Série: Mandamentos recíprocos – Tema: Levar as cargas uns dos outros
Texto Bíblico – Gálatas 6:1 a 5 Introdução: No mundo em que vivemos muitas são as cargas que se nos apresentam no dia a dia. O sentimento de culpa, a fadiga de um trabalho estressante, a preocupação pela falta de recursos, a frustração por alvos não atingidos, os conflitos conjugais ou familiares, além de outros, podem se transformar em grandes fardos que angustiam e impedem o crescimento das pessoas. Hoje veremos como podemos participar da luta de outras pessoas, e, especialmente, com que espírito devemos fazê-lo. A carga do pecado - “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado.” (Gálatas 6:1) - Conforme os Salmos 32 e 51, dois salmos que relatam as conseqüências do pecado na vida de uma pessoa. Podemos entender que a carga do pecado resulta em: doença física, gemidos da alma, sentimento de culpa, vergonha diante de Deus, depressão, medo, angústia, mau humor, tribulação, sofrimento, condenação constante e tristeza. Trata-se de um fardo muito pesado. Atentemos para o que o salmista revela: “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio.” (Salmos 32:3-4 RA). “Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.” (Salmos 51:3 RA). - Alguém nessas condições já tem carga demais para levar. Ela necessita de um ministério restaurador que aponte o caminho do arrependimento e da busca a Deus; única forma de se desvencilhar da angústia que o pecado promove. Levamos a carga do pecado na vida do nosso irmão quando nos identificamos com o seu sofrimento e nos compadecemos sinceramente, conduzindo-o ao arrependimento e à restauração da comunhão com Deus. Nunca “coniventes” com o pecado. Sempre “misericordiosos” com o pecador! Desafio: Tenha o seu coração sempre aberto para lidar com a fraqueza das pessoas. Compreenda a importância do arrependimento de quem pecou e do amor de quem ministra. A carga do legalismo - “Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana” (Gálatas 6:3) - Havia algumas pessoas nas igrejas da galácia que se consideravam mais “espirituais” que as outras. Elas pensavam assim porque eram legalistas, ou seja, julgavam serem cumpridoras rigorosas dos preceitos da lei ou dos mandamentos bíblicos, sem, contudo, atentarem para o verdadeiro sentido da lei. Pensando assim, viviam provocando aqueles a quem julgavam ser fracos na fé. Esse espírito causava distanciamento, frieza, julgamento e falta de identificação com o problema alheio. Os que se achavam “espirituais” viviam procurando oportunidade para criticar e condenar os que viessem a tropeçar em alguma pedra. Esse espírito agressivo os levava a adotar a postura de que não tinham nada a ver com os “menos espirituais”. - Não havia identificação com o problema alheio, pelo contrário, a tendência era a de “colocar carga sobre os outros”. No entanto, para levar a carga de alguém eu preciso me identificar com o problema dele como se fosse meu também. Podemos livrar as pessoas da carga do legalismo não acrescentando condenação, julgamento, crítica, ou outra carga qualquer que possa aumentar o peso que elas já levam. Podemos, principalmente, apresentar o amor restaurador de Cristo revelado em sua Palavra. Desafio: Identifique possíveis tendências ao legalismo em sua vida e confronte-as. Saiba que o legalismo é um zelo excessivo pela guarda da lei que substitui a graça, a misericórdia e o amor. O fardo de Jesus - “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo.” (Gálatas 6:2) - O fardo do pecado bem como a carga do legalismo devem ser trocados pelo fardo de Jesus: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” (Mateus 11:28-30). A pessoa que se coloca como instrumento divino para propor a troca de fardos precisa se revestir do mesmo espírito de mansidão e de humildade de Cristo. - A carga de Jesus é fácil de ser levada porque se consiste numa vida de amor a Deus e ao próximo. Amar não é pesado, porque Deus é amor e Ele mesmo vive em nós. Quem ama cumpre a lei sem ser legalista. É por isso que Paulo disse: “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo.” (Gálatas 6:2) Nossas palavras para com quem pecou devem estar carregadas da compaixão divina, sendo eficazes tanto para apresentar o erro quanto para apontar o caminho de restauração. Desafio: Você tem se identificado com o fardo alheio como se fosse seu próprio? De que forma você tem aliviado a carga do seu próximo?
(INSEJEC/2007) – com avaliação, formatação e inserções do Pr. J.Moisés