Sie sind auf Seite 1von 156

OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 1

OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 2


OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 3

«GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E
DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA
HISPANO-LUSA: COMARCA DE
VITIGUDINO E ALTO DOURO»

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y
DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA
HISPANO-LUSA: COMARCA DE
VITIGUDINO Y ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 4

Edita: ORGANISMO AUTÓNOMO DE EMPLEO Y DESARROLLO RURAL (OAEDR)


Diputación Provincial de Salamanca
Avda. Carlos I, 64
37008 Salamanca
Teléfono: 923 280912 / Fax: 923 280913
E-mail: oaedr@lasalina.es
oaedr@dipsanet.es
oaedr@oaedr.es
Página web: www.oaedr.es

Presidente del Organismo Autónomo de Empleo y Desarrollo Rural: D. JOSÉ PRIETO GONZÁLEZ

Coordinación Técnica: CARLOS ALBERTO CORTÉS GONZÁLEZ (Director-Gerente OAEDR)


SUSANA GUINALDO SANTA RITA (Técnico Superior OAEDR)

Textos: LUIS ALFONSO HORTELANO MÍNGUEZ (Dpto. de Geografía. Universidad de Salamanca)


Trabajo de campo: MARÍA ISABEL BARTOL GÓMEZ, DAVID GERARDO GÓMEZ GARCÍA, ANGELINA GUTIÉRREZ GABRIEL
Y JUANMARÍA HERRERO GARCÍA (Técnicos OAEDR)
Cartografía: CÉSAR ANDRÉS MARTÍN PESCADOR
Fotografías de la Comarca de Vitigudino: PABLO C. DÍAZ MARTÍNEZ
Traducción: SILVIA DUARTE SERRANO

IMPRIME: GRÁFICAS LOPE

Depósito Legal: S. 1.675-2007


OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 5

SUMÁRIO ÍNDICE

Presentación ................................................................................................. 9
Apresentação ................................................................................................................... 9
1. La «gobernanza territorial» y el desarrollo local: el principio de
1. «A governação territorial» e o desenvolvimento local: o principio subsidiariedad, el enfoque ascendente «bottom up» y la coo-
da participação subsidiária, o enfo que ascendente «bottom up» e peración ................................................................................................... 13
a cooperação ........................................................................................................... 13
2. La base territorial de la franja interfronteriza del noroeste sal-
2. A base territorial da raia transfronteiriça do noroeste de Salaman- mantino y del oriente transmontano-duriense: un área exten-
ca e do nordeste transmontano-duriense: uma área extensa e sa y marginal .......................................................................................... 17
marginal .................................................................................................................... 17
2.1. Un espacio geográfico impermeable por la «raya húme-
2.1. Um espaço geográfico impermeável pela raia húmida: uma da»: una posición excéntrica y periférica ............................. 22
posição excêntrica e periférica ............................................................ 22
2.2. Un espacio rural frágil: zona desfavorecida y amenazada
2.2. Um espaço rural frágil: zona desfavorecida e ameaçada pelo por la despoblación .................................................................... 24
despovoamento .......................................................................................... 25
3. La caracterización de la raya desde el punto de vista natural y
3. A caracterização da raia desde o ponto de vista natural e socio- socioeconómico: las hondonadas fluviales y la desestructuración
económico: as profundezas fluviais e a desarticulação popula- poblacional .............................................................................................. 29
cional .......................................................................................................................... 29
3.1. Los elementos relevantes del medio físico: un sustrato
3.1. Os elementos relevantes do meio físico: um substrato igneo ígneo antiguo y las especies botánicas y faunísticas «en
antigo e as espécies botânicas e da fauna em «perigo de peligro de extinción» ................................................................. 29
extinção» ....................................................................................................... 29
3.1.1. Unos parajes naturales de gran belleza escénica
3.1.1. Umas paragens naturais de grande beleza cénica modelados por la acción fluvial: la penillanura y
modeladas pela acção fluvial: a planície e os vales los valles encajados o «arribe» ................................. 31
encaixados ou «arribas» ........................................................ 31
3.1.2. Unos ecosistemas inalterados: reducto de espe-
3.1.2. Uns ecossistemas inalterados: reduto de espécies cies botánicas mediterráneas endémicas y refu-
botânicas mediterrânicas endémicas e refugio da gio de la avifauna rupícola ........................................ 36
avifauna rupicola ...................................................................... 36 3.1.3. Los espacios naturales y la red NATURA 2000:
3.1.3. Os espaços naturais e a Rede NATURA 2000: a pro- la protección de las áreas frágiles y de la biodi-
tecção das áreas frágeis e da biodiversidade ............... 38 versidad .......................................................................... 38
3.2. As debilidades do meio socio-económico: o desequilíbrio 3.2. Las debilidades del medio socioeconómico: el desequilibrio
populacional e a atonia económica ................................................... 41 poblacional y la atonía económica ......................................... 41
3.2.1. A decadência demográfica pela perda de recursos 3.2.1. La decadencia demográfica por la pérdida de re-
humanos: envelhecimento e despovoamento ............... 41 cursos humanos: envejecimiento y despoblación ... 41

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 5
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 6

3.2.2. O tecido económico: as lidas do campo, a criação 3.2.2. El tejido económico: las faenas del campo, las
de gado e as tarefas «não agrárias ou extra agrá- labores ganaderas y las tareas «no agrarias o
rias» ............................................................................................... 54 extraagrarias» ................................................................ 54
3.2.2.1. As actividades económicas tradicionais: o trabal- 3.2.2.1. Las actividades económicas tradicionales: el
ho da terra de lavoura, a dedicação às culturas de laboreo de las tierras de labrantío, la dedica-
madeira e à criação de gado bovino e ovino .......... 54 ción a los cultivos leñosos y la cría del gana-
do bovino y ovino ............................................ 54
3.2.2.2. O futuro do sistema produtivo: a produção agro-
3.2.2.2. El futuro del sistema productivo: la produc-
alimentar de qualidade e a consolidação de turis- ción agroalimentaria de calidad y la consoli-
mo rural .......................................................................... 57 dación del turismo rural .................................. 57
3.3. As igrejas paroquiais e as manifestações etnográficas como 3.3. Las iglesias parroquiales y las manifestaciones etnográficas
representantes do património cultural ............................................. 62 como representantes del patrimonio cultural ..................... 62
3.3.1. Os bens de interesse cultural: os castelos e as zonas 3.3.1. Los bienes de interés cultural: los castillos y las
arqueológicas ............................................................................. 63 zonas arqueológicas .................................................... 63
3.3.2. A casa tradicional, as construções auxiliares e os 3.3.2. La casa tradicional, las construcciones auxiliares y
caminhos de trabalho e de relação: a adaptação ao los caminos de trabajo y de relación: la adaptación
meio e à economia .................................................................. 72 al medio y a la economía local ................................. 72
3.3.3. O património cultural imaterial: mascaradas, trabal- 3.3.3. El patrimonio cultural inmaterial: mascaradas,
hos de seda e jogos tradicionais ........................................ 74 trabajos de seda y juegos tradicionales ................. 74
3.4. A síntese territorial: um resumo da situação da franja trans- 3.4. La síntesis territorial: un resumen de la situación de la
fronteiriça e das influências externas .............................................. 78 franja transfronteriza y de las influencias externas ........... 78

3.5. A percepção dos problemas por parte das entidades locais: 3.5. La percepción de los problemas por las entidades loca-
demográficos, equipamentos e produtivos .................................... 105 les: demográficos, equipamientos y productivos ............... 105
3.5.1. A escassez de jovens e a presença de imigrantes 3.5.1. La escasez de jóvenes y la presencia de inmigran-
estrangeiros ................................................................................. 105 tes extranjeros ............................................................... 105
3.5.2. As más comunicações e os locais públicos 3.5.2. Las malas comunicaciones y los locales públicos
fechados ..................................................................................... 106 cerrados .......................................................................... 106
3.5.3. O ordenamento do território e o planeamento urba- 3.5.3. La ordenación del territorio y el planeamiento
nístico ............................................................................................ 106 urbanístico ..................................................................... 106
3.5.4. As actividades agro-pecuárias e os aproveitamentos 3.5.4. Las actividades agropecuarias y los aprovecha-
selvícolas ..................................................................................... 107 mientos selvícolas ......................................................... 107
3.5.5. Os recursos paisagísticos e a conservação da natu- 3.5.5. Los recursos paisajísticos y la conservación de la
reza ................................................................................................. 107 naturaleza ...................................................................... 107
3.5.6. O património construído e as tradições imate- 3.5.6. El patrimonio construido y las tradiciones inma-
riais ................................................................................................ 108 teriales ............................................................................. 108
3.6. A opinião das associações: as carências em infra-estru- 3.6. La opinión de las asociaciones: las carencias en infraes-
turas viárias e o aproveitamento dos recursos endóge- tructuras viarias y el aprovechamiento de los recursos
nos .................................................................................................................. 110 endógenos .................................................................................... 110

6 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 7

4. As experiências de governação territorial: a coordenação institu- 4. Las experiencias de gobernanza territorial: la coordinación insti-
cional e a cooperação dos actores socio-económicos ........................... 113 tucional y la cooperación de los actores socioeconómicos .......... 113
4.1. A planificação estratégica e o desenvolvimento das figuras 4.1. La planificación estratégica y el desarrollo de las figuras
de ordenamento territorial: das directrizes de ordenamento de ordenación territorial: las directrices de ordenación y
e os planos directores municipais ..................................................... 114 los planes directores municipales ........................................... 114
4.2. A cooperação à escala local y sub-regional: a prestação de 4.2. La cooperación a escala local y subregional: la prestación de
serviços e a realização de obras de interesse comum .............. 121 servicios y la realización de obras de interés común ............. 121
4.3. As iniciativas comunitárias e a sua incidência territorial: o 4.3. Las iniciativas comunitarias y su incidencia territorial: el
patronato e o trabalho em rede .......................................................... 126 partenariado y el trabajo en red ............................................. 126
4.3.1. A iniciativa comunitária sobre Desenvolvimento 4.3.1. La iniciativa comunitaria sobre Desarrollo Rural
Rural «LEADER+» (Relações entre os actividades «LEADER +» (Relaciones entre actividades de
de desenvolvimento da economia rural) ........................ 126 desarrollo de la economía rural) .............................. 126
4.3.2. Os Programas Municipais de Medidas de Desen- 4.3.2. Los Programas Comarcales de Medidas de Des-
volvimento Endógeno incluídos nos Programas arrollo Endógeno incluidas en los Programas
Operativos Integrados das Regiões Objectivo nº 1 Operativos Integrados de las Regiones Objetivo
(PRODER 2) .............................................................................. 128 nº 1 (PRODER 2) ........................................................... 128
4.3.3. A iniciativa comunitária sobre Cooperação trans- 4.3.3. La iniciativa comunitaria sobre Cooperación
fronteiriça, transnacional e inter-regional, destinada transfronteriza, transnacional e interregional
a fomentar um ordenamento harmonioso e equilibra- destinada a fomentar una ordenación armoniosa
do do território «INTERREG III» .................................... 130 y equilibrada del territorio «INTERREG III» ............ 130
4.3.4. A iniciativa comunitária sobre Recursos humanos 4.3.4. La iniciativa comunitaria sobre Recursos huma-
num contexto de igualdade de oportunidades nos en un contexto de igualdad de oportunida-
«EQUAL» ................................................................................... 133 des «EQUAL» ................................................................ 133
4.3.5. O projecto-piloto sobre ordenamento do território 4.3.5. El proyecto piloto sobre ordenación del territorio
«TERRA DUERO/DOURO, Região Fluvial» ............ 135 «TERRA DUERO/DOURO, Región Fluvial» .............. 135

4.4. A adequada planificação, gestão e promoção dos recursos 4.4. La adecuada planificación, gestión y promoción de los
turísticos: os Planos Estratégicos de Desenvolvimento Inte- recursos turísticos: los Planes Estratégicos de Desarrollo
gral e o Plano de Dinamização do Produto Turístico .............. 136 Integral y el Plan de Dinamización del Producto Turístico ... 136

4.5. O processo da Agenda Local 21: a participação dos cida- 4.5. El proceso de la Agenda Local 21: la participación ciuda-
dãos e o desenvolvimento sustentável ............................................ 140 dana y el desarrollo sostenible ................................................ 140

5. A Agenda para a «Governação do Território»: orientações e estra- 5. La Agenda para el «Gobierno del Territorio»: orientaciones y
tégias de intervenção na franja transfronteiriça ...................................... 143 estrategias de intervención en la franja transfronteriza ............. 143

6. Bibliografia, fontes e documentos ................................................................. 147 6. Bibliografía, fuentes y documentos ................................................. 147

Agradecimentos ............................................................................................................. 155 Agradecimientos ......................................................................................... 155

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 7
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 8
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 9

APRESENTAÇÃO PRESENTACIÓN

Desde a sua constituição em 2001, um dos objecti- Desde su constitución en el 2001, uno de los objeti-
vos prioritários do Organismo Autónomo de Empleo e vos prioritarios del Organismo Autónomo de Empleo y
Desarrollo Rural de la Diputación de Salamanca foi o Desarrollo Rural de la Diputación de Salamanca ha sido el
de estabelecer a financiar diferentes caminhos de cola- establecer y afianzar diferentes cauces de colaboración
boração com diferentes Administrações Públicas de con las distintas Administraciones Públicas de otros paí-
outros países. Para a consecução deste objectivo e no ses. Para la consecución de este objetivo, y en cumpli-
cumprimento dos seus próprios fins estatutários, o miento de sus propios fines estatutarios, el Organismo
Organismo Autónomo preocupou-se, em primeiro Autónomo se ha preocupado, en primer lugar, de obte-
lugar, em obter os fundos necessários, concorrendo, ner los fondos necesarios, concurriendo para ello a cuan-
para isso, a todas as convocatórias e iniciativas comuni- tas convocatorias e iniciativas comunitarias, nacionales y
tárias nacionais e regionais existentes. A obtenção des- regionales ha tenido ocasión. La obtención de estos fon-
tes fundos permitiu ao O.A.E.D.R., em segundo lugar, dos ha permitido al O.A.E.D.R., en segundo lugar, ejecu-
executar diferentes projectos transfronteiriços, que à tar distintos proyectos transfronterizos, que a la postre
posteriori determinaram uma linha de progresso ascen- han determinado una línea de progresión ascendente e
dente e ininterrupta, com a conseguinte revisão e ininterrumpida, con la consiguiente revisión y ampliación
ampliação, tanto de objectivos planeados como do tanto de los objetivos planteados como del número de
número de sócios transfronteiriços. Tudo isto graças à socios transfronterizos. Todo ello gracias a la confianza y
confiança e ao apoio obtido pelas diferentes instituições al respaldo obtenido por distintas instituciones naciona-
nacionais e supranacionais. São já mais de 22 milhões les y supranacionales. Son ya más de 22 millones de
de euros os conseguidos por este Organismo para a nos- Euros los conseguidos por este Organismo para nuestra
sa província nos últimos anos para a execução de pro- provincia en los últimos años, para la ejecución de pro-
jectos tão variados como formação e emprego, infra- yectos tan variados como formación y empleo, infraes-
estruturas, cultura, prevenção de incêndios, relações tructuras, cultura, prevención de incendios, relaciones
transfronteiriças, etc. transfronterizas, etc.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 9
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 10

Neste contexto devemos situar o estudo que agora En este contexto se ha de situar el estudio que ahora
apresentamos, com o título genérico de GOVERNAÇÃO presentamos bajo el título genérico de GOBERNANZA
TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPA-
RAIA HISPANO-LUSA: COMARACA DE VITIGUDI- NO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO
NO E ALTO DOURO que contou com o co-financiamen- que ha contado con la cofinanciación del Fondo Europeo
to do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional de Desarrollo Regional (F.E.D.E.R), a través del Gabinete
(F.E.D.E.R.), através do Gabinete de Iniciativas Trans- de Iniciativas Transfronterizas de la Junta de Castilla y
fronteiriças da Junta de Castela e Leão e tem os seus pre- León, y tiene sus precedentes inmediatos en los Directo-
cedentes imediatos nos Directórios transfronteiriços para rios transfronterizos para la cohesión social, económica y
a coesão social, económica e territorial publicados pelo territorial publicados por el O.A.E.D.R en el 2004 y 2005
O.A.E.D.R. em 2004 e 2005 na Análise territorial e y en el Análisis territorial e inventario de recursos locales
inventário de recursos locais da raia hispano-lusa: de la raya hispano-lusa: Comarca de Ciudad Rodrigo -
Comarca de Cidade Rodrigo – Terras do Riba-Côa publi- Tierras de Riba-Côa publicado en el 2006. Con ellos com-
cado em 2006. Com eles comparte a metodologia empre- parte la metodología empleada para su elaboración,
gue para a sua elaboração, baseada no acerto que supõe basada en el acierto que supone combinar los conoci-
combinar os conhecimentos teóricos derivados da inter- mientos teóricos derivados de la interpretación de los
pretação dos dados estatísticos com as conclusões práticas
datos estadísticos con las conclusiones prácticas extraídas
extraídas a partir de um exigente trabalho de campo.
a partir de un ingente trabajo de campo.
A coordenação técnica do estudo foi levada a cabo por
La coordinación técnica del estudio ha sido llevada a
D. Carlos A. Cortés González (Director-Gerente do
cabo por D. Carlos A. Cortés González (Director-Gerente
O.A.E.D.R.) e por Dª Susana Guinaldo Santa Rita (Técni-
ca do O.A.E.D.R.), enquanto que os textos foram elabora- del O.A.E.D.R.) y Dª Susana Guinaldo Santa Rita (Técnico
dos pelo Professor do Departamento de Geografia da Uni- del O.A.E.D.R.); mientras que, los textos han sido elabo-
versidade de Salamanca, D. Luis Alfonso Hortelano rados por el profesor del Departamento de Geografía de
Mínguez. la Universidad de Salamanca D. Luis Alfonso Hortelano
Mínguez.
O trabalho consta de duas partes claramente diferen-
ciadas: a primeira delas realiza uma análise do meio El trabajo consta de dos partes claramente diferencia-
natural e socio-económico exaustivo da zona objecto de das: la primera de ellas realiza un análisis del medio natural
estudo, evidenciando as suas debilidades, ameaças, for- y socioeconómico exhaustivo de la zona objeto de estudio,
ças e oportunidades com a síntese territorial e a segun- evidenciando sus debilidades, amenazas, fortalezas y opor-
da, recolhe um conjunto de experiências de boa gover- tunidades con la síntesis territorial y, la segunda, recoge un
nação do território para o desenvolvimento local da conjunto de experiencias del buen gobierno del territorio
zona. Estas duas secções complementares sugerem e para el desarrollo local de la zona. Estos dos apartados
abrem diferentes linhas de colaboração futura entre complementarios sugieren y abren distintas líneas de cola-
ambos os lados da raia e a partir da cooperação mútua, boración futura entre ambos lados de la raya y, a partir de
poder resistir às debilidades detectadas e potenciar as la cooperación mutua, poder contrarrestar las debilidades
oportunidades existentes. detectadas y potenciar las oportunidades existentes.

10 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 11

No que é uma constante em todos os projectos trans- En lo que es una constante en todos los proyectos
fronteiriços desenhados pelo O.A.E.D.R. da Diputación transfronterizos diseñados por el O.A.E.D.R. de la Diputa-
de Salamanca, a finalidade última deste estudo é a de ción de Salamanca, la finalidad última de este estudio es
contribuir para a criação de um espaço de encontro per- la de contribuir a crear un espacio de encuentro perma-
manente, de carácter participativo e em constante reno- nente, de carácter participativo y en constante renova-
vação, que resulte no desenvolvimento das zonas rurais ción, que redunde en el desarrollo de las zonas rurales de
da nossa província, gerando emprego, assentando popu- nuestra provincia, generando empleo, asentando pobla-
lação e melhorando a qualidade de vida das populações. ción y mejorando la calidad de vida en los pueblos. Un
Um âmbito de cooperação ao que irreversivelmente nos ámbito de cooperación al que irreversiblemente nos
vemos abocados e que deve contar com o compromisso vemos abocados y que ha de contar con el compromiso
incondicional que quantas instituições e entidades se incondicional de cuantas instituciones y entidades se ven
vêm comprometidas no seu desenvolvimento. involucradas en su desarrollo.
Não quisemos concluir sem manifestar o nosso agra- No quisiéramos concluir sin manifestar nuestro agra-
decimento a quantas pessoas e entidades participaram, decimiento a cuantas personas y entidades han participa-
de forma directa e indirecta, na elaboração deste trabal- do, de forma directa o indirecta, en la elaboración de este
ho. A todos eles as nossas mais sinceras felicitações. trabajo. A todos ellos nuestras más sinceras felicitaciones.

Salamanca, Outubro de 2007 Salamanca, Octubre de 2007

ISABEL JIMÉNEZ GARCÍA JOSÉ PRIETO GONZÁLEZ ISABEL JIMÉNEZ GARCÍA JOSÉ PRIETO GONZÁLEZ
Presidenta da Diputación de Salamanca Presidente do O.A.E.D.R. Presidenta de la Diputación de Salamanca Presidente del O.A.E.D.R.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 11
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 12
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 13

1. «A governação territorial» e o desenvolvimento 1. La «gobernanza territorial» y el desarrollo local: el


local: o principio da participação subsidiária, o principio de subsidiariedad, el enfoque
enfoque ascendente «bottom up» e a cooperação ascendente «bottom up» y la cooperación

A Constituição Espanhola em 1978 a a Constituição da República La Constitución Española en 1978 y la Constitución de la Repú-
Portuguesa em 1976 definiram as unidades político-administrativas, blica Portuguesa en 1976 definieron las unidades político-administra-
assim como, os órgãos representativos para a defesa dos interesses comu- tivas, así como, los órganos representativos para la defensa de los
nitários e das populações residentes. A Carta Magna espanhola vertebra intereses comunitarios y de las poblaciones residentes. La Carta Mag-
uma engrenagem que parte da divisão em Comunidades Autónomas e na española vertebra un engranaje que parte de la división en Comu-
nidades Autónomas y que, en el caso portugués, este nivel jerárquico
que, no caso português, este nível hierárquico continua pendente de rati-
aún queda pendiente de ratificación porque las Regiones Administra-
ficação porque as Regiões Administrativas1 criadas pela lei substituirão a tivas1 creadas por ley sustituirán a la vieja división distrital. Sin embar-
velha divisão distrital. Contudo, com a incorporação de ambos países na go, con la incorporación de ambos países a la Unión Europea, el 1 de
União Europeia em 1 de Janeiro de 1986 fez crescer o papel de responsa- enero de 1986, ha crecido el papel de responsabilidad de las autori-
bilidade das autoridades regionais e locais no governo do território e no dades regionales y locales en el gobierno del territorio y en el desarro-
desenvolvimento endógeno. As transformações da economia e as mudan- llo endógeno. Las transformaciones de la economía y los cambios tec-
ças tecnológicas à escala mundial, assim como, as tendências demográfi- nológicos a escala mundial, así como, las tendencias demográficas,
cas, sociais e ambientais, relançaram a «dimensão territorial do desenvol- sociales y ambientales, han relanzado la «dimensión territorial del
vimento». Anteriormente já tinha surgido um movimento de impulso do desarrollo». Anteriormente, ya había surgido un movimiento de
desenvolvimento local porque «constitui um dos elementos motor de um impulso del desarrollo local porque «constituye uno de los elementos
desenvolvimento económico renovado e equilibrado, enquanto permite motor de un desarrollo económico renovado y equilibrado, por cuan-
um desenvolvimento endógeno através da mobilização dos recursos to permite un desarrollo endógeno a través de la movilización de los
recursos locales, en el respeto de las particularidades locales y de las
locais, no que respeita às particularidades locais e das raízes culturais»2.
raíces culturales»2.
A União Europeia com a Estratégia Territorial Europeia (ETE),
La Unión Europea con la Estrategia Territorial Europea (ETE).
face a um desenvolvimento equilibrado e sustentável do território da Hacia un desarrollo equilibrado y sostenible del territorio de la Unión
União Europeia3, encontrou um documento de referência adequado Europea3 ha encontrado un documento de referencia adecuado para
para fomentar a colaboração no âmbito territorial entre os Estados e as fomentar la colaboración en el ámbito territorial entre los Estados y

1
Lei nº 56/91, de 13 de agosto, quadro das regiões administrativas
1
Lei nº 56/91, de 13 de agosto, quadro das regiões administrativas
(Diário da República Série I-A n.º 185, de 13 de agosto de 1991). (Diário da República Série I-A n.º 185, de 13 de agosto de 1991).
2
DICTAMEN del Comité Económico y Social de las Comunidades
2
DICTAMEN del Comité Económico y Social de las Comunidades Euro-
Europeas, «El Desarrollo Local en la política regional comunitaria», de 25 y peas, «El Desarrollo Local en la política regional comunitaria», de 25 y 26 de
26 de octubre de 1995. octubre de 1995.
3
COMISION EUROPEA. (1999). Estrategia Territorial Europea (ETE). 3
COMISION EUROPEA. (1999). Estrategia Territorial Europea (ETE).
Hacia un desarrollo equilibrado y sostenible del territorio de la UE. Oficina de Hacia un desarrollo equilibrado y sostenible del territorio de la UE. Oficina de
Publicaciones Oficiales de las Comunidades Europeas. Bruselas-Luxemburgo. Publicaciones Oficiales de las Comunidades Europeas. Bruselas-Luxemburgo.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 13
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 14

suas autoridades regionais e locais, para a coordenação das politicas sec- sus autoridades regionales y locales; para la coordinación de las políti-
toriais com repercussões territoriais e para a cooperação territorial cas sectoriales con repercusiones territoriales; y para la cooperación
(transnacional, transfronteiriça e inter-regional), sem por de lado o prin- territorial (transnacional, transfronteriza y interregional), sin apartar el
cipio da participação subsidiária. Toda a politica de desenvolvimento principio de subsidiariedad. Toda política de desarrollo territorial debe
territorial deve respeitar o princípio da participação subsidiária, quer respetar el principio de subsidiariedad, es decir, basarse en la asocia-
dizer, basear-se na associação e cooperação entre todos os âmbitos inter- ción y la cooperación entre todos los ámbitos interesados y ser dirigi-
essados e ser dirigido pelas comunidades locais. Para além disso, a do por las comunidades locales. Además, la estrategia territorial euro-
estratégia territorial europeia ajusta-se ao objectivo comunitário de pro- pea se ajusta al objetivo comunitario de buscar el desarrollo territorial
equilibrado y sostenible al armonizar las exigencias sociales y econó-
curar o desenvolvimento territorial equilibrado e sustentável ao harmo-
micas del desarrollo con las funciones ecológicas y culturales del terri-
nizar as exigências sociais e económicas do desenvolvimento com as torio. Por tanto, introduce una «cultura territorial sostenible» que, se
funções ecológicas e culturais do território. Portanto, introduz uma «cul- traduce en una nueva manera de explicar y actuar en el desarrollo del
tura territorial sustentável» que se traduz numa nova maneira de expli- territorio, a partir de las cambiantes relaciones entre el campo y la
car e actuar no desenvolvimento do território, a partir das mutáveis rela- ciudad (policentrismo), el acceso a la sociedad del conocimiento y la
ções entre o campo e a cidade (policentrismo), do acesso à sociedade do gestión creativa de la naturaleza y del patrimonio cultural.
conhecimento e a gestão criativa da natureza e do património cultural.
En este contexto, tienen su explicación numerosos conceptos de
Neste contexto, têm explicação numerosos conceitos de um amplo un amplio glosario generado por la aplicación de las políticas comuni-
glossário gerado pela aplicação das políticas comunitárias com «efeito tarias con «efecto territorial»; es decir, las acciones comunitarias han
territorial», quer dizer, as acções comunitárias modificaram as obsole- modificado las obsoletas estructuras territoriales clásicas. Así por
tas estruturas territoriais clássicas. Assim, por exemplo, as diversas ejemplo, las diversas políticas comunitarias con efectos sobre el des-
politicas comunitárias com efeitos sobre o desenvolvimento territorial arrollo territorial (los fondos estructurales, las iniciativas comunitarias,
(os fundos estruturais, as iniciativas comunitárias, a politica agrícola la política agrícola común, la política medioambiental, etc.) han crea-
comum, a politica do meio ambiente, etc.) criaram novas fórmulas de do nuevas fórmulas de aplicación y el establecimiento de renovadas
aplicação e o estabelecimento de renovadas alianças através do alianzas a través del enfoque ascendente de abajo-arriba («bottom-
enfoque ascendente de abaixo-acima («bottom-Up»)e da cooperação. Up») y de la cooperación.

O aparecimento desta nova «cultura territorial»4 está ligada a La aparición de esta nueva «cultura territorial»4 está ligada a una
uma mudança de conceito de «território»5, identificado de forma tradi- mudanza del concepto de «territorio»5, identificado de forma tradicio-
cional com o suporte físico ou o substrato natural onde se desenvol- nal con el soporte físico o el sustrato natural donde se desarrollan las
4
Un amplio colectivo de profesionales vinculados con el territorio, 4
Un amplio colectivo de profesionales vinculados con el territorio, sobre
sobretodo geógrafos, denunciaron públicamente en el Manifiesto «Por una todo geógrafos, denunciaron públicamente en el Manifiesto «Por una nueva
nueva Cultura del Territorio» (10 de marzo del 2006) la utilización salvaje del Cultura del Territorio» (10 de marzo del 2006) la utilización salvaje del suelo y
suelo y pedían una gestión pridente del territorio. pedían una gestión prudente del territorio.
5
ORTEGA VALCARCEL, J. (1998). «El patrimonio territorial: el terri- 5
ORTEGA VALCARCEL, J. (1998). «El patrimonio territorial: el territorio
torio como recurso cultural y económico». Revista Ciudades, Vol. 4; Territorio como recurso cultural y económico». Revista Ciudades, Vol. 4; Territorio y Patri-
y Patrimonio; Revista del Instituto de Urbanística de la Universidad de Valla- monio; Revista del Instituto de Urbanística de la Universidad de Valladolid;
dolid; Secretariado de Publicaciones; Valladolid; pp. 33-48. Secretariado de Publicaciones; Valladolid; pp. 33-48.
TROITIÑO VINUESA, M. A. (1998). «Patrimonio arquitectónico, cultu- TROITIÑO VINUESA, M. A. (1998). «Patrimonio arquitectónico, cultura y
ra y territorio». Revista Ciudades, Vol. 4; Territorio y Patrimonio; Revista del territorio». Revista Ciudades, Vol. 4; Territorio y Patrimonio; Revista del Institu-
Instituto de Urbanística de la Universidad de Valladolid; Secretariado de to de Urbanística de la Universidad de Valladolid; Secretariado de Publicacio-
Publicaciones; Valladolid; pp. 95-104. nes; Valladolid; pp. 95-104.
TROITIÑO VINUESA, M. A. (2000). «El territorio y la revalorización TROITIÑO VINUESA, M. A. (2000). «El territorio y la revalorización de los
de los recursos endógenos en el desarrollo local». Eines per al desenvolupa- recursos endógenos en el desarrollo local». Eines per al desenvolupament
ment local/Herramientas para el desarrollo local; Universidad de Alicante y local/Herramientas para el desarrollo local; Universidad de Alicante y CEDER
CEDER Aitana; Alicante; pp. 101-121. Aitana; Alicante; pp. 101-121.

14 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 15

vem as actividades, evolucionou para uma acepção social, como um actividades, ha evolucionado hacia una acepción social, como un ele-
elemento construído e como um legado das sociedades precedentes. mento construido y como un legado de las sociedades precedentes.
Portanto, o território pode ser contemplado como uma herança cultu- Por tanto, el territorio se puede contemplar como una herencia cultu-
ral, como um «património histórico de raiz cultural» ou como um ral, como un «patrimonio histórico de raíz cultural» o como un «patri-
«património territorial», cuja leitura requer decifrar a passagem das monio territorial», cuya lectura requiere descifrar el paso de las dife-
diferenças culturais e a interpretação da sequência geográfica, conhe- rentes culturas y la interpretación de la secuencia geográfica, conocida
cida como palimpsesto. O conceito de património territorial permite como palimpsesto. El concepto de patrimonio territorial permite inte-
integrar, como construção histórica, os elementos naturais e as com- grar, como construcción histórica, los elementos naturales y los com-
ponentes artificiais no que é a arquitectura do território histórico. ponentes artificiales en lo que es la arquitectura del territorio histórico.
Esta nova acepção conceptual do território, abre múltiplas possi- Esta nueva acepción conceptual del territorio abre múltiples posi-
bilidades porque se levanta num instrumento de aprendizagem sobre o bilidades porque se erige en un instrumento de aprendizaje sobre el
uso e as condições de vida da sociedade do passado, pela dimensão uso y las condiciones de vida de la sociedad del pasado; por la dimen-
pedagógica e educativa, quanto à organização e disposição dos assen- sión pedagógica y educativa en cuanto a la organización y disposición
tamentos, vias de comunicação, espaços agrícolas e áreas naturais e o de los asentamientos, vías de comunicación, espacios agrícolas y áre-
carácter recreativo e lúdico de alguns elementos do território pelas as naturales; y el carácter recreativo y lúdico de algunos elementos
possibilidades de reutilização e reconversão. A gestão prudente do ter- del territorio por las posibilidades de reutilización y reconversión. La
ritório tem que chegar da mão do Ordenamento do Território porque gestión prudente del territorio tiene que llegar de la mano de la Orde-
tem um papel fundamental na identificação, definição e revalorização nación del Territorio porque tiene un papel fundamental en la identifi-
cultural e económica do território. Por exemplo, os objectivos gerais cación, definición y revalorización cultural y económica del territorio.
Por ejemplo, los objetivos generales de la Ordenación del Territorio en
do ordenamento do território na Comunidade de Castela e Leão são «a
la Comunidad de Castilla y León son «la promoción de su desarrollo
promoção do seu desenvolvimento equilibrado e sustentável, o aumen-
equilibrado y sostenible, el aumento de la cohesión económica y
to da coesão económica e social e a melhoria da qualidade de vida social y la mejora de la calidad de vida de sus habitantes, así como, la
dos seus habitantes, assim como, a gestão responsável dos recursos gestión responsable de los recursos naturales y la protección del
naturais e a protecção do meio ambiente e do património cultural». medio ambiente y del patrimonio cultural».
As directrizes europeias sobre o ordenamento do território e em Las directrices europeas sobre la ordenación del territorio y, en un
segundo plano as normativas nacionais e autonómicas, inspiraram os segundo plano las normativas nacionales y autonómicas, han inspira-
princípios da «governação territorial». Uma primeira aproximação do los principios de la «gobernanza territorial». Una primera aproxi-
ao marco conceptual estabelece que «a governação territorial pode mación al marco conceptual establece que «la gobernanza territorial
ser percebida como a maneira em que os territórios de um estado puede ser percibida como la manera en que los territorios de un esta-
nacional são administrados e as politicas implementadas, com parti- do nacional son administrados y las políticas implementadas, con par-
cular referência à distribuição de papeis e responsabilidades entre ticular referencia a la distribución de roles y responsabilidades entre
os diferentes níveis de governação supranacional, nacional e sub los diferentes niveles de gobierno (supranacional, nacional y subna-
nacional) e os processos subjacentes da relação, negociação e for- cional) y los procesos subyacentes de relación, negociación y forma-
mação de consensos) e, numa segunda acepção, «a governação ter- ción de consensos» y, en una segunda acepción, «la gobernanza terri-
ritorial pode ser igualmente entendida como a emergência e a posta torial puede ser igualmente entendida como la emergencia y puesta
em prática de inovadoras formas partilhadas de planificação e ges- en práctica de innovadoras formas compartidas de planificación y
tão das dinâmicas sócio-territoriais»6. O Livro Branco sobre «a gestión de las dinámicas socio-territoriales»6. El Libro Blanco sobre «La

6
CONFERENCIA EUROPEA DE MINISTROS RESPONSABLES 6
CONFERENCIA EUROPEA DE MINISTROS RESPONSABLES DE LA ORDE-
DE LA ORDENACIÓN DEL TERRITORIO (CEMAT). «Redes para el desar- NACIÓN DEL TERRITORIO (CEMAT). «Redes para el desarrollo territorial soste-
rollo territorial sostenible del continente europeo: Puentes a través de Euro- nible del continente europeo: Puentes a través de Europa», Estrasburgo, 27 de
pa», Strasbourg, 27 de octubre de 2006. octubre de 2006.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 15
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 16

Governação Europeia»7 enumera os princípios que constituem a Gobernanza Europea»7 enumera los principios que constituyen la
base para uma boa governação: a abertura das instituições, uma base para una buena gobernanza: la apertura de las instituciones,
ampla participação dos cidadãos em todas e cada uma das diferentes una amplia participación de los ciudadanos en todas y cada una de
fases de processo, uma maior responsabilização dos Estados e de las distintas fases del proceso, una mayor responsabilización de los
todos os agentes que participam no processo de desenvolvimento, Estados y de todos los agentes que participan en el proceso de des-
umas medidas eficazes e oportunas e as acções empreendidas devem arrollo, unas medidas eficaces y oportunas, y las acciones emprendi-
ser coerentes e compreensíveis. Nestes momentos, encontramo-nos das deben ser coherentes y comprensibles. En estos momentos, nos
numa fase de difusão do conceito e da recolha de dados. Por este encontramos en una fase de difusión del concepto y de recogida de
motivo, um grupo de investigadores integrados com a denominação casos. Por este motivo, un grupo de investigadores integrados bajo la
de «Grupo Territórios» realizaram uma investigação sobre o assun- denominación de «Grupo Territorios» ha realizado una investigación
to: Estratégias de cooperação e desenvolvimento sustentável de sobre el tema: «Estrategias de cooperación y desarrollo sostenible en
Espanha». A recompilação da grande variedade de experiências deu España». La recopilación de la gran variedad de experiencias ha dado
como resultado «mais sombras que luzes» enquanto a prática das como resultado «más sombras que luces» en cuanto a la práctica de
novas formas de governação territorial em Espanha8. Diante deste las nuevas formas de gobernanza territorial en España8. Ante este
enfoque, quisemos levar um grão com o estudo das experiências planteamiento, hemos querido aportar un granito con el estudio de
aplicadas à comaraca de Vitigudino e Alto Douro, com a singulari- las experiencias aplicadas a la Comarca de Vitigudino y Alto Douro,
dade de que se trata de uma franja transfronteiriça e portanto, com con la singularidad de que se trata de una franja transfronteriza y, por
mais facilidade para desenvolver estratégias comuns de governação tanto, con más facilidad para desarrollar estrategias comunes de
e de cooperação territorial. gobernanza y de cooperación territorial.

7
COMISIÓN DE LAS COMUNIDADES EUROPEAS COM (2001) 428 7
COMISIÓN DE LAS COMUNIDADES EUROPEAS COM (2001) 428 final,
final, Libro Blanco «La Gobernanza Europea» (Bruselas, a 25 de julio de 2001). Libro Blanco «La Gobernanza Europea» (Bruselas, a 25 de julio de 2001).
8
Algunas cuestiones relacionadas con la Gobernanza Territorial a esca- 8
Algunas cuestiones relacionadas con la Gobernanza Territorial a escala
la de la Comunidad Autónoma de Castilla y León se han estudiado en el Pro- de la Comunidad Autónoma de Castilla y León se han estudiado en el Proyec-
yecto de Investigación E-24, de la Dirección General de Economía y Asuntos to de Investigación E-24, de la Dirección General de Economía y Asuntos Euro-
Europeos, «Cooperación Territorial y Estrategias de Desarrollo Sostenible en peos, «Cooperación Territorial y Estrategias de Desarrollo Sostenible en Castilla
Castilla y León» (Orden EYE/1670/2005, de 19 de diciembre), realizado por y León» (Orden EYE/1670/2005, de 19 de diciembre), realizado por María Isa-
María Isabel Martín Jiménez. (Investigadora principal); Juan Ignacio Plaza bel Martín Jiménez. (Investigadora principal); Juan Ignacio Plaza Gutiérrez y
Gutiérrez y Luis Alfonso Hortelano Mínguez del Departamento de Geografía Luis Alfonso Hortelano Mínguez del Departamento de Geografía de la Univer-
de la Universidad de Salamanca. El resultado del proyecto puede comprobarse sidad de Salamanca. El resultado del proyecto puede comprobarse en el artícu-
en el artículo: MARTÍN JIMÉNEZ, Mª. I.; HORTELANO MÍNGUEZ, L. A. lo: MARTÍN JIMÉNEZ, Mª. I.; HORTELANO MÍNGUEZ, L. A. Y PLAZA GUTIÉ-
Y PLAZA GUTIÉRREZ, J. I. «Cooperación Territorial y Gobierno del Terri- RREZ, J. I. «Cooperación Territorial y Gobierno del Territorio en Castilla y
torio en Castilla y León». Revista Estudios Geográficos. Consejo Superior de León». Revista Estudios Geográficos. Consejo Superior de Investigaciones
Investigaciones Científicas. Madrid (En prensa). Científicas. Madrid (En prensa).

16 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 17

2. A base territorial da raia transfronteiriça do 2. La base territorial de la franja interfronteriza


noroeste de Salamanca e do nordeste transmontano del noroeste salmantino y del oriente
- duriense: uma área extensa e marginal transmontano-duriense: un área extensa y marginal

A actual indefinição do espaço fronteiriço ou do «efeito frontei- La actual indefinición del espacio fronterizo o del «hecho fronte-
ra» hispano-luso e a diferente estrutura das unidades político – rizo» hispano-luso y la diferente estructura de las unidades político-
administrativas de ambos os países, permite-nos estabelecer um administrativas de ambos países nos permiten establecer un ámbito
âmbito de cooperação para este estudo com uma «escala territorial de cooperación para este estudio con una «escala territorial interme-
intermédia». Esta escala de âmbito sub provincial, sub distrital, dia». Esta escala de ámbito subprovincial, subdistrital, supramunici-
supra municipal, que não se afasta da zona da raia, faz-se cor- pal o comarcal que no se aparta de la cinta rayana se corresponde
responder com o nível «Local Administrative Units» (LAU 1) ou con el nivel «Local Administrative Units» (LAU I) o «Unidades Admi-
«Unidades Administrativas Locais» (UAL 1) da Nomenclatura de nistrativas Locales» (UAL I) de la Nomenclatura de Unidades Territo-
Unidades Territoriais Estatísticas (NUTS), estabelecida pelo gabine- riales Estadísticas (NUTS), establecido por la Oficina Estadística de las
te Estatístico das Comunidades Europeias (EUROSTAT)9. Segundo Comunidades Europeas (EUROSTAT)9. Según esta metodología, la
esta metodologia, a área seleccionada encontra-se delimitada pela franja seleccionada está delimitada por la comarca agraria de Vitigu-
Comarca agrária de Vitigudino e os concelhos de Figueira de Cas- dino y los concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espa-
telo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta e Mogadouro. A comarca da à Cinta y Mogadouro. La comarca agraria de Vitigudino, desde el
agrária de Vitigudino, desde o ponto de vista da identidade local e punto de vista de la identidad local y de la percepción colectiva, se
da percepção colectiva, subdivide-se numa série de sub-comarcas subdivide en una serie de subcomarcas históricas, cada vez más dilui-
históricas, cada vez mais diluídas pela organização administrativa, das por la organización administrativa, que reciben el nombre de La
sendo elas, La Ribera, La Ramajeria, El Abadengo e a Terra de Viti- Ribera, La Ramajería, El Abadengo y La Tierra de Vitigudino. En defi-
gudino. Definitivamente, a coesão interna da Comarca de Vitigudino nitiva, la cohesión interna de la comarca agraria de Vitigudino está
encontra-se estabelecida pelas relações interterritoriais que encon-
establecida por las relaciones interterritoriales que genera la cabece-
tramos à cabeça com o resto dos municípios, embora alguns destes
ra con el resto de los municipios, si bien, alguno de sus bordes fluc-
se encontrem a par de outros centros e da capital provincial, e no
túan con otros centros y la capital provincial, y en el caso portugués
caso português o elo de ligação dos três concelhos é a margem
el eje vertebrador de los tres concelhos es el tramo alto del río Duero
direita do rio Douro em terras portuguesas.
en tierras portuguesas.

9
REGULAMENTO (ce) Nº 1059/2003 DO PARLAMENTO EURO-
9
REGLAMENTO (CE) Nº 1059/2003 DEL PARLAMENTO EUROPEO Y DEL
PEU E DO CONSELHO, de 26 de Maio de 2003, pelo que se estabelece uma CONSEJO, de 26 de mayo de 2003, por el que se establece una nomenclatura
nomenclatura comum de unidades territoriais estatísticas (NUTS) (DO nº 154, común de unidades territoriales estadísticas (NUTS) (DO nº 154, de 21 de junio
de 21 de Junho de 2003). de 2003).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 17
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 18

No cenário europeu, segundo diferentes perspectivas relativas à En el escenario europeo, según las diferentes perspectivas sobre
política territorial e ao ordenamento do território europeu10, esta raia política regional y ordenación del territorio europeo10, esta franja
transfronteiriça, encontra-se dentro das Regiões Interiores Espanho- transfronteriza, se encuentra dentro las Regiones Interiores espa-
las (RIE) e os Concelhos Interiores Portugueses no que concerne ao ñolas (RIE) y de los Concelhos Interiores portugueses, en el mar-
bloco transnacional das Regiões da Diagonal Continental (ver mapa). co del bloque transnacional de las Regiones de la Diagonal Continen-
As características gerais destas regiões do interior encontram-se marca- tal (ver mapa). Las características generales de estas regiones
das por um meio natural difícil «que condicionou as formas de ocupa- interiores están marcadas por un medio natural difícil «que ha condi-
ção do território (baixa densidade populacional), os sistemas de pro- cionado las formas de ocupación del territorio (baja densidad de
dução agrícola (predomínio da agricultura extensiva) e o población), los sistemas de producción agrícola (predominio de la
desenvolvimento industrial». Em resumo, este sector da fronteira hispa- agricultura extensiva) y el desarrollo industrial». En concreto, este sec-
no-lusa, enquadra-se no seio da diagonal continental, na tipologia tor de la frontera hispano-lusa se encuadraría, en el seno de la diago-
«espaço interiores rurais frágeis»11, cujo desenvolvimento se mantem nal continental, en la tipología de «espacios interiores rurales frági-
fortemente ligado à actividade agrícola que gera escasso valor acres- les»11, cuyo desarrollo se mantiene fuertemente ligado a la actividad
centado. (ver tabela nº1). agrícola que genera escaso valor añadido (ver tabla nº 1).
O conjunto composto pela comarca de Vitigudino e os concelhos El conjunto conformado por la comarca agraria de Vitigudino y
de Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta e Mogadou- los concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cin-
ro somam uma extensão de 3.870,68 km2 (ver mapa). As terras da ta y Mogadouro suma una extensión de 3.870,68 km2 (ver mapa). Las
comarca de Vitigudino fazem parte de canto norocidental da Província tierras de la comarca de Vitigudino comprenden el rincón norocciden-
de Salamanca (NUTS III ES415), dentro da Comunidade Autónoma tal de la provincia de Salamanca (NUTS III ES415), dentro de la Comu-
de Castela e Leão /NUTS II ES41), enquanto que o concelho de nidad Autónoma de Castilla y León (NUTS II ES41); mientras que, el
Figueira de Castelo Rodrigo pertence à região da Beira Interior Norte concelho de Figueira de Castelo Rodrigo pertenece a la subregión de
(NUTS III PT168) no centro (NUTS II PT16), e os concelhos de la Beira Interior Norte (NUTS III PT168) de la región Centro (NUTS II
Freixo de Espada à Cinta e Mogadouro integram a sub-região do Dou- PT16), y los concelhos de Freixo de Espada à Cinta y Mogadouro se
ro (NUTS III PT117) e Alto Trás-os-Montes /NUTS III PT118), integran en la subregión del Douro (NUTS III PT117) y Alto Trás-os-
respectivamente da região Norte (NUTS II PT 11). Apesar disso, as Montes (NUTS III PT118), respectivamente, de la región Norte (NUTS II
sub-regiões estatísticas não se encontram descritas como unidades PT11). Sin embargo, las subregiones estadísticas no están contempla-
administrativas reconhecidas pela Constituição da República Portu- das como unidades administrativas reconocidas por la Constitución
guesa de 1976. Sendo assim, até serem aprovadas as regiões adminis- de la República Portuguesa de 1976 y, por tanto, con un carácter
trativas, estes concelhos pertencem as divisões distritais: Figueira de transitorio hasta aprobar las regiones administrativas funciona la divi-
Castelo Rodrigo (Distrito da Guarda) e Freixo de espada à Cinta e sión distrital: Figueira de Castelo Rodrigo (Distrito de Guarda) y Freixo
Mogadouro (Distrito de Bragança).
de Espada à Cinta y Mogadouro (Distrito de Bragança).
10
COMISSÃO EUROPEIA. (1992). Europa 2000. Perspectivas de
Desenvolvimento do Território da Comunidade. Direcção Geral de Politicas 10
COMISION EUROPEA. (1992). Europa 2000. Perspectivas de desarrollo
Regionais. Gabinete de Publicações Oficiais das Comunidades Europeias. del territorio de la Comunidad. Dirección General de Políticas Regionales. Oficina
Bruxelas - Luxemburgo. de Publicaciones Oficiales de las Comunidades Europeas. Bruselas-Luxemburgo.
COMISSÃO EUROPEIA. (1994). Europa 2000 +. Cooperação para COMISION EUROPEA. (1994). Europa 2000 +. Cooperación para la orde-
o Ordenamento do Território Europeu. Direcção Geral de Politicas Regionais.
nación del territorio europeo. Dirección General de Políticas Regionales. Oficina
Gabinete de Publicações Oficiais das Comunidades Europeias. Bruxelas -
Luxemburgo. de Publicaciones Oficiales de las Comunidades Europeas. Bruselas-Luxemburgo.
11
COMISSÃO EUROPEIA. (1995). Evolução e perspectiva das regiões
11
COMISION EUROPEA. (1995). Evolución y perspectiva de las regiones
do interior e dos espaços rurais de baixa densidade da Comunidade. Gabinete interiores y de los espacios rurales de baja densidad de la Comunidad. Oficina
de Publicações Oficiais das Comunidades Europeias. Bruxelas - Luxemburgo. de Publicaciones Oficiales de las Comunidades Europeas. Bruselas-Luxemburgo.

18 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 19

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 19
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 20

20 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 21

TABELA Nº 1. CARACTERÍSTICAS DA DIAGONAL CONTINENTAL TABLA Nº 1. CARACTERÍSTICAS DE LA DIAGONAL CONTINENTAL


Um meio natural difícil Un medio natural difícil
– Condições orográficas extremas (área de montanha) – Condiciones orográficas extremas (áreas de montaña)
– Condições climáticas muito variadas – Condiciones climáticas muy variadas
– Solos pouco férteis – Suelos poco fértiles
– Diversidade na paisagem – Diversidad de paisajes

Uma população em declive Una población en declive

– Escasso dinamismo demográfico (crescimento natural nulo ou regressivo) – Escaso dinamismo demográfico (crecimiento natural nulo o regresivo)
– Desarticulada estrutura por idade e sexo – Desarticulada estructura por edad y sexo
– Envelhecimento acusado da população – Envejecimiento acusado de la población
– Mobilidade espacial (intraprovincial e inter-regional) – Movilidad espacial (intraprovincial e interregional)
– Escassa densidadede população («desertificação demográfica») – Escasa densidad de población («desertización demográfica»)

Um mercado de trabalho com importantes desajustes Un mercado de trabajo con importantes desajustes

– Baixos níveis de actividade e qualificação – Bajos niveles de actividad y cualificación


– Escassa participação da mulher no mundo laboral – Escasa participación de la mujer en el mundo laboral
– Elevadas taxas de desemprego – Elevadas tasas de paro

Um sistema territorial complexo Un sistema territorial complejo

– Um sistema territorial heterogéneo e insuficientemente integrado – Un sistema territorial heterogéneo e insuficientemente integrado
– Espaços rurais com potencialidades: espaços naturais protegidos, património – Espacios rurales con potencialidades: espacios naturales protegidos, patrimonio
cultural e actividades emergentes cultural y actividades emergentes
– Escassas dotações em infra-estruturas e equipamentos – Escasas dotaciones en infraestructuras y equipamientos

Um tecido produtivo de baixa produtividade Un tejido productivo de baja productividad


e graves problemas estruturais y graves problemas estructurales
– Forte presença da agricultura: rendimentos económicos e rendas muito baixas, – Fuerte presencia de la agricultura: rendimientos económicos y rentas muy bajas,
envelhecimento da população agrária, produções agrárias ameaçadas pela envejecimiento de la población agraria, producciones agrarias amenazadas por la
Reforma da PAC (cultivos de cereais em solos pobres, produção leiteira, carne e Reforma de la PAC (cultivos de cereales en suelos pobres, producción lechera, carne
bovino e vinhedo) de bovino y viñedo)
– Modelos de especialização produtiva: modelo intra-industrial em áreas – Modelos de especialización productiva: modelo intraindustrial en áreas metropolitanas
metropolitanas ou próximas às dinâmicas metropolitanas (intensivo em capital; o próximas a las dinámicas metropolitanas (intensivo en capital); modelo interindustrial
modelo inter-industrial (mão -de -obra); e misto (mano de obra); y mixto.

Regiões Interiores (NUTS II): Aragão, Castela e Leão, Castela a Mancha, Extremadura, Regiones Interiores (NUTS II): Aragón, Castilla y León, Castilla La Mancha, Extremadura,
Madrid, A Rioja e Navarra. Madrid, La Rioja y Navarra.
Concelhos Interiores da Região Centro (NUT II) Sub-região Beira Interior Norte (Almeida, Concelhos Interiores de la Región Centro (NUTS II): Subregión Beira Interior Norte (Almei-
Celorico da Beira, Figueria de Castelo Rodrigo, Guarda; Manteigas; Meda, Pinhel, Sabugal e Tron- da, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, Manteigas, Meda, Pinhel, Sabugal
coso). y Trancoso).
Concelhos Interiores de la Región Norte (NUTS II): Subregión Douro (Alijó, Armamar, Carra- Concelhos Interiores de la Región Norte (NUTS II): Subregión Douro (Alijó, Armamar, Car-
zeda de ansiase, Freixo de Espada à Cinta, Lamego, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Penedono, razeda de ansiase, Freixo de Espada à Cinta, Lamego, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Penedo-
Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, no, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, São João da Pesqueira, Sernancelhe,
Tarouca, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Vila Nova de Foz Côa, Vila Real) y Subregión Alto Trás-os- Tabuaço, Tarouca, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Vila Nova de Foz Côa, Vila Real) y Subregión
Montes (Alfândega da Fé, Boticas, Braganza, Chaves, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Alto Trás-os-Montes (Alfândega da Fé, Boticas, Braganza, Chaves, Macedo de Cavaleiros,
Mirandela, Mogadouro, Montalegre, Murça, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar, Vimioso y Vinhais). Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Montalegre, Murça, Valpaços, Vila Pouca de
Fonte: Comissão Européia. (1995). Evolução e perspectivas das regiões interiores (e dos Aguiar, Vimioso y Vinhais).
espaços rurais de baixa densidade da Comunidade), Escritório de Publicações Oficiais das Comuni- Fuente: Comisión Europea. (1995). Evolución y perspectivas de las regiones interiores (y
dades Européias. Luxemburgo. de los espacios rurales de baja densidad de la Comunidad), Oficina de Publicaciones Oficiales
de las Comunidades Europeas. Luxemburgo, pp. 31-63.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 21
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 22

2.1. Um espaço geográfico impermeável pela raia húmida: 2.1. Un espacio geográfico impermeable por la
uma posição excêntrica e periférica «raya húmeda»: una posición excéntrica y periférica

As conotações naturais e socio-económicas deste conjunto territo- Las connotaciones naturales y socioeconómicas de este conjunto
rial do cenário europeu, partilham o espaço com outras zonas rurais do territorial, en el escenario europeo, están compartidas por otras zonas
interior de Espanha e de Portugal. Apesar disso, esta franja transfron- rurales del resto de las regiones interiores españolas y portuguesas.
teiriça na hora de competir com os restantes territórios, encontra-se em Sin embargo, esta franja transfronteriza a la hora de competir con el
desvantagem devido àquilo a que denominamos por «barreira imper- resto de territorios se encuentra en desventaja por el carácter de
«barrera impermeable» o «efecto barrera» entre ambos lados por las
meável» ou «efeito barreira» que existe entre ambos os lados pelas
hendiduras de los ríos Duero, Águeda y Turones que establecen un
margens dos rios Douro, Águeda e Tormes que estabelecem um limite
límite fluvial conocido como la «raya húmeda» en relación a la fronte-
fluvial conhecido como «raia húmida» em relação à fronteira terrestre
ra terrestre o «raya seca». Por tanto, condicionada por los accidentes
ou «raia seca». Pelo facto de estar condicionada pelos acidentes natu- naturales de un caprichoso medio geográfico, la zona se encuentra
rais de um caprichoso meio geográfico, a zona encontra-se sem conti- sin continuidad espacial formando un «territorio confinado», un «fon-
nuidade espacial formando um «território confinado», um «fundo de do de saco» y un «finisterre interior». La falta de permeabilidad («cor-
saco» ou um «finisterra interior». A falta de permeabilidade («cortina» tina» o «telón»), por la nula conexión entre las carreteras de uno y
ou «tela»), devido à nula conexão de estradas de um lado e do outro, otro lado, sentencia a los habitantes de la zona a vivir de espaldas
sentencia os habitantes da zona a viver de costas voltadas. («de costas voltadas» o «de costas viradas»).
A impermeabilidade da fronteira deve-se, em primeiro lugar, ao La impermeabilidad de la frontera se debe, en primer lugar, a que
facto das terras do ocidente salamantino e dos distritos da Guarda e de las tierras del occidente salmantino y del oriente de los Distritos de
Bragança terem sido ao longo da história, uma «fronteira interior». Guarda y de Bragança han sido a lo largo de la historia una «frontera
Com a divisão territorial acordada entre D. Dinis de Portugal e D. Fer- interior». A raíz del reparto territorial acordado por don Dinís de Por-
nando IV de Castela com o «Tratado de Alcañices» ou «Corcórdia de tugal y don Fernando IV de Castilla, con el «Tratado de Alcañices» o
Alcañices» (13 de Setembro de 1297), definiu-se a «fronteira terrestre «Concordia de Alcañices» (13 de septiembre de 1297), se define la
mais antiga da Europa»: «...Y otrosí, yo el Rey don Fernando, entendien- «frontera terrestre más antigua de Europa»: «...Y otrosí, yo el Rey don
do y conociendo que vos habíades derecho en algunos lugares de los cas- Fernando, entendiendo y conociendo que vos habíades derecho en
tillos y villas de Sabugal, e de Alfayates, e de Castel Rodrigo, e de Villar algunos lugares de los castillos y villas de Sabugal, e de Alfayates, e
Mayor, et de Castelbueno, y de Almeida, e de Castelmellor, et de Monforte de Castel Rodrigo, e de Villar Mayor, et de Castelbueno, y de Almeida,
e de los otros logares de Riba de Coa, que vos rey don Dinís tenedes ago- e de Castelmellor, et de Monforte e de los otros logares de Riba de
Coa, que vos rey don Dinís tenedes agora en vuestra mano con todos
ra en vuestra mano con todos sus términos, y derechos e pertenencias, e
sus términos, y derechos e pertenencias, e pártome de toda demanda
pártome de toda demanda que yo he, o podría haber contra vos, et vues-
que yo he, o podría haber contra vos, et vuestros sucesores por razón
tros sucesores por razón destos lugares sobredichos, et de Riba de Coa, e
destos lugares sobredichos, et de Riba de Coa, e de cada uno de ellos
de cada uno de ellos ...». Para além disso, na actualidade, assinam-se
...». Incluso, en la actualidad, se firman cada año los acuerdos de revi-
cada ano os acordos de revisão dos limites fronteiriços, como feito sión de límites fronterizos como un hecho simbólico en una «Europa
simbólico numa «Europa sem Fronteiras» sin fronteras».
Em segundo lugar, a má acessibilidade territorial está relaciona- La mala accesibilidad territorial, en segundo lugar, está relaciona-
da com a posição marginal nos respectivos limites regionais «territó- da con la posición marginal en los bordes regionales respectivos «terri-
rios de limite ou periféricos». Esta localização afastada dos centros torios de borde y periféricos». Esta localización alejada de los centros
de decisão político-administrativa, introduz uma forte componente de decisión político-administrativa introduce un fuerte componente
de desconhecimento territorial, «tirania da distância». As limitações de desconocimiento territorial, «tiranía de la distancia». Las limitacio-
na esfera das comunicações e dos transportes, comprometem o nes en la esfera de las comunicaciones y los transportes hipotecan el

22 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 23

desenvolvimento territorial favorecendo umas economias débeis que desarrollo territorial favoreciendo unas economías débiles que se apro-
se aproximam ao denominado por «áreas deprimidas» ou, como se ximan al calificativo de «áreas deprimidas» o, como se la denominó en
chamou nos anos setenta, «a fronteira do subdesenvolvimento»12. la década de los setenta, la «frontera del subdesarrollo»12.

Finalmente, as difíceis ligações estão associadas à posição perifé- Las difíciles conexiones, finalmente, están asociadas a la posición
rica e aos deficits históricos relativamente às comunicações, ao serem periférica y a los déficits históricos en comunicaciones al ser espacios
espaços de difícil acesso, ou seja, são «periferia da periferia». A rede de difícil acceso, es decir, son «periferia de la periferia». La malla via-
viária de transportes chegou demasiado tarde à faixa transfronteiriça, ria de transportes ha llegado muy tarde a la franja transfronteriza e,
inclusive, algumas infra-estruturas ferroviárias fecharam por falta de incluso, algunas infraestructuras ferroviarias, por falta de rentabilidad
rentabilidade económica. O retrocesso demográfico e a atonia empre- económica se cerraron. El retroceso demográfico y la atonía empresa-
sarial não favorecem a melhoria das comunicações nem a projecção de rial no favorecen la adecuación de las comunicaciones y la proyección
novos traçados. A ausência de vias rápidas não pode ser desculpa para de nuevos trazados. La ausencia de vías rápidas, tampoco, es excusa
de la falta de vertebración y articulación territorial interna. La mejora
a falta de vertebración e articulação territorial interna. A melhoria das
de las infraestructuras a escala local posibilitaría las relaciones funcio-
infra-estruturas à escala local possibilitaria as relações funcionais e de
nales y de servicios entre las cabeceras y el resto de los pequeños
serviços entre as cabeceiras e o resto dos pequenos núcleos.
núcleos.
As grandes divergências sociais, económicas e territoriais, agudi- Las grandes divergencias sociales, económicas y territoriales se
zam-se entre um lado e o outro da fronteira, ao não estabelecer uns agudizan entre un lado y otro de la frontera al no establecerse unos
canais fluidos de comunicação e intercâmbio em todos os âmbitos. A canales fluidos de comunicación e intercambio en todos los ámbitos.
única possibilidade é a solidariedade financeira, sem excepção, no La única posibilidad es la solidaridad financiera, sin excepción, en el
âmbito das acções regionais, dos fundos estruturais e do fundo de marco de las acciones regionales de los fondos estructurales y del
coesão, com o intuito de reduzir as diferenças entre os níveis de fondo de cohesión, con el fin de reducir las diferencias entre los nive-
desenvolvimento e também para amenizar o atraso das regiões menos les de desarrollo y para mitigar el retraso de las regiones menos favo-
favorecidas. recidas.
Por estes motivos, surge o Plano Integral de Acção nas Áreas Per- Por estos motivos, surge el Plan Integral de Actuación en las
iféricas de Castela e Leão (2002-2006)13, que inclui o estabelecimento Áreas Periféricas de Castilla y León (2002-2006)13, con el estableci-
de vários conjuntos periféricos na região, que abrangem as seguintes miento de varios conjuntos periféricos en la región que recogen las
áreas: Tiétar-Alto Gredos e El barco de Ávila-Piedrahíta (Ávila); Las siguientes áreas: Tiétar-Alto Gredos y El Barco de Ávila-Piedrahíta
Merindades, Miranda-Treviño e Demanda-Pinares (Burgos); La Cab- (Ávila); Las Merindades, Miranda-Treviño y Demanda-Pinares (Burgos);
rera, El Bierzo, Montaña Occidental e Montaña Oriental (León); Mon- La Cabrera, El Bierzo, Montaña Occidental y Montaña Oriental (León);
taña Palentina (Palencia); Béjar e Frontera (Salamanca); Área Meso- Montaña Palentina (Palencia); Béjar y Frontera (Salamanca); Área
riental (Segovia); Periferia Oriental (Soria); e Aliste-Sayago e Mesoriental (Segovia); Periferia Oriental (Soria); y Aliste-Sayago y

12
PINTADO, A. E BARRENECHEA, E. (1972). A raia de Portugal. A 12
PINTADO, A. Y BARRENECHEA, E. (1972). La raya de Portugal. La fron-
fronteira do subdesenvolvimento. Ver. Cadernos para o Diálogo. Edicusa. Madrid. tera del subdesarrollo. Rev. Cuadernos para el Diálogo. Edicusa. Madrid.
13
CABERO DIEGUEZ, V. (Coord.) (2001). Áreas Periféricas de Caste- 13
CABERO DIEGUEZ, V. (Coord.) (2001). Áreas Periféricas de Castilla y
la e Leão. Diagnóstno que diz respeito a ico e propostas de intervenção. Uni- León. Diagnóstico y propuestas de intervención. Universidad de Salamanca.
versidade de Salamanca. Valladolid. (inédito) Valladolid. (inédito)
CONSEJERIA DE ECONOMIA Y HACIENDA. (2002). Plano Espe- CONSEJERIA DE ECONOMIA Y HACIENDA. (2002). Plan Especial de
cial de Actuação nas ``Áreas periféricas de Castela e Leão, 2002-2006. Actuación en las Áreas Periféricas de Castilla y León, 2002-2006. Dirección
Direcçaõ Geral de Orçamentos e Fundos Comunitários. Serviço de Estudos, General de Presupuestos y Fondos Comunitarios. Servicio de Estudios, nº 56.
nº56. Valladolid. Valladolid.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 23
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 24

Sanabria-Carballeda (Zamora). La comarca agraria de Vitigudino que,


se integra en el «Área Periférica de la Frontera», está porque muestra
unos graves problemas en el tejido demográfico (baja tasa de natali-
dad, elevados índices de envejecimiento, fuertes desequilibrios etarios
o escasa densidad de población), económico (baja productividad y
rentabilidad de las actividades económicas y dependencia de la agri-
cultura tradicional y los aprovechamientos ganaderos) y territorial
(desarticulación interna del territorio y falta de permeabilidad a uno y
otro lado de la línea divisoria). Frente a estas debilidades, las poten-
cialidades internas se desbordan por la riqueza de los recursos natura-
les, la producción hidroeléctrica, los productos agroalimentarios de
calidad, la variedad de elementos culturales y etnográficos y los recur-
sos de cara al turismo.
Las medidas y acciones del plan para esta zona se distribuyen en
El sector internacional del río Duero, así como, el Águeda y el Turones han impe- infraestructuras agrarias y desarrollo rural, vivienda y patrimonio
dido durante siglos las relaciones de vecindad en esta zona fronteriza, conocida arquitectónico, infraestructuras viarias y transportes, mejora de las
como la «raya húmeda» (foto Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo). coberturas de las telecomunicaciones, abastecimientos y saneamien-
tos, mejora del medio rural, infraestructuras y equipamientos sanita-
rios, infraestructuras y equipamientos sociales, equipamientos educa-
Sanabria-Carballeda (Zamora). A comarca agrária de Vitigudino que tivos y deportivos, patrimonio histórico-cultural, creación de empresas
integra a «Área Periférica da Fronteira», é referida no Plano porque y mejora de la productividad, y mejora de la calidad y de la oferta
mostra graves problemas no tecido demográfico (baixa taxa de natali- turística. Para acometer todas estas inversiones cuenta hasta el 31 de
dade, elevados índices de envelhecimento, fortes desequilíbrios etários diciembre del 2008 con un presupuesto total de 219.829.217 de
ou escassa densidade populacional), económico (baixa produtividade e euros (total de recursos financieros del plan 1.200.000.000 euros).
rentabilidade das actividades económicas, dependência da agricultura
tradicional e aproveitamento dos ganadeiros); e territorial (desarticula-
ção interna do território e falta de permeabilidade num e noutro lado 2.2. Un espacio rural frágil: zona desfavorecida y
da linha divisória). A par destas debilidades temos as potencialidades amenazada por la despoblación
internas que sobressaem pela riqueza dos recursos naturais, a produ-
ção hidroeléctrica, os produtos agro-alimentares de qualidade, a varie- Junto a la localización geográfica marginal y extrema de este
dade dos elementos culturais e etnográficos e os recursos relacionados conjunto fronterizo, tanto en Castilla y León como en las regiones
com o turismo. portuguesas del Centro y Norte, existe otro hecho físico y económico
que nos ayuda a caracterizar la zona. Los obstáculos del medio natu-
As medidas e acções do Plano para estas zonas distribuem-se em: ral a la producción agraria y ganadera introduce una serie de desven-
infra-estruturas agrárias e desenvolvimento rural, habitação e patrimó- tajas respecto a otros territorios que la administración ha intentado
nio arquitectónico, infra-estruturas várias e transportes, melhoria da paliar con la puesta en marcha de una serie de medidas compensato-
cobertura das telecomunicações, abastecimento e saneamento, melho- rias para estas zonas consideradas desfavorecidas. En concreto, las
ria do meio rural, infra-estruturas e equipamentos sanitários, infra- zonas agrícolas desfavorecidas comprenden «las zonas de montaña,
estruturas e equipamentos sociais, equipamentos educativos e despor- amenazadas por la despoblación y las sometidas a dificultades espe-
tivos, património histórico-cultural, criação de empresa e melhoria da ciales donde es necesario proseguir la práctica de la actividad agraria
produtividade e melhoria da qualidade e da oferta turística. Para reali- para conservar o mejorar el medio ambiente y el paisaje, mantenien-
zar todos estes investimentos até 31 de Dezembro de 2008, conta com do el campo y preservando el potencial turístico de la zona o por

24 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 25

um orçamento total de 219.829.217 euros (total de recursos financei-


ros do plano 1.200.000.000 euros).

2.2. Um espaço rural frágil: zona desfavorecida e


ameaçada pelo despovoamento
Junto à localização geográfica marginal e extrema deste conjunto
fronteiriço, tanto de Castela e Leão como das regiões portuguesas do
norte e do centro, existe outro eixo físico e económico que na ajuda a
caracterizar a zona. Os obstáculos do meio natural à produção agrícola
e ganadeira introduzem uma série de desvantagens no que respeita a
outros territórios que a administração tentou atenuar com a aplicação
de uma série de medidas compensatórias para estas zonas considera-
El carácter fronterizo de la zona, muchas veces disputado, está atestiguado por los
das desfavorecidas. Concretamente, as zonas agrícolas desfavorecidas
restos de castillos, fuertes y ciudades amuralladas que jalonan ambos lados de la
incluem «as zonas de montanha ameaçadas pelo despovoamento e as raya (foto Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo).
submetidas a dificuldades especiais onde é necessário prosseguir com
a prática da actividade agrícola para conservar ou melhorar o meio
ambiente e a paisagem, mantendo o campo e preservando o potencial
turístico da zona, ou por motivos de protecção costeira». Esta política
motivos de protección costera». Esta política estructural se remonta a
estrutural remonta à promulgação da Directiva Comunitária14 sobre a
la promulgación de la Directiva Comunitaria14 sobre agricultura de
agricultura de montanha e de determinadas zonas desfavorecidas.
montaña y de determinadas zonas desfavorecidas.
A aplicação da directiva comunitária, no que concerne a determinar
La aplicación de la directiva comunitaria para determinar la lista de
a lista das zonas agrícolas desfavorecidas, realizou-se a partir de vários las zonas agrícolas desfavorecidas se realizó a partir de varios aspectos.
aspectos. Os critérios referentes a Espanha são para as zonas de montan- Los criterios referidos a España son, para las zonas de montaña, los
ha, os municípios em função de uma «altitude mínima de 1.000 metros municipios en función de una «altitud mínima de 1.000 metros o pen-
ou inclinação mínima de 20% que, nos casos em que exista uma com- diente mínima del 20%; que, en los casos en que exista una combina-
binação de altitude e inclinação, as zonas de montanha podem-se defi- ción de altitud y pendiente, las zonas de montaña se pueden definir
nir pelo apartado 3 do artigo 3 da Directiva 75/268/CEE por uma alti- con arreglo al apartado 3 del artículo 3 de la Directiva 75/268/CEE
tude mínima de 600 metros e uma inclinação de, como mínimo, 15%, por una altitud mínima de 600 metros y una pendiente de, como
excepto para um número limitado de municípios totalmente rodeados mínimo, el 15%, excepto para un número limitado de municipios
por regiões montanhosas, para os quais a percentagem de inclinação totalmente rodeados por regiones montañosas, para los cuales el
poderá reduzir-se para 12%»; para as zonas desfavorecidas que este- porcentaje de pendiente podrá reducirse al 12%»; para las zonas
jam ameaçadas pelo despovoamento, «uma densidade populacional desfavorecidas que estén amenazadas por la despoblación «una den-
inferior a 37,5% habitantes por km2 ou uma regressão anual de popula- sidad de población inferior a 37,5 habitantes por km2 o una regresión
ção de pelo menos 0,5% e, para além disso, com pelo menos de 18% anual de población de al menos 0,5% y, además, con un 18%,

14
DIRECTIVA DO CONSELHO de 28 de Abril de 1975 sobre a agri- 14
DIRECTIVA DEL CONSEJO de 28 de abril de 1975 sobre la agricultura
cultura de montanha e de determinadas zonas desfavorecidas (DOCE nº de montaña y de determinadas zonas desfavorecidas (DOCE nº L 128, de 19
L 128, de 19 de Maio de 1975). de mayo de 1975).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 25
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 26

da população activa empregada na agricultura» e, para as zonas como mínimo, de la población activa empleada en la agricultura» y
afectadas por limitações especificas que possam ser similares às para las zonas afectadas por limitaciones específicas que pueden ser
zonas desfavorecidas se utilizam «insularidade, salinidade do solo, asimiladas a las zonas desfavorecidas se utilizan «insularidad, salini-
fortes ventos, solos húmidos e pantanosos, solos que padecem de dad del suelo, fuertes vientos, suelos húmedos y pantanosos, suelos
desertificação devido à seca, protecção do meio ambiente e que padecen desertificación por la sequía, protección del medio
conservação dos pinhais utilizados anteriormente para a obtenção ambiente y conservación de los pinares utilizados anteriormente para
de resina»15. la obtención de resina»15.

No território português a definição das zonas de montanha cor- En el territorio portugués, la definición de las zonas de montaña
responde aos seguintes critérios: «na zona a norte do Tejo, uma altitu- responde a los siguientes criterios: «en la zona al norte del Tajo, una
de mínima de 700 metros; na zona a sul do rio Tejo, uma altitude altitud mínima de 700 metros; en la zona al sur del Tajo, una altitud
mínima de 800 metros; y cuando se trata de terrenos en pendiente,
mínima de 800 metros; e quando se trata de terrenos com inclinação,
una pendiente superior al 25%; que en caso de combinación de los
superior a 25%, que no caso de combinação dos factores altitude e
factores de altitud y pendiente, las zonas de montaña según lo previs-
inclinação, as zonas de montanha segundo o previsto no Apartado 3
to en el apartado 3 del artículo 3 de la Directiva 75/268/CEE pueden
do Artigo 3 da Directiva 75/268/LEE podem definir-se por uma latitu-
definirse por una altitud de 400 a 700 metros y una pendiente del 20
de de 400 a 700 metros e uma inclinação de 20% como mínimo, na % como mínimo en la zona norte del Tajo, así como una altitud de
zona a norte do Tejo, assim como uma altitude de 600 a 800 metros e 600 a 800 metros y una pendiente del 15% como mínimo en la zona
uma inclinação de 15% como mínimo na zona a sul do Tejo»16. al sur del Tajo»16.
A transposição das directivas comunitárias a Espanha faz-se através La trasposición de las directrices comunitarias a España se hace a
da Lei do regime da agricultura de montanha, «com o objectivo de estabe- través de la ley de régimen de agricultura de montaña, «con el objeto
lecer um regime jurídico especial para as zonas de agricultura de mon- de establecer un régimen jurídico especial para las zonas de agricultura
tanha com o propósito de possibilitar o seu desenvolvimento social e eco- de montaña con el fin de posibilitar su desarrollo social y económico,
nómico, especialmente nos seus aspectos agrários, manutenção do nível especialmente en sus aspectos agrarios, mantenimiento del nivel demo-
demográfico adequado e atendendo à conservação e restauração do gráfico adecuado y atendiendo a la conservación y restauración del
meio físico, como os habitats das populações»17. Para conseguir estes medio físico, como hábitats de sus poblaciones»17. Para lograr estos
fins, propôs-se ainda uma série de ajudas económicas e a execução de fines se proponían una serie de ayudas económicas y la ejecución de
obras, acções e serviços. As indemnizações compensatórias têm por obras, acciones y servicios. Las Indemnizaciones Compensatorias tienen
objectivo compensar os factores naturais que incidem negativamente por objeto compensar los factores naturales que inciden negativamente

15
LA DIRECTIVA DEL CONSEJO DE 14 de Júlio de 1986 relativa à 15
La DIRECTIVA DEL CONSEJO de 14 de julio de 1986 relativa a la lista
lista comunitária de zonas agrícolas desfavorecidas com arreglo à Directiva comunitaria de zonas agrícolas desfavorecidas con arreglo a la Directiva
75/268/CEE (Espanha) (DOCE nºL 273, de 24 de Setembro de 1986) inclui 75/268/CEE (España) (DOCE nº L 273, de 24 de septiembre de 1986) incluye
na comarca de Vitigudino a Aldeadávila de La Ribera, Bermellar e Pereña en la comarca de Vitigudino a Aldeadávila de la Ribera, Bermellar y Pereña de
de La Ribera, nas seguintes modificações, La Fregeneda, Mieza, Saucelle e la Ribera y, en las siguientes modificaciones, La Fregeneda, Mieza, Saucelle y
Vilvestre. Vilvestre.
16
Da sua parte, a DIRECTIVA DO CONSELHO de 14 de Julho de 16
Por su parte, la DIRECTIVA DEL CONSEJO de 14 de julio de 1986 rela-
1986 relativamente à lista comunitária de zonas agrícolas desfavorecidas tiva a la lista comunitaria de zonas agrícolas desfavorecidas con arreglo a la
conforme a Directiva 75/268/CEE (Portugal) (DOCE nº L 273, de 24 de Directiva 75/268/CEE (Portugal) (DOCE nº L 273, de 24 de septiembre de
Setembro de 1986) recolhe no anexo I (as zonas agrícolas desfavorecidas e 1986) recoge en el Anexo I (las zonas agrícolas desfavorecidas de montaña) a
montanha) nos concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guar- los concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo, en el Distrito de Guarda, y Freixo
da e Freixo de Espada á Cinta e Mogadouro no distrito de Bragança. de Espada à Cinta y de Mogadouro del Distrito de Bragança.

26 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 27

no rendimento das explorações agrícolas quando cumpram uma série en el rendimiento de las explotaciones agrarias al cumplir una serie
de condições (os titulares das explorações agrárias residentes na de condiciones (los titulares de las explotaciones agrarias residentes
zona). As medidas e acções do Programa de Ordenamento e Promo- en la zona). Las medidas y acciones del Programa de Ordenación y
ção dos Recursos Agrários de Montanha (PROPROM) encaminha- Promoción de los Recursos Agrarios de Montaña (PROPROM) esta-
vam-se para o ordenamento, recuperação, uso e defesa do meio físi- ban encaminadas a la ordenación, recuperación, uso y defensa del
co, da paisagem, dos espaços naturais protegidos; das terras segundo medio físico, del paisaje, de los espacios naturales protegidos; de las
a sua vocação; das actividades ganadeiras e florestais; da flora e da tierras según su vocación; de las actividades ganaderas y forestales;
fauna; das formações rochosas e das águas. Também recolhiam pro- y de la flora, de la fauna, de las formaciones rocosas y de las aguas.
postas de promoção e fomento de determinadas obras de interesse También, recogían propuestas de promoción y fomento de determi-
geral, necessárias para melhorar as actividades agrícolas ou flores- nadas obras de interés general necesarias para mejorar las activida-
tais, de selecção de gado e apicultura, das denominações de origem des agrícolas o forestales; de selección de la ganadería y de la api-
cultura; de las denominaciones de origen para los productos de alta
para produtos de alta qualidade da montanha, dos regadios, das
calidad de la montaña; de los regadíos; de cooperativas agropecua-
cooperativas agro-pecuárias e das comunidades tradicionais de vizin-
rias y de las comunidades vecinales tradicionales (juntas vecinales);
hos (comunidades de vizinhos); das possíveis actividades turísticas e
de las posibles actividades turísticas y recreativas, de la pequeña y
recreativas, da pequena e média indústria, do artesanato familiar, do
mediana industria, de la artesanía familiar, del desarrollo de vacacio-
desenvolvimento de férias em casas de campo, de exploração de nes en casas de labranza, de explotaciones de aguas mineromedici-
águas minero-medicinais, do abastecimento de industrias agrárias, nales, y del abastecimiento de industrias agrarias; y de protección
da protecção da habitação e da arquitectura popular. Finalmente, de la vivienda y de la arquitectura popular. Finalmente, contempla-
contemplavam outra série de acções, como a determinação das ban otra serie de acciones como la determinación de las necesida-
necessidades de formação profissional e da capacitação e extensão des de formación profesional y de capacitación y extensión agraria
agrária para as actividades de montanha; a coordenação precisa para para las actividades de montaña; y la coordinación precisa para que
que as futuras edificações, núcleos turísticos ou recreativos e obras las futuras edificaciones, núcleos turísticos o recreativos y obras de
de infra-estrutura, se construam em harmonia com as paisagens e os infraestructura se construyeran en armonía con el paisaje y los usos
usos do solo. del suelo.
Em finais dos anos oitenta começa a elaborar-se o estudo base de A finales de los años ochenta comienza a elaborarse el estudio base
«Análise e Diagnóstico do meio natural e social da Zona de Agricultura del «Análisis y Diagnóstico del medio natural y social de la Zona de Agri-
de Montanha das Arribas – Abadengo – Romajeria», mas não foi avante cultura de Montaña de Arribes-Abadengo-Ramajería», pero no prospe-
ao não constituir-se a Comissão de Coordenação da Zona de Agricultura ró, al no constituirse el Comité de Coordinación de la Zona Agricultura

17
Lei 25/1982 de 30 de Junho, Regime de agricultura de montanha 17
Ley 25/1982, de 30 de junio, régimen de agricultura de montaña (BOE
(BOE nº 164, de 10 de Julho de 1982). nº 164, de 10 de julio de 1982).
Ordem de 6 de Março de 1985, na qual se estabelece a primeira delimita- Orden de 6 de marzo de 1985, por la que se establece la primera delimi-
ção perimetral das zonas susceptíveis de serem declaradas Zonas de Agricul- tación perimetral de las zonas susceptibles de ser declaradas Zonas de Agricul-
tura de Montanha (BOE nº137, de 8 de Junho e 1985). tura de Montaña (BOE nº 137, de 8 de junio de 1985).
Ordem de 9 de Junho de 1986, na qual se estabelece a segunda delimita- Orden de 9 de junio de 1986, por la que se establece la segunda delimi-
ção perimetral das zonas susceptíveis de serem declaradas Zonas de Agricul- tación perimetral de las zonas susceptibles de ser declaradas Zonas de Agricul-
tura de Montanha (BOE nº141, de 13 de Junho e 1986). tura de Montaña (BOE nº 141, de 13 de junio de 1986).
Ordem de 21 de Julho de 1987, na qual se estabelece a terceira delimita- Orden de 21 de julio de 1987, por la que se establece la tercera delimita-
ção perimetral das zonas susceptíveis de serem declaradas Zonas de Agricul- ción perimetral de las zonas susceptibles de ser declaradas Zonas de Agricultu-
tura de Montanha (BOE nº182, de 31 de Julho e 1987). ra de Montaña (BOE nº 182, de 31 de julio de 1987).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 27
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 28

de Montanha e dar andamento à Operação Integrada de Desenvolvimento de Montaña y ponerse en marcha la Operación Integrada de Desarrollo
de Salamanca e Zamora (OID)18. As zonas de Arribas – Abadengo – de Salamanca y Zamora (OID)18. La Zona de Arribes-Abadengo-Ramajería
Romajeria incluíam sete municípios depois das diferentes delimitações: incluía siete municipios después de las diferentes delimitaciones: Aldea-
Aldeadávila de la Ribera, Bermellar e Pereña de la Ribera (zona equipará- dávila de la Ribera, Bermellar y Pereña de la Ribera (zona equiparable
vel segunda delimitação); La Fregeneda, Saucelle e Vilvestre (zona de segunda delimitación); La Fregeneda, Saucelle y Vilvestre (zona de mon-
montanha terceira delimitação) e Mieza (zona equiparável terceira delimi- taña tercera delimitación) y Mieza (zona equiparable tercera delimita-
tação). Como experiência piloto foram criados várias Comissões de Coor- ción). Como experiencia piloto se crearon varios Comités de Coordina-
denação em Castela e Leão para o desenvolvimento integral e a redacção ción en Castilla y León para el desarrollo integral y la redacción del
do Programa de Ordenamento e Promoção das seguintes zonas: Nordeste e Programa de Ordenación y Promoción de las siguientes zonas: Nordeste
Navafría (Segovia), Merindades (Burgos), Sanabria (Zamora), Barco-Pie- y Navafría (Segovia), Merindades (Burgos), Sanabria (Zamora), Barco-Pie-
drahita-Gredos (Ávila), Francia-Béjar-Gata (Salamanca), Montaña Palenti- drahita-Gredos (Ávila), Francia-Béjar-Gata (Salamanca), Montaña Palenti-
na (Palencia), Porma-Curueño e Riaño (León) e Pinares (Burgos-Soria). na (Palencia), Porma-Curueño y Riaño (León) y Pinares (Burgos-Soria).

Os textos que se referem às zonas de montanha, como a Carta Los textos referentes a las zonas de montaña, como la Carta Eco-
Ecológica das Áreas de Montanha (1976) ou a Carta Espanhola das lógica de las Áreas de Montaña (1976) o la Carta Española de las
Montanhas (segundo rascunho de 2002), consideram estes espaços, Montañas (segundo borrador del 2002), consideran a estos espacios
reservas de paisagens, ecossistemas e habitats, reservas de recursos reservas de paisajes, ecosistemas y hábitats, reservas de recursos hídri-
hídricos e reservas de um rico património cultural. Portanto, é neces- cos y reservas de un rico patrimonio cultural. Por tanto, es necesario
sário desenhar politicas integrais capazes de proteger as áreas de mon- diseñar políticas integrales, capaces de proteger las áreas de montaña
tanha (preservar os seus valores naturais, paisagísticos e culturais), (preservar sus valores naturales, paisajísticos y culturales), como única
como única via para garantir a equidade, o bem-estar e o desenvolvi- vía para garantizar la equidad, el bienestar y el desarrollo equilibrado
mento equilibrado dos habitantes, e para satisfazer as aspirações, inter- de los habitantes, y para satisfacer las aspiraciones, intereses y expec-
esses e expectativas espirituais, recreativas, éticas, cientificas, intelec- tativas espirituales, recreativas, éticas, científicas, intelectuales y vita-
tuais e vitais do conjunto da sociedade. Com a declaração do ano de les del conjunto de la sociedad. Con la declaración del año 2002, por
2002, feita pela Assembleia-geral da Organização das Nações Unidas parte de la asamblea General de la Organización de las Naciones Uni-
(ONU), «Ano Internacional das Montanhas» reflectiu-se sobre o futu- das (ONU), «Año Internacional de las Montañas» se ha reflexionado
ro das zonas de Montanha. As conclusões propostas coincidem ao sobre el futuro de las zonas de montaña. Las conclusiones propuestas
assinalar que a estratégia de desenvolvimento para as montanhas, tem coinciden en señalar que la estrategia de desarrollo para las montañas
que basear-se em explorar as numerosas bacias que têm: a imagem tiene que basarse en explotar las numerosas bazas que tiene: la ima-
positiva, a qualidade e a originalidade dos seus produtos e conheci- gen positiva, la calidad y originalidad de sus productos y los conoci-
mentos. O desenho de uma estratégia de desenvolvimento decidida e mientos. El diseño de una estrategia de desarrollo decidida y positiva
positiva deve estar acompanhada pela redução e compensação dos debe estar acompañada por la reducción y compensación de los obs-
obstáculos geofísicos para manter viva a montanha. táculos geofísicos para mantener viva la montaña.

18
LLORENTE PINTO, J. Mª. (1986). «A legislação sobre a montanha e as 18
LLORENTE PINTO, J. Mª. (1986). «La legislación sobre la montaña y las
áreas serranas salamantinas». Salamanca, Revista de Estudos, nº20 e 21. Edições áreas serranas salmantinas». Salamanca, Revista de Estudios, nº 20 y 21. Edi-
da Diputación de Salamanca. Salamanca, pp. 271-295. ciones de la Diputación de Salamanca. Salamanca, pp. 271-295.
MARTIN JIMÉNEZ, Mª. I. (1990). «As zonas de Agricultura de Montanha em MARTÍN JIMÉNEZ, Mª. I. (1990). «Las Zonas de Agricultura de Montaña en
Salamanca: desenvolvimento da legislação». Em: Estudos de Geografia. Homena- Salamanca: desarrollo de la legislación». En: Estudios de Geografía. Homenaje a
gem a José Luís Cruz Reyes. Universidade de Salamanca. Salamanca, pp. 149-162. José Luis Cruz Reyes. Universidad de Salamanca. Salamanca, pp. 149-162.

28 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 29

3. A caracterização da raia desde o ponto de vista 3. La caracterización de la raya desde el punto de


natural e socio-económico: as profundezas vista natural y socioeconómico: las hondonadas
fluviais e a desarticulação populacional fluviales y la desestructuración poblacional

3.1. Os elementos relevantes do meio físico: um substrato 3.1. Los elementos relevantes del medio físico: un sustrato
igneo antigo e as espécies botânicas e da fauna em ígneo antiguo y las especies botánicas y faunísticas
«en peligro de extinción»
«perigo de extinção»
Las principales características del medio físico de la comarca de
As principais características do meio físico da Comarca de Vitigu- Vitigudino y Alto Douro están relacionadas con la evolución del basa-
dino e Alto Douro estão relacionadas com a evolução do envasamento mento de la era Paleozoica que conforma el soporte territorial común
da era Paleozóica que conforma o suporte territorial comum da zona, de la zona, por tanto, un sustrato pétreo compuesto por materiales
portanto, um substrato pétreo composto por materiais muito antigos. Os muy antiguos. Los primigenios materiales han sufrido posteriores
materiais originais sofreram posteriores fases de deformação, com frac- fases de deformación, con fracturas y pliegues, y fases de modelado
turas e dobras e fases de modelação que levaram à exumação das litolo- que han desembocado en la exhumación de las litologías originales.
gías originais. O resultado morfológico é uma planície homogénea (ou El resultado morfológico es una planicie homogénea (o la penillanura
a planície salamantina e o planalto beirão - mirandês), de elevada altitu- salmantina y el planalto beirão-mirandês), de elevada altitud media,
de média, onde se pode observar relevos residuais compostos por donde se pueden observar relieves residuales compuestos por rocas
rochas mais duras. Sobre estas formações adaptou-se a rede fluvial, más duras. Sobre estas formaciones se ha adaptado la red fluvial, con
com uma forte incisão dos principais caudais, o que provocou profun- una fuerte incisión de los principales cauces, lo que ha provocado
dos vales (ou arribas). O contraste entre a planicie e as brechas fluviais profundos valles (o arribe). El contraste entre la penillanura y las bre-
introduz as variações climatológicas e a variedade das unidades paisa- chas fluviales introduce los matices climatológicos y la variedad de las
gísticas. Contudo, há que ter em conta que a complexidade da paisagem unidades paisajísticas. Sin embargo, hay que tener en cuenta que la
é o resultado de anos de adaptação dos habitantes da zona às especiais complejidad del paisaje es el resultado de años de adaptación de los
habitantes de la zona a las especiales características del medio natu-
características do meio natural. O território modificou-se em função das
ral. El territorio ha sido modificado en función de las condiciones
condições topográficas e climáticas para aproveitar as vantagens da
topográficas y climáticas para aprovechar las ventajas de la penillanu-
planície e das arribas. Neste sentido, a organização da paisagem agrá-
ra y del arribe. En este sentido, la organización del paisaje agrario del
ria do raso está definida por um modelo de «campos fechados» ou raso está definido por un modelo de «campos cerrados» o «bocage»,
«bocage», onde alternam os lavradios com os pastos e o terreno flores- donde alternan las besanas con los herbazales y el terreno forestal de
tal de clara vocação ganadeira, enquanto que, na estreiteza o sistema clara vocación ganadera, mientras que, en las angosturas el sistema
reproduz uma sucessão escalonada de balcões e paredões ocupados reproduce una sucesión escalonada de bancales y paredones ocupa-
por videiras, olivais, amendoeiras e variadas arvores de fruta. Os ele- dos por vides, olivos, almendros y variados frutales. Las empinadas
vados, profundos e mais inacessíveis desfiladeiros dos vales, nem quebradas, más inaccesibles y profundas de los valles, no han podido
puderam ser transformadas pela acção antrópica mantendo-se com ser transformadas por la acción antrópica manteniéndose con vegeta-
vegetação natural como «ladeiras sem cultivo». Um elemento singular na ción natural como «laderas incultas». Un elemento singular en la

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 29
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 30

30 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 31

urdidura da paisagem constitui um monte aclarado e oco de azinhei- urdimbre del paisaje la constituye el monte aclarado y hueco de enci-
ras, carvalhos ou carvalho-português que conhecemos como pasto, nas, robles o quejigos, que conocemos como dehesa, para el aprove-
para o aproveitamento do solo e o voo da árvore. chamiento del suelo y el vuelo del árbol.

Para além disso, desde o ponto de vista natural, este território Además, desde el punto de vista natural, este territorio comparte
comparte outra característica comum já que a separação das comarcas otra característica común ya que la separación con las comarcas y
e concelhos vizinhos se fazem através das correntes fluviais. A utiliza- concelhos vecinos se hace a través de las corrientes fluviales. La utili-
ção deste feito geográfico encontra-se generalizada na hora de se esta- zación de este hecho geográfico está generalizado a la hora de esta-
belecer as divisões históricas administrativas. A comarca de Vitigudi- blecer las divisiones históricas administrativas. La comarca de Vitigudi-
no, a norte, encontra-se separada das terras sayaguesas de Zamora no, al norte está desgajada de las tierras sayaguesas de Zamora por el
pelo rio Tormes e, no flanco meridional, das terras mirobriguenses río Tormes y, en el flanco meridional, de las mirobrigenses por el río
pelo Rio Águeda. No que respeita ao limite setentrional português, o Águeda. En lo que respecta al límite septentrional portugués, el con-
concelho de Mogadouro encontra-se enclausurado pelos rios Sabor, celho de Mogadouro está enclaustrado por los ríos Sabor, Maças y
Maças e Angueira, e no que se refere à marca ocidental, o rio Côa Angueira y, en lo referente a la marca occidental, el río Côa establece
estabelece a linha divisória do concelho de Figueira de Castelo Rodri- la línea divisoria del concelho de Figueira de Castelo Rodrigo con Pin-
go com Pinhel e Vila Nova de Foz Côa. Portanto, as cicatrizes do meio hel y Vila Nova de Foz Côa. Por tanto, las cicatrices del medio natural
natural dão uma identidade e uma coesão territorial a esta franja trans- dan una identidad y una cohesión territorial a esta franja transfronte-
fronteiriça (ver mapa). riza (ver mapa).

3.1.1. Umas paragens naturais de grande beleza cénica 3.1.1. Unos parajes naturales de gran belleza escénica
modeladas pela acção fluvial: a planície e os vales modelados por la acción fluvial: la penillanura y
encaixados ou «arribas» los valles encajados o «arribe»
O suporte físico da franja transfronteiriça está composto por El soporte físico de la franja transfronteriza está compuesto por
rochas plutónicas (o batólito granítico) da era primitiva ou paleozóica rocas plutónicas (el batolito granítico) de la era primaria o paleozoica
(períodos câmbrico inferior, Ordovícico e Silúrico) e, em algumas (períodos Cámbrico Inferior, Ordovícico y Silúrico) y, en algunas zonas,
zonas, aparecem materiais de contacto ou metamórficos —gneises, aparecen materiales de contacto o metamórficos —gneises, cuarcitas,
cuarcitas, lousa, grauwacas, cornubianitas e calcário. Tanto as rochas pizarras, grauwacas, cornubianitas y calizas—. Tanto las rocas ígneas
ígneas como o resto das rochas metamórficas estão cobertas por um como el resto de rocas metamórficas están cubiertas bajo un manto de
manto de espessura variável de sedimentos mais modernos do Terciá- espesor variable de sedimentos más modernos del Terciario o Cenozoi-
rio ou Cenozóico e do Quaternário. O resultado é uma topografia co y del Cuaternario. El resultado es una topografía ondulada, con
ondulada, com uns níveis médios que oscilam entre os 600 e os 800 unos niveles medios que oscilan entre los 600 y 800 metros de altitud
metros de altitude acima do nível do mar, e fragmentada por pequenos sobre el nivel del mar, y fragmentada por pequeños interfluvios. El
interfluvios. O ponto mais baixo do território castelhano leonês encon- punto más bajo del territorio castellanoleonés se encuentra a 135
tra-se a 135 metros no Cais de Veja de Terrón junto à foz do rio Águe- metros en el Muelle de Vega de Terrón, junto a la desembocadura del
da no rio Douro, no termo municipal de La Fregeneda. río Águeda en el Duero, en el término municipal de La Fregeneda.
A monotonia plana da planície encontra-se alterada por umas eleva- La monotonía plana de la penillanura está alterada por unas ele-
ções alargadas denominadas pela população local como sierros, serros e vaciones alargadas denominadas por la población local sierros, serros y
serras; como por exemplo, Peñahorcada (838m), Homomula (788 m), serras; como por ejemplo, Peñahorcada (838 m), Homomula (788 m),
Entreamboslomos (757m), Espinazo del Can (730m), Santa Bárbara Entreamboslomos (757 m), Espinazo del Can (730 m), Santa Bárbara
(711m), El Sierro (691m), San Pedro (652 m), Sierro Monte (654 m), (711 m), El Sierro (691 m), San Pedro (652 m), Sierro Monte (654 m),
Sierro Horca (695 m), San Felices (786 m) ou, na parte portuguesa, Sierro Horca (695 m), San Felices (786 m) o, en la parte portuguesa,
Marofa (975 m), Castelo Rodrigo (821 m), Vilar do Rei (922 m) y Sr.ª da Marofa (975 m), Castelo Rodrigo (821 m), Vilar do Rei (922 m) y Srª da

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 31
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 32

Assunção (997 m). Nas proximidades de Mogadouro, acima dos 900 Assunção (997 m). En las proximidades de Mogadouro, por encima de
metros, aparecem umas alienações conhecidas como «Os Cimos de los 900 metros, aparecen unas alineaciones que se conocen como los
Mogadouro»: Serra da Figueira (918 m), Serra de Mogadouro (922 «Cimos de Mogadouro»: Serra da Figueira (918 m), Serra de Moga-
m), Serra de Variz (956 m), e a mais baixa, a Serra de Zava (867m). As douro (922 m), Serra de Variz (956 m) y, la más baja, la Serra de Zava
características dos sierros e serras repetem-se: a constância da direc- (867 m). Las características de los sierros y serras se repiten: la constan-
ção NNE com numerosas flexões e a presença no alto de um dique de cia de la dirección NNE con numerosas flexiones y la presencia en lo
quartzo. A erosão diferencial também individualizou uma série de alto de un dique de cuarzo. La erosión diferencial también ha indivi-
penas y tesos de onde sobressaem apenas uns metros de planalto e de dualizado una serie de peñas y tesos que sobresalen apenas unos
planície. O exemplo de atalaia mais resistente à erosão é o afloramen- metros del planalto y de la penillanura. El ejemplo de atalaya más resis-
to de sienita de Peñagorda (711m), ao lado do casario de La Peña. As tente a la erosión es el afloramiento de sienita de Peñagorda (711 m),
al lado del caserío de La Peña. Las escasas pendientes de este sector
provocan una circulación lenta de los arroyos, regatos y riveras por las
vaguadas. A veces la morfología panda del terreno favorece que el
agua de lluvia se estanque formando pequeñas charcas en los valles,
prados, navas, navinas o bodonales. Estas depresiones del relieve están
rodeadas por las formas características de la erosión del granito: lan-
chares, berrocales, gejos y barruecos.
El rasgo que define la red hidrológica superficial de la zona es el
encajamiento de los cauces fluviales y, sobre todo, del río Duero. El
Duero, una vez que abandona las campiñas, se adentra en las entra-
ñas de la penillanura formando el profundo valle del arribe de pare-
des verticales con salientes rocosos o fragas. La dureza de los materia-
les ha obligado al río a labrar un cauce sinuoso, lleno de recodos y
esguinces, reflejado en la toponimia por la Vuelta del Piélago, la Vuel-
ta del Rostro, la Vuelta del Pico de la Tabla o la Vuelta de los Esqui-
nos. Tanto el Duero como sus tributarios dejan inhiestas en el borde
de la penillanura fayas, cabezas, picones, peñas, peñedos y penedos
que constituyen magníficos asomaderos y miradores. La hendidura
labrada por el Duero provoca unos fuertes desniveles que los afluen-
tes de primer y segundo orden deben salvar en pocos metros. Las
corrientes fluviales del Turones, Dos Casas, Águeda, Froya, Huebra,
Las Uces, Tormes, Sabor, Aguiar, Mós y Bemposta se precipitan impe-
tuosas a través de rápidos y caideros, unas veces, y en forma de cas-
cadas, derrumbaderos, cachoneras, chorros y faias, en otras ocasio-
nes. La fuerza del agua en los saltos remueve el lecho dando origen a
pozos, caozos, cadozos, cabozos, hervideros o espundias. Los afluen-
tes del Duero más caudalosos de la zona española provienen de las
fuentes del Sistema Central (Sierra de Gredos, Sierra de Béjar-Francia
y Sierra de Gata): Tormes, Yeltes, Huebra y Águeda. Sin embargo, en
la zona portuguesa recoge las aguas de la Serra de las Mezas, a través
Las corrientes fluviales salvan el desnivel entre la penillanura y el fondo de las
hondonadas a partir de saltos, denominados, caideros, cachoneras, derrumbaderos,
del río Côa, y de la Sierra de la Culebra y de la Serra de Montezinho a
chorros y faias (foto Câmara Municipal de Mogadouro). partir del río Sabor y de sus afluentes Manzanas y Angueira.

32 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 33

escassas inclinações deste sector provocam uma circulação lenta dos Las características climáticas de la franja transfronteriza están dis-
afluentes, riachos e ribeiras pelos vales. Ás vezes a morfologia panda torsionadas por las hendiduras fluviales en la penillanura. La principal
do terreno favorece a que a água da chuva se detenha formando peque- diferencia entre ambas áreas estriba en la bondad de los valles, la
nos charcos nos vales, prados, navas, navinas ou bodonales. Estas «tierra caliente», frente a la dureza térmica en el planalto, la «tierra
depressões do relevo estão rodeadas pelas formas características da fría». Respecto a las temperaturas, la zona es de las más frías al
erosão do granito: lanchares, berrocales, gejos e barrocos. situarse la temperatura media anual en torno a los 10º C, con regis-
tros con temperaturas extremadas, pero se atempera en el fondo de
O rasgo que define a rede hidrológica superficial da zona é o
los valles donde se llega a una temperatura media anual superior a
encaixe dos leitos fluviais e, sobretudo, do rio Douro. O rio Douro,
15º C. Sin embargo, en cuanto a las precipitaciones los parámetros
uma vez que abandona as campinas, entra nas entranhas da planície
nos indican que no existen contrastes pluviométricos.
formando o profundo vale das arribas de paredes verticais com saliên-
cias rochosas ou fragas. A dureza dos materiais obrigou o rio a lavrar
um caudal sinuoso, cheio de recantos e entorses, reflectido na toponí-
mia pela Vuelta del Piélago, la Vuelta del Rostro, la Vuelta del Pico de
la Tabla o la Vuelta de los Esquinos. Tanto o Douro como os seus
afluentes deixam inhiestas na margem da planície: fayas, cabeços,
picones, peñas, penedos y penedos que constituem magníficos mira-
douros. A profundeza lavrada pelo Douro provoca uns fortes desníveis
que os afluentes de primeira e segunda ordem devem salvar em poucos
metros. As correntes fluviais do Turones, Dos Casas, Águeda, Froya,
Huebra, Las Uces, Tormes, Sabor, Aguiar, Mós y Bemposta correm
impetuosamente através de rápidos e caideros, algumas vezes e em
forma de cascatas, precipicios, cachoneras, jorros e faias, em outras
ocasiões. A força da água nos saltos remexe os leitos dando origem a
poços, caozos, cadozos, cabozos, fervedouros ou espundias. Os
afluentes do Douro mais caudalosos da zona espanhola provêm das
fontes do Sistema Central (Serra de Gredos, Serra de Béjar-Francia e
Serra de Gata): Tormes, Yeltes, Huebra e Águeda. Contudo, a zona
portuguesa recolhe as águas da Serra das Mezas, através do rio Côa, e
da Serra da Culebra e da Serra de Montezinho a partir do rio Sabor e
dos seus afluentes Maçãs e Angueira.
As características climáticas da franja transfronteiriça encontram-se
distorcidas pelas profundidades fluviais e pela planície. A principal dife-
rença entre ambas área encontra-se na bondade dos vales, a «terra quen-
te», frente à dureza térmica no planalto, a «terra fria». No que respeita às
temperaturas, a zona é das mais frias ao situar-se a temperatura média
anual em torno dos 10º C, com registo de temperaturas extremas, mas
aquece nos fundos dos vales onde se chega a uma temperatura média
La característica más singular de la red hidrográfica fronteriza es el encajamiento
anual superior a 15º C. Contudo, no que respeita às precipitações os
que ha provocado en la penillanura al aprovechar las fracturas de las rocas (foto
parâmetros indicam-nos que não existem contrastes pluviómetricos. Pablo de la Cruz Díaz Martínez).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 33
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 34

A primeira característica térmica a destacar na planície, é sem La primera característica térmica reseñable de la penillanura, sin
dúvida, o rigor e o prolongamento dos meses de Inverno. O frio no duda, son los rigores y la prolongación de los meses invernales. El frío
meio do Inverno —meses de Dezembro, Janeiro e Fevereiro— é de en el centro del invierno —meses de diciembre, enero y febrero— es
grande intensidade. Raro é o ano em que estas terras não se vêm afec- de gran intensidad. Pero raro es el año en el que estas tierras no se
tadas por períodos mais ou menos longos e apenas interrompidos, por ven afectadas por períodos más o menos largos, y apenas interrumpi-
muito baixas temperaturas diárias. A crueldade e durabilidade do dos, de muy bajas temperaturas diarias. La crudeza y duración del
Inverno manifesta-se no número de meses nos quais a temperatura invierno se manifiesta en el número de meses en los que la tempera-
mensal média é inferior a 10ª C (6 meses); no número elevado de dias tura mensual media es inferior a los 10º C (6 meses); en el número
nos quais a temperatura média mínima é inferior a 3º C —geadas fre- elevado de días en que la temperatura media de las mínimas es infe-
quentes— e no promedio mensal de dias de geadas (temperatura rior a 3º C —heladas frecuentes— y en el promedio mensual de días
de heladas (temperatura media mínima es igual o inferior a 0º C). Y,
média mínima é igual ou inferior a 0ºC). A segunda característica, é a
la segunda característica, es la que hace referencia a lo exiguo de los
que se refere aos escassos verões, relativamente suaves e com fortes
veranos, relativamente suaves y con fuertes oscilaciones térmicas diur-
oscilações térmicas diurnas. O estio da zona é por isso curto, com
nas. El estío de la zona es más bien corto, con un calor moderado y
calor moderado e com golpes de frio sensíveis, que se localiza no limi-
con golpes de frío sensibles, que se localiza en el límite de los veranos
te dos verões cálidos (joga com a isoterma de Agosto dos 20º C). As cálidos (linda con la isoterma de agosto de los 20º C). Las temperatu-
temperatura de Julho e Agosto descem sensivelmente ao passar do ras de julio y agosto descienden sensiblemente al pasar del umbral de
umbral dos 20º C para uma temperatura entre 15º e 18º C em Junho e los 20º C a una temperatura entre 15º y 18º C en junio y septiembre.
Setembro. A singularidade climatológica das Arribas reside nas eleva- La singularidad climatológica del arribe reside en las elevadas tempe-
das temperaturas medias anuais com uns invernos moderados e uns raturas medias anuales con unos inviernos templados y unos veranos
verões calorosos e longos19. Os efeitos da configuração geomorfológi- calurosos y largos19. Los efectos de la configuración geomorfológica
ca angostos cañones desvirtuam as temperaturas medias, de estio e de de los angostos cañones desvirtúan las temperaturas, al acumular el
Inverno. Por estas características, pode-se definir o clima das Arribas aire caliente eleva las temperaturas medias, del estío y del invierno.
como um clima termófilo e, dada a reduzida localização, como um Por estas características, se puede definir el clima de arribes como un
microclima. (ver quadros nº 1 e 2) clima termófilo y, dada se reducida localización, como un microclima
(ver cuadros nº 1 y 2).
A precipitação é, junto com a temperatura, o elemento climáti-
co que de maneira mais directa influi nas condições ecológicas. A La precipitación es, junto con la temperatura, el elemento climático
precipitação é a queda de todas as formas de água líquida ou sólida que de manera más directa influye en las condiciones ecológicas. La pre-
sobre a terra (chuva, neve, granizo, orvalho e geada), embora em cipitación es la caída de todas las formas de agua líquidas o sólidas sobre
la tierra (lluvia, nieve, granizo, rocío y escarcha), aunque, en general,
geral só a chuva e a neve contribuam de maneira significativa aos
sólo la lluvia y la nieve contribuyen de manera significativa a los totales
totais da precipitação. A singularidade do relevo de Castela e Leão
de precipitación. La singularidad del relieve de Castilla y León marca la
marca a quantidade e a distribuição das precipitações. Por isso, a cuantía y la distribución de las precipitaciones; por tanto, a partir de los
partir dos valores numéricos podem-se extrair uma série de dados. valores numéricos se pueden extraer una serie de matices. En primer
Em primeiro lugar, a precariedade na quantidade de precipitação lugar, la parquedad en la cuantía de las precipitación para el conjunto
durante o ano, entre 500-600 mm de promedio anual que, contudo, del año, entre 500-600 mm de promedio anual; que sin embargo,
constitui uma auréola de transição entre a escassez do centro da constituye una aureola de transición entre la escasez del centro de la

19
GARCÍA FERNÁNDEZ, J. (1986). El clima de Castilla y León. 19
GARCÍA FERNÁNDEZ, J. (1986). El clima de Castilla y León. Ámbito
Ámbito Ediciones. Salamanca, pp. 181-183. Ediciones. Salamanca, pp. 181-183.
CALONGE CANO, G. (1990). «La excepcionalidad climática de Los Arri- CALONGE CANO, G. (1990). «La excepcionalidad climática de Los Arribes
bes del Duero». Revista Ería, nº 21. Universidad de Oviedo. Oviedo, pp. 45-59. del Duero». Revista Ería, nº 21. Universidad de Oviedo. Oviedo, pp. 45-59.

34 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 35

CUADRO Nº 1: DATOS TERMOPLUVIOMÉTRICOS DE EL CUBO DE DON SANCHO


(Altitud: 770 metros Latitud: 40º 50’ N Longitud: 6º 04’ W)
MESES TEMPERATURA MEDIA MENSUAL PRECIPITACIÓN MEDIA MENSUAL
DEL PERIODO (°C) DEL PERIODO (mm)
Enero 3,6 67
Febrero 5,0 55
Marzo 7,3 41
Abril 9,2 57
Mayo 12,6 66
Junio 17,5 35
Julio 21,5 19
Agosto 21,0 12
Septiembre 17,9 34
Octubre 12,6 58
Noviembre 7,5 70
Diciembre 4,5 68
Anual 11,7 581

FUENTE: Ministerio de Medio Ambiente. Instituto Nacional de Meteorología. (web: www.inm.es.)

CUADRO Nº 2: DATOS TERMOPLUVIOMÉTRICOS DEL SALTO DE SAUCELLE


(Altitud: 161 metros Latitud: 41º 02’ N Longitud: 6º 48’ W)
MESES TEMPERATURA MEDIA MENSUAL PRECIPITACIÓN MEDIA MENSUAL
DEL PERIODO (°C) DEL PERIODO (mm)
Enero 7,4 66
Febrero 9,4 57
Marzo 12,3 34
Abril 14,8 42
Mayo 18,6 50
Junio 23,4 33
Julio 27,3 16
Agosto 27,0 11
Septiembre 23,7 36
Octubre 17,8 58
Noviembre 11,9 64
Diciembre 8,4 60
Anual 16,8 525

FUENTE: Ministerio de Medio Ambiente. Instituto Nacional de Meteorología. (web: www.inm.es.)

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 35
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 36

bacia do Douro e a abundância do cíngulo montanhoso. Em segundo cuenca del Duero y la abundancia del cíngulo montañoso. En segun-
lugar, a irregularidade das precipitações denota uma ténue aridez esti- do lugar, la irregularidad de las precipitaciones denota una tenue ari-
val que, para além disso, agrava-se porque as precipitações médias de dez estival que, además, se acusa porque las precipitaciones medias
Julho e Agosto são inferiores a 30 mm. Em terceiro lugar, na distribui- de julio y agosto son inferiores a 30 mm. En tercer lugar, en la distri-
ção das precipitações ao longo do ano observa-se uma marcada esta- bución de las precipitaciones a lo largo del año se observa una marca-
gnação que se reflecte num «regime de precipitações» de inverno-pri- da estacionalidad que se refleja en un «régimen de precipitaciones»
de invierno-primavera. En esta área, el ritmo de las precipitaciones es
mavera. Nesta área, o ritmo das precipitações é muito regular na
muy regular en la parquedad de las lluvias desde septiembre a junio.
precariedade das chuvas de Setembro a Junho. O geral, é que os índi-
Lo general es que los índices mensuales se mantengan entre 40-50
ces mensais se mantenham entre 40-50 mm e que os que totalizem mm y que los que totalizan una mayor abundancia de precipitaciones
uma maior abundância de precipitações cheguem aos 60 mm, algumas lleguen a los 60 mm, y unas veces algo menos y otras, muy raras,
vezes menos, e outras, muito raramente bastante mais, mas nunca bastante más, pero nunca en una cuantía verdaderamente grande. Y,
numa quantidade verdadeiramente grande. Finalmente, pode conside- finalmente, se puede considerar un rasgo distintivo del régimen de las
rar-se um rasgo diferente do regime das precipitações da zona, quando precipitaciones de la zona es que aparezcan en forma de lluvia y, más
aprecem em forma de chuva e, mais excepcionalmente, nevões. excepcional, en nevadas. Sin embargo, la nieve aunque singulariza el
Contudo, a neve, embora singularize o borde montanhoso castelo-leo- borde montañoso castellanoleonés, también, aparece en estas latitu-
nês, também aparece nestas latitudes na etapa invernal. des en la etapa invernal.

3.1.2. Uns ecossistemas inalterados: reduto de espécies 3.1.2. Unos ecosistemas inalterados: reducto de
botânicas mediterrânicas endémicas e refugio da especies botánicas mediterráneas endémicas y
avifauna rupicola refugio de la avifauna rupícola
Os contrastes à escala local introduzidos pelas variáveis geo-mor- Los contrastes a escala local introducidos por las variables geo-
fológicas e os rasgos climáticos mostram-se nas diferenças bio-geográ- morfológicas y los rasgos climáticos se muestran en las diferencias
ficas próprias do âmbito mediterrâneo. A veste vegetal encontra-se biogeográficas propias del ámbito mediterráneo. La veste vegetal está
dominada pelos montes mediterrânicos perennifolios, principalmente, dominada por los montes mediterráneos perennifolios, principalmen-
te, los encinares (Quercus ilex sp. ballota) acompañados de las matas
as azinheiras (Quercos ilex sp. ballota) acompanhadas das matas de
de roble melojo o rebollo (Quercus pyrenaica) y de bardas de quejigos
carvalho-negral (Quercus pyrenaica) e de carvalho-português (Quercus
(Quercus faginea). Estas manchas forestales han sido desplazadas en
faginea). Estas manchas florestais foram substituídas nas ladeiras mais
las laderas más soleadas por los alcornocales o «sobreros» (Quercus
solarengas pelos sobreiros (Quercus suber) e, em muitas ocasiões sub-
suber) y, en muchas ocasiones, sustituidas por amplios bosquetes de
stituídas por amplos bosques de almez, «hojaranzo» ou «lodão» (Celtis almez, «hojaranzo» o «lodón» (Celtis australis), frente a los sotos de
australis), frente aos soutos de castanheiros (Castanea sativa) das castaño (Castanea sativa) de las umbrías. En las zonas microclimáticas
umbrias. Nas zonas micro-climáticas aparecem as espécies termófilas aparecen las especies termófilas al amparo de la bonanza térmica y
amparadas pela bonança térmica e as vantagens edáficas, tais como las ventajas edáficas, como el enebro, «zimbro», «jimbre» o «jum-
o enebro, «zimbro», «jimbre» ou «jumbrio» (Juniperus oxicedrus), brio» (Juniperus oxicedrus), el madroño (Arbutus unedo), el arce (Acer
o medronheiro (Arbutus unedo), a zêlha (Acer monspessulanum), a monspessulanum), el acebuche o «zambullo» (Olea europaea) y la
oliveira (Olea europaea) e a cornalheira (Pistacea terebinthus). A cornicabra o «cornipedrera» (Pistacea terebinthus). La mano del hom-
mão do homem interveio nas terras arrasadas pelo fogo para recu- bre ha intervenido en las tierras descarnadas por el fuego para recu-
perar a cobertura arbórea através dos repovoamentos florestais de perar la cubierta arbórea a través de las repoblaciones forestales de
Pinheiro Bravo ( pinus pinaster). O fundo dos vales dos rios e das pino resinero (Pinus pinaster). Los fondos de valle de los ríos y de las
ribeiras estão ocupados pela vegetação higrófila, riparia ou politipica riveras están ocupados por la vegetación higrófila, riparia o politípica

36 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 37

de sauces (Salís salvifolia), amieiros (Alnus glutinosa), freixos (Fraxi- de sauces (Salís salvifolia), alisos (Alnus glutinosa), fresnos (Fraxinus
nus angustifolia) y choupos (Populus nigra). angustifolia) y chopos (Populus nigra).

Entre os matagais mais comuns destacam-se as rosêlhas (Cistus Entre los matorrales más comunes destacan los jarales (Cistus
ladanifer o Cistus albidus), os retamares (Retama spahaerocarpa), as ladanifer o Cistus albidus), los retamares (Retama spahaerocarpa), los
giestas-brancas (Cytisus multiflorus y Cytisus scoparius), os aulagares escobonales (Cytisus multiflorus y Cytisus scoparius), los aulagares
(Genista hystris) e algum exemplar disperso de, abronceiros (Cratae- (Genista hystris) y, algún ejemplar disperso, de majuelo albar (Cratae-
gus monogyna), embora apareçam com um porte mais rasteiro, rosma- gus monogyna), aunque aparecen de porte más rastrero, el cantueso
ninho (Lavandula stoechas), o tomilho (Thymus mastichina o Thymus (Lavandula stoechas), el tomillo (Thymus mastichina o Thymus zygis) y
zygis) e o oregão (Origanum virens). Nas zonas cimeiras e mais húmi- el orégano (Origanum virens). En las zonas cimeras y más húmedas de
das de Figueira de Castelo Rodrigo aparecem os Queirós (Eriça Figueira de Castelo Rodrigo aparecen las brecinas (Erica umbellata)
umbellata) associadas a plantas de Halimium ocymoides. asociadas con plantas de Halimium ocymoides.

A topografia quebrada, as diferentes condições climáticas, a La topografía quebrada, las diferentes condiciones climáticas, la
heterogeneidade de litologias e de formas de relevo, a presença de heterogeneidad de litologías y de formas del relieve, la presencia de
agua, la diversidad de la flora y de las manchas de vegetación y, como
água, a diversidade da flora e de manchas de vegetação e como resulta-
resultado de la conjunción de todos estos elementos, la existencia de
do da conjunção de todos estes elementos, a existência de uma grande
una gran variedad de unidades paisajísticas que constituyen el hábitat
variedade de unidades paisagísticas que constituem o habitat ideal para
ideal para numerosas especies faunísticas. El mayor valor faunístico de
inúmeras espécies faunísticas. O maior valor faunístico da zona está
la zona está asociado con el biotopo formado por los farallones de los
associado ao biótopo formado pelas escarpas dos vales que formam os
valles que forman los ríos encajados. Estas zonas están vinculadas a
rios encaixados. Estas zonas estão vinculadas às grandes aves rupículas
las grandes aves rupícolas y necrófagas. Los asomos rocosos y las cer-
e necrófagas. As varandas rochosas e as formações arbóreas próximas,
canas formaciones arbóreas constituyen el hábitat de varias especies.
constituem o habitat de várias espécies. Contudo, também estão repre- Sin embargo, también están representados el resto de grupos de ver-
sentados os restantes grupos de vertebrados —230 espécies. Apesar dos tebrados —230 especies—. A pesar de los impactos y alteraciones
impactos e alterações sofridas pelos ecossistemas fluviais conservam sufridos por los ecosistemas fluviales conservan una rica ictiofauna.
uma rica ictiofauna. Actualmente existem 15 espécies de peixes entre Actualmente, existen 15 especies de peces entre los autóctonos y los
os autóctones e os introduzidos na zona. Da mesma forma, foram introducidos en la zona. Igualmente, se han inventariado 15 especies
inventariados 15 espécies de anfíbios e do grupo dos répteis aparecem de anfibios y del grupo de los reptiles aparecen 21 especies descritas
21 espécies descritas pelas especiais características climáticas e pela por las especiales características climáticas y de variación altitudinal de
variação de altitude da zona. Finalmente, existe um nutrido grupo de 47 la zona. Finalmente, un nutrido grupo de las 47 especies de mamífe-
espécies de mamíferos, campeã por zona, que vivem perto das correntes ros, campea por la zona, viven cerca de las corrientes fluviales o se
fluviais ou que se escondem em grutas e túneis. esconden en las cuevas y túneles.
As espécies mais emblemáticas encontram-se no grupo da avi- Las especies más emblemáticas se encasillan en el grupo de la
fauna, como, o Grifo (Gyps fulvus), a cegonha negra (ciconia nigra), avifauna, como, el buitre leonado (Gyps fulvus), la cigüeña negra
a gralha-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax Pyrrhocorax), o abutre do (Ciconia nigra), la chova piquirroja (Pyrrhocorax pyrrhocorax), el ali-
Egipto (Neophron percnopterus), a águia real (Aquila chysaetos), a moche (Neophron percnopterus), el águila real (Aquila chrysaetos), el
águia de bonelli (Hieraetus fasciatus), o falcão peregrino (Falco águila perdicera (Hieraetus fasciatus), el halcón peregrino (Falco pere-
peregrinus), o açor ( Accipiter gentilis) e o mocho real (Bubo grinus), el azor (Accipiter gentilis) y el búho real (Bubo bubo). Incluso,
bubo). Inclusive, a zona representa o habitat vital para a cegonha la zona representa el hábitat vital para la cigüeña negra y, por este
negra, e por este motivo, foram declaradas como áreas criticas, vários motivo, se han declarado como Áreas Críticas varios tramos de los
tramos dos rios Douro, Las Uces, Huebra, Camaces e àgueda, da ríos Duero, Las Uces, Huebra, Camaces y Águeda, de la Zona de
zona de importância para a conservação da espécie na província de Importancia para la Conservación de la especie en la provincia de

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 37
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 38

Salamanca, no âmbito do Plano de Recuperação da Cegonha Negra Salamanca, en el marco del Plan de Recuperación de la Cigüeña
em Castela e Leão20. Negra en Castilla y León20.

3.1.3. Os espaços naturais e a Rede NATURA 2000: 3.1.3. Los espacios naturales y la red NATURA 2000:
a protecção das áreas frágeis la protección de las áreas frágiles y
e da biodiversidade de la biodiversidad
O extinto Instituto Nacional para a conservação da Natureza de El extinguido Instituto Nacional para la Conservación de la Natu-
Espanha (ICONA), realizou o Inventário Aberto de Espaços Naturais raleza de España (ICONA) realizó el Inventario Abierto de Espacios
de Protecção Especial em finais dos anos setenta que recolhia um Naturales de Protección Especial, a finales de los años setenta, que
grande número de paisagens excelentes, paisagens naturais de grande recogía un gran número de paisajes sobresalientes, parajes naturales
beleza cénica, ecossistemas representativos pela pouca degradação, de gran belleza escénica, ecosistemas representativos por su poca
redutos de flora e fauna, formações geológicas de grande interesse degradación, reductos de flora o fauna, formaciones geológicas de
cientifico e sítios e monumentos naturais de relevância estética. As gran interés científico, y sitios y monumentos naturales de relevancia
pretensões do inventário eram de evitar danos irreparáveis ao patrimó- estética. Las pretensiones del inventario eran evitar daños irreparables
nio para legá-lo às gerações futuras. Neste inventário já aparecia iden- sobre este patrimonio para legarlo a las generaciones futuras. En este
tificado e classificado o espaço «Arribas do Douro e Águeda» na pro- inventario ya aparecía identificado y clasificado el espacio de «Arribes
víncia de Salamanca, com uma extensão de 17.500 hectares, pelos del Duero y Águeda» en la provincia de Salamanca, con una exten-
seus valores naturais e paisagísticos. sión de 17.500 hectáreas, por sus valores naturales y paisajísticos.

Portanto, este conjunto transfronteiriço, devido às particularida- Por tanto, este conjunto transfronterizo, debido a las peculiarida-
des irrepetíveis do meio abiótico e biótico, encerra habitats de espé- des irrepetibles del medio abiótico y biótico, encierra hábitats de
cies únicas e sensíveis às acções antrópicas. A fragilidade de certas especies únicas y sensibles a las acciones antrópicas. La fragilidad de
áreas desta franja raiana, levou as administrações a proceder à sua ciertas áreas de esta franja rayana ha llevado a las administraciones a
protecção através da figura de Parque Natural agregada nas respecti- su protección a través de la figura de Parque Natural recogida en las
vas leis de conservação da natureza. A declaração de Parque Natu- respectivas leyes de conservación de la naturaleza. La declaración del
ral das «Arribas do Douro»21 com 106.105 hectares e do Parque Parque Natural «Arribes del Duero»21, con 106.105 hectáreas, y del
Natural do «Douro Internacional»22 com 85.150 hectares, cobre Parque Natural «Douro Internacional»22, con 85.150 hectáreas, cubre

22
Decreto 83/1995, de 11 de marzo, por el que aprueba el Plan de Recu- 20
Decreto 83/1995, de 11 de marzo, por el que aprueba el Plan de
peración de la Cigüeña Negra y se dictan medidas complementarias para su Recuperación de la Cigüeña Negra y se dictan medidas complementarias para
protección en la Comunidad de Castilla y León (BOC y L nº 92, de 16 de su protección en la Comunidad de Castilla y León (BOC y L nº 92, de 16 de
mayo de 1995). mayo de 1995).
21
Decreto 164/2001, de 7 de junio, por el que se aprueba el plan de 21
Decreto 164/2001, de 7 de junio, por el que se aprueba el plan de
Ordenación de los Recursos Naturales del Espacio Natural Arribes del Duero Ordenación de los Recursos Naturales del Espacio Natural Arribes del Duero
(Salamanca-Zamora) (BOC y L nº 114, de 13 de junio de 2001). (Salamanca-Zamora) (BOC y L nº 114, de 13 de junio de 2001).
Ley 5/2002, de 11 de abril, de declaración de Parque Natural de Arribes Ley 5/2002, de 11 de abril, de declaración de Parque Natural de Arribes
del Duero (Salamanca-Zamora) (Suplemento del BOC y L nº 79, de 26 de del Duero (Salamanca-Zamora) (Suplemento del BOC y L nº 79, de 26 de abril
abril de 2002). de 2002).
22
Decreto Regulamentar nº 8/98, de 11 de maio, estabelece a classifica- 22
Decreto Regulamentar nº 8/98, de 11 de maio, estabelece a classifica-
ção do Parque Natural do Douro Internacional (Diario da República Série I-B ção do Parque Natural do Douro Internacional (Diario da República Série I-B nº
nº 108, de 11 de maio de 1998). 108, de 11 de maio de 1998).

38 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 39

a conservação de todos os aspectos do meio natural e etnográfico dos la conservación de todos los aspectos del medio natural y etnográfico
municípios e freguesias contíguas ao Douro. Em ambos os parques de los municipios y freguesias colindantes con el Duero. En ambos
existem umas condições orográficas, uns habitats de flora e fauna e parques confluyen unas condiciones orográficas, unos hábitats de flo-
um modelo de exploração agrária e ganadeira similares. ra y fauna y un modelo de explotación agraria y ganadera similares.

Na actualidade, de cara ao estabelecimento da Rede Europeia Natu- En la actualidad, de cara al establecimiento de la Red Europea
ra 2000, Portugal publicou a relação das zonas de protecção Especial Natura 2000, Portugal ha publicado la relación de las Zonas de Pro-
(segundo a Directiva de Aves)23 e a Lista nacional de Sítios (segundo a tección Especial (según la Directiva de Aves)23 y la Lista Nacional de
Directiva de Habitats)24, enquanto que a administração regional de Caste- Sitios (según la Directiva de Hábitats)24, mientras que, la administra-
la e Leão cumpriu com os requisitos comunitários com os Inventários das ción regional de Castilla y León ha cumplido los requerimientos
Zonas de Especial Protecção para as Aves (ZEPAS)25 e dos Lugares de comunitarios con los Inventarios de las Zonas de Especial Protección
Interesse Comunitário (LICs) (ver mapa). O Instituto de Conservação da para las Aves (ZEPAS)25 y de los Lugares de Interés Comunitario (LICs)
Natureza português integrou nas Zonas de Protecção Especial os «Rios (ver mapa). El Instituto de Conservación de la Naturaleza portugués
Sabor e Maçãs», o «Douro Internacional» e o «Vale do Côa»26, e na Lista ha integrado en las Zonas de Protección Especial a los «Rios Sabor e
Maçãs», al «Douro Internacional» y al «Valle do Côa»26; y en la Lista
Nacional de Sítios27 as seguintes áreas: «Rios Sabor e Maçãs»
Nacional de Sitios27 a las siguientes áreas: «Rios Sabor e Maçãs»
(PTCON0021), o «Douro Internacional» (PTCON0022) e «Morais»
(PTCON0021), «Douro Internacional» (PTCON0022) e «Morais»
(PTCON0023). Por outro lado, a Consejeria de Meio Ambiente de Cas-
(PTCON0023). Por su parte, la Consejería de Medio Ambiente de Cas-

23
Directiva 79/409/CEE, de 2 de abril de 1979, relativa a la conserva- 23
Directiva 79/409/CEE, de 2 de abril de 1979, relativa a la conservación
ción de las aves silvestres (DOCE nº103, de 25 de abril de 1979). de las aves silvestres (DOCE nº103, de 25 de abril de 1979).
24
Directiva 92/43/CEE, de 21 de mayo de 1992, relativa a la conserva- 24
Directiva 92/43/CEE, de 21 de mayo de 1992, relativa a la conserva-
ción de los hábitats naturales y de la fauna y flora silvestres (DOCE nº L 206, ción de los hábitats naturales y de la fauna y flora silvestres (DOCE nº L 206,
de 22 de julio de 1992). de 22 de julio de 1992).
25
SANZ-ZUASTI, J.; ARRANZ SANZ, J. Y MOLINA GARCIA, I. 25
SANZ-ZUASTI, J.; ARRANZ SANZ, J. Y MOLINA GARCIA, I. (2004). La
(2004). La Red de Zonas de Especial Protección para las Aves (ZEPA) de Cas- Red de Zonas de Especial Protección para las Aves (ZEPA) de Castilla y León.
tilla y León. Junta de Castilla y León. Consejería de Medio Ambiente. Madrid. Junta de Castilla y León. Consejería de Medio Ambiente. Madrid.
26
Decreto-Leí nº 140/99, de 24 de abril, revê a transposição para a 26
Decreto-Leí nº 140/99, de 24 de abril, revê a transposição para a
ordem jurídica interna da Directiva nº 79/409/CEE, do Conselho, de 2 de abril ordem jurídica interna da Directiva nº 79/409/CEE, do Conselho, de 2 de abril
(relativa à conservação das aves salvagem) e da Directiva nº 92/43/CEE, do (relativa à conservação das aves salvagem) e da Directiva nº 92/43/CEE, do
Conselho, de 21 de maio (relativa à preservação dos habitats naturais e da fau- Conselho, de 21 de maio (relativa à preservação dos habitats naturais e da fau-
na e da flora salvagens) (Diário da República Série I-A nº 96/99, de 24 de na e da flora salvagens) (Diário da República Série I-A nº 96/99, de 24 de abril
abril de 1999). de 1999).
COSTA, L. T.; NUNES, M.; GERALDES, P. E COSTA, H. (2003). COSTA, L. T.; NUNES, M.; GERALDES, P. E COSTA, H. (2003). Zonas
Zonas Importantes para as Aves em Portugal. Sociedade Portuguesa para o Importantes para as Aves em Portugal. Sociedade Portuguesa para o Estudo
Estudo das Aves. Lisboa. das Aves. Lisboa.
27
Resolução do Conselho de Ministros nº 142/1997, aprova a lista nacio- 27
Resolução do Conselho de Ministros nº 142/1997, aprova a lista nacio-
nal de sitios (1ª fase) prevista no artigo 3º do Decreto-Lei nº 226/97 de 27 de nal de sitios (1ª fase) prevista no artigo 3º do Decreto-Lei nº 226/97 de 27 de
agosto (transpõe para o direito interno a Directiva 92/43/CEE, do Conselho, de agosto (transpõe para o direito interno a Directiva 92/43/CEE, do Conselho, de
21 de maio, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora 21 de maio, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora
selvagens) (Diário da República Série I-B nº 198/97, de 28 de agosto de 1997). selvagens) (Diário da República Série I-B nº 198/97, de 28 de agosto de 1997).
Resolução do Conselho de Ministros nº 76/2000, aprova a 2ª fase da lista Resolução do Conselho de Ministros nº 76/2000, aprova a 2ª fase da lista
nacional de sítios a que se refere o nº 1 do artigo 4º do Decreto-Lei nº 140/99 nacional de sítios a que se refere o nº 1 do artigo 4º do Decreto-Lei nº 140/99
de 24 de abril (Diário da República Série I-B nº 153, de 5 de julho de 2000). de 24 de abril (Diário da República Série I-B nº 153, de 5 de julho de 2000).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 39
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 40

40 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 41

tela e Leão designou entre as Zonas de Especial Protecção para as aves tilla y León ha designado entre las Zonas de Especial Protección para
(ZEPAs), as «Arribas do Douro» (ES0000118), «As ribeiras dos rios las Aves (ZEPAs) a «Arribes del Duero» (ES0000118), «Riberas de los
Huebra e Yeltes» (ES0000247) e as «Ribeiras do rio Águeda» Ríos Huebra y Yeltes» (ES0000247) y «Riberas del Río Águeda»
(ES4150087), enquanto que, na relação dos Lugares de Interesse (ES4150087); mientras que, en la relación de los Lugares de Interés
Comunitário (LIC) propõe as «Arribas do Douro» (ES4150096), as Comunitario (LIC) propone a «Arribes del Duero» (ES4150096),
«Ribeiras dos rios Huebra, Yeltes, Uces e afluentes» (ES4150064) e as «Riberas de los Ríos Huebra, Yeltes, Uces y afluentes» (ES4150064) y
«Ribeiras do rio Águeda» (ES4150087), (ver mapa). «Riberas del Río Águeda» (ES4150087), (ver mapa).

3.2. As debilidades do meio socio-económico: o 3.2. Las debilidades del medio socioeconómico: el
desequilibrio poblacional y la atonía económica
desequilíbrio populacional e a atonia económica
El marco socioeconómico de la franja transfronteriza está defini-
O marco socioeconómico da franja transfronteiriça está definido
do por dos fracturas internas negativas como son la reducción de los
por duas fracturas internas negativas tal como, a redução dos efectivos
efectivos poblacionales y las mudanzas en la estructura económica
populacionais e as mudanças na estrutura económica tradicional. A
tradicional. La primera debilidad ha traído consigo un rosario de dra-
primeira debilidade trouxe consigo um rosário de dramáticas repercus- máticas repercusiones, tanto en las características de la estructura
sões, tanto nas características da estrutura demográfica, como na dis- demográfica, como en la distribución y reparto de los habitantes por
tribuição e repartição dos habitantes pelo território. As evocações mais el territorio. Las evocaciones más usuales para definir la situación
usuais para definir a situação demográfica da zona, mencionam o demográfica de la zona aluden al estrangulamiento biológico, la
estrangulamento biológico, a deformação etária e de género, a grande deformación etaria y de género, el nutrido porcentaje de solteros, el
percentagem de solteiros, o predomínio dos estudos básicos entre a predominio de los elementales estudios básicos entre la población, la
população, a relação de dependência a favor da classe passiva, a deser- relación de dependencia a favor de la clase pasiva, la desertización y
tificação e uma densidade populacional extremamente baixa pela una densidad de población extremadamente baja por la diáspora de
diáspora dos seus habitantes. A segunda debilidade, corresponde ao sus habitantes. Y, la segunda debilidad, se corresponde con el inmovi-
imobilismo de um sistema produtivo ancorado às actividades agrope- lismo de un sistema productivo anclado en las actividades agropecua-
cuárias e ás poucas iniciativas empresariais em ramos económicos não rias y las tibias iniciativas empresariales en ramas económicas no agra-
agrários ou extra-agrários. O papel preponderante da agricultura e da rias o extraagrarias. El papel preponderante de la agricultura y la
criação de gado noutros tempos deu lugar à emergência de propostas ganadería en otros tiempos ha dado paso a la emergencia de pro-
complementares e alternativas em temas como a transformação agro- puestas complementarias o alternativas en temas como la transfor-
alimentar, os serviços de proximidade e o turismo rural, Estes estran- mación agroalimentaria, los servicios de proximidad y el turismo rural.
gulamentos abrandam o desenvolvimento local e hipotecam o futuro Estos estrangulamientos frenan el desarrollo local e hipotecan el futu-
governo do território de forma equilibrada e sustentável. ro gobierno del territorio de forma equilibrada y sostenible.

3.2.1. A decadência demográfica pela perda de recursos 3.2.1. La decadencia demográfica por la pérdida de
humanos: envelhecimento e despovoamento recursos humanos: envejecimiento y despoblación
A evolução da população da franja transfronteiriça está mar- La evolución de la población de la franja transfronteriza está mar-
cada pelo decréscimo paulatino dos recursos humanos desde a cada por el descenso paulatino de los recursos humanos desde la
segunda centúria do século passado até ao começo do novo milé- segunda centuria del siglo pasado hasta el comienzo del nuevo milenio,
nio, tanto no lado espanhol como no lado português. A decadên- tanto en el lado español, como en la cara portuguesa. La decadencia
cia demográfica deve-se aos movimentos migratórios, um para os demográfica se debe a los movimientos migratorios, uno hacia los

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 41
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 42

países europeus (França, Alemanha, e Suiça) e o outro com destino às países europeos (Francia, Alemania y Suiza), y el otro con destino a las
cidades do litoral português e para as regiões espanholas mais desen- ciudades del litoral portugués y las regiones españolas más desarrolla-
volvidas. Nos últimos anos do século XX, os emigrantes procuram a das. En los últimos años del siglo XX, los emigrantes buscan la capital
capital distrital ou provincial e os núcleos semi-urbanos com opções distrital o provincial y los núcleos semiurbanos con opciones en el
no mercado laboral (Vitigudino, Figueira de Castelo Rodrigo e Moga- mercado laboral (Vitigudino, Figueira de Castelo Rodrigo y Mogadou-
douro). A população encontra uma saída na emigração por motivos ro). La población encuentra una salida en la emigración por motivos
relacionados com o território, a economia e a sociedade28. Assim, em relacionados con el territorio, la economía y la sociedad28. Así, en pri-
primeiro lugar, as condições naturais apresentam muitos aspectos mer lugar, las condiciones naturales presentan muchos aspectos
negativos para o desenvolvimento económico da zona (uma elevada negativos para el desarrollo económico de la zona (una elevada alti-
atitude média, um clima de extremos e uns solos pobres em consonân- tud media, un clima extremado y unos suelos pobres en consonancia
cia com o afloramento na superfície de granito). Em segundo lugar, a con el afloramiento en la superficie del granito). En segundo lugar, la
desfavorável estrutura agrária impulsionou a emigração de jornaleiros desfavorable estructura agraria impulsó la emigración de jornaleros y
e pequenos proprietários do sector primário. Os baixos rendimentos pequeños propietarios del sector primario. Los bajos rendimientos de
dos usos agrários, os campos de centeio, prados naturais e terreno flo- los usos agrarios, tierras centeneras, prados naturales y terreno fores-
restal, produziram um excedente de mão-de-obra neste sector e torna- tal, producían un excedente de mano de obra en estas labores y se
ram-se na terceira causa de êxodo rural. Finalmente, as diferenças eco- erigen en la tercera causa del éxodo rural. Finalmente, las diferencias
nómicas inter provinciais e concretamente, o baixo nível de vida da económicas interprovinciales y, en concreto, el bajo nivel de vida de la
zona fronteiriça foram decisivos nas correntes migratórias destas zona fronteriza fueron decisivos en las corrientes migratorias de estos
populações. Esta vocação migratória dos habitantes da sub comarca pueblos. Esta vocación migratoria de los habitantes de la subcomarca
das Arribas do Douro, durante a década de setenta, encontra-se ilustra- de Arribes del Duero, durante la década de los sesenta, está ilustrada
da em alguns estudos de investigação coetâneos, «…uma vez cumpri- en algunos estudios de investigación coetáneos, «...una vez cumplido
do o serviço militar, muitos jovens dirigem-se para o País Basco, Astú- el servicio militar, muchos jóvenes se dirigen al País Vasco, Asturias o
rias ou Catalunha, que são os principais centros de recepção. Alguns, Cataluña, que son los principales centros de recepción. Algunos, los
pelo menos, continuam no Exército ou ingressaram na Guarda Civil, e menos, continúan en el Ejército o ingresan en la Guardia Civil, y no
não falta como tendência mais actual, a emigração para o estrangei- falta, como tendencia más actual, la emigración al extranjero, sobre
ro, sobretudo França e Alemanha. As mulheres encontram colocação, todo a Francia y Alemania. Las mujeres encuentran colocación, como
como empregadas em Salamanca, Madrid e Barcelona»29. muchachas de servicio, en Salamanca, Madrid y Barcelona»29.
A perda de habitantes supôs para a franja transfronteiriça no seu La pérdida de habitantes ha supuesto para la franja transfronteri-
conjunto, um decréscimo de, -55,35%, de 93.470 passou para za en su conjunto un descenso del -55,35%, de 93.470 se ha pasado
41.726 habitantes. A hemorragia populacional manifestou-se com a 41.726 habitantes. La hemorragia poblacional se ha manifestado
maior crueldade na comarca agrária de Vitigudino (-60,53%) relati- con mayor crudeza en la comarca agraria de Vitigudino (-60,53%)
vamente aos concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo (-54,31%), frente a los concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo (-54,31%), de
de Freixo de Espada à Cinta (- 48,03%) e de Mogadouro (-45,51%). À Freixo de Espada à Cinta (-48,03%) y de Mogadouro (-45,51%). A

28
GARCIA ZARZA, E. (1982). «La emigración salmantina: 1950- 28
GARCIA ZARZA, E. (1982). «La emigración salmantina: 1950-1975.
1975. Causas, características y consecuencias». Rev. Provincial de Estudios, nº Causas, características y consecuencias». Rev. Provincial de Estudios, nº 1 y 2.
1 y 2. Diputación Provincial. Salamanca, pp. 131-155 y 141-192. Diputación Provincial. Salamanca, pp. 131-155 y 141-192.
IZQUIERDO DE PAUL, O. (2000). Salamanca tierra de emigrantes IZQUIERDO DE PAUL, O. (2000). Salamanca tierra de emigrantes (1950-
(1950-1998). Centro de Estudios Salmantinos. Salamanca. 1998). Centro de Estudios Salmantinos. Salamanca.
29
CRESPO REDONDO, J. (1968). El paisaje agrario en Los Arribes 29
CRESPO REDONDO, J. (1968). El paisaje agrario en Los Arribes del
del Duero. Consejo Superior de Investigaciones Científicas. Instituto «Juan Duero. Consejo Superior de Investigaciones Científicas. Instituto «Juan Sebas-
Sebastián Elcano». Madrid, pp. 133. tián Elcano». Madrid, pp. 133.

42 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 43

escala municipal, a análise é escandalosa, já que só Vitigudino, Figuei- escala municipal, el análisis es desgarrador, ya que sólo Vitigudino,
ra de Castelo Rodrigo e Mogadouro ganharam habitantes face a muni- Figueira de Castelo Rodrigo y Mogadouro han ganado habitantes
cípios desolados que perderam mais de 70% da população entre 1950 frente a municipios desolados que han perdido más del 70% de la
e 2001: Ahigal de los Aceiteros, Ahigal de Villarino, Barceo, Bogajo, población entre 1950 y 2001: Ahigal de los Aceiteros, Ahigal de Villa-
Brincones, Cerezal de Peñahorcada, Cipérez, Espadaña, Iruelos, El rino, Barceo, Bogajo, Brincones, Cerezal de Peñahorcada, Cipérez,
Manzano, Olmedo de Camaces, Peralejos de Arriba, Peralejos de Aba- Espadaña, Iruelos, El Manzano, Olmedo de Camaces, Peralejos de
jo, Puertas, Sanchón de la Ribera, Sobradillo, Villares de Yeltes e Arriba, Peralejos de Abajo, Puertas, Sanchón de la Ribera, Sobradillo,
Villarmuerto (Vitigudino); Almofala, Cinco Vilas, Colmeal e Escarigo Villares de Yeltes y Villarmuerto (Vitigudino); Almofala, Cinco Vilas,
(Figueira de Castelo Rodrigo); e Vilar de Rei (Mogadouro) (ver qua- Colmeal y Escarigo (Figueira de Castelo Rodrigo); y Vilar de Rei
dros nº 3, 4, 5 e 6). (Mogadouro) (ver cuadros nº 3, 4, 5 y 6).

Há que destacar dois feitos relevantes para a franja transfronteiri- Hay que destacar dos hechos relevantes para la franja transfron-
ça e para todas as zonas rurais, que são: o crescimento da população teriza y, para todas las zonas rurales, que son: el crecimiento de la
durante o estio e da população imigrante estrangeira recenseada. A población durante el estío y de la población inmigrante extranjera
chegada de novos habitantes no verão deve-se ao retorno dos emi- empadronada. La llegada de nuevos habitantes en el verano se debe
grantes e dos veraneantes. Por exemplo, segundo as estatísticas ofi- al retorno de los emigrantes y de los veraneantes. Por ejemplo, según
ciais, a população sazonal máxima da comarca de Vitigudino se eleva las encuestas oficiales, la población estacional máxima de la comarca
acima dos 50.000 habitantes. Quer dizer que se produz um incremen- de Vitigudino se eleva por encima de los 50.000 habitantes, es decir,
to de 250% da população na comarca durante o verão. No que diz que se produce un incremento de un 250% de la población en la
respeito à população imigrante, segundo a renovação do padrão de comarca durante el verano. Respecto a la población inmigrante,
habitantes da comarca de Vitigudino, o total de estrangeiros é de 162 según la renovación del padrón de habitantes de la comarca de Viti-
que apenas representam no total demográfico uma percentagem muito gudino, el total de extranjeros es de 162 que apenas representan en
el total demográfico un porcentaje muy bajo 0,79%. La presencia de
baixa, 0,79%. A presença de população imigrante estrangeira, apesar
población inmigrante extranjera, a pesar del proceso de regulariza-
do processo de regularização passado, também é insignificante no
ción pasado, también es insignificante en el conjunto provincial
conjunto provincial 3,54% (12.504 estrangeiros). A escassa emigra-
3,54% (12.504 extranjeros). La escasa inmigración extranjera en la
ção estrangeira na comarca de Vitigudino provem na sua maioria dos
comarca de Vitigudino proviene en su mayoría de los países de Euro-
países da Europa (67,28%), especialmente búlgaros, seguidos dos
pa (67,28%), especialmente búlgaros, seguidos de los oriundos de
oriundos da América do Sul (30,24%), bolivianos e colombianos, e de América del Sur (30,24%), bolivianos y colombianos, y de forma testi-
forma testemunhal de África (marroquinos) e da Ásia. Em geral trata- monial de África (marroquíes) y de Asia. Por lo general, se trata de
se de pessoas entre os 20 e os 44 anos, com ocupação preferencial personas entre los 20 y 44 años, con ocupación preferente en los sec-
nos sectores da construção, criação de gado, hotelaria, mulher-a-dias tores de la construcción, la ganadería, la hostelería, las empleadas de
e comércio. Por último, no que se refere à distribuição por municí- hogar y el comercio. Por último, en lo que se refiere a la distribución
pios, com um número de imigrantes significativo no recenseamento, por municipios, con un número de inmigrantes significativo en el
podemos citar Aldeadávila de la Ribera, Hinojosa de Duero, El Man- padrón, se puede citar a Aldeadávila de la Ribera, Hinojosa de Duero,
zano, Saucelle, Villavieja de Yeltes e Vitigudino. Na zona portuguesa El Manzano, Saucelle, Villavieja de Yeltes y Vitigudino. En la zona por-
começam a aparecer alguns grupos de imigrantes provenientes dos tuguesa empiezan a aparecer algunos grupos de inmigrantes prove-
países da Europa de Leste, com uma pequena colónia de imigrantes nientes de los países del Este de Europa, con una pequeña colonia de
ucranianos no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo e da América ucranianos en el concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, y de Amé-
do Sul (brasileiros). rica del Sur (brasileños).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 43
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 44

CUADRO Nº 3: EVOLUCIÓN DE LA POBLACIÓN DE LA COMARCA DE VITIGUDINO

MUNICIPIOS SUPERFICIE (KM2) 1950 1975 1981 1991 2001 2006


Ahigal de los Aceiteros 28,10 670 329 287 245 183 167
Ahigal de Villarino 23,92 243 119 95 61 43 41
Aldeadávila de la Ribera 46,04 2.561 2.050 1.913 1.761 1.540 1.470
Almendra 39,32 531 353 312 240 205 210
Bañobárez 50,17 1.368 771 715 555 435 368
Barceo 21,28 251 165 130 89 59 57
Barruecopardo 37,41 1.315 813 829 681 571 504
Bermellar 27,88 626 365 284 263 208 184
Bogajo 32,72 806 350 303 255 201 182
Brincones 14,80 389 277 193 147 106 83
Cabeza del Caballo 45,42 1.052 739 632 576 452 437
Cerezal de Peñahorcada 17,84 504 262 211 163 120 112
Cerralbo 51,81 740 449 392 303 249 240
Cipérez 104,74 1.664 885 730 539 419 357
Cubo de Don Sancho (El) 91,31 1.215 883 799 678 584 532
Encinasola de los Comendadores 33,83 679 511 461 362 292 256
Espadaña 38,72 276 126 99 70 38 44
Fregeneda (La) 44,57 1.449 869 787 689 532 458
Fuenteliante 50,23 289 192 189 165 145 145
Guadramiro 31,42 626 382 317 267 204 180
Hinojosa de Duero 92,60 1.869 1.203 1.014 962 814 767
Iruelos 12,91 280 157 105 83 55 47
Lumbrales 70,05 3.793 2.717 2.574 2.443 2.111 1.996
Manzano (El) 36,62 345 164 161 120 96 101
Masueco 20,00 1.160 778 638 514 445 401
Mieza 34,02 1.098 614 539 431 353 303
Milano (El) 22,65 558 426 282 192 172 152
Moronta 27,25 344 250 233 162 129 118
Olmedo de Camaces 89,72 713 279 251 217 166 154
Peña (La) 24,99 377 284 280 183 152 128
Peralejos de Abajo 19,70 667 345 308 252 189 191
Peralejos de Arriba 32,83 267 131 115 85 64 57
Pereña de la Ribera 48,50 1.217 723 571 555 522 462
Pozos de Hinojo 58,19 246 187 170 109 76 74
Puertas 62,64 367 224 176 130 101 87
Redonda (La) 16,52 288 185 159 138 104 96
Saldeana 21,38 331 264 255 227 163 147
San Felices de los Gallegos 81,36 1.645 955 846 733 611 544
Sanchón de la Ribera 29,10 430 271 230 170 115 112
Saucelle 46,45 933 725 680 575 410 402
Sobradillo 54,07 1.339 568 499 464 351 320
Trabanca 29,32 457 389 306 264 248 251
Valderrodrigo 22,32 375 292 263 221 180 171
Valsalabroso 27,60 596 415 350 282 203 187
Vídola (La) 29,84 392 304 300 227 164 144
Villar de Peralonso 31,61 863 524 483 403 340 309
Villar de Samaniego 27,97 462 256 211 173 116 112
Villares de Yeltes 40,53 590 303 251 193 168 152
Villarino de los Aires 102,51 2.544 2.230 1.755 1.306 1.081 1.020
Villarmuerto 38,76 298 222 170 82 56 50
Villasbuenas 39,42 808 529 438 379 298 270
Villavieja de Yeltes 51,13 2.724 2.093 1.750 1.211 1.093 989
Vilvestre 46,31 1.454 827 750 711 602 534
Vitigudino 52,91 2.845 2.825 2.832 3.101 3.034 2.918
Yecla de Yeltes 57,50 918 534 497 453 347 324
Zarza de Pumareda (La) 28,13 530 352 300 239 169 160
TOTAL 2.358,94 51.377 34.435 30.420 26.099 21.884 20.277

FUENTE: Instituto Nacional de Estadística de España (INE). Censos de Población y Padrones de Habitantes (http://www.ine.es)

44 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 45

CUADRO Nº 4: EVOLUCIÓN DE LA POBLACIÓN DEL CONCELHO DE FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO


FREGUESIAS SUPERFICIE (KM2) 1950 1981 1991 2001
Algodres 32,16 962 573 470 352
Almofala 29,86 984 388 339 250
Castelo Rodrigo 27,52 474 279 287 469
Cinco Vilas 17,60 481 187 147 103
Colmeal 40,02 391 129 94 58
Escalhão 78,45 2.285 1.376 1.110 931
Escarigo 17,66 476 202 129 124
Figueira de Castelo Rodrigo 34,05 1.936 2.128 2.356 2.253
Freixeda do Torrão 23,51 852 449 352 306
Mata de Lobos 37,79 1.348 664 530 496
Penha de Águia 17,46 500 286 241 169
Quintã de Pêro Martins 15,52 604 396 321 206
Reigada 25,43 716 416 374 348
Vale de Afonsinho 13,97 299 180 155 122
Vermiosa 39,50 1.118 673 539 438
Vilar de Amargo 23,35 558 330 280 236
Vilar Torpim 30,92 928 484 381 297
TOTAL 504,77 14.912 9.140 8.105 7.158

FUENTE: Instituto Nacional de Estadística de Portugal (INE). Recenseamentos Gerais da População (http://www.ine.pt).

CUADRO Nº 5: EVOLUCIÓN DE LA POBLACIÓN DEL CONCELHO DE FREIXO DE ESPADA À CINTA


FREGUESIAS SUPERFICIE (KM2) 1950 1981 1991 2001
Fornos 23,43 875 554 418 323
Freixo de Espada à Cinta 73,70 2.500 2.396 2.261 2.131
Lagoaça 41,00 1.394 875 700 497
Ligares 46,91 1.135 808 640 520
Mazouco 18,81 582 363 259 206
Poiares 40,64 1.134 721 636 507
TOTAL 244,49 7.620 5.717 4.914 4.184

FUENTE: Instituto Nacional de Estadística de Portugal (INE). Recenseamentos Gerais da População (http://www.ine.pt).

CUADRO Nº 6: EVOLUCIÓN DE LA POBLACIÓN DEL CONCELHO DE MOGADOURO


FREGUESIAS SUPERFICIE (KM2) 1950 1981 1991 2001
Azinhoso 30,71 759 533 431 378
Bemposta 37,07 1.404 1.197 925 712
Bruçó 31,54 804 456 358 265
Brunhoso 20,76 585 433 336 277
Brunhozinho 15,74 331 267 182 138
Castanheira 14,21 219 178 136 102
Castelo Branco 54,57 1.476 983 581 540
Castro Vicente 33,76 888 694 449 420
Meirinhos 58,30 805 434 386 368
Mogadouro 49,10 2.106 2.805 2.994 3.638
Paradela 20,45 473 298 212 173
Penas Roias 33,04 836 773 569 459
Peredo da Bemposta 18,05 520 420 311 258
Remondes 19,58 512 436 345 294
Saldanha 25,72 488 333 275 203
Sanhoane 12,64 329 258 179 149
São Martinho do Peso 52,01 1.168 779 456 441
Soutelo 17,97 387 271 214 180
Tó 23,66 514 349 264 209

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 45
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 46

CUADRO Nº 6: EVOLUCIÓN DE LA POBLACIÓN DEL CONCELHO DE MOGADOURO


FREGUESIAS SUPERFICIE (KM2) 1950 1981 1991 2001
Travanca 20,46 425 415 271 200
Urrós 32,47 899 661 475 425
Vale da Madre 11,53 312 231 187 154
Vale de Porco 15,86 375 247 190 158
Valverde 23,97 560 402 276 196
Ventozelo 23,97 478 359 274 189
Vila de Ala 26,52 798 505 477 359
Vilar de Rei 14,46 377 163 129 99
Vilarinho dos Galegos 24,36 733 460 306 251
TOTAL 762,48 19.561 15.340 12.188 11.235

FUENTE: Instituto Nacional de Estadística de España (INE). Censos de Población y Padrones de Habitantes (http://www.ine.es)

A regressão demográfica da zona fez-se sentir numa série de conse- La regresión demográfica de la zona se ha dejado sentir en una
quências negativas associadas à própria estrutura dos colectivos huma- serie de consecuencias negativas asociadas a la propia estructura de
nos e nos processos de ocupação do território, assim como, na desarticu- los colectivos humanos y en los procesos de ocupación del territorio,
lação do tecido económico da área. As primeiras manifestações foram a así como, en la desarticulación del tejido económico del área. Las pri-
diminuição dos nascimentos e o aumento das defunções que se traduziu meras manifestaciones han sido la disminución de los nacimientos y el
num índice natural negativo, pela saída de jovens em idade de procriar. aumento de las defunciones que, se ha traducido en un índice natural
O esgotamento biológico não permite uma regeneração, salvo que, o negativo, por la salida de los jóvenes en edad de procrear. El agota-
miento biológico no permite una regeneración, salvo que, el saldo se
saldo se equilibre pela chegada de novos habitantes de fora. Esta des-
equilibre por la llegada de nuevos vecinos de fuera. Esta descompensa-
compensação fez desvanecer a estrutura por sexo e idade, quer dizer, a
ción ha desdibujado la estructura por sexo y edad; es decir, la pirámide
pirâmide da população está desequilibrada e invertida ao engrossar as de población está desequilibrada e invertida al engrosar las cohortes
cohortes superiores. Para além disso, a desestruturação etária trouxe superiores. Además, la desestructuración etaria ha traído consigo un
consigo um inusual índice de velhice, uma desconcertante taxa de mas- inusual índice de vejez, una desconcertante tasa de masculinidad y un
culinidade e um obrigatório celibato para os rapazes ou «solteirões». O obligado celibato para los varones o «solterones». El envejecimiento
envelhecimento indica-nos que vai ficando menos população activa, nos indica que va quedando menos población activa, frente a un gru-
frente a um grupo cada vez mais numeroso de inactivos ou passivos po cada vez más numeroso de inactivos o pasivos (pensionistas), y que
(pensionistas), e que os idosos se enquadram no nível mais baixo de las personas mayores se encasillan en el nivel más bajo de instrucción,
instrução, o analfabetismo. A última repercussão relaciona a população el analfabetismo. La última repercusión relaciona la población con el
com o espaço e, em concreto, a diáspora de habitantes e a escassez de espacio y, en concreto, la diáspora de habitantes y la escasez de alum-
nascimentos, deixaram vazia ou deserta a franja transfronteiriça como bramientos han dejado vacía o desierta la franja transfronteriza como
nos indica a baixa densidade populacional, o abandono de algumas enti- nos indica la nimia densidad de población, el abandono de algunas
dades de população e o desaparecimento de antigos municípios. entidades de población y la desaparición de antiguos municipios.
La repercusión inmediata del éxodo rural ha sido la desvitali-
A repercussão imediata do êxodo rural foi a desvitalização demo-
dad demográfica de estos municipios por la salida de los grupos en
gráfica destes municípios pela saída dos grupos em idade para ter filhos
edad de tener hijos y, actualmente, por la suma de una serie de
e, actualmente, pela soma de uma série de causas socio-económicas que causas socioeconómicas que repercuten en la estructura familiar.
repercutem na estrutura familiar. Com isto, se à ausência de nascimentos Además, si a la ausencia de los alumbramientos se suma el aumen-
se somar o aumento de óbitos por desgaste biológico, o resultado é um to de los óbitos por desgaste biológico, el resultado es un saldo
saldo muito negativo. A franja transfronteiriça está enquadrada no grupo muy negativo. La franja transfronteriza está encuadrada en el gru-
de territórios com um regime demográfico «muito regressivo ou de po de territorios con un régimen demográfico «muy regresivo o de
morte», ao apresentar uma taxa de natalidade muito abaixo dos muerte», al presentar una tasa de natalidad muy por debajo del

46 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 47

10,00‰, uma taxa de mortalidade acima dos 10,00‰ e índices de 10,00‰, una tasa de mortalidad por encima del 10,00‰ e índices de
crescimento vegetativo muito negativo >1%. A dinâmica biológica crecimiento vegetativo muy negativo > 1%. La dinámica biológica
muito regressiva com índices de crescimento natural muito negativos, muy regresiva, con índices de crecimiento natural muy negativos,
afecta tanto a comarca de Vitigudino (-1,1%), como o concelho de afecta tanto a la comarca de Vitigudino (-1,1%) como al concelho de
Figueira de Castelo Rodrigo (-1,2%), como o de Freixo de Espada à Figueira de Castelo Rodrigo (- 1,2%), de Freixo de Espada à Cinta
Cinta (-1,7%) e de Mogadouro (-0,9%). Estes dados proclamam uns (- 1,7%) y de Mogadouro (- 0,9%). Estos datos proclaman unos resul-
resultados municipais com claros sintomas de «desnatalidade» porque tados municipales con claros síntomas de «desnatalidad», porque la
a maioria das freguesias obtêm umas taxas de natalidade que oscilam mayoría de los pueblos obtienen unas tasas de natalidad que oscilan
entre 5 e menos de 5‰. entre 5 y menos de 5‰.

A emigração, com o respectivo desgaste biológico, manifesta-se La emigración, con el respectivo desgaste biológico, se manifiesta
com crueldade na desestruturação da pirâmide demográfica (ver con crudeza en la desestructuración de la pirámide demográfica (ver
gráficos). A primeira anormalidade mostra-se na composição por sexo, gráficos). La primera anormalidad se muestra en la composición por
o desequilíbrio entre mulheres e homens («sex ratio»), que aparece a sexo, el desequilibrio entre mujeres y hombres («sex ratio»), que apare-
favor das fêmeas (50,24% na franja transfronteiriça), porque se nascem ce a favor de las féminas (50,24% en la franja transfronteriza), porque
mais varões conforme nos aproximamos da velhice predominam as si bien nacen más varones según nos aproximamos a la vejez predomi-
mulheres pela sua maior longevidade. A segunda deformação da estru- nan las mujeres por su mayor longevidad. La segunda deformación de
tura observa-se nos grandes grupos etários ao dominar o desenho das la estructura se observa en los grandes grupos de edad al dominar en el
cohortes dos maiores de 65 anos e diminuir as filas dos menores de 15 dibujo las cohortes de los mayores de 65 años y menguar las filas de los
anos. Assim, por exemplo, estes colectivos demográficos apresentam menores de 15 años; así por ejemplo estos colectivos demográficos pre-
umas taxas de velhice muito elevadas: Vitigudino (37,35%), Figueira sentan unas tasas de vejez muy elevadas: Vitigudino (37,35%), Figueira
de Castelo Rodrigo (30,57%), de Freixo de Espada à Cinta (31,18%) e de Castelo Rodrigo (30,57%), de Freixo de Espada à Cinta (31,18%) y
de Mogadouro (27,38%). Estas percentagens estão-nos a definir uma de Mogadouro (27,38%). Estos porcentajes nos están definiendo una
clara estrutura de envelhecimento. Os sintomas de envelhecimento, para clara estructura de envejecimiento. Los síntomas de envejecimiento,
além da taxa de velhice, indicam-nos o avultado índice de envelheci- además de la tasa de vejez, nos lo indica el abultado índice de envejeci-
mento da franja transfronteiriça que se eleva aos 3,65 (recordemos que miento de la franja transfronteriza que se eleva al 3,65 (recordemos
acima dos 0,60 já se considera população envelhecida). que por encima de 0,60 ya se considera población envejecida).

Outra consequência directa da migração dos recursos humanos é o Otra consecuencia directa de la migración de los recursos huma-
desajuste que provocou no elenco da actividade da população. A popula- nos es el desajuste que ha provocado en el reparto de la actividad de
ção activa, que se encontra composta pelos activos ou pessoas com emp- la población. La población activa, que está compuesta por los ocupa-
dos o personas con empleo y los parados o desempleados (las perso-
rego e os inactivos ou desempregados (as pessoas de 16 ou mais anos que
nas de 16 o más años que están sin trabajo, en busca de trabajo o
estão sem trabalho, à procura de trabalho e disponíveis para trabalhar),
disponibles para trabajar), ha retrocedido respecto a la población
sofreu um retrocesso no que respeita à população inactiva ou passiva.
inactiva o pasiva. Este retroceso es palpable en la caída de la tasa de
Este retrocesso é palpável na queda da taxa de actividade que, por exem- actividad que, por ejemplo, para la comarca de Vitigudino se sitúa en
plo, para a comarca de Vitigudino, que se situa nos 34,27%. Uma taxa de el 34,27%. Una tasa de actividad equilibrada gira en torno al 40%,
actividade equilibrada gira em torno dos 40%, embora, segundo as zonas aunque, según las zonas puede sufrir fluctuaciones al alza o a la baja.
pode sofrer flutuações para cima ou para baixo. O auge do grupo da El auge del grupo de la población inactiva (65,72% en la comarca de
população inactiva (65,72% na comarca de Vitigudino), que está com- Vitigiudino), que está compuesto por los estudiantes, las personas
posto pelos estudantes, por pessoas que realizam ou compartem as tare- que realizan o comparten las tareas del hogar, las personas que perci-
fas de casa, por pessoas que recebem uma pensão por invalidez, viuvez, ben una pensión por invalidez, viudedad u orfandad o jubilación y en
orfandade, reforma ou outra situação (menores sem escolaridade, rentistas, otra situación (menores sin escolarizar, rentistas, etc.), denota un
etc.), denota um escasso impulso económico da franja transfronteiriça e a escaso impulso económico de la franja transfronteriza y la dependen-
dependência relativamente aos activos. A elevada percentagem de pessoas cia respecto de los activos. El elevado porcentaje de personas pasivas
passivas supõe uma carga sobre as pessoas activas, quer dizer, ou bem com suponen una carga sobre las personas activas, es decir, bien con

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 47
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 48

48 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 49

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 49
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 50

a relação de dependência (0,52) ou bem com a relação da percentagem la relación de dependencia (0,52) o bien con el porcentaje de la
da população inactiva com respeito à activa (52,15%), na comarca de población inactiva con respecto a la activa (52,15%), en la comarca
Vitigudino por cada 100 activos existem 52 inactivos. As variações nos de Vitigudino por cada 100 activos existen 52 inactivos. Las variacio-
valores da taxa de dependência estão logicamente relacionadas com os nes en los valores de la tasa de dependencia están lógicamente en
mesmos factores que fazem oscilar a taxa de actividade (retrocesso da relación con los mismos factores que hacen oscilar la tasa de actividad
natalidade, envelhecimento da população e atraso dos jovens em inserir- (retroceso de la natalidad, envejecimiento de la población y retraso de
los jóvenes en incorporarse al mundo laboral). En cuanto a la pobla-
se no mundo laboral). No que diz respeito à população ocupada por sec-
ción ocupada por sectores de actividad presenta mayoritariamente
tores de actividade, esta apresenta maioritariamente uma população una población ocupada en el sector terciario (48,83% sobre pobla-
ocupada no sector terciário (48,83% sobre a população ocupada na ción ocupada en la comarca de Vitigudino) y el resto de las ramas de
comarca de Vitigudino) e os restantes ramos de actividade ficaram actividad han quedado en un segundo plano de la realidad económi-
em segundo plano na realidade económica da franja transfronteiriça. ca de la franja transfronteriza.
Finalmente, a relação acanhada população com o território provo- Finalmente, la relación de la menguada población con el territo-
cou uma baixa da densidade populacional e um novo modelo na distri- rio ha provocado una bajada de la densidad de población y un nue-
buição geográfica da população e na reorganização do povoamento. A vo modelo en la distribución geográfica de la población y en la reor-
densidade populacional da zona no seu conjunto sofreu uma drástica ganización del poblamiento. La densidad de población de la zona
queda ao passar de 24,15 hab./km2 em 1950 a 10,78 hab./km2 no início en su conjunto ha sufrido una drástica caída al pasar de 24,15
hab./km2 en 1950 a 10,78 hab./km2 a comienzos del 2006; es decir,
de 2006, quer dizer, está no limite a que os experts chamam de deserto
está en el límite que los expertos llaman desierto humano o «derser-
humano ou «desertificação demográfica»30. Numa rápida vista de tización demográfica»30. En un rápido vistazo por unidades adminis-
olhos pelas unidades administrativas, a pior situação é a comarca agrá- trativas la peor parada es la comarca agraria de Vitigudino que de
ria de Vitigudino que de 21,78 hab. /km2 em 1950 passou para 8,60 un 21,78 hab./km2 en 1950 se ha colocado en 8,60 hab./km2 en el
hab./km2 em 2006 frente à vertente do Alto Douro: Figueira de Castelo 2006 frente a la vertiente del Alto Douro: Figueira de Castelo Rodri-
Rodrigo passa de 29,54 hab./km2 em 1950 para 13,50 hab./km2 em go pasa de 29,54 hab./km2 en 1950 a 13,50 hab./km2 en el 2006;
2006; Freixo de Espada à Cinta reduz de 31,17 hab./km2 em 1950 para Freixo de Espada à Cinta reduce de 31,17 hab./km2 en 1950 a
16,20 hab./km2 em 2006 e Mogadouro descende de 25,65 hab./km2 em 16,20 hab./km2 en el 2006; y Mogadouro desciende de 25,65
1950 para 14,00 hab./km2 em 2006 (ver mapas). O outro aspecto nega- hab./km2 en 1950 a 14,00 hab./km2 en el 2006 (ver mapas). El otro
aspecto negativo es que se ha producido una redistribución de la
tivo é que se produziu uma redistribuição da população, inclusive, che-
población, incluso, ha llegado a despoblar antiguas entidades loca-
gou-se a despovoar antigas entidades locais e provocou-se o desapare- les y ha provocado la desaparición de algunos términos municipales
cimento de alguns termos municipais e, portanto, a reunificação y, por tanto, la reunificación municipal de Corporario en Aldeadávila
municipal de Corporario em Aldeadávila de la Ribera, Cabeza de Fra- de la Ribera, Cabeza de Framontanos en Villarino de los Aires y
montanos em Villarino de los Aires y Grandes en Cipérez31. Grandes en Cipérez31.

30
GARCIA FERNÁNDEZ, J. (1984). Sobre el concepto de «desertiza- 30
GARCIA FERNÁNDEZ, J. (1984). Sobre el concepto de «desertización»
ción» y Castilla. Universidad de Valladolid. Valladolid. y Castilla. Universidad de Valladolid. Valladolid.
31
Decreto 2217/1972, de 21 de julio, se aprueba la incorporación del 31
Decreto 2217/1972, de 21 de julio, se aprueba la incorporación del
municipio de Corporario al de Aldeadávila de la Ribera (BOE nº 203, de 24 de municipio de Corporario al de Aldeadávila de la Ribera (BOE nº 203, de 24 de
agosto de 1972). agosto de 1972).
Decreto 3587/1974, de 20 de diciembre, se aprueba la incorporación del Decreto 3587/1974, de 20 de diciembre, se aprueba la incorporación del
municipio de Cabeza de Framontanos a Villarino (BOE nº 12, de 14 de enero municipio de Cabeza de Framontanos a Villarino (BOE nº 12, de 14 de enero
de 1974). de 1974).
Decreto 1483/1976, de 21 de mayo, se aprueba la incorporación del Decreto 1483/1976, de 21 de mayo, se aprueba la incorporación del
municipio de Grandes al de Cipérez (BOE nº 152, de 25 de junio de 1976). municipio de Grandes al de Cipérez (BOE nº 152, de 25 de junio de 1976).

50 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 51

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 51
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 52

52 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 53

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 53
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 54

3.2.2. O tecido económico: as lidas do campo, 3.2.2. El tejido económico: las faenas del campo,
a criação de gado e as tarefas las labores ganaderas y las tareas
«não agrárias ou extra agrárias» «no agrarias o extraagrarias»
A estrutura económica da franja transfronteiriça mantém ainda La estructura económica de la franja transfronteriza mantiene
rasgos de um modelo tradicional baseado nas explorações agropecuá- aún rasgos de un modelo tradicional basado en las explotaciones
rias que pouco a pouco se renovam e modernizam com a incorporação agropecuarias que, poco a poco se renueva y moderniza con la incor-
de novos processos de transformação dos frutos e dos esquilmos gana- poración de nuevos procesos de transformación de los frutos y de los
deiros e que, nos últimos séculos, somou tarefas «não agrárias ou extra esquilmos ganaderos y, que en los últimos siglos, ha sumado tareas
agrárias». O aproveitamento dos recursos naturais, sobretudo, hídri- «no agrarias o extraagrarias». El aprovechamiento de los recursos
cos, mineiros, florestais, etc., atraiu empresários forâneos a estas terras naturales, sobretodo, hídricos, mineros, forestales, etc. atrajo a
com o objectivo de conseguir riqueza. As mudanças do tecido econó- empresarios foráneos a estas tierras con el afán de sacar riqueza. Las
mico no passado foram impostas pelas circunstâncias de abandono de mudanzas del tejido económico del pasado han sido impuestas por
muita mão-de-obra a caminho da emigração, do desaparecimento de las circunstancias de abandono de mucha mano de obra camino de la
antigos ofícios vinculados ao modo de vida rural e pelas directrizes da emigración, la desaparición de antiguos oficios vinculados con el
política nacional, comunitária ou internacional. Os programas de modo de vida rural y por las directrices de la política nacional, comu-
desenvolvimento local e rural favoreceram o aparecimento de activida- nitaria e internacional. Los programas de desarrollo local y rural han
des desconhecidas nestes lugares até ao início do séc. XXI. A valoriza- favorecido la aparición de actividades desconocidas en estos lugares
hasta el umbral del siglo XXI. La puesta en valor de los productos de
ção dos produtos de qualidade agro-alimentares, da natureza, do patri-
calidad agroalimentarios, de la naturaleza, del patrimonio histórico-
mónio histórico-artistico e dos serviços de proximidade são um
artístico y de los servicios de proximidad son un revulsivo a una mal-
revulsivo e uma maltratada base económica. Além disso, o esforço
trecha base económica. Además, el esfuerzo inversor ha apoyado
investidor apoiou medidas associadas às actividades turísticas que dão
medidas asociadas a las actividades turísticas que dan cobertura a una
cobertura a uma crescente chegada de visitantes a esta zona (aloja-
creciente llegada de visitantes a esta zona (alojamiento, restauración y
mento, restauração e actividades complementares). actividades complementarias).

3.2.2.1. As actividades económicas tradicionais: o trabalho da 3.2.2.1. Las actividades económicas tradicionales: el laboreo
terra de lavoura, a dedicação às culturas de madeira e à de las tierras de labrantío, la dedicación a los
criação de gado bovino e ovino
cultivos leñosos y la cría del ganado bovino y ovino
A principal dedicação histórica das gentes raianas foi nos La principal dedicación histórica de las gentes rayanas ha sido en
vários ramos do sector primário, tanto na agricultura como na cria- las ramas del sector primario, tanto en la agricultura como en la
ção de gado, sem desprezar, em algumas ocasiões, o aproveita- ganadería, sin despreciar en temporada el aprovechamiento de los
mento dos subprodutos do monte. Apesar disso, nas últimas déca- subproductos del monte. Sin embargo, en las últimas décadas se está
das assistiu-se a uma desagregação da economia local ao mesmo asistiendo a una desagrarización de la economía local al mismo tiem-
tempo que os ramos do terciário absorvem maior número de po que las ramas del terciario absorven mayor número de ocupados.
empregados. O retrocesso do modo de vida tradicional e a gestão El retroceso del modo de vida tradicional y de la gestión del espacio se
do espaço, manifesta-se com crueldade na evolução das caracterís- manifiesta con crudeza en la evolución de las características estructu-
ticas estruturais do sector e na transformação da paisagem agrária. rales del sector y en la transformación del paisaje agrario. La desapari-
O desaparecimento de muitas explorações agrícolas evidenciam a ción de muchas de las explotaciones agrarias evidencian la pérdida de
perda de peso da actividade agropecuária no conjunto da economia peso de la actividad agropecuaria en el conjunto de la economía de la
da franja transfronteiriça, e as mudanças nos usos do solo, o avan- franja transfronteriza, y los cambios en los usos del suelo, el avance de
ço das superfícies de pasto permanentes para a produção de erva, las superficies de pastos permanentes para la producción de hierba

54 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 55

frente ao retraimento das terras lavradas, ilustram a crise agrícola. A frente al retraimiento de las tierras labradas, ilustran la crisis agrícola.
análise geral mascara as realidades locais ao actuarem outros factores El análisis general enmascara las realidades locales al actuar otros fac-
como as diferenças nas superfícies territoriais e as vocações de cada tores como las diferencias en las superficies territoriales y las vocacio-
terreno. nes de cada terreno.

A primeira dedução em relação às explorações é que se deu uma La primera deducción en relación con las explotaciones es que se
diminuição generalizada do número de empresas agrárias, como ha dado una disminución generalizada del número de empresas agra-
ocorreu noutras comarcas rurais, a par do decréscimo de população. A rias, como ha ocurrido en otras comarcas rurales, a la par del descen-
segunda impressão é que se produziu um desequilíbrio nas dimensões so de la población. La segunda impresión es que se ha producido un
das explorações agrárias com um incremento das compreendidas ent- desequilibrio en las dimensiones de las explotaciones agrarias con un
re 0,1 e 10 has, uma redução das intermédias só explicável pelas incremento de las comprendidas entre 0,1 y 10 has, una reducción de
las intermedias solo explicable por las herencias, y un mantenimiento
heranças e uma manutenção das grandes quintas. Por último, à escala
de las grandes fincas. Y, por último, a escala municipal se observan
municipal observam-se contrastes no ritmo da diminuição do montan-
contrastes en el ritmo de disminución del montante de explotaciones
te de explorações e o peso das pequenas explorações privadas e a
y en el peso de las pequeñas explotaciones privadas y la gran exten-
grande extensão de carácter privado.
sión de carácter privado.
O aproveitamento das terras encontra-se dominado na franja El aprovechamiento de las tierras se encuentra dominado en la
transfronteiriça pelas superfícies para pastos permanentes em relação franja transfronteriza por las superficies para pastos permanentes en
às terras lavradas, ao terreno florestal e ao resto das outras terras (solo relación a las tierras labradas, el terreno forestal y el resto de otras tie-
ocupado por construções, cavalariças, eras, etc.). Os pastos permanen- rras (suelo ocupado por construcciones, cuadras, eras, etc.). Los pas-
tes (os prados, as pradarias permanentes, os pastos, os baldios e o tos permanentes (los prados o praderas permanentes y las dehesas,
matagal) representam sobre o total da superfície 55,77% (165.691 hec- erial y matorral a pasto) representan sobre el total de la superficie el
tares), embora na comarca de Vitigudino ascenda a 73,29% e nos 55,77% (165.691 hectáreas); aunque, en la comarca de Vitigudino
concelhos portugueses a percentagem oscila entre 37,40% de Figueira asciende al 73,29% y en los concelhos portugueses el porcentaje
de Castelo Rodrigo, os 8,49% de Freixo de Espada à Cinta e os 9,42% oscila entre el 37,40% de Figueira de Castelo Rodrigo, el 8,49% de
de Mogadouro. Esta leitura fala-nos da assimetria à escala local que Freixo de Espada à Cinta y el 9,42% de Mogadouro. Esta lectura nos
existe na utilização da terra porque na parte portuguesa as terras culti- habla de la asimetría a escala local que existe en la utilización de la
vadas ainda ultrapassam os 50% da superfície total: Figueira de Caste- tierra porque en la cara portuguesa todavía las tierras cultivadas
lo Rodrigo (52,94%), Freixo de Espada à Cinta (55,30%) e Mogadou- sobrepasan el 50% de la superficie total: Figueira de Castelo Rodrigo
ro (64,39%). (52,94%), Freixo de Espada à Cinta (55,30%) y Mogadouro
(64,39%).
A partilha das superfícies das terras lavradas na franja trans-
fronteiriça mostra-se um domínio dos cultivos herbáceos (cereais El reparto de las superficies de las tierras labradas en la franja
para o grão, leguminosas e cultivos forrageiros, quer dizer, as terras transfronteriza nos muestra un dominio de los cultivos herbáceos
de centeio na planície, aproveita-se para semear cereal em grão (tri- (cereales para grano, leguminosas y cultivos forrajeros); es decir las
go, cevada e centeio), leguminosas em grão e forragens destinadas tierras centeneras de la penillanura, se aprovechan para sembrar cere-
al grano (trigo, cebada y centeno), leguminosas grano y forrages des-
ao engorde do gado. Contudo, a quebrada topografia e as condições
tinados al engorde de las bestias. Sin embargo, la quebrada topogra-
micro climáticas destes municípios explica a presença das culturas fía y las condiciones microclimáticas de estos municipios explica la
de lenha, de forma significativa, a expansão da videira, da oliveira, presencia de los cultivos leñosos, de forma significativa, la expansión
da amendoeira, e das árvores de frutos citrinos (laranjeiras). Pelas de la vid, el olivo, el almendro y los frutales de cítricos (naranjos). Por
abruptas ladeiras localizam-se os coutos, com os seus campos de bal- las abruptas laderas se localizan los cotos, con sus campos abancala-
cões com vinhas, oliveiras e amendoeiras e em menor número cere- dos de viñas, olivos y almendros, y en menor cuantía de cerezos,
jeiras, ameixoeiras, pessegueiros, etc. No fundo do vale, perto das ciruelos, melocotoneros, etc. En el fondo del valle, cercanos a las

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 55
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 56

correntes fluviais, aparecem as plantações de laranjeiras. O aproveita- corrientes fluviales, aparecen los plantíos de naranjos. El aprovecha-
mento das vertentes das arribas, com uma forte inclinação e escassez do miento de las vertientes del arribe, con una fuerte pendiente y esca-
solo, foi graças à construção de simples paredes, chamadas paredões, sez de suelo, ha sido gracias a la construcción de simples paredes, lla-
terraços ou balcões. O terrazgo levou a destruir os afloramentos rocho- madas paredones, o de terrazas o bancales. El terrazgo ha requerido
sos com o picachón, a levantar as paredes e encher os balcões com terra destrozar los afloramientos rocosos con el picachón, levantar las pare-
transportada no lombo dos cavalos desde a planície. Para evitar os des- des y rellenar el bancal con tierra transportada a lomos de las caballe-
rías desde la penillanura. Para evitar el desmoronamiento de los cam-
moronamentos dos terraços pelo arroyo nas laterais dos prédios locali-
pos aterrazados por la arroyada en los laterales de los predios se
zam-se os esgotos ou canais de escuamento e as chumberas e pitas. ubican los albañales o canales de desagüe y las chumberas y pitas.
O terreno florestal tanto na planície como nas arribas, encontra-se El terreno forestal, tanto en la penillanura como en el arribe, se
disperso a partir dos montes de azinheiras, das matas de carvalho-por- encuentra disperso a partir de los montes de encina, las matas de
tuguês e carvalho e de algumas árvores de zimbro, lodãos ou sobrei- quejigo y roble y algún bosquete de enebros, de almeces o de alcor-
ros. Estas manchas florestais apresentam um estado próximo à mohe- noques. Estas manchas forestales presentan un estado próximo a la
da ou monte cego ao desaparecer o carboneo, a corta de lenha, o saco moheda o monte ciego al desaparecer el carboneo, la corta de leña y
de madeira para os carros de lavradio, excepto nas áreas de floresta la saca de madera para carros de labranza; excepto, en las áreas bos-
lavradas e adaptadas ao sistema de pasto. Os pastos da comarca cosas rozadas y adaptadas al sistema adehesado. Las dehesas de la
podem ser de propriedade privada ou comum, em que as últimas rece- comarca pueden ser de propiedad privada o comunal, éstas últimas
bem o nome de pastos boyales, para um aproveitamento misto do solo reciben el nombre de dehesas boyales, para un aprovechamiento mix-
to del suelo y de los frutos del árbol.
e de árvores de fruto.
La actividad ganadera del ámbito de cooperación ha tenido un
A actividade ganadeira do âmbito da cooperação teve um estreito estrecho vínculo y ha cumplido una función complementaria a las fae-
vinculo e cumpriu uma função complementar nas actividades agrícolas. nas agrícolas. Las ganaderías rústicas de la zona, adaptadas al medio
As criações de gado rústicas da zona, adaptadas ao meio e ao aprovei- y al aprovechamiento de los herbazales, proporcionaban la fuerza
tamento dos pastos, proporcionavam uma força para as lides do campo, para las labores del campo, abastecían de alimento a lo largo del año
abasteciam de alimento ao longo de todo o ano a família, os animais, a la familia y, los animales, se nutrían de los sobrantes de la cosecha.
aproveitavam os excedentes da colheita. A introdução de maquinaria e La introducción de la maquinaria y la adquisición de nuevos hábitos
a adopção de novos hábitos alimentares, substituiriam as pequenas alimenticios han sustituido los pequeños hatos familiares por la explo-
quintas familiares por uma exploração ganadeira estabulada ou em tación ganadera estabulada o en régimen extensivo. Las granjas de
regime extensivo. As quintas de vacas, ovelhas e porcos são maioritá- vacas, ovejas y cerdos son mayoritarias, si bien, se mantienen algunos
rebaños de cabras y varias cabezas de ganado equino (mular y asnal)
rias, se bem que, se mantêm alguns rebanhos de cabras e várias cabeças
a causa de los declives del relieve.
de gado equino (mulas e asnos) por causa dos declives do relevo.
Las explotaciones de la cabaña de vacuno están formadas a base
As vacarias estão formadas à base de fêmeas mães «vacas nodri-
de hembras madres «vacas nodrizas» de raza Morucha, Avileña negra
zas» de raça Morucha, Avileña negra ibérica e, em algumas ocasiões, ibérica y, en contadas ocasiones, de Sayaguesa. La introducción de
de Sayaguesa. A introdução de raças não locais de maior aptidão cár- razas foráneas de mayor aptitud cárnica permite el cruce con semen-
nica permite o cruzamento com sementales de Charolais e Rubia de tales de Charolais, Limousin y Rubia de Aquitania. El concelho de
Aquitania. O concelho de Mogadouro estabelece o limite de expansão Mogadouro establece el límite de expansión de la raza autóctona
da raça autóctone Mirandesa. Os rebanhos de ovinos criaram-se a par- Mirandesa. Los rebaños de ovino se han creado a partir de madres de
tir de mães de ovelha Entrefina Castelhana e Churra, acompanhadas la oveja Entrefina castellana y Churra, acompañadas por las razas Inra
pelas raças Inra e Palenciana e machos de raça Assaf de origem israeli- y Palenciana, y machos de raza Assaf de origen israelí. Las piaras de
ta. As varas de porcos ibéricos são os que andam nos pastos em busca cerdos ibéricos son los que campean por las dehesas en busca del fru-
dos frutos da azinheira sobretudo, na época das montarias. O asno de to de la encina y, sobretodo, en la época de la montanera. El asno de

56 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 57

raça autóctone zamorano-leonês subsiste porque ainda é necessária raza autóctona zamorano-leonés pervive porque aún es necesario
para a lavoura dos minúsculos balcões. As aves e as colmeias ficam de para el laboreo de los minúsculos bancales. Las aves y las colmenas
forma testemunhal enquanto emergem na zona as quintas industriais quedan de forma testimonial a la vez que emergen en la zona las
de coelhos e avestruzes. granjas industriales de conejos y de avestruces.

3.2.2.2. O futuro do sistema produtivo: a produção agro- 3.2.2.2. El futuro del sistema productivo: la producción
alimentar de qualidade e a consolidação de turismo agroalimentaria de calidad y la consolidación del
rural turismo rural
As actividades não agrícolas ou extra agrárias (industria e servi- Las actividades no agrarias o extraagrarias (industria y servicios)
ços) nunca tiveram um papel transcendente na estrutura produtiva des- nunca han jugado un papel transcendente en la estructura productiva
ta zona, mas sim, na economia de subsistência onde eram um comple- de esta zona, más bien, en la economía de subsistencia eran un com-
mento da vida rural. Inclusive, a crise do mundo rural levou a um plemento a la vida rural. Incluso, la crisis del mundo rural ha afectado
decréscimo das explorações agropecuárias e a redução das licenças al descenso de las explotaciones agropecuarias y a la reducción de las
industriais e terciárias. Para além disso, a implantação de pequenas licencias industriales y terciarias. Además, la implantación de las
fábricas na franja transfronteiriça foi muito tardia e ao abrigo da valo- pequeñas factorías en la franja transfronteriza ha sido muy tardía y al
rização dos recursos naturais (minerais e hidroeléctricos) e da moder- amparo de la puesta en valor de los recursos naturales (minerales e
nização do sector alimentar artesanal. A exploração dos recursos in hidroeléctricos) y de la modernización de los procesos de la artesanía
situ condicionaram a implementação industrial e, paralelamente, a alimentaria. La explotación de los recursos in situ ha condicionado la
concentração da população em centros de serviços, permitiu a planifi- implantación industrial y, paralelamente, la concentración de la pobla-
ción en los centros de servicios ha permitido la planificación de
cação de pequenos desenvolvimentos industriais e comerciais. As pró-
pequeños desarrollos industriales y comerciales. Las propias capitales
prias sedes de concelho, as vilas de Figueira de Castelo Rodrigo,
del concelho, las villas de Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espa-
Freixo de Espada à Cinta e Mogadouro, absorvem a pouca actividade
da à Cinta y Mogadouro, absorven la poca actividad secundaria al
secundária ao dotar-se de zonas industriais, enquanto que do lado
dotarse de zonas industriales. En cuanto al lado español, las ramas
espanhol, os ramos industriais estão muito pouco representados e mui-
industriales están muy poco representadas y muy dispersas por todo
to dispersos por todo o território, excepto, as duas principais comarcas
el territorio, excepto, las dos cabeceras subcomarcales de Lumbrales y
de Lumbrales e Vitigudino. Vitigudino.
A análise torna-se ainda muito mais pessimista se dividirmos o El análisis se torna aún más pesimista si dividimos el sector secun-
sector secundário entre as licenças dos ramos industriais (9,51% do dario entre las licencias de las ramas industriales (9,51% del total) y
total) e as empresas de construção (16,95% do total). Os subsecto- las empresas de la construcción (16,95% del total). Los subsectores
res industriais com mais implementação, são as empresas transfor- industriales con más implantación son las empresas transformadoras
madoras de alimentos, madeira e artes gráficas; as industrias meta- de alimentos, madera y artes gráficas; las industrias metalúrgicas y de
lúrgicas e de tratamento de metais; a extracção de minerais; as tratamiento de metales; la extracción de minerales; y las empresas de
empresas de produção e distribuição de electricidade e gás. O apro- producción y distribución de electricidad y agua. El aprovechamiento
veitamento hidroeléctrico fronteiriço está regulado por convénios hidroeléctrico fronterizo está regulado por convenios bilaterales desde
bilaterais desde o inicio do século passado. Em virtude dos convénios, principios del siglo pasado. En virtud de los convenios España se
Espanha reserva-se a zona compreendida entre as desembocaduras dos reserva la zona comprendida entre las desembocaduras de los ríos
rios Tormes e Huebra e Portugal explora a fronteira zamorana e o tra- Tormes y Huebra y Portugal explota la frontera zamorana y el tramo
mo baixo. A partir deste momento, o Douro Internacional amansou bajo. A partir de este momento, el Duero Internacional se ha amansa-
devido à construção das Barragens de Castro (1952), Miranda do Dou- do por la construcción del Embalse de Castro (1952), Miranda do
ro (1955-1960), Picote (1954-1959), Bemposta (1958-1964), Douro (1955-1960), Picote (1954-1959), Bemposta (1958-1964),

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 57
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 58

Aldeadávila (1962) e Saucelle (1956). Posteriormente, levanta-se a Aldeadávila (1962) y Saucelle (1956). Posteriormente, se levanta la
represa de Almendra para alimentar através de uma tubagem subterrâ- presa de Almendra para alimentar con una tubería subterránea la
nea, a central de Villarino (1967). Central de Villarino (1967).

O ensino das manufacturas da zona é a fabricação, elaboração e La enseña de las manufacturas de la zona es la fabricación, ela-
comercialização de produtos alimentares e algumas iniciativas artesãs boración y comercialización de productos alimentarios, y algunas ini-
da madeira. Os subsectores da indústria alimentar mais relevantes são: ciativas artesanas de la madera. Los subsectores de la industria ali-
o sacrifício do gado, preparação e conservas de carne, a elaboração mentaria más relevantes son: el sacrificio de ganado, preparación y
de vinhos, a fabricação de queijos e manteigas, a fabricação de pão, conservas de carne, la elaboración de vinos, la fabricación de quesos
bolos e todo o tipo de doces32. Estas pequenas e médias empresas de y mantequillas, y la fabricación de pan, bollería y todo tipo de dul-
transformação diversificam a produção interna, mobilizam os recursos ces32. Estas pequeñas y medianas empresas de transformación diversi-
locais ociosos, renovam as técnicas artesanais e favorecem o sector fican la producción interna, movilizan los recursos locales ociosos,
primário. renuevan las técnicas artesanales y favorecen al sector primario.

Os extensos campos de pasto e os pastos do planalto mirandês, Las extensas praderas de las dehesas y los pastos del planalto
permitem a criação em liberdade do gado. O regime extensivo ou mirandês permiten la cría en libertad del ganado. El régimen extensi-
vo o semiextensivo de las cabezas de bovino, ovino y caprino origina
semi extensivo das cabeças de bovino, ovino e caprino origina uma
una producción de carnes de calidad certificadas de esta área geográ-
produção de carnes de qualidade certificadas desta área geográfica.
fica; así por ejemplo, las Denominaciones de Origen Protegidas (DOP)
Assim, por exemplo, as Denominações de Origem Protegida (DOP)
de «Carne Mirandesa», de raza bovina Mirandesa; de «Borrego
de «Carne Mirandesa», de raça bovina Mirandesa; de «Borrego Ter-
Terrincho», de raza Churra da Terra Quente; de «Cabrito Transmonta-
rincho», de raça Churra da Terra Quente; de «Cabrito Trasmontano
no», de raza Serrana; y de «Carne de Bísaro Transmontano o Carne
ou Carne de Porco Trasmontano», de raça Bisara. Também as Indica- de Porco Transmontano», de raza Bísara. También, las Indicaciones
ções Geográficas Protegidas espanholas da «Carne de Morucha de Geográficas Protegidas españolas de la «Carne de Morucha de Sala-
Salamanca», a «Ternera Charra», o «Vitelo de Castela e Leão», as manca», la «Ternera Charra» y el «Lechazo de Castilla y León», y las
Indicações geográficas Protegidas portuguesas (IGP) do «Cabrito da Indicaciones Geográficas Protegidas portuguesas (IGP) del «Cabrito
beira», de raça Charnequeira ou de raça Serrana, o «Borrego da Bei- da Beira», de raza Charnequeira o de raza Serrana, y del «Borrego da
ra», de raças merino da Beira Baixa, Churra do Campo e Churra Beira», de razas Merino da Beira Baixa, Churra do Campo y Churra
Mondegueira. Mondegueira.
A elaboração e comercialização de vinhos33 tem um enraiza- La elaboración y comercialización de vinos33 tiene un arraigo histó-
mento histórico na zona, já que estes concelhos pertencem à rico en la zona ya que estos concelhos pertenecen a la Región Demar-
Região Demarcada do Douro, considerada a mais antiga devido às cada de los Vinos de Porto, considerada la más antigua, debido a las

32
SÁNCHEZ HERNÁNDEZ; J. L. y GARCIA VICENTE, M. (2000). 32
SÁNCHEZ HERNÁNDEZ; J. L. y GARCIA VICENTE, M. (2000). «Los
«Los diagnósticos sectoriales». En: GARCIA ZARZA, E. (coord.). El sector diagnósticos sectoriales». En: GARCIA ZARZA, E. (coord.). El sector industrial
industrial de la provincia de Salamanca. Análisis y perspectivas. Diputación de la provincia de Salamanca. Análisis y perspectivas. Diputación Provincial.
Provincial. Salamanca, pp. 147-169. Salamanca, pp. 147-169.
33
El vino ha sido el vínculo de unión durante siglos de los pueblos del 33
El vino ha sido el vínculo de unión durante siglos de los pueblos del
Duero/Douro y, por este motivo, una de las líneas recientes de la cooperación Duero/Douro y, por este motivo, una de las líneas recientes de la cooperación
transfronteriza por parte de las regiones portuguesas y la comunidad castella- transfronteriza por parte de las regiones portuguesas y la comunidad castella-
noleonesa. La cultura vitivinícola de la cuenca del Duero, así como, la calidad noleonesa. La cultura vitivinícola de la cuenca del Duero, así como, la calidad
de los caldos y el enoturismo, han sido tratadas en sendos Festivales del Vino de los caldos y el enoturismo, han sido tratadas en sendos Festivales del Vino
«Vinus Durii» (Zamora, 2005 y Vila Real, 2006). «Vinus Durii» (Zamora, 2005 y Vila Real, 2006).

58 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 59

especiais condições climáticas dos vales fluviais. Na margem portu- especiales condiciones climáticas de los valles fluviales. En la margen
guesa, a consolidação das adegas e cooperativas vitivinícolas respon- portuguesa, la consolidación de las bodegas y cooperativas vitiviníco-
de às Denominações de Origem do «Porto» e «Douro», «Trás-os- las responde a las Denominaciones de Origen de «Porto» y «Douro»,
Montes» e «Beira Interior» e ao reconhecimento dos Vinhos «Trás-os-Montes» y «Beira Interior» y al reconocimiento de los Vinos
Regionais das «Beiras», «Duriense» e «Trasmontano». Na margem Regionales de «Beiras», «Duriense» y «Transmontano». Y, en la mar-
espanhola, a proliferação e modernização das empresas dedicadas à gen española, la proliferación y modernización de las empresas dedi-
criação de caldos tintos, com as variedades de uva rufete, Juan Gar- cadas a la crianza de caldos tintos, con las variedades de uva rufete,
cia e tempranillo e as variedades autorizadas verdejo e albillo, deve- Juan García y tempranillo, y las variedades autorizadas garnacha y
se à pujança e renome que adquiriu a Denominação de Origem mencía y, de vinos blancos, con uva malvasía y variedades autorizadas
«Arribas»34. verdejo y albillo, se debe a la pujanza y renombre que ha adquirido la
Denominación de Origen «Arribes»34 (ver mapa).
Os derivados lácteos, especialmente a fabricação de queijos,
gozam de uma excepção nos mercados nacionais pela qualidade do Los derivados lácteos, en especial la fabricación de quesos, gozan
leite e a requalificação das instituições. Para além disso, as empresas de una aceptación en los mercados nacionales por la calidad de la
e cooperativas queijeiras estão garantidas pelo conhecimento e leche y la recualificación de las instalaciones. Además, las empresas y
manejo do leite transmitido de geração em geração que possibilitou a cooperativas queseras están avaladas por el conocimiento en el
comercialização de outros derivados (queijadas e iogurtes). A quali- manejo de la leche, transmitido de generación en generación, que ha
dade da produção queijeira da franja transfronteiriça está controlada posibilitado la comercialización de otros derivados (cuajadas y yogu-
pela Marca de Garantia «Queso Arribes de Salamanca», de leite cru res). La calidad de la producción quesera de la franja transfronteriza
de ovelha de raça Churra e as Denominações de Origem Protegidas está controlada por la Marca de Garantía «Queso Arribes de Salaman-
(DOP) «Queijo Terrincho», de leite cru de ovelha de raça Churra da ca», de leche cruda de oveja de raza Churra, y las Denominaciones de
Terra Quente (Terrinchas) e «Queijo de Cabra Trasmontano», de lei- Orige Protegidas (DOP) «Queijo Terrincho», de leche cruda de oveja
de raza Churra da Terra Quente (Terrinchas) y «Queijo de Cabra Trans-
te de cabra.
montano», de leche de cabra.
A transformação da azeitona, ou bem para conservas ou bem
La transformación de la aceituna, bien para conservas o bien para
para a embalagem de azeite, deve-se a uma produção pequena mas
el envasado de aceite de oliva, se debe a una producción pequeña
de grande qualidade. As ladeiras de balcões das Arribas estão ocupa- pero de gran calidad. Las laderas abancaladas del arribe están ocupa-
das pelas oliveiras que produzem as azeitonas para os lagares de das por los pies de olivos que producen las aceitunas para las almaza-
azeite e para os enlatados, sobretudo, da «Azeitona de Conserva ras de aceite y para el enlatado, sobretodo, de la «Azeitona de Con-
Negrinha de Freixo». Uma área geográfica mais extensa recolhe a serva Negrinha de Freixo». Un área geográfica más extensa recoge la
Denominação de Origem Protegida (DOP) «Azeite da Beira Alta», já Denominación de Origen Protegida (DOP) «Azeite da Beira Alta», ya

34
Orden de 24 de septiembre de 1998, por la que se reconoce el derecho 34
Orden de 24 de septiembre de 1998, por la que se reconoce el dere-
al uso de la mención «vino de la tierra» a los viticultores, elaboradores y cho al uso de la mención «vino de la tierra» a los viticultores, elaboradores y
embotelladores que pertenezcan a la Asociación Vino de la Tierra «Arribes del embotelladores que pertenezcan a la Asociación Vino de la Tierra «Arribes del
Duero» (BOC y L nº 197, de 14 de octubre de 1998). Duero» (BOC y L nº 197, de 14 de octubre de 1998).
Orden 1940/2004, de 22 de diciembre, por la que se reconoce el v.c.p.r.d. Orden 1940/2004, de 22 de diciembre, por la que se reconoce el v.c.p.r.d.
«Vino de Calidad de Arribes» y se aprueba su Reglamento (BOC y L nº 250, «Vino de Calidad de Arribes» y se aprueba su Reglamento (BOC y L nº 250, de
de 29 de diciembre de 2004). 29 de diciembre de 2004).
Orden 1264/2007, de 11 de julio, por la que se reconoce el v.c.p.r.d. Orden 1264/2007, de 11 de julio, por la que se reconoce el v.c.p.r.d.
Denominación de Origen «Arribes» y se aprueba su Reglamento (BOC y L nº Denominación de Origen «Arribes» y se aprueba su Reglamento (BOC y L nº
146, de 27 de julio de 2007). 146, de 27 de julio de 2007).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 59
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 60

60 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 61

que, está circunscrita aos concelhos da Meda, Figueira de Castelo Rodri- que, está circunscrita a los concelhos de Meda, Figueira de Castelo
go, Pinhel, Guarda, Fornos de Algodres, Trancoso, Celorico da Beira, Rodrigo, Pinhel, Guarda, Fornos de Algodres, Trancoso, Celorico da
Seia, Gouveia, Manteigas e Almeida. Por último, a produção agro-ali- Beira, Seia, Gouveia, Manteigas y Almeida. Por último, la producción
mentar está baseada na comercialização de outras produções minoritá- agroalimentaria está basada en la comercialización de otras produc-
rias, como as chacinas, as alheiras, o mel e as frutas frescas garantidas ciones minoritarias, como las chacinas, las alheiras, la miel y las frutas
frescas, amparadas bajo diferentes marcas de calidad o a la espera de
pelas diferentes marcas de qualidade ou à espera de reconhecimento. A
su reconocimiento. La calidad de embutidos y jamones, de cerdos ibé-
qualidade dos enchidos e presuntos, de porcos ibéricos ou porcos bísaros, ricos o puercos bísaros, se han integrado bajo la Indicación Geográfi-
integrou-se através da Indicação Geográfica protegida dos «Ibéricos de ca Protegida de «Ibéricos de Salamanca» o en las Indicaciones Geo-
Salamanca» ou nas Indicações Geográficas (IG) «Alheira de Vinhais», gráficas (IG) «Alheira de Vinhais», «Butelo de Vinhais ou Bucho de
«Butelo de Vinhais ou Bucho de Vinhais ou Paio de Vinhais ou Chouriço Vinhais ou Palaio de Vinhais ou Chouriço de Ossos de Vinhais»,
de Ossos de Vinhais», «Chouriço Azedo de Vinhais ou Azedo de Vinhais «Chouriço Azedo de Vinhais ou Azedo de Vinhais ou Chouriço de Pão
ou Chouriço de Pão de Vinhais», «Chouriço Doce de Vinhais ou Chouri- de Vinhais», «Chouriço Doce de Vinhais ou Chouriço Doce ou Chouri-
ço Doce ou Chouriço de Mel ou Chouriço de Mel de Vinhais» e «Presun- ço de Mel ou Chouriço de Mel de Vinhais» y «Presunto de Vinhais ou
Presunto bísaro de Vinhais». El resto de productos de origen vegetal y
to de Vinhais ou Presunto bísaro de Vinhais». Os restantes produtos de
animal se han catalogado en la Denominación de Origem Protegida
Origem vegetal e animal foram catalogados na Denominação de Origem (DOP) «Amêndoa Douro», en la Indicación Geográfica Protegida (IGP)
Protegida (DOP) «Amêndoa Douro», na Indicação Geográfica Protegida «Maçã da Beira Alta», de manzanas Golden, Gala, Red Delicious,
(IGP) «Maçã da Beira Alta», de maças Golden, Gala, Red Delicious, Starking, Jonagold, Granny Smith, Jonared y Reinetas, y en la Deno-
Starking, Jonagold, Granny Smith, Jonared e Reinetas, e na Denomina- minación de Origem Protegida (DOP) «Mel da Terra Quente».
ção de Origem Protegida (DOP) «Mel da Terra Quente».
Las empresas de construcción completa, reparación y conserva-
As empresas de construção completa, reparação e conservação das ción de las edificaciones y la albañilería y pequeños trabajos en gene-
edificações e a albañileria e pequenos trabalhos em geral, aumentaram ral, han aumentado en toda la franja transfronteriza, debido a la
em toda a franja transfronteiriça, devidos aos pedidos de obras para rea- demanda de obras para la rehabilitación de la casa, la edificación de
bilitação da casa, a edficação de segundas residências e a promoção de segundas residencias y la promoción de vivienda social. Además, la
habitação social. Para além disso, a recuperação de antigos edifícios de recuperación de antiguos inmuebles de cara al turismo ha fomentado
cara ao turismo, fomentou as pequenas empresas de instalações eléctri- las pequeñas empresas de instalaciones eléctricas, de pintura, trabajos
cas, de pintura, trabalhos em gesso e decoração de edifícios e lojas. en yeso y escayola, y decoración de edificios y locales.
Os ramos do sector terciário dominam o panorama produtivo ao Las ramas del sector terciario dominan el parnorama productivo al
concentrar 63,65% das licenças industriais e comerciais. Os estabele- concentrar 63,65% de las licencias industriales y comerciales. Los esta-
cimentos comerciais, comércio maior ou menor e a oferta de hotelaria blecimientos comerciales, comercio al por mayor y al menor, y la oferta
e restauração respondem às necessidades da população local. Os res- de hostelería y restauración responden a las necesidades de la población
tantes ramos de serviços, como os transportes, as reparações, activida- local. El resto de ramas de servicios, como el transporte, las reparacio-
des bancárias e os serviços pessoais melhoram a qualidade de vida da nes, actividades bancarias y los servicios personales, mejoran la calidad
população da área. Os profissionais dos ramos mais qualificados e de vida de la población del área. Los profesionales de las ramas más
específicos na gestão, cobrem os serviços obrigatórios. cualificadas y específicas en gestión cubren los servicios obligatorios.

As potencialidades naturais e culturais da raia impulsionaram a Las potencialidades naturales y culturales de la raya han impulsado
abertura de alojamentos hoteleiros e restaurantes para o incipiente la apertura de alojamientos hoteleros y restaurantes para el incipiente
turismo. As modalidades de alojamento de turismo rural, ao abrigo dos turismo. Las modalidades de alojamientos de turismo rural, al amparo de
fundos comunitários, revolucionaram o mercado turístico ao implemen- los fondos comunitarios, han revolucionado el mercado turístico al colo-
tar 58 estabelecimentos com 492 lugares na comarca de Vitigudino no car 58 establecimientos con 492 plazas en la comarca de Vitigudino en
ano de 2007 (45 casas rurais, 11 centros de turismo rural e duas pousa- el año 2007 (45 casas rurales, 11 centros de turismo rural y 2 posadas).
das). As numerosas modalidades turísticas e opções complementares (a Las numerosas modalidades turísticas y opciones complementarias (la

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 61
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 62

pratica de caminhadas, os passeios de barco, as actividades desporti- práctica del senderismo, los paseos en barco, las actividades deportivas,
vas, de aventura e de turismo activo, etc.) foram recolhidas em múlti- de aventura y de turismo activo, etc.) se han recogido en múltiples
plos guias, rotas, umas mais específicas do parque natural35 e outras guías de rutas, unas muy específicas del parque natural35, y otras más
mais gerais do nordeste salamantino ou dos rios Douro e Côa36. generales del noroeste salmantino o del río Duero y Côa36.

3.3. As igrejas paroquiais e as manifestações etnográficas 3.3. Las iglesias parroquiales y las manifestaciones
como representantes do património cultural etnográficas como representantes del patrimonio cultural

O conceito actual de património cultural amplia a definição mais El concepto actual de patrimonio cultural amplia la definición
restrita do que se considerava o termo património histórico-artistico ao más restrictiva de lo que consideraba el término de patrimonio históri-
integrar «não só os bens culturais de interesse histórico artístico ou os co-artístico al integrar «no sólo los bienes culturales de interés históri-
edifícios singulares de carácter monumental, como também as arqui- co artístico o los edificios singulares de carácter monumental, sino
también las arquitecturas tradicionales, los pueblos, el patrimonio
tecturas tradicionais, as aldeias, o património industrial, os antigos
industrial, los antiguos oficios, el folklore, la gastronomía, las tradicio-
ofícios, o folclore, a gastronomia, as tradições, etc. Por outras pala-
nes, etc., en otras palabras, la herencia que ha quedado escrita en las
vras, a herança que ficou escrita nas pedras das casas populares, das
piedras de las viviendas populares, de las aldeas, de puentes y moli-
aldeias, das pontes e moinhos, de torres e ermidas, de fontes, noras e
nos, de torres y ermitas, de fuentes, norias y lavaderos, etc., pero
tanques, etc., mas também o legado etnológico, imaterial que se trans- también el legado etnológico, inmaterial, que se transcribe en la músi-
creve na música e nos bailes, nas festas, nas velhas receitas ou nas ca y los bailes, en las fiestas, en las viejas recetas o en los talleres»37. La
oficinas»37. A sensibilidade social face à preservação do património sensibilidad social hacia la preservación del patrimonio cultural, como
cultural como algo singular e excepcional, levou os responsáveis para a algo singular y excepcional, ha arrastrado a los responsables en la

35
RODRÍGUEZ MUÑOZ, N. P. (1994). Arribes del Duero. El Viajero 35
RODRÍGUEZ MUÑOZ, N. P. (1994). Arribes del Duero. El Viajero Inde-
Independiente. Ediciones Júcar. Navarra. pendiente. Ediciones Júcar. Navarra.
MARTÍN, F. (1995). Paseos por Las Arribes del Duero (España-Portu- MARTÍN, F. (1995). Paseos por Las Arribes del Duero (España-Portugal).
gal). Amarú Ediciones. Salamanca. Amarú Ediciones. Salamanca.
CASAS DEL CORRAL, V. M. (1998). Arribes del Duero. A ambos lados CASAS DEL CORRAL, V. M. (1998). Arribes del Duero. A ambos lados de
de la frontera. Edilesa. León. la frontera. Edilesa. León.
CALZON VALIENTE, M. A. (2000). Las mejores excursiones por ... Las CALZON VALIENTE, M. A. (2000). Las mejores excursiones por ... Las Arri-
Arribes del Duero. El Senderista. Madrid. bes del Duero. El Senderista. Madrid.
36
DA COSTA, H. 1995). Guía de Ecoturismo del Noroeste Peninsular. 36
DA COSTA, H. 1995). Guía de Ecoturismo del Noroeste Peninsular.
Gaesa. Madrid. Gaesa. Madrid.
DOS SANTOS QUEIRÓS, A. Y RODRIGUES PAIVA, J. (Coord.) DOS SANTOS QUEIRÓS, A. Y RODRIGUES PAIVA, J. (Coord.) (2003). Rotei-
(2003). Roteiro Vale do Côa e Além Douro. Âncora Editora e Liga de Amigos ro Vale do Côa e Além Douro. Âncora Editora e Liga de Amigos de Conimbri-
de Conimbriga. Âncora. ga. Âncora.
VILLALIBRE, J. Y SANIZ, J. (1995). Guía del Rio Duero -de Urbión a VILLALIBRE, J. Y SANIZ, J. (1995). Guía del Rio Duero -de Urbión a Opor-
Oporto-. Lancia. León. to. Lancia. León.
MATA PEREZ, L. M. (2000). Por tierras del oeste salmantino. Asocia- MATA PEREZ, L. M. (2000). Por tierras del oeste salmantino. Asociación
ción para el Desarrollo de la Zona Oeste de Salamanca (ADEZOS). Salamanca. para el Desarrollo de la Zona Oeste de Salamanca (ADEZOS). Salamanca.
37
VENEGAS, L. (2002). «La herencia compartida. Valorización y conser- 37
VENEGAS, L. (2002). «La herencia compartida. Valorización y conser-
vación del patrimonio cultural». Revista de Desarrollo Rural Actualidad Leader, vación del patrimonio cultural». Revista de Desarrollo Rural Actualidad Leader,
nº 12. Unidad Española del Observatorio Europeo Leader. Madrid, pp. 10-14. nº 12. Unidad Española del Observatorio Europeo Leader. Madrid, pp. 10-14.

62 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 63

actualização das normativas que só protegiam os imóveis e objectos actualización de las normativas que sólo protegían los inmuebles y
móveis de interesse artístico, histórico, paleontológico, arqueológico, objetos muebles de interés artístico, histórico, paleontológico,
etnográfico, científico ou técnico. arqueológico, etnográfico, científico o técnico.

A lei de Património Cultural de Castela e Leão38 protege os La Ley de Patrimonio Cultural de Castilla y León38 protege los
bens móveis, imóveis, actividades e património documental e lin- bienes muebles, inmuebles, actividades y el patrimonio documental y
guístico. A classificação dos bens imóveis acrescenta as categorias lingüístico. La clasificación de los bienes inmuebles acrecienta las
de protecção com a figura de conjunto etnológico e via histórica, categorías de protección con la figura de conjunto etnológico y vía
que se somam às de monumento, jardim histórico, conjunto históri- histórica, que se suman a las de monumento, jardín histórico, conjun-
co, sítio histórico e zona arqueológica. A normativa portuguesa39 to histórico, sitio histórico y zona arqueológica. La normativa portu-
considera como património cultural todos os bens móveis e imóveis guesa39 considera como patrimonio cultural todos los bienes muebles
que pelo seu reconhecido valor devem ser considerados como de e inmuebles que por su reconocido valor deben ser considerados
como de interés relevante para la permanencia de la identidad cultu-
interesse relevante para a permanência da identidade cultural atra-
ral a través del tiempo.
vés do tempo.

3.3.1. Los bienes de interés cultural: los castillos y las


3.3.1. Os bens de interesse cultural: os castelos e as zonas
zonas arqueológicas
arqueológicas
El patrimonio cultural protegido de la comarca de Vitigudino y
O património cultural protegido da Comarca de Vitigudino e Alto
Alto Douro es muy amplio y diverso. El antiguo poblamiento de estas
Douro é muito amplo e diverso. O antigo povoamento destas terras tierras fronterizas y el sucesivo paso de diferentes culturas ha permiti-
fronteiriças e a sucessiva passagem de várias culturas, permitiu que na do que en la actualidad podamos contemplar numerosos restos artís-
actualidade possamos contemplar numerosos restos artísticos e recrear ticos y recrearnos con las manifestaciones populares. La variada oferta
as manifestações populares. A variada oferta monumental composta monumental compuesta de antas, castillos, templos, puentes, pelou-
por antas, castelos, templos, pontes, pelourinhos, cruzeiros, etc., rinhos, cruzeiros, etc. encuentra un soporte territorial incomparable
encontra um suporte territorial incomparável nesta região que o escri- en esta región que el escritor Miguel Torga calificó con la denomina-
tor Miguel Torga classificou com a denominação «Reino Maravilho- ción «Reino Maravilhoso». El patrimonio histórico-artístico protegido
so». O património histórico-artístico protegido da zona salamantina e en la zona salmantina y portuguesa comprende declaraciones genéri-
portuguesa, compreende declarações genéricas, Bens de Interesse Cul- cas, los Bienes de Interés Cultural (BIC), los Monumentos Nacionales,
tural (BIC), os Monumentos Nacionais, os Imóveis de Interesse Públi- los Inmuebles de Interés Público (IIP) y los Inmuebles de Interés del
co (IIP) e os Imóveis de Interesse Concelhio (ver quadro nº 7 e mapa). Concelho (ver cuadro nº 7 y mapa).

As referências arqueológicas são numerosas, tanto pela sua anti- Las referencias arqueológicas son numerosas, tanto por su anti-
guidade como pela sua quantidade. A área de fronteira salamantina é güedad como por su cantidad. El área de la frontera salmantina es rica
rica em sepulcros megalíticos devido à presença de rochas plutónicas en sepulcros megalíticos debido a la presencia de rocas plutónicas y
e metamórficas, e pela proximidade dos leitos fluviais. A arquitectu- metamórficas, y por la cercanía de los cauces fluviales. La arquitectura
ra civil e religiosa está representada por algumas casas com pedras civil y religiosa está representada por algunas casonas con piedras
heráldicas nas suas fachadas, por fábricas de templos e restos de heráldicas en sus fachadas, las fábricas de los templos y los restos de

38
Ley 12/2002, de 11 de julio, de Patrimonio Cultural de Castilla y 38
Ley 12/2002, de 11 de julio, de Patrimonio Cultural de Castilla y León
León (Suplemento al BOC y L nº 139, de 19 de julio 2002). (Suplemento al BOC y L nº 139, de 19 de julio 2002).
39
Lei nº 13/1985, de 6 de julho, del Patrimonio Cultural Portugués (Diá- 39
Lei nº 13/1985, de 6 de julho, del Patrimonio Cultural Portugués (Diá-
rio de la República I Serie-Número 153, de 6 de julio de 1985). rio de la República I Serie-Número 153, de 6 de julio de 1985).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 63
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 64

64 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 65

conventos. As casas nobres conhecidas correspondem ao Palácio de D. conventos. Las casas nobles conocidas corresponden al Palacio de D.
Jerónimo Manuel Caballero (Aldeadávila de la Ribera) e a casa dos Jerónimo Manuel Caballero (Aldeadávila de la Ribera) y la Casa de los
Condes de Lumbrales. Estas referências da arquitectura civil incremen- Condes de Lumbrales. Estas referencias de la arquitectura civil se incre-
tam-se com outros edifícios destinados a usos administrativos mas com mentan con otros edificios destinados a usos administrativos pero con
valor artístico, como a Torre do Relógio de Lumbrales. Por outro lado valor artístico, como la Torre del Reloj de Lumbrales. Por su parte, de la
da arquitectura religiosa cabe destacar algumas ermidas e igrejas, tanto arquitectura religiosa cabe destacar algunas ermitas e iglesias, bien por
pelos seus elementos construtivos exteriores, bem como pelos detalhes sus elementos constructivos exteriores, bien por los detalles ornamen-
ornamentais do interior. A conjugação das peculiares formas dos sier- tales del interior. La conjunción de las peculiares formas de los sierros y
ros, dos penedos e dos pequenos templos religiosos, deixaram-nos de los peñedos y los pequeños templos religiosos nos ha legado
retratos irrepetíveis. As ermidas estão integradas na paisagem agreste estampas irrepetibles. Las ermitas están integradas en el agreste paisa-
de, Nuestra Señora del Castillo (Pereña de la Ribera), de Nuestra Seño- je de Nuestra Señora del Castillo (Pereña de la Ribera), de Nuestra
Señora del Castillo (Vilvestre), de San Pedro (Hinojosa de Duero), etc.
ra del Castillo (Vilvestre), de San Pedro (Hinojosa de Duero), etc.
Además, en la zona podemos reseñar de la arquitectura religiosa
Alem disso, na zona, da arquitectura religiosa podemos realçar os
los edificios de los cenobios de Santa Marina La Verde en Aldeadávila
edifícios dos Mosteiros de Santa Marina La Verde en Aldeadávila de la
de la Ribera, de Santa Marina La Seca en Sobradillo y el Monasterio
Ribera, de Santa Marina La Seca en Sobradillo e o Mosteiro de La
de la Pasión (MM. Agustinas) en San Felices de los Gallegos. El Con-
Pasion (MM. Agustinas) em San Felices de Los Gallegos. O Convento
vento franciscano de Santa Marina La Verde, enclavado en el poblado
Franciscano de Santa Marina La Verde encravado na aldeia da represa
de la presa de Aldeadávila, fue reconstruido por la empresa Iberdrola
de Aldeadávila, foi reconstruído pela empresa Iberdrola respeitando
respetando en parte las trazas originales. A dos kilómetros de la
em parte os traços tradicionais. A dois km da aldeia de Sobradillo,
población de Sobradillo, en una finca particular, aparecen las ruinas
numa quinta particular, aparecem as ruínas do Convento franciscano
del Convento franciscano de Santa Marina La Seca. La fundación del
de Santa Marina La Seca. A fundação do convento remonta ao ano de
convento se remonta al año 1502, cuando don Luis de Ocampo y su
1502, quando D. Luís de Ocampo e a sua mulher, D. Beatriz Mejia, mujer, doña Beatriz Mejía, señores de Sobradillo, obtienen del Obis-
senhores de Sobradillo, obtêm do Bispado de Cidade Rodrigo a ermitã pado de Ciudad Rodrigo la ermita de Santa Marina para transformar-
de Santa Marina para transformá-la em Mosteiro. A guerra da inde- la en cenobio. La Guerra de la Independencia y el proceso desamorti-
pendência e o processo desamortizador, terminaram com as dependên- zador terminaron con las dependencias monacales y, hoy en día, tan
cias monárquicas e, hoje em dia, somente permanecem levantadas par- sólo permanecen levantados parte de los muros de la iglesia. En el
tes dos muros da igreja. No centro urbano de San Felices de Los centro del casco urbano de San Felices de los Gallegos está el Monas-
Gallegos está o Mosteiro de MM. Agustinas de la Pasión. terio de MM. Agustinas de la Pasión.
O Conjunto Histórico da Vila de San Felices de los Gallegos40, El Conjunto Histórico de la Villa San Felices de los Gallegos40, reco-
reconhecida como bem de interesse cultural desde 1965, conserva nocido como bien de interés cultural desde 1965, conserva un
um ambiente medieval junto com abundantes restos monumentais ambiente medieval junto con abundantes restos monumentales a cau-
devido ao seu atribulado passado histórico. Os vai e vem da fron- sa de su ajetreado pasado histórico. Los vaivenes de la Frontera de
teira de Castela até ao estabelecimento definitivo das mugas levou Castilla hasta el establecimiento definitivo de las mugas conllevaron el
a um reforço militar da Vila de San Felices de Los Gallegos. A reforzamiento militar de la población de San Felices de los Gallegos. La
localização estratégica explica a presença da Torre de Menagem e localización estratégica explica la presencia de la Torre del Homenaje y

40
Decreto 3879/1965, de 23 de diciembre, por el que se declara conjun- 40
Decreto 3879/1965, de 23 de diciembre, por el que se declara conjun-
to histórico artístico la villa de San Felices de los Gallegos (Salamanca) (BOE to histórico artístico la villa de San Felices de los Gallegos (Salamanca) (BOE nº
nº 15, de 18 de enero de 1966). 15, de 18 de enero de 1966).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 65
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 66

de la Cerca Vieja. El caserío, al amparo de la fortificación, creció en


torno a la plaza formada por la Casa Consistorial (S. XVIII) y la Iglesia
parroquial de Nuestra Señora entre dos Álamos (S. XIII). En la forma-
ción del entramado callejero se mezclan las viviendas tradicionales con
edificios de la arquitectura civil y religiosa de los siglos XV y XVI: las
casas solariegas del Corregidor, de Los Mayorazgos o de los Señores
del Ron, las Ermitas del Cordero y del Hospital de Roque Amador y el
Hospital de la Misericordia. Además, en el caserío se dispersan la Ermi-
ta del Rosario, la antigua Alhóndiga y el Convento de la Pasión.

De los Bienes de Interés Cultural, con categoría de monumento,


destacamos el trazado de la Línea férrea «La Fuente de San Esteban-
La Fregeneda»41. Esta línea, también conocida como Ramal del Duero,
se inauguró el 8 de diciembre de 1887 y quedó cerrada al tránsito de
viajeros y de mercancías el 1 de enero de 1985. A lo largo de los
La declaración de la Línea férrea de La Fuente de San Esteban-La Fregeneda como 77,565 kilómetros, entre la Estación de La Fuente de San Esteban y el
Bien de Interés Cultural, con categoría de monumento en el año 2000, reconoce el Puente Internacional sobre el río Águeda, se suceden los edificios de
valor de las obras de fábrica, como por ejemplo, los viaductos metálicos (foto
viajeros, los muelles de carga de las estaciones y los viaductos metáli-
Pablo de la Cruz Díaz Martínez).
cos sobre los siguientes ríos y arroyos: Yeltes, Camaces, Froya, Pinga-
llo, Morgado, Poyo Rubio, Poyo Valiente, Cegaviño, del Lugar, Los
Poyos, La Porrera, Los Riscos, Las Almas y Águeda (Puente Internacio-
da Cerca Velha. O casario, protegido pela fortificação, cresceu em tor-
nal). Los tramos metálicos, con varios vanos y de tablero superior, pre-
no da praça forma da pela Casa Consistorial (S. XVIII) e a Igreja
Paroquial de Nuestra Señora entre dois Álamos (S. XIII). Na formação sentan diversos sistemas en las vigas principales: celosía en el del río
do traçado das ruas misturam-se as vivendas tradicionais com edifícios Yeltes, alma llena en los del Pingallo, Cegaviño y La Porrera, y en el
de arquitectura civil e religiosa dos séculos XV e XVI: as casas sola- resto Cruz de San Andrés42. En el último tramo, el que media entre la
rengas do Corregidor, dos Mayorazgos ou dos Señores del Ron, as Estación Internacional de La Fregeneda y Barca d’Alva, se tuvieron
Ermitas del Cordero e do Hospital de Roque Amador e o Hospital da que abrir veinte túneles en las laderas del valle del río Águeda para
Misericordia. Para além destas, podemos encontrar dispersas a Ermida salvar la diferencia topográfica.
del Rosário, a antiga Alhóndiga e o Convento de la Pasión.
41
Resolución de 22 de noviembre de 1999, por la que se incoa expe-
Dos Bens de Interesse Cultural, com categoria de monumento,
diente para la declaración de bien de interés cultural, con categoría de monu-
destacamos o traçado da Linha-férrea «La Fuente de San Esteban - La
mento, de la línea férrea «La Fuente de San Esteban-La Fregeneda», de Sala-
Fregeneda»41. Esta linha, também conhecida como Ramal do Douro,
manca (BOE nº 298, de 14 de diciembre de 1999).
Real Decreto 1934/2000, de 24 de noviembre, por el que se declara bien de
41
Resolución de 22 de noviembre de 1999, por la que se incoa expe- interés cultural, con categoría de monumento, la línea férrea «La Fuente de San
diente para la declaración de bien de interés cultural, con categoría de monu- Esteban-La Fregeneda», de Salamanca (BOE nº 291, de 5 de diciembre de 2000).
mento, de la línea férrea «La Fuente de San Esteban-La Fregeneda», de Sala- 42
HORTELANO MÍNGUEZ, L. A. (2004). «Puente Internacional sobre el
manca (BOE nº 298, de 14 de diciembre de 1999). Río Águeda (Línea Férrea de La Fuente de San Esteban-La Fregeneda/Barca
Real Decreto 1934/2000, de 24 de noviembre, por el que se declara bien de d’Alva)». BONILLA HERNÁNDEZ, J. A. Y RODRÍGUEZ MARTÍN, E. (Coord.).
interés cultural, con categoría de monumento, la línea férrea «La Fuente de San Puentes singulares de la Provincia de Salamanca. Diputación de Salamanca.
Esteban-La Fregeneda», de Salamanca (BOE nº 291, de 5 de diciembre de 2000). Salamanca, pp. 105-116.

66 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 67

CUADRO Nº 7: PATRIMONIO CULTURAL DE LA COMARCA DE VITIGUDINO


DESIGNACIÓN CATEGORÍA TIPOLOGÍA
Castillo - Cerralbo Castillo Castillo/Arquitectura militar (22 de abril de 1949)
Línea Férrea «La Fuente de San Esteban-La Fregeneda» - Cerralbo,
La Fregeneda, Fuenteliante, Hinojosa de Duero, Lumbrales, Monumento Arquitectura civil (24 de noviembre del 2000)
Olmedo de Camaces, Villares de Yeltes y Villavieja de Yeltes
Despoblado Castillo de Moncalvo - Hinojosa de Duero Zona Arqueológica Castro (3 de junio de 1931)
Despoblado Castillo de Las Merchanas - Lumbrales Zona Arqueológica Castro (3 de junio de 1931)
La Palla Rubia - Pereña Arte Rupestre Arte Rupestre (25 de junio de 1985)
Despoblado Castillo - Saldeana Zona Arqueológica Castro (3 de junio de 1931)
La Villa Conjunto Histórico Arquitectura militar y arquitectura civil (23 de diciembre de 1965)
Castillo - San Felices de los Gallegos Castillo Castillo/Arquitectura militar (22 de abril de 1949)
Castillo - Sobradillo Castillo Castillo/Arquitectura militar (22 de abril de 1949)
Castillo - Villares de Yeltes Castillo Castillo/Arquitectura militar (22 de abril de 1949)
Castillo - Vilvestre Castillo Castillo/Arquitectura militar (22 de abril de 1949)
Rollo de Justicia - Vilvestre Rollo de Justicia Arquitectura civil (14 de marzo de 1963)
Monumento rupestre - Vilvestre Arte Rupestre Arte Rupestre (25 de junio de 1985)
Despoblado «El Castillo» - Yecla de Yeltes Zona Arqueológica Castro (3 de junio de 1931)
«Lugar Viejo» o «Yecla la Vieja» - Yecla de Yeltes Arte Rupestre Arte Rupestre (25 de junio de 1985)

FUENTE: Consejería de Cultura y Turismo. Dirección General de Patrimonio y Bienes Culturales (http://www.jcyl.es).

foi inaugurada em 8 de Dezembro de 1887 e foi fechada ao trânsito de El patrimonio cultural del concelho de Figueira de Castelo Rodri-
viajantes e mercadorias no dia 1 de Janeiro de 1985. Ao longo dos go reúne diferentes bienes de un amplio período que se extiende des-
77.565 km, entre a estação de Fuente de San Esteban e a Ponte Inter- de la antigüedad hasta los tiempos contemporáneos. Los primeros
nacional sobre o rio Águeda, sucedem-se os edifícios de viajantes, os restos se remontan a los grabados en las rocas del Conjunto de los
cais de carga das estações eos visdutos metálicos sobre os seguintes Sitios Arqueológicos del Valle del Côa (en las freguesias de Colmeal y
rios e Arroios. Yeltes, Camaces, Froya, Pingallo, Morgado, Poyo Vale de Afonsinho), también denominado Núcleo de Arte Rupestre da
Rubio, Poyo Valiente, Cegaviño, del Lugar, Los Poyos, La Porrera, Faia/Vale Afonsinho, declarado en 1998 Patrimonio de la Humanidad
Los Riscos, Las Almas e Águeda (Ponte Internacional). Os trechos por la Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la
metálicos, com vários vãos e de tabuleiro superior, apresentam diver- Ciencia y la Cultura (UNESCO). A estos restos arqueológicos, se
sos sistemas nas vigas principais: celosía no do río Yeltes, alma llena suman indicios de la presencia de la tribu de los vetones y, el poste-
nos do Pingallo, Cegaviño e La Porrera, e nos restantes Cruz de San rior, paso de la civilización romana como las ruinas del templo de
Andrés42. No último trecho, o que media entre a Estação Internacional Casarão da Torre, en la freguesia de Almofala. A lo largo de la Edad
de La Fregeneda e Barca d’Alva, tiveram que ser abertos vinte túneis Media y en los siglos posteriores con la ocupación permanente de
nas ladeiras do vale do rio Águeda para salvar a diferença topográfica. estas tierras se determinarán los límites concejiles y se levantarán las
iglesias y las capillas más representativas, algunas modificadas en eta-
42
HORTELANO MÍNGUEZ, L. A. (2004). «Puente Internacional sobre pas sucesivas, de Nuestra Señora dos Anjos (Escalhão), San Miguel
el Río Águeda (Línea Férrea de La Fuente de San Esteban-La Fregeneda/Bar- (Escarigo), Santa Maria Maior (Algodres) y la capilla de Santa Marinha
ca d’Alva)». BONILLA HERNÁNDEZ, J. A. Y RODRÍGUEZ MARTÍN, E. (Mata de Lobos). Además, la organización social y la vertebración
(Coord.). Puentes singulares de la Provincia de Salamanca. Diputación de territorial ha legado patrimonios menores, como, los puentes, las
Salamanca. Salamanca, pp. 105-116. fuentes, los cruzeiros y los pelourinhos (ver cuadro nº 8).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 67
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:10 Página 68

CUADRO Nº 8: PATRIMONIO CULTURAL DEL CONCELHO DE FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO


DESIGNACIÓN CATEGORÍA TIPOLOGÍA
Patrimonio de la Humanidad
Conjunto dos Sítios Arqueológicos do Vale do Côa - Vale de Afonsinho
(UNESCO, 1998)
Conjunto dos Sítios Arqueológicos do Vale do Côa - Vale de Afonsinho Monumento Nacional (MN) Arqueologia/Conjunto (2 de julio de 1997)
Cruz de Pedro Jacques - Mata de Lobos Monumento Nacional (MN) Arquitectura Religiosa/Cruceiro (23 de junio de 1910)
Igreja e Convento de Santa Maria de Aguiar - Castelo Rodrigo Monumento Nacional (MN) Arquitectura Religiosa/Igreja (17 de diciembre de 1932)
Ponte sobre o Rio Aguiar - Castelo Rodrigo Monumento Nacional (MN) Arquitectura Civil/Ponte (4 de julio de 1922)
Ruínas de Almofala, conhecidas pela designação
Monumento Nacional (MN) Arqueologia/Cidade (29 de septiembre de 1977)
de Casarão da Torre - Almofala
Castelo - Castelo Rodrigo Monumento Nacional (MN) Arquitectura Militar/Castelo (4 de julio de 1922)
Pelourinho - Castelo Rodrigo Monumento Nacional (MN) Arquitectura Civil/Pelourinho (4 de julio de 1922)
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rocamador de Castelo Rodrigo - Imóvel de Interesse Público (IIP) Arquitectura Religiosa/Baptisterio (5 de diciembre de 1961)
Figueira de Castelo Rodrigo
Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Anjos - Escalhão Imóvel de Interesse Público (IIP) Arquitectura Religiosa/Igreja (12 de septiembre de 1978)
Igreja Matriz de São Miguel - Escarigo Imóvel de Interesse Público (IIP) Arquitectura Religiosa/Igreja (26 de febrero de 1982)
Cruzeiro - Almofala Imóvel de Interesse Público (IIP) Arquitectura Religiosa/Cruceiro (26 de febrero de 1982)
Torre dos Metelos - Freixeda do Torrão Imóvel de Interesse Público (IIP) Arquitectura Civil/Torre (29 de septiembre de 1977)
Fonte do Cabeço - Algodres Imóvel de Interesse Público (IIP) Arquitectura Civil/Fonte (29 de septiembre de 1977)
Igreja Matriz de Santa Maria Maior - Algodres Imóvel de Interesse Público (IIP) Arquitectura Religiosa/Igreja (12 de septiembre de 1978)
Capela de Santa Marinha - Mata de Lobos Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arquitectura Religiosa/Capela (26 de febrero de 1982)
Solar dos Saraivas ou Casa do Fidalgo - Vilar Torpim Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arquitectura Civil/Solar (29 de julio de 1977)
Chafariz da Casqueira - Castelo Rodrigo Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arquitectura Civil/Chafariz (24 de enero de 1983)
Povoação do Cólmela - Colmeal Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arquitectura Mista/Conjunto
Arqueologia/Povoado (1985)
Capela no Lugar de Santo André - Almofala Em Vias de Classificação Arquitectura Religiosa/Capela

FUENTE: Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) (http://www.ippar.pt/patrimonio).

O património cultural do concelho de Figueira de Castelo Rodri- El conjunto histórico de Castelo Rodrigo consigue la singularidad al
go, reúne diferentes bens de um amplo período que se estende desde a aprovechar una pequeña serra sobre el planalto para establecer una
antiguidade até aos tempos contemporâneos. Os primeiros restos plaza fortificada en la frontera de Riba Côa. El recinto intramuros man-
remontam às gravuras nas rochas do Conjunto dos Sítios Arqueológicos tiene el ambiente medieval y la trama urbana original, en torno al Pala-
do Vale do Côa (nas freguesias do Colmeal e Vale do Afonsinho), tam- cio de Cristóvão de Moura, a la iglesia parroquial de Nuestra Señora de
bém denominado por Núcleo de Arte Rupestre da Faia/Vale Afonsinho, Rocamador y el Pelourinho (picota) del siglo XVII, custodiado por trece
declarado em 1998 Património da Humanidade pela Organização das torreones y abierto por tres puertas (la Puerta del Sol, la Puerta de la
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). A Alverca y la Puerta de la Traición). Recientemente, el burgo y los arraba-
estes restos arqueológicos, somam-se indícios da presença da tribo de les de Castelo Rodrigo han sido restaurados como parada obligada de
los ventones, posteriormente da civilização romana, com as ruínas do la Ruta de las «Aldeias Históricas de Portugal». Esta iniciativa ha
templo do Casarão da Torre, na freguesia de Almofala. Ao longo da supuesto la revitalización demográfica y económica de la aldea a partir
Idade Média e nos séculos posteriores, com a ocupação permanente de pequeños negocios de venta de artesanato y restauración. Desde lo
destas terras, determinaram-se os limites concelhios e levantaram-se as alto de la villa, se divisa la Iglesia y el Convento de Santa Maria de
Aguiar de la Orden del Císter, fundado en el siglo XIII.

68 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 69

igrejas e as capelas mais representativas, algumas modificadas em eta- Para terminar el inventario de los recursos culturales del concelho
pas posteriores, como a de Nossa Senhora dos Anjos (Escalhão), São hay que citar las casas palaciegas: la Casa dos Saraivas del siglo XVIII
Miguel (Escarigo), Santa Maria Maior (Algodres) e a Capela de Santa en Vilar Torpim, las ruínas de la Casa de Pedro Alvares Cabral en Col-
Marinha (Mata de Lobos). Para além disso, a organização social e a meal y las ruinas de la Casa y Torre dos Metelos en Freixeda do Torrão.
vertebración territorial deixaram patrimónios menores, como, as pon- Estos edificios nobles, de cantería sólida y robusta, muestran en las
tes, as fontes, os cruzeiros e os pelourinhos (ver quadro nº 8). puertas y los balcones de la fachada principal los detalles decorativos.
O conjunto histórico de Castelo Rodrigo consegue a singularidade El concelho de Freixo de Espada à Cinta, al igual que el resto de
ao aproveitar uma pequena serra nobre sobre o planalto para estabele- las tierras de la Beira Interior y Trás-os-Montes, tuvo una ocupación
cer uma praça fortificada na fronteira do Riba Côa. O recinto intra humana muy temprana. El grabado rupestre del Cavalo de Mazouco,
mural mantém o ambiente medieval e a trama urbana original, em tor- en la margen derecha de la Ribeira de Albagueira, y las Pinturas
no do Palácio de Cristóvão de Moura, a igreja paroquial de Nossa Sen- Rupestres de la Fraga do Gato (Poiares), así lo atestiguan. Además, los
hora de Rocamador e o Pelourinho (picota) do século XVII, custodia- restos de la vía romana de la Calçada de Alpajares, dos Mouros o del
Diablo en la Ribeira do Mosteiro, en la freguesia de Poiares, nos
do por treze torreões e aberto por três portas (a Porta do Sol, a Porta
hablan de sucesivas ocupaciones.
da Alverca e a Porta da Traição). Recentemente, o burgo e os subúr-
bios de Castelo Rodrigo foram restaurados e são paragem obrigatória A pesar de estas herencias dispersas por varias freguesias, el
da Rota das «Aldeias Históricas de Portugal». Esta iniciativa supõe a patrimonio cultural del concelho de Freixo de Espada à Cinta está
revitalização demográfica e económica da aldeia a partir de pequenos muy concentrado en la cabecera del municipio. La villa de Freixo de
negócios de venda de artesanato e restauração. Desde o alto da vila, Espada à Cinta, debido a su situación estratégica, estuvo amurallada y
avista-se a igreja e o Convento de Santa Maria de Aguiar da Ordem roforzada por varias torres, de las cuales hoy solo queda en pie la
de Cristo, fundado no séc. XIII.
Para terminar o inventário dos recursos culturais do concelho
devemos citar as casas palacianas: a Casa dos Saraivas do século
XVIII em Vilar Torpim, as ruínas da Casa de Pedro Alvares Cabral em
Colmeal e as ruínas da Casa e Torre dos Metelos em Freixeda do Tor-
rão. Estes edifícios nobres, de cantaria sólida e robusta, mostram nas
portas e nos balcões da fachada principal os detalhes decorativos.
O concelho de Freixo de Espada à Cinta, à semelhança do resto das
terras da Beira Interior e Trás-os-Montes, teve uma ocupação humana
desde cedo. A gravura rupestre do Cavalo de Mazouco, na margem
direita da Ribeira de Albagueira e as Pinturas Rupestres da Fraga do
Gato (Poiares), assim o testemunham. Para além disso, os restos da via
romana da Calçada de Alpajares, dos Mouros ou do Diabo na Ribeira do
Mosteiro, na freguesia de Poiares, falam-nos de sucessivas ocupações.
Apesar destas heranças dispersas por várias freguesias, o
património cultural do concelho de Freixo de Espada à Cinta está
muito concentrado na sede do município. A vila de Freixo de La ocupación temprana de la zona ha dejado muestras de gran atractivo en el patri-
monio cultural, como por ejemplo, el grabado rupestre del Cavalo de Mazouco en
Espada à Cinta, devido à sua situação estratégica, esteve amu- la margen derecha de la Ribeira de Albagueira (foto Câmara Municipal de Freixo
ralhada e reforçada por várias torres, das quais hoje só resta a de Espada à Cinta).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 69
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 70

Torre Heptagonal ou Torre do Galo. Ao lado desta torre, encontra-se a Torre Heptagonal o Torre do Galo. Al lado de esta Torre, se encuentra
sólida construção da Igreja Matriz, de grossos muros de granito e refor- la sólida fábrica de la Igreja Matriz, de gruesos muros de granito y
çados por vários contrafortes. A planta típica da igreja-salão desenvolve- reforzados por varios contrafuertes. La planta típica de iglesia-salón se
se em três naves e uma cabeceira com três capelas. No interior destaca- resuelve con tres naves y una cabecera con tres capillas. En el interior
se o conjunto de painéis nas paredes laterais da capela maior, pintados destacan el conjunto de paneles de las paredes laterales de la capilla
por um discípulo de Vasco Fernandes, conhecido como Grão Vasco, mayor pintadas por un discípulo de Vasco Fernandes, conocido como
com cenas sobre a vida da Virgem, da infância à Paixão de Cristo, etc. Grão Vasco, con escenas sobre la vida de la Virgen, de la Infancia y
Desde a parte alta do casco urbano, onde estava situado o castelo da Pasión de Cristo, etc. Desde la parte alta del casco urbano, donde
estaba el castillo de la villa, se ordena el caserío con detalles en sus
vila, ordena-se o casario com detalhes nas janelas da influência do estilo
ventanas de la influencia de estilo manuelino. El patrimonio edificado
manuelino. O património edificado completa-se com os templos da Igre-
se completa con los templos de la Iglesia de la Misericordia y de San
ja da Misericórdia, de São Miguel e a Igreja e Convento de São Filipe
Miguel y la Iglesia y Convento de São Filipe Nery (ver cuadro nº 9).
de Nery (ver quadro nº 9).
Finalmente, el patrimonio cultural del concelho de Mogadouro está
Finalmente, o património cultural do concelho de Mogadouro está
supeditado por el paso de antiguas culturas que se remontan al Neolíti-
marcado pela passagem de antigas culturas que remontam ao Neolítico.
co; sin embargo, las pinturas rupestres de la Fraga da Letra en Penas
Contudo, as gravuras rupestres da Fraga da Letra em Penas Roías
podem ser anteriores. Os achados de berrões e de castros, próximos das Róias pueden ser anteriores. Los hallazgos de verracos y de castros, pró-
escarpas do Douro e Sabor em Algosinho, Vilarinho dos Galegos e ximos al escarpe del Duero y Sabor en Algosinho, Vilarinho dos Galegos
Bruçó, falam-nos do assentamento de tribos pré-romanas. As invasões y Bruçó, nos hablan del asentamiento de tribus prerromanas. Las inva-
dos romanos e visigodos, com o levantamento do povoado fortificado siones de romanos y visigodos, con el levantamiento de la población
de Oleiros (Urrós) ou o de Castro Vicente, já anunciavam que seria fortificada de Oleiros (Urrós) o la de Castro Vicente, ya anunciaban que
uma terra disputada. Por este motivo, depressa estas terras seriam uma sería una tierra disputada. Por este motivo, pronto estas tierras serían
linha defensiva com os Castelos de Mogadouro e Penas Roías. una línea defensiva con los castillos de Mogadouro y de Penas Róias.

A organização medieval destas terras, com a sua divisão adminis- La organización medieval de estas tierras, con su división admi-
trativa, deixa como testemunhas nas antigas sedes de concelho os nistrativa, deja como testigos en las antiguas sedes de concelho los

CUADRO Nº 9: PATRIMONIO CULTURAL DEL CONCELHO DE FREIXO DE ESPADA A CINTA


DESIGNACIÓN CATEGORÍA TIPOLOGÍA
Pelourinho - Freixo de Espada à Cinta Monumento Nacional (MN) Arquitectura Civil/Pelourinho (4 de julio de 1922)
Igreja Matriz - Freixo de Espada à Cinta Monumento Nacional (MN) Arquitectura Religiosa/Igreja (23 de junio de 1910)
Castelo - Freixo de Espada à Cinta Monumento Nacional (MN) Arquitectura Militar/Castelo (23 de junio de 1910)
Calçada de Alpajares - Poiares Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arqueologia/Calçada (29 de septiembre de 1977)
Igreja do Convento de São Filipe Nery - Freixo de Espada à Cinta Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arquitectura Religiosa/Igreja (9 de marzo del 2006)
Igreja da Misericórdia - Freixo de Espada à Cinta Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arquitectura Religiosa/Igreja (6 de noviembre del 1951)
Castelo de Alva - Poiares Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arquitectura Militar/Castelo (20 de octubre de 1955)
Capela - Fornos Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arquitectura Religiosa/Capela (30 de enero de 1954)
Capela do Senhor da Rua Nova - Fornos Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arquitectura Religiosa/Capela (25 de junio de 1984)
Gravuras Rupestres - Mazouco Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arqueologia/Arte Rupestre (9 de mayo de 1983)
Pinturas Rupestres da Fraga do Gato - Poiares Em Vias de Classificação Arqueologia/Arte Rupestre (9 de mayo de 1996)

FUENTE: Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) (http://www.ippar.pt/patrimonio).

70 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 71

respectivos pelourinhos (azinhoso, Bemposta, Castro Vicente, Moga- respectivos pelourinhos (Azinhoso, Bemposta, Castro Vicente, Moga-
douro e Penas Roías). Para além disso, a Idade Média deixou uma douro y Penas Róias). Además, la Edad Media ha dejado en herencia
herança de várias pontes e alguns exemplos que sobressaem da arqui- varios puentes y algunos ejemplos sobresalientes de arquitectura romá-
tectura românica, como a igreja da aldeia de Algosinho, da freguesia nica, como la iglesia de la aldea de Algosinho, de la freguesia de Peredo
de Bemposta, e a Igreja de Santa Maria na freguesia de Azinhoso. da Bemposta, y la iglesia de Santa Maria en la freguesia de Azinhoso.
Mas, paralelamente, também a riqueza do alfoz se repercutia na vila Pero, paralelamente, también la riqueza del alfoz repercutía en la villa
de Mogadouro porque se levantou no século XVII o Convento de São de Mogadouro porque se levanta en el siglo XVII el Convento de San
Francisco. Na idade moderna, o concelho enchesse de casas nobres, Francisco. En la edad moderna, el concelho se llena de casas nobles,
como, o Solar dos Pimenteis em Castelo Branco, o Solar dos Morais como, el Palacio dos Pimentéis en Castelo Branco, el Solar dos Morais
em São Martinho do Peso e o Palácio dos Távoras na Quinta da de São Martinho do Peso y el Palacio dos Távoras en Quinta da
Nogueira, com o Monoptero ou Santuário dedicado a São Gonçalo Nogueira, con el Monóptero o santuario dedicado a San Gonzalo (ver
(ver quadro nº 10). cuadro nº 10).

CUADRO Nº 10: PATRIMONIO CULTURAL DEL CONCELHO DE MOGADOURO


DESIGNACIÓN CATEGORÍA TIPOLOGÍA
Castelo - Penas Roias Monumento Nacional (MN) Arquitectura Militar/Castelo (20 de marzo de 1945)
Castelo - Mogadouro Monumento Nacional (MN) Arquitectura Militar/Castelo (2 de enero de 1946)
Castelo de Oleiros - Urrós Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arquitectura Militar/Castelo (17 de julio de 1990)
Pelourinho - Bemposta Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arquitectura Civil/Pelourinho (11 de octubre de 1933)
Castro Vicente - Castro Vicente Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arqueologia/Povoado Fortificado (20 de octubre de 1955)
Pelourinho - Castro Vicente Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arquitectura Civil/Pelourinho (11 de octubre de 1933)
Palácio dos Pimentéis - Castelo Branco Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arquitectura Civil/Palacio (6 de marzo de 1996)
Igreja de Santa Maria - Azinhoso Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arquitectura Religiosa/Igreja (9 de noviembre de 1962)
Pelourinho - Azinhoso Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arquitectura Civil/Pelourinho (11 de octubre de 1933)
Pelourinho - Mogadouro Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arquitectura Civil/Pelourinho (11 de octubre de 1933)
Igreja de Algosinho - Peredo da Bemposta Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arquitectura Religiosa/Igreja (20 de octubre de 1955)
Pelourinho - Penas Roias Imóvel de Interesse Municipal (IIM) Arquitectura Civil/Pelourinho (11 de octubre de 1933)
Estação Arqueológica das Fragas do Diabo - Em Vias de Classificação
Vilarinho dos Galegos (Homologado - IIP Imóvel de Interesse Público) Arqueologia/Arte Rupestre (10 de noviembre de 1983)
Monóptero de S. Gonçalo - Penas Roias Em Vias de Classificação Arquitectura Religiosa/Monóptero (31 de agosto de 1993)
Conjunto da Igreja do Convento de São Francisco - Mogadouro Em Vias de Classificação Arquitectura Religiosa/Conjunto (19 de julio de 1974)
Aproveitamento Hidroeléctrico do Douro Internacional - Bemposta Em estudo - sem protecção Arquitectura Industrial Moderna (1925-1965)
FUENTE: Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) (http://www.ippar.pt/patrimonio).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 71
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 72

3.3.2. A casa tradicional, as construções auxiliares e os 3.3.2. La casa tradicional, las construcciones auxiliares y
caminhos de trabalho e de relação: a adaptação ao los caminos de trabajo y de relación: la
meio e à economia adaptación al medio y a la economía local
A arquitectura tradicional, popular ou vernácula43 responde às La arquitectura tradicional, popular o vernácula43 responde a las
necessidades da população local para desenrolar as suas tarefas quoti- necesidades de la población local para desarrollar sus tareas cotidia-
dianas. Para além disso, estas edificações adaptam-se às extremas nas. Además, estas edificaciones se adaptan a las extremas condicio-
condições climatológicas e aproveitam os materiais da zona para a sua nes climatológicas y aprovechan los materiales del lugar para su cons-
construção. O jogo de volumes, de formas e de cores imprimem um trucción. El juego de volúmenes, de formas y de colores imprimen un
ambiente urbano irrepetível nestas populações fronteiriças. A casa ambiente urbano irrepetible en estos pueblos fronterizos. La casa arri-
arribeña (casa de blocos em altura com elementos sobrepostos) é beña (casa bloque en altura con elementos superpuestos) se caracteri-
característica porque se desenrola em várias plantas, o telhado de duas za porque se desarrolla en varias plantas, el tejado a dos aguas, los
águas, os muros de alvenaria de granito ou lousa com argamassa de muros de mampuesto de granito o pizarra con un mortero de cal y
cal e areia, a fachada rebocada e um balcão que protege do sol e da arena, la fachada revocada y un balcón que protege del sol y de la llu-
chuva a porta da entrada. A distribuição da planta desenrola-se em via la puerta de entrada. La distribución del plano se desarrolla en las
dois andares e o sobrado («sobrao»). Na planta baixa, a partir do por- dos plantas y el sobrado («sobrao»). En la planta baja, a partir del por-
tal, acede-se à sala de jantar à cozinha precedida pela lareira e pela tal, se accede al comedor y a la cocina presidida por la chimenea y la
fornalha e nas traseiras ou lateral localizam-se o chiqueiro, o palheiro hornilla y, en la parte trasera o lateral se ubican las cuadras, el pajar y
e o poço. O segundo andar está ocupado pelos quartos com as alcovas el pozo. La segunda planta está ocupada por los cuartos con alcobas y
los trojes para almacenar las almendras, las patatas o los granos.
e os celeiros para armazenar as amêndoas, as batatas e o grão.
Sin embargo, la vivienda de los pueblos más alejados del arribe,
Contudo, as casas das aldeias mais longínquas das arribas cor-
responde a la tipología de la casa dispersa; es decir, las edificaciones
responde à tipologia de casa dispersa. Quer dizer que as edificações
se encuentran diseminadas por el pueblo sin formar un conjunto
se encontram dispersas pela aldeia sem formar um conjunto homogé-
homogéneo. El carácter desagregado del casar se debe a la orienta-
neo. O carácter desagregado do casario deve-se à orientação ganadeira
ción ganadera de la penillanura que propicia un casco urbano cosido
que favorece um casco urbano cosido pelas cortinas, as hortas, herre-
por las cortinas, los huertos, los herreñales y los prados de siega. Las
ñales e os prados de siega. As características do casario estão muito características del caserío están muy condicionadas por la orientación
condicionadas pela orientação económica e pelas singularidades do económica y por las singularidades del medio físico; así por ejemplo,
meio físico. Assim, por exemplo, o aspecto exterior tosco e cinzento el aspecto exterior tosco y grisáceo de la casa se lo da la utilización
da casa deriva da utilização do granito. Ao mesmo tempo, as influên- del granito. Al mismo tiempo, las influencias climáticas se traducen en
cias climáticas traduzem-se nos muros grossos, em poucos e pequenos los muros gruesos, en pocos y pequeños vanos y en la aparición del
vãos e na aparição do portão frente à porta principal. portalillo delante de la puerta principal.
Em terras portuguesas, a casa tradicional figueirense44, tem um En las tierras portuguesas, la casa tradicional figueirense44, tiene
aspecto exterior sólido ao estar edificada em granito, com poucos un aspecto exterior sólido al estar edificada de granito, con pocos hue-
espaços e um telhado de duas águas em telha. As frias condições climá- cos y una cubierta a dos aguas de teja. Las frías condiciones climáticas
ticas do planalto combatiam com maciços muros, com a colocação das del planalto se combatían con macizos muros y con la colocación de la

43
GARCIA ZARZA, E. (1971). Aspectos geográficos de la población y 43
GARCIA ZARZA, E. (1971). Aspectos geográficos de la población y de
de las construcciones rurales salmantinas. Universidad de Salamanca. Sala- las construcciones rurales salmantinas. Universidad de Salamanca. Salamanca,
manca, pp. 81-83. pp. 81-83.
44
BORGES, J. A. (2002). Estudo etnográfico do concelho de Figueira 44
BORGES, J. A. (2002). Estudo etnográfico do concelho de Figueira de
de Castelo Rodrigo. Tipografía Camões. Póvoa de Varzim, pp. 180-181. Castelo Rodrigo. Tipografía Camões. Póvoa de Varzim, pp. 180-181.

72 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 73

lojas dos animais e dos palheiros nos baixos. A parte superior, à qual cuadra de las reses y el pajar en la planta baja. La parte superior, que
se acedia por uma escada exterior, possuía um balcão coberto e orde- se accede por una escalera exterior y un balcón cubierto, se ordenaba
navam-se em torno da cozinha, a sala de jantar e os quartos (algumas en torno a la cocina, la sala de comer y los cuartos (algunas alcobas).
alcovas). A habitação trasmontana45 apresenta algumas diferenças La vivienda transmontana45 presenta algunas diferencias internas res-
internas em relação à casa figueirense já que o exterior está muito pou- pecto a la casa figueirense ya que el exterior está muy poco cuidado y
co cuidado e resulta tosco devido aos materiais da zona. Os frios resulta tosco por los materiales de la zona. Los fríos invernales se
invernais suportam-se graças às fogueiras de casa, às paredes de 60 e soportan gracias al fuego del hogar, las paredes de 60 y 90 centíme-
90 cm de grossura e às poucas aberturas para o exterior. A distribuição tros de grosor y los pocos huecos abiertos al exterior. La distribución
interna resume-se à cozinha, à sala e a vários quartos de dormir e estas interna se resuelve con la cocina, la sala y varios cuartos de dormir y,
dependências podem ter um balcão (ou varanda) coberto e virado para estas dependencias, pueden tener un balcón (o varanda) cubierto a la
a via pública. vía pública.

As construções auxiliares completavam as carências de espaço Las construcciones auxiliares complementaban las carencias de
da habitação e ajudavam ao aquecimento diário, portanto, encontra- espacio de la vivienda y ayudaban al quehacer diario; por tanto, se
vam-se dentro ou fora do casco urbano: fontes, canos, charaices, encontraban dentro o en el borde del casco urbano: fuentes, caños,
pilares, boiles, tenadas, fornos, lagares de azeite, adegas ou lagares charaices, pilares, boíles, tenadas, hornos, almazaras o lagares de
aceite, bodegas o lagares de vino, potros, etc. Los lavaderos, conoci-
de vinho, potros, etc. Os tanques de lavar, conhecidos em Barrueco-
dos en Barruecopardo como «bordas», eran imprescindibles en el
pardo como «bordas», eram imprescindíveis nas lides quotidianas
quehacer cotidiano de una sociedad sin agua corriente. Las cortinas
de uma sociedade sem água canalizada. As cortinas de hortaliças,
de hortalizas, patatas y legumbres y los herreñales se riegan con el
batatas e legumes e os herreñales regam-se com as águas dos poços agua de los pozos y de las riveras que, de forma tradicional, se extrae
e das ribeiras que, de forma tradicional, se extraem com os cigüeña- con los cigüeñales o zanguaños. También, dispersas por los campos,
les e os zanguaños. Também, dispersas pelos campos, com o objec- con el propósito de guarecer al ganado, recoger los aperos de labran-
tivo de alimentar o gado, recolher os utensílios de lavradio, vigiar as za, vigilar las viñas y moler los granos aparecen otros tipos de edifica-
vinhas e moer os grãos, aparecem outros tipos de edificações como, ciones como chozos, cabañas de pastor, corrales, arrimachos, cabrite-
casebres, cabanas de pastor, currais, arrimachos, cabriteros, chivi- ros, chiviteros, cabañales, majadas, palomares, molinos, pisones,
teros, cabanas, majadas, pombais, moinhos, pisones, batanes, batanes, charcas, albercas, etc.
represas, tanques, etc.
La organización del casar y del terrazgo dieron lugar a un rico
A organização do casario e do terraço deu lugar a uma rica rede entramado de viejos caminos de trabajo y de relación con los pueblos
de velhos caminhos de trabalho e de relação com as aldeias vizinhas. vecinos. La mayor dificultad la representaban los ríos y arroyos que,
A maior dificuldade era representada pelos rios e arroios que, tradicio- tradicionalmente, se salvaban a través de pontones, pasiles y barcas,
nalmente, se salvavam através de pontões, pasiles e barcas, daí os de ahí los caminos de la barca. Con la construcción de las carreteras,
caminhos da barca. Com a construção das estradas, muitos desaparece- muchos desaparecieron, sin embargo, todavía perdura el firme empe-
ram, contudo, ainda perdura o firme empedrado que conduz aos vaus drado que conduce a los vados a través de los «puertos». Igualmente,
através dos «portos». Igualmente, os antigos caminhos de ferraduras los antiguos caminos de herradura de los molinos y aceñas se están
dos moinhos e aceñas perdem-se pelo desuso. As ruas entre paredões e perdiendo por el desuso. Las callejas, entre paredones y albañales,
esgotos, mantêm-se entre as cercas que guiam até aos limites dos oli- se mantienen por las cercas que guían hasta los cotos de olivos y a
vais e cabozos ou cahorzos dos rios. Outros caminhos conduzem até às los cabozos o cahorzos del río. Otras sendas conducen hasta las

45
RODRÍGUEZ DOS SANTOS JÚNIOR, J. (1924). Estudo Antropoló- 45
RODRÍGUEZ DOS SANTOS JÚNIOR, J. (1924). Estudo Antropológico e
gico e Etnográfico da População de S. Pedro (Mogadouro). Trábalos da Socie- Etnográfico da População de S. Pedro (Mogadouro). Trábalos da Sociedade
dade Portuguesa de Antropología e Etnografia. Porto, pp. 40-46. Portuguesa de Antropología e Etnografia. Porto, pp. 40-46.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 73
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 74

majadas ou currais ou cabriteros que abrigam o rebanho de ovelhas e majadas, los corrales y los cabriteros que cobijan el rebaño de ovejas y
cabras. A dedicação mais ganadeira da planície deixou-nos roderas e cabras. La dedicación más ganadera de la penillanura nos ha legado
coladas que desembocam nos majadales, prados e pastos com as suas roderas y coladas que desembocan en los majadales, prados y dehe-
represas e tanques. sas con sus charcas y albercas.

3.3.3. O património cultural imaterial: mascaradas, 3.3.3. El patrimonio cultural inmaterial: mascaradas,
trabalhos de seda e jogos tradicionais trabajos de seda y juegos tradicionales
A ampliação do conceito de património cultural e a volta das raízes La ampliación del concepto de patrimonio cultural y la vuelta a
da sociedade actual, permite a revalorização do património imaterial, las raíces de la sociedad actual permite la revalorización del patrimo-
das tradições populares e dos costumes ancestrais. A organização das nio inmaterial, de las tradiciones populares y de las costumbres ances-
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), na trales. La Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la
sua 32ª reunião, celebrada em Paris do dia 29 de Setembro ao dia 17 de Ciencia y la Cultura (UNESCO), en su 32ª reunión, celebrada en París
Outubro de 2003, aprovou a Salvaguarda do Património Cultural Ima- del 29 de septiembre al 17 de octubre del 2003, aprobó la Conven-
terial, que entre o seu articulado «entende por património cultural ima- ción para la Salvaguardia del Patrimonio Cultural Inmaterial, que entre
terial os usos, representações, expressões, conhecimentos, e técnicas, su articulado «entiende por patrimonio cultural inmaterial los usos,
representaciones, expresiones, conocimientos y técnicas —junto con
junto com os instrumentos, objectos, artefactos e espaços culturais que
los instrumentos, objetos, artefactos y espacios culturales que les son
lhes são inerentes, que as comunidades, os grupos e em alguns casos
inherentes— que las comunidades, los grupos y en algunos casos los
os indivíduos reconhecem como parte integrante do seu património
individuos reconozcan como parte integrante de su patrimonio cultu-
cultural. Este património cultural imaterial, que se transmite de gera-
ral. Este patrimonio cultural inmaterial, que se transmite de genera-
ção em geração, é recreado constantemente pelas comunidades e gru- ción en generación, es recreado constantemente por las comunidades
pos em função do seu entorno, da sua interacção com a natureza, da y grupos en función de su entorno, su interacción con la naturaleza y
sua história, incutindo-lhes um sentimento de identidade e continuida- su historia, infundiéndoles un sentimiento de identidad y continuidad
de e contribuindo assim para promover o respeito pela diversidade cul- y contribuyendo así a promover el respeto de la diversidad cultural y
tural e a criatividade humana. Quanto aos efeitos da presente conven- la creatividad humana. A los efectos de la presente Convención, se
ção. Devemos ter em conta unicamente o património cultural imaterial tendrá en cuenta únicamente el patrimonio cultural inmaterial que
que seja compatível com os instrumentos internacionais de direitos sea compatible con los instrumentos internacionales de derechos
humanos existentes e com os imperativos de respeito mútuo entre as humanos existentes y con los imperativos de respeto mutuo entre
comunidades, grupos, indivíduos e desenvolvimento sustentável»46. comunidades, grupos e individuos y de desarrollo sostenible»46. A
Como teor desta definição, o património cultural imaterial da franja tenor de esta definición, el patrimonio cultural inmaterial de la franja
compreende as manifestações festivais e as romarias, os jogos tradicio- comprende las manifestaciones festivas y las romerías, los juegos tra-
nais, as actividades artesanais e os sabores gastronómicos. dicionales, las actividades artesanales y los saberes gastronómicos.
As manifestações festivas constituem o elemento mais vivo destas Las manifestaciones festivas constituyen el elemento más vivo de
aldeias porque dá coesão social aos seus habitantes e é o referente da estos pueblos porque da cohesión social a sus habitantes y es el referente

46
La Conferencia General de la Organización de las Naciones Unidas 46
La Conferencia General de la Organización de las Naciones Unidas
para la Educación, la Ciencia y la Cultura (UNESCO), en su 32ª reunión, cele- para la Educación, la Ciencia y la Cultura (UNESCO), en su 32ª reunión, cele-
brada en París del veintinueve de septiembre al diecisiete de octubre de 2003, brada en París del veintinueve de septiembre al diecisiete de octubre de 2003,
ha aprobado la Convención para la Salvaguardia del Patrimonio Cultural ha aprobado la Convención para la Salvaguardia del Patrimonio Cultural Inma-
Inmaterial (web del Comité Español del Consejo Internacional de Monumen- terial (web del Comité Español del Consejo Internacional de Monumentos y
tos y Sitios -ICOMOS-http://www.esicomos.org). Sitios -ICOMOS-http://www.esicomos.org).

74 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 75

identidade cultural destas gentes e dos emigrantes. As festas e roma- de la identidad cultural de estas gentes y de los emigrantes. Las fies-
rias giram em torno do ciclo religioso anual e do ritmo dos trabalhos tas y romerías giran alrededor del ciclo religioso anual y del ritmo de
agrícolas. Os ritos festivos ficaram reduzidos, na maioria dos lugares las faenas agrícolas. Los ritos festivos han quedado reducidos, en la
pelo despovoamento, as festas dos padroeiros: Nossa Senhora dos mayoría de los lugares por la despoblación, a las fiestas patronales:
Montes Ermos em Freixo de Espada à Cinta, Nossa Senhora do Nuestra Señora Montes Ermos en Freixo de Espada à Cinta y Nuestra
Caminho em Mogadouro, ambas em Agosto. Señora del Camino en Mogadouro, ambas en agosto.
Em algumas povoações do concelho de Mogadouro sobrevivem En algunas poblaciones del concelho de Mogadouro perviven
exemplos festivos muito antigos relacionados com ritos profanos e com ejemplos festivos muy antiguos relacionados con ritos profanos y con
diferentes significados. Ao finalizar este ano, sucedem-se uma série de distinto significado. Al finalizar el año, se suceden una serie de masca-
mascaradas, coincidindo com a Fiesta de los Niños, Fiesta de San Este- radas, coincidiendo con la Fiesta de los Niños, la Fiesta de San Esteban,
ban, o Natal, o Ano Novo, os Reis e o Carnaval, que recriam velhos la Navidad, el Año Nuevo y Reyes y el Carnaval, que recrean viejos
rituais para afugentar os maus espíritos, proteger o gado ou facilitar a rituales para ahuyentar a los malos espíritus, proteger al ganado o faci-
passagem de moços à idade adulta. O momento festivo vive-se disfarça- litar el paso de los mozos a la edad adulta. El momento festivo se vive
do com trajos de vivas cores e caretas esquisitas («caretos», «zangar- disfrazado, con trajes de vivos colores y raras caretas («caretos», «zan-
rões», ou «mascarãos»), como por exemplo, a Festa do Chocalheiro («O garrãos» o «mascarãos»); como por ejemplo, la Festa do Chocalheiro
Bravo» 26 de Dezembro/«O Manso» 1 de Janeiro, em Bemposta), a («O Bravo» 26 de diciembre/«O Manso» 1 de enero, en Bemposta), la
«Festa dos Velhos» (25 de Dezembro, Bruçó e Vale de Porco), a Festa «Festa dos Velhos» (25 de diciembre, Bruçó y Vale de Porco), la Festa
dos Reis ou do Santo Menino (três personagens: «O Farândulo», «O dos Reis ou do Santo Menino (tres personajes: «O Farândulo», «O
Moço» e «Sécia» 1 de Janeiro, em Tó) e o Ramo do Bi-Tó-Ró (Soutelo)47. Moço» e «Sécia» 1 de enero, en Tó) y el Ramo do Bi-Tó-Ró (Sotuelo)47.

La zona conserva manifestaciones festivas únicas y de un valor universal por su ancestral


significado y la riqueza de personajes en el transcurso de su ritual (foto Câmara Munici-
pal de Mogadouro).

47
Programa de Cooperación Transfronteriza INTERREG III A «Masca- 47
Programa de Cooperación Transfronteriza INTERREG III A «Mascaradas:
radas: Promoción Turística Cultural Transfronteriza» (SP2.P49/03) Promoción Turística Cultural Transfronteriza» (SP2.P49/03) http://www.mascarai-
http://www.mascaraiberica.com berica.com

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 75
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 76

A zona celebra várias festas vinculadas à exaltação da amendoeira La zona celebra varias fiestas vinculadas a la exaltación del
em flor no início da primavera: a Festa da Amendoeira em La Frege- almendro en flor al inicio de la primavera: la Fiesta del Almendro
neda e as Festas das «Amendoeiras em Flor» de Figueira de Castelo en La Fregeneda y las Fiestas de las «Amendoeiras em Flor» de
Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta e Mogadouro (último domingo de Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta y Mogadouro
Fevereiro ou primeiro de Março). Na Semana Santa, pode admirar-se a (último domingo de febrero o primero de marzo). En la Semana
beleza plástica do Descendimento de Lumbrales (Sexta-feira Santa), Santa, se puede admirar la belleza plástica del Descendimiento de
os Sete Passos de Freixo de Espada à Cinta ou a Festa dos «Passos» Lumbrales (Viernes Santo), los Sete Passos de Freixo de Espada à
ou da «Verónica» nas freguesias do concelho de Figueira de Castelo Cinta o la fiesta dos «Passos» o de la «Verónica» en las freguesias
Rodrigo. Na segunda-feira de Páscoa (a seguir à Ressurreição) é del concelho de Figueira de Castelo Rodrigo. El Lunes de Pascua
costume sair ao monte ou aos tesos comer a rosca em Hinojosa del (siguiente a la Resurrección) es costumbre salir al monte o a los
Duero, Pereña de la Ribera ou Villarino de los Aires. tesos a comer el hornazo en Hinojosa de Duero, Pereña de la Ribe-
ra o Villarino de los Aires.
As romarias nos inícios de Maio, do Santo Cristo da Misericórdia
(Hinojosa del Duero) e da Santa Cruz (San Felices de los Gallegos e Las romerías de comienzos de mayo del Santo Cristo de la Miseri-
Sobradillo), dão um passo para um passo para um evento festivo atípi- cordia (Hinojosa de Duero) y de la Santa Cruz (San Felices de los
Gallegos y Sobradillo), dan paso, a un evento festivo atípico como El
co, El Noveno de San Felices de los Gallegos que reaviva a victória,
Noveno de San Felices de los Gallegos que rememora la victoria, el 11
no dia 11 de Maio de 1852, de Ahigal de los Aceiteros, Puerto Seguro
de mayo de 1852, de Ahigal de los Aceiteros, Puerto Seguro y San
e San Felices de los Gallegos no pleito contra a Casa de Alba. Hoje em
Felices de los Gallegos en el pleito contra la Casa de Alba. Hoy en día
dia, o programa, depois do presidente do consultório ler a sentença
el programa, tras leer el presidente del consistorio la sentencia duran-
durante a missa, é presidida pelas clausuras e pelos festejos taurinos te la misa, está presidido por los encierros y los festejos taurinos en la
na praça construída pelos carros e cercas de cada família. plaza construida por los carros y palenques de cada familia.
Ao longo do verão, sucedem-se as «Fiestas del Toro» em Aldea-
A lo largo del verano, se suceden las «Fiestas del Toro» en Aldea-
dávila de la Ribera, Barruecopardo, Hinojosa de Duero, Lumbrales,
dávila de la Ribera, Barruecopardo, Hinojosa de Duero, Lumbrales,
Mieza, Saucelle, Vilvestre y Villarino de los Aires. Depois de exaltar a Mieza, Saucelle, Vilvestre y Villarino de los Aires. Tras ensalzar a la
padroeira ou padroeiro com a procissão ao som da gaita e do tambor, patrona o patrón con pasacalles al son de la gaita y el tamboril y,
sobretudo, no Desfile das Madrinhas com o ofertório da Rosca e o sobre todo, en el desfile de Las Madrinas con el ofertorio de la Rosca
Baile da Bandeira, repetem-se os eventos taurinos de encerros e corri- y el Baile de la Bandera, se repiten los eventos taurinos de encierros y
das. O Baile da Bandeira realiza-se em muitos municípios, coincidin- corridas. El Baile de la Bandera se realiza en muchos municipios, coin-
do com algumas festas, como por exemplo, em Barruecopardo (Cristo cidiendo con alguna de las fiestas, como por ejemplo en Barruecopar-
de las Mercedes), Mieza (Virgen del Arbol), Hinojosa del Duero (San do (Cristo de las Mercedes), Mieza (Virgen del Árbol), Hinojosa de
Juan), Vilvestre (San Sebastián), etc. Também nos dias festivos, recor- Duero (San Juan), Vilvestre (San Sebastián), etc. También, en los días
dam-se as antigas tradições com os jogos populares, como por exem- festivos se rememoran las antiguas tradiciones con los juegos popula-
plo, o «tiro del Palancón» em Cabeza del Caballo, que consiste em res; como por ejemplo, el «tiro del Palancón» en Cabeza del Caballo,
lnçar de um sitio uma barra de ferro de tal forma que gire no ar e caia que consiste en lanzar de parado una barra de hierro de tal forma
de ponta. Em algumas aldeias do concelho de Mogadouro, praticasse que gire en el aire y caiga de punta. En algunas aldeas del concelho
algo similar ao jogo da barra de ferro acompanhado de outros como o de Mogadouro, se práctica algo similar con el juego de la barra de
jogo do Fito. hierro acompañado de otros como el juego del Fito.
Os certames feirais com matizes festivas e de exaltação dos Los certámenes feriales, con matices festivos y de exaltación de
produtos locais, progrediu pela franja transfronteiriça, como por los productos locales, se han prodigado por la franja transfronteriza;
exemplo, a Feira Transfronteiriça das Arribas do Douro e Águeda como por ejemplo, la Feria Transfronteriza de Arribes del Duero y
em Freixo de Espada à Cinta (Fevereiro), a Feira Internacional de Águeda en Freixo de Espada à Cinta (febrero), la Feria internacional
Artesanato de Trabanca (Abril), a Feira do Queijo em Hinojosa del de Artesanía de Trabanca (abril), la Feria del Queso en Hinojosa de

76 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 77

Duero (Maio), a Feira das Actividades Económicas de Figueira de Duero (mayo), la Feria de las Actividades Económicas de Figueira de
Castelo Rodrigo (Agosto), a Feira das Tradições Artesanais de Perale- Castelo Rodrigo (agosto), la Feria de Las Tradiciones Artesanas de
jos de Abajo (Agosto), a Feira Agro-alimentar de Trabanca (meados Peralejos de Abajo (agosto), la Feria Agroalimentaria de Trabanca
de Agosto), Feira de Produtos Biológicos de Villavirja de Yeltes (mediados de agosto), la Feria de Productos Biológicos de Villavieja de
(Agosto), a Festa da Vindima das Arribas dos Douro (finais de Setem- Yeltes (agosto), la Fiesta de la Vendimia de Arribes del Duero (finales
bro) ou Feira dos Gorazes de Mogadouro (15-16 de Outubro). As fei- de septiembre) o la Feria de los Gorazes de Mogadouro (15-16 de
ras de gado de San Felipe em Barruecopardo e a Feira Multi-sectorial octubre). Las ferias ganaderas de San Felipe en Barruecopardo y la
e Transfronteiriça de Lumbrales (Fira de gado de San Isidro), ambas Feria Multisectorial y Transfronteriza de Lumbrales (feria de ganado de
no inicio de Maio e a recuperada Feira de San Roque de Vitigudino San Isidro), ambas a primeros de mayo, y la recuperada Feria de San
em Agosto, são exemplos de movimento de negócio e de intercâmbio Roque de Vitigudino en agosto, son ejemplos del movimiento de
comercial da zona no passado. negocio y del intercambio comercial de la zona en el pasado.

Outro dos aspectos culturais relevantes do património imaterial, Otro de los aspectos culturales relevantes del patrimonio inmate-
tanto pela chegada do conhecimento universal às gentes raianas como rial, tanto por la aportación de las gentes rayanas al conocimiento
universal como por la identidad al colectivo que supone la transmisión
pela identidade do colectivo que supõe a transmissão de geração em
de generación en generación, son las actividades artesanales. La nor-
geração, são as actividades artesanais. A normativa regional considera
mativa regional considera artesanía «toda actividad de creación, pro-
artesanato «toda a actividade de criação, produção, transformação,
ducción, transformación, reparación y restauración de bienes artísti-
reparação e restauração de bens artísticos e tradicionais e bens de cos y tradicionales y bienes de consumo, así como las prestaciones de
consumo, assim como as prestações de serviço, quando em todas elas servicios, cuando en todas ellas la intervención personal y el conoci-
a intervenção pessoal e o conhecimento técnico constituam o factor miento técnico constituyan el factor determinante en el resultado
determinante no resultado final do processo produtivo ou do serviço final del proceso productivo o del servicio prestado»48. Los oficios
prestado»48. Os ofícios artesanais tradicionais e a aposta por novas téc- artesanos tradicionales y la apuesta por novedosas técnicas están rela-
nicas estão relacionados, na zona, com os sectores da madeira, do cionados en la zona con las ramas de la madera, del metal, de la piel
metal, da pele e do couro e do vidro. As oficinas artesanais da comar- y el cuero y del vidrio. Los talleres artesanos de la comarca de Vitigu-
ca de Vitigudino que subsistem hoje, graças ao «saber fazer» e à espe- dino que perviven hoy, gracias al «saber hacer» y a la especialización,
cialização enquadram-se no manuseamento da forja de ferro (Ahigal se enmarcan en el manejo de la forja del hierro (Ahigal de los Aceite-
de los Aceiteros, Bañobárez, Lumbrales y Villavieja de Yeltes), nos ros, Bañobárez, Lumbrales y Villavieja de Yeltes), en los muebles de
móveis de madeira em geral (Encinasola de los Comendadores), no madera en general (Encinasola de los Comendadores), en el mueble
mobiliário rústico (Lumbrales), no mobiliário de desenho (Almendra), rústico (Lumbrales), en el mueble de diseño (Almendra), en las carro-
nas carroças (Vitigudino), na guarnicioneria (Lumbrales) e no vidro zas (Vitigudino), en la guarnicionería (Lumbrales) y en el vidrio deco-
decorado (Hinojoda del Duero). Na parte portuguesa, as obras artesa- rado (Hinojosa de Duero). La parte portuguesa, las obras artesanas
nais mais representativas são os tecidos em linho, a cerâmica, as repre- más representativas son los tejidos de lino, la cerámica, las reproduc-
sentações em miniatura de madeira, a cestaria e as jóias. Contudo, o ciones en miniatura con madera, la cestería y las joyas. Sin embargo,
concelho de Freixo de Espada à Cinta mantém vivo um legado único el concelho de Freixo de Espada à Cinta mantiene vivo un legado úni-
nestas latitudes que é o ciclo do bicho-da-seda e, posterior trabalho co en estas latitudes que es el ciclo del gusano de seda y, el posterior,
artesanal nos teares. trabajo artesano en los telares.

48
Decreto 74/2006, de 19 de octubre, por el que se regula la artesanía en 48
Decreto 74/2006, de 19 de octubre, por el que se regula la artesanía
Castilla y León (BOC y L nº 206, de 25 de octubre de 2006) en Castilla y León (BOC y L nº 206, de 25 de octubre de 2006)
Orden 294/2005, de 11 de febrero, por la que se determina la utilización Orden 294/2005, de 11 de febrero, por la que se determina la utilización
de la marca de garantía «Artesanía Castilla y León» (BOC y L nº 48, de 10 de de la marca de garantía «Artesanía Castilla y León» (BOC y L nº 48, de 10 de
marzo de 2005). marzo de 2005)

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 77
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 78

Finalmente, a gastronomia está marcada pela elaboração minucio- Finalmente, la gastronomía está marcada por la elaboración minu-
sa dos produtos do campo, assim como, das peças de caça e das espé- ciosa de los productos del campo, así como, de las piezas de caza y de
cies piscícolas. A cozinha típica do Alto Douro está presidida pelos las especies piscícolas. La cocina típica del Alto Douro está presidida por
produtos caseiros à base de entradas de presunto e de outros enchidos los productos caseros a base de entrantes de jamón y de otros embuti-
de porco, de alheira, folares da Páscoa e de queijo de ovelha. Depois dos del cerdo, de alheira, de folares da Páscoa y de queso de oveja. A
podem-se degustar como primeiro prato as sopas, as migas de peixe, o continuación se pueden degustar como primeros platos las sopas, las
arroz ou as saladas. O segundo prato é cozinhado ao lume nos fornos a migas de pescado, el arroz y las ensaladas. El segundo plato está coci-
lenha como, a carne assada de vitela de raça mirandesa, a carne de nado a la lumbre de los hornos de leña como, la carne asada de terne-
porco na brasa e o cabrito assado, ou a fogo lento que requer o bacal- ra de raza mirandesa, la carne de cerdo a la brasa y el cabrito asado, o
hau ou as perdizes estufadas. As viandas seriam acompanhadas por um a fuego lento que requiere el bacalao o las perdices estofadas. Las vian-
vinho da região da ampla carta existente. Para finalizar, a sobremesa das estarían acompañadas de un vino de la región de la amplia carta de
pode ser à base de laranjas da zona, de doces de amêndoa, bolinhos e caldos. Y, para finalizar, la sobremesa puede ser a base de naranjas de
vinho generoso. la zona, de dulces de tarda de almendra, bolinhos y un vino generoso.

Na mesa da comarca de Vitugudino, para começar, estão os aperiti- También, en la mesa de la comarca de Vitigudino, para empezar
vos e entradas de enchidos ibéricos, farinheira, morcilla, omoleta de están los aperitivos y entremeses de embutidos ibéricos, farinato, morci-
lla, revueltos de espárragos trigueros y setas o de bacalao, mollejas de
espargos trigueiros e cogumelos ou de bacalhau, mollejas de vitela,
ternera, queso de oveja, e incluso, el hornazo. Los platos de cuchara
queijo de ovelha e inclusive, a rosca. Os pratos de colher estão reserva-
están reservados para la sopa castellana, las patatas meneadas, las alu-
dos para a sopa castelhana, as batatas mexidas, o feijão com amêijoa, a
bias con almejas, la chanfaina de cordero, etc. Las carnes llenan el
chanfana de cordeiro, etc. As carnes enchem o segundo prato, a costele-
segundo plato, el chuletón o el solomillo de ternera, el tostón asado al
ta ou os lombinhos de vitela, o tostón assado no forno de tijolo, o leitão
horno de adobe, el cochinillo cuchifrito, el lechal guisado, las chuletillas
cuchifrito, o borrego guisado, as costeletas de cordeiro, o cotovelo ou de cordero, el codillo, el rabo de toro guisado, el gallo de corral o el
rabo do touro guisado, o galo de curral ou javali estufado, sem jabalí estofado, sin menospreciar a los pescados, sobretodo, el bacalao.
menosprezar os peixes, sobretudo o bacalhau. Estas carnes da zona Estas carnes de la zona requieren una ensalada de la huerta y un vino de
requerem uma salada da horta e um vinho das Arribas. As sobremesas Arribes. Los postres caseros cierran una buena mesa: tarta de almendra,
caseiras fecham uma boa mesa: tarte de amêndoa, requeijão com mel, requesón con miel, tarta de naranja o torrijas con un café de puchero y
tarte de laranja ou torrijas com um café de saco ou uma aguardente. A un aguardiente. La zona tiene fama por su repostería y sus dulces artesa-
zona tem fama pela sua pastelaria e os seus doces artesanais elaborados nales elaborados con miel, aceite y almendras: magdalenas, galletas de
com mel, azeite e amêndoas: madalenas, bolachas de nata, bolos de nata, almendrados, perrunillas y repelaos.
amêndoa, perrunilla e repelaos.

3.4. La síntesis territorial: un resumen de la situación de la


3.4. A síntese territorial: um resumo da situação da franja franja transfronteriza y de las influencias externas
transfronteiriça e das influências externas
La síntesis territorial del área representa un resumen de la
A síntese territorial da área representa um resumo da situação situación actual del ámbito de cooperación, a raíz del diagnóstico
actual do âmbito de cooperação, a raiz do diagnóstico, e das possíveis realizado, y de las posibles influencias positivas y negativas exter-
influências positivas e negativas externas da zona. A metodologia que nas a la zona. La metodología que hemos utilizado para represen-
utilizamos para representar a síntese territorial é a matriz DAFO (Debili- tar la síntesis territorial es la matriz DAFO (Debilidades, Amenazas,
dades, Ameaças, Forças e Oportunidades) ou, em inglês, método SWOT Fortalezas y Oportunidades) o, en inglés, método SWOT (Weaknes-
(Weaknesses, Threats, Strengths e Opportunities). Concretamente foram ses, Threats, Strengths, y Opportunities). En concreto, se han

78 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 79

construídas várias matrizes de temática diferente de cada uma das uni- construido varias matrices de temática diferente de cada una de las
dades administrativas que compõem a franja transfronteiriça: a comar- unidades administrativas que componen la franja transfronteriza: la
ca agrária de Vitigudino e dos concelhos de Figueira de Castelo Rodri- comarca agraria de Vitigudino y de los concelhos de Figueira de Cas-
go, Freixo de Espada à Cinta e Mogadouro. A estrutura da matriz telo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta y Mogadouro. La estructura
DAFO é muito simples já que se baseia num quadro de dupla entrada de la matriz DAFO es muy simple ya que está basada en un cuadro
onde se encontra, mediante pequenos guias, uma síntese do território de doble entrada donde se plasma, mediante pequeños guiones,
analisado, com os pontos positivos e negativos intrínsecos (Debilida- una síntesis del territorio analizado con las puntos positivos y negati-
des e Fortalezas) e os aspectos positivos e negativos exógenos (Amea- vos intrínsecos (Debilidades y Fortalezas) y los aspectos positivos y
negativos exógenos (Amenazas y Oportunidades), que pueden supo-
ças e Oportunidades), que podem supor um obstáculo ou um revulsivo
ner un lastre o un revulsivo para el desarrollo local. En definitiva, el
para o desenvolvimento local. Definitivamente, o estudo das diferentes
estudio de las diferentes matrices debe ayudar a la toma de decisión
matrizes devem ajudar na tomada de decisões politicas numa futura
política un una futura estrategia de desarrollo local y de acción del
estratégia de desenvolvimento local e de acção do governo territorial. gobierno del territorio. Las intervenciones técnicas deben reforzar las
As intervenções técnicas devem reforçar as fortalezas e oportunidades fortalezas y oportunidades y minimizar las debilidades y amenazas,
e minimizar as debilidades e ameaças, tendo em conta, dentro do pos- teniendo en cuenta en lo posible, la veleidad de los contextos y esca-
sível, a veleidade dos contextos e escalas de decisão. las de decisión.
A definição da área está vinculada à sua posição fronteiriça, per- La definición del área está vinculada con su posición fronteriza,
iférica e marginal relativamente aos centros de decisão de Madrid e periférica y marginal de los centros decisorios de Madrid y Lisboa y,
Lisboa e subsidiariamente e Valladolid, Coimbra e Porto. Os pontos subsidiariamente, de Valladolid y Coimbra y Porto. Los puntos débiles
frágeis incidem na influência negativa da sua localização geográfica, a inciden en la influencia negativa de su localización geográfica, la falta
falta de recursos humanos e o esvaziamento demográfico, a ausência de recursos humanos y el vaciamiento demográfico, la ausencia de
de iniciativas empresariais inovadoras e o abandono e ruína do seu iniciativas empresariales innovadoras y el abandono y la ruina de su
património histórico-artístico, etnográfico e imaterial. Os pontos fortes patrimonio histórico-artístico, etnográfico e inmaterial. Los puntos
centram-se nas heranças e transmissão de geração em geração para fuertes se centran en las herencias y transmisiones de generación en
produzir alimentos de qualidade, a conservação de habitats e espécies generación para producir alimentos de calidad, la conservación de
botânicas e faunísticas únicas e a manutenção da memória colectiva hábitats y especies botánicas y faunísticas únicas y el mantenimiento
com manifestações festivas e artesanais. O valor da zona consiste no de la memoria colectiva con manifestaciones festivas y artesanas. El
valor de la zona radica en que sus gentes son sabedoras que el futuro
facto das suas gentes saberem que o futuro sustentável está nas suas
sostenible está en sus manos, con la solidaridad financiera y el respal-
mãos, com a solidariedade financeira e o apoio politico de todos os
do político de todas las escalas institucionales, porque cuentan con
escalões institucionais, porque contam com um rico património terri-
un rico patrimonio territorial y la representación en los instrumentos
torial e com a representação do seu território nos instrumentos gover- de gobierno de su territorio.
namentais.
Para elaborar la síntesis territorial es necesario el apoyo de una
Para elaborar a síntese territorial é necessário o apoio de uma base base estadística de los principales parámetros, tomados de fuentes
estatística dos principais parâmetros, através de fontes fidedignas e do fidedignas, y del correspondiente trabajo de campo en contacto con
correspondente trabalho de campo em contacto com técnicos, políti- técnicos, políticos, agentes socioeconómicos y población local. Por
cos, agentes socio-económicos e população local. Por este motivo, este motivo, para completar la síntesis territorial, en concreto, las pro-
para completar a síntese territorial, concretamente a problemática blemáticas específica y global del área, hemos recurrido a la opinión
específica e global da área, recorremos à opinião dos técnicos da zona. de los técnicos de la zona.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 79
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 80

As características territoriais da comarca de Vitigudino, respon- Las características territoriales de la comarca de Vitigudino res-
dem à variedade e contraste entre as sub-comarcas históricas que com- ponden a la variedad y contraste entre las subcomarcas históricas que
põem este espaço homogéneo desde o ponto de vista agrário. Por este componen este espacio homogéneo desde el punto de vista agrario.
motivo, os afastamentos reflectem as diferenças entre umas áreas e Por este motivo, los apartados reflejan las diferencias entre unas áreas
outras, mas ao mesmo tempo, mostram-nos uns sintomas comuns y otras pero, al mismo tiempo, nos muestran unos síntomas comunes
quanto à população, acção social, actividades económicas, o turismo, en cuanto a la población, la acción social, las actividades económicas,
os recursos naturais e o património cultural. A análise revela-nos umas el turismo, los recursos naturales y el patrimonio cultural. El análisis
nos desvela unas desventajas internas y externas asociadas a los pro-
desvantagens internas e externas associadas aos problemas demográfi-
blemas demográficos que acarrean una mayor demanda de servicios
cos que acarretam um maior pedido de serviços sanitários e sociais e
sanitarios y sociales y de dotación de infraestructuras públicas para la
de dotação de infra-estruturas públicas para a melhoria da qualidade mejora de la calidad de vida de una población cada día más depen-
de vida de uma população cada dia mais dependente. Pelo contrário, diente. En contra, este territorio presenta a su favor la puesta en valor
este território apresenta a seu favor a valorização dos recursos endóge- de los recursos endógenos, bien a iniciativa de la escasa población
nos, por iniciativa da escassa população jovem que fica, ou a partir da joven que queda, bien a partir de la ilusión que transmiten los nuevos
ilusão que transmitem os novos vizinhos, mas com a ajuda financeira vecinos, pero con la ayuda financiera de las diferentes administracio-
das diferentes administrações públicas. nes públicas.

80 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 81

ESCASSEZ DE JOVENS E PREOCUPANTE ESCASEZ DE JÓVENES Y PREOCUPANTE


DENSIDADE POPULACIONAL DENSIDAD DE POBLACIÓN
FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Regressão demográfica desde meados I Atracção por Madrid, Valladolid, I Regresión demográfica desde mediados I Atracción de Madrid, Valladolid y
do século passado (-60,53%) Salamanca e outras zonas provinciais del siglo pasado (- 60,53%) Salamanca y otras zonas provinciales
II Desvitalização biológica (índice de II Marginalidade da comarca frente às II Desvitalidad biológica (índice de II Marginalidad de la comarca frente a las
crescimento natural -0,564% período zonas do centro da região crecimiento natural - 0,564% período zonas del centro de la región
1975-2001) III Desemprego dos jovens e das mulheres 1975-2001) III Desempleo de los jóvenes y de las
III (1) Escassez de jovens (7,24% < 15 anos) por falta de promoção pública III(1) Escasez de jóvenes (7,24% < 15 años) mujeres por falta de promoción pública
III (2) Elevada taxa de velhice (37,35% > 65 IV Abandono da actividade agrícola y III(2) Elevada tasa de vejez (37,35% > 65 IV Abandono de la actividad agrícola y
anos) ganadeira que fixa a população años) ganadera que fija población
IV Relação de masculinidade (102,93 em V Organização de uma «Caravana de IV Relación de masculinidad (102,93 en V Organización de una «Caravana de
2006) Mulheres»: exemplo próximo 2006) Mujeres»: ejemplo cercano Fermoselle
V Aumento dos solteiros Fermoselle V Aumento de los solteros VI Empequeñecimiento de las entidades
VI Nível cultural básico (46,36% de VI Diminuição das entidades locais e VI Nivel cultural básico (46,36% de primer locales y cabeceras municipales
primeiro grau) fentes municipais grado) VII Dificultades presupuestarias de los
VII Uma baixa taxa de actividade (34,27%)
VII Dificuldades orçamentais dos pequenos VII Una baja tasa de actividad (34,27%) pequeños municipios
VIII Uma alta taxa de dependência
(52,15%) municípios VIII Una alta tasa de dependencia (52,15%) VIII Desaparición de términos municipales
IX Uma preocupante densidade VIII Desaparecimento de termos municipais IX Una preocupante densidad de población por reunificación
populacional (8,60 hab./km2) por reunificação (8,60 hab./km2) IX Mala gestión de los recursos territoriales
X Despovoamento de varias entidades IX Má gestão dos recursos territoriais pela X Despoblación de varias entidades locales por la baja de densidad de población
locais de população (lugares, diminuição da densidade populacional de población (lugares, poblados, X Ruina de las viviendas tradicionales por
povoados, casarios, quintas, pastos, X Ruína das habitações tradicionais por caseríos, alquerías, dehesas, estaciones abandono de los pueblos
estações CC FF, etc.) abandono das aldeias FF.CC., etc.)

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Qualidade de vida da população que I Programa de Zonas Rurais Desfavoreci- I Calidad de vida de la población que I Programa de Zonas Rurales
reside nestes municípios das em Salamanca (Ministério do Tra- residen en estos municipios Desfavorecidas en Salamanca (Ministerio
II Chegada de «neorurais»: população balho e Assuntos Sociais) II Llegada de «neorrurales»: población de Trabajo y Asuntos Sociales)
imigrante estrangeira retornados II Pagamento único por nascimento ou inmigrante extranjera y retornados II Pago único por nacimiento o adopción
(emigrantes reformados) adopção (Agencia Tributaria y (emigrantes jubilados) (Agencia Tributaria y Seguridad Social)
III Posta em prática de iniciativas de Segurança Social) III Puesta en marcha de iniciativas de III(1) Conciliación de la vida laboral y familiar
emprego locais (Trabanca) III (1) Conciliação da vida laboral e familiar empleo locales (Trabanca) en la administración Central
IV Agencias de Emprego y na administração Central
III (2) Estratégia Regional para facilitar a IV Agencias de Empleo y Desarrollo Local III(2) Estrategia Regional para facilitar la
Desenvolvimento Local (ADLs): (ADLs): Barruecopardo, Trabanca, etc. conciliación de la vida familiar y laboral
Barruecopardo, Trabanca, etc. conciliação da vida familiar e laboral
IV Projecto de infantários no meio rural V Adquisición de Nuevas Tecnologías de la IV Proyecto de guarderías en el medio rural
V Aquisição de Novas Tecnologias da Información (telecentros) «Crecemos» (Consejería de Familia e
Informação (telecentros) «Crecemos» (Consejería de Familia e
Igualdade de Oportunidades) VI Promoción de cursos de formación Igualdad de Oportunidades)
VI Promoção de cursos de formação profesional: turismo, servicios a la V Atención y Protección a las Personas
V Atenção e Protecção das Pessoas
profissional: turismo, serviços para a
idosas de Castela e Leão tercera edad, etc. Mayores de Castilla y León
terceira idade, etc. VI Sistema para a Autonomia e Atenção VII Asesoramiento a los emprendedores VI Sistema para la Autonomía y Atención a
VII Assessoria aos empreendedores à Dependência
VIII Organismo Autónomo D-Arribes VIII Organismo Autónomo D-Arribes la Dependencia
VII Estratégia Regional «Luta contra o (Trabanca) VII Estrategia Regional «Lucha contra la
(Trabanca) despovoamento»
IX Recuperação e reabilitação de antigos IX Recuperación y rehabilitación de despoblación»
VIII Observatório Permanente do Estudo antiguos poblados hidroeléctricos y VIII Observatorio Permanente de Estudio de
povoados hidroeléctricos y estações de da Evolução da População (18 de
caminho de ferro estaciones de ferrocarril la Evolución de la Población (18 de
Outubro de 2006)
X Ajudas municipais para manter ou IX Aplicação de programas X Ayudas municipales para mantener o octubre del 2006)
incrementar o padrão municipal: demonstrativos de atracção de novos incrementar el padrón municipal: IX Aplicación de programas demostrativos
Aldeadávila de la Ribera (3.000 euros) povoadores Aldeadávila de la Ribera (3.000 euros) de atracción de nuevos pobladores
X Criação de órgãos municipais, X Creación de órganos comarcales,
mancomunados o supramunicipais mancomunados o supramunicipales

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 81
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 82

ATENÇÃO A PESSOAS IDOSOS E IMIGRANTES ATENCIÓN A PERSONAS MAYORES E INMIGRANTES


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Alto índice de envelhecimento (5,16) I Desaparecimento das iniciativas I Alto índice de envejecimiento (5,16) I Desaparición de las iniciativas
II Demasiada população dependente comunitárias para continuar com os II Demasiada población dependiente comunitarias para continuar con los
III Ausência de população feminina nos programas iniciados III Ausencia de población femenina en los programas iniciados
pequenos municípios II Necessidade de incorporar mais pequeños municipios II Necesidad de incorporar más
IV Falta de serviços sanitários profissionais relacionados com aa IV Falta de servicios sanitarios profesionales relacionados con la
especializados sanidade e os serviços sociais especializados sanidad y los servicios sociales
V Má conectividade intermunicipal III Limitações no acesso aos serviços V Mala conectividad intermunicipal III Limitaciones en el acceso a los servicios
sociais básicos sociales básicos
IV Descoordenação dos transportes IV Descoordinación de los transportes
públicos com as consultas médicas públicos con las consultas médicas
V Afastamento dos serviços de V Lejanía de los servicios de sanidad,
saneamento, educação e cultura mais educación y culturales más
especializados (capital provincial) especializados (capital provincial)

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Novos Nascimentos de Emprego (NNE) I Promoção da Autonomia Pessoal e I Nuevos Yacimientos de Empleo (NYE) I Promoción de la Autonomía Personal y
II Programas de Garantia Social Atenção às pessoas em situação de II Programas de Garantía Social Atención a las personas en situación de
III Numerosas associações dependência III Numerosas asociaciones dependencia
IV Educação de Adultos II (1) Plano Integral de Apoio à Família IV Educación de Adultos II (1) Plan Integral de Apoyo a la Familia
V Centros de Acção Social de Lumbrales (2001-2004) V Centros de Acción Social de Lumbrales y (2001-2004)
e de Vitigudino (CEAS) II (2) Plano de Apoio à Família de Castela e de Vitigudino (CEAS) II (2) Plan de Apoyo a la Familia de Castilla y
VI Programas de Acção Social de CEAS Leão (2005-2008) VI Programas de Acción Social de CEAS León (2005-2008)
(Lumbrales e Vitigudino) III Plano Regional de Emprego (Lumbrales y Vitigudino) III Plan Regional de Empleo (2007-2010)
VII Rede Provincial de Atenção a (2007-2010) VII Red Provincial de Atención a IV Plan de Igualdad de Oportunidades
Imigrantes IV Plano de Igualdade de Oportunidades Inmigrantes entre mujeres y hombres (2007-2011)
VIII Centro Provincial de Informação entre mulheres y homens (2007-2011) VIII Centro Provincial de Información Juvenil V Observatorio de Género de Castilla y
Juvenil e Pontos de Informação Juvenil V Observatório de Género de Castela e y Puntos de Información Juvenil «Los León
«Los Arribes» (Aldeadávila de la Leão Arribes» (Aldeadávila de la Ribera), VI Plan Integral de Inmigración de Castilla y
Ribera), Lumbrales e Vitigudino VI Plano Integral de Imigração de Lumbrales y Vitigudino León (2005-2009)
IX Iniciativa comunitária EQUAL Castela e Leão (2005-2009) IX Iniciativa comunitaria EQUAL VII Plan Regional de Centros de Integración
Agrupamento de Desenvolvimento VII Plano Regional de Centros de Agrupación de Desarrollo «Rayando la (Fundación de la Lengua)
«Rayando la Igualdad» (Trabanca): Integração (Fundação da Língua) Igualdad» (Trabanca): Área Temática 1.1. VIII Plan Provincial de Servicios Sociales
Área Temática 1.1. Inserção e VIII Plano Provincial de Serviços Sociais Inserción y Reinserción (2006-2010)
Reinserção (2006-2010) X Servicio Integral de Empleo de Trabanca IX(1) II Plan General de la Juventud de Castilla
X Serviço Integral de Emprego de IX (1) II Plano Geral da Juventude de y León (2004-2007)
Trabanca Castela e Leão (2004-2007) IX(2) I Plan Provincial de Juventud (2006-
IX (2) I Plano Provincial de Juventude 2007)
(2006-2007) X II Plan de Igualdad entre Mujeres y
X II Plano de Igualdade entre Mulheres Hombres de la Provincia de Salamanca
y Homens da Província de Salamanca (2006-2010)
(2006-2010)

82 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 83

PRODUÇÕES AGROALIMENTARES DE QUALIDADE PRODUCCIONES AGROALIMENTARIAS DE CALIDAD


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Elevada idade media dos proprietários I Castela e Leão abandonou o grupo das I Elevada edad media de los propietarios I Castilla y León ha abandonado el grupo
das explorações agropecuárias Regiões Objectivo 1 (2000-2006) de las explotaciones agropecuarias de las Regiones Objetivo 1 (2000-2006)
II Diminuição das empresas do sector II Dependência das políticas agrárias II Disminución de las empresas del sector II Dependencia de las políticas agrarias
secundário e terciário europeias secundario y terciario europeas
III Falta de iniciativas empresariais III Novos casos de Encefalopatia III Falta de iniciativas empresariales III Nuevos casos de Encefalopatía
inovadoras Espongiforme Bovina (EEB), Gripe das innovadoras Espongiforme Bovina (EEB), Gripe aviar,
IV Deficit de solo industrial: Vitigudino I e aves, etc. IV Déficit de suelo industrial: Vitigudino I y etc.
Peralejos de Abajo IV Concentração da oferta de emprego na Peralejos de Abajo IV Concentración de la oferta de empleo
V Pouca transformação dos produtos agro- construção e na hotelaria V Poca transformación de los productos en la construcción y la hostelería
alimentares V Comercialização e distribuição dos agroalimentarios V Comercialización y distribución de los
produtos em Salamanca e no resto de productos en Salamanca y el resto de
Espanha e Portugal España y Portugal

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Asociación de Empresarios de I Alianças entre Castela e Leão e as I Asociación de Empresarios de Vitigudino I Alianzas entre Castilla y León y las
Vitigudino y Comarca (ASEMVI) y de Regiões Centro e Norte de Portugal y Comarca (ASEMVI) y de El Abadengo Regiones Centro y Norte de Portugal
El Abadengo (ASEMPA) II Castela e Leão está no Objectivo de (ASEMPA) II Castilla y León está en el Objetivo de
II Asociación Transfronteriza de Arribes Competitividade Regional e Emprego II Asociación Transfronteriza de Arribes del Competitividad Regional y Empleo
del Duero y Águeda (ATADA) (2007-2013) Duero y Águeda (ATADA) (2007-2013)
III Denominación de Origen «Arribes» III Instituto Tecnológico Agrário de Castela III Denominación de Origen «Arribes» III Instituto Tecnológico Agrario de Castilla
IV Indicación Geográfica Protegida «Carne e Leão (ITACyL): Estação Enológica de IV Indicación Geográfica Protegida «Carne y León (ITACyL): Estación Enológica de
de Morucha de Salamanca» y «Lechazo Castela e Leão, Centro de Investigação de Morucha de Salamanca» y «Lechazo Castilla y León, Centro de Investigación
de Castilla y León» de Touro de Lida y Estação Tecnológica de Castilla y León» del Toro de Lidia y Estación Tecnológica
V Marca de Garantía «Queso Arribes de de Carne V Marca de Garantía «Queso Arribes de de la Carne
Salamanca», «Ternera Charra» e IV Plano Florestal de Castela e Leão (11 Salamanca», «Ternera Charra» e IV Plan Forestal de Castilla y León (11 de
«Ibéricos de Salamanca» de Abril de 2002) «Ibéricos de Salamanca» abril de 2002)
VI Productos de la Zona Oeste de V Programa de Desenvolvimento Rural de VI Productos de la Zona Oeste de V Programa de Desarrollo Rural de Castilla
Salamanca: miel «mil flores», «de Castela e Leão (2007-2013) Salamanca: miel «mil flores», «de y León (2007-2013)
encina», «de tomillo» e «de jara»; VI Marca de Garantia «Artesanato Castela encina», «de tomillo» y «de jara»; VI Marca de Garantía «Artesanía Castilla y
obleas de Cipérez, etc. e Leão » obleas de Cipérez, etc. León»
VII Oficinas artesanais: madeira, metal, VII Marca Natural «Rede de Espaços VII Talleres artesanos: madera, metal, piel y VII Marca Natural «Red de Espacios
pele, couro e vidro Naturais Castela e Leão » cuero y vidrio Naturales Castilla y León»
VIII Diversas feirias: Queijo (Hinojosa de VIII Florestação de terras agrícolas (2007- VIII Diversas ferias: Queso (Hinojosa de VIIII Forestación de tierras agrícolas (2007-
Duero), Multisectorial e 2013) Duero), Multisectorial y Transfronteriza 2013)
Transfronteiriça (Lumbrales e IX Festival do Vinho «Vinus Durii» (Lumbrales y Vitigudino), IX Festival del Vino «Vinus Durii»
Vitigudino), Agro-alimentar e das X PRODERCAL Associação para o Agroalimentaria y de las Tradiciones X PRODERCAL Asociación para el
Tradições Artesanais (Peralejos de Desenvolvimento da Zona Oeste de Artesanas (Peralejos de Abajo), Desarrollo de la Zona Oeste de
Abajo), Artesanato (Trabanca) e Olivar Salamanca (ADEZOS) Artesanía (Trabanca) y Olivar (Vilvestre) Salamanca (ADEZOS)
(Vilvestre) XI Programa Interterritorial «Recursos IX Red de Agentes de Desarrollo Provincial XI Programa Interterritorial «Recursos
IX Rede de Agentes de Desenvolvimento Micológicos e Desenvolvimento Rural»: (OAEDR) y Proyectos I+E Micológicos y Desarrollo Rural»: rutas
Provincial (OAEDR) e Projectos I+E rotas micológicas e jornadas X Proyecto «Raya del Duero» (Fundaciones micológicas y jornadas gastronómicas
X Projecto «Raya del Duero» (Fundações gastronómicas micológicas Encuentro, NIDO e Iberdrola) micológicas
Encuentro, NIDO e Iberdrola) XII Programa de Escolas Oficinas, Casas de XII Programa de Escuelas Taller, Casas de
Oficio e Oficinas de Emprego Oficio y Talleres de Empleo (ET/CO/TE)
(ET/CO/TE)

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 83
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 84

CONSOLIDAÇÃO DO TURISMO RURAL CONSOLIDACIÓN DEL TURISMO RURAL


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Escassa sinalizaçao e adequação dos I Competência de outros destinos de I Escasa señalización y adecuación de los I Competencia de otros destinos de
recursos turísticos turismo rural, de natureza e de eco recursos turísticos turismo rural, de naturaleza y de
II Manutenção dos investimentos públicos turismo à escala nacional e regional II Mantenimiento de las inversiones ecoturismo a escala nacional y regional
em projectos turísticos (fecho, II Excessiva oferta de alojamentos de públicas en proyectos turísticos (cierre, II Excesiva oferta de alojamientos de
vandalismo, etc.) turismo rural na região vandalismo, etc.) turismo rural en la región
III Poucas empresas de Actividades III Descida da estadia media nos III Pocas empresas de Actividades Turísticas III Descenso de la estancia media en los
Turísticas Complementares estabelecimentos rurais regionais Complementarias establecimientos rurales regionales
IV Falta de guias de turismo para IV Falta de financiamento para potenciar IV Falta de guías de turismo para IV Falta de financiación para potenciar los
acompanhar as visitas de museus os projectos turísticos na zona acompañar las visitas de museos proyectos turísticos en la zona fronteriza
V Seguimento de horários e de abertura fronteiriça (Arribas e Duero) V Seguimiento de horarios y de apertura (Arribes y Duero)
das Oficinas de Turismo: Lumbrales, V Massificação das «Marchas» de las Oficinas de Turismo: Lumbrales, V Masificación de las «Marchas»
Trabanca, Vilvestre e Vitigudino promocionais de senderismo: Mieza, Trabanca, Vilvestre y Vitigudino promocionales de senderismo: Mieza,
Trabanca, Vilvestre, etc. Trabanca, Vilvestre, etc.

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Associação Arribas Salmantinas de I Projecto de interesse europeu I Asociación Arribes Salmantinos de I Proyecto de interés europeo «Duero-
Turismo Rural (ASASTUR) «Duero-Douro» (Objectivo de Coope- Turismo Rural (ASASTUR) Douro» (Objetivo de Cooperación
(http://www.arribes.net/asastur) ração Territorial Europeia) (http://www.arribes.net/asastur) Territorial Europea)
II Cais fluvial de Vega de Terrón (La II Plano de Turismo Espanhol «Hori- II Muelle fluvial de Vega de Terrón (La II Plan de Turismo Español «Horizonte
Fregeneda): Cruzeiros pelo rio Douro zonte 2020» (www.turismo2020.es) Fregeneda): Cruceros por el río Duero 2020» (www.turismo2020.es)
III Sociedade Transfronteiriça Congida-La III Plano Regional de Turismo de Castela III Sociedad Transfronteriza Congida-La III Plan Regional de Turismo de Castilla y
Barca (Freixo de Espada à Cinta- e Leão (1995-2000 y 2001-2006): Barca (Freixo de Espada à Cinta- León (1995-2000 y 2001-2006): Ruta
Vilvestre) e Praia do Rostro Rota Turística Temática do Douro: Vilvestre) y Playa del Rostro (Aldeadávila Turística-Temática del Duero: «Un viaje de
(Aldeadávila de la Ribera) «Uma viajem de cor» de la Ribera) color»
IV Museu - Biblioteca «Casa de los IV Rota do Douro: «Las Cúpulas del IV Museo-Biblioteca «Casa de los Frailes» IV Ruta del Duero: «Las Cúpulas del
Frailes» (Vilvestre) Duero»: Cais de Vega de Terrón (La (Vilvestre) Duero»: Muelle de Vega de Terrón (La
V Rota das Fortificações de Fronteira: San Fregeneda) V Ruta de Fortificaciones de Frontera: San Fregeneda)
Felices de los Gallegos e Yecla de V Ampliação da «Rota dos Conventos» Felices de los Gallegos y Yecla de Yeltes V Ampliación de la «Ruta de los
Yeltes (Cáceres-Salamanca) VI Ruta de «Conjuntos Históricos de la Conventos» (Cáceres-Salamanca)
VI Rota de «Conjuntos Históricos da VI (1) Plano de Dinamização do Produto Provincia de Salamanca» (INTERREG III-A) VI(1) Plan de Dinamización del Producto
Província de Salamanca» (INTERREG Turístico «Zona Sul das Arribas do VII Ruta de «Castros y Verracos en la Turístico «Zona Sur de las Arribes del
III-A) Douro» (La Fregeneda) Frontera Hispano-Portuguesa» Duero» (La Fregeneda)
VII Rota de «Castros e Berrões na Fronteira VI (2) Plano de Dinamização Turística da (INTERREG III-A): Castillo de Saldañuela VI(2) Plan de Dinamización Turística de la
Hispano-Portuguesa» (INTERREG III- associação de municípios da «Comar- (Bermellar), Las Merchanas (Lumbrales), Mancomunidad «Comarca del
A): Castelo de Saldañuela (Bermellar), ca del Abadengo» (Sobradillo) Saldeana (Saldeana) y Yecla la Vieja Abadengo» (Sobradillo)
Las Merchanas (Lumbrales), Saldeana VII Sendeiro GR Internacional «Viñedos (Yecla de Yeltes) VII Sendero GR Internacional «Viñedos de
(Saldeana) e Yecla la Vieja (Yecla de de Europa» (Portugal-Bélgica) VIII Centro de Visitantes de Lumbrales Europa» (Portugal-Bélgica)
Yeltes) VIII (1) Programa Interterritorial «Turismo (INTERREG III-A «Patrimonio Fortificado VIII(1) Programa Interterritorial «Turismo Rural
VIII Centro de Visitantes de Lumbrales Rural do Interior e Ornitologia en la Frontera: Origen e Historia») de Interior y Ornitología (TRINO)»
(INTERREG III-A «Património (TRINO)» (ADEZOS): estabelecimento IX Casa del Parque «El Torreón de (ADEZOS): establecimiento de rutas
Fortificado na Fronteira: Origem e de rotas ornitológicas, rede de empresas Sobradillo» (Sobradillo) y «Convento de ornitológicas, red de empresas y pro-
Historia») e promoção em feiras de turismo San Francisco» (Fermoselle) moción en ferias de turismo
IX Casa do Parque «El Torreón de VIII (2) Projecto Interterritorial «Turismo X Sendero GR-14 «Sendero del Duero» VIII (2) Proyecto Interterritorial «Turismo
Sobradillo» (Sobradillo) e «Convento Rural-Comarcas do Interior» (ADE- (89,4 km) y GR-14-1 «Sendero del Rural-Comarcas de Interior»
de São Francisco» (Fermoselle) ZOS): oferta de turismo rural de doze Águeda» (51,2 km) (ADEZOS): oferta de turismo rural de
X Sendero GR-14 «Sendero del Duero» territórios do interior peninsular XI Miradores: La Code (Mieza), La Faya doce territorios del interior peninsular
(89,4 km) y GR-14-1 «Sendero del IX Assistência nas principais Feiras: (Villarino de los Aires), Cachonera del IX Asistencia a las principales Ferias:
Águeda» (51,2 km) Internacional de Turismo (FITUR) y Camaces (Hinojosa de Duero), Las Janas Internacional de Turismo (FITUR) y
XI Miradouros: La Code (Mieza), La Faya Exporural (Madrid), Expovacaciones (Saucelle), etc. Exporural (Madrid), Expovacaciones
(Villarino de los Aires), Cachonera del (Bilbao), Salão Internacional de (Bilbao), Salón Internacional de
Camaces (Hinojosa de Duero), Las Turismo de Catalunha (Barcelona), Turismo de Cataluña (Barcelona),
Janas (Saucelle), etc. Internacional de Turismo do Interior Internacional de Turismo de Interior
(INTUR) (Valladolid), etc. (INTUR) (Valladolid), etc.
X Projecto de Recuperação do Povoado X Proyecto de Recuperación del Poblado
de Saucelle «Complexo Turístico de Saucelle «Complejo Turístico Aldea
Aldea Duero» Duero»

84 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 85

CONTRASTES PAISAJÍSTICOS CONTRASTES PAISAJÍSTICOS


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Erosão das ladeiras por I Desastres ecológicos pelos incêndios I Erosión de las laderas por I Desastres ecológicos por los incendios
desmantelamento do sistema de balcões florestais, etc. desmantelamiento del sistema de forestales, etc.
II Risco de alteração da paisagem por II Planos de aproveitamento hidrológico bancales II Planes de aprovechamiento hidrológico
abandono de terras de cultivo e III Proliferação de parques eólicos e II Riesgo de alteración del paisaje por III Proliferación de parques eólicos y
trabalhos no monte plantas fotovoltáicas abandono de tierras de cultivo y plantas fotovoltáicas
III Escasso aproveitamento dos recursos IV Novos impactos por explorações trabajos en el monte IV Nuevos impactos por explotaciones
cinegéticos mineiras: Quartzo, granito, volfrâmio, III Escaso aprovechamiento de los recursos mineras: cuarcitas, granito, wolframio,
IV Vertidos de águas residuais nos caudais etc. cinegéticos etc.
fluviais sem depurar V Localização no noroeste do Armazém IV Vertidos de aguas residuales a los V Ubicación en el noroeste del Almacén
V Buracos e entulheiras pelas actividades Temporal Centralizado (ATC) cauces fluviales sin depurar Temporal Centralizado (ATC)
mineiras V Huecos y escombreras por las
actividades mineras

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Varias unidades paisagísticas I Sexto Programa de Acção Comunitá- I Varias unidades paisajísticas naturales: I Sexto Programa de Acción Comunitaria
naturais: planicie, sierros e arribas ria sobre o Meio Ambiente: Progra- penillanura, sierros y arribe sobre Medio Ambiente: Programa de
II Paisagem agrária contrastada: campos ma de Acção para o Meio Ambiente II Paisaje agrario contrastado: campos Acción para el Medio Ambiente en
cercados (bocage), pastos e balcões na Europa no inicio do século XXI. cercados (bocage), dehesas y bancales Europa en los albores del siglo XXI.
III Elementos naturais de interesse: Pozo «Meio Ambiente 2010: o futuro está III Elementos naturales de interés: Pozo de «Medio Ambiente 2010: el futuro está
de los Humos (Pereña de la Ribera), nas nossas mãos 2001-2010» los Humos (Pereña de la Ribera), en nuestras manos 2001-2010»
Cachonera del Camaces (Hinojosa de II Instrumento Financeiro para o Meio Cachonera del Camaces (Hinojosa de II Instrumento Financiero para el Medio
Duero), Peñagorda (La Peña), etc. Ambiente «LIFE +» Duero), Peñagorda (La Peña), etc. Ambiente «LIFE +»
IV Parque Natural de «Arribas do Duero» III Plano Florestal de Castela e Leão (11 IV Parque Natural de «Arribes del Duero» III Plan Forestal de Castilla y León (11 de
V Zonas de Especial Protecção para as de Abril de 2002) V Zonas de Especial Protección para las abril de 2002)
Aves (ZEPAs): «Arribas do Douro» IV Ampliação do Plano de medidas pre- Aves (ZEPAs): «Arribes del Duero» IV Ampliación del Plan de medidas
(ES0000118), «Riberas de los Ríos ventivas contra incêndios florestais (ES0000118), «Riberas de los Ríos preventivas contra incendios forestales
Huebra y Yeltes» (ES0000247) y (Plano 42) (2005) Huebra y Yeltes» (ES0000247) y (Plan 42) (2005)
«Ribeiras del Río Águeda» V «Estratégia de Desenvolvimento Sus- «Riberas del Río Águeda» (ES4150087) V «Estrategia de Desarrollo Sostenible de
(ES4150087) tentável de Castela e Leão: Agenda VI Lugares de Interés Comunitario (LIC): Castilla y León: Agenda 21» (28 de
VI Lugares de Interesse Comunitário 21» (28 de Janeiro de 1999) «Arribes del Duero» (ES4150096), enero de 1999)
(LIC): «Arribes del Duero» VI Estratégia de Educação Ambiental de «Riberas de los Ríos Huebra, Yeltes, VI Estrategia de Educación Ambiental de
(ES4150096), «Ribeiras de los Ríos Castela e Leão (2003-2007) Uces y afluentes» (ES4150064) y Castilla y León (2003-2007)
Huebra, Yeltes, Uces y afluentes» VII (1) Fundação do Património Natural de «Riberas del Río Águeda» (ES4150087) VII(1)Fundación del Patrimonio Natural de
(ES4150064) y «Ribeiras del Río VII(1)Plan de Recuperación de la Cigüeña Castilla y León
Castela e Leão
Águeda» (ES4150087) negra (Ciconia nigra) VII(2)Programa «Parques Naturales de Castilla
VII (2) Programa «Parques Naturais de Cas-
VII (1) Plano de Recuperação da Cegonha VII(2)Plan de Conservación del Águila y León»
tela e Leão »
negra (Ciconia nigra) perdicera (Hieraaetus fasciatus) VIII Programa «V(E)2N»: Programa de visitas
VII (2) Plano de Conservação da Águia per- VIII Programa «V(E)2N»: Programa de VIII Árboles singulares escolares a espacios naturales
diceira (Hieraaetus fasciatus) visitas escolares a espaços naturais IX Aula de la Naturaleza «Rollanejo» (El IX Plan de Implantación del Voluntariado
VIII Árvores singulares IX Plano de Implantação do Voluntaria- Cubo de Don Sancho): «Dehesa: medio Ambiental en los Espacios Naturales de
IX Aula da Natureza «Rollanejo» (El do Ambiental nos Espaços Naturais natural y sistema de explotación Castilla y León (2006-2010)
Cubo de Don Sancho): «Pasto: meio de Castela e Leão (2006-2010) sostenible» X(1) Programa de Educación Ambiental
natural e sistema de exploração sus- X (1) Programa de Educação Ambiental X Jardines botánicos de Cerralbo y de «BIODIVER» (Diputación Provincial)
tentável» «BIODIVER» (Diputación Provin- Bermellar
X Jardins botânicos de Cerralbo e de cial)
Bermellar

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 85
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 86

PATRIMONIO CULTURAL ESQUECIDO PATRIMONIO CULTURAL OLVIDADO


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Pouca consciencialização social por o I Desaparecimento da identidade I Poca concienciación social por el I Desaparición de la identidad comarcal
património cultural municipal pelos processos de patrimonio cultural por los procesos de globalización
II Deficiente implicação municipal e globalização II Deficiente implicación municipal y II Poca información, formación y
privada pelo património histórico- II Pouca informação, formação e privada por el patrimonio histórico- valoración del patrimonio cultural
artístico valorização do património cultural artístico III Destrucción del patrimonio construido
III Inexistência de jóvens formados em III Destruição do património construído III Inexistencia de jóvenes formados en por la pérdida de utilidad
gestão do património local pela perda de utilidade gestión del patrimonio local IV Riesgo de desaparición, pérdida o
IV Abandono dos costumes e tradições IV Risco de desaparecimento, perda ou IV Abandono de las costumbres y deterioro del patrimonio etnológico
pelo desaparecimento da transmissão deterioração do património etnológico tradiciones por la desaparición de la inmaterial: expresiones orales, técnicas
oral imaterial: expressões orais, técnicas transmisión oral artesanales y rituales y actos festivos
V Inexistência de Museus y Colecções artesanais, rituais e actos festivos V Inexistencia de Museos y Colecciones V Acuerdos entre el Obispado y las
Museológicas integradas no sistema de V Acordos entre o bispado e as Museográficas integradas en el sistema administraciones públicas
museus reconhecidos de interesse para a administrações públicas de museos ni reconocidos de interés
Comunidade Autónoma para la Comunidad Autónoma

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Castelos: Cerralbo, El Cubo de Don I Lista do Património Mundial da I Castillos: Cerralbo, El Cubo de Don I Lista del Patrimonio Mundial de la
Sancho, San Felices de los Gallegos, Humanidade (UNESCO): «Bulwarked Sancho, San Felices de los Gallegos, Humanidad (UNESCO): «Bulwarked
Sobradillo e Villares de Yeltes Border Fortifications» (1998) Sobradillo y Villares de Yeltes Border Fortifications» (1998)
II Conjunto Histórico de San Felices de II Consignação do 1% Cultural
los Gallegos (1965) II Conjunto Histórico de San Felices de los II Consignación del 1% Cultural
(Comissão Interministerial) Gallegos (1965) (Comisión Interministerial)
III Monumentos: Línha férrea «La Fuente III Plano do Património Industrial:
de San Esteban-La Fregeneda» (2000) III Monumentos: Línea férrea «La Fuente III Plan del Patrimonio Industrial: minería y
mineira e actividades extractivas e de San Esteban-La Fregeneda» (2000) actividades extractivas y transporte
IV Zonas Arqueológicas e Arte rupestre transporte
V (1) Arquitectura popular: habitação das arri- IV Zonas Arqueológicas y Arte rupestre IV Plan Paisajes Culturales y Plan de
IV Plano Paisagens Culturais e Plano de V(1) Arquitectura popular: vivienda arribeña Arquitectura Defensiva
bas e elementos auxiliares (casebres, Arquitectura Defensiva
moinhos, pombais, boíles, cabanais, tel- V (1) Medidas de fomento do património y elementos auxiliares (chozos, molinos, V(1) Medidas de fomento del patrimonio
heiros, lavadores, pilares e charaices, etc.) palomares, boíles, cabañales, tejares, cultural regional
cultural regional lavaderos, pilares y charaices, etc.) V(2) Campos de Trabajo y Voluntariado
V (2) Museu Etnográfico (Peralejos de V (2) Campos de Trabalho e Voluntariado
Abajo), Parque Temático das V(2) Museo Etnográfico (Peralejos de Abajo), VI Plan «PAHIS 2004-2012, del Patrimonio
VI Plano «PAHIS 2004-2012, do Parque Temático de las Construcciones Histórico de Castilla y León»
Construções Tradicionais e a Fragua
(Trabanca), etc. Património Histórico de Castela e Tradicionales y La Fragua (Trabanca), etc. VII Fundación del Patrimonio Histórico de
VI Artesanato: canteiros, guarnicioneros Leão» VI Artesanía: canteros, guarnicioneros y Castilla y León
y ferreiros VII Fundação do Património Histórico de herreros VIII Registro de Museos y Colecciones
VII Festa de Interesse Turístico Regional Castela e Leão VII Fiesta de Interés Turístico Regional «El Museográficas de Castilla y León
«El Noveno» (San Felices de los VIII Registo de Museus e Colecções Noveno» (San Felices de los Gallegos) IX Proyecto Estratégico de los Conjuntos
Gallegos) Museológicas de Castela e Leão VIII Jornadas Gastronómicas Transfronterizas Históricos de la provincia de Salamanca
VIII Jornadas Gastronómicas IX Projecto Estratégico dos Conjuntos IX(1) Ruta de «Castros y Verracos en la (INTERREG III A)
Transfronteiriças Históricos da província de Salamanca Frontera Hispano-Portuguesa» y X Centro de Cultural Tradicional «Angel
IX (1)Rota de «Castros y Berrões na (INTERREG III A) «Circuito Histórico-Arqueológico» Norte Carril»
Fronteira Hispano-Portuguesa» e X Centro Cultural Tradicional «Angel de Distrito de Guarda y Oeste
«Circuito Histórico-Arqueológico» Carril» Salmantino (INTERREG III-A)
Norte de Distrito da Guarda e Oeste IX(2) Ruta de los Castillos (Fundación Inés
Salmantino (INTERREG III-A) Luna)
IX (2) Rota dos Castelos (Fundação Inés
X Asociación «Camino de Hierro»
Luna)
X Associação «Caminho de Ferro»

86 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 87

A análise DAFO do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, El análisis DAFO del concelho de Figueira de Castelo Rodrigo,
toma como base o diagnóstico realizado para o Projecto «Preparando toma como base el diagnóstico realizado para el Proyecto «Preparan-
a Manhã»49, financiado pelo Programa Operativo de Emprego, Forma- do el Mañana»49, financiado por el Programa Operativo de Empleo,
ção e Desenvolvimento Social da Região Centro (POEFGS). Esta pro- Formación y Desarrollo Social de la Región Centro (POEFGS). Esta pro-
posta surgiu do estudo socio-económico do concelho, com a finalidade puesta surgió del estudio socioeconómico del concelho con el fin de
de propor umas linhas estratégicas para o desenvolvimento socio- proponer unas líneas estratégicas para el desarrollo socio-comunitario
comunitário e a melhoria das condições de vida do município salva- y la mejora de las condiciones de vida del municipio respaldadas eco-
guardadas economicamente pelos fundos estruturais (III Quadro nómicamente por los fondos estructurales (III Cuadro Comunitario de
Comunitário de Apoio). Os técnicos da Câmara, a partir da análise e Apoyo). Los técnicos de la cámara, a partir del análisis y de la valora-
da valorização do tecido social e económico, detectarão uma série de ción del tejido social y económico, detectaron una serie de debilida-
debilidades e potencialidades a serem trabalhadas no futuro. Com o des y potencialidades a trabajar en el futuro. Con el transcurso del
programa, en la actualidad, el escenario social, económico y territorial
decurso do programa, na actualidade, o cenário social, económico e
no es el mismo con la finalización de algunas de las acciones de des-
territorial não é o mesmo com a finalização de algumas das acções de
arrollo. Por este motivo, las matrices responden a una nueva revisión y
desenvolvimento. Por este motivo, as matrizes respondem a uma nova
adaptación a las nuevas exigencias del concelho.
revisão e adaptação a novas exigências do concelho.
Esta síntesis territorial de Figueira de Castelo Rodrigo responde a
Esta síntese territorial de Figueira de Castelo Rodrigo responde a una dinámica general del medio rural interior portugués muy marcada
uma dinâmica geral do meio rural interior português muito marcada pelo por el éxodo de la población a los países europeos y a las grandes ciu-
êxodo da população para países europeus e para grandes cidades. A fuga dades. La huida de la población ha traído consigo repercusiones nega-
da população trouxe consigo repercussões negativas para as actividades tivas en las actividades económicas, en la dotación de servicios públi-
económicas, para a dotação de serviços públicos, para a gestão de recur- cos, en la gestión de los recursos naturales y en la conservación del
sos naturais e para a conservação do património cultural. Neste contexto patrimonio cultural. En este contexto no es fácil para los municipios
não é fácil para os municípios melhorar as condições de vida dos habi- mejorar las condiciones de vida de los habitantes y dinamizar el tejido
tantes e dinamizar o tecido económico. Contudo, apesar de todos os defi- económico. Sin embargo, a pesar de todos los déficits en infraestruc-
cits em infra-estruturas e equipamentos, a criatividade local supera as turas y equipamientos, la creatividad local supera las dificultades para
dificuldades em valorizar os recursos naturais, culturais e de lazer. poner en valor los recursos naturales y culturales ociosos.

POPULAÇÃO E HABITAÇÃO POBLACIÓN Y VIVIENDA


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Perda crescente da população residente ao I Aumento da tendência crescente para o I Pérdida creciente de población residente I Aumento creciente del envejecimiento
longo da última década (- 4,83%) envelhecimento populacional en la última década (- 4,83%) de la población
II Taxa de natalidade (5,7 ‰ em 2005) e II Alteração do conceito de família II Tasa de natalidad (5,7 ‰ en el 2005) y II Alteración del concepto de familia
Taxa de mortalidade (18,4 ‰ em 2005) III Desresponsabilização do conceito família Tasa de mortalidad (18,4 ‰ en el 2005) III Pérdida de importancia del concepto de
III Envelhecimento da população (pessoas IV Custo elevado da habitação III Envejecimiento de la población (personas familia
com + de 65 anos 30,57% a 31/12/2005) V Criação de novos acessos (passível de con + de 65 años 30,57% a 31/12/2005) IV Coste elevado de la vivienda
IV Baixo nível de instrução de uma grande fomentar a migração no concelho) IV Bajo nivel de instrucción de un gran V Creación de nuevos accesos (capaz de
percentagem da população VI Diminuição de oportunidades porcentaje de la población. fomentar la migración en el municipio)
V Elevada taxa de analfabetismo (pessoas profissionais V Elevada tasa de analfabetismo (personas VI Disminución de oportunidades
com + de 55 anos) con + de 55 años) profesionales

(continua em seguinte página) (continúa en página siguiente)

49
Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo. Observatorio Local. Progra- 49
Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo. Observatorio Local. Programa
ma Rede Social. Proyecto «Preparando el Mañana» (http://www.cm- Rede Social. Proyecto «Preparando el Mañana» (http://www.cm-fcr.pt/concel-
fcr.pt/concelho/observatorio.htm). ho/observatorio.htm).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 87
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 88

POPULAÇÃO E HABITAÇÃO POBLACIÓN Y VIVIENDA


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
VI Emprego escasso VII Incapacidade de fixação de «Capital VI Empleo escaso VII Incapacidad de fijación del «Capital
VII Fraca densidade populacional (13,49 humano» na região (jovens com formação VII Baja densidad de población (13,49 humano» en la región (jóvenes con
hab./km2) média e superior) hab./km2) formación media y superior)
VIII Aumento do fluxo de emigração VIII Risco de aumento do numero de casas VIII Aumento del flujo de emigración VIII Riesgo de aumento del número de casas
IX Existência de habitações degradadas abandonadas nas aldeias envelhecidas IX Existencia de viviendas degradadas abandonadas en los pueblos envejecidos
X Divergências de valores/prioridades IX Inadequação dos programas de apoio à X Divergencia entre valores/prioridades IX Inadecuación de los programas de
recuperação da habitação degradada apoyo para la recuperación de las
X Custo elevado do m2 para a construção da viviendas degradadas
habitação X Coste elevado del m2 para la
construcción de vivienda

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Aumento de famílias residentes na vila I Existência de dinâmicas populacionais I Aumento de las familias residentes en el I Existencia de nuevas dinámicas de la
nos últimos anos II Localização geográfica, melhorada municipio en los últimos años población
II Regresso definitivo de algumas famílias recentemente pela criação de novos II Regreso definitivo de algunas familias de II Localización geográfica, mejorada
de emigrantes acessos emigrantes recientemente con la creación de
III Existência de todos os níveis de ensino III Condições para a fixação e aumento III Existencia de todos los niveles de nuevos accesos
com excepção do ensino superior do número de famílias enseñanza con excepción de la III Condiciones para la fijación y
IV Existência dos serviços de apoio á família IV Certificação e validação de enseñanza superior aumento del número de familias
(em algumas localidades) no âmbito do competências IV Existencia de servicios de apoyo a la IV Certificación y validación de
ensino V Aumento de Quadros superiores e da familia (en algunas localidades) en el competencias
pré-escolar e 1ºciclo mão-de-obra qualificada ámbito de la enseñanza prescolar y V Aumento del nivel formativo de la
V Existência de uma rede de transportes VI Implementação de Projectos primer ciclo (cuando empiezan los niños mano de obra y de los mandos
escolares inovadores e investimento na melhoria con más o menos 6 años) VI Implementación de Proyectos
VI Criação de novos acessos da qualidade de ensino innovadores e inversión en la mejora
V Existencia de una red de transporte
de la calidad de la enseñanza
VII Aproveitamento específico do solo. Ex.: VII Existência de um Programa de escolar
VII Existencia de un Programa de
pastorícia, cultivo de vinhas e cultivo de Reabilitação Habitacional VI Creación de nuevos accesos Rehabilitación Habitacional
olivais «SOLARH», promovido pela Câmara VII Aprovechamiento específico del suelo. «SOLARH», promovido por la
VIII Grande percentagem de habitação própria Municipal e Instituto Nacional de Ej.: pastoreo, cultivo de viñas y cultivo Cámara Municipal y por el Instituto
IX Programa de realojamento Habitação (INH) de olivos Nacional de Habitación (INH)
X Melhorias habitacionais efectuadas através VIII (1) Redução do custo da habitação como VIII Gran porcentaje de vivienda propia VIII (1) Reducción del coste de la vivienda
dos diferentes projectos incentivo à fixação da população IX Programa de realojamiento como incentivo para fijar población
VIII (2) Habitação a custos controlados X Mejoras en materia de vivienda VIII (2) Vivienda a precios regulados
IX Crescente procura de habitação em efectuadas a través de los diferentes IX Creciente búsqueda de vivienda en
Figueira de Castelo Rodrigo proyectos Figueira de Castelo Rodrigo
X Fundação Dª. Ana Paula Águas Vaz de X Fundación Dña. Ana Paula Águas Vaz
Mascarenhas e Garcia e Dr. Álvaro de Mascarenhas e Garcia y D. Álvaro
Augusto Garcia Augusto Garcia

FONTE: Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo. FUENTE: Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo.

88 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 89

ACÇÃO SOCIAL E SAÚDE ACCIÓN SOCIAL Y SALUD PÚBLICA


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Envelhecimento populacional e I Aumento da procura dos serviços de I Envejecimiento de la población y, en I Aumento de la demanda de servicios
consequente aumento da procura de saúde ligados à 3ª idade, consequência do consecuencia, aumento de la demanda sanitarios relacionados con los mayores,
serviços de saúde ligados à 3ª idade envelhecimento populacional de servicios sanitarios para la tercera como consecuencia del envejecimiento
II Incapacidade de fixar os jovens II Reduzido número de médicos (Rede de edad de la población
III Desvitalização demográfica Serviços de Urgência) II Incapacidad para fijar población joven II Reducido número de médicos (Red de
III Desvitalizacion demográfica Servicios de Urgencia)
IV Limitados meios humanos, técnicos e III Ausência de estruturas familiares de
IV Medios humanos, técnicos y financieros III Ausencia de estructuras familiares de
financeiros suporte soporte
V Falta de competências pessoais IV Encerramento de serviços básicos, como muy limitados
V Falta de cualificación profesional IV Supresión de servicios básicos: servicios
por exemplo, serviços de saúde, tribunais, sanitarios, juzgados, colegios, cuarteles
escolas, postos de GNR, etc. de la Guardia Nacional, etc.
V Falta de acesibilidades: «Arco viário da V Falta de accesibilidad: «Arco de
Beira» e «Estrada da Fronteira» Carreteras de la Beira» y «Carretera de
la Frontera»

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Existência de um Centro de Saúde I Ano Europeu da Igualdade de I
Existencia de un Centro de Salud I Año Europeo para la Igualdad de
II Existência do serviço de prestação de Oportunidades para Todos (2007) II
Existencia del servicio de prestación Oportunidades para Todos (2007)
cuidados continuados de saúde no II Aumento das parcerias e a articulação de cuidados continuados de salud en II Aumento de acuerdos y de cooperación
domicílio com outros serviços / instituições locais, el domicilio con otros servicios e instituciones locales,
III Boa acessibilidade em relação aos no sentido de melhorar a prestação de III Buenos accesos a los hospitales con el objetivo de mejorar la prestación
hospitais centrais cuidados de saúde diferenciados, centrales de cuidados sanitarios especializados, por
IV Colaboração entre o Município de IV Colaboración entre el Municipio de ejemplo a los mayores
nomeadamente, à 3ª idade Figueira de Castelo Rodrigo y las
Figueira de Castelo Rodrigo e as III Programas de despistagem de casos de III Programas de lucha contra el
instituciones municipales de alcoholismo y la drogodependencia
instituições concelhias sociais alcoolismo / toxicodependência bienestar social
V Desenvolvimento de programas e IV Creación de nuevos equipamientos
IV Criação de novos equipamentos sociais V Desarrollo de programas y proyectos sociales y/o adaptación de
projectos («Preparando o Amanhã» e e/ou adaptação de equipamentos já («Preparando el Mañana» y equipamientos ya existentes en
«Programa Ocupacional para existentes em diferentes pontos do «Programa Ocupacional para diferentes puntos del municipio, con el
Carenciados») concelho, numa óptica de resposta às personas en situación de riesgo de fin de dar respuesta a nuevas
VI Existência de equipamentos de apoio necessidades emergentes exclusión social») necesidades
social ao nível do pré-escolar e do V Criação de emprego, nomeadamente VI Existencia de equipamientos de V Creación de empleo, por ejemplo
Ensino Básico do 1º Ciclo feminino, associado a esses equipamentos apoyo social a nivel prescolar y de femenino, asociado a esos
VII Papel das entidades do concelho na sociais enseñanza básica de 1º Ciclo equipamientos sociales
divulgação dos direitos e na promoção (cuando empiezan los niños con más
VI Possibilidade de definir candidaturas e VI Posibilidad de presentar candidaturas y
da cidadania o menos 6 años)
recorrer aos programas nacionais recurrir a los programas nacionales
VIII Programa para o Desenvolvimento VII Papel de las entidades del municipio
existentes nesta área existentes en este área
en la divulgación de los derechos de
Comunitário «Rede Social»: Comissão VII Lar de 3ª idade privado em Figueira de los ciudadanos
VII Casas privadas para mayores en Figueira
Local de Acção Social Castelo Rodrigo VIII Programa para el Desarrollo de Castelo Rodrigo
IX Projecto de Luta contra a Pobreza VIII Projecto «Ninho de Empresas do Comunitario «Red Social»: Comisión VIII Proyecto «Vivero de Empresas del
«AMPARO» Conhecimento» Local de Acción Social Conocimiento»
X (1) Comissão de Protecção de Crianças e IX Recrutamento de pessoas desempregadas IX Proyecto de Lucha contra la Pobreza IX Reclutamiento de personas en el paro al
Jovens em Perigo (CPCJ) «AMPARO» abrigo del Programa Ocupacional para
ao abrigo do Programa Ocupacional para Marginados (POC)
X (2) Associação de Solidariedade Social- Carenciados (POC) X (1) Comisión de Protección de Niños y
Figueira SOS: Projecto «Sementes do Jóvenes en situación de riesgo de X Centro de Formación Agraria
X Centro de Formação Agrária
Progresso» exclusión social (CPCJ)
X (2) Asociación de Solidaridad Social-
Figueira SOS: Proyecto «Semillas del
Progreso»

FONTE: Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo. FUENTE: Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 89
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 90

INICIATIVAS LOCAIS DE EMPREGO INICIATIVAS LOCALES DE EMPLEO


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Divisão da propriedade I Reforma da Política Agrícola Comum (PAC) I División de la propiedad I Reforma de la Política Agrícola Común
II Agricultura de carácter tradicional (26 de Junho de 2003) II Agricultura de carácter tradicional (PAC) (26 de Junio del 2003)
III População envelhecida diminuição da II Desenvolvimento da fachada litoral III Población envejecida y disminución de la II Desarrollo de la franja litoral
população activa (concentração de actividades e infra- población activa (concentración de actividades e
IV Baixos níveis Instrução/Qualificação da estruturas) IV Bajos niveles de Instrucción/Cualificación infraestructuras)
mão-de-obra local III Vulnerabilidade do sector primário de la mano de obra local III Vulnerabilidad del sector primario
V Falta de empreendimentos IV Pouca protecção para o pequeno agricultor V Falta de espíritu emprendedor IV Poca protección del pequeño agricultor
VI Resistência à inovação e à mudança V Falta de competitividade dos produtos VI Resistencia a la innovación y a los V Falta de competitividad de los productos
VII Pouca capacidade empresarial VI Desajustamento no mercado de emprego cambios VI Desequilibrio en el mercado laboral
VIII Baixa Qualificação dos empresários entre a oferta e a procura VII Poca capacidad empresarial entre la oferta y la demanda
IX Ausência de iniciativas comerciais VII Tendência crescente para o aumento do VIII Bajo nivel formativo de los empresarios VII Aumento creciente del paro de larga
inovadoras e atractivas desemprego de longa duração associado a IX Ausencia de iniciativas comerciales duración asociado a individuos con
X Deficiente capacidade de fixação de quadros indivíduos com idades avançadas e a grupos innovadoras y atractivas edades avanzadas y a grupos en
médios e superiores vulneráveis X Falta de posibilidades de trabajo para la situación de riesgo de exclusión social
VIII O mercado de trabalho concelhio não tem población con formación media y VIII El mercado de trabajo municipal no
capacidade para integrar os imigrantes superior tiene capacidad para integrar a los
IX Criação de coelhos e avestruzes têm um inmigrantes
impacto residual IX Cría de conejos y avestruces, con un
X Grande dificuldade de integração dos canais impacto residual
de comercialização X Gran dificultad de integración en los
canales de comercialización
FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES
I Recursos naturais e património histórico I Quadro de Referência Estratégico I Recursos naturales y patrimonio I Cuadro de Referencia Estratégico
e arqueológico Nacional (QREN 2007-2013) histórico y arqueológico Nacional (QREN 2007-2013)
II Gabinete não Permanente de II Programa Operacional Regional Centro II Gabinete no Permanente de II Programa Operacional Regional
Atendimento (Centro de Apoio à Criação (2007-2013) Atención (Centro de Apoyo a la Centro (2007-2013)
Creación de Empresas en la Beira III Programa Operacional de
de Empresas da Beira Interior) III Programa Operacional de Cooperação Interior) Cooperación Territorial
III Novo acesso rodoviário (Ponte Territorial Transfronteiriça (Portugal- III Nuevo acceso viario (Puente Transfronteriza (Portugal-España)
Internacional do Águeda) Espanha) Internacional del Águeda) IV (1) Plan Estratégico Nacional (PEN)
IV Iniciativas locais de emprego IV (1) Plano Estratégico Nacional (PEN) para o IV Iniciativas locales de empleo para el Desarrollo Rural
V Feira das Actividades Económicas do Desenvolvimento Rural V Feria de Actividades Económicas IV (2) Programa para el Desarrollo Rural
Concelho (Agosto) IV (2) Programa de Desenvolvimento Rural del Municipio (Agosto) Continente (PDRc), 2007-2013
VI (1) Denominação de Origem Protegida Continente (PDRc), 2007-2013 VI (1) Denominación de Origen Protegida V Políticas de Empleo: Unidad de
(DOP) «Porto e Douro», «Beira V Políticas de Emprego: Unidade de (DOP) «Oporto e Duero», «Beira inserción en la vida activa (Instituto
Interior», «Azeite da Beira Alta», inserção na vida activa (Instituto de Interior», «Aceite de la Beira Alta», de Empleo y Formación
«Queijo Terrincho» e «Amêndoa Emprego e Formação Profissional): «Queso Terrincho» e «Almendra Profesional): Unidad de Inserción
del Duero», en la Vida Activa
Douro», Unidade de Inserção na Vida Activa VI (2) Indicación Geográfica Protegida VI Mercado social de empleo/Apoyo a
VI (2) Indicação Geográfica Protegida (IGP): VI Mercado social de emprego/Apoio à (IGP): «Borrego da Beira», «Cordero la formación
«Borrego da Beira», «Borrego formação Terrincho», «Cabrito de la Beira» y VII Cooperación empresarial
Terrincho», «Cabrito da Beira» e «Maçã VII Cooperação empresarial transfronteiriça «Manazana de la Beira Alta» transfronteriza
da Beira Alta» VIII Actividade económica associada à VI (3) Vinos Regionales: «Beira» y VIII Actividad económica asociada a la
VI (3) Vinhos Regionais: «Beira» e «Duriense» dinamização dos produtos agrícolas «Duriense» dinámica de los productos
VII Acção Integrada de Base Territorial típicos da região (vinho, queijo, azeite, VII Acción Integrada de Base agrícolas típicos de la región (vino,
(AIBT): «Turismo e Património no Vale figos secos, amêndoa, nozes e doces Territorial (AIBT): «Turismo e queso, aceite, higos secos,
do Côa» (2000-2006) tradicionais) Patrimonio del Valle del Côa» almendra, nueces y dulces
VIII (1) Programa de Cooperação IX Oportunidades de emprego associadas à (2000-2006) tradicionales)
VIII (1) Programa de Cooperación IX Oportunidades de empleo
Transfronteiriça INTERREG III A «CT dinamização turística do concelho Transfronteriza INTERREG III A «CT asociadas a la dinámica turística
BIN-SAL» X Plano Integrado de Desenvolvimento do BIN-SAL» del municipio
VIII (2) Programa de Cooperação Concelho VIII (2) Programa de Cooperación X Plan Integrado de Desarrollo del
Transfronteiriça INTERREG III A Transfronteriza INTERREG III A municipio
Novos Encontros «Velhos Caminhos, Nuevos Encuentros «Viejos Caminos,
Novos Encontros»: Escarigo Nuevos Encuentros»: Escarigo
IX Programa Iniciativa Comunitária Leader IX Programa Iniciativa Comunitaria
+ Associação de Desenvolvimento do Leader + Asociación para el
Nordeste da Beira (RAIA HISTÓRICA) Desarrollo del Nordeste de la Beira
(RAIA HISTÓRICA)
X Associação de Desenvolvimento Integrado X Asociación para el Desarrollo
da Raia Centro Norte (PRÓ-RAIA) Integrado de la Raya Centro Norte
(PRÓ-RAIA)

FONTE: Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo. FUENTE: Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo.

90 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 91

DIVERSIDADE DE RECURSOS TURÍSTICOS DIVERSIDAD DE RECURSOS TURÍSTICOS


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Localização periférica no território I Parcos os investimentos e transferências I Localización periférica en el territorio I Escasa inversión y escasez de
português da administração central portugués transferencias de la administración
II Falta de projectos de dinamização turística II Criação de um número elevado de II Falta de proyectos de dinamización central
III Carência de divulgação turística Regiões de Turismo: Região de Turismo turística II Creación de un número elevado de
IV Falta de captação de investidores privados Beira Interior III Carencia de divulgación turística Regiones de Turismo: Región de Turismo
V Existência de poucos museus (futuro III Assimetrias entre o Litoral e Interior IV Falta de captación de inversión privada de la Beira Interior
museu de Algodres) IV Falta da Sociedade da Informação V Existencia de pocos museos (futuro III Grandes diferencias entre el Litoral y el
V Trabalho conjunto entre as autarquias museo de Algodres) Interior
IV Falta de la Sociedad de la Información
V Trabajo conjunto entre los municipios

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Complexo histórico de Santa Maria de I Plano Estratégico Nacional do Turismo I Complejo histórico de Santa Maria I I Plan Estratégico Nacional de Turismo
Aguiar, Via Sacra na Marofa, etc. (PENT 2006-2015) de Aguiar, Vía Sacra en la Marofa, (PENT 2006-2015)
II Santuário de aves necrófagas «Arribas II Plano de Desenvolvimento Turístico do etc. II Plan de Desarrollo Turístico del Valle del
do Águeda» Vale do Douro (PDTVD): «Douro, II Santuario de aves necrófagas Duero (PDTVD): «Duero, Patrimonio
III Cais turístico-fluvial da Barca d’Alva Patrimonio Mundial» «Arribas del Águeda» Mundial»
(Instituto Portuário e dos Transportes III Plano Estratégico de Promoção Turística III Muelle turístico-fluvial de Barca III Plan Estratégico de Promoción Turística
Marítimos - IPTM) do Vale do Côa (PEPTVC) d’Alva (Instituto Portuario e de del Valle del Côa (PEPTVC)
IV (1) Rota Turística do «Vinho do Porto» IV «Parque Arqueológico do Vale do Côa» Transportes Marítimos - IPTM) IV «Parque Arqueológico del Valle del
IV (2) Festa das Vindimas (Rota do Vinho do (PAVC) IV (1) Ruta Turística del «Vino de Oporto» Côa» (PAVC)
IV (2) Fiesta de la Vendimia (Ruta del Vino V Puente Internacional para el tráfico
Porto-Associação de Aderentes) V Ponte Internacional Rodoviária sobre o
de Oporto-Asociación de rodado sobre el Río Águeda
V (1) Rota das «Aldeias Históricas de Rio Águeda (inauguração ano 1999) Adherentes) (inauguración año 1999)
Portugal»: Castelo Rodrigo VI Via de acesso Escarigo-La Bouza V (1) Ruta de las «Aldeas Históricas de VI Vía de acceso Escarigo-La Bouza
VI Rota «Caminho de Santiago» e Rota (inauguração 1998) Portugal»: Castelo Rodrigo (inauguración 1998)
da «Estrada Real» VII GR-14 «Rota dos Vinhos da Europa» VI Ruta «Camino de Santiago» y Ruta VII GR-14 «Ruta de los Vinos de Europa»
VII PR 1 FCR «Da Albufeira de Stª. María (Portugal-Bélgica) de la «Carretera Real» (Portugal-Bélgica)
de Aguiar ao Stº. André das Arribas» VIII Rota das «Amendoeiras em Flor» VII PR 1 FCR «Desde la Albufera de Stª. VIII Ruta de los «Almendros en Flor»
VIII Barragem de Santa Maria de Aguiar IX Divulgação do concelho em Espanha: María de Aguiar a Stº. André de las IX Divulgación del municipio en España:
(pesca desportiva) Turismo de natureza, de ambiente e Arribes» Turismo de naturaleza, ecológico y
IX Museu da Casa da Freguesia de cultural VIII Embalse de Santa Maria de Aguiar cultural
Escalhão «A vida quotidiana» X Gabinete Permanente de Atendimento do (pesca deportiva) X Gabinete Permanente de Atención del
X (1) Posto de Acolhimento «Aldeia Centro de Apoio à Criação de Empresas IX Museo de la Casa en el municipio de Centro de Apoyo a la Creación de
Histórica de Castelo Rodrigo» da Beira Interior (CACE) Escalhão «La vida cotidiana» Empresas de la Beira Interior (CACE)
X (2) Postos de Turismo de Figueira de X (1) Puesto de Acogida «Aldea Histórica
Castelo Rodrigo e Barca d’Alva de Castelo Rodrigo»
X (2) Puesto de Turismo de Figueira de
Castelo Rodrigo y Barca d’Alva

FONTE: Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo. FUENTE: Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 91
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 92

RIQUEZA NATURAL RIQUEZA NATURAL


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Crescente abandono das terras agrícolas I I Degradação de alguns habitats e quadros I Creciente abandono de las tierras I Degradación de algunos ecosistemas y
II Mudanças nas práticas agrícolas paisagísticos agrícolas entornos paisajísticos
III Ausência de Educação Ambiental II Aumento do numero de caçadores II Cambios en las prácticas agrícolas II Aumento del número de cazadores
vinculada à cultura do meio rural III Destruição dos muros divisórios de III Ausencia de Educación Ambiental III Destrucción de los muros divisorios de
IV Falta de Estações de Tratamento de Águas propriedades para venda da «pedra vinculada a la cultura del medio rural propiedades para la venta de «piedra
Residuais (ETAR) maneirinha» IV Falta de Estaciones de Tratamiento de maneirinha»
V Diminuição do caudal do río Côa IV Fogos florestais Aguas Residuales (ETAR) IV Incendios forestales
V Exploração de energia eólica e hídrica V Disminución del caudal del río Côa V Explotación de energía eólica e hídrica

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Sítios de interesse geológico: Miradouro I Estratégia Nacional de Desenvolvimento I Lugares de interés geológico: Mirador I Estrategia Nacional de Desarrollo
do Alto da Sapinha e Depósitos fluviais Sustentável (ENDS 2005-2015) del Alto de la Sapinha y Depósitos Sostenible (ENDS 2005-2015)
do rio Douro (Barca d’Alva) II Plano Sectorial da Rede Natura 2000 fluviales del río Duero (Barca d’Alva) II Plan Sectorial de la Red Natura 2000
II Parque Natural do «Douro Internacional» III Plano Regional de Ordenamento Florestal II Parque Natural del «Duero III Plan Regional de Ordenación Forestal
III Zonas de Protecção Especial (ZPE): (PROFs): Beira Interior Norte Internacional» (PROFs): Beira Interior Norte
Douro Internacional e Vale do Rio Águeda IV Plano Estratégico da Comunidade Urbana III Zonas de Protección Especial (ZPE): Duero IV Plan Estratégico de la Comunidad
e Vale do Côa das Beiras Internacional y Valle del Río Águeda y Urbana de las Beiras
IV Sítios da Rede Europeia «Natura 2000»: V Reestruturação do Instituto da Valle del Côa V Reestructuración del Instituto para la
IV Lugares de la Red Europea «Natura Conservación de la Naturaleza y de la
Douro Internacional (PTCON0022) Conservação da Natureza e
2000»:Duero Internacional Biodiversidad (ICNB)
V Miradouros: Alto da Sapinha (Escalhão), Biodiversidade (ICNB) (PTCON0022) VI Días Verdes: conocer lo mejor de la Red
Santo André (Almofala), Cabecinho da VI Dias Verdes: conhecer o melhor da Rede V Miradores: Alto de la Sapinha Natura 2000 (Instituto para la
Palha (Escalhão) e Capela de São Simão Natura 2000 (Instituto da Conservação da (Escalhão), Santo André (Almofala), Conservación de la Naturaleza)
(Escarigo) Natureza) Cabecinho de Palha (Escalhão) y Capilla VII Cooperación transfronteriza en el
VI Estações de Tratamento de Águas VII Cooperação transfronteiriça no domínio de São Simão (Escarigo) dominio de los valores ambientales
Residuais (ETAR): Figueira de Castelo dos valores ambientais VI Estaciones de Tratamiento de Aguas VIII Incentivo a la plantación de almendros
Rodrigo, Escalhão, Almofala e Barca VIII Incentivo à plantação de amendoeiras Residuales (ETAR): Figueira de Castelo (Asociación de los Amigos del
d’Alva (Associação dos Amigos da Amendoeira) Rodrigo, Escalhão, Almofala y Barca Almendro)
VII Diminuição do depósito de lixos nos IX Parques de Merenda e Lazer (Castelo d’Alva IX Merenderos (Castelo Rodrigo, Escalhão,
campos do concelho Rodrigo, Escalhão, Algodres e Vilar VII Disminución del depósito de basura en Algodres y Vilar Torpim)
VIII Campanhas e colóquios de educação em Torpim) los campos del municipio X Centro de Interpretación Ambiental en
matéria de meio ambiente X Centro de Interpretação Ambiental em VIII Campañas y coloquios de educación en Barca d’Alva
IX Plano Municipal de Defesa da Floresta Barca d’Alva materia de medioambiente
contra Incêndios IX Plan Municipal de Lucha contra
X Associação de Produtores Florestais do Incendios
X Asociación de Productores Forestales del
Concelho de Figueira de Castelo Rodrigo
Município de Figueira de Castelo
Rodrigo

FONTE: Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo. FUENTE: Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo.

92 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 93

SENSIBILIZAÇÃO PARA AS QUESTÕES SENSIBILIZACIÓN EN MATERIA


DO PATRIMÓNIO CULTURAL DE PATRIMÓNIO CULTURAL
FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Falta de conservação do património I Perda dos valores culturais devido à I Falta de conservación del patrimonio I Pérdida de valores culturales debido a la
cultural globalização cultural globalización
II Perda de utilidade de alguns elementos do II Falta de recursos humanos para sua II Pérdida de utilidad de algunos II Falta de recursos humanos para su
património revitalização elementos del patrimonio revitalización
III Carência de sinalização III Perda de valores tradicionais III Ausencia de señalización III Pérdida de valores tradicionales
IV Abandono das tradições IV Destruição dos muros das propriedades IV Abandono de las tradiciones IV Destrucción de los muros de las
V Carência de estudos para salvaguardar o para venda da «pedra maneirinha» V Ausencia de estudios para la propiedades para la venta de la «piedra
património cultural V Ausência de levantamentos do património salvaguarda del patrimonio cultural maneirinha»
cultural V Ausencia de promoción del patrimonio
cultural

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Património da Humanidade: Conjunto de I Uma população urbana cada vez mais I Patrimonio de la Humanidad: Conjunto I Una población urbana cada vez más
sítios arqueológicos de Vale do Côa interessada pela paisagem e pela cultura de sitios arqueológicos del Valle del Côa interesada por el paisaje y por la cultura
II Caminho do Ferro do Douro (Pocinho- rural II Vía Férrea del Duero (Pocinho-Barca rural
Barca d’Alva) II Associação de Desenvolvimento Turístico d’Alva) II Asociación para el Desarrollo Turístico
III Caminhos do Contrabando ao longo das «Aldeias Históricas de Portugal» III Caminos del Contrabando a lo largo de «Aldeas Históricas de Portugal»
arribas do rio Águeda (Almofala, Mata de III Recuperação de fachadas de edifícios em las arribes del Río Águeda (Almofala, III Recuperación de fachadas de edificios
Lobos e Escalhão) Castelo Rodrigo Mata de Lobos y Escalhão) en Castelo Rodrigo
IV Festa das Amendoeiras (Fevereiro/Março) IV Antigo quartel da Guarda Fiscal IV Fiesta de los Almendros (Febrero / IV Antiguo cuartel de la Guardia Fiscal
V Artesanato: cestaria, latoaria, olaria, V Prospecção arqueológica do concelho Marzo) V Prospección arqueológica del municipio
madeira e tecelagem VI Celebrações do 343º aniversário da V Artesanía: cestería, cerámica, madera y VI Celebraciones del 343º aniversario de la
VI Jornadas Gastronómicas Transfronteiriças «Batalha de Castelo Rodrigo» textiles «Batalla de Castelo Rodrigo»
VII Jogos tradicionais: Associação de Jogos VII Reabilitação da Linha-férrea Pocinho- VI Jornadas Gastronómicas Transfronterizas VII Rehabilitación de la Línea de ferrocarril
Tradicionais da Guarda Barca de’Alva VII Juegos tradicionales: Asociación de Pocinho – Barca de’Alva
VIII «Circuito Histórico-Arqueológico» Norte VIII Associação Salmantina dos Caminhos-de- Juegos Tradicionales de Guarda VIII Asociación Salmantina de los Caminos
de Distrito de Guarda y Oeste Ferro (IV Festa do Caminho de Ferro): VIII «Circuito Histórico-Arqueológico» Norte de Hierro (IV Fiesta del Camino de
Salamantino (INTERREG III-A): Torre de «150 anos da Linha do Douro» del Distrito de Guarda y Oeste Ferrocarril): «150 años de la Línea del
Almofala, Castelo Rodrigo e Santa Maria IX Comemorações dos 250 Anos da Região Salamantino (INTERREG III-A): Torre de Duero»
de Aguiar Demarcada do Douro Almofala, Castelo Rodrigo y Santa Maria IX Conmemoraciones de los 250 Años de
IX Empresa Municipal «Figueira-Viva X Sensibilizar a população e os empreiteiros de Aguiar la Región Demarcada del Duero
Cultura e Tempos Livres» para a utilização de materiais tradicionais IX Empresa Municipal «Figueira-Viva X Concienciar a ciudadanos y empresarios
X Associação das Aldeias do Concelho de e a manutenção das fachadas das casas Cultura y Tiempo Libre» para que utilicen materiales tradicionales
Figueira de Castelo Rodrigo X Asociación de Aldeas de Figueira de y para que conserven las fachadas de las
Castelo Rodrigo viviendas

FONTE: Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo. FUENTE: Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 93
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 94

Por seu lado, a caracterização do concelho de Freixo de Espada Por su parte, la caracterización del concelho de Freixo de Espa-
à Cinta a partir da matriz DAFO oferece-nos um município marcado da à Cinta a partir de la matriz DAFO nos ofrece un municipio mar-
pela localização interior e raiana com Espanha. As conotações negati- cado por la localización interior y rayana con España. Las connotacio-
vas herdadas pesam na actualidade, sobretudo, nas taxas e índices nes negativas heredadas pesan en la actualidad, sobre todo, en las
demográficos e em alguns problemas sociais, que se vão superando tasas e índices demográficos y en algunos problemas sociales, que se
com um grande esforço em investimentos em infra-estruturas e equi- van superando con un gran esfuerzo en inversiones de infraestructu-
pamentos. O concelho soube aproveitar as vantagens da incorporação ras y equipamientos. El concelho ha sabido aprovechar las ventajas de
portuguesa na União Europeia, relativamente aos temas das activida- la incorporación portuguesa a la Unión Europea en los temas de las
des agro-alimentares e turísticas. A dinamização económica deve-se actividades agroalimentarias y turísticas. La dinamización económica
aos vastos recursos que possui, tanto naturais (contraste entre o rio se debe a los variados recursos con los que cuenta, tanto naturales
Douro e o planalto), como eco culturais (produções de qualidade e (contraste entre el río Duero y el planalto), como ecoculturales (pro-
costumes únicos). Para além disso, o município foi pioneiro na coope- ducciones de calidad y costumbres únicas). Además, el municipio ha
ração interterritorial permitindo-lhe uma maior colaboração com os sido pionero en la cooperación interterritorial permitiéndole una
municípios da comarca de Vitigudino e com os municípios do Vale do mayor colaboración con los municipios de la comarca de Vitigudino y
Côa e de Trás-os-Montes. con los municipios del Valle del Côa y de Trás-os-Montes.

REDUÇÃO DOS RESIDENTES REDUCCIÓN DE LOS RESIDENTES


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Decrescimento da residentes (- 48,03% I A problemática litoral/interior I Disminución de residentes (- 48,03% I La problemática litoral/interior
1950-2006) II Desfasamento entre as dinâmicas 1950-2006) II Desfase entre las dinámicas
II Baixa taxa de natalidade (4,8‰) e alta demográficas II Baja tasa de natalidad (4,8‰) y alta tasa demográficas
taxa de mortalidade (21,8‰) III Deslocação profissional de um dos de mortalidad (21,8‰) III Desplazamiento de uno de los cónyuges
III Elevado índice de envelhecimento (2,80 a cônjugues para fora do concelho III Elevado índice de envejecimiento (2,80 fuera del municipio por motivos
31/12/2005) IV a 31/12/2005) laborales
IV Relação de masculinidade (93,73%) V Mais investimentos no Distrito de IV Relación de masculinidad (93,73%) IV Progresivo envejecimiento del medio rural
V Diminuição da densidade populacional Bragança: estradas, desenvolvimento, etc. V Disminución de la densidad de V Más inversión en el Distrito de
(16,20 hab./km2) población (16,20 hab./km2) Bragança: carreteras, desarrollo, etc.

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Novos postos de trabalho e actividades I Contrato Programa com o Goberno da I Nuevos puestos de trabajo y nuevas I Contrato Programa con el Gobierno de
(ou revitalizando as antigas) República actividades (o revitalización de las la República
II Vinda de novos serviços para Freixo de II Melhor aproveitamento dos fundos antiguas) II Mejor aprovechamiento de los fondos
Espada à Cinta (Parques Com Vida, comunitários II Llegada de nuevos servicios a Freixo de comunitarios
ICNB) III Acolher movimentos de população e de Espada à Cinta (Parques Con Vida, III Acoger movimientos de población y de
III Maior visibilidade do concelho migrantes de outros países ICNB) inmigrantes de otros países
IV Colaboração com as Juntas de Freguesia IV Novos investimentos em território III Mayor promoción del municipio IV Nuevas inversiones en el territorio
V Desenvolvimento Local espanhol próximo de Freixo de Espada à IV Colaboración con las Juntas de español cerca de Freixo de Espada à
Cinta Freguesia Cinta
V Beneficiação e reparação da estrada EN V Desarrollo Local V Mejoras y reparación de la carretera EN
221 (Direcção de Estradas de Bragança) 221 (Dirección de Carreteras de Bragança)

FONTE: Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta. FUENTE: Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta

94 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 95

APOIO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL APOYO A LA ASISTENCIA SOCIAL


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Uma predominante taxa de população I Reestruturação administrativa: Centro I Un porcentaje predominante de I Reestructuración administrativa: Centro
idosa e desfavorecida Regional de Bragança da Segurança población envejecida y de escaso nivel Regional de Bragança de la Seguridad
II Situações precárias ao nivel da assistência Social económico Social
social, em especial de apoio à Terceira II Fusão ou extinção de serviços II Precariedad de la asistencia social, en II Fusión o extinción de servicios
Idade III Falta de modernização do equipamentos e especial en el apoyo a los mayores III Falta de modernización de
III Risco de aumento da exclusão social servicios III Peligro de aumento de la exclusión equipamientos y de servicios
IV Inexistencia de algumas especialidades IV Auxilios financeiros no âmbito da acção social IV Ayudas económicas en el ámbito de la
médicas social IV Inexistencia de algunas especialidades acción social
V Poucas ocupação lúdica e pedagógica dos V Falta de acções relativas à promoção de médicas V Falta de acciones dirigidas a la
mais jovens: «Actividades de verão para Habitação Social V Pocas actividades de ocio y pedagógicas promoción de Vivienda Social
jovens» dirigidas a los más jóvenes: «Actividades
de verano para jóvenes»

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Centro de Cuidados Continuados I Fundo Social de Apoio à Habitação I Centro de Cuidados Continuados I Fondo Social de Apoyo a la Vivienda
(antigas instalações do velho Hospital da II Instituto de Gestão e Alienação do Parque (antiguas instalaciones del viejo Hospital II Instituto de Gestión y Transferencia del
Santa Casa de Misericórdia) Habitacional do Estado (IGAPHE): casas de la Santa Casa de Misericordia) Parque Habitacional del Estado
II (1) Centro de Acção Social e Cultural do de habitação social II (1) Centro de Acción Social y Cultural del (IGAPHE): casas de protección social
Municipio (CASC) III Rede Distrital de Unidades de Cuidados Municipio (CASC) III Red Distrital de Unidades de Cuidados
II (2) Conselho Local de Acção Social Continuados Integrados II (2) Consejo Local de Acción Social (CLAS) Continuados Integrados
(CLAS) IV Instituto de Emprego e Formação III Comisión de Protección de Niños y IV Instituto de Empleo y Formación
III Comissão de Protecção de Crianças e Profissional de Bragança Jóvenes Profesional de Bragança
Jovens
IV Conselho Municipal de Educação V Instituto das Drogas e da IV Consejo Municipal de Educación V Instituto de la Drogodependencia
V Educação e Formação de Jovens (entre Toxicodependência V Educación y Formación de Jóvenes VI Caritas Diocesana Proyecto HOMBRE
15 e 25 anos) VI Caritas Diocesana Projecto HOMEM (entre 15 y 25 años) (acciones de prevención de la
VI Conclusão dos Centros de Dia das (acções de prevenção da VI Conclusión de los Centros de Día de las drogodependencia)
freguesias toxicodependência) aldeas VII Contrato programa con el Gobierno de
VII Serviços de Teleassistência domiciliária VII Contrato programa com o Governo da VII Servicios de Teleasistencia domiciliaría y la República: Espacio multiusos
e permanente, em especial a idosos República: Espaço multiusos permanente, en especial para mayores VIII Red de educación prescolar entre el
(Acordo com a empresa HELPPHONE, VIII Rede de educação pré-escolar entre o (Acuerdo con la empresa HELPPHONE, Municipio, la Dirección Regional de
Tecnologías de Comunicações, S.A.) Município, a Direcção Regional de Tecnologías de Comunicaciones, S.A.) Educación del Norte y el Centro
VIII Apoio municipal à habitação Educação do Norte e o Centro Regional VIII Apoyo municipal a la vivienda Regional de Seguridad Social de
IX Protocolos de colaboração financeira de Segurança Social de Bragança IX Acuerdos de colaboración financiera Bragança
entre o Município e diversas IX Protocolo com diversas Associações entre el Municipio y diversas IX Acuerdos con diversas Asociaciones
Associações do Concelho X Encontro Tranfronteiriço de Interacção Asociaciones Municipales X Encuentro Tranfronterizo para la
X Manifestações culturais no Auditório Social X Actividades culturales en el Auditorio Interacción Social
Municipal Municipal

FONTE: Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta. FUENTE: Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 95
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 96

PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS LOCAIS PRODUCCIÓN Y COMERCIALIZACIÓN DE LOS PRODUCTOS LOCALES


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Desertificação da população I Organizações Comuns de Mercado I Descenso acusado de la población I Organizaciones Comunes de Mercado
II Custos adicionais resultantes das (OCM's) II Costes adicionales resultantes de las (OCM's)
desvantagens para a produção agrícola II Políticas agrícolas (PAC-2003) desventajas en relación a la producción II Política Agrícola Común (PAC-2003)
III Ausência de infraestruturas do regadio III Ausência de fundos comunitários agrícola III Ausencia de fondos comunitarios
IV Ausência de um sector empresarial forte IV Necessidade de estabelecer novas linhas e III Ausencia de infraestructuras de regadío IV Necesidad de establecer nuevas líneas y
V Não aproveitamento das ajudas estratégias IV Ausencia de un sector empresarial fuerte estrategias
comunitárias V Atraso do futuro eixo rodoviário V No aprovechamiento de las ayudas V Retraso del futuro eje IC5
complementar IC5 comunitarias

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Associação Transfronteiriça das Arribas I Quadro de Referência Estratégico I Asociación Transfronteriza de las Arribes I Cuadro de Referencia Estratégico
do Douro e Águeda (ATADA) Nacional (QREN 2007-2013) del Duero y del Águeda (ATADA) Nacional (QREN 2007-2013)
II Produção e comercialização de azeite e II Programa Operacional Regional Norte II Producción y comercialización de II Programa Operacional Regional Norte
azeitona «Negrinha de Freixo» (2007-2013): Projecto «As Novas aceite y aceituna «Negrinha de Freixo» (2007-2013): Proyecto «Las Nuevas
(Cooperativa Agrícola CRL- Tecnologias no Turismo Alternativo» (Cooperativa Agrícola CRL- Tecnologías en el Turismo Alternativo»
Coopafreixo) III Programa Operacional de Cooperação Coopafreixo) III Programa Operacional de Cooperación
III Produção e comercialização de vinhos Territorial Transfronteiriça (Portugal- III Producción y comercialización de vinos Territorial Transfronteriza (Portugal-
(Adega Cooperativa de Freixo de Espada Espanha) (Adega Cooperativa de Freixo de España)
à Cinta) IV (1) Plano Estratégico Nacional (PEN) para o Espada à Cinta) IV (1) Plan Estratégico Nacional (PEN) para el
IV Feira «Transfronteiriça das Arribas do Desenvolvimento Rural IV Feria «Transfronteriza de las Arribes del Desarrollo Rural
Douro e Águeda» ou a Feira «Franca de IV (2) Programa de Desenvolvimento Rural Duero y del Águeda» y Feria «Franca IV (2) Programa de Desarrollo Rural
Produtos Regionais» (Amendoeiras em Continente (PDRc), 2007-2013 de Productos Regionales» (Almendros Continente (PDRc), 2007-2013
flor-Fevereiro) V «Cozinhas Regionais-Apoios à criação en flor Febrero) V «Cocinas Regionales - Apoyos a la
V (1) Denominação de Origem Protegida de estabelecimentos de venda directa» V (1) Denominación de Origen Protegida creación de establecimientos de venta
(DOP) «Porto e Douro», «Trás-os- (Direcção Regional de Agricultura de
(DOP) «Oporto y Duero», «Trás-os- directa» (Dirección Regional de
Montes», «Azeitona de Conserva Trás-os-Montes)
Montes», «Aceituna de Conserva Agricultura de Trás-os-Montes)
Negrinha de Freixo», «Borrego VI (1) Instituto de Tecnologia e Inovação de
Terrincho», «Cabrito Transmontano», Conhecimento de Trás-os-Montes e Alto Negrinha de Freixo», «Borrego VI (1) Instituto de Tecnología e Innovación
«Queijo Terrincho», «Queijo de Cabra Douro Terrincho», «Cabrito Trasmontano», del Conocimiento de Trás-os-Montes y
Transmontano», «Mel da Terra Quente» VI (2) Instituto dos Vinhos do Douro e do «Queso Terrincho», «Queso de Cabra Alto Duero
e «Amêndoa Douro» Porto, I. P. (IVDP, I. P.) Trasmontano», «Miel de La Tierra VI (2) Instituto de los Vinos del Duero y de
V (2) Indicação Geográfica Protegida (IGP): VII Política agro-ambiental: boas condições Caliente» y «Almendra del Duero» Oporto, I. P. (IVDP, I. P.)
«Chouriça de carne ou linguiça de agrícolas e ambientais V (2) Indicación Geográfica Protegida (IGP): VII Política agroambiental: buenas
Vinhais» VIII Agricultura Biológica «Chorizo de carne o linguiça de condiciones agrícolas y medio
V (3) Vinhos Regionais: «Duriense» e IX Instalação de uma fábrica de lacticínios Vinhais» ambientales
«Transmontano» (Lactifec): com apoios do programa V (3) Vinos Regionales: «Duriense» y VIII Agricultura Biológica
VI Denominação de Origem (DO): «Carne Leader + «Trasmontano» IX Instalación de una fábrica de quesos
de Bísaro Transmontano» e Indicação X Sensibilizar de forma conjunta todos os VI Denominación de Origen (DO): «Carne (Lactifec): con apoyos del programa
Geográfica (IG): «Presunto de Vinhais agentes sócio-económicos de Bísaro Trasmontano» e Indicación Leader +
ou Presunto bísaro de Vinhais», «Alheira Geográfica (IG): «Jamón de Vinhais o X Sensibilizar de forma conjunta a todos
de Vinhais», «Butelo de Vinhais», Jamón bísaro de Vinhais», «Alheira de los agentes socioeconómicos
«Chouriço Azedo de Vinhais» e Vinhais», «Butelo de Vinhais»,
«Chouriço Doce de Vinhais» «Chorizo ágrio de Vinhais» y «Chorizo
VII Trabalho de sapateiro e produção de Dulce de Vinhais»
seda e rendas VII Producción de calzado, seda y encaje
VIII Acção Integrada de Base Territorial VIII Acción Integrada de Base Territorial
(AIBT): «Turismo e Património no Vale (AIBT): «Turismo y Patrimonio en el
do Côa» (2000-2006) Valle del Côa» (2000-2006)
IX Programa Iniciativa Comunitária Leader IX Programa Iniciativa Comunitaria Leader
+ Douro Superior, Associação de + Duero Superior, Asociación de
Desenvolvimento (DOURO SUPERIOR) Desarrollo (DUERO SUPERIOR)
X Associação Comercial, Industrial e X Asociación Comercial, Industrial y de
Serviços de Freixo de Espada à Cinta Servicios de Freixo de Espada à Cinta
(ACISFEC) (ACISFEC)

FONTE: Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta. FUENTE: Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta

96 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 97

NOVOS EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS NUEVOS EMPRENDIMIENTOS TURÍSTICOS


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Não existência de uma estratégica I Existência de um número elevado de I Inexistencia de una estrategia I Existencia de un número elevado de
concertada «que queremos fazer pelo Regiões de Turismo concertada «¿Qué queremos hacer por Regiones Turísticas
turismo?» II Processo da criação da Região de Turismo el turismo?» II Proceso de creación de la Región
II Falta de lojas de produtos regionais de Trás-os-Montes e Alto Douro II Falta de tiendas de productos regionales Turística de Trás-os-Montes y Alto Duero
agrícolas locais, artesanato, etc. (constituição de delegações) agrícolas locales, artesanía, etc. (constitución de delegaciones)
III Falta de oferta de lazer (desportos III Concorrência entre municípios vizinhos III Falta de oferta de ocio (deportes y III Competencia entre municipios vecinos
natureza) IV Falta de Formação Profissional no ramo aventura) IV Falta de Cualificación Profesional en el
IV Falta pessoal qualificado hoteleiro e da restauração IV Falta personal cualificado ramo hostelero y de restauración
V Falta de estabelecimientos de alojamento V Obras na barragem espanhola de Saucelle V Falta de establecimientos de alojamiento V Obras en el embalse español de Saucelle
turístico: em breve a vila terá um hotel (IBERDROLA) turístico: en breve el municipio tendrá (IBERDROLA)
com 63 quartos un hotel con 63 habitaciones

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Monumentos e Lugares de interese: I Plano Estratégico Nacional do Turismo I Monumentos y Lugares de interés: I Plan Estratégico Nacional de Turismo
Retábulo da Escola de Grão Vasco (PENT 2006-2015) Retablo de la Escuela de Grão Vasco (PENT 2006-2015)
II (1) Centro de Informação Transfronteiriço II (1) Programas Integrados Turísticos II (1) Centro de Información Transfronterizo II (1) Programas Integrados Turísticos
de Turismo (antigo posto da Guarda Estruturantes e de Base Regional de Turismo (antiguo puesto de la Estructurantes y de Base Regional
Fiscal) (PITER 2000) Guardia Fiscal) (PITER 2000)
II (2) Cais dos Mercadores (Mazouco) e Cais II (2) Instituto de Investimento Turismo: II (2) Muelle de los Comerciantes II (2) Instituto de Inversión en Turismo:
Fluvial de Lagoaça «Parque Ambiental da Seda» (PIQTUR) (Mazouco) y Muelle Fluvial de Lagoaça «Parque Ambiental de la Seda»
II (3) Barragens de Aldeadávila e Saucelle III Plano de Desenvolvimento Turístico do II (3) Embalses de Aldeadávila y Saucelle (PIQTUR)
(passeios em barco) Vale do Douro (PDTVD): «Douro, (paseos en barco) III Plan de Desarrollo Turístico del Valle
III Nova linha publicitária de produtos e Património Mundial» III Nueva línea publicitaria de productos del Duero (PDTVD): «Duero,
paisagens «Apaixone-se...» (roteiro IV Plano Estratégico de Promoção Turística y paisajes «Apaixone-se...» (Guía Patrimonio Mundial»
turístico) do Vale do Côa (PEPTVC) turística) IV Plan Estratégico de Promoción
IV (1) Praia fluvial da Congida: desportos V Promoçao turística dos municípios que IV (1) Playa fluvial de la Congida: deportes Turística del Valle del Côa (PEPTVC)
náuticos e da pesca desportiva integram a Associação Transfronteiriça náuticos y pesca deportiva V Promoción turística de los municipios
IV (2) Sociedade Transfronteiriza Congida-La das Arribas do Douro e Águeda IV (2) Sociedad Transfronteriza Congida-La que integran la Asociación
Barca Transportes Fluviais, Ldª. (Freixo (ATADA) Barca Transportes Fluviales S.L. (Freixo Transfronteriza de las Arribes del
de Espada à Cinta-Vilvestre) (18 de VI (1) Em face de preparação o Museu dos de Espada à Cinta-Vilvestre) (18 de Duero y del Águeda (ATADA)
octubre de 1999) Missionários e de Arte Sacra (abertura octubre de 1999) VI (1) En fase de preparación el Museo de
IV (3) Moradias «Douro Internacional» em 2008) IV (3) Viviendas del «Duero Internacional» los Misioneros y del Arte Sacro
(Congida) VII Recentemente criada a «Rota dos (Congida) (apertura en 2008)
V (1) Rota Turística do «Vinho do Porto» Concelhos Vinícolas» V (1) Ruta Turística del «Vino de Oporto» VII Reciente creación de la «Ruta de los
V (2) Festa das Vindimas (Rota do Vinho do VIII (1) Plano de Requalificação «Parque V (2) Fiesta de las Vendimias (Ruta del Vino Municipios Vinícolas»
Porto-Associação de Aderentes) Ambiental da Congida» (PIQTUR) de Oporto-Asociación de Adherentes) VIII (1) Plan de Recalificación «Parque
V (3) «Rota das Amendoeiras» e «Rota do VIII (2) Aldeamento turístico «Aldea Duero» V (3) «Ruta de los Almendros» y «Ruta del Ambiental de la Congida» (PIQTUR)
Azeite de Tras-os-Montes» (barragem de Saucelle): estreita relação Aceite de Trás-os-Montes» VIII (2) Aldea turística «Aldea Duero»
VI Itinerário «Calçada de Alpajares» de interacção com a Câmara Municipal VI Itinerario «Calzada de Alpajares» (Embalse de Saucelle): en estrecha
(Poiares): Comemoração dos 250 años IX (1) Turismo Rural, Ecológico e de Natureza (Poiares): Conmemoración de los 250 colaboración con la Câmara Municipal
da Região Demarcada do Douro Transfronteiriço años de la Región Demarcada del IX (1) Turismo Rural, Ecológico y de
VII GR-24 «Linha do Sabor» e PR 1 FEC IX (2) Turismo Sénior (INATEL) Duero Naturaleza Transfronterizo
«Vale da Ribeira do Mosteiro» IX (3) Práctica de Desportos Alternativos VII GR-24 «Linea del Sabor» y PR 1 FEC IX (2) Turismo para la tercera edad (INATEL)
VIII Percurso Pedestre «Ribeira de Mós» e X Privilejado destino turístico de «Valle de la Ribera del Mosteiro» IX (3) Prática de Deportes Alternativos
Percurso Pedestre «Arribas do Douro à Congressos Científicos e Reuniões VIII Rutas de Senderismo: «Ribera de X Privilegiado destino para el Turismo de
Senhora dos Montes Ermos» (Auditorio Municipal e Nave de Mós» y «Arribes del Duero hasta la Congresos, Científico y de Reuniones
IX Casa Museu de Guerra Junqueiro e Exposições) Señora de los Montes Ermos» (Auditorio Municipal y Nave de
Centro de Artesano da Seda IX Casa Museo de Guerra Junqueiro y Exposiciones)
X Miradouros: Penedo Durão, Centro de Artesanía de la Seda
Assumadouro y Alminhas (Poiares), X Mirador: Penedo Durão, Assumadouro
Cruzinha (Lagoaça), Carrascalinho y Alminhas (Poiares), Cruzinha
(Fornos), Colado (Mazouco) y (Lagoaça), Carrascalinho (Fornos),
Cabecinho (Freixo de Espada à Cinta) Colado (Mazouco) y Cabecinho (Freixo
de Espada à Cinta)

FONTE: Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta. FUENTE: Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 97
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 98

COOPERAÇÃO DA GESTÃO DOS RECURSOS NATURAIS COOPERACIÓN EN LA GESTION DE LOS RECURSOS NATURALES
FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Pouca educação em materia de meio I Catástrofes (incêndios florestais, I Escasa formación en materia medio I Catástrofes (incendios forestales,
ambiente e consciência ecológica desertificação, trombas de agua, vento, ambiental y escasa conciencia ecológica desertificación, trombas de agua, viento,
II Alteração na paisagem rural etc.) II Alteración del paisaje rural etc.)
III Abandono da cultura da amendoeira II Degradação ambiental numa zona de III Abandono de la cultura del almendro II Degradación ambiental en las zonas de
IV Problema no abastecimiento domiciliário nidificação de aves IV Problemas en el abastecimiento nidificación de aves
de agua no Verão III Definição de estratégias ao futuro do domiciliario de agua en el verano III Ausencia de estrategias para el futuro
V Prevenção dos fogos florestais Parque Natural (PNDI) V Prevención de incendios forestales del Parque Natural (PNDI)
IV Aumento do uso de agroquímicos IV Aumento del uso de agroquímicos
V Abandono progressivo da propriedade V Abandono progresivo de las
propiedades

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Sítios de interesse geológico: Cabeço da I Projectos no futuro Instrumento I Sitios de interés geológico: Cabeço da I Presentación de Proyectos al futuro
Urca, Ribeira do Mosteiro, Calçada de Financeiro para o Ambiente LIFE + Urca, Ribera del Mosteiro, Calzada de Instrumento Financiero para el Medio
Alpajares, Muro de Abalona e Penedo (2007-2013) Alpajares, Muro de Abalona y Penedo Ambiente LIFE + (2007-2013)
Durão II Estratégia Nacional de Desenvolvimento Durão II Estrategia Nacional para el Desarrollo
II Gestão transfronteiriça conjunta dos Sustentável (ENDS 2005-2015) e Plano II Gestión transfronteriza conjunta de los Sostenible (ENDS 2005-2015) y Plan
recursos hidrológicos do Douro de Implementação da Estratégia Nacional recursos hidrológicos del Duero de Implementación de la Estrategia
III Maior mancha de lodões (Celtis australis) de Desenvolvimento Sustentável III Mayor mancha de almeces (Celtis Nacional de Desarrollo Sostenible
da Europa (PIENDS) australis) de Europa (PIENDS)
IV Raridade botânica: «Açucena campestre» III Plano de Acção Nacional de Combate à IV Flora autóctona: «Azucena campestre» III Plan de Acción Nacional de Lucha
ou «Açucena dos campos» Desertificação: «2006 Internacional dos o «Azucena de campos» contra la desertificación: «2006
V Espécie em perigo de extinção: Cegonha- Desertos e da Desertificação» V Especie en peligro de extinción: Cigüeña Internacional de los Desiertos y de la
negra IV Plano Regional de Ordenamento Florestal negra Desertificación»
VI Parque Natural do «Douro Internacional» (PROFs): Douro VI Parque Natural del «Duero IV Plan Regional de Ordenación Forestal
Internacional» (PROFs): Duero
VII Zonas de Protecção Especial (ZPE): V Associação Florestal de Trás-os-Montes e
VII Zonas de Protección Especial (ZPE): V Asociación Forestal de Trás-os-Montes y
Douro Internacional e Vale do Rio Águeda Alto Douro
Duero Internacional y Valle del Río Alto Duero
VIII Sitios da Rede Europeia «Natura 2000»: VI Plano de Sensibilização Ambiental Águeda VI Plan de Sensibilización Ambiental
Douro Internacional (PTCON0022) (empresa Resíduos do Nordeste) VIII Espacios de la Red Europea «Natura (empresa Residuos del Nordeste)
IX Nova forma de tratar o lixo: os Ecopontos VII Dias Verdes: conhecer o melhor da Rede 2000»: Duero Internacional VII Días Verdes: conocer lo mejor de la Red
e construção do Ecocentro Municipal Natura 2000 (Instituto da Conservação da (PTCON0022) Natura 2000 (Instituto para la
X Constitução da Comissão Municipal de Natureza e da Biodiversidade) IX Nuevas formas de tratamiento de Conservación de la Naturaleza y la
Defesa da Floresta Contra Incêndios VIII Estudos de impacte ambiental residuos: los Ecopuntos y construcción Biodiversidad)
(2004) IX Adesão à Fundação Museu do Douro del Ecocentro Municipal VIII Estudios de impacto ambiental
(2004) X Constitución de la Comisión Municipal IX Adhesión a la Fundación Museo del
X Elaboração da Agenda 21 Local e medidas de Lucha contra Incendios (2004) Duero (2004)
de implementação (2004): Inovação X Elaboración de la Agenda Local 21 y
Projectos e Iniciativas Lda. (IPI) medidas de implementación (2004):
Innovación Proyectos e Iniciativas Lda. (IPI)

FONTE: Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta. FUENTE: Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta

98 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 99

RECUPERAR É VALORIZAR O PATRIMÓNIO CULTURAL RECUPERAR Y PONER EN VALOR EL PATRIMONIO CULTURAL


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Identificar os elementos do património I Tradições em risco de extinção pelas I Identificar los elementos del patrimonio I Tradiciones en riesgo de desaparición
cultural em todas as suas vertentes: tendências gerais da globalização cultural en todas sus vertientes: por la tendencia generalizada hacia la
arquitectónico, arqueológico e paisagístico II Inexistencia de políticas gerais de arquitectónica, arqueológica y globalización
II Valorizar o património concelhio: preservação do patrimonio imaterial paisajística II Inexistencia de políticas generales de
tratamento da seda natural, etc. III Despovoamento das aldeias II Escasa valoración del patrimonio preservación del patrimonio inmaterial
III Pouca divulgação das actividades IV Degradação do patrimonio por falta de municipal: tratamiento de la seda III Despoblamiento de las aldeas
tradicionais: usos, crenças, linguagem rentabilidade económica natural, etc. IV Degradación del patrimonio por falta de
oral, lendas, etc. V Falta de investimento na divulgação do III Poca divulgación de las actividades rentabilidad económica
tradicionales: usos, creencias, lenguaje V Falta de inversión en la divulgación del
IV Acentuada degradação do patrimonio património
oral, leyendas, etc. patrimonio
edificado das aldeias IV Acentuada degradación del patrimonio
V Carência de sinalização monumental de las aldeas
V Ausencia de señalización

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Boa manutenção dos monumentos: I Protocolo com o Instituto de Gestão do I Buena conservación de los I Acuerdo con el Instituto de Gestión del
fontes históricas e zonas envolventes, Património Arquitectónico e monumentos: fuentes históricas y de Patrimonio Arquitectónico y
cruzeiros, etc. Arqueológico (IGESPAR) su entorno, cruceros, etc. Arqueológico (IGESPAR)
II Vila portuguesa com maior número de II Centro Nacional de Arte Rupestre II Ciudad portuguesa con mayor número II Centro Nacional de Arte Rupestre
casas manuelinas III (1) Fundação Maria Isabel Guerra Junqueiro de casas manuelinas III (1) Fundación Maria Isabel Guerra
III Riqueza arqueológica ainda por e Luís de Mesquita Carvalho (Porto): III Riqueza arqueológica todavía por Junqueiro y Luís de Mesquita Carvalho
desvendar no concelho: Gravuras casa natal do poeta e «Quinta da recuperar en el municipio: Grabados (Oporto): casa natal del poeta y
Rupestres (Mazouco) e Pinturas Batoca» Rupestres (Mazouco) y Pinturas «Quinta da Batoca»
Rupestres da Fraga do Gato (Poiares) IV Fundação Jorge Álvares (Lisboa) Rupestres de la Fraga del Gato IV Fundación Jorge Álvares (Lisboa)
IV Castelo de Freixo de Espada à Cinta e V Premio Nacional de Poesia Guerra (Poiares) V Premio Nacional de Poesía Guerra
ruinas da antiga vila amuralhada de Alva Junqueiro IV Castillo de Freixo de Espada à Cinta y Junqueiro
(Poiares) VI Projecto Europeu da Seda ruinas de la antigua ciudad amurallada VI Proyecto Europeo de la Seda
V Pelourinho (Freixo de Espada à Cinta) e VII Projecto «Aldeias Fronteiriças» de Alva (Poiares) VII Proyecto «Aldeas Fronterizas»
Cruzeiros (Lagoaça) V Picota (Freixo de Espada à Cinta) y (Lagoaça)
VI Igrejas e Capelas: Freixo de Espada à VIII Programa de Acção de Formação sobre Cruceros VIII Programa de Formación sobre el Arte
Cinta e Fornos Arte Rupestre VI Iglesias y Capillas: Freixo de Espada à Rupestre
VII Festas: «Sete Passos» (sextas feiras da IX Aula Arqueológica/Centro Interpretativo Cinta y Fornos IX Clase Arqueológica/Centro
Quaresma) e Nossa Senhora dos Montes do «Cavalo de Mazouco» (Mazouco) VII Fiestas: «Siete Pasos» (viernes de la Interpretativo del «Caballo de
Ermos X Estudo do Património Arqueológico, Cuaresma) y Nuestra Señora de los Mazouco» (Mazouco)
VIII Fumeiro tradicional, o queijo de ovelha Arquitectónico e Paisagístico do Montes Ermos X Estudio del Patrimonio Arqueológico,
ou cabra, os doces de amêndoa e ovos, a Concelho (empresa PRIMITEMOUS- VIII Embutido tradicional, queso de oveja o Arquitectónico y Paisajístico del
empada (folar da Páscoa), a azeitona Serviços Arqueológicos LDA) cabra, dulces de almendra y huevos, Municipio (empresa PRIMITEMOUS-
certificada «Negrinha de Freixo» e o empanadilla (folar de la Páscoa), Servicios Arqueológicos LDA)
azeite virgem aceituna certificada «Negrinha de
IX Promoção do artesanato: criação do Freixo» y aceite de oliva virgen
bicho da seda e extracção da seda por IX Promoción de la artesanía: cría del
processos artesanais gusano de seda y extracción de la seda
X (1) Associação de Estudo, Defesa e mediante procesos artesanales
Promoção do Artesanato de Freixo de X (1) Asociación para el Estudio, Defensa y
Espada à Cinta (AEDPAFEC) Promoción de la Artesanía de Freixo de
X (2) Protocolo de colaboração com a Espada à Cinta (AEDPAFEC)
Associação de Proprietários de Pombais X (2) Acuerdo de colaboración con la
Tradicionais do Nordeste Transmontano Asociación de Propietarios de
(PALOMBAR) Palomares Tradicionales del Nordeste
Trasmontano (PALOMBAR)

FONTE: Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta. FUENTE: Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 99
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 100

Finalmente, o resumo territorial, do concelho de Mogadouro mos- Finalmente, el resumen territorial del concelho de Mogadouro
tra um extenso território (762,48 km2) encurralado pelas cicatrizes das muestra un extenso territorio (762,48 km2), encajonado por las cicatri-
correntes fluviais do Douro, Sabor e Angueira e com grandes contrastes ces de las corrientes fluviales del Duero, Sabor, Maças y Angueira, y
na distribuição interna da população. A sede de concelho concentra uma con grandes contrastes en la distribución interna de la población. La
grande parte dos recursos humanos e das actividades industriais e comer- cabecera del concelho concentra gran parte de los recursos humanos y
de las actividades industriales y comerciales. El resto del territorio se
ciais. O resto do território dedica-se à agricultura e à criação de gado,
dedicada a la agricultura y a la ganadería, con ayuda de la política
com a ajuda da política agrícola comum, o que permite manter uma pai-
agrícola común, lo que permite mantener un paisaje ecocultural inalte-
sagem eco-cultural inalterada e numerosas produções protegidas (vinhos, rado y numerosas producciones protegidas (vinos, quesos, almendras,
queijos, amêndoas, mel, carnes e enchidos). O equilíbrio milenar entre as miel, carnes y embutidos). El equilibrio milenario entre las labores cul-
actividades culturais e a natureza, sem grandes impactos salvo pelos turales y la naturaleza, sin grandes impactos salvo por los fuegos fores-
fogos florestais, possibilitou a protecção das áreas e habitats sensíveis. As tales, ha posibilitado la protección de las áreas y hábitats sensibles. Las
grandes forças em matéria de meio ambiente achados pré-históricos e grandes fortalezas en materia medioambiental y en restos prehistóri-
etnográficos orientam o concelho para o fomento do turismo. cos y etnográficos orientan al concelho hacia el fomento del turismo.

DEMOGRAFÍA E TERRITÓRIO DEMOGRAFÍA Y TERRITORIO


FRAQUEZAS AMEAÇAS AMENAZAS
I Recessão demográfica acentuada em I Previsão de um decréscimo da população I Regresión demográfica acentuada en I Previsión de un descenso de la
grande parte das freguesias (- 42,56% residente gran parte de las aldeas (- 42,56% población residente
1950-2006) II Isolamento geográfico e esvaziamento 1950-2006) II Aislamiento geográfico y pérdida
II Saldo migratório negativo populacional progressivo II Saldo migratorio negativo paulatina de población
III Baixa taxa de fecundidade III Povoamento disperso que dificulta a III Baja tasa de fecundidad III Población dispersa que dificulta la
IV Crescimento natural negativo (- 0,94%) instalação de infraestructuras, tornando-as IV Crecimiento natural negativo (– 0,94%) instalación de infraestructuras, que se
V População envelhecida (27,38 % a onerosas V Población envejecida (27,38 % a vuelven por ello más costosas
31/12/2005) IV Diminuição do número de crianças das 31/12/2005) IV Disminución del número de niños de los
VI Bajo nivel de formación pueblos
VI Baixo nivel de instrução aldeias
VII Índices de dependencia elevados V Falta de incentivos para la fijación de la
VII Índices de dependência elevados V Falta de incentivos à fixação da população VIII Elevada dependencia del sector primario población
VIII Elevada dependência do sector primário VI Atrasos na concretização dos grandes IX Municipio extenso con 28 aldeas y 56 VI Retrasos en el avance de los grandes
IX Concelho extenso com 28 freguesias e 56 projectos em curso no domínio das poblaciones de reducida densidad proyectos relacionados con vías de
povoações e reduzida densidade acessibilidades demográfica (14 hab./km ) 2
comunicación
demográfica (14 hab./km2) VII Melhoría das ligações internacionais X Concentración de la población en el VII Mejora de las relaciones internacionales
X Concentração de população na sede de VIII Encerramento das escolas do ensino núcleo del municipio VIIICierre de las escuelas de enseñanza
concelho primário primaria
IX Falta de atrativo à fixação dos jovens IX Falta de atractivos para la fijación de
X Revisão do Plano Director Municipal población joven
(PDM) X Revisión del Plan Director Municipal
(PDM)

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Proximidade com Espanha I Programa Nacional da Política de I Proximidad con España I Programa Nacional de Política de
II Rede Municipal de Estradas (estradas e Ordenamento do Territorio (PNPOT) II Red Municipal de Carreteras (carreteras Ordenación Territorial (PNPOT)
caminhos) II Prioridades no Plano Rodoviário da y caminos) II Prioridades en el Plan de Carreteras de
III Centros aptos para formação região: IC5 e IP2 III Centros adecuados para la formación la Región: IC5 e IP2
IV Carta Educativa III Implementação de cursos profissionais IV Carta Educativa III Puesta en marcha de cursos
V Existência de varias entidades acreditadas tecnológicos V Existencia de varias entidades profesionales y tecnológicos
para formação IV Investimento na formação e qualificação acreditadas para la formación IV Inversión en la formación y cualificación
da população de la población
V Acesso à internet V Acceso a Internet

FONTE: Câmara Municipal de Mogadouro. FUENTE: Câmara Municipal de Mogadouro

100 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 101

ACÇÃO SOCIAL ACCIÓN SOCIAL


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Índice de dependência e envelhecimento I Aumento da população idosa I Índices de dependencia y envejecimiento I Aumento de la población de mayor edad
elevados II Aumento da procura e da necessidade de elevados II Aumento de la demanda y de la
II Povoamento disperso que dificulta a serviços de apoio II Población dispersa que dificulta la necesidad de servicios de asistencia
instalação de infraestructuras III Aumento dos índices de dependência instalación de infraestructuras III Aumento de los índices de dependencia
III Deficit de apoio à terceira idade (número IV Encerramento de serviços públicos III Apoyo deficitario a la tercera edad (escaso IV Cierre de servicios públicos
de vagas nos Lares) V Falta de Redes de Apoio exógeno número de plazas en las residencias) V Falta de Redes de Apoyo exógeno
IV Existencia de alunos com problemas IV Existencia de alumnos con problemas
sociais e familiares sociales y familiares
V Lacunas no apoio domiciliário V Vacío legal en la ayuda a domicilio

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Unidade de Cuidados Continuados I Fundos do Instituto do Emprego e I Unidad de Cuidados Continuados I Fondos del Instituto de Empleo y
Integrados Formação Profissional (IEFP) Integrados Formación Profesional (IEFP)
II Novo Centro de Saúde II Programa de Acção Intermunicipal de II Nuevo Centro de Salud II Programa de Acción Intermunicipal de
III Instituições Particulares de Solidariedade Serviços Colectivos Territoriais de III Instituciones Particulares de Solidaridad Servicios Colectivos Territoriales de
Social (IPSS) com valências de Centro de Proximidade NUTS III Alto Trás-os- Social (IPSS) con funciones de Centro de Proximidad NUTS III Alto Trás-os-Montes
Dia/Lar/Apoio Domiciliário Montes (2007-2010) Día/Residencia/Ayuda a Domicilio (2007-2010)
IV Eventos culturais anuais III Rede Distrital de Unidades de Cuidados IV Eventos culturales anuales III Red Distrital de Unidades de Cuidados
V Grande número de associações culturais Continuados Integrados V Gran número de asociaciones culturales Continuados Integrados
IV Novas competências para as autarquias IV Nuevas competencias para las
locais autarquías locales
V Envolvimento em parcerias e articulação V Participación en acuerdos y colaboración
entre os serviços e as instituções entre los servicios y las instituciones

FONTE: Câmara Municipal de Mogadouro. FUENTE: Câmara Municipal de Mogadouro

ECONOMIA ECONOMÍA
FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Localização geográfica periférica I Linhas estratégicas, prioridades e I Localización geográfica periférica I Líneas estratégicas, prioridades y
II Declínio das actividades agrícolas objectivos das políticas agrícolas (PAC 26 II Disminución de las actividades agrícolas objetivos de las políticas agrícolas (PAC
III Fraco desenvolvimento industrial de Junho de 2003) III Escaso desarrollo industrial 26 de Junio de 2003)
IV Falta de associativismo empresarial II Falta de canais de distribuição e IV Falta de tejido asociativo empresarial II Falta de canales de distribución y
V Falta de preparação do tecido empresarial comercialização dos produtos de V Falta de preparación del tejido comercialización de los productos de
qualidade: azeite, vinho, castanha, cereja e empresarial calidad: aceite, vino, castaña, cereza y
amêndoa almendra
III Dotação de serviços e equipamentos III Dotación de servicios y equipamientos
públicos públicos
IV Competição e poder de atracção de outros IV Competencia y poder de atracción de
aglomerados otros núcleos de población
V Melhoria das acessibilidades aérea a V Mejora de los accesos aéreos a
Mogadouro Mogadouro
FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES
I Lançamento de Obras Públicas I Quadro de Referência Estratégico I Promoción de Obras Públicas ICuadro de Referencia Estratégico
Municipais Nacional (QREN 2007-2013) Municipales Nacional (QREN 2007-2013)
II Zona Industrial de Mogadouro II Programa Operacional Regional Norte II Zona Industrial de Mogadouro II Programa Operacional Regional Norte
III Associação Comercial, Industrial e (2007-2013) III Asociación Comercial, Industrial y de (2007-2013)
Serviços de Mogadouro (ACISM) III Programa de Acção Intermunicipal de Servicios de Mogadouro (ACISM) III Programa de Acción Intermunicipal de
IV Aproveitamento Hidroeléctrico do Serviços Colectivos Territoriais de IV Aprovechamiento Hidroeléctrico del Servicios Colectivos Territoriales de
Douro Internacional - Barragem de Proximidade (2007-2013) Duero Internacional - Embalse de Proximidad (2007-2013)
Bemposta IV (1) Programa Operacional de Cooperação
V Aeródromo municipal de Mogadouro Territorial Transfronteiriça (Portugal- Bemposta IV (1) Programa Operacional de Cooperación
Espanha) V Aeródromo municipal de Mogadouro Territorial Transfronteriza (Portugal-España)

(continua em seguinte página) (continúa en página siguiente)

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 101
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 102

ECONOMIA ECONOMÍA
FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES
VI Feira dos Gorazes de Mogadouro (15 e IV (2) Programa Operacional de Cooperação VI Feria de los Gorazes de Mogadouro IV (2) Programa Operacional de Cooperación
16 de Outubro) Transnacional Espaço Atlântico (2007- (15 y 16 de Octubre) Transnacional Espacio Atlántico (2007-
VII (1) Denominação de Origem Protegida 2013) VII (1) Denominación de Origen Protegida 2013)
(DOP): «Trás-os-Montes», «Carne V (1) Plano Estratégico Nacional (PEN) para o (DOP): «Trás-os-Montes», «Carne V (1) Plan Estratégico Nacional (PEN) para el
Mirandesa», «Borrego Terrincho», Desenvolvimento Rural Mirandesa», «Borrego Terrincho», Desarrollo Rural
«Cabrito Transmontano», «Queijo V (2) Programa de Desenvolvimento Rural «Cabrito Transmontano», «Queso V (2) Programa de Desarrollo Rural
Terrincho», «Queijo de Cabra Continente (PDRc), 2007-2013 Terrincho», «Queso de Cabra
Continente (PDRc), 2007-2013
Transmontano», «Mel da Terra Quente» VI Planos Estratégicos de Fileira para o Trasmontano», «Miel de la Tierra
e «Amêndoa Douro» Azeite, Frutas e Vinho Caliente» y «Almendra del Duero» VI Planes Estratégicos de Filera para el
VII (2) Indicação Geográfica Protegida (IGP): VII Criação de «Cozinhas Regionais» VII (2) Indicación Geográfica Protegida (IGP): Aceite, Frutas y Vino
«Chouriça de carne ou linguiça de ligadas à produção e transformção de «Chorizo de carne o linguiça de VII Creación de «Cocinas Regionales»
Vinhais» produtos locais «Incubação de Vinhais» ligadas a la producción y
VII (3) Vinhos Regionais: «Transmontano» empresas» (Direcção Regional de VII (3) Vinos Regionales: «Trasmontano» transformación de productos locales
VII (4) Denominação de Origem (DO): «Carne Agricultura de Tras-os-Montes) VII (4) Denominación de Origen (DO): «Carne «Viveros de empresas » (Dirección
de Bísaro Transmontano» e Indicação VIII Desenvolvimento da produções de Bísaro Trasmontano» e Indicación Regional de Agricultura de Trás-os-
Geográfica (IG): «Presunto de Vinhais ecológicas Geográfica (IG): «Jamón de Vinhais o Montes)
ou Presunto bísaro de Vinhais», «Alheira IX Plantas aromáticas e medicinais Jamón bísaro de Vinhais», «Alheira de VIII Desarrollo de las producciones
de Vinhais», «Butelo de Vinhais», X Energias renováveis e biocombustíveis Vinhais», «Butelo de Vinhais», ecológicas
«Chouriço Azedo de Vinhais» e «Chorizo agrio de Vinhais» y «Chorizo IX Plantas aromáticas y medicinales
«Chouriço Doce de Vinhais» Dulce de Vinhais» X Energías renovables y biocombustibles
VIII Acção Integrada de Base Territorial VIII Acción Integrada de Base Territorial
(AIBT): «Turismo e Patrimonio no Vale (AIBT): «Turismo e Patrimonio en el
do Côa» (2000-2006) Valle del Côa» (2000-2006)
IX Programa Iniciativa Comunitária Leader IX Programa Iniciativa Comunitaria Leader
+ Douro Superior, Associação de + Duero Superior, Asociación de
Desenvolvimento (DOURO SUPERIOR) Desarrollo (DUERO SUPERIOR)
X Criação de gado alternativo: coelhos, X Cría de ganado alternativo: conejos,
avestruzes, etc. avestruces, etc.

FONTE: Câmara Municipal de Mogadouro. FUENTE: Câmara Municipal de Mogadouro

INVESTIMENTOS TURÍSTICOS INVERSIONES TURÍSTICAS


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Falta de investimentos privados I Falta de melhores acessibilidades I Falta de inversiones privadas I Falta de mejores vías de comunicación
II Falta de qualidade no alojamento II Falta de promoção da região II Falta de Calidad en el alojamiento II Falta de promoción de la región
(hotelaria e turismo rural) III Falta de apoios a investimentos turísticos (hostelería y turismo rural) III Falta de apoyos a las inversiones
III Acessibilidade dos recursos turísticos IV Falta de coordenação regional III Accesibilidad de los recursos turísticos turísticas
(ambientais e património cultural) V Risco de instalação de centrais ou lixeiras (medioambientales y patrimonio cultural) IV Falta de coordinación regional
IV Pouca promoção e divulgação dos nucleares IV Poca promoción y divulgación de los V Riesgo de instalación de centrales o
recursos turísticos recursos turísticos basureros nucleares
V Falta de divulgação turística do concelho V Falta de promoción turística del municipio

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Caça diversa: lebre, coelho, perdiz e javali I Plano Estratégico Nacional do Turismo I Caza diversa: liebre, conejo, perdiz y jabalí I Plan Estratégico Nacional para el
II (1)
«Rota do Azeite de Trás-os-Montes» (PENT 2006-2015) II (1) «Ruta del Aceite de Trás-os-Montes» Turismo (PENT 2006-2015)
II (2)
Rota e Festa «Amendoeiras em Flor» II Plano de Desenvolvimento Turístico do II (2) Ruta y Fiesta «Almendros en Flor» II Plan de Desarrollo Turístico del Valle del
IIIRota dos «Castros e Berrões» Vale do Douro (PDTVD) III Ruta de los «Castros y Verracos» Duero (PDTVD)
(INTERREG III-A): Castelo dos Mouros III Plano Estratégico de Promoção Turística (INTERREG III-A): Castillo de los Moros III Plan Estratégico de Promoción Turística
(Vilarinho dos Galegos) e Santiago do Vale do Côa (PEPTVC) (Vilarinho dos Galegos) y Santiago del Valle del Côa (PEPTVC)
(Santiago) IV Condições para o crescimento de turismo (Santiago) IV Condiciones para el crecimiento del
IV Roteiro Mariano rural e agro-turismo IV Ruta Mariana turismo rural y agro-turismo
V GR-24 «Linha do Sabor» V Percursos pedestres e BTT: Rota do V GR-24 «Línea del Sabor»
VI Sala Museu de Arqueologia V Rutas de Senderismo y BTT: Ruta del
Monóptero, Rota da Serra da Castanheira, VI Sala Museo de Arqueología
(Mogadouro) e Museu de Arte Sacra Monóptero, Ruta de la Sierra de la
Rota das Aldeias Típicas, Rota da Ponte (Mogadouro) y Museo del Arte Sacro
(Azinhoso) Castanheira, Ruta de las Aldeas Típicas,
(Azinhoso)

(continua em seguinte página) (continúa en página siguiente)

102 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 103

INVESTIMENTOS TURÍSTICOS INVERSIONES TURÍSTICAS


FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES
VII Artesanato: bordados e rendas, Medieval, Rota dos Castros e Rota da Faia VII Artesanía: bordados y encajes, tejido del Ruta del Puente Medieval, Ruta de los
tecelagem do linho, da lã e do algodão e da Agua Alta lino, de la lana y del algodón y Castros y Ruta de la Faia del Agua Alta
reprodução das casas típicas VI Construcção de um campo de golfe reproducción de las casas típicas VI Construcción de un campo de golf
transmontanas VII Criação de uma marca da região transmontanas VII Creación de una marca de la región
VIII Tradição gastronómica da terra VIII Incentivo à criação de lojas de venda de VIII Tradición gastronómica de la tierra VIII Incentivo a la creación de tiendas de
transmontana (pratos regionais): posta produtos regionais e restaurantes com transmontana (platos regionales): posta venta de productos regionales y
mirandesa, marrã, presunto, enchidos, cozinha regional mirandesa, marrã, jamón, henchidos, restaurantes con cocina regional
alheira, queijos de ovelha, folares da alheira, quesos de oveja, folares da
Páscoa e mel IX Promoção e venda de produtos regionais IX Promoción y venta de productos
Páscoa y miel
IX Miradouros: Alto da Castanheira, Santa certificados IX Miradores: Alto de la Castanheira, Santa regionales certificados
Bárbara (Bemposta), São Cristóvão X Turismo de Natureza (Instituto da Bárbara (Bemposta) y São Cristóvão X Turismo de Naturaleza (Instituto para la
(Mogadouro) Conservação da Natureza e da (Mogadouro) Conservación de la Naturaleza y de la
X Posto de Turismo em Mogadouro Biodiversidade) X Oficina de Turismo en Mogadouro Biodiversidad)

FONTE: Câmara Municipal de Mogadouro. FUENTE: Câmara Municipal de Mogadouro

GESTÃO EQUILIBRADA DOS RECURSOS NATURAIS GESTIÓN EQUILIBRADA DE LOS RECURSOS NATURALES
FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Falta de sensibilização ambiental das I Redução substancial da taxa de I Falta de sensibilización medioambiental I Reducción substancial de la tasa de
populações locais biodiversidade de las poblaciones locales biodiversidad
II Abandono das terras agrícolas II Fragmentação dos habitats naturais II Abandono de las tierras agrícolas II Fragmentación de los hábitats naturales
III Problemas de poluição associados a III Lixeiras, incêndios florestais, etc. III Problemas de contaminación asociados III Basureros, incendios forestales, etc.
estábulos e salas de ordenha IV Políticas e planos de gestão para a Rede a los establos y salas de ordeño IV Políticas y planes de gestión para la Red
IV Falta de protecção da floresta Natura 2000 IV Falta de protección de la floresta Natura 2000
V Impactos ambientais negativos V Plano de Ordenamento do Parque Natural V Impactos medioambientales negativos V Plan de Ordenamiento del Parque Natural
do «Douro Internacional» (POPNDI) del «Duero Internacional» (POPNDI)
FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES
I Sítios de interesse geológico: Miradouro I Década da Educação para o I Lugares de interés geológico: Mirador I Década de la Educación para el
da Capela de Santa Barbara (Bemposta), Desenvolvimento Sustentável, 2005-2014 de la Capilla de Santa Bárbara Desarrollo Sostenible, 2005-2014
Cadouço (Vilarinho dos Galegos) e Faia (Nações Unidas) (Bemposta), Cadouço (Vilarinho dos (Naciones Unidas)
de Água Alta (Lamoso) II Estratégia Nacional de Desenvolvimento Galegos) y Faia de Água Alta (Lamoso) II Estrategia Nacional de Desarrollo
II Diversidade da paisagem naturais: Arribas Sustentável (ENDS 2005-2015) II Diversidad del paisaje natural: Arribes
del Duero, Valle mediterráneo del Sabor Sostenible (ENDS 2005-2015)
do Douro, Vale mediterrânico do Sabor e III Plano Regional de Ordenamento Florestal III Plan Regional de Ordenación Forestal
Planalto Mirandês y Planalto Mirandês
(PROF): Nordeste III Extensos y bien conservados encinares y (PROF): Nordeste
III Extensos e bem conservados azinhais e IV Agenda 21 Local do Nordeste IV Agenda Local 21 del Nordeste
sobreirais de Trás-os-Montes alcornocales de Trás-os-Montes
IV Importante comunidade de aves: Águia de Transmontano IV Importante población de aves: Águila Trasmontano
V Orientações em matéria de ordenamento e perdicera, Águila real, Alimoche y V Orientaciones en materia de ordenación
Bonelli, Águia-real, Abutre do Egipto e Cigüeña negra
Cegonha-preta gestão sustentável do território y gestión sostenible del territorio
VI Gestão equilibrada e duradoura dos V Mosaico agro forestal: tierras cultivadas VI Gestión equilibrada y duradera de los
V Mosaico agro florestal: terras cultivadas (centeno, olivo, almendro, viña, etc.),
(centeio, oliveira, amendoeira, vinha, etc.), recursos naturais forestal (pinos, alcornoques y castaños) recursos naturales
florestal (pinheiros, sobreiros e castanheiros) VII Dias Verdes: conhecer o melhor da Rede y pastos naturales «lameiros» VII Días Verdes: conocer lo mejor de la Red
e pastagens naturais «lameiros» Natura 2000 (Instituto da Conservação da VI Parque Natural del «Duero Natura 2000 (Instituto para la
VI Parque Natural do «Douro Internacional» Natureza e da Biodiversidade) Internacional» Conservación de la Naturaleza y la
VII Zonas de Protecção Especial (ZPE): VIII Criação de postos de observação de aves VII Zonas de Protección Especial (ZPE): Biodiversidad)
Douro Internacional e Vale do Rio Águeda na zona do Parque Natural do «Douro Duero Internacional, Valle del Río VIII Creación de puestos de observación de
e Rios Sabor e Maçãs Internacional» Águeda y Ríos Sabor y Manzanas aves en la zona del Parque Natural del
VIII Sitios da Rede Europeia «Natura 2000»: IX Sensibilização em materia de meio VIII Lugares de la Red Europea «Natura «Duero Internacional»
Rios Sabor e Maçãs (PTCON0021), 2000»: Ríos Sabor y Manzanas
ambiente das escolas (PTCON0021), Duero Internacional IX Sensibilización en las escuelas en
Douro Internacional (PTCON0022) e X Conclusão do Sistema de Tratamento de materia de medio ambiente
Morais (PTCON0023) (PTCON0022) y Morais (PTCON0023)
Águas Residuais (ETAR) IX Acciones de prevención y protección de X Finalización del Sistema de Tratamiento
IX Acções de prevenção e protecção da
floresta contra incêndios la vegetación contra los incendios de Aguas Residuales (ETAR)
X Aproveitamento de cogumelos e fungos X Aprovechamiento de champiñones y
hongos (Asociación Micológica «A
(Associação Micológica «A Pantorra») Pantorra»)

FONTE: Câmara Municipal de Mogadouro. FUENTE: Câmara Municipal de Mogadouro

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 103
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 104

RECUPERAÇÃO DO PATRIMÓNIO CULTURAL RECUPERACIÓN DEL PATRIMONIO CULTURAL


FRAQUEZAS AMEAÇAS DEBILIDADES AMENAZAS
I Valorização e protecção precária do I Desinteresse pela conservação geral do I Escasa valoración y protección precaria del I Desinterés por la conservación general
património pela população residente património cultural patrimonio por la población residente del patrimonio cultural
II Desconhecimento da realidade da II Destruição de bens patrimoniais locais II Desconocimiento del estado de II Destrucción de bienes patrimoniales
conservação de alguns locais arqueológicos devido a interesses económicos conservación de algunos lugares locales debido a los intereses
III Abandono do património pela falta de III Perda de tradições por razão do arqueológicos económicos
funcionalidade despovoamento III Abandono del patrimonio por falta de III Pérdida de tradiciones debido a la
IV Dificuldade de transmissão do saber-fazer IV Falta de investigação e de apoio técnico utilidad despoblación
às gerações futuras V Falta de estratégias regionais de IV Dificultad de transmisión del saber IV Falta de investigación y de apoyo
V Fraco envolvimento das associações do valorização do património cultural popular a las generaciones futuras técnico
património cultural V Escasa implantación de las asociaciones V Falta de estrategias regionales de puesta
relacionadas con el patrimonio cultural en valor del patrimonio cultural

FORÇAS OPORTUNIDADES FORTALEZAS OPORTUNIDADES


I Arte rupestre (Fraga da Letra - Penas I Programa de Cooperação Transfronteiriça I Arte rupestre (Fraga da Letra - Penas I Programa de Cooperación
Róias) e Vestígios arqueológicos: INTERREG III A «Mascaradas: Róias) y Vestigios arqueológicos: Transfronteriza INTERREG III A
Castros de Santiago, Castro Vicente e Promoção Turística Cultural Castros de Santiago, Castro Vicente «Mascaradas: Promoción Turística
Vilarinho dos Galegos Transfronteiriça» (SP2.P49/03 2000-2006) y Vilarinho dos Galegos Cultural Transfronteriza» (SP2.P49/03
II Castelos de Mogadouro, Penas Roias e (http://www.mascaraiberica.com) II Castillos de Mogadouro, Penas Roias 2000-2006)
Urrós II Novo Programa Europeu «Cultura 2007- y Urrós (http://www.mascaraiberica.com)
III Pelourinhos (Azinhoso, Bemposta, 2013» III Picotas (Azinhoso, Bemposta, Castro II Nuevo Programa Europeo «Cultura
Castro Vicente, Mogadouro e Penas III Associação para a Promoção, Gestão e Vicente, Mogadouro y Penas Roias) y 2000»
Roias) e Cruzeiros Desenvolvimento do Turismo Cultural Cruceros III Asociación para la Promoción, Gestión e
IV Igrejas: Azinhoso (século XII), Portugués (Progestur) IV Iglesias: Azinhoso (siglo XII) y Algosinho Desarrollo del Turismo Cultural
Algosinho (http://www.progestur.net) V Patrimonio arquitectónico: Solar de Portugués (Progestur)
V Património arquitectónico: Solar dos IV Confraria dos Enófilos e Gastrónomos de los Pimentéis (Castelo Branco), (http://www.progestur.net)
Pimentéis (Castelo Branco), Trás-os-Montes e Alto Douro VI Palomares, bodegas, fuentes, puentes IV Cofradía de los Enófilos y Gastrónomos
VI Pombais, bodegas, fontes, pontes V Criação de Centros de Interpretação VII Sala Museo de Arqueología de Trás-os-Montes y Alto Duero
VII Sala Museu de Arqueologia VI Criação de um roteiro de património, (Mogadouro) V Creación de Centros de Interpretación
(Mogadouro) arquitectónico e arqueológico de VIII (1) Nuestra Señora del Camino en VI Creación de una Guía del patrimonio,
VIII (1) Nossa Senhora do Caminho em Mogadou ro Mogadouro (último domingo de arquitectónico y arqueológico de
Mogadouro (último domingo de VII Sinalização dos locais arqueológicos Agosto) Mogadouro
Agosto) VIII Escritor local Trindade Coelho VIII (2) Fiestas: Chocalheiro (Bemposta), VII Señalización de los lugares de interés
VIII (2) Festas: Chocalheiro (Bemposta), «Festa IX Recuperação dos núcleos históricos de «Fiesta de los Viejos» (Bruçó y Vale de arqueológico
dos Velhos» (Bruçó e Vale de Porco), Algosinho, Bemposta, Mogadouro e Penas Porco), de los Reyes o Santo Menino VIII Escritor local Trindade Coelho
dos Reis ou do Santo Menino (Tó) e Roias (Tó) y Ramo do Bi-Tó-Ró (Soutelo) IX Recuperación de los núcleos históricos
Ramo do Bi-Tó-Ró (Soutelo) X Criação de uma base de dados de todos os IX Juegos tradicionales (juego del «Fito» de Algosinho, Bemposta, Mogadouro y
IX Jogos tradicionais (jogo do «Fito» e locais arqueológicos e edifícios de y juego de la «Barra de Hierro») y Penas Roias
jogo da «Barra de Ferro») e folclore interesse arquitectónico com o seu estado folclore (Grupo folclórico, pauliteros y X Creación de una base de datos de todos
(rancho folclórico, pauliteiros e de conservação gaiteros) los lugares de interés arqueológico y
gaiteiros) X (1) Asociación de Propietarios de edificios de interés arquitectónico
X (1) Associação de Proprietários de Palomares del Nordeste (PALOMBAR) indicando su estado de conservación
Pombais de Nordeste (PALOMBAR) X (2) Asociación Cultural y Recreativa de
X (2) Associação Cultural e Recreativa de Soutelo: «Cultura del Lino»
Soutelo: «Cultura do Linho»

FONTE: Câmara Municipal de Mogadouro. FUENTE: Câmara Municipal de Mogadouro

104 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 105

3.5. A percepção dos problemas por parte das entidades 3.5. La percepción de los problemas por las entidades
locais: demográficos, equipamentos e produtivos locales: demográficos, equipamientos y productivos

O diagnóstico das componentes do meio natural e do meio socio- El diagnóstico de los componentes del medio natural y del medio
económico permitiu-nos elaborar a síntese territorial através das dife- socioeconómico nos ha permitido elaborar la síntesis territorial a tra-
rentes matrizes DAFO (Debilidades, Ameaças, Forças e Oportunida- vés de las diferentes matrices DAFO (Debilidades, Amenazas, Fortale-
des). Esta metodologia é muita adequada para a planificação zas y Oportunidades). Esta metodología es muy adecuada para la pla-
estratégica e uma ajuda para a tomada de decisões a partir de uma lei- nificación estratégica y en la ayuda de la toma de decisiones a partir
tura rápida das possibilidades e das carências para orientar o desen- de una lectura rápida de las posibilidades y de las carencias para
volvimento territorial. Contudo, a visão objectiva extraída das diver- encauzar el desarrollo territorial. Sin embargo, la visión objetiva extra-
sas fontes pode completar-se com a percepção dos problemas ída de las diversas fuentes puede completarse con la percepción de
quotidianos que os habitantes destas terras padecem, através dos seus los problemas cotidianos que los habitantes de estas tierras padecen a
representantes municipais. Com esta finalidade realizaram-se uma través de sus representantes municipales. Con este fin se han realiza-
série de entrevistas com presidentes de câmara, vereadores, e técnicos do una serie de entrevistas con alcaldes, secretarios y técnicos de los
dos consistórios que compõem a comarca e os concelhos para preen- consistorios que componen la comarca y los concelhos para rellenar el
cher o formulário. O inquérito, é estruturado em várias questões que formulario. La encuesta se estructura en varios apartados encamina-
visam captar os problemas e as vantagens no processo de avanço e dos a captar los problemas y las ventajas en el proceso de avance y de
retrocesso no desenvolvimento local (ver tabela nº 2). Há que recon- retroceso en el desarrollo local (ver tabla nº 2). Hay que reconocer
hecer que esta tarefa sempre implica algumas condicionantes que que esta tarea siempre conlleva algunos condicionantes que inducen
induzem a uma maior ou menor motivação na hora de preencher as a una mayor o menor motivación a la hora de rellenar las preguntas;
questões, contudo, o sentimento geral denota certo pessimismo em sin embargo, el sentir general denota cierto pesimismo en algunos
alguns aspectos relacionados com a população (a falta de jovens que aspectos relacionados con la población (la falta de jóvenes que permi-
permita o relevo geracional), com as infra-estruturas e serviços públi- ta el relevo generacional), con las infraestructuras y servicios públicos
cos (más comunicações viárias) e com as actividades económicas (malas comunicaciones viales), y con las actividades económicas
(dependência das ajudas públicas provenientes da Europa e do resto (dependencia de las ayudas públicas provenientes de Europa y del res-
de instituições que provoca incerteza face ao futuro. to de instituciones que provoca incertidumbre de cara al futuro).

3.5.1. A escassez de jovens e a presença de imigrantes 3.5.1. La escasez de jóvenes y la presencia de


estrangeiros inmigrantes extranjeros
Os principais problemas detectados relativos à população, Los principales problemas detectados, en relación con la pobla-
como manifestam muitos dos dirigentes municipais, tem que ver ción, como ponen de manifiesto muchos de los regidores municipales
com os resíduos demográficos gerados pelo êxodo rural: o progres- tienen que ver con los residuos demográficos generados por el éxodo
sivo incremento do índice de envelhecimento e o esvaziamento das rural: el progresivo incremento del índice de envejecimiento y el vacia-
localidades. Relativamente a este obstáculo propõem a construção miento de los pueblos. En relación con este escollo proponen la cons-
de lares para idosos e a assistência a pessoas dependentes. Para trucción de residencias de mayores y la asistencia a las personas
além disso, as poucas pessoas que residem habitualmente nos dependientes. Además, las pocas personas que residen habitualmente
municípios contam com muito poucas actividades culturais e de en los municipios cuentan con muy pocas actividades culturales y de
lazer no Inverno, se bem que, foram criadas em quase todos os ocio en invierno, si bien, se han establecido en casi todos los munici-
municípios uma ou várias associações de jovens, de mulheres, da pios una o varias asociaciones de jóvenes, de mujeres, de la tercera
terceira idade, etc. Frente a este panorama desolador começam a edad, etc. Frente a este panorama desolador empiezan a aparecen
aparecer novos habitantes ou neorurais, sobretudo, imigrantes estran- nuevos pobladores o neorrurales, sobre todo, inmigrantes extranjeros
geiros de diversas nacionalidades (europeus - portugueses, búlgaros, de diversas nacionalidades (europeos —portugueses, búlgaros, rumanos,
romenos, russos e ucranianos e latino-americanos – colombianos, rusos y ucranianos— y latinoamericanos —colombianos, bolivianos,

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 105
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 106

bolivianos, peruanos, brasileiros e mexicanos). A chegada de novos peruanos, brasileños y mejicanos—). Las aportaciones de los nuevos
habitantes é positiva ao incrementar a mão-de-obra, os investimen- pobladores son positivas al incrementar la mano de obra, las inversio-
tos em habitação e terras, os novos conhecimentos e outros modelos nes en viviendas y tierras y traer nuevos conocimientos y otros mode-
culturais. los culturales.

3.5.2. As más comunicações e os locais públicos fechados 3.5.2. Las malas comunicaciones y los locales públicos
cerrados
As principais reivindicações neste sentido, estendem-se em várias
frentes que poderíamos resumir na má acessibilidade da zona, agrava- Las principales reivindicaciones en este apartado se extienden en
da pelas deficiências na rede viária a descoordenação dos transportes varios frentes que podríamos resumir en la mala accesibilidad de la
zona, agravada por las deficiencias de la red de carreteras y la desco-
públicos, as falhas nos serviços de comunicação telefónica e de Inter-
ordinación de los transportes públicos, y los fallos en los servicios de
net. Neste sentido, tem maior transcendência a reivindicação da ponte comunicación de telefonía e internet. En este sentido cobra mayor
internacional Mogadouro - Masueco para tentar permeabilizar ainda trascendencia la reivindicación del puente internacional Mogadouro-
mais a fronteira e dar maior conexão exterior à franja transfronteiriça. Masueco para intentar permeabilizar aún más la frontera y dar más
A estes problemas, haveria que acrescentar alguns aspectos pontuais conexión exterior a la franja transfronteriza. A estos problemas habría
no abastecimento e depuração de água e o tratamento de resíduos sóli- que añadir algunos aspectos puntuales en el abastecimiento y depu-
dos urbanos, muitos saldados pelo bem-fazer das associações de muni- ración de agua y el tratamiento de residuos sólidos urbanos, muchos
cípios. O desuso de alguns equipamentos públicos como, escolas, solventados por el buen hacer de las mancomunidades. El desuso de
paroquias, o centro médico, o posto da GNR, etc., dão novas oportuni- algunos equipamientos públicos, como escuelas, casa del cura, casa
dades para o estabelecimento de usos alternativos (albergues munici- del médico, cuartel de la guardia civil, etc., dan nuevas oportunidades
para el establecimiento de usos alternativos (albergues municipales,
pais, centros culturais, bibliotecas, teleclub, etc.). As câmaras munici-
centros culturales, bibliotecas, teleclub, etc.). Los ayuntamientos,
pais insistem que as infra-estruturas têm que ser um investimento das
insisten, que las infraestructuras tienen que acometerse desde las
administrações competentes e com recursos financeiros. administraciones competentes y con recursos financieros.

3.5.3. O ordenamento do território e o planeamento 3.5.3. La ordenación del territorio y el planeamiento


urbanístico urbanístico
A percepção da problemática associada aos planos de ordenamen- La percepción de la problemática asociada a los planes de ordena-
to do território e ao planeamento urbanístico não calan demasiado ción del territorio y al planeamiento urbanístico no calan demasiado
porque consideram que é um tema dependente de outras administra- porque consideran que es un tema dependiente de otras administracio-
ções. Os três concelhos portugueses têm em revisão os seus Planos nes. Los tres concelhos portugueses tienen en revisión sus Planes Direc-
Directores Municipais (PDM) e a maioria dos municípios espanhóis tores Municipales (PDM) y la mayoría de los municipios españoles
seguem com a Delimitação do Solo Urbano, salvo alguma excepção siguen con la Delimitación de Suelo Urbano, salvo alguna excepción,
que já se adaptou às novas Normas Urbanísticas Municipais. Os impe- que ya se ha adaptado con nuevas Normas Urbanísticas Municipales.
rativos destes instrumentos, até que não sejam aprovados os contem- Los imperativos de estos instrumentos, hasta que no se aprueben los
plados nas normativas de ordenamento do território, são os que regu- contemplados en las normativas de ordenación del territorio, son los
lam os crescimentos urbanos supervisionados pelos Planos de que están regulando los crecimientos urbanos, supervisados por los Pla-
Ordenamento dos Recursos Naturais no âmbito dos Parques Naturais. nes de Ordenación de los Recursos Naturales en los ámbitos de los Par-
A conservação dos rasgos tradicionais das habitações (materiais, volu- ques Naturales. La conservación de los rasgos tradicionales de las vivien-
mes, cores, etc.) e das construções auxiliares fazem-se à vontade dos das (materiales, volúmenes, colores, etc.) y de las construcciones
habitantes já que não existem normas nem ordens de protecção da auxiliares se dejan a la voluntad de los habitantes ya que no existen nor-
arquitectura popular. mas ni ordenanzas de protección de la arquitectura popular.

106 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 107

3.5.4. As actividades agro-pecuárias e os aproveitamentos 3.5.4. Las actividades agropecuarias y los


selvícolas aprovechamientos selvícolas
A principal actividade económica produtiva destas terras tem a La principal actividad económica productiva de estas tierras tiene
ver com a agricultura e a criação de gado ao ficarem relegadas para que ver con la agricultura y la ganadería al quedar relegadas a un
segundo plano as actividades florestais e um leque de actividades segundo plano las labores forestales y un abanico de tareas extraagra-
extra-agrárias. Portanto, as câmaras municipais enfatizam a degrada- rias. Por tanto, los ayuntamientos ponen el énfasis en la degradación
ção que sofreu o sector primário pelo envelhecimento dos empresários que ha sufrido el sector primario por el envejecimiento de los empre-
agrícolas e a falta de mão-de-obra, assim como, o efeito negativo que sarios agrícolas y la falta de mano de obra, así como, el efecto negati-
supuseram as ajudas da política agrícola comum. A incerteza de cara vo que han supuesto las ayudas de la política agrícola común. La
ao futuro podia ser resolvida com medidas de ordenamento rural, incertidumbre de cara al futuro se podría solventar con medidas de
como as concentrações parcelarias e o arranjo de caminhos rurais e ordenación rural, como las concentraciones parcelarias y el arreglo de
com a complementaridade das rendas com outros trabalhos. Apostam caminos rurales, y con la complementariedad de las rentas con otros
também, pela união através da criação de cooperativas e associações trabajos. También, apuestan por la unión a través de la creación de
para melhorar os canais de comercialização. A extracção de madeira, cooperativas y asociaciones para mejorar los canales de comercializa-
bem para carvão como para o aquecimento urbano, desapareceu fican- ción. La extracción de leñas, bien para el carboneo o bien para las
do reduzida a uso doméstico. A extensão das superfícies de pasto pos- calefacciones urbanas, ha desaparecido quedando reducida para uso
doméstico. La extensión de las superficies pastables posibilita la explo-
sibilita a exploração de uma ganadaria extensiva (bovina e ovina), a
tación de una ganadería extensiva (bovino y ovino), la montanera de
montanera do pasto, a expansão do porco ibérico e as condições micro
la dehesa la expansión del cerdo ibérico y las condiciones microclimá-
climáticas, a produção de frutos de valor acrescentado (oliveira, videi-
ticas la producción de frutos de un valor añadido (olivo, vid, almen-
ra, amendoeira, laranjeira e cerejeira). Definitivamente, o conjunto de
dro, naranjas y cerezas). En definitiva, el conjunto de nuevas activida-
novas actividades compatíveis com o meio rural resume-se a serviços
des compatibles con el medio rural se restringen a los servicios para la
para a terceira idade, a transformação das produções de qualidade
tercera edad, la transformación de las producciones de calidad (que-
(queijarias, fábricas de enchidos, etc.), a construção e o turismo rural serías, fábricas de embutidos, etc.), la construcción y el turismo rural
(alojamentos rurais, albergues municipais, passeios fluviais, etc.). (alojamientos rurales, albergues municipales, paseos fluviales, etc.).

3.5.5. Os recursos paisagísticos e a conservação da 3.5.5. Los recursos paisajísticos y la conservación de la


natureza naturaleza
A diversidade e riqueza dos recursos naturais de toda a zona La diversidad y riqueza de los recursos naturales de toda la zona
evidenciam-se, sobretudo, nos municípios que confinam com os se pone en evidencia, sobre todo, en los municipios que lindan con
canhões fluviais. Os problemas fazem referência à recuperação los cañones fluviales. Los problemas hacen referencia a la recupera-
natural dos pastos e dos terrenos florestal e a ruína das ladeiras em ción natural de los pastos y del terreno forestal y la ruina de las lade-
balcão pelo desaparecimento dos cuidados culturais. A baixa den- ras abancaladas por la desaparición de los cuidados culturales. La baja
sidade demográfica propicia o alto risco de incêndios florestais densidad demográfica propicia el alto riesgo de incendios forestales
porque não se limpam os campos e a perda da biodiversidade. Para porque no se limpian los campos y la pérdida de la biodiversidad.
além disso, as opiniões dirigem-se para a controvérsia da protec- Además, las opiniones van dirigidas a la controversia de la protección
ção que supõe o Parque Natural espanhol e o português, por um que supone el Parque Natural español y el portugués, por un lado da
lado dá uma boa imagem da zona no exterior e pedidos municipais una buena imagen de la zona en el exterior y hay solicitudes municipales
de novas incorporações e por outro lado criticam os Planos de de nuevas incorporaciones, y por otro lado critican los Planes de Orde-
Ordenamento de Recursos Naturais (PORN) e reclamam os muni- nación de los Recursos Naturales (PORN) y reclaman los ayuntamientos
cípios mais formação por parte da direcção dos espaços naturais. más información por parte de la dirección de los espacios naturales.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 107
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 108

Também extraímos das entrevistas, que cresce a consciencialização También, se extrae de las entrevistas, que crece la concienciación eco-
ecológica pelos programas e cursos de sensibilização meio-ambiental lógica por los programas y cursos de sensibilización medioambiental
que se realizam, sobretudo, nas escolas. que se realizan, sobre todo, entre los escolares.

3.5.6. O património construído e as tradições imateriais 3.5.6. El patrimonio construido y las tradiciones inmateriales
O património cultural sofre uma série de problemas pela passa- El patrimonio cultural sufre una serie de problemas por el paso
gem do tempo, e o abandono por falta de uso. As câmaras municipais del tiempo y el abandono por la falta de uso. Los ayuntamientos des-
destacam a ruína dos elementos patrimoniais construídos, como por tacan la ruina de los elementos patrimoniales construidos, como por
exemplo, os moinhos, as fábricas de farinha e os casebres. A maioria ejemplo, los molinos, las fábricas de harina y los chozos. La mayoría
dos municípios, ao não possuir património histórico-artistico declara- de municipios, al no poseer un patrimonio histórico-artístico declara-
do, consideram estes bens um recurso sem valor destinado à ruína. Os do, consideran a estos bienes un recurso sin valor avocado a la ruina.
consistórios mantêm vivas as tradições festivas e as romarias e, alguns Los consistorios mantienen vivas las tradiciones festivas y las romerías
favorecem o folclore e a gastronomia típica e outros tentam recuperar y, algunos favorecen el folklore y la gastronomía típica, y otros inten-
as tradições etnográficas através de museus. tan recuperar las tradiciones etnográficas a través de museos.

TABELA Nº 2. PERCEPÇÃO DOS PROBLEMAS TABLA Nº 2. PERCEPCIÓN DE LOS PROBLEMAS

TEMAS PROBLEMAS TEMAS PROBLEMAS Y DEFICIENCIAS LOCALES


POPULAÇÃO, – Alta taxa de mortalidade POBLACIÓN, – Alta tasa de mortalidad
IMIGRACIÓN E – Envelhecimento da população (Lares de Idosos) INMIGRACIÓN y – Envejecimiento de la población (Residencias de Mayores)
ORGANIZAÇÃO – Contribuição positiva das famílias de imigrantes: mão-de- ORGANIZACIÓN – Aportación positiva de las familias de inmigrantes: mano de
SOCIAL obra, investimentos em habitações e terras, etc. SOCIAL obra, inversiones en viviendas y tierras, etc.

– Abastecimento de água para consumo – Abastecimiento de agua para consumo


– Melhoria da depuração de águas residuais – Mejora de la depuración de aguas residuales
– Problemas com a telefonia móvel – Problemas con la telefonía móvil
– Má recepção dos canais de televisão e interferências nas – Mala recepción de los canales de televisión e interferencias
emissoras de rádio en las emisoras de radio
INFRA-ESTRUCTURAS, – Falta de acesso à Internet em alguns municípios e noutros, INFRAESTRUCTURAS, – Falta de acceso a internet en algunos municipios y, en otros,
EQUIPAMENTOS E necessidade de banda larga e telecentro EQUIPAMIENTOS Y necesidad de banda ancha y telecentro
COMUNICAÇÕES – Deficiências nas linhas de autocarro COMUNICACIONES – Deficiencias en las líneas de autobús
– Má sinalização viária – Mala señalización viaria
– Projecto da Ponte Internacional sobre o Douro Masueco- – Proyecto del Paso Internacional sobre el Duero Masueco-
Mogadouro (Plataforma de União Entre Territórios) Mogadouro (Plataforma de Unión Entre Territorios)
– Locais fechados: escolas, casa do padre, casa do médico, – Locales cerrados: escuelas, casa del cura, casa del médico,
quartel da guardia civil/ GNR, etc. cuartel de la guardia civil, etc.

– Revisão dos Planos Directores Municipais (PDM) de Figueira – Revisión de los Planes Directores Municipales (PDM) de Figuei-
de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta e Mogadouro ra de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta y Mogadouro
– Sem planeamento urbanístico muitos municípios (Texto – Sin planeamiento urbanístico muchos municipios (Texto
PLANEAMENTO Refundido da Revisão das Normas Subsidiarias e Comple- PLANEAMIENTO Refundido de la Revisión de las Normas Subsidiarias y Com-
URBANÍSTICO mentares Municipais de Âmbito Provincial de Salamanca, URBANÍSTICO plementarias Municipales de Ámbito Provincial de Salaman-
1989) ca, 1989)
– Sem normas específicas para manter a arquitectura tradicio- – Sin normas específicas para mantener la arquitectura tradi-
nal as construções auxiliares cional y las construcciones auxiliares

(Continúa) (Continúa)

108 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 109

TABELA Nº 2. PERCEPÇÃO DOS PROBLEMAS TABLA Nº 2. PERCEPCIÓN DE LOS PROBLEMAS

TEMAS PROBLEMAS TEMAS PROBLEMAS Y DEFICIENCIAS LOCALES


– Envelhecimento dos empresários de explorações agropecuá- – Envejecimiento de los empresarios de explotaciones agrope-
rias cuarias
– Falta de mão-de-obra agrária – Falta de mano de obra agraria
– Baixo preço de venda dos vitelos – Bajo precio de venta de los terneros
ACTIVIDADES – Dependência das ajudas agrícolas externas ACTIVIDADES – Dependencia de las ayudas agrícolas externas
ECONÓMICAS – Muito pouca actividade industrial ECONÓMICAS – Muy poca actividad industrial
– Emergência do subsector da construção por renovação do – Emergencia del subsector de la construcción por renovación
casario tradicional e a expansão da segunda residência del caserío tradicional y la expansión de la segunda residencia
– Fonte principal de emprego através das residências da ter- – Fuente principal de empleo a través de las residencias de la
ceira idade ou cuidado de pessoas dependentes tercera edad o cuidado de personas dependientes

A GESTÃO DOS – Abandono das terras aptas para o cultivo LA GESTIÓN DE LOS – Abandono de las tierras aptas para el cultivo
RECURSOS – Realização de cursos, jornadas, oficinas o diálogos sobre RECURSOS – Realización de cursos, jornadas, talleres o charlas sobre edu-
NATURAIS E educação ambiental NATURALES Y cación ambiental
CONSERVAÇÃO DA – Imagem e promoção externa positiva da zona a partir d CONSERVACIÓN DE – Imagen y promoción externa positiva de la zona a partir del
NATUREZA Parque Natural das «Arribas do Douro» LA NATURALEZA Parque Natural de «Arribes del Duero»

– Ruína de construções dispersas: moinhos, casebres, pom- – Ruina de construcciones dispersas: molinos, chozos, paloma-
PATRIMÓNIO bais, adegas, etc. PATRIMONIO res, bodegas, etc.
CULTURAL – Abandono do património construído CULTURAL – Abandono del patrimonio construido
– Falta de sinalização e interpretação do património cultural – Falta de señalización e interpretación del patrimonio cultural

– Lonjura dos núcleos urbanos com certa entidade demográfica – Lejanía de los núcleos urbanos con cierta entidad demográfica
– Risco de desaparecimento de aldeias – Riesgo de desaparición de pueblos
– Carência de dotações públicas destinadas ao lazer da popu- – Carencia de dotaciones públicas destinadas al ocio de la
IDENTIFICAÇÃO lação local IDENTIFICACIÓN DE población local
DAS DEFICIÊNCIAS – Conhecimento escasso por parte da população das ajudas LAS DEFICIENCIAS – Conocimiento escaso por parte de la población de las ayu-
LOCAIS europeias LOCALES das europeas
– Mais informação em matéria de meio ambiente, sobretudo, – Más información en materia medioambiental, sobre todo,
transmissão à população local dos aspectos positivos que transmisión a la población local de los aspectos positivos
supõe a figura de «parque natural» que supone la figura de «parque natural»

– Reforçar a cabeceira municipal: Vitigudino – Reforzar la cabecera comarcal: Vitigudino


– Impulso aos Novos Nascimentos de Emprego (NNE) – Impulso a los Nuevos Yacimientos de Empleo (NYE)
– Criação de mais cooperativas de azeite – Creación de más cooperativas de aceite
– Modernização dos lagares de azeite (moinhos de azeite) – Modernización de las almazaras (molinos de aceite)
– Recolha e comercialização de amoras, cogumelos e fungos, – Recogida y comercialización de moras, setas y hongos,
– Realização de concentrações e parcerias – Realización de concentraciones parcelarias
– Explorações mineiras de ouro, estanho, granito e volfrâmio – Explotaciones mineras de oro, estaño, granito y wolframio
PROPUESTAS
PROPOSTAS LOCAIS – Recuperação de ofícios artesanais perdidos através de pro- – Recuperación de oficios artesanales perdidos a través de
LOCALES
gramas de formação e emprego (Oficinas de Emprego) programas de formación y empleo (Talleres de Empleo)
– Novos lares de idosos – Nuevas residencias de mayores
– Difusão turística através da Internet – Difusión turística a través de internet
– Criação de vários centros de interpretação: água, trabalhos – Creación de varios centros de interpretación: agua, labores
mineiros, etc. mineras, etc.
– Alguns municípios solicitam a sua inclusão no Parque – Algunos municipios solicitan su inclusión en el Parque Natu-
Natural das «Arribas do Douro» ral de «Arribes del Duero»

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 109
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 110

3.6. A opinião das associações: as carências em 3.6. La opinión de las asociaciones: las carencias en
infra-estruturas viárias e o aproveitamento infraestructuras viarias y el aprovechamiento
dos recursos endógenos de los recursos endógenos

A visão dos problemas e das vantagens da comarca, de cara a La visión de los problemas y de las ventajas de la comarca, de
um desenvolvimento social, económico e territorial sustentável, não cara a un desarrollo social, económico y territorial sostenible, no esta-
estaria completa sem a opinião de algumas das associações que ría completa sin la opinión de algunas de las asociaciones que agluti-
aglutinam a vários colectivos e sectores. O directório de associações nan a varios colectivos y sectores. El directorio de asociaciones de
de toda a índole, desde as pequenas em defesa do património etno- toda índole, desde las pequeñas en defensa del patrimonio etnográfi-
gráfico, até às mais representativas com vínculos sociais e económi- co, hasta las más representativas con vinculaciones sociales y econó-
cos, é demasiado extenso para solicitar a sua participação, portanto, micas, es demasiado extenso para solicitar su participación; por tanto,
optamos por seleccionar uma de cada grupo. As inquietudes dos hemos optado por seleccionar una de cada grupo. Las inquietudes de
seus representantes devem ser entendidas desde o ponto de vista sus representantes hay que entenderlas desde un punto de vista cons-
construtivo, devendo ajudar dar passos firmes, mas com criticas e tructivo, en pos de ayudar a dar pasos firmes, pero con críticas y con
com propostas criativas. Desta leitura positiva, podemos avançar propuestas creativas. De esta lectura positiva, podemos avanzar que
que todos os colectivos insistem nas deficiências que tem a zona em todos los colectivos insisten en las deficiencias que tiene la zona en
infra-estruturas viárias e nas carências em sinalização das estradas. infraestructuras viarias y en las carencias de señalización de las carre-
Igualmente, manifestam que um dos motores do desenvolvimento teras. Igualmente, manifiestan que uno de los motores del desarrollo
municipal pode ser o turismo através do aproveitamento dos recur- comarcal puede ser el turismo a través del aprovechamiento de los
sos naturais e culturais e pelas sinergias que tem com outros ramos recursos naturales y culturales y por las sinergias que tiene con otras
da actividade económica (alojamentos, restauração, artesanato, ramas de la actividad económica (alojamientos, restauración, artesa-
guias, etc. nía, guías, etc.).
Em primeiro lugar, a Associação de Empresários de Vitigudino En primer lugar, la Asociación de Empresarios de Vitigudino y
e Comarca (ASEMVI)50, em representação dos empresários da Comarca (ASEMVI)50, en representación de los empresarios de la
comarca, tem vindo a reivindicar uma série de necessidades urgen- comarca, viene reivindicando una serie de necesidades urgentes para
tes para o território do noroeste salamantino como é a construção de el territorio del noroeste salmantino como es la construcción de una
uma via internacional que comunique Masueco e Mogadouro e o vía internacional que comunique Masueco y Mogadouro y el desarro-
desenvolvimento do Polígono Industrial «Vitigudino 1». Na sua lon- llo del Polígono Industrial «Vitigudino 1». En su larga trayectoria y
ga trajectória e presença na vida diária de Vitigudino, como teste- presencia en la vida diaria de Vitigudino, como lo atestiguan las activi-
munham as actividades realizadas desde o ano 2000, enfatiza o defi- dades realizadas desde el año 2000, pone el énfasis en el déficit en
cit nas comunicações viárias intra-comarcais e tecnológicas, nos las comunicaciones viarias intracomarcales y tecnológicas, en los servi-
serviços colectivos de lazer e recreio, na promoção da zona a nível cios colectivos de ocio y recreo, en la promoción de la zona a nivel
institucional, na transmissão da informação e da capacidade técnica institucional, y en la transmisión de la información y de la capacidad
da população local para afrontar projectos de desenvolvimento. técnica de la población local para afrontar proyectos de desarrollo. En
Enquanto as possibilidades para gerar riqueza e emprego, a partir dos cuanto a las posibilidades para generar riqueza y empleo, a partir de
recursos endógenos, destaca várias linhas de actuação em relação ao los recursos endógenos, destaca varias líneas de actuación en relación
sector primário (criação ecológica de gado e produtos de qualidade), al sector primario (ganadería ecológica y productos de calidad), la
a geração das energias alternativas (eólica e solar) e o impulso do generación de las energías alternativas (eólica y solar) y el impulso al

50
Página web: http://www.asemvi.com. 50
Página web: http://www.asemvi.com.

110 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 111

turismo em algumas sub-comarcas (alojamentos rurais, restaurantes turismo rural en algunas subcomarcas (alojamientos rurales, restau-
e actividades complementares —rotas temáticas do ibérico e da rantes y actividades complementarias —rutas temáticas del ibérico y
morucha, da matança, etc.—). Por último, há que ressaltar a incidên- la morucha, la matanza, etc.—). Por último, hay que reseñar la inci-
cia que fazem no carácter da população local («individualista e pou- dencia que hacen en el carácter de la población local («individualista y
co implicada») que limita a geração e projectos e, também, mencio- poco implicada») que limita la generación de proyectos y, también,
nam a responsabilidade directa das diferentes escalas do governo do aluden a la responsabilidad directa de las diferentes escalas de gobier-
território na dinamização económica e no desconhecimento de pla- no del territorio en la dinamización económica y en el desconocimien-
nos e programas. to de planes y programas.

Em segundo lugar, a Associação de Empresários de El Abadengo En segundo lugar, la Asociación de Empresarios de El Abadengo
(ASEMPA), que apoia as iniciativas empresariais nos municípios da (ASEMPA), que apoya las iniciativas empresariales en los pueblos de la
sub-comarca, manifestaram a sua opinião sobre os rectos para o desen- subcomarca, ha manifestado su opinión sobre los retos para el desa-
volvimento territorial. No boletim Informativo da Associação «Sócio rrollo territorial. En el Boletín Informativo de la Asociación «Socio
Exprés», recolhe desde a sua criação no ano de 2004, toda uma série de Exprés», recoge desde su creación en el año 2004, toda una serie de
acciones del colectivo asociadas con su presencia en ferias (Internacio-
acções do colectivo associadas com a sua presença em feiras (Interna-
nal del Queso de Hinojosa de Duero y la Multisectorial y Transfronteri-
cional do Queijo de Hinojosa del Duero e a Multisectorial e Transfron-
za de Lumbrales), el impulso de diferentes cursos y el respaldo a
teiriça de Lumbrales), o impulso de diferentes cursos e o apoio a nume-
numerosos proyectos (Polígono Industrial de Lumbrales, Camino de
rosos projectos (Polígono Industrial de Lumbrales, Caminho de Ferro,
Hierro, UVI móvil, material de promoción turística, etc.). Además,
UVO móvel, material de promoção turística, etc.). Para além disso,
remarcan el compromiso con el territorio al pedir mejoras en las carre-
remarcam o compromisso com o território ao pedir melhorias nas estra-
teras de conexión con el exterior (Lumbrales-Ciudad Rodrigo), el apo-
das de ligação com o exterior (Lumbrales - Cidade Rodrigo), o apoio yo a los productos autóctonos y a las ferias con proyección internacio-
aos produtos autóctones e as feiras com projecção internacional, a cria- nal, la creación de una radio y televisión comarcal y la apuesta por el
ção de uma rádio e televisão local e a aposta no Parque Natural das Parque Natural de «Arribes del Duero». Sin embargo, en la actuali-
«Arribas do Douro». Contudo, na actualidade, põem maior ênfase na dad, ponen mayor énfasis en la crisis agrícola-ganadera por la que
crise agrícola-ganadeira a que atravessa o sector na comarca, devido à atraviesa el sector en la comarca, debido al estancamiento de las
estagnação das explorações e da ausência de alternativas e a descoorde- explotaciones y la ausencia de alternativas, y la descoordinación entre
nação entre a oferta e a procura do sector turístico. la oferta y la demanda del sector turístico.
Em terceiro lugar, os responsáveis da Almazara Municipal de En tercer lugar, los responsables de la Almazara Municipal de
Aldeadávila de la Ribera, gerida pela própria câmara municipal, mani- Aldeadávila de la Ribera, gestionada por el propio ayuntamiento,
festam que o cultivo da oliveira e a sua transformação na zona, é uma manifiestan que el cultivo del olivo y su transformación en la zona es
actividade económica viável e, para além disso, gera um dinamismo una actividad económica viable y, además, genera un dinamismo
empresarial e um rendimento meio-ambiental. O esforço do investi- empresarial y una rentabilidad medioambiental. El esfuerzo inversor
mento da câmara municipal na modernização dos lagares de azeite del ayuntamiento en la modernización de la almazara repercute en
repercute-se em ambos os lados da fronteira. Contudo, neste caso, é ambos lados de la frontera; sin embargo, en este caso, se necesita
necessária uma transformação na cooperativa e uma melhoria na una transformación en cooperativa y una mejora en la recogida y
recolha e entrega do fruto e no processo de transformação da azeitona. entrega del fruto y en el proceso de molturación de la aceituna.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 111
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 112

Finalmente, a Associação Arribes Salamantinos de Turismo Finalmente, la Asociación Arribes Salmantinos de Turismo Rural
Rural (ASASTUR)51, fundada no ano 2000, aglutina colectivos de alo- (ASASTUR)51, fundada en el año 2000, aglutina a un colectivo de alo-
jamentos de turismo rural da zona. Os objectivos da associação estão jamientos de turismo rural de la zona. Los objetivos de la asociación
centrados na união dos empresários de turismo rural para fazer face à están centrados en la unión de los empresarios de turismo rural para
promoção dos seus estabelecimentos e oferecer uma oferta de quali- hacer frente a la promoción de sus establecimientos y ofrecer una
dade conjunta. Para além disso, a distribuição dos alojamentos por oferta de calidad conjunta. Y, además, la distribución de los aloja-
todo o território abre novas possibilidades de venda dos recursos mientos por todo el territorio abre nuevas posibilidades de venta de
naturais e culturais e, sobretudo, dos produtos agro-alimentares los recursos naturales y culturales y, sobre todo, de los productos
locais. A associação considera que os aspectos positivos que favore- agroalimentarios locales. La asociación considera que los aspectos
cem o desenvolvimento turístico são os valores ecológicos do entor- positivos que favorecen el desarrollo turístico son los valores ecológi-
no, a declaração do Parque Natural das «Arribas do Douro» e a cos del entorno, la declaración del Parque Natural «Arribes del Due-
variedade gastronómica autóctone, enquanto que, os aspectos negati- ro» y la variedad gastronómica autóctona; mientras que, los aspectos
vos fazem referência às precárias comunicações e à excessiva distân- negativos hacen referencia a las precarias comunicaciones y la excesi-
cia da zona, no que respeita aos grandes núcleos de população, a va distancia de la zona respecto a los grandes núcleos de población,
estagnação e a baixa permanência media dos viajantes, a ausência de la estacionalidad y baja permanencia media de los viajeros, la ausen-
canais de comercialização, a falta de cooperação entre empresários cia de canales de comercialización, la falta de cooperación entre
de turismo e a necessidade de aplicar novas formas de promoção do empresarios de turismo, y la necesidad de aplicar nuevas formas de
turismo das Arribas do Douro. promoción del turismo de Arribes del Duero.

51
Página web: http://www.arribes.net/asastur 51
Página web: http://www.arribes.net/asastur

112 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 113

4. As experiências de governação territorial: a 4. Las experiencias de gobernanza territorial: la


coordenação institucional e a cooperação dos coordinación institucional y la cooperación de los
actores socio-económicos actores socioeconómicos

A aplicação das novas formas de governação do território deu La aplicación de las nuevas formas de gobierno del territorio ha
como resultado um cúmulo de experiências de coordenação entre dado como resultado un cúmulo de experiencias de coordinación
instituições e agentes socio-económicos (multinivel, horizontal e dia- entre instituciones y agentes socioeconómicos (multinivel, horizontal y
gonal) e de cooperação (formal e informal) nste sector da raia ibérica. diagonal) y de cooperación (formal e informal) en este sector de la
As colaborações supuseram a superação de um enfoque sectorial frag- raya ibérica. Las colaboraciones han supuesto la superación de un
mentado por uma visão integrada e sustentável para garantir o desen- enfoque sectorial y fragmentado por una visión integrada y sostenible
volvimento territorial. Contudo, embora se tenha avançado em prol da para garantizar el desarrollo territorial. Sin embargo, aunque se ha
coesão social, económica, territorial a partir do desenvolvimento local avanzado en pos de la cohesión social, económica y territorial a partir
e da gestão prudente do território, ainda persistem iniciativas induzi- del desarrollo local y de la gestión prudente del territorio, aún persis-
das desde o topo. Em primeiro lugar, recolhem-se as figuras criadas ten iniciativas inducidas desde arriba. En primer lugar, se recogen las
figuras creadas por las normativas de ordenación del territorio y de
pelas normativas de ordenamento do território e do planeamento urba-
planeamiento urbanístico que permiten la participación pública en los
nístico que permitem a participação pública nos planos de ordenamen-
planes de ordenación urbana y en los programas de gestión de los
to urbano e nos programas de gestão dos recursos naturais. Em segun-
recursos naturales. En segundo lugar, se ha detallado la organización
do lugar, foi detalhada a organização da cooperação à escala local e
de la cooperación a escala local y subregional orientada a dar res-
sub-regional orientada para dar uma resposta à qualidade de vida da puesta a la calidad de vida de la población local al asegurar las
população local ao assegurar as infra-estruturas, os equipamentos e os infraestructuras, los equipamientos y los servicios básicos y obligato-
serviços básicos e obrigatórios. Em terceiro lugar, realizou-se uma rios. En tercer lugar, se ha realizado el repaso a las colaboraciones
revisão às colaborações impostas desde Bruxelas a partir das iniciati- impuestas desde Bruselas a partir de las iniciativas comunitarias y de
vas comunitárias e dos projectos-piloto financiados pelos fundos los proyectos piloto financiados por los fondos estructurales. En cuar-
comunitários. Em quarto lugar, revisaram-se s planos estratégicos de to lugar, se han revisado los planes estratégicos de desarrollo turístico
desenvolvimento turístico com incidência na planificação, na gestão, con incidencia en la planificación, la gestión, la dinamización y la pro-
na dinamização e promoção dos recursos turísticos endógenos da moción de los recursos turísticos endógenos de la zona. Y, por último,
zona. Por último, apontamos as ténues tentativas de aplicação da hemos apuntado los tibios intentos de aplicación de la metodología
metodologia das Agendas Locais 21 derivadas do congresso do Rio de de las Agendas Locales 21 derivadas de la Cumbre de Río de Janeiro
Janeiro de 1992. de 1992.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 113
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 114

4.1. A planificação estratégica e o desenvolvimento das 4.1. La planificación estratégica y el desarrollo de las
figuras de ordenamento territorial: das directrizes de figuras de ordenación territorial: las directrices de
ordenamento e os planos directores municipais ordenación y los planes directores municipales

A função pública com maior incidência sobre o espaço geográfico La función pública con mayor incidencia sobre el espacio geográ-
é o ordenamento do território O conceito de ordenamento do território, fico es la ordenación del territorio. El concepto de ordenación del
segundo a definição estabelecida na Carta Europeia de Ordenamento territorio, según la definición establecida en la Carta Europea de
do Território, entende-se com esse carácter público já que «é então Ordenación del Territorio, se entiende con ese carácter público ya que
uma disciplina cientifica, uma técnica administrativa e uma politica «es a la vez una disciplina científica, una técnica administrativa y una
concebida como um enfoque interdisciplinar e global cujo objectivo é política concebida como un enfoque interdisciplinario y global cuyo
um desenvolvimento equilibrado das regiões e a organização física do objetivo es un desarrollo equilibrado de las regiones y la organización
espaço segundo um conceito director». Contudo isto, para alcançar o física del espacio según un concepto rector». Por tanto, para alcanzar
equilíbrio territorial entre as actividades económicas e a preservação el equilibrio territorial entre las actividades económicas y la preserva-
dos valores naturais e culturais, é necessário o consenso com os acto- ción de los valores naturales y culturales, se necesita el consenso con
res implicados. los actores implicados.

A Comunidade Autónoma de Castela e Leão, através da normati- La Comunidad Autónoma de Castilla y León, a través de la nor-
va sobre ordenamento do território52, pretende dar uma referência glo- mativa sobre ordenación del territorio52, pretende dar una referencia
bal do território regional integrando as actuações sectoriais e locais. global del territorio regional integrando las actuaciones sectoriales y
Para dar resposta a esta planificação estratégica optou-se pela defini- locales. Para dar respuesta a esta planificación estratégica ha optado
ção de um modelo territorial, capaz de favorecer o desenvolvimento por la definición de un modelo territorial, capaz de favorecer el des-
equilibrado sustentável e o estabelecimento de um sistema de instru- arrollo equilibrado y sostenible, y el establecimiento de un sistema de
mentos e planificação territorial que solucione as insuficiências do instrumentos de planificación territorial que solucione las insuficien-
planeamento urbanístico e da planificação sectorial. A primeira figu- cias del planeamiento urbanístico y de la planificación sectorial. La pri-
ra do sistema são as Directrizes de Ordenamento do Território de mera figura del sistema son las Directrices de Ordenación del Territo-
Castela e Leão53 que se concebem como o instrumento para o orde- rio de Castilla y León53 que se conciben como el instrumento para la
namento do conjunto da Comunidade a partir de umas Directrizes ordenación del conjunto de la Comunidad a partir de unas Directrices
Essenciais e umas Directrizes Complementares. Os objectivos funda- Esenciales y unas Directrices Complementarias. Los objetivos funda-
mentais das directrizes são, a definição de um modelo territorial e o mentales de las directrices son la definición de un modelo territorial y
marco de referência para os restantes instrumentos de ordenamento el marco de referencia para los demás instrumentos de ordenación
do território. Com a tramitação das Directrizes de Ordenamento do del territorio. Con la tramitación de las Directrices de Ordenación del

52
Ley 10/1998, de 5 de diciembre, de Ordenación del Territorio de la 52
Ley 10/1998, de 5 de diciembre, de Ordenación del Territorio de la
Comunidad de Castilla y León (BOC y L. nº 236, de 10 de diciembre de 1998 Comunidad de Castilla y León (BOC y L. nº 236, de 10 de diciembre de 1998 y
y BOE nº 16, de 19 de enero de 1999). BOE nº 16, de 19 de enero de 1999).
Ley 14/2006 de 4 de diciembre, de modificación de la Ley 10/1998, de 5 Ley 14/2006 de 4 de diciembre, de modificación de la Ley 10/1998, de 5
de diciembre, de Ordenación del Territorio de la Comunidad de Castilla y de diciembre, de Ordenación del Territorio de la Comunidad de Castilla y León
León (BOCyL nº 241, de 18 de diciembre de 2006). (BOCyL nº 241, de 18 de diciembre de 2006).
53
CLEMENTE CUBILLAS, E. (2002). «Las directrices de ordenación 53
CLEMENTE CUBILLAS, E. (2002). «Las directrices de ordenación del
del territorio de Castilla y León. Lectura geográfica y comentario crítico». En: territorio de Castilla y León. Lectura geográfica y comentario crítico». En:
Homenaje a Manuel Ferrer Regalés. Ediciones Universidad de Navarra, S. A. Homenaje a Manuel Ferrer Regalés. Ediciones Universidad de Navarra, S. A.
Pamplona, pp. 733-755. Pamplona, pp. 733-755.

114 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 115

território de Castela e Leão54 em curso, sobressai a proposta de estrutu- Territorio de Castilla y León54 en curso sobresale la propuesta de
rar a região em 47 Áreas Funcionais, com as suas Cabeceiras e Núcleos estructurar la región en 47 Áreas Funcionales, con sus Cabeceras y
de Interesse Territorial, a manutenção da Rede de Espaços Naturais Núcleos de Interés Territorial, el mantenimiento de la Red de Espacios
Protegidos e o impulso aos grandes eixos do desenvolvimento. Naturales Protegidos y el impulso a los grandes Ejes de Desarrollo.
Recentemente, a administração regional apresentou um ante-pro- Recientemente, la administración regional ha presentado un
jecto das Directrizes Essenciais de Castela e Leão55, com a «finalidade anteproyecto de las Directrices Esenciales de Castilla y León55, con la
de estabelecer os objectivos, critérios, estratégias que definem o «finalidad de establecer los objetivos, criterios y estrategias que defi-
modelo territorial de Castela e Leão, destinado a orientar os planos, nen el modelo territorial de Castilla y León, destinado a orientar los
programas, projectos e em geral as politicas públicas com incidência planes, programas, proyectos y en general las políticas públicas con
territorial da Administração da Comunidade de Castela e Leão e da incidencia territorial de la Administración de la Comunidad de Castilla
Administração Local de Castela e Leão, assim como melhorar a sua y León y de la Administración local de Castilla y León, así como a
coordenação a partir de uma concepção coerente do território, como mejorar su coordinación, a partir de una concepción coherente del
espaço que confluem». As Directrizes Essenciais são de aplicação ple- territorio, como espacio en el que confluyen». Las Directrices Esencia-
na e portanto são vinculativas para a Administração da Comunidade de les son de aplicación plena, y por tanto son vinculantes para la Admi-
Castela e Leão e para os particulares e modificam directamente os pla- nistración de la Comunidad de Castilla y León, para la Administración
nos, programas e projectos vigentes aprovados pelas ditas administra- Local de Castilla y León y para los particulares, y modifican directa-
ções, mesmo contrárias. mente los planes, programas y proyectos vigentes aprobados por
dichas Administraciones, a los que resulten contrarias.
O rascunho das Directrizes Complementares recolhe as orienta-
ções básicas para o ordenamento territorial da Área Funcional de Viti- El borrador de las Directrices Complementarias recoge las orien-
gudino56, baseadas «em processos de desenvolvimento endógeno que taciones básicas para la ordenación territorial del Área Funcional de
aproveitem os recursos locais para impulsionar a manutenção de Vitigudino56, basadas «en procesos de desarrollo endógeno que apro-

54
Acuerdo de 4 de febrero de 1999, por el que se inicia el procedimien- 54
Acuerdo de 4 de febrero de 1999, por el que se inicia el procedimien-
to de elaboración de las directrices de Ordenación del Territorio de Castilla y to de elaboración de las directrices de Ordenación del Territorio de Castilla y
León (BOC y L nº 33, de 18 de febrero de 1999). León (BOC y L nº 33, de 18 de febrero de 1999).
Orden de 24 de noviembre de 2000, por la que se abre el período de Orden de 24 de noviembre de 2000, por la que se abre el período de
información pública y audiencia a las Administraciones Públicas sobre las información pública y audiencia a las Administraciones Públicas sobre las Direc-
Directrices de Ordenación del Territorio de Castilla y León (BOC y L nº 249, trices de Ordenación del Territorio de Castilla y León (BOC y L nº 249, de 28 de
de 28 de diciembre del 2000). diciembre del 2000).
Orden de 22 de marzo de 2001, por la que se amplía el período de infor- Orden de 22 de marzo de 2001, por la que se amplía el período de infor-
mación pública y audiencia a las Administraciones Públicas sobre las Directri- mación pública y audiencia a las Administraciones Públicas sobre las Directrices
ces de Ordenación del Territorio de Castilla y León (BOC y L nº 62, de 27 de de Ordenación del Territorio de Castilla y León (BOC y L nº 62, de 27 de marzo
marzo de 2001). de 2001).
55
INFORMACIÓN pública del anteproyecto de Ley por la que se 55
INFORMACIÓN pública del anteproyecto de Ley por la que se aprue-
aprueban las directrices esenciales de ordenación del territorio de Castilla y ban las directrices esenciales de ordenación del territorio de Castilla y León y su
León y su informe ambiental (BOC y L nº 147, de 1 de agosto del 2006). informe ambiental (BOC y L nº 147, de 1 de agosto del 2006).
56
Junta de Castilla y León. (1996). Directrices de Ordenación Territo- 56
Junta de Castilla y León. (1996). Directrices de Ordenación Territorial
rial de Castilla y León. Hipótesis de Modelo Territorial. Consejería de Medio de Castilla y León. Hipótesis de Modelo Territorial. Consejería de Medio
Ambiente y Ordenación del Territorio. Valladolid. Ambiente y Ordenación del Territorio. Valladolid.
Junta de Castilla y León. (2000). Directrices de Ordenación Territorial Junta de Castilla y León. (2000). Directrices de Ordenación Territorial de
de Castilla y León. Consejería de Fomento. Valladolid, pp. 149. Castilla y León. Consejería de Fomento. Valladolid, pp. 149.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 115
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 116

vechen los recursos locales para impulsar el mantenimiento de algu-


nas actividades con el suficiente grado de dinamismo como para
garantizar la viabilidad de los núcleos de población principales y una
adecuada gestión del territorio», que son las siguientes:
• La creación de condiciones que aumenten el atractivo de un
grupo reducido de núcleos de población con el fin de que se
erijan en centros de desarrollo desde los que gestionar los acti-
vos territoriales.
• La potenciación de las funciones urbanas de Vitigudino como
Cabecera del Área Funcional y centro de dinamización del
territorio aprovechando para ello su tradición como centro de
servicios y comercial. Desde el punto de vista urbanístico se
imponen acciones de mejora cualitativa, rehabilitando vivien-
Las infraestructuras de La Congida y de La Barca, en ambos extremos del embalse das y edificios de interés patrimonial y mejorando las condicio-
de Saucelle, han propiciado un proyecto innovador de gobernanza territorial y de nes de abastecimiento, saneamiento y depuración y la mejora
cooperación transfronteriza entre Freixo de Espada à Cinta y Vilvestre (foto Câma- paisajística de la periferia, evitando usos que afectan negativa-
ra Municipal de Freixo de Espada à Cinta).
mente a la percepción del núcleo.
• La mejora de equipamientos y servicios en la Cabecera del
Área Funcional; por ejemplo, es fundamental potenciar los ser-
algumas actividades com o suficiente grau de dinamismo como para vicios comerciales y de ocio. Un sistema para impulsar su des-
garantir a viabilidade dos núcleos de população principais e uma arrollo puede ser la consolidación de una actividad turística sig-
adequada gestão do território», que são as seguintes: nificativa, asociada a los recursos naturales del entorno y que
se apoye tanto en la segunda residencia como en la potencia-
• A criação de condições que aumentam o atractivo de um grupo ción de la oferta de alojamiento y de actividades complemen-
reduzido de núcleos de população com a finalidade de se trans- tarias.
formar em centros de desenvolvimento desde os que gerem os • El fortalecimiento de las actividades productivas relacionadas
activo territoriais. con las explotaciones ganaderas de calidad mediante acciones
• A potencialidade das funções urbanas de Vitigudino como de refuerzo de las estructuras comerciales y de transformación.
Cabeça da Área Funcional e centro de dinamização do territó- En la misma línea, las producciones singulares de la zona de
rio aproveitando para isso a sua tradição como centro de servi- Arribes (productos ecológicos, distintivos de calidad, etc.) pue-
ços e comercial. Desde o ponto de vista urbanístico impõem-se den aumentar el dinamismo económico si renuevan las estruc-
acções de melhoria qualitativa, reabilitando habitações e edifí- turas y los procesos de comercialización.
cios de interesse patrimonial e melhorando as condições de • Las actividades turísticas cuentan con mayores posibilidades
abastecimento, saneamento depuração e a melhoria paisagística para consolidar un cierto nivel de población y de actividad. El
da periferia, evitando udos que afectem negativamente a percep- turismo comarcal tiene innumerables posibilidades por sus sin-
ção de núcleo. gulares recursos naturales y ecoculturales; sin embargo, la con-
versión de estos argumentos en fuentes de actividad exige cre-
• A melhoria de equipamentos e serviços na Cabeceira da Área ar los sistemas de alojamiento y de oferta complementaria
Funcional, or exemplo, é fundamental potenciar os serviços necesarios, las estructuras de captación de visitantes y de ges-
comerciais e de lazer. Um sistema para impulsionar o seu tión de las actividades turísticas, el acondicionamiento de servi-
desenvolvimento pode ser a consolidação de uma actividade cios y espacios para el ocio, etc.

116 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 117

turística significativa, associada aos recursos naturais do entor-


no e que se apoie tanto na segunda residência como na poten-
cialidade da oferta de alojamento e de actividades complemen-
tares.
• O fortalecimento das actividades produtivas relacionadas com
as explorações de gado de qualidade, mediante acções de
reforço das estruturas comerciais e de transformação. Na mes-
ma linha, as produções singulares da zona das Arribas (produ-
tos ecológicos, marcas de qualidade, etc.) podem aumentar o
dinamismo económico se renovarem as estruturas e os proces-
sos de comercialização.
• As actividades turísticas contam com maiores possibilidades
para consolidar um certo nível de população e de actividade. O
turismo municipal tem inumeráveis possibilidades pelos seus
singulares recursos naturais e eco culturais, contudo, a conver-
são destes argumentos em fontes de actividade exige criar os
sistemas de alojamento e de oferta complementar necessários, La base del desarrollo local se sustenta en la puesta en valor de los recursos endó-
as estruturas de captação de visitantes e de gestão das activida- genos naturales y culturales ociosos que, además, sirve para recuperar el patrimo-
nio y crear empleo, como ocurre con esta antigua almazara del Lagar del Mudo de
des turísticas, o acondicionamento de serviços e espaços para San Felices de los Gallegos (foto Pablo de la Cruz Díaz Martínez).
lazer, etc.
• A estrutura turística deveria conceber-se no marco da coopera-
ção e integração com os espaços contíguos de Portugal e com
as Áreas Funcionais adjacentes que desenrolam actividades • La estructura turística debería concebirse en el marco de la
similares. O reforço desta estratégia leva ao aumento da acessi- cooperación e integración con los espacios contiguos de Portu-
bilidade com a melhoria das comunicações com Salamanca, gal y con las Áreas Funcionales colindantes que desarrollan
Cidade Rodrigo, Sayago e o incremento da permeabilidade da actividades similares. El refuerzo de esta estrategia conlleva el
fronteira. aumento de la accesibilidad con la mejora de las comunicacio-
• A Cabeceira da Área Funcional, Vitigudino, assim como os nes con Salamanca, Ciudad Rodrigo y Sayago y el incremento
de la permeabilidad de la frontera.
Núcleos de Interesse Territorial de Aldeadávila de La Ribera,
Lumbrales e Villarino de los Aires, devem actuar como núcleos • La Cabecera del Área Funcional, Vitigudino, así como los Núcle-
de acesso aos Espaços Naturais e zonas de interesse ou atracti- os de Interés Territorial de Aldeadávila de la Ribera, Lumbrales y
Villarino de los Aires, deben de actuar como núcleos de acceso
vo singular da Área Funcional. Estes núcleos devem acolher os
a los Espacios Naturales y zonas de interés o atractivo singular
serviços e desenvolvimento residentes que dêem apoio à activi-
del Área Funcional. Estos núcleos deben acoger los servicios y
dade turística. desarrollo residenciales que den apoyo a la actividad turística.
• A gestão do solo rústico deve dar prioridade à protecção dos • La gestión del suelo rústico debe dar prioridad a la protección
recursos paisagísticos e naturais do território, evitando usos de los recursos paisajísticos y naturales del territorio, evitando
agressivos nos espaços naturais, ribeiras, fluviais, entornos de usos agresivos en los espacios naturales, riberas fluviales,
núcleos e espaços florestais e definindo possibilidades de uso entornos de núcleos y espacios forestales y definiendo posibili-
compatíveis nestes âmbitos frágeis. dades de uso compatibles en estos ámbitos frágiles.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 117
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 118

O instrumento ordinário de ordenamento territorial são as Directri- El instrumento ordinario de ordenación territorial son las Directri-
zes de Ordenamento de Âmbito Provincial de Salamanca (DOTapSa)57 ces de Ordenación de Ámbito Provincial de Salamanca (DOTapSa)57
que estão pensadas para que considerem de forma integrada os recursos que están pensadas para que consideren de forma integrada los
naturais, as infra-estruturas e os equipamentos de âmbito provincial. A recursos naturales, las infraestructuras y los equipamientos del ámbito
memória incide em que «têm como objectivo principal possibilitar o provincial. La memoria incide en que «tienen como objeto principal
desenvolvimento e a qualidade de vida nesse território administrativo posibilitar el desarrollo y calidad de vida en ese territorio administrati-
sujeito a condições à sustentabilidade dos seus recursos naturais e vo sujetos a condiciones de la sostenibilidad de sus recursos, naturales
construído; as qualidades ecológicas, paisagísticas e patrimoniais que y construidos, y las cualidades ecológicas, paisajísticas y patrimoniales
estes compartem». O documento reproduz um modelo flexível de utili- que éstos comportan». El documento reproduce un modelo flexible
zação racional do território, que ressalta as suas aptidões para o desen- de utilización racional del territorio, que resalta sus aptitudes para el
volvimento sustentável e o estabelecimento de mecanismos de coorde- desarrollo sostenible, y el establecimiento de mecanismos de coordi-
nação entre os planos e programas com incidência territorial. nación entre los planes y programas con incidencia territorial.
A última figura recolhida na lei de ordenamento do território, La última figura recogida en la ley de ordenación del territorio,
mas regulada pelas normas de conservação da natureza, é o Plano pero regulada por las normas de conservación de la naturaleza, es el
de Ordenamento dos Recursos Naturais do Espaço Natural das Plan de Ordenación de los Recursos Naturales del Espacio Natural de
Arribas do Douro (PORN)58. A declaração de Espaço Natural Prote- Arribes del Duero (PORN)58. La declaración del Espacio Natural Prote-
gido das «Arribas do Douro» exigiu a prévia elaboração e aprova- gido de «Arribes del Duero» ha exigido la previa elaboración y apro-
ção do correspondente PORN, iniciado em 1992, que inclui a parte bación del correspondiente PORN, iniciado en 1992, que incluye la parte
dispositiva, mapa de limites e zonificação e Catálogo da Flora dispositiva, mapa de límites y zonificación y Catálogo de Flora Amenaza-
Ameaçada. O plano, uma vez aprovado com a participação pública, da. El plan, una vez aprobado con la participación pública, introduce
introduz uma série de directrizes de gestão e conservação dos recursos una serie de directrices de gestión y conservación de los recursos
naturais, de uso público, de património cultural e de dinamização naturales, del uso público, del patrimonio cultural y de dinamización
socio-económica e a melhoria da qualidade de vida, assim como, as socioeconómica y mejora de la calidad de vida, así como, las normati-
normativas gerais e específicas. vas generales y específicas.
Os instrumentos de ordenamento do território estão interrela- Los instrumentos de ordenación del territorio están interrelacio-
cionados com o planeamento urbanístico. O ordenamento e o nados con el planeamiento urbanístico. La ordenación y el desarrollo
desenvolvimento urbanístico dos municípios dependem dos órgãos urbanístico de los municipios depende de los óganos locales y de las

57
Anuncio relativo a la exposición pública de las Directrices de Ordena- 57
Anuncio relativo a la exposición pública de las Directrices de Ordena-
ción Territorial de ámbito Provincial de Salamanca (BOC y L nº 133, de 11 de ción Territorial de ámbito Provincial de Salamanca (BOC y L nº 133, de 11 de
julio de 2002). julio de 2002).
Resolución de 4 de marzo de 2003, por la que se hace público el Dicta- Resolución de 4 de marzo de 2003, por la que se hace público el Dicta-
men Medioambiental de la Evaluación Estratégica previa sobre las Directrices men Medioambiental de la Evaluación Estratégica previa sobre las Directrices
de Ordenación Territorial de ámbito provincial de Salamanca (BOC y L nº 61, de Ordenación Territorial de ámbito provincial de Salamanca (BOC y L nº 61,
de 31 de marzo de 2003). de 31 de marzo de 2003).
58
Orden de 30 de abril de 1992, de iniciación del Plan de Ordenación de 58
Orden de 30 de abril de 1992, de iniciación del Plan de Ordenación de
los Recursos Naturales del Espacio Natural de Arribes del Duero (BOC y L nº los Recursos Naturales del Espacio Natural de Arribes del Duero (BOC y L nº
97, de 22 de mayo de 1992). 97, de 22 de mayo de 1992).
Decreto 164/2001, de 7 de junio, por el que se aprueba el Plan de Orde- Decreto 164/2001, de 7 de junio, por el que se aprueba el Plan de Orde-
nación de los Recursos Naturales del Espacio Natural Arribes del Duero (Sala- nación de los Recursos Naturales del Espacio Natural Arribes del Duero (Sala-
manca-Zamora) (BOC y L nº 114, de 13 de junio de 2001). manca-Zamora) (BOC y L nº 114, de 13 de junio de 2001).

118 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 119

locais e das sugestões dos habitantes. A maioria dos termos munici- sugerencias de los habitantes. La mayoría de los términos municipa-
pais, devido à precariedade administrativa e ao escasso crescimento les, debido a la precariedad administrativa y el escaso crecimiento
urbano, somente tem um básico instrumento de gestão. Por este urbano, tan sólo tienen un básico instrumento de gestión. Por este
motivo, os pequenos municípios que contam com uma mínima deli- motivo, los pequeños municipios que cuentan con una mínima deli-
mitação do solo urbano, dependem da Revisão das Normas Subsi- mitación del suelo urbano dependen de la Revisión de las Normas
diárias e Complementares Municipais de Âmbito Provincial de Subsidiarias y Complementarias Municipales de Ámbito Provincial de
Salamanca59. A Diputación Provincial de Salamanca propôs, em 18 Salamanca59. La Diputación Provincial de Salamanca ha propuesto, el
18 de octubre del 2005, la modificación de las Normas Subsidiarias
de Outubro de 2005, a modificação das Normas Subsidiárias de Pla-
de Planeamiento Municipal de ámbito Provincial de Salamanca60, con
neamento Municipal de âmbito Provincial de Salamanca60, com o
el propósito de adaptarse a las exigencias de la ley de ordenación del
propósito de adaptar-se às exigências da lei de ordenamento do te- territorio.
rritório.
El sistema portugués de ordenación del territorio y urbanismo61
O sistema português de ordenamento do território e urbanismo61 preve la coordinación de las diferentes escalas institucionales públicas
prevê a coordenação das diferentes escalas institucionais públicas (nacio- (nacional, regional y municipal), la participación de la población local
nal, regional e municipal), a participação da população local e dos agen- y de los agentes económicos y sociales en la elaboración de los instru-
tes económicos e sociais na elaboração dos instrumentos de gestão terri- mentos de gestión territorial. Los fines de esta política se resumen en
torial. Os fins desta política resumem-se na procura da coesão nacional la búsqueda de la cohesión nacional mediante la ordenación del terri-
mediante o ordenamento do território, a correcção das assimetrias regio- torio, la corrección de las asimetrías regionales y el acceso en igual-
nais e o acesso na igualdade de oportunidades dos cidadãos às infra- dad de oportunidades de los ciudadanos a las infraestructuras, equi-
estruturas, equipamentos e serviços. Os instrumentos de âmbito nacional pamientos y servicios. Los instrumentos de ámbito nacional se
concretizam-se no Programa Nacional da Politica de Ordenamento do concretan en el Programa Nacional da Política de Ordenamento do
Território (PNPOT) e nos Planos Sectoriais com incidência territorial. Território (PNPOT) y en los Planes Sectoriales con incidencia territorial.
O Programa Nacional da Politica de Ordenamento do Território El Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território
(PNPOT), aprovado pela Assembleia da República em 5 de Julho de (PNPOT), aprobado por la Asamblea de la República el 5 de julio del
2007, define o marco estratégico para o ordenamento do território 2007, define el marco estratégico para la ordenación del territorio
nacional e estabelece as directrizes ao ter em conta no ordenamento nacional y establece las directrices a tener en cuenta en la ordenación
regional e municipal. Por seu lado, o ordenamento do território de regional y municipal. Por su parte, la ordenación del territorio del
âmbito regional depende da redacção dos Planos Regionais. ámbito regional depende de la redacción de los Planes Regionales.

59
Orden de 4 de julio de 1989, por la que se aprueba definitivamente la 59
Orden de 4 de julio de 1989, por la que se aprueba definitivamente la
Revisión de las Normas Subsidiarias Municipales en el Ámbito Provincial de Revisión de las Normas Subsidiarias Municipales en el Ámbito Provincial de
Salamanca (BOC y L nº 134, de 13 de julio de 1989 y BOP de Salamanca nº Salamanca (BOC y L nº 134, de 13 de julio de 1989 y BOP de Salamanca nº
124, de 16 de octubre de 1989). 124, de 16 de octubre de 1989).
60
Orden 561/2006, de 24 de marzo, por la que se inicia el procedimien- 60
Orden 561/2006, de 24 de marzo, por la que se inicia el procedimien-
to de aprobación de la Modificación de las Normas Subsidiarias de Planea- to de aprobación de la Modificación de las Normas Subsidiarias de Planea-
miento Municipal de ámbito Provincial de Salamanca (BOC y L nº 72, de 11 miento Municipal de ámbito Provincial de Salamanca (BOC y L nº 72, de 11 de
de abril de 2006). abril de 2006).
61
Lei nº 48/98, de 11 de agosto, estabelece as bases da política de orde- 61
Lei nº 48/98, de 11 de agosto, estabelece as bases da política de orde-
namento do territorio e de urbanismo (Diário da República Série I-A nº 184, namento do territorio e de urbanismo (Diário da República Série I-A nº 184, de
de 11 de agosto de 1998). 11 de agosto de 1998).
Drecreto-Lei nº 380/99, de 22 de setembro, establece o regime jurídico Drecreto-Lei nº 380/99, de 22 de setembro, establece o regime jurídico
dos instrumentos de gestão territorial (Diário da República Série I-A nº 222, dos instrumentos de gestão territorial (Diário da República Série I-A nº 222, de
de 22 de setembro de 1999). 22 de setembro de 1999).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 119
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 120

Os instrumentos de ordenamento do território mais próximos ao Los instrumentos de ordenación del territorio más próximos al
cidadão são os que se centram no âmbito municipal: os Planos Inter- ciudano son los que se centran en el ámbito municipal: los Planes
municipais e os Planos Municipais (Planos Directores Municipais, Intermunicipales y los Planes Municipales (Planes Directores Municipa-
Planos de Urbanização e Planos de Detalhe). Os Planos Directores les, Planes de Urbanización y Planes de Detalle). Los Planes Directores
Municipais garantem a gestão estratégica à escala municipal e as suas Municipales garantizan la gestión estratégica a escala municipal y sus
directrizes são vinculativas para as instituições públicas e para os par- directrices son vinculantes para las instituciones públicas y para los
ticulares. Para além disso, os Planos Directores Municipais portugue- particulares. Además, los Planes Directores Municipales portugueses
ses classificam as áreas fundamentais para a conservação da natureza, clasifican las áreas fundamentales para la conservación de la naturale-
denominadas com a categoria de Reserva Ecológica Nacional (REN)62 za, denominadas con la categoría de Reserva Ecológica Nacional
e as áreas com vocação agro-florestal, designadas com a categoria de (REN)62 y las áreas con vocación agro-forestal, designadas con la cate-
Reserva Agrícola Nacional (RAN)63. Os três concelhos contam com o goría de Reserva Agrícola Nacional (RAN)63. Los tres concelhos cuen-
seu respectivo Plano Director Municipal, concretamente, Figueira de tan con su respectivo Plan Director Municipal, en concreto, Figueira
Castelo Rodrigo (PDMFCR)64, Freixo de Espada à Cinta (PDM de de Castelo Rodrigo (PDMFCR)64, Freixo de Espada à Cinta (PDM de
Freixo de Espada à Cinta)65 e Mogadouro (PDM de Mogadouro)66. A Freixo de Espada à Cinta)65 y Mogadouro (PDM de Mogadouro)66. La
intenção das câmaras municipais é a sua revisão e actualização depois intención de las cámaras municipales es su revisión y actualización
de mais de dez anos de vigência, contudo, ainda seguem vivos os seus después de más de diez años de vigencia; sin embargo, aún siguen
objectivos ao marcar regras de uso do solo, a utilização dos recursos vivos sus objetivos al marcar las reglas de uso del suelo, la utilización
naturais, as carências de infra-estruturas e o desenvolvimento das de los recursos naturales, las carencias de infraestructuras y el desa-
actividades económicas. rrollo de las actividades económicas.
Finalmente, a politica de ordenamento do território português, Finalmente, la política de ordenación del territorio portugués con-
contempla o ordenamento dos espaços naturais. O Parque Natural do templa la ordenación de los espacios naturales. El Parque Natural del
«Douro Internacional» (PNDI) tem a missão de conservar o património «Douro Internacional» (PNDI) tiene la misión de conservar el patrimonio
natural dos canhões fluviais dos rios Douro e Águeda, de forma sus- natural de los cañones fluviales de los ríos Duero y Águeda, de forma
tentável, promover a qualidade de vida da população e valorizar o sostenible, promover la calidad de vida de la población y valorizar el
património cultural. Com o propósito de conseguir estas metas, o espa- patrimonio cultural. Con el propósito de conseguir estas metas, el espa-
ço natural está dotado do correspondente Plano de Ordenamento do cio natural de ha dotado del correspondiente Plan de Ordenación del

62
Drecreto-Lei nº 321/83, de 5 de julho, criou a Reserva Ecológica 62
Drecreto-Lei nº 321/83, de 5 de julho, criou a Reserva Ecológica Nacio-
Nacional (REN) (Diário da República Serie I nº 152, de 5 de julho de 1983). nal (REN) (Diário da República Serie I nº 152, de 5 de julho de 1983).
Decreto-Lei nº 93/90, de 19 de março, delimitção da Reserva Ecológica Decreto-Lei nº 93/90, de 19 de março, delimitção da Reserva Ecológica
Nacional (REN) (Diário da República Serie I nº 65, de 19 de março de 1990). Nacional (REN) (Diário da República Serie I nº 65, de 19 de março de 1990).
63
Decreto-Lei nº 196/89, de 14 de junho, gestão das áreas integradas 63
Decreto-Lei nº 196/89, de 14 de junho, gestão das áreas integradas
Reserva Agrícola Nacional (RAN) (Diário da República Serie I nº 134, de 14 Reserva Agrícola Nacional (RAN) (Diário da República Serie I nº 134, de 14 de
de junho de 1989). junho de 1989).
64
Resolução do Conselho de Ministros nº 33/95, de 2 de fevereiro, regu- 64
Resolução do Conselho de Ministros nº 33/95, de 2 de fevereiro, regu-
lamento do Plano Director Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo (Diário lamento do Plano Director Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo (Diário da
da República Série B nº 85, de 10 de abril de 1995). República Série B nº 85, de 10 de abril de 1995).
65
Resolução do Conselho de Ministros nº 110/95, de 14 de setembro, 65
Resolução do Conselho de Ministros nº 110/95, de 14 de setembro,
regulamento do Plano Director Municipal de Freixo de Espada à Cinta (Diário regulamento do Plano Director Municipal de Freixo de Espada à Cinta (Diário
da República Série I-B nº 243, de 20 de outubro de 1995). da República Série I-B nº 243, de 20 de outubro de 1995).
66
Resolução do Conselho de Ministros nº 96/95, de 14 de setembro, 66
Resolução do Conselho de Ministros nº 96/95, de 14 de setembro,
regulamento do Plano Director Municipal de Mogadouro (Diário da República regulamento do Plano Director Municipal de Mogadouro (Diário da República
Série I-B nº 231, de 6 de outubro de 1995). Série I-B nº 231, de 6 de outubro de 1995).

120 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 121

Parque Natural do «Douro Internacional» (POPNDI)67 como instru- Parque Natural do «Douro Internacional» (POPNDI)67 como instrumen-
mento jurídico para a regulamentação administrativa e o uso público to jurídico para la regulación administrativa y el uso público con el
com a acomodação dos preceitos dos planos municipais, assim como, acomodo de los preceptos de los planos municipales, así como, de los
dos programas e projectos a realizar na sua área de intervenção. Este programas y proyectos a realizar en su área de intervención. Este ins-
instrumento assegura a salvaguarda dos recursos naturais e estabelece trumento asegura la salvaguardia de los recursos naturales y establece
as regras das actividades humanas a fim de manter as paisagens e a las reglas de las actividades humanas a fin de mantener los paisajes y
diversidade ecológica, a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvi- la diversidad ecológica, la mejora de la calidad de vida y el desarrollo
mento económico das populações residentes. económico de las poblaciones residentes.

4.2. A cooperação à escala local y sub-regional: 4.2. La cooperación a escala local y subregional:
a prestação de serviços e a realização de obras la prestación de servicios y la realización de obras
de interesse comum de interés común

A constituição de associações de municípios68 e de outras La constitución de mancomunidades de municipios68 y de otras ini-


iniciativas de descentralização administrativa foram as ferramentas ciativas de descentralización administrativa han sido las herramientas
mais numerosas e válidas no que diz respeito a experiências de más numerosas y válidas en cuanto a experiencias de gobernanza terri-
governação territorial (ver mapa). O objectivo da criação das asso- torial (ver mapa). El objetivo de la creación de las mancomunidades es la
ciações de municípios é o agrupamento voluntário de municípios agrupación voluntaria de municipios para la gestión en común de deter-
para a gestão em conjunto de determinadas obras e serviços de com- minadas obras y servicios de competencia municipal. Inicialmente, entre
petência municipal. Inicialmente, entre os fins prioritários aparece- los fines prioritarios aparecerían «Seguridad en lugares públicos; Ordena-
riam: «Segurança em locais públicos; o Ordenamento do Trânsito; ción del tráfico; Protección civil. Prevención y extinción de incendios;
Protecção Civil; Prevenção e extinção de incêndios; Ordenamento, Ordenación, gestión, ejecución y disciplina urbanística; Parques y jardi-
gestão, execução e disciplina urbanística; Parques e jardins; Pavi- nes; Pavimentación y conservación de vías y caminos; Promoción y ges-
mentação e conservação de vias e caminhos; Promoção e gestão de
tión de viviendas; Patrimonio histórico-artístico; Medio ambiente; Ges-
habitações; Património histórico-artístico; Meio ambiente; Gestão
tión de montes y espacios naturales; Actividades clasificadas; Defensa de
de montes e espaços naturais; Actividades classificadas; Defesa de
usuários e consumidores; Equipamentos comerciais, abastecimentos usuarios y consumidores; Equipamientos comerciales, abastecimientos
e matadores; Saúde pública e saneamento; Iluminação pública; Rede y mataderos; Salud pública y sanidad; Alumbrado público; Red de sumi-
de abastecimento e tratamento de água; Serviços de limpeza viária, de nistro y tratamiento del agua; Servicios de limpieza viaria, de recogida y
recolha e de tratamento de resíduos; Acção social e serviços sociais; de tratamiento de residuos; Acción social y servicios sociales; Protección
Protecção infantil, atendimento a jovens e promoção da igualdade da de la infancia, atención a la juventud y promoción a la igualdad de la
mulher; Prevenção da marginalização e inserção social; Transportes mujer; Prevención de la marginación e inserción social; Transporte
públicos; Cultura; Desporto; Turismo e tempo livre; Colaboração público; Cultura; Deportes; Turismo y tiempo libre; Colaboración con la
com a administração educativa na criação, construção e manutenção Administración educativa en la creación, construcción y mantenimiento

67
Resolução do Conselho de Ministros nº 120/2005, de 23 de junho, 67
Resolução do Conselho de Ministros nº 120/2005, de 23 de junho,
regulamento do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Douro Internacio- regulamento do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Douro Interna-
nal (POPNDI) (Diário da República Série I-B nº 144, de 28 de julho de 2005). cional (POPNDI) (Diário da República Série I-B nº 144, de 28 de julho de 2005).
68
En la provincia de Salamanca, según la base de datos del Ministerio 68
En la provincia de Salamanca, según la base de datos del Ministerio de
de Administraciones Públicas (http://www.dgal.map.es) y de la Diputación Administraciones Públicas (http://www.dgal.map.es) y de la Diputación Provin-
Provincial de Salamanca (http://www.dipsanet.es), existen en la actualidad 30 cial de Salamanca (http://www.dipsanet.es), existen en la actualidad 30 man-
mancomunidades. comunidades.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 121
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 122

122 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 123

de centros docentes públicos e na escolarização, Cemitérios e servi- de centros docentes públicos y en la escolarización; Cementerios y ser-
ços fúnebres e qualquer outra a que se atribuam no seu âmbito territo- vicios funerarios; y Cualesquiera otras que se les atribuyan en su ámbito
rial», com a possibilidade de ampliar as funções com a modificação territorial», con la posibilidad de ampliar las funciones con la modifica-
dos estatutos. ción de los estatutos.
Na comarca agrária de Vitigudino registaram-se um total de 6 En la comarca agraria de Vitigudino se han registrado un total de
associações de municípios com diferente grau na oferta de obras e 6 mancomunidades, con diferente grado en la oferta de obras y servi-
serviços aos cidadãos que integram todos os municípios, excepto cios a los ciudadanos, que integran a todos los términos municipales,
Trabanca. A Associação «Arribes del Duero» (Núm. registo: excepto a Trabanca. La Mancomunidad «Arribes del Duero» (Núm.
0537021)69 composta por La Peña, Pereña de la Ribera, La Vídola e registro: 0537021)69 compuesta por La Peña, Pereña de la Ribera, La
Villarino de los Aires; a Associação «Comarca del Abadengo» Vídola y Villarino de los Aires; la Mancomunidad «Comarca del Aba-
(Núm. registo: 0537020)70, criada por Ahigal de los Aceiteros, dengo» (Núm. registro: 0537020)70, creadada por Ahigal de los Acei-
Bañobárez, Bermellar, Cerralbo, La Fregeneda, Fuenteliante, Hino- teros, Bañobárez, Bermellar, Cerralbo, La Fregeneda, Fuenteliante,
josa de Duero, Lumbrales, Olmedo de Camaces, La Redonda, San Hinojosa de Duero, Lumbrales, Olmedo de Camaces, La Redonda, San
Felices de los Gallegos e Sobradillo; A Associação «Centro Duero» Felices de los Gallegos y Sobradillo; la Mancomunidad «Centro Due-
(Núm. registo: 0537022)71, que agrupa Aldeadávila de la Ribera, ro» (Núm. registro: 0537022)71, que agrupa a Aldeadávila de la Ribe-
Barruecopardo, Cabeza del Caballo, Cerezal de Peñahorcada, Enci- ra, Barruecopardo, Cabeza del Caballo, Cerezal de Peñahorcada, Enci-
nasola de los Comendadores, Guadramiro, Masueco, Mieza, El nasola de los Comendadores, Guadramiro, Masueco, Mieza, El
Milano, Saldeana, Saucelle, Valderrodrigo, Vilvestre, Villasbuenas e Milano, Saldeana, Saucelle, Valderrodrigo, Vilvestre, Villasbuenas y La
La Zarza de Pumareda; A Associação «Comarca de Ledesma» Zarza de Pumareda; la Mancomunidad «Comarca de Ledesma» (Núm.
(Núm. registo: 0537010)72, à que pertencem Almendra, El Manzano registro: 0537010)72, a la que pertenecen Almendra, El Manzano y
e Villar de Peralonso; A Associação «Comarca de Vitigudino» Villar de Peralonso; la Mancomunidad «Comarca de Vitigudino»
(Núm. registo: 0537019)73, integrada por Ahigal de Villarino, Barceo, (Núm. registro: 0537019)73, integrada por Ahigal de Villarino, Barceo,
Bogajo, Brincones, Cipérez, El Cubo de Don Sancho, Espadaña, Irue- Bogajo, Brincones, Cipérez, El Cubo de Don Sancho, Espadaña, Irue-
los, Moronta, Peralejos de Abajo, Peralejos de Arriba, Pozos de Hino- los, Moronta, Peralejos de Abajo, Peralejos de Arriba, Pozos de Hino-
jo, Puertas, Sanchón de la Ribera, Valsalabroso, Villar de Samaniego, jo, Puertas, Sanchón de la Ribera, Valsalabroso, Villar de Samaniego,

69
Orden de 6 de abril de 1992, relativa a la constitución y Estatutos de la 69
Orden de 6 de abril de 1992, relativa a la constitución y Estatutos de la
Mancomunidad «Arribes del Duero» (BOC y L nº 72, de 13 de abril de 1992). Mancomunidad «Arribes del Duero» (BOC y L nº 72, de 13 de abril de 1992).
70
Orden de 27 de julio de 1992, relativa a la constitución y Estatutos de 70
Orden de 27 de julio de 1992, relativa a la constitución y Estatutos de
la Mancomunidad «Comarca del Abadengo» (BOC y L nº 151, de 7 de agosto la Mancomunidad «Comarca del Abadengo» (BOC y L nº 151, de 7 de agosto
de 1992). de 1992).
71
Orden de 25 de enero de 1994, relativa a la constitución y Estatutos de 71
Orden de 25 de enero de 1994, relativa a la constitución y Estatutos de
la Mancomunidad «Centro Duero» (BOC y L nº 20, de 31 de enero de 1994). la Mancomunidad «Centro Duero» (BOC y L nº 20, de 31 de enero de 1994).
72
Orden de 10 de noviembre de 1988, relativa a la constitución y Estatu- 72
Orden de 10 de noviembre de 1988, relativa a la constitución y Estatu-
tos de la Mancomunidad de Municipios de la «Comarca de Ledesma» (BOC y tos de la Mancomunidad de Municipios de la «Comarca de Ledesma» (BOC y L
L n.º 225, de 22 de noviembre de 1988). n.º 225, de 22 de noviembre de 1988).
Orden de 4 de julio de 2002, por la que se acuerda hacer pública la modi- Orden de 4 de julio de 2002, por la que se acuerda hacer pública la modi-
ficación de Estatutos de la Mancomunidad de la «Comarca de Ledesma» ficación de Estatutos de la Mancomunidad de la «Comarca de Ledesma» (BOC
(BOC y L n.º 136, de 16 de julio de 2002). y L n.º 136, de 16 de julio de 2002).
73
Orden de 19 de octubre de 1993, relativa a la constitución y Estatutos 73
Orden de 19 de octubre de 1993, relativa a la constitución y Estatutos
de la Mancomunidad «Comarca de Vitigudino» (BOC y L nº 205, de 25 de de la Mancomunidad «Comarca de Vitigudino» (BOC y L nº 205, de 25 de
octubre de 1993). octubre de 1993).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 123
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 124

Villarmuerto, Villavieja de Yeltes, Vitigudino e Yecla de Yeltes; e a Villarmuerto, Villavieja de Yeltes, Vitigudino y Yecla de Yeltes; y la
Associação «Las Dehesas» (Núm. registo: 0537001) à que somente Mancomunidad «Las Dehesas» (Núm. registro: 0537001) que tan sólo
pertence Villares de Yeltes da comarca. recoge a Villares de Yeltes de la comarca.

Na Associação «Cabeza de Horno» (Núm. registo: 0537026)74 En la Mancomunidad «Cabeza de Horno» (Núm. registro:
aderiram actualmente doze municípios da comarca: Ahigal de Villarino, 0537026)74 están adheridos actualmente doce municipios de la
Brincones, Espadaña, Iruelos, El Manzano, Peralejos de Abajo, Perale- comarca: Ahigal de Villarino, Brincones, Espadaña, Iruelos, El Manza-
jos de Arriba, Puertas, Villar de Peralonso, Villarmuerto e Vitigudino. O no, Peralejos de Abajo, Peralejos de Arriba, Puertas, Villar de Peralon-
único propósito desta Associação de Municípios é o abastecimento de so, Villarmuerto y Vitigudino. El único propósito de la mancomunidad
água potável desde os depósitos reguladores, à manutenção das redes, es el suministro de agua potable desde los depósitos reguladores, el
mantenimiento de las redes, alcantarillado e instalaciones, y el trata-
rede de esgotos e instalações e tratamento das águas residuais.
miento de las aguas residuales.
A parte portuguesa conta com vários exemplos similares às asso-
En la parte portuguesa cuentan con varios ejemplos similares a
ciações espanholas. O governo português propôs algumas ideias rela-
las mancomunidades españolas. El gobierno portugués ha propuesto
cionadas com a descentralização administrativa a partir das novas algunas ideas relacionadas con la descentralización administrativa a
estruturas associativas intermunicipais, como por exemplo, as Áreas partir de nuevas estructuras asociativas intermunicipales; por ejemplo,
Metropolitanas, as Comunidades Urbanas, as Comunidades Intermuni- las Áreas Metropolitanas, las Comunidades Urbanas, las Comunida-
cipais e as Associações de Municípios de fins específicos75. As entida- des Intermunicipales y las Asociaciones Municipales de fines específi-
des criadas são múltiplas —a Associação de Municípios de Trás-os- cos75. Las entidades creadas son múltiples —la Asociación de Municipios
Montes e Alto Douro (AMTAD), a Associação para a Promoção de Trás-os-Montes y Alto Douro (AMTAD), la Asociación para la Promo-
Desenvolvimento da Região do Douro (ADERDOURO), a Associação ción y Desarrollo de la región del Duero (ADERDOURO), la Asociación
de Municípios Vitivinícolas de Portugal (CIVITIS), etc.—, portanto, de Municipios Vitivinícolas de Portugal (CIVITIS), etc.—, por tanto,
relataremos alguns exemplos. Em primeiro lugar, a «Comunidade relataremos algunos ejemplos. En primer lugar, la «Comunidad Urba-
Urbana de Trás-os-Montes (COMURTM), que acolhe 16 municípios do na de Trás-os-Montes (COMURTM)», que acoge a 16 municipios del
nordeste português; Alfândega da Fé, Boticas, Bragança, Chaves, Freixo nordeste portugués: Alfândega da Fé, Boticas, Bragança, Chaves, Freixo
de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirande- de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirande-
la, Mogadouro, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços, Vila Flor, Vila la, Mogadouro, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços, Vila Flor, Vila
Pouca de Aguiar, Vimioso e Vinhais. O impulso da comunidade , desde Pouca de Aguiar, Vimioso y Vinhais. El impulso de la comunidad, desde

74
Orden de 7 de octubre de 1994, relativa a la constitución y Estatutos 74
Orden de 7 de octubre de 1994, relativa a la constitución y Estatutos
de la Mancomunidad «Cabeza de Horno» (BOC y L nº 202, de 19 de octubre de la Mancomunidad «Cabeza de Horno» (BOC y L nº 202, de 19 de octubre
de 1994). de 1994).
Orden de 12 de noviembre de 2001, por la que se acuerda hacer pública Orden de 12 de noviembre de 2001, por la que se acuerda hacer pública
la modificación de Estatutos de la Mancomunidad «Cabeza de Horno» (BOC la modificación de Estatutos de la Mancomunidad «Cabeza de Horno» (BOC y
y L nº 238, de 10 de diciembre de 2001). L nº 238, de 10 de diciembre de 2001).
75
Lei nº 10/2003, de 13 de maio, estabelece o regime de criação, o qua- 75
Lei nº 10/2003, de 13 de maio, estabelece o regime de criação, o qua-
dro de atribuções e competências das áreas metropolitanas e o funcionamento dro de atribuções e competências das áreas metropolitanas e o funcionamento
dos seus órgãos (Diário da República Serie I-A nº 110, de 13 de maio de 2003). dos seus órgãos (Diário da República Serie I-A nº 110, de 13 de maio de 2003).
Lei 11/2003, 10 de maio, estabelece o regime de criação, o quadro de Lei 11/2003, 10 de maio, estabelece o regime de criação, o quadro de
atribuções e competências das comunidades intermunicipais de direito público atribuções e competências das comunidades intermunicipais de direito público
e o funcionamento dos seus órgãos (Diário da República Serie I-A nº 110, de e o funcionamento dos seus órgãos (Diário da República Serie I-A nº 110, de
13 de maio de 2003). 13 de maio de 2003).

124 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 125

o ano de 2004, baseia-se na força da negociação conjunta que adquiri- el año 2004, se basa en la fuerza de negociación conjunta que han
ram de cara às reivindicações face à «Europa das regiões». Em segun- adquirido de cara a las reivindicaciones ante la «Europa de las regio-
do lugar, a «Associação de Municípios do Douro Superior de Fins nes». En segundo lugar, la «Asociación de Municipios del Duero Supe-
Específicos»76, que agrupa os concelhos de Freixo de Espada à Cinta, rior de Fines Específicos»76, que agrupa a los concelhos de Freixo de
Mogadouro, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa, destina-se a Espada à Cinta, Mogadouro, Torre de Moncorvo y Vila Nova de Foz
promover a cooperação e o desenvolvimento dos quatro concelhos. Côa, está destinada a promover la cooperación y el desarrollo de los
Segundo os estatutos, a estrutura e o funcionamento dependem dos cuatro concelhos. Según los estatutos, la estructura y el funcionamien-
órgãos da Associação (a Assembleia Intermunicipal e o Conselho to dependen de los Órganos de la Asociación (la Asamblea Intermuni-
Directivo), os quais decidem sobre os bens e actividades da associa- cipal y el Consejo Directivo), quienes deciden sobre los bienes y activi-
ção. Por último, a «Associação de Municípios do Vale do Côa», cons- dades de la asociación. Por último, la «Asociación de Municipios del
tituída no ano de 1999 pelos municípios de: Almeida, Figueira de Cas- Valle del Côa», constituida en el año 1999 por los municipios de
telo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Meda, Mogadouro, Pinhel, Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Meda,
Torre de Moncorvo, Trancoso, Sabugal y Vila Nova de Foz Côa, tem Mogadouro, Pinhel, Torre de Moncorvo, Trancoso, Sabugal y Vila Nova
como objectivos a defesa do património cultural, o desenvolvimento de Foz Côa, tiene como objetivos la defensa del patrimonio cultural, el
do potencial turístico77 e a elaboração de estudos e projectos encamin- desarrollo del potencial turístico77 y la elaboración de estudios y pro-
hados para o desenvolvimento local da região. yectos encaminados al desarrollo local de la región.
Finalmente, uma experiência criada de forma específica para Finalmente, una experiencia creada de forma específica para
favorecer a cooperação transfronteiriça à escala local é a «Associação favorecer la cooperación transfronteriza a escala local es la «Asocia-
Transfronteiriça de Municípios das Arribas do Douro e Águeda (ATA- ción Transfronteriza de Municipios de las Arribes del Duero y Águeda
DA)». Na acta da constituição da associação participaram as Câmaras (ATADA)». En el acta de constitución de la asociación participaron las
Municipais de Figueira de Castelo Rodrigo e Freixo de Espada à Cin- Cámaras Municipales de Figueira de Castelo Rodrigo y de Freixo de
ta, junto co 15 municípios espanhóis ribeirinhos dos rios Douro, Hue- Espada à Cinta junto a 15 municipios españoles ribereños de los ríos
bra e Águeda. Os eixos de actuação da associação estão centrados na Duero, Huebra y Águeda. Los ejes de actuación de la asociación están
defesa do meio ambiente e no desenvolvimento socio-económico da centrados en la defensa medioambiental y en el desarrollo socioeco-
área, no marco de um Projecto de Desenvolvimento Integral, com pro- nómico del área, en el marco de un Proyecto de Desarrollo Integral,
gramas e actuações de dinamização. con programas y actuaciones de dinamización.

76
http://www.amdourosuperior.pt 76
http://www.amdourosuperior.pt
77
La Asociación de Municipios, con la ayuda de la empresa Augusto 77
La Asociación de Municipios, con la ayuda de la empresa Augusto
Mateus&Asociados, Sociedade de Consultores, está elaborando el «Plano Mateus&Asociados, Sociedade de Consultores, está elaborando el «Plano
Estratégico de Promoção Turística do Vale do Côa (PEPTVC)», con el propó- Estratégico de Promoção Turística do Vale do Côa (PEPTVC)», con el propósito
sito de definir los vectores estratégicos de actuación, el impulso de la marca de de definir los vectores estratégicos de actuación, el impulso de la marca de la
la zona y la estructura de un modelo de gestión. zona y la estructura de un modelo de gestión.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 125
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 126

4.3. As iniciativas comunitárias e a sua incidência 4.3. Las iniciativas comunitarias y su incidencia territorial: el
territorial: o patronato e o trabalho em rede partenariado y el trabajo en red
Neste capítulo são detalhadas algumas das experiências de colabo- En este capítulo se detallan algunas de las experiencias de colabo-
ração e cooperação entre instituições e entre territórios impostas pela ración y cooperación entre instituciones y entre territorios impuestas
política de Bruxelas. A convocatória das iniciativas comunitárias e dos por la política de Bruselas. La convocatoria de las iniciativas comunita-
projectos-piloto dos fundos estruturais, introduziram uma nova forma rias y de los proyectos piloto de los fondos estructurales ha introducido
de actuar ao apresentar uma emergente «cultura territorial» baseada nos una novedosa forma de actuar al presentar una emergente «cultura
conceitos como enfoque ascendente («bottom-up»), o patronato, a territorial» basada en conceptos como el enfoque ascendente («bot-
inovação, o enfoque integral e multisectorial, a descentralização finan- tom-Up»), el partenariado, la innovación, el enfoque integral y multi-
ceira, a organização em rede e a cooperação. Portanto, foram elegidas sectorial, la descentralización financiera, la organización en Red y la
as iniciativas comunitárias para o período 2000-2006 (sobre Desenvol- cooperación. Por tanto, se han elegido las iniciativas comunitarias para
vimento Rural «LEADER+»; sobre cooperação transfronteiriça, trans-
el periodo 2000-2006 (sobre Desarrollo Rural «LEADER+»; sobre Coo-
nacional e inter-regional «INTERREG III» e sobre Recursos humanos
peración transfronteriza, transnacional e interregional «INTERREG III»;
num contexto de igualdade de oportunidades «EQUAL». Para além
disso, analisam-se os Programas Municipais e Medidas de Desenvolvi- y sobre Recursos humanos en un contexto de igualdad de oportunida-
mento Endógeno incluídas nos Programas Operativos Integrados das des «EQUAL»). Además, se analizan los Programas Comarcales de
Regiões Objectivo nº 1 (PRODER 2) e o projecto-piloto do artigo 10 Medidas de Desarrollo Endógeno incluidas en los Programas Operati-
do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) sobre orde- vos Integrados de las Regiones Objetivo nº 1 (PRODER 2) y el proyecto
namento do território «TERRA» (ver mapa). piloto del artículo 10 del Fondo Europeo de Desarrollo Regional
(FEDER) sobre ordenación del territorio «TERRA» (ver mapa).

4.3.1. A iniciativa comunitária sobre Desenvolvimento


Rural «LEADER+» (Relações entre actividades 4.3.1. La iniciativa comunitaria sobre Desarrollo Rural
de desenvolvimento da economia rural) «LEADER+» (Relaciones entre actividades de
desarrollo de la economía rural)
A comissão das Comunidades Europeias adoptou, e 14 de Abril de
2000, a iniciativa relativa para o desenvolvimento rural (Relações entre La Comisión de las Comunidades Europeas adoptó, el 14 de abril
actividades de desenvolvimento da economia rural, «Liaisons Entre Activi- del 2000, la iniciativa relativa al desarrollo rural (Relaciones entre activi-
tés de Developement de L’Economie Rural») denominada LEADER+ dades de desarrollo de la economía rural, «Liaisons Entre Activités de
(2000-2006)78. Esta terceira fase da iniciativa está destinada a ajudar as Developement de L’Economie Rural») denominada LEADER+ (2000-
zonas rurais a aplicar uma politica que não se limite só a reforçar a compe- 2006)78. Esta tercera fase de la iniciativa está destinada a ayudar a las
titividade do sector agrário, mas também que impulsione o desenvolvimen- zonas rurales a aplicar una política que no se limite sólo a reforzar la
competitividad del sector agrario, sino que impulse el desarrollo de
to de novas actividades e fontes de emprego a fim de que as zonas rurais
nuevas actividades y fuentes de empleo a fin de que las zonas rurales
continuem a manter um tecido económico e social dinâmico e melhorado.
sigan manteniendo un tejido económico y social dinámico y saneado.
Estes objectivos estão a ser alcançados graças ao fomento de estratégias
Estos objetivos se están alcanzando gracias al fomento de estrategias
de desenvolvimento integradas, sustentáveis, piloto e demonstrativas em
de desarrollo integradas, sostenibles, piloto y demostrativas alrededor
redor de um dos quatro temas aglutinantes: Utilização de novos con-
de uno de los cuatro temas aglutinantes: Utilización de nuevos co-
hecimentos e tecnologias para incrementar a competitividade dos nocimientos y tecnologías para incrementar la competitividad de los

78
Comunicación de la Comisión a los Estados Miembros (2000/C 78
Comunicación de la Comisión a los Estados Miembros (2000/C
139/05), de 14 de abril de 2000, por la que se fijan orientaciones sobre la ini- 139/05), de 14 de abril de 2000, por la que se fijan orientaciones sobre la ini-
ciativa comunitaria de desarrollo rural (Leader+) (DO nº C 139, de 18 de ciativa comunitaria de desarrollo rural (Leader+) (DO nº C 139, de 18 de mayo
mayo de 2000). de 2000).

126 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 127

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 127
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 128

produtos e serviços dos territórios. Melhoria da qualidade de vida das productos y servicios de los territorios, Mejora de la calidad de vida de
zonas rurais. Valorização dos produtos locais facilitando o acesso ao las zonas rurales, Valorización de los productos locales facilitando el
mercado, a valorização dos recursos naturais e culturais, incluindo as acceso al mercado, y Valorización de los recursos naturales y culturales,
áreas de interesse comunitário no marco da Rede Natura 2000. Para incluida la de las áreas de interés comunitario en el marco de la Red
além disso, tomou um ar renovado a carta da natureza nesta convoca- Natura 2000. Además, ha tomado un aire renovado y carta de natura-
tória, o apoio à cooperação entre territórios rurais (interterritorial e leza en esta convocatoria el apoyo a la cooperación entre territorios
transnacional) e o trabalho em rede. rurales (interterritorial y transnacional) y el trabajo en red.

A iniciativa aplicou-se na zona através do Grupo de acção Local La iniciativa se ha aplicado en la zona a través del Grupo de
Leader+ «Douro Superior, Associação de Desenvolvimento» (concel- Acción Local Leader + «Douro Superior, Associação de Desenvolvi-
hos de Freixo de Espada à Cinta, Mogadouro, Torre de Moncorvo e mento» (concelhos de Freixo de Espada à Cinta, Mogadouro, Torre de
Vila Nova de Foz Côa) e do Leader+ «RAIA HISTÓRICA – Associa- Moncorvo y Vila Nova de Foz Côa) y del Leader + «RAIA HISTÓRICA-
Associação de Desenvolvimento do Nordeste da Beira» (concelhos de
ção de Desenvolvimento do Nordeste da Beira» (concelhos de Almei-
Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda, Pinhel y Trancoso).
da, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda, Pinhel y Trancoso). Ambos os
Ambos grupos han aplicado un programa innovador que contempla
grupos aplicaram um programa inovador que contempla diversas diversas estrategias de desarrollo (servicios a la población, patrimonio,
estratégias de desenvolvimento (serviços à população; património; valorización de los productos locales y agrarios, PYMES y servicios,
valorização dos produtos locais e agrários; PYMES e serviços; valori- valorización del patrimonio cultural y arquitectónico, turismo, forma-
zação do património cultural e arquitectónico; turismo; formação e ción y empleo, y otras inversiones), la cooperación interterritorial y
emprego e outros investimentos), a cooperação interterritorial e trans- transnacional, y el trabajo en red.
nacional e trabalho em rede.

4.3.2. Os Programas Municipais de Medidas de 4.3.2. Los Programas Comarcales de Medidas


Desenvolvimento Endógeno incluídos nos de Desarrollo Endógeno incluidas en los
Programas Operativos Integrados das Regiões Programas Operativos Integrados
Objectivo nº 1 (PRODER 2) de las Regiones Objetivo nº 1 (PRODER 2)
A avalanche de pedidos de novos Grupos de Acção Local à La avalancha de solicitudes de nuevos Grupos de Acción Local a
la convocatoria de la iniciativa comunitaria LEADER II, obligó al
convocatória da iniciativa comunitária LEADER II, obrigou o Minis-
Ministerio de Agricultura, Pesca y Alimentación de España de forma
tério da Agricultura, Pesca e Alimentação de Espanha de forma conjunta con las Comunidades Autónomas, a poner en marcha un
conjunta com as Comunidades Autónomas, a por em prática um Pro- Programa Operativo de Desarrollo y Diversificación Económica de
grama Operativo de Desenvolvimento e Desertificação Económica las Zonas Rurales Objetivo 1 de España (PRODER) (1996-1999)79.
das Zonas Rurais Objectivo 1 de Espanha (PRODER) (1996-1999)79.

79
RESOLUCION de 3 de febrero de 1997, de la Dirección General de 79
RESOLUCION de 3 de febrero de 1997, de la Dirección General de
Industrias Agrarias y Desarrollo Rural, de la Consejería de Agricultura y Industrias Agrarias y Desarrollo Rural, de la Consejería de Agricultura y Gana-
Ganadería, por la que se hace pública la convocatoria para la presentación de dería, por la que se hace pública la convocatoria para la presentación de pro-
programas de desarrollo, de carácter local, que puedan acogerse al Programa gramas de desarrollo, de carácter local, que puedan acogerse al Programa
Operativo de Desarrollo y Diversificación Económica de las Zonas Rurales Operativo de Desarrollo y Diversificación Económica de las Zonas Rurales Obje-
Objetivo 1 de España (BOC y L nº 25, de 6 de febrero de 1997). tivo 1 de España (BOC y L nº 25, de 6 de febrero de 1997).
RESOLUCION de 17 de abril de 1997, de la Dirección General de Indus- RESOLUCION de 17 de abril de 1997, de la Dirección General de Indus-
trias Agrarias y Desarrollo Rural, de la Consejería de Agricultura y Ganadería, trias Agrarias y Desarrollo Rural, de la Consejería de Agricultura y Ganadería,
por la que se hace pública la selección de programas de desarrollo, de carácter por la que se hace pública la selección de programas de desarrollo, de carácter
local, que se han presentado al Programa Operativo de Desarrollo y Diversifica- local, que se han presentado al Programa Operativo de Desarrollo y Diversifica-
ción Económica de las Zonas Rurales Objetivo 1 de España (BOC y L nº 80, de ción Económica de las Zonas Rurales Objetivo 1 de España (BOC y L nº 80, de
29 de abril de 1997). 29 de abril de 1997).

128 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 129

A comissão das Comunidades Europeias aprovou, mediante decisão de La Comisión de las Comunidades Europeas aprobó, mediante Decisión
18 de Junho de 1996, o PRODER apresentado pelo Governo espanhol. de 18 de junio de 1996, el PRODER presentado por el Gobierno español.
Este Programa Operativo formava parte dos eixos prioritários nº2 Este Programa Operativo formaba parte de los ejes prioritarios nº 2:
«Desenvolvimento Local» e nº4 «Agricultura e Desenvolvimento Rural» «Desarrollo Local» y nº 4: «Agricultura y Desarrollo Rural» del Marco
do Marco Comunitário de Apoio (MCA) para as intervenções estruturais Comunitario de Apoyo (MCA) para las intervenciones estructurales en
nas regiões espanholas do Objectivo 1 durante o período 1994-1999. las regiones españolas de Objetivo 1 durante el período 1994-1999.

O objectivo fundamental do PRODER, através do desenvolvimen- El objetivo fundamental del PRODER, a través del desarrollo de
to das medidas e acções do programa, era impulsionar o desenvolvi- las medidas y acciones del programa, era impulsar el desarrollo endó-
mento endógeno e sustentável das comarcas rurais espanholas, que geno y sostenido de las comarcas rurales españolas, que conllevara el
implicava a manutenção da população, travando a regressão demo- mantenimiento de la población, frenando la regresión demográfica y
gráfica e conseguindo para os seus habitantes umas rendas e nível de consiguiendo para sus habitantes unas rentas y nivel de bienestar
bem-estar social equivalentes a outras zonas mais desenvolvidas, asse- social equivalentes a otras zonas más desarrolladas, asegurando la
gurando a conservação do espaço e dos recursos naturais. As medidas conservación del espacio y de los recursos naturales. Las medidas sub-
subvenções do PRODER foram as seguintes: Valorização do patrimó- vencionables del PRODER fueron las siguientes: Valorización del patri-
nio rural. Renovação e desenvolvimento de núcleos de população com monio rural. Renovación y desarrollo de núcleos de población con
predomínio da actividade agrária (FEOGA-Orientação), renovação e predominio de la actividad agraria (FEOGA-Orientación) y renovación
desenvolvimento de núcleos de população sem predomínio da activi- y desarrollo de núcleos de población sin predominio de la actividad
dade agrária (FEDER); Apoio aos investimentos turísticos no espaço agraria (FEDER); Fomento de las inversiones turísticas en el espacio
rural: Agro-turismo (FEOGA-Orientação) e Turismo Local (FEDER); rural: Agroturismo (FEOGA-Orientación) y Turismo local (FEDER);
Apoio a pequenas empresas, actividades artesanais e de serviços Fomento de pequeñas empresas, actividades de artesanía y de servi-
(FEDER); Serviços às empresas no meio rural (FEOGA-Orientação); cios (FEDER); Servicios a las empresas en el medio rural (FEOGA-
Revalorização do potencial produtivo agrário e florestal (FEOGA- Orientación); Revalorización del potencial productivo agrario y forestal
Orientação) e a Melhoria da extensão agrária e florestal (FEOGA- (FEOGA-Orientación); y Mejora de la extensión agraria y forestal (FEO-
Orientação). GA-Orientación).
No período actual de aplicação dos fundos estruturais, os Progra- En el periodo actual de aplicación de los fondos estructurales, los
mas Operativos de Desenvolvimento Endógeno (PRODER 2) estão em Programas Operativos de Desarrollo Endógeno (PRODER 2) se están
execução em doze Comunidades Autónomas: oito no Objectivo 1
ejecutando en doce Comunidades Autónomas: ocho en Objetivo 1
(Andaluzia, Astúrias, Cantábria, Castela -La Mancha, Castela e Leão,
(Andalucía, Asturias, Cantabria, Castilla-La Mancha, Castilla y León,
Estremadura, Galiza, e Comunidade Valenciana), uma no Objectivo 1
Extremadura, Galicia, y Comunidad Valenciana), una en Objetivo 1 en
em transição (Cantábria) e três fora do Objectivo 1 (Aragão, Catalun-
transición (Cantabria) y tres fuera de Objetivo 1 (Aragón, Cataluña y
ha e Madrid). O financiamento do PRODER 2 aplica-se a partir do
financiamento das medidas de desenvolvimento endógeno do Marco Madrid). La financiación del PRODER 2 se aplica a partir de la financia-
Comunitário de Apoio 2000-2006 e concretamente, do eixo 7.- «Agri- ción de las medidas de desarrollo endógeno del Marco Comunitario de
cultura e Desenvolvimento Rural»: Medida 7.5. « Desenvolvimento Apoyo 2000-2006 y, en concreto, del Eje 7.- «Agricultura y Desarrollo
endógeno das zonas rurais, relativamente a actividades agrárias», que Rural»: Medida 7.5. «Desarrollo endógeno de zonas rurales, relativo a
se financiam com fundos FEOGA (FEOGA – Orientação, par as actividades agrarias», que se financian con fondos FEOGA (FEOGA-
regiões do Objectivo 1 e FEOGA – Garantia, para as regiões de fora Orientación, para las regiones de Objetivo 1 y FEOGA-Garantía, para
do Objectivo 1) e Medida 7.9. «Desenvolvimento endógeno de zonas las regiones de fuera de Objetivo 1) y Medida 7.9. «Desarrollo endóge-
rurais ligado a actividades não agrárias» (FEDER). Nas regiões do no de zonas rurales ligado a actividades no agrarias» (FEDER). En las
Objectivo 1 denominam-se como Programas Operativos Integrados regiones del Objetivo 1 se denominan Programas Operativos Integra-
Regionais e nas regiões fora do Objectivo 1 recebem o nome de Pro- dos Regionales y en las regiones fuera de Objetivo 1 reciben el nombre
gramas Regionais de Desenvolvimento Rural. No caso da Comunidade de Programas Regionales de Desarrollo Rural. En el caso de la Comuni-
Autónoma de Castela e Leão é conhecido como PRODERCAL. Os dad Autónoma de Castilla y León se le conoce como PRODERCAL. Los

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 129
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 130

objectivos são, o desenvolvimento endógeno e sustentável do meio objetivos son el desarrollo endógeno y sostenido del medio rural, el
rural, o fortalecimento e diversificação da sua economia, a manuten- fortalecimiento y diversificación de su economía, el mantenimiento de
ção da sua população, o aumento das rendas e o bem-estar social dos su población, la elevación de las rentas y el bienestar social de sus
seus habitantes e a conservação do espaço e dos recursos naturais. habitantes, y la conservación del espacio y de los recursos naturales.
Uns dos 27 grupos que beneficiaram do programa foram a Asso- Uno de los 27 grupos que se han beneficiado del programa ha sido
ciação para o Desenvolvimento da Zona Oeste de Salamanca (ADE- la Asociación para el Desarrollo de la Zona Oeste de Salamanca (ADE-
ZOS). As acções gerais que se desenrolam na comarca estruturam-se a ZOS). Las acciones generales que se están desarrollando en la comarca
partir do Capitulo 1 de Estratégias de desenvolvimento e do Capitulo 2 se estructuran a partir del Capítulo 1 de Estrategias de desarrollo y del
de Cooperação entre territórios rurais (Interterritorial e Transnacional). Capítulo 2 de Cooperación entre territorios rurales (Interterritorial y
O primeiro capítulo recolhe as medidas piloto e inovadoras da Estraté- Transnacional). El primer capítulo recoge las medidas piloto e innovado-
gia territorial de desenvolvimento da comarca: serviços à população, ras de la Estrategia territorial de desarrollo de la comarca: servicios a la
património natural, valorização de produtos agrários locais, PYMES e población, patrimonio natural, valorización de productos agrarios loca-
serviços, valorização do património cultural e arquitectónico e o turis- les, PYMES y servicios, valorización del patrimonio cultural y arquitectó-
nico y el turismo rural. En el segundo capítulo ADEZOS participa en un
mo rural. No segundo capitulo, ADEZOS participa num conjunto de
conjunto de proyectos de cooperación interterritorial (interautonómicos
projectos de cooperação interterritorial (inter autonómicos ou intermu-
o intercomarcales): el Proyecto de Turismo Rural de Interior y Ornitológi-
nicipais): o projecto de Turismo Rural de interior e Ornitológico «TRI-
co «TRINO», el Proyecto «Turismo Rural Comarcas de Interior», el Pro-
NO», o Projecto «Turismo Rural nas Comarcas do Interior», o Projecto yecto «Recursos micológicos y Desarrollo rural» y el Proyecto «Tormes»,
«Recursos Micológicos e Desenvolvimento Rural» e o Projecto «Tor- y proyectos de cooperación transnacional: el Proyecto «Bodas Reales»,
mes» e projectos de cooperação transnacional: o Projecto «Bodas el Proyecto «Guerras Peninsulares», el Festival Internacional de Folklore
Reales», o projecto «Guerras Peninsulares», o Festival Internacional de de la Raya y el Proyecto «Parque Rural-Tierras de Europa».
Folclore da raia e o Projecto «Parque Rural – Terras da Europa».

4.3.3. A iniciativa comunitária sobre Cooperação 4.3.3. La iniciativa comunitaria sobre Cooperación
transfronteiriça, transnacional e inter-regional, transfronteriza, transnacional e interregional,
destinada a fomentar um ordenamento harmonioso destinada a fomentar una ordenación armoniosa
e equilibrado do território «INTERREG III» y equilibrada del territorio «INTERREG III»
A Comissão das Comunidades Europeias decidiu, em 28 de Abril La Comisión de las Comunidades Europeas decidió, el 28 de abril
de 2000, instaurar uma iniciativa comunitária relativa à Cooperação del 2000, instaurar una iniciativa comunitaria relativa a la Coopera-
transfronteiriça, transnacional e inter-regional, destinada a fomentar ción transfronteriza, transnacional e interregional, destinada a fomen-
um ordenamento harmonioso e equilibrado dos espaços raianos tar una ordenación armoniosa y equilibrada de los espacios rayanos
INTERREG III (2000-2006)80. O objectivo da terceira fase do INTER- INTERREG III (2000-2006)80. El objetivo de la tercera fase de INTERREG
REG é reforçar a coesão económica, social e territorial da Comunidade es reforzar la cohesión económica, social y territorial de la Comunidad

80
Comunicación a los Estados miembros (2000/C 143/08) por la que se 80
Comunicación a los Estados miembros (2000/C 143/08) por la que se
fijan las orientaciones para una Iniciativa comunitaria relativa a la cooperación fijan las orientaciones para una Iniciativa comunitaria relativa a la cooperación
transeuropea para fomentar un desarrollo armonioso y equilibrado del territo- transeuropea para fomentar un desarrollo armonioso y equilibrado del territo-
rio europeo (INTERREG III) (DOCE C 143, de 23 de mayo de 2000). rio europeo (INTERREG III) (DOCE C 143, de 23 de mayo de 2000).
Comunicación de la Comisión por la que se modifican las orientaciones Comunicación de la Comisión por la que se modifican las orientaciones
para una iniciativa comunitaria relativa a la cooperación transeuropea para para una iniciativa comunitaria relativa a la cooperación transeuropea para
fomentar un desarrollo armonioso y equilibrado del territorio europeo (Inte- fomentar un desarrollo armonioso y equilibrado del territorio europeo (Interreg
rreg III) (DOCE C 239, de 25 de agosto del 2001). III) (DOCE C 239, de 25 de agosto del 2001).

130 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 131

fomentando a cooperação transfronteiriça, transnacional e inter-regio- fomentando la cooperación transfronteriza, transnacional e interre-
nal e o desenvolvimento equilibrado do seu território. Sendo assim, o gional y el desarrollo equilibrado de su territorio. Así pues, el reto
desafio principal para o INTERREG III é tomar como modelo as principal para INTERREG III es tomar como modelo las experiencias
experiências positivas de cooperação adquiridas com os programas positivas de cooperación adquiridas con los programas anteriores y
anteriores e logo, ir criando progressivamente, as estruturas para este luego ir creando progresivamente estructuras para este tipo de coo-
tipo de cooperação em toda a Comunidade e também com os países peración en toda la Comunidad y también con los países vecinos. Par-
vizinhos. Partindo da experiência adquirida com as fases precedentes tiendo de la experiencia adquirida con las fases precedentes de la ini-
da iniciativa comunitária INTERREG I e II, a nova proposta concreti- ciativa comunitaria INTERREG I y II, la nueva propuesta se concreta a
za-se através de três capítulos: Cooperação transfronteiriça (capitulo través de tres capítulos: Cooperación transfronteriza (capítulo A),
A), Cooperação transnacional (capitulo B), e Cooperação inter-regio- Cooperación transnacional (capítulo B), y Cooperación interregional
nal (capitulo C). O capitulo mais relevante para fomentar a governa- (capítulo C). El capítulo más relevante para fomentar la gobernanza
ção territorial é o da cooperação transfronteiriça. A cooperação trans- territorial es el de la cooperación transfronteriza. La cooperación
fronteiriça entende-se como os vínculos entre as autoridades de países
transfronteriza se entiende como los vínculos entre las autoridades de
vizinhos para desenvolver os centros económicos e sociais transfron-
países vecinos para desarrollar los centros económicos y sociales
teiriços mediante estratégias comuns para o desenvolvimento territo-
transfronterizos mediante estrategias comunes para un desarrollo
rial duradouro, com acções associadas ao desenvolvimento do meio
territorial duradero con acciones asociadas con el desarrollo del
rural, o tecido empresarial, o manejamento das novas tecnologias e a
conservação da natureza. medio rural, el tejido empresarial, el manejo de las nuevas tenologías
y la conservación de la naturaleza.
As acções do Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-
Portugal INTERREG III – A canalizaram-se com o estabelecimento Las acciones del Programa de Cooperación Transfronteriza España-
das Comunidades de Trabalho, como por exemplo, a Comunidade de Portugal INTERREG III A se han canalizado con el establecimiento de las
Trabalho Douro Superior – Provincia de Salamanca ou a Comunidade Comunidades de Trabajo, como por ejemplo, la Comunidad de Trabajo
de Trabalho Beira Interior Norte – Provincia de Salamanca, e com a Duero Superior – Provincia de Salamanca o la Comunidad de Trabajo
assinatura de Protocolos de Cooperação (Castela e Leão – Região Beira Interior Norte – Provincia de Salamanca y con la firma de Protoco-
Centro de Portugal). los de Cooperación (Castilla y León-Región Centro de Portugal).

No marco do Programa de Cooperação Transfronteiriça Espnha- En el marco del Programa de Cooperación Transfronteriza Espa-
Portugal INTERREG III A, a Diputación de Salamanca junto aos seus ña-Portugal INTERREG III A, la Diputación de Salamanca junto con sus
parceiros portugueses executaram no Subprograma 2 (Castela e Leão- socios portugueses ha ejecutado dentro del Subprograma 2 (Castilla y
Norte de Portugal) os seguintes projectos: «DPS-AMDS SP2.E2» (Per- León-Norte de Portugal) los siguientes proyectos: «DPS-AMDS
meabilidade Viária de fronteira Norte Salamanca-AMDS: Arribas e SP2.E2» (Permeabilidad Viaria de la frontera Norte Salamanca-AMDS:
Douro Internacional); «DPS-AMDS SP2.P1» (Apoio ao Desenvolvi- Arribes y Duero Internacional); «DPS-AMDS SP2.P1» (Apoyo al Des-
mento Empresarial: Infra-estruturas de interesse transfronteiriço); arrollo Empresarial: Infraestructuras de interés transfronterizo); «DPS-
«DPS-AMDS SP2.P15» (Valorização do Douro: Recuperação ambiental AMDS SP2.P15» (Valorización del Duero: Recuperación ambiental y
e promoção turística); «DPS-AMDS SP2.E12» (Rede de Castros e Ber- promoción turística); «DPS-AMDS SP2.E12» (Red de Castros y Verra-
rões Célticos: Património arqueológico e turismo); «DPS-AMDS2/SP2 cos Célticos: Patrimonio arqueológico y turismo); «DPS-AMDS2/SP2
E33/02» (Permeabilidade Viária de fronteira Norte Salamanca-AMDS: E33/02» (Permeabilidad Viaria de la frontera Norte Salamanca-AMDS:
Arribas e Douro Internacional); «ADE-AMDS/DPS SP2.P1» (Apoio a Arribes y Duero Internacional); «ADE-AMDS/DPS SP2.P1» (Apoyo al
Desenvolvimento Empresarial); «RTLC/SP2 P38/02» (Rede Transfron- Desarrollo Empresarial); «RTLC/SP2 P38/02» (Red Transfronteriza de
teiriça de luta contra incêndios); «CT-AMDS/DPS/SP2 P9/02» (Comu- lucha contra incendios); «CT-AMDS/DPS/SP2 P9/02» (Comunidad de
nidade de Trabalho Douro Superior-Salamanca); «RTLC2/SP2 P38/03» Trabajo Duero Superior-Salamanca); «RTLC2/SP2 P38/03» (Red Trans-
(Rede Transfronteiriça de luta contra incêndios); e «POE fronteriza de lucha contra incendios); y «POE AMDSFE/DPS SP2.
AMDSFE/DPS SP2. P47/03» (Plano de Optimização Energética). P47/03» (Plan de Optimización Energética).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 131
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 132

E no Subprograma 3 (Castela e Leão-Centro de Portugal), desen- Y en el Subprograma 3 (Castilla y León-Centro de Portugal), ha


volveu os seguintes projectos: «CT BIN-SAL - Acessibilidades desarrollado los siguientes proyectos: «CT BIN-SAL - Acessibilidades
SP3.P1» (Permeabilidade Viária de Fronteira Beira Interior-Salaman- SP3.P1» (Permeabilidad Viaria de la Frontera Beira Interior-Salaman-
ca); «CTC BIN-SAL SP3.P17» (Constituição da Comunidade Territo- ca); «CTC BIN-SAL SP3.P17» (Constitución de la Comunidad Territo-
rial de Cooperação Beira Interior-Salamanca); «PTOE. SP3.P9» (Pla- rial de Cooperación Beira Interior-Salamanca); «PTOE. SP3.P9» (Plan
no Transfronteiriço de Optimização Energética); «CT BIN SAL Transfronterizo de Optimización Energética); «CT BIN SAL SP3.P6/02»
SP3.P6/02» (diversas actuações); «CT BIN SAL SP3. P12/02» (Rede (diversas actuaciones); «CT BIN SAL SP3. P12/02» (Red de Conjuntos
de Conjuntos Históricos); «CT BIN SAL SP3. P11/02» (Rotas de Históricos); «CT BIN SAL SP3. P11/02» (Rutas de Frontera); «SBG/SAL
Fronteira); «SBG/SAL SP3.P14/02» (Permeabilidade de fronteira SP3.P14/02» (Permeabilidad de la frontera Sabugal-Salamanca); «CT
Sabugal-Salamanca); «CT BIN SAL SP3.E2/02» (Prevenção de Incên- BIN SAL SP3.E2/02» (Prevención de Incendios); «CT BIN SALII
dios); «CT BIN SALII SP3.P56/03» (diversas actuações); «CT BIN- SP3.P56/03» (diversas actuaciones); «CT BIN-SAL - Acessibilidad SP3
SAL - Acessibilidade SP3 E44/03» (Permeabilidade de Fronteira Cen- E44/03» (Permeabilidad de la Frontera Centro); «CT BIN SAL Preven-
tro); «CT BIN SAL Prevenção SP3. P38/03» (Prevenção de Incêndios ción SP3. P38/03» (Prevención de Incendios y Protección del Medio
e Protecção do Meio Ambiente); e «PTOE II. SP3. P42/03» (Plano Ambiente); y «PTOE II. SP3. P42/03» (Plan Transfronterizo de Optimi-
Transfronteiriço de Optimização Energética)81. zación Energética)81.
Finalmente, a Associação de Câmaras Municipais «Alto Alagón» Finalmente, la Asociación de Ayuntamientos «Alto Alagón»,
composta pelos municípios de Casafranca, Endrinal de la Sierra, Fra- compuesta por los municipios de Casafranca, Endrinal de la Sierra,
des de la Sierra, Los Santos, Monleón e San Miguel de Valero, junto Frades de la Sierra, Los Santos, Monleón y San Miguel de Valero, jun-
com la freguesia de Escarigo (concelho de Figueira de Castelo Rodri- to con la freguesia de Escarigo (concelho de Figueira de Castelo
go), desenvolveram dentro do Programa de Cooperação Transfronteiri- Rodrigo), han desarrollado dentro del Programa de Cooperación
ça Espanha-Portugal INTERREG III – A o projecto «Novos Encon- Transfronteriza España-Portugal INTERREG III A el proyecto «Novos
tros». O fio condutor do projecto é a recuperação e interpretação do Encontros». El hilo conductor del proyecto es la recuperación e inter-
património a partir da alusão ao traçado dos velhos caminhos históri- pretación del patrimonio a partir de la alusión al entramado de los
cos que atravessam ambas zonas e permitem novos encontros com a viejos caminos históricos que atraviesan ambas zonas y permiten nue-
cultura «Velhos Caminhos, Novos Encontros»82. vos encuentros con la cultura «Velhos Caminhos, Novos Encontros»82.

81
CORTÉS GONZÁLEZ, C. A. Y CABALLERO ARENCIBIA, A.
81
CORTÉS GONZÁLEZ, C. A. Y CABALLERO ARENCIBIA, A. (2006). La
(2006). La Cooperación Transfronteriza entre el Organismo Autónomo de Cooperación Transfronteriza entre el Organismo Autónomo de Empleo y Des-
Empleo y Desarrollo Rural de la Diputación de Salamanca, la Beira Interior arrollo Rural de la Diputación de Salamanca, la Beira Interior Norte y el Duero
Norte y el Duero Superior en Portugal. Diputación de Salamanca. Organismo Superior en Portugal. Diputación de Salamanca. Organismo Autónomo de
Autónomo de Empleo y Desarrollo Rural (OAEDR). Salamanca. Empleo y Desarrollo Rural (OAEDR). Salamanca.
82
POVEDA GARCÍA, J. A. (Coord.). (2007). Entresierras por los 82
POVEDA GARCÍA, J. A. (Coord.). (2007). Entresierras por los Caminos
Caminos Históricos. Asociación de Ayuntamientos «Alto Alagón» y Diputa- Históricos. Asociación de Ayuntamientos «Alto Alagón» y Diputación Provin-
ción Provincial. Salamanca. cial. Salamanca.

132 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 133

4.3.4. A iniciativa comunitária sobre Recursos humanos 4.3.4. La iniciativa comunitaria sobre Recursos humanos
num contexto de igualdade de oportunidades en un contexto de igualdad de oportunidades
«EQUAL» «EQUAL»
A Comissão das Comunidades Europeias decidiu, em 14 de La Comisión de las Comunidades Europeas decidió, el 14 de
Abril de 2000, articular uma iniciativa comunitária relativa à Coope- abril del 2000, articular una iniciativa comunitaria relativa a la Coo-
ração transnacional para promover novos métodos de luta contra as peración transnacional para promocionar nuevos métodos de lucha
descriminações e desigualdades de todo o tipo, relativamente ao contra las discriminaciones y desigualdades de toda clase en relación
mercado de trabalho «EQUAL» (2000-2006)83. O objectivo era pro- con el mercado de trabajo «EQUAL» (2000-2006)83. El objetivo era
mover novas maneiras de combater todas as formas de descrimina- promover nuevas maneras de combatir todas las formas de discrimi-
ção (em particular a baseada no sexo, na raça ou origem étnica, a nación (en particular la basada en el sexo, la raza o el origen étnico,
religião ou crenças, a deficiência, a idade ou orientação sexual) e a la religión o las creencias, la discapacidad, la edad o la orientación
exclusão social relativamente ao mercado de trabalho através da sexual) y la exclusión social en relación con el mercado de trabajo a
cooperação transnacional. A modelação prática da estratégia integra- través de la cooperación transnacional. La plasmación práctica de la
da de emprego comunitário, exigia acções em territórios que podiam estrategia integrada de empleo comunitario exigía acciones en terri-
gerar cooperação local através de pactos estabelecidos a nível geo- torios que podían generar cooperación local a través de pactos esta-
gráfico ou sectorial denominados como Agrupamentos de Desenvol- blecidos a nivel geográfico o sectorial denominados Agrupaciones de
vimento (AD). Desarrollo (AD).

O Programa Nacional da Iniciativa Comunitária EQUAL tenta El Programa Nacional de la Iniciativa Comunitaria EQUAL intenta
servir de campo de provas para desenvolver e propagar novas manei- servir de campo de pruebas para desarrollar y difundir nuevas mane-
ras de aplicar as politicas de emprego a fim de combater toda a dis- ras de aplicar las políticas de empleo a fin de combatir toda discrimi-
criminação e desigualdade sofridas pelas pessoas que tratam de ace- nación y desigualdad sufridas por las personas que tratan de acceder
der ao mercado de trabalho. As associações EQUAL concorreram às al mercado de trabajo. Las asociaciones EQUAL han concurrido a las
convocatórias competitivas realizadas pela Unidade Administrativa convocatorias competitivas realizadas por la Unidad Administradora
do Fundo Social Europeu (UAFSE) para implementar os programas del Fondo Social Europeo (UAFSE) para implementar los programas de
de trabalho e as cooperações transnacionais. Os projectos enquadra- trabajo y las cooperaciones transnacionales. Los proyectos se han
ram-se dentro de alguma das áreas temáticas das seleccionadas por encuadrado dentro de alguna de las áreas temáticas de las seleccio-
Espanha no Programa de Iniciativa Comunitária (PIC) do EQUAL: nadas por España en el Programa de la Iniciativa Comunitaria (PIC) de
Eixo nº 1. Capacidade de Inserção Laboral; Eixo nº 2. Fomentar o EQUAL: Eje nº 1. Capacidad de Inserción Laboral; Eje nº 2. Fomentar
espírito de empresa; Eixo nº 3. Adaptabilidade; e Eixo nº 4. Igualda- el espíritu de empresa; Eje nº 3. Adaptabilidad; y Eje nº 4. Igualdad de
de de Oportunidades. Oportunidades.

83
Comunicación de la Comisión a los Estados Miembros (2000/C 127/02) 83
Comunicación de la Comisión a los Estados Miembros (2000/C 127/02)
por la que se establecen las orientaciones relativas a la iniciativa comunitaria por la que se establecen las orientaciones relativas a la iniciativa comunitaria
EQUAL, al respecto de la cooperación transnacional para promocionar nuevos EQUAL, al respecto de la cooperación transnacional para promocionar nuevos
métodos de lucha contra las discriminaciones y desigualdades de toda clase en métodos de lucha contra las discriminaciones y desigualdades de toda clase en
relación con el mercado de trabajo (DO nº C 127, de 5 de Mayo de 2000). relación con el mercado de trabajo (DO nº C 127, de 5 de Mayo de 2000).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 133
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 134

Os projectos EQUAL de Castela e Leão da primeira convocató- Los proyectos EQUAL de Castilla y León de la primera convocato-
ria (2001-2004)84 e da segunda convocatória (2004-2006)85 são pro- ria (2001-2004)84 y de la segunda convocatoria (2004-2006)85 están
movidos por diferentes Agrupamentos de Desenvolvimento. Os pro- promovidos por diferentes Agrupaciones de Desarrollo. Los proyectos
jectos apresentam um conjunto de soluções susceptíveis de serem presentan un conjunto de soluciones susceptibles de ser aplicadas a
aplicadas a uma pluralidade de destinatários finais pertencentes aos una pluralidad de destinatarios finales pertenecientes a los colectivos
colectivos com problemas de descriminação e desigualdade no mer- con problemas de discriminación y desigualdad en el mercado laboral
cado laboral, depois de realizar uma análise das causas de descrimi- tras realizar un análisis de las causas de discriminación presentes en el
nação presentes no território ou no sector. Para além disso, todos os territorio o en el sector. Además, todos los proyectos aplican la inno-
projectos aplicam a inovação através da cooperação nacional e trans- vación, a través de la cooperación nacional y transnacional, mediante
nacional, mediante a proposta de novos enfoques, o desenvolvimento la propuesta de nuevos enfoques, el desarrollo de métodos e instru-
de métodos e instrumentos novos e a transferência a outros contextos mentos novedosos y la transferencia a otros contextos territoriales,
territoriais, sectoriais e institucionais, que incrementam a eficácia sectoriales e institucionales, que incrementan la eficacia de las prácti-
das práticas e recursos habituais das politicas gerais da formação e cas y recursos habituales de las políticas generales de la formación y
do emprego. el empleo.
Na zona, actua o Agrupamento de Desenvolvimento «Para a En la zona, actúa la Agrupación de Desarrollo «Para la Igual-
Igualdade no Oeste (ADAPIO)» com o projecto «Rayando la Igual- dad en el Oeste (ADPIO)» con el proyecto «Rayando la Igualdad.
dad. Eliminación de las desigualdades y la discriminación en el mer- Eliminación de las desigualdades y la discriminación en el mercado
cado laboral de las mujeres en Arribes del Duero»86, marcado no eixo laboral de las mujeres en Arribes del Duero»86, enmarcado en el Eje 1:
1: «Capacidade de Inserção Laboral». O agrupamento de Desenvolvi- «Capacidad de Inserción Laboral». La Agrupación de Desarrollo está
mento está composto pelo Organismo Autónomo D-arribes, a Câmara compuesta por el Organismo Autónomo D-arribes, el Ayuntamiento
Municipal de Trabanca, a Universidade de Salamanca e a Associação de Trabanca, la Universidad de Salamanca y la Asociación Juvenil Las
Juvenil Las Arribes del Duero. A consecução dos objectivos da inicia- Arribes del Duero. La consecución de los objetivos de la iniciativa gira
tiva gira em torno a uma série de medidas aplicadas desde a criação de entorno a una serie de medidas aplicadas desde la creación de un
um Serviço Integral de Emprego (SIE) para a zona das Arribas do Servicio Integral de Empleo (SIE) para la zona de Arribes del Duero.
Douro. Uma das acções mais inovadoras é o Certificado de Qualidade Una de las acciones más innovadoras es el Certificado de Calidad
Social87, como um produto promovido pelo Agrupamento de Desen- Social87, como un producto promovido por la Agrupación de Desarro-
volvimento para a Igualdade no Oeste (ADPIO) no marco do acordo llo Para la Igualdad en el Oeste (ADPIO) en el marco del acuerdo de
de cooperação transnacional e-social.face, com os Agrupamentos de cooperación transnacional e-social.face, con las Agrupaciones de
Desenvolvimento «Syglisis» (Grécia) e «Lugo Social» (Espanha). Desarrollo «Syglisis» (Grecia) y «Lugo Social» (España).

84
Resolución de 22 de marzo de 2001, de la Unidad Administradora del 84
Resolución de 22 de marzo de 2001, de la Unidad Administradora del
Fondo Social Europeo, por la que se convocan las ayudas del Fondo Social Fondo Social Europeo, por la que se convocan las ayudas del Fondo Social
Europeo correspondientes a la Iniciativa Comunitaria EQUAL en España Europeo correspondientes a la Iniciativa Comunitaria EQUAL en España (BOE
(BOE nº 92, de 17 de abril de 2001). nº 92, de 17 de abril de 2001).
85
Resolución de 18 de marzo de 2004, de la Unidad Administradora del 85
Resolución de 18 de marzo de 2004, de la Unidad Administradora del
Fondo Social Europeo, por la que se convocan las ayudas del Fondo Social Fondo Social Europeo, por la que se convocan las ayudas del Fondo Social
Europeo correspondientes a la Iniciativa Comunitaria EQUAL en España Europeo correspondientes a la Iniciativa Comunitaria EQUAL en España (BOE
(BOE nº 76, de 29 de marzo de 2004). nº 76, de 29 de marzo de 2004).
86
Resolución de 17 de noviembre de 2004, por la que se convocan las 86
Resolución de 17 de noviembre de 2004, por la que se convocan las
ayudas del Fondo Social Europeo correspondiente a la Iniciativa Comunitaria ayudas del Fondo Social Europeo correspondiente a la Iniciativa Comunitaria
EQUAL en España (BOE nº 301, de 15 de noviembre de 2004). EQUAL en España (BOE nº 301, de 15 de noviembre de 2004).
87
www.trabanca.com y http://www.rayandolaigualdad.com 87
www.trabanca.com y http://www.rayandolaigualdad.com

134 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 135

4.3.5. O projecto-piloto sobre ordenamento do território 4.3.5. El proyecto piloto sobre ordenación del territorio
«TERRA DUERO/DOURO, Região Fluvial» «TERRA DUERO/DOURO, Región Fluvial»
Para além da contribuição das iniciativas comunitárias e do pro- Además de la aportación de las iniciativas comunitarias y del pro-
grama de Desenvolvimento e Diversificação Económica das Zonas grama de Desarrollo y Diversificación Económica de las Zonas Rurales
Rurais Objectivo 1 (PRODER), houveram mais instrumentos de Objetivo 1 (PRODER) ha habido más instrumentos de concertación.
concertação. Este é o caso das acções inovadoras e do desenvolvimen- Este es el caso de las acciones innovadoras y de desarrollo regional del
to regional do Artigo 10 do Regulamento do Fundo de Desenvolvi- Artículo 10 del Reglamento del Fondo de Desarrollo Regional (FEDER).
mento Regional (FEDER). Dentro deste artigo foi executado o projec- Dentro de este artículo se ha ejecutado el proyecto TERRA
to TERRA DUERO/DOURO, Região Fluvial (1997-1999)88. O DUERO/DOURO, Región Fluvial (1997-1999)88. El Proyecto TERRA DUE-
Projecto TERRA DUERO/DOURO, Região Fluvial89, elaborado e geri- RO/DOURO, Región Fluvial89, elaborado y gestionado por la Asociación
do pela Associação Ibérica de Municípios Ribeirinhos do Douro Ibérica de Municipios Ribereños del Duero (AIMRD) en colaboración
(AIMRD) em colaboração com a Junta de Castela e Leão, a Comissão
con la Junta de Castilla y León, la Comisión de Coordinación de la
de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte de Portugal
Región Norte de Portugal (CCRN), la Sociedad Estatal de Promoción y
(CCDR-N), a Sociedad Estatal de Promoción y Equipamiento de Sue-
Equipamiento de Suelo (SEPES), la Fundación Rei Afonso Henriques
lo (SEPES), a Fundação Rei Afonso Henriques (FRAH) e a Fundação
MAPFRE, pretendia o desenvolvimento local e o ordenamento do ter- (FRAH) y la Fundación MAPFRE, pretendía el desarrollo local y la orde-
ritório de toda a bacia do Douro, espanhola e portuguesa. Para conse- nación del territorio de toda la Cuenca del Duero, española y portu-
guir este fim, o projecto estava estruturado para desenhar um Progra- guesa. Para conseguir este fin, el proyecto estaba estructurado para
ma de Acção Territorial para o Desenvolvimento Sustentável da diseñar un Programa de Acción Territorial para el Desarrollo Sostenible
Região Fluvial do Douro, contemplando as seguintes áreas: o Esque- de la Región Fluvial del Duero, contemplando las siguientes áreas: el
ma Director de Transportes, o Programa Integrado de Assentamentos, Esquema Director de Transportes, el Programa Integrado de Asenta-
o Património Cultural, o Ordenamento de Recursos Naturais, o Desen- mientos, el Patrimonio Cultural, la Ordenación de Recursos Naturales,
volvimento do Tecido Produtivo e a Cooperação Institucional. el Desarrollo del Tejido Productivo y la Cooperación Institucional.

88
Decisión de la Comisión SG (97) D/9023, de 31 de octubre de 1997, 88
Decisión de la Comisión SG (97) D/9023, de 31 de octubre de 1997,
se concede una ayuda financiera en virtud del artículo 10 del Reglamento del se concede una ayuda financiera en virtud del artículo 10 del Reglamento del
FEDER en el ámbito de la ordenación del territorio, denominado FEDER en el ámbito de la ordenación del territorio, denominado DUERO/DOU-
DUERO/DOURO región fluvial. RO región fluvial.
89
Un análisis de las repercusiones del programa Terra a escala nacional 89
Un análisis de las repercusiones del programa Terra a escala nacional
se puede consultar en MARTÍN JIMÉNEZ, Mª. I. (2005). «El Programa se puede consultar en MARTÍN JIMÉNEZ, Mª. I. (2005). «El Programa TERRA,
TERRA, una experiencia de cooperación para la ordenación territorial». Bole- una experiencia de cooperación para la ordenación territorial». Boletín de la
tín de la Asociación de Geógrafos Españoles (AGE), nº 39. Asociación de Asociación de Geógrafos Españoles (AGE), nº 39. Asociación de Geógrafos
Geógrafos Españoles. Tarragona, pp. 285-305. Españoles. Tarragona, pp. 285-305.
ASOCIACIÓN IBÉRICA DE MUNICIPIOS RIBEREÑOS DEL DUE- ASOCIACIÓN IBÉRICA DE MUNICIPIOS RIBEREÑOS DEL DUERO. (2000).
RO. (2000). Programa Terra. Proyecto: «Douro, región fluvial». Informe Programa Terra. Proyecto: «Douro, región fluvial». Informe final: balance y
final: balance y perspectivas de la ordenación del territorio en la región flu- perspectivas de la ordenación del territorio en la región fluvial del Duero/Dou-
vial del Duero/Douro. Valladolid. ro. Valladolid.
Una amplia exposición del programa TERRA Duero/Douro se puede Una amplia exposición del programa TERRA Duero/Douro se puede encon-
encontrar en la siguiente dirección de internet: http://www.jcyl.es/jcyl/cf/ trar en la siguiente dirección de internet: http://www.jcyl.es/jcyl/cf/dgvuot/terra-
dgvuot/terradouro.map douro.map

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 135
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 136

4.4. A adequada planificação, gestão e promoção dos 4.4. La adecuada planificación, gestión y promoción de los
recursos turísticos: os Planos Estratégicos de recursos turísticos: los Planes Estratégicos de
Desenvolvimento Integral e o Plano de Dinamização do Desarrollo Integral y el Plan de Dinamización del
Produto Turístico Producto Turístico

O fomento e a promoção do turismo m geral, foi um dos mas reco- El fomento y la promoción del turismo en general ha sido uno de
rentes de debte, dentro e fora da zona, por parte dos responsáveis das los temas recurrentes de debate, dentro y fuera de la zona, por parte
instituições nacionais, regionais e provinciais e por parte das entidades de los responsables de las instituciones nacionales, regionales y provin-
locais, associações empresariais e agentes socio-económicos. Os ante- ciales y, por parte, de las entidades locales, de asociaciones empresa-
cedentes e as associações empresariais e agentes socio-económicos. Os riales y agentes socioeconómicos. Los antecedentes y experiencias que
antecedentes e experiências que colocam as actividades turísticas da colocan a las actividades turísticas de la franja transfronteriza en una
franja transfronteiriça numa posição priveligiada da «agenda do gover- posición privilegiada de la «agenda del gobierno del territorio trans-
no do território transfronteiriço» são inumeráveis, inclusive, nas últi- fronterizo» son innumerables, incluso, en las últimas reuniones minis-
mas reuniões ministeriais hispano-lusas. Por exemplo, a promoção teriales hispano-lusas. Por ejemplo, la promoción turística de la zona
turística da zona raiana salamntina, remonta a 1975 ou o «Projecto de rayana salmantina se remonta a 1975 o el «Projecto de Desenvolvi-
Desenvolvimento Cultural Integrado de Mogadouro» para o desenvol- mento Cultural Integrado de Mogadouro» para el desarrollo turístico
vimento turístico do concelho, levado a cabo no inicio da década de del concelho, puesto en marcha a comienzos de la década de los
oitenta, com o fim de impulsionar o Turismo de Habitação ou Turismo ochenta, con el fin de impulsar el Turismo de Habitación o Turismo en
de Quinta. Mais recentemente, durante o Conselho inter-ministerial Quinta. Más recientemente, durante la Cumbre interministerial hispa-
hispano-luso, celebrado em Salamanca durante os dias 25 e 26 de no-lusa, celebrada en Salamanca durante los días 25 y 26 de enero del
Janeiro de 2000 apresentou-se um projecto renovado sobre o futuro da 2000, se presentaba un proyecto renovado sobre el futuro de la nave-
navegabilidade do rio Douro. As actuações do Projecto, segundo os gabilidad del río Duero. Las actuaciones del proyecto, según los pro-
promotores, supunham um forte impulso ao desenvolvimento turístico motores, supondrían un fuerte impulso al desarrollo turístico de la
da zona de fronteira das Arribas do Douro e de Trás-os-Montes ao zona fronteriza de Arribes del Duero y de Trás-os-Montes al intensifi-
intensificar-se o fluxo de visitantes até ao cais de Veja Trrón (segundo carse el flujo de visitantes hasta el muelle de Vega de Terrón (según las
as estatísticas da empresa Vegater, concessionária do cais fluvial no ano estadísticas de la empresa Vegater, concesionaria del muelle fluvial en
2000, chegaram uns 4.000 turistas vindos do Porto. el año 2000, llegaron unos 4.000 turistas desde Porto).

Também, o tema do turismo centrou a agenda das reuniões da También, el tema del turismo ha centrado la agenda de las reu-
Comunidade de Trabalho de Castela e Leão e a Região Norte portu- niones de la Comunidad de Trabajo de Castilla y León y la Región
guesa. Tanto no Primeiro Plenário da Comunidade de Trabalho, cele- Norte portuguesa. Tanto en el Primer Plenario de la Comunidad de
brado no Porto no ano 2001, como no Segundo Plenário da Comuni- Trabajo, celebrado en Porto en el año 2001, como en el Segundo Ple-
dade de Trabalho, celebrado em Valladolid no ano de 2004, nario de la Comunidad de Trabajo, desarrollado en Valladolid en el
propuseram-se algumas acções turísticas: as rotas turísticas conjuntas 2004, se han propuesto algunas acciones turísticas: las rutas turísticas
ligadas ao vinho, à gastronomia, ao rio, os espaços naturais e o patri- conjuntas ligadas al vino, la gastronomía, el río, los espacios naturales
mónio cultural; o mapa turístico conjunto; a exploração da marca Due- y el patrimonio cultural; el mapa turístico conjunto; la explotación de
ro/Douro e a sinalização turística. Estes projectos de cooperação turís- la marca Duero/Douro y la señalización turística. Estos proyectos de
tica estão dentro de uma visão estratégica e integral composta pelos cooperación turística están dentro de una visión estratégica e integral
restantes eixos económicos. compuesta por el resto de ejes económicos.
A escala local, um dos pontos das conclusões tanto do Primeiro A escala local, uno de los puntos de las conclusiones tanto del
Encontro Transfronteiriço de Empresários e Associações de Turis- Primer Encuentro Transfronterizo de Empresarios y Asociaciones de
mo Rural (9-10 de Outubro de 2002), celebrado em Vitigudino, Turismo Rural (9-10 de octubre del 2002), celebrado en Vitigudino,
como o Segundo Encontro Transfronteiriço de Turismo Rural (6 de como del Segundo Encuentro Transfronterizo de Turismo Rural (6 de

136 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 137

Março de 2003), celebrado em Freixo de Espada à Cinta, é a criação marzo de 2003), desarrollado en Freixo de Espada à Cinta, es la crea-
de um Consorcio Turístico «Arribes en Marcha» para a promoção de ción de un Consorcio Turístico «Arribes en Marcha» para la promo-
ambos lados da zona das Arribas. A figura do Consórcio está contem- ción de ambos lados de la zona de Arribes. La figura del Consorcio
plada na lei do Regime Local: «As entidades locais poderão constituir está contemplada en la ley de Régimen Local: «Las entidades locales
consórcios com qualquer outra Administração Pública ou entidade podrán constituir consorcios con cualquier otra Administración Públi-
privada sem fins lucrativos que persiga fins de interesse público, ca o entidad privada sin ánimo de lucro que persiga fines de interés
concorrentes com os das Administrações Públicas, para a realização público, concurrentes con los de las Administraciones Públicas, para la
de actuações conjuntas, a coordenação de actividades e a consecução realización de actuaciones conjuntas, la coordinación de actividades y
de fins de interesse comum». Esta ideia foi trabalhada por Grupos de la consecución de fines de interés común». Esta idea ha sido trabaja-
Acção Local (LEADER e PRODER) próximos ao rio Douro para
da por los Grupos de Acción Local (LEADER y PRODER) cercanos al río
constituir o Grupo de Trabalho Transnacional para a Promoção
Duero para constituir el Grupo de Trabajo Transnacional para la Pro-
Turístca do Duero/Douro.
moción Turística del Duero/Douro.
O avanço do turismo, sobretudo, na procura de novos destinos
El avance del turismo, sobre todo, en busca de nuevos destinos
emergentes vinculados com o meio rural e com os espaços naturais,
emergentes vinculados con el medio rural y con los espacios natura-
abre novas possibilidades de desenvolvimento para os municípios da
les, abre nuevas posibilidades de desarrollo para los municipios de la
comarca agrária de Vitigudino e Alto Douro. Portanto, estes novos
comarca agraria de Vitigudino y Alto Douro. Por tanto, estos nuevos
espaços turísticos precisam de uma adequada planificação, gestão, espacios turísticos necesitan de una adecuada planificación, gestión,
dinamização e promoção dos seus recursos turísticos na linha do dinamización y promoción de sus recursos turísticos en línea con el
desenvolvimento turístico sustentável: O desenvolvimento sustentável desarrollo turístico sostenible: «El desarrollo sostenible atiende a las
atende às necessidades dos turistas actuais e das regiões receptoras e necesidades de los turistas actuales y de las regiones receptoras y al
ao mesmo tempo protege e fomenta as oportunidades para o futuro. mismo tiempo protege y fomenta las oportunidades para el futuro. Se
Concebe-se como uma via direccionada para a gestão de todos os concibe como una vía hacia la gestión de todos los recursos de forma
recursos de forma que podem satisfazer-se as necessidades económi- que puedan satisfacerse las necesidades económicas, sociales y estéti-
cas, sociais e estéticas, respeitando ao mesmo tempo a integridade cas, respetando al mismo tiempo la integridad cultural, los procesos
cultural, os processos ecológicos essenciais, a diversidade biológica e ecológicos esenciales, la diversidad biológica y los sistemas que sostie-
os sistemas que sustentam a vida». nen la vida».
Na actualidade encontramo-nos num momento decisivo porque En la actualidad nos encontramos en un momento decisivo por-
estão a ser redigidos os futuros planos nacionais, tanto o Plano de que se están redactando los futuros planes nacionales, tanto el Plan
Turismo Espanhol «Horizonte 2020», como o Plano Estratégico de Turismo Español «Horizonte 2020», como el Plan Estratégico
Nacional de Turismo de Portugal (PENT 2006-2015)90. O plano Nacional de Turismo de Portugal (PENT 2006-2015)90. El plan español
espanhol teve o seu início com o propósito de assentar o cimento da ha iniciado su andadura con el propósito de sentar los cimientos de la
inovação e da sustentabilidade no turismo. O organigrama de trabal- innovación y la sostenibilidad en el turismo. El organigrama de traba-
ho foi planeado em três fases: a primeira, permitiu a análise da jo se ha planteado en tres fases: la primera ha permitido el análisis de
situação actual do sector turístico espanhol e os desafios aos quais la situación actual del sector turístico español y los retos a los que se
se enfrenta; a segunda fase procura recolher a opinião de espertos e enfrenta; la segunda fase busca recabar la opinión de expertos e
investigadores de empresas turísticas, de agentes sociais, dos turis- investigadores, de empresas turísticas, de agentes sociales, de los
tas e da sociedade (já foram celebradas duas jornadas de debate turistas y de la sociedad (ya se han celebrado dos jornadas de debate

90
Resolução do Conselho de Ministros n.º 53/2007, de 4 de abril, apro- 90
Resolução do Conselho de Ministros n.º 53/2007, de 4 de abril, aprova
va os objectivos e principias linhas orientadoras do Plano Estratégico Nacional os objectivos e principias linhas orientadoras do Plano Estratégico Nacional de
de Turismo (Diário da República Série I nº 67, de 4 de abril de 2007). Turismo (Diário da República Série I nº 67, de 4 de abril de 2007).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 137
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 138

e participação e criou-se uma página web); a terceira fase, consistirá y participación y se ha puesto en marcha una página web); y la terce-
na redacção do Plano de Turismo Espanhol. O plano português preten- ra fase, consistirá en la redacción del Plan del Turismo Español. El plan
de desenvolver a sua estratégia para os próximos dez anos através de portugués pretende desarrollar su estrategia para los próximos díez
vários eixos: o eixo 1 seleccionou como novo núcleo de atracção turís- años a través de varios ejes: el eje 1 ha seleccionado como nuevo
tica a zona do Douro; o eixo 2 posiciona nos mercados internacionais núcleo de atracción turística a la zona del Duero; el eje 2 posiciona en
a «Marca Portugal»; o eixo 3 quer requalificar os destinos, serviços e los mercados internacionales la «Marca Portugal»; el eje 3 quiere
recualificar los destinos, servicios y recursos humanos con una certifi-
recursos humanos com uma certificação própria; o eixo 4 abre novas
cación propia; el eje 4 abre nuevas formas de comercialización a tra-
formas de comercialização através dos canais electrónicos e produtos
vés de los canales electrónicos y productos on-line; y el eje 5 respalda
on-line; e o eixo 5, apoio a projectos de inovação em turismo. proyectos de innovación en turismo.
As ideias e as bases propostas pelos respectivos planos devem ser Las ideas y las bases propuestas por los respectivos planes habrá
adaptadas à situação concreta da zona ou incorporá-las aos planos espe- que adaptarlas a la situación concreta de la zona o incorporarlas a los
cíficos para a área. A transladação das linhas futuras de actuação dos planes específicos para el área. La traslación de las líneas futuras de
governos centrais deve assumi-las a futura programação regional com a actuación de los gobiernos centrales debe asumirlas la futura progra-
participação activa dos representantes destes territórios. A essência mación regional con la participación activa de los representantes de
governativa territorial encontra-se na participação cidadã , seus repre- estos territorios. La esencia de la gobernanza territorial se encuentra
sentantes ou as suas associações, portanto, o desafio iminente vai ser en la participación ciudadana, sus representantes o sus asociaciones;
representar a sociedade civil da zona nos órgãos de decisão ou aportar por tanto, el reto inminente va a ser representar a la sociedad civil de
propostas criativas nos períodos de informação, nos seguintes planos: la zona en los órganos de decisión o aportar propuestas creativas en
los periodos de información, en los siguientes planes:
• O Plano de Desenvolvimento Integral do Eixo do Douro, denomi-
nado «Las Cúpulas del Duero», foi apresentado a primeira vez • El Plan de Desarrollo Integral del Eje del Duero, denominado
«Las Cúpulas del Duero», se presentó por primera vez durante
durante o desenvolvimento da Feira Internacional de Turismo de
el desarrollo de la Feria Internacional de Turismo de Madrid
Madrid (FITUR, 2004), tem como finalidade o desenvolvimento
(FITUR, 2004), tiene como fin el desarrollo integral del área
integral da área próxima ao rio. A zona das Arribas do Douro, próxima al río. La zona de Arribes del Duero, último tramo en
último tramo no território espanhol, será beneficiado com o esta- territorio español, se beneficiaría con el establecimiento de una
belecimento de uma das cinco cúpulas propostas —Duruelo de la de las cinco cúpulas propuestas —Duruelo de la Sierra, Roa,
Sierra, Roa, Tordesillas, Toro e La Fregeneda— a partir de 2010. Tordesillas, Toro y La Fregeneda— a partir del 2010. Estos cen-
Estes centros de recepção e informação dos visitantes terão como tros de recepción e información de los visitantes contendrán
conteúdo variados serviços e, sobretudo, uma exposição temática variados servicios y, sobre todo, una exposición temática y una
e uma loja de venda de produtos regionais. tienda de venta de productos regionales.
• A proposta técnica do Plano de Desenvolvimento Turístico do • La propuesta técnica del Plan de Desarrollo Turístico del Valle del
Vale do Douro91, aprovado pelo Conselho de Ministros português Duero91, aprobado por el Consejo de Ministros portugués en el
no ano de 2005, determina que o objectivo geral é a geração de año 2005, determina que el objetivo general es la generación de

91
Resolução do Conselho de Ministros n.º 139/2003, de 31 de julho, 91
Resolução do Conselho de Ministros n.º 139/2003, de 31 de julho,
determina a realização do Plano de Desenvolvimento Turístico no Vale do Dou- determina a realização do Plano de Desenvolvimento Turístico no Vale do Dou-
ro (PDTVD) (Diário da República Série I-B nº 199, de 29 de agosto de 2003). ro (PDTVD) (Diário da República Série I-B nº 199, de 29 de agosto de 2003).
Resolução do Conselho de Ministros n.º 75/2005, de 2 de fevereiro, que Resolução do Conselho de Ministros n.º 75/2005, de 2 de fevereiro, que
aprova do Plano de Desenvolvimento Turístico no Vale do Douro (PDTVD) aprova do Plano de Desenvolvimento Turístico no Vale do Douro (PDTVD) (Diá-
(Diário da República Série I-B nº 54, de 17 de março de 2005). rio da República Série I-B nº 54, de 17 de março de 2005).

138 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 139

politicas e projectos com impacto no desenvolvimento turístico políticas y proyectos con impacto en el desarrollo turístico del
do Vale do Douro. A zona de incidência do plano inclui os Valle del Duero. La zona de incidencia del plan incluye a los
concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à
Cinta e Mogadouro. A estrutura do plano parte de cinco Progra- Cinta y Mogadouro. La estructura del plan parte de cinco Pro-
mas de Acção (Qualificação de Redes e Sistemas dos serviços gramas de Acción (Cualificación de Redes y Sistemas de los
públicos de suporte da actividade turística; Qualificação e dina- servicios públicos de soporte de la actividad turística; Cualifica-
mização da oferta turística; Formação em Turismo; Marketing, ción y dinamización de la oferta turística; Formación en Turis-
Promoção e Animação do destino turístico; e Reforço da capaci- mo; Marketing, Promoción y Animación del destino turístico; y
dade institucional e de cooperação), que se ramificam em medi- Refuerzo de la capacidad institucional y de cooperación), que
das e projectos, com a finalidade de activa-los no inicio de 2008. se ramifican en medidas y proyectos, con la finalidad de acti-
varlos a comienzos del 2008.
• O Plano Estratégico de Promoção Turística do «Vale do Côa e
Alto Douro» está a começar a dar os primeiros passos a partir • El Plan Estratégico de Promoción Turística del «Valle del Côa y
das discussões e informação pública por parte dos concelhos Alto Duero» está comenzando a dar sus primeros pasos a partir
dos diferentes relatórios. O diagnóstico e a síntese territorial da de la discusión e información pública por parte de los concelhos
de los diferentes relatorios. El diagnóstico y la síntesis territorial
área realizados, põe em evidência as potencialidades que se
del área realizados pone en evidencia las potencialidades que se
querem maximizar através de quatro vectores estratégicos (Pre-
quieren maximizar a través de cuatro vectores estratégicos (Pre-
servação sustentável do património; Revitalização e qualifica-
servación sostenible del patrimonio; Revitalización y cualifica-
ção da oferta; Promoção e animação turística; e Fomento da
ción de la oferta; Promoción y Animación turística; y Fomento
cultura e da identidade regional).
de la cultura y de la identidad regional).
• A zona das Arribas do Douro foi designada como Destino Pilo- • La zona de Las Arribes del Duero ha sido designada como Des-
to para a aplicação de um Plano de Dinamização do Produto tino Piloto para la aplicación de un Plan de Dinamización del
Turístico, inscrito neste tipo de programas dentro do Plano Inte- Producto Turístico, inscrito este tipo de programas dentro del
gral de Qualidade Turística Espanhola (PICTE), para planificar Plan Integral de Calidad Turística Española (PICTE), para planifi-
as actividades turísticas na zona. O Plano Dinamización del car las actividades turísticas en la zona. El Plan de Dinamiza-
Producto Turístico «Zona Sur de las Arribes del Duero»92 pre- ción del Producto Turístico «Zona Sur de las Arribes del Due-
tende favorecer o desenvolvimento económico dos municípios ro»92 pretende favorecer el desarrollo económico de los
do sul das Arribas do Douro, mediante a criação de uma série municipios del sur de Las Arribes del Duero mediante la crea-
de produtos turísticos de qualidade e respeitosos face ao meio ción de una serie de productos turísticos de calidad y respetuo-
ambiente. Algumas das medidas da primeira fase apontam para sos con el medio ambiente. Algunas de las medidas de la pri-
o estabelecimento dos órgãos de gestão e controlo, e a execução mera fase apuntan al establecimiento de los órganos de
de obras encaminhadas para a valorização dos recursos com gestión y control y a la ejecución de obras encaminadas a la
potencial turístico. puesta en valor de los recursos con potencial turístico.

92
Resolución de 18 de diciembre de 2006, Secretaría General de Turis- 92
Resolución de 18 de diciembre de 2006, Secretaría General de Turis-
mo, por la que se publica el Convenio de colaboración entre el Ministerio de mo, por la que se publica el Convenio de colaboración entre el Ministerio de
Industria, Turismo y Comercio, la Consejería de Cultura y Turismo de la Industria, Turismo y Comercio, la Consejería de Cultura y Turismo de la Comu-
Comunidad de Castilla y León y la Diputación Provincial de Salamanca para nidad de Castilla y León y la Diputación Provincial de Salamanca para el Des-
el Desarrollo de un Plan de Dinamización del Producto Turístico en la Zona arrollo de un Plan de Dinamización del Producto Turístico en la Zona Sur de las
Sur de las Arribes del Duero (BOE nº 30, de 13 de febrero de 2007). Arribes del Duero (BOE nº 30, de 13 de febrero de 2007).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 139
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 140

4.5. O processo da Agenda Local 21: a participação dos 4.5. El proceso de la Agenda Local 21: la participación
cidadãos e o desenvolvimento sustentável ciudadana y el desarrollo sostenible

O processo de elaboração das Agendas Locais 21 arranca através El proceso de elaboración de las Agendas Locales 21 arranca de
dos princípios emanados na «Declaração do Rio sobre o Meio Ambien- los principios emanados en la «Declaración de Río sobre el Medio
te e o Desenvolvimento» e o «Programa 21. Um plano de acção em Ambiente y el Desarrollo» y el «Programa 21. Un plan de acción en
prol do desenvolvimento mundial sustentável até à entrada no séc. pro del desarrollo mundial sostenible hasta entrado el siglo XXI»,
XXI», aprovados ambos os documentos durante a Conferência das aprobados ambos documentos durante la Conferencia de las Nacio-
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), nes Unidas sobre Medio Ambiente y el Desarrollo (CNUMAD), «Cum-
«Cumbre para la Tierra», que se celebrou no Rio de Janeiro entre 3 e bre para la Tierra», que se celebró en Río de Janeiro entre el 3 y el 14
14 de Junho de 1992. As entidades locais comprometidas com o pro- de junio de 1992. Las entidades locales comprometidas con el proce-
cesso de sustentabilidade mediante a Agenda Local 21, devem iniciar o so de sostenibilidad mediante la Agenda Local 21 deben iniciar el
caminho com a assinatura da Carta Europeia de Aalborg de 1994. Uma camino con la firma de la Carta Europea de Aalborg de 1994. Una
vez comenzado el procedimiento, las entidades locales, deben seguir
vez iniciado o procedimento, as entidades locais devem seguir uma
una serie de pasos que se estructuran en las siguientes fases93: Consti-
série de passos que se estruturam nas seguintes fases93: Constituição do
tución del Foro Ambiental (órgano de participación ciudadana); Crea-
Fundo Ambiental (órgão de participação dos cidadãos); Criação de um
ción de un Panel de Técnicos de las distintas áreas de gestión del
Painel de Técnicos das diferentes áreas de gestão da Câmara Munici-
Ayuntamiento; Formación de agentes sociales y económicos; Divulga-
pal; Formação de agentes sociais e económicos; Divulgação do proces-
ción del proceso hacia colectivos de ciudadanos y la población en
so direccionado a colectividades de cidadãos e à população em geral; general; Documento Inicial de Principios Básicos de Sostenibilidad;
Documento Inicial de princípios Básicos de Sustentabilidade; Proposta Propuesta Inicial de Indicadores de Sostenibilidad; Informe-Diagnósti-
Inicial de Indicadores de Sustentabilidade; Informe-Diagnóstico sobre co sobre el Desarrollo y la Sostenibilidad; Definición de Indicadores de
o Desenvolvimento e a Sustentabilidade; Definição de Indicadores de Sostenibilidad; Estudio del comportamiento de cada Indicador; Con-
Sustentabilidade; Estudo do comportamento de cada Indicador; fección de un Plan de Acción; Seguimiento, supervisión y evaluación
Confecção de um Plano de Acção; Seguimento, supervisão e avaliação del proceso; y Propuestas de Mejora. La participación pública en una
do processo; e Propostas de Melhoria. A participação pública na Agen- Agenda Local 21 compromete a los ciudadanos, a los ayuntamientos,
da Local 21 compromete os cidadãos, as câmaras municipais, os técni- a los técnicos, a los empresarios y a las asociaciones.
cos, os empresários e as associações.
Esta metodología de participación cívica o, con ligeras modifica-
Esta metodologia de participação cívica ou, com ligeiras modifi- ciones, ha sido ya llevada a la práctica por algunas Diputaciones Pro-
cações, foi posta em prática por algumas Diputaciones Provinciais, vinciales y Mancomunidades y en numerosos municipios de Castilla y
Associações de Municípios e numerosos municípios de Castela e León. En la zona, a raíz de la expansión de esta novedosa fórmula de
Leão. Na zona, à raiz da expansão desta nova formula de concerta- concertación social y de gestión sostenible, ha habido algunos inten-
ção social e da gestão sustentável, houveram algumas tentativas tos de implantación. La propia Junta de Castilla y León ha aprobado
de implementação. A própria Junta de Castela e Leão aprovou o el documento «Estrategia de Desarrollo Sostenible de Castilla y León:
documento «Estrategia de Desarrollo Sostenible de Castilla y León:

93
BERMEJO, R. Y NEBREDA, A. (1997). Indicadores hacia un des- 93
BERMEJO, R. Y NEBREDA, A. (1997). Indicadores hacia un desarrollo
arrollo sostenible. Recopilación de experiencias a escala local y propuesta de sostenible. Recopilación de experiencias a escala local y propuesta de indicado-
indicadores para Vitoria-Gasteiz. Bakeaz/Centro de Estudios del Ayuntamien- res para Vitoria-Gasteiz. Bakeaz/Centro de Estudios del Ayuntamiento de Vito-
to de Vitoria-Gasteiz. Bilbao. ria-Gasteiz. Bilbao.
HEWITT, N. (1998). Guía Europea para la Planificación de las Agendas HEWITT, N. (1998). Guía Europea para la Planificación de las Agendas 21
21 Locales. Cómo implicarse en un plan de acción ambiental a largo plazo Locales. Cómo implicarse en un plan de acción ambiental a largo plazo hacia la
hacia la sostenibilidad. Ed. Bakeaz. Bilbao. sostenibilidad. Ed. Bakeaz. Bilbao.

140 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 141

Agenda 21»94 com o objectivo de incorporar o meio ambiente no Agenda 21»94 al objeto de incorporar el medio ambiente en el conjun-
conjunto de politicas e acções desenvolvidas no Plano de Desenvolvi- to de políticas y acciones desarrolladas en el Plan de Desarrollo Regio-
mento Regional 2000-2006. A estratégia divide as medidas, umas de nal 2000-2006. La estrategia divide las medidas en unas de carácter
carácter horizontal (sector agrário, energia, transportes, indústria e horizontal (sector agrario, energía, transportes, industria y turismo) y
turismo) e outras específicas de meio ambiente (água, biodiversidade, otras específicas de medio ambiente (agua, biodiversidad, sector
sector florestal e contaminação). forestal y contaminación).
As entidades locais da vertente espanhola que tenham começado Las Entidades Locales de la vertiente española que han comenzado
o processo da Agenda Local 21, contando com um subsidio da admi- el proceso de la Agenda Local 21, contando con una subvención de la
nistração regional são, Villares de Yeltes e Vitigudino e a Associação administración regional, son Villares de Yeltes y Vitigudino y la Manco-
de Municípios das «Arribes del Duero». Os municípios da Associação munidad de «Arribes del Duero». Los municipios de la mancomunidad
decidiram aderir à Carta de Aalborg com o propósito de iniciar «um decidieron adherirse a la Carta de Aalborg con el propósito de iniciar
caminho democrático, aberto e participativo» que os ajudarão na hora «un camino democrático, abierto y participativo» que los ayudara a la
de planificar o desenvolvimento socio-económico e a conservação do hora de planificar el desarrollo socioeconómico y la conservación del
meio ambiente do seu território. A planificação da equipa técnica do medio ambiente de su territorio. El planteamiento del equipo técnico
Grupo Lince que assessorava a Associação, estabeleceu uma sequên- del Grupo Lince que asesoraba a la mancomunidad estableció una
cia muito simples dividida em duas fases: o diagnóstico ambiental e o secuencia muy sencilla dividida en dos fases: el diagnóstico ambiental y
plano de acção ambiental mancomunado. A primeira actuação consis- el plan de acción ambiental mancomunado. La primera actuación con-
tia em conhecer a situação ambiental da associação, com a participa- sistía en conocer la situación ambiental de la mancomunidad, con la
ção activa da cidadania a partir de inquéritos, entrevistas e fóruns de participación activa de la ciudadanía a partir de encuestas, entrevistas y
debate e, a segunda actuação, estabelecer as linhas de acção mediante foros de debate y, la segunda actuación, establecer las líneas de acción
o consenso de todos através de mesas de trabalho. O procedimento mediante el consenso de todos a través de mesas de trabajo. El proce-
também contempla numerosas acções informativas, para os vizinhos dimiento, también, contempla numerosas acciones informativas para
dos respectivos municípios. los vecinos de los respectivos ayuntamientos.
Do lado português, a Câmara Municipal de Freixo de Espada à En la cara portuguesa, la Câmara de Freixo de Espada à Cinta,
Cinta, adjudicou em finais do ano de 2004, à empresa Inovação, Pro- adjudicó a finales del año 2004, a la empresa Inovação, Projectos e
jectos e Iniciativas Lda. (IPI), a elaboração e implementação da Iniciativas Lda. (IPI) la elaboración y la implementación de la Agenda
Agenda 21 Local do Município Freixo de Espada à Cinta. O objecti- 21 Local del Municipio de Freixo de Espada à Cinta. La agenda local,
vo da agenda local, uma vez terminada, é que sirva de quadro de una vez terminada, su objetivo es que sirva de cuadro de referencia
referência para o desenvolvimento social e económico do município para el desarrollo social y económico del municipio con el respeto al
com respeito ao meio ambiente, os recursos naturais e a biodiversida- medio ambiente, los recursos naturales y la biodiversidad. La puesta
de. A posta em prática da agenda local, em todo o momento, deve en marcha de la agenda local, en todo momento, debe contar con las
contar com as instituições locais, a população local, os agentes eco- instituciones locales, la población local, los agentes económicos y
nómicos e sociais, os grupos ecologistas e em sintonia com os sociales y grupos ecologistas, y en sintonía con los responsables de la
responsáveis da administração nacional e regional. A metodologia segui- administración nacional y regional. La metodología seguida se basa
da, baseia-se nos princípios de coerência e de simplicidade, portanto, o en los principios de coherencia y de simplicidad; por tanto, el «retrato
«retrato do município» possibilita a identificação das fragilidades e dos del municipio» posibilita la identificación de las fragilidades y de los

94
En la página web de la Consejería de Medio Ambiente, en el apartado 94
En la página web de la Consejería de Medio Ambiente, en el apartado
de Información Ambiental, está recogido el Acuerdo por el que se aprueba la de Información Ambiental, está recogido el Acuerdo por el que se aprueba la
Estrategia de Desarrollo Sostenible de Castilla y León: Agenda 21 (el 28 de Estrategia de Desarrollo Sostenible de Castilla y León: Agenda 21 (el 28 de
enero de 1999): http://www.jcyl.es/scsiau/Satellite/up/es/MedioAmbiente enero de 1999): http://www.jcyl.es/scsiau/Satellite/up/es/MedioAmbiente

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 141
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 142

recursos e da prioridade das necessidades de intervenção. O programa recursos y la priorización de las necesidades de intervención. El Pro-
de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 21 Local, propriamente grama de Desarrollo Sostenible de la Agenda 21 Local, propiamente,
dito, contempla os objectivos e os compromissos de desenvolvimento contempla los objetivos y los compromisos de desarrollo sostenible y
sustentável e as propostas do plano de acção definidos pelo Fórum de las propuestas del plan de acción definidos por el Forum de Desarrollo
Desenvolvimento Sustentável Municipal. Em última instância, a ava- Sostenible Municipal. En última instancia, la evaluación y la retroali-
liação e a retro alimentação da agenda local estão garantidas pela atri- mentación de la agenda local están garantizadas por la asignación de
buição dos indicadores de desenvolvimento sustentável. O resultado los indicadores del desarrollo sostenible. El resultado ha sido la redac-
foi a redacção do Plano de Acção «Colocar Freixo de Espada à Cinta ción del Plan de Acción, «Colocar a Freixo de Espada à Cinta en el
no séc. XXI», com três compromissos compatíveis com respeito ao siglo XXI», con tres compromisos complatibles con el respeto del
meio ambiente: tirar do isolamento geográfico o município e valorizar medio ambiente: sacar del aislamiento geográfico al municipio y
os recursos agrícolas e turísticos. poner en valor los recursos agrícolas y turísticos.

Na actualidade, está em pleno debate e desenvolvimento a Agenda En la actualidad, está en pleno debate y desarrollo la Agenda 21
21 Local do Nordeste Transmontano95. Esta agenda, iniciada em Feve- Local do Nordeste Transmontano95. Esta agenda, iniciada en febrero
del 2006, se pretende poner en marcha en ocho concelhos próximos
reiro de 2006, pretende levar a cabo em oito concelhos próximos da
a la frontera: Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de
fronteira: Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavalei-
Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor y
ros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor e Vimioso.
Vimioso. El proyecto está promovido por la Empresa Intermunicipal de
O projecto é promovido pela empresa Intermunicipal Resíduos do Residuos del Nordeste en colaboración con el Grupo de Estudos
Nordeste em colaboração com o Grupo de Estudos Ambientais da Ambientais de la Escola Superior de Biotecnologia da Universidade
Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portugue- Católica Portuguesa (ESB-UCP). La elaboración de la agenta está pre-
sa (ESB-UCP). A elaboração da agenda está prevista m 18 meses, em vista en 18 meses, en tres fases sucesivas, una vez que las Cámaras
três fases sucessivas, uma vez que as câmaras municipais subscrevam Municipales suscriban la Carta y los Compromisos de Aalborg. La pri-
a Carta e os Compromissos de Aalborg. A primeira fase, denominada mera fase, denominada de sensibilización de la población, se realizará
de sensibilização da população, será realizada através dos Fóruns de a través de los Forum de Participación y de diferentes Grupos de
participação e de diferentes Grupos de Coordenação municipais. A Coordinación municipales. La segunda fase, de diagnóstico y prepara-
segunda fase, de diagnóstico e preparação do Plano de Acção, será um ción del Plan de Acción, será un reflejo de los problemas regionales y
reflexo dos problemas regionais e das acções de compromisso para de las acciones de compromiso para mejorar la situación de partida.
melhorar a situação de partida. A terceira e última fase, corresponde à Y, la tercera y última fase, corresponde a la implementación, evalua-
implementação, avaliação e revisão do Plano de Acção. ción y revisión del Plan de Acción.

95
http://www.residuosdonordeste.pt/nordeste21 95
http://www.residuosdonordeste.pt/nordeste21

142 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 143

5. A Agenda para a «Governação do Território»: 5. La Agenda para el «Gobierno del Territorio»:


orientações e estratégias de intervenção na orientaciones y estrategias de intervención en la
franja transfronteiriça franja transfronteriza

As diferentes administrações públicas e a iniciativa privada, de Las diferentes administraciones públicas y la iniciativa privada, de
forma coordenada, têm a responsabilidade de intervir na Comarca de forma coordinada, tienen la responsabilidad de intervenir en la
Vitigudino e nos concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo Comarca de Vitigudino y en los Concelhos de Figueira de Castelo
de Espada à Cinta e Mogadouro, na procura da coesão social, econó- Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta y Mogadouro, en busca de la cohe-
mica e territorial. Para além disso, os diferentes níveis de governação sión social, económica y territorial. Además, los diferentes niveles de
devem articular medidas de cooperação transnacional e transfrontei- gobierno deben articular medidas de cooperación transnacional y
riça ao situar-se a área numa das fronteiras interiores da Diagonal transfronteriza al situarse el área en una de las fronteras interiores de
Continental da União Europeia, concretamente o sector central da la Diagonal Continental de la Unión Europea, en concreto el sector
raia ibérica, com a finalidade de reduzir as desvantagens geográficas central de la raya ibérica, con el fin de reducir las desventajas geográ-
e as divergências económicas em ambos lados. O impulso do desen- ficas y las divergencias económicas en ambos lados. El impulso del
volvimento socio-económico e a procura da qualidade de vida da desarrollo socioeconómico y la búsqueda de la calidad de vida de la
população local deve inspirar os planos e os programas aplicáveis a población local debe inspirar los planes y los programas aplicables a
esta zona periférica e desfavorecida segundo a filosofia do desenvol- esta zona periférica y desfavorecida bajo la filosofía del desarrollo sos-
vimento sustentável e o apoio à inovação e a sociedade da informa- tenible y el apoyo a la innovación y la sociedad de la información. De
ção. De cara ao futuro, a zona reúne os requisitos da política regio- cara al futuro, la zona reúne los requisitos de la política regional
nal comunitária para receber ajudas no período 2007-2013 que são, comunitaria para recibir ayudas en el periodo 2007-2013, es decir, los
os fundos estruturais e o fundo de coesão da «solidariedade finan- fondos estructurales y el fondo de cohesión de la «solidaridad finan-
ceira europeia» para mitigar os desequilíbrios interterritoriais ciera europea» para mitigar los desequilibrios interterritoriales (objeti-
(objectivo de «Convergência» para as regiões Centro e Norte de Por- vo de «Convergencia» para las regiones Centro y Norte de Portugal y
tugal e objectivo de «Competitividade Regional e Emprego» para a objetivo de «Competitividad Regional y Empleo» para la Comunidad
Comunidade Autónoma de Castela e Leão em Espanha). Autónoma de Castilla y León en España).
Esta franja transfronteiriça conta com múltiplas desvantagens Esta franja transfronteriza cuenta con múltiples desventajas res-
no que respeita a outros territórios desde o ponto de vista dos obstá- pecto a otros territorios desde el punto de vista de los obstáculos del
culos do meio natural, do envelhecimento demográfico e o despo- medio natural, del envejecimiento demográfico y la despoblación, de
voamento, do peso das infra-estruturas e serviços, dos impactos no las cargas en infraestructuras y servicios, de los impactos medioam-
meio ambiente e do abandono do património cultural. Contudo, a bientales y del abandono del patrimonio cultural. Sin embargo, la
zona conta com um extenso inventário de recursos endógenos ocio- zona cuenta con un extenso inventario de recursos endógenos ocio-
sos como base de um desenvolvimento local sólido, como por sos como base de un desarrollo local sólido, como por ejemplo, los
exemplo, os habitats protegidos de espécies em perigo de extinção, hábitats protegidos de especies en peligro de extinción, las excelentes
as excelentes produções de qualidade, vinho, azeite, carnes frescas producciones de calidad (vino, aceite, carnes frescas y curadas, que-
e curadas, queijos, azeitonas, amêndoas, maçãs, laranjas e mel), os sos, aceitunas, almendras, manzanas, naranjas y miel), los valores del
valores do património cultural, material e imaterial e a variada ofer- patrimonio cultural material e inmaterial y la variada oferta de activi-
ta de actividades de turismo rural, de natureza e eco turismo. dades de turismo rural, de naturaleza y ecoturismo.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 143
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 144

Os desafios da Comarca de Vitigudino e do Alto Douro, de cara Los desafíos de la Comarca de Vitigudino y del Alto Douro de
ao séc. XXI, se tivermos presente a síntese territorial da zona e as cara al siglo XXI, si tenemos presente la síntesis territorial de la zona y
orientações e estratégias comunitárias futuras, têm que moldar-se às las orientaciones y estrategias comunitarias futuras, tienen que amol-
novas formas de governação territorial. As modificações sociais e darse a las nuevas formas de gobernanza territorial. Los cambios
os imperativos da política europeia exigem a interdependência da sociales y los imperativos de la política europea exigen la interdepen-
zona com outros territórios, a coordenação das diferentes politicas dencia de la zona con otros territorios, la coordinación de las distintas
sectoriais com incidência territorial e a colaboração das diferentes políticas sectoriales con incidencia territorial y la colaboración de las
administrações. Esta forma de actuar leva a novas oportunidades de diferentes administraciones. Esta forma de actuar conlleva nuevas
progresso, como ficou demonstrado com as tíbias experiências leva- oportunidades de progreso, como ha quedado demostrado con las
das a cabo e a competitividade territorial. Os erros do passado, tibias experiencias puestas en marcha, y la competitividad territorial.
sobretudo em relação à ineficácia dos esforços económicos deposi- Los errores del pasado, sobretodo en relación a la ineficacia de los
tados em alguns projectos, têm que fazer reflectir as autoridades e esfuerzos económicos depositados en algunos proyectos, tiene que
os agentes socio-económicos na hora de orientar o desenvolvimento hacer reflexionar a las autoridades y a los agentes socioeconómicos a
local e sustentável da zona por via do «enfoque territorial» como la hora de orientar el desarrollo local y sostenible de la zona por la vía
del «enfoque territorial» como medio para lograr la planificación
meio para conseguir a planificação territorial, a coesão social, eco-
territorial; la cohesión social, económica y territorial; y la «coopera-
nómica e territorial e «cooperação sem fronteiras».
ción sin fronteras».
A promulgação das normativas de ordenamento do território,
com o desenvolvimento dos diferentes instrumentos, deixa em aber- La promulgación de las normativas de ordenación del territorio,
con el desarrollo de los diferentes instrumentos, deja abierto el reto
to o desafio da planificação territorial partilhada. Nesta linha, com
de la planificación territorial compartida. En esta línea, con el antece-
o antecedente da declaração e gestão dos Parques Naturais e a elabo-
dente de la declaración y gestión de los dos Parques Naturales y la
ração das Directivas de algumas Áreas Funcionais de Castela e Leão,
elaboración de las Directrices de algunas Áreas Funcionales de Castilla
o diálogo entre as autoridades com competências no ordenamento
y León, el diálogo entre las autoridades con competencias en ordena-
do território e a população local é imprescindível. Um projecto-pilo-
ción del territorio y la población local es imprescindible. Un proyecto
to de cooperação transfronteiriça em matéria de planificação territo- piloto de cooperación transfronteriza en materia de planificación
rial serviria de ferramenta de trabalho e de documento de orientação territorial serviría de herramienta de trabajo y de documento de orien-
sobre as prioridades estratégicas do desenvolvimento local. tación sobre las prioridades estratégicas del desarrollo local.
As disparidades sociais, económicas e territoriais ainda existen-
Las disparidades sociales, económicas y territoriales aún existen-
tes entre esta franja transfronteiriça e o resto da região à que perten- tes entre esta franja transfronteriza y el resto de la región a la que
cem (centro-periferia), deve mover de forma coordenada todos os pertenecen (centro-periferia), debe mover de forma coordinada todos
mecanismos institucionais e financeiros, para reduzir as diferenças. los mecanismos institucionales y financieros, para reducir las diferen-
Os desequilíbrios e as desigualdades podem tornar-se irremediáveis cias. Los desequilibroios y las desigualdades pueden hacerse insalva-
nesta zona («território em desvantagem») se não se aplicam adequa- bles en esta zona («territorio en desventaja») si no se aplican adecua-
damente os meios para avançar na coesão social, económica e terri- damente los medios para avanzar en la cohesión social, económica y
torial. O objectivo chave para impulsionar a coesão, é a promoção territorial. El objetivo clave para impulsar la cohesión es la promoción
do crescimento e a criação de postos de trabalho em sintonia com a del crecimiento y la creación de puestos de trabajo en sintonía con la
«estratégia de Lisboa, 2000» e a «dimensão ambiental de Gotem- «estrategia de Lisboa, 2000» y la «dimensión ambiental de Gotem-
burgo, 2001». O Concelho Europeu extraordinário de Lisboa «A burgo, 2001». El Consejo Europeo extraordinario de Lisboa «Hacia la
caminho da Europa da inovação e do conhecimento», celebrado nos Europa de la innovación y el conocimiento», celebrado durante los
dias 23 e 24 de Março de 2000, recalcou a transcendência do desafio días 23 y 24 de marzo del 2000, recalcó la transcendecia del reto tec-
tecnológico —as tecnologias da informação e da comunicação nológico —las tecnologías de la información y la comunicación
(TIC)— para criar emprego. A promulgação da Comunicação da (TIC)— para crear empleo. La promulgación de la Comunicación de la

144 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 145

Comissão sobre «Politica de coesão apoiada no crescimento e no Comisión sobre «Política de cohesión en apoyo del crecimiento y el
emprego: directrizes estratégicas comunitárias 2007-2013»96 e da empleo: directrices estratégicas comunitarias 2007-2013»96 y de la
Decisão do Conselho relativa «Directrizes Estratégicas comunitárias Decisión del Consejo relariva «Directrices Estratégicas comunitarias en
em matéria de coesão»97 marcam o caminho da convergência ao pro- materia de cohesión»97 marcan el camino de la convergencia al pro-
mover o crescimento sustentável, a competitividade e o emprego. De mover el crecimiento sostenible, la competitividad y el empleo. De
forma específica, para as zonas rurais apostam pela complementari- forma específica, para las zonas rurales apuestan por la complemen-
dade e a coerência com as politicas de desenvolvimento rural, em tariedad y la coherencia con las políticas de desarrollo rural, en cola-
colaboração com as «Directrizes Estratégicas comunitárias de desen- boración con las «Directrices Estratégicas comunitarias de desarrollo
volvimento rural (período de programação 2007-2013)»98 e dos Pla- rural (período de programación 2007-2013)»98 y de los Planes Estraté-
nos Estratégicos Nacionais de Desenvolvimento Rural (2007-2013). gicos Nacionales de Desarrollo Rural (2007-2013).
A governação do território e a cooperação territorial da zona, La gobernanza del territorio y la cooperación territorial de la zona
não se pode entender sem a cooperação «sem fronteiras», melhor no se puede enterder sin la cooperación «sin fronteras», es decir, la
dizendo, a cooperação transfronteiriça. Para superar as dificuldades cooperación transfronteriza. Para superar las dificultades de las legis-
das legislações e procedimentos nacionais, foi levado a cabo um laciones y procedimientos nacionales se ha puesto en marcha un ins-
instrumento de cooperação à escala comunitária que permite criar trumento de cooperación a escala comunitaria que permite crear
«agrupamentos de cooperação» dotados de personalidade jurídica. «agrupaciones de cooperación» dotadas de personalidad jurídica. El
O regulamento sobre o Agrupamento Europeu de Cooperação Ter- reglamento sobre la Agrupación Europea de Cooperación Territorial
ritorial «AECT» (2007-2013)99, facilita e fomenta a cooperação «AECT» (2007-2013)99, facilita y fomenta la cooperación transfronteri-
transfronteiriça, transnacional e/ou inter-regional das autoridades za, transnacional e/o interregional de las autoridades regionales y
regionais e locais, denominada «cooperação territorial». Os agrupa- locales, denominada «cooperación territorial». Las agrupaciones
mentos europeus de cooperação territorial serão regulados por um europeas de cooperación territorial se regularán por un convenio, en
convénio, neste caso um «Convénio de cooperação transfronteiriça este caso un «Convenio de cooperación transfronteriza europea»,
europeia», dotado de uns estatutos e dos correspondentes órgãos de dotado de unos estatutos y de sus correspondientes órganos de
governo. No caso hispano-luso, com a publicação do Tratado sobre gobierno. En el caso hispano-luso, con la publicación del Tratado sobre

96
COMUNICACIÓN DE LA COMISIÓN COM (2005) 299 Final, 96
COMUNICACIÓN DE LA COMISIÓN COM (2005) 299 Final, sobre Polí-
sobre Política de cohesión en apoyo del crecimiento y el empleo: directri- tica de cohesión en apoyo del crecimiento y el empleo: directrices estratégicas
ces estratégicas comunitarias, 2007-2013 (Bruselas, de 5 de julio del 2005). comunitarias, 2007-2013 (Bruselas, de 5 de julio del 2005).
97
DECISIÓN DEL CONSEJO (2006/702/CE), de 6 de octubre de 97
DECISIÓN DEL CONSEJO (2006/702/CE), de 6 de octubre de 2006,
2006, relativa a las directrices estratégicas comunitarias en materia de relativa a las directrices estratégicas comunitarias en materia de cohesión (Dia-
cohesión (Diario Oficial Serie L nº 291, de 21 de octubre de 2006). rio Oficial Serie L nº 291, de 21 de octubre de 2006).
98
DECISIÓN DEL CONSEJO (2006/144/CE), de 20 de febrero de 98
DECISIÓN DEL CONSEJO (2006/144/CE), de 20 de febrero de 2006,
2006, sobre las las directrices estratégicas comunitarias de desarrollo rural sobre las las directrices estratégicas comunitarias de desarrollo rural (período
(período de programación 2007-2013) (Diario Oficial Serie L nº 55, de 25 de programación 2007-2013) (Diario Oficial Serie L nº 55, de 25 de febrero
de febrero de 2006). de 2006).
99
COM (2004) 496 final, Propuesta de Reglamento del Parlamento 99
COM (2004) 496 final, Propuesta de Reglamento del Parlamento Euro-
Europeo y del Consejo relativo a la creación de una Agrupación Europea peo y del Consejo relativo a la creación de una Agrupación Europea de Coope-
de Cooperación Transfronteriza (AECT), Bruselas, 14 de julio de 2004. ración Transfronteriza (AECT), Bruselas, 14 de julio de 2004.
REGLAMENTO (CE) nº 1082/2006, de 5 de julio de 2006, del Parla- REGLAMENTO (CE) nº 1082/2006, de 5 de julio de 2006, del Parlamento
mento Europeo y del Consejo sobre la Agrupación Europea de Coopera- Europeo y del Consejo sobre la Agrupación Europea de Cooperación Territo-
ción Territorial (AECT) (Diario Oficial de la Unión Europea Serie L nº rial (AECT) (Diario Oficial de la Unión Europea Serie L nº 210, de 31 de julio
210, de 31 de julio del 2006). del 2006).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 145
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 146

Cooperação Transfronteiriça entre entidades e instâncias territo- Cooperación Transfronteriza entre entidades e instancias territoriales
riais de Espanha e Portugal100, assinado em Valência em 3 de Outu- de España y Portugal100, firmado en Valencia el 3 de octubre de 2002,
bro de 2002, possibilita a criação de agrupamentos cooperativos posibilita la creación de agrupaciones cooperativas entre instancias
entre instâncias territoriais portuguesas (Comissões de Coordena- territoriales portuguesas (Comisiones de Coordinación de las Regio-
ção as Regiões, Associações de Municípios e outras estruturas que nes, Asociaciones de Municipios y otras estructuras que integren
integram municípios das sub-regiões – NUTS III - ) e entidades ter- municipios de las subregiones -NUTS III-) y entidades territoriales
ritoriais espanholas (Comunidades Autónomas, Províncias, Comar- españolas (Comunidades Autónomas, Provincias, Comarcas, Munici-
cas, Municípios e outras entidades supra-municipais, associações de pios y otras entidades supramunicipales, Mancomunidades de munici-
municípios). Portanto, as entidades regionais, provinciais e locais pios). Por tanto, los entes regionales, provinciales y locales tienen la
têm a tarefa de fomentar «convénios de cooperação» para captar tarea de fomentar «convenios de cooperación» para captar fondos
fundos para zona da política de coesão, dentro do objectivo de para la zona de la política de cohesión, dentro del objetivo de «Coo-
peración Territorial Europea», del periodo 2007-2013.
«Cooperação Territorial Europeia», do período 2007-2013.

Tratado entre el Reino de España y la República Portuguesa sobre


100 100
Tratado entre el Reino de España y la República Portuguesa sobre coo-
cooperación transfronteriza entre entidades e instancias territoriales, hecho en peración transfronteriza entre entidades e instancias territoriales, hecho en
Valencia el 3 de octubre de 2002 (BOE nº 219, de 12 de septiembre de 2003) Valencia el 3 de octubre de 2002 (BOE nº 219, de 12 de septiembre de 2003).

146 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 147

6. Bibliografía, fuentes y documentos

6.1. Bibliografía General


ALONSO SANTOS, J. L. (2005). «Desarrollo y procesos de innovación CABERO DIÉGUEZ, V. (1995). «La visión regional castellano-leonesa de
económica en los espacios rurales. Valoración de experiencias en la raya de Portugal». En: La Cooperación de Castilla y León con
Castilla y León». En: Millars: Espai i Història, Tomo XXVIII. Al pro- Portugal. Cortes de Castilla y León. Valladolid, pp. 41-47.
fesor D. José Sánchez Adell. In memoriam. Publicacions de la Uni-
versitat Jaume I. Castelló de la Plana, pp. 151-175. CABERO DIÉGUEZ, V. (1996). «Medio ambiente, paisaje y patrimonio
en Castilla y León». En: García Simón, A. y Ortega Valcárcel, J.
BORDALO LEMA, P. (1984). «A fronteira como factor geográfico. Pro-
blemas da área fronteriça entre Portugal y Espanha». Actas, (Eds.): Historia de una cultura. Junta de Castilla y León. Conseje-
ponencias y comunicaciones del III Coloquio Ibérico de Geografía. ría de Educación y Cultura. Vol. IV. Valladolid, pp.231-277.
Universitat de Barcelona. Barcelona, pp. 593-595. CABERO DIÉGUEZ, V. (1997). «Portugal y España: una mirada geográ-
BULLÓN, E. (1944). «Las relaciones de España con Portugal. Lecciones fica a las relaciones ibéricas». Boletín de la Asociación de Geógra-
del pasado y orientaciones para el porvenir». Revista Estudios fos Españoles, nº 25. Madrid, pp. 3-13.
Geográficos, nº 16. Consejo Superior de Investigaciones Científi-
CABERO DIÉGUEZ, V. (2002). Iberismo y cooperación. Pasado y futuro
cas (CSIC). Instituto Juan Sebastián Elcano. Madrid, pp. 467-494.
de la Península Ibérica. Acto Académico de Apertura del curso
CABERO DIÉGUEZ, V. Y PLAZA GUTIÉRREZ, J. I. (1987). «El sector fron- 2002-2003. Universidad de Salamanca. Salamanca. (Segunda Edi-
terizo salmantino-zamorano: tradición y modernización». Encuen- ción CABERO DIÉGUEZ, V. (2004). Iberismo y Cooperação. Passa-
tros/Encontros de Ajuda. Olivenza, 18-19-20 de octubre de 1985. do e futuro da Península Ibérica. Centro de Estudos Ibéricos.
Actas, Ponencias y Comunicaciones. Excma. Diputación Provincial
Câmara Municipal de Guarda. Guarda.).
de Badajoz (Servicio de Publicaciones). Badajoz, pp. 247-275.
CABERO DIÉGUEZ, V., SANTOS, P. Y JACINTO, R. (Coord.) (1994). CABERO DIÉGUEZ, V. (2004). «Bordes y márgenes del territorio en
Cooperación entre la Región Centro (Portugal) y las regiones de Castilla y León: integración y cooperación». En: Clemente Cubi-
Castilla y León y Extremadura (España). Contribución para la defi- llas, E.; Martín Jiménez, Mª. I. y Hortelano Mínguez, L. A.
nición de una estrategia de intervención y promoción de iniciati- (Coord.): Monográfico Territorio y planificación, una aproxima-
vas comunes. Ed. Diputación de Salamanca y Departamento de ción a Castilla y León. Rev. Economía y Finanzas de Castilla y
Geografía. Salamanca. León, nº 9. Caja Duero. Salamanca, pp. 79-95.
CABERO DIÉGUEZ, V.; CAMPESINO FERNÁNDEZ, A. J. Y LÓPEZ TRIGAL, CABO ALONSO, A. (1989). «Las relaciones interterritoriales: los flujos
L. (1996).«El conocimiento de las franjas fronterizas. Aportación de socioeconómicos y sus repercusiones espaciales». V Coloquio Ibé-
los geógrafos españoles». Boletín de la Asociación de Geógrafos rico de Geografía. Acta, Ponencias y Comunicaciones. Universi-
Españoles, nº 21-22. (La nueva realidad geográfica en España, Apor- dad de León. León, pp. 321-331.
tación de la Asociación de Geógrafos Españoles al 28º Congreso
Internacional de Geografía de La Haya, 1996). Madrid, pp. 93-106. CAMPESINO FERNÁNDEZ, A. (2004). «Centros históricos y patrimonio
CABERO DIÉGUEZ, V. (1994). «Problemas territoriales de integración urbano de la Raya/Raia Ibérica, Paisaje Cultural de la Humani-
en Castilla y León: los espacios y áreas marginales». Integración y dad». En: Congreso Internacional La Raya Luso-Española. Relacio-
revitalización regional. XIX Reunión de Estudios Regionales de la nes hispano-portuguesas del Duero al Tajo «Salamanca, punto de
Asociación Castellano-Leonesa de Ciencia Regional (A.E.C.R.). encuentro» (Ciudad Rodrigo, 2002). Diputación de Salamanca,
Asociación Castellano-Leonesa de Ciencia Regional. Salamanca, Excmo. Ayuntamiento de Ciudad Rodrigo y Centro de Estudios
pp. 153-169. Mirobrigenses. Salamanca, pp. 205-233.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 147
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 148

CAMPESINO FERNÁNDEZ, A. J. Y VELASCO BERNARDO, C. (Coords.) Ordenación del Territorio. Universidad de Extremadura. Salaman-
(1996): Portugal-España: Ordenación territorial del suroeste ca, pp. 399-410.
comunitario. Actas, ponencias y comunicaciones del VII Coloquio HERRERO DE LA FUENTE, A. A. (Editor) (2002). La cooperación trans-
Ibérico de Geografía. Departamento de Geografía y Ordenación fronteriza hispano-portuguesa en 2001. Cuadernos del Instituto
del Territorio. Universidad de Extremadura. Salamanca. Rei Afonso Henriques de Cooperación Transfronteriza nº 1.
CARAMELO, S. (2004). «Problemas actuais da Beira Interior e da Raia Zamora.
de Salamanca. As particularidades e implicações da estructura HORTELANO MÍNGUEZ, L. A. (2004). «La conservación de la naturale-
demográfica na raia Beira Interior-Salamanca». En: Congreso za, componente básico de la ordenación del territorio de Castilla
Internacional La Raya Luso-Española. Relaciones hispano-portu- y León». Revista Economía y Finanzas de Castilla y León, nº 9.
guesas del Duero al Tajo «Salamanca, punto de encuentro» (Ciu- Caja Duero. Salamanca, pp. 123-148.
dad Rodrigo, 2002). Diputación de Salamanca, Excmo. Ayunta-
miento de Ciudad Rodrigo y Centro de Estudios Mirobrigenses. HORTELANO MÍNGUEZ, L. A. (2006). «Bienes de interés cultural y
Salamanca, pp. 189-204. oportunidades para el turismo sostenible». En: JACINTO, R. Y
BENTO, V. (Eds.). O interior raiano do Centro de Portugal: Outras
CARAMELO, S. (2007). União Europeia, Fronteira e Territorio. Centro fronteiras, novos intercâmbios. Centro de Estudos Ibéricos (CEI).
de Estudos Ibéricos (CEI). Porto. Porto, pp. 247-266.
CAVACO, C. (1996). «Planificação transfronteriça e desenvolvimento JACINTO, R. Y BENTO, V. (2004). Fronteira, Emigração, Memoria.
regional e local». En: Campesino Fernández, A. y Velasco Bernar- Centro de Estudios Ibéricos. Guarda.
do, C. (Coords.): Portugal-España: Ordenación territorial del suro-
este comunitario. Actas, ponencias y comunicaciones del VII JUNTA DE CASTILLA Y LEÓN. (1996). Directrices de Ordenación Terri-
Coloquio Ibérico de Geografía. Departamento de Geografía y torial. Hipótesis de Modelo Territorial. Consejería de Medio
Ordenación del Territorio. Universidad de Extremadura. Salaman- Ambiente y Ordenación del Territorio. Madrid.
ca, pp. 421-434. JUNTA DE CASTILLA Y LEÓN. (1997). Fortificaciones de Frontera. Pun-
CLEMENTE CUBILLAS, E. (1999). «La ordenación territorial de los to de Encuentro. Consejería de Educación y Cultura. Valladolid.
espacios fronterizos. Los estudios geográficos sobre la frontera JUNTA DE CASTILLA Y LEÓN. (2000). Directrices de Ordenación Terri-
hispano-portuguesa de Salamanca». VIII Coloquio Ibérico de Geo- torial. Consejería de Medio Ambiente y Ordenación del Territorio.
grafía. Lisboa, pp. 809-823. Salamanca.
COSTA, L. T.; NUNES, M.; GERALDES, P. E COSTA, H. (2003). Zonas LÓPEZ TRIGAL, L. (1984). «La frontera como factor geográfico».
Importantes para as Aves em Portugal. Sociedade Portuguesa Actas, ponencias y comunicaciones del III Coloquio Ibérico de
para o Estudo das Aves. Lisboa. Geografía. Universitat de Barcelona. Barcelona, pp. 596-602.
CRISTOVÃO, A.; CABERO DIÉGUEZ, V. Y BAPTISTA, A. (Coord.)(2006). LÓPEZ TRIGAL, L. (1995). «La frontera hispano-portuguesa: su carac-
Dinámicas Organizacionais e Desenvolvimento Local no Douro- terización diferencial y problemática territorial». En: La Coopera-
Duero. Universidades de Tras-os-Montes e Alto Douro (UTAD). ción de Castilla y León con Portugal. Cortes de Castilla y León.
Vila Real. Valladolid, pp. 17-37.
CRISTOVÃO, A.; TIBERIO, M. L. Y CABERO DIÉGUEZ, V. (Coord.)(2006). LÓPEZ TRIGAL, L. (1996). «Estado de la planificación transfronteriza
Microproduções Agrícolas e Desenvolvimento Local no Douro-Due- regional en España». En: Campesino Fernández, A. y Velasco Ber-
ro. Universidades de Tras-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Vila Real. nardo, C. (Coords.): Portugal-España: Ordenación territorial del
suroeste comunitario. Actas, ponencias y comunicaciones del VII
GARCÍA FERNÁNDEZ, J. (1984). Sobre el concepto de «desertización»
Coloquio Ibérico de Geografía. Departamento de Geografía y
y Castilla. Universidad de Valladolid. Valladolid.
Ordenación del Territorio. Universidad de Extremadura. Salaman-
GARCÍA FERNÁNDEZ, J. (1986). El clima de Castilla y León. Ámbito ca, pp. 435-441.
Ediciones. Salamanca.
LÓPEZ TRIGAL, L. (2004). «España y Portugal ante las nuevas solidari-
GASPAR, J. (1996). «Planeamiento transfronteriço e desenvolvimento dades territoriales». En: Congreso Internacional La Raya Luso-
regional do sudoeste comunitário». En: Campesino Fernández, A. Española. Relaciones hispano-portuguesas del Duero al Tajo
y Velasco Bernardo, C. (Coords.): Ordenación territorial del suro- «Salamanca, punto de encuentro» (Ciudad Rodrigo, 2002). Dipu-
este comunitario. Actas, ponencias y comunicaciones del VII tación de Salamanca, Excmo. Ayuntamiento de Ciudad Rodrigo y
Coloquio Ibérico de Geografía. Departamento de Geografía y Centro de Estudios Mirobrigenses. Salamanca, pp. 175-187

148 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 149

LÓPEZ TRIGAL, L.; LOIS GONZÁLEZ, R. Y GUICHARD, F. (Coord.) (1997). ROMERO GONZÁLEZ, J. (2005). «El gobierno del territorio en España.
La articulación de la raya hispano-portuguesa. Actas Simposium Balance de iniciativas de coordinación y cooperación territorial».
Vilar Formoso, 1996. Fundación Rei Afonso Henriques. Zamora. En: Desarrollo territorial sostenible en España: experiencias de coo-
LÓPEZ TRIGAL, L. Y GUICHARD, F. (Coord.) (2000). La frontera hispa- peración. Boletín de la Asociación de Geógrafos Españoles, nº 39.
no-portuguesa: nuevo espacio de atracción y cooperación. Fun- Asociación de Geógrafos Españoles (AGE). Tarragona, pp. 59-86.
dación Rei Afonso Henriques. Zamora.
ROMERO GONZÁLEZ, J. Y FARINÓS DASÍ, J. (Eds.) (2004). Ordenación
ORTEGA VALCÁRCEL, J. (1998). «El patrimonio territorial: el territorio del territorio y desarrollo territorial. El gobierno del territorio en
como recurso cultural y económico». Revista Ciudades, Vol. 4; Europa: tradiciones, contextos, culturas y nuevas visiones. Edicio-
Territorio y Patrimonio; Revista del Instituto de Urbanística de la
nes TREA, S. L. Asturias.
Universidad de Valladolid; Secretariado de Publicaciones; Vallado-
lid; pp. 33-48. ROMERO GONZÁLEZ, J. Y FARINÓS DASÍ, J. (Eds.) (2006). Gobernanza
PEREIRA DA SILVA, C. (2000). «Áreas Protegidas em Portugal: Que territorial en España. Claroscuros de un proceso a partir del estu-
papel?. Conservação versus desenvolvimento». Revista GepINova, dio de casos. Publicaciones de la Universitat de València. Sevilla.
nº 2. Departamento de Geografía e Planeamiento Regional. SÁNCHEZ LÓPEZ, F., CABERO DIÉGUEZ, V. Y MARTÍN HERNÁNDEZ, J.
Facultade de Ciencias Sociais e Humanas. Lisboa, pp. 27-44.
T. (1993). Frontera y desarrollo. El Programa Transfronterizo de
PINTADO, A. Y BARRENECHEA, E. (1972). La raya de Portugal. La España y Portugal. Fondo Europeo de Desarrollo Regional (FEDER).
frontera del subdesarrollo. Revista Cuadernos para el Diálogo. Instituto de Recursos Naturales y Agrobiología (IRNA). Consejo
Editorial Cuadernos para el Diálogo (Edicusa). Madrid. Superior de Investigaciones Científicas (CSIC). Salamanca.
PLAZA GUTIÉRREZ, I. (1988). «Análisis y valoración de la política terri-
SANZ-ZUASTI, J.; ARRANZ SANZ, J. Y MOLINA GARCIA, I. (2004). La
torial desarrollada en el sector fronterizo de Zamora con Portu-
gal». I Congreso de Economía Regional de Castilla y León. Volu- Red de Zonas de Especial Protección para las Aves (ZEPA) de Cas-
men I. Salamanca, pp. 406-421. tilla y León. Junta de Castilla y León. Consejería de Medio
Ambiente. Madrid.
PLAZA GUTIÉRREZ, J. I. (2000). «Salamanca, “Tierra de frontera”:
balance y perspectivas futuras de evolución y transformación en SÁNCHEZ LÓPEZ, F. Y CABERO DIÉGUEZ, V. (1994). La frontera hispano-
las comarcas “rayanas”». Salamanca, Revista de Estudios, nº 45. portuguesa en el marco de la nueva Europa: La región fronteriza de
Diputación de Salamanca. Salamanca, pp. 221-252. Salamanca. Fondo Europeo de Desarrollo Regional (FEDER) y Conse-
PLAZA GUTIÉRREZ, J. I. Y LLORENTE PINTO, J. M. (1995). «Políticas terri- jería de Economía y Hacienda. Instituto de Recursos Naturales y
toriales, realidad regional y perspectivas de intervención en la región Agrobiología (IRNA) y Departamento de Geografía. Salamanca.
fronteriza de Castilla y León con Portugal». A Península Ibérica – um
TAU. (1988). Operación Integrada de Desarrollo de Salamanca y
espaço em mutaçao. Actas del VI Coloquio Ibérico de Geografía.
Publicações da Universidade do Porto. Porto, pp. 505-510. Zamora (OID). Documentos de diagnóstico, estrategias y objeti-
vos. Madrid.
PLAZA GUTIÉRREZ, J. I. Y HORTELANO MÍNGUEZ, L. A. (2001).
«Actuaciones y propuestas para el uso público del patrimonio TAU. (1990). Estudio de viabilidad de la Operación Integrada de Des-
natural en comarcas fronterizas de Castilla y León (Algunos ejem- arrollo en las provincias de Salamanca y Zamora de la Comunidad
plos y valoración de los mismos)». En: BLÁZQUEZ, M.; CORS, M.; Autónoma de Castilla y León. Junta de Castilla y León. Consejería
GONZALEZ, J. M.; Y SEGUI, M. (2002). Geografía y Territorio. El de Economía y Hacienda. Valladolid.
papel del geógrafo en la escala local. Universitat de Las Illes Bale-
ars. Palma de Mallorca, pp. 269-277. TROITIÑO VINUESA, M. A. (1998). «Patrimonio arquitectónico, cultura
y territorio». Revista Ciudades, Vol. 4; Territorio y Patrimonio;
PLAZA GUTIÉRREZ, J. I.; ROMERO GONZÁLEZ, J. Y FARINÓS DASÍ, J.
Revista del Instituto de Urbanística de la Universidad de Vallado-
(2003). «Nueva cultura y gobierno del territorio en Europa». Ería,
nº 61. Universidad de Oviedo. Oviedo, pp. 227-249. lid; Secretariado de Publicaciones; Valladolid; pp. 95-104.

RAMÍREZ ESTÉVEZ, G. (2001). «Macropoblamiento y despoblación de TROITIÑO VINUESA, M. A. (2000). «El territorio y la revalorización de
Castilla y León». En: Espacio natural y dinámicas territoriales los recursos endógenos en el desarrollo local». Eines per al desen-
(Homenaje al Dr. D. Jesús García Fernández). Servicio de Publica- volupament local/Herramientas para el desarrollo local; Universi-
ciones de la Universidad de Valladolid. Valladolid, pp. 625-632. dad de Alicante y CEDER Aitana; Alicante; pp. 101-121.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 149
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 150

6.2. Bibliografía Específica Frontera Castilla y León- gudino-Concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espa-
da à Cinta y Mogadouro). Organismo Autónomo de Empleo y
Regiones Centro y Norte de Portugal
Desarrollo Rural (OAEDR). Salamanca.
ÁLVAREZ PERLA, J. Mª. (1999). «La ordenación del territorio en el CORTÉS GONZÁLEZ, C. (Coord.) (2005). Directorio Transfronterizo
Duero: el programa comunitario TERRA y el Proyecto Duero para la Cohesión Social, Económica y Territorial (Comarca de Ciu-
Región Fluvial». Actas del 6º Congreso de Economía Regional de dad Rodrigo-Concelhos de Almeida y de Sabugal). Organismo
Castilla y León. Junta de Castilla y León. Consejería de Economía Autónomo de Empleo y Desarrollo Rural (OAEDR). Salamanca.
y Hacienda. Serie Estudios Económicos, nº 53. Zamora.
CORTÉS GONZÁLEZ, C. (Coord.) (2006). Beira Interior Norte-Provincia
AZEVEDO, J. (Editor) (1998). Entre Duas Margens. Douro Internacio- de Salamanca. Valorar la Historia y Conquistar el Futuro. Organis-
nal. Tipografía Guerra. Mirandela. mo Autónomo de Empleo y Desarrollo Rural (OAEDR). Salamanca.
BORGES, J. A. (2002). Estudo Etnográfico do Concelho de Figueira de CORTÉS VAZQUEZ, L. (1957). Las ovejas y la lana en Lumbrales (pasto-
Castelo Rodrigo. Tipografia Camões. Póvoa de Varzim. reo e industria primitiva en un pueblo salmantino). Centro de
BORGES, J. A. (2007). Concelho de Figueira de Castelo Rodrigo. Sub- Estudios Salmantinos. Salamanca.
sídios para a sua História. Município de Figueira de Castelo Rodri- CORRALES MAYORDOMO, L. Y OTROS. (1991). Itinerario de la natu-
go. Maia. raleza por Los Arribes Sur. Junta de Castilla y León. Consejería de
BOURA, Mª. I. (2006). «As Aldeias Históricas de Portugal e as Rotas Medio Ambiente y Ordenación del Territorio. Salamanca.
Culturais». En: JACINTO, R. Y BENTO, V. (Eds.). O interior raiano CORRALES MAYORDOMO, L. Y OTROS. (1992). Itinerario por los Arri-
do Centro de Portugal: Outras fronteiras, novos intercâmbios. bes del Duero. Junta de Castilla y León. Consejería de Medio
Centro de Estudos Ibéricos (CEI). Porto, pp. 293-303. Ambiente y Ordenación del Territorio. Biblioteca de Educación
BRAGA DA CRUZ, M. (2006). Castelo Rodrigo eo Convento de Sta. Ambiental. Ámbito Ediciones S.A. Valladolid.
Maria de Aguiar. Maia. CORRALES MAYORDOMO, L. Y OTROS. (1991). Itinerario de la natu-
CABERO DIÉGUEZ, V. (Coord.) (1994). Contribución para la definición raleza por Los Arribes de Zamora. Junta de Castilla y León. Con-
de una estrategia de intervención y la promoción de iniciativas sejería de Medio Ambiente y Ordenación del Territorio. Salaman-
comunes. Cooperación entre la Región Centro (Portugal) y las ca.
Regiones de Castilla y León y Extremadura (España). Diputación CRESPO REDONDO, J. (1966). «El paisaje agrario en los Arribes del
de Salamanca y Universidad de Salamanca. Salamanca. Duero». III Coloquio sobre Geografía. Salamanca, pp. 85-95.
CALONGE CANO, G. (1990). «La excepcionalidad climática de Los CRESPO REDONDO, J. (1968). El paisaje agrario en Los Arribes del
Arribes del Duero». Ería, nº 21. Universidad de Oviedo. Oviedo, Duero. Instituto Juan Sebastián Elcano. Madrid.
pp. 45-59.
CRISTÓVÃO, A. (1999). «Para a valorização dos recursos naturais do
CALZON VALIENTE, M. A. (2000). Las Mejores Excursiones por ... Las vale do Douro». Revista DOURO – Estudos & Documentos, vol. IV
Arribes del Duero. El Senderista. Madrid. (8). Instituto do Vino do Porto, Universidade do Porto y Universi-
CARRIL, A. Y BLANCO, J. F. (1990). «Arribes y Abadengo». En: Folklo- dade de Tras-os-Montes e Alto Douro. Porto, pp. 19-31.
re y costumbres de Salamanca. La Espiga. Caja Rural de Salaman- D’ABREU, C. Y RIVAS CALVO, E. (2006). «A Ponte internacional de
ca. Salamanca, pp. 33-36. Barca d’Alva-La Fregeneda no contexto da construção da Linha
CASAS DEL CORRAL, V. M. (1998). Arribes del Duero. A ambos lados do Douro até Salamanca». Côavisão, nº 8. Câmara Municipal de
de la frontera. Edilesa. León. Vila Nova de Foz Côa. Almada, pp. 60-89.
CERVEIRA PINTO S. LIMA, A. (1998). Terras do Côa. De Malcata ao DA CRUZ, H. (1995). Guía de Ecoturismo Amigos de la Tierra. Noroes-
Reboredo. Os Valores do Côa. Estrela-Côa – Agencia de Desen- te Peninsular. Ediciones Gaesa. Madrid.
volvimento Territorial da Guarda. Sersilito – Empresa Gráfica, DOS SANTOS QUEIRÓS, A. Y RODRIGUES PAIVA, J. (Coord.) (2003).
Lda./Maia. Guarda. Roteiro Vale do Côa e Além Douro. Âncora Editora e Liga de Ami-
COMISSÃO DE COORDINAÇÃO DA REGIÃO CENTRO. (1999). Progra- gos de Conimbriga. Âncora.
ma das Aldeias Históricas de Portugal. Coimbra. GARCÍA FERNÁNDEZ, J. (1966). «Campos abiertos y campos cerrados
CORTÉS GONZÁLEZ, C. (Coord.) (2004). Directorio Transfronterizo en Castilla la Vieja». Homenaje al Excmo. Sr. D. Amando Melón y
para la Cohesión Social, Económica y Territorial (Comarca de Viti- Ruiz de Gordejuela. Zaragoza, pp. 117-131.

150 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 151

GARCIA ZARZA, E. (1971). Aspectos geográficos de la población y de JUNTA DE CASTILLA Y LEÓN. (1997). Fortificaciones de Frontera. Pun-
las construcciones rurales salmantinas. Universidad de Salamanca. to de Encuentro. Consejería de Educación y Cultura. Valladolid.
Salamanca.
JUNTA DE CASTILLA Y LEÓN. (2002). Plan Especial de Actuación en
GARCÍA ZARZA, E. Y SÁNCHEZ HERNÁNDEZ, J. L. (2000). «Recursos las Áreas Periféricas de Castilla y León (2002-2006). Consejería de
humanos y transformaciones económicas en la provincia de Sala- Economía y Hacienda. Valladolid.
manca a finales del siglo XX». En: Salamanca 2000. Revisión de
un siglo y perspectivas de futuro. Salamanca, Revista de Estudios, LLORENTE MALDONADO DE GUEVARA, A. (1947). Estudio sobre el
nº 45. Diputación Provincial. Salamanca, pp. 127-188. habla de La Ribera. Consejo Superior de Investigaciones Científi-
cas. Salamanca.
GONZÁLEZ SIMANCAS, M. (1910). Plazas de Guerra y Castillos
Medioevales de la Frontera de Portugal (Estudios de arquitectura LLORENTE PINTO, J. M. (1986). «La legislación sobre la montaña y las
militar). Revista de Archivos, Bibliotecas y Museos. Madrid. áreas serranas salmantinas». Salamanca, Revista de Estudios, nº
20 y 21. Ediciones de la Diputación de Salamanca. Salamanca,
GONZÁLEZ VALVÉ, J. L. (1985). «El Duero internacional». Anuario de pp. 271-295.
Instituto de Estudios Zamoranos «Florián de Ocampo», 1984.
Diputación Provincial de Zamora. Zamora, pp. 171-198. LÓPEZ TRIGAL, L. (1995). «La frontera hispano-portuguesa: su carac-
terización diferencial y problemática territorial». En: La Coopera-
GRAÇA, E. Y ESPIRITO SANTO, M. (Dir.) (2000). Carta do Lazer das ción de Castilla y León con Portugal. Cortes de Castilla y León.
Aldeias Históricas. Instituto Nacional para Aproveitamento dos Valladolid, pp. 17-37.
Tempos Livres dos Trabalhadores (INATEL). Lisboa.
MARTÍN JIMÉNEZ, Mª. I. (1990). «Las Zonas de Agricultura de Monta-
GRAÇA, E. Y ESPIRITO SANTO, M. (Dir.) (2000). Carta do Lazer das
ña en Salamanca: desarrollo de la legislación». En: Estudios de
Aldeias Históricas. Roteiro de Castelo Rodrigo. Instituto Nacional
Geografía. Homenaje a José Luis Cruz Reyes. Universidad de Sala-
para Aproveitamento dos Tempos Livres dos Trabalhadores
manca. Salamanca, pp. 149-162.
(INATEL). Lisboa.
MARTIN JIMENEZ, Mª. I. (1994). «Insólitos Arribes. Donde el Duero
HORTELANO MÍNGUEZ, L. A. (1996). «El Espacio Natural de Arribes
del Duero». En: Cruz Sagredo, D. y Amador González, M. quiebra la Meseta». Revista Cuadernos de Ecología. Troya Edito-
(Coords.): I Jornadas de Turismo Rural en Arribes del Duero. Cen- rial, S. L. Madrid, pp. 36-38
tro de Iniciativas Turísticas «Arribes del Duero» y Caja Salamanca MARTÍN JIMÉNEZ, Mª. I. (1994). «El Abadengo». En: Salamanca y sus
y Soria. Salamanca, pp. 131-152. comarcas. Ed. Mediterráneo. Madrid, pp. 129-144.
HORTELANO MÍNGUEZ, L. A. (2000). «El patrimonio cultural salmanti- MARTÍN JIMÉNEZ, Mª. I. (2005). «El Programa TERRA, una experiencia
no: una baza para el desarrollo de cara al siglo XXI». Salamanca, de cooperación para la ordenación territorial». Boletín de la Aso-
Revista de Estudios, nº 45. Diputación de Salamanca. Salamanca, ciación de Geógrafos Españoles, nº 39. Asociación de Geógrafos
pp. 401-428. Españoles. Tarragona, pp. 285-305.
HORTELANO MÍNGUEZ, L. A. (2000). «Proyectos financiados por los MARTÍN JIMÉNEZ, Mª. I. Y CABERO DIÉGUEZ, V. (1994). «Los Arri-
Fondos Estructurales en el medio rural de Castilla y León (1994- bes». En: Salamanca y sus comarcas. Ed. Mediterráneo. Madrid,
1999)». Revista de Economía y Finanzas de Castilla y León, nº 4; pp. 113-128.
Caja Duero; Salamanca; pp. 131-151.
MARTÍN MARTÍN, F. (1995). Paseos por Las Arribes del Duero. Amarú
HORTELANO MÍNGUEZ, L. A. (2004). «Puente Internacional sobre el Ediciones. Salamanca.
Río Águeda (Línea Férrea de La Fuente de San Esteban-La Frege-
neda/Barca d’Alva)». BONILLA HERNÁNDEZ, J. A. Y RODRÍGUEZ MARTÍN SÁNCHEZ, L. Y OTROS. (2004). Patrimonio cultural de San
MARTÍN, E. (Coord.). Puentes singulares de la Provincia de Sala- Felices de los Gallegos, llamado el Grande. Diputación Provincial
manca. Diputación de Salamanca. Salamanca, pp. 105-116. de Salamanca. Salamanca.
HORTELANO MÍNGUEZ, L. A. Y MARTÍN JIMÉNEZ, Mª. I. (1999). «La MATA PÉREZ, L. M. (2000). Por tierras del oeste salmantino. ADEZOS.
incidencia de las iniciativas comunitarias y de los fondos europeos Salamanca.
en el desarrollo rural de la provincia de Salamanca». Polígonos, MELLA MÁRQUEZ, J. Mª. Y HEREDERO DE PABLOS, Mª. I. (1991). «La
Revista de Geografía, nº 8. Universidad de León. León, pp. 53-86. región fronteriza de Castilla y León con Portugal: situación y pers-
IZQUIERDO DE PAUL, O. (2000). Salamanca tierra de emigrantes pectivas». Revista Estudios Territoriales, nº 35. MOPT. Madrid, pp.
(1950-1998). Centro de Estudios Salmantinos. Salamanca. 107-122.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 151
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 152

NIETO GONZÁLEZ, J. R.; SERRANO-PIEDECASAS FERNÁNDEZ, L. y VILLALIBRE, J. Y SAINZ, J. (1995). Guía del río Duero -de Urbión a
HERRERO PRIETO, L. C. (2001). El patrimonio histórico en el río Oporto-. Ediciones Lancia. Madrid.
Duero. Fundación Rei Afonso Henriques. Salamanca.
VV. AA. (1994) «Los Arribes del Duero». Revista Medio Ambiente de
PALLARÉS, J. G. (1995). «Los Arribes del Duero. Cañones fronterizos». Castilla y León, nº 2. Junta de Castilla y León. Consejería de Medio
En: Hábitat-Ecoguía de los Espacios Naturales de España y Portu- Ambiente y Ordenación del Territorio. Valladolid, pp. 20-31.
gal. Vol.I. Taller de Editores S.A. Madrid, pp. 42-51.
PENA, A. (2000). Uma Viagem pelo Património Natural das Aldeias
Históricas do Interior Beirão. Instituto Nacional para Aproveita-
mento dos Tempos Livres dos Trabalhadores (INATEL). Lisboa. 6.3. Fuentes (Estadísticas y Cartográficas)
PINILLA GONZÁLEZ, J. (1978). El arte en los monasterios y conventos
CÂMARA MUNICIPAL DE FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO
despoblados de la provincia de Salamanca. Universidad de Sala-
manca. Salamanca. (http://www. cm-fcr.pt)

PIRIZ PÉREZ, E. (1991). La arquitectura gótica de la diócesis de Ciudad CÂMARA MUNICIPAL DE FREIXO DE ESPADA À CINTA
Rodrigo. Centro de Estudios Salmantinos. Salamanca. (http://www.cm-freixoespadadacinta.pt)
PRETO GOMES, M. E. Y ALENCOÃO, A. M.. (2005). Patrimonio Geo- CÂMARA MUNICIPAL DE MOGADOURO (http://www. cm-mogadou-
lógico Transfronteiriço na Região do Douro. Roteiros. Universida- ro.pt):
de e Trás-os-Montes e Alto Douro. Vila Real. CÁMARA OFICIAL DE COMERCIO E INDUSTRIA DE SALAMANCA
REBANDA, N. (Coord.) (2006). Pelos Caminhos do Douro. Calçada de (http://www. camarasalamanca.com):
Alpajares. Comissão Executiva das Comemorações dos 250 Anos - Licencias Industriales y Comerciales, 31 de diciembre de 2006.
da Região Demarcada do Douro. ANTENA CAMERAL DE VITIGUDINO
RODRÍGUEZ LÓPEZ, A. I. (1990). «Arribes del Duero. Futuro Parque - Infraestructuras de Telecomunicaciones, Tecnologías de la Infor-
Natural». En: Estudios de Geografía. Homenaje a José Luis Cruz mación y Comunicación, en la comarca de Vitigudino.
Reyes. Universidad de Salamanca. Salamanca, pp. 163-172. - Informe socioeconómico de la Comarca de Vitigudino
RODRÍGUEZ MUÑOZ, N. P. (1994). Arribes del Duero. Ediciones Júcar.
Col. El Viajero Independiente. Navarra. DIPUTACIÓN PROVINCIAL DE SALAMANCA (http://www. dipsanet.es
y http://www.lasalina.es/areas):
SÁNCHEZ RODRIGUEZ, J.A. (1986). «La vegetación leñosa de los Arribes
del Duero Zamoranos». Studia Zamorensia, vol. V. Colegio Universi- Área de Bienestar Social, Familia e Igualdad de Oportunidades
tario de Zamora. Universidad de Salamanca. Zamora, pp. 65-82. (http://www.dipsanet.es/bienestarsocial):
SENA MARCOS, E. de (1985). «Notas para una historia del ferrocarril - Plan Provincial de Servicios Sociales (2006-2010).
en Salamanca. La construcción del tramo de La Fregeneda, oca- - Plan Provincial de Prevención de Drogodependencia
sionó graves problemas sociales y sanitarios». Salamanca, Revista - Plan Provincial de la Mujer (Igualdad de Oportunidades)
Provincial de Estudios, nº 15. Excma. Diputación Provincial de Área de Cultura:
Salamanca. Salamanca, pp. 9-24.
- Castros y Verracos en la Frontera hispano-lusa (http://www.cas-
SER QUIJANO del, G. (Coord.). (2006). Rota dos Castros e Berrões de trosyverracos.com)
Ávila, Salamanca, Miranda do Douro, Mogadouro e Penafiel. Ins- - Conjunto Históricos de la Provincia de Salamanca
titución «Gran Duque de Alba». Diputación de Ávila. Ávila. (http://www.conjuntoshistoricos.com)
TORIBIO DE DIOS, G. (1939). Historia de la Villa de San Felices de los Área de Fomento:
Gallegos. Gráficas Ortega, S. A. Salamanca. - Encuesta de Infraestructura y Equipamiento Local (EIEL, 1996).
UNAMUNO, M. de (1998). Los Arribes del Duero. Estudio y presenta- Sección de Vías y Obras.
ción Laureano Robles. IBERDROLA. Salamanca. Organismo Autónomo de Empleo y Desarrollo Rural (OAEDR)
VICENTE GONZÁLEZ, J. L.; PALACIOS ALBERTI, J.; MARTÍNEZ (http://www.oaedr.es). Cooperación institucional:
FERNÁNDEZ, A. Y RODRÍGUEZ ALONSO, M. (2000). Arribes del - Programa Interreg IIIA (2000-2006): Cooperacion Transfronteri-
Duero: el hogar del águila perdicera y de la cigüeña negra. Junta za España-Portugal. Subprograma 2: Castilla y León/Norte de
de Castilla y León. Consejería de Medio Ambiente. Zamora. Portugal.

152 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 153

- Programa Interreg IIIA (2000-2006): Cooperacion Transfronteri- MINISTERIO DE HACIENDA (www.minhac.es)


za España-Portugal. Subprograma 3: Castilla y León/Centro de
Dirección General de Fondos Comunitarios (http://www.dgfc.sgpg.meh.es)
Portugal.
- Interreg IIIB (2000-2006): Espacio Atlántico. Cooperacion Trans- MINISTERIO DE AGRICULTURA, DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS
nacional (http://www.interreg-atlantique.org): Proyecto AGRO: PESCAS (www.min-agricultura.pt y http://www.idrha.min-agricul-
Cooperación y Valorización del Patrimonio Rural [Más informa- tura.pt)
ción http://www.proyectoagro.info]
Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica
INSTITUTO NACIONAL DE ESTADÍSTICA DE ESPAÑA (INE) MINISTERIO DE CULTURA
(http://www.ine.es):
Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico
- Censos de Población. Madrid.
(IGESPAR) (http://www.ippar.pt)
- Movimiento natural de la población española. Tomo II. Cifras a
nivel provincial y su distribución municipal desde 1975. Volu- Património Imóvel, constante do Sistema de Informação do IPPAR.
men 5 (hasta 1978) y en adelante Volumen 7. Madrid.
- Nomenclátor de población. Provincia de Salamanca. Madrid.
- Censo Agrario, 1999. Provincia de Salamanca. Madrid.
6.4. Documentos (Programas, Planes, Proyectos, Informes,
INSTITUTO NACIONAL DE ESTADÍSTICA DE PORTUGAL (INE)
(http://www.ine.pt): Registros, etc.)
- IX Recenseamento Geral da População no Continente e ilhas ASOCIACIÓN DE DESARROLLO INTEGRAL RURAL (A.D.I.R.-Salaman-
adjacentes, 1950. ca). (1999). Comarca de Vitigudino: realidad y propuestas para el
- XIII Recenseamento Geral da População no Continente e ilhas
desarrollo. Salamanca. (Inédito).
adjacentes, 1991.
- XIV Recenseamento Geral da População no Continente e ilhas ASOCIACIÓN DE MUNICIPIOS PARA LA COOPERACIÓN Y EL DES-
adjacentes, 2001. ARROLLO LOCAL. Proyecto Raya del Duero: Cooperación para el
- Recenseamento Geral da Agricultura da Beira Interior, 1999. Desarrollo Local. FUNDACIÓN ENCUENTRO, FUNDACIÓN IBER-
- Recenseamento Geral da Agricultura de Tras-os-Montes, 1999. DROLA Y FUNDACIÓN NIDO. Estudios Sectoriales en La Raya del
- Anuario Estadístico da Região Centro, 2005. Duero:
- Anuario Estadístico da Região Norte, 2005.
- Análisis Sociodemográfico del Territorio Rural de la Raya del
JUNTA DE CASTILLA Y LEÓN (http://www.jcyl.es): Duero. Fundación Encuentro (Pedro Belandia, Agustín Blanco,
CONSEJERÍA DE CULTURA Y TURISMO. Dirección General de Patrimo- Antonio Chueca y Beatriz Manzanero).
nio Cultural. Base documental del patrimonio cultural. - Análisis Geográfico y Administrativo del Territorio Rural de la
Raya del Duero. Fundación NIDO (Salvador Fernández Miranda,
CONSEJERÍA DE ECONOMÍA Y EMPLEO. SERVICIO PÚBLICO DE
María Eugenia de la Rosa Alonso y Marta Silva Sanz).
EMPLEO DE CASTILLA Y LEÓN (ECyL). Tabla datos paro registra-
do. Municipios Provincia Salamanca. (http://www.empleocastillay- - La Agricultura y la transformación industrial agroalimentaria de
leon.com) sus producciones en el Territorio Rural de la Raya del Duero.
Fernando Franco Jubete
CONSEJERÍA DE FOMENTO. Dirección General de Urbanismo y Política de - El Turismo en el Territorio Rural de la Raya del Duero. Luis Serra-
Suelo. Archivo de Planeamiento Urbanístico (PLAU) y Sistema de Infor-
no-Piedecasas Fernández
mación Territorial de Castilla y León (SITCYL). (http://www.jcyl.es/sie,
http://www.sitcyl.jcyl.es y http://www.jcyl.es/plau). - La Ganadería y la transformación industrial agroalimentaria de
sus producciones en el Territorio Rural de la Raya del Duero.
CONSEJERÍA DE MEDIO AMBIENTE. Medio Natural. Red NATURA Juan Ramón García Medina
2000 (http://rednatura.jcyl.es/natura2000) CABERO DIÉGUEZ, V. (1992). Vía Verde La Fuente de San Esteban-La
Fregeneda/Barca d´Alva. Informe previo y propuestas de política
MINISTERIO DE AGRICULTURA, PESCA Y ALIMENTACIÓN territorial. Departamento de Turismo. Excma. Diputación Provin-
Célula de Promoción y Animación del Desarrollo Rural (http://redru- cial de Salamanca. Departamento de Geografía. Universidad de
ral.mapya.es) Salamanca. Salamanca. (Inédito).

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 153
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 154

CABERO DIÉGUEZ, V. (Coord.) (2001). Áreas Periféricas de Castilla y Rede Portuguesa Leader+ http://www.leader.pt
León. Diagnóstico y propuestas de intervención. Universidad de Ministerio de Agricultura, Pesca y Alimentación: http://www.mapya.es
Salamanca. Valladolid. (Inédito).
Célula de Promoción y Animación del Desarrollo Rural LEADER +:
CIUDAD PIZARRO, Mª. J. Y MARTÍN JIMÉNEZ, Mª. I. (1988) Análisis y
http://redrural.mapya.es
diagnóstico del medio social y natural de la zona de agricultura
de montaña «Arribes-Abadengo-Ramajería». Junta de Castilla y Ministerio de Medio Ambiente: http://www.mma.es
León. Consejería de Agricultura, Ganadería y Montes. Salamanca. Instituto da Conservação da Natureza (ICN): http://www.icn.pt
(Inédito).
Ministerio de Trabajo y Asuntos Sociales: http://www.mtas.es
EMPRESA CONSULTORA A.D.E.A. (1986). Estudio de Economía de
Frontera de la Provincia de Salamanca. Diputación Provincial de Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social: http://www.sg.mtss.gov.pt
Salamanca. Patronato de Promoción y Desarrollo Provincial. Ministerio de Hacienda: http://www.minhac.es
Madrid. (Inédito).
HORTELANO MÍNGUEZ, L. A. (1996). Memoria. Declaración de Bien
Organismos Regionales de España y Portugal
de Interés Cultural. Línea Férrea «La Fuente de San Esteban-La
Fregeneda-Barca d’Alva (1887-1985)». Centro de Iniciativas Turís- Junta de Castilla y León. Secretariado Técnico Conjunto (Consejería
ticas «Arribes del Duero». Lumbrales. (Inédito). de Hacienda) y Gabinete de Iniciativas Transfronterizas (Conseje-
LLORENTE PINTO, J. M. (Coord.) (1999). Informe Territorial y Socioeco- ría de Economía y Empleo): http://www.jcyl.es
nómico de las Comarcas Fronterizas (Salamanca). Universidad de
Salamanca-Junta de Castilla y León. Salamanca. (Inédito). Comisión de Coordinación y Desarrollo Regional de la Región Centro
de Portugal (Coimbra): http://www.ccr-c.pt:
Comisión de Coordinación y Desarrollo Regional de la Región Norte
6.5. Enlaces de Interés en internet: Política Regional y de Portugal (Porto): http://www.ccr-n.pt
Cooperación Transfronteriza

Unión Europea Otros Organismos y Servicios de Información


Comisión Europea: http://ec.europa.eu Asociación Europea para la Información sobre el Desarrollo Local:
Comité de las Regiones: http://www.cor.europa.eu http://www.aeidl.be
Consejo Económico y Social: http://www.ces.eu.int Asociación Europea de las Regiones Fronterizas: http://www.aebr.net/index.php
Dirección General de Política Regional: Asociación Europea de las Regiones: http://www.are-regions-
http://www.europa.eu.int/comm/dgs/regional_policy/index_es.htm europe.org
Dirección General de Agricultura y Desarrollo Rural: Centro de Estudios Ibéricos (CEI): http://www.cei.pt
http://www.europa.eu.int/comm/agriculture/rur/index_es.htm Centro de Informaçâo Europeia Jaques Delors: http://www.cijdelors.pt
Desarrollo Rural LEADER +: http://ec.europa.eu/agriculture/rur/ leader- Consejo de las Regiones y los Ayuntamientos Europeos: http://www.ccre.org
plus/index_es.htm
Fundación Rei Afonso Henriques: http://www.frah.es
Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económico:
Organismos Nacionales de España y Portugal
http://www.oecd.org
Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas:
www.min-agricultura.pt Innovación Regional y Transferencia de Tecnología: http://www.rinno.com
Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica: http://www.idrha.min- Red Europea de Regiones Sostenibles: http://www.sustainable-eure-
agricultura.pt gions.net

154 «GOVERNAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL DA RAIA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO E ALTO DOURO»
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 155

AGRADECIMENTOS AGRADECIMIENTOS

O presente estudo é o resultado da aplicação de umas tarefas e El presente informe es el resultado de la aplicación de unas tareas
umas fases metodológicas aplicadas desde o ponto de vista académico. y unas fases metodológicas aplicadas desde el punto de vista acadé-
Apesar disso, este tipo de estudos necessitam de uma estreita colabo- mico; sin embargo, este tipo de estudios necesitan de la estrecha
ração da população local e dos seus dirigentes. O minucioso e exausti- colaboración de la población asentada sobre el territorio y de sus diri-
vo trabalho no manejo das bases estatísticas, a sua transformação grá- gentes. El minucioso y exhaustivo trabajo en el manejo de las bases
fica e cartográfica e a sua posterior análise ficariam órfãos sem a estadísticas, su transformación gráfica y cartográfica, y su posterior
generosa e desinteressada ajuda dos governantes, administrativos, téc- análisis quedarían huérfanos sin la generosa y desinteresada ayuda de
nicos, presidentes de associações e agentes sociais e económicos da regidores, personal de administración, técnicos, presidentes de asocia-
zona transfronteiriça. Para além disso, seria imprescindível a redacção ciones y agentes sociales y económicos de la zona transfronteriza.
da parte propositiva sem as contribuições criativas de vereadores e Además, sería impensable la redacción de la parte propositiva sin las
gentes anónimas. Por este motivo, queremos agradecer de uma forma aportaciones creativas de ediles y gentes anónimas. Por este motivo,
efusiva o acolhimento do projecto por parte dos presidentes das Câma- queremos agradecer de una forma efusiva la acogida del proyecto de
ras Municipais de Figueira de Castelo Rodrigo, D. António Edmundo los Presidentes de las Câmaras Municipales de Figueira de Castelo
Freire Ribeiro; de Freixo de Espada à Cinta, D. José Manuel Caldeira Rodrigo, D. António Edmundo Freire Ribeiro; de Freixo de Espada à
Santos e de Mogadouro, D. António Guilherme de Sá Moraes Macha- Cinta, D. José Manuel Caldeira Santos y de Mogadouro, D. António
do. Agradecemos também, a todas as pessoas que fizeram com que G. S. Morais Machado. Además, a todas las personas que han hecho
fosse possível a realização desta memória: D. Carlos d’Abreu, D. Juan posible la realización de esta memoria: D. Carlos d’Abreu, D. Juan
Carlos Santano Marcio, e especialmente ao D. Pedro Teixeira, D. Pau- Carlos Santano Marcio y, especialmente, a D. Pedro Teixeira, D. Paulo
lo Santos e Dª. Paula Varelas (técnicos da Câmara Municipal de Santos y Dña. Paula Varelas (técnicos de la Câmara Municipal de
Figueira de Castelo Rodrigo), a D. João Paulo Alves Da Cruz Castanho
Figueira de Castelo Rodrigo), a D. João Paulo Alves da Cruz Castanho
Castanho (Relaciones públicas de la Câmara Municipal de Freixo de
Castanho (Relações Públicas da Câmara Municipal de Freixo de Espa-
Espada à Cinta) y a Dña. María José de Sá y a D. Amilcar de Assis
da à Cinta) e a Dª. Maria José de Sá e D. Amílcar de Assis Salomé
Salomé Monteiro (Ingeniera Técnico Civil y Técnico de Turismo de la
Monteiro (Engenheira Técnica Civil e Técnico de Turismo da Câmara
Câmara Municipal de Mogadouro), y a D. Agustín Caballero Arenci-
Municipal de Mogadouro); a D. Agustín Caballero Arencibia, Dª. bia, Dña. María Felicidad Sánchez de Castro, Dña. María Aurora Sevi-
María de La Felicidad Sánchez de Castro, Dª. María Aurora Sevillano llano Cuadrado, Dña. María Isabel Bartol Gómez, D. David Gerardo
Cuadrado, Dª. Maria Isabel Bártol Gómez, D. David Gerardo Gómez Gómez García, Dña. Angelina Gutiérrez Gabriel y D. Juan María
Garcia, Dª. Angelina Gutiérrez Gabriel e D. Juan Maria Herrero Gar- Herrero García, trabajadores del Organismo Autónomo de Empleo y
cía, funcionários do Organismo Autónomo de Empleo e Desarrollo Desarrollo Rural (OAEDR) de la Diputación Provincial de Salamanca.
Rural (OAEDR) da Diputación Provincial de Salamanca. Também à También, a la Asociación de Empresarios de Vitigudino y Comarca
Associação de Empresários de Vitigudino e Comarca (ASEMVI), à (ASEMVI), a la Asociación de Empresarios de El Abadengo (ASEMPA),
Associação de Empresários El Abadengo (ASEMPA), à Associação a la Asociación Arribes Salmantinos de Turismo Rural (ASASTUR) y a la
Arribes Salamantinos de Turismo e à Associação de Idosos de Olmedo Asociación de Mayores de Olmedo de Camaces, por sus sugerencias.
de Comaces, pelas suas sugestões. Com medo de nos esquecermos de Sin ánimo de olvidarnos de nadie, porque la lista sería más larga, rei-
alguém, porque a lista seria mais longa, reiteramos o nosso agradeci- teramos nuestro agradecimiento al Gabinete de Iniciativas Transfron-
mento ao Gabinete de Iniciativas Transfronteiriças por continuar a terizas, por seguir apoyando un año más nuestras ideas, y a todos los
apoiar, mais um ano, as nossas ideias e a todos os que participaram que han participado directa o indirectamente y, esperamos, que el
directa ou indirectamente esperando que o resultado acrescente o resultado acreciente el conocimiento mutuo, intensifique las relacio-
conhecimento mútuo, intensifique as relações de vizinhança e abra nes de vecindad y abra nuevas oportunidades de cooperación entre
novas oportunidades de cooperação entre ambos os lados da raia. ambos lados de la raya.

«GOBERNANZA TERRITORIAL Y DESARROLLO LOCAL DE LA RAYA HISPANO-LUSA: COMARCA DE VITIGUDINO Y ALTO DOURO» 155
OAEDR Gobernanza territorial 19/10/07 14:11 Página 156

Das könnte Ihnen auch gefallen