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[Técnico de vitivinícola]
[8184 - Morfologia, fisiologia e ciclo vegetativo
da videira]
I.FP.016.02 – 12/2015 1 / 20
POCH-03-5470-FSE-000666
Formador: Rita Metelo
[março/julho/agosto] de [2020]
I.FP.016.02 – 12/2015 2 / 20
POCH-03-5470-FSE-000666
Ficha Técnica:
https://eraizes.ipsantarem.pt/moodle/pluginfile.php/22124/mo
d_resource/content/0/2-Vitis_vinifera.pdf
https://www.slideshare.net/josuesousa3/uva-vitis-sp
https://pt.slideshare.net/filipemarinho12/trabalho-videira
https://www.clubevinhosportugueses.pt/vinhos/abrolhamento
Fontes -da-videira-o-recomeco/
https://quintinha2018.blogspot.com/2018/11/ciclos-da-videira-
inicio.html
https://revistaadega.uol.com.br/artigo/o-ciclo-da-
videira_5857.html
https://saporedivino.com.br/o-ciclo-de-vida-das-videiras/
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https://revistaadega.uol.com.br/artigo/o-ciclo-da-
videira_5857.html
https://www.clubevinhosportugueses.pt/vinhos/o-ciclo-
vegetativo-da-videira-2/
Conteúdo
Ficha Técnica:............................................................................................................................... 3
Conteúdos: ................................................................................................................................... 6
Introdução: ................................................................................................................................... 6
Desenvolvimento: ......................................................................................................................... 7
Morfologia da videira:.................................................................................................................. 7
Raiz: ............................................................................................................................................ 7
Gavinhas: .................................................................................................................................. 8
Gomos: ...................................................................................................................................... 9
Folha: ....................................................................................................................................... 10
Inflorescência/floração:......................................................................................................... 10
Flor: ........................................................................................................................................... 10
Bagos: ...................................................................................................................................... 10
Cacho:..................................................................................................................................... 11
Brotação/abrolhamento: ...................................................................................................... 12
Crescimento: ........................................................................................................................... 13
Pintor: ....................................................................................................................................... 13
Maturação: ............................................................................................................................. 13
Desavinho:............................................................................................................................... 15
Bagoinha: ................................................................................................................................ 16
Transpiração: .......................................................................................................................... 17
Respiração: ............................................................................................................................. 19
Fotossíntese: ............................................................................................................................ 19
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Conteúdos:
• Morfologia da videira
Estudo/Observação dos órgãos da videira: Raízes; Parte aérea da cepa (tronco e braços); Varas
(entrenós, nós) e gomos – hábitos de frutificação; Folha; Inflorescências; Flor; Cacho;
Ciclo vegetativo e ciclo reprodutor da videira – observação da videira
• Ciclo vegetativo: Estados fenológicos da videira; Fatores de crescimento; Queda da folha
e repouso vegetativo; Dormência;
Ciclo reprodutor: Diferenciação das inflorescências - fatores intervenientes; Diferenciação floral;
Cálculo de índices de abrolhamento e fertilidade; Floração – situações que podem originar
perturbações na floração; Polinização, fecundação e formação do bago; Desavinho e bagoinha;
• Fisiologia da videira:
Absorção e transpiração
Transporte de água na videira
Disponibilidade hídrica e crescimento da videira
Stress hídrico – fatores condicionantes e adaptação da planta
Absorção e transporte de elementos minerais
Respiração
Fotossíntese: Esquema geral da fotossíntese; Fatores intervenientes; Mecanismo de
transporte de açúcares, ácidos, etc.; Interesse prático da fotossíntese;
Introdução:
A videira, parreira ou vinha é uma trepadeira da família das vitáceas, que possuem tronco
retorcido, ramos flexíveis, folhas grandes, flores esverdeadas em ramos que posteriormente se
transformam no fruto que é a uva.
As videiras europeias se desenvolveram através da espécie Vitis Vinifera que são as melhores uvas
para a produção do vinho;
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Desenvolvimento:
Morfologia da videira:
Raiz:
Funções da raiz:
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• Formam-se espontaneamente em estacas plantadas
Gavinhas:
Órgãos de aspeto filamentoso;
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Varas (entrenós e nós):
Gomos:
Gomo ou gema, à formação inicial de um ramo das plantas. Na
linguagem vulgar, usam-se de preferência as palavras rebento,
broto ou botão.
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Folha:
Responsável pela respiração, transpiração e fotossíntese;
Inflorescência/floração:
O aparecimento das flores de uva é conhecido com uma das fases do
seu ciclo vegetativo, chamado de floração da videira ou inflorescência.
Flor:
As flores são as responsáveis pela formação das células reprodutivas, e na
grande maioria das plantas os componentes masculinos e femininos
encontram-se na mesma flor, sendo o caso também da flor da videira.
Frutos – bagos:
Terminada a fecundação a flor da origem ao fruto – bago;
• Sementes/grainha;
Bagos:
• Vigamento – transformação das flores em bagos;
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• Tamanho dos bagos varia entre 10mm e 25 mm;
Cacho:
• Forma e grau de compactação variável
• Tamanho entre 6 e 24 cm
Entre o fim do Outono e o princípio do Inverno a videira entra em repouso vegetativo e só dele sairá
quando as temperaturas médias do solo ultrapassarem os 12°C, só voltará à atividade no início da
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Primavera. Durante a fase de repouso, executa-se a poda de Inverno.
Brotação/abrolhamento:
A brotação constitui no despertar fenológico da planta após o adormecimento invernal e ocorre
com base nos nutrientes acumulados pela planta no ano anterior. Os gomos incham e começam
a empurrar as escamas protetoras dos 'olhos'. Um gênero de pelugem surge e as primeiras folhas
aparecem.
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O ritmo ou velocidade de abrolhamento depende das temperaturas invernais e fundamentalmente
do ritmo de aquecimento da atmosfera. A forte sensibilidade dos primeiros órgãos verdes à geada,
ainda que moderada, faz do abrolhamento um dos períodos mais críticos do ciclo vegetativo da
videira.
No hemisfério Norte, o abrolhamento acontece entre março e abril; enquanto no hemisfério Sul.
Crescimento:
As pequenas folhas do gomo dão origem ao crescimento de um pâmpano - ramo de onde surgem
novas folhas e, por fim, as inflorescências. A velocidade do crescimento depende da temperatura
e da humidade do solo. A planta entra de novo em intensa atividade fisiológica: absorve água e
nutrientes através das raízes, as suas folhas transformam-se com a fotossíntese em pequenas fábricas
de açúcar.
Floração e Vingamento:
6 a 13 semanas após o abrolhamento, surgem, nos nós dos ramos jovens as flores da videira dispostas
à fertilização. A delicada e minúscula flor tem habitualmente órgãos masculinos (estames) e
femininos (ovário). O pólen fica disponível para fertilizar os óvulos no ovário. Uma vez conseguida a
fertilização, os óvulos formam as 'grainhas', e as paredes do ovário incham formando a polpa e a
película do bago de uva. O tipo e o grau de fertilização dependem uma vez mais da casta e do
clima.
A chuva é o grande receio dos viticultores, não só por baixar a temperatura ideal da fertilização (20
a 25ºC), como por arrastar consigo grande parte do pólen disponível.
Pintor:
Cerca de 40 a 50 dias após a fertilização do fruto, ele muda de cor. Esse estágio é chamado 'pintor'.
Ele marca o início da maturação. Os bagos de uva deixam de ser verdes e duros e passam a ter
elasticidade e cor tinta, no caso das castas tintas, e translúcido ou amarelado, no caso das brancas.
Esse fenômeno é acompanhado pelo início da acumulação de açúcares e da perda de acidez no
bago de uva. Chegou o período mais importante do ano vitícola: os 60 dias seguintes são os
verdadeiros responsáveis pelo amadurecimento da uva e qualidade do vinho final.
A mudança de cor dos bagos não é simultânea: os bagos expostos a um clima mais quente
ganham cor primeiro, seguidos pelos bagos expostos à sombra.
Maturação:
• Aumento do peso dos bagos por acumulação de água;
Pode-se dizer que se inicia o ciclo com o avanço do Outono, de reduções térmicas e consequente
queda das folhas. Entre o fim de Outono e o início do Inverno, a videira entra em repouso vegetativo
e só despertará com temperatura do solo superior a 12ºC. A poda da vinha realiza-se nesta fase
para permitir o descanso da planta.
Em viticultura, podem aparecer, com alguma frequência, os três acidentes fisiológicos, que vamos
descrever, cuja origem por vezes desconhecida, podem afetar a produção. São eles o desavinho,
a bagoinha e a dessecação do engaço.
As causas que podem originar este acidente fisiológico são diversas, podendo ser classificadas da
seguinte maneira:
• Causas genéticas;
• Causas fisiológicas;
• Causas climáticas;
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• Causas patológicas;
Embora esta distância seja curta o tipo e grau de fertilização depende da casta e do clima. O fator
temperatura tem grande influência na fecundação da flor, com temperaturas abaixo dos 15ºC ou
acima dos 37ºC, dá-se a inibição da formação do tubo polínico não ocorrendo a fecundação do
óvulo.
O vendo e a chuva são outros grandes receios dos viticultores pois não só baixam a temperatura
ideal de fertilização (20 a 25ºC), como arrastam grande parte do pólen.
Sendo assim a polinização da flor nem sempre origina a fecundação do óvulo, originado a
chamada “bagoinha”, ou seja, o bago permanece pequeno. Outro fenómeno negativo que pode
ocorrer é o “desavinho” (em algumas castas mais do que noutras) que se deve à queda da flor ou
dos frutos jovens antes e depois da floração.
Desavinho:
O DESAVINHO é um acidente fisiológico resultante da ausência de
fecundação das flores e sua consequente queda.
• No 1° caso, um tempo frio e pouco soalheiro vai conduzir a uma diminuição ou um bloqueio
da fotossíntese (menor produção de açucares).
Bagoinha:
A BAGOINHA é um acidente fisiológico caracterizado pela
presença de pequenos bagos, misturados com bagos normais.
Principais fatores:
Sintomatologia:
· O engaço escurece e seca, os bagos ficam engelhados, sem secar completamente, nem
apodrecer.
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Fisiologia da videira:
Trocas gasosas:
Absorção e transpiração:
Quando uma planta abre os seus estomas
perde água por transpiração;
• Absorção radicular;
Transpiração:
A transpiração dos vegetais é um processo que ocorre quando a planta absorve água em excesso.
A água que está em excesso passa pela região da raiz em direção às folhas até que seja passada
para a atmosfera.
Assim como na respiração, a principal parte do vegetal que é responsável por realizar a
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transpiração é a folha. O excesso de água desses vegetais é libertado pelas folhas para o meio
ambiente através de pequenas gotinhas de água que se transformam em vapor. Quando as
temperaturas estão muito elevadas em certo período do dia, a planta fecha seus estomas para
não perder muita água para o meio ambiente e consequentemente ficar desidratada.
A transpiração dos vegetais é muito importante para a sobrevivência das plantas. Ela colabora no
processo de transportação de substâncias (sais minerais, carboidratos, aminoácidos e outros) que
saem da raiz e chegam ao mais alto estrato arbóreo, fazendo o papel de uma bomba propulsora.
Além disso, a transpiração ainda evita o aquecimento exagerado e elimina o excesso de calor na
forma de vapor.
As raízes possuem uma estrutura denominada pelo radicular, a qual vai absorver a água do solo ao
seu redor. Essa água absorvida vai atravessar as células da raiz por entre as células.
A água se difunde de célula à célula até chegar nos vasos xilemáticos (ou xilema), os quais são
vasos da extremamente finos que vão conduzir a água, juntos com os sais minerais, desde a raiz até
as folhas, flores e frutos. Nas folhas, parte dessa água será utilizada pelas células do parênquima
foliar para se manterem vivas e para realizar fotossíntese. Outra porção de água retornará para a
raiz junto com os açúcares produzidos pela folha. Contudo, grande parte da água presente no
parênquima foliar é perdida na forma de transpiração.
TRANSPIRAÇÃO-COESÃO-TENSÃO.
Quando a água presente nas folhas evapora, a tendência é que a água presente no xilema saia
do xilema e vá para as células do parênquima foliar. Quando a água sai do xilema, ela puxa as
moléculas de água que estão logo atrás dela no vaso xilemático.
Um dos sintomas mais precoces do stress hídrico é o emurchecimento das jovens gavinhas e folhas.
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O stress hídrico pode provocar também alterações no ângulo da folha, na cor das folhas jovens e
extremidades dos lançamentos, que se tornam amarelo-esverdeados e, quando continuado, torna
mais rápida a senescência das folhas basais que ficam amarelas e caiem precocemente.
Stress hídrico:
Respiração:
A respiração é essencial para a sobrevivência de todos os animais e também dos vegetais. Quando
os seres vivos respiram, o oxigénio que esta presente no ar é inspirado e o dióxido de carbono é
expirado.
Nas plantas, a respiração ocorre em todas as partes do vegetal, mas a principal parte é a folha,
pois é nesta parte em que se encontra a maior quantidade de estomas (que são as estruturas
responsáveis pelas trocas gasosas).
Fotossíntese:
Fotossíntese e um processo físico-químico, a nível celular, realizado pelos seres vivos clorofilados, que
utilizam dióxido de carbono e água, para obter glicose através da energia da luz solar, de acordo
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com a seguinte equação:
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