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O Estado para dar corpo aos seus objectivos de prestação de serviços à comunidade nos
mais variados campos como sejam:
Educação;
Saúde;
Criação de infra-estruturas que possibilitem o desenvolvimento económico-
social;
Segurança interna, integridade nacional, etc.
Necessita de receitas cuja fonte principal resulta dos impostos arrecadados dos
contribuintes, de acordo com regras estabelecidas legalmente.
Direito Fiscal é o conjunto de normas jurídicas que regulam a obtenção das receitas por
via do imposto, as quais estabelecem todos os regulamentos que visam o lançamento, a
liquidação e a cobrança dos impostos.
De um modo geral, para que exista um imposto, é necessário que exista um bem ou uma
situação sobre que ele recaia ou incida (objecto do imposto), a que corresponde um
determinado valor (Matéria Colectável), uma pessoa a quem deva ser exigido o seu
pagamento (devedor, contribuinte, sujeito passivo do imposto) e uma taxa que permita
determinar o montante da prestação a pagar.
INCIDÊNCIA
O Sujeito Passivo do Imposto é a pessoa a quem a lei impõe o seu pagamento, que pode
ser uma pessoa singular ou colectiva, de direito público ou privado, nacional ou
estrangeiro.
Isenções: as normas de isenção são as que, formal ou sistematicamente, são exclusões
tributárias por estarem no capítulo da incidência, que claramente caiem no âmbito
genérico desta, afastando a respectiva aplicação, nos casos excepcionalmente previstos.
Impostos Directos
Impostos Indirectos.
Imposto de Selo;
IVA.
Caracterização
O Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho foi criado pela lei 18/14 de 22 de
Outubro.
Trata-se de um imposto directo e progressivo que incide sobre os rendimentos por conta
própria ou por conta de outrem.
O Imposto é devido pelas pessoas singulares, quer residam, quer não, em território
nacional, cujos rendimentos sejam obtidos por serviços prestados, directa ou
indirectamente, a pessoas singulares ou colectivas com domicílio, sede, direcção
efectiva ou estabelecimento estável no país.
O Imposto incide sobre os rendimentos por conta própria ou por conta de outrem,
expressos em dinheiro, ainda que auferidos em espécie, de natureza contratual ou não
contratual, periódicos ou ocasionais, fixos ou variáveis, independentemente da sua
proveniência, local, moeda, forma estipulada para o seu cálculo e pagamento.
Grupos de Tributação:
Grupo A
Grupo B
Grupo C
Neste grupo incluem-se todas as remunerações dos trabalhadores por conta de outrem e
pagas por uma entidade patronal.
Grupo B
Grupo C
O imposto devido pela atribuição de rendimentos do Grupo A deverá ser entregue, até
ao final do mês seguinte ao do pagamento, na repartição fiscal competente sobre a área
em que o trabalhador se encontra a desempenhar a prestação de trabalho, pela entidade
empregadora
Grupo A
Taxas
Vejamos o exemplo:
Deduções:
Rendas 120.000,00
Comunicações 30.000,00
O contribuinte terá que pagar até ao fim do mês de Março do ano seguinte.
Caracterização
As Contribuições para o Sistema de Segurança Social estão definidas no Decreto nº
38/08 de 19 de Junho.
Incidência objectiva
Taxas
As taxas de contribuição são:
8% para as entidades empregadoras;
3% para os trabalhadores por conta de outrem.
8% para os trabalhadores por conta própria, sobre o salário declarado.
Poderá ser de 11%, caso o contribuinte opte pelo esquema alargado.
Liquidação
As entidades empregadoras devem entregar, mensalmente, até ao dia 10, no Instituto
Nacional de Segurança Social, as folhas de remunerações pagas no mês anterior.
Cobrança
O pagamento das contribuições deve ser efectuado até ao dia 10 do mês seguinte.
Decorridos os prazos para o pagamento das contribuições são devidos juros de mora.
EXERCÍCIO 1
O Senhor Bimbo da Costa trabalha por conta de outrem e durante o mês anterior auferiu
as seguintes remunerações:
Caracterização
Incidência
Incidência real ou objectiva (material) - O que está sujeito a imposto (Artigo 1.º)
• Nacionais; e
• Estrangeiras.
Que exerçam qualquer actividade referida anteriormente.
As que tiverem sede em Angola são tributadas pela totalidade dos lucros obtidos no país
e no estrangeiro.
Grupo A
A matéria colectável:
Todos os custos deverão ter documentação de suporte, caso contrário, não serão
fiscalmente aceites e terão de acrescer ao lucro tributável e, ainda, a partir de 2017 serão
objecto de tributação autónoma, nos termos seguintes:
O cálculo das amortizações do exercício deve fazer-se pelo Método das quotas
constantes;
Anuais; ou
A empresa adquiriu uma loja para instalação do seu negócio na Avenida Rainha Ginga
por cem milhões de kwanzas. Contabilize a amortização e calcule o valor a acrescer ao
Lucro Tributável.
Excedam as taxas limite e períodos de vida útil estabelecidos pela legislação, salvo nos
casos excepcionais fundamentados e aceites pela AGT;
Não estejam inscritos e devidamente justificados nos mapas de amortizações que devem
acompanhar a declaração Modelo1;
Taxas Descrição
Este imposto é provisório e pode ser deduzido à colecta final do contribuinte retido.
No acto de entrega do imposto retido, deve ser apresentado em duplicado um mapa, que
é carimbado e assinado pela repartição fiscal, contendo:
Sem prejuízo da liquidação a que se deva proceder nestes termos, deixa de se efectuar a
liquidação provisória a partir do momento em que, por parte o contribuinte, cesse a
prática de actos de natureza comercial ou industrial.
Presumem-se dolosas:
Caracterização
É um imposto indirecto.
Encontra-se regulado no: Decreto Legislativo Presidencial n.º 3/14 de 21 de Outubro.
Exemplo 1:
A empresa Alfa vendeu mercadorias, durante o mês de Janeiro, pelo valor de um milhão
de Kwanzas, mas, apenas recebeu oitocentos mil Kwanzas.
A matéria colectável é de 800.000,00 Kwanzas.
A taxa é de 1% segundo o artº 24.4 da tabela.
A colecta será = 800.000 X 1% = 8.000,00 Kwanzas.
Neste caso a empresa Alfa terá que entregar, nos cofres do Estado, até ao fim de
Fevereiro a importância de oito mil Kwanzas.
Exemplo2
A empresa Beta dirigiu-se ao Banco BPD a solicitar um financiamento de dois milhões
de Kwanzas, o qual foi concedido pelo período de um ano à taxa anual de 10%. O banco
também cobrou uma comissão de gestão no valor de cem mil Kwanzas. O capital e os
juros serão pagos no final do prazo.
Exemplo2 (continuação.)
A empresa Beta suporta todos estes encargos no início do prazo.
No final do prazo também vai pagar os juros e o imposto de selo sobre os juros.
Neste caso a matéria colectável é o valor dos juros
= 2.000.000,00 X 10% = 200.000,00 Kwanzas.
Taxa de 2‰ - artº 16.2.1 - sobre os juros.
Colecta = 200.000 X 0,002= 400,00 Kwanzas.
ELABORADO POR: SILVESTRE BOTELHO “BÁVARO”
Estamos no Bairro Kassequel do Lourenço por trás da Esquadra Policial
Tel: 931 346 855 / 917 431 339 / 931 205 984
Luanda – Angola
O IMPOSTO SOBRE A APLICAÇÃO DE CAPITAIS
Caracterização
Foi revisto e republicado pelo Decreto Legislativo Presidencial n.º 2/14 de 20 de
Outubro.
remunerações do capital
Royalties 10%
Royalties
• O termo “Royalties” significa as retribuições atribuídas pela concessão de uso de
um direito de autor, de uma patente, de uma marca, de um desenho, de um
modelo, de um plano, de uma fórmula ou de um processo secreto, bem como
pelo uso ou pela concessão do um equipamento industrial, comercial ou
científico ou por informações respeitantes a uma experiência adquirida no sector
industrial, comercial ou científico.
EXERCÍCIO 22
A empresa A distribuiu os seguintes dividendos:
• Cinquenta e cinco mil kwanzas ao sócio José Kalumba, que possui 55% do
capital há três anos;
• Trinta mil kwanzas à empresa B, que possui 30% do capital há dois anos;
• Quinze mil kwanzas à empresa C, que possui 15% do capital há quatro anos.
a) Contabilize todos os movimentos na empresa A;
b) Contabilize todos os movimentos na empresa B;
c) Contabilize todos os movimentos na empresa C.
Caracterização
Foi aprovado pelo diploma legislativo nº 4044/70 de 13 de Outubro.
Lei 18/77 de 7 de Outubro.
Lei 18/11 de 21 de Abril.
É um imposto que tributa os prédios urbanos liberando os rústicos.
Incidência objectiva
O imposto incide sobre os rendimentos de prédios urbanos quando estejam arrendados
ou sobre a sua detenção quando o não estejam.
No caso de:
• Prédios arrendados o imposto incide sobre o valor da respectiva renda;
• Prédios não arrendados o imposto incide sobre o valor patrimonial.
Incidência subjectiva
O imposto é devido, no caso de prédios:
• Arrendados, pelos titulares do direito aos rendimentos dos prédios, presumindo-
se como tais as pessoas em nome de quem os mesmos se encontrem inscritos na
matriz;
• Não arrendados, pelo proprietário, frutuário ou beneficiário do direito de
superfície relativos ao prédio.
Isenções
• O Estado, institutos públicos e associações que gozem do estatuto de utilidade
pública;
• Os Estados estrangeiros, quanto aos imóveis destinados às respectivas
representações diplomáticas e consulares, quando haja reciprocidade;
• As instituições religiosas legalizadas, quanto aos imóveis destinados
exclusivamente ao culto.
Taxas
A taxa é de 25% para os prédios arrendados.
Mas não pode haver imposto a pagar inferior a 1% do valor patrimonial.
Para os prédios não arrendados será 0,5% sobre o excesso de cinco milhões do valor
patrimonial.
Liquidação
A matéria colectável é determinada em função da renda e deve constar na caderneta
predial devido ao depósito do contrato de arrendamento no bairro fiscal.
Cobrança
O contribuinte que fez a retenção na fonte tem que entregar, nos cofres do Estado, até ao
dia 30 do mês seguinte, o valor retido.
Os documentos de cobrança serão entregues até ao dia 25 de Novembro ou até 15 de
Junho nos casos em que a declaração é baseada na declaração do contribuinte.
Quando não houver retenção o imposto é pago em duas prestações em:
• Janeiro
• Julho
Poderá, desde que declarado pelo contribuinte, pagar-se em quatro prestações em:
• Janeiro;
• Abril;
• Julho;
• Outubro.
Se não for feita a retenção, poderá ser pago em 2 prestações em:
• Julho;
• Outubro.
Penalidades
O senhorio que receber, em regime de isenção temporária, qualquer valor a título de
“chave” ou outro, relacionado com o arrendamento, incorrerá numa multa igual ao
dobro do valor recebido.
A falta de apresentação das declarações será punida com multa igual a 20% do
rendimento colectável.
Por omissão ou inexactidão nas declarações de que resulte falta de liquidação ou
liquidação inferior será punida com um valor nunca superior ao imposto.
E havendo dolo, neste caso, considera-se dolosa a inexactidão praticada com a
conivência do inquilino a multa será igual ao dobro do imposto e o inquilino num valor
entre 100 e 500 kz.
EXERCÍCIO 27
Calcule o imposto predial urbano:
• De um apartamento, não arrendado, com o valor patrimonial de oito milhões de
kwanzas.
EXERCÍCIO 28
A empresa A pagou à empresa B a renda do escritório do corrente mês no valor de
100.000,00 kwanzas.
a) - Contabilize na empresa A.
b) - Contabilize na empresa B.
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