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BLOCOS e PISOS
T& A
BLOCOS e PISOS

MANUAL TÉCNICO DE PISO INTERTRAVADO


DE CONCRETO
Manual Técnico de Piso Intertravado de Concreto
T& A
BLOCOS e PISOS

Introdução
1

Capítulo
1. INTRODUÇÃO

1.1 T&A Pré-fabricados

A busca pela racionalização dos processos construtivos,


visando redução de custos e garantia da qualidade tem sido uma
constante entre as empresas construtoras brasileiras. Nesse contexto,
os fornecedores devem participar de forma ativa desta evolução,

Com essa visão que a


T&A Pré-fabricados, uma das
maiores empresas de pré-
fabricados de concreto do Brasil,
ingressou no mercado de pisos
intertravados de concreto,
fornecendo um produto de alta
qualidade, produzido em duas Foto 01: T&A Blocos e Pisos ( Fortaleza )
modernas plantas industriais. A
empresa coloca-se à disposição
de seus clientes, através de uma
equipe técnica composta por
engenheiros e técnicos
especializados, para dar suporte
desde a etapa de projeto,
passando pela fabricação e
Foto 02: T&A Blocos e Pisos ( Recife )

1.2 O Manual

O Manual Técnico dos Pisos Intertravados de Concreto da


T&A Blocos e Pisos foi desenvolvido como um guia técnico e prático
para seus clientes. Este Manual está dividido em três partes.

! A primeira apresenta aspectos gerais sobre as matérias-primas,


dosagem de concreto, fabricação, cura, estocagem e controle de
qualidade dos pisos intertravados.

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Introdução

! A terceira parte aborda as fases de projeto, dimensionamento,


construção, utilização e manutenção do pavimento com pisos

1.3 Definição e Informações Gerais sobre Pisos e Pavimentos


Intertravados de concreto

Os pisos intertravados T&A são pequenas peças de concreto


produzidos industrialmente através de processos mecânicos,
garantindo um baixo custo, uma qualidade controlada e um alto
desempenho mecânico. Devidamente assentados e compactados
formam uma pavimentação intertravada. Esse sistema de
pavimentação é uma evolução dos antigos calçamentos feitos com
paralelepípedo ou pedra tosca, contudo, esses dois últimos não são
pisos intertravados, portanto, não possuem a mesma performance
como pavimento.
Definimos o intertravamento do piso como sendo a capacidade
que a peça tem de resistir e transmitir às peças vizinhas os esforços
oriundos do tráfego, sejam eles esforços verticais, horizontais ou de
rotação e giração.
O pavimento intertravado de concreto foi originado na Europa
do pós-guerra e somente na década de 70 foi introduzido no Brasil,
onde até hoje é utilizado com grande sucesso. Além de apresentar
inúmeras vantagens técnicas, possui um custo muito competitivo ou

Foto 03: Modelos de pisos intertravados *

1.4 Vantagens da Pavimentação com Pisos Intertravado de


Concreto

A pavimentação intertravada com peças de concreto


* Existem também outros modelos de pisos, podendo inclusive ser desenvolvido modelos específicos
conforme o desejo do cliente.
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Introdução

Vantagens no Processo de Fabricação

! Fabricação industrializada em série através de processos


mecânicos e automáticos, garantindo um baixo custo, uniformidade e
uma qualidade elevada;
! Consomem menos energia no processo de fabricação,
principalmente se comparados aos pavimentos asfálticos.

Vantagens no Processo Construtivo e Estocagem

! Não exige equipamentos especiais nem uma mão-de-obra


especializada, devido a enorme facilidade em seu assentamento;
! As peças que compõem o pavimento chegam em paletes de
madeira prontas para aplicação, sem necessidade do emprego de
processos térmicos ou químicos, como no caso da pavimentação com
asfalto, nem necessitam de concretagem no local como o pavimento

Foto 04: Estocagem Foto 05: Transporte e descarregamento

Vantagens no Comportamento
! Vida útil elevada, em média 25 anos, desde que possuam a
resistência adequada, estejam colocados sobre uma base apropriada
e as peças bem assentadas;
! Elevada resistência à compressão, abrasão e agentes agressivos;
! O pavimento pode ser liberado para o tráfego imediatamente após
a limpeza final;

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Introdução

! Ao contrário do que ocorre


com outros tipos de pavimentação,
com o decorrer do tempo, ele
apresenta menor vibração e ruído,
devido ao preenchimento gradual
dos seus poros;
! Ao invés de se degradarem
com as intempéries, os blocos, por
serem de concreto ganham
Foto 06: Pavimento com elevada resistência
resistência mecânica com o
! São resistentes à ação de óleo e derramamento de combustíveis;
! Superfície anti-derrapante, oferecendo uma melhor aderência e
uma maior segurança até em pista molhada;
! Apresenta uma deformação vertical inferior se comparado com o
pavimento flexível;
! Apresenta uma menor absorção da luz solar, provocando uma

Distância entre os pontos: 100 metros

14:30h 14:34h

Foto 07: Pavimento intertravado Foto 08: Pavimento asfáltico

Vantagens na Manutenção
! Baixo custo de manutenção, pois em torno de 95% dos blocos
podem ser reaproveitados a um custo baixíssimo;
! Possibilitam reparos sem marcas visíveis.

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IntroduÁ„o

Foto 09: Reaproveitamento das peças Foto 10: SinalizaÁ„o horizontal

Vantagens da Estética

! Facilitam a incorporação da sinalização horizontal devido à


fabricação de peças coloridas;
! Podem ter ao mesmo tempo grande capacidade estrutural e valor
paisagístico;
! Variedade de cores, diversidade de formas e texturas, múltiplas
disposições em planta, adaptando-se a quaisquer necessidades,

Vantagens nos Custos


! Possui uma maior reflexão da luz artificial, proporcionando uma

Foto 11: Iluminação no pavimento asfáltico Foto 12: Iluminação no pavimento intertravado

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IntroduÁ„o

Vantagens no Campo de Aplicação

Fotos 13 e 14: Utilização em aeroportos e portos .


Podem ser aplicados em diversos locais como:

! Portos e aeroportos;
! Calçadas, residências, praças, parques e jardins;
! Áreas Industriais;
! Estacionamentos, pátios de manobra e terminais de cargas;
! Vias urbanas e estradas;
! Oficinas;
! Terminais de transportes coletivos;

Fotos 15 e 16: Utilização em praÁas e condomÌnios.

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Introdução

Fotos 17 e 18: Utilização em calçadões e residências

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MatÈria prima
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Capítulo
2. MATÉRIA-PRIMA PARA FABRICAÇÃO DO PISO DE
CONCRETO

2.1 Cimento Portland

Atualmente, no Brasil, existem diversos tipos de Cimento


Portland, os quais diferem entre si, pela sua composição. Segundo a
literatura, podemos citar a seguir os principais tipos de cimentos
produzidos e oferecidos no mercado nacional, que são:

! Cimento Portland Comum ( CP-I / CP-I-S );


! Cimento Portland Composto ( CP-II-E / CP-II-Z / CP-II-F );
! Cimento Portland de Alto-Forno ( CP-III );
! Cimento Portland Pozolânico ( CP-IV );
! Cimento Portland de Alta Resistência Inicial ( CP-V-ARI );
! Cimento Portland Resistente aos Sulfatos ( RS );
! Cimento Portland de Alta Resistência Inicial Resistente a Sulfatos
com Adição de Sílica Ativa;
! Cimento Portland Branco;
! Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação;
! Cimento para Poços Petrolíferos.
A T&A Blocos e Pisos adota na composição do concreto que é

2.2 Agregados

2.2.1 Agregado miúdo

Areia fina natural,


quartzosa, com grãos de
diâmetro máximo igual ou
inferior a 0,6 mm. As demais
Foto 19: Areia fina com diâmetro máximo de 0,6 mm

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MatÈria prima

Areia média natural,


quartzosa, proveniente de leito
de rio, com grãos de diâmetro
máximo igual ou inferior a 6,3
mm. As demais características
obedecerão a NBR-7211.

Foto 20: Areia média com diâmetro máximo de 6,3 mm


P ó d e p e d r a ,
proveniente da britagem de
rochas sãs, com grãos de
diâmetro máximo igual ou
inferior a 6,3 mm. As demais

Foto 21: Pó de pedra com diâmetro máximo de 6,3mm


2.2.2 Agregado graúdo

Pedra britada, oriunda


de rochas sãs duras e estáveis,
possuindo um diâmetro máximo
de 9,5 mm. A forma do agregado
deve ser, preferencialmente, do
tipo cúbico ou esférico. As
demais características deverão
estar em conformidade com a
Foto 22: Brita com diâmetro máximo de 9,5mm
2.3 Água

A água utilizada no concreto para fabricação dos pisos é de


fundamental importância estar livre de impurezas, para que a mesma
não provoque reações indesejáveis no concreto, alterando, assim, o

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MatÈria prima

2.4 Aditivos

Os aditivos para concreto melhoram a trabalhabilidade do


mesmo, aumentando a velocidade do ciclo de produção, garantindo,
assim, um menor custo operacional e uma reduÁ„o no desgaste das
formas. Os aditivos tambÈm melhoram as propriedades do concreto
fresco e endurecido, pois reduzem a quantidade de água na mistura
(fator água/cimento), diminuindo a quebra das peças na fabricação e
aumentando a resistência final da peça pronta, contribuindo, assim,
para uma melhor qualidade do produto final. Como exemplo, podemos
citar os incorporadores de ar, plastificantes e desmoldantes, como os
aditivos mais usados nas modernas fábricas.
Plastificantes que alterem o tempo de pega do cimento
não devem ser utilizados.

2.5 Pigmentos

Os pigmentos são produtos que adicionados no concreto


os tornam coloridos. Esses pigmentos devem ser inorgânicos (base
óxido), para que o bloco seja resistente à alcalinidade do cimento, aos
raios solares e às intempéries. É importante o cuidado na dosagem do
concreto, pois, sendo inorgânicos, alteram a trabalhabilidade do

PIGMENTOS INORGÂNICOS À BASE DE ÓXIDO

COR DO CONCRETO ESPECIFICAÇÃO DO PIGMENTO

VERMELHO ÓXIDO DE FERRO VERMELHO (a-Fe2O3)


PRETO ÓXIDO DE FERRO PRETO (Fe2O4)
AMARELO ÓXIDO DE FERRO AMARELO (a-FeOOH)
ÓXIDO DE FERRO MARROM (Mistura de a-Fe2O3,
MARROM
a-FeOOh e/ou Fe2O4)
VERDE ÓXIDO DE CROMO (Cr2O3)
AZUL ÓXIDO DE COBALTO (Co(Al, Cr)2O4)
Quadro 01 Pigmentos inorgânicos à base de óxido

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Processo de fabricação
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Capítulo
3. PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE PISOS INTERTRAVADOS

O processo de fabricação pode ser dividido em 5 etapas


principais (FIGURA 1):

3.1 Dosagem do Concreto: os agregados, aglomerante, água e o


aditivo são dosados em peso automaticamente em proporções
previamente definidas, de acordo com o traço já definido pela equipe
técnica e o laboratório, tendo em vista o produto a ser fabricado;

Foto 23 e 24: Vista interna do misturador de eixo horizontal e Homogeneização do concreto

3.3 Moldagem: é a etapa de vibro-prensagem do produto. Do


misturador, o concreto segue para alimentação da máquina, onde
ocorrerá a prensagem e a vibração, que devem ser realizadas com
grande energia de compactação. Após esse processo, as peÁas estão
prontas para a cura.

3.4 CURA: após a moldagem, as peças seguem para as câmaras de


cura totalmente estanques, ambientes com temperatura e umidade
controladas. As peças devem permanecer nestas câmaras pelo tempo
necessário para garantir a maior hidratação do cimento e
conseqüentemente a qualidade final do produto. Dependendo do

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Processo de fabricação

tempo de permanÍncia na c‚mara e da temperatura externa, pode ser


necess·rio realizar uma cura acelerada para a qual È utilizado vapor de
·gua.

Fotos 25: Processo de vibro-prensagem e moldagem das peças.

3.5 Estocagem: depois da retirada das peças das câmaras de cura,


estas são dispostas em paletes de madeira e marcadas quanto ao lote
de identificação. Em seguida, elas seguem para o estoque onde ficarão

Fotos 26: Armazenamento em câmara de cura

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Processo de fabricação

1 Estocagem
SILO DE ESTOCAGEM
DE CIMENTO

1 Estocagem BALANÇA

SILO DE ESTOCAGEM
DE AGREGADOS 3 Mistura
MISTURADOR
5 Cura
NSP
ORT
ADO
RA
4 Moldagem
ALIMENTAÇÃO DE TRA

2 Dosagem de
VIBRO-PRENSA
6 Paletização e
REIA
AGREGADOS COR BALANÇA
agregados CÂMARAS DE CURA Estocagem

2 Dosagem de
agregados
Fig. 01: Esquema de fabricação de pisos intertravado de concreto

Esta é uma descrição resumida do processo produtivo de uma

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Controle de qualidade
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Capítulo
4. CONTROLE DE QUALIDADE

O controle de qualidade na fabricação de pisos intertravados é


de extrema importância, pois é com ele que garantimos a qualidade
das peças. Segundo a NBR 9781 - PeÁas de concreto para
pavimentaÁ„o - EspecificaÁ„o, pode-se verificar os seguintes
parâmetros a serem seguidos para que se obtenha um produto de
qualidade:

4.1 Amostragem:
No mínimo 6 peças para cada lote de até 300m2 e uma peça
adicional para cada 50m2 suplementar, até perfazer o lote máximo de
32 peças.

4.2 Dimensões:
! Comprimento Máximo de 400 mm, com variação máxima
permitida de 3mm;
! Largura Mínima de 100 mm, com variação máxima permitida de
3mm;
! Espessura Mínima de 60 mm, com variação máxima permitida de
5mm.
Exemplo: carros, ônibus, caminhões, carretas e empilhadeiras
de pequeno porte.
! 50MPa: para pisos sujeitos ao tráfego de veículos que provoquem
elevados esforços de abrasão.
Exemplo: empilhadeiras e guindastes especiais.

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Normas técnicas e selo de qualidade


5

Capítulo
5. NORMAS TÉCNICAS E SELO DE QUALIDADE

Fundada em 1940, a AssociaÁ„o Brasileira de Normas


TÈcnicas (ABNT), é o órgão responsável pela normalização técnica
no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento
tecnológico brasileiro.
É uma entidade privada e sem fins lucrativos reconhecida
como Fórum Nacional de Normalização ÚNICO através da
Resolução n.º 07 do CONMETRO, de 24.08.1992.
Os pisos intertravados de concreto T&A possuem
propriedades e características técnicas definidas pelas normas da
ABNT, segundo ela, as normas prescrevem o método de determinação

NBR 9780- PEÇ AS DE CONCRETO PARA PAVIMENTAÇ Ã O:


DETERMINAÇ Ã O DA RESISTÊ NCIA À COMPRESSÃ O - MÉ TODO
DE ENSAIO
NBR 9781- PEÁAS DE CONCRETO PARA PAVIMENTAÁ„O:

Hoje, o mercado de pisos


intertravados conta com o Selo de Qualidade
da AssociaÁ„o Brasileira de Cimento
Portland (ABCP). Essa entidade integra o
Conselho Empresarial Mundial de
Desenvolvimento Sustentável, formado por
10 maiores grupos de cimento mundiais. Este
selo de qualidade é concedido ao produto das
empresas que garantem a adequação dos
mesmos (peças de concreto para

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Normas técnicas e selo de qualidade

pavimentação) às normas técnicas brasileiras elaboradas pela ABNT.


Por isso os pisos intertravados com Selo de Qualidade da
ABCP apresentam dimensões regulares, boa aparência, maior
durabilidade e resistência, atestando sua qualidade para os mais

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Projeto e dimensionamento de pavimento


6

Capítulo
6. PROJETO E DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO

O pavimento intertravado de concreto tem inúmeras


vantagens em relação aos demais tipos de pavimentação. Contudo, a
camada de rolamento composta por peças de concreto não atua
sozinha, por isso, é de fundamental importância dimensionar
corretamente as camadas que suportarão as cargas provenientes do
tráfego, para se obter um pavimento adequado ao uso final.
Para se dimensionar um pavimento são necessários alguns
dados de projeto, tais como:

! Índice de Suporte Califórnia (CBR): determina a capacidade de


suporte do solo;
! Cargas: tipo de carga que atuará no pavimento (móvel ou
estática), a magnitude ou quantidade, a freqüência e a
configuração;
! Período de Projeto a ser adotado (anos).

Com base nesses dados, emprega-se um dos métodos


citados abaixo para o dimensionamento:

! PCA - Portland Cement Association (EUA), empregado para


tráfego de veículos de linha e especiais;
! CCA - Concrete and Cement Association (Inglaterra), empregado
para tráfego de veículos de linha;
! CCA - Concrete and Cement Association (Inglaterra), empregado
para tráfego de veículos de linha;
! ICPI - Interiock Concrete Pavement Institute (EUA), empregado
para tráfego de veículos de linha.

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Projeto e dimensionamento de pavimento

Figura 2-Seção Transversal Típica da Estrutura Final do Pavimento Intertravado

6.1 Subleito: compreende a espessura final de terraplenagem ou solo


natural sobre a qual será executado o pavimento. Ela deverá suportar
as cargas das camadas posteriores, estar limpa, regularizada e
compactada na cota de projeto, antes da execução da sub-base. As
áreas de solo instável, (borrachudos), são inadequados, devendo ser
corrigidos com utilização de materiais estáveis e, eventualmente,
execução de drenagem. O CBR do material, na energia normal de
compactação, é um parâmetro fundamental para que possamos
avaliar a capacidade de suporte do subleito;

6.2 Sub-base: é a primeira camada do pavimento, dependendo do


projeto, esta camada poderá ser dispensável. A cota final dessa
camada não deve variar mais do que 2,0cm em relação ao que foi
especificado no projeto. Os tipos mais comuns são as granulares, solo
escolhido ou solo brita, por exemplo, ou tratadas, tais como o solo
melhorado com cimento. Para as granulares, o CBR mínimo deve ser
de 20% e para tratadas, o CBR mínimo deve ser de 30%.

6.3 Base: quando necessária, a base pode ser construída de material


granular, sem aderência ou material estabilizado com cimento. A sua
espessura mínima é de 10 cm. Essa camada deve apresentar um perfil

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Projeto e dimensionamento de pavimento

6.4 Camada de Assentamento: constitui uma camada de areia com


espessura entre 3,0 a 5,0cm, que deve estar perfeitamente nivelada e
não compactada, levando em considerações as inclinações quando o
projeto assim determinar. Recomenda-se a utilização de uma areia
limpa, sem finos plásticos, material orgânico ou argila. Sua
granulometria é sugerida a seguir:

3/8 in 9,5 mm
Nº 4 4,75 mm
Nº 8 2,38 mm
Nº 16 1,18 mm
Nº 30 0,60 mm
Nº 50 0,30 mm
Nº 100 0,15 mm
Nº 200 0,075 mm
Tabela 01 - Granulometria sugerida para areia de assentamento

6.5 Camada de Rolamento: composta por piso intertravado de


concreto com espessura definida, de acordo com o tipo de tráfego
que será empregado. Essa camada é responsável pela solicitação
direta das cargas verticais do tráfego, distribuindo, assim, com maior
ou menor intensidade as cargas horizontais (efeito do
intertravamento), devendo transferir o mínimo possível de carga
vertical para as camadas subjacentes. Devem ser considerados
também os esforços de torção que o tráfego exerce sobre o
pavimento. Podemos ver a seguir fotos que ilustram os esforços que
atuam no pavimento e cargas verticais exercidas por uma
empilhadeira de, aproximadamente, 6,5ton. Este esforço está

Tipo de Tráfego
Tráfego leve (automóveis)
Tráfego comercial (ônibus, caminhões, automóveis, etc)
Tráfego pesado (portos, aeroportos, etc)
Tabela 2-Tipo de Tráfego x Espessura do Piso

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Projeto e dimensionamento de pavimento

Foto 27 : Esforços verticais, horizontais Fotos 28: Carga vertical distribuída


e de torção que podem atuar no pavimento. horizontalmente no piso.

Fotos 29: Carga vertical distribuída horizontalmente no piso.

6.6 Camada de Rejuntamento: garante o funcionamento mecânico


do pavimento, influenciando o intertravamento e reduzindo a
percolação de água entre as peças. Devem ser utilizados uma areia
fina ou pó de pedra, desde que os mesmos estejam limpos e secos. A
granulometria sugerida segue conforme TABELA 3 a seguir:

Nº 16 1,18 mm
Nº 200 0,075 mm
Tabela 3-Granulometria Sugerida para Areia de Rejuntamento

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Projeto e dimensionamento de pavimento

6.7 ContenÁ„o Lateral: é composta de elementos de contenção como


os meios-fios (ou guias). É indispensável, pois garante o confinamento
das peças, evitando que o tráfego solte e separe as peças entre si,
perdendo a condição de intertravamento. O travamento lateral n„o

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Construção do pavimento
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Capítulo
7. CONSTRUÇÃO DO PAVIMENTO

As etapas de construção dos Pavimentos Intertravados


obedecem à seguinte ordem: subleito, sub-base, base, confinamentos
externo e interno, camada de assentamento e camada de

Figura 3-Procedimento Construtivo do Pavimento


A seguir serão descritos os aspectos construtivos e
algumas especificações para o controle da execução do pavimento:

7.1 Subleito

A inspeção da área é o primeiro passo para a construção do


pavimento. O subleito poderá ser constituído pelo terreno natural ou
ser formado por um pavimento já existente, ficando o pavimento em
ambos os casos na cota determinada pelo projeto.
A execução do subleito deve ser iniciada com a topografia que
determinará a necessidade de se executar cortes ou aterros, além de
indicar as inclinaÁıes que serão adotadas. Em seguida, deverão ser
retirados os objetos estranhos à construção da via, exceto pavimentos
antigos que sejam utilizados como fundação do novo.
Deve-se retirar toda camada superficial vegetal e o material de
natureza orgânica. Verifica-se também, se a área permanece úmida ou

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Construção do pavimento

se há risco de alagamento no período de inverno. Em locais com essas


características pode ser necessário construir camadas de drenagem que
permitam o escoamento da água.

7.2 Sub-base e Base

Uma vez executado o subleito, construímos as camadas de sub-


base (se especificada no projeto) e a base. O tipo de material que irá
constituí-las deverá ser indicado pelo projetista, para que após a
compactação final, a respectiva camada atinja a capacidade de suporte
(CBR) desejada.
A espessura da sub-camada que constitui a sub-base e a base é
determinada em função do material que compõe cada camada e do
equipamento que deverá compactá-la. A nova sub-camada só deverá ser

Fotos 30 e 31-Construção da Camada de Sub-base e Base

7.3 Confinamentos Externo e Interno

Os confinamentos externos (passeio, sarjeta ou contenção


lateral) e internos (bocas-de-lobo, jardineiras, poços de visita etc.)
devem ser construídos antes do espalhamento do colchão de areia de
assentamento do pavimento. Eles devem ser todos alinhados e
nivelados, e, no caso da contenção lateral (meio-fio de concreto),
fixado na camada de base. Deve-se fazer o controle de cotas, durante

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Construção do pavimento

Fotos 32 e 33-Alinhamento e Nivelamento do Meio-Fio

Foto 34-Exemplo de Confinamento Externo e Interno

7.4 Camada de Assentamento

A camada de assentamento só deverá ser executada quando


estiverem prontas as camadas subjacentes, os sistemas de
drenagem, instalações elétricas e de lógica, instalações hidráulicas e
sanitárias e os confinamentos externos e internos.
A camada de areia deve ser espalhada e rasada em um movimento
único de uma régua. Nunca no sentido de vai-vem. É importante se
controlar as cotas das guias que garantem a espessura uniforme da
camada (em torno de 3cm a 5cm) e o “espaço” para as peças até a cota

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Construção do pavimento

final do pavimento. A areia deve ser média ou grossa, limpa e com a


umidade natural.
Após o nivelamento da camada, a área deve ser isolada para
evitar qualquer irregularidade do colchão causada por qualquer tipo de
tráfego, pois caso isso ocorra, poderá refletir na camada de rolamento
final.

Foto 35-Nivelamento da Camada Foto 36-Controle das Cotas


de Assentamento

7.5 Camada de Revestimento

O piso intertravado, quanto ao tipo e a forma de assentamento,


admite diversos arranjos, como podemos ver a seguir:

Foto 37-Espinha de Peixe 90º Foto 38-Espinha de Peixe 45º Foto 39-Trama

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Construção do pavimento

Foto 40-Fileira Foto-41-Formas Arquitetônicas

Após a escolha do tipo e formato do piso que deve ser


assentado e a camada de assentamento pronta, o próximo passo é a
colocação das peças que formarão a camada de rolamento.
Convém salientar que quando houver tráfego de veículo no
pavimento, não devem existir juntas contínuas que fiquem paralelas ao
sentido do tráfego. Estudos revelam que no caso do piso retangular, o
arranjo espinha-de-peixe pode proporcionar um melhor desempenho
do pavimento, pois com ele ocorrem menores deformações plásticas,

7.5.1 Assentamento das peças

A etapa de assentamento das peças é considerada a mais


importante da construção do pavimento, pois ela é fundamental para a
qualidade final do mesmo.
A equipe mínima de
trabalho deverá ser constituída por
três operários: um assentador, um
auxiliar para transportar e outro
para abastecer o assentador com
as peças, trabalhando sempre com
proteção adequada e no esquema
de rodízio para não sobrecarregar
a capacidade física do assentador.
Os operários devem
Foto 42-Assentamento do Piso

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Construção do pavimento

Ao iniciar a colocação das peças, deve-se ter o cuidado com o


ângulo correto, e sempre iniciar por pontos de referÍncias, onde os
apoios são bem definidos, como por exemplo, o meio-fio.
As peças devem ser posicionadas firmemente, lado a lado,
encaixando-se com cuidado, não afetando o colchão de areia. Se
ocorrer o surgimento de fendas, as
peças devem ser batidas com
martelo de borracha, tendo sempre
em vista um melhor ajuste. As
juntas entre as peças devem variar
de 2 a 3 mm.
É importante manter sob
controle o posicionamento e o
alinhamento das peças, utilizando-
se, para isso, linhas longitudinais e
transversais fixadas e esticadas a
Foto 43-Alinhamento das Peças

Foto 44-Guilhotina Hidráulica Foto 45-Serra Circular

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Construção do pavimento

Terminada a colocação de todas as peças inteiras do trecho,


devem-se assentar os ajustes (fração das unidades) nos espaços, junto
aos confinamentos externos e internos. Existem duas maneiras de se
seccionar a peça: a guilhotina e a serra circular. Com a serra circular, a
qualidade e a precisão do corte da peça é superior ao método da
guilhotina. Por outro lado, o custo é um pouco maior, devido à

7.5.2 Compactação inicial

Após o assentamento das peças num trecho do pavimento,


executa-se a compactação inicial com placa vibratória. A compactação
é realizada em duas passadas sobre toda a área, cuidando-se para que
haja uma sobreposição dos percursos para evitar a formação de
“degraus”. A compactação deve parar, a pelo menos, 1m do limite de

7.5.3 Rejuntamento, compactação


final e limpeza

Uma vez executada a


compactaÁ„o inicial, damos início à
última etapa: o espalhamento da
camada de areia fina ou pó-de-pedra
sobre o pavimento. Uma fina camada
de areia ou pó é espalhada sobre as
peças, e com uma vassoura o operário
varre até que as juntas entre as peças
sejam completamente preenchidas.
A compactação final tem como
objetivo conferir uma estabilidade
definitiva ao pavimento. Sua execução
se procede da mesma forma como a Foto 46-Compactação Inicial

compactação inicial, diferenciando-se pelo número de passadas que a


placa vibratória terá que executar.Dever„o ser realizadas pelo menos
duas passadas em diversas direções, observando-se a sobreposição

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Construção do pavimento

nos percursos sucessivos.


Após a compactação final, o operário deve fazer a varrição
final para posteriormente o pavimento ser liberado para o tráfego.

Foto 47-Compactação Final Foto 48-Limpeza Final

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Uso e manutenção
8

Capítulo
8. USO E MANUTENÇÃO

Todo pavimento requer cuidados específicos, tanto na


utilização quanto na manutenção. Baseado nisso, é importante que
saibamos cuidar e identificar os problemas que venham a ocorrer no
pavimento intertravado com blocos de concreto.
Para que o pavimento tenha um bom desempenho, as juntas
devem estar preenchidas e seladas. O possível surgimento de grama
nas juntas não atrapalha o desempenho, mas a estética.
Podem ocorrer afundamentos no pavimento devido a
problemas nas camadas que antecedem a camada de rolamento ou
problemas nas redes de tubulação. Caso isso ocorra, as peças
deverão ser removidas e o problema solucionado efetuando-se em
seguida a recolocação das peças.
O pavimento intertravado deve ser limpo apenas com uma
varrição e esporadicamente é permitido um jato de água não muito

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Fotos de obras
9

Capítulo
9 FOTOS DE OBRAS

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Fotos de obras

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Fotos de obras

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Fotos de obras

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Referências

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Curso


b·sico de pavimentos intertravados. São Paulo, 2002.

Emprego de blocos prÈ-moldados de concreto em pavimentaÁ„o.


ABCP: São Paulo, 1989.

Guia b·sico de utilizaÁ„o do cimento portland. São Paulo, 1997.

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Quem somos. Disponível em: <www.abcp.org.br/>. Acesso em: 27


jan. 2004.

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Disponível em: <www.abnt.org.br/>. Acesso em: 27 jan. 2004.

PeÁas de concreto para pavimentaÁ„o, determinaÁ„o da


resistÍncia ‡ compress„o. São Paulo, 1987.

PeÁas de concreto para pavimentaÁ„o, especificaÁ„o. São Paulo,


1987.

CARVALHO, M. D. de. PavimentaÁ„o com peÁas prÈ-moldadas de


concreto. São Paulo: ABCP, 1992.

FERNANDES, I. Ensaios em blocos de concreto e pavimentos


intertravados. São Paulo: Votorantim, Célula Geração de Mercados,
2000.

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Referências

GODINHO, D. P. Pavimentos de concreto intertravados. Revista


Techne, n. 66, set. 2002.

KATTAR, J. E. Piso intertravado de concreto: produção e utilização.


São Paulo: BAYER, 2000.
MADRID, M.; GERMÁN, G. ConstruÁ„o de pavimentos de blocos
prÈ-moldados de concreto. São Paulo: ABCP, 1999.

MASTER BUILDERS TECHNOLOGIES. Manual tÈcnico. São Paulo,


2001.

MEDEIROS, J. S. Alvenaria estrutural n„o armada de blocos de


concreto: produção de componentes e parâmetros de projetos. 1993.
V. 1. Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Escola Politécnica de
São Paulo, São Paulo, 1993.

Alvenaria estrutural n„o armada de blocos de concreto: produção


de componentes e parâmetros de projetos. 1993. V. 2. Dissertação
(Mestrado em Engenharia) - Escola Politécnica de São Paulo, São
Paulo, 1993.

PIOROTTI, J. L. PavimentaÁ„o intertravada. Rio de Janeiro:

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