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Desenvolvimento Sustentável do Planeta é um compromisso assumido por mais de 170 países na Conferência realizada

durante a Rio-92, no Rio de Janeiro.

Nesta Conferência, a implantação da Agenda 21, foi o mais importante compromisso firmado entre os países, onde mais de
2.500 recomendações práticas foram estabelecidas tendo como objetivo preparar o mundo para os desafios do século XXI.

A Agenda 21 é um programa de ação, baseado num documento de 40 capítulos, que se constituí na mais ousada e
abrangente tentativa já realizada, em promover, em escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, conciliando
métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Trata-se, portanto, de um documento consensual
resultante de uma série de encontros promovidos pela Organização das Nações Unidas, com o tema “Meio Ambiente e suas
Relações com o Desenvolvimento”. O ponto central nesse processo é o levantamento das prioridades do desenvolvimento
de uma comunidade e a formulação de um plano de ação, tendo em vista a sustentabilidade e a integração dos aspectos
sociais, econômicos, ambientais e culturais, dentro de uma visão abrangente, ou seja, em longo prazo. A Agenda 21 é sem
dúvida alguma, um importante instrumento nesse caminho de mudanças.

Podemos dizer, que o objetivo da Agenda 21 é o de promover o Desenvolvimento Sustentável. Isto significa que devemos
melhorar a qualidade de vida do futuro, adotando iniciativas sociais, econômicas e ambientais que nos levem a um
planejamento justo, com vistas a atender às necessidades humanas enquanto se planeja cuidadosamente os diferentes usos
dos recursos naturais, possibilitando assim, o mesmo direito às gerações futuras.

Para atingir tal objetivo, as cidades têm a responsabilidade de implementar as Agendas 21 Locais, através de um processo
participativo e multissetorial, visando a elaboração de um plano de ação para o desenvolvimento sustentável do Município.

Agenda 21 Local

A Agenda 21 Local serve para alcançar os objetivos propostos na Agenda 21 Nacional publicada no ano de 2002, visando
melhorar a qualidade de vida de toda a população, sem comprometer as gerações futuras, tornando os Municípios e
localidades mais humanas e saudáveis.

Com a Agenda 21 Local a comunidade se organiza, aprende, discute, identifica suas potencialidades e dificuldades e ainda,
propõe soluções com o objetivo de concretizar o sonho de uma vida melhor.

A construção da Agenda 21 Local não é uma tarefa somente do poder público. É um pacto de toda a sociedade, um
compromisso de cada cidadão com a qualidade de vida do seu bairro, da sua cidade, enfim, do nosso planeta.

Uma pequena ação positiva ou negativa em sua comunidade refletirá em sua cidade, conseqüentemente sua cidade em seu
estado, seu estado em seu país e seu país em todo o mundo. Ou seja, a atitude de cada cidadão é de extrema importância
para o presente e o futuro do planeta. Por isso é que se diz: “Pensar globalmente, agir localmente”.

A participação efetiva da sociedade de forma coletiva e pactuada é, sem dúvida alguma, o diferencial que poderá superar
os desafios a serem enfrentados e, fundamentalmente, assegurar que esse resultado seja utilizado como um instrumento
norteador para o desenvolvimento local.

21 perguntas e respostas para você saber mais sobre a Agenda 21 Local. Rio de Janeiro: Comissão Pró-Agenda 21
Local, 1996.

Apresentação

A Agenda 21, acordo firmado entre 179 países durante a conferência das nações unidas para meio ambiente e
desenvolvimento em 1992 se constitui num poderoso instrumento de reconversão da sociedade industrial rumo a um novo
paradigma, que exige a reinterpretação do conceito de progresso, contemplando maior harmonia e equilíbrio holístico
entre o todo e as partes, e promovendo a qualidade, não apenas a quantidade do crescimento.

Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado internacionalmente, que tornou possível repensar o planejamento.
Abriu-se o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano de ação e de um planejamento
participativo em nível global, nacional e local, de forma gradual e negociada, tendo como meta um novo paradigma
econômico e civilizatório.

Ao instalar a Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 o governo do Presidente Fernando


Henrique Cardoso sinalizava claramente seu objetivo de redefinir o modelo de desenvolvimento do país, introduzindo o
conceito de sustentabilidade e qualificando-o com os tons da potencialidade e da vulnerabilidade do Brasil no quadro
internacional.

O trabalho ora apresentado não se constitui uma obra de fundamentos científicos, mas de caráter informativo, que tem
aqui sua Segunda edição , revisada e atualizada. que busca orientar os diferentes públicos interessados no tema da
sustentabilidade a conhecer os conceitos e os instrumentos básicos com os quais o governo brasileiro está firmando os
pactos necessários à definição do desenvolvimento sustentável para o Brasil, tendo a Agenda 21 como seu plano de ação
primordial.

José Carlos Carvalho

Secretario Executivo do Ministério do Meio Ambiente, e Presidente da Comissão de Políticas de Desenvolvimento


Sustentável e da Agenda 21 Nacional

1 - O que é a Agenda 21 Global?


É um plano de ação estratégico, que constitui a mais ousada e abrangente tentativa já feita de promover, em escala
planetária, novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência
econômica.

Trata-se de decisão consensual extraída de documento de quarenta capítulos, para o qual contribuíram governos e
instituições da sociedade civil de 179 países, envolvidos, por dois anos, em um processo preparatório que culminou com a
realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - CNUMAD, em 1992, no Rio de
Janeiro, conhecida por ECO-92.

Apesar de ser um ato internacional, sem caráter mandatório, a ampla adesão aos seus princípios tem favorecido a inserção
de novas posturas frente aos usos dos recursos naturais, a alteração de padrões de consumo e a adoção de tecnologias mais
brandas e limpas, e representa uma tomada de posição ante a premente necessidade de assegurar a manutenção da
qualidade do ambiente natural e dos complexos ciclos da biosfera.

Além da Agenda 21, resultaram desse processo quatro outros acordos: Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento; Declaração de Princípios sobre o Uso das Florestas; Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade
Biológica; e Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

A Agenda 21 traduz em ações o conceito de desenvolvimento sustentável.

2 - O que é desenvolvimento sustentável?

Existem diferentes interpretações para o termo desenvolvimento sustentável. No entanto, o governo brasileiro adota a
definição apresentada no documento Nosso futuro comum, publicado em 1987, também conhecido como Relatório
Bruntland, no qual desenvolvimento sustentável é concebido como “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades
presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.

O Relatório Bruntland – elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações
Unidas e presidida pela então Primeira-Ministra da Noruega, Gro-Bruntland – faz parte de uma série de iniciativas1,
anteriores à Agenda 21, as quais reafirmam uma visão crítica do modelo de desenvolvimento adotado pelos países
industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso excessivo dos recursos
naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas. O relatório aponta para a incompatibilidade entre
desenvolvimento sustentável e os padrões de produção e consumo vigentes.

Merecem destaque as seguintes:

- a Declaração de Estolcomo, aprovada durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano
(Estocolmo, julho 1972), que, pela primeira vez, introduziu, na agenda política internacional, a dimensão ambiental como
condicionadora e limitadora do modelo tradicional de crescimento econômico e de uso de recursos naturais;

- a publicação do documento A Estratégia mundial para a conservação (Nova Iorque, 1980), elaborado sob patrocínio e
supervisão do PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, da UICN - União Internacional para a
Conservação da Natureza e do WWF - Fundo Mundial para a Natureza;

- o documento Nosso futuro comum citado acima;

- a resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas (dezembro, 1989), solicitando a organização de uma reunião mundial
(CNUMAD - 92), para elaborar estratégia com o fim de deter e reverter os processos de degradação ambiental e promover o
desenvolvimento sustentável.

3 - De que trata a Agenda 21 Global?

A Agenda 21 Global indica as estratégias para que o desenvolvimento sustentável seja alcançado. Nesse sentido, identifica
atores e parceiros, metodologias para obtenção de consensos e os mecanismos institucionais necessários para sua
implementação e monitoramento.

A Agenda 21 Global está estruturada em quatro seções:

Dimensões sociais e econômicas - Seção onde são discutidas, entre outras, as políticas internacionais que podem ajudar a
viabilizar o desenvolvimento sustentável nos países em desenvolvimento; as estratégias de combate à pobreza e à miséria;
a necessidade de introduzir mudanças nos padrões de produção e consumo; as interrelações entre sustentabilidade e
dinâmica demográfica; e as propostas para a melhoria da saúde pública e da qualidade de vida dos assentamentos
humanos;

Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento - Diz respeito ao manejo dos recursos naturais (incluindo solos,
água, mares e energia) e de resíduos e substâncias tóxicas de forma a assegurar o desenvolvimento sustentável;

Fortalecimento do papel dos principais grupos sociais - Aborda as ações necessárias para promover a participação, nos
processos decisórios, de alguns dos segmentos sociais mais relevantes. São debatidas medidas destinadas a garantir a
participação dos jovens, dos povos indígenas, das ONGs, dos trabalhadores e sindicatos, dos representantes da comunidade
científica e tecnológica, dos agricultores e dos empresários (comércio e indústria);

Meios de implementação - Discorre sobre mecanismos financeiros e instrumentos jurídicos nacionais e internacionais
existentes e a serem criados, com vistas à implementação de programas e projetos orientados para a sustentabilidade.
4 - Quais os conceitos-chave da Agenda 21 Global?

O texto da Agenda 21 contém os seguintes conceitos-chave, os quais representam os fundamentos do desenvolvimento


sustentável:

Cooperação e parceria

Os princípios de cooperação e parceria apresentam-se como conceitos fundamentais no processo de implementação da


Agenda 21. A cooperação entre países, entre os diferentes níveis de governo, nacional e local, e entre os vários segmentos
da sociedade é enfatizada, fortemente, em todo o documento da Agenda 21;

Educação e desenvolvimento individual

A Agenda 21 destaca, nas áreas de programa que acompanham os capítulos temáticos, a capacitação individual, além de
ressaltar a necessidade de ampliar o horizonte cultural e o leque de oportunidades para os jovens. Há, em todo o texto,
forte apelo para que governos e organizações da sociedade promovam programas educacionais cujo objetivo seja propiciar
a conscientização dos indivíduos sobre a importância de se pensar nos problemas comuns a toda a Humanidade, buscando,
ao mesmo tempo, incentivar o engajamento de ações concretas nas comunidades;

Eqüidade e fortalecimento dos grupos socialmente vulneráveis

Essa premissa, que permeia quase todos os capítulos da Agenda 21, reforça valores e práticas participativas, dando
consistência à experiência democrática dos países. Todos os grupos, vulneráveis sob os aspectos social e político, ou em
desvantagem relativa, como crianças, jovens, idosos, deficientes, mulheres, populações tradicionais e indígenas, devem
ser incluídos e fortalecidos nos diferentes processos de implementação da Agenda 21 Nacional, Estadual e Local. Esses
processos requerem não apenas a igualdade de direitos e participação, mas também a contribuição de cada grupo com seus
valores, conhecimentos e sensibilidade;

Planejamento

O desenvolvimento sustentável só será alcançado mediante estratégia de planejamento integrado, que estabeleça
prioridades e metas realistas. Portanto, esse conceito demanda o aprimoramento, a longo prazo, de uma estrutura que
permita controlar e incentivar a efetiva implementação dos compromissos originários do processo de elaboração da Agenda
21.

Desenvolvimento da capacidade institucional

A Agenda 21 ressalta a importância de fortalecer os mecanismos institucionais por meio do treinamento de recursos
humanos (capacity building). Trata-se, em outras palavras, de desenvolver competências e todo o potencial disponível em
instituições governamentais e não-governamentais, nos planos internacional, nacional, estadual e local, para o
gerenciamento das mudanças e das muitas atividades que serão solicitadas.

Informação

A Agenda 21 chama a atenção para a necessidade de tornar disponíveis bases de dados e informações que possam subsidiar
a tomada de decisão, o cálculo e o monitoramento dos impactos das atividades humanas no meio ambiente. A reunião de
dados dispersos e setorialmente produzidos é fundamental para possibilitar a avaliação das informações geradas, sobretudo
nos países em desenvolvimento.

5 - Qual o objetivo da Agenda 21 Brasileira?

O Brasil, assim como os demais países signatários dos acordos oriundos da CNUMAD/92, assumiu o compromisso de elaborar
e implementar a sua própria Agenda 21.

A Agenda 21 Brasileira tem por objetivo instituir um modelo de desenvolvimento sustentável a partir da avaliação das
potencialidades e vulnerabilidades de nosso país, determinando estratégias e linhas de ação cooperadas ou partilhadas
entre a sociedade civil e o setor público.

Mais do que um documento, a Agenda 21 Brasileira pretende contribuir para a construção e a implementação de um novo
paradigma de desenvolvimento para o país. Esse desafio, todavia, só pode ser alcançado em etapas. A primeira está em
curso e diz respeito ao processo de elaboração da Agenda 21; adotou metodologia participativa, onde a parceria entre
governo, setor produtivo e sociedade civil é a palavra-chave. A segunda etapa deverá colocar em prática as ações e
recomendações emanadas do processo de elaboração, mediante o estabelecimento de políticas públicas compatíveis com o
desenvolvimento sustentável. O exercício dos conceitos pactuados entre todos os atores é, portanto, o indicador necessário
para garantir a sustentabilidade dos resultados.

6 - Quem está elaborando a Agenda 21 Brasileira e como o conceito de desenvolvimento sustentável se insere nas
ações de governo?

A decisão de incorporar o conceito de desenvolvimento sustentável às ações de governo motivou a criação, em fevereiro de
1997, da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Brasileira (CPDS)2, permitindo que o
assunto avançasse no processo decisório central do Poder Executivo. A Comissão é paritária e reúne os ministérios afetos às
questões de desenvolvimento e de meio ambiente e representantes da sociedade civil organizada. Tem como finalidade
propor estratégias de desenvolvimento sustentável e coordenar a elaboração e a implementação da Agenda 21 Brasileira.
A CPDS foi criada por decreto presidencial de 26.02.97. Composição: Ministério do Meio Ambiente; Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão; Ministério da Ciência e Tecnologia; Ministério das Relações Exteriores; Câmara de
Políticas Sociais; Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais; Instituto Nacional de Altos Estudos; Fundação Movimento
Onda Azul; Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável; e Universidade Federal de Minas Gerais.

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7 - Como serão internalizadas as proposições resultantes do processo de elaboração da Agenda nas políticas públicas
brasileiras?

A estratégia de internalização das proposições da Agenda nas políticas públicas brasileiras está estruturada em
compromisso firmado entre a CPDS e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG, para que as estratégias
pactuadas com os diferentes atores sociais durante a construção da Agenda 21 Brasileira se constituam a base da
elaboração do plano plurianual, o PPA, obrigação constitucional de a cada quatro anos o governo aprovar, no Congresso
Nacional, os programas nos quais serão aplicados os recurso públicos do país.

Quando da elaboração do PPA 2000-2003, apresentou-se como subsídio o que então se dispunha, como por exemplo o
material estruturado sobre os seis temas básicos da Agenda 21 Brasileira. Essa é a forma entendida pela CPDS de
incorporar, de maneira efetiva, o conceito de desenvolvimento sustentável nas políticas públicas do país.

Portanto, a Agenda 21 Brasileira é um poderoso instrumento estratégico, por intermédio do qual deverá ser construída a
ponte entre o modelo de desenvolvimento vigente e o desejado, com base nas aspirações coletivas de melhor qualidade de
vida e nas reais prioridades de desenvolvimento sustentável.

8 - Como teve início o processo de elaboração da Agenda 21 Brasileira?

Os primeiros passos foram dados em 1995, quando o MMA desenvolveu estudos, e promoveu uma série de reuniões com
diversos setores governamentais e não-governamentais, com vistas a colher subsídios sobre o arranjo institucional que
deveria conduzir o processo, bem como para definir a metodologia a ser utilizada, e identificar as ações em andamento no
país voltadas para o desenvolvimento sustentável.

Em relação a esse período, merecem destaque:

• O I Workshop Preparatório da Agenda 21 do Brasil realizado em Brasília, em abril de 1996, reunindo representantes de
instituições governamentais, privadas, ONGs e universidades. Esse encontro tratou, entre outros, dos temas: a Agenda 21
Global e a situação brasileira; a participação do Brasil no Conselho de Desenvolvimento Sustentável da ONU; a incorporação
dos princípios da Agenda 21 no plano plurianual do governo; critérios para elaboração da Agenda 21 Brasileira; mudanças
climáticas; energia; poluição; comércio internacional; florestas; biodiversidade; agricultura sustentável e pesca.

• A consulta nacional – Desenvolvimento sustentável: 100 experiências brasileiras – realizada entre outubro de 1996 e
fevereiro de 1997, possibilitou o cadastramento e a divulgação de 183 projetos provenientes de prefeituras, ONGs,
associações e empresas, sobre experiências de desenvolvimento sustentável catalogadas segundo os temas: ação social;
ação empresarial; agenda local; águas; ar; comunicação/redes; educação ambiental; energia; fauna; florestas; unidades de
conservação; lixo; políticas públicas e saúde.

• O seminário Agenda 21 - A Utopia Concreta, no Rio de Janeiro, em março de 1997, realizado simultaneamente à Rio+53,
reuniu os parceiros do desenvolvimento sustentável em torno de discussões temáticas e prioridades estratégicas da Agenda
21 Brasileira, tais como: política externa; política econômica; certificação ambiental e as mudanças no comportamento das
empresas; parcerias entre a sociedade civil e o Estado e a implementação dos compromissos sobre biodiversidade na
Agenda 21.

• A pesquisa nacional O que o brasileiro pensa sobre o meio ambiente, desenvolvimento e sustentabilidade, feita com o
Museu de Astronomia e Ciências Afins - MAST, Instituto de Estudos da Religião - ISER e IBOPE, coletou a opinião de cerca de
2.000 brasileiros das áreas urbanas e rurais, em torno de questões centrais sobre meio ambiente, desenvolvimento
sustentável e Agenda 21.

• A publicação do documento: A Caminho da Agenda 21 Brasileira - princípios e ações 1992/97, elaborado a partir de
informações levantadas nos eventos acima citados e por subsídios encaminhados por vários ministérios. Esse documento
relata os princípios e as ações adotadas pelo país na direção do desenvolvimento sustentáve

Essas iniciativas forneceram os insumos necessários para o desenho final que tomou a Comissão de Políticas de
Desenvolvimento Sustentável na forma do decreto presidencial de 29 de fevereiro de 1997 bem como após sua instalação,
na aprovação da metodologia e do roteiro de trabalho para elaboração da Agenda 21 Brasileira.

Rio+5 foi um evento proposto durante a Eco-92, para ocorrer cinco anos após o término dessa conferência (daí seu nome),
com vistas a avaliar o processo de implementação da Agenda 21 nos países signatários.

9 - Quais as premissas para a elaboração da Agenda 21 Brasileira?

São:

• Envolver os diferentes atores da sociedade no estabelecimento de parcerias - A elaboração da Agenda 21 Brasileira deverá
incorporar os diferentes atores sociais, de modo a conferir legitimidade ao processo, viabilizar o compromisso de todos e
incentivar o estabelecimento de parcerias, permitindo a inclusão de aspirações e prioridades formuladas pela sociedade;
• Incorporar o princípio federativo - A seleção dos atores sociais e a abordagem de cada tema deverão levar em conta as
características relevantes, regionais e locais, com vistas a uma redefinição das relações federativas, baseadas no princípio
da subsidiariedade. Isso implica plena articulação entre as instâncias federal, estadual e municipal, para assegurar graus de
responsabilidade diferenciados, cabendo ao âmbito federal somente aquilo que não seja da competência dos estados ou
dos municípios, e ao setor público apenas as atribuições que não possam ser exercidas pela sociedade civil;

• Possuir um caráter gerencial e mobilizador de meios - Todos os atores envolvidos na implementação do desenvolvimento
sustentável deverão centrar esforços na criação tanto dos meios para soluções múltiplas adaptadas a cada realidade como
dos mecanismos de natureza mais abrangente, normativos e financeiros, que irão viabilizar as ações de longo prazo,
necessárias a esse processo;

• Adotar, com visão prospectiva, abordagem integrada e sistêmica das dimensões econômica, social, ambiental e político-
institucional do desenvolvimento sustentável - A transição para o novo modelo de desenvolvimento importa em substituir,
por sinergias positivas, os atuais efeitos negativos gerados pela influência de uma dimensão sobre outra, buscando
eficiência econômica, eqüidade social, conservação e qualidade ambiental e democracia.

10 - Quais os conceitos que norteiam a metodologia de elaboração da Agenda 21 Brasileira?

A metodologia define quais as premissas e temas considerados prioritários para o país e, a exemplo de outros países que já
elaboraram suas agendas, determina que a Agenda 21 Brasileira não replique os quarenta capítulos da Agenda 21 Global, e
deva ser estruturada em três partes: uma introdutória, delineando o perfil do país no limiar do séc. XXI; uma parte
dedicada aos seis temas prioritários (cidades sustentáveis, agricultura sustentável, infra-estrutura e integração regional,
gestão dos recursos naturais, redução das desigualdades sociais e ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável),
e uma terceira sobre os meios de implementação.

A metodologia privilegia ainda uma abordagem multissetorial da realidade brasileira, procurando focalizar a
interdependência entre as dimensões ambiental, econômica, social e institucional. Além disso, determina que o processo
de elaboração e implementação da Agenda 21 deve observar o estabelecimento de parcerias, entendendo que a Agenda 21
não é documento de governo, mas um produto do consenso entre os diversos setores da sociedade brasileira.

Para iniciar a discussão dos temas definidos para a Agenda 21 Brasileira, a metodologia previa que se procedesse uma
consulta à sociedade sobre o que se entendia sobre cada tema selecionado, quais os entraves à sustentabilidade em cada
um e quais propostas de políticas publicas construiriam a sustentabilidade em cada área abordada pelos temas. Previu
ainda que não sendo um documento de governo, esse processo de consulta fosse capitaneado por entidades da sociedade
sob a coordenação do MMA, na condição de secretaria executiva da CPDS.

Assim sendo, o MMA contratou, por intermédio de edital de concorrência pública nacional, seis consórcios, que se
encarregaram de organizar o processo de discussão e elaboração dos documentos de referência sobre os temas definidos
como centrais para a Agenda 21, utilizando métodos participativos por meio de workshops e seminários abertos ao público,
de forma a envolver todos os setores da sociedade que se relacionam com os temas em questão.

Posteriormente, os produtos oriundos do trabalho das consultorias foram sistematizados e consolidados em seis
publicações, lançadas em janeiro de 2000. Na metodologia estava previsto que a consolidação desse material constituiria a
primeira versão da Agenda 21 Brasileira. A CPDS, após a realização da consulta temática, alterou essa metodologia,
ampliando as discussões em torno da construção da Agenda 21 Brasileira.

O processo de elaboração da Agenda 21 Brasileira pode ser consultado na homepage do MMA (www.mma.gov.br).

11 - Quais os temas centrais destacados para a construção da Agenda 21 Brasileira?

O critério adotado pela CPDS para definição dos temas centrais da Agenda 21 Brasileira consignou a escolha daqueles que
melhor refletem a realidade socioeconômica e ambiental do país, e que, no decorrer do processo de discussão, pudessem
motivar os diferentes atores sociais para a formulação e/ou reformulação de políticas públicas convergentes para o
princípio da sustentabilidade, e para a estratégia de desenvolvimento sustentável que o Brasil quer.

As potencialidades, os diferenciais que o Brasil possui para seu desenvolvimento em relação às demais nações e suas
fragilidades, foram analisadas para a definição dos seis eixos temáticos, de modo que o estudo de cada um pudesse fazer
confluir as preocupações nacionais sobre desenvolvimento econômico e justiça social, rompendo a metodologia tradicional
de fazer planejamento, ou seja, trabalhando com temáticas que mantêm as áreas específicas do conhecimento e/ou a
estrutura de organização do aparelho de Estado.

A seguir, os seis temas:

• cidades sustentáveis - A problemática ambiental das cidades brasileiras decorre, em última instância, do processo
desigual de desenvolvimento por que passou a sociedade nas últimas décadas, cujo resultado foram intensos fluxos
migratórios para as cidades, a taxas muito superiores à capacidade da economia urbana de gerar empregos. Esses fatores,
associados à gestão inadequada, provocaram, no plano intra-urbano, a periferização da população pobre e o esgotamento
da capacidade de fornecer serviços, tais como saneamento, tratamento de água, transportes, drenagem e coleta de lixo.

É necessário, portanto, novos instrumentos de gestão voltados para as cidades, que tanto favoreçam sua administração
como apoiem a rede urbana, em linha com as premissas do desenvolvimento sustentável. Os trabalhos em torno desse tema
abordam: uso e ocupação do solo; planejamento e gestão urbana; habitação e melhoria das condições ambientais; serviços
de saneamento, água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem; prevenção, controle e mitigação dos impactos ambientais;
relação economia x meio ambiente urbano; conservação e reabilitação do patrimônio histórico; transporte; e rede urbana e
desenvolvimento sustentável dos assentamentos humanos.

• agricultura sustentável - A importância territorial da agricultura brasileira faz com que tudo o que diga respeito à
organização socioeconômica, técnica e espacial da produção agropecuária deva ser considerado de interesse estratégico e
vital, do ponto de vista dos impactos sobre o meio ambiente. Apesar disso, a pesquisa em ciências agrárias e as políticas de
desenvolvimento no Brasil, salvo raras exceções, estiveram por longo tempo, e em grande parte permanecem, dissociadas
dos princípios e dos conhecimentos acumulados pela ecologia. Esse fato explica porque a agricultura é reconhecida hoje
como uma das principais causas e, ao mesmo tempo, uma das principais vítimas dos problemas ambientais da atualidade
(ver Comissão Interministerial... – CIMA, 1991); talvez também revele porque, quando se fala da problemática ambiental,
não se estabeleça, freqüentemente, relação imediata com a agricultura.

As discussões referentes a esse tema consideram questões como: agricultura intensiva e expansão da fronteira agrícola;
conservação dos solos, produtividade e emprego de nutrientes químicos e defensivos; irrigação; impactos da passagem de
um modelo agrícola químico/mecânico para modelo baseado em novas tecnologias, como a biotecnologia e a informática;
produtividade e melhoramento genético; assentamentos rurais e fontes energéticas; saúde e educação no campo; emprego
agrícola; tecnologias, agroecologia e agrossilvicultura; agricultura familiar; reforma agrária e extensão rural; legislação;
sistema de crédito rural; zoneamento; e mercado.

• infra-estrutura e integração regional - Os projetos e ações nas áreas de transportes, energia e comunicações compõem o
conjunto de atividades para a reconstrução e modernização da infra-estrutura econômica do país, possibilitando maior
integração das regiões e a abertura de novas fronteiras de desenvolvimento. Nesse novo paradigma, a implementação de
ações deve visar à redução das desigualdades regionais, sem deixar de lado, no entanto, os princípios de desenvolvimento
sustentável com os quais precisam estar em concordância. Dessa forma, será possível conseguir que os espaços atingidos se
beneficiem dessa nova onda de crescimento, mais disperso espacialmente, sem sofrer o ônus dos impactos negativos sobre
o meio ambiente e a qualidade de vida que o modelo anterior produziu no país.

Portanto, as discussões abordam questões como: o desenvolvimento de sistemas de transporte mais eficientes, menos
poluentes e mais seguros; incentivo à produção e uso de veículos movidos por energia com menor potencial poluidor;
redução do ‘custo Brasil’; relações entre energia, pobreza, meio ambiente, segurança e economia; comunicações; e
redução das desigualdades regionais.

• gestão dos recursos naturais - O Brasil detém a maior diversidade biológica do planeta, 40% das florestas tropicais e 20%
de toda a água doce. Além disso, cerca de 45% do PIB e 31% das exportações estão diretamente associados à base de
recursos naturais do país. A estratégia a ser estabelecida no tratamento desse tema concentra-se na proteção, valorização
e uso dos recursos naturais, envolvendo legislação atualizada e abrangente, instrumentos e sistemas avançados de
monitoramento e controle e políticas de apoio ao desenvolvimento tecnológico voltado para a gestão adequada dos
recursos naturais.

• redução das desigualdades sociais - O poder público tem papel importante na redução das desigualdades no novo ciclo de
crescimento. Torna-se necessário, portanto, produzir diagnósticos que subsidiem as políticas públicas, privilegiando os
grupos populacionais considerados vulneráveis, como mulheres, crianças, adolescentes, índios, negros, jovens e adultos
com pouca instrução. É fundamental compreender os fatores determinantes da pobreza e suas inter-relações,
particularmente no que concerne ao sistema educacional, à formação profissional e emprego, à saúde, à dinâmica
demográfica e à distribuição de renda.

• ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável - A transição para um novo modelo de desenvolvimento deve
estar apoiada em uma sólida base científica e tecnológica. A atuação da ciência e da tecnologia na construção da Agenda
21 terá características matriciais, permeando os demais temas no sentido de buscar alternativas que possam consolidar as
ações propostas para cidades sustentáveis, agricultura sustentável, infra-estru-tura e integração regional, gestão de
recursos naturais e redução das desigualdades sociais. As questões discutidas no âmbito deste tema dizem respeito à:
identificação das estratégias e ações das agências de fomento para o desenvolvimento sustentável; identificação e
desenvolvimento de tecnologias de controle ambiental e de processos limpos a serem incorporados ao processo industrial;
ampliação da capacidade de pesquisa; sistemas de difusão de informação e conhecimentos voltados ao desenvolvimento
sustentável; novas formas de cooperação.

12 - Como foi conduzida a consulta à sociedade brasileira sobre os temas prioritários?

Realizado o processo licitatório, na modalidade concorrência pública nacional, com apoio do projeto PNUD BRA/94/016, no
decorrer do segundo semestre de 1998, venceram os consórcios:
• Parceria 21 (ISER/IBAM/REDEH) - Cidades sustentáveis
• Museu Emilio Goeldi (USP/ATECH/MUSEU) - Agricultura sustentável
• Sondotécnica/Crescente Fértil - Infra-Estrutura e integração regional
• Parceria 21 - Redução das desigualdades sociais
• TC/BR - FUNATURA - Gestão dos recursos naturais
• ABIPTI/CDS/UnB - Ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável

De acordo com os "termos de referência" estabelecidos, a elaboração dos documentos temáticos teve como base o seguinte
escopo:

1. Processo participativo planejado de forma a envolver os diversos segmentos da sociedade brasileira (instituições
governamentais dos três níveis, setor empresarial, área acadêmica, movimentos sociais, organizações não-gover-
namentais, representações de classe, etc.);
2. As etapas do processo de elaboração do documento de referência sobre cada tema específico foram três:

Etapa 1 – (i) coleta e análise de dados e informações; (ii) elaboração de documento preliminar sobre o tema, abordando o
referencial conceitual e metodológico utilizado pelo contratado; aspectos de maior impacto; impasses e conflitos; as
soluções adotadas até então, nacionalmente; propostas e recomendações preliminares, para discussão no âmbito da
Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional e, mais adiante, em workshop restrito a
especialistas de renomada experiência no tema; e (iii) planejamento do workshop com especialistas;

Etapa 2 – (i) realização do workshop com especialistas, para discussão e aprofundamento do documento preliminar, com
ênfase na identificação de medidas prioritárias de efeito demonstrativo; (ii) revisão do documento preliminar, em função
das sugestões apresentadas; e (iii) planejamento de seminário, com ampla participação de atores da sociedade brasileira
envolvidos com o tema;

Etapa 3 – (i) realização do seminário planejado na etapa anterior; (ii) produção do documento final, incorporando os
resultados do seminário e com estruturação seguindo as determinações do Termo de Referência.

Os workshops com especialistas ocorreram entre a última semana de janeiro e a primeira de março/1999. Tiveram o
caráter de reunião de trabalho, e as principais discussões centraram-se no marco conceitual – tentativa de adequar a
discussão da sustentabilidade ao tema especifico – e no diagnóstico, visando a identificação dos principais entraves ao
desenvolvimento sustentável no tema. O objetivo maior foi o de definir as macroestratégias para encaminhamento das
propostas. A partir das contribuições e consensos obtidos nessas reuniões de trabalho, os consórcios produziram o
documento 2, para discussão no seminário.

Os seminários, realizados em Brasília no período de 5 a 10 de abril/1999, aconteceram seguindo a proposição de alcançar


uma maior integração entre os temas, objetivando a construção de um marco conceitual para a Agenda e, principalmente,
a complementaridade entre os temas. O desenvolvimento dos trabalhos se deu com o objetivo de discutir as proposições –
apresentadas sobre a forma de macroestratégias, estruturadas, por sua vez, em ações – e, só de forma complementar,
foram abordadas questões ligadas a diagnóstico. A Agenda é um documento de caráter propositivo, como previu a
Comissão; sua metodologia e termo de referência expressam essa característica de forma clara.

16 - O que é e para que serve a Agenda 21 Local?

A Agenda 21 pode ser elaborada para o país como um todo, para regiões específicas, estados e municípios. Não há fórmula
pré-determinada para a construção de Agendas. Também não há vinculação ou subordinação entre a Agenda 21, em fase de
organização para o país, e as iniciativas de Agendas 21 Locais, ou seja, os municípios não devem esperar a conclusão da
Agenda 21 Brasileira para iniciar seus processos próprios de elaboração da Agenda 21.

Em 1997, durante a realização da Rio+5, foram divulgados os resultados de uma pesquisa do Conselho Internacional para
Iniciativas Ambientais Locais - ICLEI e pelo Departamento de Coordenação de Políticas de Desenvolvimento Sustentável das
Nações Unidas, sobre a implementação das Agendas 21 Locais em todo o mundo. A metodologia dessa pesquisa procurou
distinguir o processo de elaboração da Agenda 21 Local de outras formas de planejamento em geral, e utilizou a seguinte
conceituação de Agenda 21 Local:

“A Agenda 21 Local é um processo participativo, multissetorial, para alcançar os objetivos da Agenda 21 no nível local,
através da preparação e implementação de um plano de ação estratégica, de longo prazo, dirigido às questões prioritárias
para o desenvolvimento sustentável local”.

Com a Agenda 21 Local, a comunidade, junto com o poder público, aprende sobre suas dificuldades, identifica prioridades e
movimenta forças que podem transformar sua realidade.

17 - Como dar início à Agenda 21 Local?

Não há fórmula pré-determinada. A iniciativa pode ser tanto da comunidade quanto das autoridades locais, prefeitura e
câmara de vereadores. Seja qual for o ponto de partida, o envolvimento desses setores, ao longo do processo, é
fundamental.

Para que a Agenda 21 se transforme em importante instrumento de mobilização social, é preciso, num primeiro momento,
promover a difusão de seus conceitos e pressupostos junto às comunidades, associações de moradores de bairro, escolas e
empresas. Essa iniciativa pode ser desempenhada por um pequeno grupo de trabalho, cujo esforço representaria grande
avanço, facilitando o aprendizado da população no tocante à construção da Agenda 21 Local para o município, e
aprimorando a capacidade de participação nos processos decisórios e de gestão. Além disso, esse grupo pode estabelecer
metodologia de trabalho, reunir informações sobre algumas das questões básicas para o município e examinar as
possibilidades de financiamento para a implementação da Agenda 21 Local.

Uma vez concluída a missão do grupo de trabalho, recomenda-se a criação, pela prefeitura ou pela câmara de vereadores,
de um fórum ou conselho para elaborar, acompanhar e avaliar programa de desenvolvimento sustentável integrado para o
município. Considerando que a parceria é a base para o êxito do processo de elaboração e implementação da Agenda 21
Local, o fórum ou conselho da Agenda 21 deve ser composto por representantes de todos os atores sociais da comunidade.

18 - Quando termina a Agenda 21 Local?

A Agenda 21 não tem data para terminar, pois é um processo pelo qual a sociedade vai realizando, passo a passo, suas
metas. Por ser um planejamento a longo prazo, com várias etapas, sua elaboração e implementação passam por revisões.
Dessa forma, o que importa não é seu início ou fim, mas que a Agenda 21 se estabeleça como processo participativo e
contínuo.

Um programa de mudanças dirigido à sustentabilidade deve se basear na avaliação das atividades e dos sistemas existentes.
É claro que transformações não ocorrem repentinamente, mas é necessário o compromisso com a mudança, assim como o
desenvolvimento de políticas que possibilitem a realização de objetivos a longo prazo.

16 - O que é e para que serve a Agenda 21 Local?

A Agenda 21 pode ser elaborada para o país como um todo, para regiões específicas, estados e municípios. Não há fórmula
pré-determinada para a construção de Agendas. Também não há vinculação ou subordinação entre a Agenda 21, em fase de
organização para o país, e as iniciativas de Agendas 21 Locais, ou seja, os municípios não devem esperar a conclusão da
Agenda 21 Brasileira para iniciar seus processos próprios de elaboração da Agenda 21.

Em 1997, durante a realização da Rio+5, foram divulgados os resultados de uma pesquisa do Conselho Internacional para
Iniciativas Ambientais Locais - ICLEI e pelo Departamento de Coordenação de Políticas de Desenvolvimento Sustentável das
Nações Unidas, sobre a implementação das Agendas 21 Locais em todo o mundo. A metodologia dessa pesquisa procurou
distinguir o processo de elaboração da Agenda 21 Local de outras formas de planejamento em geral, e utilizou a seguinte
conceituação de Agenda 21 Local:

“A Agenda 21 Local é um processo participativo, multissetorial, para alcançar os objetivos da Agenda 21 no nível local,
através da preparação e implementação de um plano de ação estratégica, de longo prazo, dirigido às questões prioritárias
para o desenvolvimento sustentável local”.

Com a Agenda 21 Local, a comunidade, junto com o poder público, aprende sobre suas dificuldades, identifica prioridades e
movimenta forças que podem transformar sua realidade.

17 - Como dar início à Agenda 21 Local?

Não há fórmula pré-determinada. A iniciativa pode ser tanto da comunidade quanto das autoridades locais, prefeitura e
câmara de vereadores. Seja qual for o ponto de partida, o envolvimento desses setores, ao longo do processo, é
fundamental.

Para que a Agenda 21 se transforme em importante instrumento de mobilização social, é preciso, num primeiro momento,
promover a difusão de seus conceitos e pressupostos junto às comunidades, associações de moradores de bairro, escolas e
empresas. Essa iniciativa pode ser desempenhada por um pequeno grupo de trabalho, cujo esforço representaria grande
avanço, facilitando o aprendizado da população no tocante à construção da Agenda 21 Local para o município, e
aprimorando a capacidade de participação nos processos decisórios e de gestão. Além disso, esse grupo pode estabelecer
metodologia de trabalho, reunir informações sobre algumas das questões básicas para o município e examinar as
possibilidades de financiamento para a implementação da Agenda 21 Local.

Uma vez concluída a missão do grupo de trabalho, recomenda-se a criação, pela prefeitura ou pela câmara de vereadores,
de um fórum ou conselho para elaborar, acompanhar e avaliar programa de desenvolvimento sustentável integrado para o
município. Considerando que a parceria é a base para o êxito do processo de elaboração e implementação da Agenda 21
Local, o fórum ou conselho da Agenda 21 deve ser composto por representantes de todos os atores sociais da comunidade.

18 - Quando termina a Agenda 21 Local?

A Agenda 21 não tem data para terminar, pois é um processo pelo qual a sociedade vai realizando, passo a passo, suas
metas. Por ser um planejamento a longo prazo, com várias etapas, sua elaboração e implementação passam por revisões.
Dessa forma, o que importa não é seu início ou fim, mas que a Agenda 21 se estabeleça como processo participativo e
contínuo.

Um programa de mudanças dirigido à sustentabilidade deve se basear na avaliação das atividades e dos sistemas existentes.
É claro que transformações não ocorrem repentinamente, mas é necessário o compromisso com a mudança, assim como o
desenvolvimento de políticas que possibilitem a realização de objetivos a longo prazo.

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