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PRÁTICA

Purificação de uma substância orgânica sólida - Recristalização

Recristalização é uma técnica de purificação de compostos cristalinos


impuros, a partir de um solvente apropriado ou de mistura de solventes.
Os compostos orgânicos sólidos quando obtidos da extração de
produtos naturais (plantas), ou de reações orgânicas, não são puros. Porém,
podem ser purificados através da recristalização. No entanto deve-se levar em
consideração que a recristalização direta dos produtos não deve ser feita, pois
certas impurezas podem retardar a velocidade da recristalização e até mesmo
impedir a formação de cristais. Portanto, é conveniente adotar previamente à
cristalização, outros métodos de purificação como: cromatografia, destilação
por arraste a vapor, extração em Soxhlet e extração com solventes imiscíveis.
A purificação de sólidos por recristalização baseia-se em diferenças de suas
solubilidades em um dado solvente ou mistura de solventes. O processo de
recristalização consiste em: a) escolha do solvente; b) dissolução da
substância impura em algum solvente apropriado no ponto ou próximo ao ponto
de ebulição; c) filtração da solução quente para separar partículas de material
insolúvel e poeira (usa-se papel de filtro previamente pregueado); d) deixar a
solução esfriar, produzindo assim a cristalização da substância dissolvida; e)
filtração a vácuo, para separação dos cristais da solução mãe, com
subseqüente secagem. Com o material seco, testa-se sua pureza, geralmente
por determinação do ponto de fusão. Se o sólido não estiver puro recristaliza-
se com um novo solvente. O processo é repetido até que seja obtido o
composto puro. Isto é indicando quando o ponto de fusão permanecer
inalterado, após duas recristalizações sucessivas. Obs: A filtração à quente tem
sua aplicação para evitar que a solução esfrie, formando cristais que ficariam
depositados no papel de filtro. O uso do papel de filtro pregueado é porque
favorece o depósito de carvão ativado com impurezas nas pregas, evitando
que seja na parte inferior, o que retardaria a filtração. As principais
características de um solvente usado na recristalização são: a) Deve dissolver
as impurezas prontamente ou em pequena extensão; b) Deve produzir cristais
bem formados do composto purificado; c) Deve ser facilmente removido dos
cristais do composto puro, ou seja, deve possuir um ponto de ebulição
relativamente baixo; d) Não deve reagir quimicamente com a substância a
purificar.
Importante - Podem-se empregar ainda misturas de solventes. Estas
devem ser completamente miscíveis. Por exemplo, se um composto é solúvel
em um solvente e insolúvel em outro, dissolvemo-lo em um volume mínimo do
solvente no qual é solúvel e adicionamos à solução, o solvente no qual a
amostra é insolúvel, até começo de turvação. Neste momento, aquecemos a
mistura, para torná-la clara e deixamos esfriar para formação de cristais.
- Quando usamos solventes inflamáveis, colocamos a substância em um
balão ligado a um condensador de bolas e aquecemos em banho-maria, sob
refluxo, acrescentando-se o solvente aos poucos, até completa dissolução. Um
ligeiro excesso de solvente é permitido e até aconselhado, porém deve-se
evitar um grande excesso, o que diminuirá o rendimento da recristalização.
Considerando o caso mais simples de purificação, onde C (amostra em
análise) está misturado com uma impureza I. O solvente deve ser tal que
dissolva I muito mais facilmente que C; ou então, quando provocamos a
precipitação de C, produzindo uma solução supersaturada, I não precipitará
(solução não sendo saturada em relação a I), mas ficará na “solução mãe”.
Também podemos usar um solvente no qual C é solúvel e I, praticamente
insolúvel, e então, separam-se os dois, provocando posteriormente a
precipitação de C da “solução mãe”. A maneira mais simples de obter a
precipitação de C de sua solução é usar um solvente que proporcione alta
solubilidade para C a quente e pouco a frio. Neste caso, bastará esfriar a
solução quente para obter um bom rendimento em cristais. Observar que o
solvente escolhido não deve reagir quimicamente com C. A escolha está
também condicionada ao custo, inflamabilidade, facilidade de obtenção, entre
outros.

Objetivos:
Após esta experiência o aluno deverá ser capaz de:
a) Escolher um solvente ou mistura de solventes de acordo com a sua
polaridade;
b) Comparar o caráter experimental observado com a literatura (Hand
Book, Merck Index, etc.);
c) Analisar o princípio da Recristalização;
d) Conhecer a técnica de purificação por Recristalização;
e) Avaliar o comportamento da amostra em análise, antes e após a
purificação.

Procedimento:
Escolha experimental do solvente
Coloca-se em torno de 0,1g da substância pulverizada em um pequeno
tubo de ensaio e o solvente é adicionado gota à gota, com agitação contínua
do tubo de ensaio.
Após a adição de cerca de 1 mL do solvente, a mistura é aquecida até a
ebulição, tomando as devidas precauções se a substância for inflamável. Se a
amostra se dissolver facilmente em 1 mL do solvente frio ou com ligeiro
aquecimento, o solvente não é apropriado. Se todo sólido não dissolver,
adiciona-se mais solvente em porções de 0,5 mL e leva-se à ebulição após
cada adição. Se 3 mL do solvente forem adicionados e a substância não
dissolver por aquecimento, este solvente é impróprio. Deve-se procurar outro
solvente. Se a substância se dissolver no solvente quente, o tubo deve ser
resfriado para determinar se ocorre cristalização. Se não ocorre, pode ser
devido à ausência de núcleos apropriados para o crescimento do cristal. Com
um bastão de vidro esfrega-se as paredes do tubo de ensaio, abaixo da
superfície da solução. Os arranhões finos nas paredes do tubo e os diminutos
fragmentos de vidro produzidos podem servir de excelentes núcleos para a
cristalização. Outra maneira é colocar dentro da solução um cristal da
substância pura. A formação destes núcleos para a cristalização é conhecida
como SEMEADURA.
Preparação do papel de filtro pregueado
O papel de filtro é inicialmente dobrado ao meio, depois ao meio
novamente e aberto como se vê na Figura 1. Então o papel é dobrado entre
dois segmentos, numa direção oposta a prega anterior, isto é, as pregas são
feitas para fora em vez de para dentro, como foi feita anteriormente, produzindo
quando se abre o papel, novas pregas. A operação final consiste em produzir
uma prega entre duas dobras. O resultado é um arranjo em forma de “sanfona”
(Figura 1), depois de aberto, forma o papel de filtro pregueado. Em seguida
colocar num funil simples adequando o papel pregueado, ligar o funil a quente.
Na hora da filtração deve estar bem quente para evitar uma cristalização
indesejável.
Recristalização da amostra em análise
Pese 5 g da amostra e coloque em um béquer de 250-300 mL; se o
solvente for inflamável usar um aparelho de refluxo. Adicionar aos poucos o
solvente escolhido, aquecendo, até dissolução.
Retire a solução do aquecimento e adicione carvão ativado (cerca de 1%
do peso da amostra), homogeneizando com o bastão de vidro. Leve ao
aquecimento e deixe em ebulição por 5-10 minutos, se a solução estiver
colorida por impurezas, precisamos realizar essa etapa – CLARIFICAÇÃO. Não
deve ser colocado o carvão ativado em solução muito quente para evitar
derramamento.
Filtre rapidamente a solução quente em aparelho de filtração à quente,
usando papel de filtro pregueado, coletando o filtrado em erlenmeyer.
Coloque o erlenmeyer com o filtrado para resfriar, se necessário
apressar a cristalização, colocando o erlenmeyer em cuba com gelo. Cuidado
com a mudança brusca de temperatura.

Filtração x Lavagem: Os cristais são separados da água-mãe, por


filtração, através de um funil de buchner, adaptado a um kitassato, por meio de
uma rolha de borracha. Liga-se à saída lateral do kitassato uma trompa. Dentro
do buchner coloca-se um papel de filtro, exatamente cortado de modo a cobrir
apenas os furos da placa filtrante, sem que se projete nas paredes do funil.
Umedece-se o papel com o solvente usado na cristalização e abre-se a trompa,
lançando dentro do funil os cristais e a solução-mãe.

Secagem: comprime-se os cristais com o fundo de uma proveta para


remover todo o excesso de solvente na lavagem, retira do funil e coloca-se em
dessecador à vácuo. A pureza é avaliada depois de o composto estar seco,
sendo determinado através de suas constantes físicas, como por exemplo, o
ponto de fusão.

Questionário:
1) O que é recristalização?
2) Como é feita a purificação de um material bruto?
3) Em que se baseia a recristalização?
4) Como se faz a escolha experimental do solvente para recristalização?
5) Quando um composto sólido pode ser considerado puro?
6) Que tipo de filtração deve se usar para separar impurezas sólidas que
não dissolvem
no solvente usado na recristalização?
7) Qual a finalidade de usar filtração à quente? E papel de filtro
pregueado?
8) Qual o procedimento de dissolução da amostra quando se usa
mistura de solventes?
9) Como deve se dissolver a amostra quando se usa solventes
inflamáveis?
10) Para que é feita a clarificação?
11) Quando uma solução se apresenta de difícil cristalização, quais os
artifícios que
devem ser empregados?
12) Analise todos os dados obtidos. Conclua em função da análise
efetuada, os objetivos propostos.

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