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emprego.
Credenciais:
- Graduação em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (1989);
- Instrutor do Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva do 13º
Batalhão de Infantaria Blindado (1991);
- Instrutor do Centro de Instrução Pára-Quedista General Penha
Brasil (1994 e 1995);
- Pós-graduação “Stricto Sensu” em Operações Militares pela
Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (1998);
- Oficial de Inteligência e de Operações do 53º Batalhão de
Infantaria de Selva (1999 e 2000);
- Comandante da 5ª Companhia de Polícia do Exército (2001 e
2002); e
- Pós-graduação “Strictu Sensu” em Ciências Militares pela Escola
de Comando e Estado-Maior do Exército (2007).
RESUMO
A partir do final da Década de 1980, o Exército Brasileiro passou a ser empenhado
com maior freqüência em Operações de Garantia da Lei e da Ordem. Neste
contexto, o presente estudo tratou de investigar a estrutura das forças empenhadas,
em especial as Brigadas de Infantaria, na intenção de permitir o emprego da Força
de Contingência na pacificação de área problema, quer seja em ambiente urbano ou
rural. A abordagem do tema passou pelo estudo das características geográficas do
País e suas conseqüências para as operações militares e os principais conflitos
internos, desde 1822, onde houve o emprego do Exército como artifício eficaz de
decisão. Na seqüência, apresentou-se o cenário internacional de insegurança e os
reflexos para o Brasil e também o panorama da Segurança Pública Nacional, em
suas vertentes. Posteriormente, verificou-se o arcabouço jurídico que ampara as
Operações de Garantia da Lei e da Ordem, e a estrutura da Força de Contingência
onde se comparou à Brigada de Infantaria Pára-quedista (OPERAÇÃO RIO 94) e à
23ª Brigada de Infantaria de Selva (OPERAÇÃO PACAJÁ). Por fim, com base nos
questionários enviados para: o Estado-Maior do Exército, o Comando de Operações
Terrestres, os Comandos Militares de Área, a Brigada de Infantaria Leve, a Brigada
de Infantaria Pára-quedista, a 23ª Brigada de Infantaria de Selva, o Curso de
Política, Estratégia e Alta Administração do Exército e para o Curso de Comando e
Estado-Maior, pelas entrevistas realizadas com militares que participaram das
Operações acima mencionadas, pelas palestras e temas referentes ao assunto
ministrados na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército realizou-se a análise
onde se pode confirmar o emprego da Força de Contingência como núcleo de uma
Força de Pacificação. Como conclusão da pesquisa foram levantadas propostas
para o aperfeiçoamento da doutrina relacionada com o tema, na intenção de
subsidiar os órgãos responsáveis pela emprego da Força Terrestre e os que estejam
direta ou indiretamente envolvidos em suas atividades com Segurança Integrada.
Nos últimos anos, tem-se notado o descaso dos órgãos públicos e das
autoridades no que diz respeito a investimentos em segurança, permitindo a
ampliação das ações do crime organizado.
As instituições policiais, ferramentas operacionais das diversas esferas de
segurança pública, encontram-se cada vez mais ineficazes para desempenhar suas
atividades-fim.
Considera-se também, como fator complicador às ações do Estado, o
desenvolvimento de manifestações desordeiras manipuladas por intenções não
evidentes. É o caso dos movimentos ruralistas, dos sindicatos de trabalhadores e de
grupos estudantis, classes que, em sua maioria, são desviadas do trilho
constitucional, causando consideráveis danos à população e a democracia,
colaborando para o atual contexto de Segurança Pública Nacional.
Diante desse cenário e respaldado pelo Art 142 da Carta Magna, de 1988 -
Constituição Cidadã - as Forças Armadas cada vez mais têm sido solicitadas para
agir em prol da manutenção da ordem, característica de um estado democrático.
2. MATERIAL e MÉTODO
AMPARO LEGAL
- pode-se constatar que a Bda Inf Pqdt, durante a OPERAÇÃO RIO 94
atuou como uma F Pac, em missões de GLO, enquadrada pelas linhas da lei; e
- o amparo legal necessário às operações de GLO não foi obedecido,
por ocasião da OPERAÇÃO PACAJÁ, conforme preconiza o ordenamento jurídico
pertinente ao emprego do Exército em operações de GLO. Verificou-se que o
enfoque do planejamento das ações desenvolvidas pela 23ª Bda Inf Sl, esteve
direcionado para execução operacional das missões, sem desprezar, por certo, o
amparo jurídico existente.
EFETIVO
- a Bda Inf Pqdt empenhou 3 Btl Inf na OPERAÇÃO RIO 94. Na
estrutura da Fo Con, verifica-se a possibilidade de constituir até 4 Btl Inf;
- quanto ao emprego de tropa de Cav, observou-se que o efetivo
empenhado constou do previsto no QCP Esqd Cav Pqdt, ou seja SU;
- não foram empregados militares de Eng no desempenho de missões
de MCP, na OPERAÇÃO RIO 94;
- a Bda Inf Pqdt, que atuou como estrutura central da Operação,
entenda-se como núcleo de uma F Pac, apresentou uma organização adequada e
específica, no que tange ao efetivo, voltada para o emprego em ações de GLO em
área urbana;
- os militares de Inf, enquadrados em Btl, apresentaram números
próximos aos 400 homens por Btl. Foram empenhados efetivos de 3 Btl Inf na
Operação;
- a 23ª Bda Inf Sl, como F Pac, atuou com um número significativo de
militares, com destaque para os Fuz, o que lhe permitiu caracterizar o princípio da
massa; e
- C Mil A consideraram, em sua maioria, que o adestramento das Fo
Con com instituições civis deve se deter à esfera do planejamento e em exercício de
constituição e operação do Centro de Operações de Segurança Integrada (COSI).
LOGÍSTICA
- no que se refere à função Transporte, os meios empenhados na
Operação RIO 94 atenderam plenamente às necessidades da Bda Inf Pqdt, quando
F Pac. Tal assertiva se verifica no fato da GU prover seus recursos, apoiando-se,
basicamente, em Vtr orgânicas e das forças que a complementaram;
- a atividade de Suprimento, desenvolvida com a estrutura logística
orgânica da Bda Inf Pqdt, atendeu às necessidades da tropa empenhada,
concorrendo, desta forma, para o êxito dessa GU, quando da sua atuação como F
Pac; e
- o 23º B Log, pode prover e suprir os meios de acordo com as
necessidades da Bda, durante a missão de pacificação - OPERAÇÃO PACAJÁ.
COMANDO E CONTROLE
- os meios de Com empregados pela Bda Inf Pqdt, quando da sua
atuação como F Pac, permitiram as ligações com as frações empenhadas, as
orgânicas, em reforço e adjudicadas, possibilitando-lhe a coordenação necessária
durante o transcorrer da Operação; e
- a 23ª Bda Inf Sl utilizou seus próprios meios de Comunicações e
recursos locais para manter as ligações com suas U, quando atuando como F Pac.
DOUTRINA E ADESTRAMENTO
- os integrantes da Bda Inf Pqdt, no caso, da F Pac, apresentaram
perfeito entrosamento quanto à doutrina praticada e demonstraram condições
favoráveis de atuar em missões de GLO; e
- pode-se considerar que a 23ª Bda Inf Sl não encontrou dificuldades,
em relação ao adestramento de seus integrantes, para cumprir a missão de
pacificação de área.
4. DISCUSSÃO
5. CONCLUSÃO
ALMEIDA, Gustavo Luís Sodré de. O amparo legal das operações de GLO. [palestra
proferida na ECEME, Rio de Janeiro, Jun 2007].