
H2O(s) –292,72 CaCO3(s) –1 206,9
NH3(g) –46,11 HCN(g) +135,1
NO2(g) +33,18 HI(g) +26,48
Fonte: ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios de Química: questionando a vida moderna
e o meio ambiente. Porto Alegre: Bookman, 2006.

Entalpia-padrão de combustão (ΔHoc)


A entalpia-padrão de combustão corresponde à energia liberada na queima completa de 1 mol
Entalpia- de uma substância (combustível) pelo gás oxigênio (O2, comburente).
-padrão de
combustão Por serem sempre reações exotérmicas (liberam energia na forma de calor para o sistema),
@QUI471 apresentam valores negativos para as variações de entalpia (ΔH < 0).
Exemplos:
CH4(g) + 2 O2(g) → CO2(g) + H2O(ℓ) ΔH°c = –890 kJ/mol
C3H8(g) + 5 O2(g) → 3 CO2(g) + 4 H2O(ℓ) ΔH°c = –2 220 kJ/mol
Os produtos formados dependem da composição do combustível. Para compostos que apresentam
carbono e hidrogênio, a combustão completa libera gás carbônico e água.

Por que o fogo queima?


1. O fogo é resultado de uma reação química provocada por três ingredientes: oxigênio, combustível e calor. Quando
eles se juntam, o oxigênio reage com o combustível, numa violenta oxidação*, chamada de combustão.
2. O combustível é a substância que "queima" e pode ser sólido, líquido ou gasoso. Para reagir com o oxigênio, ele
deve ser aquecido até uma temperatura mínima – cada material tem a sua. Para iniciar a combustão, a temperatura de
ignição da madeira é de 230ºC.
3. A combustão libera energia em forma de calor e de luz – provocando a chama. O calor do fogo na madeira, por volta
de 800ºC, é o que alimenta e propaga a combustão. Combustíveis orgânicos, como a madeira – com carbono na com-
posição –, geram fumaça ao queimar.
4. A queima da madeira gera cinzas. À medida que o combustível é consumido, a chama e o calor diminuem até o fogo
sumir. Para apagar qualquer fogo, é só afastar o oxigênio – abafando o fogo, por exemplo – eliminar o combustível
ou diminuir a temperatura da reação.
‡(QIHUUXMDPHQWRWDPEpPpXPDUHDomRGHR[LGDomRSRUpPEHPPDLVOHQWDGRTXHDFRPEXVWmR
* Na oxidação, os átomos do gás oxigênio (O2) se separam para se combinar com outros elementos químicos.
POR QUE o fogo queima? Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/fogo-queima-495841.shtml>.
Acesso em: 26 abr. 2011.
14
QUÍMICA

A tabela a seguir
segu apresenta as entalpias de com- 3. Qual deve ser a quantidade em matéria (mol)
bustão de diferentes substâncias, frequentemente de propano queimada para liberar 400 kJ?
utilizadas como combustíveis:

Entalpia de combustão (kJ/mol)


Substância
(valores aproximados)

CH4(g) –890 4. Além de produzir o mínimo possível de polui-


C3H8(g) –2 220 ção, a escolha de um combustível depende da
quantidade de calor fornecida. Entre os com-
C4H10(g) –2 878 bustíveis citados na tabela, determine:
C8H18(ℓ) –5 471 a) Qual combustível libera a maior quantidade
de calor, por mol consumido?
CH3OH(ℓ) –726
C2H5OH(ℓ) –1 368

Fonte: ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios de Química:


questionando a vida moderna e o meio ambiente. Porto Alegre:
b) Qual combustível libera a maior quantidade
Bookman, 2006. p. 286.
de calor, por grama consumido?
Com base nessa tabela, resolva as seguintes questões:

1. Escreva as equações termoquímicas que repre-


sentam as entalpias de combustão dos com-
postos apresentados na tabela de entalpia de
combustão:

2. Qual é a quantidade de energia liberada na


queima de 2,9 kg de gás butano (C4H10)?
5. Determine a massa de etanol (C2H5OH) neces-
sária para gerar a mesma quantidade de calor
liberada na queima de 1 mol de octano (C8H18),
principal componente da gasolina:

Ensino Médio | Modular 15


Entalpia-padrão de neutralização
A entalpia-padrão de neutralização corresponde à energia liberada na formação de 1 mol de água,
a partir da neutralização de 1 mol de íons H+ por 1 mol de íons OH–, em soluções aquosas diluídas.
Exemplos:
HCℓ(aq) + NaOH(aq) → NaCℓ(aq) + H2O(ℓ) ΔH = –58,0 kJ/mol
Determinação
experimental HNO3(aq) + KOH(aq) → KNO3(aq) + H2O(ℓ) ΔH = –58,0 kJ/mol
da entalpia de
neutralização
@QUI820 Na neutralização de ácidos e bases fortes, por estarem praticamente 100% ionizados ou disso-
ciados em seus respectivos íons, a variação de entalpia é constante e seu valor será igual a –58,0 kJ
por mol de água formada.

H+(aq) + OH–(aq) → H2O(ℓ) ΔH = –58,0 kJ/mol

1. (UECE) O sal de cozinha, em contato com a água, O hidrogênio reage ao ar de acordo com a equação:
mesmo na forma de gelo, tende a se dissolver.
2 H2(g) + O2(g) → 2 H2O(g) ΔH = –483,6 kJ
Essa dissolução é um processo endotérmico, isto
é, exige uma quantidade de energia para se con- Considerando a equação, analise as afirmações:
cretizar. A temperatura da mistura pode chegar I. Como o valor de ΔH é negativo, o sistema
a –18ºC e, em 5 minutos, seu isopor será capaz libera calor para a vizinhança.
de fazer por uma latinha de cerveja o que o freezer
II. O valor da variação da entalpia permanece o
faria em 15 minutos. Assinale a opção que con-
mesmo, independente da quantidade de rea-
tém o gráfico que representa um processo endo-
gentes consumida no processo.
térmico, em uma reação química:
III. A entalpia dos reagentes é maior que a ental-
a) b)
pia dos produtos.
IV. A reação é endotérmica.
Estão corretas
a) apenas I e II.
b) apenas I e III.
c) d) c) apenas II e III.
d) apenas II e IV.
e) apenas I, III e IV.
3. (UESPI) O acetileno é um gás utilizado em ma-
çaricos para cortar e soldar metais. Ao queimar,
produz uma chama luminosa intensa, alcançan-
do uma temperatura ao redor de 3 000°C. Con-
2. (UFSM – RS) A queima do dirigível Hindenburg, sidere a equação termoquímica para a reação de
em Nova Jersey, no ano de 1937, marcou o fim decomposição do acetileno:
do uso de hidrogênio em dirigíveis, potenciali- C2H2(g) → 2 C(s) + H2(g) ΔH = –230 kJ . mol–1
zando o uso de aviões.
e analise as seguintes afirmativas:

16 Termoquímica; Cinética Química


QUÍMICA

(1) A reação é exotérmica, pois o calor é liberado. 6. (UFPE) Quando NH4Cℓ é dissolvido em um bé-
(2) A variação da entalpia da reação inversa é idên- quer contendo água, e dissocia-se de acordo
tica à da reação direta. com a equação:
(3) A entalpia dos produtos é menor que a ental- NH4Cℓ(s) + H2O(ℓ) → NH4+(aq) + Cℓ–(aq) ΔH = +14,8 kJ/mol
pia dos reagentes.
podemos concluir que:
Está(ão) correta(s)
a) o processo de dissolução é endotérmico;
a) 1 apenas. b) 2 apenas.
b) os íons aquosos contêm mais energia que o
c) 3 apenas. d) 1 e 3 apenas.
NH4Cℓ(s) e H2O(ℓ) isolados;
e) 1, 2 e 3.
c) 14,8 kJ serão liberados na dissolução de 1 mol
de NH4Cℓ(s);
4. (UFMG) Ao se preparar uma solução aquosa con-
centrada de sal de cozinha, NaCℓ, observou-se, du- d) a dissolução do NH4Cℓ(s) em H2O(ℓ) provoca o
rante a dissolução, um resfriamento do sistema. esfriamento do líquido;
Considerando-se a situação descrita e outros co- e) a temperatura do béquer permanecerá cons-
nhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar tante.
que:
7. (FACULDADE EVANGÉLICA – PR) Na Terra é possí-
a) a dissolução do NaCℓ aumenta a energia ciné- vel encontrar água nos três estados físicos – sóli-
tica média das moléculas da água; do, líquido e gasoso. Cada um desses três estados
b) a quantidade de NaCℓ dissolvida determina o apresenta características próprias que podem ser
grau de resfriamento do sistema; alteradas pela variação de temperatura.
c) a quebra do retículo cristalino do NaCℓ é um
processo exotérmico;
d) a solução transfere energia, na forma de calor,
para a vizinhança.

5. (UEL – PR) As bolsas térmicas consistem, geral-


mente, de dois invólucros selados e separados,
onde são armazenadas diferentes substâncias
químicas. Quando a camada que separa os dois Em relação aos três estados de agregação da
invólucros é rompida, as substâncias neles con- água e suas alterações, avalie as afirmativas:
tidas misturam-se e ocorre o aquecimento ou
a) Ao mudar de estado físico, a água sofre alte-
resfriamento. A seguir estão representadas algu-
rações em suas características macroscópicas
mas reações químicas que ocorrem após o rom-
e microscópicas, não havendo, contudo, alte-
pimento da camada que separa os invólucros
ração em sua composição.
com seus respectivos ΔH°. Analise as reações e
os valores correspondentes de ΔH° e assinale a b) Para que ocorra a fusão, é necessário fornecer
alternativa que correlaciona, adequadamente, as energia ao material, o que caracteriza um pro-
reações com as bolsas térmicas quentes ou frias. cesso exotérmico.
I. CaO(s) + SiO2(s) → CaSiO3(s) ΔH = –89,5 kJ/mol c) Quando a água, substância líquida, à tempe-
ratura ambiente, passa espontaneamente do
II. NH4NO3(s) + H2O(ℓ) → NH+4(aq) + NO–3(aq) estado gasoso para o líquido, o processo é de-
ΔH = +25,69 kJ/mol nominado liquefação.
III. CaCℓ2(s) + H2O(ℓ) → Ca2+(aq) + 2 Cℓ–(aq) d) Na fervura da água, ocorre o rompimento
ΔH = –82,80 kJ/mol das ligações covalentes antes das intermole-
culares.
a) I. fria, II. quente, III. fria.
e) O ponto de fusão e o ponto de solidificação
b) I. quente, II. fria, III. quente.
da água possuem o mesmo valor a uma mes-
c) I. fria, II. fria, III. fria. ma pressão. A mudança de fase irá definir-se,
d) I. quente, II. quente, III. fria. em função de estar absorvendo ou liberando
e) I. quente, II. quente, III. quente. calor.
Ensino Médio | Modular 17
8. (UESPI) Em algumas regiões do Brasil, principal- De acordo com essas informações e com esses
mente aquelas com pouco acesso à energia elé- dados, é correto afirmar:
trica, é comum as pessoas utilizarem potes de
(01) A formação de CO(g) a partir das substâncias
barro para conservar água a uma temperatura
simples C(graf.) e oxigênio é endotérmica.
um pouco mais fria que a do ambiente. Esse fe-
nômeno, que para muitos ainda é considerado (02) A entalpia-padrão de formação de CO2(g) é
uma “crendice popular”, pode ser explicado, +394,0 kJ.
cientificamente, pelo fato de que: (03) A variação de entalpia da reação
a) parte da água, ao atravessar os poros do pote CO2(g) → C(graf.) + O2(g) é igual a zero.
de barro, passa do estado líquido para o es- (04) A transformação de CO2(g) em CO(g) apre-
tado gasoso (evaporação). Nesse processo, a senta variação de entalpia igual a +284,0 kJ.
água, absorve energia (calor) das paredes do
pote, esfriando-o; 10. (UFAM)
b) parte da água, ao passar pelos poros do pote “...Amazônia está queimando ai, ai que dor, ai,
de barro, retira energia das moléculas do ai que horror...”
vapor-d’água presentes fora do pote. Nesse (Lamento de raça – Emerson Maia)
processo, o vapor-d’água, ao se condensar, O efeito estufa é um fenômeno de graves con-
absorve energia (calor) das paredes do pote, sequências climáticas ocasionado por altas con-
esfriando-o; centrações de dióxido de carbono no ar. O CO2
c) parte da água, ao atravessar os poros do pote é produto da respiração dos seres vivos (animais
de barro, reage com as partículas constituin- e vegetais) e da queima de combustíveis (carvão,
tes do barro. Como essa reação é endotér- gasolina, querosene, óleo diesel, etc.) e árvores
mica, absorve energia (calor) das paredes do da floresta. Quando se queima o carbono em ex-
pote, esfriando-o; cesso de oxigênio à pressão constante, forma-se
d) parte da água, ao atravessar os poros do pote dióxido de carbono.
de barro, reage com as partículas constituin- (Dados: C = 12 u, O = 16 u.
tes do barro. Como essa reação é exotérmica, C(s) + O2(g) → CO2 ΔH = –393,5 kJ/mol)
absorve energia (calor) das paredes do pote,
É correto afirmar que:
esfriando-o;
a) um mol de carbono sólido reage com 32 g de
e) a água, por ficar muito tempo “parada” dentro
oxigênio gasoso, liberando 196,75 kJ de ener-
do pote, perde energia cinética, resfriando-se.
gia na formação de dois mols de dióxido de
9. (UERN) carbono gasoso;
b) a entalpia do produto dióxido de carbono ga-
soso é maior que a entalpia dos reagentes car-
bono sólido e oxigênio gasoso;
c) trata-se de uma reação endotérmica, pois a
variação de entalpia é negativa;
d) dois mols de carbono sólido reagem com 32 g
de oxigênio gasoso, absorvendo 787,0 kJ de
energia na formação de dois mols de dióxido
de carbono gasoso;
e) 12 g de carbono sólido reagem com 32 g de
O conceito de entalpia-padrão de formação oxigênio gasoso, liberando 393,5 kJ de ener-
constitui uma das ideias mais brilhantes da ter- gia na formação de 44 g de dióxido de carbo-
moquímica. A partir desse conceito, é possível no gasoso.
se determinar o valor da variação de entalpia de
11. (UFMS) A reação de combustão completa do hi-
uma reação química. O diagrama apresenta as
drocarboneto etino (comercialmente conhecido
entalpias-padrão de formação de algumas subs-
como acetileno) é representada pela equação:
tâncias químicas.
C2H2(g) + 5 2 O2(g) → 2 CO2(g) + H2O(g) ΔH° = –1 255 kJ/mol
18 Termoquímica; Cinética Química
QUÍMICA

Numa oficina onde são substituídos escapamen- 14. (FATEC – SP) Os carboidratos são uma importante
tos em automóveis, consumiram-se 650 g de fonte de energia em nossa dieta alimentar. Nas
acetileno, qual foi a energia liberada? células, as moléculas de monossacarídeos são me-
tabolizadas pelo organismo, num processo que li-
(Dados: Massas atômicas em g/mol: C = 12; H = 1)
bera energia, representado pela equação:
a) –31 375 kJ C6H12O6 + 6 O2 → 6 CO2 + 6 H2O + energia
b) –26 275 kJ Essa equação química corresponde ao processo
c) –15 020 kJ global popularmente denominado “queima da
d) –12 410 kJ glicose”. Cada grama desse açúcar metaboliza-
e) –25 525 kJ do libera cerca de 4 kcal de energia, usada para
movimentar músculos, fazer reparos nas células,
12. (UEA – AM) Um grupo de estudantes realiza pes- manter constante a temperatura corporal, etc.
quisa de campo em uma área próxima ao Rio A massa de oxigênio consumida, em gramas,
Unini, afluente do Rio Negro. Eles deverão per- quando a “queima” desse açúcar metabolizado
noitar no local e utilizarão etanol em gel, com- liberar 1 200 kcal é:
bustível utilizado em acampamentos. Que massa (Dados: massas molares (g/mol): H = 1; C = 12;
de etanol precisa ser queimada para fornecer O = 16)
300 kJ de calor?
a) 300 b) 320
Equação termoquímica:
c) 400 d) 800
C2H5OH(ℓ) + 3 O2(g) → 2 CO2(g) + 3 H2O(ℓ) ΔHo = –1 380 kJ e) 1 800
(Dados: C = 12 u; H = 1 u; O = 16 u)
15. (UFAC) O aumento da concentração de CO2 na
a) m = 10,0 g atmosfera, resultante da queima de combustíveis
b) m = 8,0 g orgânicos, contribui para a intensificação do efeito
estufa e o consequente aumento no aquecimento
c) m = 5,0 g
global do planeta. A 25ºC, a queima do etanol e do
d) m = 7,5 g metano libera 1 400 kJ/mol e 900 kJ/mol de ener-
e) m = 8,5 g gia, respectivamente. A razão entre a quantidade
de energia liberada por mol de CO2 emitido pela
13. (UERJ) Explosivos, em geral, são formados por combustão do etanol e do metano são, respectiva-
substâncias que, ao reagirem, liberam grande mente:
quantidade de energia. O nitrato de amônio,
a) 1 400 e 900 kJ/mol
um explosivo muito empregado em atividades
de mineração, se decompõe segundo a equação b) 700 e 900 kJ/mol
química: c) 700 e 450 kJ/mol
2 NH4NO3(s) → 2 N2(g) + O2(g) + 4 H2O(g) d) 200 e 900 kJ/mol
Em um teste, essa decomposição liberou 592,5 kJ e) 1 400 e 1 800 kJ/mol
de energia e produziu uma mistura de nitrogê-
16. (UPE) Uma mistura gasosa de massa total 132,0 g é
nio e oxigênio com volume de 168 L, medido nas
formada por igual número de mols de etano (C2H6)
CNTP.
e butano (C4H10). A combustão total dos gases
Nas mesmas condições, o teste com 1 mol de constituintes dessa mistura libera para o ambiente
nitrato de amônio libera, em quilojoules, a se-
(Dados: os calores de combustão dos gases etano
guinte quantidade de energia:
e butano, são, respectivamente, –1 428 kJ/mol e
a) 39,5 –2 658 kJ/mol; ma (C) = 12 u, ma (H) = 1 u)
b) 59,3
a) 4 897 kJ b) 8 172 kJ
c) 118,5
c) 3 372 kJ d) 4 086 kJ
d) 158,0
e) 6 129 kJ

Ensino Médio | Modular 19


17. (PUCPR) Nos últimos anos, o mercado financeiro que os álcoois vão crescer em importância como
internacional tem mostrado uma tendência na va- combustíveis automotivos, já que, na atualidade,
lorização das denominadas Commodities agríco- têm nichos de mercado, em escala internacional,
las como, por exemplo, o milho, devido ao maior muito promissores.
interesse no uso desses produtos para fins de ob- Utilize a tabela como subsídio à sua resposta:
tenção de combustíveis alternativos ao petróleo
que sejam menos poluentes e ainda renováveis. Combustíveis Densidade (g/mL) ΔHcombustão (kJ/g)

Entre esses combustíveis, pode-se destacar Metanol 0,80 23


o metano (CH4 = 16 g . mol–1),
Etanol 0,80 30
o metanol (CH3OH = 32 g . mol–1) e
o etanol (CH3CH2OH = 46 g . mol–1). Gasolina 0,75 43

Segundo as informações apresentadas na tabela


a seguir, (Dados: ma (C) = 12 u, ma (H) = 1u, ma (O) = 16 u)
Combustível ΔHcombustão / kJ mol–1 d / g mL–1 Em relação aos combustíveis metanol, etanol e
gasolina, é correto afirmar que:
Metano –890,8 0,717 . 10 –3

a) o metanol libera mais energia por mL do que


Metanol –763,7 0,792
o etanol e a gasolina pura;
Etanol –1 409,4 0,789
b) 1,0 mL de etanol libera mais energia que 1,0 mL
pode-se afirmar que os combustíveis que apre- de gasolina pura;
sentam as maiores capacidades energéticas más- c) a diferença entre a energia liberada na com-
sica e volumétrica são, respectivamente bustão de 1,0 mL de gasolina pura e 1,0 mL
de metanol é 13,85 kJ;
a) metanol e etanol.
d) 1,0 mL de etanol, quando queimado, libera
b) etanol e metanol.
aproximadamente 50% a mais de energia que
c) metanol e metano. 1,0 mL de metanol;
d) etanol e metano. e) a energia liberada, quando se queima 1,0 mL
e) metano e etanol. de gasolina, é maior do que quando se queima
1,0 mL de etanol + 1,0 mL de metanol juntos.

Desafio
Desafio
18. (UFT – TO) Etanol é um dos mais importantes com-
20. (UNESP) A tabela apresenta informações sobre as
bustíveis renováveis do país. Com o progresso da
composições químicas e as entalpias de combus-
tecnologia dos automóveis flex-fuel houve um im-
tão para três diferentes combustíveis que podem
pulso na comercialização e utilização deste com-
ser utilizados em motores de combustão interna,
bustível. A entalpia-padrão de combustão do etanol
como o dos automóveis:
líquido é –1 367 kJ/mol e sua densidade é 0,80 g/mL.
ΔH combustão Massas molares
Na combustão de 1 L de etanol, é correto afirmar Combustível
kcal mol–1 g mol–1
que ocorre:
Gasolina (C8H18) –1 222,5 114,0
a) liberação de 23,77 kJ de energia;
Etanol (C2H5OH) –326,7 46,0
b) liberação de 1 367 kJ de energia;
Hidrogênio (H2) –68,3 2,0
c) liberação de 2,38 . 104 kJ de energia;
d) liberação de 238 kJ de energia.
Com base nas informações apresentadas e com-
parando esses três combustíveis, é correto afir-
Desafio mar que:
19. (UPE) Há muito que se conhece que o metanol e a) a gasolina é o que apresenta menor impacto
o etanol podem ser usados como combustíveis ambiental e vantagem energética;
de veículos automotores, pois queimam facil- b) o álcool é o que apresenta maior impacto am-
mente, no ar, liberando energia. Há previsões de biental e vantagem energética;
20 Termoquímica; Cinética Química
QUÍMICA

c) o hidrogênio é o que apresenta menor impac- (Dado: álcool etílico: C2H6O)


to ambiental e maior vantagem energética;
a) 2 . 103 kJ
d) a gasolina é o que apresenta menor impacto
b) 3 . 104 kJ
ambiental e maior vantagem energética;
c) 4 . 105 kJ
e) o álcool é o que apresenta menor impacto am-
biental e maior vantagem energética. d) 1 . 106 kJ
e) 4 . 106 kJ
Desafio
23. (CEFET – SC) A queima de carvão ou de petróleo
21. (UNIR – RO) O Brasil é o maior exportador de eta- libera resíduos gasosos, como óxidos de nitro-
nol do mundo e a primeira economia a ter atin- gênio e de enxofre. A reação dessas substâncias
gido um uso sustentável dos biocombustíveis. A com a água forma ácido nítrico e ácido sulfúrico,
reação de combustão do etanol pode, grafica- presentes nas precipitações de chuva ácida. Os
mente, ser representada por: poluentes do ar são carregados pelos ventos e
DH (kJ) viajam milhares de quilômetros; assim, as chu-
C2H5OH( ) + 3 O2(g)
l vas ácidas podem cair a grandes distâncias das
Reagentes
fontes poluidoras, prejudicando outros países. O
DH = –1 368 kJ/mol solo se empobrece, a vegetação fica comprome-
tida. A acidificação prejudica os organismos em
rios e lagoas, comprometendo a pesca. Monu-
2 CO2(g) + 3 H2O( )
l mentos de mármore são corroídos, aos poucos,
Produtos
pela chuva ácida. Esse é um dos sérios problemas
da maioria das regiões metropolitanas.
Sobre essa reação, analise as afirmativas: Um dos responsáveis pela chuva ácida é o poluen-
te SO3 que reage com a água da chuva originando
I. A 25ºC e 1 atm, 1 mol de etanol líquido rea- ácido sulfúrico. O SO3 não é um poluente produ-
ge com 3 mols de oxigênio, formando 2 mols zido diretamente pelas fontes poluidoras, mas é
de gás carbônico e 3 mols de água, liberando formado quando o poluente SO2, que é liberado
1 368 kJ de calor. por fontes que queimam combustíveis fósseis, rea-
II. A combustão de 5 mols de etanol produz ge com o oxigênio do ar, segundo a reação:
170 g de água.
2 SO2(g) + O2(g) → 2 SO3(g)
III. O volume de gás carbônico, medido nas
CNTP, produzido quando se queima 23 g de Com base nas informações anteriores, qual(is)
etanol, é 2,24 L. das afirmações está(ão) correta(s)?
IV. Considerando detanol = 0,8 g . cm–3, na quei- (01) A reação acima citada classifica-se como
ma de 1,25 L de etanol, são liberados 29 740 kJ uma reação de síntese ou adição.
de calor, aproximadamente. (02) Se considerarmos que a entalpia de forma-
Estão corretas as afirmativas: ção do trióxido de enxofre corresponde a
a) I e IV, apenas. –396 kJ/mol, nas CNTP, podemos afirmar
que a reação de formação do SO3 é uma
b) I, II e III, apenas.
reação exotérmica.
c) II e III, apenas.
(04) O ácido nítrico e o ácido sulfúrico, respon-
d) II e IV, apenas. sáveis, segundo o texto, pelas chuvas áci-
e) II, III e IV, apenas. das, possuem respectivamente fórmulas
HNO3 e H2SO4.
22. (UFAL) O consumo de um automóvel movido a
(08) A molécula de SO3 possui em sua fórmula
álcool etílico é de 12 km/kg de álcool. Sabendo
estrutural duas ligações covalentes simples
que a energia de combustão desse álcool é da
e uma ligação covalente dativa.
ordem de 103 kJ/mol, quantos quilojoules são
necessários para o automóvel ir de Maceió para (16) A massa molecular do dióxido de enxofre é
o Recife (ou seja, percorrer 245 km)? 80 u, considerando as massas atômicas do
S = 32 u e do O = 16 u.
Ensino Médio | Modular 21
C(s) + ½ O2(g) → CO(g) ΔH = –111,0 kJ (1)
Desafio CO(g) + ½ O2(g) → CO2(g) ΔH = –283,0 kJ (2)

24. (UEL – PR) C(s) + O2(g) → CO2(g) ΔH = –394,0 kJ (3)


Texto I Com base no texto II, nas equações químicas e sa-
É impossível não partilhar a sensação de excita- bendo que a massa molar do carbono é 12 g/mol,
ção, autoconfiança e orgulho que empolgava os analise as afirmativas:
que viveram a época quando a estrada de fer-
I. A reação de decomposição do monóxido de
ro ligou pela primeira vez o Passo de Calais ao
carbono em seus constituintes mais estáveis
Mediterrâneo e quando os trilhos percorreram o
é um processo que absorve energia.
caminho do Oeste norte-americano, o subconti-
nente indiano na década de 1860 e o interior da II. Nas equações (1), (2) e (3), as energias dos
América Latina na década de 1870. Como pode- reagentes são menores que as energias dos
mos negar a admiração por estas tropas de cho- produtos.
que da industrialização que construíram tudo III. Cinco toneladas de carvão no forno da cal-
isso e que deixaram seus ossos ao longo de cada deira da Maria Fumaça fornecem aproxima-
milha de trilhos? damente 1, 64 . 108 kJ de energia ao se trans-
(Adaptado de: HOBSBAWM, Eric J. A era do capital. 2. ed. formar em CO2(g).
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. p. 74.) IV. Os gases representados nas equações (1), (2)
e (3) apresentam estruturas lineares.
Assinale a alternativa correta:
Texto II
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
Essa Maria Fumaça é devagar quase parada
b) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
Ô seu foguista, bota fogo na fogueira
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
Que essa chaleira tem que estar até sexta-feira
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
Na estação de Pedro Osório, sim senhor
e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.
Se esse trem não chega a tempo
vou perder meu casamento
Atraca, atraca-lhe carvão nessa lareira Desafio
Esse fogão é que acelera essa banheira... 25. (UNIMONTES – MG) A nutrição parenteral é usa-
(KLEITON e KLEDIR. Maria Fumaça. Disponível em: <http:// da em pacientes incapazes de ingerir uma nutri-
letras.terra.com.br>. Acesso em: 15 set. 2009.) ção adequada, oralmente. Os lipídeos podem ser
utilizados para fornecer energia quando o corpo
não pode obter toda a necessidade energética
dos carboidratos. A proporção de calorias provi-
das por lipídeos é normalmente 30% das calorias
diárias totais. Os lipídeos provêm 9 cal de ener-
gia por grama, e o limite máximo de gordura
para uma dieta saudável deve ser inferior a 65 g.
Foi preparada para um paciente uma dieta de
3 000 calorias diárias. Considerando os padrões
de limites aceitáveis, pode-se afirmar que a
quantidade de lipídeos na dieta é:
a) aceitável, inferior a 50 g;
MONET. Le train dans le neige. 1875. b) indesejável, igual a 100 g;
c) indesejável, superior a 100 g;
No trem Maria Fumaça, as reações químicas que
ocorrem dentro da caldeira estão descritas a se- d) aceitável, igual a 64 g.
guir:

22 Termoquímica; Cinética Química


QUÍMICA

Métodos teóricos para determinar a


variação de entalpia da reação
Na prática, com auxílio de um calorímetro, pode-se determinar a variação de entalpia de algumas
reações químicas à pressão constante, por meio da energia liberada ou absorvida na forma de calor.
Entretanto, isso nem sempre é possível, pois, além de serem muitas as reações, algumas não ocorrem
experimentalmente. Dessa forma, existem vários métodos para determinar, teoricamente, a variação
de entalpia de uma reação.

Entalpia de formação
Como a entalpia de uma substância não pode ser medida, foram definidos e determinados valores
relacionados às quantidades de energia das substâncias quando estão envolvidas numa reação quí-
mica. Os valores da entalpia-padrão de formação de uma substância (ΔHºf), predeterminados, foram
registrados em tabelas para que, com o auxílio destas, o ΔH teórico de outras reações seja calculado.
Com os valores das entalpias de formação dos participantes da reação, de modo geral, pode-se
calcular o ΔH da reação da seguinte maneira:
ΔH°Reação = [Σ Hformação dos produtos] – [Σ Hformação dos reagentes]
Observação: onde Σ significa somatório

A entalpia-padrão de formação de uma substância refere-se à entalpia de 1 mol dessa substância,


portanto os valores tabelados devem ser multiplicados pelos coeficientes estequiométricos da referida
substância, de acordo com a reação na qual participa.
Exemplo:

O gás metano (CH4), principal componente do gás natural, tem sido a escolha de muitas indústrias
e proprietários de veículos, pois, quando comparado com outros combustíveis derivados do petró-
leo, produz grande quantidade de calor, por quilograma queimado, resultando em menor impacto
ambiental.
Dadas as entalpias de formação do CH4 = –74,81 kJ/mol, do CO2 = –393,51 kJ/mol e da H2O =
–285,83 kJ/mol, calcule a variação de entalpia, em kJ, para a reação abaixo, a 25°C e 1 atm:
CH4(g) + 2 O2(g) → CO2(g) + 2 H2O(ℓ)
Resolução:
Com as entalpias de formação dadas, coloca-se abaixo de cada substância envolvida o valor cor-
respondente, ou seja, se necessário, altera-se o valor da entalpia da substância para a quantidade
presente na equação fornecida:
CH4(g) + 2 O2(g) → CO2(g) + 2 H2O(ℓ)
–74,81 + 2 (zero) → –393,51 + 2 (–285,83)
–74,81 → –965,17
Σ Hformação dos reagentes → Σ Hformação dos produtos
ΔH°Reação = [Σ Hformação dos produtos] – [Σ Hformação dos reagentes]
ΔH°Reação = –965,17 – (–74,81)
ΔH°Reação = –890,36 kJ
O valor do ΔH de uma reação pode ser expresso em função da quantidade em matéria para qualquer
participante.
Ensino Médio | Modular 23
Lei de Hess
Estabelecida com base em resultados experimentais, a Lei de Hess foi enunciada em 1840 pelo
cientista suíço Germain Henri Hess (1802-1850), considerado um dos pioneiros da Físico-Química.

R3 Lages. 2011. Digitral.


A variação de entalpia em uma reação química depende apenas dos estados inicial
e final da reação.

Em outras palavras, independente do caminho percorrido, partindo de um estado inicial e che-


gando a um estado final, o ΔH será sempre o mesmo, seja uma reação direta ou em etapas. Dessa
forma, a Lei de Hess pode ser considerada uma simples consequência do Princípio da Conservação
da Energia, que estabelece que esta não pode ser criada nem destruída, apenas convertida em
outra forma de energia.
A grande aplicação é permitir a determinação da variação de entalpia das reações que não se
Henri Hess, estudando os ca- realizam na prática ou de reações que se realizam, porém são difíceis de medir diretamente a sua
lores das reações químicas e variação de energia. Ou seja, com esse método teórico, é possível fazer uma previsão do ΔH de
as relações desses calores uma reação sem realizá-la, por meio de outras reações cujos valores de ΔH são disponíveis. Dessa
com a afinidade entre as
substâncias e com as forças forma, as equações termoquímicas podem ser operadas como se fossem equações algébricas, em
de ligação entre os elemen- que a variação de entalpia da equação global será igual à soma das variações de entalpia das
tos químicos, é considerado etapas individuais.
um dos pioneiros da Físico-
-Química Exemplo:
O gás metano (CH4), principal componente do gás natural, tem sido a escolha de muitas in-
dústrias e proprietários de veículos, pois, quando comparado com outros combustíveis derivados
Lei de
Hess
do petróleo, produz grande quantidade de calor, por quilograma queimado, resultando em menor
@QUI652 impacto ambiental.
Determinar o ΔH da reação:
CH4(g) + 2 O2(g) → CO2(g) + 2 H2O(ℓ)
A partir das equações:
I. C(graf) + O2(g) → CO2(g) ΔH = –393,51 kJ
II. H2(g) + ½ O2(g) → H2O(ℓ) ΔH = –285,83 kJ
III. C(graf) + 2 H2(g) → CH4(g) ΔH = –74,81 kJ

Resolução:
As equações dadas deverão ser organizadas de tal modo que a sua soma resulte na equação-
-problema: CH4(g) + 2 O2(g) → CO2(g) + 2 H2O(ℓ).
Dessa forma, buscam-se as substâncias participantes nas equações fornecidas e, algebricamente,
efetua-se a soma daquelas que forem utilizadas para a obtenção da equação na qual se deseja
determinar a variação de entalpia.
Para isso, deve-se:
 Inverter a equação III de modo a obter o CH4(g) como reagente.
III. C(graf) + 2 H2(g) → CH4(g) ΔH = –74,81 kJ (inverter a equação) ∴

III. CH4(g) → C(graf) + 2 H2(g) ΔH = +74,81 kJ

 Manter a equação I, pois, dessa forma, obtém-se CO2(g).


I. C(graf) + O2(g) → CO2(g) ΔH = –393,51 kJ

24 Termoquímica; Cinética Química


QUÍMICA

 Multiplicar a equação II por 2, para que os coeficientes sejam ajustados.


II. H2(g) + ½ O2(g) → H2O(ℓ) ΔH = – 285,83 kJ (multiplicar por 2 a equação) ∴
II. 2 H2(g) + O2(g) → 2 H2O(ℓ) ΔH = –571,66 kJ

 Finalmente, fazer a soma algébrica das equações utilizadas. Considera-se que a variação de
entalpia de uma reação é a soma das variações de entalpias das equações secundárias.
I. C(graf) + O2(g) → CO2(g) ΔH = –393,51 kJ
II. 2 H2(g) + O2(g) → 2 H2O(ℓ) ΔH = –571,66 kJ
III. CH4(g) → C(graf) + 2 H2(g) ΔH = +74,81 kJ
CH4(g) + 2 O2(g) → CO2(g) + 2 H2O(ℓ) ΔHReação = –890,36 kJ

Segundo a Lei de Hess, o ΔH de um processo é a soma das variações de entalpia das etapas que
ocorrem durante esse processo. Assim, é possível também determinar a variação de entalpia de uma
reação por meio de representação gráfica.

ΔHReação = ΔHI + ΔHII + ΔHIII + ... + ΔHn

Energia de ligação
Numa reação química, as substâncias iniciais são consumidas para que novas substâncias sejam
formadas. Nesse processo, microscopicamente, ocorre um rearranjo entre os átomos presentes nos
reagentes para a obtenção de novas ligações entre esses átomos nos produtos. Portanto, algumas
ligações são quebradas e outras, formadas.

Entalpia de ligação é a energia necessária para romper 1 mol de ligações entre


átomos no estado gasoso, em condições-padrão.

Para que ocorra a quebra de ligações nos reagentes, é necessário o fornecimento de energia,
portanto é um processo endotérmico. Para a formação de ligações nos produtos, há liberação de
energia, isto é, um processo exotérmico. A análise dessas energias envolvidas permite determinar
a variação de entalpia de uma reação química.
Para romper, por exemplo, um mol de ligações do gás hidrogênio e formar átomos de H(g), é neces-
sário fornecer 436 kJ. Diz-se que a energia de ligação H – H é 436 kJ.
H2(g) → 2 H(g) ΔH = 436 kJ/mol de ligação (simples)
ou
H – H → 2 H(g) ΔH = 436 kJ/mol de ligação
Graficamente,

H(gasoso) + H(gasoso)

DH = +436 kJ

H – H(gasoso)

Ensino Médio | Modular 25


Assim,
O2(g) → 2 O(g) ΔH = 496 kJ/mol de ligação (dupla)
ou
O = O → 2 O(g) ΔH = 496 kJ/mol de ligação

N2(g) → 2 N(g) ΔH = 944 kJ/mol de ligação (tripla)


ou
N ≡ N → 2 N(g) ΔH = 944 kJ/mol de ligação
A tabela a seguir apresenta valores das entalpias de ligação médias para algumas ligações:
Entalpias de ligação Entalpias de ligação
Ligação Ligação
médias kJ/mol médias kJ/mol
C–H 412 N–N 163
C–C 348 N≡N 944
C=C 612 N–O 210
C≡C 837 N=O 630
C–O 360 O–H 463
C=O 743 F–F 158
C–N 305 Cℓ – Cℓ 242
C–F 484 Br – Br 193
C – Cℓ 338 H–F 565
C – Br 276 H – Cℓ 431
N–H 388 H – Br 366
Fonte: ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio
ambiente. Porto Alegre: Bookman, 2006.

Exemplos:
1. A indústria automobilística busca cada vez mais o desenvolvimento de motores que utilizam com-
bustíveis alternativos, como o H2. Apesar de ser considerado um combustível que não causa polui-
ção, apresenta baixa capacidade energética (mássica e volumétrica). Calcule a energia envolvida
na queima de um mol desse combustível:
H2(g) + ½ O2(g) → H2O(g)
Dadas as energias de ligação:
H–H ΔH = 436 kJ/mol
O=O ΔH = 496 kJ/mol
H–O ΔH = 463 kJ/mol
Resolução:
Primeiramente, representam-se as ligações de todas as substâncias envolvidas. Com os dados
apresentados, as ligações são substituídas pelos valores que correspondem à quebra de 1 mol de
ligação. Assim, se necessário, altera-se o valor da energia para a quantidade presente na equação.
H–H+ ½ O=O → H–O–H
Ligações rompidas → Ligações formadas
436 kJ + ½ · 496 kJ → 2 · 463 kJ
684 kJ 926 kJ
Energia absorvida para o Energia liberada para a
rompimento de ligações
< formação de ligações
(processo endotérmico) (processo exotérmico)

Saldo: 242 kJ liberados


26 Termoquímica; Cinética Química
QUÍMICA

2. A hidrazina é um composto químico de fórmula N2H4, utilizado entre outras aplicações em prope-
lentes de satélites artificiais. Sabendo-se que a síntese da hidrazina pode ser representada pela
equação a seguir:
2 H2(g) + N2(g) → N2H4(g)
Ligação Energia (kJ/mol)
H–H 436
H–N 388
N–N 163
N≡N 944
Por meio dos valores das energias de ligação, na tabela apresentada, calcule a variação de entalpia
obtida na sua formação:
Resolução: 2H–H+N≡N → H–N–N–H
H H
Ligações rompidas → Ligações formadas
2 · 436 kJ + 944 kJ → 4 · 388 kJ + 163 kJ
1 816 kJ 1 715 kJ
Energia absorvida para o Energia liberada para a
rompimento de ligações
> formação de ligações
(processo endotérmico) (processo exotérmico)

Saldo: 101 kJ absorvidos

O saldo resultante indica se a reação química ocorre com absorção ou liberação de energia. Na
realidade, há tanto a absorção de energia (nos reagentes) quanto a liberação de energia (nos produtos),
porém o saldo determina qual processo prevalece na reação química em questão.

1. (UDESC) Determine o calor de combustão (ΔH°) c)¨+ƒ ²N-PRO²


para o metanol (CH3OH) quando ele é queimado, d) ¨+ƒ N-. mol–1
sabendo-se que ele libera dióxido de carbono e
e) ¨+ƒ ²N-. mol–1
vapor-d’água, conforme reação descrita abaixo:
Substância ΔHof kJ . mol–1 2. (UFRN) A civilização moderna consome muita
CH3OH –239,0 energia. Uma grande quantidade dessa energia
é produzida pela queima de derivados do petró-
CO2 –393,5
leo, como a gasolina, da qual um dos compostos
H 2O –241,8 fundamentais é o octano (C8H18).
CH3OH + 3/2 O2 → CO2 + 2 H2O A seguir, representa-se a equação ajustada da
combustão completa do octano, a 298 K e 1
a) ¨+° = +638,1 kJ . mol–1 atm:
b) ¨+ƒ ²N-. mol–1 C8H18(ℓ) + 25 2 O2(g) → 8 CO2(g) + 9 H2O(ℓ)

Ensino Médio | Modular 27


a) Se ΔH°Reação = Σ ΔHf°P – Σ ΔHfoR, calcule a variação Espécie
CaCO3 H2CO3 Ca2+ HCO–3
de entalpia para a combustão de um mol de octa- química
no, de acordo com os dados da tabela abaixo: ΔHof
–1 207,10 –699,65 –542,83 –692
(Dados: a 298 K e 1 atm) (kJ/mol)

Substância ΔHof kJ . mol


a) –4,6 b) –20,0
c) –160,5 d) –294,0
C8H18(ℓ) –5 110,0

CO2(g) –394,0 4. (UESPI) Sulfetos metálicos têm importante papel


H2O(ℓ) –286,0 na química analítica para a identificação de metais.
Uma das primeiras etapas na refinação desses sul-
fetos é o processo de ustulação, na qual o minério
é aquecido com oxigênio para formar o óxido me-
tálico e SO2(g). Em um processo de ustulação da
esfalerita (ZnS), qual será, em kJ, o ΔH298?
Dados de calor de formação em kcal . mol–1 (25°C):
ZnS = –49,23; ZnO(s) = –83,24; SO2(g) = –70,994
(1 kcal equivale a 4,184 kJ).
a) –105,00 kJ b) –205,97 kJ
c) –296,83 kJ d) –348,27 kJ
e) –439,32 kJ
b) Uma alternativa para se diminuir o impacto
poluente do CO2(g) produzido pela combustão 5. (UEM – PR) É possível preparar gás oxigênio em
da gasolina é o uso de etanol (C2H5OH). laboratório pelo aquecimento cuidadoso de clo-
Escreva a equação da combustão completa do eta- rato de potássio, de acordo com a reação:
nol e explique, considerando o impacto do CO2(g), 2 KCℓO3(s) → 2 KCℓ (s) + 3 O2(g) ΔH = +812 kJ
por que ele é menos poluente que a gasolina: Supondo-se que a entalpia do KCℓ(s) vale +486 kJ/mol
e considerando o sistema a 25°C e 1 atm, qual é
o valor da entalpia-padrão do KCℓO3(s) em kJ/mol?

3. (CESUPA) Estalactites e estalagmites são forma-


ções rochosas sedimentares que se originam,
respectivamente, no teto e no chão de grutas 6. (UFC – CE) Considerando a reação de combustão
ou cavernas, pela deposição de carbonato de completa da sacarose (C12H22O11) e de acordo
cálcio (CaCO3), arrastado pela água que goteja com os valores de entalpia-padrão de formação
do teto. Nessas formações, o carbonato de cálcio abaixo, assinale a alternativa que expressa corre-
reage com uma solução diluída de ácido carbô- tamente o valor da entalpia-padrão de formação
nico (CO2 dissolvido em água), de acordo com a (em kJ/mol) de um mol de sacarose.
equação química, não balanceada, a seguir: (Dados: ΔH°f (H2O, ℓ) = –286 kJ/mol; ΔH°f (CO2,
CaCO3(s) + H2CO3(aq) → Ca2+(aq)
+ HCO3–(aq) g) = –394 kJ/mol;
A partir dos valores dos calores de formação me- ΔH°f (O2, g) = 0; ΔH°combustão (C12H22O11, s) =
didos a 25°C apresentados a seguir, encontra-se –5 654 kJ/mol)
que o ΔH° para a reação em questão, expresso
a) 220 b) 110 c) –1 110
em kJ/mol, é aproximadamente igual a:
d) –2 220 e) –4 440
28 Termoquímica; Cinética Química
QUÍMICA

7. (UECE) A gasolina utilizada atualmente no Brasil d) A entalpia-padrão de formação (ΔH°f) do O2(g)


é constituída por vários hidrocarbonetos e álcool é igual a zero.
anidro cujo percentual máximo recomendado é e) A entalpia-padrão de formação (DH°f) da sa-
de 25%. Considere, neste caso, a gasolina lim- carose é –2 222 kJ mol–1.
pa constituída apenas de 2,3,4-trimetilpentano,
cuja combustão completa produz CO2 e H2O e 10. (UFS – SE) Considere os seguintes dados, a 25°C:
tem como valor de entalpia (ΔH), –5 069 kJ/mol. I. Mg(s) + 2 H2O(ℓ) = Mg(OH)2(s) + H2(g)
As entalpias-padrão de formação (ΔH°) de CO2(g)
II. Mg(s) + 2 H2O(g) = Mg(OH)2(s) + H2(g)
e de H2O(g) são, respectivamente, –393,5 kJ/mol
e –241,82 kJ/mol. A entalpia de formação do octano III. Mg(s) + ½ O2(g) = MgO(s)
mencionado é: Entalpia de formação, em kJ/mol:
a) –255,38 kJ/mol b) +255,38 kJ/mol H2O(ℓ)ï+2O(g)ï0J 2+ 2(s)ï
c) –635,32 kJ/mol d) +635,32 kJ/mol MgO(s)ï
Observação: A reação de combustão é: Sendo a entalpia molar de formação de uma
substância simples, a 25°C, igual a zero, pode-se
C8H18(ℓ) + 25 2 O2(g) → 8 CO2(g) + 9 H2O(g) calcular a variação de entalpia que ocorre na:
a) transformação de um mol de água líquida em
Desafio um mol de vapor-d’água. Seu valor é igual a
8. (UEMG) Considere os dados apresentados na ta- +528 kJ/mol;
bela a seguir: b) reação representada em III. Seu valor é igual a
Substância
Entalpia-padrão de +602 kJ/mol de MgO(s);
formação (kJ/mol)
c) reação representada em I;
Dióxido de carbono –394
d) reação representada em II;
Vapor-d‘água –242
e) reação de hidratação do MgO(s) produzindo
Metanol –320
Mg(OH)2(s), ou seja, MgO(s) + H2O(ℓ) → Mg(OH)2(s).
Etanol –296

Levando-se em conta o aspecto energético, entre


os álcoois constantes nessa tabela, o melhor com- Desafio
bustível apresenta entalpia de combustão igual a:
11. (UFES) A equação abaixo representa um grande
a) –956 kJ/mol b) –1 198 kJ/mol problema causado pela poluição atmosférica:
c) –1 218 kJ/mol d) –1 810 kJ/mol a desintegração lenta e gradual que ocorre nas
estátuas e monumentos de mármore (CaCO3),
9. (UFPB) O consumo de carboidratos é essencial à
exercida pelo ácido sulfúrico formado pela inte-
dieta humana, pois eles têm a função de suprir as
ração entre SO2, o oxigênio do ar e a umidade.
necessidades energéticas do organismo. A sacaro-
se (C12H22O11) é um exemplo dessa classe de com- CaCO3(s) + H2SO4(aq) → CaSO4(s) + H2O(ℓ) + CO2(g)
postos, cujo suprimento de energia ocorre pela Calor de for- CaCO3 H2SO4 CaSO4 H2 O CO2 CaO
sua queima representada pela equação abaixo: mação (kJ/mol,
–1 207 –813,8 –1 434,5 –286 –393,5 –635,5
C12H22O11(s) + 12 O2(g) → 12 CO2(g) + 11 H2O(ℓ) 25oC e 1 atm)

De acordo com os dados acima:


Sabendo-se que a variação de entalpia-padrão
dessa reação (ΔHor) é igual a –5 653 kJ mol–1 e que a) Determine a variação de entalpia da reação
as entalpias-padrão de formação (ΔHof) de CO2(g) entre o ácido e o calcário (CaCO3).
e H2O(ℓ) são, respectivamente, –395 kJ mol–1 e b) Escreva a equação da reação de decomposi-
–285 kJ mol–1, identifique as afirmativas corretas: ção do carbonato de cálcio (CaCO3).
a) A ingestão de 100 g de sacarose consome 1 653 kJ c) Determine a entalpia de decomposição do car-
de energia do organismo. bonato de cálcio (CaCO3).
b) A queima da sacarose é uma reação exotérmica. d) Calcule a quantidade máxima de gesso (CaSO4)
que pode ser formada pela reação de 44,8 li-
c) A queima de um mol de sacarose fornece 1 653 kJ
tros de SO2(g) lançado na atmosfera, nas CNTP.
de energia ao organismo.
Ensino Médio | Modular 29
14. (UFAL) Dadas as reações:
Desafio 2 Fe(s) + 3 2 O2(g) → Fe2O3(s) ΔH = –822 kJ . mol–1
12. (UNICAMP – SP) O nadador Michael Phelps sur- 2 Aℓ(s) + 3 2 O2(g) → Aℓ2O3(s) ΔH = –1 670 kJ . mol–1
giu na Olimpíada de Beijing como um verda-
Para a reação Aℓ2O3(s) + 2 Fe(s) → Fe2O3(s) + 2 Aℓ(s),
deiro fenômeno, tanto pelo seu desempenho
prevê-se que:
quanto pelo seu consumo alimentar. Divulgou-
-se que ele ingere uma quantidade diária de a) ocorra com liberação de calor.
alimentos capaz de lhe oferecer uma energia b)¨+ N-PRO²
de 50 MJ. Quanto disto é assimilado, ou não, c) ocorra espontaneamente.
é uma incógnita. Só no almoço, ele ingere um d) ΔH = –848 kJ . mol–1.
pacote de macarrão de 500 gramas, além de
e) ΔH = –2 492 kJ . mol–1.
acompanhamentos.
a) Suponha que o macarrão seja constituído es- 15. (UEM – PR) Dadas as reações abaixo, assinale o
sencialmente de glicose (C6H12O6) e que, no que for correto:
metabolismo, toda essa glicose seja transfor- NO(g) + ½ O2(g) → NO2(g) ΔH = –14 kcal (reação 1)
mada em dióxido de carbono e água. Conside-
rando-se apenas o metabolismo do macarrão ½ N2(g) + O2(g) → NO2(g) ΔH = +7,9 kcal (reação 2)
diário, qual é a contribuição do nadador para (01) A variação de entalpia da reação
o efeito estufa, em gramas de dióxido de car- ½ N2(g) + ½ O2(g) → NO(g) é igual a 31,9 kcal.
bono?
(02) A reação 1 absorve energia equivalente a
b) Qual é a quantidade de energia, em kJ, as-
14 000 calorias.
sociada à combustão completa e total do
macarrão (glicose) ingerido diariamente pelo (04) A reação 2 libera energia equivalente a
nadador? 33 022 joules.
(Dados de entalpia de formação em kJ mol–1: (08) A reação NO(g) → ½ N2(g) + ½ O2(g) absorve
glicose = –1 274, água = –242, dióxido de 21,9 kcal.
carbono = –394) (16) A reação 1 é exotérmica.

Desafio 16. (UFAC) O dióxido de enxofre é um subproduto da


queima de combustíveis fósseis, podendo com-
13. (UDESC) O oxigênio consumido por uma pessoa binar-se com a água para formar ácido sulfuro-
é utilizado para produzir energia por meio da so. Alternativamente, o dióxido de enxofre pode
combustão da glicose (C6H12O6). Considerando reagir com o oxigênio da atmosfera para formar
que em média uma pessoa em repouso consuma trióxido de enxofre, que, por sua vez, forma em
por hora e por quilograma de massa 180 mL de água, o ácido sulfúrico. As reações de formação
oxigênio a 25ºC e 1 atm, calcule: do dióxido de enxofre e do trióxido de enxofre e
a) Quanto de massa de glicose uma pessoa de as respectivas variações de entalpia, ΔH, são:
70 kg, em repouso, precisa consumir durante S(s) + O2(g) → SO2(g) ΔH = –297 kJ/mol
um dia? S(s) + 3 2 O2(g) → SO3(g) ΔH = –396 kJ/mol
b) Para as mesmas condições anteriores, qual é a A formação de trióxido de enxofre a partir do
quantidade de energia produzida pela queima dióxido de enxofre é dada pela reação:
da glicose?
x SO2(g) + y O2(g) → z SO3(g) ΔH = w
Dados: A alternativa que representa os valores indicados
ΔH°CO2 = –393,5 kJ . mol–1 por x, y, z e w é:
ΔH°H2O = –285,8 kJ . mol–1 a) x \ ] HZ ïN-PRO
ΔH°glicose = 1 268 kJ . mol–1 b)[ \ ] HZ ïN-PRO
c) x = 1, y = 1/2, z = 1 e w = 99 kJ/mol.
d) x = 1, y = 1/2, z = 1 e w = 693 kJ/mol.
e) [ \ ] HZ ïN-PRO
30 Termoquímica; Cinética Química
QUÍMICA

17. (UFBA) a) libera 43 kJ de energia;


I. O3(g)2‡(g) → 2 O2(g) b) absorve 86 kJ de energia;
II. O3(g) + Cℓ‡(g) → Cℓ2‡(g) + O2(g) Δ+ƒ ïN- c) libera 86 kJ de energia;
III. Cℓ2‡(g)2‡(g) → Cℓ‡(g) + O2(g) Δ+ƒ ïN- d) absorve 527 kJ de energia;
Atualmente, os propelentes usados em aerossóis e) libera 527 kJ de energia.
substituíram, em parte, os clorofluormetanos,
20. (UFSCAR – SP) O cultivo da cana-de-açúcar faz
responsáveis pela redução da blindagem de ozô-
parte da nossa história, desde o Brasil Colônia.
nio, O3(g), na estratosfera. Os clorofluorcarbonos
O açúcar e o álcool são seus principais produtos.
absorvem radiações de elevada energia e liberam
Com a crise mundial do petróleo, o incentivo à
átomos de cloro, Cℓ(g), que provocam reações em
fabricação de carros a álcool surgiu, na década
cadeia e reduzem a concentração de ozônio na
de 1970, com o Proálcool. Esse Programa Nacio-
alta atmosfera, como evidenciam, resumidamen-
nal acabou sendo extinto no final da década de
te, as equações termoquímicas II e III.
1990. Um dos pontos altos nas discussões em
2ViWRPRVGHR[LJrQLR2‡(g), que participam da Joanesburgo sobre desenvolvimento sustentável
reação química representada em III, têm origem foi o pacto entre Brasil e Alemanha para investi-
na dissociação de moléculas de O2(g) causada mento na produção de carros a álcool.
pela absorção de radiações de alta energia. a) Escreva a equação de combustão do etanol,
Considerando essas informações e as equações devidamente balanceada. Calcule o calor de
termoquímicas II e III, determine – aplicando a combustão de 1 mol de etanol, a partir das
Lei de Hess – a variação de entalpia da reação seguintes equações:
química representada em I. ΔH°f (kJ/mol)

18. (UFMS) Calcule a entalpia, ΔH, em kcal/mol, da rea- C(s) + O2(g) → CO2(g) –394
ção: H2(g) + ½ O2(g) → H2O(ℓ) –286
CO2(g) → C(s, grafite) + O2(g), nas condições ambien-
2 C(s) + 3 H2(g) + ½ O2(g) → C2H5OH(ℓ) –278
tes (25°C e 1 atm), sabendo-se que:
I. C2H6(g) + 7 2 O2(g) → 2 CO2(g) + 3 H2O(ℓ)
ΔH° = –372,7 kcal/mol
II. 2 C(s, grafite) + 3 H2(g) → C2H6(g)
ΔH° = –20,2 kcal/mol
III. H2(g) + ½ O2(g) → H2O(ℓ)
ΔH° = –68,3 kcal/mol

b) A reação de combustão do etanol é endotér-


mica ou exotémica? Justifique:

21. (EMESCAM – ES) Em nosso estado, uma atividade


econômica de grande importância é a mineração
de rochas. Nessa atividade, utilizam-se brocas e
máquinas de corte e perfuração fabricadas com
o carbeto de tungstênio (WC). Esse composto é
obtido, a partir de seus elementos, pela reação:
19. (UNIFOR – CE) A partir das equações termoquímicas:
W(s) + C(grafita) → WC(s)
I. H2(g) + ½ O2(g) → H2O(ℓ); ΔH = –285 kJ/mol de
H2(g) A variação de entalpia (ΔH) dessa reação não é
II. H2(g) + ½ O2(g) → H2O(g); ΔH = –242 kJ/mol facilmente medida, já que ela se processa a mais
de H2O(g) de 1 000°C. Desse modo, obtém-se o valor de
ΔH da reação a partir do cálculo dos calores de
conclui-se que a condensação de 36,0 g de água:
combustão a seguir:
Ensino Médio | Modular 31
I. 2 W(s) + 3 O2(g) → 2 WO3(s) a) Calcule a variação de entalpia para a reação de
ΔH = –1 681 kJ/mol formação do benzeno (C6H6), a partir das demais
reações, cuja variação de entalpia é conhecida.
II. C(grafita) + O2(g) → CO2(g)
b) Classifique a reação de formação do benzeno
ΔH = –394 kJ/mol
em exotérmica ou endotérmica.
III. 2 WC(s) + 5 O2(g) → 2 WO3(s) + 2 CO2(g)
24. (UFRPE) O NO2 (dióxido de nitrogênio) pode, em
ΔH = –2 392 kJ/mol
reações que ocorrem na atmosfera, produzir áci-
A partir da Lei de Hess, pode-se determinar que o do nítrico e nitratos orgânicos, que contribuem
calor de formação do carbeto de tungstênio (em para fenômenos com elevado impacto ambien-
kJ/mol) é igual a: tal, como as chuvas ácidas e a eutrofização de la-
a) –38,5 b) –77,0 gos e rios. Ele pode ainda ser formado nas reações
c) +38,5 d) +77,0 de combustão dos motores a explosão, a partir
da reação de óxido nítrico (NO) com oxigênio
e) –4 467
(O2). Dadas as reações a seguir, determine o ΔH°
22. (UEG – GO) A variação de entalpia envolvida da reação NO(g) + O(g) → NO2(g) em kJ:
numa reação química, em determinadas condi- 2 O3(g) → 3 O2(g) ΔH° = –427 kJ
ções, depende exclusivamente da etapa inicial O2(g) → 2 O(g) ΔH° = +495 kJ
dos reagentes e da etapa final dos produtos, seja
NO(g) + O3(g) → NO2(g) + O2(g) ΔH° = –199 kJ
a reação executada em uma única etapa ou em
várias etapas sucessivas. a) –131 kJ b) +131 kJ
Sabendo que c) –233 kJ d) +233 kJ
C2H5OH(ℓ) + 3 O2(g) → 2 CO2(g) + 3 H2O(ℓ) e) +267 kJ
ΔH = –326,71 kcal 25. (UTFPR) O metanol é um excelente combustível
alternativo para motores de alta compressão, bem
C(s) + O2(g) → CO2(g) ΔH = –94,05 kcal
como um dos combustíveis usados em aviões a
H2(g) + ½ O2(g) → H2O(ℓ) ΔH = –68,32 kcal jato e foguetes. Ele pode ser produzido através
faça o que se pede: da reação controlada do oxigênio do ar com me-
tano do gás natural.
a) Calcule o ΔH para:
CH4(g) + ½ O2(g) → CH3OH(ℓ)
2 C(s) + 3 H2(g) + ½ O2(g) → C2H5OH(ℓ) ΔH = ?
Dadas as equações abaixo,
b) Responda: a reação de formação do etanol é
endotérmica ou exotérmica? CO(g) + 3 H2(g) → CH4(g) + H2O(g) ΔH = –206,1 kJ
2 H2(g) + CO(g) → CH3OH(ℓ) ΔH = –128,3 kJ
23. (UEG – GO) Nos processos industriais, a termo-
2 H2(g) + O2(g) → 2 H2O(g) ΔH = –483,6 kJ
química tem sido muito empregada para o apro-
veitamento do calor do sistema em trocas térmi- podemos afirmar que a entalpia-padrão de rea-
cas, as quais geram benefícios econômicos para ção para a formação de 1 mol de metanol a par-
as indústrias. Muitas reações químicas liberam tir de metano e oxigênio é igual a:
calor, e esse calor pode ser estimado a partir da a) –164,0 kJ b) –818,0 kJ
variação de entalpia de outras reações químicas.
c) –405,8 kJ d) –576,2 kJ
Considerando esse assunto e a reação de forma-
e) –92,6 kJ
ção do benzeno (C6H6), responda ao que se pede:
6 C(grafite) + 3 H2(g) → C6H6(ℓ) 26. (CEFET – RJ) As paredes das casas são feitas com ti-
jolos (argila), unidos por uma massa feita com água,
I. C(grafite) + O2(g) → CO2(g)
areia e cimento. Os cimentos comuns apresentam
ΔH = –94,1 kcal . mol–1 em sua composição 0,4% de óxido de potássio (K2O).
II. H2(g) + ½ O2(g) → H2O(ℓ) Sendo dados:
ΔH = –68,4 kcal . mol–1 K(s) + H2O(ℓ) → KOH(aq) + ½ H2(g) ΔH = –314 kJ
III. C6H6(ℓ) + O2(g) → 6 CO2(g) + 3 H2O(ℓ)
15 2 K2O(s) + H2O(ℓ) → 2 KOH(aq) ΔH = –335 kJ
ΔH = –781,0 kcal . mol–1 H2(g) + ½ O2(g) → H2O(ℓ) ΔH = –286 kJ
32 Termoquímica; Cinética Química
QUÍMICA

A energia liberada em kJ, necessária para forma- Substâncias Entalpia (ΔH°) de


ção de um mol de óxido de potássio a partir dos H2O(ℓ) Formação = –285,83 kJ/mol
seus elementos, é de:
H2(ℓ) Vaporização = +0,45 kJ/mol
a) 265 O2(ℓ) Vaporização = +3,40 kJ/mol
b) 360 H2O(ℓ) Vaporização = +44,0 kJ/mol
c) 579
d) 620 O valor que mais se aproxima da entalpia de rea-
ção para a reação descrita na equação é

Desafio a) –330 kJ b) –240 kJ

27. (CEFET – PI) O gráfico abaixo representa a varia- c) +240 kJ d) +245 kJ


ção de entalpia para a reação entre o N2 e o O2, e) +330
produzindo o NO2, em duas etapas ou em uma
29. (UFC – CE) Dadas as reações:
única etapa:
I. H2(g) + Cℓ2(g) → 2 HCℓ(g)
II. N2(g) + 3 H2(g) → 2 NH3(g)
e as energias de ligação:
Ligação Entalpia de ligação (kJ/mol)
H–H 432
N≡N 942
H – Cℓ 428
Cℓ – Cℓ 240
Analise o gráfico e assinale a alternativa correta: N–H 386
a) X = –33,85 kJ/mol, e a reação total
a) Determine o ΔH para as reações I e II:
½ N2(g) + O2(g) → NO2(g) é exotérmica.
b) X = 33,85 kJ/mol, e a reação total
½ N2(g) + O2(g) → NO2(g) é endotérmica.
c) X = 146,89 kJ/mol, e a reação total
½ N2(g) + O2(g) → NO2(g) é endotérmica.
d) O ΔH para a reação NO2(g) → NO(g) + ½ O2(g) é
–56,52 kJ/mol.
e) Na reação endotérmica ½ N2(g) + O2(g) → NO2(g)
são liberados 16,92 kJ.

Desafio
28. (FGV – SP) É um pequeno passo para um ho-
mem, mas um gigantesco salto para a humani-
dade, disse Neil Armstrong, ao pisar na Lua há
40 anos, em julho de 1969. Para realizar essa fa-
çanha, o foguete utilizou, na época, oxigênio e
hidrogênio líquidos como combustíveis, que rea-
giam na câmara de combustão, produzindo um
gás que era expelido em alta pressão, lançando b) Baseado apenas nos valores de ΔH, qual das
a Apollo 11 rumo ao espaço. A reação química é reações é mais favorável? Por quê?
representada na equação:
H2(ℓ) + ½ O2(ℓ) → H2O(g)
Na tabela, são dados os valores de entalpia-pa-
drão de formação e de vaporização:
Ensino Médio | Modular 33
2 Cinética Química

Cientistas descobrem corais que vivem mais de 4 000 anos


Um deles "nasceu" quando pirâmides ainda estavam sendo construídas no Egito; o outro começou a se
formar quando o Império Assírio ameaçava destruir as tribos de Israel. Estamos falando de dois tipos de corais,
que podem ser encontrados nas profundezas do mar perto do Havaí, no Pacífico. Datações impressionantes
feitas por pesquisadores americanos mostram que eles têm

© HURL/NOAA
4 265 anos e 2 742 anos, respectivamente. Estão, portanto, entre
os seres vivos mais antigos da Terra.
[...] A equipe liderada por Brendan Roark, da Universidade
Stanford, extraiu amostras de dois gêneros de coral, o Gerardia
(que pode ser visto na foto ao lado) e o Leiopathes, que podem
ser encontrados a profundidades que vão de 300 m a 500 m em
águas havaianas. Esses invertebrados usam protuberâncias do
solo marinho para se fixar e crescer.
Ao realizar datações por carbono-14, semelhantes às que
servem para estimar a idade de fósseis, os pesquisadores che-
garam às idades inacreditáveis citadas acima. Os corais são
organismos coloniais, ou seja, vários "indivíduos" se juntam
num só corpo e crescem juntos, dividindo funções como cap- O coral Gerardia, com idade estimada
de quase 2 700 anos
tura de alimento e excreção. Ao que parece, enquanto partes
desses superorganismos iam morrendo, outras cresciam no lugar, chegando a vários milênios de existência
contínua num único "corpo".
Segundo os pesquisadores, não é incomum que animais de regiões muito profundas tenham crescimento
lento e grande longevidade, mas o caso dos corais é fora de série. É praticamente certo que eles sejam os
organismos coloniais mais antigos da Terra. Como eles são explorados para fazer joias, os cientistas alertam
que isso pode levar ao extermínio das espécies, uma vez que elas crescem muitíssimo devagar.
LOPES, Reinaldo José. Cientistas descobrem corais que vivem mais de 4 000 anos. Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/
Ciencia/0,,MUL1055013-5603,00-CIENTISTAS+DESCOBREM+CORAIS+QUE+VIVEM+MAIS+DE+ANOS.html>. Acesso em: 8
maio 2011.
1. Os recifes de corais formam um dos mais antigos e complexos ecossistemas marinhos do planeta.
Compostos por finas camadas de carbonato de cálcio, foram formados ao longo de milhares de anos por
colônias de pequenos animais chamados pólipos de corais. De acordo com o texto, como foi possível
estimar a idade dos corais dos gêneros Gerardia e Leiopathes?
2. Em diversos estados do Brasil, comunidades recifais se instalaram sobre bancos de arenito de praia, em
geral estreitos, alongados e situados adjacentes à praia. Pesquise três estados brasileiros que possuem
região litorânea privilegiada com recifes de corais.
3. Pesquise a qual filo pertencem os corais dos gêneros Gerardia e Leiopathes.

34 Termoquímica; Cinética Química


2.a série – 2.o volume

Química
QUÍMICA

A formação de grandes recifes de corais envolve uma série de reações químicas que levaram mi- 35
lhares de anos para ocorrer. De maneira semelhante, o petróleo foi formado por materiais orgânicos
que se decompuseram num longo período de tempo.
Além de reações lentas, como as citadas anteriormente, há fenômenos que ocorrem com uma
rapidez impressionante, como a queima de fogos de artifício, por exemplo. Algumas reações são tão
rápidas (instantâneas) que é praticamente impossível medir a sua velocidade.
Reações Como as velocidades das reações químicas podem variar por uma longa faixa de tempo, interferir
químicas
que ocorrem
na rapidez desses processos é um dos maiores interesses da sociedade. As indústrias podem obter
rapidamente benefícios ao produzir maior quantidade de produto em menor quantidade de tempo, o que garante
@QUI668 melhor relação custo/benefício.
Reações O conhecimento e o estudo da velocidade das reações tornam possível um controle sobre elas.
químicas Existem reações lentas que podem ser aceleradas, dependendo da necessidade para a qual se destinam,
que ocorrem
lentamente e existem reações rápidas, que podem ser retardadas pelo mesmo motivo.
@QUI712 Quantificar a rapidez de uma reação química e compreender quais fatores a influenciam fazem
parte do estudo da Cinética Química.

Teoria das colisões


As reações químicas não ocorrem pelo simples contato e afinidade entre os reagentes. É necessário
que as ligações dos reagentes sejam rompidas para que se formem outros compostos por rearranjo
de átomos. Pode-se dizer que a condição necessária para que ocorra a reação é apresentar a colisão
efetiva entre as moléculas iniciais.
Na colisão efetiva, as moléculas devem apresentar orientação favorável e energia suficiente para
que as ligações dos reagentes se rompam e se formem novas ligações nos produtos.

Colisão efetiva – orien-


tação favorável e energia
suficiente

Se a orientação não for adequada ou não tiver a energia suficiente, há uma colisão não efetiva
e a reação não acontece.

Colisão não efetiva – energia insuficiente e/ou orientação desfavorável

Essa teoria que determina a ocorrência de uma reação química é conhecida como teoria das
colisões, e a quantidade mínima de energia necessária para que a colisão entre as moléculas dos
reagentes seja efetiva com orientação adequada é chamada de energia de ativação.

Ensino Médio | Modular 35


Energia de ativação (Ea) é a quantidade mínima de energia necessária para romper as ligações
presentes nos reagentes e formar novas ligações nos produtos.

Quando ocorre o choque entre as moléculas dos reagentes com orientação adequada e com ener-
gia igual ou superior à energia de ativação, forma-se uma estrutura intermediária instável entre os
reagentes e produtos, o complexo ativado.

Reagente(s) → <complexo ativado> → produto(s)

A
Energia de
ativação X
A X A X
@QUI699
B Y B Y
B
Y
Reagentes Produtos
Complexo ativado
(estrutura intermediária instável)

Graficamente, demonstra-se o caminho energético de uma reação por meio de diagramas:

Complexo ativado Complexo ativado


Energia
Energia

Ea = Energia de ativação
Ea = Energia de ativação

Produto(s)

Calor absorvido
Reagente(s) Reagente(s)

Calor liberado
Produto(s)

Caminho da reação Caminho da reação

Reação exotérmica Reação endotérmica

Com os diagramas, pode-se interpretar a energia de ativação como um obstáculo para a ocorrência
de uma reação química, seja exotérmica seja endotérmica. Assim, processos químicos que apresen-
tam baixa energia de ativação, ou seja, que não necessitam de valores elevados de energia para que
ocorram as colisões efetivas, indicam reações rápidas. As reações lentas, ao contrário, apresentam
elevados valores de energia de ativação, sendo necessário fornecer muita energia para que ocorram
as colisões efetivas.
Pode-se afirmar que a velocidade de uma reação depende da energia de ativação e da frequência
das colisões entre as moléculas dos reagentes.

Quanto maior a frequência existente entre as moléculas, maior será a probabilidade de que
as colisões sejam efetivas e, consequentemente, menor a energia de ativação, isto é, maior a
velocidade da reação.

36 Termoquímica; Cinética Química


QUÍMICA

Velocidade de uma reação química


A velocidade ou a rapidez de uma reação é a grandeza que mede as quantidades de reagentes
que são consumidas e/ou as quantidades de produtos que se formam no decorrer do processo, por
unidade de tempo. Com a velocidade de um dos componentes (reagente ou produto), pode-se deduzir
a velocidade de outro componente. Isso é possível, pois há uma relação estequiométrica entre as
espécies envolvidas na equação.
Reagentes ® Produtos
Divo. 2011. Digital.

Portanto, pode-se determinar a velocidade média de uma reação, em relação a um componente,


pela razão entre a variação da quantidade do reagente ou do produto e o intervalo de tempo necessário
para que ocorra a reação.
ΔQReagente ΔQProduto
Velocidade média (em relação a um componente) = − =
Δt Δt

É possível apresentar a velocidade média única de uma reação sem especificar a espécie. Nesse
caso, divide-se a velocidade média em relação a um componente pelo seu coeficiente estequiométrico:
ΔQReagente ΔQProduto
Δt Δt
Velocidade média de reação = − =
coeficiente coeficiente

1. (UFAC) Considerando o diagrama abaixo, qual das alternativas representa respectivamente o valor da
energia de ativação e da energia do complexo ativado? Como essa reação pode ser classificada conside-
rando as trocas de calor com o ambiente? A reação hipotética está indicada a seguir:

a) 150 J, 120 J, reação exotérmica.


b) 60 J, 180 J, reação endotérmica.
c) 60 J, 120 J, reação endotérmica.
d) 60 J, 180 J, reação exotérmica.
e) 150 J, 120 J, reação endotérmica.

Ensino Médio | Modular 37


2. (UERN) 4. (UFC – CE) Metano (CH4) é o gás produzido a
Energia (kJ)
partir da biomassa, e a sua queima na indústria,
N3O2
para obtenção de energia térmica, corresponde
x à seguinte reação:
N2O + NO CH4(g) + 2 O2(g) → CO2(g) + 2 H2O(ℓ)
Se a velocidade de consumo do metano é
0,01 moI . min–1, assinale a alternativa que cor-
y
N2 + NO2 retamente expressa o número de moles de CO2
produzido durante uma hora de reação:
Coordenada da reação a) 0,3 b) 0,4
Existe uma barreira a ser vencida para que as mo- c) 0,5 d) 0,6
léculas de reagente se transformem em moléculas e) 0,7
de produto. A energia para vencer essa barreira é
denominada de energia de ativação. Assim, ape- 5. (UDESC) Um bico de Bunsen está consumindo
nas as moléculas dotadas de energia suficiente 2,24 litros/minuto de butano, C4H10 (medido nas
conseguem, ao se aproximar com geometria fa- CNTP). A combustão é completa, de modo a pro-
vorável, produzir colisões eficazes. O diagrama duzir dióxido de carbono e água. Pode-se afirmar
representa a variação de energia em função do que a velocidade de formação do dióxido de car-
caminho de reação de N2O(g) com NO(g). bono é de:
Uma análise dessas informações e do diagrama a) 0,50 moles/min
permite concluir: b) 0,20 moles/min

(01) A reação química que ocorre entre os dois c) 0,30 moles/min


gases é representada pela equação química d) 0,40 moles/min
N2O(g) + NO(g) → N3O2(g). e) 0,10 moles/min
(02) A reação química representada é endotér-
mica. 6. (UFES) O metano, em presença de oxigênio, pro-
duz o dióxido de carbono, conforme descrito
(03) O complexo ativado é formado a partir da
pela equação abaixo:
colisão efetiva entre uma molécula de N2O
com uma molécula de NO. CH4(g) + 2 O2(g) → CO2(g) + 2 H2O(ℓ)
(04) A variação de entalpia da reação química e Calor de formação kcal/mol, CH4 CO2 H2 O
a energia de ativação estão representadas o
(25 C e 1 atm) –17,9 –94,1 –68,3
no diagrama, respectivamente, por x e y.
De acordo com os dados acima,
3. (ITA – SP) Considere a reação química represen-
tada pela seguinte equação: a) determine a variação de entalpia da reação
4 NO2(g) + O2(g) → 2 N2O5(g) entre o metano e o oxigênio.

Num determinado instante de tempo t da rea-


ção, verifica-se que o oxigênio está sendo consu-
mido a uma velocidade de 2,4 . 10–2 mol L–1 s–1.
Nesse tempo t, a velocidade de consumo de NO2
será de:
a) 6 . 10–3 mol L–1 s–1
b) 1,2 . 10–2 mol L–1 s–1
c) 2,4 . 10–2 mol L–1 s–1
d) 4,8 . 10–2 mol L–1 s–1
e) 9,6 . 10–2 mol L–1 s–1

38 Termoquímica; Cinética Química


QUÍMICA

b) determine a massa, em gramas, de CO2 produ- Quantidade em matéria (em mols)


Tempo (min)
zida em meia hora de reação, se a velocidade de C formada
de consumo de CH4 for de 0,05 mol/min. 0 0

4 12

6 15

10 20

A partir da análise da tabela, assinale a afirmati-


va correta:
a) O gráfico “quantidade em matéria (em mols)
de C formada” × tempo (min) apresenta uma
curva decrescente.
b) A maior velocidade média dessa reação ocorre
no intervalo de tempo de 0 a 4 minutos.
c) No total, a cada minuto formam-se, em mé-
7. (CEFET – PI) O nome “nitroglicerina” vem de sua
dia, 3 mols de moléculas de C.
estrutura: ela é derivada da molécula glicerina
(uma molécula biológica comum que serve de d) A quantidade de C é a mesma no início e no
base para os triglicerídeos) onde os grupos –OH final da reação.
são substituídos por –NO2. O poder dos explo- e) A velocidade da reação é constante em todos
sivos deve-se ao fato de que o volume ocupado os intervalos mostrados.
por um gás é muito maior do que o ocupado 9. (UERJ) A água oxigenada consiste em uma solu-
por um sólido ou por um líquido. Com base na ção aquosa de peróxido de hidrogênio, que se
reação de decomposição da nitroglicerina sólida, decompõe, sob a ação da luz e do calor, segundo
marque a alternativa correta: a equação química:
(Dados: Massas Molares: C3H5N3O9 = 227 g/mol; 2 H2O2(aq) → 2 H2O(ℓ) + O2(g)
Vmolar = 22,4 L/mol)
Em um experimento, foi monitorada a quantidade
4 C3H5N3O9(s)→ 6 N2(g) + 12 CO2(g) + 10 H2O(g) + 7 O2(g)
de peróxido de hidrogênio em três frascos idênti-
Nitroglicerina
cos – A, B e C – de 1 L de água oxigenada, man-
a) Uma vantagem da nitroglicerina em relação tidos em diferentes condições de luminosidade e
aos outros explosivos, como o TNT (trinitroto- temperatura. Observe os resultados no gráfico:
lueno), é que, ao contrário deste, uma forma 24
sólida de carbono é produzida. A
Quantidade de H2O2 (mols)

22 Ausência de luz
(10oC)
b) Pela estequiometria da reação acima, 4 mols 20
B
Ausência de luz
de nitroglicerina são capazes de gerar quase (25oC)

784 litros de gases, nas CNTP.


c) 227 gramas de nitroglicerina produzem 35 mols
de gases nas CNTP.
d) A velocidade de formação de N2(g) é duas vezes 12
C
Presença de luz
maior que a velocidade de formação de CO2(g). (25oC)
10
e) Quando a nitroglicerina explode libera novas 0
Tempo (anos)
1

moléculas, menos estáveis, e com baixa ener-


Na condição em que ocorreu a menor taxa de de-
gia cinética.
composição do peróxido de hidrogênio, a veloci-
dade média de formação de O2, em mol . ano–1,
8. (UNIR – RO) Um químico, medindo a quantidade
foi igual a:
de matéria de C em função do tempo e nas con-
dições em que se processa, obteve, para a reação a) 1 b) 2
A + 2 B → C, os resultados mostrados na tabela: c) 6 d) 12

Ensino Médio | Modular 39


Desafio
10. (ACAFE – SC) O composto pentóxido de nitro- 40
gênio decompõe-se segundo a equação devida-
mente balanceada a seguir: 35

2 N2O5(g) → 4 NO2(g) + O2(g) 30

Volume de H2 (mL)
O gráfico a seguir representa a variação da con- 25

centração em mol . L–1 do N2O5 em determinado 20


intervalo de tempo em min:
15

10

0
0 20 40 60 80
Tempo (s)

40,37 cm3

(Dados:
Vm = – Δ[reagentes]/Δt
Vm = Δ[produtos]/Δt)
De acordo com essas informações, assinale a al- Mg(s) 1 g + 50 cm3 de
ternativa correta. HCl 0,1 mol . L–1

a) A velocidade média de formação do NO2 no


intervalo de tempo indicado é 0,6 mol . L–1. A equação química não balanceada que repre-
b) O valor da velocidade média do N2O5 no inter- senta o sistema é a seguinte:
valo de tempo indicado é 0,01 mol . L–1. min–1. HCℓ(aq) + Mg(s) → MgCℓ2 + H2
c) O valor da velocidade média da reação é 0,04
mol . L–1. min–1. Julgue os itens que seguem:
d) O valor da concentração do O2 após 40 minu- I. No instante t = 60 s, a velocidade da produ-
tos de reação é 0,4 mol . L–1. ção do gás hidrogênio é maior que a veloci-
dade de consumo de Mg (em mols/s).
II. Em qualquer instante após o início da reação,
Desafio a quantidade de matéria (mol) produzida de
gás hidrogênio é o dobro da consumida de
ácido clorídrico.
11. (UEPB) Para calcular a velocidade de uma reação,
podemos medir a quantidade de reagentes con- III. A massa de gás hidrogênio produzida é sem-
sumidos ou a quantidade de produtos formados pre menor que a massa de ácido consumida,
por unidade de tempo. A figura a seguir represen- em qualquer instante.
ta um experimento no qual misturaram-se 50 mL Está(ão) correto(s):
de uma solução de ácido clorídrico 0,1 mol . L–1 a) I e II. b) apenas II.
com um grama de magnésio metálico. Observe o
c) apenas I. d) II e III.
gráfico do volume do gás hidrogênio formado
versus tempo: e) apenas III.

40 Termoquímica; Cinética Química


QUÍMICA

Fatores que influenciam a velocidade


da reação
Fatores que
influenciam a
velocidade de A velocidade de ocorrência dos processos químicos está diretamente relacionada ao número de
uma reação colisões efetivas entre as moléculas iniciais. Por isso, para melhor controle de sua rapidez, é necessário
química
@QUI911
conhecer os fatores que podem influenciar a quantidade de choques efetivos, permitindo acelerar
reações lentas ou retardar reações rápidas.

Superfície de contato
Como o contato entre os reagentes é uma condição indispensável para que a reação ocorra, quanto
Efeito da maior for a superfície de contato entre as espécies participantes maior será a rapidez da reação. A
superfície
de contato
superfície de contato é a área de determinado reagente efetivamente exposta aos demais participan-
sobre a tes. Ocorre em reações das quais participam reagentes que se encontram em diferentes fases, sendo,
velocidade comumente, um no estado sólido.
de reação
@QUI1177
Quanto maior o grau de dispersão (subdivisão) do reagente, maior será a superfície de contato
entre os participantes da reação. Consequentemente, a probabilidade de colisões efetivas aumenta
e isso provoca aumento na velocidade da reação.

Materiais e reagentes
2 béqueres de 100 mL
© Wikipedia Commons/Evan-Amos

Almofariz e pistilo
© Shutterstock/Sukiyaki

Água na temperatura ambiente


Béquer – Almofariz
2 comprimidos efervescente frasco para e pistilo –
realizar expe- utilizados para
rimentos triturar e pulve-
Procedimentos rizar sólidos
1. Coloque 50 mL de água em dois béqueres.

2. Triture um dos comprimidos com auxílio do almofariz e do pistilo.

3. Adicione, simultaneamente, o comprimido efervescente não triturado em um béquer e o triturado em outro


béquer.

4. Observe.

Descarte
Os resíduos podem ser descartados diretamente na pia.

Ensino Médio | Modular 41


Questões para discussão
a) Em qual dos dois béqueres ocorreu uma efervescência mais rápida?

b) Que fator foi determinante para a análise da rapidez da reação?

c) Como o fator verificado com o experimento influencia a velocidade de uma reação?

Fenômenos que ocorrem no cotidiano são exemplos de como a superfície de contato afeta a
rapidez de uma reação. Quando um combustível líquido, como a gasolina ou o etanol, pega fogo, o
fogo fica na superfície do líquido, pois há o contato com o oxigênio do ar. Por isso, ao ser pulverizado
no ar, a reação com o oxigênio é praticamente instantânea. É por esse motivo que não se deve fumar
em postos de gasolina, pois os vapores de combustível se inflamam com facilidade (maior área de
contato com o oxigênio).
Pelo mesmo motivo, em locais com suspeita de vazamento de gás de cozinha não se devem acender
lâmpadas.

Pressão (gases)
A pressão só influenciará, de maneira significativa, a velocidade das reações quando pelo menos
um dos reagentes estiver no estado gasoso. Isso ocorre porque o volume de um gás sofre grandes
Efeito da alterações quando há variação da pressão. Ao aumentar a pressão sobre um sistema que apresenta
pressão
sobre a pelo menos uma substância gasosa, ocorre diminuição do volume ocupado pelas moléculas de maneira
velocidade a aproximá-las. Isto garante aumento na frequência das colisões. Consequentemente, a existência de
da reação maior número de colisões efetivas aumenta a rapidez da reação.
@QUI2465
Jack Art. 2011. Vetor.

A elevação da pressão aproxima as moléculas, aumentando


a probabilidade de colisões efetivas

Quanto maior for a pressão exercida sobre um sistema em que há pelo menos uma substância no
estado gasoso, menor será o volume ocupado pelas suas moléculas. Com o aumento na frequência
das colisões, há aumento na velocidade da reação.

42 Termoquímica; Cinética Química


QUÍMICA

Temperatura

Armazenamento a frio
A refrigeração é o método de preservação mais conhecido. Provavelmente tudo começou com o
armazenamento de mantimentos em câmaras subterrâneas perto de uma correnteza fria ou do gelo. Sabia-
-se desde o século XVI que os sais diminuíam o ponto de congelamento da água; no século XVIII, os –33ºC
foram alcançados com o uso dessa tecnologia. O congelamento em grande escala surgiu por volta de 1880, e os
navios com câmaras frigoríficas fizeram furor em princípios do século XIX.
A ideia básica da refrigeração consiste em fazer com que tanto as bactérias como as enzimas funcionem menos
ativamente a baixas temperaturas. Apesar disso, a deterioração dos mantimentos continua. Por exemplo, uma
porção de frango que contenha 10 mil bactérias por centímetro quadrado, mantida seis dias a 4ºC, incrementará
sua população de bactérias 10 mil vezes.
O congelamento muda a situação de modo drástico, já que os processos biológicos dependentes da água
líquida desaparecem, embora algumas reações químicas – como a oxidação – continuem lentamente. Os russos
parecem acreditar cegamente nesse método, já que dizem ter comido a carne de um mamute de 20 mil anos
encontrada nas geleiras da Sibéria.
O que acontece durante o congelamento? Para poder entender o mecanismo, temos de lembrar pelo menos três
coisas. Quanto mais sal a água tiver, mais baixa será a temperatura em que se congelará. Outro fato importante é
que a concentração de sais é mais alta dentro da célula do que fora dela. Por último, o gelo é menos denso do que
a água, ou seja, quando a água líquida se transforma em gelo, este ocupa um volume maior.
À medida que a temperatura da carne atinge o ponto de congelamento, começam a se formar cristais de gelo
entre as células musculares, onde a concentração de sais é mais baixa. Esses pequenos cristais, que agora ocupam
mais lugar do que a água original, irrompem nas membranas das células, criando buracos pelos quais conseguem
expor as proteínas musculares (que estavam dentro das células) ao fluido externo. Agora os cristais podem crescer,
tomando água de dentro e de fora das células, produzindo danos celulares. É como se tivéssemos uma bolsa com
compartimentos internos cheios de água, que se rompem um a um e perdem o líquido.
Quando elevamos novamente a temperatura ao descongelar, a carne perde muito líquido, torna-se mais seca
e, portanto, mais dura do que deveria.
Qual é o truque, então? Para começar, convém que o congelamento seja feito o mais rapidamente possível,
já que, quanto mais rápido, menor será o tamanho dos cristais, o que reduzirá o dano potencial sobre a carne.
Ou seja, quanto mais frio for o freezer e mais fino o pedaço de carne (com maior superfície de exposição), mais
rápido ele irá congelar.
Outro efeito de freezer é que, após certo tempo de congelamento, a superfície da carne parece perder a cor.
Isso ocorre pela sublimação (passagem de uma substância do estado sólido para o gasoso; nesse caso, quando
o gelo passa a vapor) dos cristais de gelo da superfície: a concentração de água da carne é muito maior do que
no ar circundante do freezer, ou seja, a superfície da carne tenderá a secar. Isso pode ser facilmente evitado se
a carne for envolvida com um filme impermeável à água.
O último problema do congelamento é que ele promove a oxidação das gorduras. As gorduras podem ser
divididas em saturadas e não saturadas (conforme a quantidade de hidrogênio unido aos carbonos que fazem
parte da molécula); essas últimas são suscetíveis à oxidação porque é mais fácil que o oxigênio consiga atacá-las.
Pela mesma razão que o congelamento danifica as proteínas, ele também facilita a alteração das moléculas de
gordura, o que favorece os sabores rançosos. Tudo isso pode ser evitado em grande medida com os procedimentos
já mencionados, ou seja, congelar rapidamente e embrulhar tudo com filme impermeável à água. A carne bovina,
cujas gorduras estão saturadas e são estáveis, pode se manter congelada por anos. Em contrapartida, nas outras
carnes (porco, aves, peixes), as gorduras tendem a se oxidar e, por isso, elas sobrevivem apenas alguns meses
no freezer.
GOLEMBEK, Diego; SCHWARZBAUM, Pablo. O cozinheiro cientista. Tradução de Maria Alzira Brum. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2009. p. 97-99.

Ensino Médio | Modular 43


© Shutterstock/Evgeny Litvinov
Segundo informações do texto, quanto mais frio for o freezer e mais fino o pedaço de
carne (com maior superfície de exposição), mais rápido ele congelará. É evidente que além
da superfície de contato outro fator que favorece a rapidez da reação é a temperatura.
O fornecimento de energia para provocar a ruptura de ligações e o rearranjo dos átomos para a
formação de novas ligações indicam que as variações nas quantidades de energia das moléculas
fazem com que as reações ocorram com maior ou menor rapidez. Sendo a rapidez proporcional à
temperatura, verifica-se que o aumento da temperatura faz com que as moléculas fiquem mais
Alimentos congelados agitadas. Com o aumento na probabilidade de colisões efetivas, maior será a rapidez da reação.
mantêm suas proprie-
dades preservadas por Relação entre Quanto maior a temperatura do sistema, maior a agitação entre as moléculas.
muito mais
ma tempo a temperatura
e a velocidade Como consequência, a probabilidade de colisões efetivas acresce e isso
de uma reação provoca aumento na velocidade da reação.
química
@QUI711

Materiais e reagentes Água na temperatura ambiente

© Shutterstock/Sukiyaki
3 béqueres de 100 mL Água quente Béquer –
3 comprimidos efervescentes Água fria frasco para
realizar expe-
Procedimentos rimentos
1. Identifique os béqueres em 1, 2 e 3.
2. Coloque 50 mL de água à temperatura ambiente no béquer 1; 50 mL de água quente no béquer 2; e 50 mL de água
fria no béquer 3.
3. Adicione simultaneamente um comprimido efervescente em cada béquer.
4. Observe e registre, na tabela, a ordem em que se finalizam as reações:
Temperatura da água Ambiente Quente Fria
Ordem de término da reação

Descarte
Os resíduos podem ser descartados diretamente na pia.
Questões para discussão
a) Em qual dos béqueres a reação terminou primeiro?

b) Que fator foi determinante para a análise da rapidez da reação?

c) Como o fator verificado com o experimento influencia a velocidade de uma reação?

Além de ser utilizado frequentemente para diminuir a velocidade das reações responsáveis pela
decomposição dos alimentos e conservar as suas características por mais tempo, conforme o texto
registra, o efeito da temperatura tem essencial importância na Medicina.
O corpo humano apresenta temperatura média de 37°C. Entretanto, algumas cirurgias do coração devem
ser realizadas com temperatura em torno de 15°C, de modo a diminuir a velocidade de reações metabólicas
e retardar as chances de ocorrerem lesões cerebrais causadas por deficiência no fornecimento de oxigênio.
44 Termoquímica; Cinética Química
QUÍMICA

Catalisador
Cat

Cuidados
Nenhum dos reagentes deve ter contato com a pele, boca e olhos.
Materiais e reagentes

© Shutterstock/
Spectral-Design
P. Imagens/Vimo-
Moacir Francisco
1 pipeta graduada
3 tubos de ensaio
Água oxigenada (H2O2(aq)) 10 volumes
Pipeta graduada – usada
Batata crua para medir e transferir peque- Tubo de ensaio – serve para
nos volumes de líquidos efetuar testes de reações
Procedimentos
1. Coloque 2 mL de água oxigenada em dois tubos de ensaio.
2. Corte a batata em uma fina fatia e coloque-a em um dos tubos de ensaio.
3. Observe atentamente os dois tubos (com e sem batata).
Descarte
Os resíduos podem ser descartados no lixo comum.
Questões para discussão
a) A solução de peróxido de hidrogênio, utilizada no experimento, ao ser exposta à luz, sofre uma reação de decompo-
sição conhecida como fotólise. Escreva a equação que representa esse fenômeno:

b) De que forma foi evidenciada a ocorrência dessa reação?

c) Em qual dos tubos de ensaio a reação foi mais intensa?

d) O pedaço de batata utilizado para o experimento poderia ser reaproveitado? Justifique:

Enzimas: são catalisadores biológicos, formados Experimentalmente, observa-se que a água oxigenada espuma com mais
por longas cadeias de aminoácidos. Essas intensidade na presença de um pedaço de batata. Na realidade, esse fato se
proteínas especiais, encontradas nos seres vivos,
deve à enzima catalase, presente no tubérculo. Essa proteína tem a função de
são responsáveis pelo aumento da velocidade de
diversas reações que ocorrem no organismo. acelerar as reações químicas, sem ser efetivamente consumida na reação. O
mesmo acontece no caso de um ferimento exposto, em que a catalase, prove-
niente das células vermelhas do sangue, favorece a decomposição da solução
de peróxido de hidrogênio (H2O2(aq)).
Thinkstock/Getty Images

A substância capaz de aumentar a velocidade de uma reação sem ser


consumida durante o processo é conhecida como catalisador. As transfor-
mações químicas, que ocorrem em sua presença, são chamadas de catálise.
O aumento na velocidade da reação é explicado pelo abaixamento na
A aplicação de enzimas específicas, energia de ativação do processo. Ao interagir com os reagentes, o catali-
que têm afinidades com células adi- sador fornece um caminho alternativo mais simples para que a reação se
posas, é bastante utilizada em clínicas efetive. Nesse novo mecanismo de reação, a energia de ativação diminui e
de tratamento estético para combater
a gordura localizada a velocidade da reação aumenta.
Ensino Médio | Modular 45
O mecanismo de reação na ausência e na presença de catalisador pode ser representado conforme
o gráfico a seguir:

Ea = energia de ativação com catalisador

Energia
1
Ea = energia de ativação sem catalisador
2
DH = variação de entalpia
Ea
2

Ea
1
Reagentes

DH
Produtos

Caminho da reação

No gráfico, a curva com menor energia de ativação indica a reação na presença do catalisador. Confirma-se
que, na sua ausência, representada pela curva maior, o caminho necessário para que a reação ocorra é maior,
isto é, com mais energia para a formação do complexo ativado. Entretanto, para ambos os casos, a variação de
entalpia da reação (ΔH) tem o mesmo valor, o que confirma que o catalisador não interfere na formação do(s)
produto(s), mas apenas na velocidade para a ocorrência da reação.
Quando um catalisador é adicionado à reação, há um abaixamento na energia de ativação. Dessa
forma, a velocidade da reação aumenta sem que ocorra qualquer alteração, seja qualitativa seja
quantitativa, com o catalisador, durante todo o processo.

O gráfico apresentado a seguir representa a rea- b) Determine a energia de ativação da equação


ção genérica: catalisada e não catalisada:
A+B→C+D

c) Calcule a variação de entalpia:

d) A reação representada é exotérmica ou endo-


térmica? Justifique:

Utilizando seus conhecimentos adquiridos até en- e) A variação de entalpia da reação catalisada é a
tão, responda às questões: mesma que para a reação não catalisada? Jus-
a) Qual é a energia do complexo ativado com e tifique:
sem catalisador?

46 Termoquímica; Cinética Química


QUÍMICA

Em um automóvel, a função do catalisador é acelerar a reação de oxidação de poluentes em com-


postos menos tóxicos. Esses catalisadores especiais, conhecidos como conversores catalíticos,
conseguem transformar alguns gases tóxicos, entre eles CO, NO e NO2, emitidos na queima dos
combustíveis, em gases menos prejudiciais ao meio ambiente.

CO2
CO
N2
NOx
H2 O
C8H18

Jack Art. 2011. Vetor.


Motor Gases
expelidos Gases
expelidos
Conversor
Stockbyte/Getty Images

catalítico

CO ® CO2 ®
NO ® N2 ®

Os conversores catalíticos usados em automóveis convertem gases


tóxicos em gases não tóxicos

Conversores
catalíticos
Algumas das reações que ocorrem nesse processo podem ser representadas pelas equações:
@QUI733 Pt/Pd
2 CO(g) + O2(g) 2 CO2(g)
Pt/Pd
2 CO(g) + 2 NO(g) 2 CO2(g) + N2(g)
Pt/Pd
2 NO2(g) N2(g) + 2 O2(g)

Catalisadores de automóveis funcionam de forma diferente


C
do que se pensava
O catalisador do seu carro já funcionava bem e continuará funcionando. Mas não pelos motivos que
os cientistas acreditavam até agora. Pesquisadores holandeses descobriram que, embora o resultado seja o
esperado, os catalisadores de automóveis na realidade têm um funcionamento diferente daquele apresentado
nas explicações dadas pelos químicos.

Conversão de CO em CO2
A conversão do monóxido de carbono em dióxido de carbono não acontece em um único passo, como
se acreditava, mas em pelo menos duas etapas distintas. E, pelos experimentos iniciais, os pesquisadores
concluíram que essa segunda reação é muito mais eficiente do que a primeira. A descoberta deverá permitir
a fabricação de catalisadores melhores e mais eficientes.
Até hoje ninguém conhecia essa segunda reação química. Por causa disso, os químicos sabiam, por
exemplo, que um catalisador era bom e outro era ruim, mas não sabiam explicar por que isso acontecia.
A nova descoberta agora vai permitir que se determine com precisão a estrutura atômica que faz com que
o catalisador funcione de forma mais ou menos eficiente.

Camada de óxido
Considerava-se que a formação de uma finíssima camada de óxido sobre o catalisador atrapalhava a
catálise. O pesquisador Marcelo Ackermann descobriu como essa camada se forma e foi capaz de demons-
trar que ela na verdade melhora o funcionamento do catalisador.
No entendimento tradicional da reação química que acontece no interior dos catalisadores, o óxido de
carbono (CO) e uma molécula de oxigênio (O2) são adsorvidas (fenômeno de adsorção, com d mesmo)
sobre a superfície do catalisador, fazendo com que a molécula de oxigênio se quebre em dois átomos
separados. A seguir, O e CO se juntam na superfície, resultando na produção de CO2.
Ensino Médio | Modular 47
Oxidação direta
Mas o processo pode se dar também de uma forma inteiramente diferente – esta é a segunda reação, descoberta
por Ackermann. Neste caso, a superfície do catalisador primeiro forma uma camada de um átomo de espessura de
óxido de platina ou óxido de paládio. As moléculas de CO que entram em contato com essa camada de óxido ime-
diatamente se oxidam em CO2. Esse processo se dá somente se a pressão do O2 for alta em relação à pressão do CO.
Até mesmo o ganhador do Prêmio Nobel de Química deste ano, Gerhard Ertl, vinha interpretando incorreta-
mente o papel dessa camada de óxido em seus trabalhos, assumindo que ela seria desvantajosa para o processo
de catálise. Como os cientistas sempre trabalham em condições de laboratório cuidadosamente controladas,
estudando os catalisadores sob baixa pressão e baixa temperatura, essa segunda reação nunca ocorria.
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Catalisadores de automóveis funcionam de forma diferente do que se pensava. Disponível em: <http://
www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010170071122>. Acesso em: 31 maio 2011.

Por meio do texto, pode-se perceber o dinamismo da ciência e compreender que os conhecimentos científicos
não correspondem a verdades absolutas. É atributo dessa área e dos profissionais que trabalham com a ciên-
cia elucidar, da melhor forma possível, os processos que ocorrem cotidianamente, na busca por uma melhor
explicação dos fenômenos.
a) Grife o trecho do texto correspondente à afirmação acima.
b) Responda com suas palavras: de que forma os profissionais que trabalham com a ciência, como os pes-
quisadores, contribuem para a evolução dessa área?

Conforme apresentado anteriormente, os catalisadores desempenham um papel muito importante na luta contra
a poluição do ar. Mesmo com o desenvolvimento de motores com injeção eletrônica e com o aumento da qualidade
dos combustíveis, a ação dos conversores catalíticos (catalisadores automotivos) é necessária para reduzir a concen-
tração de poluentes a níveis aceitáveis, a fim de melhorar a qualidade do ar e, consequentemente, do meio ambiente.
Com base nas informações apresentadas no texto sobre catalisadores de automóveis, responda:
a) Como a nova descoberta tecnológica sobre o funcionamento de catalisadores automotivos vem ao encontro das
preocupações atuais com o meio ambiente?

b) O uso de conversores catalíticos passou a ser obrigatório em todos os carros fabricados a partir de 1997. Mesmo
com a utilização desses catalisadores, ainda há muita poluição gerada pelo excesso da frota de veículos que
circula nos grandes centros urbanos. De que maneira se pode contribuir para minimizar os efeitos ambientais
gerados pela utilização de carros?

48 Termoquímica; Cinética Química


QUÍMICA

Inibidor catalítico
O inibidor catalítico age de modo contrário ao catalisador, ou seja, sua função é diminuir a veloci-
dade de ocorrência de uma reação. Ao interagir com as moléculas dos reagentes, fornece um caminho
alternativo, que exige mais energia para que a reação se efetive. Com o aumento da energia de ativação
do sistema, a presença de um inibidor adequado diminui a velocidade da reação.
Há várias formas de atuação dos inibidores, que podem diminuir ou até mesmo destruir a ação do
catalisador. Uma espécie de inibição ocorre quando o veneno de catalisador, como também é conhecido,
se combina com o catalisador em potencial e torna-o inativo.
Os inibidores são frequentemente utilizados como conservantes, nas indústrias de alimentos,
medicamentos e cosméticos, para aumentar a vida útil dos produtos.
medic

Concentração do(s) reagente(s)


Con

Materiais e reagentes
3 béqueres de 50 mL
Solução de sulfato de cobre II (CuSO4) – 1 mol/L © Shutterstock/Sukiyaki

Solução de sulfato de cobre II (CuSO4) – 0,1 mol/L


Béquer –
Solução de sulfato de cobre II (CuSO4) – 0,01 mol/L frasco para
Linha realizar expe-
3 pregos (pequenos) rimentos
Água na temperatura ambiente
Procedimentos
1. Coloque 20 mL de solução de sulfato de cobre, separadamente, em cada um dos béqueres, conforme a sequência:
1º. béquer: 1,0 mol/L
2º. béquer: 0,1 mol/L
3º. béquer: 0,01 mol/L
2. Coloque, em cada um dos béqueres, um prego amarrado a um pedaço de linha e deixe-os mergulhados por dois
minutos.
3. Puxe a linha para retirar os pregos, com o cuidado de não misturá-los.
4. Observe.
Descarte
As soluções residuais não podem ser descartadas na pia, pois possuem cobre. Ao final da prática, armazene os
resíduos gerados em um frasco, para que o professor defina o seu destino final.
Questões para discussão
a) Qual a diferença observada entre os pregos que foram colocados nas soluções de sulfato de cobre?

b) Com base na resposta do item anterior, que fator foi determinante para verificar a diferença na velocidade da reação?

c) Que conclusão pode ser obtida após a realização do experimento?

Ensino Médio | Modular 49


Ao considerar a teoria das colisões, verifica-se que, quanto maior for a frequência de choques entre
as partículas do(s) reagente(s), maior será a probabilidade de colisões efetivas e maior será a rapidez
da reação. Portanto, é fácil perceber que o número de partículas dos reagentes, normalmente indicado
pela concentração da solução, é um fator que influencia na velocidade de uma reação.

O aumento na concentração das moléculas


(representadas por bolinhas de cores diferen-
tes) aumenta a frequência de colisões em um
mesmo intervalo de tempo

Quanto maior a concentração do(s) reagente(s), mais próximas as moléculas se encontram. Isso
faz com que fique mais intensa a frequência de seus choques. Com mais colisões efetivas, maior
será a velocidade da reação.

Todas as reações químicas se processam com b)


determinada velocidade, por isso é importante
verificar qual fator é determinante para alterar
a rapidez de uma reação. A seguir, há situações
cotidianas que envolvem um dos fatores estuda-
O carvão em bra-
dos. Indique qual é o fator determinante para a sa, numa chur-
análise da rapidez, em cada um dos itens apre-
P. Imagens/Pith

rasqueira, quando
sentados, e explique como esse fator contribuiu abanado, fica mais
para aumentar ou diminuir a velocidade da rea- incandescente
ção:

a)
P. Imagens/Pith

c)
P. Imagens/Pith

Um pedaço de palha
de aço em cima da pia
enferruja mais rapida-
O cozimento dos alimentos numa panela de pressão é mente do que um prego
mais rápido do que numa panela comum com a mesma massa e
nas mesmas condições

50
QUÍMICA

© Wikipedia Commons/Armin Kübelbeck


Lei da velocidade
A velocidade de uma reação química depende de vários fatores, entre os quais
a(s) concentração(ões) do(s) reagente(s). Quanto maior for a concentração das
espécies inicialmente envolvidas, maior será a rapidez da reação. Entretanto, essa
influência só pode ser determinada experimentalmente de modo que a pressão
e a temperatura sejam mantidas constantes, e a variação é feita apenas com a
concentração do reagente em análise.
A relação entre a(s) concentração(ões) do(s) reagente(s) e a rapidez de uma
reação é dada pela expressão matemática chamada lei da velocidade. Proposta
no ano de 1864, pelo químico e matemático norueguês Cato Maximilian
Guldberg (1836-1902), com o seu cunhado, Peter Waage (1833-1900), é também
conhecida como Lei de Guldberg-Waage.
Cato Maximilian Guldberg e seu cunhado Peter Waage. A publicação do
trabalho em norueguês ocasionou um atraso de quinze anos, até que os
grandes químicos alemães e franceses tivessem conhecimento dele

Segundo essa lei, a velocidade instantânea de uma reação química em certa temperatura é pro-
Velocidade
instantânea: é porcional ao produto das concentrações em quantidade de matéria do(s) reagente(s) que influencia(m)
a velocidade em diretamente na sua rapidez.
cada instante de Genericamente, a expressão matemática que representa a lei da velocidade é dada por:
tempo.
v = k [Reagente(s)]x
v = velocidade instantânea da reação
k = constante de velocidade
[Reagente(s)] = concentração em quantidade de matéria do(s) reagente(s)
Ordem da reação: a ordem x = ordem da reação
corresponde ao número de
moléculas do(s) reagente(s)
que sofrem colisões efetivas Experimentalmente, foi verificado que, microscopicamente, quando uma reação
para que a reação ocorra. É ocorre em uma única etapa, conhecida como reação elementar, a lei da velocidade
obtida pela soma de todos os
expoentes que aparecem na
apresenta expoentes iguais aos coeficientes da reação balanceada.
expressão da lei da velocida- Exemplos:
de da reação. N2(g) + 3 H2(g) → 2 NH3(g) v = k ∙ [N2] ∙ [H2]3
Assim, genericamente:
H2(g) + I2(g) → 2 HI(g) v = k ∙ [H2] ∙ [I2]
aA+bB→cC+dD
v = k · [A]x · [B]y
x = ordem da reação em A maioria das reações, na prática, ocorre em mais de uma etapa, em que cada
relação a A uma apresenta a sua própria velocidade. Nesse caso, a reação é não elementar. As
y = ordem da reação em etapas de uma reação não elementar constituem um mecanismo, no qual a etapa
relação a B
x + y = ordem global da lenta é quem determina a expressão da lei da velocidade da reação.
reação
Exemplo:
N2(g) + 3 H2(g) → 2 NH3(g)
v = k · [N2] · [H2]3 A etapa determinante
Classificação: da velocidade da rea-
1ª. ordem para o N2 ção é aquela que pos-
3ª. ordem para o H2 sui a maior energia de
4ª. ordem para a reação ativação (etapa mais
lenta)

Ensino Médio | Modular 51


Exemplo:
Etapa 1: NO2(g) + O3(g) → NO3(g) + O2(g) (lenta)
Etapa 2: NO3(g) + NO2(g) → N2O5(g) (rápida)
Reação: 2 NO2(g) + O3 (g) → N2O5(g) + O2(g) v = k ∙ [NO2] ∙ [O3]

Quando forem fornecidos dados experimentais da(s) concentração(ões) do(s) reagente(s) e da ve-
locidade para cada experimento realizado, deve-se determinar experimentalmente a expressão da lei
da velocidade, para que seja possível verificar se a reação em estudo é elementar ou não elementar.
Exemplo:
Dada a reação genérica: A + B → PRODUTOS
Ao repetir esse experimento três vezes, variando a concentração dos reagentes e mantendo a
temperatura constante, foram obtidos os seguintes resultados:

[A] [B] Velocidade (mol ∙ L–1 ∙ min–1)

Experimento 1 0,25 0,3 0,1


Experimento 2 0,25 0,6 0,2
Experimento 3 0,50 0,6 0,8

Para determinar a ordem da reação em relação ao reagente A, é necessário analisar dois expe-
rimentos em que a concentração de B não influencia diretamente a velocidade da reação, isto é, a
concentração de B permanece constante.
Com os dados tabelados, isso ocorre nos experimentos 2 e 3.

[A] [B] Velocidade (mol ∙ L–1 ∙ min–1)

Experimento 1 0,25 0,3 0,1


Experimento 2 0,25 0,6 0,2
Experimento 3 0,50 0,6 0,8

A análise dos experimentos permite concluir que, ao dobrar a concentração de A, a velocidade da


reação aumenta em quatro vezes, ou seja, 22. Portanto, a velocidade é proporcional ao quadrado da con-
centração de A, ou seja, a reação é de segunda ordem (ordem 2) em relação ao reagente A. Pelo mesmo
procedimento, determina-se a ordem da reação em relação ao reagente B. No entanto, nesse caso são
utilizados os experimentos 1 e 2, em que a concentração de A é constante.

[A] [B] Velocidade (mol ∙ L–1 ∙ min–1)

Experimento 1 0,25 0,3 0,1


Experimento 2 0,25 0,6 0,2
Experimento 3 0,50 0,6 0,8

Comprova-se que, ao dobrar a concentração de B, mantendo a concentração de A constante, a


velocidade da reação também duplica. Isso indica que a velocidade da reação é proporcional à con-
centração de B, ou seja, a reação é de primeira ordem em relação ao reagente B.
Pode-se escrever a lei da velocidade para esse processo como v = k ∙ [A]2 ∙ [B]. Dessa maneira, de
acordo com a representação da reação genérica A + B → PRODUTOS, afirma-se que é uma reação
não elementar.

Há situações em que um reagente não influencia na velocidade da reação. Nesse caso, diz-se que
apresenta ordem zero; não sendo representado na expressão da lei da velocidade. Assim, a velocidade
da reação não depende da concentração daquele reagente em específico.
52 Termoquímica; Cinética Química
QUÍMICA

1. (UNIFAP) A velocidade de uma reação é depen- 3. (PUCSP) As substâncias nitrato de chumbo (II) e
dente de vários fatores. Considere a reação do iodeto de potássio reagem entre si tanto no esta-
ferro com ácidos, conforme representado pela do sólido quanto em solução aquosa, formando
equação de reação abaixo: o iodeto de chumbo (II), sólido amarelo insolúvel
Fe(s) + 2 H+(aq) → Fe2+(aq) + H2(g) em água a temperatura ambiente.
Reação 1: Pb(NO3)2(s) + 2 KΙ(s) → PbΙ2(s) + 2 KNO3(s)
Baseado no exposto acima, faça o que se pede:
Reação 2: Pb(NO3)2(aq) + 2 KΙ(aq) → PbΙ2(s) + 2 KNO3(aq)
a) Compare a velocidade da reação quando se uti-
Sob determinadas condições, o carvão reage
liza 1,0 g de prego de ferro e quando se utiliza
em contato com o oxigênio. Nas churrasquei-
1,0 g de palha de aço. Justifique a sua resposta:
ras, pedaços de carvão são queimados, forne-
cendo calor suficiente para assar a carne. Em
minas de carvão, muitas vezes, o pó de carvão
disperso no ar entra em combustão, causando
acidentes.
b) Escreva a equação química balanceada que re-
presenta a reação do Fe(s) com o HCℓ(aq): Reação 3: C(pedaços) + O2(g) → CO2(g)
Reação 4: C(em pó) + O2(g) → CO2(g)
A síntese da amônia é um processo exotérmico,
2. (UNESP) Nas embalagens dos alimentos pere- realizado a partir da reação do gás nitrogênio e
cíveis, é comum encontrar a recomendação: do gás hidrogênio.
“manter sob refrigeração”. A carne vermelha, Em um reator foram realizadas duas sínteses, a pri-
por exemplo, mantém-se própria para o consu- meira a 300°C e a segunda a 500°C. A pressão no sis-
mo por poucas horas sob temperatura ambiente tema reacional foi a mesma nos dois experimentos.
(temperatura próxima de 25°C), por poucos dias
Reação 5: N2(g) + 3 H2(g) → 2 NH3(g) t = 300°C
quando armazenada numa geladeira domés-
tica (temperatura próxima de 5°C) e por cerca Reação 6: N2(g) + 3 H2(g) → 2 NH3(g) t = 500°C
de doze meses quando armazenada num free- Analisando os fatores envolvidos nos processos
zer (temperatura abaixo de –15°C). Dos gráficos acima que influenciam na rapidez das reações
apresentados a seguir, o que melhor representa descritas, pode-se afirmar sobre a velocidade (v)
a variação da velocidade das reações químicas de cada reação que:
responsáveis pela decomposição da carne, em a) v1 > v2, v3 > v4, v5 > v6.
função da temperatura de armazenamento, no b) v1 < v2, v3 > v4, v5 > v6.
intervalo entre –15°C e 25°C, é:
c) v1 < v2, v3 < v4, v5 < v6.
a) b)
d) v1 < v2, v3 > v4, v5 < v6.
e) v1 > v2, v3 < v4, v5 < v6.

4. (PUC-Rio – RJ) Os antiácidos efervescentes con-


têm em sua formulação o ácido cítrico (H3C6H5O7)
e o bicarbonato de sódio (NaHCO3), os quais, à
c) d) medida que o comprimido se dissolve em água,
reagem entre si segundo a equação:
H3C6H5O7(aq) + 3 NaHCO3(aq) → Na3C6H5O7(aq) +
3 H2O(ℓ) + 3 CO2(g)
A liberação de gás carbônico explica a eferves-
cência (evolução de CO2) observada quando se
e) dissolve um desses antiácidos.
Com base nessas informações, é correto afirmar
que:
Ensino Médio | Modular 53
a) a efervescência será mais intensa se houver
pedras de gelo na água; Concentra-
Massa Forma Tempera-
Reação ção do ácido
b) um comprimido triturado de antiácido se dis- de Mg(g) do Mg(s) tura (oC)
em mol L–1
solverá mais lentamente do que um comprimi-
do inteiro; 1 2,0 barra 0,2 20
c) a efervescência será menos intensa se a água 2 2,0 pó 0,2 20
estiver quente;
3 2,0 barra 0,4 60
d) a temperatura tem papel essencial na veloci-
4 2,0 pó 0,4 60
dade de dissolução do comprimido;
e) os componentes do antiácido no estado sóli- Considere as seguintes afirmativas:
do reagem mais rapidamente do que em solu- I. A velocidade da reação 4 é maior que a da
ção aquosa. reação 2.
II. A velocidade da reação 3 é igual à da reação 4.
5. (UTFPR) Com a finalidade de abordar os assuntos
III. A velocidade da reação 1 é igual à da reação 2.
corrosão e Cinética Química, alguns experimen-
tos foram realizados por um professor de Ensino IV. A velocidade da reação 2 é menor que a da
Médio no laboratório de sua escola: reação 1.
V. A velocidade da reação 3 é maior que a da
I. Dois pedaços de papel alumínio foram colo-
reação 1.
cados em dois copos diferentes, sendo um
pedaço em cada copo. Um copo continha so- A opção que apresenta as afirmativas corretas é
lução limpa-piso (HCℓ 6 mol/L) pura e o outro a) I, III e V. b) II e IV.
a mesma solução diluída 1:10.
c) I, II e IV. d) I e V.
II. O processo foi repetido, agora com as con-
e) III e V.
centrações iguais nos dois copos, porém um
deles estava em banho de gelo e o outro não. 7. (IF – TO) O ramo da ciência que estuda a velo-
III. O processo foi novamente repetido, usando- cidade das reações químicas e os fatores que
-se somente a solução diluída em banho de a influenciam é denominado Cinética Química.
gelo. Em um dos copos o alumínio estava Podem-se definir reações químicas como sendo
amassado e no outro não. um conjunto de fenômenos nos quais duas ou
(Adaptado de COSTA, T. S. et al. A corrosão na aborda- mais substâncias reagem entre si, dando origem
gem da Cinética Química. Química Nova na Escola, n. 22, a diferentes compostos. De acordo com a Cinética
p. 31-34, 2005.) Química, analise as afirmativas abaixo:
Dos resultados apresentados acima, é de se es- I. A energia de ativação das reações endotérmi-
perar que a reação mais rápida ocorra, se usar- cas aumenta com o aumento da temperatura.
mos simultaneamente: II. Quando a energia potencial do estado de
a) solução 6 mol/L, banho de gelo, alumínio transição é alta, é necessária uma grande
amassado; quantidade de energia durante a colisão
para formar o complexo ativado.
b) solução diluída, banho de gelo, alumínio amas-
sado; III. Todas as colisões que ocorrem entre as mo-
léculas das substâncias reagentes no estado
c) solução 6 mol/L, temperatura ambiente, alu-
gasoso são efetivas, razão pela qual os gases
mínio liso;
são bastante reativos.
d) solução diluída, temperatura ambiente, alumí-
IV. Ação catalítica em última análise é propor-
nio amassado;
cional à reação química, um mecanismo al-
e) solução 6 mol/L, banho de gelo, alumínio liso. ternativo de mais baixa energia, para a for-
mação dos produtos.
6. (UFAM) O quadro a seguir mostra situações ex-
São verdadeiras
perimentais realizadas por um estudante sobre a
reação: a) I, II e IV. b) I, II, III e IV.
Mg(s) + 2 HCℓ(aq) → MgCℓ2(aq) + H2(g) c) II e IV. d) I, III e IV.
e) I e IV.
54 Termoquímica; Cinética Química
QUÍMICA

8. (UPF – RS) A queima de gasolina e álcool etílico Que modificação deveria ser feita no procedi-
produz gases tóxicos, como, por exemplo, o CO(g), mento para obter resultados experimentais mais
especialmente em motores mal regulados, pois adequados ao objetivo proposto?
estes não fornecem uma adequada mistura de ar-
a) Manter as amostras à mesma temperatura em
-combustível, gerando combustões não completas.
todos os experimentos.
Os conversores catalíticos (ou catalisadores de au-
tomóveis) transformam os gases tóxicos em gases b) Manter iguais os tempos necessários para
não tóxicos/menos tóxicos. Assim, nesses conver- completar as transformações.
sores o CO(g) é transformado em CO2(g), conforme c) Usar a mesma massa de catalisador em todos
apresentado na equação química abaixo: os experimentos.
catalisador
CO + ½ O2(g) CO2(g) d) Aumentar a concentração dos reagentes A e B.

A respeito dos catalisadores, pode-se afirmar e) Diminuir a concentração do reagente B.


que atuam numa reação química para:
11. (UESC – BA)
a) alterar a espontaneidade da reação;
b) reduzir a energia de ativação da reação;
c) reduzir a rapidez da reação;
d) originar novos produtos numa reação;
e) tornar espontâneas reações não espontâneas.

9. (UESPI) O desenvolvimento de catalisadores é um


ramo da Cinética Química que é crucial para a
solução de problemas importantes, tais como: a
fome no mundo e o desenvolvimento de novos
combustíveis. Dentro desse contexto, podemos
dizer que um catalisador atua: Os catalisadores são usados em pequenas quan-
tidades e podem acelerar reações químicas, o
a) aumentando a variação da entalpia de uma
que torna econômico um determinado processo
reação;
industrial. Essas substâncias químicas têm larga
b) aumentando a constante de equilíbrio da reação; aplicação na indústria petroquímica, nos conver-
c) diminuindo a energia de ativação da reação; sores catalíticos de veículos automotivos e nas
d) diminuindo a velocidade da reação; células de combustível. O desenvolvimento de ca-
e) aumentando a concentração dos reagentes. talisadores cada vez mais eficientes constitui um
dos trabalhos de pesquisa mais importantes da
10. (FUVEST – SP) Um estudante desejava estudar, atualidade.
experimentalmente, o efeito da temperatura so-
A partir dessas informações e da análise do grá-
bre a velocidade de uma transformação química.
fico que representa o rendimento de uma reação
Essa transformação pode ser representada por:
catalisador química com e sem catalisador, é correto afirmar
A+B P que os catalisadores:
Após uma série de quatro experimentos, o estudan- a) permitem obter os produtos de uma reação
te representou os dados obtidos em uma tabela: química mais rapidamente, em razão de dimi-
nuir a energia de ativação dessa reação;
Número do
experimento b) causam alterações na variação de entalpia de
1 2 3 4 uma reação química;
o
Temperatura ( C) 15 20 30 10 c) agem nos processos reversíveis apenas em um
dos sentidos das reações químicas;
Massa do catalisador (mg) 1 2 3 4
d) aumentam a concentração de substâncias po-
Concentração inicial de A (mol/L) 0,1 0,1 0,1 0,1
luentes nos gases de escapamento dos veícu-
Concentração inicial de B (mol/L) 0,2 0,2 0,2 0,2
los movidos à gasolina;
Tempo decorrido até que a transfor-
47 15 4 18 e) alteram o rendimento de uma reação química.
mação se completasse (em segundos)
Ensino Médio | Modular 55
12. (UFRN) O desenvolvimento sustentável pode ser c)
considerado como a busca por alternativas para
melhorar as condições de vida sem que se degra-
de o meio ambiente. A química pode colaborar
nessa busca, controlando as reações das subs-
tâncias lançadas no ambiente.
Um exemplo típico dessa colaboração é o uso,
nos conversores catalíticos dos automóveis, de
d)
catalisadores, cuja função, nessa situação, é au-
mentar a velocidade da reação de poluentes pro-
duzidos pela combustão, transformando-os em
substâncias menos poluentes, uma vez que:
a) a energia de ativação do complexo ativado, na
etapa lenta do mecanismo da reação, diminui;
b) a energia de ativação do complexo ativado,
na etapa lenta do mecanismo da reação, au- 14. (UFOP – MG) Considere o gráfico a seguir, que
menta; mostra a variação de energia de uma reação
c) a frequência dos choques entre as partículas que ocorre na ausência e na presença de catali-
aumenta, sem que a energia de ativação varie; sador:
d) a frequência dos choques entre as partículas
diminui, sem que a energia de ativação varie.

13. (UFV – MG) A decomposição da água oxigenada


(H2O2) em água e oxigênio, conforme represen-
tada abaixo, é lenta à temperatura ambiente:
H2O2(ℓ) → H2O(ℓ) + ½ O2(g) ΔH < 0
O gráfico que representa a variação da energia,
em função do caminho da reação de decompo-
sição da água oxigenada pura (—) e na presença
do catalisador (- - -), é:
a) Qual das duas curvas refere-se à reação não
a) catalisada?

b) Qual a função do catalisador nesse processo?

b) c) Qual a energia do complexo ativado na reação


catalisada?

d) &DOFXOHRFDORUGHUHDomR¨+GHVVDUHDomR

56 Termoquímica; Cinética Química


QUÍMICA

15. (UFRJ) A figura a seguir apresenta a variação da (02) Um aumento de temperatura acarretaria
entalpia ao longo do caminho de uma reação: uma diminuição na velocidade da reação
acima representada.
(04) A presença de um catalisador reduzirá a
energia de ativação da reação.
(08) A entalpia de formação do NO2(g) é
68 kJ . molï.
(16) A curva II refere-se à reação catalisada e a
curva I refere-se à reação não catalisada.
(32) A reação representada pela curva II é mais
a) Determine o valor da entalpia dessa reação, rápida do que a representada pela curva I.
classificando-a como endotérmica ou exotér-
17. (UFTM – MG) A água oxigenada pode ser decom-
mica:
posta em condições ambiente por ação de cata-
lisadores, como, por exemplo, o óxido de cobre
(II), um sólido preto de elevado ponto de fusão.
Em um tubo de ensaio, que contém água oxige-
nada e CuO, ao final da reação de decomposi-
ção, observa-se um sólido:
a) marrom-avermelhado e uma solução incolor.
b) preto e uma solução azul.
c) azul-claro e uma solução incolor.
b) Explique qual o efeito de um catalisador sobre a d) preto e uma solução incolor.
energia de ativação e sobre a entalpia da reação: e) marrom-avermelhado e uma solução preta.

18. (UFSM – RS) A pólvora, uma invenção revolu-


cionária, descoberta em 1044, teve grande im-
pacto nas civilizações. Uma reação que pode re-
presentar a explosão da pólvora provocada por
ignição é:
2 NaNO3(s) + S(s) + 3 C(s) → Na2S(s) + N2(g) + 3 CO2(g)
16. (UFSC) O gráfico abaixo refere-se à reação representa- Assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em cada afir-
da pela equação N2(g) + 2 O2(g) + 68 kJ 2 NO2(g), mativa:
realizada sob pressão e temperatura constantes:
( ) O fornecimento de calor acelera a reação.
( ) Os reagentes NaNO3 e S são consumidos
com a mesma velocidade.
( ) Quanto mais pulverizados estiverem os rea-
gentes, mais rápida será a reação.
( ) A presença de um catalisador não influencia
a velocidade dessa reação.
A sequência correta é:
a) V – V – V – F.
UTIMURA, Teruko Y.; LINGUANOTO, Maria. Química. São Pau-
b) F – V – F – V.
lo: FTD, 1998. p. 252. v. único. [Adaptado]
c) V – F – F – F.
Em relação a essa reação, assinale a(s) propo-
sição(ões) correta(s): d) V – F – V – F.
e) F – V – V – V.
(01) Os reagentes N2 e O2 são consumidos com
a mesma velocidade.
Ensino Médio | Modular 57
19. (UFMG) Define-se o prazo de validade de um me- a) v = k [O2]2
dicamento como o tempo transcorrido para de- b) v = k [O3]
composição de 10% do princípio ativo presente
c) v = k [O3] . [O]
em sua formulação.
d) v = k [O2] . [O]
Neste gráfico, está representada a variação de
concentração do princípio ativo de um medica- 21. (ITA – SP) Considere o seguinte mecanismo de
mento, em função do tempo, nas temperaturas reação genérica:
I e II:
A4+ + B2+ → A3+ + B3+ (etapa lenta)
6
A4+ + B3+ → A3+ + B4+ (etapa rápida)
5 C+ + B4+ → C3+ + B2+ (etapa rápida)
Com relação a esse mecanismo, assinale a opção
Concentração/(g/L)

4
errada:
3 a) A reação global é representada pela equação
2
Temperatura I C++ 2 A4+ → C3++ 2 A3+.
b) B2+ é catalisador.
Temperatura II
c) B3+ e B4+ são intermediários da reação.
1

0 d) A lei de velocidade é descrita pela equação


v = k [C+] [A 4+].
0 4 8 12 16 20 24
Tempo/ano
e) A reação é de segunda ordem.
Considerando-se essas informações, é correto
afirmar que: 22. (UFG – GO) Uma das formas de representar me-
canismos de reações químicas é apresentada no
a) a concentração do princípio ativo, na tempe-
gráfico a seguir, que representa as várias etapas
ratura I, após 5 anos, é de 3 g/L;
de uma reação.
b) a temperatura II é menor que a temperatura I;
c) o prazo de validade, na temperatura I, é maior;
d) o prazo de validade, na temperatura II, é de 22 Ea
1
Energia potencial

anos.
Reagentes
Ea DH
20. (UFRN) A camada de ozônio é considerada a ca-
2

mada protetora do planeta Terra, pois controla Ea


3
Produtos
a passagem de raios ultravioleta, que, em exces-
so, são considerados prejudiciais aos seres vivos.
Ambientalistas, pesquisadores e outros grupos
da sociedade vêm observando o aumento da in- Progresso da reação
cidência desses raios sobre a Terra. A decomposi-
De acordo com esse gráfico:
ção do ozônio constitui um processo natural que
pode ser acelerado pela presença de poluentes a) o uso de um catalisador aumentará a energia
atmosféricos. A equação a seguir representa o liberada pela reação;
equilíbrio da transformação espontânea do ozô- b) o uso de um catalisador diminuirá a energia
nio em oxigênio: liberada pela reação;
2 O3(g) → 3 O2(g)
c) o uso do catalisador, para aumentar a velo-
Supõe-se que o processo dessa reação de de-
cidade da reação, é mais efetivo na segunda
composição ocorra em duas etapas, segundo o
etapa;
mecanismo:
d) a primeira etapa é a que determina a velocida-
1ª. etapa: rápida, reversível O3(g) → O2(g) + O(g)
de da reação;
2ª. etapa: lenta O3(g) + O(g) → 2 O2(g)
e) a terceira etapa é a que determina a velocida-
A lei que expressa a velocidade da decomposição de da reação.
do ozônio é:

58 Termoquímica; Cinética Química


QUÍMICA

23. (UNIT – SE) Ao estudar a reação A(g) + B(g) → C(g), verifica-se que a velocidade de formação de C quadru-
plica quando as concentrações de A e de B são dobradas. A expressão matemática da lei de velocidade
para essa reação é:
a) v = 2 k [A]2 [B]2
b) v = k [A]2 [B]
c) v = k 2 [A]2 [B]
d) v = k [A] [B]
e) v = k [A]1/2 [B]1/2

24. (UEL – PR) Os dados experimentais para a velocidade de reação, v, indicados no quadro a seguir, foram
obtidos a partir dos resultados em diferentes concentrações de reagentes iniciais para a combustão do
monóxido de carbono, em temperatura constante:
Experimento CO (mol/L) O2 (mol/L) v (mol/L s)
1 1,0 2,0 4 ∙ 10–5
2 2,0 2,0 8 ∙ 10–5
3 1,0 1,0 1 ∙ 10–5

A equação de velocidade para essa reação pode ser escrita como v = k . [CO]m [O2]n, onde m e n são,
respectivamente, as ordens de reação em relação aos componentes CO e O2. De acordo com os dados
experimentais, é correto afirmar que respectivamente os valores de m e n são:
a) 1 e 2
b) 2 e 1
c) 3 e 2
d) 0 e 1
e) 1 e 1

25. (UNESP) O gás cloreto de carbonila, COCℓ2 (fosgênio), extremamente tóxico, é usado na síntese de mui-
tos compostos orgânicos.
Conhecendo os seguintes dados coletados a uma dada temperatura:
Concentração inicial (mol L–1) Velocidade inicial
Experimento
CO(g) Cℓ2(g) (mol COCℓ2 L–1 . s–1)
1 0,12 0,20 0,09
2 0,24 0,20 0,18
3 0,24 0,40 0,72

a expressão da lei de velocidade e o valor da constante k de velocidade para a reação que produz o clo-
reto de carbonila, CO(g) + Cℓ2(g) → COCℓ2(g), são, respectivamente:
a) v = k [CO(g)]1 + [Cℓ2(g)]2; k = 0,56 L2 . mol–2 . s–1

b) v = k [CO(g)]2 . [Cℓ2(g)]1; k = 31,3 L2 . mol–2 . s–1

c) v = k [Cℓ2(g)]2; k = 2,25 L2 . mol–2 . s–1

d) v = k [CO(g)]1 . [Cℓ2(g)]2; k = 18,8 L2 . mol–2 . s–1

e) v = k [CO(g)]1 . [Cℓ2(g)]1; k = 0,28 L2 . mol–2 . s–1

Ensino Médio | Modular 59


26. (UEG – GO) A velocidade de uma reação é proporcional às concentrações molares dos reagentes, eleva-
das a expoentes que são determinados experimentalmente.
Em uma reação química X + Y + Z → W, pode-se constatar que a velocidade será dada pela fórmula
v = k [X]α [Y]β [Z]γ, em que α, β e γ são determinados experimentalmente.
Os dados da tabela a seguir referem-se ao processo químico X + Y + Z → W:
[X] mols L–1 [Y] mols L–1 [Z] mols L–1 Velocidade da reação mols L–1

1a. experiência 0,5 0,5 0,5 0,015


a
2. experiência 0,5 1,0 0,5 0,015
a
3. experiência 0,5 1,0 1,0 0,060
a
4. experiência 1,0 0,5 0,5 0,030
a
5. experiência 1,0 1,0 1,0 0,120

Baseando-se nas informações acima, faça o que se pede:


a) Determine, por meio de cálculos, a equação da velocidade dessa reação:
b) Dê a ordem dessa reação:
27. (UFC – CE) A tabela abaixo apresenta os resultados obtidos para o estudo cinético de uma reação química
elementar genérica na forma a A + b B + c C → D + E:
Experimento [A] [B] [C] Velocidade da reação mols L–1 s–1

1 0,10 0,10 0,10 8,0 . 10–4


2 0,20 0,10 0,10 1,6 . 10–3
3 0,10 0,20 0,10 1,6 . 10–3
4 0,10 0,10 0,20 3,2 . 10–3

A partir desses resultados, determine


a) a lei de velocidade da reação;
b) o valor da velocidade da reação quando [A] = [B] = [C] = 0,20 mol L–1.

Desafio
28. (UFCG – PB) A oxidação da amônia, conhecida como nitrificação, é um processo que produz energia
através de duas reações:
– a nitrosação: a oxidação da amônia dando nitrito (NO–2) através da seguinte equação química:
2 NH3 + 3 O2 → 2 NO–2 + 2 H+ + 2 H2O
– e a nitratação: oxidação do nitrito, formando nitrato (NO–2), segundo a equação química:
2 NO–2 + O2 → 2 NO–3
Considerando as informações dadas na tabela seguinte, é possível afirmar que:
2 NH3 + 3 O2 → 2 NO–2 + 2 H+ + 2 H2O 2 NO–2 + O2 → 2 NO–3
[NH3] (mol/L) [O2] / mol/L Velocidade (mol/L . s) [NO2] / mol/L [O2] / mol / L Velocidade (mol/L . s)
0,1 0,05 1,4 . 10–3 0,25 0,1 2,3 . 10–3
0,2 0,05 5,6 . 10–3 0,5 0,1 9,2 . 10–3
0,1 0,1 5,6 . 10–3 0,5 0,2 1,84 . 10–2

a) quando a concentração da amônia duplica, a velocidade da reação triplica.


b) as duas reações de oxidação são reações complexas.
c) a ordem de reação em relação ao oxigênio é a mesma nas duas reações.
d) na reação de oxidação do nitrito, a ordem global da reação é 3.
e) na reação de oxidação da amônia, a ordem global da reação é 3.
60 Termoquímica; Cinética Química
QUÍMICA
Material de apoio
61

61
Termoquímica

Reação EXOtérmica Reação ENDOtérmica


Reagente(s) → Produto(s) + calor Reagente(s) + calor → Produto(s)
Reagente(s) – calor → Produto(s) Reagente(s) → Produto(s) – calor
Reagente(s) → Produto(s) ΔH = –x calor Reagente(s) → Produto(s) ΔH = +x calor

Entalpia (H) Entalpia (H)

Reagente(s) Produto(s)
HR HP

DH = H – H H <H DH < 0 DH = H – H H > H DH > 0


P R P R P R P R

Produto(s) Reagente(s)
HP HR

Caminho da reação (tempo) Caminho da reação (tempo)

Estado-padrão de uma substância


Elemento H O C S N F Cℓ Br I
o
Substância simples com H = 0 H2(g) O2(g) C(grafite) S(rômbico) N2(g) F2(g) Cℓ2(g) Br2(ℓ) I2(s)

Complexo ativado
Cinética Química
Energia

Ea = Energia de ativação
Colisão efetiva
Reagente(s) → <complexo ativado> → Produto(s)

A Produto(s)
X
A X A X
Reagente(s) Calor absorvido
B Y B Y
B
Y
Reagentes Produtos
Complexo ativado Caminho da reação
(estrutura intermediária instável)

Reação endotérmica
Representação do caminho energético de uma reação
Velocidade de uma reação
Complexo ativado
Velocidade média ΔQReagente ΔQProduto
Energia

Ea = Energia de ativação

(em relação a um =− =
componente) Δt Δt
ΔQReagente ΔQProduto
Velocidade média Δt Δt
=− =
de reação coeficiente coeficiente
Reagente(s)

Calor liberado
Produto(s) Lei da velocidade
v = k [Reagente(s)]x
Caminho da reação
v = velocidade instantânea da reação
Reação exotérmica k = constante de velocidade
[Reagente(s)] = concentração em quantidade de matéria
do(s) reagente(s)
x = ordem da reação
62 Termoquímica; Cinética Química
QUÍMICA

Anotações

Ensino Médio | Modular 63


Anotações

64

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