1) Idade clássica – Evitar qualquer transformação que passa destruir um
equilíbrio miraculoso (p. 15) 2) Curiosidades – Perigo // Viajante – Descoberta – sua condição humana (já traz consigo) (p. 15) Contexto pós-Renascimento/pós-Reforma – Recolhimento/Estabilidade relacionada ao espírito clássico (p. 15) 1. Exemplificação – D. Quixote – Sancho -> Representação do ideal do espírito clássico (p. 16) 2. Gerações posteriores – Procura de Dúvidas – Gosto pela viagem – compreendemos por este sinal, que se opera uma transformação nos princípios que dirigiam a vida (p. 16) Sobre o “espírito de viagem” no fim do século XVII até o começo do XVIII (pp. 16-19) 1. Sábios enriqueciam a sua ciência de cidade em cidade – Filósofos viajavam para ver a curiosidade do mundo (p. 18) 2. Gênero literário de viagem (p. 18) – Descrição do “estranho” (p. 19) 3. Thommaso de Campanella/Pe. Bergeron – A exploração do globo, contraditando alguns dos dados sobre que repousava a filosofia antiga, deve procurar uma nova concepção das coisas (p. 19) 4. Muitas vezes, é verdade, o viajante que regressava com um pensamento que julgava original, tinha-o já nas bagagens no momento da partida; mas não se enganava, tendo-o por eficaz (p. 20) Ideias vitais – Repostas em discussão pelo exemplo longínquo (p. 20) 1. Verifica-se a existência do particular, do irredutível, do individual – Não se reduz as diferenças a um arquétipo universal (p. 20) 2. Fatos aceites x Fatos da experiência (provas novas, frescas, brilhantes) (p. 20) 3. Lição da Relatividade – Conceitos transcendentes passaram a depender da diversidade de lugares; práticas fundadas na razão passaram a ser apenas costumeiras; e, inversamente, hábitos que se tinham por extravagantes pareceram lógicos; logo que explicados pela origem e pelo meio (p. 21) 4. Chardin: clima – costumes explicados pelo meio – A dúvida é o começo da ciência (p. 21) 5. Perda da Religião – “A cada dia um culto novo” (p. 21) 6. Impuseram-se à consciência duma Europa que estava sôfrega de os interrogar sobre a sua história e sua história e a sua religião. Responderam sobre o que lhe perguntaram; cada qual a seu modo (p. 22) Questão dos americanos – Sem origens abraamicas (base bíblica) – Religião e os povos da Ásia e o novo mundo 1. Questão do selvagem – “Bom selvagem” x “selvagem violento e eloquente” (p. 22) 2. Os civilizados são verdadeiros bárbaros (p. 23) 3. Ideia do sábio egípcio – Bossuet – Giovanni Paolo Marana – Questões que não tangem à filosofia cristã (p. 24) – contestar o ideário vigente no Ocidente por meio da filosofia oriental – lembrar que uma nação orgulhosa de si mesma que não possui nem toda verdade nem toda perfeição; indispensável sem dúvida à literatura europeia (p. 25) 4. Chardin – Noção de Superioridade Noção de Diferença – Transformação psicológica (p. 26) 5. Questão – Divina providência domínio de uma religião no mundo? - Adoração: cada qual do seu modo – heterodoxia – siameses: tolerância a todos os tipos de religião (p. 27) 6. Relação: ensinamentos de Confúcio x Cristianismo – Derivações (p. 28) – Jesuítas x Confúcio – chineses privados da revelação (pp. 28-29) 7. Ateísmo positivo (chineses – “piedosos”, “espinosistas”) x Ateísmo negativo (americanos) – o filósofo chinês encanta os que desejam e apressam a vinda de uma ordem nova (p. 30)
Do perfil dos viajantes do irreal (pp. 30-31)
1. Estilo literário dos relatos – sempre se apresenta como novo – viés descritivo (p. 31) 2. Vontade de destruir – tradições questionadas – Aspectos políticos: instituições (p. 31) 3. Aventura obscena do imaginário x Rotina (p. 31) Triunfo do espírito geométrico – organização por ordem e medida – Aplica-se a tudo e à todas manifestações da vida, até a linguagem, que nada deve ter de empírico, que deve ser inteiramente racional (p. 32) 1. Depara-se com o concreto – Sofrimento Tentativa de subordinar o concreto ao geométrico (p. 32) 2. Conclusão: Descrições de viagem – Foi passar de estabilidade do espírito ao movimento (p. 33) – Ideia de Completude Europeia é questionada (p. 33) – Comunicação com o Oriente 3. Pertubação da Consciência europeia Capítulo II – Do Antigo ao Moderno
Modernos Blasfemos // E eis que esta simples palavra “moderno” ganhou
valor inédito: fórmula mágica que conjurava a força do passado (p. 33) – Afluxo de uma vida nova (p. 34) Falência da história – Querela antigos e modernos Valorização exacerbada do presente (p. 34)
História como tribunal da moral (p. 35)
1. Questão dos historiadores do humanismo tardio (p. 36) 2. Visão “imparcial” (p. 35) – Ar romanesco dos acontecimentos é questionado Falta de espírito crítico (p. 37) 3. Jacob Perizonius – 1702 – história em plena crise (p. 37) 4. Três grupos – Assalto contra a história: 1) Cartesianos – Malembranche – A verdade não é histórica, é metafísica – 2) Jansenístas/moralistas rigorosos 3) libertinos – história como inimiga pessoal – sempre incerta /falsa – visa o elogio ao poder – perpétuo pirronismo (pp. 37-38)
Dúvidas acerca da história romana (p. 38)
1. História com aspectos canônicos (pp. 38-39) 2. Os romanos inventaram quimeras que nós aceitamos e acarinhamos (p. 39) 3. Enfim, a crer nos romanos, os destinos não tiveram outra preocupação senão a de fundar Roma (p. 39) Verdadeiro x Falso 1. Noção evolutiva (p. 40) 2. Observa-se que não falta apenas a verdade respeitante à história antiga, mas até mesmo os instrumentos para alcançar (p. 40)
Bossuet – “Discurso sobre a História Universal” – ordenamento de épocas
bíblicas (p. 41) 1. Cronologia da História Sagrada – A cronologia dá-as para viajar com segurança no vasto e obscuro país da antiguidade (p. 41) 2. Exatidão do método (p. 44) 3. “Modo de calcular dos judeus” – Conflitos com a temporalidade bíblica – Chineses e Egípcios: destemporalidade/descompasso com o tempo cristão (pp. 42-43) 4. Questão da tirania egípcia descrita na Bíblia Egípcios devem ter agido sobre os hebreus – Civilização Superior age sobre a inferior – “Povo eleito” tributário nas suas crenças essenciais, de um povo pagão (p. 44) 5. Huet Visa colocar Moisés em primeiro lugar (p. 44) 6. Estabelecimento entre acontecimentos das diversas nações antigas de alguns sincronismos (p. 46) 7. Dimensão ordenada da vida do cristianismo Dimensão caótica – Os recém chegados abalavam ao mesmo tempo a história, a Providência, a Autoridade (p. 46)
Foi um doloroso momento do conflito que, de geração em geração; e sob
formas particulares a cada qual, opõe a ciência à fé (p 45) 1. Destruir os argumentos dos predecessores é relativamente fácil. Reconstruir é mais complicado (p. 45) 2. Quanto mais se procurava menos se encontrava? (p. 46)