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Filosofia
(…) Ser sujeito é algo completamente distinto de ser objecto. A função do sujeito consiste
em apreender o objecto; a do objecto em ser apreendido pelo sujeito. Vista pelo lado do
Apreender
≠
sujeito, esta apreensão apresenta-se como uma saída do sujeito para fora da sua própria
Ser
apreendido
esfera, uma invasão da esfera do objecto e uma recolha das propriedades deste. O objecto
não é arrastado para dentro da esfera do sujeito, permanece transcendente a ele.
[Assim] o conhecimento pode definir-se (…) como uma determinação do sujeito pelo
objecto. Mas o determinado não é o sujeito pura e simplesmente; mas apenas a imagem do
Determinação
do
sujeito
objecto nele. Esta imagem é objectiva, na medida em que leva em si os traços do objecto.
Sendo distinta do objecto, encontra-se de certo modo entre o sujeito e o objecto. Constitui o
instrumento pelo qual a consciência cognoscente apreende o seu objecto.
Sendo o conhecimento uma determinação do sujeito pelo objecto, não há dúvida que o
sujeito se conduz receptivamente perante o objecto. Esta receptividade não significa,
Actividade
do
contudo, passividade. Pelo contrário, pode falar-se de uma actividade e espontaneidade do
Sujeito
sujeito no conhecimento. Esta não se refere, naturalmente, ao objecto, mas sim à imagem do
objecto, no que a consciência pode muito bem participar, contribuindo para a sua elaboração.
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Prof.ª Joana Inês Pontes