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TERESINA-PI
2010
DANIEL SILVA VERAS
TERESINA-PI
2010
INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ
CAMPUS TERESINA CENTRAL
DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO, AMBIENTE E SAÚDE
COORDENAÇÃO DE GEOMÁTICA
CURSO DE TECNOLOGIA EM GEOPROCESSAMENTO
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________
Prof. Esp. Ésio Cordeiro
Orientador - IFPI
____________________________________________
Prof. MSc. Márcio Aurélio Carvalho de Morais
Examinador(a) – IFPI
____________________________________________
Prof. MSc. Jurandi Oliveira da Silva
Examinador(a) – IFPI
A Deus, por ter me dado a capacidade de chegar até aqui. Pelos momentos bons e ruins que
me proporcionaram experiências necessárias. Por abençoar a mim e as pessoas que amo.
Obrigado Deus.
Aos companheiros de curso. Em especial aos amigos Adriano D’Carlos, Kelson França, Aécio
Carvalho e Juliana Sousa.
Um agradecimento especial para Layara Campelo, Weslley Maycon e Max Wagno. Meus
irmãos de caminhada e companheiros de batalha. “Eu talvez não tenha muito amigos, mas os
que eu tenho são os melhores que alguém poderia ter.” (Vinicius de Moraes).
Aos professores Paulo Borges da Cunha e Flôr de Maria Mendes Câmara. As minhas
referências de vida, de ética profissional, de amizade e de amor ao próximo. Pelo incentivo e
pelos ensinamentos transmitidos que levarei por toda a vida. Nunca poderei saldar minha
dívida com vocês.
Aos incontáveis amigos que fiz no Instituto Federal do Piauí, funcionários, professores e
estudantes.
“Eu acredito, eu luto até o fim: não há como
perder, não há como não vencer.”
Oleg Taktarov
RESUMO
The Geographic Information Systems (GIS) are systems capable of processing data that
represent objects and phenomena located on land. These systems have been widely used to
support decisions about urban problems, rural and environmental. The advancement of
information technology and the spread of Internet in daily life facilitated the emergence of
systems able to take some of the aspects of a GIS environment for the intranet / internet. This
paper presented the development of an application Webmapping for availability of data from
the public hospital network in the neighborhood Centro of Teresina. This work was developed
from the task of gathering data on the public hospital network of the study area, organize them
into a geographic database and then make them available in the form of dynamic maps on the
web. The result of this work was a system capable of providing web maps depicting various
aspects of the neighborhood Centro, such as location, business, public squares, streets and
avenues, besides providing localization and quantitative data that characterize the public
hospital network existing neighborhood. This information is available via the Internet can
contribute to improving access of population to these services and also contribute to the
broadening of popular participation in municipal decisions on this issue.
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 15
1.1. OBJETIVOS DA PESQUISA ....................................................................................... 17
1.1.1. Geral ........................................................................................................................ 17
1.1.2. Específicos .............................................................................................................. 17
2. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG) ............................................... 18
2.1. PLANOS DE INFORMAÇÃO (LAYERS) .................................................................. 22
2.2. BANCO DE DADOS GEOGRÁFICOS ....................................................................... 22
2.3. INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA .................................................................................. 23
2.4. MODELAGEM DE DADOS GEOGRÁFICOS ........................................................... 24
2.4.1. Modelo Geo-OMT................................................................................................... 26
3. SIG NO SUPORTE E GERENCIAMENTO DA SAÚDE PÚBLICA ........................... 31
4. CONCEITOS RELATIVOS À INTERNET .................................................................... 36
4.1. WORLD WIDE WEB (WWW)..................................................................................... 36
4.1.1. GeoWeb ................................................................................................................... 38
4.2. HIPERTEXT TRANSFER PROTOCOL (HTTP) ........................................................ 39
4.3. SERVIDORES WEB ..................................................................................................... 41
4.3.1. Apache ..................................................................................................................... 41
5. DISPONIBILIZAÇÃO DE DADOS GEOGRÁFICOS NA WEB ................................. 44
5.1. SERVIDORES DE MAPAS .......................................................................................... 47
6. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................... 49
6.1. MATERIAL BIBLIOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO ............................................... 49
6.2. SOFTWARES ................................................................................................................ 49
6.2.1. ArcGIS .................................................................................................................... 50
6.2.2. MapServer ............................................................................................................... 51
6.3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ......................................................... 54
6.3.1. Localização e limites ............................................................................................... 54
6.3.2. O bairro Centro........................................................................................................ 57
6.3.2.1. Aspectos demográficos ..................................................................................... 58
6.3.2.2. Aspectos sócio-econômicos e infra estruturais ................................................. 58
6.4. ASPECTOS DO SETOR DE SAÚDE EM TERESINA ............................................... 61
6.5. COLETA DE PONTOS COM GPS .............................................................................. 65
6.6. PADRONIZAÇÃO DA BASE DE DADOS ................................................................. 66
6.7. IMPLEMENTAÇÃO DO BANCO DE DADOS GEOGRÁFICO ............................... 67
6.7.1. Modelagem conceitual ............................................................................................ 67
6.7.2. Dicionário de dados ................................................................................................. 69
6.8. DESENVOLVIMENTO DO APLICATIVO WEBMAPPING .................................... 73
6.9. TESTES E IMPLANTAÇÃO ........................................................................................ 86
7. RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................... 87
8. CONCLUSÕES................................................................................................................... 94
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 96
APÊNDICES .................................................................................................................100
APÊNDICE A – Código Fonte das consultas do aplicativo. .......................................... 101
APÊNDICE B – Código Fonte do arquivo de configuração Mapfile. ............................ 102
LISTA DE FIGURAS E QUADROS
aplicabilidade na gestão da informação para resolver problemas urbanos, nas grandes cidades
brasileiras.
O Geoprocessamento e os Sistemas de Informações Geográficas (SIG) mostram-se
como instrumentos de aperfeiçoamento da saúde, por poder auxiliar no planejamento, na
prestação e na avaliação dos serviços à população. Revela-se como uma ferramenta útil para a
gestão, possibilitando análises de situações sanitárias, avaliando o risco populacional, e
construindo cenários que viabilizem o planejamento de estratégias de intervenção nos
diversos níveis, transitando com rapidez e eficiência entre macro e micro realidades. (SILVA,
2006). A possibilidade de disponibilização de dados geográficos na internet constitui-se em
mais uma ferramenta que o geoprocessamento oferece para a otimização do gerenciamento de
informações e para a democratização do acesso à informação.
Por muito tempo mapas foram somente estáticos, impressos em papel e adquiridos
em bancas de revistas. Devido ao avanço da tecnologia da informação nas últimas décadas, as
formas de produção e disponibilização de mapas, principal objetivo da cartografia, têm
sofrido alterações substanciais, principalmente após o surgimento da informática. Neste
contexto encontra-se também a web como ambiente para disseminação destas informações,
apresentando-se o mapa como uma importante ferramenta de análise visual.
Devido ao alcance mundial da internet, informações oriundas de qualquer parte do
mundo podem ser acessadas instantaneamente, ou seja, com um clique é possível acessar
informações que estão fisicamente em outros continentes. Isso transforma a rede mundial
numa poderosa ferramenta no mundo globalizado, onde a informação é o principal capital
intelectual para a geração de conhecimentos e estes para a geração de valores para o
desenvolvimento da sociedade. É pensando em todas essas vantagens proporcionadas pela
internet que vê-se oportuno disponibilizar informações geográficas na web.
Assim, a construção de um aplicativo webmapping1 que disponibilize informações
sobre a rede hospitalar pública do bairro Centro de Teresina, torna-se justificável, já que
poderá contribuir de forma concreta, para a otimização do acesso a estas informações
pesquisadas, auxiliando os usuários destes serviços de saúde na rápida localização destes.
1
Webmapping é um termo utilizado para designar mapas interativos para a internet, disponibilizados através
de um servidor web.
17
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
Devido a sua diversidade de aplicações, a definição de SIG pode ser dividida em três
categorias, refletindo cada uma à sua maneira a multiplicidade de usos e visões possíveis
desta tecnologia. (BURROUGH e McDONELL, 1988 apud SILVA, 2007a).
2007
Baseada em ferramentas: SIG é um poderoso conjunto de técnicas e procedimentos
capazes de coletar, armazenar, recuperar,
recuperar, transformar e exibir dados espaciais do mundo real.
Baseado em Banco de Dados: SIG é um banco de dados indexados
indexado espacialmente,
sobre o qual opera um conjunto de procedimentos para responder a consultas sobre entidades
espaciais.
Baseado em Estruturas
Estruturas organizacionais: SIG é um sistema de suporte à decisão que
integra dados referenciados espacialmente em um ambiente de respostas
respostas a problemas.
De uma maneira geral, Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são sistemas que
realizam o tratamento computacional de dados geográficos e recuperam informações não
apenas com base em suas características alfanuméricas, mas também através da sua
localização espacial.() Ou seja, o SIG permite associação de dados geográficos (posicionais) a
uma infinidade de atributos (dados alfanuméricos), possibilitando assim a realização de
consultas, análises e simulações, envolvendo todo tipo de informação onde a variável ‘espaço’
seja particularmente importante. (ver FIGURA 02)
FIGURA 02. Dualidade das informações num SIG: dados espaciais (geográficos) associados a
atributos alfanuméricos.
Org.: Veras, 2010.
21
De acordo com Casanova (et al., 2005), um SIG possui os seguintes módulos:
a) Interface com o usuário: forma pelo qual o sistema se comunica e interage com o
usuário;
b) Entrada e integração dos dados: o SIG deve ter meios de processar os dados
espaciais;
c) Armazenamento e recuperação de dados: Organizados sob a forma de um banco
de dados geográficos;
d) Consulta e análise espacial: o SIG deve ter funções que facilitem a consulta de
dados;
e) Visualização e plotagem: capacidade do SIG de retornar resultados de visão
espacial de acordo com as consultas solicitadas.
Banco de dados (ou base de dados) são conjuntos de registros dispostos em estrutura
regular que possibilita a reorganização dos mesmos e produção de informação. Um banco de
dados normalmente agrupa registros utilizáveis para um mesmo fim.
Um banco de dados é usualmente mantido e acessado por meio de um software
conhecido como Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD). Um SGBD adota um
23
modelo de dados, de forma pura, reduzida ou estendida. Muitas vezes o termo banco de dados
é usado de forma equivocada como sinônimo de SGBD.
Sendo assim, banco de dados geográficos são sistemas capazes de recuperar
informações armazenadas não apenas com base em suas informações alfanuméricas, mas
também na sua localização espacial. (CÂMARA e QUEIROZ, 2004).
Dados geográficos ou georreferenciados são dados em que a dimensão espacial está
associada a sua localização na superfície terrestre, num determinado instante ou período de
tempo. O dado geográfico representa um objeto, fato ou fenômeno da natureza, que esteja
localizado sobre a superfície terrestre em um dado instante ou intervalo de tempo. (CÂMARA
et al., 2004).
Os bancos de dados geográficos possibilitam a representação de redes geográficas
complexas, o relacionamento entre classes e feições e a realização de rotinas para a análise
espacial dos dados, produzindo novas informações. Pode-se dizer que um banco de dados
geográficos é uma coleção de dados referenciados espacialmente, que funciona como um
modelo da realidade.
O banco de dados é um componente fundamental em um SIG, permitindo acesso
rápido e fácil às informações armazenadas. O banco de dados geográfico é composto
basicamente por dois tipos de dados: dados gráficos (entidades espaciais) e seus respectivos
atributos.
Os dados espaciais têm a finalidade de representar a forma (geometria) e posição dos
elementos em uma superfície. Na tabela de atributos estão contidas as informações sobre as
entidades espaciais, é onde se descrevem as características de cada feição geográfica
armazenada, ou seja, os atributos.
Os campos de aplicação dos SIG’s, por serem muito versáteis, são muito vastos, e
dentre eles podemos citar:
Monitoramento e controle de doenças e pragas;
Atualizações florestais;
Planejamento de rotas;
Mapeamento de solos;
Monitoramento de bacias hidrográficas;
Controle de tráfego;
Monitoramento ambiental;
Gestão das redes de distribuição de água e coleta de esgotos;
Gestão de redes de distribuição de energia elétrica; e
Administração municipal e planejamento urbano.
A aplicação que se deseja do sistema é o que vai identificar a parcela do mundo real
a ser representada, tanto gráfica quanto descritivamente bem como a estrutura dos dados e
suas relações. Para que isso se processe, deve-se passar por quatro níveis de abstração:
(GOMES e VELHO, 1995 apud BORGES e DAVIS, 2004).
1. Nível do mundo real: que se caracteriza pelo estudo dos fenômenos a serem
representados;
2. Nível do mundo conceitual: que se caracteriza pela representação lógica da
abstração. É onde passamos a representar os elementos identificados no nível
das grandes classes formais (dados contínuos e objetos individualizáveis) e
especializar estas classes nos tipos de dados geográficos utilizados comumente
(dados temáticos e cadastrais, modelos numéricos de terreno, dados de
sensoriamento remoto);
25
Em 1854, o Dr. Jonh Snow ao juntar informações sobre uma epidemia de cólera em
Londres, em que cerca de 500 pessoas haviam morrido num período de dez dias, teve a idéia
de marcar em um mapa do centro da cidade a distribuição das residências onde ocorriam
óbitos ocasionados pela doença e as fontes de água que abasteciam a cidade (FIGURA 09).
Com a espacialização dos dados, Dr. Snow percebeu que a maioria dos casos estavam
concentrados em torno do poço localizado na Avenida Broad Stret e ordenou a sua lacração.
Estudos posteriores confirmaram esta hipótese e o local como sendo o centro da epidemia.
Percebe-se
se então, através deste exemplo, que a associação da Medicina com a
Geografia é bastante antiga, bem como o ato de explorar o potencial das informações
veiculadas pelos mapas em um processo de entendimento do dinamismo espacial das doenças.
32
Lacaz (1972, apud Costa, 2003) conceitua a Geografia Médica como sendo a
disciplina que estuda a geografia das doenças; isto é, a patologia à luz dos conhecimentos
geográficos, associando as condições geográficas do lugar (ambientais, sociais e culturais) à
ocorrência de doenças.
Sorre (1951, apud Costa, 2003), considera a Geografia Médica como uma disciplina
científica e observa que há uma relação entre as doenças e as características geográficas,
físicas e biológicas do lugar que se encontram, mostrando-nos aí o objeto de estudo da
Geografia Médica. O mesmo autor ainda aponta a importância da Cartografia, citando a
superposição de mapas, por exemplo, de dados climáticos e das manifestações endêmicas da
malária, chamando a atenção para a necessidade de maior interação entre a Cartografia, a
Medicina e a Biologia.
O mapeamento das doenças é fundamental quando se considera a necessidade de
vigilância diante da uma epidemia, como a da cólera, por exemplo, pois o conhecimento do
padrão geográfico das doenças pode fornecer informações sobre etiologia e fisiopatologia de
determinados eventos mórbidos. Muitas doenças possuem um padrão geográfico bem
definido. O mapeamento das doenças constitui-se de uma das aplicações para o
Geoprocessamento dentro da área de Saúde Pública. (COSTA, 2003).
Leite (2008) propôs um SIG para analisar a incidência da Hipertensão Arterial
através de uma aplicação de análise espacial, utilizando a área abrangida pelo Programa de
Saúde da Família no bairro Jaguaribe em João Pessoa, no Estado da Paraíba. O trabalho
pretendia demonstrar, entre outros, como a integração dos dados coletados pelos agentes de
saúde em campo, e a visualização espacial destes dados, pode beneficiar no planejamento, no
monitoramento e na tomada de decisão nas ações da Unidade de Saúde da Família. (ver
FIGURA 10).
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FIGURA 10. Visualização de lotes com pacientes hipertensos de uma Unidade de Saúde da Família
de João Pessoa-PB.
Fonte: Leite, 2008.
acesso às informações, podendo assim ampliar sua participação nas decisões municipais, além
de acessar a serviços de infra-estrutura, tais como localização de unidades de saúde, escolas,
creches entre outros que estejam mais próximos à sua residência.
Bogorny et al. (2004), desenvolveu um SIG para ser utilizado na vigilância da saúde
do trabalhadores no Estado do Rio Grande do Sul. O projeto GeoSIST (Georreferenciamento
do Sistema de Informação em Saúde do Trabalhador) tem por objetivo, através de dados de
agravos disponíveis nos diversos sistemas de informação da saúde e dos dados de risco,
coletados em órgãos externos, criar um SIG com informações suficientes para realizar a
vigilância de doenças e acidentes relacionados ao trabalho. Neste sentido, o projeto ajuda na
elaboração de um plano de intervenção para todo o sistema de saúde do trabalho no Rio
Grande do Sul. (BOGORNY et al., 2004).
No GeoSIST, o usuário acessa o sistema de informação geográfica através de uma
interface web, através da qual, o usuário realiza consultas e análises espaciais informando
dados descritivos. Os resultados destas consultas são apresentados na forma de mapas
temáticos (várias camadas de sobreposição), de acordo com os riscos e agravos selecionados.
(FIGURA 11).
35
A Word Wide Web foi desenvolvida em 1989, por Timothy Berners-Lee, no Centro
Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN), tendo inicialmente o objetivo de facilitar a
comunicação entre pesquisadores que já faziam uso da internet. Devido ao seu baixo custo e
facilidade de uso, a web se espalhou rapidamente e hoje, por meio da internet, onde milhões
de computadores estão conectados, é possível acessar uma grande quantidade de informações
e conteúdo hipermídia em qualquer parte do mundo.
É interessante notar que as imagens e gráficos que a web permitiu transmitir
representavam uma grande sobrecarga para a infraestrutura de comunicação de dados da
época, voltadas para a comunicação essencialmente textual na internet. Porem este empecilho
foi superado rapidamente, com o surgimento de tecnologias de comunicação mais eficientes e
de custo reduzido. (INSTITUTO TAMIS, 1997).
Além de textos, as informações na web podem ser apresentadas através de gráficos,
sons, fotografias, vídeos, etc., o que faz dela um dos mais versáteis meios de comunicação já
inventados pelo homem. (INSTITUTO TAMIS, 1997, p. 16) “[...] É como se juntássemos
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4.1.1. GeoWeb
Quando dois ou mais computadores se interligam diz-se que estão ligados em rede.
As regras que gerenciam esta interligação são denominadas protocolos. Ao longo dos anos
foram propostas várias tecnologias para suportar redes de computadores e atualmente existem
dois protocolos reconhecidos e normalizados internacionalmente: o OSI (Open Systems
Interconnection) e o TCP/IP (Transmission Control Protocol/ Internet Protocol). (FURTADO,
2006).
O TCP/IP é um conjunto de protocolos de comunicação entre computadores
interligados em rede. (SCRIMENGER et al,. 2002 apud BRITO, 2008) Seu nome advém de
dois protocolos diferentes, o TCP (Transmission Control Protocol) e o IP (Protocolo de
Internet). Existem muitos outros protocolos que compõem a pilha TCP/IP, como o UDP (User
Datagram Protocol), o DNS (Domain Name System), o SMTP (Simple Mail Transfer
Protocol), entre outros.
A internet é uma grande rede mundial de computadores que se comunicam através
dos protocolos TCP/IP. Esta arquitetura é estruturada em quatro camadas, sendo elas: física,
rede, transporte e aplicação. (ver FIGURA XX). Na camada de aplicação é onde são
encontrados protocolos de aplicação tais como: FTP (para a transferência de arquivos), o
SMTP (para o envio de e-mail) e o HTTP (para navegação na web).
4.3.1. Apache
Diretórios Conteúdos
Bin Programas e utilitários do Apache.
cgi-bin Scripts CGI.
Conf Arquivos de configuração do Apache.
Htdocs Documentos, imagens, dados, etc. do Apache. É
onde é colocado o conteúdo que será publicado
na web.
Icons Ícones que o Apache exibe nas mensagens de
erro e de informação.
Include Arquivos de cabeçalhos da linguagem C que
podem ser utilizados por desenvolvedores para
integrar aplicações com o Apache.
Logs Arquivos de log do Apache.
Manual Manual on-line do Apache.
Modules Módulos do Apache.
Fonte: Veiga, 2006 – Adaptado.
Utilitários Descrição
Ab Ferramenta de medida de desempenho do
Apache.
Apxs Ferramenta para construir e instalar módulos de
extensão.
Dbmmanage Cria e atualiza os arquivos de autenticação de
usuários no formato DBM (Perl).
Htcacheclean Limpa o cache de disco.
Htpasswd Cria e atualiza os arquivos de autenticação de
texto plano.
logresolve Resolve nomes de hosts para endereços IP nos
arquivos de log do Apache.
log_server_status Script Perl que obtém informações de status do
servidor.
Fonte: Veiga, 2006 – Adaptado.
5. DISPONIBILIZAÇÃO DE DADOS GEOGRÁFICOS NA WEB
Com relação ao modelo SIG, que prevaleceu nos anos 90, executado de maneira
estanque em um computador pessoal, a divulgação de mapas pela internet requer várias
considerações. Para Miranda (2005), algumas dessas considerações devem-se com relação ao:
a) custo: é mais barato distribuir mapas pela web do que imprimir e distribuir em papel; b)
tempo: mapas na internet são distribuídos numa fração do tempo anteriormente requerida
pelos mapas analógicos; e c) interatividade: os usuários podem escolher um local para mapear
e os atributos a serem introduzidos no mapa.
A disponibilização de dados geográficos na internet teve início com a publicação de
imagens de mapas em páginas estáticas desenvolvidas em HTML (Hyper Text Markup
Language). Apesar de não apresentar interatividade com o usuário, é possível produzir e
manter disponíveis uma grande quantidade de mapas (DAVIS Jr. et at., 2005). Neste tipo de
aplicação os dados eram visualizados, através de arquivos pré-existentes, e disponibilizados
geralmente em formato matricial (JPG, BMP, GIF, TIFF, etc). Esses dados eram
simplesmente visualizados ou baixados pelo usuário, para usos diversos. Como exemplo
desse tipo de disponibilização, pode-se citar os mapas em formato de imagem
disponibilizados pelo BDGEOPRIM (Banco de Dados Georreferenciado das Localidades de
Ocorrência de Primatas Neotropicais), que podem ser acessados no endereço:
http://www.icb.ufmg.br/zoo/primatas/bdp_indexgtm.htm. (ver FIGURA 15).
45
Miranda e Souza (2003) ainda ressaltam que muitas informações podem ser anexadas
aos atributos geográficos apresentados pelos mapas. Com a linguagem HTML, pode-se
explorar a multimídia em produtos de informação geográfica, provendo o usuário com
ferramentas que “realçam a apresentação da informação”. Esta possibilidade aumenta ainda
mais o potencial dessa aplicação como geradora de conhecimento acerca da área mapeada,
pois a “realidade virtual” das áreas mapeadas pode chegar até o usuário por meio de fotos,
imagens e/ou sons, depoimentos de moradores, etc.
A disponibilização de mapas digitais passa a ser assim, um dos fundamentos da
cultura do novo mundo na Idade da Informação e a internet é uma opção viável para
proporcionar o intercâmbio desses dados. Seu uso em larga escala já é uma realidade em
grande parte do mundo e é crescente a quantidade de serviços disponibilizados nela. Muitos
destes serviços estão relacionados a informações geográficas, desde simples endereços até
sistemas de traçado de rotas e visualização de mapas.
dados do servidor os interpreta e apresenta ao usuário com certa estrutura de visualização pré-
fixada pelo programador do webmapping.
Dentre os servidores de mapas comerciais e livres, um dos mais utilizados é o
MapServer, que foi escolhido para o desenvolvimento deste trabalho e será tratado em
detalhes no capítulo que trata dos materiais e métodos.
6. MATERIAL E MÉTODOS
Para a realização deste trabalho foi estruturada uma abrangente base de documentos.
Foram levantados materiais bibliográficos e cartográficos, de modo a fornecer subsídios à
fundamentação teórica e metodológica, necessária para o desenvolvimento do trabalho.
Dentre os materiais bibliográficos foram consultados livros, dissertações,
monografias e artigos científicos, documentos técnicos, tutoriais de geoprocessamento,
páginas da internet, entre outros. As pesquisas foram realizadas, em parte, com o uso da
internet e, outra parte, na biblioteca do Instituto Federal do Piauí (IFPI).
Na construção de um sistema de webmapping a primeira coisa a ser feita é definir a
área de estudo ou abrangência do mapa e seu objetivo. Após essa fase, faz-se necessário obter
mapas que estejam relacionados com o objetivo do projeto. Na organização do banco de
dados geográficos foi definida uma base cartográfica, com as seguintes camadas de
informação: hidrografia, limites regionais, limite da zona urbana, divisão por bairros,
logradouros, quadras e imagens de satélite. Estes dados foram obtidos, em sua grande maioria,
na Secretaria Municipal de Planejamento (SEMPLAN - PMT), em formato shapefile (ESRI).
A camada de informação contendo a rede hospitalar do bairro Centro foi construída pelo autor
com base em dados fornecidos pela Fundação Municipal de Saúde (FMS - PMT) e no
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNESNet).
Dentre os materiais cartográficos obtidos está:
- imagem de satélite do município de Teresina: Quickbird, do ano de 2005 e
resolução espacial de 0,60 m.
6.2. SOFTWARES
6.2.1. ArcGIS
6.2.2. MapServer
Teresina, cuja localização consta na FIGURA 19, ocupa uma área de 1.809 km2. A
zona urbana tem 248,47 km² e a zona rural 1.560,53 km², correspondendo, respectivamente, a
13,74% e 86,26% de sua área total. No contexto do Estado do Piauí, o município representa o
equivalente a 0,72% de sua área total.
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FIGURA 20. Mapa de situação do bairro Centro em relação ao município de Teresina, Piauí.
Org.: Veras, 2010.
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a) Demografia
Evolução Populacional
20.345 17.467
15.284 13.591
População
População
A população do bairro Centro vem diminuindo com o passar dos anos, dados do IBGE
(FIGURA 21) mostram que no ano de 1991 a população era de 20.345 habitantes, no censo
demográfico de 2000 a população caiu para 15.284 habitantes e já na contagem da população
do ano de 2007 esse número era de 13.591 habitantes. Isto pode ser provocado pelo ao
aumento do número de estabelecimentos comerciais instalados neste bairro. As pessoas
residentes acabam por vender, alugar ou até mesmo abrir seu próprio negócio, indo então,
morar em bairros mais afastados do centro.
a) Educação
Escolas públicas 12
Escolas privadas (2001) 48
Creches (2001) 02
População alfabetizada 13.957
População sem instrução e menos de 01 ano de estudo 3,59%
População com 11 a 14 anos de estudo 39,84%
Fonte: IBGE, 2000.
pode ser explicado pela concentração, nesse bairro, das atividades econômicas e de prestação
de serviço da cidade.
Quanto ao grau de alfabetização, 91,31% (13.957 habitantes) da população total são
alfabetizados e a parcela da população sem instrução e com menos de 01 (um) ano de estudo é
inferior a 3,6% (cerca de 548 habitantes). Isso demonstra que a condição socioeconômica do
bairro também está ligada ao aspecto educacional da população.
b) Economia
c) Cultura/Esporte e lazer
Bibliotecas públicas 04
Espaços culturais 04
Teatros 05
Quadras poliesportivas 05
Estádio / Ginásio de esportes 02
Praças 17
Fonte: IBGE (2000).
FIGURA 22. Teatro 4 de Setembro, Teresina, FIGURA 23. Praça Pedro II, Teresina, Piauí.
Piauí. Fonte: PIEMTUR.
Fonte: PIENTUR.
d) Habitação
ANO HISTÓRICO
1853 No ano seguinte à transferência da capital do Estado para Teresina, foi inaugurado o
Hospital de Caridade, posteriormente extinto em 1861.
1860 Construção da Santa Casa de Misericórdia.
1866 È estabelecida a Botica do Povo (primeira farmácia da capital).
1907 Construção do Asilo de Alienados, atual Hospital Areolino de Abreu.
1941 Inauguração da Maternidade São Vicente e do Hospital Getúlio Vargas (HGV), que
foi construído para substituir a antiga Santa Casa de Misericórdia.
1952 Inauguração do Hospital Sanatório Meduna.
Anos 60 Inauguração do Hospital Casamater e Clínica São Lucas.
Anos 70 Inauguração dos Hospitais Santa Maria, São Marcos, Hospital do 2° BEC,
Maternidade Dona Evangelina Rosa e o Hospital de Doenças Infecto-Contagiosas
(HDIC).
Anos 80 Inauguração de várias outras clínicas, entre elas: Santa Clara, Santa Fé, Clinefro,
etc.
Anos 90 Inauguração do Centro Integrado de Saúde Dr Lineu Araujo (Ambulatório Central),
Hospital de Terapia Intensiva de Teresina (HTI) e Hospital da Clínicas de Teresina
(HCT).
2000 Inauguração de vários outras clínicas. Inauguração do Medical Center Teresina, do
Hospital São Paulo, do Centro Médico Dr Dirceu Arcoverde.
Fonte: Teresina, 2000.
Movimentação de R$ 20 Milhões/mês;
2% do PIB do Estado e 5,5% do PIB de Teresina;
37% da arrecadação de ICMS do Estado;
Dentro deste contexto, observa-se outra grande característica desse setor. Teresina,
com a evolução da qualidade dos serviços de saúde oferecidos, transformou-se num grande
pólo regional de turismo de saúde. A concentração de clínicas e hospitais particulares, os
quais são grandes investidores em técnicas e tratamentos diferenciados ou inovadores é vista
como grande atrativo para o deslocamento de pessoas em busca de diversos tratamentos de
saúde.
Turismo de saúde é definido pelo Ministério do Turismo, como sendo toda atividade
em que haja fluxo de pessoas em busca de bens e serviços ligados a atividades médico-
hospitalares, terapêuticos e estéticos. (BRASIL, 2010b).
De acordo com dados da Agenda 2015 (TERESINA, 2000), o atendimento à
pacientes de outros Estados em Teresina, considerando o período de jan a out/2000, totaliza
18.924 atendimentos, e os estados de origem desses pacientes são os mais diversos, sendo a
grande maioria das regiões norte e nordeste do país. (ver FIGURA 24).
FIGURA 24. Atendimentos à pacientes de outros estados em Teresina, janeiro a outubro de 2000.
Fonte: Teresina, 2000.
65
Para o propósito deste estudo devem ser considerados apenas os hospitais públicos
do bairro Centro de Teresina, excluindo-se para isso da contagem, os hospitais particulares,
clínicas particulares, profissionais autônomos, estabelecimentos de administração da saúde,
etc. Assim sendo, a TABELA 10 apresenta a relação nominal dos hospitais que fizeram parte
desta pesquisa.
TABELA 10. Relação nominal dos estabelecimentos de saúde que fizeram parte da pesquisa.
CÓDIGO NOME DO
ENDEREÇO
NO CNES ESTABELECIMENTO
3985563 CENTRO DE ESPECIALIDADES RUA CLODOALDO FREITAS 700
ODONTOLOGICAS CEO II CENTRO -CEP-64000360
2406071 CENTRO DE HEMATOLOGIA E RUA PRIMEIRO DE MAIO 235
HEMOTERAPIA DO PIAUI CENTRO -CEP-64001430
HEMOPI
2323494 CENTRO INTEGRADO LINEU RUA MAGALHAES FILHO 152
ARAUJO CENTRO -CEP-64076410
2726971 HOSPITAL GETULIO VARGAS AV FREI SERAFIM 2352 CENTRO
-CEP-64001020
2323249 HOSPITAL INFANTIL LUCIDIO RUA GOV ARTUR DE
PORTELLA VASCONCELOS 220 CENTRO -
CEP-64001450
2323338 INSTITUTO DE DOENCAS RUA GOV RAIMUNDO ARTUR
TROPICAIS NATAN PORTELLA DE VASCONCELOS 151 CENTRO -
CEP-64001450
2551888 LABORATORIO CENTRAL DE RUA 19 DE NOVEMBRO 1945
SAUDE PUBLICA DR COSTA CENTRO -CEP-64001470
ALVARENGA
2679876 LABORATORIO DE RUA DAVID CALDAS 227
CITOPATOLOGIA SESAPI CENTRO -CEP-64000190
Fonte: CNES, 2010.
A seguir são descritas as tabelas que formam o sistema, identificando seus atributos:
a) HIDROGRAFIA:
Descrição: a TABELA 11, contem dados referentes aos rios existentes na zona
urbana de Teresina.
Atributos: ID, NOME, ROTULO.
b) LOGRADOURO:
Descrição: a TABELA 12, contem dados referentes aos logradouros existentes
na zona urbana de Teresina.
Atributos: ID, NOME, ROTULO, TIPO
c) BAIRRO:
Descrição: a TABELA 13, contem dados referentes aos bairros existentes na
zona urbana de Teresina.
Atributos: ID, NOME, ROTULO, AREA, PERIMETRO
d) QUADRA:
Descrição: a TABELA 14 contém os dados referentes as quadras existentes nos
bairros da zona urbana de Teresina.
Atributos: ID, BAIRRO, AREA, PERIMETRO
e) PRACA:
Descrição: a TABELA 15 contem os dados referentes as praças públicas
existentes nos bairros da zona urbana de Teresina.
Atributos: ID, NOME, ROTULO, BAIRRO, AREA, PERIMETRO
71
f) EDIFICACAO:
Descrição: a TABELA 16 contém os dados referentes às edificações de destaque
existentes nas quadras dos bairros da zona urbana de Teresina.
Atributos: ID, NOME, ROTULO, QUADRA, TIPO
g) HOSPITAL:
Descrição: a TABELA 17 contém os dados referentes aos hospitais públicos
existentes nas quadras dos bairros da zona urbana de Teresina.
Atributos: ID, NOME, ROTULO, ENDER, QUADRA, FONE, TIPO,
CONSULTA, EXAME, APAC, URGENCIA, CIRURGIA, INTERNACAO.
72
h) CONSULTA:
Descrição: a TABELA 18 contém os dados referentes às consultas que podem
ser realizadas nos hospitais públicos.
Atributos: ID, NOME.
i) EXAME:
Descrição: a TABELA 19 contém os dados referentes aos exames que podem ser
realizados nos hospitais públicos.
Atributos: ID, NOME.
73
j) APAC:
Descrição: a TABELA 20 contém os dados referentes aos procedimentos de alta
complexidade que podem ser realizados nos hospitais públicos.
Atributos: ID, NOME.
TABELA 20. Tabela com os dados dos procedimentos médicos de alta complexidade.
Shapelib Utilities
Shp2tile Utility
Shpdiff Utility
AVCE00 Utilities
OGR/PHP Extension 1.0.0
OWTChart 1.2.0
Após a conclusão desta fase partimos para a segunda iteração, que era a criação de
controles que permitissem que os mapas fossem criados dinamicamente. Nessa fase, além do
arquivo mapfile, a aplicação exige a criação de uma interface web para que o usuário possa
navegar pelo mapa, usando zoom (aproximação e distanciamento) e movimentação através de
cliques. Essa interface é adicionada ao projeto através da edição de um arquivo Template,
escrito em HTML (HyperText Markup Language). Esse arquivo define como os componentes
gerados pelo MapServer (mapa, legenda, barra de escala, etc) serão apresentados para o
usuário e de que forma o usuário poderá interagir com a aplicação. (ver FIGURA 28).
76
Na terceira iteração foi adicionado ao aplicativo uma nova função que permitia ao
usuário ativar ou desativar a exibição de camadas, ou seja, escolher qual tema visualizar no
mapa. As camadas adicionadas são ativadas ou desativadas através de uma caixa de seleção.
(ver FIGURA 29).
77
FIGURA 29. Resultado da terceira iteração: criação de um mapa com navegação e controle de
camadas.
Org.: Veras, 2010.
Após a conclusão desta fase, tendo a mesma sido testada, passamos para a próxima
etapa de desenvolvimento do aplicativo.
No quarto ciclo de desenvolvimento do aplicativo, foram acrescentados objetos que
facilitam o seu uso pelo usuário, oferecendo informações suplementares sobre o mapa. São
eles: legenda, mapa de referência e barra de escala. (FIGURA 30).
A Legenda é um componente essencial em qualquer mapa para auxiliar o usuário a
interpretar os dados representados. Este item é incluído na interface do aplicativo através do
objeto LEGEND.
O mapa de referência é uma miniatura do mapa de navegação que permite ao usuário
saber qual a área de visualização atual com relação à extensão total do mapa. O mapa de
referência é adicionado ao aplicativo através do objeto REFERENCE.
O objeto SCALEBAR informa ao usuário a escala em que se encontra o mapa,
incluindo na visualização do mesmo uma escala gráfica em formato imagem. Por padrão, o
objeto é localizado no canto inferior esquerdo do mapa.
78
Na quinta iteração, foi adicionado ao mapa, a fim tornar mais prático e fácil o seu
uso pelo usuário os rótulos dos logradouros e bairros. Este item é adicionado através do objeto
LABEL, declarado no arquivo mapfile da aplicação. Além disso, foram ajustados vários
atributos neste objeto, objetivando evitar conflitos de superposição de nomes e a polução
visual do mapa. (ver FIGURA 31).
FIGURA 31. Resultado da quinta iteração: criação de um mapa com rótulos nas vias e nas edificações
de destaque.
Org.: Veras, 2010.
79
No caso dos logradouros tipo ‘avenida’, o rótulo foi configurado numa cor diferente
dos demais logradouros, com intuito de dar maior destaque a estes objetos. Esta diferenciação
é alcançada pela manipulação do objeto COLOR da definição da label, no arquivo Mapfile.
Após a conclusão da quinta iteração, e tendo sido realizado testes com a interface de
usuário do projeto, avançamos mais uma etapa no desenvolvimento da aplicação. Neste ponto,
nosso projeto já possuía todos os itens básicos de um aplicativo webmapping para
visualização de dados, sendo possível, ainda de forma rudimentar, que o usuário navegue pelo
mapa com uma ferramenta pan e aproxime ou distancie dos objetos com a ferramenta zoom,
além de escolher quais camadas de informação da aplicação quer visualizar. (FIGURA 32).
No entanto, ainda era preciso construir as interfaces de consulta para as diversas camadas de
informações do aplicativo, para que os usuários pudessem realizar consultas com os dados da
aplicação.
A aplicação deverá ser capaz de gerar uma lista com estes hospitais, com endereço e telefone,
além de localizá-los no mapa.
Além disso, era desejo do autor oferecer ao usuário final do aplicativo, uma interface
bonita e funcional, com disponibilização de ferramentas para tornar a experiência mais
agradável, a ponto de usuários sem experiência com softwares geográficos, pudessem utilizar
a ferramenta sem maiores complicações. Para criar uma aplicação mais dinâmica e mais
adaptada aos nossos objetivos, abandonamos o modo CGI do MapServer e passamos a
trabalhar, nesse momento, com scripts PHP (extensão MapScript 5.6.3 do MapServer).
Estas funcionalidades foram fornecidas pelo framework p.mapper, software Open
Source, disponibilizado no endereço: http://www.pmapper.net/download.shtml.
O p.Mapper destina-se a oferecer uma ampla funcionalidade e múltiplas
configurações, de forma a facilitar a configuração de uma aplicação MapServer baseada em
PHP / Mapscript. Algumas das funções incluídas são: (P.MAPPER, 2010).
DHTML (DOM) interface zoom / pan (sem uso de frames);
Funções de consulta (identificar, selecionar, pesquisar);
Configuração de funções, comportamentos e layout bastante flexíveis;
Funções de impressão em HTML e PDF;
Interface de utilizador multilíngüe;
Plugins: camada de transparência, exportação do resultado da consulta, etc;
Dentre outras.
<searchitem name="hospital"
name=" description="Busca
Busca hospitais pelo nome">
nome
<layer type="shape"
type=" name="hospital.shp">
<field type="s"
type=" name="Nome" wildcard="0" />
</layer>
</searchitem>
Cada tipo de edificação é criada no arquivo mapfile, através do objeto LAYER. Este
objeto por sua vez possui objetos do tipo CLASS que são classificações dentro de uma
camada. Cada classe aponta para um objeto SYMBOL e assim, cada camada possui várias
classes e cada classe possui um símbolo. Quando uma camada é ativada todos os pontos nas
diferentes classes são criados e representados através de seus respectivos símbolos. (ver
FIGURA 40).
FIGURA 44. Visualização da ferramenta identificador múltiplo com a tooltip dos objetos
selecionados.
Org.: Veras, 2010.
90
FIGURA 45. Visualização da ferramenta de medição com a tooltip de cálculo de perímetro e área.
Org.: Veras, 2010.
FIGURA 49. Visualização do resultado de uma consulta por uma especialidade médica.
Org.: Veras, 2010.
desenvolvimento deste aplicativo, visto que num primeiro momento, estas informações
disponíveis em tabelas separadas (tabela CONSULTA; tabela EXAME; tabela APAC)
deveriam ser interligadas (JOIN) com a tabela de atributos da camada de informação dos
hospitais. O código fonte das consultas deste aplicativo estão disponíveis no APÊNDICE A.
Ainda sobre as ferramentas de consulta do aplicativo, a tooltip gerada para apresentar
os resultados da pesquisa pode redirecionar os usuários para outros sites que ofereçam
maiores informações sobre o elementos pesquisado. Na FIGURA 50, visualiza-se uma página
do CNESNet (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) onde podem ser encontrados
informações precisas sobre o estabelecimento pesquisado.
FIGURA 50. Visualização da página da CNES contendo informação sobre o hospital pesquisado.
Fonte: CNESNet, 2010 – disponível em
http://cnes.datasus.gov.br/Exibe_Ficha_Estabelecimento.asp?VCo_Unidade=2211002726971.
8. CONCLUSÕES
pesquisa. Cita-se como exemplos o SPRING e o TerraView, ambos desenvolvidos pelo INPE
(Instituo Nacional de Pesquisas Espaciais). Em trabalhos futuros este é um aspecto que poderá
ser explorado. A construção de um aplicativo webmapping com softwares livres (custo zero
em aquisição de licenças) poderá onerar ainda mais os custos de implementação de um
projeto como esse.
O MapServer, servidor de mapas utilizado para o desenvolvimento deste trabalho, se
mostrou capaz de veicular informações cadastrais em forma de mapas interativos na web de
forma robusta e de fácil configuração. Aliado ao framework p.mapper foi capaz de produzir
mapas com riquezas de detalhes, tornando a experiência de navegação no aplicativo muito
mais agradável do ponto de vista estético e funcional.
Por fim, a construção dessa aplicação abre espaço para o desenvolvimento de
aplicações semelhantes no futuro, que tratem de outros temas, como por exemplo, aplicações
para segurança pública, para o turismo, para o transporte público, etc. com baixo custo e
grande benefício para a sociedade em geral, bastando para isso a obtenção dos dados e a
adequação da aplicação para os novos temas.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORGES, K.; DAVIS, C. Modelagem de dados geográficos. In: CÂMARA, G.; DAVIS.C.;
MONTEIRO, A.M. Introdução à Ciência da Geoinformação. São José dos Campos: INPE.
2004. 345 p.
BOGORNY, V. (et al.). Desenvolvimento de um SIG para saúde pública usando software
livre. Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Porto Alegre: UFRGS, 2004.
DAVIS Jr., C.A.; SOUZA, L.A.; BORGES, K.A.V. Disseminação de dados geográficos na
Internet. In: CASANOVA, M. et al (eds.). In: Banco de dados geográficos, 2005. Disponível
em: <http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/bdados/>. Acessado em: 28 jul. 2009.
ESRI, Environmental Systems Research Institute. What is ArcGIS?. ESRI: Califórnia, 2010.
MACHADO, F. N.R. Análise Relacional de Sistemas. Ed. Erica: São Paulo, 2001.
VEIGA, R. G. A. Guia de consulta rápida em Apache. São Paulo: Novatec Editora, 2006.
Sites:
http://www.clubedohardware.com.br/artigos/Como-o-Protocolo-TCP-IP-Funciona-Parte-
1/1351/1. <Acessado em: 03/08/2010>
http://www.partes.com.br/turismo/rocelestino/turismodesaude.asp. <Acessado em
02/08/2010>
MAP
EXTENT 741185.83 9435620.77 743964.89 9438245.27
UNITS METERS
SIZE 600 500
SHAPEPATH "../../../tcc/"
SYMBOLSET "../common/symbols/symbols-pmapper.sym"
FONTSET "../common/fonts/msfontset.txt"
RESOLUTION 96
IMAGETYPE png
INTERLACE OFF
#CONFIG "PROJ_LIB" "C:/proj/nad/"
PROJECTION
"+proj=utm +zone=23 +south +ellps=WGS84 +datum=WGS84 +units=m +no_defs no_defs"
END
#
# Image formates for GD
#
OUTPUTFORMAT
NAME "png"
DRIVER "GD/PNG"
MIMETYPE "image/png"
IMAGEMODE RGB
FORMATOPTION INTERLACE=OFF
TRANSPARENT OFF
EXTENSION "png"
END
OUTPUTFORMAT
NAME "png8"
DRIVER "GD/PNG"
MIMETYPE "image/png"
IMAGEMODE PC256
FORMATOPTION INTERLACE=OFF
TRANSPARENT OFF
EXTENSION "png"
END
OUTPUTFORMAT
NAME "jpeg"
DRIVER "GD/JPEG"
MIMETYPE "image/jpeg"
IMAGEMODE RGB
FORMATOPTION "QUALITY=70"
EXTENSION "jpg"
END
OUTPUTFORMAT
NAME GTiff
DRIVER "GDAL/GTiff"
MIMETYPE "image/tiff"
IMAGEMODE RGB
#FORMATOPTION "TFW=YES"
#FORMATOPTION "COMPRESS=PACKBITS"
EXTENSION "tif"
END
103
OUTPUTFORMAT
NAME imagemap
MIMETYPE "text/html"
FORMATOPTION SKIPENDTAG=OFF
DRIVER imagemap
END
#
# Start of web interface definition
#
WEB
TEMPLATE "map.html"
IMAGEPATH "/ms4w/tmp/ms_tmp/"
IMAGEURL "/ms_tmp/"
METADATA
#"MAPFILE_ENCODING" "ISO-8859-1"
"ows_title" "Webmapping TCC ByVeRaS"
"ows_author" "Daniel Veras"
END # Metadata
END # Web
#
# Start of Reference map definition
#
REFERENCE
EXTENT 741185.83 9435620.77 743964.89 9438245.27
IMAGE "../../images/referencia_centro.png"
SIZE 192 178
COLOR -1 -1 -1
OUTLINECOLOR 255 0 0
END # Reference
LEGEND
END
#
# Start of ScaleBar definition
#
SCALEBAR
STATUS off
TRANSPARENT off
INTERVALS 4
SIZE 200 3
UNITS METERS
COLOR 250 250 250
OUTLINECOLOR 0 0 0
BACKGROUNDCOLOR 100 100 100
STYLE 0
POSTLABELCACHE true
LABEL
COLOR 0 0 90
#OUTLINECOLOR 200 200 200
SIZE small
END # Label
END # Reference
Symbol
Name 'circle'
Type ELLIPSE
Filled TRUE
Points
11
END
END
Symbol
Name 'square'
Type VECTOR
Filled TRUE
Points
01
00
10
11
01
END
END
#
# layer 2 - imagem QuickBird
#
LAYER
NAME "quickbird"
TYPE RASTER
STATUS OFF
DATA "quickbird.jpg"
END
#
# layer 3 - quadras
#
LAYER
NAME "quadra"
TYPE polygon
105
DATA "quadra"
TRANSPARENCY 20
METADATA
"DESCRIPTION" "Quadras"
"RESULT_FIELDS" "Bairro, Perimetro, Area"
"RESULT_HEADERS" "Bairro, Perímetro (m), Área (m2)"
END # Metadata
CLASS
Name 'Quadras'
COLOR 255 255 0
OUTLINECOLOR 0 0 0
TEMPLATE void
END # Class
END # Layer
#
# layer 4 - rios
#
LAYER
NAME "rio"
TYPE polygon
DATA "hidrografia"
METADATA
"DESCRIPTION" "Rios de Teresina"
"RESULT_FIELDS" "Rotulo"
"RESULT_HEADERS" "Nome"
END # Metadata
CLASS
Name 'Rios de Teresina'
COLOR 151 219 242
OUTLINECOLOR 0 92 230
TEMPLATE void
END # Class
END # Layer
#
# layer 5 - pracas do bairro centro
#
LAYER
NAME "praca"
TYPE polygon
DATA "praca"
TRANSPARENCY 40
METADATA
"DESCRIPTION" "Pracas Públicas"
"RESULT_FIELDS" "Rotulo, Bairro, Perimetro, Area"
"RESULT_HEADERS" "Nome, Bairro, Perímetro (m), Área (m2)"
END # Metadata
CLASS
Name 'Praças Públicas'
COLOR 76 230 0
OUTLINECOLOR -1 -1 -1
TEMPLATE void
END # Class
END # Layer
#
# layer 6 - logradouros do bairro centro
#
LAYER
106
NAME "logradouro"
TYPE LINE
DATA "logradouro"
CLASSITEM "Tipo"
METADATA
"DESCRIPTION" "Logradouros"
"RESULT_FIELDS" "Tipo, Rotulo"
"RESULT_HEADERS" "Tipo, Nome"
END # Metadata
CLASS
NAME "Avenida"
EXPRESSION "AVENIDA"
COLOR 255 0 0
TEMPLATE void
END # Class
CLASS
NAME "Ruas"
EXPRESSION "RUA"
COLOR 100 50 0
TEMPLATE void
END # Class
END # Layer
#
# layer 7 - hospitais
#
LAYER
NAME "hospital"
TYPE point
DATA "hospital"
LABELITEM "Rotulo"
LABELMAXSCALE 80000
METADATA
"DESCRIPTION" "Rede Hospitalar"
"RESULT_FIELDS" "Rotulo, Ender, Fone, Link"
"RESULT_HEADERS" "Hospital, Endereço, Telefone, + informações"
"RESULT_HYPERLINK" "Rotulo, Link"
END # Metadata
CLASS
NAME "Rede Hospitalar"
MAXSCALEDENOM 9000
SYMBOL 'HOSPITAL'
SIZE 20
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 0 128
BUFFER 2
END
END # Class
END #layer
107
#
# layer 8 - edificações de destaque
#
LAYER
NAME "edificacao"
TYPE point
DATA "edificacao"
TOLERANCE 6
TOLERANCEUNITS pixels
LABELITEM "Rotulo"
LABELMAXSCALE 8000
CLASSITEM "Tipo"
METADATA
"DESCRIPTION" "Edificacao de Destaque"
"RESULT_FIELDS" "Rotulo, Quadra, Tipo, Sobre"
"RESULT_HEADERS" "Nome, Quadra, Tipo, Sobre"
END # Metadata
CLASS
NAME "Compras"
MAXSCALEDENOM 7500
EXPRESSION /COMPRA/
SYMBOL 'COMPRA'
COLOR 250 100 0
SIZE 28
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 255 128
BUFFER 2
END
END # Class
CLASS
NAME "Religioso"
MAXSCALEDENOM 7500
EXPRESSION /RELIGIOSO/
SYMBOL 'RELIGIOSO'
COLOR 250 100 0
SIZE 20
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 255 128
BUFFER 2
END
END # Class
CLASS
NAME "Farmacia"
MAXSCALEDENOM 7500
EXPRESSION /FARMACIA/
SYMBOL 'FARMACIA'
COLOR 250 100 0
SIZE 20
108
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 255 128
BUFFER 2
END
END # Class
CLASS
NAME "Cultura"
MAXSCALEDENOM 7500
EXPRESSION /CULTURA/
SYMBOL 'CULTURA'
COLOR 250 100 0
SIZE 20
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 255 128
BUFFER 2
END
END # Class
CLASS
NAME "Escolas"
MAXSCALEDENOM 7500
EXPRESSION /UNIVERSIDADE|ESCOLA/
SYMBOL 'ESCOLA'
COLOR 250 100 0
SIZE 20
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 255 128
BUFFER 2
END
END # Class
CLASS
NAME "Hotel"
MAXSCALEDENOM 7500
EXPRESSION /HOTEL/
SYMBOL 'HOTEL'
COLOR 250 100 0
SIZE 20
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 255 128
BUFFER 2
END
END # Class
109
CLASS
NAME "Esportes"
MAXSCALEDENOM 7500
EXPRESSION /ESPORTE/
SYMBOL 'ESPORTE'
COLOR 250 100 0
SIZE 24
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 255 128
BUFFER 2
END
END # Class
CLASS
NAME "Governo"
MAXSCALEDENOM 7500
EXPRESSION /GOVERNO/
SYMBOL 'GOVERNO'
SIZE 18
COLOR 250 100 0
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 255 128
BUFFER 2
END
END # Class
CLASS
NAME "Agencias Bancárias"
MAXSCALEDENOM 7500
EXPRESSION /BANCO/
SYMBOL 'BANCO'
COLOR 250 100 0
SIZE 20
TEMPLATE void
LABEL
SIZE TINY
COLOR 0 0 0
POSITION AUTO
BACKGROUNDCOLOR 255 255 128
BUFFER 2
END
END # Class
END #layer
END #Map