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INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ

CAMPUS TERESINA CENTRAL


DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO, AMBIENTE E SAÚDE
COORDENAÇÃO DE GEOMÁTICA
CURSO DE TECNOLOGIA EM GEOPROCESSAMENTO

DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVO WEBMAPPING PARA


DISPONIBILIZAÇÃO NA WEB DE DADOS DA REDE
HOSPITALAR PÚBLICA DO BAIRRO CENTRO DE TERESINA,
PIAUÍ

DANIEL SILVA VERAS

TERESINA-PI
2010
DANIEL SILVA VERAS

DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVO WEBMAPPING PARA


DISPONIBILIZAÇÃO NA WEB DE DADOS DA REDE
HOSPITALAR PÚBLICA DO BAIRRO CENTRO DE TERESINA,
PIAUÍ

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
do Piauí, como requisito para obtenção do título de
Tecnológo em Geoprocessamento.

Orientador: Prof. Esp. Ésio Cordeiro

TERESINA-PI
2010
INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ
CAMPUS TERESINA CENTRAL
DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO, AMBIENTE E SAÚDE
COORDENAÇÃO DE GEOMÁTICA
CURSO DE TECNOLOGIA EM GEOPROCESSAMENTO

DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVO WEBMAPPING PARA


DISPONIBILIZAÇÃO NA WEB DE DADOS DA REDE
HOSPITALAR PÚBLICA DO BAIRRO CENTRO DE TERESINA,
PIAUÍ

Aluno: Daniel Silva Veras

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________
Prof. Esp. Ésio Cordeiro
Orientador - IFPI

____________________________________________
Prof. MSc. Márcio Aurélio Carvalho de Morais
Examinador(a) – IFPI

____________________________________________
Prof. MSc. Jurandi Oliveira da Silva
Examinador(a) – IFPI

Teresina-PI, 27 de agosto de 2010.


DEDICATÓRIA

“À minha família querida, meus pais (Antonio Veras


e Fátima Veras) e meus irmãos (Danilo e Daniely).
Estes são minha base e minha estrutura, o motivo
pelo qual dou o meu melhor.”
AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter me dado a capacidade de chegar até aqui. Pelos momentos bons e ruins que
me proporcionaram experiências necessárias. Por abençoar a mim e as pessoas que amo.
Obrigado Deus.

A todos os professores do Curso Superior de Tecnologia em Geoprocessamento, em especial


aos professores Jurandi Oliveira, Ésio Cordeiro e Valdira de Caldas. Por todo auxílio e
contribuição na minha formação profissional.

Aos companheiros de curso. Em especial aos amigos Adriano D’Carlos, Kelson França, Aécio
Carvalho e Juliana Sousa.

Aos mui amigos do PROEJA e da Coordenação Pedagógica do Instituto Federal do Piauí.


Certamente a melhor equipe de trabalho que alguém poderia ter.

Um agradecimento especial para Layara Campelo, Weslley Maycon e Max Wagno. Meus
irmãos de caminhada e companheiros de batalha. “Eu talvez não tenha muito amigos, mas os
que eu tenho são os melhores que alguém poderia ter.” (Vinicius de Moraes).

Aos professores Paulo Borges da Cunha e Flôr de Maria Mendes Câmara. As minhas
referências de vida, de ética profissional, de amizade e de amor ao próximo. Pelo incentivo e
pelos ensinamentos transmitidos que levarei por toda a vida. Nunca poderei saldar minha
dívida com vocês.

Aos incontáveis amigos que fiz no Instituto Federal do Piauí, funcionários, professores e
estudantes.
“Eu acredito, eu luto até o fim: não há como
perder, não há como não vencer.”

Oleg Taktarov
RESUMO

Os Sistemas de Informações Geográficas (SIGs) são sistemas capazes de realizar o tratamento


de dados que representam objetos e fenômenos localizados sobre a superfície terrestre. Estes
sistemas têm sido utilizados vastamente para o apoio a tomada de decisões sobre problemas
urbanos, rurais e ambientais. O avanço da Tecnologia da Informação e a disseminação da
Internet no cotidiano das pessoas possibilitaram o surgimento de sistemas capazes de levar
alguns dos aspectos de um SIG para o ambiente intranet/internet. O presente trabalho
apresentou o desenvolvimento de uma aplicação webmapping para a disponibilização de
dados da rede hospitalar pública do bairro Centro de Teresina. Este trabalho desenvolveu-se a
partir da tarefa de reunir dados sobre a rede hospitalar pública da área de estudo, organizá-los
em um banco de dados geográficos e depois disponibilizá-los em forma de mapas dinâmicos
na web. O resultado do trabalho foi um sistema capaz de disponibilizar mapas na web que
retratam diversos aspectos do bairro Centro, tais como: localização, atividade comercial,
praças públicas, ruas e avenidas; além de fornecer a localização e dados quantitativos que
caracterizam a rede hospitalar pública existente no bairro. Estas informações disponíveis via
internet podem contribuir para a melhoria do acesso da população civil a estes serviços e
ainda contribuir para a ampliação da participação popular nas decisões municipais sobre este
tema.

Palavras-chave: Sistemas de Informações Geográficas (SIGs), saúde pública, Webmapping,


Internet.
ABSTRACT

The Geographic Information Systems (GIS) are systems capable of processing data that
represent objects and phenomena located on land. These systems have been widely used to
support decisions about urban problems, rural and environmental. The advancement of
information technology and the spread of Internet in daily life facilitated the emergence of
systems able to take some of the aspects of a GIS environment for the intranet / internet. This
paper presented the development of an application Webmapping for availability of data from
the public hospital network in the neighborhood Centro of Teresina. This work was developed
from the task of gathering data on the public hospital network of the study area, organize them
into a geographic database and then make them available in the form of dynamic maps on the
web. The result of this work was a system capable of providing web maps depicting various
aspects of the neighborhood Centro, such as location, business, public squares, streets and
avenues, besides providing localization and quantitative data that characterize the public
hospital network existing neighborhood. This information is available via the Internet can
contribute to improving access of population to these services and also contribute to the
broadening of popular participation in municipal decisions on this issue.

Keywords: Geographic Information Systems (GIS), public health, Webmapping, internet.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 15
1.1. OBJETIVOS DA PESQUISA ....................................................................................... 17
1.1.1. Geral ........................................................................................................................ 17
1.1.2. Específicos .............................................................................................................. 17
2. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG) ............................................... 18
2.1. PLANOS DE INFORMAÇÃO (LAYERS) .................................................................. 22
2.2. BANCO DE DADOS GEOGRÁFICOS ....................................................................... 22
2.3. INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA .................................................................................. 23
2.4. MODELAGEM DE DADOS GEOGRÁFICOS ........................................................... 24
2.4.1. Modelo Geo-OMT................................................................................................... 26
3. SIG NO SUPORTE E GERENCIAMENTO DA SAÚDE PÚBLICA ........................... 31
4. CONCEITOS RELATIVOS À INTERNET .................................................................... 36
4.1. WORLD WIDE WEB (WWW)..................................................................................... 36
4.1.1. GeoWeb ................................................................................................................... 38
4.2. HIPERTEXT TRANSFER PROTOCOL (HTTP) ........................................................ 39
4.3. SERVIDORES WEB ..................................................................................................... 41
4.3.1. Apache ..................................................................................................................... 41
5. DISPONIBILIZAÇÃO DE DADOS GEOGRÁFICOS NA WEB ................................. 44
5.1. SERVIDORES DE MAPAS .......................................................................................... 47
6. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................... 49
6.1. MATERIAL BIBLIOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO ............................................... 49
6.2. SOFTWARES ................................................................................................................ 49
6.2.1. ArcGIS .................................................................................................................... 50
6.2.2. MapServer ............................................................................................................... 51
6.3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ......................................................... 54
6.3.1. Localização e limites ............................................................................................... 54
6.3.2. O bairro Centro........................................................................................................ 57
6.3.2.1. Aspectos demográficos ..................................................................................... 58
6.3.2.2. Aspectos sócio-econômicos e infra estruturais ................................................. 58
6.4. ASPECTOS DO SETOR DE SAÚDE EM TERESINA ............................................... 61
6.5. COLETA DE PONTOS COM GPS .............................................................................. 65
6.6. PADRONIZAÇÃO DA BASE DE DADOS ................................................................. 66
6.7. IMPLEMENTAÇÃO DO BANCO DE DADOS GEOGRÁFICO ............................... 67
6.7.1. Modelagem conceitual ............................................................................................ 67
6.7.2. Dicionário de dados ................................................................................................. 69
6.8. DESENVOLVIMENTO DO APLICATIVO WEBMAPPING .................................... 73
6.9. TESTES E IMPLANTAÇÃO ........................................................................................ 86
7. RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................... 87
8. CONCLUSÕES................................................................................................................... 94
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 96
APÊNDICES .................................................................................................................100
APÊNDICE A – Código Fonte das consultas do aplicativo. .......................................... 101
APÊNDICE B – Código Fonte do arquivo de configuração Mapfile. ............................ 102
LISTA DE FIGURAS E QUADROS

FIGURA 01. Geoprocessamento: tecnologia transdisciplinar – equipamentos, processos,


entidades e metodologias. ................................................................................. 19
FIGURA 02. Dualidade das informações num SIG: dados espaciais (geográficos) associados
a atributos alfanuméricos. ................................................................................. 20
FIGURA 03. Arquitetura de um SIG. ...................................................................................... 21
FIGURA 04. Exemplos de diversos planos de informações: representação da realidade em
camadas em um SIG. ........................................................................................ 22
FIGURA 05. Generalização no modelo GEO-OMT. .............................................................. 28
FIGURA 06. Meta modelo parcial do modelo GEO-OMT. .................................................... 29
FIGURA 07. Notação gráfica da classe georreferenciada. ...................................................... 29
FIGURA 08. Notação gráfica da classe convencional. ........................................................... 30
FIGURA 09. Espacialização dos casos de Cólera na cidade de Londes, 1854. ...................... 31
FIGURA 10. Visualização de lotes com pacientes hipertensos de uma Unidade de Saúde da
Família de João Pessoa-PB. .............................................................................. 33
FIGURA 11. GeoSIST - Georreferenciamento do Sistema de Informação em Saúde do
Trabalhador. ...................................................................................................... 35
FIGURA 12. Modelo Cliente / Servidor nos serviços da internet. .......................................... 38
FIGURA 13. Arquitetura do protocolo TCP/IP. ...................................................................... 39
FIGURA 14. Formato das comunicações na web utilizando o protocolo HTTP. ................... 40
FIGURA 15. Mapa disponibilizado pelo BDGEOPRIM mostrando a distribuição geográfica
do primata, gênero Ateles. ................................................................................. 45
FIGURA 16. Estrutura de funcionamento de uma aplicação webmapping. ............................ 46
FIGURA 17. Funcionamento básico de uma aplicação MapServer em modo CGI. ............... 53
FIGURA 18. Funcionamento de uma aplicação MapServer em modo MapScript. ................ 54
FIGURA 19. Localização do município de Teresina, Piauí. ................................................... 56
FIGURA 20. Mapa de situação do bairro Centro em relação ao município de Teresina, Piauí.57
FIGURA 21. Evolução populacional do bairro Centro. .......................................................... 58
FIGURA 22. Teatro 4 de Setembro, Teresina, Piauí. .............................................................. 60
FIGURA 23. Praça Pedro II, Teresina, Piauí........................................................................... 60
FIGURA 24. Atendimentos à pacientes de outros estados em Teresina, janeiro a outubro de
2000................................................................................................................... 64
FIGURA 25. Diagrama GEO-OMT do banco de dados geográficos da aplicação. ................ 68
FIGURA 26. Estrutura de um arquivo mapfile. ....................................................................... 74
FIGURA 27. Resultado da primeira iteração: criação de um mapa estático. .......................... 75
FIGURA 28. Resultado da segunda iteração: criação de um mapa com navegação. .............. 76
FIGURA 29. Resultado da terceira iteração:criação de um mapa com navegação e controle de
camadas. ............................................................................................................ 77
FIGURA 30. Quarta iteração: criação de componentes informativos. ................................... 78
FIGURA 31. Resultado da quinta iteração: criação de um mapa com rótulos nas vias e nas
edificações de destaque. .................................................................................... 78
FIGURA 32. Aplicativo webmapping em modo CGI. ............................................................ 79
FIGURA 33. Visualização do Google Maps. .......................................................................... 81
FIGURA 34. Visualização de uma aplicação demo p.mapper. ............................................... 81
FIGURA 35. Resultado da sexta iteração: aplicativo em modo API. ...................................... 82
FIGURA 36. Resultado da sexta iteração: barra de navegação para o usuário. ...................... 83
FIGURA 37. Configuração da pesquisa para os nomes de hospitais. ..................................... 83
FIGURA 38. Resultado da oitava iteração: criação de tooltip informativa. ............................ 84
FIGURA 39. Nona iteração: símbolos de identificação no mapa. .......................................... 85
FIGURA 40. Nona iteração: símbolos de identificação no mapa. .......................................... 85
FIGURA 41. Visualização no aplicativo webmapping de diversos elementos existentes no
bairro Centro. .................................................................................................... 87
FIGURA 42. Visualização da barra de ferramentas do aplicativo webmapping. .................... 88
FIGURA 43. Visualização da ferramenta identificador com a tooltip do objeto selecionado. 89
FIGURA 44. Visualização da ferramenta identificador múltiplo com a tooltip dos objetos
selecionados. ..................................................................................................... 89
FIGURA 45. Visualização da ferramenta de medição com a tooltip de cálculo de perímetro e
área. ................................................................................................................... 90
FIGURA 46. Visualização da ferramenta Adicionar ponto de interesse. ................................ 90
FIGURA 47. Visualização da barra de consultas do aplicativo webmapping. ........................ 91
FIGURA 48. Visualização do resultado de uma consulta por hospital. .................................. 92
FIGURA 49. Visualização do resultado de uma consulta por uma especialidade médica. ..... 92
FIGURA 50. Visualização da página da CNES contendo informação sobre o hospital
pesquisado. ........................................................................................................ 93
LISTA DE TABELAS

TABELA 01. Estrutura de diretórios do Apache. .................................................................... 42


TABELA 02. Alguns utilitários incluídos no Apache. ............................................................ 43
TABELA 03. Aspectos de educação do bairro Centro. ........................................................... 58
TABELA 04. Aspectos de economia do bairro Centro. .......................................................... 59
TABELA 05. Equipamentos comunitários do bairro Centro. ................................................. 59
TABELA 06. Aspectos habitacionais do bairro Centro........................................................... 60
TABELA 07. Contexto histórico da evolução do pólo de saúde de Teresina. ........................ 62
TABELA 08. Distribuição dos estabelecimentos de saúde em Teresina................................. 63
TABELA 09. Distribuição dos estabelecimentos de saúde no bairro Centro de Teresina. ..... 63
TABELA 10. Relação nominal dos estabelecimentos de saúde que fizeram parte da
pesquisa. ............................................................................................................ 65
TABELA 11. Tabela de atributos da layer de rios. ................................................................. 69
TABELA 12. Tabela de atributos da layer de logradouros. .................................................... 69
TABELA 13. Tabela de atributos da layer de bairros. ............................................................ 70
TABELA 14. Tabela de atributos da layer de quadras. ........................................................... 70
TABELA 15. Tabela de atributos da layer de praças públicas. ............................................... 71
TABELA 16. Tabela de atributos da layer de edificações de destaque. ................................. 71
TABELA 17. Tabela de atributos da layer de hospitais. ......................................................... 72
TABELA 18. Tabela com os dados das consultas médicas. .................................................... 72
TABELA 19. Tabela com os dados dos exames médicas. ...................................................... 73
TABELA 20. Tabela com os dados dos procedimentos médicos de alta complexidade......... 73
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

APAC Procedimentos de Alta Complexidade


API Application Programming Interface
ARPANET Advanced Research Projects Agency Network
ASCII American Standard Code for Information Interchange
BDGEOPRIM Banco de Dados Georreferenciado das Localidades de Ocorrência de
Primatas Neotropicais
CAD Desenho Assistido por Computador
CERN Centro Europeu de Pesquisas Nucleares
CGI Commom Gatteway Interface
CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
DHTML Hipertext Markup Dynamic Language
DNS Domain Name System
FMS Fundação Municipal de Teresina
FTP Protocolo de Transferência de Arquivos
GDAL Geospatial Data Abstraction Library
GEO-OMT Object Modeling Language - Geo
GeoSIST Georreferenciamento do Sistema de Informação em Saúde do
Trabalhador
GIS Geographic Information System
GML Geography Markup Language
GPS Sistemas de Posicionamento Global
HTML Hipertext Markup Language
HCT Hospital das Clínicas de Teresina
HDIC Hospital de Doenças Infecto-Contagiosa
HGV Hospital Getulio Vargas
HTI Hospital de Terapia Intensiva de Teresina
HTTP Protocolo de Transferência de Hipertexto
IBGE Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICMS Imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços
IE Internet Explorer
IP Protocolo de Internet
IFPI Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí
MNDNR Departamento de Recursos Naturais de Minnesota
NASA National Aeronautics and Space Administration
NAVSTAR Navigation System with Time and Ranging
ODBC Open Data Base Connectivity
OGC Open Geospatial Consortium
OSI Open Systems Interconnection
OMT Modelo Orientado a Objetos
PMT Prefeitura Municipal de Teresina
SEMPLAN Secretaria Municipal de Planejamento
SGBD Sistema Gerenciador de Banco de Dados
SIG Sistemas de Informação Geográfica
SQL Structured Query Language
SMTP Simple Mail Transfer Protocol
SUS Sistema Único de Saúde
TIFF Tagged Image File Format
UDP User Datagram Protocol
URL Uniform Resource Locato
UTM Universal Transverse de Mercator
TCP Protocolo de Controle de Transmissão
TIN Rede de Triangulação Irregular
XML Extensible Markup Language
WEB Sinônimo de WWW
WGS84 World Geodetic System 1984
WWW World Wide Web
1. INTRODUÇÃO

A grande maioria dos problemas de gestão pública no Brasil depende da distribuição


espacial do fenômeno subjacente (ALMEIDA et al., 2007), ou seja, para combater a exclusão
social precisamos saber onde e quem são os excluídos, para reduzir a criminalidade
precisamos identificar os padrões e as áreas de ocorrências. Enfim, conhecer nossos territórios
é condição essencial para gerarmos políticas públicas consistentes em temas como: exclusão
social, atendimento da saúde, segurança pública, etc. O acesso remoto a estas informações é
uma perspectiva a mais no gerenciamento dos problemas de gestão pública.
O conhecimento e a disposição de informações georreferenciadas sobre o lugar
aumentam a probabilidade de acertos das intervenções – sejam elas de domínio público ou
privado – e como afirma Borges (2000, p. 04), “[...] a manipulação integrada de dados
gráficos e não gráficos, juntamente com a possibilidade de análises espaciais, pode orientar
as tomadas de decisões e o planejamento, e, ainda auxiliar na avaliação de políticas
públicas”, haja vista a crescente necessidade de se representar o espaço em questão, por não
se tomarem decisões baseadas apenas em dados estatísticos, mas também na localização, onde
esta é fator primordial no processo decisório, afinal as ações municipais sempre acontecem
em algum lugar.
Saúde pública na visão de Winslow, Charles-Edward Amory (1920) define-se como
“a arte e a ciência de prevenir doenças, prolongar a vida, promover a saúde e a eficiência
física e mental mediante o esforço organizado da comunidade. Abrangendo o saneamento do
meio” [...] “a organização de serviços médicos e de enfermagem” [...] “e o desenvolvimento
de uma estrutura social que assegure a cada indivíduo na sociedade um padrão de vida
adequado à manutenção da saúde.” (WINSLOW, 1920 apud PAIM, 2000). Assim sendo,
saúde pública centra sua ação a partir da ótica do Estado, e objetiva a aplicação de
conhecimentos, médicos ou não, para organizar sistemas e serviços de saúde e atuar em
fatores condicionantes do processo saúde-doença controlando a incidência de doenças através
de ações de vigilância e intervenções governamentais.
Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG), ciência que integra o
Geoprocessamento, são sistemas capazes de armazenar, tratar, analisar e gerar saídas de
informações geográficas através da criação de mapas temáticos e relatórios, dentre outros
produtos. Têm sido utilizados em diversas áreas do conhecimento, com destaque para sua
16

aplicabilidade na gestão da informação para resolver problemas urbanos, nas grandes cidades
brasileiras.
O Geoprocessamento e os Sistemas de Informações Geográficas (SIG) mostram-se
como instrumentos de aperfeiçoamento da saúde, por poder auxiliar no planejamento, na
prestação e na avaliação dos serviços à população. Revela-se como uma ferramenta útil para a
gestão, possibilitando análises de situações sanitárias, avaliando o risco populacional, e
construindo cenários que viabilizem o planejamento de estratégias de intervenção nos
diversos níveis, transitando com rapidez e eficiência entre macro e micro realidades. (SILVA,
2006). A possibilidade de disponibilização de dados geográficos na internet constitui-se em
mais uma ferramenta que o geoprocessamento oferece para a otimização do gerenciamento de
informações e para a democratização do acesso à informação.
Por muito tempo mapas foram somente estáticos, impressos em papel e adquiridos
em bancas de revistas. Devido ao avanço da tecnologia da informação nas últimas décadas, as
formas de produção e disponibilização de mapas, principal objetivo da cartografia, têm
sofrido alterações substanciais, principalmente após o surgimento da informática. Neste
contexto encontra-se também a web como ambiente para disseminação destas informações,
apresentando-se o mapa como uma importante ferramenta de análise visual.
Devido ao alcance mundial da internet, informações oriundas de qualquer parte do
mundo podem ser acessadas instantaneamente, ou seja, com um clique é possível acessar
informações que estão fisicamente em outros continentes. Isso transforma a rede mundial
numa poderosa ferramenta no mundo globalizado, onde a informação é o principal capital
intelectual para a geração de conhecimentos e estes para a geração de valores para o
desenvolvimento da sociedade. É pensando em todas essas vantagens proporcionadas pela
internet que vê-se oportuno disponibilizar informações geográficas na web.
Assim, a construção de um aplicativo webmapping1 que disponibilize informações
sobre a rede hospitalar pública do bairro Centro de Teresina, torna-se justificável, já que
poderá contribuir de forma concreta, para a otimização do acesso a estas informações
pesquisadas, auxiliando os usuários destes serviços de saúde na rápida localização destes.

1
Webmapping é um termo utilizado para designar mapas interativos para a internet, disponibilizados através
de um servidor web.
17

1.1. OBJETIVOS DA PESQUISA

1.1.1. Geral

Implementar um aplicativo webmapping para disponibilização na web, através de


mapas interativos, de informações pertinentes à rede hospitalar pública do bairro Centro de
Teresina, capital do Estado do Piauí, como forma de auxiliar a população usuária destes
serviços de saúde na navegação, fornecendo rápida localização de hospitais, bem como,
auxiliar em pesquisas relacionadas sobre saúde pública na cidade de Teresina.

1.1.2. Específicos

• Caracterizar a área de estudo da pesquisa;


• Implementar um banco de dados geográficos com as informações pesquisadas,
utilizando a tecnologia dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG);
• Desenvolver um aplicativo webmapping para disseminação na web das informações
pesquisadas.
2. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG)

Segundo Câmara e Davis (2004) o desenvolvimento da informática, na segunda


metade do século passado tornou possível armazenar e representar informações geográficas
em ambiente computacional, abrindo espaço para o surgimento do Geoprocessamento.
O Geoprocessamento é tido como um termo amplo, que engloba várias tecnologias
de tratamento da informação geográfica. Para Carvalho, Penha e Santos (2000),
geoprocessamento é um conceito de grande dimensão, no qual estão inseridas diversas
tecnologias de tratamento e manipulação de dados geográficos através de programas
computacionais, tais como Sensoriamento Remoto, digitalização de dados, utilização de
Sistemas de Posicionamento Global (GPS) e os Sistemas de Informação Geográfica (SIG).
Neste sentido, o Geoprocessamento cada vez mais é aplicado em diferentes áreas,
como a cartografia, análise ambiental, transportes, comunicações, energia, saúde e
planejamento urbano e regional. (CÂMARA E MEDEIROS, 1996; CÂMARA et al, 2004;
OLIVEIRA Jr, 2008) O objetivo final dessas aplicações é oferecer respostas a problemas,
permitindo melhor compreensão das variáveis dentro do espaço geográfico. (ver FIGURA 01)
A dinamização da informação associada com os mapas digitais suplantou um antigo
problema dos mapas analógicos que era a sua incapacidade de atualização sem um processo
inteiro de recompilação. Edições comuns em mapas, como atualizar uma legenda ou
adicionar um novo atributo geográfico (rio, lago, estado, estrada, etc) em um mapa analógico
exigiam que fosse refeito todo o trabalho, consumindo muito tempo e recursos financeiros. Os
mapas digitais podem ser atualizados constantemente, a medida que o ambiente neles
representados sofra mudanças. (MIRANDA, J. I., 2005).
19

FIGURA 01. Geoprocessamento: tecnologia transdisciplinar – equipamentos, processos, entidades e


metodologias.
Fonte: Rocha, 2007.

O SIG é um dos componentes que integra o geoprocessamento, sendo um dos mais


amplos e que permite realizar análises complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao
criar banco de dados geo-referenciados. Os SIG’s tornam ainda possível automatizar a
produção de documentos cartográficos. (CÂMARA et al., 2004).
20

Devido a sua diversidade de aplicações, a definição de SIG pode ser dividida em três
categorias, refletindo cada uma à sua maneira a multiplicidade de usos e visões possíveis
desta tecnologia. (BURROUGH e McDONELL, 1988 apud SILVA, 2007a).
2007
Baseada em ferramentas: SIG é um poderoso conjunto de técnicas e procedimentos
capazes de coletar, armazenar, recuperar,
recuperar, transformar e exibir dados espaciais do mundo real.
Baseado em Banco de Dados: SIG é um banco de dados indexados
indexado espacialmente,
sobre o qual opera um conjunto de procedimentos para responder a consultas sobre entidades
espaciais.
Baseado em Estruturas
Estruturas organizacionais: SIG é um sistema de suporte à decisão que
integra dados referenciados espacialmente em um ambiente de respostas
respostas a problemas.
De uma maneira geral, Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são sistemas que
realizam o tratamento computacional de dados geográficos e recuperam informações não
apenas com base em suas características alfanuméricas, mas também através da sua
localização espacial.() Ou seja, o SIG permite associação de dados geográficos (posicionais) a
uma infinidade de atributos (dados alfanuméricos), possibilitando assim a realização de
consultas, análises e simulações, envolvendo todo tipo de informação onde a variável ‘espaço’
seja particularmente importante. (ver FIGURA 02)

FIGURA 02. Dualidade das informações num SIG: dados espaciais (geográficos) associados a
atributos alfanuméricos.
Org.: Veras, 2010.
21

De acordo com Casanova (et al., 2005), um SIG possui os seguintes módulos:
a) Interface com o usuário: forma pelo qual o sistema se comunica e interage com o
usuário;
b) Entrada e integração dos dados: o SIG deve ter meios de processar os dados
espaciais;
c) Armazenamento e recuperação de dados: Organizados sob a forma de um banco
de dados geográficos;
d) Consulta e análise espacial: o SIG deve ter funções que facilitem a consulta de
dados;
e) Visualização e plotagem: capacidade do SIG de retornar resultados de visão
espacial de acordo com as consultas solicitadas.

FIGURA 03. Arquitetura de um SIG.


Fonte: Câmara, 2007.

O sistema pode integrar dados de diversas fontes e criar bancos de dados


georreferenciados, incorporando informações espaciais como imagens de satélite, dados de
censo, cadastro urbano e rural. Potencialmente, o SIG é um poderoso recurso que viabiliza a
análise, manipulação, integração, representação e disseminação de informações espaciais.
Alguns dos aplicativos disponíveis no mercado agregam diversas funções no mesmo sistema
como a modelagem de terrenos em três dimensões, análise espacial e o processamento digital
de imagens.
22

2.1. PLANOS DE INFORMAÇÃO (LAYERS)

No processo de análise e interpretação da realidade representada em mapas, foi


estabelecido o conceito de plano de informação. De uma forma simples, planos de informação
nada mais são do que camadas de informação, geralmente agregadas por tema, ou seja, a
realidade passa a ser representada por estratos, como mostrado na FIGURA 04. Os planos de
informação são representações simplificadas da realidade, uma vez que, nestes processos,
sempre existe uma perda na informação.

FIGURA 04. Exemplos de diversos planos de informações: representação da realidade em camadas


em um SIG.
Fonte: ESRI, 2010.

Desta maneira, o modo como os dados geográficos são organizados dentro de um


SIG, facilitam a leitura e a compreensão dos mesmos, pois apresentam o mundo real em
camadas, por partes, onde cada camada trata de um tema específico.

2.2. BANCO DE DADOS GEOGRÁFICOS

Banco de dados (ou base de dados) são conjuntos de registros dispostos em estrutura
regular que possibilita a reorganização dos mesmos e produção de informação. Um banco de
dados normalmente agrupa registros utilizáveis para um mesmo fim.
Um banco de dados é usualmente mantido e acessado por meio de um software
conhecido como Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD). Um SGBD adota um
23

modelo de dados, de forma pura, reduzida ou estendida. Muitas vezes o termo banco de dados
é usado de forma equivocada como sinônimo de SGBD.
Sendo assim, banco de dados geográficos são sistemas capazes de recuperar
informações armazenadas não apenas com base em suas informações alfanuméricas, mas
também na sua localização espacial. (CÂMARA e QUEIROZ, 2004).
Dados geográficos ou georreferenciados são dados em que a dimensão espacial está
associada a sua localização na superfície terrestre, num determinado instante ou período de
tempo. O dado geográfico representa um objeto, fato ou fenômeno da natureza, que esteja
localizado sobre a superfície terrestre em um dado instante ou intervalo de tempo. (CÂMARA
et al., 2004).
Os bancos de dados geográficos possibilitam a representação de redes geográficas
complexas, o relacionamento entre classes e feições e a realização de rotinas para a análise
espacial dos dados, produzindo novas informações. Pode-se dizer que um banco de dados
geográficos é uma coleção de dados referenciados espacialmente, que funciona como um
modelo da realidade.
O banco de dados é um componente fundamental em um SIG, permitindo acesso
rápido e fácil às informações armazenadas. O banco de dados geográfico é composto
basicamente por dois tipos de dados: dados gráficos (entidades espaciais) e seus respectivos
atributos.
Os dados espaciais têm a finalidade de representar a forma (geometria) e posição dos
elementos em uma superfície. Na tabela de atributos estão contidas as informações sobre as
entidades espaciais, é onde se descrevem as características de cada feição geográfica
armazenada, ou seja, os atributos.

2.3. INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

A Informação Geográfica não se limita à informação de âmbito cartográfico, deve ser


entendida num sentido mais amplo, englobando todo tipo de informação susceptível de ser
georreferenciada, isto é, informação que pode ser relacionada com localizações específicas
(MACHADO, 1993 apud FURTADO, 2006) e passível de análise espacial.
Genericamente, a Informação Geográfica define-se como informação acerca de
entidades e fenômenos localizados na superfície terrestre, sendo seus componentes:
24

a) Localização geográfica: a localização das entidades é normalmente feita


recorrendo à utilização de um determinado sistema de coordenadas;
b) Atributos não espaciais: estas entidades podem ter vários significados com
determinadas características;
c) Suas relações espaciais com outras entidades.

2.4. MODELAGEM DE DADOS GEOGRÁFICOS

Os campos de aplicação dos SIG’s, por serem muito versáteis, são muito vastos, e
dentre eles podemos citar:
 Monitoramento e controle de doenças e pragas;
 Atualizações florestais;
 Planejamento de rotas;
 Mapeamento de solos;
 Monitoramento de bacias hidrográficas;
 Controle de tráfego;
 Monitoramento ambiental;
 Gestão das redes de distribuição de água e coleta de esgotos;
 Gestão de redes de distribuição de energia elétrica; e
 Administração municipal e planejamento urbano.

A aplicação que se deseja do sistema é o que vai identificar a parcela do mundo real
a ser representada, tanto gráfica quanto descritivamente bem como a estrutura dos dados e
suas relações. Para que isso se processe, deve-se passar por quatro níveis de abstração:
(GOMES e VELHO, 1995 apud BORGES e DAVIS, 2004).
1. Nível do mundo real: que se caracteriza pelo estudo dos fenômenos a serem
representados;
2. Nível do mundo conceitual: que se caracteriza pela representação lógica da
abstração. É onde passamos a representar os elementos identificados no nível
das grandes classes formais (dados contínuos e objetos individualizáveis) e
especializar estas classes nos tipos de dados geográficos utilizados comumente
(dados temáticos e cadastrais, modelos numéricos de terreno, dados de
sensoriamento remoto);
25

3. Nível de representação: onde associamos as classes e objetos representados no


nível conceitual a múltiplas representações geométricas. Estas representações
podem ser no formato matricial ou no formato vetorial;
4. Nível de implementação: é onde será implementado em computador o que foi
definido no nível de representação, envolvendo inclusive a escolha da linguagem
de programação.

Desta forma, para abstrairmos informações do nosso mundo a serem armazenadas no


computador normalmente utilizamos uma técnica de modelagem em banco de dados. No
processo de modelagem é necessário construir uma abstração dos objetos e fenômenos do
mundo real, de modo a obter uma forma de representação conveniente, embora simplificada,
que seja adequada às finalidades das aplicações. Nesta técnica, fazemos a representação do
mundo real em um modelo conceitual, a partir deste, o modelo lógico e partir deste criamos o
modelo físico.
De acordo com Borges e Davis (2004), os modelos de dados conceituais são os mais
adequados para capturar a semântica dos dados e, consequentemente, para modelar e
especificar as suas propriedades.
Assim, os modelos conceituais, voltados para a obtenção da semântica dos dados,
modelam e especificam as propriedades do objeto de análise, visando assim a construção de
um modelo livre de aspectos de implementação do banco, num nível de abstração mais alto.
São exemplos desse tipo de modelo, o modelo entidade-relacionamento, proposto por Peter
Chen (1976), o modelo funcional, por Sike (1977) e Ship (1981), o modelo binário, por Abri
(1974) e o modelo orientado a objetos, por Rumbaugh (1991).
A modelagem de banco de dados em SIG tem a tarefa de manipular e armazenar
dados georreferenciados. Estes tipos de dados são mais complexos que dados convencionais.
Por terem essas características diferentes, necessitam de SGBDs não convencionais e, por
conseguinte, de modelos de representação também orientados a este tipo de dados. (ROC,
2003 apud COSTA, 2006). Desse modo, Câmara e Queiroz (2001) diz ser necessário que tal
modelo seja capaz de:
 Reproduzir uma informação ou fenômeno geográfico em unidades lógicas de dados;
 Suportar a forma com que as pessoas percebem o espaço;
 Representar a natureza diversificada dos dados geográficos e a existência de relações
espaciais entre os fenômenos analisados;
26

 Permitir a existência de entidades essenciais ao processamento e entidades meramente


cartográficas.

Nesse contexto, a orientação a objetos é uma tendência em termos de modelos para


representação de aplicações geográficas. Os objetos geográficos se adéquam bem aos modelos
orientados a objetos, ao contrário, por exemplo, do modelo de dados relacional que não se
adéqua aos conceitos natos que o homem tem sobre os dados espaciais. Todavia, modelos de
dados para representação geográfica têm necessidades adicionais, com relação aos modelos
convencionais e, por conseguinte é preciso adaptações para aumentar sua capacidade
semântica de modelar entidades geográficas.

2.4.1. Modelo Geo-OMT

Um dos modelos que atendem a necessidade de modelagem de dados geográficos é o


GEO-OMT (Object Modeling Language-Geo). Este modelo parte de primitivas do modelo
OMT convencional, acrescentando-se primitivas geográficas que aumentam o conteúdo
semântico dos componentes deste modelo.
De acordo com Queiroz e Ferreira (2006), o modelo Geo-OMT apresenta as
seguintes características:
 Segue o paradigma de orientação a objetos suportando os conceitos de classe, herança,
objeto complexo e método;
 Representa e diferencia os diversos tipos de dados envolvidos nas aplicações
geográficas, fazendo uso de uma representação simbólica que possibilita a percepção
imediata da natureza do dado, eliminando assim, a extensa classe de hierarquias
utilizada para representar a geometria e a topologia dos objetos espaciais;
 Fornece uma visão integrada do espaço modelado, representando e diferenciando
classes com representação gráfica (georreferenciadas) e classes convencionais (não-
espaciais), assim como os diferentes tipos de relacionamento entre elas;
 Caracteriza as classes em contínuas e discretas, utilizando conceitos de “geo-campos”
e “geo-objetos”;
 Representa a dinâmica da interação entre os vários objetos, explicitando tanto as
relações espaciais como as associações simples;
 Representa as estruturas topológicas “todo-parte” e de rede;
27

 Formaliza possíveis relações espaciais, levando em consideração a forma geométrica


da classe;
 Traduz as relações topológicas e espaciais em restrições de integridade espaciais;
 Representa os diversos fenômenos geográficos, utilizando conceitos natos que o ser
humano tem sobre dados espaciais;
 Possibilita a representação de múltiplas visões de uma mesma classe geográfica, tanto
baseada em variações de escala, quanto nas várias formas de se perceber o mesmo
objeto no mundo real;
 É de fácil visualização e entendimento, pois utiliza basicamente os mesmos tipos de
construtores definidos no modelo OMT convencional;
 Não utiliza o conceito de camadas e sim o de níveis de informação (temas), não
limitando o aparecimento de uma classe geográfica em apenas um nível de
informação;
 É independente de implementação.

O modelo Geo-OMT é baseado em três conceitos principais: classes,


relacionamentos e restrições de integridade espacial. O modelo possui duas classes principais
que servem de base para outras subclasses. São elas: classes georreferenciadas e classes
convencionais. Através destas classes são representados os três grandes grupos de dados
(contínuos, discretos e não-espaciais) encontrados nas aplicações geográficas.
As classes georreferenciadas definem um conjunto de objetos que possuem
representação gráfica e estão relacionados com algum ponto da superfície terrestre. Podem
representar a visão de campo ou de objetos.
As classes convencionais definem um conjunto de objetos que possuem
propriedades, comportamento, relacionamento e semântica semelhantes e que podem ou não
estabelecer relacionamentos com objetos geográficos, sem contudo possuir algum atributo
geométrico ou geográfico.
Partindo do conceito de herança, oriundo da orientação a objetos e presente neste
modelo em estudo, especializamos a classe principal georreferenciada em classes do tipo:
geo-campo e geo-objeto. (ver FIGURA 05).
28

FIGURA 05. Generalização no modelo GEO-OMT.


Fonte: Borges e Davis, 2004.

As classes do tipo geo-campo representam objetos distribuídos continuamente pelo


espaço, correspondendo a grandezas como tipo de solo, topografia, temperaturas, dentre
outros. As classes geo-objetos representam elementos geográficos individualizáveis,
associados a elementos do mundo real, como quadras, construções e vias urbanas. Esses
objetos podem ter ou não atributos não-espaciais, e podem estar associados a mais de uma
representação geométrica, dependendo da escala em que é representado, ou de como ele é
percebido pelo usuário. Essas formas diferentes de se representar objetos nos remete ao
conceito de múltiplas representações de um objeto.
Neste modelo, para todo tido de classe georreferenciada temos uma representação
simbólica correspondente. Sendo assim, ao invés de estabelecermos o tipo de classe através de
relacionamentos, utilizamos um símbolo identificador do tipo de objeto, representando sua
natureza e geometria. Isso torna mais simples a análise de um modelo GEO-OMT, já que
utilizando-se de elementos visuais, que é mais intuitivo, podemos tornar o modelo mais
significativo e expressivo e por conseguinte, menos complexo na representação das suas
relações. A seguir, observamos a estrutura do modelo GEO-OMT. (ver FIGURA 06).
29

FIGURA 06. Meta modelo parcial do modelo GEO-OMT.


Fonte: Borges e Davis, 2004.

A representação de uma classe georreferenciada pode conter ou não atributos


alfanuméricos. No entanto, terá sempre o atributo gráfico de localização. Esta representação é
dada por um retângulo dividido em quatro partes. Na primeira divisão desse retângulo temos o
símbolo referente ao tipo espacial da classe que será representada e o seu respectivo nome; no
segundo retângulo temos os atributos gráficos da classe; no terceiro colocamos os atributos
convencionais e no último retângulo, as operações da classe. (ver FIGURA 07).

FIGURA 07. Notação gráfica da classe georreferenciada.


Fonte: Borges e Davis, 2004.
30

A notação gráfica utilizada para classes convencionais corresponde à notação usada


no modelo OMT. Uma classe é representada graficamente por um retângulo subdividido em
três partes contendo, respectivamente, o nome da classe, a lista de atributos alfanuméricos e a
lista de operações que são aplicadas à classe. A forma simplificada utilizada é o retângulo
contendo apenas o nome da classe e atributos (ver FIGURA 08).

FIGURA 08. Notação gráfica da classe convencional.


Fonte: Borges e Davis, 2004.
3. SIG NO SUPORTE E GERENCIAMENTO DA SAÚDE PÚBLICA

Em 1854, o Dr. Jonh Snow ao juntar informações sobre uma epidemia de cólera em
Londres, em que cerca de 500 pessoas haviam morrido num período de dez dias, teve a idéia
de marcar em um mapa do centro da cidade a distribuição das residências onde ocorriam
óbitos ocasionados pela doença e as fontes de água que abasteciam a cidade (FIGURA 09).
Com a espacialização dos dados, Dr. Snow percebeu que a maioria dos casos estavam
concentrados em torno do poço localizado na Avenida Broad Stret e ordenou a sua lacração.
Estudos posteriores confirmaram esta hipótese e o local como sendo o centro da epidemia.

FIGURA 09. Espacialização dos casos de Cólera na cidade de Londes, 1854.


Fonte: Silveira, 2006.

Percebe-se
se então, através deste exemplo, que a associação da Medicina com a
Geografia é bastante antiga, bem como o ato de explorar o potencial das informações
veiculadas pelos mapas em um processo de entendimento do dinamismo espacial das doenças.
32

Lacaz (1972, apud Costa, 2003) conceitua a Geografia Médica como sendo a
disciplina que estuda a geografia das doenças; isto é, a patologia à luz dos conhecimentos
geográficos, associando as condições geográficas do lugar (ambientais, sociais e culturais) à
ocorrência de doenças.
Sorre (1951, apud Costa, 2003), considera a Geografia Médica como uma disciplina
científica e observa que há uma relação entre as doenças e as características geográficas,
físicas e biológicas do lugar que se encontram, mostrando-nos aí o objeto de estudo da
Geografia Médica. O mesmo autor ainda aponta a importância da Cartografia, citando a
superposição de mapas, por exemplo, de dados climáticos e das manifestações endêmicas da
malária, chamando a atenção para a necessidade de maior interação entre a Cartografia, a
Medicina e a Biologia.
O mapeamento das doenças é fundamental quando se considera a necessidade de
vigilância diante da uma epidemia, como a da cólera, por exemplo, pois o conhecimento do
padrão geográfico das doenças pode fornecer informações sobre etiologia e fisiopatologia de
determinados eventos mórbidos. Muitas doenças possuem um padrão geográfico bem
definido. O mapeamento das doenças constitui-se de uma das aplicações para o
Geoprocessamento dentro da área de Saúde Pública. (COSTA, 2003).
Leite (2008) propôs um SIG para analisar a incidência da Hipertensão Arterial
através de uma aplicação de análise espacial, utilizando a área abrangida pelo Programa de
Saúde da Família no bairro Jaguaribe em João Pessoa, no Estado da Paraíba. O trabalho
pretendia demonstrar, entre outros, como a integração dos dados coletados pelos agentes de
saúde em campo, e a visualização espacial destes dados, pode beneficiar no planejamento, no
monitoramento e na tomada de decisão nas ações da Unidade de Saúde da Família. (ver
FIGURA 10).
33

FIGURA 10. Visualização de lotes com pacientes hipertensos de uma Unidade de Saúde da Família
de João Pessoa-PB.
Fonte: Leite, 2008.

Entre as diversas aplicações encontradas hoje para os SIG’s está a localização de


equipamentos e serviços públicos, onde partindo de uma base cartográfica que inclua
informações sócio-econômicas e sobre equipamentos públicos urbanos, seja possível
identificar áreas com maior nível de carência e os melhores locais para a instalação de
equipamentos de serviços públicos. Estas decisões podem ser tomadas com base em critérios
de necessidade e de acessibilidade aos locais. Outra grande aplicação ocorre quando as
informações são disponibilizadas via internet, principalmente onde a população civil tem
34

acesso às informações, podendo assim ampliar sua participação nas decisões municipais, além
de acessar a serviços de infra-estrutura, tais como localização de unidades de saúde, escolas,
creches entre outros que estejam mais próximos à sua residência.
Bogorny et al. (2004), desenvolveu um SIG para ser utilizado na vigilância da saúde
do trabalhadores no Estado do Rio Grande do Sul. O projeto GeoSIST (Georreferenciamento
do Sistema de Informação em Saúde do Trabalhador) tem por objetivo, através de dados de
agravos disponíveis nos diversos sistemas de informação da saúde e dos dados de risco,
coletados em órgãos externos, criar um SIG com informações suficientes para realizar a
vigilância de doenças e acidentes relacionados ao trabalho. Neste sentido, o projeto ajuda na
elaboração de um plano de intervenção para todo o sistema de saúde do trabalho no Rio
Grande do Sul. (BOGORNY et al., 2004).
No GeoSIST, o usuário acessa o sistema de informação geográfica através de uma
interface web, através da qual, o usuário realiza consultas e análises espaciais informando
dados descritivos. Os resultados destas consultas são apresentados na forma de mapas
temáticos (várias camadas de sobreposição), de acordo com os riscos e agravos selecionados.
(FIGURA 11).
35

FIGURA 11. GeoSIST - Georreferenciamento do Sistema de Informação em Saúde do Trabalhador.


Fonte: Bogorny, 2004.

Enfim, o Geoprocessamento e os Sistemas de Informações Geográficas (SIG)


mostram-se instrumentos de aperfeiçoamento da saúde, por poder auxiliar no planejamento,
na prestação e na avaliação dos serviços à população. Revela-se como uma ferramenta útil
para a gestão, possibilitando análises de situações sanitárias, avaliando o risco populacional,
construção de cenários que viabilizem o planejamento de estratégias de intervenção nos
diversos níveis, transitando com rapidez e eficiência entre macro e micro realidades. (SILVA,
2006). E com a disseminação dessas informações na web o processo de tomada de decisão é
otimizado, uma vez que todos aqueles, envolvidos de alguma forma no planejamento e
organização das ações de saúde pública, são capazes de consultar e processar os dados e
visualizar e analisar os resultados de forma fácil, confiável e com acesso remoto.
4. CONCEITOS RELATIVOS À INTERNET

As origens da internet remontam à segunda metade da década de 60, através do


projeto patrocinado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos para a criação de uma
rede de computadores, que consistia num sistema informatizado de defesa capaz de resistir a
um ataque inimigo com armas nucleares. Este sistema, baseado em redes de computadores,
era capaz de continuar em operação mesmo que um ou mais computadores da rede fossem
destruídos.
Essa rede, designada de ARPANET (Advanced Research Projects Agency Network),
foi posteriormente desmembrada, na década de 80, em um ramo militar e outro civil, voltado
para pesquisas e desenvolvimento na área de redes de computadores. Mas, somente na década
de 90, é que a internet assume seu papel como potencial dominante no universo da
comunicação, devido essencialmente ao aumento das capacidades tanto dos computadores
pessoais como das linhas de comunicação disponíveis e com a criação da Web. (FURTADO,
2006).

4.1. WORLD WIDE WEB (WWW)

A Word Wide Web foi desenvolvida em 1989, por Timothy Berners-Lee, no Centro
Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN), tendo inicialmente o objetivo de facilitar a
comunicação entre pesquisadores que já faziam uso da internet. Devido ao seu baixo custo e
facilidade de uso, a web se espalhou rapidamente e hoje, por meio da internet, onde milhões
de computadores estão conectados, é possível acessar uma grande quantidade de informações
e conteúdo hipermídia em qualquer parte do mundo.
É interessante notar que as imagens e gráficos que a web permitiu transmitir
representavam uma grande sobrecarga para a infraestrutura de comunicação de dados da
época, voltadas para a comunicação essencialmente textual na internet. Porem este empecilho
foi superado rapidamente, com o surgimento de tecnologias de comunicação mais eficientes e
de custo reduzido. (INSTITUTO TAMIS, 1997).
Além de textos, as informações na web podem ser apresentadas através de gráficos,
sons, fotografias, vídeos, etc., o que faz dela um dos mais versáteis meios de comunicação já
inventados pelo homem. (INSTITUTO TAMIS, 1997, p. 16) “[...] É como se juntássemos
37

características do fax, do telefone, do rádio, da televisão em um equipamento único [...]”


(INSTITUTO TAMIS, 1997, p. 16).
Os sistemas de informações baseados na web funcionam com base em um conceito
denominado hipertexto, que é melhor explicado quando observamos seus componentes.
Um hipertexto é um conjunto formado por informações multimeios (informações
compostas de textos, gráficos, fotografias, áudio, vídeo, etc) e associações entre essas
informações, também chamadas de links.
O uso de links possibilita que as informações do hipertexto sejam lidas de forma não
seqüencial, ao contrário de um texto convencional, que sempre induz o leitor a fazer uma
leitura linear, e também que estejam localizadas em qualquer computador conectado à
internet.
A primeira conseqüência disso é “[...] a personalização da informação, ou seja, um
mesmo conjunto de informações pode ser visto de diferentes formas, a depender dos
interesses de quem esteja fazendo o acesso” e a segunda é “a rica diversidade propiciada
pela associação de informações geradas por diferentes autores distribuídos por todo o
mundo” (INSTITUTO TAMIS, 1997, p. 18).
A web tem a vantagem de ser um ambiente multi-plataforma onde os dados, além de
poderem ser acessados de qualquer lugar, podem ser acessados através de qualquer sistema
operacional ou browser utilizado. O seu funcionamento segue o padrão clássico de acesso
cliente /servidor. Isso significa que, para se estabelecer uma conexão, teremos um computador
cliente fazendo requisições ao servidor, ou seja, temos um usuário com um computador com
acesso à internet que, através de um broswer, envia pedidos, usando o protocolo HTTP
(Hypertext Transfer Protocol), a um servidor web, este servidor processo o pedido e envia a
resposta, ao computador do usuário, fechando o ciclo de troca de informações. (FIGURA 12).
38

FIGURA 12. Modelo Cliente / Servidor nos serviços da internet.


Fonte: Furtado, 2006.

4.1.1. GeoWeb

O novo formato de organização dos dados na internet é baseado em um conceito


clássico da ciência da Informação Geográfica, que é a dependência espacial. Baseado na
primeira Leia da Geografia, de Waldo Tobler (1970), o conceito de dependência espacial
afirma que “todas as coisas são relacionadas, mas aquelas que se encontram mais próximas
estão mais relacionadas”. Esta forma de pensar muda radicalmente a forma de apresentar
informações para um usuário, já que isso criaria um ambiente em que se pudesse procurar
coisas com base na sua localização, em vez de palavras-chave.
Estima-se que 90% ou mais dos dados que usamos em nosso dia-a-dia têm relação
estreita com sua posição espacial. (OLIVEIRA, 2009). Dados georreferenciados fazem parte
do nosso cotidiano e a idéia de apresentar conteúdo aos usuários com base na sua localização
irá modificar aplicações relacionadas às mídias – publicidade – e serviços. As propagandas
apresentadas aos usuários poderão ser direcionadas pela sua localização e poderão ser
direcionadas a anunciantes que atendem naquela região. Como exemplo, teríamos a
propaganda da academia do seu bairro aparecendo enquanto o usuário está lendo notícias
sobre saúde, boa forma em um blog ou site.
Assim, a GeoWeb pode ser entendida como um grande globo digital (ou virtual), no
qual estão inseridas informações, e estas, organizadas pela sua localização no espaço e ligadas
ao usuário pela sua proximidade.
39

4.2. HIPERTEXT TRANSFER PROTOCOL (HTTP)

Quando dois ou mais computadores se interligam diz-se que estão ligados em rede.
As regras que gerenciam esta interligação são denominadas protocolos. Ao longo dos anos
foram propostas várias tecnologias para suportar redes de computadores e atualmente existem
dois protocolos reconhecidos e normalizados internacionalmente: o OSI (Open Systems
Interconnection) e o TCP/IP (Transmission Control Protocol/ Internet Protocol). (FURTADO,
2006).
O TCP/IP é um conjunto de protocolos de comunicação entre computadores
interligados em rede. (SCRIMENGER et al,. 2002 apud BRITO, 2008) Seu nome advém de
dois protocolos diferentes, o TCP (Transmission Control Protocol) e o IP (Protocolo de
Internet). Existem muitos outros protocolos que compõem a pilha TCP/IP, como o UDP (User
Datagram Protocol), o DNS (Domain Name System), o SMTP (Simple Mail Transfer
Protocol), entre outros.
A internet é uma grande rede mundial de computadores que se comunicam através
dos protocolos TCP/IP. Esta arquitetura é estruturada em quatro camadas, sendo elas: física,
rede, transporte e aplicação. (ver FIGURA XX). Na camada de aplicação é onde são
encontrados protocolos de aplicação tais como: FTP (para a transferência de arquivos), o
SMTP (para o envio de e-mail) e o HTTP (para navegação na web).

FIGURA 13. Arquitetura do protocolo TCP/IP.


Fonte: Torres, 2010.
40

HTTP é o protocolo utilizado por clientes e servidores para tranferência de dados


hipermídia (imagens, sons e textos) na world wide web. Este protocolo tem sido usado pela
WWW desde 1990. A primeira versão, chamada HTTP/0.9, era um protocolo simples para a
transferência de dados no formato de texto ASCII pela internet. A versão HTTP/1.0 foi
desenvolvida, entre 1992 e 1996, para suprir a necessidade de transferir não apenas texto. No
HTTP/1.1 (versão atual do protocolo) foi desenvolvido um conjunto de implementações
adicionais, como por exemplo: o uso de conexões persistentes; uso de servidores proxy que
permitem uma melhor organização da cachê; novos métodos de requisições; entre outros.
O protocolo HTTP é baseado em requisições e respostas entre clientes e servidores.
O cliente — navegador ou dispositivo que fará a requisição; também é conhecido como user
agent — solicita um determinado recurso (resource), enviando um pacote de informações
contendo alguns cabeçalhos (headers) a uma URL. O servidor recebe estas informações e
envia uma resposta, que pode ser um recurso ou um simplesmente um outro cabeçalho.
(FIGURA 14).

FIGURA 14. Formato das comunicações na web utilizando o protocolo HTTP.


Fonte: Torres, 2010.
41

4.3. SERVIDORES WEB

Um programa servidor é responsável por aceitar pedidos HTTP de clientes,


geralmente de navegadores, e servi-los com respostas HTTP, incluindo opcionalmente dados,
que geralmente são páginas web com hipertextos, escritas em HTML.
A conexão entre programas clientes e programas servidores é implementada
normalmente através de passagem de mensagens (message passing), por meio de uma rede de
computadores e utilizando um protocolo para codificar as requisições do cliente e as respostas
do servidor.
Um processo se inicia com a conexão entre o computador onde está instalado o
servidor web e o computador do cliente, para isso é preciso que o servidor rode de maneira
contínua (como um programa residente em memória ou daemon), e desta forma ficar
esperando requisições para tratar.
Dentre os softwares servidor web livre disponíveis no mercado está o Apache, da
Apache Software Foudation, considerado o mais bem sucedido e o mais utilizado atualmente
na web.

4.3.1. Apache

O Apache é um servidor web open source, altamente confiável, configurável e


extensível, compatível com várias tecnologias de conteúdo dinâmico (como PHP e CGI),
disponível para vários sistemas operacionais (Unix, Linux, Windows, Netware, etc) e gratuito,
mesmo para uso comercial. (VEIGA, 2006). O servidor HTTP Apache pode ser baixado
gratuitamente no endereço http://httpd.apache.org/.
O Apache é um sistema modular , o que significa que apenas um conjunto mínimo de
funcionalidades está incluído no núcleo do servidor HTTP, e que uma infinidade de
funcionalidades extras poderão ser acrescentadas por meio de módulos. A distribuição oficial
do Apache vem com dezenas de módulos, além desses, centenas de módulos adicionais
podem ser encontrados no endereço: http://modules.apache.org/.
De acordo com Medeiros; Oliveira e Silva (2005), as principais características deste
servidor são:
• Suporte a scripts CGI usando linguagens como PHP, Perl, ASP, Shell Script, etc;
• Módulos DSO (Dynamic Shared Objects) que permitem adicionar/remover
funcionalidades e recursos sem necessidade de re-compilação do programa;
42

• Autenticação, requerendo um nome de usuário e senha válidos para acesso a


alguma página, subdiretório ou arquivo (suportando criptografia);
• Suporte à autorização de acesso, podendo ser especificadas restrições de acesso
separadamente para cada endereço, arquivo ou diretório acessado no servidor;
• Suporte a virtual hosting, por nome ou endereço IP: é possível servir 2 ou mais
páginas com endereços ou portas diferentes através do mesmo processo, ou usar
mais de um processo para controlar mais de um endereço;
• Suporte a servidor Proxy FTP e HTTP, com limite de acessos. Suporte a Proxy e
redirecionamentos baseados em URLs para endereços internos;
• Suporte a criptografia via SSL, certificados digitais;
• Negociação de conteúdo, permitindo a exibição da página Web no idioma
requisitado pelo Cliente Navegador;
• Suporte a tipos mime; e
• Personalização de logs.

A instalação padrão do software, configura uma estrutura de diretórios, conforme


apresentado na TABELA 01 abaixo:

TABELA 01. Estrutura de diretórios do Apache.

Diretórios Conteúdos
Bin Programas e utilitários do Apache.
cgi-bin Scripts CGI.
Conf Arquivos de configuração do Apache.
Htdocs Documentos, imagens, dados, etc. do Apache. É
onde é colocado o conteúdo que será publicado
na web.
Icons Ícones que o Apache exibe nas mensagens de
erro e de informação.
Include Arquivos de cabeçalhos da linguagem C que
podem ser utilizados por desenvolvedores para
integrar aplicações com o Apache.
Logs Arquivos de log do Apache.
Manual Manual on-line do Apache.
Modules Módulos do Apache.
Fonte: Veiga, 2006 – Adaptado.

Além do programa principal, HTTP, há outros programas e scripts, utilitários que


vêm junto com o Apache. (ver TABELA 02).
43

TABELA 02. Alguns utilitários incluídos no Apache.

Utilitários Descrição
Ab Ferramenta de medida de desempenho do
Apache.
Apxs Ferramenta para construir e instalar módulos de
extensão.
Dbmmanage Cria e atualiza os arquivos de autenticação de
usuários no formato DBM (Perl).
Htcacheclean Limpa o cache de disco.
Htpasswd Cria e atualiza os arquivos de autenticação de
texto plano.
logresolve Resolve nomes de hosts para endereços IP nos
arquivos de log do Apache.
log_server_status Script Perl que obtém informações de status do
servidor.
Fonte: Veiga, 2006 – Adaptado.
5. DISPONIBILIZAÇÃO DE DADOS GEOGRÁFICOS NA WEB

Com relação ao modelo SIG, que prevaleceu nos anos 90, executado de maneira
estanque em um computador pessoal, a divulgação de mapas pela internet requer várias
considerações. Para Miranda (2005), algumas dessas considerações devem-se com relação ao:
a) custo: é mais barato distribuir mapas pela web do que imprimir e distribuir em papel; b)
tempo: mapas na internet são distribuídos numa fração do tempo anteriormente requerida
pelos mapas analógicos; e c) interatividade: os usuários podem escolher um local para mapear
e os atributos a serem introduzidos no mapa.
A disponibilização de dados geográficos na internet teve início com a publicação de
imagens de mapas em páginas estáticas desenvolvidas em HTML (Hyper Text Markup
Language). Apesar de não apresentar interatividade com o usuário, é possível produzir e
manter disponíveis uma grande quantidade de mapas (DAVIS Jr. et at., 2005). Neste tipo de
aplicação os dados eram visualizados, através de arquivos pré-existentes, e disponibilizados
geralmente em formato matricial (JPG, BMP, GIF, TIFF, etc). Esses dados eram
simplesmente visualizados ou baixados pelo usuário, para usos diversos. Como exemplo
desse tipo de disponibilização, pode-se citar os mapas em formato de imagem
disponibilizados pelo BDGEOPRIM (Banco de Dados Georreferenciado das Localidades de
Ocorrência de Primatas Neotropicais), que podem ser acessados no endereço:
http://www.icb.ufmg.br/zoo/primatas/bdp_indexgtm.htm. (ver FIGURA 15).
45

FIGURA 15. Mapa disponibilizado pelo BDGEOPRIM mostrando a distribuição geográfica do


primata, gênero Ateles.
Fonte: UFMG, 2010. Disponível em http://www.icb.ufmg.br/zoo/primatas/bdp_indexgtm.htm.

Esta disponibilização estática, em formato matricial, não atende de forma eficiente a


maioria das necessidades atuais dos usuários e nem as dos pesquisadores que analisam a
informação espacial. De acordo com Davis Jr. (2005), a tendência atual é a disponibilização
de dados geográficos em formato vetorial em interfaces que apresentem interatividade com o
usuário. Nestes tipos de aplicações o usuário é capaz de manipular os mapas e temas de seu
interesse, obtendo uma melhor visualização através de ferramentas como: pan (arrasta o mapa
pela área de trabalho), zoom (aumenta ou diminui a visualização de objetos no mapa), cálculo
de distâncias, impressão em diversas escalas, além de acesso, por meio de um clique do
mouse, às informações não-espaciais (atributos) dos objetos.
A criação de mapas dinâmicos e interativos, onde as informações textuais estão
integradas às informações de elementos gráficos em um único mapa e de modo acessível ao
usuário por meio de um clique do mouse, é baseada no trabalho dos Servidores de Mapas, que
são aplicativos os que disponibilizam mapas na internet. (MIRANDA e SOUZA, 2003).
46

FIGURA 16. Estrutura de funcionamento de uma aplicação webmapping.


Fonte: KANEGAE, 2010.

O funcionamento dessas aplicações pode ser visualizado na FIGURA 16, onde:


1. O navegador web ou browser: é o software de interface do usuário e o
elemento que provê interoperabilidade ao sistema, pois qualquer usuário
provido de uma conexão a internet e um navegador poderá ter acesso ao
sistema. Exemplos: Google Chrome, Firefox, Konqueror, Internet Explorer,
Opera, etc.
2. O servidor web é o responsável pela publicação de textos, arquivos HTML,
imagens, hiperlinks em uma conexão web. Como exemplos, citam-se:
Apache, IIS, etc.
3. O servidor web comunica-se com um motor webmapping (servidor de
mapas), que é o componente responsável por realizar a leitura parametrizada
de arquivos de dados geográficos (mapas), efetuar uma operação específica
(aproximar, afastar, deslocar, consultar, etc) e converter o resultado de uma
47

consulta em uma imagem (GIF, PNG JPG) ou outro formato de dados


compatível com o browser.
4. Os dados geográficos devem ser armazenados em formato padrão suportado
pelo software de webmapping ou diretamente no banco de dados, caso este
suporte dados espaciais.
5. O banco de dados compreende as informações de interesse dos usuários e
deve estar estruturado de modo que seus dados possam ser relacionados aos
dados geográficos e consequentemente possibilitar o usuário a obter respostas
coesas relacionadas ao seu negócio.

Miranda e Souza (2003) ainda ressaltam que muitas informações podem ser anexadas
aos atributos geográficos apresentados pelos mapas. Com a linguagem HTML, pode-se
explorar a multimídia em produtos de informação geográfica, provendo o usuário com
ferramentas que “realçam a apresentação da informação”. Esta possibilidade aumenta ainda
mais o potencial dessa aplicação como geradora de conhecimento acerca da área mapeada,
pois a “realidade virtual” das áreas mapeadas pode chegar até o usuário por meio de fotos,
imagens e/ou sons, depoimentos de moradores, etc.
A disponibilização de mapas digitais passa a ser assim, um dos fundamentos da
cultura do novo mundo na Idade da Informação e a internet é uma opção viável para
proporcionar o intercâmbio desses dados. Seu uso em larga escala já é uma realidade em
grande parte do mundo e é crescente a quantidade de serviços disponibilizados nela. Muitos
destes serviços estão relacionados a informações geográficas, desde simples endereços até
sistemas de traçado de rotas e visualização de mapas.

5.1. SERVIDORES DE MAPAS

Os aplicativos que disponibilizam mapas na Internet são chamados de servidores de


mapas (MIRANDA e SOUZA, 2003). Eles são os responsáveis pelo gerenciamento das
informações geográficas dentro do servidor web.
Os servidores de mapas funcionam enviando, a pedido do cliente, páginas da web com
uma cartografia vetorial e/ou matricial associada. A arquitetura dos servidores de mapas é do
tipo Cliente/Servidor: o cliente (browser) solicita os recursos do servidor. O servidor gerencia
todas as petições e responde de forma ordenada às mesmas. Assim, o cliente ao receber os
48

dados do servidor os interpreta e apresenta ao usuário com certa estrutura de visualização pré-
fixada pelo programador do webmapping.
Dentre os servidores de mapas comerciais e livres, um dos mais utilizados é o
MapServer, que foi escolhido para o desenvolvimento deste trabalho e será tratado em
detalhes no capítulo que trata dos materiais e métodos.
6. MATERIAL E MÉTODOS

6.1. MATERIAL BIBLIOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO

Para a realização deste trabalho foi estruturada uma abrangente base de documentos.
Foram levantados materiais bibliográficos e cartográficos, de modo a fornecer subsídios à
fundamentação teórica e metodológica, necessária para o desenvolvimento do trabalho.
Dentre os materiais bibliográficos foram consultados livros, dissertações,
monografias e artigos científicos, documentos técnicos, tutoriais de geoprocessamento,
páginas da internet, entre outros. As pesquisas foram realizadas, em parte, com o uso da
internet e, outra parte, na biblioteca do Instituto Federal do Piauí (IFPI).
Na construção de um sistema de webmapping a primeira coisa a ser feita é definir a
área de estudo ou abrangência do mapa e seu objetivo. Após essa fase, faz-se necessário obter
mapas que estejam relacionados com o objetivo do projeto. Na organização do banco de
dados geográficos foi definida uma base cartográfica, com as seguintes camadas de
informação: hidrografia, limites regionais, limite da zona urbana, divisão por bairros,
logradouros, quadras e imagens de satélite. Estes dados foram obtidos, em sua grande maioria,
na Secretaria Municipal de Planejamento (SEMPLAN - PMT), em formato shapefile (ESRI).
A camada de informação contendo a rede hospitalar do bairro Centro foi construída pelo autor
com base em dados fornecidos pela Fundação Municipal de Saúde (FMS - PMT) e no
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNESNet).
Dentre os materiais cartográficos obtidos está:
- imagem de satélite do município de Teresina: Quickbird, do ano de 2005 e
resolução espacial de 0,60 m.

6.2. SOFTWARES

Para a edição de textos e o tratamento estatístico dos dados, foram utilizados,


respectivamente, o editor de textos Microsoft Office Word e o editor de planilhas eletônicas
Microsoft Office Excel, ambos presente no pacote Microsoft Office 2007.
O software SIG utilizado foi o ArcGIS 9.3 (ESRI), licença ArcView, disponibilizado
no Laboratório de Geoprocessamento do Instituto Federal do Piauí (IFPI). Este SIG foi
50

utilizado no tratamento dos dados geográficos, no que tange a padronização da base


cartográfica e a criação e edição do banco de dados geográficos.
Com os mapas e dados disponíveis, o próximo passo foi o desenvolvimento da
aplicação. Para esta tarefa é necessário a configuração de um ambiente de desenvolvimento
provido principalmente por um Servidor de Mapas. Neste trabalho foi utilizado o servidor de
mapas MapServer, que é uma plataforma OpenSource para a publicação de dados espaciais e
aplicações de mapas interativos para a web.

6.2.1. ArcGIS

O ArcGIS 9.3 é um sistema de informações geográficas, da classe dos sistemas


conhecidos como Desktops GIS, desenvolvido pela ESRI (Environmental Systems Research
Institute). Ele dispõe de diversos recursos de geoprocessamento, com ferramentas avançadas
para a manipulação de dados espaciais e alfanuméricos e permite o acesso a banco de dados
geográficos em computadores pessoais, com uma interface gráfica de fácil acesso. (ESRI,
2010).
Com o nome ArcGIS Desktop são comercializadas as licenças ArcInfo, ArcEditor e
ArcView, que compartilham a mesma arquitetura e que são diferenciadas apenas pelo número
de funções que cada versão suporta, variando da solução mais simples (ArcView) até a mais
completa (ArcInfo).
O ArcGIS é um sistema modular constituído, entre outras, por três unidades básicas: o
ArcMap, o ArcCatalog e o ArcToolbox. As principais características destes aplicativos estão
descritas abaixo de forma resumida:
• O ArcMap pode ser considerado o módulo principal, ele reúne ferramentas
para a manipulação, análise e apresentação de mapas. Com ele é possível
visualizar dados geográficos, resolver questões de análise espacial e criar
layouts para impressão.
• O ArcCatalog permite a rápida visualização dos dados, com ele é possível
procurar, gerir, criar, organizar e exportar dados geográficos e alfanuméricos.
Este aplicativo também suporta vários modelos para metadados, permitindo
criar, editar e visualizar as informações sobre os dados.
• O ArcToolbox é o módulo de ferramentas utilizadas para o processamento dos
dados geográficos. O número de ferramentas varia conforme a licença do
51

ArcGIS utilizada e as extensões, comerciais ou gratuitas, distribuídas


separadamente pela ESRI.

O ArcGIS é um sistema híbrido e suporta diferentes modelos de dados para a


representação das informações geográficas, entre eles, modelo vetorial e modelo matricial
(raster).
Na licença ArcView do ArcGIS, é possível visualizar e importar arquivos dos mais
variados formatos, tais como: shapefiles (ArcView), coverages (Arc/INFO), DWG e DXF
(CAD - Computer-Aided Drafting), imagens (TIFF, JPEG, BMP, etc), grids (raster), TINs
(Triangulated Irregular Networks) e tabelas (atributos).

6.2.2. MapServer

MapServer é um software livre que serve como ambiente de desenvolvimento para a


publicação de dados e aplicações de mapas interativos para a web.
MapServer foi originalmente desenvolvido pelo projeto ForNet da Universidade
de Minnesota (UMN) em cooperação com a NASA (National Aeronautics and Space
Administration) e o Departamento de Recursos Naturais de Minnesota (MNDNR).
Atualmente é um projeto da OSGeo (Open Source Geospatial Software), mantido por um
número crescente de desenvolvedores de vários lugares do mundo, e patrocinado por um
grupo de organizações que custeia melhorias e a manutenção.
Entre as principais funcionalidades disponíveis neste sistema, podemos citar a
geração automática de legendas, barra de escalas, possibilidade de uso de símbolos nos
mapas, suporte a fontes true-type, controle de colisão de rótulos e controle de desenho
dependente de escala. (QUEIROZ e FERREIRA, 2006).
Entre as funcionalidades mais sofisticadas do MapServer, podemos citar o
capacidade de tratamento de projeção em tempo real, permitindo unificar, de forma
transparente, repositórios de dados cartográficos de diversas fontes (diferentes projeções,
datum, fuso, etc). Com ele é possível a conexão com vários bancos de dados, até mesmo, a
integração com o ESRI ArcSDE (repositório proprietário com controle por número de
conexões). Entre os SGBDs aceitos, o mais importante é o PostgreSQL integrado com o
módulo geográfico PostGIS, que fornece uma robusta solução de repositório de dados
geográficos, seguindo a definição Simple Features Specification (SFS – OpenGIS) do
consórcio Open GeoSpatial. (MAPSERVER, 2010).
52

Considerando o quesito de interoperabilidade, o MapServer se destaca


implementando diversas especificações OpenGIS, sendo eles: WMS (servidor / cliente), WFS
não transacional (servidor / cliente), WMC, WCS, Filter Encoding, SLD, GML, SOS, OM.
O MapServer suporta uma multidão de formatos raster e dados vetoriais. Isso é
possível através da utilização de uma biblioteca, chamada GDAL, presente na camada de
acesso a dados do MapServer.
A GDAL (Geospatrial Data Abstraction Library) é uma biblioteca que fornece uma
API única de acesso a diversos formatos de dados espaciais, tanto matriciais quanto vetoriais.
Seu código fonte é aberto, escrito em linguagem C++ e pode ser obtida a partir do seguinte
endereço: http://www.gdal.org. A sua vantagem reside na grande variedade de formatos
suportados: (GDAL, 2010)
 Matriciais: Arc/Info ASCII Grid, Arc/Info Binary Grid (.adf), ERMapper Compressed
Wavelets (.ecw), ESRI .hdr Labelled, ENVI .hdr Labelled Raster, Graphics
Interchange Format (.gif), GRASS Rasters, TIFF / GeoTIFF (.tif), Hierarchical Data
Format Release 4 (HDF4), Hierarchical Data Format Release 5 (HDF5), Erdas
Imagine (.img), Vexcel MFF2, Idrisi Raster, Image Display and Analysis (WinDisp),
ILWIS Raster Map (.mpr,.mpl), Japanese DEM (.mem), JPEG (.jpg), JPEG2000 (.jp2,
.j2k), Portable Network Graphics (.png), entre outros formatos mariciais.
 Vetoriais: Arc/Info Binary Coverage, Comma Separated Value (.csv),
DODS/OPeNDAP, DWG, DXF, ESRI Personal GeoDatabase, ESRI ArcSDE, ESRI
Shapefile, FMEObjects Gateway, GML, GRASS, INTERLIS, Mapinfo File,
Microstation DGN, MySQL, OGDI Vectors, ODBC, Oracle Spatial, PostgreSQL, S-
57 (ENC), SDTS, SQLite, UK .NTF, U.S. Census TIGER/Line, VRT - Virtual
Datasource.

O ambiente de desenvolvimento, além de oferecer a modalidade de Commom


Gatteway Interface (CGI), que permite o desenvolvimento de um aplicativo sem qualquer
conhecimento de programação, também oferece suas funcionalidades através de API
(Application Programming Interface), podendo ser acessada por diversas linguagens de
programação, tais como Perl, Java, PHP, Python, Tcl,Ruby e C#.
O CGI proporciona a execução de programas (gateways) sob um servidor
informações. Os gateways são programas ou scripts (também chamados cgi-bin) que recebem
requisições de informação, retornando um documento HTML com os resultados
correspondentes. Tais scripts podem ser escritos em qualquer linguagem que possa ler,
53

argumentar, processar dados e retornar respostas, ou seja, qualquer linguagem de


programação. (MEDEIROS, L. C.; OLIVEIRA, L.C. S.; SILVA, M. M., 2005).
As aplicação baseadas em CGI incluem:
• Processamento de dados submetidos através de formulários – consulta a banco de
dados, cadastramento e lista, livros de visitas, etc;
• Criação de documentos personalizados em tempo real;
• Entre outros.
Tipicamente, um aplicativo construído com a interface CGI é composto por um
arquivo de configuração (MapFile) e arquivos HTML (Templates) que controlam a exibição
dos mapas e legendas gerados pelo MapServer, bem como as informações a serem enviadas
ao CGI. A aplicação roda em um ambiente Cliente/Servidor e as requisições do usuário são
enviadas para o arquivo MapServer executável, localizado no servidor. Este executável irá
receber os parâmetros de inicialização da aplicação webmapping, processar as requisições
solicitadas e retornar ao aplicativo cliente (browser) do usuário o resultado esperado (imagens
do mapa, legenda, barra de escala, mapa de referência, etc.). (ver FIGURA 17).

FIGURA 17. Funcionamento básico de uma aplicação MapServer em modo CGI.


Fonte: Medeiros; Oliveira e Silva, 2005.
54

Para usuários que visam a criação de aplicações com um grau maior de


customização, eventualmente não atingido com aplicações em modo CGI, a API oferece,
através do componente MapScript, suporte para incorporar o MapServer em diversas
aplicações, oferecendo todas as funcionalidades disponíveis no executável do servidor, bem
como algumas funcionalidades avançadas para otimizar o desempenho do servidor de mapas.
(FIGURA 18).

FIGURA 18. Funcionamento de uma aplicação MapServer em modo MapScript.


Fonte: Medeiros; Oliveira e Silva, 2005.

6.3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

6.3.1. Localização e limites

Teresina, cuja localização consta na FIGURA 19, ocupa uma área de 1.809 km2. A
zona urbana tem 248,47 km² e a zona rural 1.560,53 km², correspondendo, respectivamente, a
13,74% e 86,26% de sua área total. No contexto do Estado do Piauí, o município representa o
equivalente a 0,72% de sua área total.
55

O município de Teresina está localizado entre as coordenadas geográficas 5°34’57” S,


43º00’32” O e 4°46’47” S, 42°35’39” O, à margem direita do rio Parnaíba, na porção do
médio curso dessa bacia hidrográfica, onde recebe as águas de um de seus principais
afluentes, o rio Poti. À margem esquerda do rio Parnaíba situa-se o município maranhense de
Timon.
Em relação aos seus limites geográficos, Teresina apresenta em seu entorno a seguinte
delimitação: ao norte, limita-se com os municípios de União, José de Freitas e Lagoa Alegre;
ao sul, com o município de Curralinhos; a oeste, com o Estado do Maranhão e, a leste, com o
os municípios de Altos, Demerval Lobão e Lagoa do Piauí.
56

FIGURA 19. Localização do município de Teresina, Piauí.


Org.: Veras, 2010.

De acordo com a prefeitura municipal, Teresina está dividida em cinco regiões


administrativas, sendo elas: centro, norte, sul, sudeste e leste e possui um total de 118 bairros.
57

6.3.2. O bairro Centro

O bairro centro foi o primeiro da nova capital do estado, quando da transferência da


antiga capital Oeiras, em 1952. Foi construído seguindo um plano estrutural caracterizado por
um traçado geométrico estabelecendo as ruas em linhas paralelas, simetricamente dispostas.
Atualmente, o bairro concentra grande parte da vida econômica da cidade, que é
caracterizada pelo comércio e atividades de prestação de serviços. É no bairro Centro que se
encontra instalado a estrutura hospitalar da cidade, composta de centenas de clínicas,
hospitais, hotéis, pensões populares, etc. A sua localização pode ser vista na FIGURA 20.

FIGURA 20. Mapa de situação do bairro Centro em relação ao município de Teresina, Piauí.
Org.: Veras, 2010.
58

6.3.2.1. Aspectos demográficos


emográficos

a) Demografia

Evolução Populacional
20.345 17.467
15.284 13.591
População

População

1991 1996 2000 2007


Anos

FIGURA 21. Evolução populacional do bairro Centro.


Fonte: IBGE, 2000.

A população do bairro Centro vem diminuindo com o passar dos anos, dados do IBGE
(FIGURA 21) mostram que no ano de 1991 a população era de 20.345 habitantes, no censo
demográfico de 2000 a população caiu para 15.284 habitantes e já na contagem da população
do ano de 2007 esse número era de 13.591 habitantes. Isto pode ser provocado pelo ao
aumento do número de estabelecimentos comerciais instalados neste bairro. As pessoas
residentes acabam por vender, alugar ou até mesmo abrir seu próprio negócio, indo então,
morar em bairros mais afastados do centro.

6.3.2.2. Aspectos sócio-econômicos


econômicos e infra estruturais

a) Educação

TABELA 03. Aspectos de educação do bairro Centro.

Escolas públicas 12
Escolas privadas (2001) 48
Creches (2001) 02
População alfabetizada 13.957
População sem instrução e menos de 01 ano de estudo 3,59%
População com 11 a 14 anos de estudo 39,84%
Fonte: IBGE, 2000.

Como mostra a TABELA 03,


03, que trata dos aspectos de educação do bairro Centro,
existia no bairro uma predominância de escolas privadas com relação às públicas, fato que
59

pode ser explicado pela concentração, nesse bairro, das atividades econômicas e de prestação
de serviço da cidade.
Quanto ao grau de alfabetização, 91,31% (13.957 habitantes) da população total são
alfabetizados e a parcela da população sem instrução e com menos de 01 (um) ano de estudo é
inferior a 3,6% (cerca de 548 habitantes). Isso demonstra que a condição socioeconômica do
bairro também está ligada ao aspecto educacional da população.

b) Economia

TABELA 04. Aspectos de economia do bairro Centro.

Renda média mensal das pessoas responsáveis pelo domicílio R$ 1.524,89


Fonte: IBGE, 2000.

De acordo com os dados do IBGE (2000) apresentados na TABELA 04, a renda


média das pessoas responsáveis pelo domicílio no bairro Centro era de R$ 1.524,89,
equivalendo a 10,1 salários mínimos do ano base de 2000, representando uma das condições
econômicas mais elevadas da cidade.

c) Cultura/Esporte e lazer

TABELA 05. Equipamentos comunitários do bairro Centro.

Bibliotecas públicas 04
Espaços culturais 04
Teatros 05
Quadras poliesportivas 05
Estádio / Ginásio de esportes 02
Praças 17
Fonte: IBGE (2000).

A comunidade do bairro Centro é contemplada com a existência de equipamentos


públicos para o desenvolvimento cultural, tais como: bibliotecas públicas, espaços culturais,
teatros, etc, além de espaços para o lazer, como a praça Pedro II, localizada em frente ao
Teatro 4 de Setembro, uma das mais conhecidas da cidade. (FIGURAS 22 e 23).
60

FIGURA 22. Teatro 4 de Setembro, Teresina, FIGURA 23. Praça Pedro II, Teresina, Piauí.
Piauí. Fonte: PIEMTUR.
Fonte: PIENTUR.

d) Habitação

TABELA 06. Aspectos habitacionais do bairro Centro.

Domicílios permanentes 3.785


Densidade habitacional (hab/domicílio) 4,00
Domicílios com abastecimento d’água 3.777
Domicílios com coleta de lixo regular 3.775
Domicílios segundo a condição de ocupação
Próprio 2.605
Alugado 894
Outro 286
Domicílios segundo o tipo de esgotamento sanitário
Rede geral de esgoto ou pluvial 2.178
Fossa séptica 1.517
Fossa rudimentar 71
Fonte: IBGE (2000).

O bairro Centro, quanto aos aspectos habitacionais descritos na TABELA 06,


caracterizava-se por possuir 68,82% dos domicílios, quanto à condição de ocupação, próprios;
99,00% dos domicílios com atendimento regular de coleta de lixo e abastecimento de água e
57,54% dos domicílios interligados à rede geral de esgotamento sanitário da cidade. Esses
dados, fornecidos pelo IBGE (2000), nos evidenciavam uma condição favorável deste bairro
com relação ao acesso aos serviços de saneamento.
61

6.4. ASPECTOS DO SETOR DE SAÚDE EM TERESINA

Teresina apresenta um notável crescimento do setor de saúde, constituindo-se num


centro de referencia regional. O setor de saúde é responsável por gerar riquezas para a cidade,
contribuindo para o desenvolvimento sócio-econômico e financeiro. É responsável pela
geração de empregos diretos e indiretos, e pelo incentivo para o desenvolvimento do comércio
e prestação de serviços, tais como: hotéis, pensões, pousadas, farmácias, supermercados,
restaurantes, revendedores de medicamentos e materiais médico-hospitalares, dentre outros.
Um pólo de saúde é caracterizado por um cluster de saúde, ou seja, profissionais e
empresas públicas e privadas relacionadas ao setor de saúde se concentram em uma mesma
área, permitindo a formação de uma cadeia produtiva, com potencial de atingir crescimento
competitivo contínuo e superior ao se uma simples aglomeração econômica. (TERESINA,
2000).
Em Teresina, a evolução desse setor de saúde pode ser melhor discutido dentro do
seu contexto histórico. (TERESINA, 2000):
62

TABELA 07. Contexto histórico da evolução do pólo de saúde de Teresina.

ANO HISTÓRICO
1853 No ano seguinte à transferência da capital do Estado para Teresina, foi inaugurado o
Hospital de Caridade, posteriormente extinto em 1861.
1860 Construção da Santa Casa de Misericórdia.
1866 È estabelecida a Botica do Povo (primeira farmácia da capital).
1907 Construção do Asilo de Alienados, atual Hospital Areolino de Abreu.
1941 Inauguração da Maternidade São Vicente e do Hospital Getúlio Vargas (HGV), que
foi construído para substituir a antiga Santa Casa de Misericórdia.
1952 Inauguração do Hospital Sanatório Meduna.
Anos 60 Inauguração do Hospital Casamater e Clínica São Lucas.
Anos 70 Inauguração dos Hospitais Santa Maria, São Marcos, Hospital do 2° BEC,
Maternidade Dona Evangelina Rosa e o Hospital de Doenças Infecto-Contagiosas
(HDIC).
Anos 80 Inauguração de várias outras clínicas, entre elas: Santa Clara, Santa Fé, Clinefro,
etc.
Anos 90 Inauguração do Centro Integrado de Saúde Dr Lineu Araujo (Ambulatório Central),
Hospital de Terapia Intensiva de Teresina (HTI) e Hospital da Clínicas de Teresina
(HCT).
2000 Inauguração de vários outras clínicas. Inauguração do Medical Center Teresina, do
Hospital São Paulo, do Centro Médico Dr Dirceu Arcoverde.
Fonte: Teresina, 2000.

De acordo com a Agenda 2015 (TERESINA, 2000) o pólo de saúde em Teresina


divide-se em três sub-áreas:
 Sub-área 01: bairro Mafuá: Hospital de Terapia Intensiva, Clínica e
Maternidade Santa Fé e Hospital das Clínicas de Teresina, Sanatório Meduna,
Hospital Areolino de Abreu e SEPAM;
 Sub-área 02: bairro Centro: Hospital Getúlio Vargas, Hospital de
Doenças Infecto Contagiosas, Hospital Infantil Lucídio Portela, Hospital São
Marcos, Hospital Santa Maria, Clínica São Lucas, Procardíaco, Itacor, Med
Imagem, Clínica Lucídio Portela, Max Imagem, Instituto Lívio Parente,
Radimagem Medical Center, Clinefro, Clínica Santa Clara, COT, Clínica Santo
Antônio e Unidade de Diagnóstico por Imagem- UDI;
63

 Sub-área 03: Bairro Piçarra e Ilhotas – Hospital da Polícia Militar,


Maternidade Dona Evangelina Rosa, Casamater, França Filho, Prontocor e
SAMIU.

Dados atuais, disponíveis no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde


(CNES), informam que em Teresina existem cerca de 701 estabelecimentos de saúde, dentre
eles: clínicas, hospitais, ambulatórios, profissionais autônomos, órgãos públicos de
fiscalização, etc. ( ver TABELA 08). No bairro Centro são cerca de 410 estabelecimentos,
todos alocados na região do entorno do Hospital Getúlio Vargas (sub-área 02) e estão
distribuídos de acordo com a TABELA 09.

TABELA 08. Distribuição dos estabelecimentos de saúde em Teresina.

ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE QUANTIDADE


Públicos 124
Filantrópicos 09
Sem Fins Lucrativos 05
Sindical 01
Particulares 562
TOTAL 701
Fonte: CNES, 2010.

TABELA 09. Distribuição dos estabelecimentos de saúde no bairro Centro de Teresina.

ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE QUANTIDADE


Públicos 13
Filantrópicos 04
Sem Fins Lucrativos 02
Sindical 0
Particulares 391
TOTAL 410
Fonte: CNES, 2010.

O pólo de saúde instalado em Teresina, como Centro de Referência em Saúde,


apresenta as seguintes características: (TERESINA, 2000).
 Mais de 12.000 empregos diretos e indiretos;
64

 Movimentação de R$ 20 Milhões/mês;
 2% do PIB do Estado e 5,5% do PIB de Teresina;
 37% da arrecadação de ICMS do Estado;

Dentro deste contexto, observa-se outra grande característica desse setor. Teresina,
com a evolução da qualidade dos serviços de saúde oferecidos, transformou-se num grande
pólo regional de turismo de saúde. A concentração de clínicas e hospitais particulares, os
quais são grandes investidores em técnicas e tratamentos diferenciados ou inovadores é vista
como grande atrativo para o deslocamento de pessoas em busca de diversos tratamentos de
saúde.
Turismo de saúde é definido pelo Ministério do Turismo, como sendo toda atividade
em que haja fluxo de pessoas em busca de bens e serviços ligados a atividades médico-
hospitalares, terapêuticos e estéticos. (BRASIL, 2010b).
De acordo com dados da Agenda 2015 (TERESINA, 2000), o atendimento à
pacientes de outros Estados em Teresina, considerando o período de jan a out/2000, totaliza
18.924 atendimentos, e os estados de origem desses pacientes são os mais diversos, sendo a
grande maioria das regiões norte e nordeste do país. (ver FIGURA 24).

FIGURA 24. Atendimentos à pacientes de outros estados em Teresina, janeiro a outubro de 2000.
Fonte: Teresina, 2000.
65

Para o propósito deste estudo devem ser considerados apenas os hospitais públicos
do bairro Centro de Teresina, excluindo-se para isso da contagem, os hospitais particulares,
clínicas particulares, profissionais autônomos, estabelecimentos de administração da saúde,
etc. Assim sendo, a TABELA 10 apresenta a relação nominal dos hospitais que fizeram parte
desta pesquisa.

TABELA 10. Relação nominal dos estabelecimentos de saúde que fizeram parte da pesquisa.

CÓDIGO NOME DO
ENDEREÇO
NO CNES ESTABELECIMENTO
3985563 CENTRO DE ESPECIALIDADES RUA CLODOALDO FREITAS 700
ODONTOLOGICAS CEO II CENTRO -CEP-64000360
2406071 CENTRO DE HEMATOLOGIA E RUA PRIMEIRO DE MAIO 235
HEMOTERAPIA DO PIAUI CENTRO -CEP-64001430
HEMOPI
2323494 CENTRO INTEGRADO LINEU RUA MAGALHAES FILHO 152
ARAUJO CENTRO -CEP-64076410
2726971 HOSPITAL GETULIO VARGAS AV FREI SERAFIM 2352 CENTRO
-CEP-64001020
2323249 HOSPITAL INFANTIL LUCIDIO RUA GOV ARTUR DE
PORTELLA VASCONCELOS 220 CENTRO -
CEP-64001450
2323338 INSTITUTO DE DOENCAS RUA GOV RAIMUNDO ARTUR
TROPICAIS NATAN PORTELLA DE VASCONCELOS 151 CENTRO -
CEP-64001450
2551888 LABORATORIO CENTRAL DE RUA 19 DE NOVEMBRO 1945
SAUDE PUBLICA DR COSTA CENTRO -CEP-64001470
ALVARENGA
2679876 LABORATORIO DE RUA DAVID CALDAS 227
CITOPATOLOGIA SESAPI CENTRO -CEP-64000190
Fonte: CNES, 2010.

6.5. COLETA DE PONTOS COM GPS

GPS (Global Positioning System) é a abreviatura de NAVSTAR GPS (NAVSTAR


GPS – NAVigation System with Time And Ranging Global Positioning System). É um
sistema de radionavegação baseado em satélites desenvolvido e controlado pelo
Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América que permite a qualquer usuário
saber a sua localização, velocidade e tempo, 24 horas por dia, sob quaisquer condições
atmosféricas e em qualquer ponto do globo terrestre (ROCHA, 2002).
De acordo com o mesmo autor, o GPS tem três segmentos: espacial, de controle e de
usuário. O segmento espacial é constituído por uma constelação de 24 satélites em órbita
66

terrestre aproximadamente a 20.200 km com um período de 12 horas siderais e distribuídos


por seis planos orbitais. Estes planos estão separados entre si por cerca de 60º em longitude e
têm inclinações próximas dos 55º em relação ao plano equatorial terrestre. Foi concebida por
forma a que existam no mínimo quatro satélites visíveis acima do horizonte em qualquer
ponto da superfície e em qualquer altura. O segmento de controle é constituído por cinco
estações de rastreio distribuídas ao longo do globo e uma estação de controle principal MCS
(Master Control Station). Esta componente rastreia os satélites, atualiza as suas posições
orbitais e calibra e sincroniza os seus relógios. Outra função importante é determinar as
órbitas de cada satélite. Esta informação é enviada para cada satélite para depois ser
transmitida por este, informando o receptor do local onde é possível encontrar o satélite.
O segmento de usuário inclui todos aqueles que usam um receptor GPS para receber
e converter o sinal GPS em posição, velocidade e tempo. Inclui ainda todos os elementos
necessários neste processo como as antenas e software de processamento.
Os pontos de interesse na área de estudo foram pontuados, utilizando-se um
equipamento GPS de navegação, modelo e-Trex, marca Garmin, configurado para a utilização
do sistema de coordenadas UTM SAD69. Dentre os diversos pontos, considerados de
interesse para este estudo, estão os: hospitais públicos, pensões, supermercados, bancos,
praças, órgãos públicos, dentre outros elementos importantes para a fiel representação
cartográfica da área de estudo.

6.6. PADRONIZAÇÃO DA BASE DE DADOS

A composição de uma base de dados geográficos, adequada à realização do trabalho,


se deu através da definição dos dados de interesse, entre as diferentes fontes e formatos, e, da
execução de procedimentos para a integração destes dados.
A partir da base cartográfica em formato shapefile, adquirida junto a Secretaria
Municipal de Planejamento (SEMPLAN-PMT), foram selecionados elementos tais como:
logradouros, quadras, divisão por bairros, etc., utilizando-se para isso ferramentas de seleção
do ArcMap. Em seguida, os dados foram reprojetados para o sistema de coordenadas
cartográficas UTM WGS84 através da ferramenta Project, presente no ArcToolBox.
A imagem de satélite foi georreferenciada através da obtenção de coordenadas de
pontos de controle, extraídos da base cartográfica do município de Teresina. Esse processo foi
realizado no ArcMap sob o sistema de coordenadas UTM WGS84.
67

6.7. IMPLEMENTAÇÃO DO BANCO DE DADOS GEOGRÁFICO

6.7.1. Modelagem conceitual

Um modelo de dados é um conjunto de conceitos que podem ser usados para


descrever a estrutura e as operações em um banco de dados. (ELNA, 1994 apud CÂMARA,
G; QUEIROZ, G., 2004). O modelo procura sistematizar os objetos e fenômenos de uma
parcela do mundo real a ser modelada em uma linguagem estruturada para que possam ser
transferidos para um sistema informatizado. Os modelos podem ser classificados em: modelos
de dados conceituais, modelos de dados lógicos e modelos de dados físicos.
Para Câmara e Queiroz (2004), os modelos de dados conceituais são os mais
adequados para capturar a semântica dos dados e, consequentemente, para modelar e
especificar as suas propriedades. Eles se destinam a descrever a estrutura de um banco de
dados em um nível de abstração independente dos aspectos de implementação.
Para a modelagem dos objetos que integrariam o sistema, foi utilizado o modelo
GEO-OMT (Object Modeling Technique - GEO). Este modelo nada mais é do que um
diagrama de classes adaptado para a modelagem de dados espaciais.
As classes estabelecidas para a modelagem conceitual foram: hidrografia, bairro,
quickbird, logradouros, quadras, praças públicas, edificações de destaque e hospitais. (ver
FIGURA 25).
68

FIGURA 25. Diagrama GEO-OMT do banco de dados geográficos da aplicação.


Org.: Veras, 2010.
69

6.7.2. Dicionário de dados

A seguir são descritas as tabelas que formam o sistema, identificando seus atributos:

a) HIDROGRAFIA:
Descrição: a TABELA 11, contem dados referentes aos rios existentes na zona
urbana de Teresina.
Atributos: ID, NOME, ROTULO.

TABELA 11. Tabela de atributos da layer de rios.

Nome Tipo Descrição


ID Interger Código do rio
NOME Character[50] Nome do rio
Nome do rio que aparecerá no mapa
ROTULO Character[50]
(rótulos)
Org.: Veras, 2010.

b) LOGRADOURO:
Descrição: a TABELA 12, contem dados referentes aos logradouros existentes
na zona urbana de Teresina.
Atributos: ID, NOME, ROTULO, TIPO

TABELA 12. Tabela de atributos da layer de logradouros.

Nome Tipo Descrição


ID Interger Código do logradouro
NOME Character[50] Nome do logradouro
Nome do logradouro que aparecerá
ROTULO Character[50]
no mapa (rótulos)
Tipo de logradouro. Ex: (rua,
TIPO Character[50]
avenida)
Org.: Veras, 2010.
70

c) BAIRRO:
Descrição: a TABELA 13, contem dados referentes aos bairros existentes na
zona urbana de Teresina.
Atributos: ID, NOME, ROTULO, AREA, PERIMETRO

TABELA 13. Tabela de atributos da layer de bairros.

Nome Tipo Descrição


ID Interger Código do bairro
NOME Character[50] Nome do bairro
Nome do bairro que aparecerá no
ROTULO Character[50]
mapa (rótulos)
AREA Interger Área do bairro (m²)
PERIMETRO Interger Perímetro do limite do bairro (m)
Org.: Veras, 2010.

d) QUADRA:
Descrição: a TABELA 14 contém os dados referentes as quadras existentes nos
bairros da zona urbana de Teresina.
Atributos: ID, BAIRRO, AREA, PERIMETRO

TABELA 14. Tabela de atributos da layer de quadras.

Nome Tipo Descrição


ID Interger Código da quadra
Nome do bairro a qual a quadra
BAIRRO Character[50]
pertence
AREA Interger Área da quadra (m²)
PERIMETRO Interger Perímetro do limite da quadra (m)
Org.: Veras, 2010.

e) PRACA:
Descrição: a TABELA 15 contem os dados referentes as praças públicas
existentes nos bairros da zona urbana de Teresina.
Atributos: ID, NOME, ROTULO, BAIRRO, AREA, PERIMETRO
71

TABELA 15. Tabela de atributos da layer de praças públicas.

Nome Tipo Descrição


ID Interger Código da praça
NOME Character[50] Nome da praça
Nome da praça que aparecerá no
ROTULO Character[50]
mapa (rótulo)
Nome do bairro a que pertence a
BAIRRO Character[50]
praça
AREA Interger Área da praça (m²)
PERIMETRO Interger Perímetro do limite da praça (m)
Org.: Veras, 2010.

f) EDIFICACAO:
Descrição: a TABELA 16 contém os dados referentes às edificações de destaque
existentes nas quadras dos bairros da zona urbana de Teresina.
Atributos: ID, NOME, ROTULO, QUADRA, TIPO

TABELA 16. Tabela de atributos da layer de edificações de destaque.

Nome Tipo Descrição


ID Interger Código da edificação de destaque
NOME Character[50] Nome da praça
Nome da praça que aparecerá no
ROTULO Character[50]
mapa (rótulo)
ID da quadra a que pertence a
QUADRA Interger
edificação de destaque
Tipo de edificação de destaque. Ex:
TIPO Character[50]
(religioso, universidade, etc)
Org.: Veras, 2010.

g) HOSPITAL:
Descrição: a TABELA 17 contém os dados referentes aos hospitais públicos
existentes nas quadras dos bairros da zona urbana de Teresina.
Atributos: ID, NOME, ROTULO, ENDER, QUADRA, FONE, TIPO,
CONSULTA, EXAME, APAC, URGENCIA, CIRURGIA, INTERNACAO.
72

TABELA 17. Tabela de atributos da layer de hospitais.

Nome Tipo Descrição


ID Interger Código do hospital
NOME Character[50] Nome do hospital
Nome do hospital que aparecerá no
ROTULO Character[50]
mapa (rótulo)
ENDER Character[50] Endereço completo do hospital
ID da quadra a que pertence o
QUADRA Interger
hospital
FONE Character[50] Telefone do hospital
Tipo do hospital. (público federal,
TIPO Character[50]
público municipal, filantrópico, etc)
ID das consultas que podem ser
CONSULTA Character[254]
realizadas no hospital
ID dos exames que podem ser
EXAME Character[254]
realizados no hospital
ID dos exames e tratamentos de alta
APAC Character[254] complexidade (APAC) que podem
ser realizados no hospital
Se possui atendimento de urgência.
URGENCIA Character[3]
(sim ou não)
Se realiza pequenas cirurgias. (sim
CIRURGIA Character[3]
ou não)
Se possui leitos para internação. (sim
INTERNACAO Character[3]
ou não)
Org.: Veras, 2010.

h) CONSULTA:
Descrição: a TABELA 18 contém os dados referentes às consultas que podem
ser realizadas nos hospitais públicos.
Atributos: ID, NOME.

TABELA 18. Tabela com os dados das consultas médicas.

Nome Tipo Descrição


ID Interger Código da consulta
NOME Character[50] Nome da consulta.
Org.: Veras, 2010.

i) EXAME:
Descrição: a TABELA 19 contém os dados referentes aos exames que podem ser
realizados nos hospitais públicos.
Atributos: ID, NOME.
73

TABELA 19. Tabela com os dados dos exames médicas.

Nome Tipo Descrição


ID Interger Código do exame
NOME Character[50] Nome do exame.
Org.: Veras, 2010.

j) APAC:
Descrição: a TABELA 20 contém os dados referentes aos procedimentos de alta
complexidade que podem ser realizados nos hospitais públicos.
Atributos: ID, NOME.

TABELA 20. Tabela com os dados dos procedimentos médicos de alta complexidade.

Nome Tipo Descrição


ID Interger Código do APAC.
NOME Character[50] Nome do APAC.
Org.: Veras, 2010.

6.8. DESENVOLVIMENTO DO APLICATIVO WEBMAPPING

Inicialmente, para o desenvolvimento da aplicação, foi necessário a configuração do


servidor de mapas MapServer. Usuários da plataforma Microsoft Windows podem instalar
rapidamente um ambiente de desenvolvimento MapServer através do MS4W, disponível
gratuitamente em: http://www.maptools.org/ms4w/.
O pacote básico de instalação do MS4W pré-configura um servidor web com os
seguintes componentes:
 Apache HTTP Server version 2.2.15
 PHP version 5.3.2
 MapServer CGI 5.6.3
 MapScript 5.6.3 (CSharp, Java, PHP, Python)
 Includes support for Oracle 11g, and SDE data (if you have associated client/dlls)
 MrSID support built-in
 GDAL/OGR 1.7.1 and Utilities
 MapServer Utilities
 PROJ Utilities
74

 Shapelib Utilities
 Shp2tile Utility
 Shpdiff Utility
 AVCE00 Utilities
 OGR/PHP Extension 1.0.0
 OWTChart 1.2.0

O desenvolvimento do aplicativo se deu em várias etapas, executadas de forma


seqüenciais numa abordagem iterativa, onde cada nova iteração resultava no aumento de
funcionalidades do aplicativo em desenvolvimento.
A primeira iteração foi a criação de um mapa estático a partir dos arquivos de dados
disponíveis. Neste ciclo é necessário a criação de um arquivo mapfile, que é um arquivo de
extensão .map, em formato texto puro, que faz todas as definições e configurações iniciais
necessárias para execução de uma aplicação.
Este arquivo é lido pelo MapServer em cada interação do usuário com a aplicação e
define diversas características, tais como as camadas que podem aparecer num mapa, a cor
dos objetos mostrados, legendas, mapa de referência, barra de escala, etc. (ver FIGURA 26).

FIGURA 26. Estrutura de um arquivo mapfile.


Fonte: Mapserver, 2010.

O mapa estático foi criado através da edição, em linhas de comando, do arquivo


mapfile. Uma a uma as camadas de informações foram adicionadas, ao tempo em que eram
75

realizados testes para verificar se as funcionalidades estavam sendo adequadamente


adicionadas ao aplicativo. (FIGURA 27).

FIGURA 27. Resultado da primeira iteração: criação de um mapa estático.


Org.: Veras, 2010.

Após a conclusão desta fase partimos para a segunda iteração, que era a criação de
controles que permitissem que os mapas fossem criados dinamicamente. Nessa fase, além do
arquivo mapfile, a aplicação exige a criação de uma interface web para que o usuário possa
navegar pelo mapa, usando zoom (aproximação e distanciamento) e movimentação através de
cliques. Essa interface é adicionada ao projeto através da edição de um arquivo Template,
escrito em HTML (HyperText Markup Language). Esse arquivo define como os componentes
gerados pelo MapServer (mapa, legenda, barra de escala, etc) serão apresentados para o
usuário e de que forma o usuário poderá interagir com a aplicação. (ver FIGURA 28).
76

FIGURA 28. Resultado da segunda iteração: criação de um mapa com navegação.


Org.: Veras, 2010.

Na terceira iteração foi adicionado ao aplicativo uma nova função que permitia ao
usuário ativar ou desativar a exibição de camadas, ou seja, escolher qual tema visualizar no
mapa. As camadas adicionadas são ativadas ou desativadas através de uma caixa de seleção.
(ver FIGURA 29).
77

FIGURA 29. Resultado da terceira iteração: criação de um mapa com navegação e controle de
camadas.
Org.: Veras, 2010.

Após a conclusão desta fase, tendo a mesma sido testada, passamos para a próxima
etapa de desenvolvimento do aplicativo.
No quarto ciclo de desenvolvimento do aplicativo, foram acrescentados objetos que
facilitam o seu uso pelo usuário, oferecendo informações suplementares sobre o mapa. São
eles: legenda, mapa de referência e barra de escala. (FIGURA 30).
A Legenda é um componente essencial em qualquer mapa para auxiliar o usuário a
interpretar os dados representados. Este item é incluído na interface do aplicativo através do
objeto LEGEND.
O mapa de referência é uma miniatura do mapa de navegação que permite ao usuário
saber qual a área de visualização atual com relação à extensão total do mapa. O mapa de
referência é adicionado ao aplicativo através do objeto REFERENCE.
O objeto SCALEBAR informa ao usuário a escala em que se encontra o mapa,
incluindo na visualização do mesmo uma escala gráfica em formato imagem. Por padrão, o
objeto é localizado no canto inferior esquerdo do mapa.
78

FIGURA 30. Quarta iteração: criação de componentes informativos.


Org.: Veras, 2010.

Na quinta iteração, foi adicionado ao mapa, a fim tornar mais prático e fácil o seu
uso pelo usuário os rótulos dos logradouros e bairros. Este item é adicionado através do objeto
LABEL, declarado no arquivo mapfile da aplicação. Além disso, foram ajustados vários
atributos neste objeto, objetivando evitar conflitos de superposição de nomes e a polução
visual do mapa. (ver FIGURA 31).

FIGURA 31. Resultado da quinta iteração: criação de um mapa com rótulos nas vias e nas edificações
de destaque.
Org.: Veras, 2010.
79

No caso dos logradouros tipo ‘avenida’, o rótulo foi configurado numa cor diferente
dos demais logradouros, com intuito de dar maior destaque a estes objetos. Esta diferenciação
é alcançada pela manipulação do objeto COLOR da definição da label, no arquivo Mapfile.
Após a conclusão da quinta iteração, e tendo sido realizado testes com a interface de
usuário do projeto, avançamos mais uma etapa no desenvolvimento da aplicação. Neste ponto,
nosso projeto já possuía todos os itens básicos de um aplicativo webmapping para
visualização de dados, sendo possível, ainda de forma rudimentar, que o usuário navegue pelo
mapa com uma ferramenta pan e aproxime ou distancie dos objetos com a ferramenta zoom,
além de escolher quais camadas de informação da aplicação quer visualizar. (FIGURA 32).
No entanto, ainda era preciso construir as interfaces de consulta para as diversas camadas de
informações do aplicativo, para que os usuários pudessem realizar consultas com os dados da
aplicação.

FIGURA 32. Aplicativo webmapping em modo CGI.


Org.: Veras, 2010.

Com a conclusão desta interface de consulta, os usuários poderiam localizar no mapa


um objeto apenas com o uso de palavras-chaves. Seria como um usuário que precisasse
localizar no mapa, todos os hospitais (cadastrados no banco de dados do aplicativo) que
oferecessem consulta especializada na área de cardiologia, ou de neurocirurgia, por exemplo.
80

A aplicação deverá ser capaz de gerar uma lista com estes hospitais, com endereço e telefone,
além de localizá-los no mapa.
Além disso, era desejo do autor oferecer ao usuário final do aplicativo, uma interface
bonita e funcional, com disponibilização de ferramentas para tornar a experiência mais
agradável, a ponto de usuários sem experiência com softwares geográficos, pudessem utilizar
a ferramenta sem maiores complicações. Para criar uma aplicação mais dinâmica e mais
adaptada aos nossos objetivos, abandonamos o modo CGI do MapServer e passamos a
trabalhar, nesse momento, com scripts PHP (extensão MapScript 5.6.3 do MapServer).
Estas funcionalidades foram fornecidas pelo framework p.mapper, software Open
Source, disponibilizado no endereço: http://www.pmapper.net/download.shtml.
O p.Mapper destina-se a oferecer uma ampla funcionalidade e múltiplas
configurações, de forma a facilitar a configuração de uma aplicação MapServer baseada em
PHP / Mapscript. Algumas das funções incluídas são: (P.MAPPER, 2010).
 DHTML (DOM) interface zoom / pan (sem uso de frames);
 Funções de consulta (identificar, selecionar, pesquisar);
 Configuração de funções, comportamentos e layout bastante flexíveis;
 Funções de impressão em HTML e PDF;
 Interface de utilizador multilíngüe;
 Plugins: camada de transparência, exportação do resultado da consulta, etc;
 Dentre outras.

Utilizando o p.Mapper para a configuração da nossa aplicação poupamos esforços de


programação e ainda conseguimos dar a aplicação uma aparência semelhante a do Googles
Maps, uma conhecida aplicação webmapping da Google, disponível no endereço:
http://maps.google.com.br/ (ver FIGURAS 33 e 34).
81

FIGURA 33. Visualização do Google Maps.


Fonte: Google, 2010.

FIGURA 34. Visualização de uma aplicação demo p.mapper.


Fonte: p.Mapper, 2010 - Disponível em http://www.pmapper.net/demo.shtml.

As principais configurações para o p.mapper são definidas no arquivo


config_default.xml, sob o diretório ‘C:\ms4w\apps\pmapper\pmapper-4.0.0\config’, dentre as
principais configurações implementadas foram:
a) <mapFile> … </mapFile>: nessa linha do código é declarado qual arquivo de
configuração mapfile a aplicação deverá ler ao ser executada.
82

b) <categories> … </categories>: nessa linha do código são especificados todos os


layers de informação que serão utilizadas na aplicação. As layers são organizadas em
grupos (<group> ... </group>) e estes em categorias.
c) <defaultLanguage> ... </defaultLanguage>: nessa linha do código é declarado
parâmetros sobre o local da aplicação, por exemplo, o idioma utilizado na interface do
usuário.
d) <export> ... </export>: nessa linha do código é definido quais formatados de
arquivos a tabela de atributos dos mapas selecionados poderão ser exportados pelo
usuário. Ex.: PDF, XLS, CSV.

Com a conclusão da sexta iteração, a aplicação, já em modo API , apresentava a


aparência da FIGURA 35, e já dispunha de uma barra de navegação nova e diversas outras
ferramentas pré-configuradas pelo framework pmapper. (ver FIGURA 36).

FIGURA 35. Resultado da sexta iteração: aplicativo em modo API.


Org.: Veras, 2010.
83

FIGURA 36. Resultado da sexta iteração: barra de navegação para o usuário.


usuário
Org.: Veras, 2010.

Na sétima iteração, foram criadas as consultas baseadas em palavras-chave.


palavras Esta
nova funcionalidade também é adicionada através da edição do arquivo config_default.xml,
acrescentando-se
se o parâmetro: searchitem, onde definimos quais arquivos shapefiles e em
quais colunas (fields)) localizam-se
localizam se os dados de atributos das feições espaciais que
pretendemos consultar. Ex.: consulta pelo nome dos hospitais.
hospitais. (ver FIGURA 37)

<searchitem name="hospital"
name=" description="Busca
Busca hospitais pelo nome">
nome
<layer type="shape"
type=" name="hospital.shp">
<field type="s"
type=" name="Nome" wildcard="0" />
</layer>
</searchitem>

FIGURA 37. Configuração da pesquisa


pe para os nomes de hospitais.
Org.: Veras, 2010.

Dessa forma, foram configuradas consultas para as camadas de informação de


hospitais e logradouros. Na layer de hospitais o usuário poderá consultar,
consultar além por nomes de
84

hospitais, também por Consultas, Exames e Procedimentos de alta complexidade. (Consultas


– ver APÊNDICE A).
Na oitava iteração, foram criadas as consultas baseadas em cliques do cursor no
mapa. Para essa modalidade de consulta, é necessário que uma tooltip apareça com um
resumo de informações sobre um determinado objeto selecionado (hospital, por exemplo).
Além disso, pode-se explorar a interatividade nesse objeto. Através de um hiperlink, o usuário
poderá ser redirecionado para páginas da web contendo informações detalhadas e imagens
sobre estes objetos selecionados. (FIGURA 38).

FIGURA 38. Resultado da oitava iteração: criação de tooltip informativa.


Org.: Veras, 2010.

Após acrescentadas as funcionalidades do sistema foi necessário aprimorar a


apresentação do aplicativo como o objetivo de melhorar a intuitividade da interface e tornar a
experiência do usuários mais agradável e rica. O uso de símbolos em mapas é essencial para a
compreensão da realidade apresentada. Uma boa simbologia torna mais fácil de ler e
interpretar o mapa. Assim, foram acrescentados símbolos para representar a camada de
informação de edificações de destaque, de acordo com o tipo de cada uma. (ver FIGURA 39).
85

FIGURA 39. Nona iteração: símbolos de identificação no mapa.


Org.: Veras, 2010.

Cada tipo de edificação é criada no arquivo mapfile, através do objeto LAYER. Este
objeto por sua vez possui objetos do tipo CLASS que são classificações dentro de uma
camada. Cada classe aponta para um objeto SYMBOL e assim, cada camada possui várias
classes e cada classe possui um símbolo. Quando uma camada é ativada todos os pontos nas
diferentes classes são criados e representados através de seus respectivos símbolos. (ver
FIGURA 40).

FIGURA 40. Nona iteração: símbolos de identificação no mapa.


Org.: Veras, 2010.
86

6.9. TESTES E IMPLANTAÇÃO

Os testes efetuados no aplicativo foram feitos apenas pelo desenvolvedor (teste de


desenvolvedor). Estes testes eram realizados à medida que as funcionalidades iam sendo
acrescentadas e as correções, também efetuadas no mesmo ciclo de desenvolvimento. Isto era
devido ao fato de que para prosseguirmos para a fase seguinte de desenvolvimento,
precisávamos dos resultados da fase anterior.
Os testes realizados diziam respeito à criação dos mapas: se estavam sendo gerados
de maneira adequada, se os rótulos e feições estavam sendo exibidos, se as camadas não
conflitavam uma com as outras impossibilitando a visualização do mapa, se as legendas
estavam sendo criadas corretamente, dentre outros.
Outros testes foram feitos quanto à seleção de temas: a ativação de múltiplos temas,
utilização de zoom juntamente com vários temas, ordem de visualização dos temas, dentre
outros; Consultas do aplicativo: se as tabelas de dados (arquivos dBASE) estavam sendo
acessadas, se os objetos pesquisados estavam sendo destacados no mapa, se os valores
estavam sendo corretamente exibidos caso a consulta retornasse mais de um valor, se o código
de redirecionamento para página de cada objeto estava funcionando, dentre outros; Interface
de exportação de dados e layout de impressão: exportação de dados (tabela de atributos) e
também para a ferramenta de impressão de mapas.
O sistema foi implantado em um servidor web de testes e disponibilizado por um
breve período de tempo. O servidor que recebeu a aplicação não possuía um IP (Protocolo de
Internet) estático, e sim, dinâmico, o que impossibilitava o uso de um nome de domínio
(exemplo: http://www.meusite.com.br). Sendo assim, a disponibilização da aplicação tornava-
se instável, já que o endereço de acesso era trocado cada vez que o servidor renovasse seu
endereço de IP. Por esse motivo e pelo fato de não possuirmos um computador com maior
capacidade de processamento, os testes de performance não foram tão elaborados. Mesmo
assim, foi possível gerar páginas em tempo menor que 13 segundos (para a ativação de
camadas de informação e procedimentos de zoom) e 16 segundos (para as consultas), com o
acesso simultâneo de 5 usuários.
7. RESULTADOS E DISCUSSÕES

O resultado do presente trabalho foi a criação de um aplicativo webmapping capaz de


disponibilizar mapas dinâmicos na web que possibilitam a identificação de vários aspectos do
bairro Centro, tais como: edificações de destaque, praças públicas, principais avenidas, etc.,
além fornecer dados quantitativos que caracterizam a rede hospitalar pública existente no
bairro. O aplicativo também provê interação ao usuário por meio de uma série de ferramentas
que visam facilitar o tratamento e a visualização dos dados geográficos.
Este aplicativo permite que o usuário visualize a área do bairro Centro e as ruas e
avenidas de forma diferenciada, sendo as avenidas exibidas com maior destaque. Ao clicar
com o cursor de mouse em determinado ponto o usuário pode visualizar uma tooltip com
informações sobre o ponto e esta pode redirecionar o usuário para um site do ponto em
questão, caso exista, ou para uma página do buscador Google com uma pesquisa pré-
configurada para procurar mais informações sobre o objeto.
Além disso, os mapas gerados pelo aplicativo podem ser visualizados ou impressos
em várias escalas diferentes e com quantas camadas de informação (temas) o usuário desejar.
Nas figuras que seguem são apresentadas as principais características do aplicativo.

FIGURA 41. Visualização no aplicativo webmapping de diversos elementos existentes no bairro


Centro.
Org.: Veras, 2010.
88

A representação cartográfica dos elementos que fazem parte do ambiente em estudo


é de suma importância para a contextualização dos dados geográficos apresentados ao
usuário. Na FIGURA 41, é possível observar diversos componentes que caracterizam o bairro
Centro de Teresina, entre eles estão: igrejas, hotéis, supermercados, farmácias, praças
públicas, etc.

FIGURA 42. Visualização da barra de ferramentas do aplicativo webmapping.


Org.: Veras, 2010.

Na FIGURA 42 pode-se observar a barra de ferramentas do aplicativo. As


ferramentas disponibilizadas foram: zoom para o mapa inteiro, zoom para a seleção, zoom
(aproximar e distanciar), pan, identificador (identifica o objeto clicado), identificador múltiplo
(identifica vários objetos selecionados), ferramenta de medição (distancia, perímetro e área),
ponto de interesse (permite que o usuário adicione um ponto de interesse com descrição). Nas
figuras que seguem podemos visualizar algumas destas ferramentas. (FIGURAS 43 a 46).
89

FIGURA 43. Visualização da ferramenta identificador com a tooltip do objeto selecionado.


Org.: Veras, 2010.

FIGURA 44. Visualização da ferramenta identificador múltiplo com a tooltip dos objetos
selecionados.
Org.: Veras, 2010.
90

FIGURA 45. Visualização da ferramenta de medição com a tooltip de cálculo de perímetro e área.
Org.: Veras, 2010.

FIGURA 46. Visualização da ferramenta Ponto de interesse.


Org.: Veras, 2010.
91

A FIGURA 46 apresenta a visualização da ferramenta Ponto de Interesse. Esta


ferramenta permite ao usuário associar um texto a algum ponto no mapa. Este ponto criado é
memorizado apenas durante o acesso atual do usuário.
Sobre as ferramentas de consulta do aplicativo, foram disponibilizadas: logradouros
(buscar por ruas ou avenidas), hospitais (buscar por hospitais), Consultas/Exames/Apacs
(buscar por uma especialidade médica ou pelo nome de exames e procedimentos de alta
complexidade).
Na FIGURA 47 observa-se a barra de consultas do aplicativo onde é possível fazer
buscas por elementos no mapa com o uso de palavras-chave e na FIGURA 48, podemos
observar o resultado de uma consulta por hospital.

FIGURA 47. Visualização da barra de consultas do aplicativo webmapping.


Org.: Veras, 2010.
92

FIGURA 48. Visualização do resultado de uma consulta por hospital.


Org.: Veras, 2010.

FIGURA 49. Visualização do resultado de uma consulta por uma especialidade médica.
Org.: Veras, 2010.

A configuração das consultas para buscar por Consultas, Exames e Procedimentos de


Alta Complexidade (FIGURA 49) constituiu a parte de maior dificuldade para o
93

desenvolvimento deste aplicativo, visto que num primeiro momento, estas informações
disponíveis em tabelas separadas (tabela CONSULTA; tabela EXAME; tabela APAC)
deveriam ser interligadas (JOIN) com a tabela de atributos da camada de informação dos
hospitais. O código fonte das consultas deste aplicativo estão disponíveis no APÊNDICE A.
Ainda sobre as ferramentas de consulta do aplicativo, a tooltip gerada para apresentar
os resultados da pesquisa pode redirecionar os usuários para outros sites que ofereçam
maiores informações sobre o elementos pesquisado. Na FIGURA 50, visualiza-se uma página
do CNESNet (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) onde podem ser encontrados
informações precisas sobre o estabelecimento pesquisado.

FIGURA 50. Visualização da página da CNES contendo informação sobre o hospital pesquisado.
Fonte: CNESNet, 2010 – disponível em
http://cnes.datasus.gov.br/Exibe_Ficha_Estabelecimento.asp?VCo_Unidade=2211002726971.
8. CONCLUSÕES

Existem inúmeros recursos e estratégias possíveis de serem utilizadas na tentativa de


solucionar algumas das questões relacionadas ao dilema urbanização versus qualidade de
vida, saúde pública e do meio ambiente, desenvolvimento econômico e desenvolvimento
sustentável. As geotecnologias estão entre tais recursos e estratégias, figurando como um
instrumento de auxílio poderoso e eficiente junto aos órgãos competentes, gerentes e
decisores.
O mapeamento das informações pertinentes a rede pública hospitalar do bairro
Centro de Teresina e a posterior disponibilização em ambiente web através de mapas
interativos, se mostrou uma ferramenta importante para a obtenção de informações específicas
sobre o tema, como as que seguem:
 Quais e onde localizam-se os hospitais que atendem determinada especialidade
médica? Ex.: (cardiologia, pediatria, infectologia, etc);
 Quais e onde localizam-se os hospitais que realizam exames específicos, tais como:
exames hormonais, eletrocardiograma, mamografia, tomografia computadorizada,
etc?
 Quais os serviços de apoio (hotel, pensões, farmacias, etc) existentes no entorno do
hospital X?
 Quais os serviços (consultas, exames, procedimentos de alta complexidade) o hospital
X ou o hospital Y oferece?
 Quais e onde localizam-se os hospitais que possuem atendimento de urgência ? Ou os
que possuem leitos para internações? Ou os que realizam pequenas cirurgias?

Outra consideração sobre o aplicativo diz respeito a sua interface amigável e


intuitiva, o que permite que a utilização do mesmo possa ser feita, via intranet ou internet, por
pessoas sem grandes conhecimentos em softwares geográficos, contribuindo para a
democratização do acesso às informações da rede pública hospitalar da área estudada.
Prosseguindo nas considerações, destacamos que esta aplicação foi desenvolvida em
partes com a utilização de softwares livres, com custo zero no quesito de aquisição de
licenças, o que reduziu o custo total do desenvolvimento, tornando-a viável do ponto de vista
econômico. Mesmo para o software SIG proprietário que foi utilizado neste trabalho (ArcGIS)
existem inúmeros softwares livres equivalentes e que poderiam ter sido utilizados nesta
95

pesquisa. Cita-se como exemplos o SPRING e o TerraView, ambos desenvolvidos pelo INPE
(Instituo Nacional de Pesquisas Espaciais). Em trabalhos futuros este é um aspecto que poderá
ser explorado. A construção de um aplicativo webmapping com softwares livres (custo zero
em aquisição de licenças) poderá onerar ainda mais os custos de implementação de um
projeto como esse.
O MapServer, servidor de mapas utilizado para o desenvolvimento deste trabalho, se
mostrou capaz de veicular informações cadastrais em forma de mapas interativos na web de
forma robusta e de fácil configuração. Aliado ao framework p.mapper foi capaz de produzir
mapas com riquezas de detalhes, tornando a experiência de navegação no aplicativo muito
mais agradável do ponto de vista estético e funcional.
Por fim, a construção dessa aplicação abre espaço para o desenvolvimento de
aplicações semelhantes no futuro, que tratem de outros temas, como por exemplo, aplicações
para segurança pública, para o turismo, para o transporte público, etc. com baixo custo e
grande benefício para a sociedade em geral, bastando para isso a obtenção dos dados e a
adequação da aplicação para os novos temas.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Urbanismo: cidade real x cidade virtual. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.

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MONTEIRO, A.M. Introdução à Ciência da Geoinformação. São José dos Campos: INPE.
2004. 345 p.

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livre. Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Porto Alegre: UFRGS, 2004.

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Disponível em: http://cnes.datasus.gov.br/. <Acessado em: 04/07/2010>

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http://www.turismo.gov.br/. <Acessado em: 03/08/2010b>

CÂMARA, G., QUEIROZ, G.R. Arquitetura de Sistemas de Informação Geográfica. In:


CÂMARA, G.; DAVIS.C.; MONTEIRO, A.M. Introdução à Ciência da Geoinformação. São
José dos Campos: INPE. 2004. 345 p.

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São José dos Campos: INPE. 2004. 345 p. Disponível em:
http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/ <Acesso em 05/05/2009>.

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Nacional de Pesquisas Espciais (INPE). São José dos Campos: INPE, 1996.

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Computação (ICM) da Universidade de São Paulo (USP). Disponível no endereço:
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COSTA, F. S. Sistema de Informações Geográficas turísticas da cidade de Manaus: Uma


proposta baseada em softwares livres. Trabalho de conclusão de curso de graduação – Curso
de Tecnologia em Desenvolvimento de Software do Centro Federal de Educação Tecnológica
do Amazonas – CEFET-AM. Manaus, 2006.

CASANOVA, M. et al. (Ed.). Banco de Dados Geográficos. Curitiba: Mundogeo, 2005.


Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/livros/bdados/index.html. Acesso em: 18 nov. 2008. p.
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ambiental. Faculdade de Saúde Ambiental da Universidade de São Paulo – USP. São Paulo:
USP, 2003.
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Internet. In: CASANOVA, M. et al (eds.). In: Banco de dados geográficos, 2005. Disponível
em: <http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/bdados/>. Acessado em: 28 jul. 2009.

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FURTADO, D. N. Serviço de visualização de Informação Geográfica na web: A


publicação do atlas de Portugal utilizando a especificação Web Map Service. Dissertação
de Mestrado – Mestrado em Ciência e Sistemas de Informação Geográfica do Instituto
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Portugal, 2006.

GDAL. Gdal Documentation. Disponível no endereço: http://trac.osgeo.org/gdal/. <Acesso


em 21/07/2010>

KANEGAE, E. P. Tutorial: introdução ao MapServer. Tutorial de introdução ao


MapServer em Português. Disponível em
http://br.groups.yahoo.com/group/mapserver_brasil/. <acesso em 08/04/2010>

LEITE, S. C. C. Sistema de Informações Geográficas para o Monitoramento da


Hipertensão Arterial no Programa Saúde da Família (PSF). Trabalho de conclusão de
curso de graduação – Tecnologia em Geoprocessamento. Centro Federal de Educação
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Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Belo Horizonte, Brasil, 05-10 abril 2003,
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http://www.macoratti.net/cbmd1.htm. <Acessado em: 01/08/2010>


APÊNDICES
101

APÊNDICE A – Código Fonte das consultas do aplicativo.

<?xml version="1.0" encoding="ISO-8859-1"?>


<searchlist version="1.0">
<dataroot>$</dataroot>
<searchitem name="logradouro_suggest_dbf" description="Logradouros">
<layer type="shape" name="logradouro">
<field type="s" name="Nome" description="Logradouros" wildcard="2">
<definition type="suggest" connectiontype="dbase" minlength="1" startleft="1" sort="asc">
<dbasefile encoding="UTF-8" searchfield="Nome">$/logradouro.dbf</dbasefile>
</definition>
</field>
</layer>
</searchitem>

<searchitem name="hospital_suggest_dbf" description="Hospitais">


<layer type="shape" name="hospital">
<field type="s" name="Nome" description="Hospitais" wildcard="2">
<definition type="suggest" connectiontype="dbase" minlength="1" startleft="1" sort="asc">
<dbasefile encoding="UTF-8" searchfield="Nome">$/hospital.dbf</dbasefile>
</definition>
</field>
</layer>
</searchitem>

<searchitem name="consulta_options_dbf" description="Consultas">


<layer type="shape" name="hospital">
<field type="s" name="Consulta" description="Consultas" wildcard="0">
<definition type="options" connectiontype="dbase" firstoption="*" sort="asc">
<dbasefile encoding="UTF-8" keyfield="ID" showfield="NOME">$/CONSULTA.dbf</dbasefile>
</definition>
</field>
</layer>
</searchitem>

<searchitem name="exame_options_dbf" description="Exames">


<layer type="shape" name="hospital">
<field type="s" name="Exame" description="Exames" wildcard="0">
<definition type="options" connectiontype="dbase" firstoption="*" sort="asc">
<dbasefile encoding="UTF-8" keyfield="ID" showfield="NOME">$/EXAME.dbf</dbasefile>
</definition>
</field>
</layer>
</searchitem>

<searchitem name="apac_options_dbf" description="Apacs">


<layer type="shape" name="hospital">
<field type="s" name="Apac" description="Alta Complexidade" wildcard="0">
<definition type="options" connectiontype="dbase" firstoption="*" sort="asc">
<dbasefile encoding="UTF-8" keyfield="ID" showfield="NOME">$/APAC.dbf</dbasefile>
</definition>
</field>
</layer>
</searchitem>
</searchlist>
102

APÊNDICE B – Código Fonte do arquivo de configuração Mapfile.

MAP
EXTENT 741185.83 9435620.77 743964.89 9438245.27
UNITS METERS
SIZE 600 500
SHAPEPATH "../../../tcc/"
SYMBOLSET "../common/symbols/symbols-pmapper.sym"
FONTSET "../common/fonts/msfontset.txt"
RESOLUTION 96
IMAGETYPE png
INTERLACE OFF
#CONFIG "PROJ_LIB" "C:/proj/nad/"
PROJECTION
"+proj=utm +zone=23 +south +ellps=WGS84 +datum=WGS84 +units=m +no_defs no_defs"
END

#
# Image formates for GD
#
OUTPUTFORMAT
NAME "png"
DRIVER "GD/PNG"
MIMETYPE "image/png"
IMAGEMODE RGB
FORMATOPTION INTERLACE=OFF
TRANSPARENT OFF
EXTENSION "png"
END

OUTPUTFORMAT
NAME "png8"
DRIVER "GD/PNG"
MIMETYPE "image/png"
IMAGEMODE PC256
FORMATOPTION INTERLACE=OFF
TRANSPARENT OFF
EXTENSION "png"
END

OUTPUTFORMAT
NAME "jpeg"
DRIVER "GD/JPEG"
MIMETYPE "image/jpeg"
IMAGEMODE RGB
FORMATOPTION "QUALITY=70"
EXTENSION "jpg"
END

OUTPUTFORMAT
NAME GTiff
DRIVER "GDAL/GTiff"
MIMETYPE "image/tiff"
IMAGEMODE RGB
#FORMATOPTION "TFW=YES"
#FORMATOPTION "COMPRESS=PACKBITS"
EXTENSION "tif"
END
103

OUTPUTFORMAT
NAME imagemap
MIMETYPE "text/html"
FORMATOPTION SKIPENDTAG=OFF
DRIVER imagemap
END

#
# Start of web interface definition
#
WEB
TEMPLATE "map.html"
IMAGEPATH "/ms4w/tmp/ms_tmp/"
IMAGEURL "/ms_tmp/"
METADATA
#"MAPFILE_ENCODING" "ISO-8859-1"
"ows_title" "Webmapping TCC ByVeRaS"
"ows_author" "Daniel Veras"
END # Metadata
END # Web

#
# Start of Reference map definition
#
REFERENCE
EXTENT 741185.83 9435620.77 743964.89 9438245.27
IMAGE "../../images/referencia_centro.png"
SIZE 192 178
COLOR -1 -1 -1
OUTLINECOLOR 255 0 0
END # Reference

LEGEND
END

#
# Start of ScaleBar definition
#
SCALEBAR
STATUS off
TRANSPARENT off
INTERVALS 4
SIZE 200 3
UNITS METERS
COLOR 250 250 250
OUTLINECOLOR 0 0 0
BACKGROUNDCOLOR 100 100 100
STYLE 0
POSTLABELCACHE true
LABEL
COLOR 0 0 90
#OUTLINECOLOR 200 200 200
SIZE small
END # Label
END # Reference

# SYMBOLS USED IN PMAPPER


# - 'circle' always necessary (used e.g. for highlight)
# - 'square' used in currecnt map file
# Symbols can also be defined via tag SYMBOLSET (see above)
104

Symbol
Name 'circle'
Type ELLIPSE
Filled TRUE
Points
11
END
END

Symbol
Name 'square'
Type VECTOR
Filled TRUE
Points
01
00
10
11
01
END
END

#================== INICIO DAS DEFINICOES DE LAYERS =====================#


#
# layer 1 - contorno bairro
#
LAYER
NAME "bairro"
TYPE polygon
DATA "bairro"
TRANSPARENCY 30
METADATA
"DESCRIPTION" "Bairros"
"RESULT_FIELDS" "Nome, Regiao, Pop_2007, Perimetro, Area"
"RESULT_HEADERS" "Bairro, Região Administrativa, População IBGE(2007), Perímetro (m), Área (m2)"
END # Metadata
CLASS
Name 'Centro'
COLOR -1 -1 -1
OUTLINECOLOR 0 0 0
TEMPLATE void
END # Class
END # Layer

#
# layer 2 - imagem QuickBird
#
LAYER
NAME "quickbird"
TYPE RASTER
STATUS OFF
DATA "quickbird.jpg"
END

#
# layer 3 - quadras
#
LAYER
NAME "quadra"
TYPE polygon
105

DATA "quadra"
TRANSPARENCY 20
METADATA
"DESCRIPTION" "Quadras"
"RESULT_FIELDS" "Bairro, Perimetro, Area"
"RESULT_HEADERS" "Bairro, Perímetro (m), Área (m2)"
END # Metadata
CLASS
Name 'Quadras'
COLOR 255 255 0
OUTLINECOLOR 0 0 0
TEMPLATE void
END # Class
END # Layer

#
# layer 4 - rios
#
LAYER
NAME "rio"
TYPE polygon
DATA "hidrografia"
METADATA
"DESCRIPTION" "Rios de Teresina"
"RESULT_FIELDS" "Rotulo"
"RESULT_HEADERS" "Nome"
END # Metadata
CLASS
Name 'Rios de Teresina'
COLOR 151 219 242
OUTLINECOLOR 0 92 230
TEMPLATE void
END # Class
END # Layer

#
# layer 5 - pracas do bairro centro
#
LAYER
NAME "praca"
TYPE polygon
DATA "praca"
TRANSPARENCY 40
METADATA
"DESCRIPTION" "Pracas Públicas"
"RESULT_FIELDS" "Rotulo, Bairro, Perimetro, Area"
"RESULT_HEADERS" "Nome, Bairro, Perímetro (m), Área (m2)"
END # Metadata
CLASS
Name 'Praças Públicas'
COLOR 76 230 0
OUTLINECOLOR -1 -1 -1
TEMPLATE void
END # Class
END # Layer

#
# layer 6 - logradouros do bairro centro
#
LAYER
106

NAME "logradouro"
TYPE LINE
DATA "logradouro"

CLASSITEM "Tipo"
METADATA
"DESCRIPTION" "Logradouros"
"RESULT_FIELDS" "Tipo, Rotulo"
"RESULT_HEADERS" "Tipo, Nome"
END # Metadata

CLASS
NAME "Avenida"
EXPRESSION "AVENIDA"
COLOR 255 0 0
TEMPLATE void

END # Class

CLASS
NAME "Ruas"
EXPRESSION "RUA"
COLOR 100 50 0
TEMPLATE void
END # Class
END # Layer

#
# layer 7 - hospitais
#
LAYER
NAME "hospital"
TYPE point
DATA "hospital"
LABELITEM "Rotulo"
LABELMAXSCALE 80000

METADATA
"DESCRIPTION" "Rede Hospitalar"
"RESULT_FIELDS" "Rotulo, Ender, Fone, Link"
"RESULT_HEADERS" "Hospital, Endereço, Telefone, + informações"
"RESULT_HYPERLINK" "Rotulo, Link"
END # Metadata

CLASS
NAME "Rede Hospitalar"
MAXSCALEDENOM 9000
SYMBOL 'HOSPITAL'
SIZE 20
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 0 128
BUFFER 2
END
END # Class
END #layer
107

#
# layer 8 - edificações de destaque
#
LAYER
NAME "edificacao"
TYPE point
DATA "edificacao"
TOLERANCE 6
TOLERANCEUNITS pixels
LABELITEM "Rotulo"
LABELMAXSCALE 8000
CLASSITEM "Tipo"

METADATA
"DESCRIPTION" "Edificacao de Destaque"
"RESULT_FIELDS" "Rotulo, Quadra, Tipo, Sobre"
"RESULT_HEADERS" "Nome, Quadra, Tipo, Sobre"
END # Metadata

CLASS
NAME "Compras"
MAXSCALEDENOM 7500
EXPRESSION /COMPRA/
SYMBOL 'COMPRA'
COLOR 250 100 0
SIZE 28
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 255 128
BUFFER 2
END
END # Class

CLASS
NAME "Religioso"
MAXSCALEDENOM 7500
EXPRESSION /RELIGIOSO/
SYMBOL 'RELIGIOSO'
COLOR 250 100 0
SIZE 20
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 255 128
BUFFER 2
END
END # Class

CLASS
NAME "Farmacia"
MAXSCALEDENOM 7500
EXPRESSION /FARMACIA/
SYMBOL 'FARMACIA'
COLOR 250 100 0
SIZE 20
108

TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 255 128
BUFFER 2
END
END # Class

CLASS
NAME "Cultura"
MAXSCALEDENOM 7500
EXPRESSION /CULTURA/
SYMBOL 'CULTURA'
COLOR 250 100 0
SIZE 20
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 255 128
BUFFER 2
END
END # Class

CLASS
NAME "Escolas"
MAXSCALEDENOM 7500
EXPRESSION /UNIVERSIDADE|ESCOLA/
SYMBOL 'ESCOLA'
COLOR 250 100 0
SIZE 20
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 255 128
BUFFER 2
END
END # Class

CLASS
NAME "Hotel"
MAXSCALEDENOM 7500
EXPRESSION /HOTEL/
SYMBOL 'HOTEL'
COLOR 250 100 0
SIZE 20
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 255 128
BUFFER 2
END
END # Class
109

CLASS
NAME "Esportes"
MAXSCALEDENOM 7500
EXPRESSION /ESPORTE/
SYMBOL 'ESPORTE'
COLOR 250 100 0
SIZE 24
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 255 128
BUFFER 2
END
END # Class

CLASS
NAME "Governo"
MAXSCALEDENOM 7500
EXPRESSION /GOVERNO/
SYMBOL 'GOVERNO'
SIZE 18
COLOR 250 100 0
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 255 128
BUFFER 2
END
END # Class

CLASS
NAME "Agencias Bancárias"
MAXSCALEDENOM 7500
EXPRESSION /BANCO/
SYMBOL 'BANCO'
COLOR 250 100 0
SIZE 20
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 255 128
BUFFER 2
END
END # Class

END #layer

END #Map

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