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Juliane Rosa .

Espíndola

OAB/RS 106.459

AO JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PUBLICA DA COMARCA DE


GRAVATAÍ/RS

URGENTE

IRACY PEREIRA DE CASTRO, viúva, aposentada,


inscrita no CPF nº 122752550-87, portadora do RG nº
3050676761, residente e domiciliada na Rua Ângelo
Dourado, nº 110, bairro Morada do Vale I, CEP 94080-320,
Gravataí/RS, neste ato representada por IVONE DE
CASTRO LARRÉ, inscrita no CPF sob nº 580574550-04,
portadora do RG nº 1026252047, residente e domiciliada
Rua Ângelo Dourado, nº 110, bairro Morada do Vale I, CEP
94080-320, Gravataí/RS, representadas por sua advogada
JULIANE ROSA ESPINDOLA, inscrita na OAB sob
nº106459, com sede profissional na Rua Alexandrino de
Alencar, nº 933, Bairro Morada do Vale , CEP 94085-120,
Gravataí/RS, vem a presença de vossa excelência propor a
presente ação:

AÇÃO ORDINÁRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER,


COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA DE NATUREZA
ANTECIPADA

Em face do MUNICIPIO DE GRAVATAÍ, pessoa


jurídica de direito público interno, com sede na Avenida José
Loureiro da Silva, nº 1351, Centro de Gravataí/RS CEP:
94010-000 e ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, pessoa
jurídica de direito público interno, com sede na capital na
Avenida Borges de Medeiros, nº1555, centro histórico, Porto
Alegre/RS CEP: 90119-900, pelas razões de fato e de direito
passa a expor:

Rua Alexandrino de Alencar, 933– Sala 105 – Morada do Vale I – Gravataí – RS


Fone/Fax: (51) 3497-55527
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DOS FATOS

A autora é idosa com 88 anos de idade, reside na casa de sua irmã procuradora da
autora senhora IVONE que atualmente está com 77 anos de idade, e mais um irmão
igualmente em idade avançada, os três residem na mesma residência, porém a
requerente está necessitando de cuidados especiais os quais os seus irmãos que
residem junto com a demandante não podem lhe oferecer por também serem idosos e
não gozarem mais de higidez ou força física para carregar, banhar, ou ajudar em
algumas tarefas cotiadas da autora.

Assim sendo há um risco iminente para vida da autora manter-se sob os cuidados de
sua irmã que não tem mais condições físicas de lhe auxiliar conforme suas
necessidades. A procuradora da requerente senhora IVONE, tentou contado com os
filhos da mesma, porém por diversas vezes os contatos foram frustrados, há mais de
anos que não se tem contato algum com os filhos da autora, não sabendo onde
residem, nem sendo possível lhes pedir alguma ajuda referente aos cuidados com sua
mãe a demandante.

Perante a presente situação se faz imprescindível para que autora tenha suas
necessidades básicas atendidas uma vaga em um lar para idosos, onde há assistência
de pessoas qualificadas para auxiliar lhe em sua rotina diária que requer atenção e
cuidados específicos, inclusive cuidados com sua saúde.

Excelência há um lar onde a autora estaria assistida e poderia manter contato com
seus irmãos sendo bom para sua saúde física e emocional por não perder o vínculo
com seus irmãos, o asilo Nossa Senhora Medianeira é o lar ideal para a autora ter
suporte e assistência de acordo com suas necessidades reais, sem colocar sua vida e
de seus irmãos idosos em risco e alocado em região de fácil acesso aos mesmos. Não
havendo outra forma se não a presente para preservação da saúde da autora se faz
fundamental a presente ação em busca de uma vaga no lar mencionado para
demandante.

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DO DIREITO

CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:

III - a dignidade da pessoa humana;

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.

Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas,
assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e
garantindo-lhes o direito à vida.

LEI Nº 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003 (ESTATUTO DO IDOSO)

Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público


assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à
liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

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Art. 7º Os conselhos nacional, estaduais, do Distrito Federal e municipais do idoso,


previstos na Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994, zelarão pelo cumprimento dos
direitos do idoso, definidos nesta lei.

Art. 9º É obrigação do Estado garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde,


mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento
saudável e em condições de dignidade.

Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou
desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição
pública ou privada.

§ 1º A assistência integral na modalidade de entidade de longa permanência será


prestada quando verificada inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou
carência de recursos financeiros próprios ou da família.

§ 2º Toda instituição dedicada ao atendimento ao idoso fica obrigada a manter


identificação externa visível, sob pena de interdição, além de atender toda a legislação
pertinente.

§ 3º As instituições que abrigarem idosos são obrigadas a manter padrões de habitação


compatíveis com as necessidades deles, bem como provê-los com alimentação regular
e higiene indispensáveis às normas sanitárias e com estas condizentes, sob as penas
da lei.

Art. 43. As medidas de proteção ao idoso são aplicáveis sempre que os direitos
reconhecidos nesta lei forem ameaçados ou violados:

I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;

II – por falta, omissão ou abuso da família, curador ou entidade de atendimento;

III – em razão de sua condição pessoal.

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Art. 45. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 43, o Ministé- rio Público ou
o Poder Judiciário, a requerimento daquele, poderá determinar, dentre outras, as
seguintes medidas:

I – encaminhamento à família ou curador, mediante termo de responsabilidade;

II – orientação, apoio e acompanhamento temporários;

III – requisição para tratamento de sua saúde, em regime ambulatorial, hospitalar ou


domiciliar;

IV – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a


usuários dependentes de drogas lícitas ou ilícitas, ao próprio idoso ou à pessoa de sua
convivência que lhe cause perturbação;

V – abrigo em entidade;

VI – abrigo temporário.

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE GRAVATAÍ/RS

Artigo 166 - O Município contribuirá com as entidades filantrópicas de atendimento ao


menor e ao idoso, com provadamente carente, garantindo a sua assistência. ** Redação
em conformidade com a Emenda nº 01/90.

JURISPRUDÊNCIA

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL ACÓRDÃO Apelação


Cível e Remessa Necessária nº 0003167-37.2013.8.08.0045
Apelante: Município de São Gabriel da Palha (E.S.) Apelado:
Ministério Público Estadual Relatora: Des.ª Janete Vargas
Simões. EMENTA: AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MINISTÉRIO
PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO.
CONSTRUÇÃO DE UNIDADE INSTITUCIONAL DE ABRIGO

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AO IDOSO. ASSISTÊNCIA À PESSOA IDOSA EM


SITUAÇÃO DE RISCO. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA
PESSOA HUMANA. DEVER DO ESTADO. ARTIGO 230

Inexistência de sentença ultra petita. 6. Recurso interposto


pelo Município improvido. Remessa necessária prejudicada.
Sentença mantida. VISTOS, relatados e discutidos estes
autos ACORDAM os Desembargadores que compõem a
Primeira Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado do Espírito Santo, de conformidade com a ata e
notas taquigráficas que integram este julgado, por
unanimidade, conhecer e negar provimento ao recurso
interposto pelo Município de São Gabriel da Palha (E.S.), e,
por igual votação, julgar prejudicada a remessa necessária,
nos termos do voto da Relatora. Vitória, 05 de dezembro de
2017. PRESIDENTE RELATORA

(TJ-ES - APL: 00031673720138080045, Relator: JANETE


VARGAS SIMÕES, Data de Julgamento: 05/12/2017,
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:
13/12/2017)

DOS PEDIDOS

Por todo exposto, requer a Vossa Excelência:

I- Seja deferido pedido liminar de antecipação de tutela urgente, uma vez que a
requerida necessita de uma vaga em asilo para idosos, visando não ter sua
vida ariscada por não estar recebendo os devidos cuidados, ou arriscar a
saúde de seus irmãos igualmente idosos e debilitados não sendo capazes de
atender as necessidades da autora;

II- A citação dos requeridos nos endereços mencionados por todos os meios
admitidos querendo, contestar a presente, devendo comparecer nas
audiências de conciliação e instrução/julgamento, sob pena de revelia e
confissão quanto à matéria de fato;

III- A citação judicial dos filhos da autora, para que os mesmos tomem
conhecimento do presente feito, e querendo possam manifestar-se;

IV- A intervenção do digno Membro do Ministério Público, na condição de fiscal


da ordem jurídica nos termos do artigo § 1º do art. 752 do Novo CPC;

V- Protesta pela produção de todas as provas em direito admitidas;

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VI- Que em havendo desobediência às ordens acima, fique os réus


subordinados a pena de multa diária a ser aplicada por V. Exa., ou a
consequente conversão da obrigação de fazer pleiteada em perdas e danos
em caso de não cumprimento, em valor a ser arbitrado por esse Juízo;

VII- Requer que seja ao final julgado procedente os pedidos da autora,


condenando os demandados a obrigação de fazer, obtendo vaga para autora
no asilo Nossa Senhora da Medianeira, pelos motivos supra expostos.

Valos da causa R$....

Gravataí, 12 de Março de 2019

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