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Problema 1
1. Citar as adaptações morfofuncionais características do intestino delgado para
exercer as funções de digestão e absorção; relacionar a característica do
epitélio de cada uma das partes do delgado com as suas funções (endócrina,
digestiva e absortiva);
FONTE: https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/intestino-delgado/,
SISTEMA DIGESTÓRIO JUNQUEIRA, L.C.U. & CARNEIRO, J. Histologia Básica.
11ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 524p.,
Síndrome de Má Absorção
As causas de má absorção intestinal podem ser divididas de acordo com as diversas fases
dos processos de digestão e absorção normais:
I. Causas Inflamatórias/Imunológicas
ecogenicidade normal
O pâncreas é o órgão mais ecogênico do abdome superior, seguido do fígado, o qual, em
geral, apresentam detalhes parenquimatosos homogêneos. Diversos vasos intra-hepáticos,
inclusive as veias porta e hepáticas, são observados com facilidade dentro do fígado. A
vesícula biliar aparece como estrutura anecoica em forma de pera.
A medula renal é hipoecoica (mais escura) em relação ao cortéx renal. O cortéx renal é
isoecoico ou ligeiramente hipoecoico em comparação à ecogenicidade do fígado adjacente.
5. Discriminar os achados nos exames de imagem e relacionar com a síndrome
de má-absorção: Radiografia contrastada (trânsito intestinal, enema opaco),
tomografia contrastada.
Radiografias do intestino delgado (p. ex., follow-through, enteróclise, enterografia com
TC) podem detectar alterações anatômicas que predispõem ao hipercrescimento
bacteriano. Esses achados incluem divertículos de jejuno, fístulas, alças cegas e
anastomoses cirurgicamente criadas, ulcerações e estenoses. Radiografia simples
abdominal pode mostrar calcificações pancreáticas indicativas de pancreatite crônica.
Estudos contrastados com bário do intestino delgado não são sensíveis nem específicos,
mas podem mostrar achados sugestivos de doença da mucosa (p. ex., alças de intestino
delgado dilatadas, espessamento ou adelgaçamento das pregas mucosas, fragmentação
grosseira da coluna de bário). TC, colangiopancreatografia por ressonância magnética
(CPRM) e CPRE podem estabelecer o diagnóstico da pancreatite crônica.
Parte A:
Fonte: Gray’s anatomia - Cap 21 (pág. 320-322) e Princípios de anatomia humana
Tortora 12ªed - Cap 22 (pág. 810-815)
Anatomia
A glândula tireoide, é marrom-avermelhada e altamente vascular, situa-se anteriormente na
região inferior do pescoço, ao nível da quinta vértebra cervical até a primeira torácica.
Em geral, pesa 25 g, mas isso varia. A glândula é ligeiramente mais pesada nas mulheres e
aumenta durante a menstruação e a gravidez. A estimativa do tamanho da glândula tireoide
é clinicamente importante na avaliação e no tratamento dos distúrbios da tireóide e pode ser
alcançada de maneira não invasiva por meio de ultrassonografia diagnóstica.
O istmo liga as partes inferiores dos dois lobos, embora ocasionalmente possa estar
ausente. Ele mede 1,25 cm transversal e verticalmente, e em geral é anterior à segunda e à
terceira cartilagens traqueais, em muitos casos superiores ou algumas vezes inferiores
porque o seu local e o seu tamanho variam muito.
Um lobo piramidal cônico frequentemente sobe em direção ao osso hioide a partir do istmo
ou parte adjacente de qualquer lobo (com mais frequência à esquerda). É ocasionalmente
separado em duas ou mais partes.
Pequenas massas separadas de tecido tireóideo podem ocorrer acima dos lobos ou do
istmo como glândulas tireóideas acessórias. Vestígios do ducto tireoglosso podem persistir
entre o istmo e o forame ceco da língua, por vezes como nódulos acessórios ou cistos de
tecido tireóideo próximos da linha média ou até mesmo na língua.
Superfícies
A superfície convexa lateral (superficial) é coberta pelo esternotireóideo, cuja ligação com a
linha oblíqua da tireoide impede que o polo superior da glândula estenda sobre o
tireo-hióideo.
A superfície medial da glândula está adaptada à laringe e à traqueia; seu polo superior entra
em contato com o constritor inferior da faringe e parte posterior do cricotireóideo, que
separam-no da parte posterior da lâmina da tireoide e do lado da cartilagem cricoide.
Relações
Mais anteriormente, situa-se o esterno-hióideo e o ventre superior do omo-hióideo,
sobreposto inferiormente pela margem anterior do esternocleidomastóideo.
A margem anterior da glândula é fina, e perto do ramo anterior da artéria tireóidea superior
ela inclina-se para baixo medialmente. A margem posterior é arredondada e relacionada
inferiormente à artéria tireóidea inferior e sua anastomose com o ramo posterior da artéria
tireóidea superior. No lado esquerdo, a extremidade inferior da margem posterior fica
próxima do ducto torácico. As glândulas paratireoides são geralmente relacionadas com a
margem posterior.
As artérias são grandes e seus ramos anastomosam frequentemente tanto sobre a glândula
como em seu interior, ipsilateral e contralateralmente. A artéria tireóidea superior, que está
intimamente relacionada com o ramo externo do nervo laríngeo superior, penetra a fáscia
tireóidea e, em seguida, divide-se em ramos anterior e posterior. O ramo anterior supre a
superfície anterior da glândula e o ramo posterior supre as superfícies lateral e medial.
Veias: A drenagem venosa da glândula tireoide geralmente é através das veias tireóideas
superior, média e inferior.
A veia tireóidea superior emerge da parte superior da glândula e corre com a artéria
tireóidea superior em direção à bainha carótica: ela drena para a veia jugular interna.
A veia tireóidea média recolhe sangue da parte inferior da glândula: ela emerge da
superfície lateral da glândula e drena para a veia jugular interna.
Inervação: A glândula tireoide recebe sua inervação dos gânglios simpáticos cervicais
superior, médio e inferior.
Glândulas Paratióides
As glândulas paratireoides são estruturas pequenas, marrom-amareladas, ovoides ou
lentiformes, geralmente situadas entre as margens lobar posterior da glândula tireoide e sua
cápsula.
Embora sua atividade intranuclear seja evidente e alvo de interesse de vários estudos, uma
pesquisa demonstrando que alguns efeitos do HT ocorrem de maneira muito rápida e não
são afetados quando tratados com inibidores de transcrição ou tradução, sugerindo que os
HT podem, também, mediar ações não-genômicas14.
Estas ações requerem receptores de membrana plasmática ou receptores nucleares
localizados no citoplasma. O receptor de membrana plasmática está localizado na proteína
integrina αVβ3, onde a afinidade de ligação é maior para T4 que T3. Os possíveis
mecanismos de ação descritos em alguns tecidos e tipos de células, por exemplo, BAT,
coração e pituitária, incluem a regulação dos canais iônicos, fosforilação oxidativa e
transcrição de genes mitocondriais e envolvem a geração de mensageiros secundários e
indução do cálcio, cAMP e cascatas de sinalização proteína quinase14. Como em estado
eutireoideo os níveis de HT são estáveis, estas ações não genômicas podem contribuir para
índices de transcrição basal de alguns genes e eventos celulares, como a angiogênese e
proliferação de células cancerígenas.
Patogenia
A doença de Graves se caracteriza por uma ruptura da auto tolerância aos auto antígenos
tireoidianos, dos quais o mais importante é o receptor do TSH. O resultado é a produção de
múltiplos auto anticorpos, incluindo:
Morfologia
As alterações dos tecidos extra tireoidianos incluem hiperplasia linfóide generalizada. Nas
pessoas com oftalmopatia, os tecidos da órbita estão edematosos devido à presença de
glicosaminoglicanos hidrofílicos. Além disso, há um infiltrado de linfócitos,
predominantemente células T. Os músculos da órbita inicialmente estão edematosos, mas
podem sofrer fibrose posteriormente no curso da doença. A dermopatia, se presente, se
caracteriza pelo espessamento da derme, como resultado da deposição de
glicosaminoglicanos e da infiltração linfocitária.
Hipertireoidismo (resumo)
Os níveis alterados de hormônio tireoideo afetam todos os órgãos principais do corpo. Esse
hormônio tem duas funções principais: ele aumenta o metabolismo e a síntese de proteínas
e é necessário ao crescimento e ao desenvolvimento das crianças, inclusive o
desenvolvimento mental e maturidade sexual. Quando aumentado, a taxa metabólica pode
aumentar entre 60 a 100% acima do normal, Em consequência do metabolismo mais
acelerado, as taxas de utilização da glicose, das gorduras e das proteínas aumentam. Os
lipídeos são mobilizados do tecido adiposo e o catabolismo do colesterol pelo fígado
aumenta.
O aumento difuso da tireoide está presente em todos os casos e pode ser acompanhado
pelo fluxo sanguíneo aumentado através da glândula hiperativa, frequentemente produzindo
um “bruit” (sopro vascular) audível. A superatividade simpática produz um olhar fixo e
arregalado e pálpebra superior lenta.
Referências
https://www.scielo.br/pdf/abem/v51n5/a16v51n5.pdf
A categorização ecográfica TIRADS (thyroid imaging repor- ting and data system) é um
sistema alternativo de classificação dos nódulos da tiróide que pretende, à semelhança da
categoriza- ção BIRADS,4 utilizada nos nódulos mamários, simplificar a in- terpretação das
ecografias pelos radiologistas, facilitar a comuni- cação com os restantes grupos da equipa
multidisciplinar e reduzir o número de procedimentos invasivos desnecessários.
Classificação TI-RADS
Em 2017, o Colégio Americano de Radiologia (ACR) publicou uma nova classificação dos
nódulos tiroidianos baseada em características ultrassonográficas – Thyroid Imaging
Reporting and Data System [TI-RADS].
A pontuação obtida em cada categoria resulta em uma espécie de “ranking” de risco para
malignidade (câncer) e a sugestão para complementar a investigação com punção
aspirativa por agulha fina (PAAF). Abaixo um resumo da classificação e das
recomendações:
O comitê do Colégio Americano de Radiologia não indica que sejam puncionados mais que
dois nódulos por vez. Deve-se solicita a punção dos nódulos de maior pontuação, mesmo
que não sejam os maiores nódulos.
https://drasuzanavieira.med.br/2016/01/13/puncao-nodulos-de-tireoide-ti-rads/
tiradscalculator.com/wp-content/uploads/2017/05/JACR-TIRADS-2017-White-Paper.pdf
Problema 3
1. Revisar a organização das lâminas do peritônio; descrever as paredes
abdominopelvicas revestidas pelo peritônio parietal e os órgãos
extraperitoneais;
Fonte: Anatomia orientada para clínica - Moore - cap. 2 (Peritônio e cavidade
peritoneal) pág 287 do pdf
O peritônio é uma membrana serosa transparente, contínua, brilhante e escorregadia.
Reveste a cavidade abdominopélvica e recobre as vísceras. O peritônio consiste em duas
lâminas contínuas: o peritônio parietal, que reveste a face interna da parede
abdominopélvica, e o peritônio visceral, que reveste vísceras como o estômago e intestino.
As duas lâminas de peritônio consistem em mesotélio, uma lâmina de epitélio pavimentoso
simples.
O mesentério é uma lâmina dupla de peritônio formada pela invaginação do peritônio por
um órgão, e é a continuidade dos peritônios visceral e parietal. Constitui um meio de
comunicação neurovascular entre o órgão e a parede do corpo. O mesentério une um órgão
intraperitoneal à parede do corpo — geralmente a parede posterior do abdome (p. ex., o
mesentério do intestino delgado).
O mesentério do intestino delgado costuma ser denominado simplesmente “mesentério”;
entretanto, os mesentérios relacionados a outras partes específicas do sistema digestório
recebem denominações de acordo — por exemplo, mesocolos transverso e sigmoide,
mesoesôfago, mesogástrio e mesoapêndice. Os mesentérios têm um cerne de tecido
conjuntivo que contém sangue e vasos linfáticos, nervos, linfonodos e gordura.
O omento é uma extensão ou prega de peritônio em duas camadas que vai do estômago e
da parte proximal do duodeno até os órgãos adjacentes na cavidade abdominal.
• O omento maior é uma prega peritoneal proeminente, que tem quatro camadas e pende
como um avental da curvatura maior do estômago e da parte proximal do duodeno. Após
descer, dobra-se de volta e se fixa à face anterior do colo transverso e seu mesentério
• O omento menor é uma prega peritoneal muito menor, dupla, que une a curvatura menor
do estômago e a parte proximal do duodeno ao fígado. Também une o estômago a uma
tríade de estruturas que seguem entre o duodeno e o fígado na margem livre do omento
menor.
Um ligamento peritoneal consiste em uma dupla camada de peritônio que une um órgão a
outro ou à parede do abdome.
Uma prega peritoneal é uma reflexão de peritônio elevada da parede do corpo por vasos
sanguíneos, ductos e ligamentos formados por vasos fetais obliterados subjacentes (p. ex.,
as pregas umbilicais na face interna da parede anterolateral do abdome). Algumas pregas
peritoneais contêm vasos sanguíneos e sangram quando seccionadas, como as pregas
umbilicais laterais, que contêm as artérias epigástricas inferiores.
Um recesso ou fossa peritoneal é uma bolsa de peritônio formada por uma prega peritoneal
(p. ex., o recesso inferior da bolsa omental entre as lâminas do omento maior e as fossas
supravesical e umbilical entre as pregas umbilicais.
2. Descrever as reflexões peritoneais que envolvem e sustentam os órgãos do
tubo digestório, definindo ligamentos peritoneais, mesos e omentos.
Dangelo & Fattini: Anatomia humana sistêmica e Segmentar 3º Edição- capítulo 10- sistema
digestório
Em decorrência da disposição das vísceras abdominais, bem como de seu
desenvolvimento embrionário, o peritônio apresenta algumas formações próprias:
A invasividade dos tumores malignos permite que eles penetrem nos vasos sanguíneos,
linfáticos e cavidades corpóreas, provendo a oportunidade para a disseminação. A
disseminação dos cânceres pode ocorrer através de três vias: (1) implante direto nas
cavidades ou superfícies corpóreas, (2) disseminação linfática e (3) disseminação
hematológica.
Disseminação Linfática
O transporte através dos vasos linfáticos é a via mais comum para a disseminação dos
carcinomas. Os sarcomas podem também utilizar essa rota. Os tumores não contêm
linfáticos funcionais, mas os vasos linfáticos localizados nas margens tumorais são
aparentemente suficientes para a disseminação das células tumorais.
Os carcinomas do pulmão que surgem nas vias respiratórias principais formam metástases
primeiramente para os linfonodos peri-hilares traqueobrônquicos e mediastinais. Os
linfonodos locais, contudo, podem ser contornados – a denominada metástase
saltada/saltitante – porque os vasos linfáticos podem ter sido obliterados em razão de
anastomoses venolinfáticas, ou devido à inflamação, ou à radiação.
Disseminação Hematogênica
A disseminação hematogênica é típica dos sarcomas, mas também é vista nos carcinomas.
As artérias, com suas paredes mais espessas, são menos prontamente invadidas do que as
veias.
Contudo, a disseminação arterial pode ocorrer quando as células tumorais passam através
dos leitos capilares pulmonares, ou através dos shunts arteriovenosos pulmonares, ou
quando as metástases pulmonares por si mesmas originam êmbolos tumorais. Nessa
disseminação vascular, diversos fatores influenciam os padrões de distribuição das
metástases.
Com a invasão venosa, as células produzidas pelo sangue seguem o fluxo venoso de
drenagem do local da neoplasia, enquanto as células tumorais frequentemente se detêm no
primeiro leito capilar que encontram.
Os cânceres que surgem em íntima proximidade com a coluna vertebral com geralmente
embolizam através do plexo paravertebral, e essa via está envolvida nas frequentes
metástases vertebrais dos carcinomas da tireoide e da próstata.
Fontes: Gray’s anatomia 40ªed. Cap.77 pág 1286-1294 e Anatomia orientada para
clínica Moore 7ªed. Pág 463-466
Ovários
Os ovários são gônadas femininas com formato e tamanho semelhantes aos de uma
amêndoa, nos quais se desenvolvem os oócitos (ovócitos). Também são glândulas
endócrinas que produzem hormônios sexuais.
Localização
● Ligamento ovariano
● Mesovário
O mesovário é uma curta prega peritoneal que prende o ovário à parte dorsal do
ligamento largo. Ele conduz vasos sanguíneos e nervos para o hilo do ovário. Medialmente
no mesovário, um ligamento útero-ovárico curto fixa o ovário ao útero
Localização
As tubas uterinas estão presas à parte superior do corpo do útero e seus óstios se
abrem na cavidade uterina.
Partes e ligamentos
A drenagem venosa dos dois terços laterais da tuba uterina ocorre através do plexo
pampiniforme das veias ovarianas, que se abrem na veia cava inferior do lado direito e na
veia renal do lado esquerdo. Os dois terços mediais da tuba drenam através do plexo
uterino para a veia ilíaca interna.
5. Revisar a morfologia microscópica do ovário, particularmente com relação às
populações celulares que o constituem para identificar as neoplasias
ovarianas mais frequentes, de acordo com a população celular; (compreender
a classificação dos tumores benignos e malignos do ovário).
Histologia ovariana
A parte mais interna do ovário é a região medular, que contém tecido conjuntivo frouxo com
um rico leito vascular. A medula do ovário é formada em tecido mesenquimatoso com
arranjo frouxo e contém resíduos do ducto mesonéfrico (rede ovariana) e pequenos grupos
de células epitelioides redondas a poligonais (células hilares) ao redor dos vasos e nervos.
Classificação dos tumores ovarianos
A classificação dos tumores ovarianos fornecida na Tabela 22-5 e na Figura 22-35 é uma
versão simplificada da Classificação Histológica da Organização Mundial de Saúde, que
separa as neoplasias ovarianas de acordo com o tecido de origem mais provável.
Embora alguns tumores específicos apresentem características distintas e sejam
hormonalmente ativos, a maioria é não funcional e tende a produzir sintomas relativamente
leves até atingir um tamanho maior. Os tumores malignos geralmente já se disseminaram
para fora do ovário no momento em que um diagnóstico definitivo é estabelecido. Alguns,
principalmente tumores epiteliais, tendem a ser bilaterais.
A maioria das neoplasias primárias do ovário está situada nesta categoria. A classificação
de tumores epiteliais do ovário é baseada tanto na diferenciação quanto na extensão da
proliferação do epitélio. Existem três tipos histológicos principais, dependendo da
diferenciação do epitélio neoplásico: tumores serosos, mucinosos e endometrioides.
Os carcinomas epiteliais de ovário são classificados pelo grau, baseado em quanto ele se
assemelha ao tecido normal numa escala de 1 a 3. Os carcinomas de grau 1 se
assemelham mais com o tecido normal e tem um melhor prognostico, já os de grau 3 se
parecem menos com o tecido normal e, geralmente, tem um pior prognostico.
Os teratomas são divididos em três categorias: (1) maduros (benignos); (2) imaturos
(malignos); e (3) monodérmicos ou altamente especializados.
3. Tumores do estroma – do cordão sexual
Estas neoplasias ovarianas são derivadas do estroma do ovário, que por sua vez é derivado
dos cordões sexuais da gônada embrionária. Uma vez que o mesênquima gonadal não
diferenciado eventualmente produz estruturas de tipos celulares específicos tanto nas
gônadas masculinas (Sertoli e Leydig) quanto femininas (granulosa e teca), tumores
semelhantes a todos estes tipos celulares podem ser encontrados no ovário. Além disso, já
que algumas destas células normalmente secretam estrógenos (células da granulosa e da
teca) ou andrógenos (células de Leydig), seus tumores correspondentes podem ser
feminilizantes (tumores de células da teca granulosa) ou masculinizantes (tumores de
células de Leydig).
Estadiamento
Referências
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/tumores-epiteliais-do-ovario/6042/228/
https://sboc.org.br/images/diretrizes/diretrizes_pdfs/Cancer_de_ovario_vf_2017.pdf
A grande maioria das neoplasias do ovário é derivada do epitélio celômico que cobre
a superfície do ovário. Com a ovulação e as cicatrizes repetidas, o epitélio de
superfície se torna aprisionado no córtex do ovário, formando pequenos cistos
epiteliais. Estes podem tornar-se metaplásicos ou passar por transformação
neoplásica, dando origem a uma série de tumores epiteliais diferentes. As lesões
benignas são geralmente císticas (cistadenoma) e podem ter um componente
estromal de acompanhamento (cistadenofibroma). Os tumores malignos também
podem ser císticos (cistadenocarcinoma) ou sólidos (carcinoma). Alguns tumores
epiteliais do ovário estão em uma categoria intermediária e borderline, atualmente
chamados de tumores de baixo potencial de malignidade. Eles são mais bem
considerados como cânceres de baixo grau com potencial invasivo limitado e
compreensivelmente carregam melhor prognóstico que os carcinomas ovarianos
claramente malignos. Fatores de risco importantes para o câncer de ovário incluem
nuliparidade, histórico familiar e mutações germinativas em certos genes
supressores de tumor. Há maior incidência de carcinoma em mulheres solteiras e
mulheres casadas com baixa paridade. É interessante notar que o uso prolongado
de contraceptivos orais reduz um pouco o risco. Cerca de 5-10% dos cânceres de
ovário são familiares, e a maioria deles está associada a mutações nos genes
supressores de tumores BRCA1 e BRCA2. Como será discutido adiante, mutações
em BRCA1 e BRCA2 estão também associadas ao câncer de mama hereditário. O
risco de vida médio para câncer de ovário aproxima-se de 30% em portadores de
BRCA1; o risco para BRCA2 é um pouco menor. Ao contrário do câncer de ovário
familiar, mutações em BRCA1 e BRCA2 são encontradas em apenas 8-10% dos
cânceres de ovário isolados, que parecem surgir através de mecanismos
moleculares alternativos.
Tumores Serosos
MORFOLOGIA
A maioria dos tumores serosos é de estruturas císticas, grandes, esféricas a
ovoides, de até 30-40 cm de diâmetro. Cerca de 25% dos tumores benignos são
bilaterais. Nos tumores benignos, a cobertura serosa é lisa e brilhante. Em contraste,
a superfície do cistoadenocarcinoma tem irregularidades nodulares que representam
áreas em que o tumor penetrou na serosa. Na seção de corte, tumores císticos
pequenos podem ter cavidade única, mas os maiores frequentemente são divididos
por septos múltiplos em massas multiloculadas. Os espaços císticos geralmente são
preenchidos com um líquido claro seroso. As projeções papilares estão salientes nas
cavidades císticas, e são mais proeminentes nos tumores malignos (Fig. 18-16).
No exame histológico, os tumores benignos contêm uma única camada de células
epiteliais altas colunares que reveste o cisto ou cistos. As células são muitas vezes
ciliadas. Corpos de psammoma (concreções calcificadas laminadas
concentricamente) são comuns nas pontas das papilas. Quando há desenvolvimento
de carcinoma aberto, surge anaplasia das células de revestimento, assim como
invasão do estroma. No carcinoma, as formações papilares são complexas e de
camadas múltiplas, e ninhos ou camadas indiferenciadas de células malignas
invadem o tecido fibroso axial. Entre as formas claramente benignas e
evidentemente malignas estão os tumores de baixo potencial de malignidade, que
apresentam menos atipia citológica e, normalmente, pouca ou nenhuma invasão
estromal. Os tumores de baixo potencial de malignidade podem comprometer o
peritônio, mas felizmente os implantes tumorais geralmente são “não invasivos”. Em
geral, os tumores serosos malignos se espalham para os linfonodos regionais,
incluindo linfonodos periaórticos; metástases linfáticas distantes e hematogênicas
são raras.
MORFOLOGIA
Ao exame macroscópico, os tumores mucinosos apresentam massas císticas que
podem ser indistinguíveis de tumores serosos, exceto pela natureza mucinosa do
conteúdo cístico. No entanto, eles são mais propensos a ser maiores e multicísticos
(Fig. 18-17, A). Penetração da serosa e áreas sólidas de crescimento são sugestivos
de malignidade. No exame histológico, os cistos são revestidos por células epiteliais
produtoras de mucina (Fig. 18-17, B). Os tumores malignos são caracterizados pela
presença de arquitetura complexa, incluindo áreas sólidas de crescimento,
estratificação celular, atipia citológica e invasão estromal. Em comparação com
tumores serosos, os tumores mucinosos são muito menos propensos a ser
bilaterais. Essa característica é, por vezes, útil na diferenciação entre tumores
mucinosos do ovário e adenocarcinoma mucinoso metastático e primário do trato
gastrointestinal (o chamado tumor de Krukenberg), que mais frequentemente produz
massas ovarianas bilaterais. Tumores mucinosos ovarianos rompidos podem
contaminar o peritônio; no entanto, esses depósitos são tipicamente transitórios e
não conseguem estabelecer crescimento de longo prazo no peritônio. A implantação
de células tumorais mucinosas no peritônio com produção de grande quantidade de
mucina é chamada de pseudomixoma peritoneal; na maioria dos casos, essa
doença é causada por metástase do trato gastrointestinal, principalmente do
apêndice (Capítulo 14).
ENDOMETRIOMAS
Os endometriomas apresentam-se como estruturas bem delimitadas, homogêneas com
conteúdo de baixa a média densidade ecogênica, e podem, comumente, apresentar
septações. São descritas apresentações de endometriomas com parede hiperecoica ou
com nodulações. Podem vir com componente sólido avascular calcificado, com presença de
atenuação ou sombra
acústica posterior. Quando manifestam-se com componentes sólidos ou mistos, podem ser
confundidos com cisto hemorrágico ou neoplasia, porém diferem destes por serem de
aspecto ecogênico mais homogeno.
FIBROMAS
Os fibromas são considerados as neoplasias benignas sólidas mais comuns dos ovários.
Podem ser encontrados em qual-
quer idade, entretanto, incidem mais frequentemente em mulheres de meia-idade .
Na ultrassonografia, são evidenciados por
imagens sólidas, caracteristicamente hipo-ecoicas e homogêneas, com possibilidade de
apresentarem atenuação de feixe acústico. Calcificações densas são conhecidas nos
fibromas e podem ser visualizadas como sombra acústica posterior à massa (figura 9).
TUMORES DA SUPERFÍCIE EPITELIAL
Os tumores da superfície epitelial representam cerca de 60% de todas as neoplasias
ovarianas e até 90% das neoplasias primárias do ovário .
Os cistoadenomas serosos constituem cerca de 20% das massas benignas ovarianas.
Apresentam-se como cistos complexos de paredes finas, uni ou multiloculares, de
tamanhos variáveis, podendo alcançar medidas superiores a 20 cm. A imagem de seu
interior evidência conteúdo ecogênico, podendo revelar, ainda, áreas de projeções papilares
(figura 10).
https://www.scielo.br/pdf/rb/v44n1/14.pdf
Os principais métodos de imagem para avaliação das lesões peritoniais são a tomografia
computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM).
A,B: Cortes coronal e axial de TC demonstrando espessamento parietal irregular com realce
pós-contraste acometendo a grande curvatura gástrica (seta), associado a borramento da gordura
omental no hipocôndrio direito (seta), sugestivo de carcinomatose peritoneal. C,D: GV e
endoscopia revelando lesão ulcerada e elevada.
A,B: Corte axial de TC mostrando espessamento e realce de toda a parede gástrica antropilórica
(seta), associado a densificação de aspecto nodular no peritônio, sugestivo de carcinomatose
peritoneal (seta). C: Obliteração dos planos adiposos perigástricos (seta) e linfonodomegalia
adjacente (cabeça de seta). D: Estudo com GV demonstrando lesão estenosante da região
antropilórica.
Problema 4
1. Revisar a anatomia da árvore brônquica e pulmões; descrever o trajeto da
fissura oblíqua e da horizontal e quais lobos separam; descrever os
segmentos broncopulmonares.
2. Descrever a localização dos linfonodos mediastinais e hilares em relação às
vias aéreas, pleuras e hilo pulmonar; identificar nas radiografias de tórax.
3. Descrever o mecanismo da primoinfecção, bem como as suas evoluções
possíveis (reparo e cicatrização, forma latente, forma progressiva/miliar,
reativação/reinfecção e tuberculose secundária);
4. Estudar os achados macroscópicos e microscópicos da tuberculose pulmonar
e a morfologia da tuberculose pulmonar primária e secundária (macro e
microscopia);
5. Diferenciar a tuberculose miliar da broncopneumonia tuberculosa; descrever
do ponto de vista imunopatológico a formação dos granulomas tuberculóides;
6. Definir “NECROSE CASEOSA”; definir os mecanismos que justificam a sua
ocorrência na vigência da tuberculose (relação com aspectos moleculares do
bacilo e arquiteturais do granuloma); definir “Célula Gigante de tipo
Langhans”;
7. Relacionar os aspectos imunopatológicos da tuberculose com a consumpção;
8. Identificar outros sítios acometidos pelo agente etiológico da tuberculose.
9. Reconhecer nos exames de imagem, os aspectos característicos das
diferentes formas de apresentação da tuberculose. Identificar granulomas,
caversarnas, entre outros.
Problema 5
1. Revisar a anatomia das vértebras, fêmur e tíbia; revisar a distribuição de osso
compacto e esponjoso nestes ossos; revisar a irrigação do osso e a
localização do tecido hematopoiético.
2. Revisar a irrigação sanguínea do baço, intestino delgado e intestino grosso.
3. Definir anemia; explicar as anemias hereditárias e suas manifestações
clínicas; explicar o mecanismo etiopatogênico das anemias hemolíticas.
4. Diferenciar as anemias carenciais das não carenciais.
5. Caracterizar fisiopatológica e clinicamente as manifestações da anemia
falciforme
6. Descrever os achados nos exames de imagem (radiografia, USG modo B e
doppler, TC e RM) que indicam complicações vasooclusivas (sindromes
musculoesqueléticas, isquemia mesentérica, síndrome pulmonar aguda,
necrose papilar, insuficiência renal, infarto ou seqüestro esplênico e
complicações cerebrovasculares).