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Mt 27.

51: E eis que o véu do Santuário se rasgou em dois, de alto a baixo;


a terra tremeu, as pedras se fenderam.

“...o véu do santuário se rasgou...” - Se confiamos em Deus e cremos em seu poder, por que
haveríamos de duvidar de determinadas ocorrências físicas, havidas quando da morte de
Cristo? Ele era Filho de Deus em sentido todo especial. A natureza protestou contra a
iniqüidade dos homens, e esse protesto chegou até o interior do próprio templo. O véu do
templo era extremamente espesso e resistente. Tinha a largura de uma mão de espessura,
tecido com setenta e duas dobras torcidas, cada dobra feita com vinte e dois fios. Media
cerca de dezoito metros de altura por nove de largura. Seria mister uma força poderosíssima
para conseguir tal prodígio.
O véu dividia o Santo Lugar do Santo dos Santos, onde o sumo sacerdote entrava no
dia da expiação (ver Ex. 26:31 e Lev. 46:1-30). A presença de Deus estava associada ao Santo
dos Santos, e, assim sendo, em tipo ou símbolo, o acesso maior a Deus, através de Cristo,
posto à disposição de todos os homens, foi indicado. O trecho de Heb. 10:20 usa o véu como
símbolo do corpo partido de Jesus. Através desse corpo alquebrado o acesso é provido. Não
podemos deixar de crer, igualmente, que o véu rasgado simbolizou o fim da adoração judaica,
como expressão válida da alma em busca da veracidade de Deus. Outrossim, — o véu rasgado
— foi um protesto contra os homens, externamente piedosos mas que crucificaram ao Cristo
de Deus. Os judeus confiavam na adoração que eles efetuavam no templo, como dotada de
valor espiritual; não obstante, os seus corações estavam totalmente destituídos de qualquer
reverência à fé em Deus. Portanto, viram que o véu se rasgara em dois — e ante isso
souberam que a ira de Deus pairava sobre eles, e que seus dias estavam contados. Havia dois
véus ou cortinas no templo— um entre o átrio exterior e o Santo Lugar; e o outro entre o
Santo Lugar e o Santo dos Santos. Este último véu é que se rasgou em dois. Certo livro
apócrifo (evangelho segundo aos Hebreus) revela-nos que, em adição a esse rompimento do
véu, o umbral onde estava pendurado, despedaçou-se sozinho. Os líderes do templo haviam
sido falsos para com o concerto, e o lugar de adoração deles foi deixado desolado.

Mt 27.52,53: os sepulcros se abriram, e muitos corpos dos santos que haviam


dormido foram ressuscitados, e saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele,
entraram na cidade santa, e apareceram a muitos.

“... abriram-se os sepulcros...muitos...ressuscitaram...”. Somente Mateus adiciona esses


informes sobre acontecimentos miraculosos, e provavelmente faziam parte da tradição da
igreja de Jerusalém, ou da igreja de Antioquia. ou seja, pertencentes à fonte “M”. A
ressurreição dos corpos daqueles santos foi mais do que um portento ou um aviso. Porém
sugeriu que a ressurreição de Jesus é os primeiros frutos da ressurreição geral (ver I Cor.
15:20), e que, quando de sua “parousia” ou segunda vinda, o que aqui foi retratado por
algumas poucas ressurreições, tornar-se á generalizado, quando todos os crentes participarão
de sua ressurreição e da nova vida provida através disso ( Inácio Mag. 9:2, contém uma
alusão a essa história).
Jesus, mediante o seu sacrifício, venceu o pecado; e, mediante a sua ressurreição
“trouxe” a imortalidade à luz (ver II Tm 1:10). Portanto, por intermédio dele, todo homem
tem acesso a essa vida, a qual é a verdadeira vida, porquanto todos os crentes serão
transformados segundo a imagem de Cristo.
Quantas cortinas divisórias Cristo rasgou de alto a baixo com a sua morte! A divisão
entre sacerdotes e adoradores se dissipou: a igreja é o sacerdócio de todos os crentes. A
divisão entre judeus e gentios se dissipou: agora os gentios podem ir além do átrio exterior,
entrando no Lugar Santo, sim, e até mesmo no próprio Santo dos Santos. A barreira entre
escravo e liberto ruiu, porquanto todos são servos de Cristo, e, por isso mesmo, usufruem de
perfeita liberdade. 'A cortina do templo se rasgou em duas partes' - (Bultrick, in loc.). A
ressurreição desses santos, elevado símbolo da nossa liberdade, provavelmente foi
permanente, embora não contemos com informações abundantes a respeito.
Provavelmente compartilharam da imortalidade que Cristo trouxe, como primogênito
entre muitos irmãos. Diz o comentário de Lange (in loc.): “Temível e significativo fenômeno,
que introduziu o outro fenômeno fantasmagórico. E isso tudo forma um tipo e um símbolo da
ressurreição geral e do fim do mundo...” Muitas intérpretes, tanto antigos como recentes,
têm dado excessiva importância aos chamados elementos “místicos” desse material, exposto
exclusivamente por Mateus.
Naturalmente que não podemos apresentar qualquer evidência, exceto a prova da fé.
Se esse elemento é um mito, e chamado como tal apenas por ser incomum, então temos
pouca razão em esperar pela ressurreição de nossos corpos. O fato de que Paulo, mais tarde
condenou aqueles que ensinavam que a ressurreição já era passada (ver ll Tim 2:18), é uma
possível indicação de que essa narrativa é digna de confiança, porquanto muitos têm chegado
a supor que esse incidente foi a ressurreição. A tradição é apoiada por diversos dos pais da
igreja, como Epifânio, Ambrósio e Calóvio, encontrando-se, igualmente, em obras apócrifas
como: Atos de Pilatos, e também evangelho de Nicodemos. É possível que as diversas
narrativas tivessem outros pontos de referência, não estando —limitados exclusivamente—
ao evangelho de Mateus.
Seis são as ressurreições, mencionadas nas Escrituras, que precederam a de Jesus
Cristo, embora provavelmente tivessem sido todai restaurações à vida física, sem a
participação na vida celestial, pois as pessoas assim ressuscitadas continuaram sendo pessoas
mortais: 1. O filho da viúva de Sarepta ( I Reis 17:2). 2. O filho da sunamita (II Reis 4). 3. A
ressurreição mediante o toque nos ossos de Eliseu (Il Reis 13). 4. A filha de Jairo (Mt 9). 5. O
filho da viúva de Naim (Lc 7). 6. Lázaro (João 11).
Foi o poder ressuscitador de Jesus que ressuscitou as pessoas mencionadas neste
versículo, e isso teve lugar quando da ressurreição de Cristo, e não por ocasião de sua morte,
conforme fica entendido nas palavras “depois da ressurreição de Jesus”. Muitas conjecturas
têm sido feitas acerca da identificação dos membros esse grupo, tais como os patriarcas
Abraão, Isaque, Jacó, e outros de tempos mais recentes, como João Batista, Simeão, Ana,
Zacarias, etc.; mas acerca disso não temos qualquer informação.

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