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Interessa a todos saber que procedimento se adotar para tirar o maior rendimento
possível da leitura de um texto. Mas não se pode responder a essa pergunta sem antes
destacar que não existe para ela uma solução mágica, o que não quer dizer que não
exista solução alguma.
Às vezes, quando um texto é ambíguo, é o conhecimento de mundo que o leitor tem dos
fatos que lhe permite fazer uma interpretação adequada do que se lê. Um bom exemplo
é o texto que segue:
"As videolocadoras de São Carlos estão escondendo suas fitas de sexo explícito. A
decisão atende a uma portaria de dezembro de 1991, do Juizado de Menores, que proíbe
que as casas de vídeo aluguem, exponham e vendam fitas pronográficas a menores de
18 anos. A portaria proíbe ainda os menores de 18 anos de irem a motéis e rodeios sem
a companhia ou autorização dos pais." (Folha Sudeste, 6/6/92)
Mas o nosso conhecimento de mundo nos adverte de que essa interpretação é estranha e
só pode ter sido produzida por engano do redator. É muito provável que ele tenha tido a
intenção de dizer que os menores estão proibidos de ir a rodeios sem a companhia ou
autorização dos pais e de freqüentarem motéis.
Uma boa medida para avaliar se o texto foi bem compreendido é a resposta a três
questões básicas:
I - Qual é a questão de que o texto está tratando? Ao tentar responder a essa pergunta, o
leitor será obrigado a distinguir as questões secundáriasda principal, isto e, aquela em
torno da qual gira o texto inteiro. Quando o leitor não sabe dizer do que o texto está
tratando, ou sabe apenas de maneira genérica e confusa, é sinal de que ele precisa ser
lido com mais atenção ou de que o leitor não tem repertório suficiente para compreender
o que está diante de seus olhos.
III - Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a opinião dada?
Deve-se entender por argumento todo tipo de recurso usado pelo autor para convencer o
leitor de que ele está falando a verdade. Saber reconhecer os argumentos do autor é
também um sintoma de leitura bem feita, um sinal claro de que o leitor acompanhou o
desenvolvimento das idéias. Na verdade, entender um texto significa acompanhar com
atenção o seu percurso argumentatório.
No texto literário, essa idéia tem algum fundamento, tendo em vista a linguagem
conotativa, os símbolos criados, mas em texto não-literário isso é um equívoco. Diante
desse problema, seguem algumas dicas para você analisar, compreender e interpretar
com mais proficiência.
1º - Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. Quando nós passamos a gostar de algo,
compreendemos melhor seu funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se
familiares a nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa impressão de que ler não faz
diferença. Também não se intimide caso alguém diga que você lê porcaria. Leia tudo
que tenha vontade, pois com o tempo você se tornará mais seleto e perceberá que
algumas leituras foram superficiais e, às vezes, até ridículas. Porém elas foram o ponto
de partida e o estímulo para se chegar a uma leitura mais refinada. Existe tempo para
cada tempo de nossas vidas. Não fique chateado com comentários desagradáveis.
3º - Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura, um bom exercício para
ampliar o léxico é fazer palavras cruzadas.
6º - Leia algumas vezes o texto, pois a primeira impressão pode ser falsa. É preciso
paciência para ler outras vezes. Antes de responder as questões, retorne ao texto para
sanar as dúvidas.
7º - Atenção ao que se pede. Às vezes a interpretação está voltada a uma linha do texto
e por isso você deve voltar ao parágrafo para localizar o que se afirma. Outras vezes, a
questão está voltada à idéia geral do texto.
8º - Fique atento a leituras de texto de todas as áreas do conhecimento, porque algumas
perguntas extrapolam ao que está escrito. Veja um exemplo disso:
Texto:
a) os portugueses.
b) os negros.
c) os índios.
d) tanto os índios quanto aos negros.
e) a miscigenação de portugueses e índios.
Resposta: Letra C. Apesar do autor não ter citado o nome dos índios, é possível concluir
pelas características apresentadas no texto. Essa resposta exige conhecimento que
extrapola o texto.
9º - Tome cuidado com as vírgulas. Veja por exemplo a diferença de sentido nas frases
a seguir.
Explicações:
10º - Leia o trecho e analise a afirmação que foi feita sobre ele.
Desafiar as regras é uma atitude própria do adolescente das escolas privadas. E esse é o
grande desafio do professor moderno.
2 – O desafio não é apenas do professor atual, mas sempre fez parte do desafio do
magistério. Outra questão é que o grande desafio não é só administrar os desafios às
regras, isso é parte do desafio, há também os hormônios em ebulição que fazem parte do
desafio do magistério.
11º- Atenção ao uso da paráfrase (reescritura do texto sem prejuízo do sentido original).
Veja o exemplo:
Frase original: Estava eu hoje cedo, parado em um sinal de trânsito, quando olho na
esquina, próximo a uma porta, uma loirona a me olhar e eu olhava também.(Concurso
TRE/ SC – 2005)
A frase parafraseada é:
a) Parado em um sinal de trânsito hoje cedo, numa esquina, próximo a uma porta, eu
olhei para uma loira e ela também me olhou.
b) Hoje cedo, eu estava parado em um sinal de trânsito, quando ao olhar para uma
esquina, meus olhos deram com os olhos de uma loirona.
c) Hoje cedo, estava eu parado em um sinal de trânsito quando vi, numa esquina,
próxima a uma porta, uma louraça a me olhar.
d) Estava eu hoje cedo parado em um sinal de trânsito, quando olho na esquina,
próximo a uma porta, vejo uma loiraça a me olhar também.
Resposta: Letra C.
Exemplos
Explicações:
a) Certos alunos = qualquer aluno
b) Alunos certos = aluno correto
c) Alunos determinados = alunos decididos
d) Determinados alunos = qualquer aluno
Ortografia
A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das palavras. Essa grafia
baseia-se no padrão culto da língua.
As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no que se refere a sua grafia e
pronúncia, mesmo tendo significados diferentes. Essas palavras são chamadas de
homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto, do latim, significa música vocal).
As palavras homônimas dividem-se em homógrafas, quando tem a mesma grafia
(gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo gostar) e homófonas,
quando tem o mesmo som (paço, palácio ou passo, movimento durante o andar).
O fonema s:
• as palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel,
corr e sent.
• os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou
com verbos terminados por tir ou meter
• quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por s
• os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu.
• após ditongos
O fonema z:
• após ditongos
• os sufixos izar (desde que o radical da palavra de origem não termine com s)
O fonema j:
Observação
Exceção: pajem
O fonema ch:
• depois de ditongo.
• depois de en.
Observação:
Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio -
(enchente)
As letras e e i:
• os ditongos nasais são escritos com e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno
cãibra.
• os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com e: caçoe,
tumultue. Escrevemos com i, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai,
dói, possui.
• atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia e
pela grafia i: área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar
(expandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que
anda a pé), pião (brinquedo).
As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas abertas grafas -a, -e ou -o,
seguidas ou não de -s: está, estás, olá; até, olé, pontapé(s), avó(s), dominó(s), paletó(s),
só(s).
O mesmo se verifica com formas como cocó e cocô, ró (letra do alfabeto grego) e rô.
São igualmente admitidas formas como judô, a par de judo, e metrô, a par de metro.
c) As palavras oxítonas com mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal grafado
em (exceto as formas da 3ª- pessoa do plural do presente do indicativo dos compostos
de ter e vir: retêm, sustêm; advêm, provêm; etc.) ou -ens: acém, detém, deténs,
entretém, entreténs, harém, haréns, porém, provém, provéns, também;
d) As palavras oxítonas com os ditongos abertos grafados -éi, -éu ou -ói, podendo estes
dois últimos ser seguidos ou não de -s: anéis, batéis, fiéis, papéis; céu(s), chapéu(s),
ilhéu(s), véu(s); corrói (de corroer), herói(s), remói (de remoer), sóis.
3º-) Prescinde-se de acento gráfico para distinguir palavras oxítonas homógrafas, mas
heterofónicas/heterofônicas, do tipo de cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da
locução de cor; colher (ê), verbo, e colher (é), substantivo. Excetua-se a forma verbal
pôr, para a distinguir da preposição por.
1º-) As palavras paroxítonas não são em geral acentuadas graficamente: enjoo, grave,
homem, mesa, Tejo, vejo, velho, voo; avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro;
descobrimento, graficamente, moçambicano.
Obs.: Muito poucas palavras deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em
fim de sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de
timbre nas pronúncias cultas da língua e, por conseguinte, também de acento gráfico
(agudo ou circunflexo): sémen e sêmen, xénon e xênon; fémur e fêmur, vómer e vômer;
Fénix e Fênix, ónix e ônix.
4º-) É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito perfeito do
indicativo, do tipo amámos, louvámos, para as distinguir das correspondentes formas do
presente do indicativo (amamos, louvamos), já que o timbre da vogal tónica/tônica é
aberto naquele caso em certas variantes do português.
c) As formas verbais têm e vêm, 3 a-s pessoas do plural do presente do indicativo de ter
e vir, que são foneticamente paroxítonas (respectivamente / t ã j ã j /, / v ã j ã j / ou / t j /,
/ v j / ou ainda / t j j /, / v j j /; cf. as antigas grafias preteridas, têem, vêem), a fim de se
distinguirem de tem e vem, 3a -s pessoas do singular do presente do indicativo ou 2 a-s
pessoas do singular do imperativo; e também as correspondentes formas compostas, tais
como: abstêm (cf. abstém), advêm (cf. advém), contêm (cf. contém), convêm (cf.
convém), desconvêm (cf. desconvém), detêm (cf. detém), entretêm (cf. entretém),
intervêm (cf. inter- vém), mantêm (cf. mantém), obtêm (cf. obtém), provêm (cf.
provém), sobrevêm (cf. sobrevém).
Obs.: Também neste caso são preteridas as antigas grafias detêem, intervêem, mantêem,
provêem etc.
7º-) Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que contêm um e
tónico/tônico oral fechado em hiato com a terminação -em da 3ª- pessoa do plural do
presente do indicativo ou do conjuntivo, conforme os casos: creem, deem (conj.),
descreem, desdeem (conj.), leem, preveem, redeem (conj.), releem, reveem, tresleem,
veem.
CLASSES GRAMATICAIS
Tradicionalmente, as palavras da língua portuguesa se dividem em 10 classes,
sendo 6 variáveis (que admitem flexão de pessoa, gênero, número, grau) e 4
invariáveis (que teoricamente não admitiriam flexões). Vamos às definições.
Frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer comunicação. Expressa
juízo, indica ação, estado ou fenômeno, transmite um apelo, ordem ou exterioriza
emoções.
Normalmente a frase é composta por dois termos - o sujeito e o predicado - mas não
obrigatoriamente, pois, em Português há orações ou frases sem sujeito: Há muito tempo
que não chove.
Quanto aos tipos de frases, além da classificação em verbais e nominais, feita a partir de
seus elementos constituintes, elas podem ser classificadas a partir de seu sentido global:
Quanto a estrutura da frase, as frases que possuem verbo são estruturadas por dois
elementos essenciais: sujeito e predicado.
O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É o "ser de
quem se declara algo", "o tema do que se vai comunicar".
O predicado é a parte da frase que contém "a informação nova para o ouvinte". Ele se
refere ao tema, constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito.
A existência é frágil.
Acima temos três orações correspondentes a três períodos simples ou a três frases.
Mas, nem sempre oração é frase: "convém que te apresses" apresenta duas orações mas
uma só frase, pois somente o conjunto das duas é que traduz um pensamento completo.
Outra definição para oração é a frase ou membro de frase que se organiza ao redor de
um verbo. A oração possui sempre um verbo (ou locução verbal), que implica, na
existência de um predicado, ao qual pode ou não estar ligado um sujeito.
Rua!
Já em:
"Quero a rosa mais linda que houver, para enfeitar a noite do meu bem."
Temos uma frase e três orações: As duas últimas orações não são frases, pois em si
mesmas não satisfazem um propósito comunicativo; são, portanto, membros de frase.
Quanto ao período, ele denomina a frase constituída por uma ou mais orações,
formando um todo, com sentido completo. O período pode ser simples ou composto.
Período simples é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de
oração absoluta.
Chove.
A existência é frágil.
a) Ele já partiu;
b) Os dois sumiram;
O sujeito simples é o sujeito determinado que possui um único núcleo. Esse vocábulo
pode estar no singular ou no plural; pode também ser um pronome indefinido.
b) A existência é frágil;
c) Ninguém se move;
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a referência ao sujeito oculto, isto é,
ao núcleo do sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido pela desinência
verbal ou pelo contexto.
O sujeito indeterminado surge quando não se quer ou não se pode identificar claramente
a que o predicado da oração se refere. Existe uma referência imprecisa ao sujeito, caso
contrário teríamos uma oração sem sujeito.
a) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido
identificado anteriormente:
b) com o verbo na terceira pessoa do singular, acrescido do pronome se. Esta é uma
construção típica dos verbos que não apresentam complemento direto:
Nas orações que surge o sujeito, o predicado é aquilo que se declara a respeito desse
sujeito.
Com exceção do vocativo, que é um termo à parte, tudo o que difere do sujeito numa
oração é o seu predicado.
Para o estudo do predicado, é necessário verificar se seu núcleo está num nome ou num
verbo. Deve-se considerar também se as palavras que formam o predicado referem-se
apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração.
O predicado acima apresenta apenas uma palavra que se refere ao sujeito: pedem. As
demais palavras ligam-se direta ou indiretamente ao verbo.
O nome frágil, por intermédio do verbo, refere-se ao sujeito da oração. O verbo atua
como elemento de ligação entre o sujeito e a palavra a ele relacionada.
O predicado verbal é aquele que tem como núcleo significativo um verbo:
Os verbos acima são significativos, isto é, não servem apenas para indicar o estado do
sujeito, mas indicam processos.
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo significativo um nome; esse nome
atribui uma qualidade ou estado ao sujeito, por isso é chamado de predicativo do
sujeito. O predicativo é um nome que se liga a outro nome da oração por meio de um
verbo.
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, isto é, não indica um processo. O
verbo une o sujeito ao predicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado do
sujeito:
Na frase acima o verbo ser poderia ser substituído por estar, andar, ficar, parecer,
permanecer ou continuar, atuando como elemento de ligação entre o sujeito e as
palavras a ele relacionadas.
a) O dia amanheceu;
c) Dou-lhes três.
O poeta deixou-a.
O aposto pode ser classificado, de acordo com seu valor na oração, em:
Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado por
sinais de pontuação (dois-pontos ou vírgula).
O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou
hipotético.
O período acima é formada por três orações, no entanto essas orações são independentes
e poderiam constituir orações absolutas, caracterizando o período composto por
coordenação.
Dormiu e sonhou.
As orações coordenadas sindéticas aditivas são ligadas por meio de conjunções aditivas.
Ocorrem quando os fatos estão em seqüência simples, sem que acrescente outra idéia.
As aditivas típicas são e e nem.
Ora atua com dedicação e seriedade, ora age de forma desleixada e relapsa.
Nossa constatação é que vida e morte são duas faces de uma mesma realidade.
Grande Sertão: Veredas, que foi publicado em 1956, causou muito impacto.
O homem rico que ele era hoje passa por dificuldades - predicativo do sujeito
O filme cujo artista foi premiado não fez sucesso - adjunto adnominal
Cujo sempre funciona como adjunto adnominal; onde como adjunto adverbial de lugar e
como será adjunto adverbial de modo.
As principais conjunções são: porque, porquanto, desde que, já que, visto que, uma
vez que, como, que...
As principais conjunções são: que (precedido de tão, tal, tanto, tamanho), de maneira
que, de forma que...
As principais conjunções são: assim como, tal qual, que, do que, como, quanto...
As principais conjunções são: se (= caso), caso, contanto que, dado que, desde que,
uma vez que, a menos que, sem que, salvo se, exceto se...
• Conformativa, idéia de adequação, de não contradição com o fato relatado na
oração principal. (Saímos na hora, conforme havíamos combinado)
As principais conjunções: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, apesar de
que, conquanto, sem que...
As principais conjunções são: quando, assim que, logo que, tão logo, enquanto, mal,
sempre que...
As principais conjunções são: para que, para, a fim de que, com a finalidade de...
Uma oração pode ser subordinada a uma principal e, ao mesmo tempo, principal em
relação a outra (ele age / como você / para estar em evidência)
Não é a falta de conectivo que determina a existência de uma oração reduzida, e sim a
forma nominal do verbo.
Algumas orações reduzidas de infinitivo merecem atenção: vem depois dos verbos
deixar, mandar, fazer, ver, ouvir, olhar, sentir e outros verbos causativos e sensitivos.
Deixei-os fugir (= que eles fugissem) - orações subordinada substantiva objetiva direta.
Este é o único caso em que o pronome oblíquo exerce função sintática de sujeito (caso
de sujeito de infinitivo).
4. Concordância nominal:
Na concordância nominal, os determinantes do substantivo (adjetivos, numerais,
pronomes adjetivos e artigos) alteram sua terminação (gênero e número) para se
adequarem a ele, ou a pronome substantivo ou numeral substantivo, a que se referem na
frase.
Aquele beijo foi dado num lugar e hora inoportunos. (aqui fica mais claro que o adjetivo
refere-se aos dois substantivos)
Quando o adjetivo tiver função de predicativo, concorda com todos os núcleos a que se
relaciona. (São calamitosos a pobreza e o desamparo / Julguei insensatas sua atitude e
suas palavras).
Quando um substantivo determinado por artigo é modificado por dois ou mais adjetivos,
podem ser usadas as seguintes construções:
Adjetivos regidos pela preposição de, que se referem a pronomes indefinidos, ficam
normalmente no masculino singular, podendo surgir concordância atrativa.
Mesmo = até, inclusive é invariável (mesmo eles ficaram chateados) / expressão "em
anexo" é invariável.
Meio, bastante, menos - meio e bastante, quando se referem a um substantivo, devem
concordar com esse substantivo. Quando funcionarem como advérbios, permanecerão
invariáveis. "Menos" é sempre invariável.
Muito, pouco, longe, caro, barato - podem ser palavras adjetivas ou advérbios,
mantendo concordância se fizerem referência a substantivos.
a) Água é bom;
b) A água é boa;
e) Chuva é necessário;
b) Vieram só os rapazes.
A locução adverbial "a olhos vistos" (= visivelmente) - invariável (ela crescia a olhos
vistos).
O (a) mais possível (invariável) / as, os mais possíveis (é uma moça a mais bela possível
/ são moças as mais belas possíveis).
Haja vista - não se flexiona, exceto por concordância atrativa antes de substantivo no
plural sem preposição.
Os adjetivos adverbializados são invariáveis (vamos falar sério / ele e a esposa raro vão
ao cinema)
• acostumado a, com;
• afável com, para;
• afeiçoado a, por;
• aflito com, por;
• alheio a, de;
• ambicioso de;
• amizade a, por, com;
• amor a, por;
• ansioso de, para, por;
• apaixonado de, por;
• apto a, para;
• atencioso com, para;
• aversão a, por;
• ávido de, por;
• conforme a;
• constante de, em;
• constituído com, de, por;
• contemporâneo a, de;
• contente com, de, em, por;
• cruel com, para;
• curioso de;
• desgostoso com, de;
• desprezo a, de, por;
• devoção a, por, para, com;
• devoto a, de;
• dúvida em, sobre, acerca de;
• empenho de, em, por;
• falta a, com, para;
• imbuído de, em;
• imune a, de;
• inclinação a, para, por;
• incompatível com;
• junto a, de;
• preferível a;
• propenso a, para;
• próximo a, de;
• respeito a, com, de, por, para;
• situado a, em, entre;
• último a, de, em;
• único a, em, entre, sobre.
5. Concordância verbal:
* sujeito simples - verbo concorda com o sujeito simples em pessoa e número.
* sujeito coletivo (singular na forma com idéia de plural) - verbo fica no singular,
concordando com a palavra escrita não com a idéia.
O pessoal já saiu.
* expressões perto de, cerca de, mais de, menos de + sujeito no plural - verbo no plural.
• sem artigo - verbo no singular (Minas Gerais produz muito leite / férias faz
bem).
• precedidos de artigo plural - verbo no plural ("Os Lusíadas" exaltam a grandeza
do povo português / as Minas Gerais produzem muito leite).
Quando a ação só pode ser atribuída à totalidade e não separadamente aos indivíduos,
usa-se o singular (um bando de soldados enchia o pavimento inferior).
* expressão um ou outro - verbo no singular (Um ou outro rapaz virava a cabeça para
nos olhar).
* sujeito composto ligado por nem - verbo no plural (Nem o conforto, nem a glória lhe
trouxeram a felicidade.).
* expressão nem um nem outro - verbo no singular (Nem um nem outro comentou o
fato.).
* sujeito composto ligado por ou - faz-se em função da idéia transmitida pelo ou.
• idéia de exclusão - verbo no singular (José ou Pedro será eleito para o cargo /
um ou outro conhece seus direitos)
• idéia de inclusão ou antinomia - verbo no plural (matemática ou física exigem
raciocínio lógico / riso ou lágrimas fazem parte da vida)
• idéia explicativa ou alternativa - concordância com sujeito mais próximo (ou eu
ou ele irá / ou ele ou eu irei)
Se a expressão significar apenas um, verbo no singular (é uma das peças de Nelson
Rodrigues que será apresentada).
• verbo concorda com termo posposto ao número (80% da população tinha mais
de 18 anos / dez por cento dos sócios saíram da empresa).
• o verbo concorda com o número quando estiver anteposto a ele (perderam-se
40% da lavoura).
• verbo no plural, se o número vier determinado por artigo ou pronome no plural
(os 87% da produção perderam-se / aqueles 30% do lucro obtido
desapareceram).
Cada criança, cada adolescente, cada adulto ajudava como podia. / nenhum político,
nenhuma cidade, nenhum ser humano faria isso.
* sujeito composto ligado por como, assim como, bem como (formas correlativas) -
deve-se preferir o plural, sendo mas raro o singular.
Rio de Janeiro como Florianópolis são belas cidades. / tanto uma, como a outra,
suplicava-lhe o perdão.
• verbo no plural sem vírgulas (Eu com outros amigos limpamos o quintal.)
• verbo no singular com vírgulas, idéia de companhia (O presidente, com os
ministros, desembarcou em Brasília.)
* sujeito paciente ao lado de um verbo na voz passiva sintética - verbo concorda com o
sujeito.
* verbos dar, bater e soar + horas - verbos têm como sujeito o número que indica as
horas.
Considera-se errado o emprego do verbo ter por haver quando tiver sentido de existir ou
acontecer (J há um lugar ali. / L tem um lugar ali.)
Os verbos existir e acontecer são pessoais e concordam com seu sujeito (Existiam sérios
compromissos. / Aconteceram bastantes problemas naquele dia.)
* verbo ser - impessoal quando indica data hora e distância, concordando com a
expressão numérica ou a palavra a que se refere (Eram seis horas. / Hoje é dia doze. /
Hoje é ou são doze. / Daqui ao centro são treze quilômetros.).
a) Tu és Maria.
b) Maria és tu.
c) Tu és minhas alegrias.
A preposição, quando exigida, nem sempre aparece depois do verbo. Às vezes, ela pode
ser empregada antes do verbo, bastando para isso inverter a ordem dos elementos da
frase (Na rua dos Bobos, residia um grande poeta). Outras vezes, ela deve ser
empregada antes do verbo, o que acontece nas orações iniciadas pelos pronomes
relativos (O ideal a que aspira é nobre).
ACONSELHAR (TD e I)
AGRADAR
* no sentido de ser agradável, satisfazer (pede objeto indireto - tem preposição "a").
AGRADECER
Agradecer-lhe-ei os presentes.
ASPIRAR
Não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a
elas. Também observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de
substantivo feminino (que exija o artigo)
ASSISTIR
Não admite a utilização do complemento lhe, quando significa ver. No lugar, coloca-se
a ele, a ela, a eles, a elas. Também observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando
for TI seguido de substantivo feminino (que exija o artigo)
ATENDER
CERTIFICAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem certifica, certifica algo a alguém ou Quem certifica,
certifica alguém de algo.
CHAMAR
Chamei-o à atenção.
* Pode ser TD ou TI, com a preposição A, quando significar dar qualidade. A qualidade
(predicativo do objeto) pode vir precedida da preposição DE, ou não.
Chamaram-no irresponsável.
Chamaram-no de irresponsável.
Chamaram-lhe irresponsável.
Chamaram-lhe de irresponsável.
CHEGAR, IR (Intransitivo)
Aparentemente eles têm complemento, pois quem vai, vai a algum lugar e quem chega,
chega de. Porém a indicação de lugar é circunstância (adjunto adverbial de lugar), e não
complementação.
Esses verbos exigem a preposição A, na indicação de destino, e DE, na indicação de
procedência.
* quando indicam meio de transporte no qual se chega ou se vai, então exigem EM.
COGITAR
COMPARECER (Intransitivo)
COMUNICAR (TD e I)
CUSTAR
* No sentido de ser difícil será TI, com a preposição A. Nesse caso, terá como sujeito
aquilo que é difícil, nunca a pessoa, que será objeto indireto.
Custou-me acreditar em Hipocárpio.
ENSINAR - TD e I
ESQUECER, LEMBRAR
IMPLICAR
INFORMAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa,
informa alguém de algo.
Moro em Londrina.
NAMORAR (TD)
Devemos obedecer às normas. / Por que não obedeces aos teus pais?
PAGAR, PERDOAR
São TD e I, com a preposição A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto,
a pessoa.
As construções de voz passiva com esses verbos são comuns na fala, mas agramaticais
PEDIR (TD e I)
* Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é errado dizer Pedir para que alguém faça
algo.
Pediram-lhe perdão.
PRECISAR
PREFERIR (TD e I)
* Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes, nem que ou do que.
PROCEDER
QUERER
* No sentido de desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar (TD).
RENUNCIAR
RESPONDER
REVIDAR (TI)
* Com a preposição COM. Não são pronominais, portanto não existe simpatizar-se, nem
antipatizar-se.
SOBRESSAIR (TI)
São estes os principais verbos que, quando TI, não aceitam LHE/LHES como
complemento, estando em seu lugar a ele (a/s) - aspirar, visar, assistir (ver), aludir,
referir-se, anuir.
* Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido: abdicar (de),
acreditar (em), almejar (por), ansiar (por), anteceder (a), atender (a), atentar (em, para),
cogitar (de, em), consentir (em), deparar (com), desdenhar (de), gozar (de), necessitar
(de), preceder (a), precisar (de), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), versar (sobre) -
lista de Pasquale e Ulisses.
Forma popular: se eu vir, seu eu intervir, eu intervi, ele interviu, eles proviram.
Forma padrão: seu eu vier, se eu intervier, eu intervim, ele interveio, eles provieram.
reaver.
6. Pontuação:
Há certos recursos da linguagem - pausa, melodia, entonação e até mesmo, silêncio -
que só estão presentes na oralidade. Na linguagem escrita, para substituir tais recursos,
usamos os sinais de pontuação.
Estes são também usados para destacar palavras, expressões ou orações e esclarecer o
sentido de frases, a fim de dissipar qualquer tipo de ambigüidade.
• ponto:
A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior era
conservado com primor.
O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = fevereiro,
hab. = habitante, rod. = rodovia.
O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto final.
• o ponto-e-vírgula:
Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e alegre; agora, mulher madura,
tornou-se uma doidivanas.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
• dois-pontos:
a) uma enumeração:
... Rubião recordou a sua entrada no escritório do Camacho, o modo porque falou: e
daí tornou atrás, ao próprio ato.
Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o salto que
deu, levado de um ímpeto irresistível...
(Machado de Assis)
b) uma citação:
c) um esclarecimento:
Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o
amasse, mas para magoar Lucila.
Nota: A preposição per, considerada arcaica, somente é usada na frase de per si (= cada
um por sua vez, isoladamente).
NOTA
Querida amiga:
Prezados senhores,
• ponto de interrogação:
O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta
não exija resposta:
- Bem.
- Não.
(José de Alencar)
• ponto de exclamação:
- Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e
muito repousante, Jacinto!
NOTA
Oh!
Valha-me Deus!
• O uso da vírgula:
O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois
banheiros.
Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria,
e roía as unhas.
Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir.
Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irmã, que foi um acidente.
Respeitosamente,
Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi escrito por Graciliano Ramos.
6.1 Crase:
Crase não é acento, e sim superposição de dois "as". O primeiro é uma preposição, o
segundo, pode ser um artigo definido, um pronome demonstrativo a(as) ou aquele(a/s),e
aquilo. O acento que marca este fenômeno é o grave (`).
Condições necessárias para ocorrer crase: termo regente deve exigir a preposição e o
termo regido tem de ser uma palavra feminina que admita artigo.
Uma dica é trocar a palavra feminina por uma masculina equivalente, se aparecer ao (s)
usa-se crase, caso apareça a ou o (s) não haverá crase
A crase é obrigatória:
a) Vende-se a prazo.
Havendo determinação, a crase é indispensável (Ele admite ter cedido à pressão dos
superiores.)
A crase é facultativa:
A exceção ocorre quando o nome feminino vier acompanhado de uma expressão que a
determine a crase é obrigatória (Dedico minha vida à Rosa do Jaboatão)
Se o pronome possessivo for substantivo e por regência a preposição for exigida, a crase
será obrigatória (Foi a [à] sua cidade natal e à minha)
a) Iremos a Curitiba.
c) Iremos à Bahia.
Quando o topônimo não estiver determinado, usa-se o teste da troca do verbo para
chegar. Se nesta troca aparecer chego da, há crase; se for chego de, não há crase.
Com os demonstrativos aquele (s), aquela (s) e aquilo, basta verificar se, por regência,
alguma palavra pede a preposição que irá se fundir com o "a" inicial do próprio
pronome.
Uma dica é trocar aquele (a/s) por este (a/s) e aquilo por isto, se antes aparecer a, há
crase.
O pronome demonstrativo a (s) aparece antes de que ou de e pode ser trocado por aquela
(s). Deve-se fazer o teste da troca por um masculino similar e verificar se aparece ao (s)
a) Esta estrada é paralela à que corta a cidade (o caminho é paralelo ao que corta a
cidade).
Antes dos pronomes relativos "que" e "quem" não ocorre crase. Já o pronome qual (s)
admite crase
Quando a palavra casa significa lar, domicílio e não vem acompanhada de adjetivo, ou
locução adjetiva, não se usa a crase.
Iremos a casa assim que chegarmos (iremos ao lar assim que chegarmos).
b) Olhava-nos a distância.
7. Colocação pronominal:
Em função da posição do pronome em relação ao verbo, classifica-se:
A regra geral diz que se deve colocar o pronome enclítico, desde que não haja fator de
próclise ou seja um dos futuros do indicativo, com atenção aos casos especiais.
- oração negativa, desde que não haja pausa entre o verbo e as palavras de negação.
a) Ninguém se mexe.
b) Nada me abala.
a) Deus te guie!
b) Quanto sangue se derramou inutilmente!
- conjunção subordinativa.
b) Isso te pertence.
Se o sujeito estiver logo antes do verbo, a próclise será facultativa. Este fator,
entretanto, não pode quebrar o princípio dos fatores de próclise.
Por questão de eufonia, pode-se preferir a próclise ao invés da ênclise, quando o sujeito
vier antes do verbo
Você viu-o.
Você o viu.
O uso de mesóclise:
Respeitados os princípios de próclise, far-se-á mesóclise caso o verbo esteja nos tempos
futuros do indicativo.
Usa-se ênclise:
- particípio,
Sem auxiliar não admite próclise ou ênclise e sim a forma oblíqua regida de preposição.
Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam
significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos: Exemplos: Cômico -
engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado, remoto.
Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam
significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos: Exemplos: Economizar - gastar
/ Bem - mal / Bom - ruim.
Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem
significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, isto é, os
parônimos: Exemplos: cavaleiro - cavalheiro / absolver - absorver / comprimento -
cumprimento/ aura (atmosfera) - áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura
(situação decorrente dos acontecimentos)/ descriminar (desculpabilizar - discriminar
(diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas de uma
publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido (desacautelado)/ geminada
(duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir (soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/
percursor (que percorre) - precursor (que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) -
subscrever (aprovar, assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar) / descrição -
discrição / onicolor - unicolor.
Conotação e Denotação:
Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original. Exemplos: Pedra é um corpo
duro e sólido, da natureza das rochas.