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e-Business
COLIGIDO POR:
Natércia Oliveira
Mário Mineiro
7 JANEIRO 2011
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE ABRANTES
INSTITUTO POLITÉCNICO DE TOMAR
AUTORES
13286 - Natércia Oliveira
natercialuzia@hotmail.com
DOCENTES
Mário Macedo - ESTA/IPT
7 Janeiro 2011
e-Business
<LISTA DE ILUSTRAÇÕES/>
ILUSTRAÇÕES
ESQUEMAS
TABELAS
<ÍNDICE/>
<Resumo/> ................................................................................................................................................................... 8
<Introdução/> ............................................................................................................................................................. 9
<XML/>........................................................................................................................................................................ 25
História do XML........................................................................................................................................ 25
Simplicidade ......................................................................................................................................... 27
Extensibilidade .................................................................................................................................... 28
Interoperabilidade ............................................................................................................................. 28
Abertura ................................................................................................................................................. 29
Experiência............................................................................................................................................ 29
DTD .......................................................................................................................................................... 33
XPath........................................................................................................................................................ 35
XPointer .................................................................................................................................................. 36
XInclude .................................................................................................................................................. 36
XQuery ..................................................................................................................................................... 37
XSL ............................................................................................................................................................ 37
SAX............................................................................................................................................................ 38
DOM ......................................................................................................................................................... 38
SOAP ........................................................................................................................................................ 40
WSDL ....................................................................................................................................................... 41
UDDI ......................................................................................................................................................... 42
SOA ........................................................................................................................................................... 42
BPM .......................................................................................................................................................... 43
EDI ............................................................................................................................................................ 45
<ebXML />.................................................................................................................................................................. 48
O Registo e o Repositório................................................................................................................. 53
<Conclusão/> ............................................................................................................................................................ 54
<RESUMO/>
<INTRODUÇÃO/>
tabelas. Neste campo, a XML é capaz de representar os dados de uma maneira muito mais rica
e estruturada.
Basicamente a XML estrutura documentos de forma textual, com uma simplicidade
sintáctica e uma forte semântica contida na sua hierarquia. A sua aplicação à troca de dados, e
a interface com os utilizadores está bem definida. Existe a possibilidade de implementar
tecnologias de segurança nas trocas de documentos.
A população mundial cresce rapidamente, e junto com ela, a quantidade e diversidade
nos negócios, em especial os negócios que envolvem tecnologia. Assim a troca de documentos
deixou de ser um problema interno das organizações, mas uma procura de todo o mercado.
Embora as empresas necessitem de sistemas diferentes para atender a diferentes níveis
e funções empresariais, as vantagens que a integração trás dentro dessas empresas é
fundamental. Esta integração, se utilizada inadequadamente, poderá ser bastante complexa e
com altos gastos. No entanto, com a utilização de tecnologias como o XML, e com a internet, as
vantagens serão imensas.
restritos a empresas de viagens, bancos e grandes corporações. (Turban, Rainer Jr, & Potter,
2005)
Os sistemas envolvendo duas ou mais organizações podem ser bastante complexos,
porém as vantagens são significativas com a internet e a XML. Como objectivo desses sistemas
temos o processamento eficiente de transacções, como a transmissão de pedidos, facturas e
pagamentos. Um IOS (interorganizational information system - sistemas de informações inter-
organizacionais) pode ser local ou global, voltado a uma única actividade (transferência de
fundos) ou a várias (facilitar as negociações, a comunicação e a colaboração).
A ligação entre organizações satisfaz duas pressões comerciais: redução de custos e
aumento da eficiência e oportunidade dos processos empresariais. Por consequência, com a
melhoria da qualidade, diminuiu-se o tempo de ciclo de realização das transacções
empresariais, eliminando o uso de papéis, e as ineficiências e custos associados, e acima de
tudo, eliminando erros.
Necessita-se de uma determinação prévia da relação entre cliente/fornecedor, com
expectativa de continuidade, e um acordo entre as organizações acerca da natureza e do
formato dos documentos a serem trocados. A rede de comunicação também precisa ser
conhecida por ambas as partes, onde um acordo prévio é estabelecido para a padronização.
(Zaidan, 2006)
Sistemas legados: ainda em grande uso nas organizações, são os sistemas criados com
uma tecnologia antiga, que não evoluíram com o passar dos anos. Com as mudanças das
tecnologias, estes sistemas tornaram-se desactualizados, de difícil operação e integração. A
evolução tecnológica contribuiu para a fragmentação de sistemas. A arquitectura
cliente/servidor muitas vezes piorou esta fragmentação. Os sistemas que utilizam uma
tecnologia mais antiga não podem ser implantados utilizando as tecnologias de ponta dos
sistemas modernos. Tem de ser feito Existirá um novo desenvolvimento que torna inviável a
actualização directa. Os sistemas legados incluem todas as aplicações existentes e que
precisem estar vinculadas a outros sistemas. As arquitecturas são as mais variadas e
abrangem um grande número de tecnologias. Com relação à integração dos sistemas legados,
os requisitos necessários são exclusivos.
COTS: (commercial off-the-shelf -Sistemas de Pacotes). São sistemas comerciais que são
comprados nas prateleiras das lojas de venda de programas de computador. Num primeiro
momento os COTS podem representar uma redução de custos de aquisição e manutenção.
Não é recomendável que sejam feitas alterações nem extensões para personalizar os
COTS, evitando trabalho adicional para cada nova versão, comprometendo a confiabilidade.
(CUMMINS, 2002)
negócio, que fazem a ligação com as filas de mensagens e realizam algumas transformações
nos dados. Os produtos EAI também podem fornecer ferramentas e componentes para
facilitar a implementação de adaptadores a sistemas legados. Ainda que novos sistemas sejam
adquiridos e desenvolvidos pelas organizações, sempre haverá sistemas legados a integrar.
(CUMMINS, 2002)
A implementação de EAI é um início de um processo em melhoria progressiva e não uma
transformação única. Os detalhes da arquitectura, durante o processo de implementação,
poderão estar em mudança contínua. As vantagens serão conhecidas quando a sinergia de
várias aplicações começarem a aparecer. A seguir temos alguns factores de sucesso para uma
implantação de sucesso da EAI: (Zaidan, 2006)
Visão da integração partilhada com todos da empresa, inclusive o alto escalão
Compromisso com os padrões
Empresas orientadas ao serviço para concretizarem as suas responsabilidades
empresariais
Infra-estrutura partilhada para dar suporte a todas as aplicações
Conhecimento de dados acessíveis podem ser acedidos a qualquer momento e de
qualquer parte que seja necessário, para dar suporte às necessidades comerciais
do alto escalão de gestão para operadores de produção. Os dados deverão ser
comunicados entre sistemas em tempo útil, sem a necessidade de interpretação
ou intervenção humana.
ESTRATÉGIA DE INTEGRAÇÃO
A integração empresarial fará com que as empresas dependam mais de seus sistemas,
pois seus processos estarão mais automatizados, as funções de negócio estarão mais
dinâmicas. Para tal, como estratégia de integração empresarial, devem ser utilizadas
economias de escala. Não basta simplesmente interligar sistemas, são necessárias várias
coisas entre elas: tornar a empresa mais produtiva; ir em busca de novas soluções; minimizar
as falhas; eliminar esforços repetitivos; reduzir a complexidade; aproveitar ao máximo os
conhecimentos dos profissionais treinados. Uma empresa bem integrada deverá ter um custo
menor para operar e adaptar-se-á às necessidades comerciais em constante mudança.
(Zaidan, 2006)
Existem várias oportunidades importantes que devem ser observadas para obtenção de
economia de escala: (CUMMINS, 2002)
Padrões: os padrões são os factores que mais contribuem para a economia de
escala. Eles resultam da partilha de recursos, que podem ser: materiais, pessoas,
equipamentos, sistemas ou instalações. Os padrões para integração empresarial
devem-se concentrar nos dados, nas interfaces e nas práticas. Se não forem
definidos padrões para troca de dados, estes não estarão prontos para serem
utilizados para a sua finalidade, o que fará com que exista possibilidade de
incompatibilidade, originando resultados incorrectos, e gasto e esforço
desnecessário para manter programas de conversão. Os padrões de interface
incorporam especificações de dados e incluem: modo de comunicação –
assíncrono ou síncrono; protocolo de comunicação; sequência e forma de troca
de informação; formato e significado de entrada e saídas.
Reutilização de software: a utilização de um componente ou sistema de
software para solucionar o mesmo problema num contexto distinto. É necessária
que a sua utilização seja feita mais de uma vez para que se possa obter economia
de escala.
Infra-estrutura comum: é o complexo de computadores, redes, softwares e
serviços associados que dão suporte à operação e à interconexão de muitos
sistemas, visando a reduzir a carga e promover a sinergia entre os sistemas. Uma
infra-estrutura deste tipo pode gerar economias substanciais de escala.
Operações de sistemas consolidados: tradicionalmente, as aplicações
empresariais eram executadas em centros de dados centralizados. Estes centros
de dados permitiam a partilha do computador, cujo custo era elevado, para obter
grande utilização. Com a tecnologia dos microprocessadores, tem-se uma
alternativa com um custo menor, possibilitando a implantação mais rápida e
sistemas mais amistosos. O foco mudou de informática empresarial para sistemas
cliente/servidor. Mas, a internet e o comércio electrónico reverteram esta
tendência de redução de custo. Sistemas que precisam operar 24 horas, 7 dias
por semana, interligados, com segurança, disputaram profissionais cada vez mais
valorizados. Os microcomputadores passaram a desempenhar papéis específicos:
servidores de bases de dados, servidores de directórios, servidores de segurança,
MODELOS DE INTEGRAÇÃO
MODELO DE REDE
MODELO BSD
O modelo BSD está num nível central da hierarquia de sistemas de negócio. Ele está
presente na integração empresarial no comércio electrónico e incorpora processos, aplicações
e componentes de negócio. O BSD pode incluir aplicações legadas, COTS ou aplicações para
novas funções de negócio.
Muitos requisitos de integração empresarial estão implícitos neste exemplo, assim como
uma infra-estrutura de integração. Os mais importantes são:
Mensagens entre BSDs: os BSDs podem se comunicar entre si. Os links entre
sistemas foram-se desenvolvendo conforme a necessidade, variando os recursos e
tecnologias.
Solicitações e eventos: a comunicação por solicitação é feita através do
preenchimento e processamento do pedido e requerem uma resposta. Os eventos
são enviados para fornecer informações sobre alterações de estado.
INTERCÂMBIO DE DADOS
<XML/>
HISTÓRIA DO XML
A história da XML foi iniciada nos anos 70, quando a IBM inventou a linguagem GML
(General Markup Language – linguagem de marcação genérica). Esta surgiu com a necessidade
da empresa em armazenar uma grande quantidade de informações. Com a GML, a IBM
conseguiria classificar e processar rapidamente todos os documentos. Esta linguagem atraiu a
ISO (International Organization for Standardization – organização internacional para
padronização), uma entidade que se encarrega de normalizar processos, e em 1986, esta
linguagem foi padronizada. Foi então criada a SGML (Standard Generalized Markup Language -
Linguagem Padrão de Marcações Genéricas), que era na realidade a GML, mas com padrão. A
SMGL é uma linguagem poderosa, com bastante adaptabilidade.
Em 1989, foi criado o HTML (Hypertext Markup Language - linguagem de marcação de
hipertexto). Linguagem para a para o âmbito da rede Internet. A HTML, derivada da SGML,
teve uma rápida aceitação, sendo rapidamente adoptada pela comunidade.
Em 1994, surge uma entidade chamada W3C (World Wide Web). Este consórcio
formalizou as regras para o HTML, para que estas se tornassem um padrão. Mesmo assim, o
HTML não cumpriu tudo o que foi proposto e planeado para a Internet, e cresceu de uma
forma descontrolada e desordenada. O HTML continua em constante evolução, contudo, não
consegue suprir tudo que as aplicações necessitam. Assim surge, em 1996, a XML.
Quando foi criada, pensou-se que o propósito da XML seria de substituição da HTML.
Este pensamento errado estendeu-se em meios desinformados, até à actualidade. A XML
pretendia solucionar problemas que o HTML não resolvia. (Zaidan, 2006)
No HTML, o conteúdo das páginas mistura-se com as tags e estilos que se deseja
apresentar;
O HTML, não permite a partilha de informações, seja entre computadores,
telefones móveis ou dispositivos móveis portáteis;
No HTML, a apresentação depende do visor.
VANTAGENS DA XML:
LINGUAGEM XML
A linguagem XML (Extensible Markup Language) é uma tecnologia muito simples que
utiliza outras tecnologias que a complementam e a fazem muito maior e com possibilidades
muito mais amplas, ou seja XML é na realidade uma linguagem de marcação de dados (Meta-
Markup Language) que fornece um formato para descrever dados estruturados. Isso facilita
declarações mais precisas do conteúdo e resultados mais significativos de busca através de
múltiplas plataformas. No futuro o XML também vai permitir o surgimento de uma nova
geração de aplicações de manipulação e visualização de dados via internet.
O XML permite a definição de um número infinito de tags. Enquanto no HTML, se as tags
podem ser usadas para definir a formatação de caracteres e parágrafos, o XML provê um
sistema para criar tags para dados estruturados.
Um elemento XML pode ter dados declarados como sendo preços de venda, taxas de
preço, um título de livro, a quantidade de chuva, ou qualquer outro tipo de elemento de dado.
Como as tags XML são adoptadas por intranets de organizações, e também via Internet,
haverá uma correspondente habilidade em manipular e procurar por dados
independentemente das aplicações onde os quais são encontrados. Uma vez que o dado foi
encontrado, ele pode ser distribuído pela rede e apresentado num browser como o Internet
Explorer de várias formas possíveis, ou então esse dado pode ser transferido para outras
aplicações para futuro processamento e visualização.
XML, com todas as tecnologias relacionadas, representa uma maneira distinta de fazer as
coisas, mais avançada que consiste em permitir partilhar os dados com os quais se trabalha a
todos os níveis, por todas as aplicações e suportes. Sendo assim, o XML tem um papel
importantíssimo no mundo actual, que tende à globalização e à compatibilidade entre os
sistemas, já que é a tecnologia que permitirá partilhar a informação de uma maneira segura,
confiável e fácil. Além disso, XML permite ao programador e aos suportes dedicação total às
tarefas importantes como o trabalho com os dados, já que as tarefas trabalhosas como a
validação dos dados ou o percorrer as estruturas fica a cargo da linguagem e está especificada
pelo padrão, para que o programador não tenha que se preocupar com isso.
Vemos assim que XML não está só, e sim inserido num mundo de tecnologias á sua volta,
com imensas possibilidades, maneiras mais fáceis e interessantes de trabalhar com os dados
e, definitivamente, de forma avançada na hora de tratar a informação, que é na realidade o
objectivo da informática em geral. XML, ou melhor dizendo, o mundo XML não é uma
linguagem, e sim várias linguagens, não é uma sintaxe, e sim várias e não é uma maneira
totalmente nova de trabalhar, e sim uma maneira mais refinada que permitirá que todas as
anteriores se possam comunicar entre si sem problemas, já que os dados necessitam de
sentido.
CARACTERÍSTICAS DO XML
SIMPLICIDADE
estruturas requerem muito pouco esforço de implementação, sejam por parte de autores ou
por parte de programadores.
EXTENSIBILIDADE
A linguagem XML é extensível de duas formas. Primeiro, ela permite aos programadores
a criação de seus próprios DTDs, através da criação de conjuntos marcas “extensíveis” que
podem ser usadas para múltiplas aplicações. Segundo, a XML propriamente dita está a ser
estendida com uma série de padrões adicionais que adicionam propriedades de estilo, link-
agem e referenciação ao conjunto básico de capacidades desta linguagem.
A criação de DTDs próprios é o que os criadores da XML tinham como ideia principal
quando lhe chamaram de “Linguagem de Marcação Extensível”. A XML é, portanto, uma
metalinguagem, um conjunto de regras que pode ser utilizado para a criação de conjuntos de
regras para documentos. De certo modo, não há, na verdade, um documento XML; todos os
documentos que utilizam a sintaxe XML estão é a utilizar aplicações da XML, com conjuntos de
marcas escolhidas pelos seus criadores para aquele documento em particular. A facilidade
proporcionada pela XML para a criação de DTDs dá aos construtores de padrão um conjunto
de ferramentas para especificar como as estruturas de um documento devem aparecer no
documento, tornando mais fácil a definição do conjunto de estruturas. Estas estruturas podem
ser usadas como ferramentas da XML para a criação, interpretação e processamento, e usadas
pelas aplicações como um guia para os dados que estas devem aceitar.
INTEROPERABILIDADE
A XML pode ser utilizada sobre uma grande variedade de plataformas e interpretada por
uma grande variedade de ferramentas. Devido ao comportamento consistente das estruturas
de documentos, os navegadores que as interpretam podem ser desenvolvidos com um custo
relativamente baixo para um grande número de linguagens. A XML suporta um grande
número de padrões para a codificação de caracteres, permitindo-lhe ser usada num vasto
leque de diferentes ambientes. A XML também é um excelente complemento do Java, e um
considerável número de desenvolvimentos para a XML foi mesmo feito através de Java.
ABERTURA
Embora tenham havido algumas dúvidas a respeito do processo utilizado para a criação
da XML, o processo padrão é completamente aberto e está total e gratuitamente disponível na
Web. Os membros do W3C tiveram pronto acesso ao processo padrão, e uma vez que este foi
completado, os resultados tornaram-se públicos. Mais, todos os avanços obtidos pelo XML
Working Group do W3C costumam ser levados a público, possibilitando o acompanhamento
de seus progressos.
Os documentos em XML são consideravelmente mais abertos que suas contrapartes
binárias. Qualquer um é capaz de interpretar um documento XML do tipo “well-formed”, e sua
validação requer apenas que seja providenciado um DTD adequado. Enquanto as companhias
podem criar um documento XML que se comporte de maneira específica no que tange as suas
aplicações, os dados nele incluídos estão disponíveis para quaisquer outras aplicações. Os
programadores podem criar DTD’s obscuros ou mesmo criptógrafar os dados de uma forma
exclusiva, no entanto dessa forma abdicam de um dos maiores benefícios da utilização da
XML. Esta linguagem não impede a criação de formatos exclusivos, mas a sua abertura é uma
de suas principais vantagens. Os programadores podem assim dividir tarefas entre várias
ferramentas, possivelmente até de diferentes concorrentes, permitindo assim que estes
operem no mesmo conjunto de estruturação de dados.
EXPERIÊNCIA
De acordo com alguns autores uma das principais regras de sintaxe da linguagem XML é
a da boa formatação. Um documento bem formatado significa que é sintacticamente correcto.
XML é uma linguagem de marcação não definida o que possibilita ao autor do documento
projectar sua própria marcação. A especificação do XML define um dialecto simples do SGML,
permitindo o processamento dos documentos na Internet e utilizando-se de recursos
inexistentes no HTML. Torna-se assim simples a transmissão e partilha desses documentos
via Internet. (Daum & Merten, 2002)
Elementos são identificáveis dentro de um documento com tags delimitadoras de início
e fim. Mas, de maneira diferente do HTML, uma tag de início precisa sempre ter uma de fim.
XML e é case sensitive.
Alguns conceitos da linguagem XML: (PINHEIRO, 2003)
Árvore: toda estrutura da sintaxe XML gira em torno de uma árvore. Um
documento XML tem um, e apenas um, elemento raiz, e dentro deste, um número
indefinido de outros elementos, distribuídos em níveis, também indefinidos.
Elemento: é cada um dos componentes de um documento. Deve ser delimitado
com tags de início e fim, e possuir um conteúdo.
Nomes: os nomes das tags são livres, portanto, não existem nomes predefinidos.
Cada elemento deve possuir um nome.
DTD
XML SCHEMA
XML Schema é uma linguagem baseada no formato XML para definição de regras de
validação ("esquemas") em documentos no formato XML. Foi a primeira linguagem de
esquema para XML a obter uma recomendação por parte do W3C após serem apontadas as
deficiências na DTD.
Assim um XML Schema tem por objectivo descrever a estrutura de um documento. Ele
define os elementos existentes no documento, bem como sua ordem e os valores possíveis
para os conteúdos.
A linguagem XML é muito simples, e existe á sua volta um mundo de outras tecnologias
que a completam e a fazem ampliar as possibilidades, facilitando a
maneira que trabalha com os dados, e no tratamento as informações,
bem como na busca e na recuperação. A XML não é apenas uma
linguagem, mas várias que a fazem flexível, extensível e poderosa.
Conforme se pode verificar são várias as especificações
recomendadas pelo W3C sobre o que há em torno da
XML, como XPath, XPointer, XInclude, XQuery, XSL e
DOM, que regulamentam o acesso a documentos
XML, a sua composição e transformação.
(Daum & Merten, 2002)
Ilustração 8 - Tecnologias em Torno do XML
XPATH (Fonte: Google Imagens 2010)
XPath (XML Path Language) define como os nós dentro dos documentos XML se podem
aceder. As expressões usadas no XPath têm um papel fundamental, e podem ser utilizadas em
outros padrões, como na XSL e na XQuery. A XML é um conjunto de informações numa
estrutura de árvore, com isso, ficará facilitada a localização de um elemento ou um atributo
especificando os nós pai. Utilizam-se expressões de caminho que especificam um arquivo
dentro de um directório de arquivos.
Por exemplo, se desejarmos recuperar o último nome do autor 5, numa árvore de
hierarquia do pai para os filhos: livro – autores – autor – último_nome, tem-se :
/livro/autores/autor[5]/último_nome. Como tudo em XML é case sensitive, aqui também é
necessário ter em consideração as maiúsculas e minúsculas.
Pode fazer-se uso de funções na XPath, por exemplo: last() (número do último nó no
contexto em questão); count() (número de nós de um conjunto de nós); true() false() (valores
booleanos verdadeiro ou falso); sum() (soma valores numéricos de um conjunto de nós);
dentre outras.
XPOINTER
XINCLUDE
XInclude especifica como incluir documentos XML externos, num documento XML alvo.
XInclude introduz um mecanismo para fundir documentos XML. A sintaxe utiliza as mesmas
características da XML - elementos, atributos, e referências de URI. Com o XInclude, podem
compor -se documentos com diferentes namespaces. Na figura abaixo temos um documento
XML que demonstra a flexibilidade do XInclude. (Zaidan, 2006)
XQUERY
XSL
APIS XML
SAX
SAX (Simple API for XML) não é um padrão do W3C. Existem diversos analisadores SAX,
para diferentes linguagens de programação, entre elas, Java, C++ e Delphi. As especificações
SAX estão disponíveis publicamente.
SAX é um analisador baseado em eventos, ele lê um fluxo de entrada XML. SAX é
bastante simples, não exige muita memória e suporta namespace. Não é possível modificar um
documento XML, pois SAX é somente de leitura.
DOM
WEB SERVICES
1
Middleware é uma camada de software que fica no meio do caminho entre as aplicações distribuídas, permitindo a comunicação
entre as camadas de aplicação.
2
A OMG (Object Management Group) estabeleceu a arquitectura CORBA.
Em 2000, houve um grande interesse nos Web services, embora houvesse a dúvida sobre
a necessidade desta nova tecnologia., e sobre a vantagem em substituir protocolos existentes
por SOAP (Simple Object Access Protocol).
Um Web service é um componente de software que fornece dados e serviços para
aplicações da Internet, contemplando a interacção com outras aplicações. Os Web services
podem ser utilizados em conjunto com sistemas legados, assim, podem adicionar-se novas
funcionalidades, sem que seja necessário retirá-los de produção. A grande aceitação dos Web
services resultou com o aparecimento de um conjunto de tecnologias, que se tornaram um
padrão, entre elas: SOAP, WSDL e UDDI.
Percebem-se muitos outros avanços nos Web services, por exemplo, o baixo
acoplamento, reduzindo ao mínimo a quantidade de informações que uma aplicação tem
sobre as demais. Com o uso da XML, que é o formato de dados de baixo acoplamento por
excelência, os Web services tornam-se o mais forte candidato a middelware universal,
viabilizando o cenário de integração com custos mais reduzidos. (DOEDERLEIN, 2006)
Segundo alguns autores com a utilização dos Web services elimina-se a necessidade dos
aplicativos conversarem entre si, promovendo o uso de interfaces para comunicação. Também
os Web services são uma maneira de implementar EAI, e todo software EAI interage com os
Web services. O crescente interesse nos Web services é pelo facto de que estes permitem SOA
(Service-Oriented Architecture – arquitectura orientada a serviços). (BARBOSA, 2006)
SOAP
Em 2000, o W3C aceitou a submissão do SOAP. Este é um protocolo de mais alto nível
que o TCP/IP. Este formato de mensagem estabeleceu uma estrutura de transmissão para
comunicação entre aplicações ou serviços via HTTP. Sendo uma tecnologia não vinculada a
fornecedor, o SOAP disponibilizou uma alternativa atractiva em relação aos protocolos
proprietários tradicionais. SOAP é assíncrono, ou seja, é capaz de, após despachar uma
mensagem, processar outras, e com duas grandes vantagens: (DOEDERLEIN, 2006)
Facilidade de tráfego na rede. Não é preciso abrir portas do firewall para deixar
passar SOAP, pois utiliza simples requisições HTTP.
Utilização de XML, que por ser transformável, num cenário de integração feitas
de forma independente, não é preciso que todos utilizem exactamente o mesmo
esquema XML, apenas que reconheçam as mesmas entidades
WSDL
WSDL (Web Services Description Language - linguagem de definição de serviços Web) foi
especificada pelo W3C, um ano após o SOAP, como uma nova implementação da XML. É uma
linguagem padrão para descrever a interface dos Web services. O WSDL também é baseado em
XML e o seu tráfego é sobre o HTTP, fornecendo uma descrição do serviço, possibilitando a
integração com ferramentas de desenvolvimento. No WSDL estão descritos: a URL para
aceder o serviço; o nome do Web service; a descrição de cada método; a forma de fazer a
requisição utilizando SOAP, GET ou POST. (Zaidan, 2006)
UDDI
SOA
SOAP
Comunicação
SOAP
WSDL UDDI
Descrição Descoberta
SOAP SOAP
Esquema 3 - Tríade de tecnologias que compõe os web services
BPM
SOA e BPM têm uma excelente interacção. Podem ter-se Web services para cada
actividade (pedidos, compras, materiais, fornecedores, clientes, etc.), e com isto, tem-se uma
harmonia organizacional da empresa através dos Web services, promovendo a integração para
o resultado final. (REIS, 2005)
Esta harmonia deve prever o uso de BPEL (Business Process Execution Language -
linguagem para a execução de processos de negócio), evitando qualquer incompatibilidade
com esta alternativa, por exemplo, participantes que não possam falar SOAP, e não poderiam
utilizar um motor BPEL. (Zaidan, 2006)
BPMS (Business Process Management System – sistema de modelagem de
processos de negócio) é uma ferramenta que permite que o desenho dos
processos seja feito de forma visual. Permite: simular os fluxos de processos;
desenhar diagramas de wokflow; possuir ferramenta de EAI (que integre, pelo
menos, com SOAP e Web service); suportar servidor de aplicação.
BPMS (Business Process Management System – sistema de modelagem de
processos de negócio)) representação gráfica para representar a maioria das
situações comuns que acontecem com os fluxos de processos.
XML não é a única forma de troca de documentos electrónicos, até porque, a XML é uma
tecnologia relativamente recente. Outras formas de troca existiram, e continuam a existir,
embora que pelo exposto neste estudo, a XML é a forma mais flexível, simples, eficaz e de
menores custos para as organizações. No entanto outras tecnologias são apresentadas para
ilustrar a pesquisa.
Hoje em dia a utilização de arquivos texto (também chamados de Flat Files) para
troca de informações é muito comum, visto que este padrão é utilizado desde os
primórdios dos sistemas de computador. Porém a adopção do padrão XML (Extensible
Markup Language) é uma tendência mundial. Este tipo de arquivo abre possibilidades
infinitas de tratamento de dados, que vão desde a utilização de esquemas para definição
e validação de dados até utilização de outros padrões para interagir com este formato.
(MELLO, 2006)
A figura abaixo mostra um exemplo de transformação de um arquivo texto tradicional -
TXT (lado esquerdo), para um documento XML. Percebe-se que o arquivo texto não tem
estrutura e é pobre em semântica, porque não descreve requisitos mínimos para o
entendimento. Por isso, este padrão, que embora tenha sido utilizado por muito anos para a
troca de dados, actualmente é utilizado em muito menor quantidade, ainda está presente
apenas nos sistemas legados. Já o arquivo XML, permite-nos perceber o do significado dos
dados, bem como a estrutura, a sua utilização está em plena ascensão para todas as situações
que envolvem a troca de documentos electrónicos.
EDI
XML SIGNATURE
Uma assinatura digital define-se pelo valor calculado com um algoritmo criptográfico,
anexado ao objecto de dados de tal forma que se possa usar essa assinatura para verificar a
autenticidade e integridade dos dados.
XML Signature (assinatura XML) é uma assinatura digital mas adaptada a assinar
documentos XML. Descreve a sintaxe e o modelo de processamento de assinaturas baseadas
em XML e possui o status de uma recomendação proposta do W3C. Signature permite a
assinatura digital de qualquer tipo de objecto Web, inclusive os documentos XML, usando um
conceito distribuído, que permite a referência de objectos assinados.
Ao assinar documentos XML, os algoritmos de assinaturas usam a representação de
carácter do documento ou elemento para calcular a assinatura.
A forma como funcionam é extremamente fiável. A assinatura não só assegura que a
pessoa assinou aquele documento é de facto quem se espera – através de um certificado –
como também que o mesmo se manteve inalterado até ao momento em que foi apresentado.
Uma mensagem encriptada com uma chave pública apenas pode ser desencriptada com a
correspondente chave privada.
Existem três tipos de assinatura em XML Signature:
• Detached (isolada): O documento XML a ser assinado e a assinatura estão em
dois ficheiros distintos, sendo que esta tem uma referência ao documento que se
propõe a assinar.
• Enveloped (envolvida): O documento XML e a assinatura surgem no mesmo
ficheiro de uma forma sequencial.
• Enveloping (envolvendo): O documento e a assinatura estão contidos num
envelope XML.
XML ENCRYPTION
Também criado pelo W3C, define como os dados arbitrários podem ser representados
de forma criptografada em XML. O padrão foca os seguintes alvos de criptografia: dados
binários quaisquer; documentos XML completos e conteúdo do elemento. Além da definição
dos seus próprios elementos sintácticos, XML Encryption utiliza os conceitos e a sintaxe da
XML Signature para especificar coisas como transformações ou informações de chave.
(Daum & Merten, 2002)
<EBXML />
O ebXML (Eletronic Business Extensible Markup Language) tem como objectivo a criação
de um padrão aberto e único para o mercado de negócios mundial.
As empresas que estão à frente deste projecto, desde 1999, são a OASIS e UNCEFACT.
Estas empresas têm vindo a tentar identificar uma base técnica para padronização. Esta
especificação permitiria as organizações trocarem mensagens, baseadas em XML.
Sabe-se que, devido à diversidade, uma padronização desta amplitude é difícil. Para
conseguir o padrão, existe a necessidade da adesão das organizações para viabilizar as
implementações.
Actualmente, as especificações da arquitectura ebXML são:
Technical Architecture (TA) 1.04
Business Process Specification Schema (BPSS) 1.01
Registry Information Model (RIM) 2.0 (ISO 15000-3)
Registry services specification (RS) 2.0 (ISO 15000-4)
ebXML requirements (REQ) 1.06
Collaboration Protocol Profile and Agreement Specification (CPPA) 2.0 (ISO 15000-1)
Message Service Specification (MS) 2.0 (ISO 15000-2)
1. A empresa A decide efectuar negócios pela via electrónica e identifica a tecnologia ebXML
como a arquitectura mais vantajosa. A empresa A contacta uma empresa de registos de
ebXML (Registry) para avaliar as especificações e detalhes de implementação.
2. A empresa A desenvolve uma aplicação compatível com as especificações ebXML,
acrescentando uma camada ao software de aplicação já existente, ou adquirindo
aplicações disponíveis no mercado.
3. A empresa A submete à empresa de registos os seus perfis de negócio. Nestes perfis
constam informações relativas ao tipo de negócio e regras de implementação (ex. quais os
campos a utilizar, etc.).
4. A empresa B necessitando de determinado produto ou serviço, inquire a base de dados da
empresa de registo e descobre os cenários oferecidos pela empresa A.
5. A empresa B envia um pedido para efectuar negócio à empresa A e submete uma
proposta de negócio onde é definido o processo, a documentação, as mensagens, os
requisitos de segurança, etc. Finda a negociação da proposta, é elaborado um protocolo de
colaboração (collaboration agreement) entre as duas organizações, o qual faz parte do
Acordo de Parceria (Trading Partner Agreement).
XML & ebXML 49
e-Business
ARQUITECTURA DE EBXML
O objectivo de ter uma visão operacional é identificar as regras do negócio, estas regras
são armazenadas no registo. O registo contém dados e definição dos processos, inclui também
relações e referências cruzadas como as utilizadas nos vocabulários próprios dos negócios. O
registo é a ponte entre a linguagem do negócio e o conhecimento expresso pelos modelos de
uma forma generalizada e neutra.
A criação dos modelos constituem a visão operacional e podem dividir-se em várias
fases, em cada fase são criados diagramas UML para a modelação do negócio.
A primeira fase descreve os requisitos, os quais descrevem o problema em diagramas de
casos de uso (Use Case). Caso o mesmo cenário exista no registo, cria-se uma instância, caso
contrário cria-se uma nova entrada.
Na segunda fase (análise) são descritos os processos de negócio em diagramas de
actividades e sequências. Os diagramas de classes capturam a informação associada as
mensagens de negócios. A fase de análise reflecte as regras do negócio que o registo contém.
A fase de desenho é o ultimo passo na normalização. (Ariza & Martins)
A visão funcional (dos serviços) na arquitectura ebXML está ligada à execução (runtime)
dos sistemas ebXML. Sendo os sistemas ebXML, sistemas de colaboração, o seu núcleo é o
conjunto dos repositórios. Os repositórios armazenam toda a informação criada pela visão
operacional (processos de negócio, perfis de colaboração e as especificações do ebXML).
Os componentes da visão funcional são: (Ariza & Martins)
Os perfis dos protocolos de colaboração (CPP), contém o perfil das capacidades
informáticas dos parceiros, os protocolos de transporte, soluções de segurança e os
cenários ebXML suportados.
Os acordos de colaboração (Collaboration Protocol Agreements - CPA), são os
acordos entre os parceiros com perfis de colaboração em comum.
No caso da ratificação dos acordos de colaboração, as mensagens de negócios
podem ser transmitidas entre os parceiros e iniciam assim os negócios via ebXML. A
camada física das comunicações é definida pelas normas ebXML (Messaging
PROCESSOS DE NEGÓCIOS
O REGISTO E O REPOSITÓRIO
registo para armazenamento, por Ilustração 12 - Relação entre o registo e o repositório (Ariza &
representa uma factura. Cada item no repositório é descrito, com metadados, por uma entrada
no registo. A relação entre registo e repositório é apresentada na Figura.
SERVIÇOS DE MENSAGENS
<CONCLUSÃO/>
<REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS/>
Ariza, C., & Martins, P. (s.d.). ebXML Tecnologias para o Comércio Electrónico. Portugal.
DAUM, B., & MERTEN, U. (2002). Arquitetura de sistemas com XML. Rio de Janeiro, Brasil.
MELLO, D. (2006). Convertendo arquivos texto em xml com BizTalk Server 2006. Brasil.
REIS, G. (2005). Da orientação a objetos até o SOA chegando ao BMP. Revista Mundo Java.
Curitiba, Brasil.
Turban, E., Rainer Jr, R. K., & Potter, E. P. ( 2005). Administração de tecnologia da informação:
teoria e prática. Rio de Janeiro.
<RECURSOS NA INTERNET/>
ISO http://www.iso.org/
OASIS http://www.oasis-open.org/home/index.php
XML http://www.w3.org/XML/
ebXML http://www.ebxml.org/
http://ebxml.xml.org/
http://www.ibm.com/developerworks/xml/library/x-ebxml/
http://xml.coverpages.org/ebXML.html
UN/EDIFACT http://www.unece.org/trade/untdid/welcome.htm