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PROJETO DE PESQUISA
JEQUIÉ/BA
2019
ROSEMARY SANTOS SOUZA
PROJETO DE PESQUISA
JEQUIÉ/BA
2019
1. INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA
1
Usuário, cliente, paciente?
Cliente é a palavra usada para designar qualquer comprador de um bem ou serviço, incluindo quem confia sua
saúde a um trabalhador da saúde. O termo incorpora a ideia de poder contratual e de contrato terapêutico
efetuado. Se, nos serviços de saúde, o paciente é aquele que sofre, conceito reformulado historicamente para
aquele que se submete, passivamente, sem criticar o tratamento recomendado, prefere-se usar o termo cliente,
pois implica em capacidade contratual, poder de decisão e equilíbrio de direitos. Usuário, isto é, aquele que usa,
indica significado mais abrangente, capaz de envolver tanto o cliente como o acompanhante do cliente, o familiar
do cliente, o trabalhador da instituição, o gerente da instituição e o gestor do sistema.
baseado no senso comum, e sim, a partir da construção de uma base teórico-metodológica,
com autores que tratam do fenômeno específico observado (MINAYO, 2002)2.
A opção pela escolha do gênero citado, surgiu da observação da persistência de um
quantitativo maior de mulheres participantes, assíduas dos programas de saúde que assistem à
comunidade do bairro Mandacaru, por conta dos homens serem menos participativos, apesar
do empenho das Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) da unidade de saúde, realizar um
trabalho de conscientização em campo sobre a importância do cadastro e seguir a agenda de
atendimento mensal com a profissional responsável pelo Programa de Saúde.
Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2009)3, o Sistema Único de Saúde (SUS), é
regido por princípios e diretrizes que permitem cumprir a tarefa de promover e proteger a
saúde da população. Para tal, o SUS se organiza conforme alguns princípios, previstos no
artigo 198 da Constituição Federal de 1988 e na Lei nº 8.080/1990. Esta lei regula, em todo o
território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em
caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou
privado, tendo como base três princípios básicos: universalidade, integralidade e gratuidade.
As ações e serviços de saúde devem ser pautados pelo princípio da humanização, o
que significa dizer “que as questões de gênero (feminino e masculino), crença, cultura,
preferência política, etnia, raça, orientação sexual, populações específicas (índios,
quilombolas, ribeirinhos etc.) precisam ser respeitadas e consideradas” na organização das
práticas de saúde. Significa dizer também, que essas práticas devem estar relacionadas ao
compromisso com os direitos do cidadão (BRASIL, 2009, p. 17).
Para que as políticas públicas direcionadas à saúde consigam ser implementadas e
aplicadas, o Ministério da Saúde propõe a realização de ações educativas em cada programa
existente nas unidades de saúde de todo país, voltadas para o público específico, conforme
datas comemorativas na área de saúde.
Na unidade de saúde em questão, Centro de Saúde Sebastião Azevedo (CSSA) realiza-
se palestras, encontros e salas de espera com subtemas relacionados à saúde da população em
geral, em suas diferentes fases da vida conduzindo os usuários à conscientização sobre a
importância dos cuidados com a saúde, principalmente no que diz respeito à prevenção.
2
MINAYO, Maria Cecília de Souza (org). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes,
1994. 21ª ed, 2002.
3
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. O trabalho do
agente comunitário de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção
Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. 84 p. : il. – (Série F. Comunicação e Educação em Saúde).
O interesse peculiar pela temática, parte da observação enquanto agente administrativa
da Unidade de Saúde em questão, onde percebe-se que há um certo desconforto por parte de
algumas mulheres, fenotipicamente negra, cor da pele e traços físicos (a partir da
heteroidentificação), mas que não se reconhecem como pertencentes ao grupo étnico das
características citadas acima, antes se declaram pardas ou morenas, ou que ficaram expostas
ao sol, em uma tentativa explícita de negarem ou não reconhecerem seu pertencimento étnico-
racial em relação às demais componentes do grupo cujas características se opunham àquelas.
Assim, o eixo central das discussões desta pesquisa estará envolto das seguintes
categorias: etnicidade, identidade étnica, cultura, raça. Em pesquisas qualitativas com técnica
de observação participante, que é o caso desta pesquisa, outras categorias podem surgir assim
como alguma das categorias propostas pode não aparecer.
Este fenômeno, e com o problema já posto, seguiu-se em direção à construção das
hipóteses que se pretende confirmar ou negar, a partir do questionamento levantado:
- A mulher nega sua identidade étnica, pois no processo de formação, seu grupo social
não identifica etnicidades como pertencente àquele grupo;
- A mulher assume sua identidade étnica, pois na sua relação com o “outro” ela não
omite suas etnicidades;
- A mulher assume sua identidade étnica conforme semelhanças com suas etnicidades
do grupo social no qual está inserida.
Pensando que as identidades não são homogêneas, nem contínuas, Hall4 (2006),
afirma que as mesmas estão sujeitas à mudanças sociais e aos desdobramentos das
conjunturas políticas local e global, mas não obedecem a um modelo fixo.
Desse modo, para se entender a construção de identidade, “é muito mais proveitoso
entendê-la a partir das relações que os membros de certos grupos articulam com outros
considerados como diferentes” (LUCENA; LIMA, 2009, p. 35)5. O ato de considerar-se negro
significa a negação de um estereótipo social cuja afirmação condiz com as regras sociais
vigentes.
O objetivo geral, para que se possa seguir uma linha de raciocínio literária, assim foi
constituído no intuito de Identificar de que maneira os elementos/marcadores étnicos
4
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva e Guacira
Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP&A editora, 2006. 102 p.
5
LUCENA, Francisco Carlos de. LIMA, Jorge dos Santos. Ser negro: um estudo de caso sobre “identidade
negra”. SABERES, Natal – RN, v. 1, n.2, maio 2009.
influenciaram no processo de formação da identidade étnica da mulher usuária do SUS
na cidade de Jequié/BA.
A escolha desse objetivo está delineada de questionamentos subjetivos no tocante a
representação dos sujeitos envolvidos neste processo, o tratamento das histórias de vida
dessas mulheres e se a etnia tem alguma interferência no processo saúde e doença das
mulheres atendidas no Programa de Saúde Hiperdia.
Para responder ao objetivo geral, traçou-se os seguintes objetivos específicos:
- Investigar as identidades étnicas das mulheres usuárias do SUS;
- Identificar os elementos/marcadores étnicos das mulheres usuárias do SUS;
- Verificar como se dão as relações de etnicidade entre as mulheres usuárias do SUS, no
Programa de Hiperdia com os(as) profissionais que as acompanham;
- Verificar a relevância do processo de formação da identidade da mulher usuária do
SUS cujas etnicidades apontam sua identidade étnica, no processo de saúde e doença
na unidade de saúde.
6
MDH e MS trabalham pela execução da Política Nacional de Saúde integral para população negra publicado:
19/06/2018 18h12, última modificação: 19/06/2018 18h12. Disponível em: https://www.mdh.gov.br/todas-as-
noticias/2018/junho/mdh-e-ms-trabalham-pela-execucao-da-politica-nacional-de-saude-integral-para-
populacao-negra. Acesso em 10 jun 2019.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Na realização deste ponto, cuja função é a busca em sites e portais acadêmicos em que
se pode encontrar estudos sobre o tema que se pretende pesquisar. Segundo a autora Gerhardt7
(2009), revisão bibliográfica ou estado da arte, “é expor resumidamente as principais ideias já
discutidas por outros autores que trataram do problema, levantando críticas e dúvidas, quando
for o caso” (GERHARDT; SILVEIRA, 2009, p.66).
Este projeto visa responder ao questionamento sobre a influência dos elementos
étnicos na formação da identidade étnica da mulher usuária dos serviços de saúde do Sistema
Único de Saúde em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), na cidade de Jequié/BA, com
moradoras do bairro Mandacaru.
O problema proposto nesse estudo, como se deu o processo de formação da identidade
étnica, perpassa pelos conceitos de cultura, etnicidade, raça e identidade étnica relacionados
ao uso dos serviços de saúde oferecidos pelo SUS, conseguimos encontrar artigos que
tratassem da temática específica, e artigos com problemáticas semelhantes com temas sobre
saúde da população negra, saúde da mulher, construção da identidade da mulher nos
diferentes espaços sociais, dentre outros. Desta forma, após leitura de alguns resumos,
escolhemos três artigos para fundamentar essa revisão de bibliografia:
1) A identidade da mulher na modernidade, de Josênia Antunes Vieira, relata
as mudanças na constituição da formação da identidade da mulher frente às
novas perspectivas da modernidade e como as transformações sociais podem
interferir nesse processo.
2) Atuação de enfermeiros sobre práticas de cuidados afrodescendentes e
indígenas, de Maria do Rosário de Araújo Lima et al, cujo objetivo foi analisar
a atuação de profissionais de enfermagem em Programas de Saúde da Família
sobre o conhecimento da origem de grupos étnicos específicos, afro-
descendentes e indígenas.
3) Da concordância à ação: reflexões sobre raça, etnicidade e saúde na
América Latina, de Simone Monteiro e Lívio Sansone (orgs), que analisou as
questões étnico-raciais, étnicas e de racismo frente às políticas públicas no
7
GERHARDT, Tatiana Engel. SILVEIRA, Denise Tolo (orgs). Métodos de pesquisa. coordenado pela
Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS e pelo Curso de Graduação Tecnológica – Planejamento e
Gestão para o Desenvolvimento Rural da SEAD/UFRGS. – Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.
âmbito da América Latina em que são consideradas as questões subjetivas, de
cor, condição social no processo saúde/doença.
Faremos uma retrospectiva dos fundamentos da antropologia, por ter o homem como
seu principal objeto de estudo. E, a partir daí, adentrarmos nos aspectos referenciais
categóricos, objetos de estudo deste projeto.
Segundo Laplatine8 (1997), a antropologia surge a partir do final do século XVIII, com
cunho científico, tomando o homem como objeto de conhecimento, aplicando nele os
métodos até então utilizados em outras áreas do saber (física ou biologia, por exemplo.).
No tocante às explicações do ponto de vista antropológico, há muito têm-se tentado
explicar as diferenças de comportamento entre os homens, a partir de variáveis ambientais e
genéticas, mas a discussão que se trava entre antropólogos, que tanto geográfica como
biologicamente não são meios de comprovação das diferenças entre os homens (LARAIA,
2001)9.
Até então via-se o homem enquanto mito, arte, teologia, filosofia mas não numa
perspectiva teleológica, tendo em vista a visão empírica da ciência. Por conta disto um dos
primeiros objetos de estudo da antropologia foram as sociedades primitivas10 não pertencentes
à civilização ocidental do início do século XX.
Na pós-modernidade, com o avanço da tecnologia e a difusão de diferentes formas de
comunicação, o contato ou a fricção interétnica tem sido comum entre diferentes grupos e
indivíduos de ordem nacional, racial ou cultural (OLIVEIRA, 2003a)11.
Santos12 (1994), nos afirma que todas as mudanças ocorridas na história da
humanidade são marcadas por contatos e conflitos, quer por forças internas ou como
consequência direta desses conflitos.
Laraia13, assim como Laplatine (1997) nos mostra que a cultura acontece através de
um processo de aprendizagem, portanto a escola tem um importante papel na formação do
indivíduo. Os determinantes da cultura são discutidos e analisados sob uma ótica crítica no
8
LAPLATINE, François. Aprender antropologia. Trad.: Marie-Agnès Chauvel. 4ª ed. São Paulo: Brasiliense,
1991. (10 reimpressão, 1997).
9
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 14 ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 2001.
10
Comunidades camponesas européias depois grupos marginais e hoje, na França, o setor urbano.
11
OLIVEIRA, Roberto Cardoso de. Identidade étnica, identificação e manipulação. In: OLIVEIRA, Roberto
Cardoso de. Identidade, etnia e estrutura social. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1976. Rev. Sociedade e
Cultura. v.6, n.2, jul/dez.2003. p.117-131.
12
SANTOS, José Luíz dos. O que é cultura? 14ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. Coleção Primeiros Passos.
13
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 11 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,
1997. (Coleção antropologia Cultural).
intuito de esclarecer aos leitores quais os fatores, no decorrer da história, se consolidaram
como determinantes da cultura.
Por constituir-se de uma globalidade de aspectos e da forma como estes retratam as
diversidades históricas e geográficas com vistas a construir um arquivo da humanidade em
suas diferenças significativas nos deteremos no cerne da antropologia social e cultural,
seguindo o conceito que o próprio Laplatine (1997, p. 120) dá para as duas:
A partir dessa definição entendemos que o homem é produto das escolhas culturais
que o próprio faz para viver nesta ou naquela sociedade. E o que traz a unidade do homem é,
justamente seus modos de vida diversificados e de organização social. Isto é, o que caracteriza
a unidade do homem é, justamente a variação cultural e sua identidade étnica.
Essa variação nunca foi pensada como diferente, mas frequentemente, pensa-se em
reduzi-la, supondo sempre a unificação, a igualdade, rompendo a diversidade intrínseca a todo
ser humano, tornando-o, enquanto ser pensante, alienado a um único modo de vida.
Pensando nesse sentido, de que a identidade é construída a partir da individualidade
dentro de um contexto coletivo, Oliveira14 (2003a), discute o conceito de identidade, descreve
algumas modalidades de constituição da identidade bem como sua explicação e por fim
aponta a importância desta investigação nas relações interétnicas.
O autor apresenta conceitos de etnia e de grupo étnico como justificativa para a
inclusão de identidade étnica nas discussões, partindo da crítica feita que Fredrik Barth (1969)
apud Oliveira15 (2003a), faz ao conceito de grupo étnico como “unidade portadora de cultura”
como um “modelo organizacional”, deduzida da literatura antropológica, apresenta algumas
características que definem um grupo étnico:
14
OLIVEIRA, Roberto Cardoso de. Identidade étnica, identificação e manipulação. Rev. Sociedade e Cultura.
v.6, n.2, jul/dez.2003. p.117-131. In: OLIVEIRA, Roberto Cardoso de. Identidade, etnia e estrutura social. São
Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1976.
15
OLIVEIRA, Roberto C. de. Identidade étnica, identificação e manipulação. Rev. Sociedade e Cultura. v.6, n.2,
jul/dez.2003. p.117-131. In:OLIVEIRA, Roberto Cardoso de. Identidade, etnia e estrutura social. São Paulo:
Livraria Pioneira Editora, 1976.
a) ‘se perpetua principalmente por meios biológicos’; b) ‘compartilha de
valores culturais fundamentais, postos em prática em formas culturais num
todo explícito’; c) ‘compõe um campo de comunicação e interação’; d) ‘tem
um grupo de membros que se identifica e é identificado por outros como
constituinte de uma categoria distinguível de outras categorias da mesma
ordem’ (BARTH, 1969, apud OLIVEIRA, 2003a, p. 117).
Esta pesquisa tem como objetivo investigar de que maneira os elementos étnicos
influenciam no processo de formação da identidade étnica da mulher usuária do SUS,
atendidas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no Programa de Hiperdia, na cidade de
Jequié/BA, moradoras do bairro Mandacaru, nessa premissa faremos um aporte dos estudos
de John W. Creswell17 para referendar a metodologia que se seguirá na obtenção de dados da
pesquisa. O autor afirma que se faz necessário conhecer a visão geral do processo de pesquisa
por diferentes autores para que se possibilite utilizar o que melhor se adequar à pesquisa.
Neste viés, Minayo18 (2009) elucida que o labor científico caminha sempre em duas
direções: numa, elabora suas teorias, seus métodos, seus princípios e estabelece seus
resultados; noutra, inventa, ratifica seu caminho, abandona certas vias e encaminha-se para
certas direções privilegiadas.
Assim, a presente pesquisa será de caráter etnográfico, uma vez que o intuito da
mesma é observar e focalizar em todo um grupo que compartilha uma cultura, buscando
descrever e interpretar os padrões compartilhados e aprendidos de valores, comportamentos,
crenças e linguagem (HARRIS, 1968 apud CRESWELL, 2014, p. 82).
Em 1993, Blomberg argumentou que desta forma, para orientar a atividade etnográfica
apresentou quatro princípios:
Estes princípios implicam que os pesquisadores devem capturar toda a estrutura social
que constitui a atividade e não devem predefinir qualquer estrutura conceptual.
17
CRESWELL, John W.. Investigação qualitativa e projeto de pesquisa. Escolhendo entre cinco abordagens.
3ª ed. São Paulo: Grupo A Educação S/A, 2014.
18
MINAYO, Maria Cecília de Souza. (org). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 28 ed.
Petrópolis/RJ: Vozes, 2009.
O trabalho é uma atividade socialmente organizada, onde muitas vezes o
comportamento real difere da forma como é descrito por quem o faz, e dessa forma é
importante confiar tanto nas entrevistas quanto nas observações diárias das pessoas no próprio
local de trabalho onde a tecnologia deverá ser inserida.
19
HAGUETTE, Teresa Maria Frota.Metodologias qualitativas na Sociologia.12 ed. Petrópolis RJ: Vozes,
2010.
saúde SUS, sendo o local escolhido para o desenvolvimento da uma dessas Unidades de
Atendimento.
As participantes da pesquisa serão três mulheres, escolhidas conforme os critérios:
residentes naquela localidade, que utilizam os programas oferecidos pela Unidade de Saúde,
especificamente o Hiperdia, com a faixa etária entre 35 – 65 anos. Será observada a relação
entre a enfermeira responsável pelo Programa e três Agentes Comunitárias de Saúde (ACS),
sendo o total da amostra de sete participantes.
Considerando as relações étnicas presentes na construção da identidade e as relações
de etnicidades entre as participantes de pesquisa, a importância que aloca ao papel do
observador participante, insistindo que ele representa o cerne da metodologia nas Ciências
Sociais. Haguette (2010, p.75), preocupando-se com as experiências e interpretações desses
sujeitos, e, sendo eles colaboradoras deste estudo ao qual será submetido ao Comitê de Ética e
Pesquisa (CEP), toma-se como aporte ético um termo de consentimento livre e esclarecido
assinado por eles, os quais estarão livres para seguirem ou abandonarem a colaboração,
quando assim desejarem, de acordo com a Resolução 510/2016.
6. CRONOGRAMA
Coleta de dados X X X X
Revisão do texto X X X
Redação final X X X
Defesa e qualificação X
REFERÊNCIAS
BLOMBERG, J., GIACOMINI, J., MOSHER, A., & SWETON-WALL, P. (1993). Métodos
etnográficos de campo e sua relação com o design. Em SCHULER, D., e NAMIOKA, A.
(Eds.) , Design participativo: Princípios e práticas, 123-155. Hillsdale, NJ: Lawrence
Erlbaum Associates .
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 11ª ed. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Editor, 1997. (Coleção antropologia Cultural).
MINAYO, Maria Cecília de Souza (org). Pesquisa social: teoria, método e criatividade.
Petrópolis: Vozes, 1994. 21ª ed, 2002.
OLIVEIRA, Roberto Cardoso de. Identidade, etnia e estrutura social. São Paulo: Livraria
Pioneira Editora, 1976.
OLIVEIRA, Roberto Cardoso de. Reconsiderando etnia. Rev. Sociedade e Cultura. v.6, n.2,
jul/dez.2003. p.133-147.
SANTOS, José Luíz dos. O que é cultura? 14ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. Coleção
Primeiros Passos.