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FACULDADE DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS

Departamento de Geografia

MESTRADO EM POPULAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Módulo:

POPULAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E AMBIENTE

RESUMO

TEMA: Uma discussão sobre o conceito de desenvolvimento

REGENTE: Docente: Prof. Doutor Elmer de Matos

ESTUDANTE: Tânia Nhantumbo

MAPUTO, SETEMBRO DE 2019


Este trabalho, resulta da leitura do artigo de Gilson Batista de Oliveira, Economista. Mestre em
Desenvolvimento Económico pela Universidade Federal do Paraná, UFPR. Professor da FAE - Business
School, intitulado por “Uma discussão sobre o conceito de desenvolvimento”, publicado na Revista FAE,
Curitiba, v.5, n.2, p.37-48, maio/ago. 2002. O artigo de Oliveira tem como objectivo discutir o
verdadeiro sentido do Desenvolvimento. Para tanto, ele aborda no texto a relação entre o conceito de
crescimento económico e o conceito de desenvolvimento, assim como a relação entre desenvolvimento,
meio ambiente, industrialização e qualidade de vida e desenvolvimento humano.

Segundo o autor, o período que antecedeu a segunda guerra mundial, foi marcado pela corrida
desenfreada pelo crescimento económico como condição determinante para se chegar ao
desenvolvimento, sem se preocupar como tais incrementos seriam distribuídos, o que consequentemente
trouxe vários impactos para as populações, seus estados ou países, o que fez com que após este período as
nações fossem conduzidas pelo desejo de livrar o mundo de tais problemas. Como consequência disso, à
partir do final década de 1940 surgiu a distinção entre o crescimento económico e o desenvolvimento,
enquanto o crescimento económico era entendido como um processo de mudança „quantitativa‟ de uma
determinada estrutura, desenvolvimento era interpretado como um processo de mudança „qualitativa‟ de
uma estrutura económica e social, passando a ser entendido como uma resultante do processo de
crescimento, cuja maturidade se dá ao atingir o crescimento auto-sustentado, ou seja, antigir a capacidade
de crescer sem fim, de maneira contínua.

Em 1978, segundo o autor, surge a preocupação em preservar o meio ambiente dado a necessidade de
oferecer à população futura as mesmas condições e recursos naturais de que dispomos hoje. Foi neste
âmbito, que dentro das discussões sobre os impactos ambientais do crescimento económico linear
surgiu o conceito de “Desenvolvimento Sustentável” . Segundo autor, citando Sachs (1993), olhando
para questão da relação entre o ambiente e desenvolvimento aponta que, cinco dimensões de
sustentabilidade dos sistemas económicos que devem ser observadas para se planejar o desenvolvimento,
nomeadamente: social, económica, ecológica, espacial e cultural.

Como consequência disso, nesta altura surge a concepção de que, pensar em desenvolvimento é, antes de
qualquer coisa, pensar como a distribuição de renda, saúde, educação, meio ambiente, liberdade, lazer,
dentre outras variáveis que podem afectar a qualidade de vida da sociedade.

O autor afirma que desenvolvimento da indústrial foi durante algum tempo considerado como sinónimo
de desenvolvimento económico, e esta ideia foi reforçada durante muito tempo pelo desempenho das
nações mais industrializadas do planeta, como Estados Unidos e Inglaterra, que alcançaram níveis
elevados de conforto e de qualidade de vida, e por consequência disso os países em vias de
desenvolvidos deram atenção especial à elaboração e à implementação de planos para se alcançar o
desenvolvimento se limitando a promover um processo de industrialização.

Segundo o autor com esta concepção, ficou esquecido aquilo que realmente importava, a qualidade de
vida das pessoas. E por muito tempo foi esquecido que as pessoas são tanto os meios quanto o fim do
desenvolvimento económico e que, na verdade, mais do que o simples nível de crescimento ou de
industrialização o que importa é o modo como os frutos do progresso, da industrialização, do crescimento
económico são distribuídos para a população, de modo a melhorar a vida de todos.

Segundo o autor, após várias décadas na busca de como promover o crescimento económico, está se
redescobrindo que este por si só não é suficiente. Pensa-se hoje, cada vez mais, como as pessoas são
afectadas pelo processo de crescimento, ou seja, se os incrementos positivos no produto e na renda total
estão sendo utilizados ou direccionados para promover o desenvolvimento humano que esta acima do
crescimento económico. Deste forma para atingir o desenvolvimento humano, tem que se reduzir a
exclusão social, caracterizada pela pobreza e pela desigualidade, segundo o autor, os países devem se
concentrar não apenas com o crescimento do bolo mas também com sua distribuíção.
Do que se pode perceber do artigo de Oliveira, o conceito de desenvolvimento sofreu várias alterações ao
longo do tempo de acordo com as necessidades individuais e colectivas das nações.

Se por um lado, houve um periodo em que este conceito estava estritamente ligado ao crescimento do
Produto Interno Bruto de cada país, por outro lado, a história deste conceito mostra nos que pouco a
pouco esta concepção foi sendo modificado em função da necessidade de garantir qualidade de vida para
todos.

Contudo, esta questão da garantia de qualidade de vida, também foi mudando ao longo do tempo, pois
segundo o artigo, existiu um periodo em que a garantia da qualidade de vida era associado a distribuição
dos incrementos do crescimento economico, numa outra altura, a mesma questão estava associada a
necessidade de garantir que as proximas gerações tenham acesso as mesmas condições que temos hoje e
no último caso vemos que a qualidade vai mais além, abrindo espaço uma concepção que entende que
para que haja desenvolvimento é necessário que haja um crescimento económico sustentando, cujo os
resultados deste crescimento são distribuidos de forma equitativa e justa,dissipando todo o tipo de
exclusão e desigualidades e savalguardando o direitos das populações actuais e as futuras gerações.

No entanto, mesmo depois destas mudanças de paradigmas em relação ao conceito de desenvolvimento


apresentada por Oliveira, observa-se ainda hoje, que apesar dos tratados e acordos internacionais
relacionados a estes assuntos, muitos países pobres ou em vias de desenvolvimento como é o caso de
Moçambique, conduzidos pelo desejo de alcancar determinados niveis de crescimento economico aínda
concebem a industrialização dos países como condição única para alcançar o desenvolvimento.

Esta concepção, aliado ao fraco comprometimento em relação as causas ambientais, justiça social e
equidade na distribuição dos bens, tem estado a contribuir para a abertura das portas desses países para
projectos de “Desenvolvimento” que em pouco tem contribuido para a garantia da qualidade de vida das
comunidades, trazendo consigo impactos como: esgotamento dos recursos, a eclosão de vários problemas
ambientais, desiguaidades socio económicas; corrupção, entre outros.

Daí que, ainda ha muito trabalho a ser feito convista a garantir mudança de paradigma na concepção do
que é o Desenvolvimento, e quais os caminhos que devem ser precorridos para que este seja alcançado a
nivel de cada nação tendo em conta os apesctos económicos; políticos, sociais, ambientais e culturais de
cada nação.

O que se pretende é que os planos e as políticas de desenvolvimento de cada nação possam estar
embasados acima de tudo no compremetimento da garantia de melhoria da qualidade de vida das
comunidades no seu todo, pretende-se que em cada país o acesso à: saúde, educação, saneamento do
meio, ambiente saúdavel, emprengo com remunerações justas e etc, seja equitava para todo os cidadãos
com vista a promover a aquilo que Oliveira denomina Desenvolvimento Humano.

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